unidade 3 vibracoes

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unidade 3 vibracoes

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  • Unidade 3: Vibraes Foradas sob Excitao Harmnica

    55

    UNIDADE 3 - VIBRAES FORADAS SOB EXCITAO

    HARMNICA

    3.1 - Introduo

    Vibrao forada aquela que ocorre quando o sistema sofre a ao de foras externas durante o movimento.

    As foras que atuam sobre o sistema podem ser determinsticas ou aleatrias, determinando uma caracterstica do

    movimento vibratrio. As foras determinsticas podero se apresentar de diversas formas. As foras harmnicas e as

    foras peridicas so as que representam a maioria dos fenmenos responsveis por vibraes em sistemas fsicos.

    Como visto na Unidade 2, os sistemas que sero estudados so representados por equaes diferenciais lineares. A

    resposta de um tal sistema, que a soluo da equao do movimento, sob a ao de foras, ter a mesma forma

    funcional que a fora atuante. Isto significa que uma fora harmnica produz uma vibrao harmnica, uma fora

    peridica produz uma vibrao peridica, etc. A soluo particular da equao diferencial , ento responsvel por

    representar este movimento. Mas a soluo geral composta de uma soluo homognea e uma soluo particular. A

    soluo homognea representa a parcela transitria da resposta do sistema, aquela que produzida pelas condies

    iniciais do movimento. tambm a soluo homognea que representa a resposta transiente que resulta da aplicao

    eventual de alguma fora com tempo de durao finito, o que ser visto na Unidade 4.

    A excitao harmnica representada por uma funo senoidal apresentando a forma

    F t F t( ) sen 0 ou

    F t F t( ) cos 0

    onde F0 a amplitude da fora (o valor da fora quando a mesma aplicada estaticamente), a frequncia com que a fora aplicada (igual a zero quando de aplicao esttica) e o ngulo de fase medido em relao ao referencial de tempo (atraso da resposta em relao fora).

    Em forma complexa pode-se escrever tambm

    F t F e

    i t( )

    0

    Este tipo de fora produzir uma resposta harmnica que tambm ter a forma funcional senoidal.

    Neste captulo, tambm ser visto o fenmeno da ressonncia, que ocorre quando a frequncia com que a fora

    aplicada coincide com a frequncia natural do sistema que sofre a ao da referida fora. Este fenmeno amplamente

    conhecido e pode produzir graves consequncias integridade estrutural do sistema.

    3.2 - Equao Diferencial do Movimento

    k

    (a)

    kx

    m m

    .cxc

    x

    Sistema Diagrama de corpo livre

    (b)

    F(t) F(t)

    Figura 3.1 - Sistema de um grau de liberdade sob esforo externo.

  • Unidade 3: Vibraes Foradas sob Excitao Harmnica

    56

    A Figura 3.1 mostra o modelo de um sistema de um grau de liberdade, amortecido, e seu respectivo diagrama

    de corpo livre. O diagrama de corpo livre mostrado na Figura 3.1b ilustra as foras atuantes na massa m. Aplicando a 2a

    Lei de Newton, a equao diferencial do movimento obtida como

    mx cx kx F t (3.1)

    Esta equao diferencial possui uma soluo geral constituda de uma soluo homognea associada a uma

    soluo particular

    x t x t x th p (3.2)

    A soluo homognea obtida fazendo F(t) = 0 resultando na vibrao livre (dependente das condies

    iniciais) que foi estudada na Unidade 2. A soluo particular representa a vibrao de regime permanente do sistema,

    persistindo enquanto a fora externa atuar. A Figura 3.2 ilustra a composio da soluo da equao diferencial (3.1). A

    parcela do movimento que diminui com o tempo, devido ao amortecimento chamada transiente ou transitria e a

    rapidez com que ocorre esta diminuio depende dos parmetros do sistema, m, c e k.

    t

    t

    xh(t)

    xp(t)

    x(t) = xp(t) + x

    p(t)

    t

    Figura 3.2 - Solues homognea, particular e geral da equao diferencial do movimento.

    3.3 - Sistema No Amortecido Sob Fora Harmnica

    Por simplicidade, estudaremos inicialmente o sistema sem amortecimento (c = 0) e com F(t) = F0 cost. A equao (3.1) assume a forma

    mx kx F t cos 0 (3.3)

    A soluo homognea desta equao, estudada na seo 2.2.1, tem a forma

    x t C t C th n n 1 2cos sen (3.4)

    A soluo particular, por sua vez,

    x t X tp cos (3.5a)

    Se (3.5a) soluo da equao (3.3), ento deve verificar a mesma. Se a velocidade e a acelerao so obtidos

    por derivao direta

  • Unidade 3: Vibraes Foradas sob Excitao Harmnica

    57

    senx t X tp (3.5b)

    cosx t X tp 2 (3.5c)

    substituindo (3.5a) e (3.5c) em (3.3), resulta

    m X t kX t F t 2 0cos cos cos

    Dividindo toda a expresso por cost, e rearranjando, chega-se a

    XF

    k m

    0

    2 (3.6)

