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Quarta-feira 20 Julho 2011 PUBLICIDADE Os trabalhos de construção do Évora Shopping terão início no próximo mês. O anúncio foi feito pela Cushman & Wakefield (C&W), responsável pela ges- tão do projecto de construção deste novo centro comercial promovido pela Evret, um veículo de investimento que engloba a Madford Developments e a Imorendimento e que foi criado ex- clusivamente para desenvolver este empreendimento. Este centro comercial, com con- clusão prevista para o final de 2012, faz parte de um amplo complexo co- mercial, abrangido por três lotes, que inclui uma loja IZI com 4.000m² e um retail park, já concluído, com cerca de 6.000 m². “O Évora Shopping vem responder a uma real necessidade de mercado e, apesar da conjuntura económica actual, estamos confiantes quanto à viabilidade e ao sucesso deste in- vestimento imobiliário”, sublinhou Anthony Henry Lyons, director-geral da Madford Developments. O projecto compreenderá uma Área Bruta Locável (ABL) de 16.400 m² e uma Área Bruta de Construção (ABC) de 20.030 m². Estarão disponíveis cer- ca de 80 lojas em dois pisos que in- cluirão um complexo de cinemas, um supermercado, lojas âncora e zona de restauração. Pedro Farinha Gaia avança com extinção de empresas municipais Gaiurb é uma das empresas que encerrará portas. Queda no número de processos de licenciamento urbanístico é um dos motivos por detrás desta decisão (Página 4) Évora Shopping com conclusão prevista para o final de 2012

Gaia avança com extinção de empresas municipaisstatic.publico.pt/Homepage/Includes/Imobiliario/imob/web20110720I... · PUBLICIDADE Os trabalhos de construção do Évora Shopping

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Quarta-feira20 Julho 2011

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Os trabalhos de construção do Évora Shopping terão início no próximo mês. O anúncio foi feito pela Cushman & Wakefield (C&W), responsável pela ges-tão do projecto de construção deste novo centro comercial promovido pela

Evret, um veículo de investimento que engloba a Madford Developments e a Imorendimento e que foi criado ex-clusivamente para desenvolver este empreendimento.

Este centro comercial, com con-clusão prevista para o final de 2012, faz parte de um amplo complexo co-

mercial, abrangido por três lotes, que inclui uma loja IZI com 4.000m² e um retail park, já concluído, com cerca de 6.000 m².

“O Évora Shopping vem responder a uma real necessidade de mercado e, apesar da conjuntura económica

actual, estamos confiantes quanto à viabilidade e ao sucesso deste in-vestimento imobiliário”, sublinhou Anthony Henry Lyons, director-geral da Madford Developments.

O projecto compreenderá uma Área Bruta Locável (ABL) de 16.400 m² e uma Área Bruta de Construção (ABC)

de 20.030 m². Estarão disponíveis cer-ca de 80 lojas em dois pisos que in-cluirão um complexo de cinemas, um supermercado, lojas âncora e zona de restauração. Pedro Farinha

Gaia avança com extinção de empresas municipaisGaiurb é uma das empresas que encerrará portas. Queda no número de processos de licenciamento urbanístico é um dos motivos por detrás desta decisão (Página 4)

Évora Shopping com conclusão prevista para o final de 2012

2 • Público Imobiliário • Quarta-feira 20 Julho 2011

Opinião

Esta ameaça de Inverno em pleno Verão

Luís Lima

Estamos em pleno Verão e não se vê uma réstia de Sol que aqueça os nossos mercados. Sitiados nesta ilha do euro, sob o fogo cruzado de muitos e fortes especuladores, tão fortes que até conseguem aliciar

e organizar uma quinta coluna, recrutada entre nós, que não se cansa de dar tiros nos nossos pés, a Primavera já foi e este Verão é, metaforicamente falando, um autêntico Inverno.

Precisamos, com urgência, neste sector da Construção e do Imobiliário, de alguns sinais, ténues que sejam, a que nos possamos agarrar com fé em dias melhores, insuflando a nossa esperança e confiança muito abaladas por algumas iniquidades conhecidas das quais destaco, em nome do meu direito à indignação, a persecutória actuação contra Portugal de agências como a Moody’s.

