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UNIDADE EDUCACIONAL
HABILIDADES E ATITUDES
3ª Série
ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde
2
GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL
Rodrigo Sobral Rollemberg
SECRETÁRIO DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL - SES/DF E PRESIDENTE
DA FUNDAÇÃO DE ENSINO E PESQUISA EM CIÊNCIAS DA SAÚDE - FEPECS
Fábio Godim Pereira Costa
DIRETOR-EXECUTIVO DA FUNDAÇÃO DE ENSINO E PESQUISA EM CIÊNCIAS DA
SAÚDE - FEPECS
Armando Martinho Barbou Raggio
DIRETOR DA ESCOLA SUPERIOR EM CIÊNCIAS DA SAÚDE - ESCS
Maria Dilma Alves Teodoro
COORDENADOR DO CURSO DE MEDICINA - CCM
Paulo Roberto Silva
COORDENADOR DO PROGRAMA EDUCACIONAL DE HABILIDADES E
ATITUDES Liú Campello Porto
Habilidades e Atitudes – 3ª Série
3
Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde - FEPECS
Escola Superior de Ciências da Saúde - ESCS
MANUAL DA UNIDADE EDUCACIONAL
HABILIDADES E ATITUDES
3ª Série
Brasília-DF
FEPECS/ESCS
2016
ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde
4
Copyright © 2016 - FEPECS
Curso de Medicina – ESCS - 3ª Série
Manual Habilidades e Atitudes 3ª série
Período: ano letivo de 2016
Este material foi produzido em parceria institucional com a Universidade Estadual de Londrina (UEL) e a Faculdade de
Medicina de Marília (FAMEMA) e teve como base as versões anteriores. A reprodução do todo ou parte deste documento é
permitida somente com autorização formal da FEPECS/ESCS.
Impresso no Brasil
Tiragem: 20 exemplares
Capa: Gerência de Recursos Audiovisuais – GERAV/CAO/FEPECS
Editoração gráfica: Núcleo de Informática Médica – NIM/GEM/CCM/ESCS
Coordenador do Curso de Medicina: Paulo Roberto Silva
Coordenador da 1ª série: André Afonso Almeida
Coordenador da 2ª série: Getúlio Bernardo Morato Filho
Coordenador da 3ª série: Francisco Diogo Rios Mendes
Coordenador da 4ª série: Márcia Cardoso Rodrigues
Coordenador do Internato: Marta David Rocha
Coordenador do Programa Educacional de Habilidades e Atitudes: Liú Campello Porto
Coordenador de Habilidades e Atitudes da 1ª série: André Afonso Almeida
Coordenador de Habilidades e Atitudes da 2ª série: Eliana Mendonça Vilar Trindade e Liú Campello Porto
Coordenador de Habilidades e Atitudes da 3ª série: Viviane Peterle e Rita de Cássia Pinto Camia Laranjeira
Coordenador de Habilidades e Atitudes da 4ª série: Márcia Cardoso Rodrigues
GRUPO DE PLANEJAMENTO Coordenador: Liú Campello Porto
Componentes: Adriana Graziano
Aloísio Fernandes Bonavides Junior
Allan Eurípedes R. Napoli
Carlos Henrique R. Rocha
Ernane Pires Maciel
Henrique Marconi
Fernanda Salustiano Rocha
Fernando Marcus F. Jorge
Luis Carlos Matos
Luis Carlos Quináglia
Natali Maria Alves
Procópio Miguel dos Santos
Regina Cândido Ribeiro dos Santos
Jefferson Pinheiro
Rita de Cássia Pinto Camia Laranjeira
José Ricardo Fontes Laranjeira
Viviane Peterle
Wilton Santos Silva
SMHN – Quadra 03 – Conjunto A – Bloco 1
70710-100 Brasília – DF
Tel./Fax: 5561 3326-0433
Endereço eletrônico: http://www.escs.edu.br
Email: [email protected]
Habilidades e Atitudes – 3ª Série
5
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO, p. 6
2. OBJETIVOS, p. 6
3. METODOLOGIA DE TRABALHO, p. 6
4. AVALIAÇÃO, p. 6
5. CRONOGRAMAS, CALENDÁRIOS E RODÍZIOS (ANEXO IX E X) , p. 8
6. ANEXOS, p. 9
ANEXO I: COMPETÊNCIAS 9 ANEXO II 11 ANEXO III 15 ANEXO IV 26
ANEXO V - CHECKLISTS 27
ANEXO VI 34 ANEXO VII 35
ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde
6
1. INTRODUÇÃO O programa de HA tem como objetivo
o aprendizado das habilidades clínicas e o
desenvolvimento de atitudes e comportamentos
essenciais ao bom exercício profissional no
contexto da interação médico-paciente. Para
tanto, integra as áreas de Semiologia (Parte I) e
Profissionalismo (Parte II).
As atividades práticas serão realizadas
nos Hospitais e o estudante fará entrevistas com
pacientes internados. Deverá coletar as
informações necessárias para a elaboração de
uma história clínica ampliada, que aborde os
aspectos biopsicossociais nas diferentes etapas
do desenvolvimento humano. O exame físico
deverá ser realizado de forma técnica e
sistematizada, respeitando a autonomia, a
privacidade e a dignidade do paciente. O
estudante deverá buscar apreender o sujeito e o
seu adoecer, discutindo “quem é a pessoa
entrevistada”, e em seguida a doença que
motivou sua internação. Discutirá os achados
clínicos, indicando e interpretando os exames
complementares pertinentes a cada caso,
finalizando com a conclusão dos diagnósticos
topográfico e sindrômico.
A área de Semiologia está relacionada à
habilidade que exige, técnica e destreza.
Especialmente na 3ª série, as atividades da H.A.
dão continuidade ao aprendizado das duas
séries anteriores sendo supervisionada pelos
docentes que estimulam os estudantes a
recordar conhecimentos prévios de
semiotécnica, fisiopatologia e conceitos de
profissionalismo, para que possam atingir as
competências (Anexo I) e desempenhos (Anexo
II) esperados para essa fase do aprendizado.
2. OBJETIVOS Ao longo da 3ª série, os estudantes são
estimulados a adquirir os domínios de
competências relativas à Relacionamento
médico-paciente, História Clínica,
Exame Físico, Raciocínio clínico,
Tomada de Decisão e Profissionalismo (anexo
I) e demonstrar os desempenhos (anexo II)
adequados à 3ª série em cada um dos rodízios.
Também será apresentado um roteiro para
realização de história Clínica (Anexo III)
3. METODOLOGIA DE TRABALHO Durante o ano, os estudantes
acompanharão pacientes internados nas
enfermarias das clínicas Médica e Neuro-
Locomotor (HBDF), Pediátrica (HMIB e HRT)
, do Abdome (HRAN), divididas em quatro
rodízios. Durante os rodízios, os estudantes
estarão sob a supervisão de uma dupla de
docentes (um docente da semiologia e outro da
profissionalismo) em atividades de anamnese,
exame físico e discussão de um caso clínico
escolhido semanalmente. A metodologia de
trabalho está detalhada no anexo IV.
4. AVALIAÇÃO Em 2013, o sistema de avaliação foi
atualizado por meio de modificações no Manual
de Avaliação e implantação dos Cadernos de
Avaliação dos Estudantes em HA (CAE -HA)
aprovado pela Comissão de Currículo da ESCS.
Assim, o formato F3 foi substituído
pelo Instrumento I3 criando a possibilidade de
se realizar a avaliação somativa dos
estudantes, e não apenas a formativa, como era
anteriormente.
Os estudantes serão avaliados pela
demonstração dos desempenhos e aquisição das
habilidades nos domínios de competência
adequados à série.
A seguir, apresentaremos algumas
orientações para esclarecimento de como
proceder na avaliação dos estudantes.
4.1. Avaliação Formativa e Somativa
1. A avaliação formativa deverá ser
realizada após cada uma das atividades com os
estudantes resultando no feedback docente-
aluno-docente. Tem como função a
identificação de deficiências particulares de
cada estudante, docente ou grupo e
realinhamento das atividades, conforme
necessidades expostas. A identificação de
deficiências particulares possibilita a melhora
do desempenho do estudante dentro de cada
rodízio, evitando as recuperações ao fim do ano.
2. A avaliação somativa dos domínios
História Clínica, Exame Físico, Raciocínio
clínico será registrada nos CAE-HA (Caderno
de avaliação dos Estudantes). Ao fim de cada
rodízio, o estudante deverá ser informado sobre
o seu desempenho e assinar a ficha de avaliação
do CAE-HA juntamente com os docentes do
rodízio.
3. Profissionalismo:
O checklist desse domínio de competência
possibilita a avaliação do perfil de
responsabilidade, comprometimento, atitude e
ética de forma mais criteriosa. Também facilita
a reeducação de estudantes não comprometidos,
Habilidades e Atitudes – 3ª Série
7
sem responsabilidade, sem pontualidade e
faltosos, ou seja, inadequados em algum desses
elementos.
4.2. Conceitos de Avaliação
- Serão utilizados os conceitos “Adequado (A),
Inadequado (I) e Não se Aplica” para cada
competência, ao fim de cada rodízio e devem
ser registrados no CAE-HA. Após registrados,
não poderão ser modificados em um próximo
rodízio.
- Serão utilizados os conceitos Satisfatório ou
Insatisfatório somente na avaliação ao fim do
ano, baseando-se nos registros Adequado ou
Inadequado dos CAE-HA ao final de cada
rodízio. Não poderá ser registrado o conceito
Insatisfatório ao fim do rodízio pois, esse
registro implica que seja oferecida recuperação,
obrigatoriamente, o que só é feito ao fim do ano
e não ao fim de cada rodízio.
4.3. Domínios de competência e
elementos a serem avaliados
Os domínios de competência são: Relação
médico-paciente, história clínica, exame físico,
raciocínio clínico, tomada de decisão e
profissionalismo.
Dentro de cada domínio de competência estão
os elementos, que fazem o detalhamento dos
domínios e possibilitam a avaliação mais
criteriosa.
4.4. Instrumentos
CAE-HA e Checklists (anexo V) - Os CAE-HA são cadernos de individuais dos
estudantes que contém os checklists dos 6
domínios das competências
trabalhadas.“Entrevista clínica”,“História
clínica”, “Exame físico”, “Raciocínio clínico”,
“Tomada de decisão”,“Profissionalismo”.
