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Quarta-feira 22 Junho 2011 Lisboa Santos City Design é a nova aposta da Edifer Imobiliária Turismo residencial procura recuperar dinamismo perdido Compradores estão a regressar e ajustamento dos preços foi “menos significativo” em Portugal. Entrevista a José Serra, responsável por nova marca a apostar neste sector Página 4

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Quarta-feira22 Junho 2011

Lisboa Santos City Design é a nova aposta da Edifer Imobiliária

Turismo residencial procura recuperar dinamismo perdidoCompradores estão a regressar e ajustamento dos preços foi “menos significativo” em Portugal. Entrevista a José Serra, responsável por nova marca a apostar neste sector Página 4

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2 • Público Imobiliário • Quarta-feira 22 Junho 2011

Opinião

A tributação também deve ser justa e amigável

Luís Lima

De acordo com a lei, o pagamento em sede de tribu-tação imobiliária é feito em função do maior valor. Se o maior valor for o valor patrimonial tributário, é sobre esse valor sobre o qual incidem os impos-

tos, como o IMT ou as mais valias. A lei protege os interes-ses do Estado, sem prejudicar os cidadãos, salvo quando o valor o valor patrimonial tributário é superior ao valor da transacção.

Em situações normais de mercado, esta situação dificilmente aconteceria, mas no actual contexto há casos em que se verifica o contrário, isto é, que o valor da transacção é inferior ao valor patrimonial tributário. Situação clássica de quem, com a corda no pescoço, vende ao desbarato, por estar aflito ou por precisar, com urgência, de transformar um bem em dinheiro.

Embora Portugal não tenha conhecido uma bolha imobiliária especulativa semelhante à que marcou outros mercados, como o dos Estados Unidos da América ou, mais próximo, o da Espanha, verificam-se algumas situações de desvalorização artificial e gratuita do património imobiliário que podem levar à ocorrência da injustiça fiscal, que resulta de pagar impostos sobre valores que não se receberam.

Reflectindo um pouco mais sobre o espírito da lei, que refere expressamente que o pagamento em sede de tributação imobiliária seja feito em função do maior valor e não em função do valor real da transacção, como seria mais rigoroso, somos tentados a pensar que o legislador jamais pensou que pudessem ocorrer situações de transacções imobiliárias a preços inferior ao do valor tributário.

Não sendo admissível (embora pudesse ser compreensível) que esta norma legal incorporasse, subjectivamente, a ideia de que os contribuintes possam

visando assegurar a simplificação, a responsabilização e a transparência no mercado de obras públicas. Todavia, passados quase três anos após a sua entrada em vigor, já demonstrou a sua desadequação. De facto, a experiência acumulada ao longo deste período, permite-nos concluir que a lei ignora a realidade dos seus destinatários, não dá resposta às necessidades do universo empresarial a que se dirige, antes contribuindo para o seu enfraquecimento, ou seja, que, em suma, não atingiu os objectivos que se propunha alcançar.

A ausência de regras eficazes para prevenir os preços anormalmente baixos, uma prática que se tem vindo a ge-neralizar de forma preocupante nos últimos tempos e que é reflexo das graves dificuldades que as empresas enfren-tam, o regime dos erros e omissões, a definição do preço base, os limites impostos à execução de trabalhos a mais, a amplitude permitida na utilização do ajuste directo, a pos-sibilidade de estipulação de critérios desproporcionados nos concursos limitados com prévia qualificação, as regras relativas ao funcionamento das plataformas electrónicas, a inexistência de uma tentativa de conciliação extrajudicial, prévia ao recurso aos tribunais, o actual regime de libe-ração das cauções e garantias prestadas, neste momento mais agravado em face das dificuldades na sua obtenção

Este é o momento para rever o código dos contratos públicos

A actividade das empresas do sector deve desenvol-ver-se em condições, se não iguais, pelo menos semelhantes às das suas congéneres europeias. Por isso, considero que as iniciativas legislativas

assumem uma dupla importância. Se o seu primeiro ob-jectivo é regular, tal não pode ser feito de modo a impedir o funcionamento de uma concorrência sã no mercado global, potenciando a competitividade dos agentes eco-nómicos.

Os últimos anos trouxeram alterações profundas ao qua-dro legal do sector, algumas delas em áreas fundamentais para a actividade das nossas empresas. Foi o que sucedeu no licenciamento municipal, na reabilitação urbana, no arrendamento, na contratação pública e, ainda na semana passada, no ingresso e permanência na actividade, com a lei dos alvarás.

Desde 2008, tivemos de nos adaptar a novas regras e procedimentos, os quais, marcando nalguns casos autênti-cas rupturas com práticas há muito instituídas e testadas, têm sido geradores de inúmeras dificuldades e distorções, fruto da sua desadequação em face da realidade que de-verão ter por objecto.

Um dos exemplos mais paradigmáticos é o Código dos Contratos Públicos. Este diploma foi apresentado como

junto da Banca, são algumas das soluções que terão de ser repensadas com urgência, pois esta lei, sobretudo ao nível das empreitadas, introduziu, desnecessariamente, mecanismos desajustados do mercado, abriu as portas à discricionariedade, potenciou desequilíbrios e gerou litigiosidade acrescida entre donos de obras e empresas de construção.

E se, até agora, estávamos dependentes da vontade política para o fazer, neste momento estamos obrigados a alterar o Código dos Contratos Públicos. De facto, um dos aspectos sobre o qual incidiu a atenção da Troika foi o regime de contratação pública português que, aliás, mo-tivou a inclusão de diversas medidas sobre esta matéria no Memorando de Entendimento.