    Substituindo (3.6) em (3.5a), a soluo particular se torna

    x tF

    k mtp

    0

    2cos (3.7)

    A soluo geral obtida como a soma das expresses (3.4) e (3.7), sendo igual a

    x t C t C tF

    k mtn n

    1 2

    0

    2cos sen cos

    (3.8)

    Introduzindo as condies iniciais x t x 0 0 e x t x 0 0 , as constantes de integrao so calculadas, resultando em

    C xF

    k m1 0

    0

    2

    e C

    x

    n2

    0

    (3.9)

    que introduzidas em (3.8) resultam na expresso

    x t xF

    k mt

    xt

    F

    k mtn

    nn

    00

    2

    0 0

    2

    cos

    sen cos (3.10)

    0

    1

    1

    -1

    -2

    -3

    -4

    -5

    2

    3

    2 3

    4

    4

    5

    Xst

    rn

    Figura 3.3 - Fator de amplificao dinmica.

  • Unidade 3: Vibraes Foradas sob Excitao Harmnica

    58

    Dividindo numerador e denominador por k em (3.6), sendo a deflexo esttica stF

    k 0 , a deformao

    sofrida pelo sistema quando a fora aplicada estaticamente, e considerando que a frequncia natural do sistema dada

    por nk

    m2 esta expresso (3.6) pode ser escrita na forma

    X

    st

    n

    1

    1

    2 (3.11)

    que chamado de fator de amplificao dinmica.

    A Figura 3.3 mostra a funo expressa em (3.11), que apresenta trs domnios distintos, caracterizando

    comportamentos diferentes.

    Caso 1 - Para 0 1

    n o denominador de (3.11) positivo e a resposta de regime permanente do sistema

    dada pela equao (3.7). Diz-se que a resposta harmnica xp(t) est em coincidncia de fase com a fora externa,

    conforme mostra a Fig. 3.4.

    F(t) = F0cost

    xp(t) = X cost

    F0

    X

    t

    t

    2

    2

    0

    0

    Figura 3.4 - Resposta harmnica em fase com a fora externa.

    Caso 2 - Para

    n 1 o demonimador de (3.11) negativo e a resposta de regime permanente do sistema

    dada por

    x t X tp cos (3.12)

    em que a amplitude do movimento redefinida como uma quantidade positiva, ou

    X st

    n

    2

    1

    (3.13)

    Neste domnio a resposta harmnica xp(t) est oposio de fase com a fora externa, conforme mostra a Fig.

    3.5. Ainda na Fig. 3.3 observa-se tambm que, para n , a amplitude X 0 , de forma que o deslocamento de

    um sistema sob excitao harmnica em frequncias muito altas muito pequeno.

  • Unidade 3: Vibraes Foradas sob Excitao Harmnica

    59

    F(t) = F0cost

    xp(t) = X cost

    F0

    - X

    t

    t

    2

    2

    0

    0

    Figura 3.5 - Resposta harmnica em oposio de fase com a fora externa.

    Caso 3 - Para

    n 1 , a amplitude dada por (3.11) ou (3.13) infinita. Esta condio, em que a frequncia

    com que a fora aplicada igual frequncia natural do sistema, chamada de RESSONNCIA. Para determinar a

    resposta nesta condio necessrio que a equao (3.10) seja escrita na forma

    t0

    xp(t)

    2

    n

    Figura 3.6 - Resposta harmnica na ressonncia.

    x t x tx

    tt t

    nn

    n st

    n

    n

    0

    0

    2

    1

    cos

    sencos cos

    (3.14)

    O ltimo termo desta equao vai a infinito quando n, e para avaliar a funo no limite necessrio aplicar a Regra de LHospital, resultando

  • Unidade 3: Vibraes Foradas sob Excitao Harmnica

    60

    n n n

    t t

    d

    dt t

    d

    d

    t t tt

    n

    n

    n

    nn

    n

    nlim lim limcos cos cos cos sen

    sen

    1 1

    2 22 2

    2

    De forma que (3.14), que a resposta do sistema, se torna

    x t x tx

    t tnn

    n

    t

    nst n

    00

    2cos

    sen sen

    (3.15)

    representando um movimento cuja amplitude cresce indefinidamente com o tempo devido ao termo st n t

    2ser sempre

    crescente, como ilustra a Figura 3.6.

