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ANO 15 – Nº 165 – agosto 2009 AGRICULTURA COM MAIS CRÉDITO ALERTA O PAGAMENTO DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL É OBRIGATÓRIO E, ENTRE AS SANÇÕES, ESTÁ A COBRANÇA JUDICIAL. O presidente em exercício da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará – Faec, Flávio Vi- riato de Saboya Neto, participou no dia 14 de agosto, na cidade de Palha- no, da entrega de 181 certificados a produtores rurais, dos cursos pro- movidos pelo Sistema Senar e Sin- rural de Russas em parceria com a Prefeitura Municipal de Palhano.Os produtores participaram de cursos nas áreas de processamento de de- rivados de frutas, derivados de leite, apicultura, fruticultura, alimentação alternativa, ovino, práticas veteriná- rias, aplicação de defensivos e capa- citação de tratoristas. Atendendo as localidades de Russas, Palhano, Itai- çaba e Chapadão de Russas. Durante a solenidade o presi- dente do Sinrural de Russas, Pedro Maia Rocha Júnior, comandou a en- trega de homenagens aos Destaques de 2009 no Setor Agropecuário do Vale do Jaguaribe. No mesmo even- to, a chefe do departamento sindical da FAEC, Maria Nilza Luna Lucas e o coordenador técnico do Senar, engº agrônomo Paulo Remígio Neto, fo- ram agraciados com a comenda, en- tre outras autoridades, no auditório da CEMUFE que fica no município de Palhano. Outros homenageados: BNB, Secretaria de Agricultura de Russas, Prefeito de Palhano, Prefei- to de Jaguaruana, Ematerce, Chapa- dão de Russas e o deputado federal Ariosto Holanda. Para o superintendente do Se- nar/Ce, Flávio Saboya, entre todos os Sindicatos Rurais do Estado, o de Russas já representa 48% de todos os cursos que o Sistema destinou para o Ceará no decorrer de 2009. Ele destacou, ainda, o empenho do atual presidente em promover a capacitação dos associados que re- percutirá na melhoria da produção e da produtividade da propriedade, gerando mais renda e melhor apro- veitamento das culturas em outras atividades. No dia 11 de setembro mais uma turma do Programa Empreen- dedor Rural será iniciada no períme- tro do Chapadão de Russas/Dnocs. Nesta edição /// Certificados são entregues a 181 produtores rurais O Sistema de Defesa Agrope- cuária online - SIDAGRO, com infor- mações atuais sobre as 138 mil pro- priedades rurais cadastradas neste ano pelo próprio Governo do Estado durante a campanha de vacinação de 2009.1, tendo como base também as informações do IBGE, foi apresenta- do, no Agropacto do dia 11, pelo Se- cretário de Desenvolvimento Agrário - SDA, Camilo Santana. Na ausência do presidente da FAEC, Torres de Melo, que está em Brasília à frente da diretoria de Infraestrutura e Logística da CNA, e do vice-presidente, Flávio Saboya, que participa de reunião do Sistema SENAR, em Brasília. A sessão foi presidida pelo deputado Hermínio Rezende e contou ainda com a pre- sença de diversos produtores, ins- tituições e representantes do setor agropecuário. Pág.3 SDA implanta Sistema de controle de Defesa Agropecuária SIDAGRO é apresentado pelo secretário Camilo Santana durante o Agropacto Paulo Remígio, um dos homenageados, e concludentes dos cursos de capacitação Ações do Departamento Sindical da FAEC, coman- dado por Nilza Luna, recebe homenagem PER inicia novas turmas Vem aí a Expoece 2009 Entrevista com o sup. Regional do BB O público-alvo é formado por produtores rurais, seus filhos ou pessoas envolvidas no setor, maiores de 18 anos e com ensi- no médio completo e, ainda, tem que possuir uma propriedade rural onde será desenvolvido um projeto de investimento ao longo dos quatro meses de capacitação. Espera-se um publico de 260 mil pessoas, superior ao do ano passado que foi de 230 mil. Com relação ao volume de negócios, apesar da crise mundial, a expec- tativa é de R$ 9 milhões, contra os R$ 8 milhões do ano anterior. A Exposição reúne representan- tes dos Estados do Ceará, Per- nambuco, Rio Grande do Norte, Alagoas, Paraíba, Piauí, Sergipe e até de Minas Gerais. Em entrevista ao Jornal União Rural, o superintendente Regional do Banco do Brasil, Sér- gio Perez, destaca as principais ações do BB para a agropecuária brasileira. Os impactos da crise econô- mica, novas tecnologias, recon- figuração do mercado externo e oportunidades advindas do seu crescimento e as projeções para os próximos anos do con- sumo interno, são alguns dos temas da programação da 16ª edição da Semana Internacional de Fruticultura, Floricultura e Agroindústria. Frutal 2009 será em setembro Pág. 5 Pág. 6 Pág. 5 Pág. 4

União Rural - 165

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House Organ do Sistema FAEC / Senar-AR/CE.

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ANO 15 – Nº 165 – agosto 2009

AGRICULTURA COM MAIS CRÉDITO

ALERTA O PAGAMENTO DA CONTRibuiçãO SiNDiCAL RuRAL é ObRiGATóRiO E, ENTRE AS SANçõES, ESTá A CObRANçA juDiCiAL.

O presidente em exercício da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará – Faec, Flávio Vi-riato de Saboya Neto, participou no dia 14 de agosto, na cidade de Palha-no, da entrega de 181 certificados a produtores rurais, dos cursos pro-movidos pelo Sistema Senar e Sin-rural de Russas em parceria com a Prefeitura Municipal de Palhano.Os produtores participaram de cursos nas áreas de processamento de de-rivados de frutas, derivados de leite, apicultura, fruticultura, alimentação alternativa, ovino, práticas veteriná-rias, aplicação de defensivos e capa-citação de tratoristas. Atendendo as localidades de Russas, Palhano, Itai-çaba e Chapadão de Russas.

Durante a solenidade o presi-dente do Sinrural de Russas, Pedro Maia Rocha Júnior, comandou a en-trega de homenagens aos Destaques de 2009 no Setor Agropecuário do Vale do Jaguaribe. No mesmo even-to, a chefe do departamento sindical da FAEC, Maria Nilza Luna Lucas e o coordenador técnico do Senar, engº agrônomo Paulo Remígio Neto, fo-ram agraciados com a comenda, en-tre outras autoridades, no auditório da CEMUFE que fica no município de Palhano. Outros homenageados: BNB, Secretaria de Agricultura de Russas, Prefeito de Palhano, Prefei-to de Jaguaruana, Ematerce, Chapa-dão de Russas e o deputado federal Ariosto Holanda.

Para o superintendente do Se-nar/Ce, Flávio Saboya, entre todos os Sindicatos Rurais do Estado, o de Russas já representa 48% de todos os cursos que o Sistema destinou para o Ceará no decorrer de 2009. Ele destacou, ainda, o empenho do atual presidente em promover a capacitação dos associados que re-percutirá na melhoria da produção e da produtividade da propriedade, gerando mais renda e melhor apro-veitamento das culturas em outras atividades.

No dia 11 de setembro mais uma turma do Programa Empreen-dedor Rural será iniciada no períme-tro do Chapadão de Russas/Dnocs.

Nesta edição /// Certificados são entregues a 181 produtores rurais

O Sistema de Defesa Agrope-cuária online - SIDAGRO, com infor-mações atuais sobre as 138 mil pro-priedades rurais cadastradas neste ano pelo próprio Governo do Estado durante a campanha de vacinação de 2009.1, tendo como base também as informações do IBGE, foi apresenta-do, no Agropacto do dia 11, pelo Se-cretário de Desenvolvimento Agrário - SDA, Camilo Santana. Na ausência

do presidente da FAEC, Torres de Melo, que está em Brasília à frente da diretoria de Infraestrutura e Logística da CNA, e do vice-presidente, Flávio Saboya, que participa de reunião do Sistema SENAR, em Brasília. A sessão foi presidida pelo deputado Hermínio Rezende e contou ainda com a pre-sença de diversos produtores, ins-tituições e representantes do setor agropecuário. Pág.3

SDA implanta Sistema de controle de Defesa Agropecuária

SIDAGRO é apresentado pelo secretário Camilo Santana durante o Agropacto

Paulo Remígio, um dos homenageados, e concludentes dos cursos de capacitação

Ações do Departamento Sindical da FAEC, coman-dado por Nilza Luna, recebe homenagem

PER inicia novas turmas

Vem aí a Expoece 2009

Entrevista com o sup. Regional do BB

O público-alvo é formado por produtores rurais, seus filhos ou pessoas envolvidas no setor, maiores de 18 anos e com ensi-no médio completo e, ainda, tem que possuir uma propriedade rural onde será desenvolvido um projeto de investimento ao longo dos quatro meses de capacitação.