Sublinho, por isso que não podemos perder esta opor-tunidade. É tempo de converter este diploma num verda-deiro instrumento em prol da transparência do mercado, da simplificação e da responsabilização, contribuindo, não só para uma mais eficiente e rigorosa gestão dos di-nheiros públicos, mas, em especial, para a salvaguarda da sã concorrência e da competitividade de um sector que é essencial para combater a crise, fazer crescer o emprego e promover o desenvolvimento do País.Presidente da AICCOPN

tributação sobre o património imobiliário é uma dessas situações. Como também o são os casos dos promotores imobiliários que adquiriram terrenos com vista à construção de imóveis num contexto que se alterou radicalmente, e que são forçados a alterar os projectos urbanísticos, pagando novas taxas municipais e duplicando as que já pagaram para o projecto que têm de alterar.

Tudo isto deve ser revisto para que, às vicissitudes das crises não se somem as vicissitudes de situações claramente desfasadas mas que ninguém quer alterar na ilusão de que possam interessar a alguns. O que se ganhará rapidamente se perde no acréscimo de desconfiança que se instala junto dos contribuintes, dos consumidores, dos cidadãos.Presidente da APEMIP, [email protected]

ser tentados a mentir para fugir ao fisco, será mais transparente e mais justo que a legislação em causa possa ser melhorada no sentido de evitar situações que, sendo excepcionais, não deixam de ser profundamente lesivas de quem as suporta.

A desvalorização artificial e gratuita do património imobiliário não

está, nem deve estar, na ordem do dia. Não me canso de o dizer, alertando para a tentação de colocar produto imobiliário no mercado a preços tão

“excepcionais” que chegam a ser abaixo do custo. Uma tal prática – sublinho sempre - nem chega a atingir os objectivos pretendidos, que serão, na maioria dos casos, esgotar stock imobiliário não desejado.

Temos de reconhecer que situações excepcionais justificam soluções excepcionais. Este exemplo da

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Reis Campos

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N E W S L E T T E R I M O B I L I Á R I A I B É R I C A

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Mercado Residencial na AM LisboaVendas de usados 30% abaixo do preço médio dos novos, segundo

Arrendamento HabitacionalRendas em Lisboa perdem mais 0,4% no 3º trimestre, acumulando

uma descida anual de 1,0%.

Mercado de RetalhoArtigo da Jones Lang laSalle, sobre as perspectivas e tendências

no mercado de retalho para o ano 2020.

Projectos em CarteiraOs projectos residenciais em carteira superam os 10 mil fogos

na AM Lisboa, segundo dados Ci/ADENE.

Tendências e Parcerias Retalho nos centros urbanos e a recuperação económica, em artigo

do Urban Land Institute.

Mercado AngolanoOportunidades e riscos do investimento em Angola, por Patrícia Viana

e Berta Grilo da Abreu Advogados.

Ricardo Guimarães | Novembro 2010 · Desde 1988

Índice Ci acumula duas quedas consecutivasApós desvalorizar em Setembro, registaram-se perdas de 0,7% nos novos e de 0,1% nos usados.

N E W S L E T T E R I M O B I L I Á R I A I B É R I C A

243538

Mercado Residencial na AM LisboaVendas de usados 30% abaixo do preço médio dos novos, segundo

Arrendamento HabitacionalRendas em Lisboa perdem mais 0,4% no 3º trimestre, acumulando

uma descida anual de 1,0%.

Mercado de RetalhoArtigo da Jones Lang laSalle, sobre as perspectivas e tendências

no mercado de retalho para o ano 2020.

Projectos em CarteiraOs projectos residenciais em carteira superam os 10 mil fogos

na AM Lisboa, segundo dados Ci/ADENE.

Tendências e Parcerias Retalho nos centros urbanos e a recuperação económica, em artigo

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Mercado AngolanoOportunidades e riscos do investimento em Angola, por Patrícia Viana

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Ricardo Guimarães | Novembro 2010 · Desde 1988

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N E W S L E T T E R I M O B I L I Á R I A I B É R I C A

— Índice Confidencial Imobiliário (2005=100) — Taxa de Variação Homóloga

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071519243538

Mercado Residencial na AM LisboaVendas de usados 30% abaixo do preço médio dos novos, segundo a base de dados do SIR.

Arrendamento HabitacionalRendas em Lisboa perdem mais 0,4% no 3º trimestre, acumulando uma descida anual de 1,0%.

Mercado de RetalhoArtigo da Jones Lang laSalle, sobre as perspectivas e tendências no mercado de retalho para o ano 2020.

Projectos em CarteiraOs projectos residenciais em carteira superam os 10 mil fogos na AM Lisboa, segundo dados Ci/ADENE.

Tendências e Parcerias Retalho nos centros urbanos e a recuperação económica, em artigo do Urban Land Institute.

Mercado AngolanoOportunidades e riscos do investimento em Angola, por Patrícia Viana e Berta Grilo da Abreu Advogados.

Director Ricardo Guimarães | Novembro 2010 · Desde 1988

Índice Ci acumula duas quedas consecutivasApós desvalorizar em Setembro, registaram-se perdas de 0,7% nos novos e de 0,1% nos usados.

J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O

20062007

20082009

2010

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Público Imobiliário • Quarta-feira 22 Junho 2011 • 3

Mercados

de entidades que formam a denomi-nada pool SIR.

Vendas na AM LisboaAs empresas da pool SIR reportaram, em 2010, um total de 4.000 vendas na AM Lisboa, sendo que a maioria se refere a fogos em estado usado, nome-adamente 59%. As vendas relativas a fogos em estado novo não só apresen-taram uma menor quota, como perde-rem peso face ao volume observado em 2009, ano em que representaram 45% do total de vendas.

