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8/6/2019 TEORIA DA ORGANIZAO ADMINISTRATIVA
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TEORIA DA ORGANIZAO ADMINISTRATIVA1
Teoria da Organizao Administrativa o Por pessoa colectiva, entende-se a criao artificial e
estrutural do Direito, pelo Direito, geneticamente
instrumentalizada a um fim justificativo da sua criao e
limite da sua criao e limite da sua susceptibilidade de, em
abstracto, ser titular de direitos e obrigaes ;
o No que concerne s pessoas colectivas pblicas: Alguns autores italianos consideram que j no faz
sentido distinguir entre pessoas colectivas pblicas e
privadas; Defende-se a sua definio a partir do critrio do
fim/teleologia e do critrio da iniciativa de criao,
para delimitar o conceito;
s pessoas colectivas pblicas, so conferidasatribuies que devem prosseguir; aos rgos, so
delegadas competncias pela Lei, segundo o princpio
da prescrio normativa de competncia.
o Princpio da desconcentrao e da descentralizaoadministrativa (artigo 267., n.2 CRP)
Princpio da desconcentrao distribuio decompetncias entre os rgos uma qualquer pessoa
colectiva pblica, no seio da qual h distribuio de
competncias, independentemente de relao
hierrquica.
y Originria resulta directamente da Lei (porexemplo: Estado e sua Administrao Directa,
tomando em considerao o Estado); actividade
1Os apontamentos apresentados foram recolhidos em aulas prticas de Direito Administrativo I,
ministradas pela Exma. Professora Doutora Juliana Coutinho, na Faculdade de Direito da Universidade
do Porto (FDUP), no ano lectivo 2010/2011.
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prosseguida por um conjunto de servios
integrados da pessoa colectiva Estado
o Administrao Directa Central (Governo,Ministrios e Secretarias de Estado)
actos com incidncia nacional; o Administrao Directa Perifrica (ou
Regional e Local) por exemplo:
Governador Civil.
Em ambas as Administraes,encontramos:
y Servios de coordenao (porexemplo: CCDR);
y Servios de controlo/fiscalizao (por exemplo:
Inspeco-Geral do Trabalho);
y Servios de direco (aAdministrao Directa do
Estado goza de poder de
direco, nos termos do
artigo 199., alnea d) CRP).2
y Derivada na medida em que pressupe umaLei habilitante, que permita um acto de
delegao e a sua publicao (artigos 29., 35. e
seguintes CPA).
Princpio da descentralizao criao e diversidadede pessoas colectivas pblicas
y Em sentido imprprio (ou devoluo deservios) abarca Estado, Regies Autnomas
autarquias locais (pessoas colectivas primrias),
com base territorial e fins mltiplos, que criam
2Aconselha-se a consulta da Lei Orgnica do XVIII Governo Constitucional (Decreto-Lei n.231/2009, de
11 de Dezembro), confrontando-a com o Decreto-Lei n. 105/2007, de 3 de Abril (Regime da
Administrao Directa do Estado).
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outras entidades de fins singulares e base no
territorial (pessoas colectivas derivadas).Assim
se forma a Administrao Indirecta do Estado
(institutos pblicos3
e empresas pblicas4). A
Administrao Indirecta encontra-se sujeita apoderes de superintendncia e de tutela de
mrito e legalidade (ver artigo 199., alnea d)
CRP);
y Em sentido prprio criao de pessoascolectivas pblicas com vista prossecuo de
interesses prprios de determinados
agrupamentos infraestaduais.
o Descentralizao territorial Princpio da subsidiariedade (artigo
6., n.1 CRP) D lugar s
autarquias locais5
(municpios e
freguesias), num Estado unitrio e
parcialmente regional.
o Descentralizao associativa (porexemplo: associaes pblicas6)
A descentralizao territorial eassociativa deu origem
Administrao Autnoma do
Estado, sujeita a tutela de mera
legalidade (artigo 199., alnea d)
3Ver Decreto-Lei 105/2007, de 3 de Abril
4Ver Regime Jurdico do Sector Empresarial do Estado (DL n. 558/99, de 17 de Dezembro, alterado pelo
DL n. 300/2007, de 23/08 e pela Lei n. 64-A/2008, de 31/12) e Regime Jurdico do Sector Empresarial
Local (Lei n. 53-F/2006, de 29 de Dezembro, alterado pela Lei n 67-A/2007, de 31 de Dezembro)5
Ver Lei das Autarquias Locais (Lei n. 169/99, de 18 de Setembro, alterada pela Lei n. 5-A/2002, de 11
de Janeiro e pela Lei 67/2007, de 31 de Dezembro), como tambm a Lei n. 159/99, de 14 de Setembro
(Estabelece o quadro de transferncia de atribuies e competncias para as autarquias locais, em
particular o artigo 13.) e os artigos 235. e seguintes da CRP. 6
Ver Regime das Associaes Pblicas Profissionais (Lei n. 6/2008, de 13 de Fevereiro).
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CRP7).Algumas associaes pblicas
reconhecem uma tutela para l da
mera verificao do cumprimento
das leis.
7Ver tambm Lei n. 27/96, de 1 de Agosto (Regime Jurdico da Tutela Administrativa), enquanto
concretizao da Constituio, em particular os artigos 2. e 3. (a tutela administrativa exerce-se
atravs da realizao de inspeces, inquritos e sindicncias).