    3.3.1 - Resposta Total

    A resposta total do sistema, expressa em (3.8), pode ser escrita na forma

    x t A t tn st

    n

    cos cos

    1

    2 ; para

    n

    1 (3.16)

    x t A t tn st

    n

    cos cos

    2

    1

    ; para

    n

    1 (3.17)

    onde as constantes so determinadas a partir das condies iniciais. A Fig. 3.7a mostra o movimento produzido pela

    equao (3.16) em que a frequncia excitadora menor que a frequncia natural do sistema e a Fig. 3.7b aquele

    produzido por (3.17) em que a frequncia excitadora maior que a frequncia natural do sistema.

    x(t) 2

    A

    st

    n

    1

    2

    t

    t

    0

    0

    x(t)

    2

    2

    n

    2

    n

    st

    n

    2

    1

    A

    (a)

    n 1

    (b)

    n 1

    Figura 3.7 - Resposta total do sistema.

  • Unidade 3: Vibraes Foradas sob Excitao Harmnica

    61

    3.3.2 - Fenmeno do Batimento

    Quando a frequncia da fora externa muito prxima da frequncia natural, ocorre uma composio de

    movimentos conhecida como batimento. Se, na equao (3.10) fizermos x x0 0

    0 , a mesma se torna

    x tF

    k mt t

    Fm

    t t

    Fm

    t t

    n

    n

    n

    n

    n n

    0

    2

    0

    2 2

    0

    2 2 2 2 2

    cos cos cos cos

    sen sen

    (3.18)

    Se a diferena entre as frequncias pequena, pode-se dizer que

    n

    n

    n

    2

    242 2

    e (3.18) se torna

    x tF

    m t t

    0

    2 sen sen (3.19)

    cujo movimento est representado na Fig. 3.8.

    t0

    xp(t)

    2

    2

    Fm

    0

    2

    Figura 3.8 - Fenmeno do batimento.

    A Fig. 3.8 mostra o movimento composto de uma parcela de baixa frequncia envolvendo outra de alta

    frequncia. O movimento de baixa frequncia tem perodo

    b

    n

    2

    2

    2 (3.20)

    conhecido como perodo de batimento. A frequncia de batimento, consequentemente, tambm pode ser obtida por

    b n 2 (3.21)

    Exemplo 3.1 - Uma bomba alternativa, pesando 70 kg, est montada no meio de uma placa de ao de espessura igual a

    0,0127 m, largura igual a 0,508 m, e comprimento igual a 2,54 m, engastada ao longo de dois lados, como mostra a Fig.

    3.9. Durante a operao da bomba, a placa est sujeita a uma fora harmnica F(t) = 220 cos 62,8t N. Encontrar a

    amplitude de vibrao da placa.

    Soluo: O momento de inrcia dado por

    Ibh

    m 3

    3

    8 4

    12

    0 508 0 0127

    128 67 10

    , ,,

    A rigidez da placa obtida modelando-a como uma viga bi-engastada.

  • Unidade 3: Vibraes Foradas sob Excitao Harmnica

    62

    k

    EI

    lN m

    192 192 2 068 10 8 67 10

    2 542 10 10

    3

    11 8

    3

    5, ,

    ,, /

    F(t), x(t)

    2,54 m

    0,0127 m

    Figura 3.9 - Bomba sobre placa.

    A amplitude obtida aplicando-se (3.6), com F0 = 220 N e = 62,8 rad/s

    X

    F

    k mm

    0

    2 5 2

    3220

    2 10 10 70 62 83 33 10

    , ,,

    O sinal negativo indica que a frequncia da fora excitadora maior que a frequncia natural do sistema, uma

    vez que ocorre oposio de fase.

    3.4 - Resposta de um Sistema Amortecido sob Excitao Harmnica

    Sob a atuao de uma fora harmnica a equao do movimento amortecido se torna

    mx cx kx F t cos 0

    (3.22)

    A soluo particular

    x t X t

    x t X t

    x t X t

    p

    p

    p

    cos

    sen

    cos

    2

    (3.23)

    Substituindo em (3.22) resulta

    m X t c X t kX t F t 20

    cos sen cos cos (3.24)

    Colocando a amplitude X em evidncia e reagrupando os termos

    tFtsenctmkX coscos0

    2 (3.25)

    Usando as relaes trigonomtricas

    cos cos cos sen sen

    sen sen cos cos sen

    t t t

    t t t

    a expresso (3.25) torna-se

    X k m c t k m c t t F t 2 2 0cos sen cos sen cos sen cos (3.26)

    Igualando coeficientes de sent e cost de ambos os lados da expresso

    X k m c F

    X k m c

    2

    0

    2 0

    cos sen

    sen cos (3.27)

    De onde se obtm

  • Unidade 3: Vibraes Foradas sob Excitao Harmnica

    63

    X

    F

    k m c

    0

    22 2

    (3.28a)

    e

    tan 12

    c

    k m (3.28b)

    XF

    0

    0

    F(t), x(t)

    F(t)

    x(t)

    t

    t-F(t)

    x(t)

    2

    2

    t

    Figura 3.10 - Representao grfica de funo excitadora e resposta.

