86
TEOLOGIA PASTORAL Brasília-DF.

Teologia Pastoral (1)

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Teologia pastoral

Citation preview

  • TEOLOGIA PASTORAL

    Braslia-DF.

  • Elaborao

    Rita Estefnia Luz dos Passos Mattos

    Rogrio de Moraes Silva

    Produo

    Equipe Tcnica de Avaliao, Reviso Lingustica e Editorao

    Email do elaborador: [email protected]

    Telefone do elaborador: (61) 8155-4056

    Todos os direitos reservados.

    W Educacional Editora e Cursos Ltda.

    Av. L2 Sul Quadra 603 Conjunto C

    CEP 70200-630

    Braslia-DF

    Tel.: (61) 3218-8314 Fax: (61) 3218-8320

    www.ceteb.com.br

    [email protected] | [email protected]

    mailto:[email protected]

  • SUMRIO

    APRESENTAO .............................................................................................................

    ORGANIZAO DO CADERNO DE ESTUDOS E PESQUISA ...................................................

    INTRODUO ..................................................................................................................

    Unidade I MINISTRIO PASTORAL..........................................................................

    Captulo 1 Chamada Ministerial.................................................................

    Captulo 2 Aconselhamento Pastoral.........................................................

    Captulo 3 Funes Pastorais..................................................................

    Captulo 4 Preparao Ministerial e Vida Devocional...............................

    Captulo 5 O Sustento Pastoral.................................................................

    Captulo 6 Administrao do Tempo..........................................................

    Unidade II RELACIONAMENTO SOCIAL............................................................

    Captulo 7 Vida Social e Comunicao....................................................

    Unidade III DIMENSO MINISTERIAL................................................................

    Captulo 8 Ofcios Ministeriais.................................................................

    Unidade IV ADMINISTRAO PASTORAL...........................................................

    Captulo 9 Prticas Ministeriais................................................................

    Unidade V LITURGIA E ORDENANAS...............................................................

    Captulo 10 Liturgia de Culto e Ordenanas.............................................

    PARA (NO) FINALIZAR ....................................................................................................

    REFERNCIAS ............................................................................................................

  • APRESENTAO Caro aluno

    A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa rene elementos que se

    entendem necessrios para o desenvolvimento do estudo com segurana e qualidade.

    Caracteriza-se pela atualidade, dinmica e pertinncia de seu contedo, bem como pela

    interatividade e modernidade de sua estrutura formal, adequadas metodologia da

    Educao a Distncia EaD.

    Pretende-se, com este material, lev-lo reflexo e compreenso da pluralidade dos

    conhecimentos a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos especficos da

    rea e atuar de forma competente e conscienciosa, como convm ao profissional que

    busca a formao continuada para vencer os desafios que a evoluo cientfico-

    tecnolgica impe ao mundo contemporneo.

    Elaborou-se a presente publicao com a inteno de torn-la subsdio valioso, de modo

    a facilitar sua caminhada na trajetria a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na

    profissional. Utilize-a como instrumento para seu sucesso na carreira.

    Conselho Editorial

  • ORGANIZAO DO CADERNO

    DE ESTUDOS E PESQUISA Para facilitar seu estudo, os contedos so organizados em unidades, subdivididas em

    captulos, de forma didtica, objetiva e coerente. Eles sero abordados por meio de

    textos bsicos, com questes para reflexo, entre outros recursos editoriais que visam a

    tornar sua leitura mais agradvel. Ao final, sero indicadas, tambm, fontes de consulta,

    para aprofundar os estudos com leituras e pesquisas complementares.

    A seguir, uma breve descrio dos cones utilizados na organizao dos Cadernos de

    Estudos

    e Pesquisa.

    Provocao

    Pensamentos inseridos no Caderno, para provocar a reflexo sobre a

    prtica da disciplina.

    Para refletir

    Questes inseridas para estimul-lo a pensar a respeito do assunto

    proposto. Registre sua viso sem se preocupar com o contedo do texto.

    O importante verificar seus conhecimentos, suas experincias e seus

    sentimentos. fundamental que voc reflita sobre as questes propostas.

    Elas so o ponto de partida de nosso trabalho.

    Textos para leitura complementar

    Novos textos, trechos de textos referenciais, conceitos de dicionrios,

    exemplos e sugestes, para lhe apresentar novas vises sobre o tema

    abordado no texto bsico.

    Sintetizando e enriquecendo nossas informaes

    Espao para voc, aluno, fazer uma sntese dos textos e enriquec-

    los com sua contribuio pessoal.

    Sugesto de leituras, filmes, sites e pesquisas

    Aprofundamento das discusses.

  • Praticando

    Atividades sugeridas, no decorrer das leituras, com o objetivo

    pedaggico de fortalecer o processo de aprendizagem.

    Para (no) finalizar

    Texto, ao final do Caderno, com a inteno de instig-lo a

    prosseguir com a reflexo.

    Referncias

    Bibliografia consultada na elaborao do Caderno.

  • INTRODUO A Bblia a Palavra de Deus o nosso nico e perfeito manual. Nela nos inspiramos e

    dela aspiramos toda gama de conhecimentos, informaes, instrues e ordenanas de

    Deus simultaneamente reveladas com a manifestao de Sua vontade a nosso respeito,

    como Igreja de Cristo e individualmente.

    As Epstolas de Paulo a Timteo e a Tito so denominadas pastorais, em virtude de

    abordarem especificamente assuntos relacionados com as referncias ministeriais.

    Ent n mos m r s : "A liderana uma poderosa combinao de estratgia e

    carter. Mas se tiver de passar sem um deles, que seja estratgia" para o ministrio cai

    como luva.

    Comp r n o com o qu o Apstolo P ulo xortou Timt o: Procur pr s nt r-te a

    Deus aprovado, como obreiro que no tem de que se envergonhar, que maneja bem a

    palavra da verdade. 2 Timteo 2:15.

    A postura do obreiro indispensvel para o xito no ministrio Cristo.

    O ministrio pastoral pode ser descrito de muitas maneiras e exerc-lo significa realizar

    trabalhos diversificados.

    Ser pastor uma coisa e exercer o pastorado realizar atividades variadas. O pastor

    deve se projetar para alm do marco histrico de sua chamada. Ele avana rumo sua

    realizao profissional e vocacional, que o coloca na posio de o "profissional" mais

    solicitado da sociedade contempornea.

    Este caderno, portanto, tem o objetivo de proporcionar informaes acerca da

    Teologia Pastoral, com o compromisso de orientar os profissionais da rea de teologia,

    para que possam desempenhar suas atividades com eficincia e eficcia.

    Objetivos

    - Conhecer aspectos relevantes do Ministrio Pastoral

    - Identificar os aspectos do relacionamento Social Pastoral

    - Conhecer os Ofcios Ministeriais Pastorais

    - Identificar aspectos relevantes da Administrao Pastoral

    - Conhecer prticas de liturgia e ordenanas

  • UNIDADE I MINISTRIO PASTORAL

    Captulo 1 Chamada Ministerial

    Aos presbteros, que esto entre vs, admoesto eu, que sou tambm presbtero com eles, e testemunha das aflies de Cristo, e participante da glria que se h de revelar: Apascentai o rebanho de Deus, que est entre vs, tendo cuidado dele, no por fora, mas voluntariamente; nem por torpe ganncia, mas de nimo pronto; Nem como tendo domnio sobre a herana de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho. E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcanareis a incorruptvel coroa da glria. 1 Pedro 5.1-4

    1. O que Teologia Pastoral

    o estudo teolgico sobre o ministrio cristo abordando especfica e detalhadamente o

    dom de pastor: sua chamada, vida e ministrio.

    Teologicamente falando poderamos dividir a Teologia em seis perspectivas diferentes:

    1. Teologia Exegtica - procura estudar e interpretar os livros sagrados, como a

    Bblia e o Alcoro, atravs da exegese.

    2. Teologia Histrica descreve a histria do desenvolvimento da interpretao

    doutrinria.

    3. Teologia Dogmtica o estudo das verdades fundamentais da f como se

    nos apresentam nos credos e confisses da Igreja.

    4. Teologia Bblica traa o progresso da verdade atravs dos diversos livros

    da Bblia. Ex.: Expiao em Levticos, Efsios, Hebreus, o que Cristo, Paulo

    e Pedro dizem a respeito, etc.

    5. Teologia Sistemtica estuda as doutrinas principais da Bblia de forma

    ordenada, tpica e sistemtica.

  • 6. Teologia Prtica abrange os cursos de Homiltica, Organizao e

    Administrao Eclesistica, Liturgia, Educao Crist e Misses.

    A Teologia Pastoral ou do ministrio cristo seria enquadrada no ramo da Teologia

    Prtica, apesar de podermos abord-la em vrias perspectivas diferentes (holstica),

    dando maior relevncia a perspectiva bblica e prtica.

    2. Chamada Ministerial

    O chamado ao ministrio tem origem no prprio Deus que chama homens para

    exercerem as mais distintas tarefas em sua obra, e, como Ele soberano em seus

    desgnios, ento no existe um mtodo definido para a chamada divina ao ministrio

    pastoral. Existe sim o mtodo divino, soberano e poderoso.

    Jesus afirmou em Joo 15:16:

    Vocs no me escolheram, mas eu os escolhi para irem

    e darem fruto, fruto que permanea, a fim de que o Pai

    lhes conceda o que pedirem em meu nome.

    E em Joo 20:21:

    Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco;

    assim como o Pai me enviou, tambm eu vos envio a

    vs.

    A Bblia registra a chamada de vrios servos de Deus, e, por uma questo didtica

    apenas, queremos abordar alguns exemplos aqui.

    A Chamada com o Mtodo direto:

    - No - Gn 6.13

    - Abrao - Gn 12.1

    - Moiss - xodo 3.10

    - Samuel - I Sm 3.20

    - Isaias Is 6.9

    - Os Apstolos - Mc 1.17; Mt 4.18-22; Jo1.35-42

    - Paulo - At 26.19

  • A Chamada com o Mtodo indireto:

    - Jos - Gn 37.5-10 (Sonhos)

    - Josu Nm 27.18; Nm27.15-23; Dt 1.38;3.21;31.7,8.

    - Timteo - At 16.21

    Razo de Deus chamar ao ministrio:

    a- Declarar que o ministrio, nunca foi uma profisso no antigo Testamento.

    b- A garantia que a chamada divina faz o servo do Senhor superar obstculos

    considerados, pelo homem comum, insuperveis ou alm de qualquer

    possibilidade humana.

    c- A chamada acompanhada da misso.

    3. A Chamada ao mistrio da Pregao

    A pregao continua sendo uma das maiores exigncias do ministrio pastoral. Mas

    necessrio salientar que as igrejas no esperam que o pastor seja grande pregador,

    orador excelente nem expositor excepcional, mas simplesmente pregador.

    No exerccio da pregao, o pastor o profeta de Deus, aquele que representa o seu

    Senhor diante do povo, e o povo diante do seu Senhor. Seu lugar no plpito no pode

    ser substitudo por nenhum outro pregador. Por ser o dirigente da igreja e aquele que

    conhece as necessidades do rebanho, ele mesmo deve servir o alimento que as ovelhas

    necessitam.

    O pastor que se descuida do ministrio da pregao ou que no gosta de pregar, exercer

    um ministrio pastoral mudo em sua igreja. Todavia, o pastor no deve usar o tempo de

    meia hora ou mais disponvel pregao, para ralhar com os membros ou insult-los.

    Deve Ter cuidado para que a proclamao do evangelho no se converta em uma

    oportunidade para ele tratar de problemas pessoais.

