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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA A IMPORTÂNCIA DO GERENCIAMENTO DE STAKEHOLDERS NO PROJETO Por: Sueli da Silva Bonifácio Orientador Prof. Nelson Magalhães Rio de Janeiro 2012

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO …stakeholders em um projeto, bem como o bom relacionamento entre o gerente do projeto e os envolvidos. Este é um dos caminhos

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

A IMPORTÂNCIA DO GERENCIAMENTO DE STAKEHOLDERS

NO PROJETO

Por: Sueli da Silva Bonifácio

Orientador

Prof. Nelson Magalhães

Rio de Janeiro

2012

2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

A IMPORTÂNCIA DO GERENCIAMENTO DE STAKEHOLDERS

NO PROJETO

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em Gestão de Projetos.

Por: Sueli da Silva Bonifácio

3

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus pelo dom da vida e

pela graça de poder concluir este

curso. Agradeço minha família e

amigos pelo apoio e carinho.

4

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho ao meu esposo

Muniz, que hoje dorme o sono eterno,

pelo incentivo e apoio dispensado a mim

no início do curso.

5

RESUMO

O objetivo deste estudo é ressaltar a importância do gerenciamento do

stakeholders em um projeto, bem como o bom relacionamento entre o gerente

do projeto e os envolvidos. Este é um dos caminhos a ser percorrido para obter

uma vantagem competitiva, objetivando o sucesso do projeto.

Na pesquisa realizada, foram incluídas informações sobre a

importância da comunicação no gerenciamento do projeto.

6

METODOLOGIA

Esta monografia foi realizada através de pesquisas de livros, artigos,

sites relacionados ao tema, consulta de material apresentado em workshop

sobre Gestão de Stakeholders (Partes Interessadas).

7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - Stakeholder 09

CAPÍTULO II - A Comunicação 20

CAPÍTULO III – Construção da Vantagem Competitiva 29

CONCLUSÃO 34

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 35

WEBGRAFIA 36

ÍNDICE 37

8

INTRODUÇÃO

No âmbito da gestão de projetos a preocupação apenas com os

clientes e acionista já não é o suficiente. Outros stakeholders como

funcionários, fornecedores, distribuidores, imprensa, comunidade local,

governo, sindicato e a sociedade estão cada vez mais presentes nas

preocupações dos gerentes de projetos, inclusive as famílias dos envolvidos no

projeto.

Saber preparar essas pessoas, os stakeholders, para o projeto

também é de fundamental importância. Entender melhor os aspectos do

elemento principal de um projeto, as pessoas, ajudam a potencializar as

chances de sucesso e assim diminuir as chances do seu fracasso.

Metodologias, conhecimentos técnicos e administrativos, isoladamente, não

são suficientes para lhe dar com os cenários atuais. O Gerente de Projeto, um

dos principais stakeholders de um projeto, deve entender as dinâmicas do

comportamento humano e como ele influencia as relações e percepções no

ambiente do projeto.

Dinsmore (2006) defende a ideia na qual a razão mais importante para

enfatizar o lado humano do gerenciamento de um projeto, é que ele

simplesmente é a forma mais eficaz de se realizar o projeto com sucesso. Ele

abre caminho para a execução das tarefas necessárias e cria uma atmosfera

objetiva de solução de problemas.

9

CAPÍTULO I

STAKEHOLDERS

O CONCEITO

“Tudo posso naquele me fortalece.” Fp. 4:13

Podemos dar inúmeras definições para stakeholder. Uma delas,

de Jeffrey S. Harrison (2005), é a seguinte: “Stakeholders são indivíduos ou

grupos que afetam e são significativamente afetados pelas atividades da

Organização” (p.26).

Segundo Kaplan (1997): “Os indivíduos, grupos de indivíduos e

instituições que definem o sucesso das organizações ou afetam a capacidade

que a organização tem em atingir seus objetivos”. (p.502)

A palavra vem de: Stake – sustento, perigo, risco, investimento,

interesse e Holder - aquele que possui, proprietário.

O termo “stakeholder” foi empregado pela primeira vez em 1984

pelo filósofo Robert Edward Freeman. Para Freeman (1984), stakeholders

seriam os elementos essenciais (ou “atores”, na linguagem do filósofo) para o

planejamento estratégico de negócio de uma organização.

Em outra definição, “stakeholder tem origem no termo stockholder

(acionista), e amplia o foco da organização, que antes era satisfazer o acionista

e passa a satisfazer seus públicos de interesse estratégicos, como clientes,

funcionários, imprensa, parceiros, fornecedores, concorrentes, sindicatos e a

comunidade local. (Gestão dos Stakeholders, 2010, p.6)

10

1.1- A importância dos Stakeholders

“Gerentes devem procurar saber tudo sobre seus

stakeholders para os propósitos de sobrevivência, bom

desempenho econômico, controle de riscos, tirar vantagens das

oportunidades, estar dentro da competição, conseguir alianças e

influenciar as políticas públicas, entre outros.” (O valor da

empresa e a influência dos Stakeholders – 2006 – p.36)

Conhecer e entender quem são os stakeholders no projeto é vital para

a atividade do gerente. Stakeholders mudam ao longo do projeto e, por

conseguinte, os interesses e poderes também.