Espera-se um publico de 260 mil pessoas, superior ao do ano passado que foi de 230 mil. Com relação ao volume de negócios, apesar da crise mundial, a expec-tativa é de R$ 9 milhões, contra os R$ 8 milhões do ano anterior. A Exposição reúne representan-tes dos Estados do Ceará, Per-nambuco, Rio Grande do Norte, Alagoas, Paraíba, Piauí, Sergipe e até de Minas Gerais.

Em entrevista ao Jornal União Rural, o superintendente Regional do Banco do Brasil, Sér-gio Perez, destaca as principais ações do BB para a agropecuária brasileira.

Os impactos da crise econô-mica, novas tecnologias, recon-figuração do mercado externo e oportunidades advindas do seu crescimento e as projeções para os próximos anos do con-sumo interno, são alguns dos temas da programação da 16ª edição da Semana Internacional de Fruticultura, Floricultura e Agroindústria.

Frutal 2009 será em setembro

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PresidenteJosé Ramos Torres de Melo Filho

1º Vice–PresidenteFlávio Viriato de Saboya Neto

Vice–Presidente de Administração e Finanças Sebastião Almeida Araújo

Vice–PresidentesCarlos Bezerra Filho, Expedito Diógenes Filho, Francisco de Assis Vieira Filho, João Ossian Dias, Moacir Gomes de Sousa.

Conselho Fiscal – EfetivosInácio de Carvalho Parente, Normando da Silva Soares, Paulo Helder de Alencar Braga.

SuplentesExpedito José do Nascimento, Francisco Francivaldo Cruz, José Beroaldo Dutra de Oliveira

Chefe de Gabinete: Gerardo Angelim de Albuquerque

Editora e Redatora: Silvana Frota / MTB 432

Estagiário:Jailson Silva

Revisão:Gerardo Angelim de Albuquerque

Editoração Eletrônica e Impressão: Expressão Gráfica

Tiragem: 1.000 exemplares

União Rural – Informativo FAEC/SENARAno 15 – Nº 165 – agosto de 2009Publicação Mensal da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (FAEC) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR–CE)

Endereço: Rua Edite Braga, 50Jardim América – Fortaleza – CE CEP 60425–100Fone: (85) 3535 8000Fax: (85) 3535 8001E–mail: [email protected] Site: www.faec.org.br

Composição da Diretoria

Expediente

Por Kátia Abreu*

A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, fez um duro pronunciamento, hoje, na tribuna do Senado Federal, alertan-do que eventuais mudanças nos índices de produtividade das pro-priedades rurais, “vão minar todo o sucesso do agronegócio brasileiro”, afirmou. A senadora disse que as mudanças poderão criar insegu-rança jurídica no campo, atingin-do mais de 500 mil famílias. Para ela, o setor não precisa de índices de produtividade, “pois o mercado expropria quem não é eficiente”. A senadora lembrou que, ao con-trário dos outros segmentos da economia, aos quais não são exi-gidos índices de produtividade, a atividade rural não tem o direito de trabalhar segundo as conjunturas econômica, de mercado e de crise.

“Não interessa se os produto-res têm prejuízo ou se têm mer-cado para os seus produtos. São obrigados a produzir em 80% de suas áreas, contrariando a Cons-tituição, que diz, claramente, que produtividade está relacionada ao uso adequado e racional da terra”, afirmou a senadora. Ela indagou se, ao invés de comemorar os avanços do setor em termos de tecnolo-gia e produtividade, como ocorre quando a indústria publica a sua lucratividade, “o campo vai receber uma punição do governo federal, aumentando ainda mais os índices de produção”.

Segundo a senadora, a cada seis meses o setor agropecuário se vê ameaçado pelo anúncio de mu-danças nos índices de produtivida-de, “não bastassem os problemas causados pela questão ambiental, que tem paralisado praticamente todo o Brasil, criminalizando os

produtores rurais”. Kátia Abreu lembrou, ainda, que a carga tribu-tária sobre a cadeia de alimentos, de 16,9%, é a campeã no mundo, enquanto a média mundial é de 5%. Mencionou, também, a falta de in-fraestrutura, de logística - como a implantação de hidrovias, de ferro-vias e a modernização dos portos - cujo “custo brutal recai sobre as costas do produtor rural brasileiro”.

Diante de novo impasse sobre o aumento dos índices de produ-tividade, a senadora Kátia Abreu afirma que os índices em questão são medidos por fatores físicos: analisam apenas a quantidade pro-duzida de grãos, a quantidade de cabeças de animais por hectare ou o tamanho da terra cultivada. “Não levam em consideração o crédito, o juro, a mão-de-obra utilizada, o custo de oportunidade da terra, tecnologia aplicado ou o mercado”, explicou a senadora. Para ela, “o índice tem que ser calculado por meio dos fatores totais de produti-vidade e não apenas por dois fato-res”. Afirmou, também, que “o que é preciso analisar numa empresa urbana e rural é o seu faturamento líquido ou bruto e não o espaço fí-sico da terra”.

A senadora alertou, ainda, que culturas como algodão, trigo, lei-te, carne bovina, suína, cana-de-açúcar, café e frutas estão sendo comercializadas abaixo do custo de produção. Na sua avaliação, esses dados indicam o empobrecimento do setor rural e a necessidade de uma nova política agrícola para o País. “As políticas públicas é que são importantes para que possa-mos mudar a nossa economia”, ressalta.

Ao concluir seu discurso, a senadora Kátia Abreu disse que

os produtores e a CNA nada têm contra a reforma agrária. Informou que, segundo o relatório da CPMI da terra, de 2005, o País possuía 134 milhões de hectares disponí-veis para a reforma agrária como estoque de terras já indicadas como improdutivas. Citou, tam-bém, a participação do presidente do Incra em audiência pública no Senado, em maio deste ano, quan-do confirmou que o Governo tem 142 milhões de hectares de terras públicas disponíveis para reforma agrária. Indagou, então, se “ainda querem investir sobre o patrimô-nio privado sem o governo ter as condições e os recursos para tan-to”. Disse, ainda, que se a reforma agrária não obteve sucesso, os res-ponsáveis não são os produtores rurais, “mas a falta de um modelo viável que, de fato, possa distribuir

terras de forma honesta, transpa-rente, decente e defensável, que não gere o bolsão de pobreza que estamos vendo no nosso Brasil”. Finalizou afirmando, ainda, que “não vamos permitir que agridam o direito de propriedade”. Sugeriu que, se o governo quer terra para reforma agrária, “use o Banco da Terra ou o decreto do governo que permite compra de terras para fa-zer assentamento”.

* KÁTIA ABREU é senadora (DEM-TO) e presidente da Confede-ração da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Mudança nos índices de pro-dutividade vai minar o su-cesso do agronegócio

... o mercado expropria

quem não é eficiente.

... o índice tem que ser calculado

por meio dos fatores totais.

... se a reforma agrária não

obteve sucesso, os responsáveis

não são os produtores

rurais.

Palavra do Presidente

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“O SIDAGRO é uma ferramenta poderosa que vai ajudar os órgãos vinculados ao sistema fitossani-tário do Estado, pois acompanha, diariamente, a realidade das pro-priedades via internet, onde consta o plantel de animais da proprieda-de, a ficha de sanidade animal, as vacinações e a Guia de Transporte do Animal - GTA, entre outras in-formações”, disse o secretário. “O grande desafio agora, é manter o SIDAGRO atualizado, porque ele é muito dinâmico”, reconheceu. Na ocasião, o sistema foi testado no Agropacto para demonstrar a sua eficácia.