    A pregao deve ser o blsamo que cura os ouvintes. Portanto, deve ser teraputica em

    sua recepo e aplicao. A finalidade divina que ela edifique e console o povo de

    Deus. Os bons pregadores no ferem com o sermo. Pelo contrrio, eles curam as

    feridas dos ouvintes.

    Mas h ocasies em que a pregao necessita ser tambm um chicote usado como

    exortao. Porem o pastor jamais a dever empregar de maneira negativa. At o uso do

  • chicote pode se transformar em algo positivo. O pastor deve fazer uso da exortativa para

    criar conscincia, corrigir, admoestar e consolar.

    Mas necessrio estarmos atentos para o fato de existirem crentes "masoquistas", que

    se deleitam com o castigo e a dor que os pregadores lhes podem infligir. Quanto mais

    rigorosamente pregar o pastor ou o pregador convidado, mais eles gostaro da pregao.

    E existem tambm os pregadores que se sentem satisfeitos quando castigam a

    congregao.

    MUITOS PASTORES SO DEFICIENTES NA PREGAO.

    AS CAUSAS DESSA DEFICINCIA SO MLTIPLAS:

    - No lem bons livros,

    - No estudam homiltica,

    - Nem estudam sermes nem de biografias de pregadores,

    - So preguiosos na leitura sistemtica da Bblia.

    - No tm o hbito de separar um dia da semana para preparar suas pregaes. Porm

    seria recomendvel que eles na segunda-feira mesmo, comeassem meditando na

    mensagem que pregaro no domingo, e continuassem assim durante toda a semana.

    - No dedicam um tempo para o enriquecimento da sua cultura teolgica. O ministro do

    evangelho deve ser um estudante durante toda a sua vida. Uma boa formao teolgica

    ajuda no desenvolvimento de um ministrio eficaz. Os cursos de homiltica motivam o

    pregador a corrigir-se e a superar-se.

    - No do pregao a importncia que ela merece. Para eles orar, reunir-se com os

    irmos e fazer visitas pastorais mais importante que a pregao. O certo que tudo

    isso importante, mais a pregao essencial. A mais importante avaliao que uma

    igreja evanglica pode fazer de um aspirante ao plpito ouvindo a sua pregao

    - Existem tambm aquelas pessoas que so contrrias a toda preparao homiltica.

    Pensam que a homiltica um produto humano, intelectual, algo que o pregador

    inventa. Mas a homiltica uma ferramenta que ajuda o pregador a organizar, preparar

    e entregar uma mensagem que Deus lhe deu, de maneira que o sermo alcance

    eficazmente o ouvinte.

    - Alguns so inimigos dos esboos anotaes, isso devido a sua incapacidade

    homiltica. Atacam o emprego dos esboos porque no sabem preparar um esboo, ou

    porque necessitam da disciplina para investir algumas horas, s vezes dias ou semanas,

  • em colaborao com o Esprito Santo, na preparao da mensagem divina que

    receberam de Deus.

    Muitas ideias ou pensamentos recebidos pelo pregador podem ser sementes de

    sermes poderosos. Deus d a mensagens aos pregadores atravs de meios simples,

    normais e naturais. O pregador deve estar sempre espera de mensagens.

    Muitos pregadores no gostam de pregar. Na vida existem muitas coisas

    desagradveis que temos de fazer. Nenhum pastor gosta de trabalhar no oramento de

    sua igreja. Porm, ele se v diante da necessidade da necessidade de prepar-lo em

    colaborao com uma comisso de finanas. Da mesma forma, pregar um requisito

    pastoral. Aquele que no gosta de pregar, que se dedique ento a ser um bom membro

    da igreja, e no um mal pastor.

    A homiltica uma arte que requer muita destreza. Fazer um esboo ou preparar

    notas para pregar uma capacidade que nem todos os pregadores possuem. Mas graas

    a Deus hoje em dia podem ser encontrados nas livrarias muitos livros de esboos.

    Esses livros sero de muita ajuda para pregadores que, por falta de experincia ou

    tempo, no podem preparar seus prprios esboos. necessrio salientar que, ao

    empregar um esboo preparado por outro, o pregador deve colocar nele seu toque

    pessoal. Deve adapt-lo ao seu estilo, acrescentando ou eliminando algo. Os ttulos

    muitas vezes podem ser substitudos por outros do agrado do pregador.

    O fato de o pregador no dominar a arte da homiltica no o desobriga de pregar

    com certa organizao. O pastor que no souber nem entender a tcnica de preparar um

    esboo bblico, ou expor por escrito a estrutura do sermo, no deve desanimar.

    4. Esboo de Pregao

    Apresentaremos a seguir uma maneira simples atravs da qual ele poder

    cumprir esse importante aspecto de seu ministrio.

    1. Escolha um tema ou um assunto sobre o qual voc gostaria de pregar. Esse

    tema pode surgir de sua mente iluminada pelo Espirito Santo, da leitura de um texto

    bblico, da leitura de um livro evanglico, de uma reflexo que voc fez, ou de uma

    observao casual.

    2. Depois de haver lido e refletido sobre o assunto que voc escolheu, ou lido

    textos bblicos relativos a esse tema, escreva no canteiro do pregador(seu espao de

    ideias para os sermes) qualquer pensamento que lhe ocorrer relacionado ao tema.

  • 3. Consulte comentrios bblicos, leia as passagens em diferentes verses

    bblicas, e escreva qualquer ideia nova que voc encontrar.

    4. Explore de novo o texto ou textos escolhidos, fazendo-lhes as seguintes

    perguntas, que so de muita utilidade na homiltica. Quem? Quando? O Que? Por Que?

    Como? Qual? Onde? O doutor Ceclio Arrasta chama a este processo de a invaso do

    texto, e comenta: "J dissemos que do choque de uma invaso dupla - do texto e do

    contexto - brota a luz. Esta luz produz o terceiro passo do processo, que a iluminao,

    o clmax. Nesse ponto o pregador estar pousando em terra firme, pois a meta foi

    alcanada. O pico mais alto e rebelde, o" Everest " da Bblia, foi alcanado e

    conquistado, produzindo-se assim uma ampla iluminao." (O Pregador Cristo e a

    Bblia, A Bblia de Estudo Mundo Hispano, p 112,1977).

    5. Pense agora em uma introduo que seja curta, atrativa e interessante. hora

    de voc escrever a concluso.

    6. Isto que voc j tem escrito suficiente para a pregao. Agora s lhe resta

    orar muito e deixar que o Espirito Santo lhe ajude. No momento da pregao e da

    mensagem, use muito a imaginao e acrescente ao s notas escritas. Mas no fique

    muito preso as notas; mantenha-se livre para us-las com naturalidade. Pregue

    confiando que o Senhor Jesus Cristo lhe ajudar enquanto voc estiver pregando.

    Nenhum pastor deve esquecer que a competio no plpito cada dia maior. Os

    pregadores do rdio e da televiso podem tentar substituir o pregador que entrega sua

    mensagem ao vivo, mais jamais podero substitu-lo. O rebanho do Senhor sempre

    espera esse alimento espiritual que cada domingo o seu pastor lhe d.

    5. O Pastor e o seu Preparo

    Sendo a Igreja composta de INDIVDUOS, evidente que o seu xito depende

    estreitamente das atitudes assumidas por cada indivduo que o compe. Principalmente

    do seu Pastor como o lder.

    A melhor maneira de tratarmos os outros est no fato de dar-lhes o que exigimos para

    ns mesmos ( Mt. 7. 12 ).

    preciso um claro entendimento entre as pessoas, principalmente no que se refere ao

    trato do intelecto, esclarecendo-se ento as palavras sobre o seu real significado ou

    ainda a terminologia mais utilizada no grupo. Difceis conflitos surgem entre,

  • indivduos que, em demoradas discusses, interpretam os significados diferentes

    mesma palavra ou termo. Assim tambm a preocupao com o ponto de vista

    psicossocial e o ponto de vista administrativo.

    Captulo 2 Aconselhamento Pastoral

    1. Aconselhamento e as Relaes Interpessoais

    O aconselhamento pastoral vem sendo desenvolvido durante sculos nas igrejas.

    Milhares de pessoas, ao redor do planeta, tm recebido ajuda e orientao como forma

    de superar momentos difceis da vida.

    Seu objetivo dar estmulo e orientao s pessoas

    que esto enfrentando perdas, decises difceis ou

    desapontamentos. Seu processo pode estimular o

    desenvolvimento sadio da personalidade; ajudar

    pessoas a enfrentar melhor as dificuldades da vida, os

    conflitos interiores e os bloqueios emocionais; auxiliar

    os indivduos, famlias e casais a resolver conflitos

    gerados por tenses interpessoais, melhorando a

    qualidade de seus relacionamentos; e finalmente ajudar

    as pessoas que apresentam padres de comportamento

    uto strutivos ou pr ssivos mu r vi .1

    O Papel dos pastores tm sido naturalmente o de conselheiros, j que sua posio e

    chamado lhes permitem estar prximos das pessoas que enfrentam dificuldades no seu

    dia a dia.

    De acordo com Wayne E. Oates:

    In p n nt qu l t nh si o su orm o, o

    pastor no tem o privilgio de escolher se vai ou no

    aconselhar os membros de seu rebanho, pois

    inevitvel que eles levem seus problemas at ele, em

    usc ori nt o um p l vr s ori .

    1 Collins Gary R., Aconselhamento Cristo: edio sculo 21 /

    Traduo Luclia Marques Pereira da Silva. So Paulo :Vida Nova, 2004.

  • 2. Pastor como conselheiro

    Na sociedade moderna existe muita procura de conselheiros educativos,

    matrimoniais, financeiros, legais, estudantis e clnicos. At para tomar certas decises

    necessrio a orientao de alguns conselheiros.

    O aconselhamento um amplo campo, e oferece ao pastor oportunidades nicas.

    As razes pelas quais muitos evanglicos procuram seus pastores em busca de conselho

    so:

    A. No se paga pelas consultas. Os pastores aconselham e orientam sabendo que

    isso faz parte do seu ministrio espiritual. Esta funo no trabalho remunerado, e sim

    um servio que ele presta.

    B. O pastor um representante de Deus que inspira confiana. Ele aconselha

    com tica. A ele vm os amigos e irmos na f para derramar suas lgrimas.

    C. Entre o pastor e os membros da igreja existem fortes laos de amizade. O

    pastor o amigo de todos; amado e estimado pelos membros que se sentem seguros ao

    entrar em seu gabinete pastoral.

    D. O pastor aplica seus conselhos dentro de um contexto cristo. Seu manual de

    aconselhamento e terapia a Bblia ; ele aconselha iluminado pelo Esprito Santo.

    O pastor conselheiro pode oferecer seus servios em muitas situaes e de

    vrias maneiras. Geralmente ele solicitado para aconselhar em situaes pr-

    matrimoniais, matrimoniais em casos de falecimento e em reunies de jovens.

    3. Conselhos a um rapaz e a uma moa que querem se casar

    Isto chamado de aconselhamento pr- matrimonial. Os noivos geralmente

    procuram o pastor quando querem traar seus planos para casar-se. O pastor deve

    orient-los a se conhecerem melhor antes do casamento. importante que eles

    conheam o carter um do outro, e seus deveres, interesses e motivaes. O pastor

    tambm deve incentiv-los a ler bons livros sobre o casamento. "O Ato Conjugal" ( A

    beleza do amor sexual ), escrito pelo casal La Hahaye normalmente indicado para os

    noivos.