Conhecer as várias partes envolvidas no projeto permite ao gerente de

projeto decidir se, quando e como envolver cada uma, ou seja, ajuda-o a traçar

estratégias de condução dos stakeholders. Uma vez que novos stakeholders

podem resultar em novas solicitações (mudanças, revisões), o escopo do

projeto acaba variando ao longo do seu ciclo de vida.

Os stakeholders têm papel ativo no desenvolvimento ou na utilização

do produto final do projeto ou porque o conhecimento deles é importante e ou

necessário para se chegar ao produto final.

A figura fornece uma representação simbólica de como esses

stakeholders influenciam e são influenciados pela organização, em uma

relação de mão dupla simbolizada pelas setas de duas pontas.

11

Figura 1. A organização e seus stakeholders

Fonte: Anexo 2.1 - Gestão dos Stakeholders (Thelma Rocha e Andrea

Goldschmidt, 2010, pg.6)

1.2- Identificar os Stakeholders

O gerente deverá dispor de uma ferramenta de coleta de dados a

respeito dos stakeholders. Este documento deverá ter campos para

identificação do stakeholder, contatos, poder e interesses no projeto, nível de

conhecimento, expectativas, níveis de influências, dentre outras informações.

Normalmente uma parte dessas informações não é percebida de imediato,

exigindo tempo para que o gerente de projetos conheça os envolvidos e

identifique alguns dados, especialmente os comportamentais. Esses primeiros

stakeholders permitirão ao gerente de projetos identificar as demais partes

interessadas, através de reuniões individuais.

Um brainstorming entre os principais gestores da corporação seria uma

ferramenta inicial na identificação dos stakeholders.

Identificar todas as pessoas ou organizações que podem ser afetadas

pelo projeto e documentar as informações relevantes relacionadas aos seus

12

interesses, envolvimento e impacto no sucesso do projeto e o poder de

influência sobre o projeto e suas entregas. As partes interessadas podem estar

em diversos níveis da organização e ter diferentes níveis de autoridade, ou ser

externas à organização executora do projeto.

É fundamental para o sucesso do projeto identificar as partes

interessadas desde o início e analisar seus níveis de interesse, expectativas,

importância e influência. Em seguida, é possível desenvolver uma estratégia

para abordar cada parte interessada e determinar o nível e a oportunidade

para o envolvimento das partes interessadas visando maximizar as influências

positivas e mitigar os impactos negativos potenciais.

A maioria dos projetos tem um grande número de partes interessadas.

Como o tempo do gerente é limitado e precisa ser usado com a maior

eficiência possível, essas partes interessadas devem ser classificadas de

acordo com o interesse, a influência e o envolvimento no projeto. Isso permite

que o gerente de projeto se concentre nos relacionamentos necessários para

garantir o sucesso do projeto.

Stakeholders em um projeto possuem diferentes níveis de poder e

interesses; assim, o impacto que cada uma delas pode causar, seja positivo ou

negativo, é distinto. Gerentes de projetos são profissionais extremamente

ocupados, cujo tempo deve ser bem empregado gerenciando expectativas,

construindo relacionamentos e coalizões que permitam o sucesso do projeto.

Por esta razão, é importante que o gerente saiba quem deve ser envolvido no

projeto, quando e como. O processo de triagem e seleção de stakeholders

permite ao gerente desenvolver suas estratégias de condução e definir de que

maneira cada parte deverá ser gerenciada.

1.2.1 Classificação dos Stakeholders

Para realizar a triagem, o gerente de projetos pode tomar como ponto

de partida a lista de identificação de stakeholders. A partir dessa lista, deve-se

proceder a análise qualitativa e quantitativa das partes identificadas, visando a

identificar quais interesses serão levados em consideração durante todo o

13

projeto. Desta análise devem-se ter como resultado stakeholders classificados

segundo o impacto ou apoio potencial, o grau de poder, o grau de interesse, o

grau de influência, sua importância, urgência e legitimidade quanto ao projeto.

Freeman (2004), categorizou os stakeholders em investidores (ou

financiadores, incluindo acionistas), empregados, clientes, fornecedores e

comunidade.

Clarkson (1994), propõe uma divisão em stakeholders primários e

secundários.

Os stakeholders primários são aqueles com os quais a empresa

mantém um relacionamento contratual e são afetados diretamente por ela no

desenvolvimento de suas atividades e tomadas de decisões. Esses grupos

compreendem os acionistas e investidores, os empregados, os consumidores,

os fornecedores, clientes, e ainda, os public stakeholders, isto é, aqueles que

estabelecem e fazem cumprir as leis e regulamentação e a quem são devidos

impostos e outras obrigações.