    Dividindo numerador e denominador de (3.28a) e (3.28b) por k tem-se

    X

    Fk

    m

    k

    c

    k

    0

    2

    2 2

    1

    (3.29a)

    e

    tan 1

    21

    c

    km

    k

    (3.29b)

    Como n

    k

    m ,

    c

    c

    c

    k

    c

    k

    m

    kc

    c n

    n

    2 2 e

    st

    F

    k 0 , tem-se

    Xst

    n n

    1 2

    2 2 2

    (3.30a)

    e

    tan 1 2

    2

    1

    n

    n

    (3.30b)

    ou ainda com rn

    = razo de frequncias, pode-se escrever

    X

    r rst

    1

    1 222 2

    (3.31a)

    e

    tan 1 2

    2

    1

    r

    r (3.31b)

    Na Fig. 3.11 so apresentadas as funes expressas em (3.31a) e (3.31b). As curvas so obtidas para as

    relaes de Xst

    e em funo de r, de onde podem ser extradas algumas observaes:

  • Unidade 3: Vibraes Foradas sob Excitao Harmnica

    64

    X

    st

    0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0

    1,0

    2,0

    3,0

    2,5

    1,5

    0,5

    r

    (a)

    = 0,1

    = 2,0

    0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,50

    45o

    90o

    135o

    180o

    4,0

    r

    (b)

    = 0,1

    = 0,3

    = 0,3

    = 0,5

    = 0,5

    = 0,7

    = 0,7 = 1,0 = 1,0

    = 2,0

    = 5,0

    = 5,0 = 1,0

    = 2,0

    = 5,0

    = 0

    = 0

    Figura 3.11 - Variao de X e com a relao de frequncias r.

    1 - Para = 0 = 0 para r < 1 e = rad para r > 1.

    2 - O amortecimento reduz a relao de amplitudes para todos os valores da frequncia de excitao.

    3 - A reduo da relao de amplitudes na presena do amortecimento significativa na, ou perto da,

    ressonncia.

    4 - A mxima relao de amplitudes obtida fazendo a derivada de Xst

    em relao a r se igualar a zero. O

    correspondente valor de r

    rn d

    1 2 1 22 2

    5 - O mximo valor de X, obtido de (3.31a) quando r 1 2 2 ,

    X

    st max

    1

    1 1 2 2 1 2

    1

    2 12 2 2 2 2 (3.32)

    A expresso (3.31) permite a obteno experimental do fator de amortecimento a partir da medio do

    mximo valor da relao de amplitudes.

    Na ressonncia, com =n ou r = 1 a relao de amplitudes (3.31a) se torna

    X

    st res

    1

    2 (3.33)

    6 - Para 12

    (0,707), observa-se que a relao de amplitudes menor que 1 para qualquer valor de r.

    7 - O ngulo de fase no depende da magnitude da fora excitadora F0.

    8 - Para r > 1, , a resposta vibratria est em oposio de fase com a fora excitadora. Na ressonncia, para qualquer valor de , o ngulo de fase sempre igual a /2, independente do fator de amortecimento. Isto utilizado para determinao experimental da frequncia de ressonncia uma vez que, como foi visto acima, a amplitude mxima no ocorre na ressonncia, de

    forma que a medio do ngulo de fase permite uma medida mais precisa da frequncia natural do sistema.

    3.4.1 - Resposta Total

    A resposta total a soluo geral da equao diferencial (3.22) cuja soluo homognea foi obtida no Cap. 2,

    Eq. (2.22) e a soluo particular (3.23), resultando

    x t X e t X tnt d 0 0 cos cos (3.34)

    As constantes X0 e 0 so constantes de integrao obtidas atravs das condies iniciais. Com x t x 0 0 e

    x t v 0 0 , X0 e 0 so obtidos como

  • Unidade 3: Vibraes Foradas sob Excitao Harmnica

    65

    X v x X X x Xd

    n d0 0 0

    2

    0

    22

    1

    cos sen cos (3.35a)

    e

    0

    1 0 0

    0

    tancos sen

    cos

    v x X X

    x X

    n

    d

    (3.35b)

    onde X e so obtidos por (3.31a) e (3.31b), respectivamente.

    3.4.2 - Fator de Qualidade e Largura de Banda

    Para baixos fatores de amortecimento < 0,05 a eq. (3.33) pode ser utilizada

    X XQ

    st stn

    1

    2 (3.36)

    onde Q chamado de fator de qualidade.

    Q 1

    X

    st

    2=

    Q

    2

    R1

    R2

    1,0

    n

    Figura 3.12 - Pontos de meia potncia e largura de banda.