Para tirar o Estado do risco desconhecido da febre aftosa, Ca-milo Santana declarou que o Go-verno está cumprindo todas as exigências do MAPA - Ministério

da Agricultura, Pecuária e Abaste-cimento. E lencou 10 itens entre eles, a implantação da GTA - Guia de Transporte de Animal com a de-vida cobrança da taxa regulamen-tada pela Assembleia Legislativa, ainda a implantação e estruturação das Unidades da ADAGRI - Agência de Defesa Agropecuária, que hoje possui 25 Unidades presentes nos municípios, implantação de 54 pos-tos de notificação zoofitossanitária em convênio com outras Institui-ções (11 barreiras e 43 postos de apoio da ADAGRI), a consolidação da vacinação em 89% dos municí-pios, a aquisição de veículos, mo-tos, computadores, vans e trailers, e a realização de concursos público para contratação de 20 agentes estaduais e 56 Fiscais de Defesa Agropecuária, 30 mil produtores

ainda estão inadimplentes com a vacinação da febre aftosa.

Além disso, futuramente o Sis-tema, que já está disponível no site da Adagri (www.sidagro.adagri.ce.gov.br), ficará à disposição dos internautas para obtenção de da-dos. Porém os visitantes não terão acesso a informações sigilosas do Sistema.

Ele disse que todas essas ações foram pactuadas no Circuito Pe-cuário Nordeste 2009, que reuniu os secretários estaduais. A ideia do MAPA é envolver todos os estados objetivando acabar com o risco desconhecido até 2010 no País. Ele destacou como grandes parcerias nesse processo as secretarias mu-nicipais de agricultura, bem como a Ematerce, que já vinha dando apoio às campanhas anteriores.

Camilo Santana anunciou ainda o resultado da campanha 2009.1 contra a febre aftosa no Ceará, que resultou na vacinação de 1.966.000 cabeças de gado, contra 2 milhões e 298 mil cadas-tradas. Deste total 20 municípios fizeram 100% da vacinação e 30 mil, produtores ainda continuam

inadimplentes. Em outubro próxi-mo, a SDA realiza a segunda etapa da vacinação, quando espera aten-der a todos os criadores de gado.

Ferramenta on line vai ajudar entidades vinculados ao sistema fitossanitário do Estado.

“O Brasil precisa aprovar ur-gentemente uma Lei de Segurança Alimentar sob pena de não poder mais exportar alguns produtos agrí-colas para a Europa e, também, de uma nova Lei Ambiental”, alerta o presidente do Instituto Brasileiro de Frutas - IBRAF e representante do Instituto na Câmara Setorial da Fruticultura do Ministério da Agri-cultura, Pecuária e Abastecimento - Mapa, Luis Borges Júnior. O Pre-sidente do IBRAF abordou os “Pro-blemas Estruturais que dificultam as atividades agrícolas no país” duran-te a reunião do Agropacto, no dia 24 de agosto.

Segundo Luis Borges o Brasil está defasado em termos de leis de segurança alimentar e para exportar para a Europa “temos que ter uma

legislação igual a da União Européia, livre de resíduos e de contaminação de agrotóxicos.”

Informou ainda que em 2010 um novo comissário da Organização Mundial do Comércio Saúde (OMC) virá ao Brasil fazer nova inspeção em vários produtos. Eles já avisa-ram a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil - CNA, que o Brasil só cumpriu 40% das metas da OMC e que os próximos produtos a serem fiscalizados serão o melão e a manga.

Em 2007, durante a última inspeção realizada, proibiram a en-trada de produtos brasileiros na Europa. Fiscalizaram o melão, ma-mão, maçã e mel. “Já recebemos de-volução de maçãs da Finlândia por causa de embalagens inadequadas,”

disse. Diante do problema o Gover-no Federal está propondo uma nova legislação, através da Portaria 54, que trata da Segurança Alimentar. De acordo com Luís Borges, a emba-lagem é um problema sério no País, existe até uma pesquisa em São Pau-lo comprovando que de 110 mil pro-blemas de saúde da população, 82% são causados por contaminações microbiológicas e cerca de 80% por intoxicações e as embalagens são hoje as grandes responsáveis pela transmissão dessas doenças.

Luiz Borges disse ainda que as leis sobre classificação de produtos no Brasil precisam ser normatiza-das. É o chamado mercado justo. A tendência moderna vai ser fazer negócios pela internet e o produ-tor que não tiver a classificação dos seus produtos, o rótulo, vai estar fora do mercado, avisou. Ele criticou ainda as legislações sobre as Cen-trais de Abastecimento, informando que a CEAGESP (SP), funciona ainda um mercado medieval, com muita desorganização e sujeira.

O Presidente do IBRAF infor-mou também que a nova Lei vai exigir rastreabilidade, ou seja, o governo brasileiro vai ter que saber

as condições ambientais da fazenda até chegar ao supermercado, com registro do Mapa “é isso que deno-minamos de Produção Integrada. Isso vai nos dar um ônus muito grande, mas organizará a produção brasileira,” insiste.

Lei AmbientalSobre a nossa legislação am-

biental o Presidente do IBRAF foi duro. “A nossa Lei Ambiental de 1991 foi elaborada por ecologis-tas”. São dois pesos e duas medidas o que leva a ilegalidade. Felizmente, os nossos deputados estão enxer-gando o engano que está sendo cometido e estão reformando a Lei Ambiental, que começou no gover-no Fernando Henrique e foi assina-da pelo governo Lula. Se ela for apli-cada como está vai sobrar apenas 22,7% do território nacional para a agropecuária. Algumas regiões do Sul, como Santa a Catarina vão per-der toda a produção de uva, só para citar um exemplo.

Ele aconselhou que todo estado deve elaborar a sua legislação so-bre meio ambiente, com suas par-ticularidades naturais. O estado de Santa Catarina já fez a sua.

SIDAGRO é apresentado no Agropacto

País precisa de nova Lei de Segurança Alimentar e Ambiental, diz presidente do IBRAF

Presidente do IBRAF veio de Brasília para a reunião do AGROPACTO

OpiniãoDe acordo com o presidente da

OCB/CE, João Nicédio, a mudança é altamente significativa. E o Estado, a partir de agora, passou a ter condi-ções de provar a situação do Ceará, no que se refere à febre aftosa. “Foi fundamental a participação do Se-cretário na construção do Sistema. E com a vinda do MAPA em agos-to, teremos condições de sair do risco desconhecido” afirmou João Nicédio.

De acordo com o diretor de Agronegócios da ADECE, Zuza de Oliveira, é preciso investir, também, em treinamento e, além disso, criar interação viva entre produtores e SDA por meio do SIDAGRO.

“Sair do risco desconhecido é um trabalho urgente em regime de parceria das vinculadas da SDA, As-sociações, Sindicatos, produtores ru-rais e todos os interessados no agro-negócio”, conclui Camilo Santana.

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O Banco do Brasil (BB) reto-mou a posição de maior banco bra-sileiro em ativos, perdida em no-vembro passada com a fusão entre Itaú e Unibanco. O BB encerrou o segundo trimestre com ativos to-tais de R$ 598,839 bilhões, ante os R$ 596,387 bilhões do concorren-te. O crescimento foi de 32,8% das carteiras de crédito do Banco nos últimos 12 meses, que ampliou-se para R$ 252,485 bilhões. O BB também superou os concorrentes em rentabilidade no segundo tri-mestre, com retorno sobre o patri-mônio líquido médio atualizado de 33,2%. Segundo o Ministro da Fa-zenda, Guido Mantega, o BB obteve lucro elevando o volume de crédito e baixando as taxas de juros, mes-mo em meio à crise internacional. Em entrevista ao Jornal União Ru-ral, o superintendente Regional do Banco do Brasil, Sérgio Perez, des-taca as principais ações do BB para a agropecuária brasileira.

União Rural. Quais as pro-postas do Banco do Brasil para a agropecuária?

Sérgio Perez. Em consonância com o Plano Agrícola e Pecuário 2009/2010 do Governo Federal, o Banco do Brasil deve destinar para operações de crédito rural 30% a mais de recursos, em comparação com a safra 2008/2009, chegando a R$ 40 bilhões de reais.

