Substituição Tributária – Regras Gerais

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tributos

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  • SUBSTITUIO

    TRIBUTRIA REGRAS GERAIS (atualizado at 30.06.2008)

  • NDICE

    NDICE ........................................................................................................................................................ 4

    INTRODUO ............................................................................................................................................ 5

    1. DO REGIME DE SUBSTITUIO TRIBUTRIA ............................................................................... 6

    2. INAPLICABILIDADE DA SUBSTITUIO ......................................................................................... 9

    3. CLCULO DO IMPOSTO RELATIVO S OPERAES OU PRESTAES ANTECEDENTES OU CONCOMITANTES ............................................................................................................................ 11

    3.1. BASE DE CLCULO ........................................................................................................................ 11 3.2. CLCULO DO IMPOSTO .................................................................................................................. 11 3.3. EXEMPLOS .................................................................................................................................... 11

    4. CLCULO DO IMPOSTO RELATIVO S OPERAES OU PRESTAES SUBSEQENTES . 13

    4.1. BASE DE CLCULO ........................................................................................................................ 13 4.2. CLCULO DO IMPOSTO .................................................................................................................. 14 4.3. FRETE NO INCLUSO NA BASE DE CLCULO ................................................................................... 14 4.4. EXEMPLOS .................................................................................................................................... 14

    5. CLCULO DO IMPOSTO RELATIVO S MERCADORIAS DESTINADAS A USO, CONSUMO OU ATIVO FIXO .............................................................................................................................................. 18

    5.1. BASE DE CLCULO ........................................................................................................................ 18 5.2. CLCULO DO IMPOSTO .................................................................................................................. 18 5.3. EXEMPLO ...................................................................................................................................... 18

    6. RESSARCIMENTO ............................................................................................................................ 19

    6.1. VALOR DO RESSARCIMENTO .......................................................................................................... 20 6.2. CONDIES PARA O RESSARCIMENTO ............................................................................................ 20 6.3. NOTA FISCAL DE RESSARCIMENTO ................................................................................................. 20 6.4. ESCRITURAO DA NOTA FISCAL DE RESSARCIMENTO.................................................................... 22 6.5. EXEMPLOS .................................................................................................................................... 22

    7. RESTITUIO ................................................................................................................................... 24

    8. DEVOLUO E DESFAZIMENTO DO NEGCIO ........................................................................... 24

    8.1. DEVOLUO ................................................................................................................................. 24 8.2. DESFAZIMENTO DO NEGCIO ......................................................................................................... 24

    9. PROCEDIMENTOS RELATIVOS AO ESTOQUE ............................................................................ 25

    9.1. CLCULO DO ICMS SOBRE O ESTOQUE ......................................................................................... 25 9.2. ESCRITURAO DO LIVRO REGISTRO DE INVENTRIO ..................................................................... 25 9.3. EXEMPLO ...................................................................................................................................... 25

    10. EMISSO DA NOTA FISCAL ........................................................................................................... 26

    10.1. EMISSO DE NOTA FISCAL PELO CONTRIBUINTE-SUBSTITUTO ...................................................... 26 10.2. EMISSO DE NOTA FISCAL PELO CONTRIBUINTE-SUBSTITUDO .................................................... 26

    11. ESCRITURAO FISCAL ................................................................................................................ 27

    11.1. CONTRIBUINTE-SUBSTITUTO ...................................................................................................... 27 11.2. CONTRIBUINTE-SUBSTITUDO ..................................................................................................... 27

    11.2.1. Sistema sem Liberao ....................................................................................................... 27 11.2.2. Sistema com Liberao ....................................................................................................... 27

  • FONTES DE CONSULTA ......................................................................................................................... 29

    DECRETO N 19.528, DE 30 DE DEZEMBRO DE 1996 ......................................................................... 30

  • INTRODUO

    O regime de substituio tributria caracteriza-se pela atribuio da responsabilidade pelo pagamento do ICMS devido em determinadas operaes ou prestaes a um sujeito passivo que no praticou o fato gerador determinante da obrigao tributria. Em outras palavras, na substituio tributria o contribuinte A, denominado contribuinte-substitudo, realiza uma operao ou prestao que configura fato gerador do imposto, porm cabe ao contribuinte B, denominado contribuinte-substituto, o respectivo recolhimento.

    objetivo deste Informativo Fiscal apresentar as regras gerais concernentes ao regime de substituio tributria, de forma a permitir ao leitor a correta aplicao da norma aos casos concretos.

    As principais fontes deste trabalho so a Lei n 11.408/96 e o Decreto n 19.528/96, e respectivas alteraes, que dispem sobre as normas gerais da substituio tributria. Sugerimos, a ttulo de complementao do estudo, a leitura do Informativo Fiscal Contribuinte-Substituto de Outra Unidade da Federao, disponvel na internet, no site da SEFAZ/PE, bem como a consulta s seguintes normas especficas:

    - Decreto n 15.507/91 acar de cana;

    - Decreto n 14.876/91 cigarro, outros produtos derivados do fumo e papel de cigarro; cimento; revendedor autnomo; veculos automotores;

    - Decreto n 18.503/95 tintas, vernizes, solventes, ceras, impermeabilizantes, piche e outros;

    - Decretos ns 19.114/96, 21.755/99, 23.977/2002 e 24.023/2002; Convnios ICMS 03/99, 139/2001, 02/2002, 54/2002 - combustveis e lubrificantes;

    - Decreto n 22.318/2000 - disco fonogrfico, fita virgem ou gravada e outros suportes para reproduo ou gravao de som ou imagem, filme fotogrfico ou cinematogrfico e slide;

    - Decreto n 23.217/2001 veculos automotores;

    - Decreto n 23.317/2001 aparelho de barbear, lmina de barbear, navalha, isqueiro, lmpada, pilha e bateria eltricas, reator e starter;

    - Decreto n 27.031/2004 rao para animais domsticos;

    - Decreto n 27.032/2004 sorvete;

    - Decreto n 27.987/2005 - farinha de trigo, trigo em gro, mistura de farinha de trigo, massas alimentcias, po, biscoitos, bolachas, bolos e outros produtos similares;

    - Decreto n 28.247/2005 produtos farmacuticos;

    - Decreto n 28.248/2005 pneumticos, cmaras de ar e protetores de borracha;

    - Decreto n 28.323/2005 cerveja, chope, refrigerante, gua mineral ou potvel, xarope ou extrato concentrados e bebidas eletrolticas.

    O contedo desta publicao periodicamente atualizado na internet, no site da SEFAZ/PE, no endereo www.sefaz.pe.gov.br.

    SUBSTITUIO TRIBUTRIA REGRAS GERAIS 5

  • SUBSTITUIO TRIBUTRIA REGRAS GERAIS 6

    1. DO REGIME DE SUBSTITUIO TRIBUTRIA (Dec. n 19.528/96, arts. 1 , 2, 7 e 12, 1; Dec. n 14.876/91, art. 58, 2 e 3)

    O regime de substituio tributria caracterizado pelo deslocamento da responsabilidade pelo pagamento do ICMS relativo a determinadas operaes ou prestaes para um sujeito que no pratica o fato gerador do imposto, denominado contribuinte-substituto.

    O contribuinte-substituto ser sempre definido como tal na norma especfica que dispuser sobre o regime de substituio tributria aplicvel mercadoria ou servio.

    A substituio tributria pode ser relativa s operaes ou prestaes:

    a) antecedentes tambm chamada de substituio para trs ou regressiva, ocorre quando o imposto a ser recolhido relativo a fato gerador passado, ou seja, a operao/prestao que j ocorreu. o que ocorre no diferimento, em que se transfere para o adquirente da mercadoria a responsabilidade pelo recolhimento do imposto devido pelo remetente e, cumulativamente, adia-se o termo inicial do prazo de recolhimento do imposto devido.

    Exemplo:

    b) concomitantes d-se a substituio tributria concomitante quando duas operaes/prestaes ocorrem simultaneamente e um dos sujeitos passivos substitui o outro relativamente obrigao tributria principal.

    Exemplos:

    castanha de caju in natura

    estabelecimento industrial

    Venda

    O estabelecimento industrial recolher o ICMS diferido at o 5 (quinto) dia til do ms subseqente quele em que ocorrer a entrada(Dec. n 14.876/91, arts.13, XXXIV, e 628, 3, I).

    Diferimento

    Remessa da mercadoria vendida

    2

    depositante situado em outra UF

    armazm geral situado em PE adquirente

    situado em PE

    Venda da mercadoria depositada.*

    Remessa para armazenagem.

    2

    1

  • SUBSTITUIO TRIBUTRIA REGRAS GERAIS

    7

    A indstria recolher o ICMS devido pelo comerciante na sada para o consumidor final.

    indstria comerciante consumidor

    final

    Venda Venda

    *A substituio tributria relativa sada (2) promovida pelo contribuinte de outra Unidade da Federao ocorre no mesmo momento em que o armazm geral promove a sada da mercadoria depositada. O ICMS devido ao Estado no qual estiver localizado o armazm geral, remetente da mercadoria depositada. A Nota Fiscal de venda emitida pelo depositante no contm destaque do ICMS. Este ser efetuado na Nota Fiscal emitida pelo armazm geral, que recolher, na qualidade de contribuinte-substituto, o imposto devido pelo depositante. (Dec. n 14.876/91, arts. 58, II, a e 663)

    c) subseqentes tambm conhecida como substituio para frente ou progressiva, refere-se a operaes/prestaes futuras. H uma cobrana antecipada do imposto com base em uma base de clculo presumida.

    Exemplo:

    Na substituio tributria relativa s operaes subseqentes a antecipao pode ser, quanto s fases de circulao da mercadoria:

    9 parcial abrange apenas a sada seguinte quela promovida pelo contribuinte-substituto;

    9 plena - abrange todas as sadas posteriores quela que o contribuinte-substituto promover, realizadas pelos sucessivos estabelecimentos adquirentes, contribuintes-substitudos, at a ltima fase da circulao interna, ou seja, at a sada do produto para o consumidor final.

    A substituio tributria progressiva plena pode ser, quanto ao valor do ICMS antecipado:

    9 com liberao nas sadas subseqentes fica dispensado qualquer outro pagamento do imposto;

    9 sem liberao o imposto dever ser recolhido quando o valor da antecipao retido pelo contribuinte-substituto for inferior quele cobrado pelo contribuinte-substitudo intermedirio na operao subseqente.

    A substituio tributria progressiva parcial tambm poder ser, quanto ao valor do ICMS antecipado, com ou sem liberao. Se for com liberao, a sada promovida pelo contribuinte-substitudo estar livre de cobrana do imposto. Sendo sem liberao, o contribuinte-substitudo dever debitar-se normalmente na sada que promover e apropriar os crditos do ICMS normal e do ICMS antecipado.