    Na Fig. 3.12 os pontos R1 e R2 correspondentes a relaes de frequncia para as quais a razo de amplitudes

    Q

    2, so chamados de pontos de meia potncia, pois a energia vibratria proporcional ao quadrado da amplitude no

    movimento harmnico. A diferena entre as frequncias correspondentes a estes dois pontos, 2 -1 , define o que se chama de largura de banda. Os valores das relaes de frequncia correspondentes a estes pontos podem ser obtidos

    fazendo X Q

    st

    2 em (3.31a), usando (3.36)

    X Q

    r rst

    2

    1

    2 2

    1

    1 222 2

    (3.37)

    que resolvida para obter o valor de r, resultando em

    r1,2

    2 21 2 2 1 (3.38)

    Para

  • Unidade 3: Vibraes Foradas sob Excitao Harmnica

    66

    Subtraindo-se as duas razes de (3.39), tem-se

    2

    2

    1

    2

    2

    2

    1

    2

    2 1 2 1 2 4n n n

    (3.40)

    Abrindo o produto notvel do numerador de (3.40), obtm-se

    1 2 2 14

    n n

    (3.41)

    Como

    n

    n

    1 2 1 2

    22 , tornando (3.41)

    2 4 2

    2 1

    2 1

    n

    n (3.42)

    e, considerando (3.36) chega-se a

    Qn

    1

    22 1

    (3.43)

    onde se tem o fator de qualidade expresso em funo da largura de banda 2 -1. Um mtodo experimental de determinao do fator de amortecimento se fundamenta nesta equao: medindo-se as frequncias correspondentes s

    amplitudes iguais amplitude ressonante dividida por 2 (1 e2), determina-se o fator de amortecimento por (3.43).

    3.5 - Resposta de um Sistema Amortecido Excitao Complexa

    Considerando a equao do movimento na forma

    mx cx kx F e i t 0

    (3.44)

    que tem soluo particular na forma

    x t Xepi t (3.45)

    que, substituda em (3.44), resulta

    m ci k Xe F ei t i t 20

    (3.46)

    de onde se conclui que

    XF

    k m ic

    0

    2 (3.47)

    A eq. (3.47) pode ser escrita na forma Z iF

    XZ i 0 = impedncia mecnica.

    Multiplicando numerador e denominador de (3.47) pelo conjugado do denominador, chega-se a

    XF

    k m ck m ic

    0

    22 2

    2

    (3.48)

    ou ainda

    XF

    k m ce i

    0

    2 2 2

    (3.49a)

    e

    tan 1 2

    c

    k m (3.49b)

    Substituindo (3.49a) em (3.45), chega-se soluo particular

  • Unidade 3: Vibraes Foradas sob Excitao Harmnica

    67

    x t

    F

    k m cep

    i t

    0

    2 2 2

    (3.50)

    Resposta em Frequncia

    Realizando a mesma operao realizada em (3.30a), ou seja, dividindo numerador e denominador por k e

    utilizando n

    k

    m ,

    c

    k n

    2

    e r

    n

    , a expresso (3.45) pode ser escrita na forma

    kX

    F r i rH i

    0

    2

    1

    1 2

    (3.51)

    que chamada de resposta em frequncia complexa. O mdulo da resposta em frequncia complexa

    H ikX

    Fr r

    0 22 2

    1

    1 2

    (3.52)

    de forma que a resposta em frequncia complexa pode ser escrita na forma

    H i H i e i (3.53a)

    onde

    tan 12

    2

    1

    r

    r (3.53b)

    A resposta de regime permanente (soluo particular) pode tambm ser escrita na forma

    x tF

    kH i ep

    i t

    0 (3.54)

    A resposta harmnica tambm pode ser representada pelas partes real e imaginria da resposta excitao

    complexa. Se F t F t 0 cos , tem-se de (3.23), considerando-se (3.28) e (3.29)

    x tF

    k m ct

    F

    kH i e

    F

    kH i e

    p

    i t i t

    0

    2 2

    0 0

    cos

    Re Re

    (3.55)

    Se F t F t 0 sen , tem-se de (3.23), considerando-se (3.28) e (3.29)

    x tF

    k m ct

    F

    kH i e

    F

    kH i e

    p

    i t i t

    0

    2 2

    0 0

    sen

    Im Im

    (3.56)

    Representao Vetorial Complexa do Movimento Harmnico

    mx +

    kx..mx..

    cx.

    kx

    x(t)

    F(t)

    Im

    Re

    t

    Figura 3.13 - Representao complexa do movimento harmnico.

  • Unidade 3: Vibraes Foradas sob Excitao Harmnica

    68

    Se o deslocamento dado por (3.54), a velocidade e a acelerao so determinados por derivao como

    x t iF

    kH i e i x t

    p

    i t

    p

    0

    (3.57a)

    e

    x tF

    kH i e x t

    p

    i t

    p

    20 2 (3.57b)

    concluindo-se que a velocidade est adiantada /2 em relao ao deslocamento e a acelerao est em oposio de fase,

    tambm em relao ao deslocamento. O diagrama mostrado na Fig. 3.13 mostra a configurao de foras durante o

    movimento. O sistema est em equilbrio dinmico e a evoluo no tempo possui o efeito apenas de girar o diagrama por

    inteiro sem mudar a posio relativa entre os vetores nem desfazer o equilbrio de foras.