Dos R$ 40 bilhões para opera-ções rurais, R$ 10 bilhões são para a Agricultura Familiar e R$ 30 bi-lhões para atender demais produ-tores e suas cooperativas.

Nossa expectativa é de aten-dimento de toda a demanda, com a utilização total de todos os re-cursos disponibilizados para o segmento.

U.R. Em termos de crédito para o homem do campo, há uma perspectiva de melhora?

Sérgio. Sim, pois o Governo Federal, ciente das dificuldades ocorridas no meio rural, seja por se-cas no sul/sudeste, seja por enchentes no norte/nordes-te, lançou resolu-ções (Res.Bacen nº 3.732 e nº 3.736) possibilitando a prorrogação e renegociação das operações com vencimento em 2009. Além disso,

foi criada linha emergencial com condições diferenciadas, para que os produtores rurais possam reto-mar suas atividades produtivas.

Aliado ao incremento nos re-cursos disponibilizados para a sa-fra 2009/2010, já mencionado, a expectativa é de que ocorra recu-peração e crescimento de ativida-des do agronegócio.

U.R. Como as instituições financeiras podem fazer para

contribuir com o segmento?

Sérgio. As ins-tituições financei-ras devem manter, e se possível, am-pliar o apoio já rea-lizado para o setor, através de finan-ciamentos no in-vestimento, custeio e comercialização da produção, além de parcerias com

cooperativas de produtores, bem como incentivando as exportações brasileiras no agronegócio.

O Banco do Brasil é o maior aplicador de recursos para o seg-mento, com participação de mais de 70 % do mercado, e o nosso desejo é ampliarmos cada vez mais essa atuação, consolidando o BB como o Banco do Agronegócio no Brasil.

U.R. Afora o universo rural, quais suas expectativas quanto à

gestão no Ceará?Sérgio. O Banco do Brasil é

hoje a maior instituição financeira do País, atendendo a todos os seg-mentos do mercado financeiro.

Em 200 anos de existência, o primeiro banco a operar no País coleciona histórias de pioneirismo e liderança. Foi o primeiro a entrar para a bolsa de valores; a lançar cartão de múltiplas funções; a lan-çar o serviço de mobile banking, a se comprometer com uma Agenda 21 Empresarial e a aderir aos Prin-cípios do Equador. Hoje é líder em ativos, depósitos totais, câmbio ex-portação, carteira de crédito, base de correntistas, rede própria de atendimento no país, entre outros.

Essas vitórias são resultado dos investimentos em tecnologia, do treinamento de funcionários, da estratégia de segmentação dos mercados, do atendimento espe-cializado e da busca constante por eficiência. Tudo isso, aliado à tradição da Empresa, fez do Ban-co do Brasil uma organização ágil, moderna e competitiva, com capa-cidade de atender as mais diversas demandas de negócios do País.

No estado do Ceará estamos presentes em 158 dos 184 muni-cípios cearenses, sendo 93 como única instituição bancária presen-te – agencias pioneiras Temos 426 pontos de atendimento no Estado, uma captação total: R$ 3,438 bilhões. Em Crédito temos um total de R$ 2,351 bilhões com 1.254.625 clientes Pessoa Físicas e 44.764 clientes Pessoa Jurídica.

O nosso objetivo é ampliar a nossa participação em todos os segmentos do mercado, apoiando e contribuindo para o desenvolvi-mento do nosso Estado, aprimo-rando cada vez mais a qualidade dos produtos e serviços e o atendi-mento aos nossos clientes.

Banco do Brasil volta a ser o maior banco do País

Sup. do BB Sérgio Perez (o 2º à esquerda) ao lado do Presidente da FAEC, Diretor do CNPC, do subsecretário da SDA e do Sup. do SENAR

Sup. do BB Sérgio Perez em visita ao encontro semanal do AGROPACTO)

... a expectativa é de que ocorra recuperação e crescimento de atividades do agronegócio.

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Os impactos da crise econô-mica, novas tecnologias, recon-figuração do mercado externo e oportunidades advindas do seu crescimento e as projeções para os próximos anos do consumo interno, são alguns dos temas da programação da 16ª edição da Semana Internacional de Fruticul-tura, Floricultura e Agroindústria (Frutal 2009).

O evento que será realizado de 14 a 17 de setembro, no Centro de Convenções, foi apresentado no Pacto de Cooperação da Agropecu-ária Cearense, pelo presidente do Instituto Frutal, Euvaldo Bringel. Já a programação técnica foi apre-sentada pelo diretor técnico, engº agrônomo Erildo Pontes. O evento é uma promoção do Instituto Fru-tal, com o patrocínio do Banco do Nordeste, Banco do Brasil, Sebrae/CE, Coelce, Ceará Portos e Nufarm.

A Frutal 2009 contará com 70 atividades, divididas em cursos e

palestras técnicas, seminários téc-nicos e setoriais, painéis, mesas re-dondas e oficinas. Destes, 16 são voltados para o setor de flores e plantas ornamentais e o restante para frutas e agroindústria. “Mi-lhões de pessoas com capacidade de compra chegam anualmente aos mercados. Temos que estar preparados para atendê-las, por isso a importância de discutir os desafios”, comenta o presidente do Instituto.

Segundo Erildo Pontes, a Fei-ra traz para o debate temas extre-mamente importantes para o de-senvolvimento da atividade tanto no Ceará quanto no Brasil, como transporte e logística de exporta-ção via portos do Pecém e Mucuri-pe, gestão da água para irrigação, financiamento e câmaras setoriais vão ser discutidos por palestrantes como o deputado federal Afonso Hamm (DF), presidente da Frente Parlamentar da Fruticultura.

Bringel afirma que a Frutal tem participação efetiva no êxito que a fruticultura cearense vem apresentando nos últimos anos, fator que resultou na realização da feira em outros estados. Este ano, além da 4ª Frutal Amazônia / Flor Pará, em Belém, que obteve resultados marcantes. “Saímos de uma exportação de sucos de 7,4 milhões para 23,55 milhões de dólares no ano passado” ressalta.

Além disso, a instituição pro-move ainda o Frutal Cone Sul, em novembro, na cidade gaúcha de

Bento Gonçalves, a terra do vinho, trabalhando a fruticultura tempe-rada, o vinho e as potencialidades dos estados desta Região e dos países do Cone Sul em parceria coma Frente Parlamentar de Fru-ticultura do Congresso Nacional.

Em 1994, o Ceará exportava menos de US$ 1 milhão em frutas frescas, hoje são US$ 131 milhões. Somos o terceiro maior produtor de frutas do Brasil e seguramente o que mais cresceu neste período,” afirma . A fruticultura é o setor da agricultura que mais tem cresci-do e um dos mais promissores de toda a economia no Estado.

Tanto que o Porto do Pecém é o maior do Brasil em escoamento da produção de frutas para o ex-terior, exportando 194.841.959 quilos em 2008. As 64 zonas de produção irrigada e de alta tecno-logia ocupam mais de 32 mil hec-tares de terra no Estado. E existe previsão de expansão para 40 mil hectares até 2010. O Brasil apre-senta crescimento de produção contínuo, de 4,5% em média há oito anos. A área de cultivo ultra-passa 2,260 milhões de hectares e emprega 5,6 milhões de pessoas.

Frutal 2009 discute oportunidades do mercado interno

Do Sertão para dentro do Parque de Exposições Governa-dor César Cals, em Fortaleza, vai reunir de 27 de setembro a 4 de outubro, o que há de melhor em termos de padrão genético do nosso rebanho bovino, caprino, suíno e eqüino. A estimativa desse ano, segundo a Secretaria do De-senvolvimento Agrário (SDA), que promove o evento, juntamente com a Associação dos Criadores do Ceará, é reunir 4.200 animais e 500 expositores e ainda cerca de 250 estandes oficiais e priva-dos, entre eles os Bancos do Bra-sil e do Nordeste do Brasil, Caixa Econômica e Bradesco.

Espera-se um público de 260 mil pessoas, superior ao do ano passado que foi de 230 mil. Com relação ao volume de negócios, apesar da crise mundial, a expec-

tativa é de R$ 9 milhões, contra os R$ 8 milhões do ano anterior. A Exposição reúne representantes dos Estados do Ceará, Pernambu-co, Rio Grande do Norte, Alagoas, Paraíba, Piauí, Sergipe e até de Minas Gerais.