    Considerando as classificaes apresentadas, possvel enquadrar os regimes de substituio tributria progressiva adotados em Pernambuco da seguinte forma:

  • QUANTO S FASES DE CIRCULAO DA MERCADORIA

    QUANTO AO VALOR DO IMPOSTO ANTECIPADO

    PRODUTOS

    PLENA

    COM LIBERAO

    aparelho de barbear, lmina de barbear, navalha, isqueiro, lmpada, pilha e bateria eltricas, reator e starter (Dec. n 23.317/2001);

    cerveja, chope, refrigerante, gua mineral ou potvel, xarope ou extrato concentrados e bebidas eletrolticas (Dec. n 28.323/2005);

    combustveis e lubrificantes (Dec. ns19.114/96, 21.755/99, 23.977/2002 e 24.023/2002; Convnios ICMS 03/99, 139/2001, 02/2002, 54/2002);

    disco fonogrfico, fita virgem ou gravada e outros suportes para reproduo ou gravao de som ou imagem, filme fotogrfico ou cinematogrfico e slide (Dec. n 22.318/2000);

    trigo em gro, farinha de trigo, mistura de farinha de trigo, po, biscoitos, bolachas, bolos e outros produtos similares (Dec. n 27.987/2005)

    pneumticos, cmaras de ar e protetores de borracha (Dec. n 28.248/2005);

    produtos farmacuticos (Dec. n 28.247/2005); rao para animais domsticos (Dec. n

    27.031/2004) revendedor autnomo (Dec. n 14.876/91); sorvete (Dec. n 27.032/2004) tintas, vernizes, solventes, ceras,

    impermeabilizantes, piche e outros (Dec. n 18.503/95);

    veculos automotores (Dec. ns 14.876/91 e 23.217/2000).

    SEM LIBERAO

    cigarro, outros produtos derivados do fumo e papel de cigarro (Dec. n 14.876/91);

    cimento de qualquer espcie (Dec. n 14.876/91)

    PARCIAL

    SEM LIBERAO

    autopeas, artigos de armarinho, confeces em geral e tecidos, adquiridos em outra Unidade da Federao a estabelecimento industrial, atacadista ou importador que tenham firmado termo de acordo com a SEFAZ/PE (Dec. n 14.876/91, art. 58, XXVI);

    lcool etlico hidratado combustvel AEHC, lcool etlico anidro combustvel AEAC e lcool para fins no-combustveis, exceto quando acondicionado em embalagem prpria para venda no varejo a consumidor final (Dec. n 21.755/99).

    Tambm poder ser atribuda responsabilidade ao contribuinte-substituto em relao diferena de alquota nas entradas destinadas a uso, consumo ou ativo fixo do estabelecimento adquirente deste Estado.

    O contribuinte-substituto sub-roga-se em todas as obrigaes do contribuinte-substitudo, relativamente s operaes/prestaes internas. A substituio tributria no exclui a responsabilidade do contribuinte-substitudo, na hiptese de o documento fiscal prprio no indicar o valor do imposto, objeto da substituio, quando o respectivo destaque for exigido pela legislao tributria.

    O regime de substituio tributria pode ser adotado apenas por um Estado, neste caso abrangendo os contribuintes nele situados, ou por vrias Unidades da Federao, mediante a celebrao de um acordo (convnio ou protocolo).

    SUBSTITUIO TRIBUTRIA REGRAS GERAIS 8

  • SUBSTITUIO TRIBUTRIA REGRAS GERAIS

    9

    Fbrica de cerveja

    (contribuinte-substituto)

    Fbrica de cerveja

    (contribuinte-substituto)

    Venda

    No h substituio

    2. INAPLICABILIDADE DA SUBSTITUIO (Dec. n. 19.528/96, art. 3)

    A substituio tributria no se aplica:

    a) quando o estabelecimento destinatrio for contribuinte-substituto em relao mesma mercadoria;

    Exemplo:

    b) quando se tratar de transferncia para outro estabelecimento, exceto varejista, do respectivo contribuinte-substituto, hiptese em que o adquirente assumir a condio contribuinte-substituto quando promover a sada da mercadoria para contribuinte no dispensado da substituio;

    Exemplo:

    A condio de transferncia no est condicionada ao fato de ter sido a mercadoria produzida pelo estabelecimento remetente. Sendo assim, no haver substituio mesmo quando a mercadoria transferida pelo contribuinte-substituto houver sido adquirida de terceiros.

    c) nas remessas em que a mercadoria deva retornar ao estabelecimento remetente e no respectivo retorno;

    Exemplo:

    Fbrica de pneumticos

    Transferncia Filial

    atacadista

    Transferncia Filial varejista

    No h substituio H substituio

    Transferncia

    H substituio tributria

  • SUBSTITUIO TRIBUTRIA REGRAS GERAIS 10

    No h substituio tributria

    d) quando a mercadoria destinar-se industrializao, ressalvados os casos expressamente indicados na legislao.

    Exemplo:

    Alm das hipteses mencionadas, devero ser observadas as regras de inaplicabilidade previstas nas normas especficas relativas a cada regime de substituio tributria.

    Fbrica de pneus (NBM/SH 3005)

    Fbrica de veculos

    automotores

    Venda

    No h substituio tributria

    Nesta hiptese os pneus sero utilizados como produtos intermedirios na fabricao de veculos automotores.

    Retorno* em 28/02/2005

    Remessa* em 01/01/2005

    Laboratrio de medicamentos

    (contribuinte-substituto)

    Exposio

    No h substituio tributria

    H suspenso do ICMS, nos termos do Dec. n 14.876/91, art. 11, IX, b,1, desde que a mercadoria retorne no prazo de 60 (sessenta) dias. A critrio da autoridade fazendria competente, o prazo para retorno poder ser prorrogado.

  • 3. CLCULO DO IMPOSTO RELATIVO S OPERAES OU PRESTAES ANTECEDENTES OU CONCOMITANTES (Dec. n 19.528/96, art. 4, I)

    3.1. Base de Clculo

    A base de clculo do ICMS substituto relativo s operaes ou prestaes antecedentes ou concomitantes o valor da operao praticada pelo contribuinte-substitudo.

    3.2. Clculo do Imposto

    O valor do imposto ser obtido pela aplicao da alquota prevista para a operao interna sobre a base de clculo definida no subitem anterior.

    O imposto relativo s operaes antecedentes ser recolhido pelo contribuinte-substituto quando:

    da entrada ou recebimento da mercadoria; da sada subseqente promovida pelo contribuinte-substituto;

    verificar-se qualquer sada ou evento que impossibilite a ocorrncia do fato determinante do pagamento do imposto.

    3.3. Exemplos

    a) Contribuinte inscrito neste Estado vende mercadoria sujeita a diferimento, por R$ 1.000,00, para contribuinte-substituto pelas entradas. Clculo do imposto devido por substituio tributria: (Substituio Tributria Antecedente)

    CLCULO DO ICMS DEVIDO POR SUBSTITUIO

    Base de clculo (R$) 1.000,00

    ( x ) Alquota interna (17%)

    ( = ) ICMS devido por substituio (R$) 170,00

    EMISSO DA NOTA FISCAL PELO CONTRIBUINTE-SUBSTITUDO

    CLCULO DO IMPOSTO Base Clculo do ICMS

    Valor do ICMS

    B. Clculo ICMS Substituio

    Valor ICMS Substituio

    Valor Total dos Produtos

    1.000,00* Valor do Frete

    Valor do Seguro Outras Despesas Acessrias Valor Total do IPI

    Valor Total da Nota

    1.000,00 *O contribuinte-substitudo dever cobrar do contribuinte-substituto o valor lquido da mercadoria (R$ 830,00), isto , sem o

    custo do ICMS. O contribuinte-substituto recolher o ICMS devido pelo vendedor.

    SUBSTITUIO TRIBUTRIA REGRAS GERAIS 11

  • ESCRITURAO DO REGISTRO DE SADAS PELO CONTRIBUINTE-SUBSTITUDO

    REGISTRO DE SADAS CONTRIBUINTE: INSCRIO ESTADUAL:

    CNPJ/MF:

    Valor

    Contbil

    ICMS Valores Fiscais

    Base de Clculo

    Alquota % ICMS

    Debitado

    ICMS-Substituio Isentas/ Tributadas

    Outras

    Estado Outra UF

    1.000,00 1.000,00

    ESCRITURAO DO REGISTRO DE ENTRADAS PELO CONTRIBUINTE-SUBSTITUTO

    REGISTRO DE ENTRADAS CONTRIBUINTE: INSCRIO ESTADUAL:

    CNPJ/MF:

    Valor Contbil

    ICMS Valores Fiscais

    OBS. Base de Clculo

    Alq. % ICMS

    Creditado

    ICMS-Substituio Isentas/ Tributadas

    Outras

    Fonte Entrada

    1.000,00 1.000,00

    170,00

    O contribuinte-substituto dever emitir Nota Fiscal de Entrada com o valor do ICMS diferido e efetuar o seu lanamento no Registro de Entradas, na coluna Contribuinte-Substitudo ICMS pela Entrada. (Port. SF n 393/84)

    b) Contribuinte situado no Rio Grande no Norte remete mercadoria, no valor de R$ 2.000,00, com ICMS destacado no valor de R$ 240,00, para armazm geral situado em Pernambuco. Em seguida vende a mercadoria armazenada para contribuinte situado neste Estado, por R$ 2.300,00. Clculo do imposto a ser recolhido pelo armazm geral: (Substituio Tributria Concomitante)

    ESCRITURAO DO REGISTRO DE ENTRADAS PELO ARMAZM GERAL REGISTRO DE ENTRADAS CONTRIBUINTE:

    INSCRIO ESTADUAL: CNPJ/MF:

    Valor Contbil

    ICMS Valores Fiscais

    OBS. Base de Clculo

    Alq.

    %

    ICMS

    Creditado

    ICMS-Substituio Isentas/ Tributadas

    Outras

    Fonte Entrada

    2.000,00 2.000,00 12 240,00

    ICMS DEVIDO NA VENDA DA MERCADORIA ARMAZENADA

    Base de clculo (R$) 2.300,00

    ( x ) Alquota interna (17%)

    ( = ) ICMS devido por substituio (R$) 391,00

    SUBSTITUIO TRIBUTRIA REGRAS GERAIS 12

  • ESCRITURAO DO REGISTRO DE SADAS PELO ARMAZM GERAL

    REGISTRO DE SADAS CONTRIBUINTE: INSCRIO ESTADUAL:

    CNPJ/MF:

    Valor

    Contbil

    ICMS Valores Fiscais

    Base de Clculo

    Alquota % ICMS

    Debitado

    ICMS-Substituio Isentas/ Tributadas

    Outras

    Estado Outra UF

    2.300,00 2.300,00 17% 391,00

    4. CLCULO DO IMPOSTO RELATIVO S OPERAES OU PRESTAES SUBSEQENTES (Dec. n 19.528/96, arts. 4, II, III, IV, 1 e 3, 9, 13 a 18; Dec. n 17.559/94, art. 2; Lei n 11.408/96, art. 18, II, d)

    Na substituio tributria relativa s operaes ou prestaes subseqentes a responsabilidade pela reteno e recolhimento do ICMS devido pelo adquirente (contribuinte-substitudo) atribuda ao remetente(contribuinte-substituto).

    A substituio tributria relativa s operaes ou prestaes subseqentes pode ocorrer com mercadoria procedente deste Estado, de outra Unidade da Federao ou do Exterior.

    4.1. Base de Clculo

    A determinao da base de clculo em relao s operaes ou prestaes subseqentes ser, esgotada sucessivamente cada possibilidade:

    - o preo final a consumidor, nico ou mximo, fixado por rgo ou entidade competente da Administrao Pblica;

    - o preo final a consumidor sugerido pelo fabricante ou importador;

    - o valor obtido pelo somatrio das seguintes parcelas, conforme a hiptese:

    mercadoria procedente deste Estado ou de outra Unidade da Federao:

    valor da operao ou prestao prpria realizada pelo contribuinte-substituto ou pelo contribuinte-substitudo intermedirio;

    montante dos valores de seguro, de frete e de outros encargos cobrados ou transferveis aos adquirentes ou tomadores de servio;

    margem de valor agregado, inclusive lucro, relativa s operaes ou prestaes subseqentes.

    mercadoria procedente do Exterior:

    base de clculo relativa ao ICMS de responsabilidade direta devido pela importao;

    margem de valor agregado, inclusive lucro, relativa s operaes ou prestaes subseqentes.