- Os checklists orientam a avaliação ao longo do
rodízio e devem estar preenchidos ao fim de
cada rodízio com os conceitos A, I ou NA.
- Cada estudante terá um único CAE-HA que o
acompanhará durante todo o ano.
- A maneira mais simples e eficiente de se
concluir a avaliação e minimizar os conflitos e
dificuldades se faz pelo preenchimento dos
CAE-HA ao longo de cada rodízio por todos
os docentes.
Ao final de cada rodízio, os resultados
avaliações serão apresentados em reunião de
série e os CAE-HA serão entregues aos
docentes do próximo rodízio.
Os estudantes que obtiveram desempenho
Inadequado serão identificados por todos os
docentes, o que possibilitará o resgate das
dificuldades do estudante e minimizará as
chances de recuperação.
Critérios para preenchimento e avaliação
dos checklists. Deverão ser avaliadas as competências a partir
dos elementos dos checklists, registrando-se os
conceitos Adequados e Inadequados.
As competências serão avaliadas conforme
exemplos abaixo:
Exemplo: A competência Relacionamento
Médico Paciente tem 5 elementos.
O estudante obterá “A” na competência
Relacionamento Médico Paciente se for “A”
em 3 dos 5 elementos do checklist
2. Para que o estudante obtenha “A” em cada
competência (Relacionamento Médico
Paciente, História Clínica, Exame Físico,
Raciocínio Clínico e Profissionalismo) deverá
ter “A” na maioria dos elementos daquela
competência.
3. Nas competências Historia Clínica e Exame
Físico serão adotados pesos diferenciados,
conforme abaixo: - Historia clínica
- o estudante deverá obter “A” em HDA e “A”
na maioria dos demais elementos. Caso o
estudante não obtenha “A” em HDA, ele será
considerado Inadequado em História Clínica.
- Exame físico
- o estudante deverá obter “A” no aparelho
específico que está sendo estudado em cada
rodízio e “A” na maioria dos demais elementos.
Caso o estudante não obtenha “A” no aparelho
estudado, ele será considerado Inadequado em
Exame Físico.
Exemplo: Para obtenção de “A” na
competência Exame Físico
Rodízio Clínica do Abdome
O estudante será avaliado como “Adequado” se:
ectoscopia (A) + sinais vitais (A) + Exame do
Abdome(A) + maioria dos demais elementos da
competência Exame Físico (A)
Rodízio Clínica Médica
Adequado se: Sinais vitais (A)+ ectoscopia (A)
+ Exame do Aparelho CV (A) + maioria dos
demais elementos (A)
Rodízio de Pediatria
ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde
8
Adequado, se: Sinais vitais (A) + ectoscopia (A)
+ Exame do Aparelho Respiratório (A) +
maioria dos demais elementos (A)
Rodízio de Neuro-Locomotor
Adequado: Sinais vitais (A) + ectoscopia (A) +
exame neuro-locomotor (A) + maioria dos
demais elementos (A)
Raciocínio Clínico (RC)
O RC será avaliado de acordo com os elementos
do checklist utilizando 3 parâmetros: História
clínica, participação oral e avaliação escrita.
A avaliação escrita deverá ser compatível com
os elementos do checklist de RC.
.
Instrumento I3-HA – Avaliação do
desempenho clínico (Anexo VI)
- Esse instrumento substitui o F3 de HA.
-O I 3 – HA apresenta um quadro com os 6
domínios de competências que serão
preenchidas com os conceitos “Insatisfatório,
Satisfatório ou NA”, baseando-se nos
resultados dos checklists.
- Deverão ser preenchido o I-3 –HA de todos
os estudantes, ao fim do último rodízio, pelos
docentes em reunião conjunta.
- Cada estudante terá apenas um I-3 –HÁ
Ficha de Avaliação de
Competências/Recuperação (Anexo VII)
Deverá ser preenchida pelos docentes para os
estudantes em recuperação na última reunião
conjunta de HA, após o 4º rodízio.
Ficha de Prescrição (anexo VIII) Em caso de recuperação, deverá ser preenchido
a Ficha de Prescrição Educacional, com a
proposta de recuperação para o estudante.
4.5 Recuperação e Reprovação
1. A recuperação ocorrerá em duas etapas:
R1 e R2.
A semana de recuperação é dividida em dois
períodos: um de revisão e outro de avaliação.
O conteúdo da revisão será baseado nas dúvidas
trazidas pelos estudantes sobre os assuntos
abordados durante os rodízios.
2. Deverá submeter-se à recuperação o
estudante que obtiver dois conceitos
Inadequados na mesma competência e ou um
conceito inadequado no último rodízio.
3. A reprovação só poderá ocorrer após as
duas recuperações (R1 e R2) ao fim do ano.
Portanto, o estudante não poderá ser
considerado reprovado, ao longo do ano por
conceitos Inadequados.
4. Os estudantes em recuperação deverão
receber comunicado por escrito.
5. CRONOGRAMAS, CALENDÁRIOS
E RODÍZIOS (ANEXO IX E X)
Os rodízios, cenários e calendários
das atividades que serão desenvolvidas ao
longo de 2015 constam nos anexos
6. ANEXOS
ANEXO I: COMPETÊNCIAS
- Competência Geral:
COMPETÊNCIA GERAL DOMÍNIOS da COMPETÊNCIA
Atenção à saúde do paciente
Entrevista Clínica
História Clínica
Exame físico
Raciocínio clínico
Tomada de decisão
Profissionalismo
DOMÍNIOS DE COMPETÊNCIA E SEUS ELEMENTOS
ENTREVISTA CLÍNICA - SETE ELEMENTOS ESSENCIAIS
1 Constrói um relacionamento médico-paciente efetivo
Uma das finalidades mais importantes da interação médico-paciente. Tem como fundamento a entrevista centrada no
paciente e a informação e esclarecimento do paciente, visando sua participação ativa no processo de tomada de decisão.
2 Abre a entrevista:
Cumprimenta o paciente. Estabelece e mantém um contato pessoal. Permite que o paciente complete suas colocações e
elicita suas preocupações.
3 Obtém a informação:
Utiliza questões abertas e fechadas apropriadamente. Esclarece e sumariza a informação. Utiliza-se da escuta ativa e da
comunicação verbal, não verbal e paraverbal.
4 Compreende as perspectivas do paciente:
Explora o contexto social, cultural e econômico de vida do paciente, bem como suas crenças, preocupações e
expectativas. Mostra-se atento aos seus sentimentos, ideias e valores.
5 Compartilha a informação:
Usa linguagem adequada. Explica a natureza do problema. Avalia a compreensão do paciente e encoraja seus
questionamentos.
6 Chega a um acordo com relação ao problema e aos planos:
Estimula a participação do paciente nas decisões. Checa a disposição ou capacidade do paciente em seguir com o plano
de ação. Identifica recursos e apoios.
7 Conclui fechamento:
Avalia a existência de algum questionamento adicional. Sumariza e confirma o acordo com o plano de ação a ser
instituído. Programa uma agenda de retorno.
HISTÓRIA CLÍNICA – COMPONENTES
1 Identificação temporal e espacial (data, hora e local)
2 Identificação do paciente
3 Queixa principal e início da queixa
4 História da doença atual
5 Revisão de sistemas
6 Antecedentes pessoais (fisiológicos, hábitos de vida, patológicos)
7 Antecedentes familiares e sociais
ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde
10
EXAME FÍSICO
DIVISÕES PARÂMETROS ELEMENTOS
Exame Físico Geral
Quantitativo
Sinais vitais pressão arterial, frequência cardíaca, pulso, temperatura.
Antropometria peso, altura, índice de massa corporal e circunferência
abdominal.
Exame Físico Geral
Qualitativo
Ectoscopia Pele, fâneros, tecido celular subcutâneo e linfonodos.
Exame Físico Segmentar
Cabeça Cabeça, olhos, ouvido, nariz, cavidade oral.
Pescoço Pescoço e tireoide.
Tórax Mamas, aparelho respiratório, cardiovascular.
Abdome e
Pelve
Sistema digestório, genitourinário masculino e feminino.
Cabeça, tronco e
membros
Sistema osteoarticular e nervoso.
RACIOCÍNIO CLÍNICO Etapas Descrição e objetivos
Processo diagnóstico
1 Obtenção de dados
2 Elaboração de lista de problema
3 Integração dos dados
4 Elaboração de uma representação o problema
5 Formulação das hipóteses diagnósticas
TOMADA DE
DECISÃO Itens Etapas Descrição e objetivos
Processo de
tomada de
decisão
1
Levantamento das perspectivas
do paciente-Preparando o
terreno
Visa explorar as Ideias, sentimentos, repercussões, expectativas e
medidas tomadas pelo paciente.
2
Informação e esclarecimento-
Chegando a uma compreensão
comum o problema
Consiste em informar o paciente sobre o problema diagnosticado,
esclarecê-lo sobre as alternativas de investigação e tratamento,
considerando as melhores evidências disponíveis e avaliar sua
compreensão.
3 Compartilhamento de decisão-
Dividindo responsabilidades
Visa esclarecer a natureza das decisões a serem tomadas e a
importância da participação do paciente nesse processo. Explorar
as preferências do paciente e avaliar as condições e
disponibilidade do paciente em seguir os acordos recém
estabelecidos.
PROFISSIONALISMO MÉDICO
Dimensões Descrição
Comunicação e
relacionamento
interpessoal
Habilidades fundamentais no processo de socialização profissional. Atua na mediação das interações
sociais, subsidiando todas as atividades da profissão e as interações existentes no espaço acadêmico
e das práticas em seus diversos níveis (membros da faculdade, paciente, família, comunidade,
equipes de saúde).
Ética e altruísmo
Dimensão social do profissionalismo, representada por um conjunto de normas e princípios que
norteiam a atuação profissional. Altruísmo envolve dedicação ao bem-estar do próximo. Agir em
benefício do paciente, não lhe causar danos, respeitar sua opinião e vontades e atuar com equidade,
buscando a justiça social são princípios básicos da ética profissional.
Responsabilidade
Refere-se ao cumprimento com os compromissos, com os acordos estabelecidos. Inclui o
cumprimento das tarefas e o respeito aos prazos acordados, o compromisso com a pontualidade e
assiduidade.
Humanismo Envolve atitudes e comportamentos que demonstram interesse pelo paciente como pessoa, tendo
como base respeito, honestidade, compaixão e empatia.
