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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU MERCADO DE TRABALHO E A DIFICULDADE QUE TEMOS EM ENCONTRAR MÃO-DE-OBRA QUALIFICADA Luana Rosa de Assis Marques ORIENTADOR: Prof. Paulo José Niterói / RJ 2018 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

MERCADO DE TRABALHO E A DIFICULDADE QUE TEMOS

EM ENCONTRAR MÃO-DE-OBRA QUALIFICADA

Luana Rosa de Assis Marques

ORIENTADOR:

Prof. Paulo José

Niterói / RJ

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

Apresentação de monografia à AVM como requisito

parcial para obtenção do grau de especialista em Gestão de Pessoas.

Por: Luana Rosa de Assis Marques

MERCADO DE TRABALHO E A DIFICULDADE QUE TEMOS

EM ENCONTRAR MÃO-DE-OBRA QUALIFICADA

Niterói / RJ

2018

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus pelas oportunidades

que me foram dadas na vida, principalmente por

ter conhecido pessoas especiais ao longo da

minha estrada, mas também por ter vivido fases

difíceis que foram matérias-primas de

aprendizado.

.

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DEDICATÓRIA

Dedico aos meus pais e ao meu cônjuge.

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RESUMO

Atualmente, os diferentes setores da atividade econômica em nosso

país, interagem em forma de cooperativa e estratégia. Diante desse quadro, o

desenvolvimento de uma nação, como a do nosso país, o Brasil, pode ser

avaliado em produzir serviços de excelência engajados em uma gestão de

projetos e responsabilidade sociais nas empresas. Conduto, o mercado de

trabalho, vem apresentando uma escassez quando se refere à mão-de-obra

qualificada. Hoje em dia, muitos dos trabalhadores não apresentam

qualificação, ficando a desejar, ou porque não apresentam estudos, ou até

mesmo não tiveram chances em se qualificar. E algumas dessas empresas

empregam a responsabilidade social, estando preocupada não só com o

trabalhador, mas com sua comunidade. Por causa do processo de

globalização, algumas empresas encontraram precariedade e muitos serviços

terceirizados apresentando assim desigualdades econômicas no âmbito

mundial e consequentemente um desemprego no mercado de trabalho. As

empresas nos dias atuais exigem que para inserir trabalhador em seu quadro

de funcionários, o mesmo deverá apresentar mão-de-obra qualificada. No

entanto numa tentativa de ampliar a qualificação de sua empresa, elas

investem em seus funcionários proporcionando qualificação técnica, gerando

ao trabalhador agilidade, satisfação, motivação, investimento humano,

comprometimento do funcionário e o aumento da competência profissional.

Porém quando é iniciado esse processo de capacitação, a empresa

proporciona a este funcionário ampliar seus horizontes e não o deixando mais

em um mundo limitado. Despertando o interesse e a capacitando a mão-de-

obra desse funcionário fazendo com que melhore e contribua seu desempenho

em grupo e individual para empresa.

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METODOLOGIA

Os métodos de procedimentos foram utilizados nesta pesquisa

basicamente bibliográfica e qualitativa provenientes de material de livros e

periódicos científicos, brasileiros, monografias e teses publicados, utilizando

sites confiáveis como o Google Acadêmico que fornecem os artigos científicos

focalizando o objeto deste estudo. Para Barros e Lehfeld (2004), a Pesquisa

Bibliográfica é a que se desenvolve tentando explicar um problema, utilizando o

conhecimento disponível a partir das teorias publicadas em livros ou obras

congêneres. Na pesquisa bibliográfica, o investigar irá levantar o conhecimento

disponível na área, identificando as teorias produzidas, analisando-as e

avaliando sua contribuição para auxiliar a compreender ou explicar o problema

objeto da investigação. Toma-se como abordagem qualitativa, segundo Koche

(2002), por se preocupar com uma realidade que não pode ser quantificada. A

pesquisa qualitativa trabalha com o subjetivo dos sujeitos, como crenças,

valores, atitudes, entre outros. Foram selecionados estudos publicados nos

últimos dez anos. Além dos critérios de inclusão, considerou-se ainda a

relevância do estudo para o processo de trabalho em área organizacional, com

ênfase na gestão de projetos e responsabilidade sociais Priorizou-se trabalhos

em Língua Portuguesa e aqueles em outras línguas foram considerados os

achados descritos nos resumos. Este estudo contribuirá para o enriquecimento

dos cursos de pós-graduação em MBA - Responsabilidade Social e Gestão de

Projetos Sociais servindo como fonte de pesquisa para alunos, e acadêmicos

de gestão focando não só a mão-de-obra qualificada, mas também, a

qualidade de vida no ambiente organizacional.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO......................................................................................................................... 7

CAPÍTULO I

RESULTADOS................................................................................................................... 11 CAPÍTULO II

FASES DA EVOLUÇÃO DO TREINAMENTO .............................................................. 18 CAPÍTULO III

QUALIFICAÇÃO DOS TRABALHADORES.................................................................. 22 CAPÍTULO IV

DISCUSSÃO ...................................................................................................................... 30

CONCLUSÃO ........................................................................................................................ 36

BIBLIOGRAFIA..................................................................................................................... 38

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INTRODUÇÃO

A inabilitação dos trabalhadores para operar no “sistema de fábrica”

configurou-se, no século XVIII, como obstáculo incontestável à eficácia, que

pronunciou, desde o início do trabalho industrial, a importância de investimentos na

qualificação profissional (CARNOY, 1994). Desde então, a qualificação exerce um

papel fundamental na otimização de resultados, já observados à priori, no sistema

de fábrica, colocando a competência e habilidade profissional como elemento

chave da eficácia da organização (CHIAVENATO, 1996). E com isso, cresce a

competitividade no mercado de trabalho e na busca de melhores níveis de

produtividade, assim como na qualificação profissional. Atualmente, a instabilidade

e a flexibilidade no mercado de trabalho vêm caracterizando a demanda dos

profissionais adaptados às transformações e globalização econômica. A falta

de mão de obra qualificada no Brasil compromete não apenas cada empresa

individualmente, mas parte do desenvolvimento da economia nacional. A realidade

é bastante preocupante: as empresas brasileiras produzem muito e tem uma

demanda de retrabalho maior ainda, sendo possível afirmar que essa realidade é

comum a quase todos. Assim, as empresas que contratarem trabalhadores

qualificados pode contribuir para uma dinâmica eficiência produtiva. Em virtude ao

processo de globalização, algumas empresas encontraram desigualdades

econômicas no âmbito mundial e consequentemente um desemprego estrutural no

mercado de trabalho, além da precarização e terceirização das atividades. Algumas

economias menos desenvolvidas no Brasil, segundo Rocha-Vidigal e Vidigal

(2012), foram demandadas aos esforços ao tentar uma melhor adequação e as

transformações ocorridas no mercado de trabalho competitivo cujo as ocupações

exigiam um nível de qualificação profissional. No decorrer dos últimos anos, os

níveis de desemprego cresceram, isso se deve a economia brasileira, no qual

engloba uma grande parcela de trabalhadores em ativo. Cursos profissionalizantes,

treinamentos específicos, estão hoje, no mercado de trabalho com o intuito de

gerar qualificação na mão-de-obra dos trabalhadores. A necessidade de uma

contínua adaptação e atualização dos conhecimentos e habilidades especifica, a

aprendizagem e capacidade de tomar certas decisões tendem a ampliar a

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possibilidade de qualificar os trabalhadores, permitindo que o mesmo seja

futuramente remunerado de forma condizente. Lacombe (2006) analisa a educação

e a qualificação profissional. Na primeira ele aborda que a educação é a forma de

preparar o profissional dentro e fora de seu ambiente de trabalho enquanto que a

qualificação visa do preparo desse trabalhador no cargo que ele irá trabalhar.

