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Terapia de Reidratação Oral e VenosaTerapia de Reidratação Oral e Venosa
Programa de Residência Médica em PediatriaPrograma de Residência Médica em PediatriaHospital Regional da Asa Sul/SES/DFHospital Regional da Asa Sul/SES/DF
Denise Nogueira da Gama CordeiroDenise Nogueira da Gama Cordeiro
Brasília, 8 de julho de 2008Brasília, 8 de julho de 2008www.paulomargotto.com.brwww.paulomargotto.com.br
Balanço hídricoBalanço hídrico
Água e Solutos
Osmolaridade plasmática 285-295 mOsm/L
Ingestão e Oxidação de Proteínas, Carboidratos e Lipídeos
Perdas pelos Rins, Pulmões, Pele e TGI
Regulação da águaRegulação da água
Osmolaridade plasmáticaOsmolaridade plasmática
HAD
Excreção urinária de água
Sede
VEC
Aldosterona
Reabsorção do sódio
IngestaNa sérico e
PA
O volume dos compartimentos fluidos varia ao O volume dos compartimentos fluidos varia ao longo da vidalongo da vida
SIMÕES E SILVA, Ana; ROMANO, Camila. Manual Urgências Pediatria, 2003
BRUNO, Francisco et al .Piva&Celiny- Medicina Intensiva em Pediatria, 2005.
Os eletrólitos se distribuem de forma Os eletrólitos se distribuem de forma heterogênea entre os compartimentosheterogênea entre os compartimentos
≃
Classificação e Quadro clínicoClassificação e Quadro clínico
Segundo os déficits proporcionais de água e eletrólitosSegundo os déficits proporcionais de água e eletrólitos: : síndrome diarréica, renal, pele ou trato respiratóriosíndrome diarréica, renal, pele ou trato respiratório
FFalência da ação dos mecanismos de compensaçãoalência da ação dos mecanismos de compensação: : vasoconstrição, FC, redução das perdas urinárias vasoconstrição, FC, redução das perdas urinárias má má perfusãoperfusão (acidose láctica), (acidose láctica), piora da função renalpiora da função renal (acidose (acidose metabólica, alt. eletrolíticas, uréia e creatinina) e metabólica, alt. eletrolíticas, uréia e creatinina) e ativação ativação de mec. inflamatórios endógenosde mec. inflamatórios endógenos (SIRS, CIVD) (SIRS, CIVD)
Da qualidade e quantidade de líquidos ingeridosDa qualidade e quantidade de líquidos ingeridos ( baixo ( baixo aporte – coma, restrição hídrica)aporte – coma, restrição hídrica)
Intersticial, IV e IC
Acima de 10%
>100 ml/kg
Descompensado
Pregas persistentes
Enchimento capilar > 4’’
Cianose/moteada
Muito encovados
Muito deprimida
Oligoanúria Taqui ou bradicardia
Hipotensão
BRUNO,Francisco et al .Piva&Celiny- Medicina Intensiva em Pediatria, 2005.
Desidratação IIIChoque hipovolêmico
Ressecadas
Manifestações clínicas conforme a rapidez e volume líq. perdidosManifestações clínicas conforme a rapidez e volume líq. perdidos
Débeis Deprimido
7,1-6,8
Osm-280-310
↓ LEC
MURAHOVSCHI, Jayme. Pediatria Urgências e Emergências, 2006.
