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UNIFESO - Centro Universitário Serra dos Órgãos CCS – Centro de Ciências da Saúde Teste de Progresso 2014 Medicina Teresópolis agosto de 2014 Prezado Aluno Você está realizando o Teste de Progresso. Este não objetiva aprovar, selecionar ou classificar, procura dimensionar o seu ganho de conhecimento cognitivo e constatar sua evolução individual no processo de construção de sua aprendizagem. Por isso, ao participar do teste está fazendo o acompanhamento de seu crescimento ao longo do curso. Dependendo do período em que se encontra, muitas destas questões poderão ser desconhecidas. Mesmo assim, esforce-se para respondê-las. O resultado do teste será entregue individualmente, aos alunos que participaram. Boa sorte! Comissão de Avaliação INSTRUÇÕES: Assine o cartão de respostas com caneta azul ou preta conforme assinatura no documento de identidade apresentado. Marque o cartão de respostas preenchendo TODO O ESPAÇO sobre a letra correta () em tinta azul ou preta. NÃO serão permitidas rasuras no cartão de respostas. As questões rasuradas serão consideradas erradas. Somente entregue o cartão de respostas. O caderno de questões poderá ser levado para a conferência do gabarito, desde que tenha decorrido uma hora do início da prova. NÃO é permitido manter telefone celular, ou quaisquer dispositivos eletrônicos ligados na sala de prova. Fica proibido qualquer tipo de consulta. Os professores responsáveis pela aplicação do teste NÃO poderão esclarecer dúvidas. O entendimento dos enunciados faz parte da avaliação. A prova contém 60 (sessenta) questões numeradas, de múltipla escolha, com cinco opções cada, onde há somente única resposta correta. Ao final do teste são apresentadas 10 questões referentes à sua opinião sobre o Teste de Progresso efetuado. Contamos ter sua opinição. A duração da prova é de três horas improrrogáveis, incluído o tempo para a marcação do cartão de respostas. Ao final deste tempo, os cartões serão recolhidos. O aluno somente poderá retirar-se da sala, depois de decorrida a primeira hora a partir do início do teste. ATENÇÃO: As questões referentes ao conteúdo específico do teste estão distribuídas de forma aleatória em relação às áreas de conhecimento, guardando, no entanto, coerência entre si. Portanto realizem o teste obedecendo a ordem sequencial das questões apresentadas

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UNIFESO - Centro Universitário Serra dos Órgãos CCS – Centro de Ciências da Saúde

Teste de Progresso 2014

Medicina

Teresópolis agosto de 2014

Prezado Aluno Você está realizando o Teste de Progresso. Este não objetiva aprovar, selecionar ou classificar, procura dimensionar o seu ganho de conhecimento cognitivo e constatar sua evolução individual no processo de construção de sua aprendizagem. Por isso, ao participar do teste está fazendo o acompanhamento de seu crescimento ao longo do curso. Dependendo do período em que se encontra, muitas destas questões poderão ser desconhecidas. Mesmo assim, esforce-se para respondê-las.

O resultado do teste será entregue individualmente, aos alunos que participaram.

Boa sorte!

Comissão de Avaliação

I N S T R U Ç Õ E S :

• Assine o cartão de respostas com caneta azul ou preta conforme assinatura no documento de identidade apresentado.

• Marque o cartão de respostas preenchendo TODO O ESPAÇO sobre a letra correta (�) em tinta azul ou preta.

• NÃO serão permitidas rasuras no cartão de respostas. As questões rasuradas serão consideradas erradas.

• Somente entregue o cartão de respostas. O caderno de questões poderá ser levado para a conferência do gabarito, desde que tenha decorrido uma hora do início da prova.

• NÃO é permitido manter telefone celular, ou quaisquer dispositivos eletrônicos ligados na sala de prova.

• Fica proibido qualquer tipo de consulta. • Os professores responsáveis pela aplicação do teste NÃO poderão esclarecer dúvidas. O

entendimento dos enunciados faz parte da avaliação. • A prova contém 60 (sessenta) questões numeradas, de múltipla escolha, com cinco opções cada,

onde há somente única resposta correta. • Ao final do teste são apresentadas 10 questões referentes à sua opinião sobre o Teste de Progresso

efetuado. Contamos ter sua opinição. • A duração da prova é de três horas improrrogáveis, incluído o tempo para a marcação do cartão de

respostas. Ao final deste tempo, os cartões serão recolhidos. • O aluno somente poderá retirar-se da sala, depois de decorrida a primeira hora a partir do

início do teste. • ATENÇÃO: As questões referentes ao conteúdo específico do teste estão distribuídas de

forma aleatória em relação às áreas de conhecimento, guardando, no entanto, coerência entre si. Portanto realizem o teste obedecendo a ordem sequencial das questões apresentadas

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1. A estética nas diferentes sociedades vem geralmente acompanhada de marcas corporais que individualizam seus sujeitos e sua coletividade tais como: discos labiais, piercings, tatuagens, mutilações, pinturas, vestimentas, penteados e cortes de cabelo. Embora universal, as formas das quais se valem os grupos e indivíduos para se marcarem corporalmente são vistas, às vezes, como estranhas a indivíduos que pertencem a outros grupos. Essa atitude individual de estranhamento em relação ao diferente é considerada conceitualmente como:

(A) Aculturação

(B) Etnocídio

(C) Genocídio cultural

(D) Preconceito

(E) Relativismo cultural

INTENÇÃO: Valorizar a divulgação de conhecimentos, a formação de atitudes, posturas e valores que eduquem cidadãos orgulhosos de seu pertencimento étnico-racial - descendentes de africanos, povos indígenas, descendentes de europeus, de asiáticos – para interagirem na construção de uma nação democrática, em que todos, igualmente, tenham seus direitos garantidos e sua identidade valorizada. Justificativa: Preconceito é uma postura ou ideia pré-concebida, uma atitude de alienação a tudo aquilo que foge dos “padrões” de uma sociedade. As principais formas são: preconceito racial, social e sexual. A aculturação refere-se à sobreposição de uma cultura sobre a outra, por exemplo, no Brasil colonial isto ocorreu pela catequisação dos índios, negros escravos e por meio de referências “civilizatórias” trazidas por portugueses, franceses e ingleses. O etnocídio parte do pressuposto de que os indivíduos podem evoluir se forem ajustados a um modelo cultural “superior”, ao passo que o genocídio vai mais além por extinção total ou tentativa de destruição de uma raça ou etnia por meio da eliminação de seus elementos, tal qual ocorreu com o regime nazista contra os judeus com o holocausto. O relativismo cultural parte do pressuposto de que cada sociedade julga a si mesma, e não existe o bem e o mal, mas sim o que uma sociedade acha que é bom ou mau. Não existe o certo ou errado, mas o aceito culturalmente e o rejeitado, segundo o antropólogo Franz Boas. Referências: http://www.infoescola.com/sociologia/aculturacao/, http://www.mundoeducacao.com.br/sociologia/genocidio-etnocidio.htm, http://debatesantropologicos.blogspot.com.br/2009/02/ate-onde-devemos-relativizar.html , http://pt.wikipedia.org/wiki/Relativismo_cultural http://www.mundoeducacao.com.br/sociologia/preconceito.htm, http://farodeofertas.com/genocidio.html, Parecer CNE CP nº 003/2004 – Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, p. 2

Dificuldade: Normal Categoria: Sociedade e Cultura

2. Malala Yousafzai é uma estudante e ativista paquistanesa, que se tornou conhecida mundialmente após ser baleada na cabeça por talibãs em outubro de 2012. Embora Malala tenha recebido muito apoio e elogios ao redor do mundo, no Paquistão a resposta foi mais cética, com alguns acusando-a de agir como um fantoche do Ocidente. Qual a causa defendida por Malala?

(A) O direito da mulher em escolher seu futuro marido e não se submeter a “casamentos arranjados” por seus pais, por conveniência

(B) O direito à educação feminina com a garantia de que as meninas e todas as crianças possam frequentar escolas

(C) O direito da mulher em realizar intercâmbios em instituições de ensino superior em países do Ocidente

(D) O direito da mulher em viver sob os preceitos da lei islâmica e aprender táticas de guerrilha para eventual necessidade de lutar pelo país

(E) O direito ao voto bem como o direito de exercer cargo público, em condições de igualdade com os homens

INTENÇÃO: Valorizar um dos princípios da educação em Direitos Humanos, que é a igualdade de direitos. O princípio da igualdade de direitos está ligado, portanto, à ampliação de direitos civis, políticos, econômicos, sociais, culturais e ambientais a todos os cidadãos e cidadãs, com vistas a sua universalidade, sem distinção de cor, credo, nacionalidade, orientação sexual, biopsicossocial e local de moradia Justificativa: Malala é conhecida por seu ativismo pelos direitos à educação, especialmente no Vale do Swat, onde o Talibã às vezes proíbe meninas de frequentarem à escola. Nesta cultura conservadora, muitas vezes se espera que as mulheres fiquem em casa para cozinhar e criar os filhos. As autoridades afirmam que apenas metade das meninas frequentam à escola - embora este número fosse menor que 34%, segundo dados de 2011. Em 12 de julho de 2013, Malala comemorou seu aniversário de 16 anos discursando na Assembleia da Juventude na Organização das Nações Unidas em Nova Iorque, Estados Unidos: [...] "Vamos pegar nossos livros e canetas. Eles são nossas armas mais poderosas. Uma criança, um professor, uma caneta e um livro podem mudar o mundo. A educação é a única solução". Referências: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/10/saiba-quem-e-malala-yousafzai-paquistanesa-que-desafiou-os-talibas.html, http://pt.wikipedia.org/wiki/Malala_Yousafzai , http://revistaescola.abril.com.br/geografia/fundamentos/taliba-470320.shtml, http://www.dedihc.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=71 , Parecer CNE CP nº 8/2012 – Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos, p. 9 Dificuldade: Difícil Categoria: Sociedade e Cultura

3. A mobilidade urbana sustentável surge como um novo desafio às políticas ambientais e urbanas, no qual as limitações das políticas públicas de transporte coletivo e a retomada do crescimento econômico têm implicado num aumento expressivo da motorização individual (automóveis e motocicletas).

Fonte: cartunistaedra.blogspot.com Qual das alternativas abaixo representa um mecanismo de controle individual no combate aos congestionamentos quilométricos?

(A) Monitoramento e controle das emissões dos gases de efeito local e de efeito estufa dos modos de transporte motorizado, facultando a restrição de acesso a determinadas vias em razão da criticidade dos índices de emissões de poluição

(B) Dedicação de espaço exclusivo nas vias públicas para os serviços de transporte público coletivo e modos de transporte não motorizados

(C) Prioridade dos modos de transportes não motorizados sobre os motorizados e dos serviços de

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transporte público coletivo sobre o transporte individual motorizado

(D) Restrição e controle de acesso e circulação, permanente ou temporário, de veículos motorizados em locais e horários predeterminados como o sistema de rodízio em São Paulo

(E) Integração da Política Nacional de Mobilidade Urbana com a política de desenvolvimento urbano e respectivas políticas setoriais de habitação, saneamento básico, planejamento e gestão do uso do solo no âmbito dos entes federativos

INTENÇÃO: Refletir sobre a responsabilidade individual quanto à qualidade de vida e o futuro do planeta. A Educação Ambiental visa à construção de conhecimentos, ao desenvolvimento de habilidades, atitudes e valores sociais, ao cuidado com a comunidade de vida, a justiça e a equidade socioambiental, e a proteção do meio ambiente natural e construído. Justificativa: O mecanismo de controle, no âmbito individual, no combate aos congestionamentos quilométricos nas grandes cidades é a restrição da circulação de veículos em determinados locais e horários, tal qual ocorre com o sistema de rodízio em São Paulo. O sistema funciona somente nos dias de semana, no período da manhã das 7 às 10h e no período da tarde das 17 às 20h. São proibidos de rodar, nesses horários, veículos com finais de placa: segunda-feira – 01 e 02; terça-feira – 03 e 04; quarta-feira – 05 e 06; quinta-feira – 07 e 08; sexta-feira – 09 e 00. Desrespeitar as normas do rodízio implica em infração de nível médio, multa de R$ 85,12 e inclusão de quatro pontos na carteira do motorista infrator. No entanto, há um projeto de lei, de autoria do vereador Adilson Amadeu (PTB), para a extinção do rodízio de veículos. Ele justificou que o rodízio foi criado para reduzir a poluição, mas que a frota se tornou menos poluente à medida que foi crescendo a participação dos carros bicombustíveis. Argumentou ainda que, para burlar o rodízio, muitos motoristas acabaram comprando um segundo veículo mais antigo e poluidor. Referências: http://www.ebc.com.br/noticias/brasil/2014/05/decisao-da-camara-que-acabou-rodizio-em-sp-nas-maos-do-prefeito-fernando, http://www.mma.gov.br/cidades-sustentaveis/urbanismo-sustentavel/mobilidade-sustent%C3%A1vel, http://www.emsampa.com.br/sp_rodizio.htm , Resolução nº 2 de 15 de julho de 2012 , Art. 3º – Estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental, p. 2 Dificuldade: Fácil Categoria: Meio Ambiente

4. A ideia de desenvolvimento sustentável tem sido cada vez mais discutida junto às questões que se referem ao crescimento econômico nas dimensões econômica, ambiental e empresarial. De acordo com este conceito considera-se que:

(A) deve-se buscar uma forma de progresso socioeconômico que não comprometa o meio ambiente sem que, com isso, deixemos de utilizar os recursos nele disponíveis

(B) o meio ambiente é fundamental para a vida humana e, portanto, deve ser intocável para não por em risco o futuro do planeta

(C) os países subdesenvolvidos são os únicos que praticam a ideia de desenvolvimento sustentável, pois, por sua baixa industrialização, preservam melhor o seu meio ambiente do que os países ricos

(D) ocorre uma oposição entre desenvolvimento e proteção ao meio ambiente e, portanto, é inevitável que os riscos ambientais sustentem o crescimento econômico dos povos

(E) são as riquezas acumuladas nos países ricos, em prejuízo das antigas colônias durante a expansão colonial, que devem, hoje, sustentar o crescimento econômico dos povos

INTENÇÃO: Propiciar a reflexão sobre a responsabilidade individual e coletiva no que diz respeito ao desenvolvimento sustentável nas dimensões econômica, ambiental e empresarial, considerando que os recursos naturais não são infinitos. Justificativa: “O desenvolvimento sustentável é composto pelas dimensões econômica, ambiental e empresarial. O objetivo é obter crescimento econômico por meio da preservação do meio ambiente e pelo respeito aos anseios dos diversos agentes sociais, contribuindo assim para a melhoria da qualidade de vida da sociedade” (TENÓRIO, 2004, pág. 25). No que diz respeito ao desenvolvimento nacional sustentável, foi instituída a Comissão Interministerial de Sustentabilidade na Administração Pública, por meio do Decreto 7.746 de 5 de junho de 2012, com a finalidade de propor a implementação de critérios, práticas e ações de logística sustentável no âmbito da administração pública federal direta, autárquica e fundacional e das empresas estatais dependentes. As diretrizes de sustentabilidade elencadas no documento são: I – menor impacto sobre recursos naturais como flora, fauna, ar, solo e água; II – preferência para materiais, tecnologias e matérias-primas de origem local; III – maior eficiência na utilização de recursos naturais como água e energia; IV – maior geração de empregos, preferencialmente com mão de obra local; V – maior vida útil e menor custo de manutenção do bem e da obra; VI – uso de inovações que reduzam a pressão sobre recursos naturais; e VII – origem ambientalmente regular dos recursos naturais utilizados nos

bens, serviços e obras. Comentário das alternativas: a) Verdadeiro – O desenvolvimento socioeconômico deve ser planejado, e os recursos naturais são de fundamental importância nesse processo, no entanto, devem ser utilizados com responsabilidade, de forma que não prejudique as futuras gerações; b) Falso – O meio ambiente é de extrema importância para os seres humanos, porém, é impossível viver no meio sem ter que alterá-lo de alguma forma, por consequência, a natureza não é intocável; c) Falso – Todos os países devem praticar o modelo de desenvolvimento sustentável, não ficando restrito apenas aos países em desenvolvimento. Atualmente, os países subdesenvolvidos, em sua maioria, não praticam o desenvolvimento sustentável, intensificando a utilização dos recursos naturais e degradando o meio ambiente, como é o caso da China; d) Falso – O crescimento econômico baseado no desenvolvimento sustentável visa aliar as atividades econômicas à preservação ambiental (e não uma oposição entre ambas), promovendo o uso racional dos recursos naturais; e) Falso – Deve haver uma colaboração dos países desenvolvidos para os países em desenvolvimento, porém, não deve ocorrer o financiamento integral para esse processo de desenvolvimento econômico. Referências: TENÓRIO, Fernando Guilherme; NASCIMENTO, Fabiano Christian Pucci do,; Fundação Getulio Vargas. Responsabilidade social empresarial: teoria e prática. 2. ed. Rio de Janeiro (RJ): 2004, Ed. da FGV, .http://exercicios.brasilescola.com/geografia/exercicios-sobre-desenvolvimento-sustentavel.htm#resposta-865, http://www.rumosustentavel.com.br/desenvolvimento-sustentavel-e-crescimento-economico/, Decreto 7. 746 de 5 de junho de 2012 – Institui a Comissão Interministerial de Sustentabilidade na Administração Pública, Arts. 4 e 9 Dificuldade: Difícil Categoria: Meio Ambiente

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5. Criado em 1998, o Enem tem suas notas usadas no processo seletivo do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) para vagas em universidades e institutos federais. O candidato pode pedir bolsa de estudos pelo Programa Universidade para Todos (Prouni), solicitar benefícios do Programa de Financiamento Estudantil (Fies) e obter certificado de conclusão do ensino médio. Em 2013, foram eliminados 1.522 candidatos que tentaram fraudar o exame.