A Expoece é uma das mais tra-dicionais exposições de animais do Nordeste com mais de 50 anos de tradição o que vem comprovar a força e a pujança do agrone-gócio da pecuária cearense, que representa 7% do PIB da agro-pecuária do Nordeste - R$ 280,5 bilhões. “O Ceará tem, portanto, o quarto PIB nordestino agropecuá-rio, sendo superado pelos Estados da Bahia (38,4%), Pernambuco (18,7%) e Maranhão (13,7%)”, dis-se o secretário Camilo Santana.

Além disso, segundo Santana, a Expoece é uma boa oportunida-

de de intercâmbio de experiências e novas tecnologias, principal-mente para os pequenos agricul-tores, que terão, mais uma vez, lugar de destaque na Feira.

AtraçõesA Expoece traz como atra-

ções exposições e julgamentos de animais, comercialização de produtos da agricultura familiar, concurso leiteiro, além de gran-des shows musicais. Um pavilhão inteiro foi reservado para a Fei-ra da Agricultura Familiar que é uma atração a parte e deve contar com 100 estandes de vendas de produtos, além de uma Casa de Farinha e um engenho. Na Casa de Farinha os visitantes podem acompanhar de perto o processo de fabricação do beiju e da tapio-ca. No engenho a cana-de-açúcar

é moída e daí surge o melaço, o caldo, a rapadura inteira e a rapa-dura moída.

Tem também uma Unidade Demonstrativa de Peixe, um Pes-que – Pague, um abatedouro de aves (galinha caipira, pato, capote e peru), e ainda, uma unidade de-monstrativa de mel, de queijo e de castanha.

A Expoece contará também com uma Bodega típica e uma Fazendinha, réplica de uma pe-quena propriedade rural bem no meio da Exposição. Dentro da casa, fogão a lenha, rádio antigo, um altar com imagens de santos que representam a religiosidade do sertanejo. Na parte de fora, as mais variadas atividades produti-vas desenvolvidas no campo: uma pequena horta, um curral, criação de galinhas de cabras e abelhas.

EXPOECE pretende reunir 500 expositores

O encontro na sede da Superintendência Regional do Banco do Brasil abordou a produção de frutas e flores do Brasil

Crescimento da produção contínua de frutas no País foi de 4,5%, em quase oito anos

Eventos da FrutalFrutal Amazônia / IX Flor Pará(25 a 28 de junho)Frutal 2009(14 a 17 de setembro)II AMAZONPEC(24 a 26 de setembro)I Frutal Cone Sul(05 a 07 de novembro)

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... embora o Brasil gaste mais de 20% do PIB em programas so-ciais, 10% dos mais ricos recebem 50% das aposentadorias e os 20% mais pobres ficam com 7%. Dos gastos com educação, 60% são destinados a universidades públi-cas, onde há estudantes das clas-ses mais altas?

... a humanidade despeja na natureza todos os anos 30 bilhões de toneladas de lixo. Embora 2/3 do planeta sejam água apenas uma pequena fração dela se mantém potável. Como resultado, a falta aguda de água já atinge 1,3 bilhão de pessoas em todo o mundo?

... o primeiro elemento que jus-tifica a reforma do Código Florestal Brasileiro é a necessidade de en-contrar redução para equacionar o problema do passivo ambiental que hoje atormenta os produtores?

... o Banco do Nordeste, em 2009, comemora quatro anos de atuação do Agroamigo, com mais de 530 mil operações de crédito realizadas e R$ 650 milhões inves-tidos na economia regional?

... o Ceará possui 86,8% de sua área inserida na região do semiári-do brasileiro – o que significa um risco de seca maior que 60%? A evaporação é tão alta que, enquan-to chove 800mm/ano, a agua eva-porada chega a 2100mm/ano?

... o Estado do Ceará está di-vidido em 11 bacias hidrográficas – Acaraú, Coreaú, Litoral, Curu, Metropolitana, Poti-Longar, Alto Jaguaribe, Médio Jaguaribe, Baixo Jaguaribe, Banabuiú e Salgado?

... a produção de grãos, em 2008, no Brasil é resultado do plantio em 47 milhões de hectares, o que representa apenas 5,5% do

território nacional?... apenas 23% do território

brasileiro pode ser ocupado pela agropecuária. O restante são par-ques nacionais, unidades de con-servação, reservas indígenas, de quilombolas e outros. Os indígenas ocupam hoje 800 mil km²?

... a participação da agricultura no PIB brasileiro foi de 24%, ge-rando um superávit comercial de US$ 60 bilhões?

... a vazão média anual dos rios do Brasil é de cerca de 180 mil m³/s, o que corresponde a, apro-ximadamente, 12% da disponibili-dade mundial de recursos hídricos superficiais, que é de 1,5 milhão de m³/s?

... o sétimo levantamento divul-gado pela Conab, prevê uma safra 2008/2009, de 137,57 milhões de toneladas, com um crescimento de

1,7%. Uma das culturas com maior incremento é o milho que saiu de 50,37 milhões de toneladas para 51,91 milhões de toneladas, com 3,06% de acréscimo?

... acabando com o mito de que o eucalipto é um grande consumi-dor de água. Enquanto para produ-zir um quilo de madeira de euca-lipto são consumidos 350 litros de água, para a produção de um quilo de grão de soja gastam-se 2000 li-tros de água?

... a agropecuária representa um setor da economia que respon-de por 26,46% do Produto Interno Bruto – PIB, 37% dos empregos e 136,3% das exportações?

... criado em 2005, o Programa de Microcrédito Rural do Banco do Nordeste, já aplicou mais de R$ 650 milhões?

PER inicia novas turmas, inclusive uma em Fortaleza

Um curso para quem quer aprender a gerir melhor a sua pro-priedade, com uma carga horária de 136 h/a, de agosto a dezembro, uma vez por semana, sempre aos sábados, está sendo ofertado pelo Sistema FAEC/SENAR, o SEBRAE e a Associação dos Jovens Empresá-rios - AJE, em Fortaleza, na sede da FAEC, Rua Edite Braga, Nº 50. O público-alvo são produtores ru-rais, seus filhos ou pessoas envol-vidas no setor, maiores de 18 anos e com ensino médio completo e, ainda, tem que possuir uma pro-priedade rural onde será desen-volvido um projeto de investimen-to ao longo dos quatro meses de capacitação.

Trata-se do Programa Empre-endedor Rural - PER, uma expe-riência que vem dando certo no estado do Paraná, foi trazida para o Ceará pelo SENAR, em 2007. Os interessados devem procurar a co-ordenação do PER em Fortaleza, os Sindicatos dos Produtores Rurais nos municípios e os escritórios re-gionais do SEBRAE. “As aulas terão início a partir do dia 26 de agosto

e é necessário formar uma turma, de pelo menos, 30 participantes” explica o engenheiro agrônomo Eduardo Queiroz de Miranda, um dos coordenadores do programa no Estado.

No período de 26 a 29 de agosto terá inicio as aulas do Empreendedor Rural em 25 mu-nicípios cearenses: Solonópole, Pedra Branca, Mombaça, Piquet Carneiro, Iguatu, Ibaretama, Cra-to e Mauriti, Catunda, Monsenhor Tabosa, Tamboril, Crateús, Inde-pendência, Tauá, Trairi, Itapajé, Sobral, Marco, Cascavel, Fortim, Aracati. Nas cidades de Russas, Li-moeiro do Norte e Morada Nova, os cursos terão início no período de 9 a 11 de setembro.

Este ano o Programa atenderá a 34 municípios envolvendo cerca de mil produtores rurais. Já está funcionando desde julho passado nos municípios de Jaguaribe, Ja-guaretama, Jaguaribara, Quixadá, Quixeramobim, Banabuiú, Viçosa do Ceará, Tianguá e Ubajara, capa-citando 270 empreendedores.