Manifestações clínicas conforme a composição do líquido perdidoManifestações clínicas conforme a composição do líquido perdido
Manifestações clínicas conforme o grau de Manifestações clínicas conforme o grau de desidratação – OMS/Unicef/MSdesidratação – OMS/Unicef/MS
MORAIS,Mauro B. et al. Guia de Pediatria, 2005
ou do si co
Crianças maiores e adolescentesCrianças maiores e adolescentes
Fluido extracelular representa menor parcela do pesoFluido extracelular representa menor parcela do peso
Desidratação leve: redução de 3%Desidratação leve: redução de 3% Desidratação moderada: redução de 6%Desidratação moderada: redução de 6% Desidratação grave: redução de 9%Desidratação grave: redução de 9%
MORAIS, B. et al. Guia de Pediatria, 2005
Tratamento dos distúrbios hidroeletrolíticosTratamento dos distúrbios hidroeletrolíticos
Perfusão adequada e restabelecer as deficiências de Perfusão adequada e restabelecer as deficiências de líquidos e eletrólitos, enquanto são corrigidos os líquidos e eletrólitos, enquanto são corrigidos os distúrbios ácido-básicos e as necessidades nutricionais distúrbios ácido-básicos e as necessidades nutricionais básicasbásicas
Fases de :Fases de : Reparação ( rápida ou expansão)Reparação ( rápida ou expansão) Manutenção e ReposiçãoManutenção e Reposição
Hidratação oral Hidratação oral Indicação: Indicação: I grau e alguns casos do II grauI grau e alguns casos do II grau Fase de reposição e manutençãoFase de reposição e manutenção SRO - 50 a 100 ml após cada evacuação p/ menores SRO - 50 a 100 ml após cada evacuação p/ menores
de 12 meses e 100 a 200 ml para os maiores de 12 de 12 meses e 100 a 200 ml para os maiores de 12 mesesmeses
Soro caseiro: uma medida pequena e rasa de sal, duas Soro caseiro: uma medida pequena e rasa de sal, duas medidas grandes e rasas de açúcar em copo com 200 medidas grandes e rasas de açúcar em copo com 200 ml de águaml de água
Fase de reparaçãoFase de reparação Pacientes com algum grau de desidratação :Pacientes com algum grau de desidratação : 50 a 100 ml/kg de SRO em 4 a 6 horas50 a 100 ml/kg de SRO em 4 a 6 horas > 2 anos: livre demanda> 2 anos: livre demanda
MORAIS, Mauro B. et al. Guia de Pediatria, 2005
Hidratação oralHidratação oralFase de reparaçãoFase de reparação
Perda de peso nas primeiras 2 horasPerda de peso nas primeiras 2 horas Vômitos persistentes ( + de 4 episódios /hora)Vômitos persistentes ( + de 4 episódios /hora) Ausência de melhora 4 horas após o início,Ausência de melhora 4 horas após o início, Convulsão Convulsão Dificuldade para ingerir a SRODificuldade para ingerir a SRO
MORAIS, Mauro B. et al. Guia de Pediatria, 2005
SNG ou HV
Hidratação endovenosaHidratação endovenosa Desidratação de III grau Desidratação de III grau Desidratação II grau em menores de 3 mesesDesidratação II grau em menores de 3 meses Alteração do estado de consciência, Alteração do estado de consciência, Vômitos intratáveis, Vômitos intratáveis, Distensão abdominal Distensão abdominal Íleo adinâmico Íleo adinâmico
Fase de reparaçãoFase de reparação - Choque- Choque Fase de manutenção e reposiçãoFase de manutenção e reposição
BRUNO, Francisco et al. Piva&Celiny- Medicina Intensiva em Pediatria, 2005.
Hidratação endovenosaHidratação endovenosa
Vários esquemas de reidrataçãoVários esquemas de reidratação:: - quantidade de líquido perdido- quantidade de líquido perdido - possíveis perdas posteriores e - possíveis perdas posteriores e a quantidade de líquido de manutenção para cada a quantidade de líquido de manutenção para cada
indivíduo.indivíduo.
Ao se compensar o comprometimento intravascular, Ao se compensar o comprometimento intravascular, retorna-se à hidratação por VOretorna-se à hidratação por VO
BRUNO, Francisco et al. Piva&Celiny- Medicina Intensiva em Pediatria, 2005.