Para Cornell e Shapiro (1987), somente esses podem ser

considerados de fato stakeholders. Já que são considerados críticos para a

sobrevivência das organizações, porque essas mantêm com eles uma relação

de interdependência e, sem a sua participação na vida da organização, ela não

poderia sobreviver. (Gestão do Fator Humano: Uma visão baseada em

Stakeholder, 2008, p.331)

Os stakeholders secundários são aqueles cujo relacionamento não é

regulado por contratos. O relacionamento com os stakeholders secundários –

demais grupos da sociedade – também pode tornar-se crítico para a empresa

dependendo do momento. Uma entidade do bairro, por exemplo, pode gerar

uma forte pressão sobre uma empresa e afetar suas atividades.

Harrison (2005), propõe uma análise dos públicos de interesse a partir

da identificação dos interesses e do poder que esses stakeholders possuem

sobre a empresa. (Gestão dos Stakeholders, 2010, pg.16)

14

Figura 1.2 Matriz de classificação dos stakeholders: interesse x poder

Fonte: Anexo 2.5 - Gestão dos Stakeholders (Thelma Rocha e Andrea

Goldschmidt, 2010, pg.16)

Conforme mostra a figura, existem três tipos de interesse: o interesse

em propriedade, interesse econômico e o interesse social.

O interesse de propriedade significa que os ganhos do stakeholder

dependem do valor da companhia e de suas atividades. Se o funcionário

possuir ações ou se for proprietário, ou mesmo acionista, seu interesse sempre

será classificado como “de propriedade”.

O interesse econômico significa que aquele stakeholder possui uma

relação econômica com a empresa. Ele pode ser funcionário, ou cliente,

fornecedor, distribuidor, banco credor ou mesmo parceiro comercial.

O interesse social ocorre quando o stakeholder não está diretamente

associado à organização, mas se interessa em garantir que ela se comporte de

maneira socialmente responsável. Por exemplo, as agências reguladoras,

como a Anvisa, os grupos ativistas, como o Greenpeace, e mesmo a imprensa

são stakeholders que cobram da empresa que ela atue de forma socialmente

responsável.

Em relação à influência, os stakeholders podem ter poder: formal,

econômico ou político.

15

O poder formal ocorre quando o stakeholder tem direito legal ou

contratual de tomar decisões em nome da empresa. Por exemplo, os

proprietários e os diretores tomam decisões em nome da empresa, ou das

agências reguladoras para fazer suas fiscalizações.

O poder econômico está relacionado ao fato de o stakeholder deter

algo que a empresa valoriza, como: serviços, produtos, capital, matéria-prima e

mão de obra. Por exemplo, os funcionários detêm capacidade de trabalho; os

clientes, capital; os fornecedores, matéria-prima; os distribuidores detêm sua

rede de distribuição, entre outros.

O poder político está associado à capacidade de persuadir

legisladores, sociedade ou agências reguladoras a influenciar o

comportamento da empresa. Por exemplo, a imprensa pode divulgar notícias

que prejudicam ou beneficiam a imagem da empresa perante a sociedade. O

próprio relacionamento com a comunidade local pode influenciar na imagem da

empresa.

Essa classificação dos stakeholders auxilia os gestores a entender

melhor tanto as necessidades como o poder e, a partir dela, é possível

selecionar os stakeholders que serão trabalhados com uma estratégia de

relacionamento e comunicação mais próxima.

De acordo com Mitchell, Agle & Wood (1997), sugerem que a

interferência dos stakeholders em uma organização se dá por mediação de

três atributos: poder, legitimidade e urgência.

• O poder de um stakeholder em influenciar a organização

• A legitimidade do relacionamento do stakeholder com a organização

• Urgência no atendimento do stakeholder por parte da organização

A combinação desses atributos gera sete tipos diferentes de

stakeholders:

• Stakeholder Adormecido: É aquele que tem poder para impor sua

vontade na organização, porém não tem legitimidade ou urgência e assim seu

16

poder fica em desuso, tendo ele pouca ou nenhuma interação com a empresa.

Entretanto, a gestão deve conhecer stakeholder para monitorar seu potencial

em conseguir um segundo atributo.

• Stakeholder Arbitrário: É aquele que possui legitimidade, mas não tem

poder de influenciar a empresa e nem alega urgência. A atenção que deve ser

dada a essa parte interessada diz respeito à responsabilidade social

corporativa, pois tendem a ser mais receptivos.

• Stakeholder Reivindicador: Quando o atributo mais importante na

administração do stakeholder for urgência, ele é reivindicador. Sem poder e

sem legitimidade, não devem atrapalhar tanto a empresa, porém devem ser

monitorados quanto ao potencial de obterem um segundo atributo.

• Stakeholder Dominante: É aquele que tem sua influência na empresa

assegurada pelo poder e pela legitimidade. Espera e recebe muita atenção da

empresa.

• Stakeholder Perigoso: Quando há poder e urgência, porém não existe

a legitimidade, o que existe é um stakeholder coercitivo e possivelmente

violento para a organização, o que pode ser um perigo, literalmente.