Agropecuaristas do municí-pio de Quixeramobim produziram o maior queijo do mundo, com 760,5kg. A peça foi apresentada ao público na abertura do III Fes-tival do Leite de Quixeramobim (Festleite), que se realizou de 13 a 15 de agosto. Após bater o recor-de mundial no ano passado, com um queijo de 718kg, eles inclu-íram 42,5kg a mais e garantir a hegemonia do título. Até 2007, o título pertencia aos produtores da Holanda.

Segundo a gerente regional do Serviço de Apoio às Micro e Pe-quenas Empresa (Sebrae), Wilma de Almeida, o Festleite tem por objetivo promover a cadeia pro-dutiva da maior bacia leiteira do Estado. O primeiro queijo produ-zido no Festival alcançou a marca de 320kg, superando o feito em Cárceres, no estado do Mato Gros-so, com 230kg. Em 2007, quando o Festleite foi iniciado, os produ-tores da “capital cearense do leite” pretendiam ultrapassar apenas os números nacionais.

Quanto ao Guinness Book, a técnica do Sebrae informou não terem surgido patrocinadores

para bancarem a homologação. As despesas para certificação e publi-cação da marca no Livro dos Re-cordes custam US$ 6 mil. Também há uma série de exigências para a oficialização. No Brasil, o Guin-ness é representado pela Ediouro, com escritório no Rio de Janeiro. Todavia, enquanto o título não é confirmado pela famosa edição, os interessados poderão consta-tar a façanha dos produtores do município de Quixeramobim.

Neste ano, além da exposição dos derivados de uma das maio-res bacias leiteiras do Ceará, com mais de 60 mil cabeças de gado e cerca de 110 mil litros/dia, tam-bém houve comercialização de produtos lácteos industrializados na região. No espaço do Festleite também foi realizada a IV Feira de Agronegócios - Artesanato, Indús-tria e Comércio de Quixeramobim (FAICQ). Produtores de grande, médio e pequeno porte de todo o Sertão Central poderão utilizar o espaço de negócios. A expectativa do Sebrae era movimentar pelo menos R$ 80 mil.

O Festleite foi criado pelo escritório local do Sebrae junta-mente com a Secretaria de Agri-cultura de Quixeramobim. Além da Betânia, Maranguape e outras indústrias lácteas do Estado, a Doces Gostosura e a Faculdade de Tecnologia Centec (Fatec) são parceiras do evento. Juntas, pre-param mais de oito mil litros de leite para a produção do queijo es-pecial. O insumo básico é coletado totalmente no município.

Festleite apresenta queijo de 760 kg

O maior queijo do mundo levou 8 horas no processo de fabricação com 16 pessoas em operação

FICHA TÉCNICA DO QUEIJO

MATERIAL QUANTIDADES MEDIDAS DO QUEIJO PESO DO QUEIJO

SAL 82kg ALTURA 59cmPESO

BRUTO 940,5kg

COALHO LÍQUIDO 2,05l LARGURA 71cm FORMA 180kg

CLORETO DE CÁLCIO 2,05l COMPRIMENTO 2m QUEIJO 760,5kg

LEITE 8.200kg

Você

sab

ia q

ue...

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Sinrurais e seus presidentesMUNICÍPIO PRESIDENTE FONE

ACOPIARA FCO CHAGAS DE CARVALHO NETO (88) 9908.9299

ALCÂNTARA JOSÉ OSMAR LOPES (88) 9281.2471

ALTANEIRA RAIMUNDO NOGUEIRA SOARES (88) 9934.3543

AMONTADA HUMBERTO ALBANO DE MENEZES (88) 9955.1178

ARACATI NORMANDO DA SILVA SOARES (88) 8813.9837

ARACOIABA GERARDO ALVES DE MELO (85) 9989.4365

AURORA FRANCISCO TARCISO LEITE (88) 8897.0650

BANABUIÚ JOSÉ ERNANDO DE OLIVEIRA (88) 9965.0181

BATURITÉ FRANCISCO INÁCIO DA SILVEIRA (85) 8681.1243

BEBERIBE SEBASTIÃO FILGUEIRAS BASTOS (85) 9628.8767

BOA VIAGEM FRANCISCO DE ASSIS LIMA (88) 9975.7266

BREJO SANTO FRANCISCO VALMIR DE LUCENA (88) 9964.1518

CARNAUBAL JOSÉ AUGUSTO TAVARES (88) 3650.1449

CASCAVEL PAULO HELDER DE ALENCAR BRAGA (85) 9981.4357

CATUNDA JOÃO BRANDÃO DE FARIAS (88) 9225.2691

CAUCAIA RICARDO BEZERRA NUNES (85) 3342.1512

CEDRO JOSÉ BEZERRA VIANA (88) 3564.0173

COREAÚ JOSÉ PINTO DE ALBUQUERQUE (88) 9928.0245

CRATEÚS ANTONIO NARCELIO DE O. GOMES (88) 9291.4881

CRATO FRANCISCO FERREIRA FERNANDES (88) 9969.6011

GRANJA PEDRO FONTENELE DE SOUSA (88) 9635.8512

GUAIÚBA HAROLDO MOURA SALES (85) 9958.8430

GUARACIABA DO NORTE GILBERTO BALTAZAR DE MESQUITA (88) 9952.8853

IBARETAMA CARLOS BEZERRA FILHO (88) 9968.1218

IGUATU JOSÉ BESERRA MODESTO (88) 3581.6178

INDEPENDÊNCIA MOACIR GOMES DE SOUSA (88) 3675.1011

IPU FCO DAS CHAGAS PERES MARTINS (88) 9916.0679

ITAPAJÉ JOSÉ BEROALDO DUTRA DE OLIVEIRA (85) 9188.9505

JAGUARETAMA EXPEDITO DIÓGENES FILHO (85) 9951.2731

JAGUARIBE MARIA ZIMAR PINHEIRO DIÓGENES (88) 9218.1412

LIMOEIRO DO NORTE LUIZ MENDES DE SOUSA ANDRADE (88) 9958.8000

MARANGUAPE FRANCISCO DE ASSIS VIEIRA FILHO (85) 3341.5575

MARCO ALEXANDRE MAGNUM LEORNE PONTES (88) 9928.1092

MASSAPÊ JOSÉ T. VASCONCELOS JÚNIOR (88) 9955.6915

MILAGRES FRANCISCO WILTON FURTADO ALVES (88) 9952.5760

MISSÃO VELHA FRANCISCO FRANCIVALDO CRUZ (88) 8833.4008

MONSENHOR TABOSA FCO DAS CHAGAS FROTA ALMEIDA (88) 3696.1254

MORADA NOVA FCO EDUARDO B. DE LIMA JUNIOR (88) 9921.7979

MORAÚJO MARCOS AURÉLIO ARAÚJO (88) 3642.1016

MORRINHOS JOÃO OSSIAN DIAS (88) 9910.5699

MOMBAÇA FRANCISCO DANÚBIO DE ALENCAR (88) 8806.8846

NOVA RUSSAS EUGÊNIO MENDES MARTINS (88) 3672.1231

PIQUET CARNEIRO EXPEDITO JOSÉ DO NASCIMENTO (88) 3516.1810

QUIXADÁ FCO FAUSTO NOBRE FERNANDES (88) 3412.1616

QUIXERAMOBIM JOSÉ MAURO MAIA RICARTE (88) 8818.0090

QUIXERÉ VALDIR GONÇALVES LIMA (88) 3423.6955

RUSSAS PEDRO MAIA ROCHA JUNIOR (88) 3411.1016

SANTANA DO ACARAÚ FRANCISCO HELDER LOPES (88) 9967.8554

SANTANA DO CARIRI JOSÉ CIDADE NUVENS (88) 3545.1456

SENADOR POMPEU JOSIEL BARRETO DA SILVA (88) 3449.0375

SOBRAL HIRAM ALFREDO CAVALCANTE (88) 9171.1032

TABULEIRO DO NORTE EDNARD FERNANDES DE A. FEITOSA (88) 9913.7270

TAMBORIL FRANCISCO EDMILSON SOARES (88) 3617.1160

TAUÁ JOSÉ LÚCIO DO NASCIMENTO FILHO (88) 3437.1431

TIANGUÁ FERNANDO ANTO. V. MOITA (88) 9602.9046

TRAIRI JOÃO ALVES FREIRE (85) 9646.2040

UBAJARA INÁCIO DE CARVALHO PARENTE (88) 9953.5382

VIÇOSA DO CEARÁ WILLAME REIS MAPURUNGA (88) 3632.1544

SINDICATO PRESIDENTE FONESINDICATO DOS PRODUTORES

DE LEITE - SPL JOSÉ DOS SANTOS SOBRINHO (85) 9997-3506

COORDENADOR REGIONAL

COORDENADOR REGIÃO FONE

INÁCIO DE CARVALHO PARENTE REGIÃO DA IBIAPABA (UBAJARA) (88) 9953-5382

O presidente do Sindicato Rural de Banabuiú, o engenheiro agrônomo José Ernando de Oli-veira, que é filho de produtor, ga-rante que o seu ‘palco de trabalho’ é junto ao homem do campo. Por acreditar nisso, sempre exerceu suas atividades ligadas ao homem

Entrevista com o Presidente do Sinrural de Banabuiúdo campo e fala da satisfação de atuar neste segmento, seja por meio das ações sindicais ou atra-vés dos serviços prestados ao tra-balhador rural como instrutor do SENAR – AR/CE.