    To logo os noivos tenham uma data para o casamento, o pastor deve marcar

    datas para aconselh-los antes do grande dia. Duas ou trs reunies seriam muito

  • benficas ao casal de noivos. O aconselhamento no deve ser deixado para a vspera do

    casamento.

    4. Conselhos a um casal com problemas em seu relacionamento matrimonial

    Neste caso, a principal funo do pastor ser:

    Perguntar,

    Observar,

    Escutar, e

    Esclarecer.

    O pastor nunca deve recomendar o divrcio nem a separao aos seus aconselhados.

    Eles devero tomar a deciso.

    bom tambm conversar com os conjugues separadamente, e finalmente com

    ambos. O conselheiro nunca deve tomar partido em favor de um dos conjugues. Esse

    aconselhamento visa levar o casal a iniciar uma readaptao proveitosa.

    O conselheiro deve ter muito cuidado quando estiver aconselhando uma mulher

    separada ou divorciada, pois h o risco da chamada transferncia psicolgica. Alguns

    conselheiros se envolvem tanto no problema da aconselhada, que sem querer nem

    perceber terminam se envolvendo emocionalmente. Tem havido casos em que o

    conselheiro foi seduzido pelo problema e a necessidade emocional da aconselhada.

    5. Conselhos aos vivos antes e depois do funeral de algum membro da igreja, ou

    de algum membro da famlia destes.

    Esse aspecto do aconselhamento muitas vezes no recebe a devida ateno. Desde o

    momento em que o pastor avisado do falecimento de algum membro da igreja, ou

    membro de algum parecido, seu dever colocar-se imediatamente em contato com os

    parentes da pessoa falecida, e fazer uma visita pastoral. Seus servios e orientao sero

    importantes na escolha do funerria, na resoluo de outros detalhes do funeral. Nesse

    momento de aflio, a ajuda do pastor extremamente necessria.

    Momento delicado e difcil o ter que identificar o cadver de um ente querido,

    mas muitas vezes o pastor tem que ir ao hospital ou ao necrotrio com os parentes do

    falecido, para ajud-los.

  • 6. Aconselhando a juventude.

    Enquanto houver adolescentes e jovens na igreja, o pastor no deixar de ter trabalho

    como conselheiro. A carga de aconselhar os jovens ser menor se o pastor nomear para

    eles um conselheiro dos jovens deve ler livros sobre essa faixa etria e sobre

    aconselhamento de jovens, e fazer cursos que lhe ajudem a tornar-se cada vez mais

    capaz.

    Para que o pastor conselheiro tenha xito em sua funo, deve esforar-se em

    conhecer a natureza, o carter, as atitudes e filosofias dos jovens. Alguns aspectos

    sobre os quais os jovens necessitam de conselhos so:

    (1) A independncia social e financeira.

    (2) O matrimonio.

    (3) Namoro e noivado.

    (4) O reconhecimento e o respeito.

    (5) O futuro.

    (6) Os relacionamentos familiares.

    (7) As experincias dos adultos.

    (8) As presses do grupo.

    Captulo 2 Funes Pastorais

    1. O Pastor como Dirigente

    A imagem do pastor diante do rebanho revela o nvel de sua liderana. Ser um

    bom dirigente no fcil nem difcil. Isso determinado pela prpria pessoa.

    Qualidades de um dirigente:

    A. Lder. Algum j disse que para uma pessoa ser lder necessita ter seguidores.

    Portanto, o lder a pessoa que convence os outros de que podem confiar nela, segui-la,

    e que sabe o que diz e faz. Todo lder genuno influencia nas aptides (capacidades) e

    atitudes (motivaes) dos demais.

  • B. Organizador. Todo bom dirigente um lder que organiza. Nenhuma

    organizao alcanar seus objetivos se no tiver hierarquia. O pastor dirigente deve ser

    o primeiro elo dessa cadeia de poder ou hierarquia. Ele permanecer sempre atento para

    que todos os departamentos da igreja estejam devidamente organizados.

    C. Supervisor. A organizao sem a superviso no consegue nada.

    Supervisionar significa avaliar e cuidar para que as coisas sejam feitas como foram

    propostas.

    Um bom dirigente est disposto a avaliar seu trabalho. No um perfeccionista,

    mas busca sempre o melhor. Est disposto a escutar a crtica construtiva e positiva dos

    demais.

    O fracasso de muitos est baseado no fato de eles quererem fazer tudo e ser

    tudo. Acreditam que sem ele nada se conseguir. Isto um erro. Na vinha do Senhor

    existe trabalho para todos. Um lder aprende a dar o sinal para que o povo marche.

    melhor delegar responsabilidades aos outros, e passar a supervisionar essas

    responsabilidades, do que tomar tudo para si e finalmente perceber que no capaz de

    dar conta de to grande responsabilidade.

    D. Administrador

    D.1. O Termo Bblico para Administrao.

    O t rmo signi ic ministr o um c s .

    No AT (Antigo Testamento) o termo est centrado ao redor do oficio do mordomo de

    uma casa e ainda a um administrador de palcios. As ocorrncias deste termo so

    poucas.

    Encontramos tambm no Novo Testamento, referncia ao termo administrao: em

    Lucas 16.117 na parbola do mordomo injusto. Lucas usa a palavra

    int rc m i v lm nt m outro lug r scr vo, s rvo, m s o signi icado mais

    provvel a algum que administra uma casa.

    O apstolo Paulo usa a palavra adaptando para a tarefa apostlica dele. A comunidade

    de Deus, as pessoas de Deus so a casa dEle que Ele constri pelo trabalho desses que

    Ele chamou tarefa, Deus delega e confia o cargo de despenseiro e mordomos da casa.

    Eles no so chamados para olhar seus prprios negcios domsticos. O pastor possui

    funes essenciais que quando bem realizadas, evidenciam, qualidades de um bom

    administrador e um bom mordomo da causa do Senhor.

  • D.2. Modelo de Administrao de Jesus

    Tenha um plano - Jesus tinha um plano e obedeceu a ele fielmente

    Esteja preparado - Jesus ensina-nos eficientemente a respeito do preparo, tanto por

    meio de seu prprio exemplo como de seu ensino.

    Escolha seus prprios colaboradores- Jesus, cuidadosamente, escolheu seus

    discpulos e fez isso de maneira atenciosa. Um dos doze o traiu, mas quem de ns teria a

    capacidade de escolher o empregado certo onze vezes em cada doze?

    Para preencher um cargo-chave, elimine todos os obstculos.

    Ensine- O Ensino foi marco da sua administrao

    Dirija-se a cada um em particular- Jesus investia tempo com a formao e preparo

    dos seus liderados

    No negocie com os Princpios inegociveis- Jesus investiu tempo ensinando o modo

    certo, insistia na maneira correta.

    Cuide de sua programao- Jesus era extremamente organizado.

    Enfrente a corrupo imediatamente- Jesus foi enrgico com os que estavam fazendo

    da casa de Deus de casa de negcio e covil de salteadores. Ele sabia o que estava

    acontecendo. Ele viu. Analise os fatos e, em seguida, aja! No adie sua ao. Acabe

    com o problema, acabe com o mal pela raiz e v em frente.

    Deixe tudo e descanse- Jesus demonstrou a necessidade de reservar tempo a ss para

    orar e refletir. Identificamos Jesus valorizando o horrio de dormir. Algumas ocasies e

    que todos os discpulos estavam acordados, mas Jesus dormia.

    Teste seu pessoal- Jesus investiu no treinamento do seu grupo

    Pratique boas relaes pblicas-obtenha um bom apoio logstico-

    Exera a humildade- Jesus nobremente servia aos liderados, nem por isso perdeu sua

    autoridade.

    Seja agradecido.

    Cuidado com os bajuladores.

    Desencoraje a competio por posio.

    Avalie os resultados- Elogie quando necessrio, mas mostre que sabe aonde quer

    chegar.

    Motive seus liderados - Reserve momentos para estarem em confraternizao.

    Relacionamento era forte na liderana de Jesus.

  • Conheas as famlias de sua Igreja- Jesus mostrou interesse por famlias. Curou a

    sogra de Pedro, repousou em casa de Zaqueu, esteve com Mateus, hospedou-se em casa

    de Marta, Maria e Lzaro. Sorriu e chorou com eles.

    Estabelea prioridades- Percebemos que Ele tinha tempo para tudo.

    2. O pastor como professor

    Os novos convertidos em especial devem ser discpulos do pastor. Os

    pastores que tm conseguido xito no ministrio o alcanaram porque alimentaram seus

    cordeirinhos recm-nascidos.

    Antes de o pastor recomendar o novo convertido para o batismo em guas, ele deve ter

    dado as instrues necessrias..

    Alm de o pastor ensinar aos novos convertidos de forma responsvel e

    contnua, a igreja tambm espera que pelo menos uma vez por semana ele seja professor

    de todos. No existe maior bno para o membro de uma igreja que reconhece que seu

    pastor professor e pregador.

    A. O pastor ensina verbalmente. Para isso ele deve preparar-se bem. Na

    pregao, ele pode improvisar, mas no ensino a improvisao revela falta de preparao.

    Os estudos bblicos tm que ter sequncia e continuidade.

    B. O pastor ensina com o seu exemplo. Os crentes aprendero atravs do

    exemplo que o pastor lhe der. A contradio de muitos pastores devido ao fato de eles

    ensinarem uma coisa e fazerem outra.

    3. O pastor como profeta.

    Muitos pastores esperam convidar um evangelista para que Deus lhes revele a

    enfermidades que existe sobre sue rebanho. O pastor que atua assim no est realizando

    um trabalho completo para Deus. Se algo vai mal com sua congregao, ele deve

    procurar a Deus, e certamente Deus lhe dar a revelao do problema.

    Alguns pastores gostam quando um pregador convidado prega exortando em sua

    igreja. O profeta fala a Palavra de Deus orientado pelo Espirito Santo, fazendo meno

    de eventos futuros, com clareza, tocando profundamente os ouvintes.

    4. O pastor como pacificador

  • Jesus disse: "Bem-aventurados os pacificadores, porque eles sero chamados

    filhos de Deus" (Mt. 5:9). Em toda igreja existem conflitos, os lderes lutam pelo poder

    e autonomia. Por isso o pastor tem que ser um pacificador.

    A causa do conflito na igreja algumas vezes o confronto entre a famlia do

    pastor e outra famlia. Tambm pode ser entre um lder e outro lder. O pastor deve ser

    sbio, no se colocando do lado de sua famlia, mas no meio das duas famlias. Se ele se

    deixar influenciar pelo parentesco, terminar pagando por toda a confuso.

    O fogo no pode ser combatido com fogo, mas sim com gua. Quando uma

    congregao est atravessando uma crise de poder, onde uns querem exercer toda a

    autoridade e outros apresentam resistncia, necessrio que o pastor seja objetivo e

    realista.

    O pastorado uma vocao divina. O homem que Deus chamou para ser

    encarregado e colocado nesse trabalho, no pode amedrontar-se. Mas para isto

    necessitar da convico de que jamais estar sozinho. No quero limitar o ministrio

    pastoral aos homens somente; sei que Deus tambm chamou mulheres para cargos de

    liderana. O mesmo Senhor Jesus Cristo ajudar o pastor ou lder, homem ou mulher, o

    desempenhar triunfalmente o ministrio recebido.