Composição eletrolítica das soluções de uso parenteralComposição eletrolítica das soluções de uso parenteral
SIMÕES E SILVA, Ana; ROMANO, Camila. Manual de Urgências em Pediatria, 2003
Albumina humana a 20% - sódio – 130-160mEq/l – albumina a 5% ( diluir)
Fase de reparaçãoFase de reparação Correção do déficit hidroeletrolíticoCorreção do déficit hidroeletrolítico:: Desaparecimento dos sinais clínicos de desidratação Desaparecimento dos sinais clínicos de desidratação
e duas micções abundantes com densidade urinária e duas micções abundantes com densidade urinária normalnormal
Desidratação graveDesidratação grave: : 100 ml/kg em 2 horas100 ml/kg em 2 horas Desidratação moderadaDesidratação moderada (aquela que necessitou de (aquela que necessitou de
hidratação parenteral):hidratação parenteral): 50 ml/kg (1 SG5% : 1 /SF0,9%)50 ml/kg (1 SG5% : 1 /SF0,9%) na primeira horana primeira hora e e mais 25 a 50 ml/kg (1:1) nas horas subseqüentes, de mais 25 a 50 ml/kg (1:1) nas horas subseqüentes, de
acordo com a gravidade da desidratação e a evolução acordo com a gravidade da desidratação e a evolução clínicaclínica
Prazo máximo de reparação Prazo máximo de reparação 4 horas 4 horas
MORAIS, Mauro B. Guia de Pediatria, 2005MURAHOVSCHI,Jayme. Pediatria Urgências e Emergências, 2006JYH, J.H. et al. Atualizações em Terapia Intensiva Pediátrica, 2007
Fase de reparaçãoFase de reparação
Na desidratação hiponatrêmica e hipernatrêmica Na desidratação hiponatrêmica e hipernatrêmica expansão com soro fisiológicoexpansão com soro fisiológico
Nos desnutridos energético-proteico graves, cardiopatias Nos desnutridos energético-proteico graves, cardiopatias congênitas, Recém-nascidos (RN) com < 2 semanas, no congênitas, Recém-nascidos (RN) com < 2 semanas, no PO imediato com anestesia geral e na Ins. Renal PO imediato com anestesia geral e na Ins. Renal
menor velocidade de infusãomenor velocidade de infusão
Choque Choque Nível de consciência , pulsos periféricos finos ou Nível de consciência , pulsos periféricos finos ou
ausentes, tempo de perfusão > 2 a 3 segundosausentes, tempo de perfusão > 2 a 3 segundos
SF 0,9% - 20 ml/kg, rapidamente, em até 20 minutos, SF 0,9% - 20 ml/kg, rapidamente, em até 20 minutos, repetidos se necessário 2 a 3 vezes, após reavaliação repetidos se necessário 2 a 3 vezes, após reavaliação do estado cardiocirculatóriodo estado cardiocirculatório
Descaracterizado o estado de choqueDescaracterizado o estado de choque, retoma-se a , retoma-se a reparação habitualreparação habitual, de acordo com as perdas, visando , de acordo com as perdas, visando à diurese de 2 a 3 ml/kg/horaà diurese de 2 a 3 ml/kg/hora
Hipotensão: RN Hipotensão: RN Pressão sístólica (PS) < 60 mmHg Pressão sístólica (PS) < 60 mmHg 1 a 12 m 1 a 12 m PS < 70 mmHg PS < 70 mmHg 1 a 10 a 1 a 10 a PS < 70 mmHg + 2 x idade PS < 70 mmHg + 2 x idade > 10 a > 10 a PS < 90 mmHg PS < 90 mmHg
MORAIS, Mauro B. et al. Guia de Pediatria, 2005
Choque (alternativa)Choque (alternativa)
Expansões de 20 ml/kg de SF0,9% a cada 20-30 Expansões de 20 ml/kg de SF0,9% a cada 20-30 minutos, repetidas até se reverter a depleção minutos, repetidas até se reverter a depleção volumétricavolumétrica
Após a restauração da volemia o objetivo é administrar a Após a restauração da volemia o objetivo é administrar a manutenção hidroeletrolítica manutenção hidroeletrolítica adicionadaadicionada das possíveis das possíveis perdas e das perdas e das deficiências eletrolíticas ainda deficiências eletrolíticas ainda existentesexistentes
BRUNO, Francisco et al. Piva&Celiny- Medicina Intensiva em Pediatria, 2005.
Fase de manutençãoFase de manutenção
Necessidades hídricas e eletrolíticas variam com o Necessidades hídricas e eletrolíticas variam com o metabolismo, a superfície corporal e as perdas metabolismo, a superfície corporal e as perdas
1.800ml por m1.800ml por m2de SC ou ou 100 ml de líquidos p/ cada 100 kcalorias metabolizadas 100 ml de líquidos p/ cada 100 kcalorias metabolizadas
A relação entre o gasto calórico e o peso corporal é A relação entre o gasto calórico e o peso corporal é linear (maiores de um mês e até 10 kg)linear (maiores de um mês e até 10 kg)
BRUNO, Francisco et al. Piva&Celiny - Medicina Intensiva em Pediatria, 2005.