• Stakeholder Dependente: É aquele que tem alegações com urgência e

legitimidade, porém dependem do poder de outro stakeholder para verem

suas reivindicações sendo levadas em consideração.

• Stakeholder Definitivo: Quando o stakeholder possui poder e

legitimidade ele praticamente já se configura como definitivo. Quando, além

disso, ele alega urgência, os gestores devem dar atenção imediata e

priorizada a esse.

17

Figura 1.3

Fonte: Mitchell, 1997, pg. 874

Outro ponto importante é a classificação dos stakeholders em

orientadores, observadores e apoiadores:

• Orientadores são todas as partes que possuem algum tipo de

informação a ser dada a respeito do projeto; são basicamente os donos

do projeto.

• Apoiadores são as partes que trabalharão efetivamente no projeto ou

que fornecerão subsídios para que esse seja executado; são os

membros da equipe, os departamentos de apoio etc.

• Observadores são as partes que possuem interesse no resultado do

projeto, mas não trabalham nele efetivamente.

Essa classificação permite determinar o nível de envolvimento de cada

parte interessada durante todo o projeto.

18

Figura 1.4 Classificação dos stakeholders segundo a fase do projeto

Fonte: Ilustração 01 do site

http://ogerente.com.br/rede/projetos/excelencia-na-gestao-de-projetos

Com base nas informações levantadas e com os dados da lista de

identificação, o gerente de projetos terá a seu dispor uma lista de poder x

interesse x influência.

Figura 1.5 Matriz de poder x interesse x influência

Fonte: Ilustração 02 do site http://ogerente.com.br/rede/projetos/excelencia-

na-gestao-de-projetos

19

O gerente poderá utilizar diversas combinações para esta matriz, como

poder x interesse, poder x influência, interesse x influência, o que o ajudará a

elaborar suas estratégias.

Esta matriz também é dinâmica e deve ser modificada à medida que

novos stakeholders aparecerem ou partes interessadas abandonarem o

projeto. A partir dela o gerente deverá alimentar o seu banco de dados com

informações a respeito dos stakeholders.

20

CAPÍTULO II

A COMUNICAÇÃO

“A revolução contemporânea das comunicações,

da qual a emergência do ciberespaço é a manifestação

mais marcante, é apenas uma das dimensões de uma

mutação antropológica de grande amplitude.”(Pierre Lévy)

(Gestão dos Stakeholders, 2010, p.208)

A partir da identificação dos stakeholders, deve-se preparar um plano

de comunicação que garanta o fluxo da informação correta para cada um.

Segundo o guia PMBOK (2008) “O gerenciamento das comunicações

do projeto inclui os processos necessários para assegurar que as informações

do projeto sejam geradas, coletadas, distribuídas, armazenadas, recuperadas

e organizadas de maneira oportuna e apropriada.”

Na gestão de projetos, a importância da comunicação é enfatizada por

Sievert (1986), que diz que: “uma alta porcentagem de frustrações e

ineficiências nas relações de trabalho são causadas devido a uma

comunicação pobre. Em quase todos os casos, uma interpretação errônea,

uma mudança, uma data de entrega errada de um determinado componente

de um projeto, ou a falha em executar instruções, resultam de uma quebra de

comunicação. Em casos mais críticos, a comunicação pode até determinar a

parada do projeto.” (p.77)

A comunicação é um elemento importante, não só apenas em relação

ao escopo e entendimento do projeto, como também na sua utilização entre os

diversos tipos de stakeholders. Para quem está transmitindo informações e

ideias, é necessário que isso seja feito de forma clara, pois somente assim a

outra parte, uma pessoa ou grupo de pessoas, terá um entendimento exato do

significado e da intenção daquilo que está recebendo.

Conceitualmente, a comunicação efetiva ocorre quando a mensagem é

recebida e entendida conforme planejado pelo emissor. Distorções e barreiras

21

existem a todo o momento e o Gerente de projeto não deve aceitar tudo e nem

recusar, deve negociar.

Uma forma simples que pode ajudar no processo da comunicação, é a

confirmação através de um simples questionamento feito a quem recebeu a

mensagem. Quando o transmissor da mensagem faz este questionamento ele

está garantindo que a outra parte entendeu de fato o que foi transmitido. A

palavra chave é: feedback.

O novo contexto social apresenta à comunicação um novo cenário que

favorece a geração de contextos de interatividade e relacionamento com os

stakeholders específicos. O entendimento desses contextos sobrepõe-se às

características e funções das ferramentas de comunicação, ampliando a

importância do conhecimento das redes de stakeholders e suas influências em

detrimento do domínio técnico de ferramentas da comunicação.

Figura 2. O processo da comunicação

Fonte: Anexo 10.1 - Gestão dos Stakeholders (Thelma Rocha e

Andrea Goldschmidt, 2010, pg.209)

Uma comunicação eficaz cria uma ponte entre as diversas partes

interessadas envolvidas no projeto, conectando vários ambientes culturais e

22

organizacionais, diferentes níveis de conhecimento, e diversas perspectivas e

interesses na execução ou nos resultados do projeto.