    5. O PASTOR COMO SERVO

    O Evangelho de Marcos h muitos sculos vem sendo chamado popularmente de

    Evangelho do servo. Com efeito, os quatro evangelhos propem-se apresentar uma

    viso panormica da pessoa, obra e grandeza de Jesus Cristo. particularmente

    importante o fato de que Jesus Cristo, o Bem Amado Filho de Deus e Salvador do

    mundo se permita ser chamado de servo. Ele no veio a este mundo para ser servido,

    mas servir e dar sua vida em resgate de muitos. Ao mesmo tempo em que Pedro

    proclamou, no Dia de Pentecoste o senhorio de Jesus Cristo (Deus o fez Senhor e

    Cristo, At 2.36), a Bblia dedica todo um captulo (Is 42) a considerao do ministrio

    J sus Cristo, O S rvo o S nhor. R l v nt cit-lo.

    Isaas 42

    Eis aqui o meu servo, a quem sustenho, o meu eleito, em quem se apraz a minha alma;

    pus o meu esprito sobre ele; ele trar justia aos gentios.

  • No clamar, no se exaltar, nem far ouvir a sua voz na praa.

    A cana trilhada no quebrar, nem apagar o pavio que fumega; com verdade trar

    justia.

    No faltar, nem ser quebrantado, at que ponha na terra a justia; e as ilhas

    aguardaro a sua lei.

    Assim diz Deus, o SENHOR, que criou os cus, e os estendeu, e espraiou a terra, e a

    tudo quanto produz; que d a respirao ao povo que nela est, e o esprito aos que

    andam nela.

    Eu, o SENHOR, te chamei em justia, e te tomarei pela mo, e te guardarei, e te darei

    por aliana do povo, e para luz dos gentios.

    Para abrir os olhos dos cegos, para tirar da priso os presos, e do crcere os que jazem

    em trevas.

    Eu sou o SENHOR; este o meu nome; a minha glria, pois, a outrem no darei, nem o

    meu louvor s imagens de escultura.

    Eis que as primeiras coisas j se cumpriram, e as novas eu vos anuncio, e, antes que

    venham luz, vo-las fao ouvir.

    Cantai ao SENHOR um cntico novo, e o seu louvor desde a extremidade da terra; vs

    os que navegais pelo mar, e tudo quanto h nele; vs, ilhas, e seus habitantes.

    Alcem a voz o deserto e as suas cidades, com as aldeias que Quedar habita; exultem os

    que habitam nas rochas, e clamem do cume dos montes.

    Deem a glria ao SENHOR, e anunciem o seu louvor nas ilhas.

    O SENHOR sair como poderoso, como homem de guerra despertar o zelo; clamar, e

    far grande rudo, e prevalecer contra seus inimigos.

    O verdadeiro pastor h de ser, primeiramente, um verdadeiro servo. Para ser lder ou

    senhor, necessrio em primeiro lugar disposio para aprender obedecer, a ser servo.

    Deus disse a Isaac que Abrao havia sido seu servo, (Gn 26. 24). Eis uma razo porque

    o Pai da f pode ser chamado amigo de Deus (Is 41. 8b). A vida tumultuada de Jac

    permitiu-lhe aprender srias lies da parte de Deus. Jac a princpio no deu

    importncia a uma vida de obedincia, no entanto, quando os anos de aventura se

    passaram, ele amadureceu e comeou a servir a Deus mais fielmente, pelo que Deus

    tambm o chamou de seu servo (Is 41. 8a). A primeira mensagem que encontramos no

    livro de Josu (Js 1. 1) a meno de Moiss, servo do Senhor. O povo queria

    atravessar o Jordo precisava santificar-se e obedecer plenamente a Deus e Deus lhes

    deu Moiss como modelo de obedincia e servio.

    Eli perdeu os privilgios espirituais, mas quando Deus comeou a chamar Samuel, ele

    ensinou uma verdade da qual Samuel jamais se esqueceu. Eli disse a Samuel que

    quando Deus o chamasse, ele deveria atender, dizen o: F l , S nhor, porqu t u s rvo

    ouv . O gr n l r S mu l oi prim iro um gr n s rvo. D us u or ns xpr ss s

    N t r sp ito o t mplo, im qu l s tr nsmitiss D vi, m u s rvo. Ao

    apascentar as ovelhas no deserto distante da casa de seu pai e da comunho de seus

  • irmos Davi foi recebendo a comunicao espiritual de Deus que se tornou seu Senhor

    por toda a vida (Sl 23. 6).

    Outros homens que a Bblia menciona como servo de Deus: Elias (2 Rs 9. 36); Jonas (2

    Rs 14. 25); Ezequias (2 Cr 32. 16); J (J 1. 8); Isaas (Is 20. 3); Daniel (Dn 6. 20);

    Zorobabel (Ag 2. 23); Simeo (Lc 2. 19); Pedro (2 Pd 1. 1), etc.

    Quando Paulo estava na cidade de Corinto e enviou uma epstola por Febe igreja na

    cidade de Roma, esta foi a sua identificao: P ulo, s rvo J sus Cristo... Est

    maneira de apresentar-se identificava o verdadeiro esprito do homem de Deus. Quando

    o pastor se esconde no senhorio de Jesus, Deus mesmo o exalta como quer.

    Comparando os textos de Efsios 6. 5-8 e Colossenses 3. 22-25, tomamos um paralelo

    do servo comum e encontramos algumas recomendaes que se adaptam aquele que

    milita ao ministrio do Evangelho.

    1. O servo deve obedecer a seu Senhor (Ef 6. 5; Cl 3. 33)

    2. O servo deve ter conscincia de suas funes (Ef 6. 5b; Cl 3. 22b).

    3. O servo deve procurar agradar seu Senhor (Ef 6. 6; Cl 3. 23).

    4. O servo deve ter confiana na recompensa de seu Senhor (Ef 6. 9; 2 Co 5. 10).

    Existem vrias palavras gregas que se traduzem por servo em lngua portuguesa as

    principais so:

    a) oiketes - um empregado domstico, um servial do lar.

    b) doulos - um escravo, que no tem direitos legais, possudo por seu senhor.

    c) huperetes - um subordinado, pessoa que recebe misses inferiores.

    d) diakonos - um servente, atendente, ministro.

    Pensar em Teologia Pastoral, refletir tambm na necessidade da humildade na vida do

    obreiro, para que sirva bem e seja aceito todo o seu trabalho pelo Senhor. Um dia cada

    ministro do Evangelho encerrar sua tarefa aqui na terra. Ter sido aprovado? (Rm 16.

    10 ) S o o o m nt , t r i prmio (1 Co 9. 17). D us nos ju to os, p r

    que recebamos poro multiplicada de Sua graa e de seu poder, a fim de realizarmos a

    Obra que nos est proposta e alcancemos o fim da jornada, para o encontro final com o

    Rei.

    Captulo 4 Preparao Ministerial e Vida Devocional

  • 1. O Pastor e sua Preparao Ministerial

    a) Preparao espiritual o pastor no pode ser nefito, deve ter maturidade

    espiritual e um carter tratado por Deus I Tm 5.22; Tt 1.5; Mt 4.19-20.

    b) Preparao teolgica mesmo os obreiros leigos devem ser treinados

    adequadamente para manejar bem as Escrituras, tendo conhecimento

    bsico dos fundamentos de f crist e princpios de liderana para o

    exerccio de um ministrio equilibrado com embasamento bblico II

    Tm 2.15; Jo 5.39; Mt 22.29; Tito 2.7. Os obreiros que tm oportunidade

    de fazer um curso teolgico, devem esmerar-se na leitura, na pesquisa e

    na reflexo para aprofundarem no conhecimento e na graa de Deus: No

    devem tratar a teologia apenas como uma disciplina acadmica, mas

    como uma cincia divina fundamental para nossa formao ministerial.

    Sl 139.6; Cl 2.2-3; I Tm 4.14-16; II Pd 3.18; Sl 119.105.

    c) Preparao intelectual importante para o pastor que deseja alcanar a

    igreja de Cristo e os perdidos, um conhecimento geral de assuntos que

    dizem respeito ao homem moderno seus problemas, crises, necessidades

    e anseios existenciais. A leitura de bons livros, jornais, enciclopdias,

    almanaque, etc. Se possvel cursos que habilitem o pastor tecnicamente a

    exercer sua funo como: Administrao, psicologia, pedagogia, etc.

    2. O Pastor e sua vida devocional

    a) Meditao na Palavra esse um princpio indispensvel e fundamental.

    Josu 1.8; Sl 119.99. Deve ser um prazer, no uma obrigao religiosa. O

    ativismo, a preguia, a falta de disciplina levar o pastor ao relaxamento

    e a secura espiritual por falta de meditao.

    b) Orao e Jejum os grandes homens de Deus na histria de Israel, na

    histria da igreja e na histria de misses, foram homens que cultivaram

    uma vida profunda de orao e dedicaram-se ao jejum sistematicamente

  • para se humilharem, buscarem a Deus de todo corao e confrontarem os

    poderes das trevas como tambm mortificarem sua natureza depravada.

    Sl 55.17; Dn 6.10; Pv 8.17; Gn 32.24-30; I Sm 15.10-11; Tg 5.17-18;

    Nm 1.4; Sl 5.1-3; At 6.3; 13.1-2; I Tm 2.1; I Sm 12.23; Sl 69.9-13;

    109.24; Ester 4.15; Dn 9.3; At 14.23. Viglia de orao tambm deve ser

    um princpio encarnado no ministrio pastoral Lc 6.12; I Sm 15.10-11;

    I Ts 3.10; II Co 12.27. Os grandes avivamentos em Israel e na histria da

    igreja so precedidos de muita orao, jejum e viglias II Cr 7.14; At

    1.14. A or o o n rvo lg o qu mov o msculo onipotnci

    J. E win H rtill. A m n ir m is corr t or r continu r or n o

    John Hyde.

    Captulo 5 O Sustento Pastoral

    1.O pastor e seu sustento

    1.1 No Antigo Testamento

    - Deus fez uma aliana com Aro e seus filhos, chamando-os para o

    sacerdcio, e com os levitas para servirem no Tabernculo e prometeu

    supri-los com dignidade Nm 18.1-7, 11-20, 21-24; Dt 18.1-8.

    - No teriam campos para plantar ou criar animais, apenas pequenas

    propriedade para morarem e cuidarem dos animais entregues pelo povo

    como dzimo e ofertas Nm 35.1-8; Js 21. Deviam dedicar-se inteiramente

    ao sagrado ministrio.

    - Em Israel, quando povo deixava de trazer seus dzimos e ofertas, ento os

    levitas e sacerdotes deixavam o altar do Senhor e partiam em busca de

    trabalho em outras tribos I Cr 31.4-11; Nm 13.10.

    1.2. No Novo Testamento

  • A perfeita vontade de Deus que seus ministros se dediquem inteiramente ao ministrio

    e vivam do ministrio II Tm 2.4; I Co 9.7-14. O sustento pastoral ordem divina na

    nova aliana, sob o pacto da graa I Co 9.14; Gl 6.6; I Tm 5.17,18; II Co 11.8 (por

    inferncia).

    H dois extremos que no devem servir de modelo para o sustento pastoral:

    a) As igrejas e ministrios que podem remunerar bem seus pastores e

    explorarem o servio sacerdotal, maltratando e oprimindo o pastor e sua

    famlia, privando-os de uma situao financeira condigna.

    b) Pastores que exploram suas igrejas, exigindo um alto padro de vida,

    administrando egostica e ambiciosamente as finanas da igreja cujo

    dinheiro sagrado; e, deixando de ajudar os pobres, as vivas e rfos,

    os deficientes fsicos e a obra missionria.

    O pastor poder trabalhar profissionalmente se quiser, porm o ideal que consagre

    to o s u t mpo o ministrio com isciplin s nti , pois o p stor o um

    mpr go tr nt p r hom ns pr guiosos Jaime Kemp.