Quanto ao preço pelo qual se efe-tuaram as vendas, em 2010, quer os fogos novos quer os usados foram transacionados abaixo do registado em 2009: o preço médio registado para os novos em 2010 foi de 1.752 €/m2 e para os usados de 1.371 €/m2, 1% e 2% abaixo do verificado em 2009, respetivamente.

Taxas de DescontoAs taxas de desconto, que resultam da comparação entre o preço final de venda com o último valor de oferta no mercado, registaram um agrava-mento ao longo do ano de 2010, atin-gindo -5.0% no 4o trimestre de 2010. No mercado de alojamentos novos a taxa de desconto passou de -3,3%, no

A base de dados SIR - Sistema de Informação Residencial para a Área Metropolitana de Lisboa (AM Lisboa) re-ferente a 2010, registou mais de 80.000 fogos em oferta que se repartiam entre habitações novas e usadas. Para os fo-gos em estado novo o valor médio de oferta, em 2010, cifrava-se em 1.947 €/ m2. Já para os usados, que concentra-vam a maioria da oferta, o valor médio de oferta ascendeu a 1.587 €/m2.

A base de dados SIR agrega infor-mação relativa às carteiras de fogos em oferta para venda bem como às transações realizadas por um conjunto

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SIR para AM LISBOA: Taxas de desconto excedem os 5 por cento

1.º trimestre de 2010, para -5,2% no 4o trimestre de 2010. No segmento dos usados verificou-se um compor-tamento idêntico com a taxa de des-conto a cair de -3,9% para -5,6% no mesmo período.

Na AM Lisboa, no final de 2010, os descontos mais elevados, acima da média metropolitana (-5,0%), encon-travam-se em Lisboa, Cascais e Oeiras. Ainda de destacar Sesimbra que no 4º trimestre de 2010 apresentava a taxa de desconto mais elevada da região metropolitana: -6,5%.

Revisão de Tabelas de PreçosÀ semelhança do ocorrido em termos de taxas de desconto, também ao lon-go de 2010 se observou uma tendência de agravamento na revisão de tabelas de preços. No segmento dos fogos no-vos a quebra mostrou-se mais acentu-ada, com a taxa de revisão a cair 2,7 p.p. do 1º trimestre para o 4º trimestre de 2010, passando de -2,1% para -4,8%. Os fogos usados, apesar de apresenta-rem taxas de revisão acima de -5,0%, ao longo de 2010 observaram uma di-minuição de apenas 0,3 p.p.. No caso dos usados, no 4º trimestre do ano a taxa média de revisão de tabelas foi de -5,6%.

Conferência | 5ª Edição

Desafios e Oportunidades

Turismo Residencial8 Julho 2011 · 14h30Centro de Eventos Aqualuz Tróiatroiaresort

Inscreva-se até 27 de Junho

e beneficie de 25% de descontovvvvvvaaaaaa---ssssseeee aaaaaaattttttttttttttéééééééééééééé 222222222222222277777777777 ddddddddeeeeee JJJJJJJJuuuuuuuuuuuuuuuunnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhooooooooooooooooooooo

dd 222255555555%%%%%%%% ddddddeeee dddddddeeeeeeeesssssssssssscccccccccccoooooooooooonnnnnnnnnnnttttttoooooo

Save the date8 Julho 2011

14h30 REGISTO DE PARTICIPANTES E WELLCOME DRINK

14h50 BOAS VINDAS António Gil Machado, Director da Vida Imobiliária e Administrador da Viva In Portugal 15h00 PAINEL 1 MERCADO DE TURISMO RESIDENCIAL EM PORTUGAL — STATE OF THE ART Intervenções: 15h00 A Oferta — Novas formas de Organização Diogo Gaspar Ferreira, Presidente, Associação Portuguesa de Resorts

15h30 O Mercado de Turismo Residencial em Portugal Eduardo Abreu, Sócio, neoturis

16H00 O Financiamento à promoção de Imobiliário Turístico Orador a anunciar 16H30 PAUSA

17h00 PAINEL 2 NOVAS VIAS, VISÕES E CONTRIBUTOS PARA FAZER CRESCER E DINAMIZAR O TURISMO RESIDENCIAL PORTUGUÊS

Mesa de Debate: Moderação: Pedro Seabra, Presidente, CB Richard Ellis Composição Mesa: João Carvalho das Neves, Economista e Professor Catedrático, ISEG; Teresa Ferreira, Directora Dep. Produtos e Destinos, Turismo de Portugal; Ricardo Diniz, Presidente, Portugal Ocean Race; Rui D’Ávila, Administrador, Sonae Turismo

Nota: A Mesa de debate poderá ser alterada até à hora do evento, contando com

novos intervenientes.