U.R. Qual a sua meta adminis-trativa para exercer as ações do sindicato?

Ernando. Eu sempre tenho falado das atribuições do nosso Sindicato, não só para o produtor filiado, muitas vezes quando faze-mos uma apresentação das nossas atividades. Falo o que realizamos e o que deixamos de fazer por um motivo ou outro. Minha meta é es-truturar o Sindicato com uma sede maior e poder contar com uma participação de outros membros da diretoria, cada um ficando res-ponsável por determinada ação ou

ações dentro do Sindicato.U.R. Qual a maior economia

do município?Ernando. A maior economia

do Município, provém do setor primário; notadamente a bovino-cultura de leite e a caprinovinocul-tura. Muito embora tenhamos um potencial de desenvolver outras atividades; temos dois grandes açudes o Arrojado Lisboa com ca-pacidade de 1,7 bilhão de metros cúbicos e o Vinícius Berredo com capacidade de 326 milhões de me-tros cúbicos com potencial para a agricultura irrigada, a fruticultura e a piscicultura. Dispomos sema-nalmente da maior feira de produ-tos agropecuários da região na ci-dade de Quixadá, onde quase tudo que se produz é comercializado.

U.R. Como você classifica a atual diretoria da FAEC? Notada-mente as ações do seu Presidente?

Ernando. Ótima. Sabemos da dedicação e do entusiasmo que tem o nosso presidente Torres de Melo em todos os aspectos, de suas idas e vindas a Brasília, junto aos parlamentares, buscando sempre uma melhor alter-nativa para a ques-tão da renegocia-ção das dívidas ru-rais. As parcerias que são realizadas e tantas outras lu-tas fazem com que o apoiamos sem-pre a permanecer à frente da FAEC.

U.R. Quais as ações de maior importância exercida por você nesse município, à frente do Sinrural?

Ernando. Mobilização, for-mação e capacitação do produtor rural, através dos cursos/treina-mentos do SENAR, isso tem sido nossa grande bandeira. Os proje-tos e programas vindo da FAEC a exemplo dos ADRS, Programa Aprisco Ceará e agora o Programa Empreendedor Rural, lembrando neste momento o grande parceiro da FAEC o SEBRAE; portanto um parceiro do produtor rural e tem demostrado nos projetos e pro-gramas realizados no nosso Muni-cípio. Somos credenciados nos 02 (dois) Banco de desenvolvimento da região: o Banco do Nordeste e o Banco do Brasil para elaboração de projetos e assistência técnica aos produtores rurais.

U.R. Você considera que as ações de um sindicato rural são imprescindíveis para o desenvol-vimento das atividades agropecu-árias do município?

Ernando. Sim, porém é ne-cessário que todos as entidades: A Ematerce, a Secretaria de Agri-cultura do Município, o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhado-ras, a Federação das Associações Comunitárias, as Associações Co-munitárias e as famílias estejam engajadas em um único objetivo o de fazer o desenvolvimento do nosso setor.

U.R. Há quanto tempo você está no exercício da presidência do sindicato e se foi válida pres-tar essa colaboração?

Ernando. Fui eleito presiden-te logo no início da fundação do Sindicato, em 1995, e permane-ço até hoje, portanto 14 anos. Agradeço isso primeiro a Deus e depois aos que em mim depo-sitaram seu voto de confiança, sempre procurei trazer o melhor dos projetos e programas que são disponibilizados pelo Siste-ma FAEC/SENAR, nunca deixei nenhum desses projetos voltar, sem antes fazer algum esforço.

Se não fizemos o me-lhor, realizamos o que nos foi possível, dentro da nossa rea-lidade e capacidade.

U.R. Na sua opi-nião, como deve ser o funcionamento ideal de um sindicato?

Ernando. Que haja um comprometi-mento e envolvimen-to em todas as reivin-dicações; buscando soluções viáveis e ao

alcance do produtor rural.U.R. Qual o seu relaciona-

mento com os demais componen-tes de outras diretorias sindicais?

Ernando. Mantemos um ótimo relacionamento, com os Sindicatos da região do Sertão Central, notadamente o Sindicato Rural de Quixadá, com o seu pre-sidente Francisco Fausto Nobre Fernandes, o Sindicato Rural de Ibaretama, com o seu presidente Carlos Bezerra Filho, onde sem-pre que possível e necessário nos reunimos em Quixadá para tra-çarmos algumas ações conjuntas.

U.R. Você classifica o sindi-cato do qual é presidente, como uma das entidades congêneres que exerce bom trabalho em prol da defesa dos interesses dos pro-dutores rurais do município? Por que?

Ernando. Sim, pois procu-ramos fazer sempre o melhor, dentro das nossas possibilidades para atender ao produtor rural em suas reivindicações.

José Ernando de Oliveira, presidente do Sinru-ral de Banabuiú

... através dos cursos/

treinamentos do SENAR,

isso tem sido nossa grande

bandeira.

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Eudoro Santana anuncia conclusão do Plano do Pacto das Águas

Chiquinho Feitosa assume Associação dos Criadores do Ceará

Com o pedido de licença do pre-sidente da Associação de Criadores, Flávio Viriato de Saboya Neto, o vice-presidente da ACC, Chiquinho Feitosa, assumiu desde o dia 1 de agosto, a pre-sidência da entidade que tem mais de 60 anos de existência. Flávio Saboya teve que assumir a presidência da Fe-deração da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará - FAEC, em função do afastamento, também temporário, do presidente da Federação, Torres de Melo, que se encontra em Brasília cumprindo missão especial como vice-presidente diretor da CNA, exercendo o trabalho de Infraestrutura e Logísti-ca. De acordo com Saboya, Chiquinho Feitosa, um dos criadores de gado mais tradicionais do Ceará, tem pela frente o desafio de promover mais uma Expo-sição Agropecuária no final deste mês de setembro, o que fará com eficiência, haja vista sua experiência no ramo.Castanha

Incluídas entre as maiores exporta-doras brasileiras de castanha de caju, as empresas cearenses Resibras, Cas-caju Agroindustrial e Usibras repre-sentarão o Brasil na Feira Internacio-nal de Alimentação, que se realizará em Colônia, na Alemanha, de 10 a 14 de outubro. Na opinião do presidente do Sindicato da Indústria do Caju do Ceará, Lúcio Carneiro Filho, “o exigen-te mercado europeu está de olho na alta qualidade da castanha brasileira”. Ele explica que o ano de 2008 marcou a consolidação da castanha do Brasil na Europa, abrindo novas e excelentes perspectivas. Até então, os exportado-res cearenses de castanha eram muito dependentes do mercado dos Estados Unidos.Técnicos da UFC participam em Dia de Campo em Cascavel

Técnicos do departamento de Zoo-tecnia da UFC ensinaram aos pecua-ristas de Cascavel, nos dias 7 e 8 de agosto, a técnica da fenação em um Dia de Campo, realizado por meio de uma parceria entre o SISTEMA FAEC/SENAR, SEBRAE e UFC, com o apoio do Sindicato Rural de Cascavel e da Prefei-tura Municipal.