I - O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) eliminou uma quantidade de candidatos por postarem fotos das provas nas redes sociais II - O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), vinculado à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, divulgou nota de repúdio à tentativa de fraude no Exame Nacional de Ensino Médio III - No “I Seminário IBGE de portas abertas para a escola”, realizado em 24 de outubro de 2013, houve uma mesa-redonda que abordou a questão ética sobre a fraude do ENEM IV - As irregularidades, identificadas pelos fiscais no momento de realização das provas do ENEM em outubro, envolvem uso de pontos de escuta, porte de equipamentos eletrônicos, tentativa de consulta a conteúdos externos V - Foram instalados lacres eletrônicos em todos os malotes que transportaram as provas.Os lacres registraram o horário do fechamento do malote na gráfica, o horário em que foi aberto no local de aplicação da prova e o momento em que cada malote foi fechado ao término da prova VI - As Forças Armadas, a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária, além de policiais militares e civis dos Estados fizeram parte da equipe, composta de cerca de 23 mil pessoas, com o objetivo de garantir um forte esquema de segurança para a aplicação da prova

Assinale a alternativa que compõe as afirmativas corretas:

(A) I, II, III, IV

(B) II, III, IV, V

(C) III, IV, V, VI

(D) I, IV, V, VI

(E) II, III, V, VI

INTENÇÃO: Apontar o comportamento antiético de alguns candidatos que tentaram fraudar a prova e medir a alienação sobre esta informação com foco na abrangência que este Exame possui para o futuro do público jovem de uma considerável parcela da população brasileira. Justificativa: As afirmações II e III são falsas. De fato, o INEP eliminou candidatos por postarem fotos das provas nas redes sociais. Além disso, houve a tentativa, por parte de alguns candidatos, de realizar consulta a conteúdos externos por meio de diversos equipamentos. Os malotes receberam lacres eletrônicos para evitar o desvio da prova na gráfica, como já aconteceu no passado. E, como reforço, houve um forte esquema de segurança contando com uma grande equipe de policiais de diversos segmentos. Referências: http://portal.inep.gov.br/visualizar/-/asset_publisher/6AhJ/content/mais-1-5-mil-candidatos-foram-eliminados-nos-dias-de-prova, http://oglobo.globo.com/educacao/inep-elimina-candidatos-que-fizeram-enem-2013-com-pontos-de-escuta-11123966, http://eventos.ibge.gov.br/ibge-escolas, http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=1226&Itemid=68, http://g1.globo.com/educacao/enem/2013/noticia/2013/06/enem-tera-71-milhoes-de-candidatos-diz-mec.html Dificuldade: Fácil Categoria: Ética

6. Nas democracias modernas, deve existir uma complexa estrutura de instituições confiáveis para imprimir a correção dos impulsos emocionais das massas e, ao mesmo tempo, permitir que a voz do povo chegue aos ouvidos dos dirigentes. É necessário que haja liberdade de expressão, fiscalização sobre órgãos governamentais e acesso por parte da população às informações trazidas a público pela imprensa. Partindo desta perspectiva de democracia, fomentando uma atitude de “não à censura”, os meios de comunicação assumem um papel relevante na sociedade por:

(A) orientarem adequadamente os cidadãos na compra dos bens necessários à sua sobrevivência e bem-estar

(B) fornecerem informações que fomentam o debate político na esfera pública

(C) apresentarem aos cidadãos a versão oficial dos fatos

(D) propiciarem o entretenimento, aspecto relevante para a conscientização da cidadania

(E) promoverem a unidade cultural, por meio das transmissões esportivas em mídias televisivas

INTENÇÃO: Provocar uma análise crítica e questionadora, importante para a formação autônoma de opinião, acerca da origem e da veracidade das informações veiculadas pelas diversas mídias. Justificativa: Um Estado democrático moderno é o responsável final não só pelas regras do sistema. Vai mais além. Tem a obrigação de prestar contas dos fatos políticos que ocorrem na sociedade e no Estado. Desta forma, o feedback que o governo deve à sociedade pode ocorrer quando a imprensa executa o seu papel livremente. As informações trazidas a público pela imprensa exercem forte influência no processo decisório da coletividade na medida em que despertam o povo para um debate político. No entanto, nem sempre as fontes desta comunicação são confiáveis no sentido de garantir a versão oficial dos fatos e de forma não tendenciosa, por isso há a necessidade de se desenvolver um espírito crítico e questionador quanto às informações veiculadas pelas diversas mídias. Referências: GALLO, S. et al. Ética e Cidadania. Caminhos da Filosofia. Campinas: Papirus, 1997 (adaptado), http://www.observatoriodaimprensa.com.br e http://geraldofruet.blogspot.com.br/2011_10_01_archive.html e http://www.folhadecontagem.com.br/portal/index.php/edicoes-da-semana-2013/296-edicao-726-19-a-25-de-abril-de-2013/5539-artigo-a-imprensa-e-a-democracia-moderna.html Dificuldade: Fácil Categoria: Ética

7. A sociedade atual testemunha a influência determinante das tecnologias digitais na vida do homem moderno, sobretudo daquelas relacionadas com o computador e a internet. Contudo, há uma limitação de acesso atribuída à impossibilidade financeira de custear os aparelhos e os provedores de acesso, além da impossibilidade de saber utilizar o equipamento e usufruir das novas tecnologias. No contexto das políticas de inclusão digital, abrangendo também os portadores de necessidades especiais de aprendizagem, é papel da escola, nos usos pedagógicos das tecnologias de informação:

(A) Proporcionar aulas que capacitem os estudantes a montar e desmontar computadores para promover o entendimento sobre o manuseio de hardwares modernos oriundos das novas tecnologias de informação e comunicação

(B) Estudar o uso de programas de processamento para imagens e vídeos de alta complexidade, promovendo a crescente capacitação de profissionais em tecnologia digital

(C) Explorar a facilidade de ler e escrever textos e receber comentários na Internet para desenvolver a

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interatividade e a análise crítica, promovendo a construção do conhecimento

(D) Replicar técnicas precisas, com ampla divulgação nas redes sociais, para identificar ações de hacker com a finalidade de proteger os dados pessoais dos estudantes que acessam a internet

(E) Treinar e aperfeiçoar os profissionais de informática para atender à demanda de inclusão de funcionários portadores de necessidades especiais, contemplando cinco por cento para as empresas que possuam entre cem e duzentos empregados

INTENÇÃO: Medir a noção do impacto desta informação na vida em sociedade, valorizando a inclusão digital nas práticas pedagógicas dos ambientes formais de aprendizagem e ainda visando o progresso nas atividades do cotidiano que lidem com tecnologias digitais. Justificativa: “Cada vez mais poderoso em recursos, velocidade, programas e comunicação, o computador nos permite pesquisar, simular situações, testar conhecimentos específicos, descobrir novos conceitos, lugares, ideias. Produzir novos textos, avaliações, experiências. As possibilidades vão desde seguir algo pronto (tutorial), apoiar-se em algo semidesenhado para complementá-lo até criar algo diferente, sozinho ou com outros” (MORAN, 2000, p.44). Cabe aos sujeitos da educação lançarem mão destes recursos para explorar a informação e transformá-la em conhecimento. “Na informação, os dados estão organizados dentro de uma lógica, de um código, de uma estrutura determinada. Conhecer é integrar a informação no nosso referencial, no nosso paradigma, apropriando-a, tornando-a significativa para nós” (MORAN, 2007, p.54). Ainda, de acordo com a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, no Decreto 6.949, de 25 de agosto de 2009, no Art. 9, sobre acessibilidade, está clara a necessidade de “Promover o acesso de pessoas com deficiência a novos sistemas e tecnologias da informação e comunicação, inclusive à Internet”, ou seja, a inclusão digital deve ocorrer de forma ampla e sem discriminação. Referências: http://public.inep.gov.br/enem/Enem2009_linguagens_codigos.pdf , MORAN, José Manuel et al. Novas tecnologias e mediação pedagógica. 6. ed., Campinas: Papirus, 2000. MORAN, José Manuel et al.Novas tecnologias e mediação pedagógica. 13. ed. Campinas: Papirus, 2007, e http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1381-8.pdf, http://www3.mte.gov.br/fisca_trab/inclusao/lei_cotas_1.asp ,Decreto nº 6.949 de 25 de agosto de 2009 – Promulga a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, p. 8 Dificuldade: Difícil Categoria: Educação

8. A realização da Copa do Mundo de 2014 no Brasil fomentou discussões favoráveis e contrárias sobre impactos ambientais, econômicos e sociais. Alguns impactos sociais por conta de algumas obras já eram previstos. Nesta charge, percebemos uma crítica às desigualdades existentes e a perspectiva de alguns cidadãos terem que lidar com um problema específico.

I - O investimento de bilhões para apenas alguns dias poderiam ser investidos para a melhoria da saúde, da educação, da segurança e na criação de empregos, auxiliando as pessoas a terem uma vida mais digna II - Estimou-se que só no Estado do Rio de Janeiro mais de 3 mil pessoas estariam sob ameaça e especialmente na vila Autódromo, Barra da Tijuca, mais de 350 famílias poderiam ser removidas de suas moradias III - A construção do estádio de Itaquera/SP resultaria numa alta valorização da área e com isso geraria a expulsão dos residentes daquele local, em virtude de não possuírem condições de manterem o aumento no padrão de vida que ali se estabeleceria IV - Na visão das construtoras, os moradores que ocupavam áreas de maneira irregular teriam que sair independentemente de possuir ou não condições de adquirir outra moradia em local legalmente permitido V - A grande questão que poderia gerar um impacto negativo em longo prazo não foi de onde captar verbas para a construção dos estádios e sim de onde captar recursos para a manutenção dos mesmos após a realização do evento VI - Estimou-se um gasto de mais de 22 bilhões para a concretização do evento, vindo 98% dos cofres públicos e o restante da iniciativa privada. Isto provaria que praticamente todo o evento seria custeado pelo dinheiro do estado, ou seja, o dinheiro do contribuinte

Assinale a alternativa que apresenta as afirmativas coerentes com a mensagem da charge.

(A) I, II, III

(B) II, III, IV

(C) III, IV, V

(D) I, III, V

(E) II, IV, VI

INTENÇÃO: Medir a habilidade de interpretação de texto Justificativa: As afirmativas II, III, IV tratam especificamente da questão da moradia, coerentes com a crítica apresentada na charge. A afirmativa I aborda a melhoria da saúde, da educação, da segurança e a criação de empregos; as afirmativas V e VI tratam diretamente do impacto econômico do evento, não falando especificamente da moradia que é o problema específico ilustrado na charge.

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Referências: http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/revistadireito/article/view/8346/5028#.UgKEKtLFXcA, http://www.chumanas.com/2012/01/cultura-diversidade-cultural-questoes.html, http://www.portal2014.org.br/noticias/11920/EM+DEFESA+DA+DEMOCRACIA+CONTRA+O+AUTORITARISMO.html, http://www.jb.com.br/pais/noticias/2014/01/31/copa-2014-tem-gastos-publicos-recordes-em-beneficio-da-iniciativa-privada/ Dificuldade: Fácil Categoria: Política e cidadania

9. Em 2013, o estopim para a deflagração de uma onda de manifestações populares, que começaram em São Paulo e se alastraram para algumas das principais cidades do país foi o aumento nas tarifas dos transportes públicos. Qual das afirmativas abaixo é considerada a essência da questão?

(A) A comprovação das denúncias de superfaturamento na construção dos estádios que sediaram os jogos da Copa das Confederações

(B) A recusa da câmara federal em colocar em discussão a legalização do uso da maconha

(C) A demora do Supremo Tribunal Federal para determinar a prisão dos condenados pelo escândalo do mensalão

(D) A qualidade dos serviços públicos prestados (E) O repúdio às declarações racistas e homofóbicas do

deputado federal Jair Bolsonaro

INTENÇÃO: Propiciar uma reflexão sobre a abrangência da democracia e o exercício da cidadania e medir a alienação da informação acerca de um contexto sócio econômico que marcou a história do país. Justificativa: Os protestos no Brasil, em 2013, incluíram várias manifestações populares por todo o país que, inicialmente, surgiram para contestar os aumentos nas tarifas de transporte público, principalmente em Manaus, Fortaleza, Natal, Salvador, Recife, Belo Horizonte, Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro. Em seguida, surgiram outras reivindicações voltadas essencialmente à melhoria da qualidade dos serviços públicos, como a saúde e a educação. A forte repressão policial contra as passeatas levou grande parte da população a apoiar as mobilizações e tal violência repercutiu no exterior, gerando o repúdio de instituições como a Anistia Internacional. Referências: http://www.cursosconcurso.com.br/questoes-de-concurso/questoes-gratis-concurso-atualidades, http://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/protestos-no-pais-a-revolta-da-nova-geracao.htm, http://pt.wikipedia.org/wiki/Manifesta%C3%A7%C3%B5es_no_Brasil_em_2013, http://www.criticadodireito.com.br/todas-as-edicoes/numero-3-volume-52/fernando Dificuldade: Fácil Categoria: Política e cidadania

10. A espionagem é a prática de obter informações de caráter secreto ou confidencial sobre governos ou organizações, sem autorização destes, para alcançar certa vantagem militar, política, econômica, tecnológica ou social. Um espião é um agente empregado para obter tais segredos. Edward Snowden ficou mundialmente conhecido por revelar detalhes dos programas de vigilância do governo dos Estados Unidos. Por isso, foi pedida a sua extradição. Qual governo concedeu asilo político a Snowden?

(A) Hungria

(B) Romênia

(C) Rússia

(D) Brasil (E) Japão

INTENÇÃO: Medir a alienação da informação de ampla divulgação na mídia e que provocou, posteriormente, questionamento acerca da violação da privacidade de dados e informações na Internet relacionadas às pessoas, empresas e governo.