Necessidades hidroeletrolíticas segundo o Necessidades hidroeletrolíticas segundo o peso e superfície corpóreapeso e superfície corpórea
Manutenção
Peso
1-10kg
11-20kg
>20kg
SC-m2
BRUNO, Francisco et al. Piva&Celiny- Medicina Intensiva em Pediatria, 2005
Fase de manutenção – necessidade Fase de manutenção – necessidade calórica e eletrolíticacalórica e eletrolítica
Glicose Glicose 5 a 10 g/100cal/dia, com sol. a 5 e 10%5 a 10 g/100cal/dia, com sol. a 5 e 10% crianças maiores; crianças maiores; Para RNs e lactentes menores - TIG de 4 a 6 mg/kg/min Para RNs e lactentes menores - TIG de 4 a 6 mg/kg/min
Cálcio e magnésioCálcio e magnésio Lactentes nos primeiros meses de vida e Lactentes nos primeiros meses de vida e Desnutrição energético-protéica graveDesnutrição energético-protéica grave Cálcio: 100 a 200 mg/100 cal - Cálcio: 100 a 200 mg/100 cal - gluconato de cálcio a 10%gluconato de cálcio a 10% - -
2 a 4 ml/kg/dia ( não ultrapassar 34 ml/dia) ou 1 ml/kg/dia de 2 a 4 ml/kg/dia ( não ultrapassar 34 ml/dia) ou 1 ml/kg/dia de cloreto de cálcio a 10 %cloreto de cálcio a 10 %
Magnésio: 0,4 a 0,8 mmol/100 cal ou 0,3-0,5mEq/kg/diaMagnésio: 0,4 a 0,8 mmol/100 cal ou 0,3-0,5mEq/kg/dia - Sulfato de magnésio a 10% - 1ml=0,8mEq- Sulfato de magnésio a 10% - 1ml=0,8mEq
MORAIS, Mauro B. et al. Guia de Pediatria, 2005
Fase de reposiçãoFase de reposição depende da causa, da resposta à depende da causa, da resposta à infusão inicial e do grau da desidrataçãoinfusão inicial e do grau da desidratação
Diarréia 30-100 ml/100 cal (SG/SF 1:1) obs:>10 ev.60 a 100 ou +
Taquipnéia 15-45/100 cal (água livre)
Fototerapia e berço aquecido 10 ml/100cal (água livre)
Febre 10 ml/100cal (água livre)
Sudorese excessiva 20-40 ml/100cal (água livre)
Outros líquidos Determinar o volume e eletrólitos
MORAIS, Mauro B. et al. Guia de Pediatria, 2005BRUNO, Francisco et al. Piva&Celiny- Medicina Intensiva em Pediatria, 2005BEVILACQUA, Cesar C. Emergências Pediátricas, 2000
Composição eletrolítica dos fluidos Composição eletrolítica dos fluidos corporais e das secreções digestivascorporais e das secreções digestivas
SIMÕES E SILVA, Ana; ROMANO, Camila. Manual Urgências Pediatria, 2003
Fase de manutenção e reposiçãoFase de manutenção e reposição SódioSódio: : 5 mEq/kg/dia5 mEq/kg/dia ( 3 mEq/l + 2 mEq/l) com volume hidríco ( 3 mEq/l + 2 mEq/l) com volume hidríco
de manutenção(100 ml/kg/dia) e reposição (30ml/kg/dia) de manutenção(100 ml/kg/dia) e reposição (30ml/kg/dia) sódio a 3,8% (4%)sódio a 3,8% (4%) ou ou sol. 3:1 de SG e SFsol. 3:1 de SG e SF ( osmoloridade de ( osmoloridade de 75mOsm/l)75mOsm/l)