Um alto nível de comunicação é importante, principalmente no início do

projeto, para construir uma boa relação de trabalho com a equipe do projeto e

estabelecer expectativas claras com os interessados.

2.1- Como Atender as Expectativas das Partes Interessadas

O gerente de projeto é responsável pelo gerenciamento das

expectativas das partes interessadas. Gerenciar as expectativas é o processo de comunicação com as partes

interessadas para atender às suas necessidades e solucionar as questões à

medida que ocorrem.

Pode-se entender a gestão da comunicação como a gestão das

expectativas, diferentes para a grande maioria dos interessados, sendo

fundamental que os gerentes saibam utilizar de maneira adequada as

ferramentas e técnicas, visando minimizar problemas.

Gerenciar ativamente as expectativas das partes interessadas, abordar

preocupações que ainda não se tornaram problemas, esclarecer e solucionar

questões que foram identificadas, garantir que as partes interessadas

entendam os benefícios e os riscos do projeto. Isso permite que elas apoiem

ativamente o projeto e ajudem na avaliação de riscos das escolhas do projeto.

Com a previsão da reação das pessoas, é possível adotar ações preventivas

para obter seu apoio ou minimizar os impactos negativos em potencial e

aumentar a probabilidade de sucesso do projeto.

Constantes mudanças de requisitos e até a ausência de conhecimento

dos mesmos, assim como as necessidades do projeto serem incompatíveis

com o mercado que deseja implantar, podem influenciar nas falhas das

corretas identificações dos requisitos, ou seja, um grande problema de

comunicação.

Com o intuito de haver redução nos problemas de comunicação, nas

identificações dos requisitos de alto nível, ou seja, requisitos macros é

23

necessário acompanhar essas necessidades através de reuniões, em grupo ou

individual; workshops; lógica negativa (método no qual os stakeholders não

tem conhecimento das necessidades reais e assim analisamos tudo aquilo que

eles não desejam e construímos, a partir daí, as reais necessidades.)

O acompanhamento constante dos requisitos deve ocorrer, pois assim

como existem alterações de poder, influência dos stakeholders, nos requisitos

acontecem o mesmo.

Figura 2.1 Formação dos Requisitos

Fonte: Ilustração 3 - http://ogerente.com.br/rede/projetos/excelencia-

na-gestao-de-projetos

2.2- Gerenciar a Comunicação Entre as Partes Interessadas

O gestor de projetos deve criar uma atmosfera que promova a

comunicação aberta e oportuna, sem medo de represália e ser compreensivo

em relação a pontos de vista diferentes.

Os gerentes de projetos gastam a maior parte do seu tempo se

comunicando com os membros da equipe e outras partes interessadas do

24

projeto, quer sejam internas (em todos os níveis da organização) ou externas à

organização.

Após identificar e classificar todos os stakeholders e analisar os

requisitos deve-se estabelecer estratégias para conduzi-los.

2.3- Conduzir as Partes Interessadas

O sucesso do projeto começa nas pessoas: na seleção, treinamento e

na sua valorização.

Inicialmente deve-se fazer com que os stakeholders sintam-se

cobrados e responsáveis pelos resultados do projeto. Assim, haverá maior

comprometimento dos mesmos, agilizando e dando qualidade aos resultados.

O gestor de projetos precisa de habilidades interpessoais para lidar

com discordâncias e desavenças entre os membros da equipe. Tais situações

podem exigir um tratamento delicado por parte do gestor de projetos, a fim de

mediar uma resolução em que ninguém seja desprestigiado e que o trabalho

do projeto não seja afetado.

Uma ferramenta importante para conduzir os stakeholders, é a

identificação e utilização do estilo de pensamento adequado. Segundo

HERMANN-RUESS, existem quatro estilos de pensamento:

• Lógico, uma pessoa voltada para o ganho pessoal

• Experimental, interessado em novas experiências

• Estruturado, a segurança esta em primeiro lugar

• Sensível, relações humanas estão no centro de tudo.

Com a devida identificação desses estilos de pensamentos, pode-se

persuadir os stakeholders com o intuito de obter rendimento e aprovação dos

mesmos. Porém, com o intuito de haver qualidade e aceitação nas entregas

do projeto, a principal estratégia para conduzi-los é o acompanhamento.

A comunicação por parte dos gestores de projeto precisa ser oportuna,

honesta e sem ambigüidades.

25

O gerenciamento das partes interessadas não passa a funcionar do dia

para a noite. Requer várias ações por parte do gerente de projetos que

permitam aos stakeholders conhecer e participar no desenvolvimento do

projeto.

2.3.1 O Papel da Negociação e da Persuasão

O gerente de projetos necessita ter habilidades para tentar influenciar o

pensamento e as ações de outros. Durante o projeto, ele terá de convencer e e

negociar com o cliente, com a equipe do projeto e com a alta direção da

empresa.