    2. O Direito Que Tem o Pastor ao Seu Salrio

    H qu m rgum nt qu o ministro no v r c r or n o porqu J sus iss : D

    gr r c st s, gr i. (Mt 10. 8).

    Querer aplicar essa passagem contra o sustento pastoral , alm de torcer o sentido da

    Palavra sentido dessas palavras de Jesus referia-se aos dons gratuitos de Deus que Pedro

    iss Simo, qu n o st nt n u qu po i compr r o om o Esprito S nto. O

    teu dinheiro seja contigo para a perdio, pois cuidaste que o dom de Deus se alcana

    com inh iro. (At 8. 20).

    H ainda quem argumente que Paulo, o apstolo que maior trabalho evanglico fez,

    para extenso do Reino de Deus, trabalhou com suas prprias mos para ausentar-se;

    nunca recebendo ordenado de igreja alguma e h quem cite as seguintes passagens:

    Vs m smos s is qu p r o qu m r n c ssrio os qu sto comigo, st s

    mos m s rvir m (At 20.34). Porm, u n nhum st s cois s us i no scr vi

    isto para que assim se faa comigo, porque melhor me fora morrer do que algum fazer

    v esta minha glria. Porque, se anuncio o Evangelho no tenho de que me gloriar, pois,

    m impost st o rig o: i mim, s u no nunci r o Ev ng lho. (1Co 9.15,

  • 16). N m gr com mos o po n nhum, m s com tr lho ig , trabalhando

    noit i , p r no s rmos p s os n nhum vs. (2 Ts 3.8).

    Efetivamente, Paulo no recebia ordenado de igreja alguma, se bem que algumas vezes

    recebeu auxlio monetrio de alguns irmos, como ele mesmo declara nestes textos:

    Porqu os irmos qu vi r m M c ni suprir m minh n c ssi . (2 Co 11.

    9). Qu n o p rti M c ni , n nhum igr j s comunicou comigo m r zo r

    e receber, se vs somente. Porque vs me mandaste duas vezes ainda a Tessalnica o

    que me era necessrio. (2 Ts 4. 16).

    Paulo escreve para mostrar o direito que o ministro da Palavra de Deus tem ao seu

    sust nto: Qu m j m is milit su prpri cust ? Qu m pl nt vinh no com o

    seu fruto? Ou quem apascenta o gado e no bebe do seu leite? Digo eu isto segundo os

    homens? Ou no diz a lei tambm o mesmo? Porque na Lei de Moiss est escrito.

    Porque o que lavra deve lavrar com esperana e o que trilha deve trilhar com esperana

    de ser participantes. Se ns vos semeamos as coisas espirituais, ser muito que de vs

    recolhamos as coisas carnais? Se outros participam deste poder sobre vs, porque no

    mais justamente ns? Mas ns no usamos deste poder. Antes suportamos tudo, para

    no pormos impedimento algum ao Evangelho de Cristo.

    No s is vs qu os que administram as coisas sagradas comem do sagrado? E os

    que de contnuo esto junto ao altar participam do altar? Assim ordenou tambm o

    S nhor os qu nunci m o Ev ng lho qu viv m o Ev ng lho. (1 Co 9. 7-14).

    Na epstola a Timteo 5. 17, 18, o mesmo apstolo mostra o direito que o ministro tem

    o s u s lrio: Os ncios qu gov rn m m s j m stim os por ignos uplic

    honra, principalmente os que trabalham na Palavra e na doutrina. Porque diz a Escritura:

    No lig is oc o oi qu ulh . Digno o o r iro o s u s lrio.

    Se lermos Glatas 6.6 encontramos ainda o mesmo argumento de Paulo e o que

    instrudo na Palavra reparta de todos os bens com o que o instruiu.

    No r st m nor vi qu o ministro P l vr D us t m ir ito de ser

    sustentado pelo povo a quem ele instrui. Nesse sentido, argumenta o apstolo muito

    m, qu n o iz: S vos s m mos s cois s spiritu is, s r muito qu vs

    recolhamos as carnais?

    Assim ordenou o Senhor aos que anunciam o Evangelho. (1 Co 9. 11, 14).

    Deve ter sido uma grande vergonha para os Corntios quando Paulo lhes escreveu:

    Outr s igr j s spoj i u p r vos s rvir, r c n o l s s lrio qu n o st v

    presente convosco e tinha necessidade, a ningum fui pesado, porque os irmos da

  • Macednia supriram a minha necessidade. E em tudo me guardei e guardarei de vos ser

    p s o in m gu r r i. (2 Co 11. 8, 9).

    3. De Que Modo Deve Ser Sustentado o Pastor

    O ministro deve ganhar de forma a poder ter uma vida independente, sem ser forado a

    tomar dinheiro emprestado para satisfazer os compromissos urgentes da vida. Ele

    precisa manter a sua vida com decncia, at mesmo para a honra da Causa que

    representa.

    Cada crente deve tomar parte na manuteno do seu pastor - o rico segundo a sua

    riqueza; o pobre segundo a sua pobreza.

    Na antiga dispensao, Deus determinou um meio prtico para o sustento do Ministro,

    de forma que o rico e o pobre tinham de contribuir na exata proporo de seus recursos.

    Esse meio foi o dzimo, como se v em Lv 27. 30-32. T m m to s s zim s o

    campo, da semente do campo, do fruto das rvores so do Senhor, no tocante a todas as

    dzimas de vacas e ovelhas, tudo o que passar debaixo da vara, o dzimo ser santo do

    S nhor.

    Os levitas no tinham herana, para que se pudessem ocupar exclusivamente do

    trabalho de Deus, e por isso, recebiam os dzimos que lhes eram oferecidos pelos

    isr lit s: E is qu os ilhos L vi t nho o to os os zimos m Isr l por

    herana, pelo seu ministrio que administra, o ministrio da congregao... e no meio

    os ilhos Isr l n nhum h r n h r ro. (Nm 18. 21-23).

    Se cada crente entregasse o dzimo, no haveria falta para o sustento pastoral em

    nenhuma igreja evanglica, podendo ainda as igrejas aumentar o nmero do seus

    pregadores. Claro que o dzimo no tem apenas a funo de remunerar os obreiros.

    De onde o ministro dever receber o seu salrio, da igreja e de subscries promovidas

    para esse fim? Da igreja, evitando ainda que ele tenha maior considerao para com

    aquele que d a maior parte do seu salrio, com receio de lhe ser cortada uma parte de

    seus vencimentos.

    O fato de o pastor ser pago diretamente pela igreja d-lhe completa liberdade de agir

    para com todos os membros igualmente.

    4. As Vantagens de a Igreja Sustentar o Seu Pastor

  • Alm de um grande privilgio, deve ser tambm um grande ideal da igreja manter o seu

    pastor. Isso, alm de ser um grande sinal de vida, d-lhe verdadeira importncia diante

    de outras igrejas e at mesmo diante de uma sociedade culta e inteligente.

    Um pastor que mantido pela igreja dedica todo seu tempo a ela e serve de grande

    animao ao trabalho que lhe est confiado. Muitos trabalhos evanglicos tm

    permanecidos fracos, sem o menor sinal de progresso, alguns at tem se acabado,

    simplesmente por falta de um pastor que disponha do tempo necessrio para visitar o

    povo, pregar e, enfim, fazer tudo quanto necessrio para o seu desenvolvimento.

    Uma igreja que mantm o seu pastor sabe dar a maior importncia ao seu trabalho e

    parece at que o ama mais, pois uma regra natural e geral que aquilo que nos custa

    sacrifcio que sabemos estimar melhor e conservar. Tenhamos como exemplo a

    fortuna que ganha com verdadeiro labor e a que no custa o suor de seu dono.

    Enquanto aquele perdura por geraes sucessivas, esta parece que toma asas e voa.

    Poderia enumerar muitas outras vantagens, mas, para concluir esta parte, basta dizer-lhe

    que a igreja que sustenta dignamente o seu pastor est garantida para manter o seu

    trabalho, pois ele com os seu esprito descansado das lutas para manuteno da vida

    material consagra-se melhor a Deus para o servio de sua igreja.

    5. H Vantagens Para o Pastor em Ser Sustentado Pela Igreja

    Como para a igreja um privilgio sustentar o pastor, para este deve ser igualmente um

    privilgio ser sustentado por ela, pois isso deve dar-lhe a convico de que seus servios

    esto sendo apreciados e estimados pela igreja.

    No desonroso para um pastor receber salrio da igreja, uma vez que, como diz Jesus:

    igno o tr lh or o s u lim nto, Mt 10.10. Fic , port nto, st l ci o o

    equilbrio da responsabilidade mtua entre o pastor e a igreja. A igreja no lhe paga o

    salrio como um favor, nem os servios do pastor podem ser tomados como um favor

    feito igreja.

    Trabalhar um dever do pastor, portanto, a igreja lhe paga; pagar um dever da igreja

    porque o pastor trabalha e consagra assim o seu tempo, a sua pessoa igreja.

    Como seria uma humilhao para o pastor receber salrio sem trabalhar, assim tambm

    deve ser uma humilhao para a igreja ter o servio de um pastor sem lhe pagar o seu

    salrio, salvo se a igreja muito pobre. Nesse caso, no se trata de humilhao,

    estabelecendo-se em to a gratido recproca.

  • Quando o pastor recebe seu salrio da igreja, compenetra-se mais de sua

    responsabilidade de trabalhar, visto que a ideia de favor tem desaparecido. Ele no

    trabalha mais porque lhe pagam os seus servios, porm, porque a sua responsabilidade

    torna-se maior.

    O pastor que pago pela igreja ficam com o tempo necessrio para estudar e com o seu

    Esprito descansado para consagrar-se melhor a Deus. Pode ainda gastar mais tempo em

    visitar e cuidar de todas as necessidades de seu rebanho.

    Conclumos ento afirmando que o sustento pastoral, alm de ser um direito do pastor

    um dever e privilgio da igreja, ainda uma grande beno tanto para o pastor como

    para a igreja.

    Captulo 6 Administrao do Tempo

    O Pastor e a administrao do tempo

    de fundamental importncia que o pastor use seu tempo adequadamente

    com sabedoria e santidade Ef 5.14-17; Pv 24.30-34.

    A m n ir como l us s hor s isponv is, st c s hor s tr lho,

    sono, r i s, r l um p sso m ocr , ou um c l ri .

    Minutos hor s po m s r tr ns orm s m vi un nt ric Oswald

    Sanders.

    No sculo em que vivemos necessrio um planejamento dirio semanal,

    mensal e anual de atividades, compromissos, folgas e frias para um melhor

    aproveitamento do tempo e das oportunidades.

    Moiss considerava o tempo to precioso, que orava no sentido de aprender a

    cont-lo dia a dia, e no ano a ano (Sl 90.12).

    Alguns inimigos da m administrao do tempo:

    1. Ativismo Lc 10.38-42

    2. Falta de planejamento, alvos e idia Lc 14.28-32

    3. Preguia e acomodao Pv 6.6-11

    4. Relaxamento nos compromissos Rm 12.11

    5. Compromissos assumidos fora da vontade de Deus Pv 3.5-6

  • Prioridades do uso do tempo:

    1. Devocional - atravs da leitura da Palavra, orao e a adorao.

    2. Famlia esposa e filhos

    3. Ministrio

    4. Compras pessoais

    5. Lazer

    Administrao do Tempo

    Ponh s prim ir s cois s m prim iro lug r t r mos s s gun s s guir; ponh s s

    s gun s cois s m prim iro lug r p r mos m s. C. S. L wis.