sódio a 5% = sol. 2:1 =100mOsm/lsódio a 5% = sol. 2:1 =100mOsm/l sódio a 3% = sol. 4:1 = 60mOsm/lsódio a 3% = sol. 4:1 = 60mOsm/l sódio a 7,6% = sol.1:1 = 150mOsm/lsódio a 7,6% = sol.1:1 = 150mOsm/l
Perda média de sódio em paciente com desidratação Perda média de sódio em paciente com desidratação moderada por diarréia moderada por diarréia 8 a 12 mEq/kg 8 a 12 mEq/kg
PotássioPotássio: 2 a 6 mEq/kg/dia, na proporção máxima de 8% - em : 2 a 6 mEq/kg/dia, na proporção máxima de 8% - em média 4% no PSmédia 4% no PSMORAIS, Mauro B. et al. Guia de Pediatria, 2005BRUNO, Francisco et al. Piva&Celiny- Medicina Intensiva em Pediatria, 2005BEVILACQUA, Cesar C.Emergências Pediátricas, 2000
Hidratação no paciente desnutridoHidratação no paciente desnutrido
Água no IC constante, porém o LEC é depletadoÁgua no IC constante, porém o LEC é depletado
↓↓do sódio plasmático, mas ↑do sódio corporal total (IC)do sódio plasmático, mas ↑do sódio corporal total (IC)
↓ ↓ potássio no IC, podendo ser normal ou ↓ no plasma potássio no IC, podendo ser normal ou ↓ no plasma
Fase de expansão com solução fisiológica (20ml/kg a cada 20 Fase de expansão com solução fisiológica (20ml/kg a cada 20 minutos ou minutos ou
1SG5%:1SF0,9% em 2 horas1SG5%:1SF0,9% em 2 horas
BRUNO, Francisco et al. Piva&Celiny- Medicina Intensiva em Pediatria, 2005.
ACT (IC e EC)
albumina↓ hiperaldosteronismo DC ↓ Fluxo renal ↓FG ↓
Hidratação no paciente desnutrido - Hidratação no paciente desnutrido - ManutençãoManutenção
MURAHOVSCHI,Jayme. Pediatria Urgências e Emergências, 2006
Valores normais do equilíbrio ácido-básicoValores normais do equilíbrio ácido-básico
pH
pCO2
HCO3
7,4
40
24
BRUNO, Francisco et al. Piva&Celiny- Medicina Intensiva em Pediatria, 2005
Normal
→ p/ cada ⇅ 10 mmHg de pCO2 → ⇅ do pH de 0,08 ;
→ p/cada ⇅ 10 mEq/l do Bicarbonato → do ⇅ pH de 0,15
Acidose metabólicaAcidose metabólica pH < 7,10 com bicarbonato pH < 7,10 com bicarbonato ≤≤ 10 mEq/l: 10 mEq/l: corrigircorrigir entre 7,1 e 7,2 entre 7,1 e 7,2 avaliaravaliar Na maioria das crianças desidratadas a adequada reposição Na maioria das crianças desidratadas a adequada reposição
hidríca corrige a acidose hidríca corrige a acidose
Estimativa de déficit de bicarbonato:Estimativa de déficit de bicarbonato: BE x peso x 0,3BE x peso x 0,3 ou ( ou (15 – bicarb. atual) x peso x 0,615 – bicarb. atual) x peso x 0,6 ( (0,30,3))
1/2 do volume em 1 ou 2 horas1/2 do volume em 1 ou 2 horas ou ou 1/3 em bolus e o outro 1/3 1/3 em bolus e o outro 1/3 diluído no soro de hidratação nas próximas 6-8 horasdiluído no soro de hidratação nas próximas 6-8 horas fazer o fazer o Bic.Na a 1,4% ( diluir uma parte do bic.a 8,4% em 5 partes de Bic.Na a 1,4% ( diluir uma parte do bic.a 8,4% em 5 partes de SG5%).SG5%).