Justificativa: Edward Snowden, ex-técnico da CIA denunciou a existência do Prism, um sistema de espionagem que coletou dados em todo o mundo para Washington. A comissária da ONU afirmou que o caso de Snowden demonstrou a necessidade de proteger pessoas que divulgam informações sobre assuntos ligados aos direitos humanos, assim como a importância de garantir o respeito ao direito à privacidade. O governo venezuelano ofereceu asilo a Snowden em 5 de julho de 2013, quando estava em uma área de trânsito no aeroporto de Moscou. Para que pudesse sair do país, a Venezuela teria que negociar com a Rússia um salvo-conduto. O desfecho se deu quando, no dia 1º de agosto de 2013, a Rússia concedeu o asilo político a Snowden. Referências: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/mundo/2013/08/02/interna_mundo,380399/asilo-a-snowden-e-um-golpe-duro-nas-relacoes-entre-os-eua-e-a-russia.shtml, http://pt.wikipedia.org/wiki/Espionagem, http://pt.wikipedia.org/wiki/Edward_Snowden, http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/mundo/2013/07/11/interna_mundo,376521/mercosul-vai-emitir-declaracao-sobre-espionagem-e-direito-a-asilo.shtml e http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2013/07/1310134-alta-comissaria-da-onu-defende-asilo-politico-a-edward-snowden.shtml, http://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/espionagem-na-rede-crise-diplomatica-e-o-fim-da-era-da-privacidade-.htm Dificuldade: Normal Categoria: Política e Cidadania

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Prezado estudante, as situações a seguir fazem parte do cotidiano da sua vida acadêmica e profissional. Certamente, durante o decorrer do curso você ficará de frente a algumas destas situações e terá que traçar condutas ou tomar decisões mais acertadas, levando em consideração a contextualização de cada situação de saúde. Vá em frente, trace as condutas e tome as decisões mais acertadas!

11. Durante uma visita domiciliar na UBSF de Vargem Grande, área rural de Teresópolis, você observa a seguinte cena:

Figura 1

Você, então, o chama para conversar. Sr.Antonio caminha em sua direção com um cigarro no canto da boca e interrompendo a caminhada em alguns momentos, esfregando a perna com fácies de dor, o que faz com que ele demore a chegar até você. Durante a conversa diz que tem 60 anos, sua vida é muito difícil devido a problemas conjugais e com a saúde de seu filho, além da dor teimosa na perna que piora quando anda, fazendo com que ele pare para aliviá-la, dificultando seu trabalho. Por vezes tem “vontade de sumir de casa”. Mostra seu filho Pedro, 3 anos, sentado ao chão brincando próximo ao riacho que corta a propriedade, sua filha Ingrid, 17 anos, que ajuda a sua mulher, Sra. Elisa, 50 anos, obesa, a varrer a varanda em torno da casa. Então, se despede não querendo mais conversa. Como medidas de prevenção primária qual sua melhor decisão

(A) Sensibilizar Antônio quanto ao uso de equipamentos de proteção individual (EPI), encaminhar sua esposa ao grupo HIPERDIA para solicitação de glicemia e lipidograma; e rastrear parasitose intestinal em Pedro.

(B) Sensibilizar Antônio quanto ao uso de EPI e abandonar o tabagismo.

(C) Sensibilizar Antônio quanto ao uso de EPI, solicitar a dosagem de colinesterase sanguinea.

D) Sensibilizar Antônio quanto ao uso de EPI, abandonar tabagismo e estimular a prática de caminhada para ele e sua esposa.

(E) Iniciar estatina para Elisa, vermifugação preventiva com albendazol para Pedro e sensibilizar Antônio quanto ao uso de EPI.

INTENÇÂO: Perceber se o estudante é capaz de: Conceituar prevenção primária e correlacionar este conceito, contextualizando com a situação apresentada. JUSTIFICATIVA: Prevenção primária é aquela que visa evitar ou remover fatores de risco ou causais antes que se desenvolva o mecanismo patológico que levará à doença. A prática de caminhada para o Sr. Antônio é contra indicada no momento, pois há sinais de insuficiência arterial periférica, manifestada através da marcha claudicante Categoria: Saúde coletiva Subcategoria: medidas de prevenção Nível de dificuldade – NORMAL

Bibliografia: CAMPOS, Gastão Wagner de Souza et al. Tratado de Saúde Coletiva. 2. ed. São Paulo, Rio de Janeiro: Hucitec; Fiocruz, 2009. 871 p. (Saúde em debate v.170).

12. Na sua caminhada de retorno à UBSF, refletindo se tomou a decisão mais acertada, você percebe vários vasilhames vazios de agrotóxico dispostos ao chão em outra propriedade. Por sorte o caminhão de coleta de lixo domiciliar está passando neste momento. Pensando nos problemas que estes vasilhames podem causar ao meio ambiente e aos moradores daquela região você deve tomar uma decisão mais acertada:

(A) Com a proteção de luvas você acondicionará os vasilhames num saco de lixo, identificando-o e dispensando-o ao caminhão de lixo.

(B) Solicitar ao lixeiro que faça a coleta, pois ele está equipado com os EPI adequados para a sua função.

(C) Sensibilizar ao dono da propriedade que faça a tríplice lavagem dos vasilhames e aguarde a coleta seletiva do material.

(D) Sensibilizar ao dono da propriedade que faça a entrega dos vasilhames vazios nos postos de coleta específicos, onde será feita a tríplice lavagem dos vasilhames e o descarte adequado dos mesmos.

(E) Sensibilizar ao dono da propriedade que faça a tríplice lavagem dos vasilhames, triturando-os e queimando-os logo em seguida

INTENÇÂO: Perceber se o estudante é capaz de: Conceituar prevenção primária Conhecer o impacto sofrido no ecossistema ocasionado pelo descarte inapropriado dos vasilhames vazios de agrotóxico Conhecer o sistema de recolhimento e destinação final destes vasilhames JUSTIFICATIVA: Ao término da utilização do produto, fazer a tríplice lavagem, furando o fundo do recipiente, devolvendo ao estabelecimento onde você comprou ou ao local indicado na nota fiscal. A lei obriga a devolução dentro de, no máximo, um ano após a data da compra. Se a loja recusar o recebimento, avise a Secretaria de Agricultura ou a Vigilância Sanitária do seu Estado. Categoria: Saúde coletiva Subcategoria: Cuidados na utilização de agrotóxico Bibliografia:http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/9e0b790048bc49b0a4f2af9a6e94f0d0/Cartilha.pdf?MOD=AJPERES Nível de dificuldade: DIFÍCIL

13. Meses passam e nada de suas decisões tomadas acima foram atendidas. Na UPA, seu staff, Dr.Leopoldo, o chama para atender um paciente que acabara de chegar. Logo você reconhece o Sr. Antonio. Encontra-se comatoso, nível de consciência alterado (escala de Glasgow = 7), pupilas mióticas, abalos musculares e broncossialorréia. A enfermeira lhe entrega uma carta escrita por Antonio encontrada no bolso de sua calça, onde diz: “Minha vida é muito difícil... não posso mais viver assim.” Neste momento, qual sua decisão mais acertada?

(A) Administrar atropina

(B) Lavagem gástrica e uso de carvão ativado

(C) Oferecer oxigenioterapia com máscara de Hudson e proceder a acesso venoso periférico

(D) Realizar tomografia de crânio para afastar o diagnóstico de AVC, devido aos fatores de risco do Sr. Antônio e a presença de pupilas mióticas, características de lesões mesencefálicas.

(E) Entubação orotraqueal e ventilação mecânica

INTENÇÂO: Perceber se o estudante é capaz de: Priorizar o atendimento de qualquer paciente crítico Proceder o ABC no atendimento do paciente crítico de qualquer etiologia

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JUSTIFICATIVA: O atendimento inicial a qualquer paciente grave é embasado no ABC (Via aérea, respiração e circulação). Diante deste paciente, a melhor conduta das apresentadas é realizar a proteção das VAS através da entubação orotraqueal, pois o score da escala de Glasgow é de 7 pontos Categoria: Clínica médica Subcategoria: ABC do paciente grave Nível de dificuldade: Normal Bibliografia: Conduta no paciente Grave. Elias Knobel

14. Após a conduta tomada acima, a sua discussão com o Dr. Leopoldo versa, agora, na causa do nível de consciência alterado do Sr. Antônio e no tratamento da mesma. Sua hipótese mais provável e sua conduta a ser tomada são, respectivamente:

(A) Trata-se de AVE hemorrágico pela presença de sinais focais como a miose, crise convulsiva e embotamento do nível de consciência, já que mais de 70% dos pacientes acometidos por AVE hemorrágico estão comatosos. Contactar o neurocirurgião de imediato.

(B) Trata-se de intoxicação aguda por carbamato devido aos efeitos simpaticomiméticos observados no paciente, como sialorréia e pupilas mióticas, devido a interação da droga com os receptores beta 2. Administrar atropina e lavagem gástrica.

(C) Trata-se de intoxicação aguda por organofosforados devido aos efeitos parassimpaticomiméticos observados no paciente, como sialorréia, pupilas mióticas e abalos musculares, devido à ação da droga nos receptores muscarínicos. Administrar atropina e lavagem gástrica.

(D) Trata-se de intoxicação aguda por carbamato devido aos efeitos parassimpaticomiméticos observados no paciente, como sialorréia, pupilas mióticas e abalos musculares, devido ao acúmulo da acetilcolina nas sinapses muscarínicas e nicotínicas. Administrar atropina.

(E) Trata-se de intoxicação crônica por organofosforado, em consequencia de repetidas exposições ao agrotóxico durante longos períodos de tempo, levando a um efeito cumulativo da droga. Administrar atropina e lavagem gástrica.

INTENÇÂO: Perceber se o estudante é capaz de: Reconhecer os sinais da síndrome colinérgica e seu tratamento Diferenciar coma metabólico e estrutural Correlacionar a síndrome colinérgica o uso de agrotóxico (organofosforados e carbamatos) Reconhecer o mecanismo de ação da atropina e dos carbamatos/organofosforados Reconhecer os receptores do SNA JUSTIFICATIVA: A intoxicação por Carbamato e organofosforados provocam comemorativos clínicos da síndrome colinérgica, em conseqüência da inibição da ação da enzima acetilcolinestarase nas sinapses muscarínicas e nicotínicas Categoria: Clínica médica Subcategoria: Intoxicação exógena – diagnóstico e tratamento e diagnóstico diferencial dos comas Nível de dificuldade: Normal Bibliografia: GUYTON, Arthur C. et al. Tratado de Fisiologia Médica. 11. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. 1115p. // FAUCI, Anthony S. (Ed.) Harrison – Medicina Interna. 18.ed. New York: McGraw-Hill, 2013. 2v

15. Após sua conduta correta tomada acima, Sr.Antônio melhora significativamente o quadro clínico. No terceiro dia de internação, já na enfermaria, você é chamado para revê-lo. Queixa-se de parestesia e dor súbita e intensa com palidez na perna direita. Nesta situação qual a melhor decisão a ser tomada por você?

(A) Prescrever antiinflamatório não hormonal e analgésico regulares.

(B) Solicitar dopller venoso de membros inferiores

(C) Intensificar fisioterapia motora, pois se trata de neuropatia periférica provocada por exposição crônica ao agrotóxico.

(D) Solicitar eletroneuromiografia de urgência

(E) Solicitar Doppler arterial de membro inferior direito

INTENÇÂO: Perceber se o estudante é capaz de: Reconhecer as manifestações clínicas de obstrução arterial aguda e seus diagnósticos diferenciais Solicitar o exame complementar mais adequado para o quadro do paciente Correlacionar a marcha claudicante e o tabagismo previamente comentados na apresentação inicial Reconhecer a evolução da arteriopatia periférica JUSTIFICATIVA: Trata-se de um quadro agudo de obstrução arterial, o que se associa ao tabagismo e a marcha claudicante inicial do Sr. Antonio. Neste caso a conduta mais acertada é solicitar um doppler arterial do membro acometido. Categoria: clínica cirúrgica Subcategoria: Obstrução arterial Nível de dificuldade: Fácil Bibliografia: TOWNSEND, Courtney; MATTOX, Kenneth; BEAUCHAMP, Daniel. Sabiston – Tratado de Cirurgia. 18ª. Ed. São Paulo: Elsevier, 2009.

16. Neste momento você se lembra da decisão tomada por você no primeiro encontro com Antonio, quanto às medidas de prevenção primária. Refletindo sobre ela, fica em dúvida se foi correta ou não. Então, você manteria ou não sua decisão?

(A) Sensibilizar Antônio quanto ao uso de equipamentos de proteção individual (EPI), encaminhar sua esposa ao grupo HIPERDIA para solicitação de glicemia e lipidograma; e rastrear parasitose intestinal em Pedro.

(B) Sensibilizar Antônio quanto ao uso de EPI e abandonar o tabagismo.

(C) Sensibilizar Antônio quanto ao uso de EPI, solicitar a dosagem de colinesterase sanguinea.

(D) Sensibilizar Antônio quanto ao uso de EPI, abandonar tabagismo e estimular a prática de caminhada para ele e sua esposa.

(E) Iniciar estatina para Elisa, vermifugação preventiva com albendazol para Pedro e sensibilizar Antônio quanto ao uso de EPI.

INTENÇÂO: Perceber se o estudante é capaz de: Reconhecer as conseqüências da sua medida tomada anteriormente (questão 11), após esta nova contextualização clínica apresentada pelo paciente Conceituar prevenção primária JUSTIFICATIVA: Prevenção primária é aquela que visa evitar ou remover fatores de risco ou causais antes que se desenvolva o mecanismo patológico que levará à doença. A prática de caminhada para o Sr. Antônio é contra indicada no momento, pois há sinais de insuficiência arterial periférica, manifestada através da marcha claudicante Categoria: Saúde coletiva Subcategoria: medidas de prevenção Nível de dificuldade: normal

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Bibliografia: CAMPOS, Gastão Wagner de Souza et al. Tratado de Saúde Coletiva. 2. ed. São Paulo, Rio de Janeiro: Hucitec; Fiocruz, 2009. 871 p. (Saúde em debate v.170).

17. Tudo se resolve para Antonio. No ato da alta hospitalar, qual seu melhor plano de cuidado para Sr. Antonio?

(A) Continuar incentivar o uso de EPI

(B) Parecer médico da psiquiatria

(C) Incentivar o abandono do tabagismo

(D) Afastamento de suas atividades

(E) Estimular o desuso de agrotóxico na lavoura

INTENÇÂO: Perceber se o estudante é capaz de: Reconhecer a causa da intoxicação exógena acidental x intencional Reconhecer nas informações anteriores pistas que direcione a causa da intoxicação como tentativa de suicídio (sinais depressivos, a carta em seu bolso) Reconhecer que o encaminhamento ao psiquiatra, faz parte do plano de cuidado do Sr. Antonnio JUSTIFICATIVA: Há pistas na sequencia das questões de um quadro sugestivo de depressão. “sua vida é muito difícil, problemas conjugais e com a saúde de seu filho. “Por vezes tem “vontade de sumir de casa” “A enfermeira lhe entrega uma carta escrita por Antonio encontrada no bolso de sua calça, onde diz: “Minha vida é muito difícil... não posso mais viver assim.” Categoria: Clínica Médica Subcategoria: Diagnostico de psicoses Nível de dificuldade: fácil Bibliografia:

18. Tendo construído uma relação de confiança com Antônio, ele e a esposa levam o filho Pedro ao ambulatório de pediatria onde você está fazendo o estágio do internato. Na ectoscopia de Pedro notam-se os seguintes achados Figura 2:

Figura 2

Seu staff, Dra.Carla, solicita que você proceda a ausculta cardíaca da criança. Embasado nos achados acima, na sua suspeita sindrômica e na cardiopatia correlata mais prevalente da mesma, o que você esperaria encontrar na ausculta.

(A) presença de sopro cardíaco ejetivo em foco pulmonar e 2ª bulha com desdobramento constante e fixo.

(B) presença de sopro cardíaco ejetivo em foco aórtico e 2ª bulha com desdobramento constante e fixo.

(C) presença de sopro cardíaco ejetivo em foco pulmonar e aórtico, com 1ª bulha desdobrada e fixa.

(D) Hipofonese de bulhas com sopro sisto-diastólico em foco mitro-aórtico.

