TRABALHO SOBRE EXTENSÃO RURAL

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  • 8/2/2019 TRABALHO SOBRE EXTENSO RURAL

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    Introduo

    A extenso rural no Brasil iniciou-se por base de 1960 sendo implantado pelaao conjunta e organizada pelo trip (ensino, pesquisa e extenso). Os responsveis

    pela introduo dos pacotes tecnolgicos voltados para a utilizao intensiva de

    insumos e mquinas, com o objetivo do aumento da produtividade, foram: As

    universidades, rgos de pesquisa e de extenso rural. Esses servios vm sendo

    prestados por tcnicos que geralmente introduzem novas tcnicas, ou formulas prontas

    para serem trabalhadas pelos agricultores, com o intuito de resolver problemas prticos

    da propriedade rural, os agricultores, com o intuito de resolver problemas prticos da

    propriedade rural, os agricultores tornam-se agentes passivos durante o processo de

    assistncia tcnica.

    A extenso rural no Brasil nasceu com forte influncia norte-americana e

    visava superar o atraso na agricultura. Tendo a necessidade de adquirir equipamentos e

    insumos industrializados necessrios modernizao de sua atividade agropecuria,

    com isso ele passaria do atraso para a modernidade. O modelo serviria para que o

    homem rural entrasse na dinmica da sociedade de mercado, produzindo mais, com

    melhor qualidade e maior rendimento. Sendo que as atividades rurais sero realizadas

    com uma enorme diversidade no entorno natural.

    A difuso de inovaes tecnolgicas e sua aprendizagem pelo homem do

    campo e o uso da comunicao escrita, visual e audiovisual mostra como transmitir uma

    mensagem para que ela tenha o efeito desejado no meio rural, trazendo a preocupao

    do perfil profissional de quem as implementa, enquanto agente animador do processo

    agentes de mudana, gestor de mudana, educador agrcola, mediador tornando-se

    evidente que o projeto formativo requerido no pode ser reduzido a uma mera

    capacitao tcnica e sim a um amplo fator de informaes sociais para os produtores

    rurais. A partir do princpio fundamental da extenso (educao) e das categorias

    abordadas por FREIRE (1982), recoloca-se a funo poltica da educao e o papel

    simultneo de competncia tcnica e compromisso poltico do educador, cuja ao deve

    ser fundamentalmente tica, no respeito ao educando, que tambm educador, e na

    coerncia de sua ao.

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    Extenso Rural no Brasil

    A extenso rural no Brasil nasceu sob o comando do capital, com forte

    influncia norte-americana e visava superar o atraso na agricultura. Para tanto, havia a

    necessidade de educar o povo rural, para que ele passasse a adquirir equipamentos e

    insumos industrializados necessrios modernizao de sua atividade agropecuria,

    com isso ele passaria do atraso para a modernidade. O modelo serviria para que o

    homem rural entrasse na dinmica da sociedade de mercado, produzindo mais, com

    melhor qualidade e maior rendimento.

    Um modelo tecnicista, isto , com estratgias de desenvolvimento e

    interveno que levam em conta apenas os aspectos tcnicos da produo, sem observar

    as questes culturais, sociais ou ambientais. Com razes difusionistas, pois visa

    apenas divulgar, impor ou estender um conceito, sem levar em conta as experincias e

    os objetivos das pessoas atendidas.

    No Brasil importante analisarmos a realidade do pas e considerarmos o

    problema social que defrontamos com nmero considervel de brasileiros que no tem

    acesso aos fatores bsicos da cidadania: alimentao, educao, sade, emprego, e

    sustentabilidade.

    O servio de assistncia tcnica e extenso rural focalizou sua ateno na

    importncia da adoo de novas tecnologias agropecurias pelo produtor, procedimento

    que era considerado uma alternativa para o desenvolvimento do meio rural. O conceito

    de desenvolvimento do servio de assistncia tcnica e extenso rural eram o aumento

    da produo e da produtividade entendida como quantidade fsica produzida em relao

    rea fsica trabalhada.

    A primeira fase, chamada humanismo assistencialista, prevaleceu desde

    1948 at o incio da dcada de 1960, nela os objetivos do extensionista era o de

    aumentar a produtividade agrcola e, consequentemente, melhorar o bem estar das

    famlias rurais com aumento da renda e diminuio da mo-de-obra necessria para

    produzir. Os mtodos dos extensionistas nessa poca eram marcados por aes

    paternalistas. Isto , no problematizavam com os agricultores, apenas procuravam

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    induzir mudanas de comportamento por meio de metodologias preestabelecidas, as

    quais no favoreciam o florescimento da conscincia crtica nos indivduos.

    A segunda fase, que orientou as aes dos extensionistas no perodo de

    abundncia de crdito agrcola subsidiado (1964 a 1980), era chamada de difusionismo

    produtivista, baseando-se na aquisio por parte dos produtores, de um pacote

    tecnolgico modernizante, com uso intensivo de capital (mquinas e insumos

    industrializados).

    Neste perodo surgiu a Empresa Brasileira de Assistncia Tcnica e Extenso

    Rural (EMBRATER) e houve grande expanso do servio de extenso rural no pas.

    Para se ter uma ideia, em 1960 apenas 10% dos municpios no Brasil contavam comesse servio e em 1980 a extenso rural chegou a 77,7%. Entretanto, como o papel dos

    extensionistas era condicionado pela existncia do crdito agrcola, os pequenos

    agricultores familiares que no tiveram acesso ao crdito tambm ficaram margem do

    servio de extenso rural.

    Do incio dos anos 1980 at os dias atuais, devido principalmente ao trmino

    do crdito agrcola subsidiado, iniciou-se no pas uma nova proposta de extenso rural,

    que preconizava a construo de uma conscincia crtica nos extensionistas. O

    planejamento participativo era um instrumento de ligao entre os assessores e os

    produtores, com bases na pedagogia da libertao desenvolvida por Paulo Freire. Essa

    fase foi chamada de humanismo crtico.

    Seus defensores afirmam que as metodologias de interveno rural devem

    pautar-se por princpios participativos, que levem em conta os aspectos culturais do

    pblico alvo. A grande diferena de orientao entre as metodologias de extenso na erado difusionismo produtivista e da era do humanismo crtico a questo da

    participao ativa dos agricultores.

    Porm, apesar de haver uma orientao para seguir princpios participativos, a

    maioria das empresas de ATER continua com a mesma orientao bsica: incluir o

    pequeno agricultor familiar na lgica do mercado, torn-lo cada vez mais dependente

    dos insumos industrializados, subordinando-o ao capital industrial.

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    O desafio dos rgos de pesquisa, universidades e movimentos sociais o de

    criar estratgias para colocar em prtica metodologias participativas de ATER, que

    incluam os agricultores familiares desde a concepo at a aplicao das tecnologias,

    transformando-os em agentes no processo, valorizando seus conhecimentos e

    respeitando seus anseios.

    A Embrapa Pantanal vem conduzindo atividades de pesquisa e transferncia de

    tecnologia utilizando metodologias dialgicas, que valorizam a experincia e respeitam

    os objetivos do produtor rural, promovendo a soma de conhecimentos pesquisador-

    agricultor, so estimulados o trabalho em grupo e o associativismo para, dessa forma,

    potencializar o processo participativo.

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    Referncias Bibliogrficas

    FREIRE, P. extenso ou comunicao? . Paz e Terra. 6 edio. Rio deJaneiro, 1982.