Sol. Sol. 6 6 SG5% : SG5% : 33 SF : SF : 11de bic.Na a de bic.Na a 3% ou3% ou Sol. Sol. 33 SG5%: SG5%: 22 SF : SF : 1 1 de bic. a de bic. a 1,4%1,4%
BRUNO, Francisco et al. Piva&Celiny- Medicina Intensiva em Pediatria, 2005MURAHOVSCHI,Jayme. Pediatria Urgências e Emergências, 2006
Gasometria desconhecida:Expansão de 50 ml/kg
com 1SG5% :1SF
Hidratação no hipernatrêmico (correção com sol.1:1)Hidratação no hipernatrêmico (correção com sol.1:1)
Evitar a correção rápida e infusão de fluidos muito Evitar a correção rápida e infusão de fluidos muito hipotônicoshipotônicos
Na Na hipernatremia crônicahipernatremia crônica (> 24 horas de instalação): (> 24 horas de instalação): correção em no correção em no mínimo 2 diasmínimo 2 dias, não excedendo a taxa , não excedendo a taxa de queda do sódio de 0,4mEq/kg/hde queda do sódio de 0,4mEq/kg/h
CorreçãoCorreção:: ChoqueChoque : SF 20 ml/kg EV, repetindo-se enquanto durar : SF 20 ml/kg EV, repetindo-se enquanto durar
o choqueo choque Ausência de sinais de choque e ainda desidratadoAusência de sinais de choque e ainda desidratado: :
SF0,9% e SG5%, numa sol. 1:1SF0,9% e SG5%, numa sol. 1:1, a 10 ml/kg/h (0,7 , a 10 ml/kg/h (0,7 mEq/kg/h) por aproximadamente 6 horas – mEq/kg/h) por aproximadamente 6 horas – tratamento tratamento de hipernatremia agudade hipernatremia aguda
Normovolemia (sem desidratação) Normovolemia (sem desidratação) : : sol 1:1 de SF0,9% sol 1:1 de SF0,9% + SG5%,+ SG5%, na veloc. de 4 a 6 ml/kg/h, até que o sódio na veloc. de 4 a 6 ml/kg/h, até que o sódio atinja valores menores de 160mEq/l – atinja valores menores de 160mEq/l – tratamento de tratamento de hipernatremia crônicahipernatremia crônica
SIMÕES E SILVA, Ana; Manual de Urgências em Pediatria, 2003
Hidratação no hipernatrêmico (correção com Hidratação no hipernatrêmico (correção com sol.1:1)sol.1:1)
Estimativa do volume a ser adicionado para reduzir o sódio Estimativa do volume a ser adicionado para reduzir o sódio até 160 mEq/l, num paciente de 10 Kg, desidratado, com sódio até 160 mEq/l, num paciente de 10 Kg, desidratado, com sódio inicial de 170 mEq/l e sem sinais de choqueinicial de 170 mEq/l e sem sinais de choque::
[Na]f x Vf = [Na]i x Vi + [Na]adicionado x Vol.adicionado(Va)[Na]f x Vf = [Na]i x Vi + [Na]adicionado x Vol.adicionado(Va)
Ex:Ex: 160 x (0,6 x 10) + Va = 170 x (0,6 x 10) + 75 x Va160 x (0,6 x 10) + Va = 170 x (0,6 x 10) + 75 x Va Va = 0,705 litrosVa = 0,705 litros
SIMÕES E SILVA, Ana; Manual de Urgências em Pediatria, 2003
Hidratação no hipernatrêmicoHidratação no hipernatrêmico
Distúrbio Distúrbio agudoagudo (< 24 horas) (< 24 horas) 10 ml/kg/h 10 ml/kg/h Distúrbio Distúrbio crônico crônico ( > 24 horas) ( > 24 horas) 5 ml/kg/h 5 ml/kg/h Distútbio Distútbio hiperagudohiperagudo (<12 horas), sintomática ou com (<12 horas), sintomática ou com
sódio acima de 180 mEq/l sódio acima de 180 mEq/l SG5% P/ SG5% P/ REDUZIRREDUZIR o o sódio até 170mEq/lsódio até 170mEq/l
DAL(litros)DAL(litros) = (Peso em Kg X 0,6) X (Sódio presente – = (Peso em Kg X 0,6) X (Sódio presente – 170) / 170 em 4 horas170) / 170 em 4 horas