(E) Hiperfonese de bulhas com sopro sisto-diastólico em foco mitro-aórtico.

INTENÇÂO: Fazer com que o estudante perceba que uma boa relação interpessoal prévia constrói um vínculo médico x paciente mais agregador Perceber se o estudante é capaz de: Reconhecer sinais clínicos de uma criança síndrômica Reconhecer e correlacionar gestação em idade mais avançada como fator de risco para más formações fetais Reconhecer os sinais de síndrome de Down Reconhecer a cardiopatia mais prevalente desta síndrome Reconhecer a ausculta da CIA Reconhecer que uma boa relação inter pessoal prévia constrói um vínculo JUSTIFICATIVA: Sra. Elisa, mãe de Pedro, tinha 47 anos no nascimento de Pedro. Os Sinais característicos de síndrome de Down apresentados por Pedro são: Prega única palmar Alargamento da distância entre o 1º e 2º pododáctilo Dedos curtos Clinodactilia do 5º quirodáctilo Entre as cardiopatias congênitas mais comuns na síndrome de Down com a ausculta descrita é a CIA Categoria: Pediatria Subcategoria: cardiopatias congênitas e semiologia cardíaca Nível de dificuldade: Difícil Bibliografia: BEHRMAN, Richard; KLIEGMAN, Robert; JENSON, Hal. Nelson – Tratado de Pediatria. 18.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. // PORTO, Celmo C; PORTO, Arnaldo L. Semiologia médica. 6.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. 1308p.

19. Interessado em rever na literatura o caso de Pedro, você lê um artigo onde se analisa um teste para rastrear os casos da síndrome que o acomete. O teste foi empregado em 46.193 gestantes no período de 14 a 22 semanas de gestação, num determinado país entre 1995 a 2000. O teste foi positivo em 71 das 88 gestações em que se observou a síndrome. Das 46.105 gravidezes que não resultaram em conceptos com a síndrome, 3.200 tiveram teste positivo. Em relação à síndrome e a partir desses resultados, você conclui, então, que

(A) A estimativa de incidência na população estudada é dada por 88/46.193

(B) O valor preditivo positivo do teste é dado por 71/88

(C) A sensibilidade do teste é dada por 71/32.271

(D) O valor preditiv negativo é dado por 42.905/46.105

(E) A especificidade do teste é dada por 71/46.193

INTENÇÂO: Perceber se o estudante é capaz de: Definir e diferenciar VPP, VPN, sensibilidade e especificidade JUSTIFICATIVA: A incidência é dada pela relação entre nº de indivíduos portadores da doença com a população geral estudada: Categoria: Saúde coletiva Subcategoria: Bioestatística Nivel de dificuldade: Normal Bibliografia: CAMPOS, Gastão Wagner de Souza et al. Tratado de Saúde Coletiva. 2. ed. São Paulo, Rio de Janeiro: Hucitec; Fiocruz, 2009. 871 p. (Saúde em debate v.170).

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20. Hoje, no ambulatório de pré-natal, você atende Ingrid, filha de Antonio, em sua primeira consulta, com queixa de mal estar geral e astenia, atribuindo tudo isto a sua gravidez. Data da última menstruação: 06/06/2014. Você procede o exame físico e nota: fundo de útero impalpável, colo de útero fechado e amolecido, PA = 110x60 mmHg. Na ectoscopia geral são notadas as seguinte lesões (Figura 3):

Figura 3

Ela refere que as lesões não a incomodam e que apareceram quando mudou a marca do detergente. Neste caso sua melhor conduta será:

(A) Iniciar teste terapêutico com corticóide tópico e encaminhar ao dermatologista.

(B) Aconselhamento psicológico conjunto quanto aos cuidados na gravidez e encaminhar ao dermatologista para providenciar a biópsia da lesão.

(C) Solicitar VDRL, já que é a primeira consulta pré-natal de Ingrid, e marcar retorno da paciente.

(D) Aconselhamento quanto aos cuidados da gravidez, iprescrever antibioticoterapia e fazer notificação compulsória

(E) Solicitar anti-HIV, HBsAg, sorologia para toxoplasmose e VDRL, marcando consulta de retorno da paciente.

INTENÇÂO: Perceber se o estudante é capaz de: Fazer o cálculo da idade gestacional Reconhecer a lesão da roséola sifilítica Reconhecer sinais de sífilis secundária e seu tratamento Reconhecer as doenças de notificação compulsória Reconhecer que a precocidade das relações sexuais entre adolescentes, esta associada ao não uso de preservativos, tornando-os vulneráveis às infecções sexuais e à gravidez precoce ou indesejada. JUSTIFICATIVA: A gravidez na adolescência está relacionada à doenças sexualmente transmissíveis, principalmente pelo não uso de preservativos. O quadro arrastado de Ingrid como mal estar geral, astenia e as lesões palmares é característico de sífilis secundária, tornando-se imperioso o tratamento de imediato e realizar a notificação compulsoria Categoria:(GO) Subcategoria: Sífilis secundária na gestante Nível de dificuldade: Normal Bibliografia: MONTENEGRO, Carlos Antônio; REZENDE FILHO, Jorge de. Rezende, Tratado de Obstetrícia. 11.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. 1159p.

21. No dia 17/02/2015, durante o plantão na obstetrícia, você atende Ingrid, que não seguiu as suas recomendações acima e não mais frequentou a consulta pré-natal. Queixa-se de dor em cólica, predominante em região sacral, com intervalos regulares e de intensidade crescente, iniciada há 2 horas. Ao toque nota-se apagamento de 1,5 cm do colo uterino. Diante desta situação sua decisão mais acertada será:

(A) Iniciar drogas antagonistas da ocitocina.

(B) Iniciar corticóide sistêmico

(C) Avaliar a vitalidade fetal

(D) Proceder a cesareana (E) Analgesia regular e programar cesareana em 15

dias.

INTENÇÂO: Perceber se o estudante é capaz de: Fazer o cálculo da idade gestacional Reconhecer os sinais de trabalho de parto Conduta inicial no trabalho de parto JUSTIFICATIVA: Categoria: GO Subcategoria: Condução do parto Nível de dificuldade: Fácil Bibliografia: MONTENEGRO, Carlos Antônio; REZENDE FILHO, Jorge de. Rezende, Tratado de Obstetrícia. 11.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. 1159p.

22. Após a decisão correta tomada acima, nasce Edgard, filho de Ingrid com 2,530 gramas, frequencia cardíaca de 120 bpm e respiratória de 50 irpm, sem quaisquer outros comemorativos clínicos de gravidade. O que você faria de mais acertado nesta situação?

(A) Indicaria alojamento conjunto, realizar vacinas BCG e hepatite B antes da alta e proceder Credé

(B) Solicitaria ecocardiograma de Edgard

(C) Manteria Edgard em oxigenioterapia até realização de radiografia de tórax

(D) Solicitaria radiografia de ossos longos, hemograma e punção liquórica em Edgard.

(E) Aleitamento materno de imediato.

INTENÇÂO: Perceber se o estudante é capaz de: Reconhecer que Edgard é prematuro Reconhecer os valores normais dos sinais vitais do recém nato Correlacionar a conduta tomada com Edgard com o diagnóstico inicial de Ingrid (sífilis) Reconhecer as alterações fetais da sífilis materna JUSTIFICATIVA: Edgard nasceu com 37 semanas (prematuro), porém sem quaisquer manifestações de gravidade. Como Ingrid foi diagnosticada com sífilis no 1º trimetsre de gravidez, isso pode levar a comprometimentos ósseos e neurológicos fetal. Categoria: Pediatria Subcategoria: Condução na sífilis neonatal Nivel de dificuldade: Dífícil Bibliografia: BEHRMAN, Richard; KLIEGMAN, Robert; JENSON, Hal. Nelson – Tratado de Pediatria. 18.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.

23. Você analisa o prontuário do Sr. Oswaldo, 65 anos, dois dias após ser transferido da UPA. Está registrado que ele é tabagista 02 maços/ dia/ 20 anos, hipertenso e diabético, fazendo uso irregular das medicações prescritas na UBSF. Também consta que ele procurou a UPA por apresentar dispneia progressiva aos esforços há 2 meses e que negava febre, dor torácica e tosse. A radiografia de tórax realizada denotava derrame pleural à direita, sem critério de indicação para drenagem. O eletrocardiograma mostra o seguinte traçado (Fig.4).

Figura 4

O diagnóstico de admissão foi DPOC descompensado e iniciou-se, então, beta 2 inalatório e corticóide sistêmico. Não houve melhora do quadro até o momento. Frente a esta situação qual sua melhor decisão?

(A) Solicitar espirometria para adequar a dose do beta 2 inalatório

(B) Associar corticóide inalatório

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(C) Adicionar ao esquema terapêutico bamifilina

(D) Biopsia pleural (E) Solicitar cineangiocoronariografia

INTENÇÂO: Perceber se o estudante é capaz de: Criticar o diagnóstico de inicial do paciente Reconhecer as manifestações clínicas do DPOC Reconhecer o quadro de equivalente anginoso Reconhecer fibrilação atrial ao ECG Reconhecer os sinais de IVE Reconhecer a etiologia isquêmica da IVE Reconhecer os fatores de risco de cardiopatia isquêmica e correlacioná-los com a situação apresentada Reconhecer que a falha do tratamento foi conseqüência de um erro diagnóstico inicial JUSTIFICATIVA: Paciente com diagnóstico inicial de DPOC sem apresentar tosse (sintoma fundamental) e tratado para tal. Não houve melhora do quadro apesar do tratamento otimizado. Paciente apresenta dispnéia progressiva associada a hipertensão, diabetes, tabagismo e irregularidade do tratamento, o que se faz pensar em síndrome coronariana por instabilidade de placa de ateroma, mesmo sem dor torácica (equivalente anginoso). Sendo assim a melhor conduta será a cineangiocoronariografia Categoria: Clínica Médica Subcategoria: Cardiopatia isquêmica Nível de dificuldade: Normal Bibliografia: FAUCI, Anthony S. (Ed.) Harrison – Medicina Interna. 18.ed. New York: McGraw-Hill, 2013. 2v

24. Sr.Osvaldo melhora depois da decisão acertadamente tomada acima. Na consulta de retorno para reavaliação no seu ambulatório, ele está assintomático e não mais se queixa da dispnéia. Porém, ele lhe mostra uma tumoração localizada na região próxima ao tubérculo púbico e medialmente ao músculo oblíquo externo. Na palpação percebem-se um conteúdo visceral e um orifício circular. Não há redução no volume da massa na palpação do conteúdo contra este orifício. Na discussão com o médico do ambulatório, ele diz que se trata de uma doença adquirida decorrente do enfraquecimento da parede posterior do canal inguinal. Sendo, assim, qual sua hipótese diagnóstica mais provável.

(A) Hérnia inguinal direta (B) Hérnia inguinal indireta

(C) Hérnia femoral direta

(D) Hérnia incisional

(E) Hérnia mista

INTENÇÂO: Perceber se o estudante é capaz de: Reconhecer a anatomia da parede abdominal Reconhecer a topografia das hérnias Reconhecer os achados patológicos no exame de abdômen Reconhecer o diagnóstico diferencial das hérnias Reconhecer os sinais de encarceramento da hérnia JUSTIFICATIVA: A hérnia inguinal direta é adquirida e decorre de uma parede posterior do canal inguinal enfraquecida. Neste tipo de hérnia, a fáscia transversal, o tecido extraperitoneal e o peritônio são empurrados à frente do conteúdo abdominal herniário no canal inguinal, não estando contida no funículo espermático, o que não impede que ela saia pelo anel inguinal superficial e até chegue ao escroto, embora tal só ocorra raramente. Categoria: Clínica cirúrgica Subcategoria: Diagnóstico diferencial e complicações das hérnias Nível de dificuldade: Fácil Bibliografia: TOWNSEND, Courtney; MATTOX, Kenneth; BEAUCHAMP, Daniel. Sabiston – Tratado de Cirurgia. 18ª. Ed. São Paulo: Elsevier, 2009.

25. Depois da confirmação da sua hipótese diagnóstica, você solicita um parecer médico do cirurgião geral, que indica tratamento cirúrgico. Quanto ao risco cirúrgico do paciente, qual sua decisão?

(A) Não há necessidade de realizar o risco cirúrgico, pois há sinais de encarceramento, tornando, assim, a indicação cirúrgica de emergência.

(B) Caracteriza risco cirúrgico ASA - V, devido ao quadro clínico prévio do paciente, mas não contra-indica a cirurgia, pois há sinais de encarceramento, tornando, assim, a indicação cirúrgica de emergência.

(C) Contra-indica a cirurgia independentemente do risco cirúrgico, embasado no quadro clínico prévio do paciente.

(D) Solicitar exames pré-operatórios e avaliar melhor o paciente antes do procedimento cirúrgico, pois a indicação cirúrgica é eletiva, mesmo com presença de sinais de encarceramento.

(E) Solicitar prova de função pulmonar, pois esta é imprescindível para liberação do risco cirúrgico, uma vez que a indicação cirúrgica é eletiva, mesmo com presença de sinais de encarceramento.

INTENÇÂO: Perceber se o estudante é capaz de: Realizar o risco cirúrgico correlacionando com a situação apresentada Definir risco cirúrgico Classificação da ASA Reconhecer sinais de encarceramento Reconhecer as emergências cirúrgicas das hérnias JUSTIFICATIVA: O encarceramento da hérnia não é uma emergência cirúrgica e sim eletiva. Deve-se, então, solicitar exames complementares para realização do risco cirúrgico para melhor preparo do paciente no pré operatório Categoria: Clínica cirúrgica Subcategoria: Risco cirúrgico e indicação cirúrgica Nível de dificuldade: Normal Bibliografia: TOWNSEND, Courtney; MATTOX, Kenneth; BEAUCHAMP, Daniel. Sabiston – Tratado de Cirurgia. 18ª. Ed. São Paulo: Elsevier, 2009

26. Meses após sua decisão tomada acima, Sr.Osvaldo é admitido na UPA com dor abdominal umbilical súbita, intensa seguida de náuseas e vômitos e diarréia. O abdômen é flácido com peristalse aumentada, doloroso à palpação em mesogástrio e sem sinais de irritação peritoneal. Qual seria sua melhor abordagem neste momento?

(A) Realizar toque retal

(B) Hidratação oral e observar evolução

(C) Laparotomia exploradora de emergência, visto que se trata de um quadro típico hérnia estrangulada

(D) Laparotomia exploradora de emergência, visto que se trata de um quadro típico obstrução intestinal por brida

(E) Solicitar coprocultura e iniciar sulfametoxazol/Trimetropim, visto que quadros de gastroenterite em pacientes diabéticos evoluem com mal prognóstico caso não tratados precocemente.

INTENÇÂO: Perceber se o estudante é capaz de: Reconhecer a síndrome de abdômen agudo correlacionando com a situação apresentada Diferenciar os tipos de abdômen agudo correlacionado com a situação apresentada Reconhecer o papel da propedêutica “não armada” no diagnóstico da síndrome de abdômen agudo Correlacionar o achado eletrocardiográfico com o quadro atual do paciente JUSTIFICATIVA: Paciente apresentando quadro de abdômen agudo. Não é de origem obstrutiva, pois a dor foi súbita. Ao

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perceber o eletrocardiograma do paciente dá-se o diagnóstico de fibrilação atrial, podendo ser causador de eventos cardioembólico, o que faz levantar a hipótese de abdômen agudo de origem vascular (infarto ênteromesentérico). Neste caso ao toque retal poderemos encontrar aspecto de ”água de carne”. Categoria: Clínica cirúrgica Subcategoria: Síndrome do abdômen agudo Nível de dificuldade: Normal Bibliografia: TOWNSEND, Courtney; MATTOX, Kenneth; BEAUCHAMP, Daniel. Sabiston – Tratado de Cirurgia. 18ª. Ed. São Paulo: Elsevier, 2009.