Até o presidente dos Estados Unidos da América, num desabafo proferido num momento de aperto face à incerteza de poder ou não honrar dívidas do Estado, deixou estalar o verniz diplomático e disse que a América não é a Grécia nem é Portugal. Barack Obama tem razão: Grécia e Portugal são dois países com História incomparavelmente mais rica que a dos EUA.

Não desmereço o mérito do povo norte-americano e dos seus reconhecidos feitos civilizacionais, em especial no domínio das tecnologias, mas o Poder, nomeadamente militar, que esses avanços lhe conferiram como uma das duas grandes potências da Guerra Fria, não legitima aquela infeliz frase do actual presidente dos Estados Unidos da América.

Acresce que o Mundo nascido da cooperação que simbolicamente prevaleceu a partir da queda do Muro de Berlim não confirmou os Estados Unidos da América como potência única, na sequência da implosão da União Soviética, tendo, pelo contrário, revelado o nascimento de mais potências emergentes, o que parece dar uma maior garantia de equilíbrio global.

na exclusividade do negócio da Angariação e Venda/Arrendamento a que antes estavam sujeitos por via da legislação anterior existente.

Em muitos casos exige uma “refundação” do modelo de negócio já que a diversificação se não for estruturada pode provocar um desfoque.

Esta diversificação deverá estar forçosamente ligada às competências actuais de uma mediadora Imobiliária, ou seja, relacionadas com o bem Imóvel, como por exemplo: Gestão de condomínios, Manutenção e recuperação de Imóveis ou até Gestão de arrendamento.

Considero no entanto que a diversificação só será uma realidade, em termos de resultados efectivos para o negócio da mediação imobiliária, durante 2012, até lá o foco terá de estar nas valências existentes.

Na angariação e Venda, a redução efectiva na concessão de Crédito, por via das dificuldades que o sistema Financeiro tem em se refinanciar e a necessidade de cumprir com os rácios de liquidez, exigirá à mediação uma qualificação de Clientes mais eficaz de forma a garantir que o tempo Investido resulta e não se torna numa perda de tempo para todos os actores (Mediador, Compradores, Vendedores e Instituições Financeiras), esta Qualificação passa também pela capacidade da

Mediação imobiliária tem novas oportunidades de negócio

Há vida para lá do défice” foi dito, no entanto, a sensação que o comum dos Portugueses tem ho-je é que, por causa do défice, íamos morrendo e estamos ligados à máquina, rezando para que

uma qualquer agência de Rating não tropece na ficha e a desligue.

Actualmente tenho a certeza que muitos de nós têm vontade de perguntar se existe vida para lá da Troika, da dívida, dos Ratings e dos contágios entre nações periféricas do Euro.

Como sabemos “há vida” para lá de todos os Problemas e só a morte não tem remédio, assim também o é no Mercado Imobiliário Residencial. Está difícil é um facto, o numero de transacções está em níveis anormalmente baixos, o Crédito Habitação bate, negativamente, recordes e o número de mediadores imobiliários ajusta-se numa consequência directa dos dois primeiros.

Apesar deste cenário de abrandamento, a mediação imobiliária tem novas oportunidades de negócio que surgem do recente diploma aprovado e que permite à mediação operar sem estar enclausurada

Mediação em trabalhar com Imóveis recuperados pelo sistema Financeiro.

A comercialização destes Imóveis tem-se revelado uma excelente opção para enfrentar as dificuldades na comercialização já que as instituições financeiras que os comercializam concedem condições especiais de Crédito.

O arrendamento poderia ser uma saída, não só pela via da sua Comercialização como por via da sua gestão, mas o que se está a passar na realidade é o crescimento da procura e uma estagnação da Oferta, esta combinação pode tornar-se especulativa deixando de ser uma alternativa viável à compra e deixar sem solução para habitação uma fatia considerável de Portugueses.