Aprendizado
permanente
(excelência)
Envolve o esforço consciente de exceder as expectativas. Implica no compromisso com a prática
eficiente e competente da profissão e com o aprendizado permanente. Inclui a preocupação contínua
com a qualidade do cuidado e a segurança do paciente.
Habilidades e Atitudes – 3ª Série
11
ANEXO II
Desempenhos
Níveis de desempenho – os ciclos de aprendizagem
Quais são os domínios de competência a serem trabalhados em cada série?
Considerando-se o projeto pedagógico da ESCS de aprendizado em espiral e que a competência geral e
seus domínios sejam comuns a todas as séries, devem-se estabelecer níveis de desempenho, de
complexidade crescente, a serem atingidos pelos estudantes ao longo do curso. Os três ciclos de
aprendizagem são: inicial, intermediário e internato, conforme Figura 1.
No 2º ciclo (3ª série), o estudante deverá progressivamente aprender a interpretar os dados obtidos no
ciclo anterior, visando o desenvolvimento de habilidades de raciocínio diagnóstico (decisões de natureza
diagnóstica; investigativa). O enfoque será dado para o diagnóstico sindrômico .
Intermediário
(3ª e 4ª)
Demonstra como
Reflexão Interpretação dos dados
Coleta de dados orientada para o problema do paciente
Semiogênese
Execução e Interpretação (aprimoramento da técnica)
Sindrômico
Raciocínio hipotético-dedutivo
Informar, esclarecer e compartilhar decisão em ambiente protegido.
Checklist modelo sintético (por grupos de desempenho)
O estudante deverá capaz de:
1. Estabelecer com o paciente um vínculo respeitando sua individualidade e autonomia, demonstrando
disponibilidade, compreensão, acolhimento e tolerância às diferenças, evitando julgamentos de valor,
de forma efetiva e ética
2. Obter uma história clínica ampliada, que leve em conta todos os aspectos fisiopatológicos e
psicossociais relevantes no processo de adoecimento do paciente;
3. Redigir história clínica, contemplando os elementos relacionados no checklist de avaliação; onde
será priorizada a HDA. A revisão de sistema será dirigida aos problemas ativos do paciente.
4. Realizar o exame físico, contemplando os elementos relacionados no checklist de avaliação;
5. Elaborar uma lista de problemas contemplando aspectos biológicos, psicológicos e sociais;
ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde
12
6. Compreender o significado clínico dos achados semiológicos
7. Correlacionar os dados da anamnese e exame físico às hipóteses diagnósticas (raciocínio clínico)
8. Concluir os diagnósticos sindrômico, topográfico e etiológico, partindo dos dados da história
clínica
9. Indicar e justificar os exames complementares pertinentes aos casos discutidos;
Desempenhos esperados em cada rodízio
1) Pediatria
Aparelho respiratório Compreender o significado fisiopatológico dos achados semiológicos do aparelho respiratório
Associar os achados do exame do tórax às diferentes patologias respiratórias.
Elaborar uma lista de diagnóstico diferencial da criança com dispnéia e tosse.
Elaborar lista de diagnósticos diferenciais das pneumonias na infância.
Interpretar radiografia de tórax nas pneumonias e suas complicações.
Aparelho urinário Elaborar um roteiro de abordagem da criança com edema nas síndromes renais.
Interpretar um EAS e prova de função renal distinguindo as síndromes nefrítica e nefrótica.
Reconhecer os elementos diagnósticos na ITU.
Indicar em que situações a urocultura é solicitada.
Doenças infecciosas Descrever os esquemas profiláticos das meningites.
Realizar exame para pesquisa de sinais de irritação meníngea.
Interpretar hemograma nas diversas patologias infecciosas.
Interpretar LCR nas meningites.
2) Clínica do Abdome
Disfagia Formular três diagnósticos sindrômicos para um(a) paciente com queixa de disfagia.
Indicar os principais exames complementares para o diagnóstico do megaesôfago chagásico.
Interpretar um Rx contrastado o megaesôfago chagásico em grupos pelo aspecto do exame
radiológico.
Abdômen agudo Diferenciar através dos dados de história e exame físico as cinco classes de abdome agudo:
inflamatório, obstrutivo, perfurativo, hemorrágico e vascular.
Descrever os achados semiológicos mais freqüentes de paciente com suspeita de apendicite aguda,
colecistite aguda, diverticulite aguda, pancreatite aguda, DIPA, úlcera péptica perfurada, obstruções
intestinais, gravidez ectópica e isquemia mesentérica.
Indicar os exames complementares de rotina (radiológica e laboratorial) no paciente com um quadro
de abdome agudo.
Síndrome colestática (colestase) Formular três diagnósticos sindrômicos para paciente com história de dor abdominal em
hipocôndrio direito e icterícia.
Diferenciar, pela história clínica, os dados compatíveis com colelitíase/coledocolitíase ou
neoplasias.
Síndrome Dispéptica (Dispepsia) Realizar anamnese e exame físico em paciente com epigastralgia.
Habilidades e Atitudes – 3ª Série
13
Enumerar uma lista de diagnósticos diferenciais em paciente com epigastralgia (cólica biliar, doença
péptica...).
Indicar os principais exames complementares para o diagnóstico da doença ulcerosa péptica.
Diferenciar, pela história clínica, um paciente com história de gastrite por estresse de um paciente
com doença ulcerosa péptica, causada pelo Helicobacter pylori.
Indicar os principais exames complementares para paciente com suspeita de câncer gástrico (sinais
de alerta).
Constipação Definir critérios para diagnóstico de constipação.
Discutir sobre as complicações do megacólon chagásico (fecaloma, volvo de sigmoide).
Indicar o(s) principal(is) exame(s) complementar(es) para o diagnóstico do câncer colorretal.
Formular três diagnósticos diferenciais para paciente com queixa de constipação crônica.
Hipertensão Portal Diagnosticar e compreender a fisiopatologia da ascite na hipertensão portal.
Conhecer os sinais e sintomas importantes para o diagnóstico de insuficiência hepática.
Fazer o diagnóstico diferencial da hepatoesplenomegalia.
3) Clínica Médica
Sistema cardiovascular Correlacionar os achados na anamnese e exame físico com a fisiopatologia nos quadros de
insuficiência cardíaca.
Executar corretamente o exame cardiológico, interpretar os achados anormais, correlacionando com
as doenças cardiovasculares e as valvulopatias.
Conhecer os aspectos mais importantes na abordagem clínica e os critérios diagnósticos de hipertensão
arterial e enfermidades que envolvem:
- Miocárdio; Pericárdio; Endocárdio; Sistema de condução; Válvulas cardíacas; Coronárias; Artérias
aorta, pulmonar, carótidas; Veias cava inferior e superior e veias pulmonares; Artérias e veias
periféricas; Miocardiopatias; Coronariopatias; Valvulopatias; Pericardiopatias;Mal formações
congênitas; Hipertensão arterial sistêmica, Hipertensão arterial pulmonar; Síndrome de insuficiência
cardíaca (Insuficiência ventricular esquerda, Insuficiência ventricular direita, Insuficiência cardíaca
congestiva, fração de ejeção preservada e reduzida); Endocardite bacteriana e
autoimune; Arritmias; Mixomas e outros tumores; Trauma cardíaco e dissecção
aórtica; Endomiocardiofibrose; Trombose venosa e Troboflebites;
Arteriopatias ateroscleróticas e inflamatórias;
Elaborar o diagnóstico diferencial de dor torácica e reconhecer os sinais e sintomas importantes para
o diagnóstico das síndromes coronarianas agudas.
Elaborar o diagnóstico diferencial das Síndromes Edemigênicas
Aparelho respiratório
Interpretar os achados semiotécnicos: exame respiratório normal, DPOC, Insuficiência respiratória
aguda e crônica, Cor pulmonale agudo e crônico, pneumonia, pneumotórax, atelectasia, derrame
pleural, Afecções da pleura, tuberculose pulmonar, hipertensão arterial pulmonar e cianose
Elaborar o diagnóstico diferencial nos pacientes com tosse prolongada.
Diagnosticar: afecções das vias aéreas superiores (Sinusopatias, rinopatias, faringopatias e
laringopatias), doenças intersticiais dos pulmões e fibrose pulmonar, alargamentos do mediastino e
mediastinites, tumores broncopulmonares, pleurais e mediastinais, DPOC, Cor pulmonale,
pneumonia, pneumonites, abscessos pulmonares, asma, pneumotórax, atelectasia, derrame pleural
e tuberculose pulmonar, - Trombo Embolismo Pulmonar e vasculites pulmonares.
Interpretar a radiografia de tórax PA e Perfil nas pneumonias, DPOC, derrame pleural, atelectasia,
pneumotórax e tuberculose pulmonar;
Aparelho Neuro Locomotor
ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde
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Sistema musculoesquelético:
- Conhecer a semiologia e executar o exame do sistema musculoesquelético
- Artropatias inflamatórias do esqueleto apendicular com enfoque no diagnóstico diferencial das
poliartrites crônicas com base nas
- Doenças difusas do tecido conjuntivo (ex.: lúpus eritematoso sistêmico e artritre reumatoide)
- Artropatias inflamatórias do esqueleto axial
- Enfoque no diagnóstico diferencial das lombalgias inflamatórias com base nas espondiloartrites.
Programação complementar: neuropatias compressivas, tendinopatias e fraturas
Conhecer a semiologia e executar o exame do Sistema nervoso:
- Síndrome do primeiro neurônio motor
- Síndrome do segundo neurônio motor
- Síndromes deficitárias motoras por lesão cerebral aguda com enfoque nas alterações semiológicas
do acidente vascular cerebral (motora, sensitiva, visual e linguagem)
- Síndromes medulares: enfoque na exploração semiológica das lesões medulares agudas e
subagudas (ex.: traumatismo raquimedular e mielite)
- Neuropatias periféricas: enfoque na exploração semiológica das lesões do sistema nervoso
periférico agudas e subagudas (ex.: síndrome de Guillain Barré e polineuropatias).
Programação complementar: Síndromes extrapiramidais, doenças cerebelares, pares cranianos e
doenças do tronco cerebral.