Em um processo de negociação, há de se considerar dois fatores: a

influência que uma das partes exerce sobre a outra e suas habilidades de

persuasão.

A influência diz respeito ao efeito da discussão sobre alguém, levando-

se em consideração as relações interpessoais entre as partes envolvidas –

sentimentos que uma parte nutre em relação à outra, o tempo e espaço em

que ocorre a negociação. Já a persuasão é a capacidade que uma parte tem

de conseguir a anuência da outra, através de argumentações e discussões em

um determinado assunto. Em um processo de negociação, é de vital

importância o gerente entender a parte com que esta dialogando, suas

características, seu papel no projeto, sua legitimidade enquanto parte

interessada, seu poder e influência. O gerente deve levar em consideração,

também, as diferenças de posição, a possibilidade de se negociar de maneira

formal ou informal, as expectativas sobre os resultados, as pressões com

relação ao projeto, o local onde a negociação acontecerá, dentre outros

fatores.

2.3.2 As necessidades de seus Stakeholders

Existem basicamente três formas de descobrir quais são as

necessidades e os desejos dos stakeholders:

26

Pense como ele – coloque-se no lugar daquela pessoa ou empresa e

tente entender como é o seu comportamento e o seu processo de decisão. Se

você fosse um beneficiário, que atividades gostaria que fossem desenvolvidas?

Em que horário? Com que finalidade? Se você fosse um líder comunitário, o

que esperaria da parceria com uma ONG? Se você fosse uma empresa

financiadora, que tipo de projetos gostaria de apoiar? Que contrapartidas

esperaria em troca? Como gostaria de receber a prestação de contas?

Observe-o – Que atributos o serviço deve transmitir para atender às

necessidades de cada grupo de stakeholders? O que eles parecem observar

quando estão diante de uma situação de decisão? Que fatores ajudam ou

dificultam para conseguir seu apoio ou participação?

Pergunte a ele – Após ter se colocado no lugar do outro e ter

observado seu processo de decisão, você ainda pode procurar pelas pessoas

e perguntar a elas o que precisa saber. Isso pode ajudar a confirmar as

conclusões a que você chegou anteriormente ou complementar as informações

necessárias para a definição de qual é o serviço que melhor irá satisfazer aos

desejos e às necessidades do seu público-alvo.

O gerente de projeto deverá gerenciar bem os níveis de exposição aos

stakeholders permeando atitudes éticas, politicamente corretas, dentro da lei e

da moral, para que não prejudiquem o grau de relacionamento.

2.4 – Falhas de Comunicação

As falhas de comunicação entre o gerente do projeto e os stakeholders

possuem erros desde as fases iniciais do ciclo de vida do projeto até a

condução da comunicação ao longo do projeto.

A comunicação por via das vezes é negligenciada ou ineficiente.

Alguns stakeholders são bastante imediatos: pessoas da equipe de projeto, o

cliente, solicitantes, etc. Outros são mais difíceis de serem identificados.

27

Maior atenção a outras dimensões do projeto podem resultar em pouca

atenção à comunicação com os stakeholders. Por sua vez, a menor parcela de

cuidado na condução dos stakeholders pode comprometer o sucesso do

projeto.

Muitas vezes os gerentes de projetos não sabem quem são os

stakeholders e, consequentemente, ignoram sua influência no fluxo do

processo. Esse controle incompleto tem reflexos diretos no escopo: os

gerentes não conhecem ou não entendem perfeitamente quais são os

requisitos dos stakeholders, comprometendo seriamente o escopo do projeto

em andamento. É sabido que um escopo não de todo especificado causará

impactos nos custos e tempos, devido às solicitações de mudanças que,

poderão acontecer.

O desconhecimento sobre os stakeholders, o seu papel no projeto e as

diversas dimensões que envolvem cada um dificultam ou impossibilitam que o

gerente consiga desenvolver adequadamente estratégias de condução de

stakeholders e consequentemente o projeto fica comprometido.

As consequências mais usuais disto são a falta de clareza quanto ao

escopo do projeto, falta de produtividade da equipe, devido a falhas de

planejamento, informações desencontradas, conflitos e maus resultados.

Numa outra instância, gera-se um ambiente de desconfiança entre a equipe de

projetos e os stakeholders, sobretudo os sponsors. Tudo isso pode culminar no

fracasso do projeto.

São várias as causas dessa realidade e todas possuem aspectos em

comum: muitos gerentes não acreditam na relevância da comunicação em um

projeto ou imaginam que ela se resume ao envio de informações de

andamento e desempenho do projeto. Muitos simplesmente negligenciam o

processo de comunicação por medo, desinteresse ou indisposição. Grande

parte está sobrecarregada e, portanto, não possui tempo para se preocupar

com um tema aparentemente tão subjetivo como este.