    Qu ins ns t z t m r o p ns m nto sp r i r vi um s v z, m s por

    outro lado, no ter nenhuma preocupao em jog-l or os poucos. John How .

    Aspectos Fundamentais

    Bons administradores devem saber administrar o tempo.

    So tarefas realizadas por um lder eclesistico:

    - as inmeras e cobradas visitas pastorais nos lares,

    - reunies com os obreiros,

    - reunies para discusses sobre os planos de trabalho,

    - tempo para a famlia,

    - quatro ou cinco sermes semanais,

    - estudos bblicos, cada um com uma mdia de duas a trs horas de preparao,

    - o boletim semanal,

    - compromissos para falar em outras igrejas,

    - casamentos, funerais,

    - colocar em dia a leitura,

    - visitas aos hospitais, algumas prioritrias (especialmente os idoso) etc.

    Existe uma grande diferena entre estar ocupado e ser produtivo, pois existem muitas

    pessoas se esgotando de trabalhar e no conseguem progresso algum, enquanto outros

    com menos esforo atingem seus objetivos e so bem sucedidos.

  • Muitas vezes para alcanarmos o sucesso, somos levados a sacrificar nossa famlia, o

    lazer e, s vezes, at a sade.

    Normalmente usa-s p l vr workaholic, xpr sso m ric n qu t v orig m n

    palavra alcoholic (alcolatra), que denota uma pessoa viciada em trabalho.

    C r ct rstic s um work holic no ministrio p stor l:

    1. Trabalha mais que onze horas.

    2. Almoa trabalhando.

    3. No tira frias de vinte dias h trs anos.

    4. Perpetuamente insatisfeito.

    5. Acha que trabalha mais que os outros.

    6. Fala ao telefone mais de uma hora por dia (13% do dia).

    7. Avalia as pessoas pelo seu aspecto profissional e, depois, pelo pessoal.

    Sintom s provv is um work holic:

    1. Ambiente tenso no lar;

    2. Sensao de fracasso pessoal;

    3. Dificuldades financeiras;

    4. Exigncia de um padro de vida sempre superior ou melhor.

    P r v nc rmos o ttulo work lolic, n c ssit mos nos organizar melhor em relao

    o t mpo , ss orm , conh c r os tipos l r s ou sp r i or s t mpo,

    como podemos resolv-los.

    Mas o que significa Tempo, segundo Jeremiah Burroughs:

    Est j c rto s u ch m o p r to o mpr n im nto qu voc tiver frente. Mesmo

    que seja o menor empreendimento, esteja certo de seu chamado para o mesmo. Ento,

    com o que for que se encontrar, voc pode aquietar seu corao com isto: eu sei que

    onde Deus gostaria que eu estivesse. Nada no mundo aquietar o corao tanto quanto

    isto: quando me encontro com alguma cruz, eu sei que estou onde Deus gostaria que eu

  • estivesse, em meu lugar e em meu chamado: estou no trabalho que Deus estabeleceu

    p r mim2.

    S gun o E sios 5.16 v mos c minh r r min o o t mpo z n o o m lhor

    c oportuni .

    Assim como a nossa vida pertence a Deus, nosso tempo tambm Lhe pertence.

    Deus nos permite usar nosso tempo para:

    - ganharmos o nosso sustento,

    - nosso descanso,

    - para recreio, e

    - todas as demais atividades da vida.

    No entanto, Deus exige de ns para o Seu servio um dia em sete, onde a guarda do

    domingo no coisa facultativa.

    Devemos observar o shabbath do Senhor e quem no o faz est usando um tempo que

    no lhe pertence.

    Sempre quando o povo israelita quebrava o shabbath, entrava em outros pecados e caa

    em um perodo de decadncia.

    No entanto, devemos nos organizar de modo que possamos dar o mximo possvel do

    nosso tempo s coisas espirituais e de valor permanente, e o mnimo indispensveis s

    coisas materiais e de valor transitrio. Faamos de cada minuto disponvel uma

    oportunidade para glorificar a Deus3.

    Mitos Sobre Administrao do Tempo.

    1) Quem Administra o Tempo Torna-se Escravo do Relgio.

    A verdade: quem administra o tempo coloca-o sob controle, torna-se senhor dele e quem

    no o administra torna-se escravo dele.

    2) A Gente s Produz Mesmo, ou ento s Trabalha Melhor, sob Presso.

    2 Em The Rare Jewek of Christian Contentment, Edinburgh, banner of Truth, reimpresso, 1964 (primeira

    publicao em 1648. p. 217. 3 Cf. em Lies de Mordomia por Walter Kaschel Editora Betnia.

  • A verdade: a presso serve para racionalizar a preguia, a indeciso, a tendncia

    procrastinao, mas quem se prepara ao longo do tempo, com calma e sem presses,

    colhe frutos melhores.

    3) Administrar o Tempo Algo que se Aplica Apenas Vida Profissional.

    A verdade: em nossa vida pessoal e familiar existem muitas coisas que so deixadas de

    lado por falta da administrao de nosso tempo.

    4) Ter Tempo Questo de Querer ter Tempo.

    A verdade: no basta somente querer ter tempo para ter tempo, mas preciso tambm

    querer o meio indispensvel de obter mais tempo e esse meio a administrao do

    tempo.

    O Tempo Desperdiado.

    Quem desperdia o tempo prejudica:

    - a si mesmo,

    - a sociedade,

    - a igreja,

    - o meio em que vive,

    - o seu prximo; e

    - a sua famlia.

    Provr io ntigo: No m tir s quilo qu no m po s r.

    Maneiras de esbanjar o tempo precioso que Deus nos entrega:

    (1) Falta de planejamento.

    (2) Telefonemas.

    (3) Distraes.

    (4) Visitas inesperadas.

    (5) Tarefas inacabadas ou falta de disciplina no cumprimento da agenda.

  • (6) Falta de definio clara de objetivos na execuo das tarefas.

    (7) Falta de delegao ou centralizao de poder.

    (8) Excesso de compromissos.

    (9) Inc p ci iz r no.

    (8) Menosprezo de prioridades e cobranas em certas atividades.

    (9) Cobrana incompleta e descontnua.

    (10) Fragmentao e superficialidade.

    (11) Excesso de reunies (algumas desnecessrias) e burocracia interna.

    (12) Indefinio de prioridades.

    (13) M utilizao dos recursos (telefone, fax, computador, internet).

    (14) Mesa entulhada ou desorganizao pessoal.

    (15) Arquivamento ineficiente.

    (16) Procrastinao.

    (17) Conversas fteis e inteis ( I Co 15.33; Pv 20.19).

    (18) Leituras sem proveito (Tm 4.13; Sl 119.18).

    (19) Atividades no essenciais: tempo demasiado em passeios, brinquedos, jogos e

    outras atividades sociais.

    (20) Matando o tempo: sem fazer nada de til e produtivo.

    Otimizao do Tempo.

    Atitudes e comportamentos para otimizao de nosso tempo:

    a. Planejamento - cada hora dedicada em planejamento eficaz, poupa trs ou quatro

    horas na concretizao.

    b. Organizao manter as coisas em ordem e em dia.

    c Delegao considerada a chave da administrao eficaz, pois atribui tarefas para

    outras pessoas, liberando o tempo para tarefas mais importantes (At.6).

    Benefcios da delegao:

    (1) A delegao facilita o trabalho do pastor;

    (2) A delegao aumenta a produtividade;

  • (3) A delegao d oportunidade a outros de desenvolver a capacidade de

    liderana;

    (4) A delegao d ao lder mais tempo de desenvolver sua vida espiritual;

    (5) A delegao permite ao lder se dedicar mais no ministrio da orao e da

    Palavra.

    d. Telefone usado para minimizar deslocamentos desnecessrios.

    e. Comunicao - a linguagem simples, concisa e isenta de ambiguidade assegura uma

    boa compreenso e evita mal-entendidos.

    f. Tomada de decises - deve ser precisa e baseada em informaes seguras.

    g. Concentrao deve buscar-se um tempo mnimo anterior ao.

    Solues prticas para a economia do tempo:

    - Estabelea metas: anuais, mensais, semanais e dirias;

    - Programe suas tarefas e atividades da semana e do dia, em funo dessas metas;

    - Faa as coisas em ordem de prioridade;

    - Saiba onde seu tempo realmente empregado;

    - Estabelea data e hora para incio e fim de cada atividade;

    a. Elimine desperdiadores de tempo;

    b. Utilize uma agenda ou um calendrio de reunies;

    c. Crie uma lista de afazeres;

    d. Organize as tarefas;

    e. Organize seu acesso com rapidez de informaes usadas com freqncia.

    Outras Recomendaes Para o Bom Uso do Tempo:

    a. Ser Metdico - o indivduo que tem mtodos vive duas vezes mais.

    b. Seja Pontual - a pontualidade faz parte da mordomia do tempo.

  • c. Ser Equilibrado - dar tempo s coisas na proporo do seu valor.

    d. Servir - o tempo mais bem empregado aquele que gastamos em favor de outrem.

    Dicas para a realizao de Reunies Criativas.

    - S convoque uma reunio quando totalmente indispensvel;

    - Estabelea os objetivos;

    - Elabore uma pauta, fixando tempo para cada assunto;

    - Coloque s as pessoas s quais o assunto interessa;

    - Mantenha o rumo da discusso;

    - Sintetize as concluses;

    - Faa o acompanhamento de todas as decises tomadas.

    Critrios de Classificao das Tarefas e Compromissos.

    So aspectos primordiais para evitarmos os desperdcios de tempo, pois existem tarefas:

    importantes e no urgentes;

    importantes e urgentes;

    nem importantes e nem urgentes.

    Tabela: Critrios de Classificao:

    URGENTE NO URGENTE

    IMPORTANTE

    Crises maiores.

    Presso dos

    projetos.

    Limite crtico no

    projeto.

    Emergncias

    familiares.

    Desastres naturais.

    Preparao.

    Planejamento.

    Preveno de crises.

    Criando

    relacionamento.

    Manuteno.

    NO Interrupes. Dia-a-dia.

  • IMPORTANTE Alguns e-mails e

    telefonemas.

    Algumas reunies.

    Presso nos projetos

    devido proximidade

    dos prazos.

    Alguns e-mail e

    telefonemas.

    Algumas reunies.

    Presso nos projetos

    devido proximidade

    dos prazos.

    Con orm Gn 5:22, B li irm qu Enoqu ...viv u tr z ntos nos... , s m

    sp r cios, m s inv stiu t mpo p r n r com D us.

    Unidade II Relacionamento Social

    Captulo 7 Vida Social e Comunicao

    O v lor um vi no c lcul p l su ur o,

    mas por sua doao; no importa quanto vivemos, mas

    sim, int gr li qu li noss vi

    William James.

    To os omos ot os com t mpo su ici nt p r

    desempenhar integralmente a vontade de Deus, e

    cumprir s us pl nos p r itos p r noss vi J.

    Oswald Sanders.

    1. O pastor e sua famlia.

    O ministrio pastoral comea no lar, com a esposa e os filhos, esse pequeno rebanho

    importantssimo aos olhos de Deus, da igreja e da sociedade. Deus ama profundamente

    a todos os seres humanos, e a famlia do pastor tambm amada pelo Senhor da igreja.

  • Deus tem interesse no s no pastor, mas na sua famlia. Quando o Senhor fez uma

    li n com A r o El prom t u no r to s s mli s t rr Gn 12.3.

    O pastorado um reflexo direto da vida familiar, e deve ser levado a srio, com

    amor, abnegao e sobriedade I Tm 3.4-5; 5.8; I Sm 2.22-25, 27-30.