Atualmente, em pleno século XXI a concorrência por uma vaga no mercado de

trabalho continua a todo o vapor. Pois, devido à globalização e ao avanço

tecnológico, empresas privadas e/ou públicas vêm à procura de profissionais da

área com mão-de-obra qualificada ao qual não encontram ou não atendem a

contento as necessidades de certas indústrias (MARTINEZ e PERIC, 2009). Muitos

dos profissionais não têm estudos, outros encerram no nível fundamental, e

quando se projetam para o mercado de trabalho, “afogam-se” na mão-de-obra

qualificada. No mundo atual, vivemos inconstantemente e com muita agilidade, isso

nos faz encontrar desafios a cada minuto, exigindo respostas com criatividade e

rapidez. O mercado de trabalho nunca enfrentou uma crise com tais dimensões em

falta de qualificação na mão-de-obra. Segundo Carvalho (2004), recentemente uma

pesquisa foi elaborada com trabalhadores brasileiros que veio demonstrando um

índice de insatisfação muito alto em relação aos seus trabalhos que não são

totalmente remunerados como deviam e/ou reconhecidos com seu esforço, ou seja,

94% desses trabalhadores abordaram que preferem mudar de área porque seu

esforço não é reconhecido, ou, é mal remunerado e que seus trabalhos não

acrescentam em nada, se sente inúteis para a empresa. O mercado de trabalho é

marcado por constantes desafios. Desde a sua competitividade, criatividade e mão-

de-obra, a organização vem se colocando à prova de exigências e necessidades

da sociedade assim como, desafios à sobrevivência e prosperidade. Mais do que

nunca, a vantagem competitiva das empresas organizacionais situa-se no trabalho

humano. Hoje, para estarem inseridas no mercado de trabalho, as empresas

exigem mão-de-obra qualificada dos trabalhadores. No entanto, algumas empresas

investem neste setor, qualificando os trabalhadores para atuarem em diversas

áreas, numa forma de ampliar a base de conhecimento existente. Investir na mão-

de-obra qualificada é a base de qualquer empresa, pois gera no trabalhador

satisfação, agilidade e flexibilidade associadas à competência profissional,

investimento humano, comprometimento no seu trabalho gerando produção. Tal

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investimento, gera na empresa novos aprendizados, principalmente no que se

refere às relações sociais e comportamentais. Capacitando a mão-de-obra,

desperta o interesse desses trabalhadores para a sua contribuição e melhoria do

desempenho individual e de um grupo para a empresa. O trabalho vem a ser

definido como qualquer atividade física ou intelectual capaz de transformar,

realizada pelo homem (SAMPAIO, 2004). O processo de capacitação requer muito

investimento humano, pois quando este se inicia, a organização começa a gerar

horizontes amplos e satisfatórios para seus trabalhadores, assim, ele sai desse

mundo limitado e apresenta um olhar voltado como um todo. Atualmente, as

empresas precisam investir em pessoas proativas com interesse em ingressar na

profissão qualificando a mão de obra do funcionário, pode ser o grande trunfo dos

empreendedores. Por isso, apostar em seus funcionários, com disposição para

aprender e disponibilidade para aproveitar as oportunidades, é impreterível. Assim,

futuramente, a empresa será muito mais propensa a dispor de uma mão de obra

qualificada, criada e desenvolvida internamente. Um empreendedor de visão sabe

que o investimento em treinamento de funcionários traz benefícios em médio e

longo prazo. O investimento em seleção de candidatos capacitados ou até mesmo

na capacitação dos funcionários existentes nunca esteve tão em alta como

atualmente; e sim ele pode render excelentes retornos para a organização, pode se

considerar um dos principais fatores de seu sucesso ou fracasso. No capítulo I será

apresentado que algumas empresas na busca de mão-de-obra qualificada

iniciaram um processo de qualificação de seu quadro de funcionários, beneficiando

e formulando cursos voltados as habilidades profissionais de cada trabalhador e

necessidades da empresa, garantindo assim menos erros e melhor perfil

ocupacional desejado. Capítulo II será relatado as fases do treinamento que, hoje

considerado como qualificação dos profissionais vem aprimorar a melhoria do

desempenho profissional de cada trabalhador, visando não só o aperfeiçoamento

contínuo, mas também a utilização das diversas técnicas profissionalizantes. No

Capítulo III abordará a qualificação profissional em como as empresas necessitam

potencializar ao máximo a qualificação dos trabalhadores no mercado de trabalho,

para garantir benefícios em médio e longo prazo evitando futuramente retrabalho e

até prejuízo. Capítulo IV há uma discussão sobre como a empresa concluiu que era

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necessário investir no seu quadro de funcionários para evoluir no mercado e quais

os benefícios que essa decisão tem ajudado a empresa.

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CAPÍTULO I

RESULTADOS

A oferta de mão de obra sem qualificação necessária é um problema

que atinge o mercado de trabalho como um todo.

No sistema capitalista que vivemos hoje em dia a relação entre

máquinas e trabalhador se modificam conforme a evolução das tecnologias e

apropriadas pelo capital. Desde modo, as qualificações que os trabalhadores

detêm para exercer as atividades se modificam, principalmente a partir do

momento em que eles não mais utilizam o ferramental como um utilitário para seu

trabalho.

Uma pesquisa que avalia a eficiência dos mercados de trabalho das

nações colocou o Brasil no grupo daquelas onde é difícil contratar mão de obra

qualificada. Mesmo assim, o país está no caminho certo para chegar a um

equilíbrio, pelo menos do ponto de vista do empregador. É o que aponta o relatório

“The Hays Global Skills Index 2013“, elaborado pela empresa de recrutamento e

seleção Hays.

Estudos recentes corroboram tal condição ao relatarem que as iniciativas públicas são insuficientes para sanar a precariedade da mão de obra brasileira, uma vez que esta se caracteriza pelo baixo nível de escolaridade e qualificação em muitos setores da economia (ALVES e VIEIRA, 1995; apud ROCHA-VIDIGAL e VIDIGAL, 2012, p.41).

A falta da mão-de-obra de trabalho também pode ser generalizada,

como uma fase de crescimento quase ininterrupto e de notável criação de

empregos. Pois, muitas das empresas, atualmente têm dificuldades em recrutar

empregados qualificados para tal função empregada (SAMPAIO, 2004).

Uma pesquisa da Fundação Dom Cabral mostra que 91% das

companhias pesquisadas têm dificuldade na contratação de profissionais,

especialmente para vagas de compradores, técnicos, administradores, gerente de

projetos e trabalhador manual. Mas, sem saída, elas têm se desdobrado em

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estratégias para preencher cargos desses funcionários. Além de caprichar no

pacote de benefícios, montar ambiciosos planos de carreira e criar cursos

específicos de treinamento, as empresas foram obrigadas a abrir mão de

exigências, como experiência, pós-graduação e fluência em inglês. Porém,

algumas empresas afirmam que a baixa qualidade da educação básica limita o

sucesso dessas ações, já que o trabalhador tem dificuldades de desenvolver as

habilidades ensinadas.