Durante os dois dias, foram repas-sadas tecnologias de armazenamento de forragens, utilizada na alimentação animal no período de escassez. “Exis-tem vários métodos de se conseguir armazenar alimentos e uma delas é a fenação, que consiste na desidrata-ção rápida das forrageiras sem que as mesmas percam o sue valor nutritivo. Para este modelo de armazenamento seguimos três etapas importantes. O corte (forrageira deve estar na época de corte), a secagem ao sol e o arma-zenamento que pode ser em fardos ou sacos” explica o eng agrônomo, Jorge Prado, chefe do Departamento Técnico da FAEC, envolvido na organização do evento.

Outras ações neste sentido estão sendo programadas para os municí-pios de Iguatu e Independência, previs-ta ainda para este ano.

Livre Mercado IBraço político e técnico do agrone-

gócio cearense, a Câmara Setorial da Fruticultura empreende, neste mo-mento, um esforço no sentido de ace-lerar as providências para a instalação - nos perímetros públicos de irrigação administrados pelo Dnocs - de postos

de recolhimento e armazenagem de embalagens vazias de agrotóxicos. A Câmara não está só nessa empreita-da, porque as tarefas são repartidas. A fiscalização é responsabilidade da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) e da Agência de Defesa Agropecuária (Adagri). Por sua vez, aos produtores - e aqui todos são incluídos - cabe recolher as embala-gens, encaminhando-as aos postos, cuja instalação é de responsabilidade, por Lei, da rede de revendedores de agrotóxicos. A destinação final do que é recolhido é do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (INPEV).Livre Mercado II

Como se observa, é de todos os agentes da cadeia produtiva o compro-misso com o ambientalmente correto. Na região da Serra da Ibiapaba, isso já vem sendo feito pelos produtores de frutas e hortaliças. Agora, se-lo-á tam-bém nos perímetros irrigados de Tabu-leiro de Russas, no Vale do Jaguaribe, e do Baixo Acaraú, no Norte do Ceará, onde serão instalados os dois primei-ros postos de coleta das embalagens vazias, as quais serão depois enviadas para São Paulo, onde serão incineradas ou recicladas. Em todo o mundo, há um esforço pela prática da agricultura ambientalmente limpa. Neste sentido caminha também a fruticultura cearen-se, cujas exportações foram retomados neste mês de agosto. O mercado inter-nacional dá preferência à importação de frutas produzidas sem agrotóxicos, pagando por elas um preço maior. É hora, pois, de auferir lucro preservan-do a natureza. Encontro em Brasília

O superintendente do Senar/CE, Flávio Viriato de Saboya Neto esteve durante três dias em Brasília, parti-cipando de Encontro Nacional dos Dirigentes do Sistema Senar. Na pau-ta, assuntos de interesse geral e uma capacitação na área de comunicação social, ministrada pelo jornalista He-raldo Pereira, do Sistema Globo de co-municação. Saboya considerou o curso excelente, na medida em que orientou os dirigentes a uma postura e posicio-namento perante a mídia.Açude

Foi assinada pelo governador Cid Gomes, a ordem de serviço para a construção do açude Missi, em Miraí-ma, na Região do Litoral Oeste do Es-tado. A obra terá investimentos de R$ 32 milhões em recursos do Programa de Aceleração do Crescimento e con-trapartida do Estado. O açude servirá para regularização do abastecimento de Amontada, desenvolvimento da pes-ca e irrigação, entre outros benefícios. Fonte: Jornal O PovoIII Feira Agropecuária de Ubajara

Exposição de bovinos, ovinos, ca-prinos, veículos, máquinas e equipa-mentos, cultura regional, capacitações, gastronomia, shows e muito mais, estão na programação da III Feira de Ubajara, que será realizada de 09 a 13 de setembro, no Parque de Expo-sições do Município. O evento é uma promoção da Prefeitura Municipal de Ubajara, Governo do Estado do Ceará, Sebrae e Adagri. Tem o apoio do Banco do Nordeste, FAEC/SENAR, Ematerce, Banco do Brasil, Seagri, SDA, Fetrae-ce, Sine-Ce, Ematerce. O presidente do Sindicato Rural de Ubajara, Inácio de Carvalho Parente, esteve no encontro semanal do Agropacto, do dia primeiro de setemembro, divulgando a Feira.

A experiência do Pacto das Águas foi apresentada, no dia 04, na reunião semanal do Pacto de Cooperação da Agropecuária Ce-arense – Agropacto pelo secre-tário-geral do Conselho de Altos Estudos e Assuntos Estratégicos da Assembleia Legislativa, Eudoro Santana, que expôs os resultados da articulação dos setores envol-vidos na elaboração do Plano Es-tratégico dos Recursos Hídricos do Ceará. Na ocasião, Santana afirmou que a terceira etapa do projeto, o Plano Estratégico, será concluída no mês de setembro.

“O Plano Estratégico não pre-tende ser apenas um plano, embo-ra trabalhado de forma participa-tiva, ele representa uma “pactua-ção” a nível municipal e estadual feita com a participação de todos os comitês de bacias e institui-ções públicas e privadas,” desta-cou Santana. Nesse sentido foram realizadas 12 oficinas regionais preparatórias, 157 diálogos mu-nicipais e 12 seminários regio-nais, que resultou na participação efetiva de mais de 10 mil pesso-as e mais de 200 profissionais. O Estado foi dividido em 8 núcleos e foi daí que saiu o primeiro do-cumento – Cenário dos Recursos Hídricos. O trabalho foi realizado tendo como base quatro eixos te-máticos: água para beber, água e desenvolvimento, gerenciamento integrado dos recursos hídricos e convivência com o semiárido.

Eudoro destacou ainda que está em construção a proposta de um modelo de gestão para os pequenos sistemas de abasteci-mento d’água das comunidades rurais, fato destacado pelo gover-nador Cid Gomes como dos mais importantes, que classificou como “uma vergonha” a presença ain-da hoje do carro-pipa em muitas comunidades.

O ex-diretor do DNOCS defi-niu o Pacto das Águas “como um processo de articulação social que vem trabalhando na busca

de instrumentalizar o Estado, não só as esferas públicas, mas tam-bém a sociedade, com uma visão estratégica e consensual sobre os recursos hídricos”. A grande preocupação dele agora é com o cumprimento das metas que se-rão propostas no Plano Estratégi-co, além da questão da integração das políticas públicas como a saú-de, educação, produção e a terra.

ParticipaçãoA reunião foi coordenada pelo

vice-presidente da FAEC, Flávio Viriato de Saboya Neto. Na oca-sião Saboya aproveitou para colo-car o tema Água na programação do Agrinho, que desenvolve agora o tema Meio Ambiente com mais de 220 mil alunos das escolas pú-blicas dos distritos cearenses. O Agrinho é um projeto do SENAR - Serviço Nacional de Aprendiza-gem Rural, que leva informação e premiação aos melhores traba-lhos em desenho, pintura e reda-ção, visando inserir o jovem e a criança no processo de educação com responsabilidade social.

Técnico destaca atuação do DnocsDois ex-diretores do DNOCS,

Cássio Borges e Godofredo Quei-roz presentes na reunião do Agropacto, fizeram questão de destacar que o Departamento foi o primeiro do Nordeste a fazer a gestão dos recursos hídricos.

“Até 1908 tudo era desolador no Nordeste, era seco, não tinha um só açude”, disse Cássio Borges que foi o primeiro hidrólogo for-mado no Nordeste.

“A visão que os novos téc-nicos têm é de que foi a nature-za que criou os açudes que hoje abastecem as cidades, quando foi o DNOCS que construiu o Orós, o Banabuiú, o Araras Norte, o Casta-nhão, ou seja, mais de 323 gran-des barragens no Nordeste brasi-leiro que acumulam 26 bilhões de m³ d’água e 622 em cooperação com governos e prefeituras, en-tidades particulares, que acumu-lam 1,5 bilhão de metros cúbicos de água, totalizando aproxima-damente 28 bilhões de metros cúbicos, representando 15 baías da Guanabara. Além disso, foi o DNOCS que instalou as primeiras estações metereológicas, lem-brando que, em 1958, já existiam mais de 200 estações instaladas”, destacou Borges.

Eudoro Santana expôs os projetos no AGROPACTO

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