    3.6 - Resposta de um Sistema Amortecido sob Movimento Harmnico da Base

    m

    ck

    m

    x x

    y(t) = Y sen t

    baset

    k(x - y) c(x - y)

    x

    . .

    ..

    (a) (b) Figura 3.14 - Sistema com movimento na base.

    O sistema da Fig. 3.14a, tem seu movimento provocado pelo movimento de sua base y(t). O diagrama de corpo

    livre, mostrado na Fig. 3.14b, apresenta as foras atuantes na massa m. A Segunda Lei de Newton aplicada para

    determinar a equao do movimento que se torna

    mx c x y k x y 0 (3.58)

    Se y Y t sen ento cosy Y t e a eq. (3.58) se torna

    mx cx kx kY t c Y t sen cos (3.59)

    cuja soluo particular

    x tkY t

    k m c

    c Y t

    k m cp

    sen cos

    1

    2 2 2

    1

    2 2 2 (3.60)

    Considerando cos cos cos sen sen t t t 1 2 2 1 2 1 , (3.60) pode ser escrita na forma

    x t X t Y k c

    k m ctp

    cos cos

    1 2

    2 2

    2 2 2 1 2 (3.61)

    com a relao de amplitudes dada por

    X

    Y

    k c

    k m c

    r

    r r

    2 2

    2 2 2

    2

    2 22

    1 2

    1 2

    (3.62a)

    e os ngulos de fase

    1

    1

    2

    1

    2

    2

    1

    tan tanc

    k m

    r

    r (3.62b)

  • Unidade 3: Vibraes Foradas sob Excitao Harmnica

    69

    2

    1 11

    2

    tan tan

    k

    c r (3.62c)

    A eq. (3.62a) expressa o que se chama de transmissibilidade entre a base e o sistema. Na forma complexa,

    sendo y t Ye i t Re , a soluo particular dada por

    x ti r

    r i rYe

    p

    i t

    Re1 2

    1 22

    (3.63)

    e a transmissibilidade dada por

    X

    Yr H i 1 2

    2

    (3.64)

    3.6.1 - Fora Transmitida

    Como pode ser visto na Fig. 3.14b a fora resultante que atua na base a soma das foras atuantes na mola e no

    amortecedor, ou

    F k x y c x y mx (3.65)

    Se a soluo particular x t X tp cos 1 2 , a fora ser

    F m X t F tT 2 1 2 1 2cos cos (3.66)

    onde FT chamado de fora transmitida, dada por

    F

    kYr

    r

    r r

    T

    2

    2

    2 22

    1 2

    1 2

    (3.67)

    A Fig. 3.15 mostra curvas da fora transmitida em funo de r para vrios valores do fator de amortecimento,

    onde se torna evidente que, para r 2 o acrscimo de amortecimento aumenta significativamente a fora transmitida.

    Isto nos faz concluir que acrescentar amortecimento quando a frequncia vibratria superior a 2n no uma

    soluo adequada para isolamento de vibraes transmitidas pela base do sistema.

    0

    1

    1

    2

    3

    4

    4322

    r

    FT

    kY

    = 0,35

    = 0,2

    = 0,1

    = 0

    = 0,5

    = 1,0 = 0

    = 0,1

    = 0,2

    Figura 3.15 - Fora transmitida.

    3.6.2 - Movimento Relativo

    Em muitas aplicaes interessante representar o movimento em relao base. Sendo z x y , o

    deslocamento da massa em relao sua base, a equao do movimento torna-se

    m z y cz kz 0 (3.68)

    ou ento

  • Unidade 3: Vibraes Foradas sob Excitao Harmnica

    70

    mz cz kz my m Y t sen 2 (3.69)

    cuja soluo

    z t

    m Y t

    k m cZ t

    2

    1

    2 2 21

    sensen (3.70)

    e a relao de amplitudes dada por

    Z

    Y

    m

    k m c

    r

    r r

    2

    2 2 2

    2

    2 22

    1 2

    (3.71)

    A Fig. 3.16 apresenta a variao da relao de amplitudes com r para vrios fatores de amortecimento.

    20

    1

    1 3 4

    4

    3

    2

    5

    6

    7

    ZY

    MXme

    r

    = 0,10

    = 0,15

    = 0,25

    = 0,50 = 1,00

    = 0,00 = 0,00

    Figura 3.16 - Movimento relativo base e desbalanceamento.