Quando o trabalhador tem uma base ruim em matérias básicas como,

por exemplo, matemática e português ou não conseguiu terminar o ensino médio,

isso afeta na sua capacidade de aprendizagem.

A aprendizagem, há anos atrás era citada no próprio local de trabalho,

ou seja, muitos dos trabalhadores não continham mão-de-obra qualificada, e para

suprir a carência, alguns “chefes de obra” tinham comando em moldar os “peões de

obra”, aperfeiçoando-os em seus métodos de como trabalhar (PACHECO,

SCOFANO, BECKERT e SOUZA, 2009).

O mercado de trabalho é marcado por constantes desafios. Desde a sua

competitividade, criatividade e mão-de-obra, a organização vem se colocando à

prova de exigências e necessidades da sociedade assim como, desafios à

sobrevivência e prosperidade.

Em 1880, nasceu o crescimento do trabalho especializado,

principalmente no setor de capacitação dos trabalhadores em suas empresas de

pequeno, médio e grande porte (OLIVEIRA e VANALLE, 1999).

Contudo, esse quadro vem se modificando a cada ano que passa,

muitas empresas e empreiteiras vem aprimorando no mercado de trabalho e

investindo na mão-de-obra qualificada, capacitando assim seus trabalhadores a

desenvolverem habilidades no que fazem (CAMPOS, BARDUCHE et. al, 2004).

Outra ideia exemplar são as empresas que vem se aprimorando numa

responsabilidade social a fim de fincar uma formação sólida de criação de valores e

inovações. As empresas hoje estão enxergando de uma outra vertente, tornando-

se a responsabilidade social como condição de sobrevivência para os seus

negócios.

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Sabemos que atualmente, enfrentamos uma crise que culmina em uma

explosão de conceitos e pontos de vista ultrapassados a cultura organizacional

percebe de maneira incompleta e inadequada. Crise esta, que as empresas de

pequeno, médio e grande porte podem gerar soluções muitos delas simples, no

qual exigem mudanças drásticas em suas crenças, conceitos e valores

(CARVALHO, 2004).

No entanto, algumas empresas adotam posturas seletivas nas

demissões ocupacionais por falta de qualificação dos trabalhadores, são gerando

maiores custos de seleção e treinamento para as empresas organizacionais.

Conduto, é considerável, que a contratação desse nível elevado de emprego seja

concomitante aos trabalhadores com maior nível de qualificação da mão-de-obra

(DEDECCA, 2002).

As novas condições dinâmicas da economia brasileira nos anos 90 alteraram as condições de absorção de mão-de-obra. O enfoque privilegiado na inserção externa, vista como estratégica para a inserção do país no mercado financeiro internacional, impôs um nova dinâmica da economia. Os efeitos desse novo contexto foram, em especial, o emagrecimento forçado de diversos setores industriais, a perda de relações inter-setoriais e a desnacionalização abrupta de segmentos importantes (DEDECCA, 2002, p.75).

Estas soluções são consideradas como uma visão sistêmica onde se

requer uma responsabilidade social não satisfazendo somente ao homem, mas

também as gerações futuras.

Nenhuma empresa atualmente pode garantir o empregado a um

trabalhador por toda a sua trajetória de vida. Por outra vertente, um número cada

vez mais crescente de trabalhadores espera crescerem profissionalmente. Assim,

para evitar supostas movimentações indesejadas, ou cortes de pessoal, ou até

mesmo que seus próprios trabalhadores peçam demissões, algumas empresas

aplicam uma gestão individual do pessoal, conhecida como GPE (SEBRAE, 2003).

Podemos averiguar que estamos vivendo grandes mudanças no

mercado de trabalho, e as empresas atualmente estão sendo obrigadas a mudar os

seus perfis. Graças a essas mudanças, acabam gerando importantes

reestruturações e novas formas de trabalho e gestão de negócios.

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Esta gestão é denominada como responsabilidade social. A

responsabilidade social está intitulada como sua preocupação no bem-estar

coletivo da comunidade, apoiada não só nos preceitos das sociedades, mas

também na cultura.

As empresas de pequeno, médio ou grande porte desenvolvem ações

no sentido de associar suas marcas em ações de cidadania, procurando preservar

o seu meio ambiente e apoio aos trabalhadores demitidos e concomitantes as

outras atividades e iniciativas sociais.

No mercado de trabalho, o conceito de responsabilidade social também começa a fomentar a criação de novas vagas em áreas, até então, pouco exploradas como consultorias ambientais, ONGs, projetos de cidadania, reciclagem de materiais, entre outros. Estes setores, que antes eram muito pouco valorizados, passam a ter um papel relevante neste novo cenário, gerando novas oportunidades de trabalho e renda (GUIMARAES, 2013).

Sua expansão resulta em um novo modelo social capacitando a inclusão

social em qualificar a mão-de-obra para o mercado de trabalho, através de

programas inovadores na formação de profissionais habilitados e competentes em

sua área.

Após a análise dos artigos e livros apresentados, foi possível verificar

que dentre os resultados foram evidenciados que na busca de uma mão-de-obra

qualificada algumas empresas iniciaram a qualificação de seus profissionais,

beneficiando e formulando cursos voltados às habilidades profissionais de cada

trabalhador. Assim, nessa capacitação, tinha o propósito de garantir a diminuição

de “erros operacionais decorrentes da mão-de-obra, garantindo o perfil ocupacional

desejado“ (SOUTO, 2011, p.15).

Quando o trabalho não é realizado de forma correta e satisfatória gera a necessidade de refazê-lo, e no processo de retrabalho são gastos mão-de-obra, tempo, matéria-prima, entre outros. Dessa forma, quando ocorrem atrasos na produção e entrega de produtos devido às falhas humanas e de equipamentos, compromete o desenvolvimento e a credibilidade da empresa, uma vez que não consegue entregar seus produtos em tempo hábil, devido à necessidade de refazer o mesmo trabalho novamente (CLEIN, TOLEDO e OLIVEIRA, 2013, p.04).

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Uma pesquisa realizada pela Fundação Dom Cabral mostrou que cerca

de 91% das campanhas pesquisadas apresentam dificuldades na contratação de

profissionais qualificados, especialmente nas áreas de trabalhos manuais, técnicos,

administradores, gerentes de projetos, entre outros. Pois, a globalização e os

avanços tecnológicos exigem cada vez mais aperfeiçoamento e qualificações

(PEREIRA, 2014).

Hoje, encontramos um mercado de trabalho desqualificado, ou seja,

frágil em decorrência da escassa mão-de-obra qualificada. Deparamos-nos com

uma alta taxa de rotatividade no setor trabalhista e um trabalho precário e

autônomo, além de uma falta de planejamento politicamente estratégico.

Diante dessa ocorrência, o investimento em políticas ativas nesse setor

do mercado de trabalho, vem apresentando como perspectiva, uma menor

qualificação da mão-de-obra profissional.