    A margem de valor agregado ser estabelecida tomando-se por base os preos praticados usualmente no mercado considerado, obtidos por levantamento, ainda que por amostragem ou atravs

    SUBSTITUIO TRIBUTRIA REGRAS GERAIS 13

  • de informaes e outros elementos fornecidos por entidades representativas dos respectivos setores, adotando-se a mdia ponderada dos preos coletados.

    Em substituio base de clculo obtida por meio da aplicao de margem de valor agregado, o Estado poder adotar como base de clculo o preo a consumidor final usualmente praticado no mercado considerado, relativamente ao servio, mercadoria ou sua similar, em condies de livre concorrncia.

    Regra geral, na substituio tributria relativa s operaes ou prestaes subseqentes no so considerados, para clculo do respectivo ICMS, descontos ou abatimentos, ainda que lquidos e certos.

    COMPOSIO DA BASE DE CLCULO DO ICMS DE RESPONSABILIDADE DIRETA RELATIVO IMPORTAO

    (Lei n 11.408/96, art. 6, V, c/c Dec. n 14.876/91, art. 14, VII, b)

    1. a base de clculo do ICMS de responsabilidade direta na entrada de mercadoria importada do exterior corresponde ao somatrio das seguintes parcelas:

    a) valor da mercadoria ou bem constante dos documentos de importao, observando-se:

    o preo da mercadoria expresso em moeda estrangeira ser convertido em moeda nacional pela mesma taxa de cmbio utilizada no clculo do Imposto de Importao, sem qualquer acrscimo ou devoluo posterior, se houver variao da taxa de cmbio at o pagamento do efetivo preo;

    o valor fixado pela autoridade aduaneira para base de clculo do Imposto de Importao, nos termos da lei aplicvel matria, substituir o preo declarado.

    b) valor dos impostos de Importao, sobre Produtos Industrializados e sobre Operaes de Cmbio;

    c) quaisquer despesas aduaneiras, assim consideradas as importncias devidas s reparties alfandegrias;

    d) outros impostos, taxas e contribuies.

    2. alm das parcelas mencionadas no item anterior, compor a base de clculo do ICMS o montante do prprio imposto. (Lei n 11.408/96, art. 6, 1, I; Dec. n 14.876/91, art. 14, 1; Instruo Normativa DAT n 007/2002).

    4.2. Clculo do Imposto

    Sobre a base de clculo ser aplicada a alquota prevista para as operaes ou prestaes internas. Do resultado sero deduzidos os valores do ICMS de responsabilidade direta do contribuinte-substituto e do ICMS relativo ao frete, quando por conta do destinatrio.

    4.3. Frete No Incluso na Base de Clculo

    Caso o valor do frete no tenha sido considerado na composio da base de clculo, o destinatrio dever recolher o imposto complementar. Nesta hiptese a base de clculo ser o valor do prprio frete, acrescido do percentual de agregao previsto para o produto. O valor do imposto corresponder ao resultado da aplicao da alquota interna da mercadoria sobre a base de clculo, deduzido o crdito fiscal relativo ao frete, se houver.

    4.4. Exemplos

    a) Contribuinte industrial deste Estado vende mercadoria sujeita substituio tributria para empresa situada em Pernambuco, por R$ 2.500,00, com IPI no valor de R$ 250,00 e frete FOB no valor de R$ 50,00. A mercadoria est sujeita ao regime de substituio tributria com liberao. A margem de valor

    SUBSTITUIO TRIBUTRIA REGRAS GERAIS 14

  • agregado relativa s operaes subseqentes de 40%. A alquota incidente na operao interna de 17%. Clculo do ICMS devido por substituio: (SUBSTITUIO TRIBUTRIA SUBSEQENTE)

    CLCULO DO ICMS SUBSTITUTO

    Valor da mercadoria 2.500,00

    ( + ) Valor do IPI 250,00

    ( + ) Valor do frete 50,00

    ( = ) Valor de partida 2.800,00

    ( + ) Agregao de 40% 1.120,00

    ( = ) BASE DE CLCULO DA SUBSTITUIO 3.920,00

    ( x ) Alquota (17%)

    ( = ) ICMS total 666,40

    ( - ) ICMS do remetente (2.500,00 x 17%) 425,00

    ( - ) ICMS sobre o frete* 0,00

    ( = ) ICMS SUBSTITUIO 241,40

    *H iseno na prestao interna de servio de transporte rodovirio de carga (Dec. n 14.876/91, art. 9, CXIX, a)

    EMISSO DA NOTA FISCAL PELO CONTRIBUINTE-SUBSTITUTO

    CLCULO DO IMPOSTO Base Clculo do ICMS 2.500,00

    Valor do ICMS 425,00

    B. Clculo ICMS Substituio 3.920,00

    Valor ICMS Substituio 241,40

    Valor Total dos Produtos 2.500,00

    Valor do Frete

    Valor do Seguro Outras Despesas Acessrias Valor Total do IPI 250,00

    Valor Total da Nota 2.991,40

    ESCRITURAO DO REGISTRO DE SADAS PELO CONTRIBUINTE-SUBSTITUTO

    REGISTRO DE SADAS CONTRIBUINTE: INSCRIO ESTADUAL:

    CNPJ/MF:

    Valor

    Contbil

    ICMS Valores Fiscais

    Base de Clculo

    Alquota % ICMS

    Debitado

    ICMS-Substituio Isentas/ Tributadas

    Outras OBS.

    Estado Outra UF

    2.750,00 2.500,00 17 425,00 241,40 ICMS-fonte: 241,40

    SUBSTITUIO TRIBUTRIA REGRAS GERAIS 15

  • ESCRITURAO DO REGISTRO DE ENTRADAS PELO CONTRIBUINTE-SUBSTITUDO

    REGISTRO DE ENTRADAS CONTRIBUINTE: INSCRIO ESTADUAL:

    CNPJ/MF:

    Valor Contbil

    ICMS Valores Fiscais

    OBS. Base de Clculo

    Alq.

    %

    ICMS

    Creditado

    ICMS-Substituio Isentas/ Tributadas

    Outras

    Fonte Entrada

    2.750,00 ICMS-fonte: 241,40

    b) Contribuinte deste Estado vende 1.000 unidades da mercadoria X, sujeita substituio tributria subseqente sem liberao, para empresa situada em Pernambuco, por R$ 3.000,00, com IPI no valor de R$ 300,00 e frete FOB no valor de R$ 200,00. A mercadoria possui preo unitrio de venda a consumidor sugerido pelo fabricante, no valor de R$ 5,00. Clculo do ICMS a ser retido por substituio: (Substituio Tributria Subseqente)

    CLCULO DO ICMS SUBSTITUTO

    Quantidade da mercadoria 1.000

    ( x ) Preo de venda a consumidor 5,00

    ( = ) Base de clculo da substituio 5.000,00

    ( x ) Alquota interna (17%)

    ( = ) ICMS Total 850,00

    ( - ) ICMS do remetente (3.000,00 x 17%) 510,00

    ( = ) ICMS SUBSTITUIO 340,00

    EMISSO DA NOTA FISCAL PELO CONTRIBUINTE-SUBSTITUTO

    CLCULO DO IMPOSTO Base Clculo do ICMS 3.000,00

    Valor do ICMS 510,00

    B. Clculo ICMS Substituio 5.000,00

    Valor ICMS Substituio 340,00

    Valor Total dos Produtos 3.000,00

    Valor do Frete

    Valor do Seguro Outras Despesas Acessrias Valor Total do IPI 300,00

    Valor Total da Nota 3.640,00

    ESCRITURAO DO REGISTRO DE SADAS PELO CONTRIBUINTE-SUBSTITUTO

    REGISTRO DE SADAS CONTRIBUINTE: INSCRIO ESTADUAL:

    CNPJ/MF:

    Valor

    Contbil

    ICMS Valores Fiscais

    Base de Clculo

    Alquota

    %

    ICMS

    Debitado

    ICMS-Substituio Isentas/ Tributadas

    Outras

    Estado Outra UF

    3.300,00 3.000,00 17 510,00 340,00 ICMS-fonte: 340,00

    SUBSTITUIO TRIBUTRIA REGRAS GERAIS 16

  • ESCRITURAO DO REGISTRO DE ENTRADAS PELO CONTRIBUINTE-SUBSTITUDO

    REGISTRO DE ENTRADAS CONTRIBUINTE: INSCRIO ESTADUAL:

    CNPJ/MF:

    Valor Contbil

    ICMS Valores Fiscais

    OBS. Base de Clculo

    Alq.

    %

    ICMS

    Creditado

    ICMS-Substituio Isentas/ Tributadas

    Outras

    Fonte Entrada

    3.300,00 3.000,00 17 510,00 340,00 ICMS-fonte: 340,00

    c) Contribuinte deste Estado importa 14.000 aparelhos de barbear, NBM/SH 8212.10.20, sujeito ao regime de substituio tributria subseqente com liberao, por R$ 7.000,00, IPI no valor de R$ 700,00, Imposto de Importao no valor de R$ 400,00 e despesas aduaneiras no valor de R$ 200,00. A margem de valor agregado para o produto de 30%. Clculo do imposto devido por substituio: (Substituio Tributria Subseqente)

    ICMS RELATIVO IMPORTAO

    valor dos produtos 7.000,00

    ( + ) valor do IPI 700,00

    ( + ) Valor do Imposto de Importao 400,00

    ( + ) despesas aduaneiras 200,00

    ( = ) valor de partida 8.300,00

    ( / ) 0,83*

    ( = ) Base de clculo 10.000,00

    ( x ) Alquota de importao (17%)

    ( = ) ICMS relativo importao 1.700,00

    * Dividimos por 0,83, que corresponde a 100% - 17%, para incluir o montante do ICMS na sua base de clculo

    ICMS ANTECIPADO

    Valor de partida 10.000,00

    ( + ) Agregao de 30% 3.000,00

    ( = ) BASE DE CLCULO 13.000,00

    ( x ) Alquota (17%)

    ( = ) ICMS total 2.210,00

    ( - ) ICMS relativo importao 1.700,00

    ( =) ICMS antecipado 510,00

    SUBSTITUIO TRIBUTRIA REGRAS GERAIS 17

  • EMISSO DA NOTA FISCAL DE ENTRADA

    DADOS DO PRODUTO

    Cdigo

    Descrio dos Produtos

    Cl Fiscal

    Situao

    Tributria

    Unidade

    Quantidade

    Valor

    Unitrio

    Valor

    Total

    Alquotas Valor do IPI

    ICMS IPI

    aparelho de barbear 8212.10.20 010 un 14.000 0,50 7.000,00 17 10 700,00

    CLCULO DO IMPOSTO Base Clculo do ICMS 10.000,00

    Valor do ICMS 1.700,00

    Base Clculo ICMS Substituio 13.000,00

    Valor ICMS Substituio 510,00

    Valor Total dos Produtos 7.000,00

    Valor do Frete

    Valor do Seguro Outras Despesas Acessrias 600,00

    Valor Total do IPI 700,00

    Valor Total da Nota 10.510,00*

    * De acordo com a Instruo Normativa DAT n 019/96, alterada pela Instruo Normativa DAT n 019/2001, o Valor Total da Nota corresponde ao valor total dos produtos acrescido do montante relativo aos seguintes itens, quando for o caso, se no contidos no preo:

    frete seguro IPI ICMS devido por substituio tributria ICMS incidente sobre a importao demais despesas acessrias.