18h00 ENCERRAMENTO Convite ao Secretário de Estado do Turismo

MED

IA P

ART

NER

S

PATR

OCI

NA

DO

RES

Tabela de Preços

Assinantes Vida Imobiliária 180€Assinante VI – inscrição antecipada 135€Outros Participantes / Não Assinantes 230€Não Assinante – inscrição antecipada 172,50€

MAIS INFORMAÇÕES:

Paula Moreira, 223 399 490 ou [email protected]

INTELIGÊNCIA DE IMOBILIÁRIOINFORMAÇÃO SOBRE INVESTIMENTO E VENDAS, PARA PROFISSIONAIS

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Empreendimento4 • Público Imobiliário • Quarta-feira 22 Junho 2011

PÚBLICO Imobiliário – Porque é que a Fine & Country Western resolveu apostar em Portugal e mais precisamente no Algarve? José Serra – Portugal dispõe, no Algarve e noutras regiões, de um conjunto significativo de resorts e projectos imobiliários de grande qualidade que se enquadram no tipo de produto que o perfil de clientes da Fine & Country procura. Por outro lado, a marca dispõe de uma rede alargada de escritórios com uma presença relevante em mercados estratégicos para Portugal. Pensamos que temos condições únicas para fazer a ligação entre a oferta e a procura.A entrada em Portugal, num momento de extrema fragilidade económica e financeira do país, pode representar um risco? Quando iniciámos o projecto em Portugal já eram evidentes estes sinais e estamos conscientes das dificuldades, contudo pensamos que após um período de alguma estabilização os compradores manterão o seu nível de confiança relativamente a este mercado e à segurança dos seus investimentos. O turismo residencial será a área de negócio em destaque na vossa actividade. Quais são as expectativas relativamente a um segmento de mercado que tem sofrido imenso com a crise internacional? Existem alguns sinais positivos vindos de mercados importantes para Portugal que indicam que os compradores estão a regressar, ainda não ao ritmo ambicionado mas indiciando uma retoma de interesse sério pelos projectos nacionais. Vários promotores nacionais têm-se queixado das dificuldades de comercialização dos seus empreendimentos tanto em Portugal como no estrangeiro. Que mais-valias pode a vossa empresa oferecer a estas empresas? A Fine & Country dispõe actualmente de uma rede com mais de 300 escritórios que aumenta a cada dia com a abertura a novos mercados, permitindo-nos chegar, de forma directa e privilegiada, junto destes clientes. Por outro lado, a marca tem investido de forma significativa no desenvolvimento de ferramentas de marketing e canais de comunicação com o mercado que lhe permitem apresentar de modo apelativo e bem direccionado os projectos que representa.

Rui Pedro Lopes

Pedro Farinha

José Serra, marketing manager da Fine & Country, falou da entrada da empresa em Portugal e dos objectivos já estipulados para o nosso país

A Sonae Sierra e a MAB Development estabeleceram uma joint-venture pa-ra o desenvolvimento do projecto de um centro comercial na cidade alemã de Solingen. Este novo empreendi-mento, cuja construção arranca du-rante o Verão, ficará instalado no antigo edifício Karstadt, que aque-las duas empresas adquiriram à HLG/Movesta.

“O novo centro comercial, actu-almente conhecido como projecto Hofgarten, está localizado no coração da cidade, na antiga zona de Karstadt, onde está planeada a construção de um centro comercial de três pisos num terreno de 13.000 m2. A parte subterrânea da construção existente será alargada para além da área do edifício principal estendendo-se até à zona da estação de autocarros que se situa em frente ao futuro centro comercial. A abertura está prevista para o final de 2013/início de 2014”, indica um comunicado enviado à im-prensa.

Representando um investimento aproximado de 120 milhões de euros, este novo centro comercial disporá de uma Área Bruta Locável (ABL) de 28.000 m2 e reunirá “uma oferta co-mercial de alta qualidade com lojas de reconhecidas marcas nacionais e internacionais, assim como insígnias locais. Contemplará, ainda, amplas áreas destinadas à restauração e serviços”, acrescenta o mesmo do-cumento, que informa ainda que os visitantes terão ao seu dispor um par-que de estacionamento subterrâneo com mais de 600 lugares, acesso a uma central de autocarros e a uma zona pedonal.

Para Fernando Guedes de Oliveira, CEO da Sonae Sierra, “a cidade de Solingen representa uma grande oportunidade para o renascimento de um moderno e sustentável destino de compras e de lazer que permitirá a revitalização de uma parte considerá-vel da Baixa da cidade. Em conjunto com o nosso parceiro, procuramos avançar para as mais inovadoras soluções de comércio e lazer tendo em consideração as necessidades am-bientais e sociais dos habitantes de Solingen. Este projecto irá represen-tar outro importante passo em frente no nosso compromisso de desenvol-vermos produtos de alta qualidade para o mercado alemão”.

“Estamos satisfeitos em desenvol-ver com o projecto de Solingen mais um empreendimento para o merca-do alemão, que consideramos impor-tante”, sublinhou Jan G.F. Eijkemans, director de Negócios Internacionais do Grupo MAB Development, frisan-do que “a nossa ambição é utilizar o potencial desta localização urbana e criar um espaço onde as pessoas gostem de estar”.

“Temos condições únicas para fazer a ligação entre a oferta e a procura”

Sonae Sierra desenvolve centro comercial na Alemanha

Como é que se consegue obter sucesso na comercialização de projectos de turismo residencial, numa altura em que os bancos estão a apertar as condições para a concessão de crédito? Tem que existir uma boa formatação da oferta relativamente a cada projecto, identificando bem quais os targets com maior potencial e com capacidade própria de investimento ou que reúnem condições de recurso ao crédito que se enquadrem nos actuais critérios impostos pelas entidades financeiras. É aqui que o profundo conhecimento que os escritórios da Fine & Country da comunidade onde se inserem é uma mais-valia poderosa.Que projectos fazem já parte da carteira de comercialização da Fine & Country Western Algarve?Neste momento, dispomos já de uma carteira muito interessante quer em número e qualidade dos projectos, quer em termos da diversidade de localizações, tipologias, componentes de lifestyle e investimento. Martinhal, Alma Verde, Marina de Lagos, Pestana Resorts, Longevity e Castro Marim Golfe são alguns dos projectos que nos confiaram a sua representação. A aposta está apenas concentrada no Algarve ou estão a olhar para outras regiões do país?A estratégia da Fine & Country é trabalhar os melhores projectos a