    H pastores que precisaram abandonar o ministrio devido a problemas

    familiares. Outras, nas situaes mais difceis e adversas do ministrio, tm recebido

    apoio e ajuda de sua famlia e tm conseguido sustentar-se.

    Alguns pontos de tenso no lar:

    1. Falta de ateno e dilogo do pastor com a esposa e os filhos Dt 6.1-9; Cl 3.18-

    21; Ams 3.3.

    2. Sexo no lar I Co 7.3-5; Ct 4.1-5,10-15; Hb 13.4

    3. Finanas I Tm 6.7-12

    4. Relacionamento com os familiares Ef 5.31; Hb 12.14-15.15; Rm 12.18.

    5. Relacionamento com amigo(a)s e pessoas da igreja, cimes I Ts 5.22 (pode ser

    do mesmo sexo ou do sexo oposto).

    6. Pressuposies Teolgicas Ef 4.1-6 (unidade do Esprito pelo vnculo da paz).

    7. Influncia da TV Mt 6.22-23

    8. Relaxamento no culto domstico.

    9. Falta de cooperao nas tarefas domsticas Ec 4.9-12; Gl 6.2

    10. Falta de perdo Cl 3.13

    2. O Pastor e as Relaes Humanas na Famlia

    a- Psicologia do homem e da mulher- Para viver em harmonia com

    qualquer pessoa a condio indispensvel CONHEC-LA BEM , a fim

    po r SENTIR COMO ELA SENTE COLOCAR-SE NO LUGAR

    DELA.

    b- Namoro e noivado- Perodo para os candidatos se observarem e

    conhecerem melhor, pois uma coisa passear conversando e namorando,

    outra coisa enfrentar as alegrias e decepes de toda uma vida

    matrimonial.

  • c- Casamento e vida conjugal- s vezes depois de muitas atritos e

    discusses que o casal chega a uma situao de harmonia na qual h

    sacrifcios recprocos, mas na qual h tambm diviso de alegrias; infelizes

    so os que procuram fazer do casamento eterna lua- de mel; so,

    geralmente ,moas que pensaram encontrar no noivo o Prncipe Encantado;

    no poucos so os que, procurando encontrar uma Cinderela, percebem

    que s conseguiram uma mulher com qualidades e defeitos. A verdadeira

    felicidade consiste em aceitar a realidade e procurar adaptar-se a ele.

    3. O Pastor e as Relaes Humanas na Igreja

    I Tm 4.12 nos iz: Torn -te padro dos fiis , na palavra, no procedimento, no amor,

    n , n pur z .

    Destacaremos 4 pontos importantes na nossa convivncia na Igreja:

    1- Nosso testemunho pessoal- qualquer trabalho sem testemunho no tem

    nenhum valor.

    a) Testemunho no comportamento dentro igreja;

    b) Testemunho no traje- cristos devem usar roupas em harmonia com o

    tempo e o lugar. Suas roupas devem ser de bom gosto e no sujeitas a

    crticas de moral;

    c) Testemunho na atitude de servio.

    2- Nossa atitude para com o Pastor e os oficiais No podemos esquecer

    que somos apenas cooperadores e que o pastor o lder. Devemos respeit-

    lo e aceitar a sua direo. No desviar o respeito dos crentes e sua ateno

    para o nosso servio.

    3- Nossa atitude para com os crentes em geral:

    a) Tratar todos com o mesmo sentimento de respeito e considerao, no

    fazendo acepo de pessoas;

  • b) Quando visitar os lares, tomar muito cuidado com o fuxico, at em ouvir

    pode haver complicaes;

    c) Cultivar o amor fraternal para com todos, ajudando sempre os mais

    necessrios.

    4- Postura na Igreja:

    a) No devemos conversar tocar impresses ou falar alto durante a cerimnia

    religiosa;

    b) Aprenda a ser amvel com os que visitam sua igreja.

    c) Seja receptivo aos novos integrantes ao rol de membros.

    4. O Pastor e as Relaes Humanas na Sociedade

    No podemos esquecer os preciosos ensinos do Senhor Jesus sobre a nossa sociedade.

    Atos l.8-S r- me- is t st munh s, Mt 5.13-14 Vs sois luz o mun o.

    Na sociedade devemos agir como testemunhas do Senhor Jesus Cristo, servindo de sal e

    iluminando atravs da nossa vida o caminho para o pecador encontrar-se com o Senhor

    Jesus.

    a) Para mantermos boas Relaes Humanas na Sociedade devemos

    evitar:

    1- Namoros com pessoas descrentes;

    2- Participar festividades fora do contexto cristo, onde o nosso testemunho

    vai ficar obscurecido;

    3- Tomar dinheiro emprestado;

    4- Dar expanso ao nosso gnio na presena de pessoas descrentes;

    5- Comentar problemas de Igreja no meio das pessoas descrentes;

    6- Ferir a religio, zombando dos ensinos errados ou comentando algum erro

    da vida dos chefes religiosos.

    b) Como devemos agir na sociedade:

    1- Manter sempre equilbrio no nosso testemunho (no vestir, no andar, no

    falar)

  • 2- Manter boas amizades, com o alvo de sempre guiar os amigos a conhecer o

    seu grande amigo- O Senhor Jesus Cristo;

    3- Participar de eventos cvicos com o cuidado, dando bom testemunho

    cristo.

    5. Comunicao

    Objetivos para uma boa comunicao

    a- Considere que os atos falam mais alto que as palavras; a comunicao no-

    verbal g r lm nt m is po ros qu v r l. Evit "m ns g m i s m

    que as mensagens verbais e no-verbais transmitam ideias contraditrias.

    b- Defina o que importante e enfatize; defina o que no importante e tire a

    nfase ou ignore. Evite as crticas.

    c- Cuidado ao falar: Expresse-se de maneira a mostrar respeito pelo valor da outra

    pessoa como um ser humano. Evite declaraes que comecem com as palavras

    "Voc nunca..."

    d- Seja especfico e claro em sua comunicao. Evite a indefinio.

    e- Seja razovel e realista e em suas afirmaes. Cuidado com os exageros e

    sentenas que comecem com as palavras "Voc sempre..."

    f- Teste todas as suas suposies verbalmente, perguntando se esto corretas. Evite

    agir at que tenha feito isto.

    g- Reconhea que cada acontecimento pode ser visto de vrios pontos de vista.

    Evite supor que as outras pessoas vem as coisas do mesmo modo que voc.

    h- Reconhea que os membros de sua famlia e seus amigos o conhecem bem e ao

    seu comportamento. Evite a tendncia de negar as observaes deles sobre voc-

    especialmente se no estiver certo.

    i- Identificar que as dissenses podem ser uma forma significativa de

    comunicao. Evite os argumentos depreciativos.

    j- Seja sincero e aberto sobre os seus sentimentos e pontos de vista. Traga luz

    todos os problemas importantes mesmo que tema que isso possa perturbar outra

    pessoa. Fale a verdade em amor. Evite o silncio mal humorado.

  • k- Preocupe-se mais com o efeito de sua comunicao sobre outros do que com

    aquilo que pretendia comunicar. Evite ressentir-se no caso de ser mal

    compreendido.

    l- Tenha tato, considerao e cortesia com relao aos outros. Evite tirar proveito

    dos sentimentos alheios.

    m- Faa perguntas e oua atentamente. Evite pregar ou fazer palestras.( na

    comunicao)

    n- No use de subterfgios. Procure no cair nas desculpas dadas por outros.

    o- Identifique o valor do humor e da seriedade. Cuidado com a zombaria destrutiva.

    Envolvimento:

    a. Mostrar respeito pelos aconselhados;

    b. Compreender as posies sem tomar partido abertamente;

    c. Apoiar as pessoas e dar-lhes esperana, caso sinta liberdade;

    d. Encorajar a comunicao aberta e o interesse mtuo em ouvir;

    e. Encorajar as pessoas a serem especficas;

    f. Identificar as coisas que podem ser mudadas;

    g. Cuidar para impedir que o conflito se agrave e que a comunicao seja

    interrompida;

    h. Retomar com frequncia a situao e as posies;

    i. Caso a sua mediao no parea estar dando resultado, encorajar a busca

    de ajuda de outros profissionais.

    Como Impedir as Relaes Interpessoais Negativas

    - Os ensinos bblicos relativos aos bons relacionamentos;

    - Um andar dirio com Jesus Cristo, orao, Estudo das Escrituras, Confisso

    de pecado e disposio para buscar e seguir a orientao divina;

    - Compreenso do conflito e prtica das tticas que induzem a sua reduo

    - As diretrizes para a comunicao eficaz;

  • - A reduo, impedimento ou eliminao de presses ambientais que

    produzam conflito

    Unidade III DIMENSO MINISTERIAL

    Captulo 8 Ofcios Ministeriais

    I. BISPOS, PASTORES E PRESBTEROS

    Da Terminologia: At 20.17,28; Tt 1.5-8; Tm 3.1-7; I Pd 5.1-4

    Bispos episkopoi, episkopos supervisores, superintendentes. Em I Pd 2.25 bispo

    no s nti o tmolgico : lgum qu olh por outros, no not n o

    necessariamente um cargo numa estrutura hierrquica. Aqui especificamente aplicado a

    Cristo, e o l o P stor, signi ic gu r io, qu l qu cui sup rvision . N s

    epstolas pastorais a responsabilidade de um bispo muito abrangente. Como lderes

    cristos so responsveis pelas relaes externas da igreja, exerceu ministrio de ensino

    e apascentamento, tm autoridade para disciplinar membros. Presidem sobre os

    negcios da igreja como um pai cuida de sua famlia e do seu lar.

    Presbteros (ancios At 11.30; 15.2) presbyteroi . Os termos episkopoi e

    presbyteroi so parcialmente intercambiveis At 20.17 e 28; 11.30 e 15.2; Tt 1.5 e 7; I

    Tm 3.1 e 5.17.

    Pastores e Mestres

    Segundo Dewey M.Mulholland. Esses dois termos referem-se mesma pessoa uma vez

    que no original aparece apenas um pronome para os dois. A gramtica grega, portanto,

    implica que o pastor seja tambm mestre. O pastor pode ter talentos para administrar a

    igr j ou gr nj r un os p r o r D us, m s s no pto p r nsin r no t m

    utoriz o lic r ivin ic r o ttulo p stor. P.92

  • Pastor- poimen. Ef 4.11, usada 18 vezes no N.T. Joo 10.11 (Hb 13.17 vigiar).

    Apascentadores, guias, lderes, guardio, supervisores.

    Em Atos 20.28 bispo... pastoreardes- I Pd 5.1,2 Presbteros... pastoreai. Bispos,

    Presbteros e Pastores so invariavelmente tratados como sendo o mesmo ofcio.

    Em Atos 20.28 os presbteros no verso 17, e os bispos do verso 28 so instrudos a

    pastorear (no grego poimano) a igreja de Deus.

    Em I Pd 5.1,2 Pedro exorta os presbteros a pastorear o rebanho de Deus (apascentar

    na verso Trinitariana).

    Em Ef 4.11 Paulo escreve para a igreja de feso que Cristo concedeu dons igreja

    (universal), e entre esses dons est o de pastor (poimen), cujo propsito aperfeioar os

    santos e edificar a igreja.

    Portanto, Bispos, Presbteros e Pastores so termos diversos para o mesmo

    ofcio, assim como santos e crentes e irmos so termos diferentes para o mesmo corpo

    de cristos.