    5. CLCULO DO IMPOSTO RELATIVO S MERCADORIAS DESTINADAS A USO, CONSUMO OU ATIVO FIXO (Lei 11.408/96, art. 17, 3; Dec. n 19.528/96, art. 4, 4, II;Dec. n 14.876/91, art. 3, XII)

    Ocorre fato gerador do ICMS na entrada de mercadoria procedente de outra Unidade da Federao e destinada a integrar o ativo fixo ou ao uso ou consumo do adquirente. Relativamente a alguns produtos, a cobrana do respectivo ICMS efetuada por meio da substituio tributria.

    5.1. Base de Clculo

    A base de clculo ser o valor da operao na Unidade da Federao de origem da mercadoria.

    5.2. Clculo do Imposto

    O imposto a ser recolhido ser o valor resultante da aplicao do percentual equivalente diferena entre a alquota interna e a interestadual sobre a base de clculo.

    5.3. Exemplo

    Contribuinte transportador de cargas deste Estado adquire pneus na Paraba, para uso, por R$ 2.500,00, com IPI no valor de R$ 100,00. Clculo do ICMS a ser retido por substituio:

    SUBSTITUIO TRIBUTRIA REGRAS GERAIS 18

  • Valor da mercadoria 2.500,00

    ( + ) Valor do IPI 100,00

    ( = ) Valor da operao 2.600,00

    ( x ) Diferena de alquota (17% - 12% = 5%)

    ( = ) ICMS SUBSTITUTO 130,00

    6. RESSARCIMENTO (Dec. n 19.528/96, arts. 17 ,18, II, c,19, II, b, 21, 22 e 23)

    O ressarcimento um mecanismo que permite ao contribuinte-substitudo, relativamente substituio tributria progressiva, recuperar o ICMS que houver sido antecipado a maior.

    O ressarcimento do imposto retido poder ocorrer nas seguintes hipteses:

    sada da mercadoria para outra unidade da Federao com reteno do imposto por substituio tributria;

    desfazimento do negcio antes da entrega da mercadoria, quando no for possvel adotar a restituio prevista no item 7 deste Informativo Fiscal;

    O contribuinte-substitudo realiza operao interestadual. Verifica-se,

    adotando o sistema normal de tributao, que o valor do ICMS

    devido na operao interestadual inferior carga tributria suportada

    quando da substituio.

    O contribuinte-substituto vende a

    mercadoria e retm do

    contribuinte-substitudo o ICMS-fonte.

    O contribuinte-substitudo emite Nota Fiscal de ressarcimento para o

    contribuinte-substituto.

    O contribuinte-substituto realiza nova venda para o contribuinte-substitudo e deduz, do ICMS-fonte a ser recolhido, o valor destacado na Nota Fiscal de

    ressarcimento.

    Na sada para outra Unidade da Federao, haver direito ao ressarcimento quando, em funo de diferena de alquota ou de base de clculo, o imposto que houver sido antecipado pelo contribuinte-substitudo for superior ao efetivamente devido na operao interestadual. Nesta hiptese o fornecedor da mercadoria deduzir da prxima reteno a ser efetuada em favor da Unidade da Federao do contribuinte-substitudo, em relao ao mesmo contribuinte, o valor do imposto a ser ressarcido.

    Esquematicamente temos:

    Poder ainda ser adotado o ressarcimento quando, no sistema com liberao, o contribuinte-substitudo tiver preponderncia de faturamento dos produtos sujeitos substituio em relao aos produtos no-sujeitos. Nesta hiptese o contribuinte-substitudo dever calcular o valor do ressarcimento e emitir Nota Fiscal de ressarcimento, nos termos do subitem 6.3 deste Informativo Fiscal, contendo o respectivo demonstrativo. O valor do ressarcimento dever ser lanado no RAICMS, no quadro Detalhamento Outros Crditos, com indicao da mencionada Nota Fiscal.

    SUBSTITUIO TRIBUTRIA REGRAS GERAIS 19

  • 6.1. Valor do Ressarcimento

    Na hiptese de sada para outra Unidade da Federao, para obteno do valor do ressarcimento, o contribuinte-substitudo dever adotar os procedimentos a seguir descritos:

    identificar a quantidade da mercadoria que tenha sado para outra Unidade da Federao;

    tomar como base de clculo a mesma que tenha sido adotada na antecipao original quando da aquisio efetuada pelo contribuinte-substitudo, observando-se que a mesma ser proporcional quantidade da mercadoria que tenha sado para a outra Unidade da Federao;

    sobre a base de clculo aplicar a alquota interna prevista para o produto;

    deduzir do valor encontrado no item anterior o dbito do imposto de responsabilidade direta do contribuinte-substitudo relativo operao interestadual.

    Nas hipteses de desfazimento do negcio e de sada para outro Estado no tributada, o valor do ressarcimento ser o total do ICMS retido pelo contribuinte-substituto na operao original, observada a proporcionalidade entre a quantidade da mercadoria vendida e da mercadoria adquirida com antecipao do imposto.

    6.2. Condies para o Ressarcimento

    Para que o contribuinte-substituto faa a compensao do valor do ressarcimento, devero ser atendidas as seguintes condies:

    o abatimento do imposto somente poder ocorrer em relao mesma Unidade da Federao e ao mesmo contribuinte;

    o valor do imposto retido por substituio tributria, a ser ressarcido, no poder ser superior ao valor retido originalmente pelo contribuinte-substituto;

    dever ser remetida, pelo contribuinte-substitudo, repartio fazendria do seu domiclio fiscal, cpia da GNRE relativa ao ICMS retido do contribuinte da outra Unidade da Federao, no prazo de 10 (dez) dias a contar do recolhimento do imposto;

    o contribuinte-substituto dever ter recebido do contribuinte-substitudo os seguintes documentos:

    Nota Fiscal de ressarcimento contendo o visto da unidade fazendria do domiclio fiscal do contribuinte-substitudo, responsvel pela verificao do pedido de ressarcimento;

    relao, em papel ou meio magntico, das Notas Fiscais referentes s sadas para outro Estado, com identificao do documento fiscal, da Unidade da Federao de destino, da quantidade e do valor da mercadoria, do valor do imposto de responsabilidade direta do remetente, bem como do valor do imposto retido pelo contribuinte-substituto quando da aquisio do produto.

    6.3. Nota Fiscal de Ressarcimento

    A Nota Fiscal de ressarcimento ser emitida pelo contribuinte-substitudo, em nome do respectivo fornecedor, devendo conter, alm das indicaes regulamentares, as seguintes:

    natureza da operao: ressarcimento;

    identificao da Nota Fiscal relativa sada para outra Unidade da Federao;

    SUBSTITUIO TRIBUTRIA REGRAS GERAIS 20

  • declarao: Nota Fiscal emitida para efeito de ressarcimento;

    valor do ressarcimento, com a demonstrao dos respectivos clculos, efetuados nos termos do subitem 6.1;

    Na via fixa da Nota Fiscal o contribuinte-substitudo deste Estado, titular do ressarcimento, dever fazer um demonstrativo contendo conta-corrente do valor do ressarcimento, com as seguintes informaes:

    Valor do ressarcimento contido nesta Nota Fiscal:.........................................................................; Saldo positivo de ressarcimento anterior, conforme NF-n - quando houver, se o valor do

    ressarcimento disponvel abranger mais de uma operao para compensao:...........................;

    Total do ressarcimento: corresponde ao somatrio do valor do ressarcimento relativo Nota Fiscal que est sendo emitida com o valor do saldo positivo de ressarcimento anterior;

    Valor do ICMS antecipado pelo fornecedor: valor do ICMS relativo operao posterior quela do recebimento, pelo fornecedor, de Nota Fiscal de ressarcimento, at o limite deste;

    Saldo positivo de ressarcimento: diferena entre o total do ressarcimento e o valor do ICMS antecipado pelo fornecedor na operao anterior. O saldo positivo do conta-corrente dever ser transportado para o demonstrativo da Nota Fiscal de ressarcimento subseqente.

    O fornecedor, na operao em que fizer a compensao do valor do ressarcimento com o valor do imposto antecipado, dever elaborar, no corpo da Nota Fiscal, o seguinte demonstrativo:

    a) Valor contido na NF de ressarcimento n ........: valor do ressarcimento constante de NF emitida pelo beneficirio;

    b) Saldo positivo de ressarcimento, conforme NF n ......: saldo positivo de ressarcimento, se houver, decorrente de apurao anterior efetuada no corpo de NF emitida para o mesmo beneficirio;

    c) Total do ressarcimento : somatrio dos valores indicados nas letras a e b;

    d) ICMS antecipado destacado nesta NF: valor do imposto antecipado relativo mercadoria a que se referir a NF;

    e) Saldo credor/devedor: diferena entre os valores indicados nas letras c e d. O saldo devedor corresponde ao valor do ICMS-fonte a ser recolhido a este Estado. O saldo credor dever ser considerado na prxima compensao com o mesmo contribuinte-substitudo.

    Relativamente hiptese de desfazimento do negcio, a Nota Fiscal de Ressarcimento conter, alm das exigncias regulamentares:

    natureza da operao: ressarcimento;

    identificao da Nota Fiscal emitida para acobertar a mercadoria objeto do negcio desfeito;

    declarao: Nota Fiscal emitida para efeito de ressarcimento.

    SUBSTITUIO TRIBUTRIA REGRAS GERAIS 21

  • NOTA:

    Quando o contribuinte-substituto for importador, poder, no momento do desembarao aduaneiro, deduzir o valor do ressarcimento. Para isso dever ter emitido Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, relativa ao valor do ressarcimento, em nome da Secretaria da Fazenda, que contenha:

    no quadro Destinatrio/Remetente, os dados relativos Secretaria da Fazenda; no quadro Emitente, no campo Natureza da Operao, a indicao

    Ressarcimento;

    no quadro Dados Adicionais, no campo Informaes Complementares, ou no corpo do documento fiscal, demonstrativo contendo conta corrente do valor do ressarcimento, conforme subitem 6.3 deste Informativo Fiscal;

    visto da unidade fazendria responsvel pela verificao do pedido de ressarcimento. Na Nota Fiscal relativa importao dever constar o demonstrativo previsto no subitem 6.3 deste Informativo.