nível nacional independentemente da sua localização. O Algarve foi o ponto de arranque por razões que se prendem com a tradição como destino e oferta de projectos, contudo estamos já a trabalhar com projectos noutras localizações, como por exemplo Óbidos, onde estabelecemos já acordos com o Royal Óbidos e o Bom Sucesso, existindo negociações com promotores com projectos nestas e noutras regiões. Que tipo de objectivos estabeleceram para este primeiro ano de actividade em Portugal?É um ano fundamentalmente para consolidação da marca a nível nacional, fortalecer a estrutura de distribuição/promoção ao longo de toda a rede, reforçando também a visibilidade dos projectos nacionais junto destes mercados. Este trabalho resultará naturalmente na concretização de um número interessante de transacções.A Fine & Country Western Algarve já anunciou que pretende desenvolver, em conjunto com a Prime Yeld, um relatório anual sobre a performance do mercado do turismo residencial de luxo. O que poderemos esperar deste documento?

Os mercados tradicionais que compravam em Portugal, designadamente a Espanha e a Irlanda, estão a atravessar uma profunda crise. A solução poderá ser ir à procura de novos mercados para os resorts portugueses? E que mercados poderão ser esses? O Reino Unido continua a ser um mercado fundamental e onde se começa a perceber uma clarificação da situação com um regresso ao mercado, ainda um pouco tímido mas com expectativa de evolução favorável. Naturalmente, existem outros mercados que têm ganho alguma importância, numa escala menor, e nos quais a Fine & Country está já presente ou a preparar a sua entrada. Quais?África do Sul em termos de mercado com ligações importantes relativamente a Portugal por via da extensa comunidade aí instalada há várias décadas; temos também outros mercados mais numa óptica de investidores imobiliários como os Estados Unidos ou o Dubai. Relativamente a mercados de compradores lifestyle, estamos muito atentos, entre outros, à Escandinávia, Rússia e Europa Central.Tem sido voz corrente que boa parte dos resorts nacionais tem vindo a perder alguma valorização, em termos de investimento. É uma análise correcta? Em alguns projectos têm existido ligeiras correcções de valores, naturais em períodos económicos como o que atravessamos, contudo são projectos que pelo seu conceito e qualidade geral estão mais salvaguardados que imóveis fora de ambiente resort ou em segmentos de mercado mais baixos. É também importante salientar que estes ajustamentos foram na generalidade menos significativos que noutros destinos concorrentes com Portugal, o que transmite uma imagem de maior estabilidade nos preços importante para os investidores.

Resorts Portugal transmite “imagem de maior estabilidade”

O objectivo é transmitir ao mercado uma visão global, quantificada e fundamentada, sobre as valorizações nas diversas regiões que o estudo abarca, que auxilie promotores e investidores a posicionarem os seus projectos e investimentos.

“Compradores estão a regressar” a Portugal

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EmpreendimentoPúblico Imobiliário • Quarta-feira 22 Junho 2011 • 5

“O empreendimento posiciona-se no mercado com um factor preço bastante competitivo face aos padrões de oferta na zona envolvente e está dirigido a clientes que procuram uma residên-cia de qualidade no centro de Lisboa, e que dão importância à arquitectu-ra de interiores”. É desta forma que os responsáveis da Edifer Imobiliária apresentam o novo empreendimento Santos City Design, que compreende um investimento de cerca de 17 mi-lhões de euros.

Situado no Largo de Santos, em Lisboa, este projecto é “valorizador do quarteirão e de todo o bairro, en-contrando-se exposto directamente ao Largo de Santos e ao Rio Tejo, o que constitui, actualmente, uma ofer-ta praticamente ímpar na cidade de Lisboa”, pode ler-se num comunicado da Edifer Imobiliária.

Edifer Imobiliária apresenta Santos City Design

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A Cushman & Wakefield (C&W) anun-ciou a transacção de um edifício loca-lizado no número 240 da Avenida da Liberdade, em Lisboa. A consultora imobiliária assessorou a Imocom na colocação deste edifício junto de um investidor privado internacional.

“Este emblemático edifício, que ocupa uma das esquinas com maior visibilidade da Avenida da Liberdade, totaliza uma Área Bruta Locável (ABL) de aproximadamente 3.000m² de construção acima do solo, e será to-talmente reabilitado para escritórios e comércio”, revela um comunicado da C&W.

Segundo Luís Rocha Antunes, di-rector de Investimento da C&W, “este é um projecto que por diversas ra-zões está parado há demasiados anos, com perda de valor para a economia e para a cidade. A sua colocação junto de um investidor internacional é um claro sinal de que, desde que exista realismo na equação económica, há interesse em projectos de reabilitação no centro de Lisboa”.

O Santos City Design, concebido pelo arquitecto Telmo Barata, do gabinete Dinamarq, compreende 31 apartamentos e cinco lojas. No caso dos apartamentos, a Edifer Imobiliária oferece três conceitos distintos: Santos Homes Design, Santos Studios Design e Santos Flats Design.

Assim, o Santos Homes Design disponibiliza 12 apartamentos nas tipologias T2, T4 e T5, além de dois duplex-premium (T4+1 e T6+1). “É a oferta mais tradicional, com exce-lentes áreas e desenhos dos apar-tamentos”, explica a promotora.

Já o Santos Studios Design é com-posto por 15 apartamentos (T0 a T2), “versáteis e alguns com terraço priva-tivo”, informa a Edifer Imobiliária, que não tem dúvidas em afirmar que estas habitações são a “solução ideal para adultos celibatários e jovens famílias que pretendem espaços flexíveis e de design contemporâneo”.