Muito se tem falado sobre o arrendamento e uma nova lei chegou mesmo a ser aprovada em Conselho de Ministros do Governo anterior, mas para fomentar o arrendamento é fundamental tornar atractivo o investimento nessa área, de forma a que a oferta esteja no mínimo à altura da procura, essa atractivo só se cria de uma forma: Enquadramento Fiscal e Legal vantajoso.Director-geral da UCI Portugal

também acumulou riqueza e capital num contexto pouco transparente, por vezes especulativo, não raras vezes alicerçado no nosso próprio prejuízo, ao abrigo da regra, academicamente premiada de que os mercados podem agir quase sem regras.

Outros caminhos e não o deste Verão que mais parece Inverno. O degelo no nosso sector gerará confiança, emprego e vida à própria economia. Precisamos urgentemente de sinais que apontem neste sentido, no sentido do Sol e do calor. O contrário será a estagnação, um frio de rachar, o regresso às cavernas.Presidente da [email protected]

Infelizmente, no plano económico, a guerra instalada, muito mais gélida do que a Guerra Fria, ameaça o bem-estar de milhares e milhares de pessoas, com efeitos colaterais gravíssimos em muitos países, como a Grécia e como Portugal que não podem ser os bodes expiatórios dos erros e das ganâncias de outros, de muitos dos que agora nos apontam o dedo.

Em nome do bom senso ignoramos, por vezes, insultos gratuitos, grosserias resultantes da falta de chá e até tentativas de humilhação.

Fazemo-lo pela necessidade que temos de preservar as condições necessárias para que possamos usufruir daquilo que precisamos e temos direito para construirmos o nosso próprio desenvolvimento.

Isto implica um justo acesso ao crédito junto de quem

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Pedro Megre

Público Imobiliário • Quarta-feira 20 Julho 2011 • 3

Mercados

ro e 1,1% em março. Já nos alojamen-tos usados, as perdas de 0,7% e 0,1% em abril e março, respectivamente, foram seguidas de uma estabilização em maio, quando o ICi observou uma variação mensal de 0,0%.

AM Porto: ICi desvaloriza 0,2% em maioNa Área Metropolitana da Porto (AM Porto), após dois meses em crescimen-to, o ICi voltou a terreno negativo em maio, com uma variação mensal de -0,2%. Ainda assim, esta performan-ce superou a variação registada em ja-neiro e fevereiro, meses em que o ICi apresentou quebras mensais entre os -0,8% e os -0,6.%.

De acordo com o Índice Confidencial Imobiliário (ICi), os preços no mercado habitacional estagnaram em maio, pe-ríodo em que a variação mensal deste Índice foi nula, após desvalorizações mensais de o,2% e 0,5% em abril e mar-ço, respectivamente.

Quer os fogos novos quer os usados apresentaram uma ligeira melhoria na sua performance em maio. No caso da habitação nova, o ICi registou, em maio, uma taxa de variação mensal de 0,1%, depois de ter caído 0,2% em abril e de ter oscilado entre -1,1% em feverei-

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Preços de Habitação estagnam em Maio

Para os fogos novos, o índice reve-lou um comportamento semelhante ao verificado no total do mercado metro-politano, com uma desvalorização de 0,3% em maio. Também no caso dos usados, a variação mensal se mostrou negativa em maio (-0,1%).

Desde o começo do ano, o ICi para a AM Porto exibiu descidas em 3 dos 5 meses já analisados. No entanto, na segunda metade de 2010, as variações mensais foram sempre positivas, situ-ando-se entre 0,1% e 0,6%, pelo que a taxa de variação homóloga, se mantém , não obstante, em terreno positivo, situando-se em 1,1% em maio.

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No primeiro semestre de 2011 a absorção de

escritórios em Lisboa foi de 31.000m², o que

representa uma quebra de 44% face ao período

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marcado pela ausência de negócios em edifí-

cios usados no Corredor Oeste. Na análise da

ocupação total, 48% realizou-se no eixo Mira-

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no CBD de Lisboa. Com absorção mais mo-

desta, neste primeiro semestre de 2011, a zona

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Amoreiras) e o Parque das Nações registaram,

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pelo mercado. As restantes zonas delineadas

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to mais baixo de absorção de escritórios desde

que o LPI foi criado.