Na prática: infusão de 4 ml/kg de SG5% para cada 1 Na prática: infusão de 4 ml/kg de SG5% para cada 1 mEq/l de redução no sódiomEq/l de redução no sódio
SIMÕES E SILVA, Ana; Manual de Urgências em Pediatria, 2003
Hidratação no hipernatrêmico (Correção comHidratação no hipernatrêmico (Correção com SG5%) SG5%)
Estimativa da redução no sódio sérico causada pela retenção Estimativa da redução no sódio sérico causada pela retenção de 1 litro de solução infundidade 1 litro de solução infundida
Mudança no sódio sérico = sódio infundido-sódio séricoMudança no sódio sérico = sódio infundido-sódio sérico (0,6xpeso) + 1(0,6xpeso) + 1Exemplo: peso de 10 Kg c/ sódio sérico de 158 mEq/lExemplo: peso de 10 Kg c/ sódio sérico de 158 mEq/l
0 – 158 = 22,5mEq/l reduzidos pela infusão de 1 litro de SG5%0 – 158 = 22,5mEq/l reduzidos pela infusão de 1 litro de SG5% (0,6x10) + 1(0,6x10) + 1P/ reduzir 10 mEq/l/dia seria necessário infundir 0,44 litros de SG5% em 24hP/ reduzir 10 mEq/l/dia seria necessário infundir 0,44 litros de SG5% em 24h
Não interromper se precisar novas expansões( p/ perdas Não interromper se precisar novas expansões( p/ perdas volumosas)volumosas)
Se dieta zero não esquecer das necessidades básicas ( a Se dieta zero não esquecer das necessidades básicas ( a hidratação ficará com sódio a 2%) hidratação ficará com sódio a 2%)
BRUNO, Francisco et al. Piva&Celiny- Medicina Intensiva em Pediatria, 2005
Hidratação no hipernatrêmico (correção Hidratação no hipernatrêmico (correção com sol.de sódio a 2% ou 3%com sol.de sódio a 2% ou 3%
Após expansão calcular déficit de água livre:Após expansão calcular déficit de água livre: 0,6x peso x ( 1-140/sódio encontrado)0,6x peso x ( 1-140/sódio encontrado)
O O DALDAL deve ser reposto em 48-72 horas, com soluções deve ser reposto em 48-72 horas, com soluções a 2 a 3 % de sódio, induzindo queda da natremia não a 2 a 3 % de sódio, induzindo queda da natremia não superior a 0,5 mEq/kg/hsuperior a 0,5 mEq/kg/h
CARPI, Mario F. Pediatria Clínica./Departamento de Pediatria , Faculdade de Medicina de Botucatu, 1º ed.,2006
Hidratação no hiponatrêmico (correção Hidratação no hiponatrêmico (correção com NaCl a 3%)com NaCl a 3%)
Antes daAntes da Fase de EXPANSÃO Fase de EXPANSÃO se sódio < 120 mEq/l ou se sódio < 120 mEq/l ou sintomático sintomático corrigircorrigir
Déficit de sódio = 0,6 x Peso(kg) x (130 – sódio atual) Déficit de sódio = 0,6 x Peso(kg) x (130 – sódio atual) 10ml/kg/h ou 3gts/kg/min10ml/kg/h ou 3gts/kg/min (Corrigir para 125 no desnutrido)(Corrigir para 125 no desnutrido) Solução hipertônica de NaCl a 3% (0,513mEq/ml) - 3 a Solução hipertônica de NaCl a 3% (0,513mEq/ml) - 3 a
5mEq/kg/hora5mEq/kg/hora
NaCl a 3% NaCl a 3% 12 a 15 ml/kg em 1 hora (convulsão 12 a 15 ml/kg em 1 hora (convulsão hiponatrêmica) – eleva o sódio sérico em 10mEq/lhiponatrêmica) – eleva o sódio sérico em 10mEq/l
NaCl a 3% = 15 ml de NaCl a 20% + 85 ml SG 5%NaCl a 3% = 15 ml de NaCl a 20% + 85 ml SG 5%
CARPI, Mario F. Pediatria Clínica Faculdade de Medicina de Botucatu, 1º ed.,2006
Hidratação no hiponatrêmico (correção Hidratação no hiponatrêmico (correção com NaCl a 3%)com NaCl a 3%)