    6.4. Escriturao da Nota Fiscal de Ressarcimento

    A Nota Fiscal de ressarcimento emitida pelo contribuinte-substitudo dever, conforme a hiptese, ser escriturada da seguinte forma:

    Sistema com Liberao

    contribuinte-substitudo: no Registro de Sadas, na coluna Documento Fiscal, indicando-se o seu valor na coluna Observaes, onde ser elaborado demonstrativo na folha de encerramento de cada perodo fiscal, indicando-se as Notas Fiscais de ressarcimento emitidas, os respectivos valores e o fornecedor destinatrio;

    contribuinte-substituto: no Registro de Entradas, nas colunas Documento Fiscal e Observaes, indicando-se nesta: ressarcimento do imposto retido;

    Sistema sem Liberao

    contribuinte-substitudo: no Registro de Sadas, na coluna ICMS Normal Debitado. Este lanamento visa estornar o crdito fiscal lanado na escrita do contribuinte;

    contribuinte-substituto: no Registro de Entradas, nas colunas Documento Fiscal e Observaes, indicando-se nesta: ressarcimento do imposto retido;

    6.5. Exemplos

    1) Contribuinte deste Estado adquire em So Paulo, por R$ 1.000,00, 300 unidades do produto x, sujeito ao regime de substituio tributria. O valor da base de clculo para obteno do ICMS-fonte foi R$ 1.300,00 e a alquota de 17%. Metade da mercadoria revendida para contribuinte situado no Estado da Paraba, por R$ 750,00, com reteno e recolhimento do ICMS devido por substituio tributria. Clculo do valor do ressarcimento e elaborao do demonstrativo na respectiva Nota Fiscal:

    CLCULO DO ICMS TOTAL RELATIVO ANTECIPAO

    QUANDO DA AQUISIO DA MERCADORIA PROPORCIONAL QUANTIDADE REVENDIDA

    Base de Clculo Proporcional Quantidade Revendida

    SUBSTITUIO TRIBUTRIA REGRAS GERAIS 22

  • QUANTIDADE DE MERCADORIA

    BASE DE CLCULO

    300 1.300,00

    150 x

    x = 650,00

    Base de clculo adotada na antecipao original 650,00

    ( x ) Alquota interna (17%)

    ( = ) ICMS TOTAL 110,50

    CLCULO DO IMPOSTO DE RESPONSABILIDADE DIRETA

    DO CONTRIBUINTE-SUBSTITUDO

    Base de clculo 750,00

    ( x ) Alquota interestadual (12%)

    ( = ) ICMS de responsabilidade direta do contribuinte-substitudo 90,00

    CLCULO DO RESSARCIMENTO

    ICMS relativo antecipao original proporcional quantidade revendida

    110,50

    ( - ) ICMS de responsabilidade direta na sada para a Paraba 90,00

    ( = ) Valor do ressarcimento 20,50

    DEMONSTRATIVO A SER ELABORADO NA VIA FIXA DA NF DE RESSARCIMENTO

    EMITIDA PELO CONTRIBUINTE-SUBSTITUDO

    (a) Valor do ressarcimento contido nesta Nota Fiscal 20,50

    (b) Saldo positivo de ressarcimento anterior 0

    (c) Total do ressarcimento (a+b) 20,50

    (d) Valor do ICMS antecipado pelo fornecedor 0

    (e) Saldo positivo de ressarcimento 20,50

    2) O contribuinte deste Estado, referido no exemplo anterior, faz nova aquisio, ao mesmo fornecedor, de 200 dzias do produto x, por R$ 866,00, com ICMS retido no valor de R$ 130,77. Demonstrao da compensao do ressarcimento:

    SUBSTITUIO TRIBUTRIA REGRAS GERAIS 23

  • DEMONSTRATIVO A SER ELABORADO NA NF PELO FORNECEDOR

    (a) Valor contido na NF de ressarcimento emitida no exemplo anterior 20,50

    (b) Saldo positivo de ressarcimento 0

    (c) Total do ressarcimento 20,50

    (d) ICMS destacado nesta NF 130,77

    (e) Saldo devedor* (110,27)

    *O saldo devedor corresponde ao valor do ICMS-fonte a ser recolhido a este Estado.

    7. RESTITUIO (Dec. n 19.528/96, art. 20)

    O contribuinte-substitudo tem direito restituio do valor total do imposto pago por substituio tributria progressiva nas seguintes hipteses:

    - quando o fato gerador presumido no se realizar;

    - quando a operao que promover estiver contemplada com qualquer espcie de desonerao total do imposto.

    Formulado o pedido de restituio e no havendo deliberao no prazo de 90 (noventa) dias, o contribuinte-substitudo poder creditar-se, em sua escrita fiscal, do valor objeto do pedido, devidamente atualizado segundo os mesmos critrios aplicveis ao tributo. Sobrevindo deciso administrativa contrria irrecorrvel, o contribuinte-substitudo, no prazo de 15 (quinze) dias da respectiva cincia, proceder ao estorno dos crditos lanados, tambm devidamente atualizados, com pagamento dos acrscimos legais cabveis.

    8. DEVOLUO E DESFAZIMENTO DO NEGCIO

    8.1. Devoluo (Dec. n 19.528/96, art. 24; Dec. n 14.876/91, arts. 677 a 683)

    Quando o contribuinte-substitudo, relativamente substituio tributria progressiva, promover a devoluo de mercadoria cujo imposto tenha sido retido por substituio tributria, poder adotar um dos procedimentos a seguir indicados:

    destacar na Nota Fiscal o ICMS normal e o valor do ICMS relativo substituio;

    manter o valor do imposto retido como crdito fiscal.

    8.2. Desfazimento do Negcio (Dec. n 19.528/96, art. 25)

    O desfazimento do negcio far-se- antes da entrega da mercadoria, devendo ser adotado um dos procedimentos a seguir:

    se o imposto antecipado houver sido recolhido o contribuinte-substitudo dever requerer

    SUBSTITUIO TRIBUTRIA REGRAS GERAIS 24

  • a restituio do valor do imposto pago por fora da substituio tributria, nos termos do art. 20, I, do Decreto n 19.528/96. Caso o contribuinte-substitudo no tenha como utilizar o valor restitudo a ttulo de crdito, em razo de apenas operar com mercadorias sujeitas ao regime de antecipao com liberao, dever adotar o mecanismo de ressarcimento, conforme previsto no item 6 deste informativo, com a dispensa da apresentao da relao das Notas Fiscais referentes s sadas para outro Estado;

    se o imposto retido no houver sido recolhido:

    9 se a Nota Fiscal no houver sido lanada no Registro de Sadas, esta dever ser cancelada, nos termos do art. 94 do Decreto n 14.876/91;

    9 se a Nota Fiscal houver sido lanada no Registro de Sadas, o valor do ICMS substituto dever ser deduzido da coluna Contribuinte-Substitudo do Registro de Sadas. Os contribuintes obrigados a entregar o SEF devero efetuar o referido lanamento no quadro Ajustes da Apurao/Estorno de Dbitos.

    9. PROCEDIMENTOS RELATIVOS AO ESTOQUE (Dec. n 19.528/96, art. 29)

    Quando estabelecido o regime de substituio tributria progressiva para determinada mercadoria, o contribuinte-substitudo que dela tiver estoque deve fazer o seu levantamento e recolher o imposto antecipado.

    O levantamento deve ser feito relativamente s mercadorias em estoque na data imediatamente anterior vigncia do regime de substituio tributria.

    O recolhimento do imposto dever ser efetuado no prazo e condies fixados no decreto especfico que instituir o regime de substituio tributria para o produto.

    9.1. Clculo do ICMS sobre o Estoque

    O valor do ICMS relativo ao estoque dever ser obtido da seguinte forma:

    9 calcular o valor total do estoque do produto considerando o custo de aquisio mais recente;

    9 adicionar ao valor do estoque o resultado da aplicao do percentual estabelecido no decreto especfico que instituiu a substituio para o produto;

    9 aplicar sobre o valor obtido no item anterior a alquota prevista para as operaes internas com o produto, deduzindo-se do resultado o valor do crdito fiscal disponvel, se houver.

    9.2. Escriturao do Livro Registro de Inventrio

    Os produtos sujeitos ao regime de substituio tributria que compem o estoque devem ser escriturados no Registro de Inventrio com a observao: Levantamento do estoque existente em ......., para efeito do disposto no Decreto n............., de .................

    Cpias das folhas do Registro de Inventrio devero ser entregues repartio fazendria, contendo a escriturao do estoque, com a informao do montante do crdito fiscal que tenha sido utilizado para clculo do imposto.

    9.3. Exemplo

    SUBSTITUIO TRIBUTRIA REGRAS GERAIS 25

  • Comerciante deste Estado adquire, no ms de agosto, em outro Estado, por R$ 1.000,00, 100 unidades do produto X, com ICMS normal destacado no valor de R$ 70,00. No ms seguinte, a cobrana do ICMS relativo ao produto X passa a ser efetuada atravs do regime de substituio tributria progressiva com liberao das operaes subseqentes. A margem de valor agregado prevista para o produto de 30%. Clculo do ICMS relativo ao estoque, considerando que o contribuinte possua, em 31.08, 50 unidades do produto X:

    CLCULO DO ICMS SOBRE O ESTOQUE

    Quantidade de mercadoria em estoque 50

    ( x ) Custo unitrio mais recente (R$ 10,00)*

    ( = ) Valor do estoque 500,00

    ( + ) Margem de valor agregado de 30%

    ( = ) Base de clculo da antecipao 650,00

    ( x ) Alquota interna de 17%

    ( = ) ICMS total 110,50

    ( - ) Crdito fiscal proporcional ao estoque (R$ 70,00 x 50/100) 35,00

    ( = ) Imposto antecipado 75,50

    O contribuinte dever estornar o crdito fiscal relativo mercadoria em estoque, no valor de R$ 35,00. O estorno ser efetuado mediante lanamento do valor respectivo no RAICMS, no quadro Detalhamento Estorno de Crdito.

    10. EMISSO DA NOTA FISCAL (Dec. n 19.528/96, art. 12 e 13 a 18)

    Na substituio tributria progressiva devero ser observados os seguintes procedimentos relativamente emisso da Nota Fiscal:

    10.1. Emisso de Nota Fiscal pelo Contribuinte-Substituto

    O contribuinte-substituto dever emitir Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, que conter, alm das indicaes regulamentares, as seguintes:

    valor que tenha servido de base de clculo para a reteno;

    valor do imposto retido;

    nmero de inscrio no CACEPE, quando o contribuinte-substituto estiver situado em outra Unidade da Federao.

    Caso o contribuinte-substituto de outra Unidade da Federao no preencha a Nota Fiscal com os valores relativos ao ICMS retido por substituio tributria, o imposto ser cobrado do contribuinte adquirente deste Estado.

    10.2. Emisso de Nota Fiscal pelo Contribuinte-Substitudo

    O contribuinte-substitudo dever emitir Nota Fiscal que conter, alm das indicaes regulamentares, as seguintes:

    nas operaes internas:

    SUBSTITUIO TRIBUTRIA REGRAS GERAIS 26

  • 9 com outro contribuinte: destaque do ICMS normal e do ICMS antecipado, quando for o caso;

    9 com consumidor final: destaque do ICMS normal.

    nas operaes interestaduais:

    9 com contribuinte no sujeito antecipao: destaque do ICMS normal;

    9 com contribuinte sujeito antecipao: destaque do ICMS normal e do ICMS antecipado.

    Alm das indicaes mencionadas, a Nota Fiscal conter a declarao Livre de cobrana do ICMS Decreto n ........ O imposto destacado pelo contribuinte-substitudo ser meramente indicativo, servindo apenas para efeito de ressarcimento do emitente, salvo quanto ao antecipado na hiptese de o destinatrio situar-se em outro Estado.

    11. ESCRITURAO FISCAL

    A escriturao das operaes sujeitas ao regime de substituio tributria progressiva far-se- observando-se as normas a seguir descritas:

    11.1. Contribuinte-Substituto

    A escriturao das operaes praticadas pelo contribuinte-substituto obedecer as normas gerais de escriturao, observando-se que o ICMS retido dever ser escriturado no livro Registro de Sadas no quadro ICMS-Substituio.

    11.2. Contribuinte-Substitudo

    O contribuinte-substitudo, relativamente escriturao das operaes sujeitas ao regime de substituio, dever observar, alm das normas gerais de escriturao, as seguintes:

    11.2.1. Sistema sem Liberao

    a) Registro de Entradas o valor do imposto normal ser escriturado na coluna ICMS Creditado e o ICMS-fonte na coluna ICMS-Substituio Fonte;

    b) Registro de Sadas

    sada para consumidor final o dbito de responsabilidade direta ser lanado na coluna ICMS Debitado;

    sada para contribuinte localizado neste Estado, com recolhimento antecipado do imposto o valor do ICMS-fonte somado ao imposto normal ser lanado na coluna ICMS Debitado;

    sada para outro Estado, com recolhimento antecipado o valor do imposto retido dever ser lanado na coluna ICMS-Substituio Outra UF

    sada sem recolhimento antecipado do imposto normas gerais de escriturao;

    11.2.2. Sistema com Liberao

    a) Registro de Entradas sero escrituradas as colunas Documento Fiscal, Valor Contbil e Observaes;

    SUBSTITUIO TRIBUTRIA REGRAS GERAIS 27

  • b) Registro de Sadas:

    sada para outro Estado, com recolhimento antecipado do imposto sero escrituradas as colunas Valor Contbil e ICMS-Substituio Outra UF;

    sada no sujeita antecipao o imposto devido na operao e destacado no documento fiscal ser meramente indicativo, escriturando-se o valor da operao na coluna Valor Contbil;

    sada para consumidor final - o imposto devido na operao e destacado no documento fiscal ser meramente indicativo, escriturando-se o valor da operao na coluna Valor Contbil.