Absorção atinge 31.000m2 no 1º SemestreAbsorção

JAN 11 FEV 11 MAR 11 ABR 11 MAI 11 JUN 11

8.000 m2

7.000 m2

6.000 m2

5.000 m2

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ÍNDICE CONFIDENCIAL IMOBILIÁRIO — AM PORTO

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2006 2007 2008 2009 2010 2011

Actualidade4 • Público Imobiliário • Quarta-feira 20 Julho 2011

Gaia extingue empresas municipaisMarc Barros

Redução do número de processos de licenciamento ronda 40%. Autarca Luís Filipe Menezes assume que actual modelo de empresas municipais “já não faz sentido”

A autarquia de Vila Nova de Gaia deci-diu dar continuidade ao processo de extinção das empresas municipais. Em sede de assembleia municipal, reali-zada no passado dia 13 de Julho, sob proposta do vice-presidente Firmino Pereira, foi deliberado “estudar o encerramento de todas as empresas municipais”. A excepção é a empresa Águas de Gaia, a qual já se encontra parcialmente privatizada e dado “o seu historial de 50 anos de activida-de”, referiu, ao PÚBLICO Imobiliário, o autarca Luís Filipe Menezes.

Recorde-se que, em Janeiro de 2011, a edilidade havia já decidido reduzir a dimensão do universo de sete em-presas municipais. A empresa de ges-tão do urbanismo Gaiurb absorveu as empresas GaiaSocial, Cidade Gaia-SRU e AmiGaia, de acordo com proposta datada de 11 de Novembro de 2010, a que o PÚBLICO Imobiliário teve aces-so, sendo que Águas de Gaia e Parque Biológico Municipal resultaram numa só empresa, mantendo-se a autonomia da empresa Gaianima.

Desta feita, serão as empresas Gaiurb e Gaianima a encerrar portas, devendo o processo estar concluído

até final do ano. Segundo apurou o PÚBLICO Imobiliário junto de fonte da Gaiurb, este emagrecimento é parcial-mente explicado com a necessidade de a autarquia eliminar custos, dada a quebra sentida no número de pro-cessos de licenciamento urbanístico, que deverá rondar os 40 por cento, e consequente redução de receitas.

Doravante, a gestão do urbanismo e o licenciamento de projectos imobili-ários serão executados pelos serviços de urbanismo da autarquia. Ao que o PÚBLICO Imobiliário conseguiu saber, os funcionários com vínculo laboral efectivo dos quadros do município que prestavam serviço na Gaiurb foram já alocados, na sua quase totalidade, à Câmara Municipal de Gaia, restando apenas os directores municipais e co-ordenadores com vínculo contratual seguirem idêntico trajecto.

Luís Filipe Menezes garantiu que, “por decisão nossa, não haverá des-pedimentos” na Câmara Municipal de Gaia. O autarca levantou contudo uma excepção quanto aos funcionários con-tratados a prazo.

Modelo esgotadoSegundo o autarca, o modelo em que assentou a criação das empresas muni-cipais, há cerca de uma década atrás, “já não faz sentido”. Na sua perspec-tiva, as “empresas municipais foram criadas há uma década atrás, no gover-no Guterres, para reformar a adminis-tração pública, criando-se empresas capazes de resolver problemas que a administração pública não resolvia”.

“Maior ligeireza na contratualização pública, maior rapidez no aproveita-mento dos fundos comunitários, fle-xibilidade na contratação de pessoal, instituição do contrato individual de trabalho e sua adaptação às necessi-dades” dos municípios, foram as jus-

Rui Pedro Lopes

PÚBLICO Imobiliário – Que opinião lhe merecem as medidas previstas no programa de Governo no que ao sector imobiliário diz respeito? São medidas que poderão dinamizar o mercado? Pedro Lancastre – São medidas positivas para o sector habitacional e para o comércio, que são os sectores mais afectados pela actual lei do arrendamento, e que carecem de mais dinamismo. No entanto, o aumento previsto do IMI e a limitação das deduções fiscais já não são medidas tão animadoras. O arrendamento é um dos principais alvos deste programa de Governo. As medidas preconizadas serão suficientes para tornar este segmento mais dinâmico? As medidas previstas são bem vindas. E bendita Troika que vai obrigar este Governo à reforma que todos os governos anteriores nunca tiveram coragem para fazer. Não sei, contudo, se serão suficientes para responder a todas as necessidades que este mercado carece. Haverá, com certeza, maior agilidade nos despejos por falta de pagamentos e também mais agilidade nas negociações dos contratos antigos, além de maiores limitações na transmissão dos arrendamentos a descendentes. No entanto, penso que seria importante apostar na criação de incentivos para investir na reabilitação específica para arrendamento ou que fossem criadas condições especiais de financiamento para todos aqueles que investissem na reabilitação dos seus imóveis, assim como mais benefícios fiscais e uma vida burocrática mais simplificada. Como vê o futuro do imobiliário em Portugal perante as dificuldades económicas e financeiras, sobretudo ao nível do crédito, que se antecipam para os próximos anos?