Estimativa do volume a ser adicionado para elevar o sódio Estimativa do volume a ser adicionado para elevar o sódio até até 120 mEq/l120 mEq/l, num paciente de 10 Kg, , num paciente de 10 Kg, normohidratadonormohidratado, com , com 12 horas de distúrbio, sódio inicial de 110 mEq/l e sintomático12 horas de distúrbio, sódio inicial de 110 mEq/l e sintomático::
[Na]f x Vf = [Na]i x Vi + [Na]adicionado x Vol.adicionado(Va)[Na]f x Vf = [Na]i x Vi + [Na]adicionado x Vol.adicionado(Va)
Ex:Ex: 120 x (0,6 x 10) + Va = 110 x (0,6 x 10) + 500 x Va120 x (0,6 x 10) + Va = 110 x (0,6 x 10) + 500 x Va Va = 0,158 litros em 5 a 10 horas (veloc. De 1 a 2 mEq/l/h)Va = 0,158 litros em 5 a 10 horas (veloc. De 1 a 2 mEq/l/h)
SIMÕES E SILVA, Ana; Manual de Urgências em Pediatria, 2003
Hidratação no hiponatrêmico (correção com SF0,9% Hidratação no hiponatrêmico (correção com SF0,9% ou sol. 1:1)ou sol. 1:1)
Corrigir se sódio < 120 mEq/l ou sintomáticoCorrigir se sódio < 120 mEq/l ou sintomático Pacientes com choquePacientes com choque: SF a cada 20 minutos: SF a cada 20 minutos Pacientes desidratados sem choquePacientes desidratados sem choque:: SF0,9% ou sol.1:1 de SF0,9% e SG5%SF0,9% ou sol.1:1 de SF0,9% e SG5%, em infusão mais lenta, , em infusão mais lenta,
a 10ml/kg/h (5 mEq/kg/h) – a 10ml/kg/h (5 mEq/kg/h) – tratar como distúrbio agudotratar como distúrbio agudo
Em distúrbio Em distúrbio crônicocrônico ( > 48 h): Elevar o sódio na velocidade de ( > 48 h): Elevar o sódio na velocidade de 0,5 mEq/L/hora ou 0,4 mEq/Kg/h – total de 10 mEq/l nas 24 h0,5 mEq/L/hora ou 0,4 mEq/Kg/h – total de 10 mEq/l nas 24 h
Distúrbio Distúrbio hiperagudohiperagudo (< 12 horas): elevar o sódio na velocidade (< 12 horas): elevar o sódio na velocidade de até 5mEq/L/hora ou 3mEq/kg/hde até 5mEq/L/hora ou 3mEq/kg/h
Distúrbio Distúrbio agudo agudo (< 24 horas): Velocidade de 1 a 2 mEq/l/hora (< 24 horas): Velocidade de 1 a 2 mEq/l/hora
SIMÕES E SILVA, Ana; Manual de Urgências em Pediatria, 2003
Hidratação no hiponatrêmicoHidratação no hiponatrêmico
No No normovolêmico normovolêmico corrigir o sódio para atingir sódio de corrigir o sódio para atingir sódio de 125mEq/l 125mEq/l ou desaparecimento dos sinais clínicos quando:ou desaparecimento dos sinais clínicos quando:
< 120 mEq/l nas formas agudas, < 120 mEq/l nas formas agudas, <110 mEq/l nas crônicas ou <110 mEq/l nas crônicas ou < 130 mEq/l se com sintomas < 130 mEq/l se com sintomas
Mudança no sódio sérico para 1 litro de solução retida = Mudança no sódio sérico para 1 litro de solução retida = sódio infundido-sódio séricosódio infundido-sódio sérico (0,6xpeso) + 1(0,6xpeso) + 1
Ex: 513 – 112 = 21,1 mEq/lEx: 513 – 112 = 21,1 mEq/l (0,6 x 30) + 1 (0,6 x 30) + 1
CARPI, Mario F. Pediatria Clínica Faculdade de Medicina de Botucatu, 1º ed.,2006
Objetivo: 10 mEq/l/dia na crônica12 mEq/l/dia na aguda
ObrigadaObrigada
Nota do Editor do site Nota do Editor do site www.paulomargotto.com.brwww.paulomargotto.com.br
Dr. Paulo R. Margotto Dr. Paulo R. MargottoConsultem:Consultem:
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