Gonçalves (2011, p.02) aborda bem isso quando diz:

[...] a política de qualificação profissional, por outro lado, tem mostrado pouca eficácia em preparar trabalhadores desempregados para o mercado, e parece estar descolada em relação à dinâmica econômica do trabalho. Isto deve ser compreendido considerando-se a baixa qualidade dos cursos de qualificação profissional no passado. Em muitos casos, a necessidade de uma oferta mais abundante de mão de obra qualificada não pode ser resolvida no âmbito das firmas individualmente.

A autora aponta que essas políticas ativas no mercado de trabalho

desempenham um ponto-chave no papel dos trabalhadores, aumentando sua

produtividade, conhecimentos, aprendizagem e competências em desenvolverem

profissionalmente suas habilidades na área em que irá atuar.

A falta de capacitação desses profissionais para as funções especifica

dificultam o enredo das empresas em progredirem. Pois muitos dos candidatos as

vagas apresentam deficiência na formação básica, inglês fluente ou treinamentos

em máquinas operações.

[...] A questão da mão-de-obra virou um grande gargalo no Brasil, sem previsão de melhora no curto e médios prazos, diz o professor Paulo Resende, responsável pela primeira pesquisa com 167 grandes grupos que empregam mais de um milhão de pessoas cujo

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faturamento responde a 23% do Produto Interno Bruto (PIB) (PEREIRA, 2014, p.03).

Praticamente quase todas as indústrias brasileiras estão carentes de

mão-de-obra qualificada, seja nos setores, tecnológicos, operários, engenheiros,

entre outros, para atender a demanda que surgem á todo o momento. De acordo

com o Conselho Federal de Engenharia Arquitetura e Agronomia (2002) estudos

confirmaram que há uma grande carência de profissionais nos setores para

atuarem empresas organizacionais, sejam elas, quantitativa, quanto

qualitativamente (SEBRAE, 2003).

Algumas empresas importam trabalhadores de outros países

estrangeiros a fim de suprir a mão-de-obra qualificada, por não encontrar aqui no

Brasil profissionais técnicos capacitados a exercer suas funções.

De acordo com o promotor Casagrande, o Ministério Público do Rio de

Janeiro relata que “há falta de empregados qualificados para algumas funções em

razão, inclusive, do crescimento acelerado que o país teve. O quadro da educação

não permitiu acompanhar essa evolução." (TRAMARAIM, 2012, p.09).

O Brasil em (2011) recebeu cerca de sessenta e seis mil técnicos

estrangeiros especializados por falta de qualificação brasileira. A demanda de

estrangeiros qualificados para trabalhar no Brasil, fez com que empresas

brasileiras de sites contratantes de mão-de-obra qualificada recebessem uma

enxurrada de currículos.

Malvezzi (1994 apud Oliveira e Vanalle, 1999, p. 87) afirma que “a

capacitação a partir dos anos 20, era uma instituição tradicional evoluindo

gradativamente”.

O termo de capacitação que atualmente é utilizado no mercado de

trabalho, configurou-se em 1930. Há uns tempos atrás, esse mesmo termo era

definido como treinamento de pessoas.

A procura por profissionais é grande. Nessas horas, quem tem

experiência pode trocar uma empresa menor por uma boa perspectiva de futuro em

uma grande empresa.

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Segundo a pesquisa feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI)

em outubro de 2013, o problema de falta de mão de obra só diminuiu entre as

empresas de pequeno porte, segundo a pesquisa. De 2011 para 2013, passou de

68% para 61% o porcentual de indústrias pequenas que declararam ter essa

dificuldade. Uma das razões, segundo a CNI, é a redução mais acentuada da

atividade dessas empresas e consequente redução da demanda por trabalhador.

Nas empresas de médio porte, o porcentual se manteve em 66%. Nas grandes,

aumentou de 66% para 68%. A pesquisa foi feita com 1.761 indústrias extrativas e

de transformação.

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CAPÍTULO II

FASES DA EVOLUÇÃO DO TREINAMENTO

Oliveira e Vanelli (1999, apud Souto, 2011, p.15) apontam cinco fases

da evolução do treinamento, são elas:

1. Subdesenvolvimento: Estratégia existente e o futuro do treinamento:

Plena utilização da mão-de-obra; Início do desenvolvimento de mão-de-

obra qualificada de acordo com a demanda; procura de mão-de-obra

profissional e tecnológica;

2. Em desenvolvimento: Estratégia existente e o futuro do treinamento:

estabelecimento de padrões de mão-de-obra e de trabalho; estudos de

tempos e movimentos; padrões de trabalho e avaliação de

desempenho; fortalecimento do treinamento e mão-de-obra;

treinamento e instrução; surgimento de instituições de formação

profissional; fortalecimento da estrutura institucional;

3. Industrialização: Estratégia existente e o futuro do treinamento –

aumento da responsabilidade interna; previsão da mão de obra

requerida para o planejamento de negócios; ênfase na eficiência da

mão-de-obra; maior ênfase na mobilidade interna;

4. Industrialização avançada: Estratégia existente e o futuro do

treinamento: Formulação de planos de negócios a longo prazo para

atender ao social; planejamento do desenvolvimento de RH a longo

prazo; desenvolvimento do potencial de mão-de-obra na futura força de

trabalho; educação através das ciências do comportamento para

fortalecimento do desenvolvimento gerencial; promoção do bem-estar e

benefícios indiretos;

5. Pós-industrialização: Estratégia existente e o futuro do treinamento:

Promoção do desenvolvimento. organizacional e aceleração da

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inovação gerencial; patrocínio de seminários de desenvolvimento.

Gerencial.

Todas as fases acima citado, explicitam as necessidades dos

trabalhadores no processo de industrialização.

Neste contexto, este treinamento, hoje considerado como qualificação

dos profissionais vem aprimorar a melhoria do desempenho profissional de cada

trabalhador, visando não só o aperfeiçoamento contínuo, mas também a utilização

das diversas técnicas profissionalizantes.

Certos trabalhadores constituem os recursos eminentemente dinâmicos

das empresas organizacionais, como caráter eminentemente dinâmico e por

incrível potencial de desenvolvimento. Contudo, alguns trabalhadores, têm a

capacidade de desenvolver novas habilidades e competências, diante de

conhecimentos e aprendizados, assim como desenvolver abstrações e conceitos

(COELHO, 2010).

O segredo das empresas bem-sucedidas é saber consolidar e aprimorar conhecimento entre seus trabalhadores, treinar e prepará-los para que tenham condições permanentes de lidar com mudanças e com inovações, de proporcionar valor à empresa e ao cliente, sobretudo, de mantê-la sempre eficaz e competitiva em um mundo globalizado e de forte concorrência (COELHO, 2010, p.31).

A qualificação é vista como uma das principais forças capazes de mudar

a natureza da sociedade, assim como preparar os trabalhadores para executarem

diversas tarefas peculiares no mercado de trabalho por meio da transmissão de

informações e desenvolvimento de habilidades e capacidades, proporcionando

oportunidades nos cargos. A qualificação profissional pode mudar as atitudes e

comportamentos dos trabalhadores; assim como criar um clima organizacional e

motivacional entre os trabalhadores, aumentando a produtividade dos mesmos

(STOQUE, SANTOS, STOQUE, 2002).