Quanto ao Santos Flats Design, a

EDIFICIO D. JOÃO IIZONA 5: RECINTO DO PARQUE DAS NAÇÕES

Edifício localizado na zona central do Par-que das Nações. Os espaços de escritórios estão em Open Space. Cada espaço pos-sui IS e Copa.

Excelentes acessibilidades e junto ao inter-face da Gare do Oriente e Centro Comer-cial Vasco da Gama.

Características: Pavimento técnico; tectos falsos; climatização; segurança 24h.; Es-tacionamentos.

Caracterização da zona envolvente (a me-nos de 500 metros): Banco; Centro Comer-cial; Polícia; Estação de Metro; Paragem de Autocarro; Cinema; Complexo Desportivo; Creche; Escola Primária; Universidade; Farmácia; Hospital; Ginásio; Parque de Es-tacionamento; Rio; Jardim Público.

Áreas disponíveis: de 192 m² a 488 m²Pisos disponíveis: 1, 2, 3 e 6Data disponibilidade: imediataPreço arrendamento desde: 15,5 €/m²

Tel. 219 327 [email protected]

www.bestplace.com.pt

EDIFICIO D. JOÃO II

Visite www.imometrica.com para saber mais sobre o Lisbon Prime index. Proibida a reprodução.

The World of Property

Desde o inicio de 2011 que os escritórios do

segmento novo têm tido pouca dinâmica,

se contabilizarmos os arrendamentos efetu-

ados até Maio de 2010 apenas se realiza-

ram seis. Destes, três foram concretizados

no Parque das Nações com uma absorção

de 764m². Dois negócios foram efetuados

no CBD de Lisboa, mais concretamente na

Rua Rodrigues Sampaio, com uma área to-

tal absorvida de 1200m². A zona 3 também

registou um negócio, um arrendamento

com cerca de 930m² efetuado no Edifício

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O Ed. MULTITECH está inserido no conjun-��� ���������� ���� ���� ���������� ���Lisboa - LISPOLIS, junto ao INETI na zona do Paço do Lumiar.O edifício é composto por 3 pisos destina-dos a escritórios e uma cave destinada a estacionamento.O átrio de entrada é vazado até à cober-tura, e os dois elevadores que fazem a interligação dos pisos são panorâmicos para o átrio.A área disponível encontra-se ao nível do primeiro piso, com orientação nascente/sul, usufruindo de uma excelente iluminação natural.O Ed. MULTITECH oferece ainda uma grande visibilidade para a Estrada envol-vente de Carnide, com possibilidade de sinalética exterior na fachada principal.O escritório possui uma área em open-spa-ce, e outra com gabinetes. Está equipado com pavimento técnico sobrelevado com caixas equipadas, climatização por zonas e tecto falso com iluminação embutida.De referir também que já possui bastidor e rede estruturada já distribuída.

Áreas disponíveis: de 220 m²Número de estacionamentos: 20Data disponibilidade: imediataPreço arrendamento desde: 2.750 € | 12.5 €/m²

EDIFÍCIO MULTITECH

Tel. 217 999 [email protected]

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ZONA 3: EIXO DA 2ª CIRCULAR AO CAMPO GRANDE, INCLUINDO PRAÇA DE ESPANHA /JOSÉ MALHOA

Inspirado no funcionamento perfeito da na-tureza, este projecto apresenta caracterís-ticas bioclimáticas e sistemas sustentáveis únicos no mercado de escritórios.As duas torres têm, entre outras particula-ridades, a capacidade de captar e armaze-nar águas pluviais e de aproveitar a energia solar para aquecimento e iluminação dos espaços comuns. Para além do seu cariz sustentável, o projecto inclui ainda vários espaços exteriores.A sua localização, acessos e transportes, a qualidade dos espaços e a preocupação com o meio ambiente fazem das Natura Towers um dos mais exclusivos projectos de escritórios na capital.A Torre Sul, para arrendamento, é consti-tuída por cerca de 3.900m2, divididos por 7 pisos, 840m2 destinados a lojas e 149 lugares de estacionamento. Na Torre Norte está instalada a nova sede do Grupo MSF.

Caracterização da zona envolvente (a me-nos de 500 metros): Paragem de Autocar-ro; Escola SecundáriaJardim Público.

NATURA TOWERS

Áreas disponíveis: de 126 m² a 631 m²Pisos disponíveis: 1 a 7Data disponibilidade: imediataPreço arrendamento desde: 14,5 €/m²

Tel. 211 570 [email protected]

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Pedro Farinha

Projecto representa investimento de 17 milhões de euros e disponibiliza 31 apartamentos e cinco lojas

Cushman & Wakefield anuncia transacção de edifício

Promotor: Edifer ImobiliáriaLocalização: Largo de Santos, em LisboaInvestimento: cerca de 17 milhões de eurosProjecto de arquitectura: arquitecto Telmo Barata, do gabinete DinamarqOferta imobiliária: 31 apartamentos e 5 lojasComercialização: CastelhanaConstrução: Edifer Construções

B.I.Santos City Design

oferta é constituída por quatro apar-tamentos de tipologia T2, “com exce-lentes áreas, um por piso, num edifício autónomo, preparados para propor-cionar uma vivência muito indepen-dente e uma vida social activa, e que permite incutir a personalidade de ca-da um ao respectivo espaço”, acres-centa o mesmo comunicado.

O empreendimento, cuja constru-ção arrancou em Abril, tem comer-cialização a cargo da Castelhana. A Edifer Imobiliária espera fazer as primeiras escrituras no primeiro tri-mestre de 2013.