Habilidades e Atitudes – 3ª Série
15
ANEXO III
Roteiro da história clínica – ROTEIRO DE HISTÓRIA CLÍNICA E EXAME FÍSICO DA ESCS
PROGRAMA EDUCACIONAL DE HABILIDADES E ATITUDES
ROTEIRO DE HISTÓRIA CLÍNICA E EXAME FÍSICO
FEPECS-ESCS - 2012
HISTÓRIA CLÍNICA
Este roteiro indica a forma e a sequência em que as informações devem ser redigidas e não
necessariamente como a entrevista deve ser conduzida. O entrevistador deve ser flexível e permitir a
expressão do paciente. Perguntas realizadas de forma mecânica podem passar a ideia de interrogatório
e dificultar a comunicação. É fundamental que seja garantido um ambiente de privacidade,
principalmente quando forem abordados temas que possam ser constrangedores para o paciente.
A observação clínica deve ser redigida de forma precisa, legível, sem uso de abreviações e sem
erros gramaticais. Deve conter um relato completo das informações prestadas pelo paciente e dos dados
obtidos pelo examinador na anamnese dirigida. As respostas negativas, relevantes para elaboração
diagnóstica, também deverão ser registradas.
1. DATA: HORA: LOCAL:
2. IDENTIFICAÇÃO 1. 2.1. Nome
2. 2.2. Idade
3. 2.3. Gênero (Sexo)
4. 2.4. Cor/etnia*
5. 2.5. Estado civil
6. 2.6. Profissão ou ocupação atual
7. 2.7. Naturalidade
8. 2.8. Procedência
9. 2.9. Residência
10. 2.10.Tempo de permanência no DF
Outros itens podem ser incluídos, conforme o caso: religião, data de nascimento, local de trabalho, nº
do leito/enfermaria, registro, plano de saúde, etc.
Incluir nome do informante e relação do mesmo com o paciente (no caso de história colhida com outra
pessoa que não o paciente).
3. QUEIXA PRINCIPAL E INÍCIO DA QUEIXA É o principal motivo pelo qual o paciente buscou atendimento. Deverá ser descrito um sintoma apenas,
ou mais de um (queixas principais) se forem correlacionados, e seu início. Utilizar, preferencialmente,
as próprias palavras do paciente entre aspas (em algumas circunstâncias, será necessário chegar a uma
compreensão comum sobre o significado das expressões utilizada pelo paciente e fazer um ajuste
sociocomunicativo, antes de se registrar o sintoma como queixa). Deve-se evitar termos técnicos e
rótulos diagnósticos.
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4. HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL Deve ser uma narrativa clara, de cronologia linear, com detalhamento criterioso dos sintomas que
fizeram o paciente buscar o atendimento. Deve ter como ponto de partida o primeiro sintoma, tendo
como referência o período sem queixas imediatamente anterior ao início do quadro atual.
A caracterização dos sintomas deverá ser completa, clara e objetiva, incluindo todas dimensões, fatos e
sintomas associados que estiveram presentes ao longo do decorrer da doença.
Caracterização dos sintomas - dimensões: 4.1 - Cronologia - data e modo de início (gradual ou súbito), duração e frequência;
4.2 - Localização e irradiação (se aplicável);
4.3 - Qualidade ou caráter;
4.4 - Intensidade (quantidade/volume/frequência);
4.5 - Fatores precipitantes ou predisponentes - situações relacionadas ao aparecimento do sintoma;
4.6 - Fatores de melhora ou piora;
4.7 - Sintomas associados.
Deverão constar também da HDA: Caracterização das intervenções já realizadas no curso da doença atual – procura por assistência
médica, onde o atendimento foi realizado, especialidade do profissional que fez o atendimento, exames
realizados, diagnósticos, tratamentos, internações, efeitos da terapêutica sobre a doença atual;
Doenças concomitantes que possam ter repercussão sobre o estado clínico do paciente ou relação
com os sintomas apresentados pelo paciente.
5. REVISÃO DE SISTEMAS No ciclo inicial (1ª e 2ª séries), deverá ser realizada de forma completa. No ciclo intermediário (3ª e 4ª
séries), o processo diagnóstico é dirigido, de forma que a revisão de sistema deverá ser usada como uma
complementação da história da doença atual (HDA). Os sistemas a serem revisados (no processo
dirigido) deverão guardar alguma relação com os sintomas relatados na HDA. Dessa forma, a revisão
de sistemas pode auxiliar na detecção de sintomas adicionais que, eventualmente, tenham passado
despercebidos no momento da coleta da HDA. Assim como, também, pode revelar sintomas, não
relacionados à HDA, que necessitam de uma investigação complementar paralela.
A lista abaixo é apenas um roteiro básico e não pretende esgotar todas as possibilidades de disfunções
de cada aparelho. A importância da revisão de sistemas vai depender das informações colhidas na HDA.
Ela poderá ser mais extensa e assumir maior importância quando o paciente não for bom informante
e/ou quando os dados da HDA são muito inespecíficos. Quando presente, o sintoma relatado deverá ser
descrito com todas as características semiológicas.
5.1. Estado geral – alterações de peso, febre, astenia (sensação de fraqueza), calafrios, sudorese
excessiva.
5.2. Pele e Anexos – alterações de cor, prurido, lesões, cicatrizes, nódulos, áreas de perda de
sensibilidade, alterações nos cabelos, pelos e unhas.
5.3. Linfonodos - dor, aumento e cadeia(s) envolvida(s).
5.4. Cabeça – dor (cefaleia), traumatismos, tonturas, vertigem (tontura giratória).
5.5. Olhos – dor, diminuição ou perda da visão, vermelhidão, lacrimejamento excessivo (epífora),
sensação de corpo estranho, sensação de ressecamento (xeroftalmia), turvação visual, diplopia (visão
dupla), escotomas (manchas ou pontos escuros no campo visual), fotofobia (hipersensibilidade à luz),
secreções oculares.
5.6. Ouvidos – dor (otalgia), secreções (otorreia), sangramento (otorragia), zumbidos (tinnitus ou
acúfenos) perda auditiva, vertigens,
5.7. Nariz e Cavidades paranasais - dor, secreções (rinorreia), sangramento (epistaxe), obstrução
nasal, prurido, espirros frequentes, dispneia, diminuição (hiposmia) ou abolição (anosmia) do olfato.
5.8. Cavidade oral (boca e garganta) - dor de garganta, dor de dente, dor na língua, dor à deglutição
(odinofagia), dificuldade para deglutir (disfagia), boca seca (xerostomia), mau cheiro (halitose),
sangramento na gengiva (gengivorragias), úlceras orais, pigarros, roncos.
5.9 Pescoço (tireoide, laringe) - dor, limitação de movimento, aumento da tireoide, tumorações,
disfonia, afonia, tosse, dispneia.
5.10. Mamas - dor, nódulos, secreções, inflamação, alterações de volume e alterações mamilares.
Habilidades e Atitudes – 3ª Série
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5.11. Sistema Respiratório - dor torácica, dor tipo pleurítica, dispneia, cianose, tosse, expectoração,
hemoptise, roncos e sibilos.
5.12. Sistema Cardiovascular – dor, desconforto precordial ou retroesternal, palpitação, dispneia
(relação com o esforço), ortopneia, dispneia paroxística noturna, desmaios, edema, cianose, astenia
(sensação de fraqueza), sibilos, varizes de membros inferiores, claudicação intermitente.
5.13. Sistema Digestório – dor abdominal, pirose (queimação retrosternal), diminuição ou aumento
do apetite, disfagia, azia, desconforto (empachamento) ou dor pós-prandial, náuseas, vômitos,
regurgitação, eructação, flatulência, hematêmese, enterorragia (sangramento intestinal, vermelho,
grande quantidade, com ou sem coágulos), sangramento anorretal (sangue vivo, em pequena quantidade,
associado à defecação = hematoquezia), melena (fezes de odor fétido, escuras, tipo borra de café),
icterícia, acolia fecal, modificação nos hábitos intestinais (diarreia, constipação), esteatorreia, tenesmo,
alterações anorretais (prurido, hemorroidas), eliminação de parasitos, hérnias, alterações da forma ou do
volume abdominal.
5.14. Sistema Urinário - cólica renal, polaciúria (aumento na frequência das micções), poliúria
(aumento no volume/dia), oligúria (volume urinário estimado < 400 ml/dia), anúria (volume urinário
estimado < 100 ml/dia), nictúria (aumento na frequência das micções durante a noite), noctúria
(eliminação de volume urinário aumentado à noite), enurese noturna (eliminação involuntária de urina
durante o sono), hesitação miccional, urgência miccional, disúria, estrangúria, retenção urinária,
incontinência urinária, alterações da cor da urina (se avermelhada, pode indicar a presença de hemácias
- hematúria), urina espumosa (indicativo de albuminúria), edema facial, eliminação de cálculo renal,
mau cheiro da urina.
5.15. Aparelho Genital - Feminino: dismenorreia, alterações no intervalo dos ciclos (oligomenorreia,
polimenorreia), na duração (hipermenorreia, hipomenorreia), aumento no fluxo menstrual (menorragia)
ou ciclos irregulares (metrorragia), cólicas, corrimentos, dispareunia, diminuição da libido, prurido
vulvar, lesões genitais. Masculino: dor nos testículos, modificação na bolsa escrotal, secreção uretral,
impotência sexual, hemospermia, diminuição da libido.
5.16. Sistema endócrino - intolerância ao calor ou ao frio, exoftalmia, polifagia, polidipsia, poliúria,
hirsutismo, insônia, sonolência, aumento ou diminuição de peso, alterações menstruais, alterações do
ritmo intestinal (hiperdefecação ou constipação), pele seca, sudorese excessiva, tremores, rouquidão,
macroglossia, galactorreia.
5.17. Aparelho locomotor - dor articular (artralgia), muscular (mialgia), dor óssea, lombalgia, dor
cervical, fraqueza muscular, edema, calor ou rubor articular, crepitações, deformidades, rigidez,
limitação de movimentos, claudicação, câimbras.
5.18 Sistema hematopoiético - astenia, tonturas, palidez, tendência a sangramento na pele
(petéquias, equimoses, hematomas) ou mucosas (gengivorragias, hematúria), icterícia.
5.19. Sistema nervoso - perda da consciência, convulsões, distúrbios do sono, paresias, paralisias,
movimentos incoordenados, alterações da marcha, anestesias, disestesias, parestesias, neuralgias ou
radiculalgias, tremores, cefaleia, tontura, vertigem, diminuição da memória, afasia, disartria.
5.20. Estado mental – dificuldades de atenção, orientação ou memória, alterações freqüentes do humor
ou afetividade, alucinações, fobias.
6. ANTECEDENTES PESSOAIS Alguns dos temas abordados abaixo não se aplicam a todos os pacientes. Devem ser levados em conta
a idade e o gênero do paciente, assim como a relevância e pertinência para a história da doença atual.