27. Após oito horas de evolução, Sr.Osvaldo queixa-se de piora da dor, está sudoreico, extremidades frias e enchimento capilar lentificado. O abdômen está distendido, “em tábua”, peristalse abolida, sinal de Bloomberg presente. Pressão arterial = 80x50 mmHg e frequência cardíaca = 120 bpm. A gasometria arterial mostra: pH=7,21; pO2=90 mmHg; pCO2=20 mmHg; HCO3=12. Leucograma com 18.000 leucócitos e 15 bastões e amilase aumentada em 5 vezes acima do valor normal. O que você faz mais adequadamente neste momento?

(A) Troca o Sulfametoxazol/Trimetropim por ciprofloxacina, pois se trata de gastroenterite provocada por Salmonela invasiva

(B) Procede a reposição volêmica vigorosa com cristalóides

(C) Indica Laparotomia exploradora

(D) Corrigir a acidose metabólica com reposição de bicarbonato de sódio

(E) Corrigir a acidose respiratória e a hipoxemia realizando a entubação orotraqueal e ventilação mecânica

INTENÇÂO: Perceber se o estudante é capaz de: Reconhecer o diagnóstico diferencial de abdômen agudo Reconhecer o quadro clínico da SIRS Reconhecer a piora rápida do paciente Reconhecer a propedêutica da irritação peritoneal Reconhecer a síndrome de choque e seu tratamento inicial Interpretar a gasometria arterial Interpretar o hemograma Reconhecer os distúrbios ácido-base e seu tratamento JUSTIFICATIVA: Paciente apresentando piora evolutiva por complicação de infarto entero mesentérico e consequente sinais clínico de má perfusão tecidual (extremidades frias, sudorese, enchimento capilar lentificado, acidose metabólica e hipotensão arterial. A conduta mais acertada neste caso é a reposição volêmica vigorosa. Categoria: Clínica Médica Subcategoria: SIRS, Choque e distúrbio ácido-base Bibliografia: Condutas no paciente Grave, Elias Knobell

28. Para realizar o diagnóstico etiológico definitivo do Sr.Osvaldo você precisa de um exame que lhe dê segurança e certeza. Quais seriam as características deste exame?

(A) Sensibilidade 98% e valor preditivo negativo (VPN) 5%

(B) Especificidade 10% e valor preditivo positivo (VPP) 30%

(C) Especificidade 95% e VPP 90%

(D) VPN 10% e VPP 9%

(E) Sensibilidade 98% e VPP 5%

INTENÇÂO: Perceber se o estudante é capaz de: Reconhecer o conceito de VPN, VPP, sensibilidade e especificidade e correlacioná-los com a situação apresentada JUSTIFICATIVA: Categoria: Saúde Coletiva Subcategoria: Bioestatística Nível de dificuldade: Difícil

Bibliografia: CAMPOS, Gastão Wagner de Souza et al. Tratado de Saúde Coletiva. 2. ed. São Paulo, Rio de Janeiro: Hucitec; Fiocruz, 2009. 871 p. (Saúde em debate v.170).

29. Qual dos exames mais se enquadraria nestas características acima e que se correlaciona com sua hipótese diagnóstica para Osvaldo?

(A) Hemocultura

(B) Tomografia computadorizada contrastada de abdômen e pelve

(C) Laparoscopia percutânea

(D) Colangiopancreatografia endoscópica retrógada

(E) Arteriografia

INTENÇÂO: Perceber se o estudante é capaz de: Reconhecer que a arteriografia é o exame padrão ouro para o diagnóstico da situação apresentada JUSTIFICATIVA: Arteriografia é o exame padrão ouro para o diagnóstico de infarto êntero-mesentérico Categoria: Cirurgia geral Subcategoria: Diagnóstico de infarto êntero-mesentérico Bibliografia: TOWNSEND, Courtney; MATTOX, Kenneth; BEAUCHAMP, Daniel. Sabiston – Tratado de Cirurgia. 18ª. Ed. São Paulo: Elsevier, 2009.

30. Em mais um plantão na UPA você atende Sr. Joaquim, 60 anos, etilista de destilados há 40 anos, apresentado taquidispnéia moderada e os seguintes achados: Figura 5. e Figura 65. Está acianótico, hipocorado (++/4+), acordado, escala de Glasgow 15, frequência cardíaca de 83 bpm, frequência respiratória de 23 irpm e saturação arterial de oxigênio de 95% pelo monitor em ar ambiente.

Figura 5

Figura 6

Sua melhor conduta neste caso será?

(A) Coletar amostra de sangue para realizar gasometria arterial

(B) Realizar paracentese de alívio

(C) Realizar toracocentese de alívio

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(D) Realizar biópsia pleural

(E) Coletar amostra de sangue venoso para realizar coagulograma

INTENÇÂO: Perceber se o estudante é capaz de: Reconhecer a propedêutica da hipertensão portal e correlacioná-la com a situação apresentada Identificar derrame pleural na radiografia de tórax e correlacioná-lo com a situação apresentada JUSTIFICATIVA: Sr. Joaquim, etilista, estável hemodinamicamente e sem sinais de insuficiência respiratória aguda. Apresenta sinais de hipertensão portal como volumosa ascite e circulação colateral. Apresenta também pequeno derrame pleural à esquerda na radiografia de tórax. A taquidispnéia se explica pela restrição da ascite volumosa na expansibilidade pulmonar, portanto a conduta mais acertada neste momento é a paracentese de alívio, o que diminuirá o volume abdominal melhorando o quadro pulmonar. Categoria: Clínica médica Subcategoria: Conduta na ascite e derrame pleural Nível de dificuldade: Normal Bibliografia: FAUCI, Anthony S. (Ed.) Harrison – Medicina Interna. 18.ed. New York: McGraw-Hill, 2013. 2v

31. Durante o procedimento que você realizou acima, você sofre acidente com solução de continuidade por material biológico. Neste momento qual sua conduta imediata mais acertada?

(A) Terminar o procedimento e logo após lavar o local com água e sabão em abundância.

(B) Lavagem abundante do local com água e sabão; (C) Colher o termo de consentimento da fonte

(D) Realizar o teste rápido para HIV para você e o paciente

(E) Coletar sua amostra de sangue para realizar HBSAg, anti-HCV, anti-HBc e anti-HBSAg

INTENÇÂO: Perceber se o estudante é capaz de: Reconhecer as medidas iniciais nos acidentes com material biológico JUSTIFICATIVA: Neste caso a conduta INICIAL mais adequada é a lavagem do local Categoria: Saúde coletiva Subcategoria: acidente com material biológico Nível de dificuldade: Fácil Bibliografia:

32. Após as medidas tomadas acima, você reavalia o Sr.Joaquim. Ao verificar o hemograma percebe: hemácias = 2.800.000; hematócrito = 20%; hemoglobina=8,2 mg%; volume corpuscular médio = 110 fL (N=80 a 98fL); hemoglobina corpuscular média = 29pcg (N=27 a 32 pcg); plaquetas = 100.000. Neste caso é mais prudente:

(A) Solicitar parecer médico do hematologista

(B) Realizar mielograma

(C) Solicitar endoscopia digestiva alta

(D) Repor sulfato ferroso parenteral

(E) Repor folato

INTENÇÂO: Perceber se o estudante é capaz de: Interpretar o hemograma e correlacionar com a situação apresentada Reconhecer as causas de anemia Diferenciar as anemias Reconhecer as causas de anemia no hepatopata crõnico JUSTIFICATIVA: Sr. Joaquim apresenta uma anemia macrocítica normocrômica. No caso de Joaquim uma das causas de anemia macrocítica é a deficiência de folato em decorrência da diminuição de armazenamento do mesmo a nível hepático Categoria: Clínica Médica Subcategoria: Diagnóstico de anemia Nível de dificuldade: Fácil

Bibliografia: FAUCI, Anthony S. (Ed.) Harrison – Medicina Interna. 18.ed. New York: McGraw-Hill, 2013. 2v

33. Ainda analisando outros exames e informações do Sr.Joaquim você nota internação prévia por hemorragia digestiva alta, uma anotação da classificação de Child-Pugh = 10, sódio = 123 meq/L, uréia = 45 mg/dL e creatinina = 1,8 mg/dL. Neste caso a sua melhor conduta é:

(A) Iniciar furosemida

(B) Realizar biópsia hepática

(C) Reposição de sódio (D) Iniciar norfloxacina

(E) Solicitar endoscopia digestiva alta

INTENÇÂO: Perceber se o estudante é capaz de Reconhecer cirrose hepática e correlacioná-la com a situação apresentada Reconhecer a classificação de Child-Pugh Reconhecer a indicação de profilaxia para PBE Reconhecer os valores normais de uréia, creatinina e sódio Reconhecer as causas de hiponatremia e seu tratamento JUSTIFICATIVA: Fernandez et al (49) selecionaram pacientes com proteínas nas ascite < 1,5mg/dl e mais um dos seguintes critérios: insuficiência hepática grave definida como escore de Child-Pugh ≥ 9 e bilirrubina sérica ≥ 3mg/dl; ou disfunção renal definida como creatinina sérica ≥1,2mg/dl, uréia > 25 mg/dL ou sódio sérico ≤130mEq/l (49). Nestes pacientes considerados de alto risco, norfloxacin reduziu a probabilidade de PBE em 1 ano de 61% para 7% (p< 0,001) e aumentou a taxa de sobrevida em 1 ano de 48% para 60% (p<0,05). Categoria: Clínica Médica Subcategoria; Profilaxia de PBE Nível de dificuldade: Difícil Bibliografia: FAUCI, Anthony S. (Ed.) Harrison – Medicina Interna. 18.ed. New York: McGraw-Hill, 2013. 2v

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34. Você participa no ambulatório de obstetrícia de uma discussão de uma gestante com os seguintes achados: Figura 7 e Figura 8:

Figura 7

Figura 8

Sra. Gelsa está com 33 semanas de idade gestacional e foi observada uma frequência cardíaca fetal de 187 bpm. Ao serem argüidos pelo Dr.Rodrigo quanto à(s) causa(s) possível (is) para este achado fetal seus amigos respondem:

João responde que é efeito colateral da medicação tomada por Gelsa para controlar a sua doença de base. Pedro responde que a freqüência fetal pode ser normal. Marcos diz que é por atividade parassimpática. E Lucas refere que é por anemia fetal

Você, então, após sua análise, considera que cada uma destas hipóteses dos seus amigos está:

(A) Pedro e Lucas estão certos, enquanto Marcos e João errados

(B) João e Lucas estão errados, enquanto Marcos e Pedro certos

(C) João e Marcos estão certos, enquanto Lucas e Pedro errados

(D) João, Marcos e Lucas estão certos, enquanto Pedro errado

(E) João está errado, enquanto Lucas, Marcos e Pedro certos

INTENÇÂO: Perceber se o estudante é capaz de: Reconhecer os achados propedêuticos do hipertireoidismo Reconhecer os valores normais dos sinais vitais fetais Reconhecer as drogas usadas no tratamento do hipertireoidismo e sua farmacocinética e farmacodinâmica Reconhecer a ação do SNA no coração Reconhecer as complicações do hipertireoidismo no feto JUSTIFICATIVA: Sra. Gelsa possui sinais clínicos de hipertireoidismo, como a presença de bócio e exoftalmia. Durante a gestação o hipertireoidismo pode ocasionar anemia fetal. A FC fetal, neste caso, pode ser variante da normalidade ou conseqüência de anemia fetal Categoria: GO Subcategoria: Tireoidopatia na Gestação Nível de dificuldade: Normal Bibliografia: MONTENEGRO, Carlos Antônio; REZENDE FILHO, Jorge de. Rezende, Tratado de Obstetrícia. 11.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. 1159p.

35. Após a discussão acerca do caso de Gelsa sua melhor conduta será:

(A) Manter o acompanhamento pré-natal

(B) Iniciar Digoxina 0,25 mg por dia

(C) Iniciar reposição de iodo e sulfato ferroso

(D) Suspender o medicamento que Gelsa faz uso para o controle da sua doença de base

(E) Solicitar amniocentese

INTENÇÂO: Perceber se o estudante é capaz de: Reconhecer as complicações do hipertireoidismo no feto (anemia) Reconhecer o diagnóstico de anemia fetal Conduzir pré natal de uma gestante portadora de hipertireoidismo JUSTIFICATIVA: Sra. Gelsa possui sinais clínicos de hipertireoidismo, como a presença de bócio e exoftalmia. Durante a gestação o hipertireoidismo pode ocasionar anemia fetal. Dentre as alternativas a mais acertada para investigação de anemia fetal é a amniocentese. Categoria: GO Subcategoria: Pré-nata gravidez de risco Nível de dificuldade: Difícil Bibliografia: MONTENEGRO, Carlos Antônio; REZENDE FILHO, Jorge de. Rezende, Tratado de Obstetrícia. 11.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. 1159p.

36. Meses passam e nasce Ricardo, filho de Gelsa, e você é responsável pela visita no alojamento conjunto. Ricardo nasceu há 24 horas, seu peso é de 3.350g, está hipocorado (+/4+), acianótico, anictérico, apirético, FC= 170 bpm, FR=50 irpm. Ausculta cardíaca com sopro sistólico sem frêmito. Ausculta pulmonar normal . Sua melhor conduta será

(A) Iniciar sulfato ferroso e folato e vitamina B12 e parecer da hematologia, pois as manifestações clínicas são decorrentes da síndrome anêmica

(B) Iniciar beta bloqueador e suspender aleitamento materno, pois as manifestações são decorrentes do fármaco usado por Gelsa no controle da doença de base que ultrapassa a barreira placentária e também é excretado pelo leite materno

(C) Parecer médico da cardiopediatria, pois há indícios de cardiopatia congênita provocada pela doença de base de Gelsa

(D) Parecer médico da encocrinologia, pois há indícios de endocrinopatia provocada pela doença de base de Gelsa

(E) Liberar Ricardo e programar consulta de retorno de puericultura, pois não há evidências clínicas de cardiopatia e endocrinopatia em Ricardo, já que os achados encontrados podem ser normais em até 48 horas de nascimento

INTENÇÂO: Perceber se o estudante é capaz de: Reconhecer as complicações do hipertireoidismo no feto (anemia) Interpretar o hemograma Reconhecer os valores normais de peso e sinais vitais do recém nato Reconhecer a anemia como causa do sopro. JUSTIFICATIVA: Neste caso suspeita-se de hipertireoidismo neonatal devido à taquicardia e a anemia, a qual é suspeitada pela presença de sopro cardíaco. Além disso, Ricardo é filho mãe hipertireiodea Categoria: Pediatria Subcategoria: Hipotireoidismo neonatal Bibliografia: BEHRMAN, Richard; KLIEGMAN, Robert; JENSON, Hal. Nelson – Tratado de Pediatria. 18.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.

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37. Nesta mesma manhã você avalia Suely, 28 anos, quartigesta, 36ª semana de gestação, que internou no dia anterior por trabalho de parto em consequencia a amniorrexe prematura acontecida há 10 horas. Queixa-se, ainda, de dor em baixo ventre, disúria e estrangúria. Temperatura axilar de 37°C, lóquios fisiológicos e ferida da episiotomia em bom aspecto. Restante do exame físico normal. Ao ler o prontuário descobre que os queixumes da pacientes foram iniciados há 48 horas, sendo administrado na ocasião cefalexina e ontem foi trocada por cefalotina. Havia, também, anexado ao prontuário, um resultado de urinocultura realizado há 2 semanas com a seguinte descrição: crescimento de 110.000 colônias de E.coli, porém Suely diz que: “Não sentia nada nesta época, doutor. E, também, não tomei nenhum remédio”. Diante de todas as informações sua melhor conduta será:

(A) Solicitar EAS e nova urinocultura

(B) Manter cefalotina (C) Substituir cefalotina por axoxacilina e clavulanato

para ampliar melhor o espectro à E.coli, principal agente causador de infecção urinária

(D) Iniciar quinolona, pois se trata de pielonefrite aguda e tem maior ação para E.coli

(E) Iniciar sulfametoxazol e trimetropim, pois já houve interrupção da gravidez e é a melhor terapêutica para infecções urinárias causadas por E.coli

INTENÇÂO: Perceber se o estudante é capaz de: Conduzir gestante com amniorrexe prematura Reconhecer os sianis de infecção urinária e correlaciná-los com a situação apresentada Reconhecer o tratamento da ITU na gestante Reconhecer o diagnóstico e tratamento de bacteriúria assintomática e correlacioná-los com a situação apresentada JUSTIFICATIVA: Paciente apresentando sinais clínicos de ITU (disúria, estrangúria e dor hipogástrica, além de cultura positiva para E.coli, a qual é sensível a cefalotina Categoria: GO Subcategoria: Infecção urinária na gestação- Nível de dificuldade: Normal Bibliografia: MONTENEGRO, Carlos Antônio; REZENDE FILHO, Jorge de. Rezende, Tratado de Obstetrícia. 11.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. 1159p.