Empreendimento foi concebido pelo arquitecto Telmo Barata

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Actualidade6 • Público Imobiliário • Quarta-feira 22 Junho 2011

O sector de escritórios de Lisboa ficou marcado, durante a última década, pela sua “maturação e oscilação de compor-tamento”. Quem o diz é a consultora Worx, que analisou este mercado ao longo dos últimos 12 anos, concluindo que “a actual situação é a pior” do pe-ríodo estudado.

“Importa perceber que o mercado de escritórios de Lisboa se consolidou na última década e que sofreu profundas transformações tornando-se um mer-cado maduro e profissional. Passou-se de uma situação em que a maioria dos espaços de escritórios eram adaptações de edifícios residenciais, para um stock qualificado e adequado às exigências de uma procura que passou das peque-nas empresas para as multinacionais e grandes empresas que se sediaram em Portugal ou que cresceram neste perí-odo”, lê-se nas conclusões do relatório divulgado pela Worx.

De acordo com esta consultora imo-biliária, o desenvolvimento de duas zo-nas de escritórios (Parque das Nações e Corredor Oeste) contribuiu, em larga medida, para este cenário. Por exem-plo, no caso do Parque das Nações, o período que se seguiu à Exposição Mundial de Lisboa em 1998 conheceu um forte incremento ao nível dos edi-fícios de escritórios e comércio, com várias empresas (Vodafone, Sonaecom ou Novabase) a escolherem esta locali-

Rui Pedro Lopes

Worx analisou sector ao longo dos últimos 12 anos e concluiu que momento actual é o pior deste período

Mercado de escritórios de Lisboa sob o signo da “maturação e oscilação de comportamento”

Real Living comercializa Parque Cidadela

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zação para instalarem as sedes das su-as empresas. Destaque também para aquela que foi a maior transacção do mercado português de escritórios, nes-ta última década, com a ocupação dos 62.000 m² do Office Park Expo pelo Ministério da Justiça.

Por seu lado, o Corredor Oeste “afirmou-se como uma localização alternativa para as empresas que não necessitam de estar no centro da cida-de mas que procuram boa acessibili-dade e parques de escritórios integra-dos como o Lagoas Park, TagusPark, Parque Suécia, Arquiparque ou Quinta

e uma procura crescente por imóveis nestas localizações, continuando no entanto a existir um grande gap entre a oferta e os requisitos da procura”.

A análise dos dados permitiu ainda perceber que, no início desta década, se assistiu a uma “desaceleração da ac-tividade do mercado e que a mesma só é retomada a partir de 2005, atin-gindo o máximo em 2008 e perdendo dinamismo depois, com o consequen-te mínimo histórico pouco acima dos 100.000 m² de área absorvida em 2010. Este comportamento reflecte uma taxa de crescimento média anual de -3,52 por cento e um take-up médio da últi-ma década de 149.635 m²/ano”.

A consultora imobiliária assinala que “a actual situação é a pior dos úl-timos 12 anos”, embora ressalve que ainda “existe espaço de crescimento”. Contudo, esse crescimento seguirá “padrões diferentes dos existentes nos últimos anos, ganhando a localização novamente um papel primordial na es-colha de um imóvel de escritórios, bem como a sustentabilidade e a eficiência energética”.

Retoma em 2012 Para Pedro Salema Garção, Head of Ageny da Worx, “é expectável que 2011 seja marcado pela redução do take up, embora o segundo semestre possa vir a ter um melhor desempenho do que o primeiro, enquanto se irá verificar uma maior competitividade nos valores das rendas e períodos de carência, essen-cialmente nas Zonas 5 e 6”.

Relativamente à retoma do sector, o representante desta consultora imo-biliária afirma “que só se irá verificar em meados de 2012”, esperando-se, no entanto, que se continue a registar estagnação no desenvolvimento de no-vos projectos.

A Whirlpool apresentou recentemen-te a sua nova gama de placas de gás, com tecnologia iXelium, um “reves-timento especial que retarda a passa-gem do tempo e as mantém com um aspecto impecável, como no primeiro dia”, informa a marca.

Com a “aplicação inovadora da na-notecnologia”, a nova gama de placas de gás Whirlpool possui “um trata-mento que cria uma barreira especial, capaz de proteger o aço de agressões químicas ou mecânicas”.

“As placas de gás Whirlpool iXelium são um valor acrescido para a cozi-nha. Com esta gama de placas de gás poderá dedicar todo o tempo e esfor-ço a cozinhar e não à sua limpeza pos-terior, pois apenas um pano húmido é suficiente para que a placa volte a ficar totalmente limpa e impecável”, constata o documento promocional, que dá ainda conta de que estas pla-cas possuem comandos frontais e gre-lhas de ferro fundido.

A Real Living iniciou recentemente a comercialização do Parque Cidadela, em Cascais. O projecto compreende 12 edifícios de apartamentos numa área de implementação de 20 mil me-tros quadrados.

Inspirada na Cidadela de Cascais, este empreendimento foi construí-do em torno de um jardim e espaço de lazer equipado com piscinas, gi-násio, parque infantil e ciclovia. O projecto contempla ainda uma área comercial e de serviços, com acesso autónomo.

Com um total de 148 apartamentos (T2, T3, T4 e penthouses), oito espa-ços comerciais e oito espaços de ser-viços, o Parque Cidadela assume-se como um “conjunto harmonioso, que respeita a privacidade e se adapta ao gosto de cada um”, indica um comu-nicado da Real Living.