Por exemplo, não faz sentido perguntar sobre condições de nascimento e desenvolvimento
neuropsicomotor a uma pessoa idosa.
6.1. ANTECEDENTES FISIOLÓGICOS
Condições de gestação e nascimento;
Desenvolvimento neuropsicomotor;
Menarca, puberdade, idade de início da vida sexual e menopausa;
Características do ciclo menstrual (regularidade, frequência e duração) e volume do fluxo menstrual;
História obstétrica: gestações, partos, abortos;
Sexualidade: coitarca, vida sexual atual (pode ser inquirido na seção relativa aos hábitos de vida)
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6.2. HÁBITOS DE VIDA
Alimentação:
Número de refeições e distribuição no dia (recomendação MS: pelo menos 5 refeições saudáveis
por dia);
Quantidade de sal, gordura e açúcar livre;
Número de porções de frutas, legumes e verduras consumidos por dia. (recomendação do Ministério
da Saúde: 3 porções de legumes/verduras e 3 porções de frutas por dia – 400g/dia).
Padrão de sono: hora que dorme e hora que acorda, dificuldade para iniciar ou manter o sono,
múltiplos despertares a noite, insônia terminal (acorda no meio da noite e não consegue mais
dormir), roncos, sonolência diurna;
Lazer;
Atividade física (tipo, duração frequência semanal);
Álcool, fumo e drogas ilícitas (tipo, duração, frequência, quantidade);
Contato com animais domésticos;
Contatos com vetores ou presença em área endêmica de doenças infecciosas ou parasitárias
Vida sexual:
Ativa ou não;
Orientação sexual;
Parceiros;
Cuidados contraceptivos;
Uso de proteção contra doenças sexualmente transmissíveis:
Imunizações (data e reações): difteria, tétano, coqueluche, sarampo, poliomielite, febre tifóide,
febre amarela, hepatite B, influenza, tuberculose e pneumococo (adaptar para a faixa etária). Relatar
se apresentou cartão de vacinação atualizado ou não.
Exames preventivos periódicos: Papanicolau, mamografia, pesquisa de sangue oculto nas fezes,
colesterol, glicemia, prevenção de neoplasia de próstata e outros.
6.3. ANTECEDENTES PATOLÓGICOS
Doenças anteriores:
Doenças comuns na infância: sarampo, rubéola, varicela, caxumba, coqueluche, difteria,
poliomielite;
Doenças congênitas;
Doenças infecciosas: tuberculose, doenças sexualmente transmissíveis, esquistossomose,
pneumonia, hepatite, malária, doença de Chagas, hanseníase;
Doenças crônicas e neoplásicas: hipertensão arterial sistêmica, diabetes, asma, depressão,
neoplasias;
Traumas: tipo, data, complicações, sequelas;
Alergias a medicamentos e alimentares.
Procedimentos anteriores:
Cirurgias prévias: tipo e resultados;
Transfusões sanguíneas;
Hospitalizações anteriores: registrar datas, diagnósticos e complicações;
Medicações em uso regular.
7. ANTECEDENTES FAMILIARES E SOCIAIS
7.1 FAMILIARES
Estado de saúde e idades dos familiares de 1º grau* e do cônjuge. Ou causa de morte (causa
mortis) e idade ao morrer dos familiares falecidos:
Habilidades e Atitudes – 3ª Série
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Pais;
Irmãos;
Cônjuge;
Filhos.
*Incluir os avós em casos dos pacientes pediátricos.
Doenças comuns na família, tais como: neoplasias, alergias, acidente vascular encefálico,
tuberculose, asma, cardiopatias, hipertensão arterial, morte súbita, transtornos mentais,
hemopatias, diabetes, obesidade. Pesquisar também a existência de familiares com sintomas
semelhantes aos apresentados pelo paciente.
7.2 SOCIAIS
7.2.1. Pessoais: Religião e crenças;
Escolaridade e formação profissional (grau de instrução e anos de educação formal);
Agravos à saúde por exposição ocupacional;
7.2.2. Familiares: Condições de moradia;
Habitação: material (alvenaria, madeira, etc.) e número de cômodos;
Saneamento básico (fossa, sumidouro ou ausente);
Número de pessoas na habitação.
Quantas pessoas trabalham na família;
Quem é o provedor da família;
Renda familiar;
Relacionamento familiar;
Redes de apoio social: família, amigos, igreja, organizações sociais.
PERSPECTIVAS DO PACIENTE SOBRE O PROCESSO DE ADOECIMENTO E
TRATAMENTO Os pontos relativos à perspectiva do paciente são subjetivos. Aqui o mais importante é garantir ao
paciente um espaço para falar sobre suas percepções, sentimentos, crenças, preocupações e dúvidas. As
informações colhidas dão subsídios para o profissional de saúde compreender a forma como o paciente
avalia e enfrenta suas dificuldades, sendo muito importantes para o processo de tomada de decisão,
O levantamento da experiência e perspectivas do paciente sobre seu adoecimento e tratamento pode ser
agrupado em cinco áreas:
Nº ÁREA DESCRIÇÃO
1 Ideias sobre a doença Compreensão e crenças do paciente sobre a natureza do problema e suas causas.
2 Sentimentos e
preocupações
Sentimentos (medo, raiva, culpa, tristeza, ambivalência) preocupações do paciente em
relação ao problema e sua evolução.
3 Repercussões Repercussão da doença na vida do paciente como um todo, considerando família, trabalho e
os aspectos espirituais, emocionais e financeiros.
4 Expectativas Expectativas do paciente com relação ao tratamento e à equipe de saúde (limitações,
benefícios).
5 Medidas tomadas Medidas tomadas pelo paciente para lidar com o problema e possíveis redes de apoio.
EXAME FÍSICO
“A maioria dos pacientes encara o exame físico com pelo menos alguma ansiedade. As pessoas sentem-
se vulneráveis, fisicamente expostas, apreensivas em relação à possibilidade de sentir dor e receosas
com que o clínico possa encontrar (...). O clínico habilidoso, atentos a esses sentimentos, é minucioso
sem perder tempo, sistemático sem ser rígido, delicado sem temer causar desconforto se isto for
necessário. Escutando, olhando, tocando ou cheirando, o clínico habilidoso examina cada região do
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corpo, e, ao mesmo tempo percebe o paciente como um todo, observa o franzir do rosto ou o olhar
preocupado e acalma, explica e tranquiliza.”
Bates - Propedêutica Médica – 10ª edição – pág 13
1. Exame geral 1. Sinais vitais - Pressão arterial, frequência de pulso, frequência respiratória e temperatura.
2. Parâmetros antropométricos - Peso, altura, índice de massa corporal e circunferência abdominal.
3. Descrição Geral do Paciente - Estado geral, fácies, nível de consciência, orientação no tempo e no
espaço, padrão respiratório, estado de hidratação temperatura (impressão tátil), palidez, icterícia,
cianose, estado nutricional, decúbito preferido no leito (se pertinente), deformidades, movimentos
involuntários, postura e marcha.
4. Pele, fâneros e tecido celular subcutâneo - características físicas e lesões da pele e mucosas.
Quantidade, distribuição, consistência e espessura dos pelos e cabelos. Quantidade e distribuição do
tecido celular subcutâneo. Perfusão, coloração e forma das extremidades digitais.
5. Linfonodos - occipitais, retro e pré-auriculares, submentonianos, submandibulares, amigdalianos,
cervicais, supra e infraclaviculares, axilares, epitrocleanos, inguinais e poplíteos. Observar
localização, número, dimensão, forma (ovoide, elíptica, arredondada) consistência, mobilidade,
sensibilidade, drenagem de secreções, coalescência, alterações da pele sobre o linfonodo.
2. Exame segmentar 2.1. Cabeça – inspeção e palpação -
Crânio e face: Tamanho, forma, deformidades, pontos dolorosos, posição, movimentos anormais
e alterações no couro cabeludo (tumores, hematomas, afundamentos e pontos dolorosos). Palpação das
glândulas salivares maiores (parótidas, submandibulares e sublinguais). Quando obstruídas podem ser
observadas pela inspeção.
Olhos: acuidade e campo visual; globos oculares (posição, tensão, exoftalmo, enoftalmo,
movimentos extrínsecos do globo ocular); aparelho lacrimal (edema, lacrimejamento excessivo ou
ressecamento ocular); pálpebras (fenda, simetria, edema, inflamações, movimento); conjuntivas e
esclerótica (coloração, hemorragias, inflamação, ulcerações e cicatrizes); córnea (transparência,
ulcerações, cicatrizes); pupilas (tamanho, forma, simetria, reação à luz). Fundoscopia – instrumento:
oftalmoscópio. Visualizar: retina, disco (ou papila) óptico, mácula, fóvea e padrão vascular da região
posterior do olho (fundo de olho). Observar: palidez da papila (atrofia do nervo óptico), estase vascular
(hipertensão intracraniana), modificações arteriolares (hipertensão arterial e diabetes).
Ouvidos:
Pavilhão auricular - forma, implantação, simetria, processo inflamatório, secreção e pontos
dolorosos.
Otoscopia – instrumento: otoscópio. Visualizar: meato auditivo externo (integridade da pele,
presença de cerúmen, descamação, secreções) e membrana do tímpano (forma, aspecto, cor,
integridade).
Nariz e seios anteriores da face:
Nariz - forma, simetria, deformidades, dor, secreção, batimentos de asa de nariz, obstrução,
alinhamento do septo nasal.
Rinoscopia (anterior) – instrumento: espéculo nasal. Visualizar: vestíbulo nasal (parte anterior da
cavidade nasal), septo, cornetos (ou conchas nasais). Observar: edema, alterações de coloração, crostas,
pólipos, secreções vestibulares. Perfuração e desvios do septo nasal. Aumento ou diminuição das
conchas nasais na parede lateral da pirâmide nasal e os espaços entre as conchas (meatos).
Seios anteriores da face - inspeção, palpação, percussão e transiluminação - dor, edema.
Cavidade oral e orofaringe: Vestíbulo: espaço entre o revestimento interno das bochechas e os dentes e gengivas - mucosa
jugal, ducto de stenon (canal da glândula parótida desemboca em nível do 2º molar superior), sulco
gengivolabial, sulco gengivojugal.