Na comunicação em projetos, a eficácia traduz-se, também, na

identificação e filtragem dos stakeholders, na coleta de requisitos, na

elaboração das estratégias de condução dos stakeholders, na verificação do

28

andamento do projeto, na negociação e gerenciamento de conflitos, além das

atualizações de toda a documentação necessária, que apoiarão futuros

projetos.

29

CAPÍTULO III

CONSTRUÇÃO DA VANTAGEM COMPETITIVA BASEADA NA

GESTÃO DE STAKEHOLDERS

A gestão dos stakeholders é um dos caminhos que podem ser

percorridos pelas empresas na busca da construção de uma vantagem ante à

concorrência.

Vantagens competitivas advêm de relacionamentos construídos ao

longo do tempo no qual a reciprocidade permeia as interações entre as partes.

O gerente de projetos deve entender a importância da gestão de stakeholders

e dedicar tempo para cultivar relacionamentos.

A busca por vantagem competitiva, ou seja, vantagem de desempenho

ante à concorrência, é uma constante no ambiente empresarial.

Entende-se por vantagem competitiva o conjunto das características

detidos por uma empresa que lhe conferem certa superioridade sobre os

concorrentes imediatos.

Segundo Porter (1985): a vantagem competitiva advém do valor que a

empresa cria para seus clientes em excesso ao custo que tem para criá-lo.

A evolução dos caminhos para a construção de uma vantagem

competitiva pode ser sintetizada em três visões: visão tradicional, visão

baseada em recursos e visão baseada na gestão superior dos stakeholders.

• Visão tradicional: Tem sua origem na economia, outras

disciplinas de administração e nas empresas de consultoria. Em maio de 1977,

ocorreu uma grande conferência na Universidade de Pittsburgh. Essa

conferência confirmou o nascimento de um campo conhecido hoje como

administração estratégica.

Na visão tradicional é percorrido o processo de administração

estratégica pelo qual as organizações analisam e aprendem com seus

ambientes internos e externos, estabelecendo a direção estratégica, criando

estratégias e implementando-as.

30

• Visão baseada em recursos: Na década de 1980 e início de

1990, uma questão norteou diversas pesquisas na área de administração

estratégica: “Por que algumas empresas têm consistentemente um

desempenho superior do que outras?”. Uma resposta inicial a essa pergunta

era que algumas empresas conseguiam desenvolver competências

diferenciadas em determinadas áreas.

Partindo de uma visão mais econômica sobre a organização,

desenhou-se uma teoria que considerava que o sucesso organizacional estava

relacionado com uma melhor gestão dos recursos e capacidades controlados

pela organização.

Assim, surge a visão baseada em recursos, a qual acredita que os

recursos e as capacidades controlados por uma empresa são suas fontes de

vantagem competitiva.

Nesse sentido, os recursos podem ser divididos em tangíveis e

intangíveis. Os tangíveis são ativos podem ser mensurados e quantificados,

como equipamentos, fábricas e estruturas formais. Já os recursos intangíveis

são caracterizados como ativos que normalmente estão enraizados na

empresa de forma intrínseca, como sua história ou seus processos, sendo

mais difíceis de serem copiados pelos concorrentes.

As competências empresariais ou core competence são recursos e

capacidade que estas utilizam para alcançar e manter vantagem competitiva.

Na visão baseada em recursos, a maneira como a empresa administra

seus recursos e suas capacidades define seu modo de atuar, sua

personalidade e seu nível de competitividade.

Segundo essa visão, uma organização é um conjunto de recursos que

se encaixam nas categorias gerais: recursos financeiros, incluindo todos os

recursos monetários com os quais a empresa possa contar; recursos físicos,

como fábrica, equipamentos, instalações e acesso a matérias-primas; recurso

humanos, que englobam as habilidades, a formação e o treinamento dos

gerentes e funcionários; conhecimento e aprendizado organizacional; e

recursos organizacionais, como a estrutura formal, sistemas, controle e

coordenação, cultura e reputação.

31

• Visão baseada na gestão superior dos stakeholders: Nos

anos 1980, os temas prioritários na busca por desempenho superior na

organização focaram a revisão das operações (gestão de qualidade total) e

reduções de custos (reengenharia e dowinsizing); nos meados dos anos 1990,

o foco passou para os temas criação de valor e crescimento sustentável.

A visão baseada na gestão superior dos stakeholders representa um

caminho para a construção de vantagem competitiva mediante um olhar para

fora, para: clientes, concorrentes, parceiros, imprensa e sociedade, buscando

novas formas de criar e entregar valor maior que a concorrência.

Na visão baseada na gestão dos stakeholders, a empresa é vista como

o centro de uma rede de públicos interessados e a obtenção da vantagem

competitiva baseia-se na gestão do relacionamento e comunicação com esses

públicos.

Como exemplo da aplicação da gestão dos stakeholders em uma

organização, no caso do Grupo Santander Brasil, os stakeholders aparecem

refletidos no modelo do banco, em que o valor das ideias é o tema central,

gerando melhores produtos e serviços para os clientes, aumentando a

confiança dos stakeholders pelo engajamento dos funcionários, parceria com

os fornecedores, respeito ao meio ambiente e envolvimento com a sociedade.