Esta rede de franchising imobiliá-rio chegou ao mercado nacional em Abril passado, fruto da sua aquisi-ção, em 2009, pelo grupo canadia-no Brookfield Residential Services, em conjunto com a GMAC Real Estate. A rede registou, no ano passado, um crescimento de 11 por cento do volu-me de negócios em relação ao perío-do homólogo de 2009.

Actualmente, detém uma rede de agências em funcionamento na Grande Lisboa, Setúbal, Algarve, Portalegre, Madeira e Açores.

O Latino Coelho 87 Business Center já está a funcionar em pleno, depois do processo de reabilitação a que foi sujeito e que representou um investi-mento de aproximadamente um mi-lhão de euros. Este projecto, situado em Lisboa, comemora este ano vinte anos de actividade.

De acordo com Patrícia Lage Raposo, administradora do Latino Coelho 87 Business Center, “recuperar este imó-vel foi recuperar um pedaço de histó-ria, porque estamos numa zona nobre da cidade de Lisboa e este edifício tem uma traça muito característica. E como sem investimento não há desenvolvi-mento, acreditamos que hoje temos o sucesso que temos, porque investi-mos”.

O imóvel conta, neste momento, com 41 salas para escritórios, possuin-do 36 clientes permanentes, dos mais variados sectores de actividade. “O sucesso é notório: em 2010, o imóvel teve uma taxa de ocupação a rondar os 90 por cento”, frisou Patrícia Lage Raposo. P.F.

da Fonte”, nota o mesmo documento. O crescimento destas zonas, a qua-

lidade do stock que era colocado no mercado e a procura existente para estas localizações, veio de algum mo-do pressionar o desenvolvimento de projectos no centro da cidade uma vez que a maioria do stock do Prime CBD e CBD de Lisboa se encontrava (e ain-da encontra) obsoleto”, acrescenta a Worx, referindo que “as intervenções têm sido pontuais embora existam bons exemplos de edifícios reabilitados

Latino Coelho 87 Business Center alvo de reabilitação

Whirlpool com novas placas de gás

Take up médio da última década foi de 149.635 m2/ano

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ActualidadePúblico Imobiliário • Quarta-feira 22 Junho 2011 • 7

A B. Prime e a Abacus Savills vão comercializar, em regime de arren-damento, a Torre Sul do empreendi-mento de escritórios Natura Towers, situado na confluência da Avenida Padre Cruz com o Eixo Norte-Sul, em Lisboa.

“As Natura Towers são um projecto vencedor, não só pelos galardões que tem recebido mas também pelo seu desempenho energético que se tra-duz em poupanças de consumo muito consideráveis se compararmos com qualquer outro edifício de certifica-ção inferior. Esta poupança aliada a um valor por m² extremamente com-

B. Prime e Abacus Savills comercializam Torre Sul das Natura Towers

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Melom quer crescer em Portugal

mento superior a 30 milhões de euros e distingue-se pelo seu “pioneirismo” em termos de “tecnologia, sustenta-bilidade e eficiência energética, que se reflecte numa poupança anual na ordem dos 69 por cento para o aque-cimento, 41 por cento para o arrefeci-mento, 20 por cento para a ilumina-ção e 100 por cento para aquecimento das águas”, indica um comunicado conjunto das duas consultoras.

Entre as principais características das Natura Towers, os responsáveis da MSF Tur.Im apontam o facto de os edifícios terem “sido concebidos para se comportarem como uma planta, recolhendo a água da chuva na cober-tura e armazenando-a para posterior utilização. Além disso, utilizam a luz solar transformando-a em energia, e produzem oxigénio através de gran-des superfícies verdes”.

petitivo faz destes edifícios de escritó-rios um alvo preferencial para qual-quer empresa que queira mudar de instalações no decorrer deste ano”, afirmou Paulo Henriques, partner da B. Prime.

João Vargas, director do departa-mento de Office Agency da Abacus Savills, alinha pelo mesmo diapasão, notando que este é um “projecto ino-vador de reconhecida qualidade, que possibilita aos seus ocupantes a uti-lização eficiente e flexível do espaço em condições de conforto exempla-res. Para empresas que procuram um espaço diferenciador, de prestígio, com condições comerciais concorren-ciais e custos de funcionamento redu-zidos, as Natura Towers apresentam-se como uma solução a destacar”.

A Torre Sul é uma das duas torres do empreendimento Natura Towers, promovido pela MSF Tur.Im, sub-hol-ding do Grupo MSF para o turismo e imobiliário. Este projecto, concebi-do pelo gabinete de arquitectura GJP Arquitectos, representa um investi-

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Consultoras destacam “desempenho energético” do projecto

Rui Pedro Lopes “Queremos que a médio prazo a Melom seja para as obras domésticas aquilo que a Remax é para o sector da venda de casas, uma garantia de qualidade do princípio ao fim de todo o proces-so. É para isso que estamos a trabalhar neste projecto há um ano e estamos já em conversações com algumas em-presas do sector imobiliário”, preci-sou Manuel Alvarez, franchisador da Melom, uma nova marca que nasceu no seio do grupo e que se focaliza nas obras domésticas.

Numa primeira fase do projecto de implementação da Melom em Portugal, estão previstos 150 franchisados e, pos-teriormente, a expansão dependerá da quota de mercado conseguida. Com a abertura da rede nacional, a Melom prevê reunir empresas de serviços do ramo (carpintaria, serralharia, pintu-ra, pavimentos, canalização e vidros) e também gabinetes de arquitectura e engenharia.

“Embora seja totalmente indepen-dente da Remax, serão aproveitadas todas as sinergias da marca porque quem compra casa na Remax pede recomendações acerca de empresas de obras de reabilitação”, explicou Manuel Alvarez.

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