38. Analisando o quadro da puérpera acima, você amplia seu raciocínio para o Leonardo, filho de Suely, que se encontra internado no CTI neonatal e resolve vê-lo. Nasceu com 2.400g, hipotônico, temperatura axilar de 35,4°C, freqüência cardíaca de 170 bpm está em uso de ventilação mecânica invasiva e drogas vasoativas. Frente a esta situação sua hipótese diagnóstica e sua conduta mais acertada, respectivamente serão:

(A) Síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SIRS). Devendo iniciar Ampicilina e gentamicina quando obtiver o resultado da hemocultura

(B) Sepse neonatal precoce. Iniciar ampicilina e gentamicina, após resultado da hemocultura

(C) Sepse neonatal precoce. Iniciar imipenem empiricamente e escalonar a terapia após o resultado da hemocultura, devido à gravidade do caso.

(D) Choque séptico. Iniciar ampicilina e gentamicina empiricamente

(E) Choque séptico. Iniciar sulfametoxazol e tripmetropim, pois é a melhor terapêutica para infecções causadas por E.coli

INTENÇÂO: Perceber se o estudante é capaz de: Reconhecer os sinais de infecção urinária na gestante e correlaciná-los com a situação apresentada

Reconhecer o tratamento da ITU na gestante e o impacto sobre o feto Reconhecer o diagnóstico e tratamento de bacteriúria assintomática e o impacto sobre o feto Reconhecer o diagnóstico de sepse neonatal e seu tratamento e correlacioná-lo com a situação de Gelsa Diferenciar sepse, sepse severa e choque séptico JUSTIFICATIVA: Infecção urinária na gestante é uma das principais causas de sepse neonatal, tendo como agentes causais principais a E.coli e o S.agalactie. Seu tratamento é realizado empiricamente com ampicilina e gentamicina Categoria: Pediatria Subcategoria: Sepse neonatal Nivel de dificuldade: Normal Bibliografia: BEHRMAN, Richard; KLIEGMAN, Robert; JENSON, Hal. Nelson – Tratado de Pediatria. 18.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.

39. Levando em consideração o resultado da urinocultura realizada previamente por Suely e o quadro de Leonardo, qual seria sua conduta tomada caso fosse você que tivesse recebido o resultado da urinocultura há 2 semanas.

(A) Manteria a conduta de não tratar, já que não havia sintomatologia para infecção urinária e o resultado mostra colonização ou erro de coleta.

(B) Iniciaria o tratamento com cefuroxima de imediato por três dias, independentemente da ausência de manifestações clínicas para infecção urinária.

(C) Manteria a conduta de não tratar, marcaria consulta de retorno e solicitaria nova urinocultura após sete dias e caso aumentasse o número de colônias ou aparecesse manifestações clínicas de infecção urinária iniciaria antibioticoterapia com quinilona, evitando assim complicações futuras como o quadro atual de Suely.

(D) Manteria a conduta de não tratar, marcaria consulta de retorno e solicitaria nova urinocultura após sete dias e caso aumentasse o número de colônias ou aparecesse manifestações clínicas de infecção urinária iniciaria antibioticoterapia com cefuroxima, evitando assim complicações futuras como o quadro atual de Suely.

(E) Iniciaria o tratamento com cefuroxima de imediato, independentemente da ausência de manifestações clínicas para infecção urinária e o manteria até o final da gestação, fazendo controle com urinoculturas repetidas.

INTENÇÂO: Perceber se o estudante é capaz de: Conduzir o pré-natal de uma gestante com bacteriúria assintomática Reconhecer o diagnóstico e tratamento de bacteriúria assintomática e correlacioná-los com a situação apresentada Reconhecer o esquema antibiótico de escolha para a gestante JUSTIFICATIVA: Toda paciente com diagnóstico de BA deverá ser tratada de acordo com o antibiograma em regime de três dias e seguida com urocultura de controle após uma semana do término do tratamento e depois uma urocultura a cada trimestre. Categoria: GO Subcategoria: Bacteriúria assintomática na gestante Nível de dificuldade: Fácil Bibliografia: MONTENEGRO, Carlos Antônio; REZENDE FILHO, Jorge de. Rezende, Tratado de Obstetrícia. 11.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. 1159p.

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40. Na unidade básica de saúde você chama o próximo paciente. Entra em sua sala Gisele, adolescente, 16 anos de idade. Veio sozinha à consulta. Neste momento, sua decisão mais acertada será?

(A) Iniciar a consulta normalmente desde que haja anuência da paciente

(B) Solicitar a presença dos pais ou responsável legal para que se inicie a consulta

(C) Solicitar a presença da enfermeira ou secretária da unidade durante a consulta, evitando, assim, suspeita de assédio moral e sexual pelo médico

(D) Iniciar a consulta independente da vontade da paciente

(E) Iniciar a consulta desde que a paciente tenha uma declaração dos pais ou do representante legal, chancelada pelo conselho tutelar e pelo juiz da vara da infância e juventude, autorizando a consulta na ausência dos mesmos

INTENÇÂO: Perceber se o estudante é capaz de: Reconhecer os aspectos éticos da consulta do adolescente JUSTIFICATIVA: Nas consultas, o adolescente tem direito de ser atendido sozinho, caso ele queira, independentemente da presença de seus pais ou responsáveis. As informações dadas durante a consulta serão mantidas em sigilo e só poderão ser reveladas se o adolescente concordar ou sempre que houver danos a sua saúde ou a terceiros Categoria: Pediatria Subcategoria: Consulta do adolescente Nível de dificuldade: Normal Bibliografia:bvsms.saude.gov.br/bvs/.../caderneta_saude_adolescente_menino.pdf 41. Após as medidas tomadas acima por você é iniciada a consulta. Gisele refere que já iniciou sua vida sexual com 15 anos de idade e gostaria de fazer uso de pílula anticoncepcional, mesmo usando preservativo. Qual sua decisão?

(A) Prescrever o anticoncepcional, pois a paciente tem condições de decidir o que é melhor para sua saúde e não há necessidade de comunicar aos pais

(B) Não prescrever o anticoncepcional, pois há um risco de abandono do uso do preservativo.

(C) Solicitar a presença dos pais para tomar a decisão em conjunto de prescrever o anticoncepcional, caso contrário implica em crime ético-profissional

(D) Não prescrever o anticoncepcional e encaminhar ao setor de atendimento ao adolescente para uma orientação multiprofissional

(E) Prescrever o anticoncepcional e comunicar aos pais através de um relatório médico sobre sua decisão, quando os mesmos não estiverem presentes na consulta, caso contrário implica-se em crime ético-profissional

INTENÇÂO: Perceber se o estudante é capaz de: Reconhecer os aspectos éticos da consulta do adolescente JUSTIFICATIVA: Nas consultas as informações dadas durante a consulta do adolescente serão mantidas em sigilo e só poderão ser reveladas se o adolescente concordar ou sempre que houver danos a sua saúde ou a terceiros Categoria: GO Subcategoria: Anticoncepcional na adolescência Nível de dificuldade: Normal Bibliografia:

42. Ainda no consultório, Gisele volta a lhe perguntar. “Doutor, e aquela vacina que previne o câncer de útero. Posso tomar? O que você faz agora?

(A) Explica que não há mais necessidade de tomá-la, pois a primeira dose é feita antes da primeira relação sexual

(B) Prescreve a vacina contra vírus herpes humano com 3 doses com o seguinte esquema mês 0; 2; 6.

(C) Prescreve a vacina contra vírus do papiloma humano com 3 doses com o seguinte esquema mês 0; 2; 6.

(D) Prescrever a vacina contra vírus do papiloma humano após o teste confirmatório realizado pelo papanicolau.

(E) Explica a paciente que nem todas as infecções pelo papiloma vírus são associadas a carcinoma de colo uterino

INTENÇÂO: Perceber se o estudante é capaz de: Reconhecer o esquema vacinal para o HPV e correlacioná-lo para situação apresentada Reconhecer a correlação do HPV e câncer colo de útero JUSTIFICATIVA: A vacina quadrivalente foi aprovada pelo FDA para mulheres entre 9 e 26 anos, recomendando que a vacinação ocorra entre os 11 e 12 anos, podendo ser ampliada entre 9 e 26 anos, idealmente antes da primeira relação sexual. Essa recomendação baseia-se nos seguintes dados: avacina administrada em meninas jovens mostrou 100% de eficácia sem nenhum evento adverso sério reportado; nessa faixa etária, os mais altos níveis de anticorpos foram encontrados após a vacinação; meninas que não tenham sido infectadas por nenhum dos quatro sorotipos presentes na vacina terão maiores benefícios; há alta probabilidade da aquisição da infecção pelo HPV logo após o primeiro contato sexual. A vacina quadrivalente é preparada de maneira estéril para injeção intramuscular de 0,5 ml no seguinte esquema: mês 0; 2; 6. Categoria: Saúde coletiva Subcategoria: Vacinas na adolescência Nível de dificuldade: Bibliografia: saude.gov.br/bvs/.../caderneta_saude_adolescente_menina.pdf

43. Cassandra, 30 anos de idade, é a próxima paciente a ser chamada por você na unidade básica de saúde. Está assintomática e veio à busca de orientações de medidas preventivas para câncer de mama, pois sua amiga sofreu muito com essa doença. Tem 3 gestações, com partos vaginais. Usa anticoncepcional há 5 anos, tabagista, tem 1,65m de altura e 90 kg de peso. Não há história familiar de câncer . Neste momento qual a melhor orientação para que diminua o risco de câncer de mama quando Cassandra estiver na pós-menopausa

(A) Cessar o tabagismo (B) Cessar o uso de anticoncepcional

(C) Reduzir o peso com atividade física

(D) Desestimular nova gravidez

(E) Solicitar mamografia

INTENÇÂO: Perceber se o estudante é capaz de: Reconhecer os fatores de risco para desenvolvimento de câncer de mama e correlacioná-los com a situação apresentada Reconhecer os fatores de proteção de câncer de mama e correlacioná-los com a situação apresentada JUSTIFICATIVA: A prática regular de atividade física é considerada pelo WCRF e AICR como fator de proteção provável para o câncer de mama na pós-menopausa O aumento das medidas antropométricas (circunferência da cintura, peso ao longo da vida adulta e estatura) representa fator de risco para o câncer de mama na pós-menopausa; O ganho de peso ao longo da vida adulta é considerado pelo WCRF e AICR como um fator de risco provável para mulheres na

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pós-menopausa. Em estudos recentes, o ganho de peso corporal ao longo da idade adulta tem sido evidenciado como fator de risco para a neoplasia maligna de mama. Categoria: GO Nível de dificuldade: Normal Subcategoria: Câncer de mama Bibliografia:

44. Após as consultas realizadas na unidade básica você se dirige para seu estágio no setor de emergência da UPA. Na sala vermelha está internada há 48 horas, Lúcia, 30 anos de idade, diabética, em uso de insulina NPH, admitida por dor abdominal difusa, poliúria, taquipnéia e sede intensa. Você se apresenta e a reavalia logo em seguida. Ao exame as mucosas estão secas, turgor da pele diminuído, taquicárdica, taquipneica e hálito frutado. Ausculta cardíaca e pulmonar normais. Abdômen pouco doloroso a palpação profunda difusamente sem sinais de irritação peritoneal. PA=80x50 mmHg. Qual sua melhor decisão a ser tomada?

(A) Aumentar a infusão de insulina e solicitar EAS, a fim de diagnosticar infecção do trato urinário, um dos principais sítios de infecção no diabético.

(B) Hidratação vigorosa com soro fisiológico 0,9% e solicitar cetonúria para corroborar o diagnóstico de cetoacidose diabética

(C) Hidratação vigorosa com soro fisiológico 0,9% e solicitar gasometria arterial, pois o distúrbio ácido-base esperado para esta paciente é a acidose metabólica em consequência ao acúmulo de cetona no sangue

(D) Iniciar amina vasoativa e solicitar hemocultura para pesquisar infecção

(E) Fazer dose de ataque de insulina NPH e solicitar gasometria arterial, pois o distúrbio ácido-base esperado para esta paciente é a acidose metabólica em consequência ao acúmulo de cetoácidos no sangue.

INTENÇÂO: Perceber se o estudante é capaz de: Reconhecer as complicações agudas do diabetes tipo I Reconhecer a fisiopatologia da cetoacidose diabética e seu tratamento e diagnósctico e correlacioná-los com a situação apresentada Reconhecer os tipos de insulina e correlacioná-los com a situação apresentada Reconhecer o distúrbio ácido-base e correlacioná-lo com a situação apresentada JUSTIFICATIVA: Trata-se de uma paciente portadora de diabetes tipo 1 complicando com cetoacidose diabética. A conduta mais acertada é a reposição volêmica para corrigir a desidratação e iniciar a insulina regular para que seja interrompida a formação de corpos cetônicos. Categoria: Clínica médica Subcategoria: Complicações agudas do DM tipo 1 Nível de dificuldade: Normal Bibliografia: FAUCI, Anthony S. (Ed.) Harrison – Medicina Interna. 18.ed. New York: McGraw-Hill, 2013. 2v

45. Após a medida acertada tomada acima, Lúcia melhora. Você a orienta para procurá-lo na unidade básica para acompanhá-la assim que receber alta. Levando em consideração a esta sua conduta, responda:

(A ) Essa sua conduta chama-se de referência, já que a UPA é considerada um estabelecimento de saúde de complexidade intermediária pela hierarquização do SUS

(B) Na verdade sua melhor conduta seria contra-referenciar Lúcia ao ambulatório de endocrinologia, já que a UPA é considerada um estabelecimento de saúde de complexidade intermediária

(C) Lúcia deveria ser referenciada a um hospital para dar continuidade ao tratamento e após a alta ser contra-referenciada a unidade básica de saúde, pois esta tem um nível de complexidade baixa pela hierarquização do SUS.

(D) A sua conduta tomada chama-se contra-referência já que a UPA é considerada um estabelecimento de saúde de complexidade terciária pela hierarquização do SUS

(E) Na verdade sua melhor conduta seria contra-referenciar Lúcia ao ambulatório de endocrinologia, já que a UPA é considerada um estabelecimento de saúde de complexidade terciária.