“Grandes investidores internacionais não querem investir no nosso país”

Living Foz finalista em prémio internacional de arquitecturaO Living Foz, edifício construído e promovido pela J.Camilo, acaba de ver o seu nome incluído na lista de nomeados aos «Leaf Awards 2011». O projecto surge nestes prémios inter-nacionais através do arquitecto que o concebeu, Paulo Fernandes Silva, do atelier dEMM arquitectura, que está entre os nomeados na categoria Young Architect.

Na sua oitava edição, os prémios Leaf Awards pretendem “honrar os arquitectos que projectam edifícios

Vejo um futuro desafiante. Estamos em plena tempestade e, por isso, o mercado está menos dinâmico, com poucas transacções de compra e venda, de arrendamento, e com muito pouca promoção nova. Os bancos compraram dívida e deixaram de financiar os promotores. No primeiro semestre do ano não se investiram mais de 100 milhões de euros (comparativamente aos 350 milhões de euros no mesmo período de 2010), e só se arrendaram 20 mil m² de escritórios em Lisboa. Os grandes investidores internacionais que tradicionalmente compravam em Portugal, não querem investir no nosso país. Mas é uma questão de tempo. Porque somos bons nesta indústria: fazemos os melhores centros comerciais, temos edifícios de escritórios tão bons como os outros países, temos cidades fantásticas com enorme potencial para reabilitação, comércio de rua com muito para ser feito, e tudo isso é reconhecido por todos os ‘players’ que conhecem o nosso país. Estão desconfiados, o que é normal, mas quando a tempestade acalmar vão regressar.

e soluções que servem de referência para a comunidade de arquitectos a nível internacional”.

Os Leaf Awards já premiaram ar-quitectos como Zaha Hadid, David Chipperfield, SOM, Steven Holl e Terry Farrell. A cerimónia de entrega dos prémios realiza-se em Londres, no próximo mês de Setembro.

tificações então encontradas.Hoje, constatou Menezes, as regras

da administração pública “foram ali-geiradas – temos contratos individuais de trabalho e as regras de aferição da contratualização pública são muito semelhantes” às das empresas mu-nicipais.

O presidente do município gaiense não encontra assim “razão para se per-petuarem as empresas municipais no tempo”. O autarca reiterou estar “de-terminado em seguir esta orientação, mas da parte do Governo é preciso fa-zer algum trabalho de casa”. Menezes deixou um exemplo: “O quadro legal existente não permite a integração de efectivos na administração pública”, mas a autarquia “não pode deixar de apreciar projectos”, pelo que “os fun-cionários do urbanismo têm que ser integrados na câmara”.

Contudo, esclareceu, mesmo que o modelo de organização dos serviços municipais seja modificado, estes não serão “como há uma década”, garan-tiu. Segundo explicou, agora “posso contratar com alguém uma política de incentivos à produção, retirando aque-la amarra de funcionário público puro e duro como era há 10 anos atrás”.

Quanto aos níveis de poupança que esta medida pode trazer, Menezes aponta a implementação de “sinergias de serviços comuns”, dispensando “a subcontratação de serviços externos” e evitando “a duplicação de serviços financeiros e jurídicos”, entre outros. “Desde logo teremos menos adminis-tradores, menos assessores e menor consumo de papel”, disse.