    Segundo Dr. Russel Shedd, h vrios aspectos do pastorado no N.T. que podem

    ser percebidos com os ttulos usados para indicar o papel do lder humano da igreja:

    a) Pastorear deve arrebanhar e no espalhar

    b) Atender ou cuidar, Bispo deve reger como participante

    c) Ancio ou Presbtero, com ideia de patriarca, pai de famlia I Tm 5.17-25, com

    ideia de quem experimentado e tem capacidade de admoestar ou encorajar I Co

    4.14-21.

    d) Despenseiro, Administrador, deve ser fiel na sua funo (no que no lhe pertence)

    I Co 4.1-5.

    e) Lder, guia, responsvel pelas almas daqueles que os seguem Hb 13.7-17.

    2. A Igreja e Seus Dirigentes

    a. Presbteros e Diconos: as nicas funes na igreja

    1. Presbteros - 1 Tm 3. 1-7; Tt 1. 5-9

    2. Diconos - 1 Tm 3. 8-13

    b. Presbteros

  • 1. Presbtero, ancio ou pastor so as mesmas pessoas - Fp 1. 1; At 20. 28; 1 Pd 5. 2; At

    20. 17-28; Tt 1. 5-7; Ef 4. 11; At 20. 28; 1 Pd 5. 1-2

    2. Presbtero ttulo, superviso trabalho.

    c. Deveres dos presbteros

    1. Alimentar o rebanho - 1 Pd 5. 2; Hb 13. 7

    2. Dirigir a igreja - 1 Pd 5. 1-3; 1 Tm 5. 17, 35; Hb 13. 17

    d. Pluralidade dos presbteros

    1. Obedec-los

    2. Dar-lhes primazia

    3. Alguns fazem trabalhos especiais - Hb 13. 17; At 20. 28; 1 Pd 5

    e. Qualificao dos presbteros

    1) Pessoal - Tt 1. 6; 1 Tm 3. 2, 3

    a) Positiva - Tt 1. 8 - de bom proceder, amigo do bem, s moderado, paciente, justo,

    irrepreensvel, santo, temperado.

    b) Negativa - 1 Tm 1. 3; Tt 1. 7 - no atrevido, no soberbo, no vingativo nem

    espancador, no dado ao vinho, no cobioso, no ganancioso, no obstinado, hbil a

    aconselhar e ser aconselhado.

    2) Social - 1 Tm 3. 2; Tt 1. 6, 8

    a) marido de uma esposa - a restrio tem carter imperativo

    b) governe bem a sua casa

    c) mantenha sob controle os filhos

    d) hospitaleiro

    e) de boa fama (1 Tm 3. 7)

    3) Espiritual - 1 Tm 3. 26; Tt 1. 7, 8, 9

    a) amante do bem - homens e coisas

    b) maduro - no nefito

    c) santidade pessoal - Tt 1. 8

    d) bom conhecedor das Escrituras Sagradas

  • e) Apto para ensinar

    4) Racional

    a) de boa vontade

    f. Os Presbteros e o ministrio dos dons - Ef 4

    1. Todos os ministros so presbteros 1 Pd 5. 1, 2

    2. Nem todos os presbteros so ministros de dedicao de tempo integral. Da a

    pluralidade. Compare 1 Tm 5. 17-20.

    g. A ordenao dos Presbteros - 1 Tm 4. 14; Tt 1. 5

    1. Feitos ministros pelo Esprito Santo At 20. 28

    2. Reconhecidos pela igreja

    h. Diconos - At 6. 3

    A palavra dicono traduo da palavra grega diakonos, que o termo comum que se

    tr uz por s rvo, qu n o us o m cont xtos no cl sisticos.

    Os iconos so cl r m nt m ncion os m Filip ns s 1.1: ... to os os s ntos m

    Cristo Jesus, inclusive bispos e diconos qu viv m m Filipos. Porm no h t lh s

    de sua funo, s a indicao de que so diferentes dos pastores. Os diconos tambm

    so mencionados em 1Tm3.8-13 em uma passagem mais extensa:

    S m lh nt m nt , qu nto iconos, n c ssrio qu s j m respeitveis, de uma s

    palavra, no inclinados a muito vinho, no cobiosos de srdida ganncia, conservando

    o mistrio da f com a conscincia limpa. Tambm sejam estes primeiramente

    experimentados; e, se se mostrarem irrepreensveis, exeram o diaconato. Da mesma

    sort , qu nto mulh r s [ou spos s; p l vr gr g po t r um ss s signi ic o],

    necessrio que sejam elas respeitveis, no maldizentes, temperantes e fiis em tudo.

    O dicono seja marido de uma s mulher, e governe bem seus filhos e a prpria casa.

    Pois os que desempenharem bem o diaconato alcanam para si mesmos justa

    pr minnci muit intr pi z n m Cristo J sus (1Tm 3.8-13).

    Di kono, qu signi ic s rvo. H vri s m n ir s ministr o. Muit s v z s

    ela usada para designar funes e trabalhos relacionados com as atribuies de um

  • dicono, como por exemplo o trabalho dos anjos em Mt 4. 11, ou de Jesus Cristo em Mt

    20. 28, ou o ministrio g r l Nov Ali n m 2 Co 3. 3.

    Observando as referncias e citaes bblicas, vamos apresentar alguns versculos que

    apontem os requisitos de um verdadeiro dicono:

    1. Qualificao - At 6. 3

    2. Eleitos - escolha ou seleo pela imposio de mos.

    3. Apontado pelo ministrio - para se saber quem deve ser escolhido e que trabalho pode

    se esperar um dicono, vejamos 1 Tm 3. 8-13.

    h.1. Qualificaes

    1) Qualificaes morais

    - no de lngua dobre 1 Tm 3. 8

    - no dado ao vinho 1 Tm 3. 8

    - no ganancioso 1 Tm 3. 8

    - irrepreensvel 1 Tm 3. 10

    - submetido a provas (no um nefito) 1Tm 3. 10

    2) Qualificaes domsticas

    - marido de uma esposa 1 Tm 3. 12

    - governe bem sua casa e seus filhos 1 Tm 3. 12

    - a esposa do dicono deve ser:

    1) Sria (reverente)

    2) no caluniadora ou maldizente

    3) sbria

    4) fiel em tudo

    3) Qualificaes espirituais

    - cheio do Esprito Santo - At 6. 3

    - cheio de sabedoria - At 6. 3

    - srio (reverente) - 1 Tm 3. 8

    - retendo o ministrio da f em uma conscincia pura 1Tm 3. 9

    h.2. O trabalho dos diconos

  • O nome j diz muita coisa acerca do que se espera do Dicono, pois define o que

    signi ic s rvo. Est cl ro m 1 Tm 3. 13, qu lguns ro om uso su s un s

    ampliando o campo de seu trabalho conforme est plenamente evidenciado no relato de

    Atos 6 e 7 quanto ao dicono Estevo:

    a) servir, a tnica do significado- S rvo

    b) governar, como do a entender suas qualificaes em 1 Tm 3.12

    c) aliviar os pastores de tarefas materiais, executando-as - At 6. 3

    d) um ministrio na Palavra de Deus - 1 Tm 3. 13

    i. Qualificaes dos Ministros

    1) Em suas relaes com Deus

    a) Fiel - 1 Tm 1.12 - A bblia afirma que Deus fiel, 2 Tm 2.13; A Palavra de Deus

    fiel, 1Tm 3.1; 2 Tm 2.11; O obreiro deve ser fiel para com Deus, para com a doutrina

    que prega, para com a igreja a que serve e para consigo mesmo. Ap 2.10. A fidelidade

    deve ser at a morte.

    b) Irrepreensvel - 1 Tm 3.2; Tito 1. 6,7; p l vr qu v m o gr go n pil tos, ou

    seja, uma conduta perfeita. 1 Co 1.8; 2 Pd 3.14. medida que o obreiro vai

    necessitando ser repreendido, vai igualmente perdendo a sua autoridade de repreender.

    c) Cuidadoso - Deus puniu severamente os lderes de Israel no tempo do Velho

    Testamento pelo pecado de haverem negligenciado seus deveres. A falta de cuidado

    levou a nao inteira runa.

    O cui o o o r iro trplic : ) t m cui o outrin (1 Tm 4.16); ) t m

    cui o o r nho (At 20.28); c) t m cui o ti m smo (1 Tm 4.16).

    d) Conhecimento da Bblia - O obreiro necessita manejar bem a Palavra da Verdade (2

    Tm 2.15). Como podemos manejar uma arma que desconhecemos? (Tt 1.9). A

    recomendao principal de Deus a Josu dizia respeito Palavra de Deus.

    e) Justo - Alm da justificao que tem recebido da parte de Deus (Rm 5.1), o obreiro

    necessita de um senso de justia, para aprender a reger sabiamente a obra de Deus (Tt

    1.8). A Bblia afirma que toda injustia pecado, mas justo todo aquele que executa a

    justia (1 Jo 3.7).

  • f) Santo - Nosso Senhor Jesus Cristo apresentado na carta aos Hebreus como o

    sacerdote SANTO. Os obreiros, que esto ao seu servio, devem igualmente ser santos.

    Santidade fala de separao, consagrao e submisso (Tt 1.8).

    2) Em suas relaes com o prximo

    a) Hospitaleiro (1 Tm 3.2) - A p l vr qu v m o gr go philoz non, ou s j , mor

    aos estrangeiros. Isto fala do senso de amabilidade que o obreiro deve ter para com

    todos, no negando a habitao de seu prprio corao, primeiramente, a quantos o

    procuram. Em sentido lato, ele deve exercer a hospitalidade, como Abrao (Tt 1.8; 1 Pd

    4.9; Rm 12.13).

    b) Apto para ensinar (1 Tm 3.2) - Todos esperam ouvir do obreiro a palavra de ensino,

    inspirada por Deus (2 Tm 2.24). Pedro e os demais apstolos propuseram em seus

    coraes se dedicar ao ministrio da Palavra e orao. Se algum falar, fale segundo

    as palavras de Deus (1Pd 4.11).

    c) No espancador (1 Tm 3.33) - O pastor que espanca suas ovelhas perder cedo seu

    rebanho.

    Ele deve ter suficiente inteligncia e equilbrio para saber a ocasio certa de aplicar a

    disciplina s ovelhas faltosas, sem, no entanto, necessitar de espancamento muito

    semelhante aos tempos da velha inquisio. Nalguns lugares a porta da graa para

    salvao est como que fechada, pois a graa no concorda uma obra ministerial de

    sucessivos espancamentos. Ao invs de espancar, o pastor deve tratar suas ovelhas

    feridas com blsamo de Gileade.

    d) No contencioso (1 Tm 3.3; Tt 3.2) - O obreiro deve reconhecer o direito que os

    membros da igreja tem de exporem a sua opinio sobre determinado assunto, sem ser

    necessrio o esprito de contenda. Ao final, ele deve usar a autoridade do Esprito para

    ensinar ao rebanho a verdade de Deus.

    e) Bom testemunho dos que esto de fora - O pastor deve ter uma vida limpa. Ainda que

    o verdadeiro modelo seja sempre Cristo e Sua Palavra, certo que os crentes (e os

    mpios tambm), acompanham a vida do pastor pelo que este deve estar em constante

    orao e severa vigilncia para no ser atrado pelos laos do inimigo e desonrar o

    sagrado ministrio.

    f) No iracundo (Tt 1.7)

  • 3) Em sua vida privada e familiar

    a) Marido e mulher - O obreiro necessita ser casado e, sendo, deve ser de uma s

    mulher. Este princpio monogmico Jesus estabeleceu em Sua Palavra; reafirmando o

    que Deus decretara desde o primeiro