O treinamento pressupõe uma relação de instrução X aprendizagem. Instrução é o ensino organizado de certa tarefa ou atividade. A aprendizagem é a incorporação daquilo que foi instruído ao comportamento do indivíduo. Portanto, aprender é

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modificar o comportamento em direção aquilo que foi instruído (STOQUE, SANTOS, STOQUE, 2002, p.06).

Em 1945, um pouco antes da 2ª Guerra Mundial, não havia uma certa

preocupação com a mão-de-obra qualificada nas empresas. Contudo, com o

decorrer do desenvolvimento econômico e as exigências no mercado de trabalho,

isso mudou.

O mercado de trabalho impõe limites e restrições às ações dos

empresários, porém, o desempenho das empresas depende também da

capacidade de adaptação a essas condições. Empresas e ambientes formam um

ecossistema empresarial, e estão permanentemente engajados em um processo

de co-criação no qual um interfere no outro, um produz o outro (FERRAZ, 2007).

Em um processo complexo e dinâmico como esse, a sobrevivência

nunca estará garantida, nem mesmo para os mais fortes. Sobrevivem e têm mais

sucesso aqueles que conseguem antecipar as necessidades dos clientes e o

movimento dos concorrentes, em um processo de contínua adaptação criativa dos

trabalhadores.

“Os cursos técnicos disponíveis não davam conta da demanda por

novos profissionais e nenhuma escola jamais se preocupara em formar pessoas

para o exercício do comando” (BOOG,1999, p.27).

No local de trabalho das empresas de pequeno, médio e grande porte, a

aprendizagem em seu próprio lugar de trabalho, resolvia as carências da mão-de-

obra qualificada. No entanto, a capacitação das chefias ficava a desejar, pois os

mesmos não tinham o perfil de grandes conhecimentos.

Muitas vezes, um funcionário que tem mão de obra qualificada e que é

apto para funções mais específicas é encarregado de tarefas subalternas, que

pouco acrescentam nos resultados finais da empresa, mas dificultam e muito o seu

desempenho pessoal.

Para Manfredi (1998) a qualificação profissional representa toda a

capacidade, conhecimento, habilidade e experiências individuais de cada

trabalhador. Além dessas variáveis, é considerado sua dinâmica da organização

visando os processos de produtividade da empresa. Assim, a qualificação pode ser

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definida como “a qualidade do sistema de capacitação e de compartilhamento de

competências dos trabalhadores” (MANFREDI, 1998, p. 19).

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CAPÍTULO III

QUALIFICAÇÃO DOS TRABALHADORES

Com a necessidade de melhorar a qualificação dos recursos humanos

as empresas recorreram para um requisito da economia e uma aspiração da

população, que sabe que as pessoas mais educadas conseguem melhores

empregos e melhores rendas.

Quando recursos humanos de qualidade escasseiam e o sistema

educacional não responde, a economia tende a se ajustar a esta situação,

desenvolvendo atividades baseadas em trabalho de baixa qualificação e não

criando demanda para pessoas mais qualificadas. Países como Japão, Coréia do

Sul e, agora, China, conseguiram mudar o patamar de qualidade de seus sistemas

educativos. Eles não esperaram que a educação respondesse às demandas da

economia, mas, ao contrário, investiram pesadamente na educação e, a partir daí,

conseguiram desenvolver uma economia da alta produtividade. As empresas

constataram que a falta de trabalhador qualificado é um gargalo que pode

comprometer o crescimento no médio prazo, pressionando o aumento dos custos.

A qualificação passou a estar associada às atividades relacionadas à

maquinaria, ou seja, associadas a inovações tecnológicas nelas embutidas. Essa

mudança de olhar ou de deslocamento do foco da definição manifestou-se

particularmente nas alterações metodológicas do levantamento dos dados do

mercado de trabalho.

É preciso investimento na qualidade da educação, mas também na

capacitação profissional. O Brasil tem capacitação muito baixa em comparação

com outros países. Temos que pensar em uma mudança no sistema educacional,

para focar em uma mudança no sistema educacional, para focar em alguns

aspectos da educação para o mundo do trabalho.

Segundo Pierre Naville (1956 apud MOREIRA, 2009), a qualificação do

trabalhador independe da formação no trabalho, se aproximando mais de um

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processo autônomo; a qualificação estaria mais para uma construção social do que

para um fator determinado pela tecnologia.

Hirata (2001) expõe como a qualificação pode ser conceituada a partir

de sua multidimensão:

[...] qualificação do emprego, definida pela empresa a partir das exigências do posto de trabalho, e que serve de base ao sistema de classificações na França; qualificação do trabalhador, mais ampla do que a primeira, por incorporar as qualificações sociais ou tácticas que a noção de qualificação sendo, por sua vez susceptível de decomposição em “qualificação real” (conjunto de competências e habilidades, técnicas, profissionais, escolares, sociais) e “qualificação operatória” (“potencialidades empregadas por um operador para enfrentar uma situação de trabalho”, cf. M Sailly in A.M Sailly in A. Lerolle, 1992:7); finalmente, a dimensão da qualificação como uma relação social [grifo do autor], sempre cambiante, de uma correlação de forças capital-trabalho, noção que resulta da distinção mesma entre qualificação dos empregos e qualificação dos trabalhadores (HIRATA, 2001, p.132-3).

Boog (2005 apud Lara, 2007, p.28) classifica a educação profissional em

três etapas interdependentes, mais perfeitamente distintas:

1. Formação Profissional é a educação institucionalizada ou não que

visa preparar e formar o homem para o exercício de uma profissão,

em determinado mercado de trabalho. Seus objetivos são amplos e

mediatos, visando qualificar a pessoa para uma futura profissão. Pode

ser dada nas escolas ou fora delas e mesmo dentro das próprias

empresas;

2. Desenvolvimento profissional é a educação que visa ampliar,

desenvolver e aperfeiçoar a pessoa para seu crescimento profissional

em determinada carreira na organização ou para que se torne mais

eficiente e produtiva em seu cargo. Seus objetivos perseguem prazos

mais longos, visando dar ao homem aqueles conhecimentos que

transcendem o que é exigido no cargo atual, preparando-o para

assumir funções mais complexas ou numerosas. É dado nas

organizações ou em firmas especializadas em desenvolvimento de

pessoal. Também obedece a um programa preestabelecido e atende

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a uma ação sistemática, visando à adaptação da pessoa á filosofia da

organização. Pode também ser aplicado a todos os níveis ou setores

da organização. É mais conhecido como desenvolvimento de recursos

humanos; Partindo do pressuposto que o conhecimento é cumulativo,

para a melhor execução das atribuições dos cargos, a avaliação de

desempenho deverá ser periódica e contínua.

3. Treinamento é a educação, institucionalizada ou não, que visa

adaptar a pessoa para o exercício de determinada função ou para a

execução de tarefas específicas, em determinada organização. Seus

objetivos são mais restritos e imediatos, visando à pessoa os

elementos essenciais para o exercício de um determinado cargo,

preparando-a adequadamente. É dado nas organizações ou em

firmas especializadas em treinamento. Os funcionários necessitam de

aprimoramento contínuo. São eles que vão planejar, executar,

verificar e aprimorar de forma contínua os sistemas e processos.