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ActualidadePúblico Imobiliário • Quarta-feira 20 Julho 2011 • 7

Rui Pedro Lopes

Reis Campos, presidente da AICCOPN, quer ver dinamizadas áreas como a reabilitação urbana e pede aplicação dos fundos comunitários do QREN que estão por executar

PÚBLICO Imobiliário – Que tipo de impactos é que a suspensão de obras como o TGV e o novo aeroporto de Lisboa, e a reavaliação das parcerias Público-Privadas (PPP) poderão ter no sector da construção?Reis Campos – Num momento em que o sector atravessa a pior crise de que há memória, traduzida numa quebra acumulada da produção de 36 por cento ao longo dos últimos nove anos e em que todos os segmentos da construção estão em queda, registando-se, só em 2010, uma redução de 39,2 por cento das adjudicações de obras públicas, naturalmente que qualquer suspensão de obras tem sempre um impacto muito negativo, antevendo-se graves consequências, quer ao nível da sustentabilidade do tecido empresarial, quer do emprego que este assegura. Há 22 anos que não se verificava um nível de investimento em construção tão reduzido como o registado no ano passado, por isso considero que, face aos actuais constrangimentos financeiros que o país atravessa, um dos desafios que o Governo tem pela frente é o de encontrar formas de promover o investimento produtivo, uma vez este é o garante do crescimento sustentado e da manutenção e criação de emprego. Desta forma, mesmo que se entenda que o superior interesse nacional exige reequacionar o calendário de execução de alguns projectos, tal deverá, obrigatoriamente, ser contrabalançado com a dinamização de outras áreas de investimento, como a aposta na reabilitação urbana e a aplicação dos cerca de 15 mil milhões de euros de fundos comunitários do QREN que estão por executar, orientando-o para os investimentos de proximidade necessários ao país, como é o caso da renovação do parque escolar, dos hospitais, das redes de abastecimento de águas, ou mesmo da manutenção preventiva de infra-estruturas, como pontes e estradas, que não pode ser descurada, sob pena de colocar em causa a segurança pública. Estamos todos conscientes da grave situação que o país atravessa e sabemos que, neste momento, é fundamental consolidar as contas públicas, mas o sector da construção não pode continuar a ser penalizado pela indefinição e falta de planeamento, sob pena de se colocar em causa o crescimento, o emprego e a sustentabilidade da economia condenando, irremediavelmente, o futuro do país.

“Governo tem de encontrar formas de promover o investimento produtivo”

As medidas previstas no programa de Governo para a reabilitação urbana serão suficientes para impulsionar este sector e torná-lo numa hipótese viável e credível para as empresas de construção?O programa de Governo não dedica um tratamento autónomo em relação à reabilitação urbana, não apresentando medidas específicas para a dinamização deste mercado, mas contém diversas referências à importância desta temática, reconhecendo o seu papel para o desenvolvimento local e regional e para a competitividade das nossas cidades, o que faz dela um tema consensual na nossa sociedade. Por isso, acredito que existe vontade política do Governo, sendo imprescindível concluir rapidamente o ‘dossier’ da reabilitação urbana, cuja tarefa está facilitada, uma vez que a CPCI formulou um conjunto

de propostas, na sua maioria acolhidas pela Troika, após terem sido alvo de concertação com os parceiros sociais e assumidas em resolução de Conselho de Ministros do anterior Executivo. Resta, assim, ao Governo dar o impulso necessário para a sua concretização legal e reorientar, também, para esta área os recursos do QREN que não estão a ser aproveitados. Por outro lado, tal como defendi junto do Governo, às medidas constantes do acordo de entendimento, há que acrescentar a criação de instrumentos de financiamento e linhas de crédito específicas, sem as quais dificilmente terá sucesso o objectivo de dinamizar este mercado. Considera que as medidas anunciadas para o arrendamento urbano, no programa de Governo, poderão contribuir para a dinamização deste mercado?Certamente que sim. Porém, como referi anteriormente, além das medidas anunciadas, as quais correspondem na sua generalidade às propostas da Confederação da Construção e Imobiliário, considero imprescindível o estabelecimento de incentivos fiscais, como a criação de uma taxa liberatória em sede de IRS de, no máximo 21,5 por cento, aplicável aos rendimentos do arrendamento habitacional, colocando-o num patamar similar ao investimento em instrumentos financeiros como depósitos bancários.