    Exemplo 3.2 - A Fig. 3.17a mostra um modelo simples de um veculo que pode vibrar na direo vertical quando

    trafega por uma estrada irregular. O veculo tem uma massa de 1200 kg. O sistema de suspenso tem uma constante de

    mola de 400 kN/m e um fator de amortecimento de 0,5. Se a velocidade do veculo 100 km/h, determinar a amplitude

    de deslocamento do mesmo. A superfcie da estrada varia senoidalmente com uma amplitude de 0,05 m e um

    comprimento de 6 m.

    Soluo: O modelo adotado de um sistema de um grau de liberdade com excitao pela base. A frequncia excitadora

    dada por

    (a)

    m

    ck

    y(t) = Y sen t

    t

    x(t)

    m

    x(t)

    y(t) Y

    um ciclo

    k2

    k2c

    (b)

    Figura 3.17 - Veculo em movimento em um piso irregular.

    fv

    lHz cps

    1000003600

    64 63, ( )

  • Unidade 3: Vibraes Foradas sob Excitao Harmnica

    71

    com a frequncia angular sendo

    = 2f = 229,1 rad/s

    A frequncia natural dada por

    n

    k

    mrad s

    400000

    120018 3, /

    A relao de frequncias obtida por

    rn

    29 1

    18 3159

    ,

    ,,

    A amplitude , ento obtida utilizando a eq. (3.62a)

    X

    Y

    r

    r r

    1 2

    1 2

    1 2 0 5 159

    1 159 2 0 5 1590 849

    2

    22 2

    2

    22 2

    , ,

    , , ,,

    consequentemente

    X = 0,849 x 0,05 = 0,0425 m

    Exemplo 3.3 - Uma mquina pesando 3000 N est apoiada em uma base deformvel. A deflexo esttica da base,

    devida ao peso da mquina 7,5 cm. Observa-se que a mquina vibra com uma amplitude de 1 cm quando a base est

    sujeita oscilao harmnica na frequncia natural do sistema com amplitude de 0,25 cm. Achar:

    (1) a constante de amortecimento da base;

    (2) a amplitude da fora dinmica na base, e

    (3) a amplitude do deslocamento da mquina em relao base.

    Soluo:

    (1) Para determinar a constante de amortecimento necessrio, em primeiro lugar, determinar a constante de rigidez

    kW

    N mst

    3000

    0 07540000

    ,/

    O fator de amortecimento obtido resolvendo-se a eq. (3.62a) na ressonncia (r = 1)

    X

    Y

    1 2

    2

    1

    0 25

    2

    2

    ,

    resultando em

    21

    600 129 ,

    Com isto, a constante de amortecimento obtida por

    c m kmN s

    mn

    2 2 2 0 129 400003000

    9 81903 ,

    ,

    (2) A fora atuante na base obtida de (3.67) com r = 1 resultando em

    F kY kX NT

    1 2

    240000 0 01 400

    2

    2

    ,

    (3) A amplitude do movimento relativo calculada a partir da expresso (3.71), que, para r = 1, torna-se

    ZY

    2

    0 0025

    2 0 1290 00968

    ,

    ,,

    Pode ser observado que, embora sendo a amplitude do movimento relativo definido como z x y , Z no

    igual diferena entre as amplitudes X e Y. Isto se d porque existe um ngulo de fase entre os movimentos, de forma

    que no atingem os seus valores mximos no mesmo instante de tempo.

  • Unidade 3: Vibraes Foradas sob Excitao Harmnica

    72

    3.7 - Resposta de um Sistema Amortecido sob Desbalanceamento Rotativo

    No sistema mostrado na Fig. 3.18, o movimento gerado pela componente da fora centrfuga atuante na

    direo vertical. As componentes horizontais so sempre iguais e opostas, anulando-se a cada instante. Desta forma a

    fora externa, de natureza harmnica, dada por

    F t me t 2 sen (3.72)

    A equao diferencial do movimento , ento

    Mx cx kx me t sen 2 (3.73)

    e2 sentm2

    e2 sentm2

    e2 costm2

    e2 costm2

    e2m2

    e2m2

    em2

    m2

    t

    e

    t

    x(t)

    k2

    k2

    c

    A

    A

    M

    Figura 3.18 - Massas rotativas desbalanceadas.

    A soluo particular de (3.73) tem a forma

    x t X tme

    MH i e

    p

    n

    i t( ) sen Im

    2

    (3.74)

    Pela semelhana com a eq. (3.44) a soluo pode ser obtida por analogia fazendo F me02 de forma que a

    amplitude ser obtida de (3.49a) como

    Xme

    k M c

    me

    MH i

    me

    M

    r

    r rn

    2

    2 2 2

    2 2

    2 22

    1 2

    (3.75a)

    com

    tan tan12

    1

    2

    2

    1

    c

    k M

    r

    r (3.75b)

    obtido de (3.49b), sendo nk

    M .

    O comportamento de X em funo da relao de frequncias r mostrado na Fig. 3.16, de onde podem ser

    feitas algumas observaes:

    1 - Todas as curvas apresentam amplitudes nulas para frequncias nulas. Isto acontece porque a fora

    excitadora, que uma fora centrfuga, tem amplitude proporcional ao quadrado da frequncia sendo, portanto, nula

    quando a frequncia zero.