Cavidade oral (propriamente dita): lábios (simetria, coloração, deformidades, desvios de
comissura, fissuras, inflamação, edema erupções), mucosa oral (coloração, hidratação, erupções e
ulcerações), gengivas (tumefação, hemorragias, ulcerações, piorreia), dentes (estado de conservação,
cáries, falhas, próteses), palato e úvula (deformidades congênitas, adquiridas, congestão, erupções,
Habilidades e Atitudes – 3ª Série
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ulcerações, movimentação do palato mole, pilares), língua (tipo, cor, ulcerações, papilas, desvios,
movimentos, varicosidades e freio), assoalho da boca.
Orofaringe: amígdalas (ou tonsilas palatinas), Pilares anteriores e posteriores, véu palatino, parede
posterior da faringe. (exsudatos, formação de membranas, congestão, abcessos, tumores e ulcerações).
2.2 Pescoço e tireoide
Pescoço: inspeção e palpação - forma, volume, posição, simetria, abaulamentos, turgência jugular,
mobilidade, tônus muscular, sensibilidade à palpação da coluna cervical.
Tireoide: tamanho, forma, mobilidade, consistência, dor, nódulos e frêmitos. Ausculta da tireoide
(avaliar presença de sopros).
Traqueia: posição e deslocamentos.
2.3. Mamas e axila
Inspeção -
Estática – paciente sentada com braços pendendo ao lado do corpo - regiões da mama - simetria,
volume (normais, hipertróficas e hipotróficas), forma, trofismo, alterações da pele e da superfície
como depressões, abaulamentos ou retrações. Observar aspecto das aréolas e papilas.
Dinâmica – paciente com braços levantados sobre a cabeça (1ª), mãos na cintura (2ª) – retrações,
abaulamentos, alterações papilares e areolares. Em caso de mamas grande ou pendulares, exame
pode ser feito com a paciente de pé, com o tronco inclinado para frente.
Palpação – paciente em decúbito dorsal – examinar com a mão espalmada (palpação global), depois
com a face palmar dos dedos juntos, percorrendo os quadrantes (palpação por quadrantes) e
finalmente à palpação digital. Observar nódulos e espessamentos (localização, dimensões,
consistência, mobilidade, limites e sensibilidade). Expressão delicada das papilas, observar
secreções.
Gânglios axilares – número, dimensões, forma, consistência, mobilidade, sensibilidade, alterações
cutâneas e nos tecidos circunvizinhos.
2.4. Aparelho respiratório
Inspeção -
Estática - referências anatômicas, linhas e regiões do tórax - forma, volume, simetria, deformidades,
abaulamentos e/ou retrações. Inspeção das mãos para pesquisa de baqueteamento digital
Dinâmica (movimento respiratório) - tipo respiratório (toracoabdominal, abdominal puro, torácico
puro), ritmo, amplitude, expansibilidade, tiragem, simetria, utilização de músculos acessórios da
respiração.
Palpação - simetria dos movimentos respiratórios, expansibilidade da parede torácica,
sensibilidade, tônus muscular, frêmito toracovocal.
Percussão - ressonância (som claro pulmonar), outros sons (macicez, timpanismo, hiper-
ressonância), incursão diafragmática.
Asculta - sons respiratórios normais (traqueal, brônquico, broncovesicular e vesicular), sons
respiratórios anormais (crepitações, sibilos, roncos, atrito pleural, estridor), ausculta da voz falada
e sussurrada (sons vocais - ressonância vocal, broncofonia, egofonia, pectorilóquia sussurrada).
Todos os ruídos adventícios devem ser descritos em relação a sua localização, cronologia dentro do
ciclo respiratório, mobilidade e intensidade.
2.5. Aparelho cardiovascular
Precórdio:
Inspeção e palpação - abaulamentos, batimentos precordiais e justa-precordiais, pontos
dolorosos: atrito pericárdico, frêmitos. Ictus cordis: localização, extensão, intensidade, mobilidade.
Ausculta - ritmo, frequência, características das bulhas, sopros, atritos, ruídos suplementares
sistólicos e diastólicos.
Pulsos arteriais e venosos: inspeção e palpação - pulso venoso jugular, turgência e refluxo
hepatojugular. Pulso carotídeo, subclávia, axilar, braquial, radial, aorta abdominal, femoral, tibial
posterior e dorsal do pé (frequência, amplitude, ritmo, sincronia). Frêmito (palpação) e sopros
(ausculta) sobre as artérias carótidas.
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2.6. Abdome
Inspeção – linhas e regiões do abdome - forma, volume, simetria, circulação visível,
abaulamentos localizados, movimentos visíveis (respiratórios, pulsáteis, peristaltismo), condições da
cicatriz umbilical.
Ausculta - peristaltismo, ruídos intestinais e vasculares (sopros – artéria renal ou aorta
abdominal).
Percussão – verificar os sons em todos os quadrantes (timpanismo, hipertimpanismo, macicez,
submacicez). Avaliar hepatimetria, ascite: onda líquida (percussão por piparote), macicez nos
flancos, macicez móvel. Macicez ou submacicez no espaço de Traube (indicativo de
esplenomegalia).
Palpação -
Superficial – sensibilidade superficial, resistência muscular e massas. Identificar pontos
dolorosos (biliar, apendicular, esplênico e ureterais)
Profunda – sensibilidade (local, referida e reflexa), tônus muscular, tumorações (localização,
arquitetura, consistência, sensibilidade, mobilidade, pulsatilidade). Dor a descompressão.
Palpação de órgãos abdominais e da aorta.
Fígado: coordenar a palpação com os movimentos respiratórios: o órgão se desloca para baixo na
inspiração. Utilizar técnica da mão estendida (Lemos-Torres) ou da “mão em garra” (Mathieu) ou
ambas. Avaliar - dimensões (confirmar pela percussão), superfície (lisa ou nodular) e as características
da borda livre: espessura (fina ou romba), consistência (diminuída, normal ou aumentada) e
sensibilidade (indolor ou dolorosa).
Vesícula biliar: dimensões, forma, consistência, sensibilidade, mobilidade.
Baço: dimensões (confirmar pela percussão), superfície, consistência, sensibilidade, mobilidade.
Rim: localização, arquitetura, (dimensão, forma e simetria), consistência, sensibilidade, punho-
percussão lombar, pontos renoureterais e mobilidade.
Aorta abdominal: palpar entre o apêndice xifoide e a cicatriz umbilical, comprimir a parede
abdominal contra a coluna e tentar identificar as pulsações da aorta abdominal (o sucesso da palpação
depende da espessura da parede abdominal e do diâmetro ântero-posterior do abdome).
Abdome gravídico Observa altura do fundo de útero. Avalia consistência e regularidade da superfície uterina. Executa as
manobras de Leopold. Ausculta os batimentos cardíacos fetais (bcf).
2.7. Pelve
Região inguinal: hérnias - localização (inguinal, femoral), dimensões, forma, consistência,
sensibilidade e redutibilidade. Cadeias ganglionares inguinais superiores e inferiores.
Glúteos, ânus, reto:
inspeção e palpação - lesões cutâneas, hemorroidas, fissuras, fístulas, cisto pilonidal
toque retal - tônus esfincteriano, sensibilidade anorretal, elasticidade, abaulamentos e tumorações.
No homem, próstata e vesículas seminais – sensibilidade, dimensões, consistência. Na mulher, parede
retovaginal, colo e corpo do útero, fundo de saco de Douglas.
Genitália feminina:
Genitália externa: inspeção e palpação - monte de vênus, pequenos e grandes lábios, clitóris,
vestíbulo, meato uretral, glândulas parauretrais, glândulas de Bartholin, períneo.
Exame especular: paredes vaginais, colo uterino (cérvice), orifício uterino do colo, fossas
laterais.
Toque:
Útero: Forma posição, consistência e mobilidade.
Anexos: se palpáveis, descrever características.
Genitália masculina:
Pênis - prepúcio, glande, freio, corpo, meato uretral, cicatrizes, ulcerações, erupções e alterações
estruturais.
Habilidades e Atitudes – 3ª Série
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Bolsa escrotal - pele e intumescimento, testículos, epidídimo, cordões espermáticos.
Períneo
2.8. Aparelho osteoarticular
Esqueleto apendicular (MMSS e MMII):
Inspeção: forma, contornos, simetria dos segmentos corporais, comprimento e alinhamento das
extremidades, deformidades, hipertrofias e atrofias locais.
Palpação: dor, sensibilidade local, alterações de temperatura, alterações de volume, crepitação,
alterações das estruturas periarticulares e musculares circunjacentes.
Movimentação: ativa e passiva: dor, limitação de movimentos, tônus, movimentos espásticos,
instabilidades articular, deformidades e contraturas e a marcha. Movimentação ativa
contrarresistência pode ser utilizada, de forma complementar, para avaliar a integridade de
estruturas contráteis (músculos e tendões).
Esqueleto axial (coluna):
Inspeção: forma, simetria na altura dos ombros e cristas ilíacas, alinhamento, desvios patológicos
(cifose, lordose, escoliose e padrões mistos) e retificações segmentares.
Palpação: dor, sensibilidade das apófises espinhosas, sensibilidade e tônus da musculatura
paravertebral.
Movimentação ativa e passiva: dor e limitação de movimentos nos segmentos cervical e
toracolombar (flexão, extensão, rotação e lateralização). No caso de suspeita de compressão
radicular em nível de coluna lombossacra, realizar a manobra de elevação do membro inferior em
extensão (teste de Lasègue).
Sistema nervoso Pares cranianos:
I (olfativo): olfato em cada narina com substâncias de odor familiar (ex.: cravo, café, baunilha).
II (óptico): acuidade visual (utilizando escala de Snellen ou teste de Jaeger); campo visual
(campimetria de confrontação) e fundoscopia (utilizando oftalmoscópio – retina, papila, mácula e vasos
retinianos). (Reflexo fotomotor avalia nervos II e III).
III, IV e VI (oculomotor, troclear, abducente): motricidade ocular extrínseca – movimentos dos
olhos em 6 direções. Observar estrabismo (convergente, divergente), nistagmo, perda de movimentos,
relato de diplopia.
V (trigêmeo): nervo misto (sensitivo e motor) - sensibilidade da face (fronte, bochechas,
mandíbula) e motricidade da musculatura da mastigação.
VII (facial): motricidade da mímica facial; inervação das glândulas salivares (sublinguais e
submandibulares) e lacrimais, sensibilidade gustativa dos 2/3 anteriores da língua.
VIII (vestibulococlear): parte coclear, relacionada à audição; parte vestibular, ao equilíbrio.