    SUBSTITUIO TRIBUTRIA REGRAS GERAIS 28

  • FONTES DE CONSULTA

    - Lei n 11.408/96

    - Decreto n 14.876/91

    - Decreto n 17.559/94

    - Decreto n 19.528/96

    - Apostila do curso Substituio Tributria, promovido em agosto de 1999, pela Escola de Administrao Fazendria - ESAFAZ e ministrado por Luiz Lustosa Roriz Carib.

    SUBSTITUIO TRIBUTRIA REGRAS GERAIS 29

  • DECRETO N 19.528, DE 30 DE DEZEMBRO DE 1996 (alterado pelos Decretos ns 20.188/97, 22.318/2000, 22.904/2000, 23.317/2001, 23.344/2001, 23.872/2001, 22.421/2002, 24.891/2002, 24.976/2002, 25.350/2003, 26.773/2004, 27.031/2004, 27.032/2004, 27.203/2004, 27.264/2004, 28.368/2005, 28.816/2006, 29.198/2006 e 31.640/2008)

    Consolida normas relativas ao regime de substituio tributria, dispe sobre hipteses de antecipao do ICMS, inclusive na importao, e d outras providncias.

    O GOVERNADOR DO ESTADO, no uso das atribuies que lhe so conferidas pelo art. 37, IV, da Constituio Estadual, considerando os Convnios ICMS 81/93, 19/94, 27/95, 30/95, 50/95, 79/95, 96/95 e 51/96, publicados no Dirio Oficial da Unio de 15 de setembro de 1993, 05 de abril de 1994, 07 de abril de 1995, 30 de junho de 1995, 30 de outubro de 1995, 13 de dezembro de 1995 e 07 de junho de 1996, bem como as normas contidas nos artigos 17 a 19 da Lei n 11.408, de 20 de dezembro de 1996,

    DECRETA:

    Captulo I

    Do Regime de Substituio Tributria

    Seo I

    Da Aplicabilidade da Substituio Tributria

    Art. 1 A responsabilidade pelo pagamento do ICMS, na qualidade de contribuinte-substituto, poder ser atribuda em relao ao imposto incidente sobre uma ou mais operaes ou prestaes, sejam antecedentes, concomitantes ou subseqentes (Lei n 11.408, de 20.12.96).

    1 A responsabilidade prevista no caput poder ser atribuda inclusive em relao ao valor decorrente da diferena entre as alquotas interna e interestadual, nas operaes que destinem bens e servios a consumidor final localizado em outro Estado, que seja contribuinte do imposto.

    2 Para efeito de exigncia do imposto por substituio tributria, inclui-se como fato gerador a entrada da mercadoria ou bem no estabelecimento adquirente ou em outro por ele indicado (Lei n 11.408, de 20.12.96).

    3 A partir de 01 de janeiro de 2004, considera-se contribuinte-substituto aquele definido como tal em protocolo ou convnio que tratar do regime de substituio tributria aplicvel mercadoria (Convnio ICMS 114/2003). (Dec. n 26.773/2004)

    Art. 2 Nas operaes internas e interestaduais com produto sujeito ao regime de substituio tributria, ao remetente indicado em norma especfica fica atribuda a responsabilidade pela reteno e recolhimento do ICMS, na qualidade de contribuinte-substituto, relativamente, conforme a hiptese (Convnio ICMS 81/93):

    I a todas as sadas subseqentes quela que o contribuinte-substituto promover, realizadas pelos sucessivos estabelecimentos adquirentes, contribuintes-substitudos, at a ltima fase da circulao interna, ou seja, at a sada do produto para o consumidor final;

    II apenas sada subseqente quela que o contribuinte-substituto promover, realizada pelo respectivo adquirente, contribuinte-substitudo, podendo repetir-se a substituio a cada fase da circulao da mesma mercadoria;

    III entrada para uso ou consumo ou ativo fixo do estabelecimento adquirente deste Estado, contribuinte do imposto, quando o remetente localizar-se em outra Unidade da Federao, quanto ao diferencial de alquota, sendo, at 31 de outubro de 1996, apenas quando o produto for tributado, nos termos do 4 do art. 4.

    SUBSTITUIO TRIBUTRIA REGRAS GERAIS 30

  • 1 O disposto neste artigo aplica-se inclusive:

    I nas seguintes hipteses em que o respectivo contribuinte-substitudo assumir a condio de contribuinte-substituto, salvo quando norma especfica dispuser de forma contrria:

    a) na sada promovida por contribuinte-substitudo, ainda que o imposto j tenha sido retido anteriormente, quando a mercadoria destinar-se a contribuinte de outro Estado (Convnio ICMS 81/93);

    b) quando a base de clculo e/ou a alquota utilizadas pelo contribuinte-substituto de origem, para o imposto antecipado, forem inferiores s fixadas para o varejista, nas seguintes condies:

    1. a modalidade de substituio adotada pelo substitudo intermedirio seja sem apurao de crditos e dbitos fiscais;

    2. o produto esteja sujeito a preo mximo ou nico de venda fixado pela autoridade competente cuja variao dependa da localizao do destinatrio varejista;

    3. o contribuinte-substitudo assuma a condio de contribuinte-substituto apenas em relao diferena a maior do imposto antecipado que houver retido do adquirente;

    II na sada com destino ao Municpio de Manaus e reas de Livre Comrcio, quando for o caso.

    2 Relativamente s operaes interestaduais:

    I a adoo do regime de substituio tributria depender de acordo especfico celebrado pelos Estados interessados;

    II quando o adquirente localizar-se em outra Unidade da Federao, o contribuinte-substituto deste Estado dever observar as normas ali estabelecidas, relativamente ao imposto, de competncia da referida Unidade da Federao de destino da mercadoria (Convnio ICMS 81/93).

    Seo II

    Da No-Aplicabilidade da Substituio Tributria

    Art. 3 A substituio tributria prevista no artigo anterior no se aplica:

    I quando o estabelecimento destinatrio for contribuinte-substituto em relao mesma mercadoria (Convnios ICMS 81/93, 96/95 e 51/96), ressalvada a hiptese de eventualidade de que trata o inciso I do 1 do artigo anterior;

    II a partir de 04 de outubro de 1993, quando se tratar de transferncia para outro estabelecimento, exceto varejista, do respectivo contribuinte-substituto, hiptese em que o adquirente assumir a condio de contribuinte-substituto quando promover a sada da mercadoria para contribuinte no dispensado da substituio (Convnio ICMS 81/93);

    III nas remessas em que a mercadoria deva retornar ao estabelecimento remetente e no respectivo retorno;

    IV quando a mercadoria destinar-se a industrializao, ressalvados os casos expressamente indicados na legislao.

    1 Quando for estabelecida a substituio tributria apenas para determinados Estados, as normas deste Decreto, nas operaes interestaduais, aplicam-se apenas quelas operaes que envolvam os Estados signatrios do respectivo acordo. (Dec. n 24.976/2002)

    2 Para efeito da no-aplicabilidade da substituio tributria de que trata este artigo: (Dec. n 24.976/2002)

    I a condio de contribuinte-substituto do destinatrio, prevista no inciso I do "caput", inclui aquela atribuda ao adquirente que tenha recebido a mercadoria por transferncia, nos termos do respectivo inciso II; (Dec. n 24.976/2002)

    II no perde a condio de transferncia a sada da mercadoria do contribuinte-substituto para estabelecimento do mesmo titular, exceto varejista, prevista no inciso II do "caput", ainda que a referida mercadoria no seja produzida pelo mencionado contribuinte-substituto. (Dec. n 24.976/2002)

    Captulo II

    SUBSTITUIO TRIBUTRIA REGRAS GERAIS 31

  • Do Clculo e do Recolhimento do Imposto Antecipado

    Seo I

    Das Disposies Gerais

    Subseo I

    Da Base de Clculo e da Alquota para Obteno do Valor do Imposto Antecipado

    Art. 4 Para clculo do imposto a ser retido pelo contribuinte-substituto, sero observadas as seguintes normas:

    I em relao s operaes antecedentes ou concomitantes, a base de clculo ser o valor da operao praticado pelo contribuinte-substitudo (Lei n 11.408, de 20.12.96);

    II em relao s operaes subseqentes, a base de clculo ser, esgotada sucessivamente cada possibilidade:

    a) tratando-se de mercadoria ou servio cujo preo final a consumidor, nico ou mximo, seja fixado por rgo ou entidade competente da Administrao Pblica, o mencionado preo;

    b) existindo preo final a consumidor, sugerido pelo fabricante ou importador, o mencionado preo;

    c) no demais casos, obtida pelo somatrio das parcelas seguintes:

    1. o valor da operao ou prestao prpria realizada pelo contribuinte-substituto ou pelo contribuinte-substitudo intermedirio;

    2. o montante dos valores de seguro, de frete e de outros encargos cobrados ou transferveis aos adquirentes ou tomadores de servio;

    3. a margem de valor agregado, inclusive lucro, relativa s operao ou prestaes subseqentes, que ser estabelecida tomando-se por base os preos usualmente praticados no mercado considerado, obtidos por levantamento, ainda que por amostragem ou atravs de informaes e outros elementos fornecidos por entidades representativas dos respectivos setores, adotando-se a mdia ponderada dos preos coletados;

    III a alquota a ser aplicada sobre a base de clculo prevista no inciso anterior ser aquela vigente para as operaes internas, relativamente mesma mercadoria;

    IV o valor do imposto antecipado ser obtido deduzindo-se do resultado do clculo previsto no inciso anterior o valor do imposto de responsabilidade direta do contribuinte-substituto.

    1 Para obteno da margem de valor agregado, alm dos critrios previstos no inciso II, "c", 3, do "caput", sero observados:(Dec. n 25.350/2003)

    I - os percentuais fixados em decreto do Poder Executivo, respeitados os limites mximos de agregao estabelecidos no Anexo nico ;(Dec. n 25.350/2003)

    II - a partir de 01 de janeiro de 2003, o preo a consumidor final usualmente praticado no mercado considerado, relativamente ao servio, mercadoria ou sua similar, em condies de livre concorrncia, adotando-se para sua apurao as regras estabelecidas no inciso II, "c", 3, do "caput" (ACR Lei n 12.335, de 23.01.2003).(Dec. n 25.350/2003)

    2 Na hiptese de responsabilidade tributria em relao s operaes antecedentes, o imposto devidos pelas referidas operaes ser pago pelo responsvel quando:

    I da entrada ou recebimento da mercadoria;

    II da sada subseqente por ele promovida, ainda que isenta ou no-tributada;

    III verificar-se qualquer sada ou evento que impossibilite a ocorrncia do fato determinante do pagamento do imposto.