    2 - Em altas frequncias (r >> 1) a relao MXme

    1 para qualquer fator de amortecimento mostrando que,

    nesta faixa de frequncias, o amortecimento no eficiente em diminuir os nveis vibratrios em sistemas com

    desbalanceamento rotativo.

    3 - O valor mximo MX

    memax

    obtido quando

    d

    dr

    MX

    me

    0 o que se verifica para r

    1

    1 2 2que

    sempre maior que a unidade, ao contrrio do que acontece com os sistemas sob excitao harmnica com foras com

    amplitude independente da frequncia.

  • Unidade 3: Vibraes Foradas sob Excitao Harmnica

    73

    Exemplo 3.4 - O diagrama esquemtico de uma turbina de gua tipo Francis est mostrado na Fig. 3.19, na qual a gua

    flui de A para as lminas B e caem no conduto C. O rotor tem uma massa de 250 kg e um desbalanceamento (me) de 5

    kg.mm. A folga radial entre o rotor e o estator 5 mm. A turbina opera na faixa de velocidades entre 600 e 6000 rpm. O

    eixo de ao que suporta o rotor pode ser assumido como engastado nos mancais (livre para girar). Determinar o

    dimetro do eixo de forma que o rotor no entre em contato com o estator em todas as velocidades de operao da

    turbina. Assumir que o amortecimento pequeno.

    A A

    C

    BB

    Mancal

    Eixo

    Rotor

    Estator

    Saida da gua

    l = 2 m

    5 mm5 mm

    Entrada

    da gua

    Entrada

    da gua

    Figura 3.19 - Turbina de gua tipo Francis.

    Soluo: Como o amortecimento desprezvel, (3.75a) torna-se

    X

    me

    k M

    me

    k r

    2

    2

    2

    22

    1 (a)

    A frequncia determinada pela faixa de velocidades de operao da turbina

    600 6002

    6020 62 8

    6000 60002

    60200 628

    rpm rad s rad s

    rpm rad s rad s

    / , /

    / /

    A frequncia natural do sistema

    nk

    M

    k

    250 (b)

    So duas solues que satisfazem o problema apresentado. Em uma delas a faixa de frequncias de operao se

    localiza inteiramente abaixo da frequncia natural do sistema enquanto que na outra a faixa de operao est acima da

    frequncia natural.

    Caso 1 - Para que a faixa de frequncias de operao fique abaixo da frequncia natural necessrio que a

    maior frequncia da faixa, = 200 rad/s, seja inferior a esta. Aqui vamos estabelecer um limite de segurana de 20%, ou seja, max 12 200 240, rad/s. Aplicando a expresso (a) tem-se

    0 005

    0 005 240

    250 2401 250 240 1 43 10

    2

    2

    2 8,,

    ) , /

    kk N m

    A rigidez do eixo sob flexo

    kEI

    l

    Ed

    l

    33

    643

    4

    3

    (c)

    de onde se obtm o dimetro

  • Unidade 3: Vibraes Foradas sob Excitao Harmnica

    74

    dkl

    E

    4364

    3

    (d)

    que, para este caso, resulta

    d m d m48 3

    11

    2 464 1 43 10 2 0

    3 2 07 103 74 10 0 440

    , ,

    ,, ,

    Neste caso, a frequncia natural, dada na expresso (b), ser igual a

    nk

    rad s

    250

    1 48 10

    250755

    8,/

    superior maior frequncia da faixa de operao.

    Caso 2 - Para que a faixa de frequncias de operao fique acima da frequncia natural necessrio que a

    menor frequncia da faixa, = 20 rad/s, seja superior a esta. Estabelecendo novamente um limite de segurana de 20%, ou seja, min 0 8 20 16, rad/s. Para que a faixa de frequncias fique acima da frequncia natural deve-se

    trocar o sinal do denominador a expresso (a), para que a amplitude continue sendo positiva. Resulta, ento em

    Xme

    M k

    2

    2 (e)

    Aplicando a este caso

    0 005

    0 005 16

    250 16250 1 16 6 29 10

    2

    2

    2 5,,

    ) , /

    kk N m

    O dimetro obtido pela aplicao da expresso (d), resultando

    d m d m45 3

    11

    4 464 6 29 10 2 0

    3 2 07 101 65 10 0 113

    , ,

    ,, ,

    Neste caso, a frequncia natural, dada na expresso (b), ser igual a

    nk

    rad s

    250

    6 29 10

    25050 2

    5,, /

    inferior menor frequncia da faixa de operao.

    Em ambos os casos as solues encontradas atendem os requisitos dinmicos apresentados. O valor escolhido

    para o dimetro deve atender os demais requisitos de projeto.