Exploração clínica limitada. Audição: atrito suave dos dedos próximo ao ouvido do paciente, teste de
Rinne e Weber (comparar condução óssea com a aérea). Parte vestibular – nistagmo, desvio lateral
durante a marcha (látero-pulsão), sinal de Romberg (“pseudo-Romberg” ou Romberg labiríntico).
IX e X (glossofaríngeo e vago): motricidade do palato, inervação das cordas vocais (principalmente
o X), sensibilidade gustativa do 1/3 posterior da língua. Na lesão unilateral, desvios da úvula e da parede
posterior da faringe para o lado normal, ao pronunciar a vogal “a” – sinal da cortina. Reflexo faríngeo
(do vômito) diminuído ou ausente.
XI (acessório): trapézio e esternocleidomastoideo (ECM). Diminuição da elevação do ombro
(trapézio) e da rotação da cabeça contralateral à lesão (ECM).
XII (hipoglosso): nervo motor. Motricidade da língua. Protrusão (exteriorização) da língua com
desvio para o lado lesado. Podem ocorrer atrofia da língua, alterações da fala (disartria) e da deglutição
(disfagia).
Motricidade: compreende avaliação da força muscular, tônus, trofismo e reflexos. Força muscular –
manobras de oposição e deficitárias (ex.: Mingazzini, Barré). Tônus (estado basal de contração dos
músculos) e trofismo (volume, relevo e contorno muscular) avaliados mediante inspeção, palpação e
movimentação passiva. Reflexos profundos (ou miotáticos, ou tendinosos) – estilorradial (supinador),
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24
bicipital, tricipital, flexores dos dedos, patelar, aquileu. Reflexos superficiais (ou exteroceptivos) –
cutaneoplantar e cutaneoabdominais (superior, médio e inferior).
Sensibilidade: superficial (tátil, térmica, dolorosa) e profunda (vibratória, noção de posição segmentar
e pressão). Vibratória (palestesia), feita com diapasão grave (ex.: 128 Hz). Posição segmentar
(artrestesia), alternância de movimentos de dedos para cima e para baixo feita pelo examinador, paciente
de olhos fechados informa a posição final do dedo. Pressão (barestesia), compressão digital ou manual
de massas musculares, feita pelo examinador com identificação da região comprimida pelo paciente.
Coordenação e equilíbrio: distúrbios da medida dos movimentos (dismetria) e dificuldades na
realização movimentos rápidos e alternados (disdiadococinesia) são avaliados com manobras de
precisão (ex.: índice-nariz e calcanhar-joelho) e manobras de alternância de movimentos (ex.:
pronação/supinação, flexão/extensão, abrir/fechar de mãos). Equilíbrio estático - Sinal de Romberg
(“verdadeiro Romberg”). Equilíbrio dinâmico – marcha. Distúrbios na coordenação dos movimentos
são reunidos sob o nome de ataxias.
Sinais meningorradiculares: rigidez de nuca, Brudzinski, Kernig e Lasègue.
2.9. Estado Mental
Aparência: aparência geral, modo de se vestir e de se arrumar, higiene corporal, postura, gestos,
expressão facial.
Comportamento motor:
Nível de atividade : agitação psicomotora, retardo psicomotor, tiques, tremores, caretas;
Aparência emocional: ansioso, tenso, confuso, triste, alegre.
Atitude durante a entrevista: irritação, agressividade, hostilidade, sedução, cautela.
Humor (estado emocional estável): triste, desesperançoso, feliz, exultante, eufórico, deprimido,
apático.
Afeto (tom sentimental associado à ideia): embotado, instável, adequado ao conteúdo do
pensamento.
Fala : lenta, rápida, pausada, bem articulada, logorreia.
Percepção: alucinações visuais, auditivas, táteis, cinestésicas, ilusões.
Pensamento:
Conteúdo: delírio (perseguição, ciúme, grandeza, somático), obsessão, fobia;
Curso: lento ou acelerado.
Orientação: tempo, pessoa e lugar.
Sensório: nível de consciência - alerta, claro, confuso.
Concentração: capacidade de prestar atenção, grau de distração.
Memória: recente e remota.
Insight: capacidade de reconhecer que existem problemas e a necessidade de tratamento.
RESUMO DO CASO, LISTA DE PROBLEMAS E HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS
Resumo dos pontos principais da história e do exame físico - indique os pontos obscuros e que dados
são necessários para o melhor compreensão d a história clínica do paciente.
Construção de uma lista de problemas - por problema entende-se qualquer queixa, observação ou
achado obtido a partir da história, exame físico ou exame complementar que o paciente ou médico
identifica com um desvio da normalidade que tenha comprometido, comprometa ou possa
comprometer a integridade funcional do paciente.
Integração dos dados - estabeleça as relações entre os diversos dados obtidos biológicos, sociais,
psicológicos, laboratoriais e de imagem.
Habilidades e Atitudes – 3ª Série
25
Elaboração uma representação do problema – construa uma frase que descreva de forma sucinta o
quadro clínico apresentado pelo paciente.
Definição das hipóteses diagnósticas – estabeleça os diagnósticos topográfico, sindrômico e etiológico.
ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde
26
ANEXO IV
Metodologia de trabalho Quadro 1 - Dinâmica da visita à enfermaria-5ª feira
1. Distribuição de um paciente para cada dupla de estudantes.
2. Escolha de uma dupla por semana que irá apresentar o caso do paciente.
3. Observação e orientação da dupla escolhida para apresentar o caso por um dos docentes durante toda a anamnese e
exame físico.
4. Observação e orientação das demais duplas pelo outro docente.
Quadro 1- Dinâmica de Discussão Clínica – no hospital- 5ª feira
1.Apresentação oral do caso clínico da dupla de estudante observada incluindo os aspectos biológicos, psicológicos,
sociais e do exame clínico.
2.O observador fará o relato da entrevista: o ambiente físico e psicológico em que ocorreu e a interação do entrevistador
com o paciente.
2. Discussão da anamnese e exame clínico.
Esclarecimento de termos desconhecidos, dúvidas, solicitação/fornecimento de dados adicionais identificados pelo grupo,
análise da qualidade da história e exame clínico.
Participação dos demais colegas por meio da elaboração de perguntas e sugestões em cada item da anamnese e exame
clínico.
3. Formulação pelo grupo de uma lista de problemas para o caso apresentado.
O problema poderá ser um sinal, um sintoma, um diagnóstico que já tenha sido elaborado ou qualquer evento que interfira
na qualidade de vida do paciente.
4. Integrar os dados de história.
O grupo deverá elaborar um resumo em forma de diagrama mostrando todos os problemas apresentados pelo paciente.
O grupo deverá tentar identificar o problema chave em torno do qual vão se agregar os outros problemas e que servirá de
guia para a resolução do caso.
5. Formulação de hipóteses
Elaborar hipóteses que expliquem todos ou parte dos problemas apresentados. Testar a veracidade das hipóteses.
6. O grupo deverá listar quais exames complementares serão necessários e explicar a razão da sua solicitação para resolução
do problema.
Os resultados (exames de imagem, hemograma, bioquímica etc.), serão resgatados no prontuário e fornecidos pelo
docente.
7. Identificar as lacunas de conhecimento e as fragilidades na semiotécnica e dados faltantes da história apresentada. Formular
os objetivos para superá-las.
8. Identificar as lacunas de conhecimento e as fragilidades relativas aos aspectos psicológicos e sociais envolvidos e formular
os objetivos para superá-las, que serão discutidos na 3ª feira seguinte.
9. Avaliação formativa da atividade. Avaliação dos estudantes, dos instrutores e auto-avaliação.
Quadro 1 - Dinâmica de Discussão Clínica – na ESCS-3ª feira
1. Apresentação do “resumo do caso clínico” selecionado na 5ª feira anterior, digitado, com cópia para cada um dos estudantes
e docentes
2. Rediscussão do caso com o objetivo de aprofundar a discussão iniciada na 5ª feira anterior, trazendo resposta às dúvidas
identificadas após a busca de informações.
3. Formulação pelo grupo de uma lista de problemas para o caso apresentado.
O problema poderá ser um sinal, um sintoma, um diagnóstico que já tenha sido elaborado ou qualquer evento que interfira
na qualidade de vida do paciente
4. Compartilhamento das informações obtidas com os integrantes do grupo.
5. Avaliação formativa da atividade. Avaliação dos estudantes, dos instrutores e auto-avaliação.
Habilidades e Atitudes – 3ª Série
27
ANEXO V - CHECKLISTS
RELACIONAMENTO MÉDICO PACIENTE
Elementos Processo -
elementos
Itens Tarefas - conteúdos Avaliação 1 Avaliação 2 Avaliação 3 Avaliação 4
Ad Ind NA Ad Ind NA Ad Ind NA Ad Ind NA
I
Constrói uma relação
médico-paciente
adequada
1-3
Utiliza palavras e atitudes que demonstram interesse e
respeito pelo paciente ao longo de toda entrevista, com tom
e ritmo de diálogo adequados. Responde claramente às
colocações do paciente relativas às suas ideias e
sentimentos.
II Inicia a entrevista
apropriadamente 4-7
Cumprimenta, apresenta-se ao paciente, chamando-o pelo
nome. Explica a natureza e finalidade da visita.
Verifica disponibilidade e consentimento do paciente.
Abre a entrevista com perguntas abertas e permite respostas
sem interrupções.
III Coleta dados 8-11
Utiliza questões abertas e fechadas apropriadamente.
Esclarece detalhes quando necessário com questões mais
específicas. Estrutura e sumariza a informação, dando ao
paciente oportunidade para corrigir ou acrescentar alguma
informação. Utiliza-se da escuta ativa, mediante
comunicação verbal e não verbal.
IV
Levanta as
perspectivas do
paciente sobre seu
adoecimento
12-16
Procura cobrir pelo menos 5 áreas:
- Percepções, crenças e compreensão sobre a doença
- Sentimentos e preocupações
- Repercussões sobre a vida pessoal e familiar
- Expectativas em relação ao tratamento
- Medidas tomadas, redes de apoio.
VII Conclui a entrevista 27-30
Certifica se o paciente tem outros aspectos a discutir.
Reconhece as realizações do paciente, seus progressos e
desafios. Resume e reforça os acordos recém estabelecidos.
Discute o acompanhamento, próximas visitas e possíveis
resultados e despede-se do paciente.