Esse modelo gera satisfação para os clientes e resultado para os acionistas,

tornando a instituição bancária líder no setor em uma referência para

sociedade.

A figura apresenta quantos stakeholders são mencionados pelo banco

em seu modelo de negócio. Todos estes influenciam e são influenciados pela

atuação do estabelecimento bancário.

32

Figura 3. Modelo de negócio do Grupo Santander Brasil

Fonte: Anexo 2.5 - Gestão dos Stakeholders (Thelma Rocha e Andrea

Goldschmidt, 2010, pg.14)

O caso do banco Santander, apresentado na figura, é um exemplo da

construção de uma ligação superior com os stakeholders, gerando confiança e

boa vontade, melhorando os acordos comerciais, bem como o desempenho da

empresa.

A visão baseada na gestão dos stakeholders apresenta como

vantagens: a consideração de um número maior de stakeholder pode ajudar a

evitar que a organização seja surpreendida por um stakeholder insatisfeito, por

exemplo, melhor relacionamento com o sindicato pode evitar uma greve;

considerar as necessidades de uma comunidade local pode evitar cobertura

indesejada na imprensa e processos jurídicos; uma organização que

desenvolve excelente relacionamento com muitos stakeholders tem mais

opções para considerar quando enfrenta dificuldades.

33

Quando as empresas estão sendo concebidas, são elaborados planos

de negócios com a análise da situação dos ambientes interno e externo,

levando à formulação da missão e das estratégias e planos de implementação.

Quando o negócio vai se desenvolvendo, as empresas começam a se

preocupar com uma gestão superior dos seus recursos e de suas capacidades,

analisando seus recursos, suas habilidades e aptidões organizacionais para

descobrir o que é valioso, raro e difícil de ser imitado pelos concorrentes.

Quando a empresa já está mais madura, cresce o olhar externo, não

só focado nos clientes e concorrentes, mas na preocupação com todos os

stakeholders e a fonte de vantagem competitiva está na ligação superior

destes, bem como o desempenho da empresa.

Atender as expectativas dos clientes deixou de ser suficiente para a

organização se sobressair em relação a concorrência. Passou a ser necessário

não só atender às solicitações e necessidades dos clientes, mas também, e

principalmente, surpreender, oferecendo não apenas produtos e serviços, mas

também soluções inovadoras que nem mesmo os clientes até então

imaginariam.

34

CONCLUSÃO

Na pesquisa realizada foi possível visualizar a importância da gestão

dos stakeholders para o sucesso de um projeto e, sobretudo a postura do

gerente de projeto em relação aos envolvidos. E como a boa comunicação é

primordial nesse processo. Os gestores de projeto devem ser bons

comunicadores.

A gestão de stakeholders é necessária na mitigação de riscos,

principalmente os que ainda são desconhecidos. Com o envolvimento dos

stakeholders a capacidade de resposta, o campo de visão e de ação dos

gerentes de projetos são ampliados.

Espera-se que o relacionamento com os stakeholders possam ser

considerados um patrimônio, um ativo intangível de alto valor para as

empresas.

Neste estudo foi verificado que o relacionamento humano é a base da

sustentabilidade de um projeto. O que requer uma comunicação precisa e

coordenada.

Sendo assim é de responsabilidade do gerente de projetos zelar para

que os stakeholders sejam valorizados em suas atividades e posição em um

projeto, já que são imprescindíveis para o sucesso.

35

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

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Gerenciamento de Projetos e o Fator Humano. Rio de Janeiro: Qualitymark,

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Laura Menegon. Gestão do Fator Humano – Uma Visão Baseada em

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Bookman, 2005.

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ROCHA, Thelma; GOLDSCHMIDT, Andrea. Gestão dos Stakeholders. São

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influencia dos Stakeholders. São Paulo: Editora Saraiva, 2006.

36

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http://www.marcocoghi.com.br/site/images/Artigos/A%20figura%20de%20um%

20Stakeholder.pdf, acesso em 07-12, 2011

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

Stakeholder – O Conceito 9

1.1 – A Importância dos Stakeholders 10

1.2 – Identificar os Stakeholders 11

1.2.1 – Classificação dos Stakeholders 12

CAPÍTULO II

A Comunicação 20

2.1 – Como atender as expectativas das Partes Interessadas 22

2.2 – Gerenciar a comunicação entre as Partes Interessadas 23

2.3 – Conduzir as Partes Interessadas 24

2.3.1 – O Papel da Negociação e da Persuasão 25

2.3.2 – As Necessidades de seus Stakeholders 25

2.4 – Falhas de Comunicação 26

CAPÍTULO III

Construção da Vantagem Competitiva baseada na Gestão

de Stakeholders 29

CONCLUSÃO 34

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 35

WEBGRAFIA 36

ÍNDICE 37