    3 Na impossibilidade de incluso do valor do frete na composio da base de clculo, quando se tratar de responsabilidade tributria em relao s operaes subseqentes, observar-se-:

    I o recolhimento do imposto antecipado relativo ao frete de responsabilidade do estabelecimento destinatrio;

    SUBSTITUIO TRIBUTRIA REGRAS GERAIS 32

  • II a base de clculo do imposto referido no inciso anterior ser o valor do prprio frete, acrescido do percentual de que trata o inciso II, c, 3, do caput, e o 1, deduzido o respectivo crdito, se houver.

    4 Com referncia reteno relativa entrada para o ativo fixo ou uso ou consumo do contribuinte destinatrio, cujo remetente localizar-se em outro Estado, a base de clculo ser:

    I at 31 de outubro de 1996, o valor da operao sobre o qual deveria ter sido cobrado o imposto no Estado de origem, nos termos do art. 14, XXI, do Decreto n 14.876, de 12 de maro de 1991;

    II a partir de 01 de novembro de 1996, o valor da operao no Estado de origem, sendo o imposto a pagar o valor resultante da aplicao do percentual equivalente diferena entre a alquota interna e a interestadual sobre o mencionado valor (Lei n 11.408, de 20.12.96).

    5 Na hiptese de mercadoria sujeita substituio tributria, quando o destinatrio for inscrito no Cadastro de Contribuintes do Estado de Pernambuco CACEPE sob os regimes fonte ou microempresa, a base de clculo para o imposto antecipado ser aquela prevista no respectivo sistema especial, observados, quando for o caso, os percentuais de agregao especficos estabelecidos por mercadoria.

    Subseo II

    Do Recolhimento do Imposto Antecipado

    Art. 5 O recolhimento do imposto antecipado dever ser efetuado at o 9 (nono) dia do ms subseqente quele em que ocorrer a sada da mercadoria do estabelecimento do contribuinte-substituto, salvo quando norma especfica dispuser de forma diversa, observando-se:

    I quando se tratar de operaes internas, ser utilizado o Documento de Arrecadao Estadual DAE, conforme o disposto na legislao vigente;

    II quando se tratar de operaes interestaduais, estando o contribuinte-substituto localizado em outro Estado:

    a) o imposto retido dever ser recolhido: (Dec. n 23.344/2001)

    1. at 31 de dezembro de 1997, por meio da Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais GNR, em agncia do Banco do Estado de Pernambuco S.A. BANDEPE, se existente na praa do estabelecimento remetente, ou na sua falta, em agncia de qualquer banco oficial signatrio do convnio patrocinado pela Associao Brasileira dos Bancos Comerciais Estaduais ASBACE, ali localizada, ou ainda, na sua falta, em agncia do banco credenciado por este Estado, em conta especial, a crdito do Governo do Estado de Pernambuco (Convnio ICMS 81/93 e 27/95); (Dec. n 23.344/2001)

    2. a partir de 01 de janeiro de 1998, por meio da Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais GNRE, sendo: (Dec. n 23.344/2001)

    2.1. no perodo compreendido entre 01 de janeiro e 28 de junho de 1998, em agncia de qualquer banco instalada neste Estado; (Dec. n 23.344/2001)

    2.2. a partir de 29 de junho de 1998, em instituio financeira, oficial ou privada, signatria de contrato especfico de prestao de servio de arrecadao com a Secretaria da Fazenda, nos termos do Manuel Tcnico de Procedimentos para Captura Eletrnica da GNRE, ou conforme definido no padro da Federao Brasileira das Associaes de Bancos FEBRABAN para cdigos de barras, em conta especial, a crdito do Governo do Estado de Pernambuco (Ajuste SINIEF 11/97, Convnios Arrecadao 01/98 e 01/99); (Dec. n 23.344/2001)

    b) na hiptese da alnea anterior, o banco arrecadador dever repassar os valores arrecadados, na forma estabelecida em Convnio especfico, Secretaria da Fazenda do Estado de Pernambuco, de modo que os recursos estejam disponveis para este Estado (Convnio ICMS 81/93 e Convnios Arrecadao 01/98 e 01/99): (Dec. n 23.344/2001)

    1. at o 3 (terceiro) dia til aps o efetivo recolhimento, para a situao anterior celebrao do contrato mencionado na referida alnea, no seu subitem 2.2; (Dec. n 23.344/2001)

    2. at o 1 (primeiro) dia til aps o efetivo recolhimento, nos demais casos; (Dec. n

    SUBSTITUIO TRIBUTRIA REGRAS GERAIS 33

  • 23.344/2001)

    c) dever ser utilizada GNR especfica para cada Convnio ou Protocolo sempre que o contribuinte-substituto operar com mercadorias sujeitas ao regime de substituio tributria regido por normas diversas (Convnio ICMS 78/96).

    Art. 6 Na hiptese de o contribuinte-substituto localizar-se em outro Estado:

    I o recolhimento do imposto devido a este Estado dever ser efetuado em relao a cada operao, por ocasio da sada da mercadoria, por meio de GNRE, devendo a 3 (terceira) via deste documento acompanhar o transporte da mercadoria (Convnios ICMS 81/93 e 27/95): (Dec. n 24.891/2002)

    a) quando o referido contribuinte-substituto no indicar o nmero da respectiva inscrio no CACEPE nos documentos fiscais, conforme previsto no art. 26, II, em decorrncia das situaes a seguir indicadas, hiptese em que, a partir de 04 de outubro de 2001, dever constar do campo Informaes Complementares, da GNRE, o nmero da Nota Fiscal a que se referir o recolhimento do imposto (Convnios ICMS 95/2001 e 114/2003): (Dec. n 26.773/2004)

    1. no estar inscrito no CACEPE por no ter adotado o procedimento previsto no art. 26; (Dec. n 26.773/2004)

    2. a partir de 01 de janeiro de 2004, no lhe ter sido concedida a mencionada inscrio, aps adotado o procedimento indicado no art. 26; (Dec. n 26.773/2004)

    b) quando no houver o recolhimento do imposto antecipado;

    c) a partir de 01.10.2002, relativamente a cigarros e outros produtos derivados do fumo, nos termos do art. 58, XI, "b", do Decreto n 14.876, de 12.03.91, e alteraes, quando houver atualizao dos valores constantes da lista de preos fixados pelo fabricante, contribuinte-substituto, e este deixar de envi-la repartio fazendria, nos termos do 21, XVI e XVII, do art. 58 do referido Decreto, por mais de 30 (trinta) dias aps a referida atualizao (Convnio ICMS 68/2002) (Dec. n 24.891/2002)

    II no ocorrendo o recolhimento do imposto retido ou tendo havido reteno a menor, o imposto no retido ou retido a menor ser recolhido pelo adquirente localizado neste Estado:

    a) em momento posterior passagem da mercadoria pela primeira unidade fiscal deste Estado:

    1. no perodo de 01 de abril a 03 de setembro de 1995, relativamente a combustveis e lubrificantes;

    2. no perodo de 01 de abril de 1995 a 10 de maio de 1996, nos demais casos;

    b) por ocasio da passagem da mercadoria pela primeira unidade fiscal deste Estado:

    1. a partir de 04 de setembro de 1995, relativamente a combustveis e lubrificantes;

    2. a partir de 11 de maio de 1996, nos demais casos;

    III na hiptese do inciso anterior, a autoridade fazendria que fizer a cobrana antecipada do imposto na forma da ali prevista, considerando ser a responsabilidade deste do contribuinte-substituto do Estado de origem, quando este for signatrio de acordo que prev a respectiva substituio tributria, dever notificar o referido contribuinte-substituto, relativamente ao recolhimento do imposto efetuado pelo adquirente;

    IV na hiptese do inciso II, no passando a mercadoria por unidade fiscal neste Estado, o recolhimento ser efetuado, pelo adquirente, no prazo de 8 (oito) dias, contados da data de sada da mercadoria ou, na falta desta, da data de emisso da respectiva Nota Fiscal, devendo o adquirente proceder notificao prevista no inciso anterior;

    V na hiptese do inciso anterior, a cobrana do dbito ali prevista para ser feita ao adquirente, poder ocorrer em relao ao contribuinte-substituto;

    VI quando a substituio tributria for prevista apenas para determinados Estados, aplicar-se- o disposto nos incisos II a V, no que couber, se a mercadoria proceder de Estado no-signatrio do respectivo acordo;

    VII o imposto retido na fonte, a respectiva atualizao monetria e os acrscimos penais e moratrios correspondentes integraro o crdito tributrio do Estado de destino (Convnio ICMS 81/93).

    SUBSTITUIO TRIBUTRIA REGRAS GERAIS 34

  • Subseo III

    Da Antecipao com Liberao e sem Liberao do Imposto

    Art. 7 Nas subseqentes sadas das mercadorias tributadas de conformidade com as normas estabelecidas para a substituio tributria:

    I quando a mercadoria estiver sujeita antecipao com liberao do ICMS nas sadas subseqentes, fica dispensado qualquer outro pagamento do imposto;

    II quando a mercadoria estiver sujeita antecipao sem liberao do ICMS nas sadas subseqentes, o imposto ser recolhido na forma que dispuser a legislao especfica, observando-se:

    a) quando o imposto antecipado retido pelo contribuinte-substituto tiver sido inferior quele incidente sobre o valor efetivo da sada subseqente, de responsabilidade direta do contribuinte-substitudo, dever este recolher a diferena;

    b) quando, sendo a substituio at a ltima fase, o valor da antecipao retido pelo contribuinte-substituto for inferior quele cobrado pelo contribuinte-substitudo intermedirio, na operao subseqente, dever este recolher, como contribuinte-substituto, a parcela do imposto correspondente diferena;

    III quando da sada promovida por contribuinte-substitudo para outro Estado, este assumir a condio de contribuinte-substituto, independentemente de estar a mercadoria sujeita antecipao, com substituio, com ou sem liberao do imposto nas sadas subseqentes (Decreto n 18.503, de 23.05.95).

    Seo II

    Das Disposies Especficas Relativas Importao

    Art. 8 Quando o produto ou a operao estiverem sujeitos ao regime de substituio tributria, ao importador fica atribuda a condio de contribuinte-substituto, observando-se o disposto nesta Seo (Decreto n 19.112, de 10.05.96).

    Art. 9 Na hiptese do artigo anterior, para o clculo do imposto retido, ser observado o seguinte, alm das demais normas pertinentes:

    I no perodo de 01 de junho de 1995 a 10 de maio de 1996, para obteno da base de clculo, tomar-se como valor de partida o estabelecido para a hiptese de importao, conforme art. 14, VII, do Decreto n 14.876, de 12 de maro de 1991, a ele adicionando-se os acrscimos indicados na respectiva legislao especfica, inclusive o percentual de agregao prprio (Decreto n 18.503, de 23.05.95);

    II a partir de 11 de maio de 1996, ser adotada a base de clculo obtida nos termos do inciso anterior ou aquela prevista em pauta fiscal, prevalecendo o valor maior, devendo a mencionada pauta ser fixada, a critrio da Administrao Tributria:

    a) computando-se j no respectivo valor os acrscimos indicados na mencionada legislao especfica, inclusive o percentual de agregao prprio;

    b) estabelecendo-se o valor de partida, a ele devendo ser adicionados os acrscimos indicados na respectiva legislao especfica, inclusive o percentual de agregao prprio;

    III a alquota a ser aplicada sobre a base de clculo referida nos incisos anteriores ser aquela vigente para as operaes internas com a mesma mercadoria;

    IV o contribuinte poder beneficiar-se antecipadamente do abatimento do imposto ainda no recolhido relativo importao, sob a condio de que o recolhimento venha a ser efetivado no prazo legal.