RODÍZIO:
ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde
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HISTÓRIA CLÍNICA
Número Elementos Itens Componentes Avaliação 1 Avaliação 2 Avaliação 3 Avaliação 4
Ad Ind NA Ad Ind NA Ad Ind NA Ad Ind NA
I e II Identificação
temporal,
espacial e do
paciente
1-2 Data, hora, local
Identificação do paciente e ordenação
III Queixa Principal
Início da queixa
3-4 Sintoma (s)
Início/duração
IV HDA 5-6 Redação/Estrutura gramatical
7-9 Cronologia
10-11 Sintomas
12 Intervenções
13-14 Produção e organização final do texto
(coesão, coerência, concisão e ficiência)
V Revisão de
sistemas
15-17 Inclusão dos aparelhos de acordo com o
processo diagnóstico se pertinente.
Sintomas descritos e caracterizados.
VI Antecedentes
pessoais
18-22 Fisiológicos
Hábitos de vida
Patológicos
VII Antecedentes
familiares e
sociais
23-25 Condições de saúde dos parentes de 1º grau, idade,
causa mortis
Doenças comuns na família
Sociais (moradia, renda, religião,
trabalho, etc.)
A=adequado; I=Inadequado ou não realizado; NA=Não se Aplica
RESULTADO PARCIAL: Desempenho Adequado/Inadequado
Data
Avaliador
Estudante
RODÍZIO:
Habilidades e Atitudes – 3ª Série
29
EXAME FÍSICO
Conteúdo Itens Atitudes esperadas frente ao exame
Avaliação 1 Avaliação 2 Avaliação 3 Avaliação 4
Ad Ind NA Ad Ind NA Ad Ind NA Ad Ind NA
Atitudes frente ao exame 1 - 6 Realiza a higienização das mãos, cumprimenta o paciente,
esclarece motivo do exame e manobras. Conclui o exame.
Sinais vitais /
antropometria 1 - 3
Afere PA, pulso, FR e Tax.
Afere Peso, Altura e IMC
Ectoscopia 4 - 11
Faz a descrição geral do paciente, examina pele. Palpa cadeias
linfonodais
Cabeça e pescoço 12 - 18 Avalia cabeça, olhos, ouvidos, nariz e garganta e pescoço.
Mama --- Realiza inspeção dinâmica /estática e palpação
Aparelho respiratório 19 - 23 Realiza inspeção, palpação, percussão e ausculta
Aparelho Cardiovascular 24 - 26 Realiza inspeção, palpação e ausculta. Avalia pulsos
Abdome 27 - 31 Realiza inspeção, ausculta, percussão e palpação
Sistema nervoso
32 Pares cranianos
I ; II; III, IV e VI; VII; VIII; IX e X; XI; XII
33 Motricidade
Força muscular / tônus, atrofias, reflexos superficiais e profundos
34 Sensibilidade: superficial e profunda
35 Coordenação e equilíbrio
Precisão e coordenação de movimentos antagônicos. Marcha e sinal de Romberg.
36 Sinais meningorradiculares: Pesquisa rigidez de nuca, sinal de
Kernig e Brudzinski. Pesquisa Lasègue se indicado.
Aparelho osteoarticular
37 MMSS Inspeção e palpação, movimentação
38 MMII Inspeção e palpação, movimentação
39 COLUNA Inspeção, palpação, movimentação
RESULTADO PARCIAL: Desempenho Suficiente/Insuficiente
Data
Avaliador
Estudante
A=adequado; I=Inadequado ou não realizado; NA=Não se Aplica.
RODÍZIO:
ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde
30
RACIOCÍNIO CLÍNICO
Número Parâmetros Itens Descrição (conteúdos) Avaliação 1 Avaliação 2 Avaliação 3 Avaliação 4
Ad Ind NA Ad Ind NA Ad Ind NA Ad Ind NA
I
Processo
diagnóstico
1-4 Lista de problemas
Resumo do caso
Representação do problema
Integração dos dados e argumento diagnóstico
Semiogênese: explanação sobre os sinais e sintomas
apresentados
II Tipos de
diagnósticos
formulados
5-6
Topográfico ( )
Sindrômico ( )
Etiológico ou nosológico ( )
Hipotético-dedutiva ( )
Raciocínio indutivo ( )
Reconhecimento de padrões ( )
A=adequado; I=Inadequado ou não realizado; NA=Não se Aplica
RESULTADO PARCIAL: Desempenho Suficiente/Insuficiente
Data
Avaliador
Estudante
RODÍZIO:
Habilidades e Atitudes – 3ª Série
31
TOMADA DE DECISÃO (Atendimento ao paciente)
Elementos Processo Itens Tarefas - conteúdos Avaliação 1 Avaliação 2 Avaliação 3 Avaliação 4*
Ad Ind NA Ad Ind NA Ad Ind NA Ad Ind NA
I
Levanta a
perspectiva do
paciente sobre sua
doença
1 Explora a compreensão do paciente sobre a natureza do
problema e suas causas.
2 Explora os sentimentos, preocupações e temores do paciente
em relação ao problema e sua evolução.
3
Avalia a repercussão da doença na vida do paciente como um
todo, considerando família, trabalho e os aspectos espirituais,
emocionais e financeiros.
4 Obtém informações relativas às expectativas do paciente com
relação ao tratamento e à equipe de saúde.
5 Explora as medidas tomadas pelo paciente para lidar com o
problema
II
Informa e
esclarece
(utilizando princípios
da prática clínica
baseada em evidência)
6 Informa o paciente sobre seu problema, utilizando palavras
que facilitam o entendimento
7 Avalia a compreensão do paciente sobre seu problema.
8 Esclarece o paciente sobre os procedimentos diagnósticos.
9 Esclarece o paciente sobre as alternativas terapêuticas.
10 Certifica-se se o paciente deseja mais informação ou deseja
fazer mais alguma pergunta.
III Compartilha a
decisão
11 Esclarece a natureza das decisões a serem tomadas.
12 Discute o papel do paciente na tomada de decisão, encorajando
sua participação, na medida do possível.
13 Explora as preferências do paciente.
14 Certifica-se da possibilidade, capacidade e vontade do paciente
em seguir os planos definidos.
15 Identifica e relaciona recursos e possíveis fontes de suporte.
RESULTADO FINAL
* A=Adequado; I=Inadequado ou não Realizado (quando deveria ter sido); NA=Não se Aplica / Não Avaliado
RESULTADO PARCIAL: Desempenho Suficiente/Insuficiente
Data
Avaliador
Estudante
Cenário: ( ) UBS ( ) Pronto socorro ( ) Enfermaria Complexidade do caso: ( ) baixa ( ) média ( ) alta
RODÍZIO:
ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde
32
PROFISSIONALISMO MÉDICO
RODÍZIO RODÍZIO RODÍZIO RODÍZIO RODÍZIO
Elemento Descrição dos Desempenhos Avaliação 1* Avaliação 2* Avaliação 3* Avaliação 4* Avaliação 5*
A I NA A I NA A I NA A I NA A I NA
Comunicação e
relacionamento
médico-paciente
Utiliza-se da escuta ativa, mediante adequada comunicação verbal e não-verbal.
Explora adequadamente a perspectiva do paciente relativa ao seu adoecimento.
Conhecimento do
conteúdo teórico
abordado
- Elabora narrativas em 1ª ou 3ª pessoa de forma adequada
-Demonstra conhecimento de conceitos teóricos abordados (em participação oral e
ou avaliação escrita).
Relacionamento
interpessoal
Demonstra respeito aos colegas, professores e equipe. Respeita a hierarquia no
ambiente hospitalar e acadêmico.
Colabora com o grupo para a construção do conhecimento
Responsa-bilidade
Pontualidade .................................................
Assiduidade ...................................................
Participação ..................................................
Interesse .......................................................
Cumprimento de tarefas no prazo previsto
( ) sim ( ) não
( ) sim ( ) não
( ) sim ( ) não
( ) sim ( ) não
( ) sim ( ) não
Ética
Príncípios da
bioética
Compreende os conceitos e demonstra atitudes fundamentadas
nos princípios éticos da beneficência e não-maleficência.
Compreende os conceitos e respeita a autonomia do paciente e
o sigilo profissional. Reconhece os limites da sua prática e
procura por ajuda quando necessário.
Honestidade/
integridade
Relata e registra o que realmente obteve com o paciente. Não
cola, não faz plágios, não cita artigos que não tenha lido, não
assina lista de frequência de atividades que não tenha
participado. Não assina lista de frequência pelo colega.
A=adequado; I=Inadequado ou não realizado; NA=Não se Aplica
CONCLUSÃO: Desempenho Adequado (DA) / Desempenho Inadequado (DI)
Data
Avaliador/Docente
Estudante
RODÍZIO:
Habilidades e Atitudes – 3ª Série
33
ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde
34
ANEXO VI
I – 3
Unidade Educacional:
Turma: Série: Grupo: Data:
Estudante :
DESCRIÇÃO DAS COMPETÊNCIAS CLÍNICAS NSA Conceitos
Satisfatório Insatisfatório
Relação Médico-Paciente
História Clínica
Exame Físico
Raciocínio Clínico
Tomada de Decisão
Profissionalismo Médico
RESULTADO FINAL Satisfatório Insatisfatório
Comentários / Feedback
Habilidades e Atitudes – 3ª Série
35
ANEXO VII
FICHA DE AVALIAÇÃO COMPETÊNCIAS / RECUPERAÇÃO
DOMÍNIOS DE COMPETÊNCIAS Entrevista clínica História clínica Exame Físico Raciocínio clínico Tomada de decisão Profissionalismo
RESULTADO FINAL DOS RODÍZIOS
Data
Avaliador/Docente
Estudante
CONCLUSÃO: Desempenho Satisfatório
(DS) / Desempenho Insatisfatório (DI)
Recuperação R1
DOMÍNIOS DE COMPETÊNCIAS Entrevista clínica História clínica Exame Físico Raciocínio clínico Tomada de decisão Profissionalismo
RESULTADO FINAL
Data
Avaliador/Docente
Estudante
CONCLUSÃO: Desempenho Satisfatório
(DS) / Desempenho Insatisfatório (DI)
Recuperação R2
DOMÍNIOS DE COMPETÊNCIAS Entrevista clínica História clínica Exame Físico Raciocínio clínico Tomada de decisão Profissionalismo
RESULTADO FINAL
Data
Avaliador/Docente
Estudante
CONCLUSÃO: Desempenho Satisfatório
(DS) / Desempenho Insatisfatório (DI)