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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1º VARA CÍVEL DA COMARCA DE CONDÓPOLIS - TO. NORBERTO DA SILVA, (nacionalidade), viúvo, (profissão), portador da cédula de identidade _____________, inscrito no CPF/MF sob _______________, residente e domiciliado na Rua Cardoso Soares nº 42, Bairro de Lírios, Condonópolis – TO vem respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, através de sua advogada, (nome completo), inscrito na OAB (seção e número), com instrumento procuratório em anexo, com endereço profissional à (rua), (n°), (bairro), (cidade), (estado), (CEP), onde recebem intimações e que ao final assina, com fulcro no Artigo 1240 do Código Civil e Artigo 183 da CF/88, propor: AÇÃO DE USUCAPIÃO ESPECIAL URBANO EM PROCEDIMENTO SUMÁRIO EM FACE DA URGENCIA SOBREVENIENTE DO ESTATUTO DO IDOSO ARTIGO 71, em face de: CÂNDIDO GONÇALVES, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portador da cédula de identidade (n°), inscrito no CPF/MF sob (n°), residente e domiciliado na (rua), (n°), (bairro), (cidade), (estado), (CEP), e sua esposa, se casado for;

usucapião norberto

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1º VARA CÍVEL DA COMARCA DE CONDÓPOLIS - TO.

NORBERTO DA SILVA, (nacionalidade), viúvo, (profissão), portador da cédula de identidade _____________, inscrito no CPF/MF sob _______________, residente e domiciliado na Rua Cardoso Soares nº 42, Bairro de Lírios, Condonópolis – TO vem respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, através de sua advogada, (nome completo), inscrito na OAB (seção e número), com instrumento procuratório em anexo, com endereço profissional à (rua), (n°), (bairro), (cidade), (estado), (CEP), onde recebem intimações e que ao final assina, com fulcro no Artigo 1240 do Código Civil e Artigo 183 da CF/88, propor:

AÇÃO DE USUCAPIÃO ESPECIAL URBANO EM PROCEDIMENTO SUMÁRIO EM FACE DA URGENCIA SOBREVENIENTE DO ESTATUTO DO IDOSO ARTIGO 71, em face de:

CÂNDIDO GONÇALVES, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portador da cédula de identidade (n°), inscrito no CPF/MF sob (n°), residente e domiciliado na (rua), (n°), (bairro), (cidade), (estado), (CEP), e sua esposa, se casado for;

DOS FATOS

III- O requerente adquiriu de um terceiro a posse de terreno medindo 240m² em área urbana, construiu uma moradia simples para sua família. O requerente tem posse somente deste bem material, O imóvel encontra-se registrado em cartório em nome de CÂNDIDO GONÇALVES.

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IV- O terreno situa-se na Rua Cardoso Soares nº 42, Bairro de Lírios, na cidade de Condonópolis - Tocantins. São seus vizinhos do lado direito CARLOS , do esquerdo EZEQUIEL e, dos fundos, EDGAR, conforme levantamento topográfico e memorial descritivo, com a planta do imóvel, anexos.

V- A posse é exercida pelo requerente ininterruptamente, de forma mansa e pacífica, sem qualquer oposição, há nove anos e meio, conforme provam os anexos comprovantes de pagamento de IPTU, água e energia elétrica.

VI- O requerente tem a idade de 72 anos de idade, de modo requer a tramitação do processo com mais urgência, visto que, o mesmo já se encontra na 3ª idade.

DO DIREITO

Da aquisição do domínio pela usucapião e legitimidade das partes

Tratando-se de posse mansa e pacífica sobre imóvel urbano de tamanho não superior a 250 m2, utilizado como moradia pelo requerente, que não possui outro bem imóvel, é seu direito adquirir-lhe a propriedade, conforme dispõe o art. 9º da Lei 10.257, de 10 julho de 2001:

Art. 9º Aquele que possuir como sua área ou edificação urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.

Do mesmo modo, o artigo 1240 do Código Civil, caput:

Art. 1.240. Aquele que possuir como sua, área urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos

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ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.

No mesmo sentido, a Constituição Federal:

Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.

A ação para esse propósito é a de usucapião especial urbano, que seguirá o procedimento sumário, figurando como parte legítima ativa o requerente, conforme dispõem a já mencionada Lei 10.257/2001 (artigos 12, I, e 14) e o art. 941 do CPC.

São legitimados passivos o 1º requerido, na condição de proprietário do imóvel, e os outros réus, confinantes e terceiros, na condição de interessados, bem como suas respectivas esposas, se casados forem, conforme artigos 10, § 1º, I, 213 e 942 do CPC, bem como doutrina abalizada:

[...] a relação processual na ação de usucapião se aperfeiçoa com a citação de réus certos e incertos, sendo os primeiros citados pessoalmente e os últimos por edital.

Réus certos

Os réus certos, citados por mandado, são a pessoa em cujo nome o imóvel estiver transcrito no Registro Imobiliário e os confinantes do prédio usucapiendo (art. 942).

A forma de tramitação do processo aplica-se subsidiariamente pelo procedimento sumário, visto que, o mesmo possui mais 60 anos de idade e é assegurada a prioridade nos procedimentos e na execução dos atos e

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diligências judiciais. De acordo com o Estatuto do Idoso Art. 69 e 71 e previsto também no Código de Processo Civil no Art. 1211-A:

Art. 1.211-A. Os procedimentos judiciais em que figure como parte ou interessado pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, ou portadora de doença grave, terão prioridade de tramitação em todas as

instâncias. (Redação dada pela Lei nº 12.008, de 2009).

DO PEDIDO

Diante do exposto, requer, conforme abaixo:

1. A concessão da assistência judiciária ao requerente e a tramitação prioritária do feito, com identificação própria nos autos do processo que evidencie esse regime (art. 1.211-B, § 1º, CPC).

2. A citação do réu, por oficial de justiça, e de terceiros incertos ou não sabidos, que tenham interesse no feito, por edital, para que lhes seja oportunizado a apresentação de contestação no prazo legal, se assim desejarem, sob pena de sujeição aos efeitos da revelia;, estes por edital (art. 942, CPC), para que compareçam ao ato, onde deverão, caso frustrado acordo, oferecer suas defesas (art. 277, caput, e 278, caput, CPC), sob a advertência do art. 285 do CPC;

3. A intimação, por via postal, para que se manifestem na causa, dos representantes da Fazenda Pública da União, do Estado do Tocantins, do Distrito Federal e do município de Condonópolis;

4. A declaração do domínio dos autores sobre o imóvel usucapiendo nos termos e para os efeitos legais, seguida da expedição do mandado competente para o Cartório de Registro de Imóveis desta Comarca.

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5. Requer em caso de eventual recurso, as benesses da Lei 1060/50, com a devida gratuidade judiciária;

DO VALOR DA CAUSA

Dá–se à causa o valor da estimativa oficial para lançamento do IPTU, de R$ (valor iptu), conforme o Art. 259, VII, CPC.

Nestes Termos,

Pede deferimento.

Divinópolis, 20 de março de 2013.

(ADVOGADO)

OAB nº____________