INTENÇÂO: Perceber se o estudante é capaz de: Reconhecer a hierarquização do SUS e correlacioná-la com a situação apresentada Definir referência e contrareferência e correlacioná-las a situação apresentada Reconhecer a inserção e o papel da UPA no SUS JUSTIFICATIVA: O SUS hierarquiza o sistema público de saúde em três níveis: baixa (unidades básicas de saúde), média (hospitais secundários e ambulatórios de especialidades) e alta complexidade (hospitais terciários). Assim, pacientes de alta complexidade atendidos, por exemplo, em unidades básicas de saúde ou em hospitais secundários, podem ser encaminhados (referência) para hospitais de alta complexidade (hospitais terciários). Depois de ter sua necessidade atendida e seu quadro clínico estabilizado, o paciente é reencaminhado (contra-referência) para uma unidade de menor complexidade, para dar seguimento ao tratamento. Categoria: Saúde coletiva Subcategoria: hierarquização do SUS e referencia e contra-referencia Nível de dificuldade: Normal Bibliografia:

46. Após algumas semanas, Lúcia aparece na unidade básica para se consultar com você. Diz estar melhor, controlando “sua diabetes”. Sua glicemia capilar da manhã foi de 86 mg%. Traz alguns exames realizados anteriormente para você analisar. Dentre estes há um laudo de neoplasia intra-epitelial tipo I (NIC I) na colpocitologia oncótica. Queixa-se de leucorréia acinzentada extremamente fétida, nega dispaurenia, sintomas urinários, lesões genitais e linfoadenomegalia. A sua decisão que traria maior benefício para a paciente será:

(A) Iniciar metronidazol, solicitar fundo de olho e repetir a colpocitologia em 6 meses para acompanhar a evolução da lesão

(B) Iniciar metronidazol e solicitar anti-HIV, pois há associações entre o HIV, a lesão observada na colpocitologia, e também entre o germe causador da leucorréia

(C) Iniciar metronidazol e realizar conização

(D) Solicitar colposcopia e biópsia dirigida

(E) Solicitar anti-HIV, pois há associações entre o HIV e a lesão observada na colpocitologia e com o germe causador da leucorréia, realizar vacinação para o HPV, solicitar hemoglobina glicada e iniciar metronidazol

INTENÇÂO: Perceber se o estudante é capaz de: Definir NIC, seus tipos e tratamento, correlacionando com situação apresentada Reconhecer vaginose por gardnerella e correlacioná-la com a situação apresentada JUSTIFICATIVA: A classificação de Bethesda divide estas lesões em apenas duas categorias: lesões de baixo grau (associadas à infecção por HPV e NIC I) lesões de alto grau (NIC II e III).

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A conduta em cada uma destas situações pode ser exposta da seguinte forma: NIC I: conduta expectante ou destrutiva NIC II: conduta destrutiva ou ablativa NIC III: ablação (conização ou histerectomia) Toda paciente com diagnóstico de lesão préneoplásica do colo (NIC I a III), deve ser submetida a avaliação do trato genital inferior, incluindo-se a vulvoscopia e colposcopia com biópsia de lesões suspeitas. Categoria: GO Subcategoria: lesões pré-neoplásicas Nivel de dificuldade: Normal Bibliografia:

47. Lúcia retorna após alguns meses com a notícia de estar grávida de 8 semanas. Está muito feliz e solicita que você faça algumas considerações para que sua gravidez transcorra sem problemas. Que informações você passaria à Lucia?

(A) Poderá haver aumento da glicemia e consequentemente das necessidades de insulina, principalmente no último trimestre da gestação em decorrência ao hormônio lactogênio placentário e a progesterona que levam a resistência insulínica

(B) Poderá haver episódios de hipoglicemia, diminuindo as necessidades de insulina devido aos efeitos da utilização da glicose materna pelo feto, principalmente no terceiro trimestre

(C) Deverá programar, junto ao obstetra, o parto cesáreo em decorrência do diabetes, o que aumenta a incidência de tocotraumatismos principalmente pela macrossomia fetal

(D) Deverá manter a normoglicemia durante a gestação, o que evitará os problemas clássicos do filho de mãe diabética: macrossomia, hiperglicemia, hiperbilirrubinemia, hipercalcemia, policitemia e síndrome de desconforto respiratório.

(E) Deverá medir frequentemente a glicemia capilar pré e pós prandial, substituir o uso de adoçantes artificiais pelo uso de açúcar mascavo e estimular a atividade física

INTENÇÂO: Perceber se o estudante é capaz de: Conduzir o prénatal de uma gestante diabética Reconhecer as alterações fisiológicas da gravidez no metabolismo glicídico e correlacioná-las com a situação apresentada Reconhecer as complicações fetais na gestante diabética JUSTIFICATIVA: Durante a gravidez da paciente diabética poderá haver aumento das necessidades do uso de insulina em consequencia do aumento da glicemia, principalmente no último trimestre da gestação em decorrência ao hormônio lactogênio placentário e a progesterona que levam a resistência insulínica Categoria: GO Subcategoria: Diabetes gestacional Nível de dificuldade: DIFÍCIL

48. No plantão na sala de trauma do HCTCO, você atende Gilberto, 25 anos, vítima de atropelamento por moto quando saía da empresa onde trabalha. Após sua avaliação completa você constata estabilidade hemodinâmica, consciente (escala de coma de Glasgow 15), mobilizando os seguimentos, exceto o membro inferior esquerdo devido à dor. Não houve perda da consciência e vômitos no local do acidente. Seu único diagnóstico está representado na Figura 9.

Figura 9

36 horas após a admissão e ter sido submetido ao tratamento adequado, apresentou na enfermaria confusão mental e taquidispnéia importante. A saturação de oxigênio pela oximetria de pulso é de 85% em ar ambiente. Houve piora progressiva para coma e franca insuficiência respiratória. Sua decisão mais acertada neste momento é:

(A) Transferir o paciente para a unidade de terapia intensiva (UTI) de imediato para melhor suporte respiratório e hemodinâmico, além de melhor vigilância neurológica

(B) Proceder a entubação orotraqueal, após avaliação do resultado da gasometria arterial e transferi-lo para a UTI

(C) Realizar tomografia de crânio de urgência, pois há hipótese de hematoma epidural consequente ao trauma, contactar o neurocirurgião após o resultado e transferi-lo para a UTI

(D) Realizar entubação orotraqueal, transferi-lo para a UTI e iniciar trombólise com estreptoquinase, pois há evidências de embolia pulmonar como: taquipnéia, insuficiência respiratória e imobilismo ao leito, o que favorece a formação de trombose venosa profunda.

(E) Proceder a entubação orotraqueal e solicitar a gasometria arterial após o procedimento transferi-lo para a UTI para medidas de suporte hemodinâmico e respiratório

INTENÇÂO: Perceber se o estudante é capaz de: Identificar fratura de fêmur na radiografia e correlacioná-la com a situação apresentada Reconhecer as complicações de fraturas de ossos longos e correlacioná-las com a situação apresentada Reconhecer o diagnóstico de embolia gordurosa e correlacioná-lo com a situação apresentada Reconhecer a medida mais acertada frente a um paciente com insuficiência respiratória aguda JUSTIFICATIVA: Suspeita-se de Embolia gordurosa em paciente na fase aguda de fratura de ossos longos apresentando taquidispneia súbita com sinais de hipoxemia. Neste paciente, opta-se pela entubação orotraqueal por apresentar sinais francos de IRpA e alteração do quadro neurológico Categoria: Clínica cirúrgica Subcategoria: Complicações de fraturas Nível de dificuldade: Normal Bibliografia: TOWNSEND, Courtney; MATTOX, Kenneth; BEAUCHAMP, Daniel. Sabiston – Tratado de Cirurgia. 18ª. Ed. São Paulo: Elsevier, 2009.

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49. Na UTI, ainda acompanhando Gilberto, você analisa a gasometria arterial colhida há poucos minutos. pH=7,38; pO2=88 mmHg; pCO2=35 mmHg; HCO3=23; SaO2=90%, com os seguintes parâmetros do ventilador mecânico: fração inspirada de oxigênio (FiO2)= 80%; volume corrente (VC)= 550 ml; frequência respiratória (FR)=16 irpm. Você analisa, também, a última radiografia de tórax realizada. Figura 10

Figura 10

Após análise de todos os dados qual sua conduta mais acertada neste momento

(A) Iniciar antibioticoterapia e aumentar a FiO2

(B) Intensificar fisioterapia respiratória e aumentar a FiO2

(C) Contactar cirurgião torácico para realizar drenagem torácica

(D) Aumentar o volume corrente e proceder nova intubação traqueal

(E) Reposicionar o tubo orotraqueal e fisioterapia respiratória

INTENÇÂO: Perceber se o estudante é capaz de: Identificar o posicionamento do tubo orotraqueal na radiografia de tórax e correlacioná-la com a situação apresentada Identificar atelectasia na radiografia de tórax e correlacioná-la com a situação apresentada Reconhecer os benefícios da fisioterapia respiratória na mecânica pulmonar Reconhecer o impacto da FiO2 e do volume corrente na fisiologia pulmonar

JUSTIFICATIVA: Uma das causas comuns de atelectasia em pacientes entubados é a entubação seletiva. Neste caso o tratamento é reposicionamento do tubo orotraqueal e fisioterapia respiratória Categoria: Cirurgia geral Subcategoria: Complicações da entubação orotraqueal Nível de dificuldade: Difícil Bibliografia: TOWNSEND, Courtney; MATTOX, Kenneth; BEAUCHAMP, Daniel. Sabiston – Tratado de Cirurgia. 18ª. Ed. São Paulo: Elsevier, 2009.

50. Enquanto você toma sua conduta acima o staff da UTI o solicita para que realize acesso venoso profundo. Você já está apto a realizar qualquer técnica em qualquer sítio. Neste caso qual seria sua melhor opção?

(A) Veia jugular interna direita, pelo menor risco de pneumotórax

(B) Veia subclávia esquerda, apesar do maior risco de pneumotórax

(C) Dissecção da veia basílica, diminuindo as complicações respiratórias inerentes a punção venosa

(D) Veia subclávia direita, pois não há risco de lesão do ducto torácico

(E) Veia femoral esquerda, pois dentre os acessos venosos por punção é o que se tem menor risco de complicações

INTENÇÂO: Perceber se o estudante é capaz de: Reconhecer as indicações e contraindicações da punção venosa profunda Reconhecer as complicações do acesso venoso profundo por punção Reconhecer as correlações das referencias anatômicas com os sítios de punção JUSTIFICATIVA: Dentre os sítios acima e contextualizando com o paciente opta-se, neste caso, pela punção de subclávia esquerda que apesar do maior risco de pneumotórax o paciente apresenta alteração pulmonar a esquerda. Categoria: Clínica cirúrgica Subcategoria: Acesso venoso profundo por punção Nível de dificuldade: Normal Bibliografia: TOWNSEND, Courtney; MATTOX, Kenneth; BEAUCHAMP, Daniel. Sabiston – Tratado de Cirurgia. 18ª. Ed. São Paulo: Elsevier, 2009.

51. Após 20 dias de internação Gilberto ainda encontra-se internado na UTI. Após a visita dos familiares você é procurado por Dilma, esposa de Gilberto que, após receber suas informações sobre os estado de saúde do marido, lhe solicita informações de como será a atitude da empresa com Gilberto a aprtir do ocorrido. Qual a melhor informação a ser dada por você?

(A) Explica que ela deverá dar entrada no auxílio-doença pelo INSS apresentando um laudo médico sobre a gravidade do quadro, já que Gilberto se encontra afastado de suas atividades por mais de 15 dias

(B) Explica que é obrigação da empresa manter o salário do empregado até 3 meses de afastamento de suas atividades, já que se trata de acidente de trabalho de percurso

(C) Explica que, quando Gilberto tiver condição de retornar ao trabalho, ele terá estabilidade na empresa, ou seja, não poderá ser demitido no prazo de 12 meses ou mais, dependendo do acordo coletivo de sua categoria

(D) Informa que Gilberto não terá garantia de estabilidade, pois seu afastamento não é considerado acidente de trabalho, já que ocorreu fora das dependências da empresa

(E) Explica que ela deverá levar ao INSS um laudo médico detalhado do estado de saúde de Gilberto, anexado ao boletim de ocorrência expedido pela delegacia de polícia, para que seja expedida a comunicação de acidente de trabalho.

INTENÇÂO: Perceber se o estudante é capaz de: Reconhecer os trâmites normais nos casos de acidente de trabalho Definir acidente de trabalho JUSTIFICATIVA: Categoria: SCOL Subcategoria: Acidente de trabalho Nível de dificuldade: Normal

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52. Você atende Fred, uma criança de 13 anos de idade, morador de Venda Nova, trazido pela mãe, Sra.Nilza, dizendo que foi “picado por um bicho” no pé, quando estava capinando a horta junto ao seu pai. A mãe desesperada diz a você que já viu no quintal de sua casa cobra e escorpião. Ao examinar Fred você identifica edema e equimose local com dor moderada no local. Não há nenhuma outra manifestação clínica. Neste momento qual sua melhor conduta?

(A) Lavar o local com água e sabão abundantes e solicitar tempo de coagulação para iniciar o soro anti-botrópico

(B) Iniciar prontamente o soro anti-botrópico e solicitar tempo de coagulação para avaliar a evolução do quadro

(C) Iniciar prontamente o soro anti-laquético e solicitar tempo de coagulação para avaliar a evolução do quadro

(D) Iniciar prontamente o soro anti-escorpiônico e solicitar tempo de coagulação para adequar a dose do soro

(E) Lavar o local com água e sabão abundantes, iniciar prontamente o soro anti-escorpiônico e solicitar tempo de coagulação para avaliar a evolução do quadro

INTENÇÂO: Perceber se o estudante é capaz de: Reconhecer e diferenciar ofidismo e escorpionismo, correlacionando com a situação apresentada Diferenciar os tipos de ofidismo e correlacionar com a situação apresentada Prescrever o soro anti ofídico adequado para a situação apresentada Conhecer os efeitos da peçonha e correlacioná-los com a situação apresentada JUSTIFICATIVA: As características da lesão são de acidente por cobra do gênero Bothrops. Sua peçonha promove ações proteolícas e produz coagulopatias por consumo de fibrinogênio. Portanto devemos iniciar o soro antiofídico adequado, além de controledo tempo de coagulação Categoria: Pediatria Subcategoria: ofidismo Nivel de dificuldade: NORMAL Bibliografia: 53. Após 15 dias de evolução, Nilza retorna com Fred, pois está muito preocupada com ele. Iniciou há 24 horas um quadro de atralgia, linfoadenomegalia, febre, urticária e urina muito espumosa. Qual sua conduta agora?

(A) Contactar nefrologia, pois se trata de lesão tardia provocada pela peçonha

(B) Iniciar pulsoterapia com corticóide, pois se trata de lesão tardia provocada pelo soro administrado previamente

(C) Fazer nova dose do soro anteriormente escolhido por você, pois se trata de recirculação da peçonha.

(D) Iniciar corticóide, pois se trata reação alérgica ao soro anti-peçonha.

(E) Iniciar antibioticoterapia, pois se trata de infecção secundária no local de inoculação, complicação mais comum após acidente por animal peçonhento

INTENÇÂO: Perceber se o estudante é capaz de: Reconhecer a reação imune tipo 3 Reconhecer os efeitos adversos dos imunobiológicos Reconhecer a clínica da doença do soro Reconhecer o tratamento da doença do soro Reconhecer os efeitos da peçonha e correlacioná-los com a situação apresentada JUSTIFICATIVA: A doença do soro (DS) é definida como uma reação de hipersensibilidade tipo 3 mediada por imunocomplexos, com subsequente ativação de complementos. Pode ser causada por exposição a soro heterólogo, ou certa

droga. A deposição desses complexos imunes no tecido, por sua vez, pode resultar em uma lesão tissular decorrente da ativação do complemento. A urina espumosa traduz a proteinúria que faz parte dos comemorativos clínicos da doença do soro Categoria: Pediatria Subcategoria: Reações imunológicas Nivel de dificuldade: Normal Bibliografia: BEHRMAN, Richard; KLIEGMAN, Robert; JENSON, Hal. Nelson – Tratado de Pediatria. 18.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.

54. Nilza retorna com Fred meses depois para uma consulta habitual. “Pedro está muito bem. O pior já passou! Só quero que o senhor dê uma olhada nele”. Diz ela. Você começa, então, solicitando a caderneta do adolescente (Figura 11) e pergunta a Fred sobre seus hábitos alimentares. Nilza logo responde que ele não almoça e prefere lanches rápidos como hamburger e batata frita. No jantar, prefere biscoito com achocolatado. Ao exame nota-se Genu valgum e Tinea cruris. Ausculta cardíaca e pulmonar normais. Pressão arterial = 140 x 70 mmHg.

Figura 11

Ao terminar a consulta, qual será sua melhor conduta?