Diante das crescentes exigências de produtividade e de qualidade dos setores produtivos e em um contexto no qual o mercado de trabalho é instável, flexível e cambiante, ampliam-se os requerimentos relativos às qualificações dos trabalhadores e torna-se cada vez mais generalizada a implantação de um modelo de formação e de gestão da força de trabalho baseado no enfoque das competências profissionais (MARQUES, 2001, p.11).

Sabe-se que hoje em dia, as empresas necessitam potencializar ao

máximo a qualificação dos trabalhadores no mercado de trabalho, para garantir

sucesso futuramente. Contudo, os trabalhadores não são propriedades da

empresa. Apesar de que sejam um ativo fundamental. Para as empresas

organizacionais se beneficiarem do aumento da qualificação gerada, são

indispensáveis algumas medidas, entre elas: a identificação da qualificação que

gera riqueza, ou seja, conhecer bem o perfil do trabalhador; a potencialização das

competências de seus trabalhadores e a promoção do compartilhamento das

competências entre os trabalhadores (MANFREDI, 1998).

[...] do ponto de vista da formação para o trabalho, é garantir que os trabalhadores sejam preparados exclusivamente para desempenhar tarefas/funções específicas e operacionais. Esta concepção de

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formação profissional está alicerçada numa concepção comportamental rígida, por meio da qual ensino/aprendizagem das tarefas/habilidades deve-se dar numa seqüência lógica, objetiva e operacional, enfatizando os aspectos técnico-operacionais em detrimento de sua fundamentação mais teórica e abrangente (MANFREDI, 1998, p.17).

As qualificações dos trabalhadores não delimitaram somente aos

gestores do capital e teórico, mas também aos críticos dos capitalismos e

defensores do trabalho. A autora complementa que ainda pode se distinguir dois

tipos de conotações interdependentes e complementares visando não só a

negatividade, mas também a positividade.

Na competição intensificada os segmentos profissionais mais preparados, intelectual e pessoalmente são mais capazes de sair ganhando financeiramente ou em outros aspectos da vida. E na moderna combinação de grandes firmas e pequenos produtores independentes (de produtos ou de serviços), as vantagens possíveis dos que ficaram de fora do mercado formal dependem cada vez mais do conhecimento e da qualificação (FRIGOTTO, GENTILI, et al., 1986, p.55).

A qualificação da mão-de-obra do trabalho tende a influir na

reorganização das políticas sociais e trabalhistas das empresas. A maioria das

empresas tende a capacitarem seus trabalhadores, promovendo benefícios de

conhecimentos e aprendizados, investindo numa melhor qualificação no mercado

de trabalho.

[...] a qualificação reflete-se positivamente na autoestima dos indivíduos, assim como em sua preocupação com as questões políticas, econômicas e sociais, uma vez que as mesmas são percebidas como elementos que afetam o ambiente trabalhista (VIDIGAL-ROCHA e VIDIGAL, 2012, p.42).

A reforma da educação deve ser desenvolvida através de uma estreita

colaboração entre os governos e a comunidade empresarial. Há uma séria

desconexão entre empregadores, instituições de ensino superior e graduados

quando se trata de requisitos educacionais.

Se cada empresa oferecer ao trabalhador uma mão-de-obra qualificada,

pontos positivos serão primordiais para sua alavanca no mercado de trabalho, pois,

os trabalhadores sendo reconhecidos e valorizados profissionalmente como

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pessoas, apresentam um potencial muito maior para transformar e ampliar a

organização em uma empresa mais ágil. Flexível e competente (CARVALHO,

2004).

O autor (2004, p.23) destaca bem isso, quando relata

[...] profissionais comprometidos e impulsionados pela paixão têm idéias criativas e impedem que o navio fique à deriva. Muito mais do que recompensas financeiras e reconhecimento, eles ganham a consciência de ter um propósito na vida. Essa consciência lhes serve de apoio para atravessar as fases ruins sem perder a fé e a confiança.

Para não ficarem atrás, muitos trabalhadores aprendiam com os

‘mestres de obra’ em seu próprio ambiente de trabalho, funções adaptáveis em seu

ritmo de trabalho.

A noção do efetivo do trabalho e sua flexibilidade em uma empresa são

consideradas num determinado momento, como necessidades, na forma como a

natureza. O nível e a localização de suas atividades se determinam. As efetivas

inadequações relativas à qualificação, a atividade ou a sua localização. O ajuste é

buscado, então, por meio da movimentação interna e de ações de

formação/adaptação.

Conforme afirma Lazear e Gibbs (1998 apud Rocha-Vidigal e Vidigal,

2012, p. 43),

[...] quando o empresariado investe em qualificação, minimiza-se a necessidade de alteração do corpo de funcionários, ou seja, há redução da rotatividade, bem como das despesas com demissões, contratações e treinamento de novos funcionários.

Á priori, quando o investimento em qualificação da mão-de-obra do

trabalho é proveitoso, torna-se benéfico a empresa que irá contratá-lo.

Rocha-Vidigal e Vidigal (2012, p.43) pontuam algumas maneiras de

qualificação profissional: a) educação formal e informal; b) cursos

profissionalizantes e técnicos; c) Treinamento dentro das empresas.

a) Educação formal e informal: a educação formal é realizada

por meio do aprendizado escolar e universitário, cuja atuação

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ocorre de forma intencional e com objetivos determinados. A

educação informal, de modo divergente, é obtida por meio da

observação, fora do sistema formal de ensino, e até mesmo

pela educação autodidata;

b) Cursos profissionalizantes e técnicos: essa forma de

qualificação, bastante incentivada no Brasil, tem por

características a curta duração e o rápido preparo técnico. Não

obstante suas limitações, surgem como alternativas aos cursos

de longa duração, ou aos cursos universitários, principalmente

pela capacitação para mercados específicos e a um baixo

custo relativo;

c) Treinamento dentro da empresa (on-the-job training): o

treinamento realizado pela própria empresa e no local de

trabalho é benéfico para os empregadores na medida em que

qualificam seus funcionários com conhecimentos específicos

ao ofício designado.

Tais qualificações, segundo os autores, podem promover elevações nas

produtividades dos trabalhadores, além é claro de conhecimentos e habilidades

que poderão ser utilizadas futuramente em outras empresas.

Esse investimento visa, além da capacitação de seus colaboradores, o

desenvolvimento de novas lideranças e a retenção de profissionais talentosos,

tornando-se uma arma contra a desgastante e cara rotatividade de profissionais.

Diante disso, S. Silva (2005, p. 90) considera que o trabalhador

qualificado é aquele

[...] capacitado tecnicamente (manual e intelectual) para o trabalho que exerce, bem como se possui atributos contidos na dimensão superestrutural da qualificação. E, como visto, essa capacitação varia historicamente com o desenvolvimento das forças produtivas, de um país a outro e de uma atividade a outra.