    Art. 10. O recolhimento do imposto retido previsto no artigo ocorrer:

    I no perodo de 22 de julho de 1994 a 31 de maio de 1995, no prazo normal a que esteja sujeito o contribuinte importador, conforme o disposto no art. 52 do Decreto n 14.876, de 12 de maro de 1991, sendo o respectivo termo inicial o perodo fiscal em que ocorrer o correspondente desembarao aduaneiro (Decreto n 17.905, de 27.09.94);

    SUBSTITUIO TRIBUTRIA REGRAS GERAIS 35

  • II no perodo de 01 de junho de 1995 a 10 de maio de 1996, at o 9 (nono) dia do ms subseqente quele em que tenha ocorrido a operao de importao (Decreto n 18.503, de 23.05.95);

    III - a partir de 11 de maio de 1996 (Decreto n 19.112, de 10.05.96):

    a) at o 2 (segundo) dia til subseqente ao do fato gerador, nos termos do art. 600, 6 a 8 do Decreto n 14.876, de 12 de maro de 1991;

    b) no prazo previsto no inciso anterior, mediante credenciamento pela Secretaria da Fazenda, observando-se:

    1. o interessado dever formular pedido Diretoria de Administrao Tributria - DAT da mencionada Secretaria;

    2. o credenciamento somente ser concedido se o requerente estiver regular, perante a Secretaria da Fazenda, em relao ao recolhimento de qualquer dbito do imposto de sua responsabilidade direta ou indireta, inclusive o relativo a operaes de importao e a antecipao por substituio;

    3. para efeito do credenciamento previsto no item anterior, no ser considerado como regular o contribuinte que possua dbito do ICMS pendente de julgamento, na esfera administrativa ou judicial, decorrente de imposto lanado e no recolhido, relativo a importao ou a antecipao por substituio;

    Art. 11. Quando o produto ou a operao estiverem sujeitos ao regime de substituio tributria e o importador for varejista, o imposto relativo sada subseqente deste ser recolhido antecipadamente, no prazo previsto no inciso III do caput do artigo anterior, tomando-se por base de clculo e alquota aquelas mencionadas no art. 9, II e III, respectivamente.

    Captulo III

    Da Nota Fiscal e da Escriturao Fiscal

    Seo I

    Da Nota Fiscal

    Art. 12. Por ocasio da sada da mercadoria, o contribuinte-substituto emitir Nota Fiscal, que conter, alm das indicaes regulamentares (Convnio ICMS 81/93):

    I o valor que tenha servido de base de clculo para a reteno;

    II o valor do imposto retido;

    III o nmero de inscrio do remetente no CACEPE, quando localizado em outra Unidade da Federao.

    1 A emisso da Nota Fiscal sem as indicaes especficas previstas neste artigo implica exigncia do imposto que deveria ter sido retido, observado o disposto no art. 6 (Convnio ICMS 81/93).

    2 A Nota Fiscal emitida pelo contribuinte-substitudo, nas operaes com outro contribuinte, alm das exigncias previstas no caput, conter:

    I destaque do ICMS normal e do antecipado, quando o adquirente:

    a) for sujeito antecipao tributria;

    b) no sendo sujeito antecipao tributria, situar-se neste Estado;

    II destaque apenas do ICMS normal, nos demais casos;

    III declarao Livre de cobrana do ICMS Decreto n ............/9 .

    3 O ICMS destacado na Nota Fiscal nos termos do pargrafo anterior, ser meramente indicativo, para efeito de ressarcimento do emitente, salvo quanto ao antecipado, quando o contribuinte-substitudo destinatrio situar-se em outro Estado.

    Seo II

    Da Escriturao na Antecipao sem Liberao

    SUBSTITUIO TRIBUTRIA REGRAS GERAIS 36

  • Art. 13. Na hiptese de antecipao sem liberao do imposto nas operaes subseqentes, a escriturao ser efetuada com observncia das normas contidas nesta Seo.

    Art. 14. No que se refere escriturao do Registro de Entradas:

    I - relativamente ao contribuinte-substituto, sero observadas as normas gerais de escriturao;

    II relativamente ao contribuinte-substitudo, alm das normas gerais, observar-se- especialmente:

    a) na entrada de mercadoria com imposto recolhido antecipadamente, inclusive no caso de cobrana mediante Aviso de Reteno, aps o efetivo recolhimento, o valor do imposto normal ser escriturado na coluna ICMS Normal Creditado, e o ICMS-fonte, na coluna Contribuinte-Substitudo-ICMS-Fonte;

    b) na entrada de mercadoria procedente de outro Estado, sem destaque do imposto antecipado no correspondente documento fiscal ou calculado a menor, o lanamento da respectiva Nota Fiscal ser efetuado de acordo com as normas gerais de escriturao, devendo o destinatrio promover o recolhimento do referido imposto, desde que observado o disposto no art. 6, III;

    c) no ser objeto de estorno o crdito fiscal relativamente ao ICMS antecipado, nas seguintes hipteses:

    1. sada para outro Estado, sujeita ou no antecipao, observado o disposto nos artigos 21 a 23;

    2. perecimento, devendo, neste caso, o crdito referente ao ICMS normal ser estornado, observados os procedimentos relativos mercadoria segurada ou no, conforme o caso;

    3. sada direta para consumidor final.

    Art. 15. No que se refere escriturao do Registro de Sadas:

    I relativamente ao contribuinte-substituto, sero observadas as normas gerais de escriturao;

    II relativamente ao contribuinte-substitudo, alm das normas gerais, observar-se- especialmente:

    a) na sada da mercadoria para consumidor final, ser lanado o dbito de sua responsabilidade direta na coluna ICMS Normal Debitado;

    b) na sada de mercadoria para contribuinte localizado neste Estado, com recolhimento antecipado do imposto, o valor do ICMS-fonte somado ao imposto normal ser lanado na coluna ICMS Normal Debitado;

    c) na sada para outro Estado, com recolhimento antecipado do imposto, o valor deste dever ser lanado na coluna Contribuinte-Substituto para outro Estado, e o de sua responsabilidade direta, na coluna prpria;

    d) na sada de mercadoria sem recolhimento antecipado do imposto, sero observadas as normas gerais de escriturao.

    Seo III

    Da Escriturao na Antecipao com Liberao

    Art. 16. Na hiptese de antecipao com liberao do imposto nas operaes subseqentes, a escriturao ser efetuada com observncia das normas contidas nesta Seo.

    Art. 17. Relativamente ao contribuinte-substituto, alm das normas gerais de escriturao, ser observado o seguinte:

    I a Nota Fiscal de ressarcimento, recebida do contribuinte-substitudo, ser escriturada no Registro de Entradas, nas colunas sob o ttulo Documento Fiscal e Observaes, indicando-se nesta: ressarcimento de imposto retido;

    II o valor da referida Nota Fiscal de ressarcimento ser deduzido do prximo recolhimento

    SUBSTITUIO TRIBUTRIA REGRAS GERAIS 37

  • ao Estado de domiclio do emitente, elaborando-se o correspondente demonstrativo na coluna Observaes;

    III a efetivao do ressarcimento dar-se- segundo o disposto nos artigos 21 a 23.

    Art. 18. Relativamente ao contribuinte-substitudo, alm das normas gerais, observar-se- especialmente:

    I no Registro de Entradas, sero escrituradas as colunas sob ttulo Documento Fiscal e ainda:

    a) na entrada de mercadoria com imposto recolhido antecipadamente, as colunas Valor Contbil e Observaes, informando-se nesta tal circunstncia;

    b) se o imposto antecipado for exigido atravs de Aviso de Reteno, as colunas Valor Contbil e Observaes, informando-se nesta o nmero do Aviso de Reteno;

    c) na entrada de mercadoria sem o recolhimento antecipado ou antecipado a menor e sem Aviso de Reteno, a coluna Valor Contbil, devendo ainda o contribuinte, quando a mercadoria proceder de outro Estado:

    1. calcular o imposto antecipado, na forma do art. 4;

    2. escriturar o total devido na coluna Contribuinte-Substituto ICMS pela Entrada, vedada a utilizao do crdito;

    3. recolher o imposto apurado nos termos do item 1, sob o cdigo de receita 059-0, de acordo com o art. 6, II e III;

    II no Registro de Sadas, sero escrituradas as colunas sob o ttulo Documento Fiscal e Codificao, observando-se:

    a) na sada para outro Estado, com recolhimento antecipado do imposto, sero escrituradas as colunas Valor Contbil e Contribuinte-Substitudo - para outro Estado;

    b) na sada no sujeita antecipao tributria, o imposto devido na operao e destacado no documento fiscal ser meramente indicativo, escriturando-se o valor da operao na coluna Valor Contbil;

    c) a Nota Fiscal de ressarcimento, emitida nos termos do art. 21, ser escriturada nas colunas sob a denominao Documento Fiscal, indicando-se o seu valor na coluna Observaes, onde ser elaborado demonstrativo na folha de encerramento de cada perodo fiscal, identificando-se as Notas Ficais de ressarcimento emitidas, os respectivos valores e o fornecedor destinatrio;

    d) na sada para consumidor, observar-se- o disposto na alnea b.

    Art. 19. Na hiptese prevista nesta Seo, de antecipao com liberao do imposto nas operaes subseqentes, ser observado o seguinte:

    I se for estabelecida a forma de escriturao com lanamento de dbitos e crditos, conforme prevista nos artigos 13, 14 e 15, na sada interna promovida pelo contribuinte-substitudo, a base de clculo do ICMS de responsabilidade direta e do imposto antecipado fica limitada ao valor tomado como base de clculo do imposto antecipado, quando da aquisio efetuada pelo referido contribuinte-substitudo, ou ser o valor da operao de sada deste, se inferior quele, quando for o caso;

    II quando o adquirente, contribuinte-substitudo, operar com produtos sujeitos e produtos no- sujeitos substituio tributria:

    a) ocorrendo preponderncia de faturamento de produtos no-sujeitos antecipao: (Dec. n 23.344/2001)

    1. at 30 de junho de 2001, poder o contribuinte adotar sistemtica de creditamento do ICMS de responsabilidade direta do remetente e do imposto antecipado, desde que: (Dec. n 23.344/2001)

    1.1. comunique a opo repartio fazendria do seu domiclio fiscal; (Dec. n 23.344/2001)

    1.2. debite-se do imposto normalmente na sada que promover; (Dec. n 23.344/2001)

    1.3. promova nova substituio tributria, quando for o caso; (Dec. n 23.344/2001)

    SUBSTITUIO TRIBUTRIA REGRAS GERAIS 38

  • 2. a partir de 01 de julho de 2001, o contribuinte dever proceder conforme determina o artigo anterior; (Dec. n 23.344/2001)

    b) ocorrendo preponderncia de faturamento dos produtos sujeitos antecipao, poder, opcionalmente, observado o disposto no art. 21, adotar a sistemtica dos incisos I a IV do caput do art. 22 e ainda:

    1. emitir a Nota Fiscal em seu prprio nome, com o valor do ressarcimento, calculado na forma do 1, do art. 21, contendo o respectivo demonstrativo, previsto no seu 2;

    2. creditar-se do valor referido no item anterior na apurao do imposto relativo s operaes com os produtos no sujeitos substituio tributria do perodo fiscal, lanando no Registro de Apurao do ICMS, no quadro Detalhamento Outros Crditos, com indicao na mencionada Nota Fiscal;

    3. emitir, opcionalmente, uma Nota Fiscal englobando todos os ressarcimentos ocorridos em cada perodo fiscal, com identificao das Notas Fiscais correspondentes, para efeito do lanamento de que trata o item anterior.

    Captulo IV

    Do Direito Restituio por Reteno a Maior

    Art. 20. assegurado ao contribuinte-substitudo o direito restituio:

    I do valor total do imposto pago por for