(A) Iniciar itraconazol, encaminhar ao ortopedista, reeducação alimentar e marcar nova consulta após 6 meses, pois o gráfico do IMC acompanha o

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crescimento da estatura, o que é esperado na evolução normal.

(B) O crescimento do gráfico de estatura tem correlação com o estirão puberal, que por sua vez tem impacto na curva em ascensão do IMC, portanto a melhor conduta será marcar a consulta de retorno em 6 meses e encaminhar ao dermatologista e ao ortopedista.

(C) Encaminhar ao nutricionista, realizar atividade física, solicitar glicemia de jejum e perfil lipídico e marcar a consulta de retorno, pois a curva do gráfico do IMC está acima do escore-z +2, o que indica sobrepeso

(D) Encaminhar ao nutricionista, realizar atividade física, tratar a hipertensão arterial com monoterapia e marcar a consulta de retorno, pois a curva do gráfico do IMC está acima do escore-z +2, o que indica obesidade

(E) Tratamento dietético, orientação de higiene, incentivar exercício físico, solicitar glicemia de jejum, ALT e perfil lipídico, além de marcar a consulta de retorno

INTENÇÂO: Perceber se o estudante é capaz de: Interpretar a caderneta o adolescente Identificar obesidade na caderneta do adolescente Reconhecer as consequencias mais comuns nos obesos e correlacioná-los com a situação apresentada Reconhecer os exames iniciais solicitados correlacioná-los com a situação apresentada Diagnosticar hipertensão arterial no adolescente correlacionando com a situação apresentada JUSTIFICATIVA: Categoria: Pediatria Nível de dificuldade: Fácil Bibliografia: BEHRMAN, Richard; KLIEGMAN, Robert; JENSON, Hal. Nelson – Tratado de Pediatria. 18.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan

55. Ainda analisando a caderneta do adolescente de Fred, você percebe o seguinte calendário vacinal. Figura 12:

Figura12

Neste caso sua conduta será

(A) Realizar novo esquema de três doses da vacina de hepatite B, já que está incompleto

(B) Realizar o esquema de três doses da vacina da febre amarela e completar o esquema vacinal da hepatite B com apenas 1 dose

(C) Completar o esquema vacinal da tríplice viral e da hepatite com apenas 1 dose de cada

(D) Completar o esquema vacinal da hepatite B com apenas 1 dose e fazer uma dose da vacina para febre amarela

(E) Completar o esquema vacinal da tríplice viral e não há necessidade de realizar esquema vacinal para febre amarela, pois Fred não mora em zona endêmica da doença

INTENÇÂO: Perceber se o estudante é capaz de: Interpretar a caderneta o adolescente Interpretar o calendário vacinal do adolescente Conhecer o esquema vacinal para o adolescente JUSTIFICATIVA: A conduta mais acertada é de complementar a última dose da vacina para hepatite B e realizar a vacinação de febre amarela (1 dose), caso Fred viaje para áreas endêmicas Categoria: Pediatria Nível de dificuldade: Fácil Bibliografia: http://www.cva.ufrj.br/informacao/vacinas/calendario/cv-adolescentes.html

56. Fred retorna a unidade básica meses após a consulta marcada de retorno. Não cumpriu nada daquilo que você traçou como conduta, exceto a atualização do esquema vacinal. Solicita a você um atestado de saúde para que possa fazer musculação no clube onde é sócio. Consigo traz uma série de exames solicitados pelo médico do clube. Glicemia de jejum=115 mg%; LDL=110 mg/dL; HDL=38mg/dL; triglicerídeos=125 mg/dL. Sua decisão mais acertada será:

(A) Fornecer o atestado médico, pois a atividade física é de grande valia para Fred

(B) Fornecer o atestado médico após realização de teste de esforço para verificar a aptidão física, pois devemos incentivar a prática de esporte na adolescencia

(C) Não fornecer o atestado médico e solicitar teste de tolerância oral à glicose

(D) Não fornecer o atestado médico e controlar glicemia com metformina

(E) Não fornecer o atestado médico e encaminhar Fred ao endocrinologista para acompanhamento da diabetes

INTENÇÂO: Perceber se o estudante é capaz de: Conhecer os aspectos éticos do atestado médico Diagnosticar e diferenciar diabetes e resistência insulínica e correlacionar com a situação apresentada JUSTIFICATIVA: Neste caso é primordial afastar o diagnóstico de diabetes em Fred, já que a glicemia de jejum encontra-se entre 1001e 126 mg/dL. Isto se faz através do teste de tolerância oral a glicose. Caso a glicemia seja >= a 200 mg/dL após 2 horas de realização deste teste, dá-se o diagnóstico de diabetes. Após traçado todo plano de cuidado para Fred, faz-se o Atestado de saúde criterioso Categoria: Pediatria Subcategoria: Obesidade infantil / Atestado médico Nível de dificuldade: Normal Bibliografia: BEHRMAN, Richard; KLIEGMAN, Robert; JENSON, Hal. Nelson – Tratado de Pediatria. 18.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan

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57. No seu último plantão na emergência antes das suas férias, você recebe Sr.Vicente trazido pelo corpo de bombeiro, vítima de queda de altura estimada em 4 metros. Está em ventilação mecânica, com dois acessos periféricos puncionados com jelco nº 14 e estável hemodinamicamente. Já foi atendido inicialmente em outro hospital, onde realizou tomografia de crânio e foi transferido para seu hospital, pois não havia neurocirurgião no hospital de origem. Os achados mais significativos que você encontra estão na Figura 13 e Figura 14

Figura 13

Figura 14

Neste momento sua melhor conduta será:

(A) Contactar o neurocirurgião de sobreaviso e transferi-lo a UTI imediatamente

(B) Realizar nova tomografia de urgência

(C) Instituir terapia hiperosmolar (D) Realizar outros exames de imagem da rotina do

paciente politrauma (E) Realizar acesso venoso profundo para melhor

infusão volêmica e avaliação imediata do serviço de ortopedia e cirurgia

INTENÇÂO: Perceber se o estudante é capaz de: Reconhecer anisocoria e correlacionar com a situação apresentada Identificar hematoma epidural na TCC e correlacionar com a situação apresentada Reconhecer os sinais de herniação cerebral e seu tratamento, correlacionando com a situação apresentada Conduzir vítima de TCE Reconhecer a gravidade do caso JUSTIFICATIVA: Na tomografia de crânio mostra hematoma epidural a esquerda com efeito de massa contralateral, associado a anisocoria, sinais sugestivos de herniação cerebral. Opta-se inicialmente, então, dentre as condutas, medidas para

diminuir a hipertensão intracraniana de imediato. Neste caso será a terapia hiperosmolar Categoria: Cirurgia geral Subcategoria: TCE Nível de dificuldade: Normal Bibliografia: FERRADA, Ricardo; RODRIGUEZ, Aurélio (Ed.). Trauma: Sociedade Panamericana de Trauma. São Paulo: Atheneu, 2010

58. Apesar da sua conduta acertada tomada acima, Sr. Vicente evolui a óbito, após apresentar parada cardiorrespiratória por assistolia. Qual sua decisão mais acertada neste momento, quanto ao preenchimento da declaração de óbito (DO)?

(A) Não confeccionar a DO

(B) Preencher a DO com a seguinte sequencia de causa mortis: parada cardiorrespiratória / hematoma subdural agudo / traumatismo crânio-encefálico

(C) Preencher a DO com a seguinte sequencia de causa mortis: parada cardiorrespiratória / hematoma epidural agudo / traumatismo crânio-encefálico

(D) Preencher a DO com a seguinte sequencia de causa mortis: hematoma subdural agudo / traumatismo crânio-encefálico / queda de altura

(E) Preencher a DO com a seguinte sequencia de causa mortis: hematoma epidural agudo /contusão cerebral / traumatismo crânio-encefálico

INTENÇÂO: Perceber se o estudante é capaz de: Preencher o atestado de óbito Conhecer os aspectos éticos da declaração de óbito JUSTIFICATIVA: Como a causa mortis foi motivada por morte violenta, não se realiza o atestado de óbito pelo médico. O cadáver deve ser encaminhado ao IML para que se possa confeccionar a declaração de óbito Categoria: SCOL Subcategoria: Preenchimento de atestado de óbito Nível de dificuldade: Fácil

59. Após ter sido atendido anteriormente pelo seu colega, por estar urinando vermelho, Sr.Adenilson, 60 anos de idade, hipertenso, diabético, dislipidêmico e fazendo uso de sinvastatina, enalapril e metformina, retorna com os exames solicitados para que você o reavalie. Analisando os exames você identifica:

Hemácias=5.100.000; hemoglobina=14g/dL; hematócrito=43%; Leucócitos=8.500 sem alterações na contagem diferencial celular. EAS: pH ácido, sem proteínas e glicose, nitrito ausente; sobrenadante avermelhado após a centrifugação de urina. Qual seria sua conduta mais adequada

(A) Solicitar ultrassonografia de vias urinária

(B) Solicitar PSA (C) Solicitar tomografia de loja renal

(D) Solicitar proteinúria de 24 horas e clearance de creatinina

(E) Solicitar dosagem de CPK

INTENÇÂO: Perceber se o estudante é capaz de: Diferenciar urina vermelha e correlacionar com a situação apresentada Interpretar hemograma e correlacionar com a situação apresentada Interpretar EAS e correlacionar com a situação apresentada Conhecer as causas de urina vermelha e correlacionar com a situação apresentada Conhecer a importância de perguntar ao paciente sobre suas medicações e correlacionar com a situação apresentada JUSTIFICATIVA: Quando o sobrenadante da urina fica vermelho após a sua centrifugação, exclui-se hematúria. Há a possibilidade de mioglobinúria, hemoglobinúria e uso de corantes. Neste caso

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não há anemia, o que podemos excluir hemoglobinúria. Na lista de medicamentos Sr. Adenilson faz uso de sinvastatina, a qual pode levar a rabdomiólise e conseqüente mioglobinúria. Categoria: Clínica médica Subcategoria: Urina vermelha Nível de dificuldade: difícil Bibliografia: FAUCI, Anthony S. (Ed.) Harrison – Medicina Interna. 17.ed. New York: McGraw-Hill, 2013

60. Você observa no negatoscópio uma radiografia simples de abdômen (Figura 15), que está sendo alvo de uma discussão entre seus colegas e o staff do serviço de cirurgia geral, Dr.Madureira, sobre a conduta a ser tomada neste caso. Trata-se de um paciente com 20 anos de idade, está sendo acompanhado pela clínica médica por hipertensão severa e refratária, além de glicemia de jejum aumentada e fadiga. Interna por apresentar vômito, dor abdominal difusa e parada de eliminação de fezes.

Figura 15

Dr. Madureira, após longa discussão, solicita que você opine sobre a conduta mais adequada a ser tomada. O que você responde?

(A) Instalar cateter nasogátrico e solicitar tomografia de abdômen

(B) Instalar cateter nasogástrico e realizar reposição de gluconato de cálcio e cloreto de potássio

(C) Instalar cateter nasogátrico e realizar reposição calêmica

(D) Instalar cateter nasogástrico e realizar laparotomia exploradora de emergência

(E) Instalar cateter nasogástrico e iniciar drogas procinéticas

INTENÇÂO: Perceber se o estudante é capaz de: Identificar distensão de íleo na radiografia simples de abdômen Reconhecer hipertensão arterial secundária e correlacionar com a situação apresentada Conhecer as causas de HAS secundária e correlacionar com a situação apresentada Conhecer o quando clínico do hiperaldosteronismo e correlacionar com a situação apresentada Diferenciar obstrução intestinal e correlacionar com a situação apresentada

Conhecer as causas de íleo metabólico e correlacionar com a situação apresentada Conhecer a melhor conduta inicial frente a um paciente com íleo metabólico JUSTIFICATIVA: Trata-se de um paciente portador de hipertensão arterial secundária (jovem, HAS severa e refratária ao tratamento. A causa suspeita da HAS secundária é de hiperaldosteronismo. As justificativas são: Paciente apresentando hiperglicemia. No hiperaldosteronismo há depleção de potássio devido a ação da aldosterona nos túbulos renais. Esta depleção leva a uma diminuição na liberação de insulina pelas células beta pancreáticas, levando, assim um mimetismo do diabetes. A hipocalemia também explica o quadro de obstrução intestinal. Trata-se de íleo metabólico e seu tratamento se baseia na introdução de CNG para diminuir a distensão, aliviando o sintomas e também na reposição calêmica Categoria: Cirurgia geral Subcategoria: Obstrução intestinal Nível de dificuldade: DIFÍCIL Bibliografia: OWNSEND, Courtney; MATTOX, Kenneth; BEAUCHAMP, Daniel. Sabiston – Tratado de Cirurgia. 18ª. Ed. São Paulo: Elsevier.

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QUESTIONÁRIO DE PERCEPÇÃO DO TESTE DE PROGRESSO

As próximas questões visam levantar sua opinião sobre a qualidade e a adequação da prova que você acabou de realizar. Marque estas alternativas normalmente no gabarito de respostas. Agradecemos sua colaboração. 61. Os enunciados das questões estavam claros e objetivos?

(A) Sim, todos.

(B) Sim, a maioria. (C) Apenas cerca da metade.

(D) Poucos.

(E) Não, nenhum

62. Qual o grau de dificuldade percebido por você nas 10 primeiras questões de Conhecimento Geral?

(A) Muito fácil. (B) Fácil.

(C) Médio.

(D) Difícil.

(E) Muito difícil.

63. Qual o grau de dificuldade percebido por você nas demais questões de Conhecimento Específico?

(A) Muito fácil.

(B) Fácil.

(C) Médio.

(D) Difícil.

(E) Muito difícil.

64. Considerando a extensão da prova, em relação ao tempo total, você considera que a prova foi

(A) Muito longa.

(B) Longa.

(C) Adequada.

(D) Curta. (E) Muito curta.

65. As informações/Instruções das questões foram suficientes para resolvê-las:

(A) Sim, até excessivas.

(B) Sim, em todas elas. (C) Sim, na maioria delas.

(D) Sim, somente em algumas.

(E) Não, em nenhuma delas

QUESTÃO 7 66. Você se deparou com alguma dificuldade em responder à prova. Qual?

(A) Desconhecimento do conteúdo

(B) Forma diferente de abordagem do conteúdo.

(C) Espaço insuficiente para anotações pertinentes e desenvolvimento de cálculos

(D) Falta de motivação para fazer a prova.

(E) Não tive qualquer tipo de dificuldade para responder à prova

67. Considerando o conteúdo abordado nas questões da prova, você percebeu que

(A) Não estudou ainda a maioria desses conteúdos.

(B) Estudou alguns desses conteúdos, mas não os aprendeu.

(C) Estudou a maioria desses conteúdos, mas não os aprendeu.

(D) Estudou e aprendeu muitos desses conteúdos. (E) Estudou e aprendeu todos esses conteúdos.

68. A principal motivação para fazer o Teste de Progresso foi?

(A) Saber que este modelo de avaliação não promove punição ou premiação

(B) Identificar fragilidades na minha formação profissional para poder corrigi-las

(C) Contribuir para melhorar o currículo do meu curso

(D) Melhorar minha capacidade em resolver provas similares

(E) Fiz apenas para receber a presença do dia

69. Considerando sua auto-avaliação em relação aos Testes de Progresso já realizados:

(A) Esta é a primeira vez que faço o Teste de Progresso

(B) Me senti capaz de perceber progressos a cada ano realizado

(C) Meu desempenho não tem se alterado em cada teste

(D) Apresentei declínio em relação ao último teste

(E) Não considero importante a auto-avaliação pelo Teste de Progresso

70. Sobre os resultados dos Testes de Progresso anteriores:

(A) Esta é a primeira vez que faço o Teste de Progresso

(B) Recebi o resultado impresso, entregue pela coordenação do meu curso

(C) Retirei o resultado diretamente do site institucional (D) Não tive interesse em verificar o meu resultado

(E) Não sabia que o resultado do teste era divulgado