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Já Braverman (1987) observa que, perante a crescente mecanização do

processo de trabalho, a teoria convencional diz haver uma maior exigência de

trabalhadores mais qualificados, tanto na indústria quanto nos serviços. Em

síntese:

Quanto mais a ciência é incorporada no processo de trabalho, tanto menos o trabalhador compreende o processo; quanto mais um complicado produto intelectual se torne a máquina, tanto menos controle e compreensão da máquina tem o trabalhador. Em outras palavras, quanto mais o trabalhador precisa de saber a fim de continuar sendo um ser humano no trabalho, menos ele ou ela conhece. Este é o abismo que a noção de qualificação média oculta (BRAVERMAN, 1987, p.360)

As características do trabalhador mudaram com relação aos modos de

organizações anteriores; o trabalhador não deve apenas “fazer”, mas também

“pensar”. Dessa forma, a qualificação tem papel no “processo social de

individualização” e se vincula ao modo de reprodução do capital.

Segundo Kober (2002)

A qualificação é, neste sentido, uma construção social. E é concebendo o individuo como uma construção social contínua que se pode pensar a qualificação profissional, também ela, como uma construção social. É no interior das relações como a sociedade que o homem se forma e se prepara para o trabalho, que é a dimensão central da sua atividade como ser humano, pois é neste momento que ele objetiva a sua relação com a totalidade social. É por meio do trabalho que o homem altera seu meio e é alterado por ele. É por meio do trabalho que a totalidade social se construiu como a conhecemos e continua sendo construída. E, principalmente, é no trabalho que se revelam e se obscurecem as relações próprias do sistema capitalista entre o capital e o trabalho. A qualificação profissional assim pensada adquire uma dimensão na qual as relações de classe, as relações do individuo com as instituições da sociedade (escola, sindicatos, igrejas, etc), com os demais homens e com sua própria história de vida se fazem presentes e são atualizadas a cada momento em que o trabalho se dá, por meio dos aspectos cognitivos, valorativos e comportamentais implicados na ação _ ação esta que se dá no interior de relações objetivas de trabalho, que reagem a esta ação, sendo modificada por ela e dialeticamente modificando seu ator. (KOBER, 2002, p. 3-4)

A autora aponta que a qualificação profissional não é uma simples

relação linear positiva entre educação e trabalho. Pois o valor de troca da

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qualificação se dá apenas quando o capital a reconhece como contribuinte do

processo de produção.

O grande diferencial desse novo modo de gestão do trabalho é

justamente que a qualificação ocorre não apenas pela obtenção de habilidades

oriundas da educação formal e de cursos de profissionalização, mas principalmente

pela capacidade do trabalhador de administrar suas competências para resolver

problemas no dia a dia de trabalho (DELUIZ, 2015)

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CAPÍTULO IV

DISCUSSÃO

RHs de todo o pais enfrentam diariamente a dificuldade de selecionar

profissionais qualificados para integrarem seu quadro de colaboradores.

No Brasil formou-se um desencontro. Um enorme desencontro entre a

escola e o trabalho. Porque o trabalho se expandiu, as tecnologias evoluíram e a

escola de um modo geral não conseguiu acompanhar. Ficou atrasada. Está no

descompasso. Que é um descompasso que afeta muito o crescimento do país.

Muitas vezes, o trabalhador não tem o acesso à qualificação. E às vezes

a questão da educação, ensino médio, fundamental, não é de uma qualidade que

ele possa chegar ao processo seletivo e passar no processo seletivo. Então

dificulta para o trabalhador.

Esse dilema pode ser explicado por diversos fatores: educação formal

de má qualidade que não prepara o jovem para os desafios do mundo do trabalho,

falta de informação no que se refere às possibilidades de inserção de jovens,

legislação e exigências das vagas.

Algumas empresas alegam que está muito difícil encontrar mão de obra

qualificada. E sentem que falta interesse nas pessoas em se profissionalizar, pois

muitas acabam caindo no comodismo e, com isso, acabam perdendo uma

oportunidade em crescer no mercado de trabalho.

Quando a empresa contrata uma pessoa menos qualificada, haverá um

risco maior que as atividades sejam refeitas várias vezes por erros, o tempo de

execução poderá aumentar e a produtividade cai, afetando diretamente na

evolução da empresa.

A carência de mão de obra qualificada existe tanto na execução das

atividades bem simples como nas mais complexas.

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Podemos observar que a partir desse impasse, as empresas começaram

a enxergar de outro ângulo e ver que a capacitação da mão-de-obra no mercado

de trabalho, iria dar o “boom”, a alavanca inicial de seu crescimento.

Os modelos de educação disponíveis só previam uma categoria de aprendizes, ou seja, a de menores de 18 ou 20 anos. Nesse sentido, questionavam determinados dirigentes, que práticas escolares serviam para a formação de crianças e adolescentes que poderiam também ser úteis para adultos (BOOG, 1999, p.29).

Em 1980, a modelação e capacitação desses trabalhadores, eram

desenvolvidas para a execução de treinamentos, porém, algumas das empresas

não “enxergavam ou reconheciam” o valor dos mesmos.

Barroso (2010, apud Souto, 2011, p.16) aborda que:

[...] quando chega um novo funcionário na empresa, o setor deve mostrá-lo como é a organização desta, ou seja, o jeito como rege a empresa, onde deve ser guardado os materiais, como devem ser guardados, como funciona o ambiente e como ele deve desempenhar a sua função, mapeando assim a cultura organizacional da empresa. Esta é uma tarefa árdua e deve ser desempenhada por profissionais qualificados que já passaram pela capacitação e desenvolvimento.

Na perspectiva de Oliveira e Vanalle (1999), o treinamento qualificado da

mão-de-obra desses profissionais, deve ser associado às dimensões de

adversidades e aprendizagem de cada trabalhador. Pois cada um tem sua

habilidade e competência nata. A capacitação deve ser moldada de acordo com

cada profissional.

Para Ribeiro e Ferreira (2010) a habilidade nata, se dá a partir da sua

aprendizagem intrínseca e extrínseca desse trabalhador, pois envolve as suas

vivências e experiências no decorrer de sua trajetória de vida.

Segundo Davel e Vergara (2001, p.31):

[...] pessoas na fazem somente parte da vida produtiva das organizações. Elas constituem o principio essencial de sua dinâmica, conferem vitalidade às atividades e processos, inovam, criam, recriam contextos e situações que podem levar a organização a posicionarem de maneira competitiva e diferenciada com outras organizações.

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Davel e Vergara (2001) explicitam que a qualificação da mão-de-obra no

trabalho gera um desenvolvimento pessoal capaz de preparar o trabalhador em

suas diretrizes profissionais e consequentemente aprimorando as empresas

organizacionais.

A competência como modelo de qualificação tem como objetivo não só romper com o paradigma de qualificação anterior, que privilegiava a especialização, como também com o modelo comportamental requerido ao trabalhador. Na forma atual, é possível alcançar uma elevação no nível da comunicação, o que acaba aumentando também à interatividade (RABAGLIO, 2004 apud SOUTO, 2011, p,23).

Picarelli (2002) afirma que a gestão por competência é preocupada com

o comportamento, conhecimento e habilidades do trabalhador, no qual vêm auxiliar

os objetivos ao curto e longo prazo das empresas. Esse tipo de gestão, facilita a

busca de perfis de cada profissional definindo e qualificando o trabalhador em seu

ambiente de trabalho pré-estabelecido.

Brandão e Guimarães (2001) relatam que em 1970, Taylor observava

esse tipo de competência, pois naquela época, algumas empresas tinham uma

certa preocupação em treinar e capacitar a mão-de-obra desses trabalhadores. Era

uma forma de lapidar as suas habilidades de executarem com perfeição a sua

tarefa.

As empresas começaram a entender que a lacuna está cada vez maior

entre projeções sólidas de crescimento e a insuficiência de mão de obra qualificada

fez com que empresas brasileiras — como a mineradora Vale (antiga Companhia

Vale do Rio Doce ou CVRD), Petrobras e Schincariol — levassem a sério a

escassez de mão de obra instituindo universidades corporativas. Embora não

tenham a intenção de substituir os sistemas educacionais convencionais, as

universidades corporativas se parecem cada vez mais com elas. Seu objetivo é

acelerar a aquisição de conhecimento acadêmico facilitando sua aplicação prática

no trabalho através de cursos breves de imersão como os encontrados nos

ambientes acadêmicos.

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Já Souto (2011, p. 22) define a competência como

[...] assumir responsabilidades frente a situações de trabalho complexas [aliado] [...] o exercício sistemático de uma reflexividade no trabalho, permitindo ao profissional lidar com eventos inéditos, surpreendentes e de natureza singular.

Tal gestão por competência vem permitir ao trabalhador em ajustar-se

em seu meio de trabalho, favorecendo suas habilidades e competências, assim

como seu desempenho profissional, pois trabalhador mal qualificado leva mais

tempo para desempenhar as suas tarefas. A empresa gasta mais tempo e dinheiro

para produzir. O produto fica mais caro e o Brasil vai ficando pra trás na

concorrência com outros países.

Rabaglio (2004) comenta que hoje em dia, dá para observar que a

capacitação da mão-de-obra no mercado de trabalho contribui muito, podendo por

vezes, gerar vantagem competitiva e assim criar o conhecimento e

desenvolvimento de competências.

A capacitação valoriza o trabalhador dentro de sua empresa, seja ela

através de palestras, cursos ou até mesmo universidades corporativas, tornando-o

um cidadão determinado em seu campo de trabalho, priorizando seu

profissionalismo e crescimento profissional.

Segundo ainda o autor relata que a competência como modelo de

qualificação tem como objetivo

[...] não só romper com o paradigma de qualificação anterior, que privilegiava a especialização, como também com o modelo comportamental requerido ao trabalhador. Na forma atual, é possível alcançar uma elevação no nível da comunicação, o que acaba aumentando também à interatividade. (RABAGLIO, 2004, p.37).

Empregados qualificados dão agilidade ao cumprimento dos afazeres da

organização, auxiliam na multiplicação de conhecimentos, propõem soluções para

problemas apresentado, no final eles valem o investimento que foi gasto.

França (2009) aborda que a mão-de-obra no mercado de trabalho vem

qualificar não só o trabalhador, mas também a empresa, trazendo eficiência e

status no âmbito organizacional. Segundo o autor são utilizados recursos para a

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efetivação de cursos, qualificações e aperfeiçoamento desses trabalhadores em

sala de aula, numa espécie de ensino-aprendizagem, onde não só trabalha a

teoria, mas também a pratica desses profissionais.

Carvalho e Nascimento (1997) comentam que as empresas de pequeno,

médio e grande porte vem se tornando pioneiras em aprimorar o conhecimento e

habilidades desses trabalhadores, através de um diferencial, capacitando-os a

desenvolverem assimilações e habilidades em seu trabalho.

Viera e Luz (2005) complementa no raciocínio de Carvalho e

Nascimento (1997) quando dizem que a qualificação e a mão-de-obra aprimorada

no mercado de trabalho é a chave do grande sucesso para as empresas, pois

perpetua no trabalhador um aprendizado contínuo no qual está atrelado e vinculado

a remuneração e no sistema de classificação de cargos e salários.

Neri (2014) aponta que os comportamentos dos profissionais poucos

qualificados dificultam o aumento da produtividade em nosso país – Brasil, e que o

mesmo, precisava avançar na qualificação de mão-de-obra. Uma dessas

qualificações seria a melhoria da educação para conseguir atender a demanda das

tecnologias e erguer o nível de instrução educacional, assim como a produtividade

do trabalhador.

Le Gall (2008) aborda que para orientar o trabalhador contando com sua

participação na qualificação da mão-de-obra, é necessário conhecer bem seu perfil

e sua trajetória profissional e traduzi-la em competências adquiridas. As empresas

têm que visar e avaliar seu potencial, as margens de crescimento de médio a curto

prazo, com ou sem treinamento, bem como sua recolocação em outras atividades.

Para Rocha-Vidigal e Vidigal (2012) a qualificação da mão-de-obra no

mercado de trabalho, deveria ser obtidas através de diferentes formas, ou seja,

poderia ser realizada antes ou após as contratações trabalhistas. Algumas

empresas, governo ou até mesmo o trabalhador, poderiam custear sua

qualificação, a fim de aprimorar novos conhecimentos e aprendizados.

Quando a empresa coloca em prática que qualquer dinheiro que uma

organização venha a gastar com seleção e capacitação de pessoas o retorno

aparecera, pode até não ser mensurável como é o caso do conhecimento

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adquirido, mas o aumento da produtividade, motivação e a diminuição de erros e

falhas que com certeza isso acorrera. A empresa realmente começa a ver lucro,

pois não terá retrabalho.

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CONCLUSÃO

Neste trabalho conclui-se que a capacitação da mão-de-obra dos

trabalhadores junto com o desenvolvimento nas empresas possam gerar um

investimento eficaz, pois levam aos trabalhadores um maior desempenho

profissional e pessoal, surgindo também, novos empreendimentos, lucratividade

em massa para as empresas.

As análises das características e evolução recente do mercado de

trabalho brasileiro confirmam a ideia de que as empresas estão vivendo um grande

"apagão" de mão de obra qualificada, o que tornaria urgente a necessidade de

investir pesadamente na formação técnica de nível médio ou superior como

algumas delas já estão executando esse recurso.

Podemos notar no decorrer deste trabalho, que a muitas das empresas

adquirem uma gestão individual do pessoal em forma de fazer crescer o

trabalhador em sua qualificação da mão-de-obra. Assim, muitas dessas empresas

de pequeno, médio ou grande porte, conseguem investir no desenvolvimento de

competências e habilidades que são observadas, procurando frisar um perfil

diferenciador no que tange a competitividade de cada profissional.

É de grande importância, investir na qualificação e capacitação desses

profissionais através de cursos, palestras, workshops para qualquer carreira de

sucesso e segmento ou área de atuação. Um aperfeiçoamento técnico e um perfil

comportamental bem estruturado, eleva as possibilidades em destaque de sucesso

profissional. No entanto, cabe ao profissional empenhar seus conhecimentos e

aprendizados, para que se tenha habilidades e atitudes em sua função qualificada.

Vimos que se um trabalhador qualificado e que tenha habilidades em

sua função, ele mantêm-se destacado no mercado de trabalho e é capaz de

acompanhar a globalização e possíveis inovações, se aperfeiçoando cada vez mais

em seus aprendizados.

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Quanto a mão-de-obra qualificada, pode-se dizer que ela está interligada

ao sistema de classificação de cargos e salários, favorecendo assim, uma melhor

remuneração em espécie.

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BIBLIOGRAFIA

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