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Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v.2, n.4, junho 2009 1 Editorial O Curso de Ciências Econômicas da FAE Centro Universitário disponibiliza a “Vitrine da Conjuntura” do mês de junho de 2009. Este número exibe as seções permanentes, especificamente o Panorama Econômico e os Indicadores, bem como três artigos e uma nota técnica. No primeiro artigo, a estudante do Curso de Administração da FAE, Camila Priolo da Silva, levanta alguns impactos de programas sociais, comparando as ações de duas Organizações Não Gover- namentais (ONGs), uma bancada com recursos privados e outra por financiamentos públicos, com a principal iniciativa social do governo Lula: o Programa Bolsa Família. O segundo texto, do professor Semi Cavalcante, analisa o ciclo econômico do café no Paraná, em uma perspectiva histórica, demonstrando sua importância na ocupação e colonização de várias regiões do Estado. No terceiro artigo, o professor Gilmar Lourenço discute os principais efeitos da crise recessiva internacional na economia paranaense. Por fim, em nota técnica, o professor Christian Luiz da Silva critica recente proposta da área econômica do governo federal, centrada na realização de alterações no modelo de funcionamento das cadernetas de poupança no Brasil. A Vitrine continua aberta às colaborações de professores e estudantes da FAE e da comunidade em geral. Excelente leitura! Curitiba, junho de 2009. Gilmar Mendes Lourenço Editor

Vitrine editorial junho 2009 - FAE · 2010. 6. 16. · Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v.2, n.4, junho 2009 1 Editorial O Curso de Ciências Econômicas da FAE Centro Universitário

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Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v.2, n.4, junho 20091

Editorial

O Curso de Ciências Econômicas da FAE Centro Universitário disponibiliza a “Vitrine da Conjuntura”

do mês de junho de 2009. Este número exibe as seções permanentes, especificamente o Panorama

Econômico e os Indicadores, bem como três artigos e uma nota técnica.

No primeiro artigo, a estudante do Curso de Administração da FAE, Camila Priolo da Silva, levanta

alguns impactos de programas sociais, comparando as ações de duas Organizações Não Gover-

namentais (ONGs), uma bancada com recursos privados e outra por financiamentos públicos, com a

principal iniciativa social do governo Lula: o Programa Bolsa Família.

O segundo texto, do professor Semi Cavalcante, analisa o ciclo econômico do café no Paraná, em

uma perspectiva histórica, demonstrando sua importância na ocupação e colonização de várias

regiões do Estado. No terceiro artigo, o professor Gilmar Lourenço discute os principais efeitos da

crise recessiva internacional na economia paranaense.

Por fim, em nota técnica, o professor Christian Luiz da Silva critica recente proposta da área

econômica do governo federal, centrada na realização de alterações no modelo de funcionamento

das cadernetas de poupança no Brasil.

A Vitrine continua aberta às colaborações de professores e estudantes da FAE e da comunidade em geral.

Excelente leitura!

Curitiba, junho de 2009.

Gilmar Mendes Lourenço

Editor

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Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v.2, n.4, junho 2009

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Panorama Econômico - Maio/2009

COMÉRCIO INTERNACIONAL

BALANÇA COMERCIAL MENSAL (MAIO/2009) - MDIC

� Fato

Em maio de 2009, a Balança Comercial fechou com superávit de US$ 2,65 bilhões, resultado de

exportações de US$ 11,99 bilhões e importações de US$ 9,33 bilhões. A corrente do comércio atingiu

US$ 21,32 bilhões, no mês e US$ 101,60 bilhões, no ano. O superávit comercial acumulado no ano é de

US$ 9,37 bilhões, 10,4% superior ao do mesmo período no ano anterior.

12.322

20.45319.747 20.025

18.512

13.818

9.5869.782

14.753

11.809

19.306 18.594

11.985

17.14915.229 15.875

17.478 17.263 17.305

13.14011.517 10.306 7.821

10.0388.610

9.334

-5.000

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

Maio Jun./08 Jul./08 Ago./08 Set./08 Out./08 Nov./08 Dez./08 Jan./09 Fev./09 Mar./09 Abr./09 Maio/09

Exportações Importações Saldo da BC em US$ milhões

FONTE: MDIC

� Causa

Considerando a média para dias úteis, com relação ao mês anterior, as exportações apresentaram

queda de 2,7% e as importações cresceram 8,4%. Pelo mesmo critério, na comparação com o mesmo

mês do ano anterior, houve retração de 37,9% nas exportações e de 38,7% nas importações.

O saldo comercial de abril diminuiu 34,9 com relação a maio de 2008 e 28,6% sobre o mês

anterior. A corrente do comércio registrou queda de 38,3% com relação ao mesmo mês no ano anterior e

cresceu 1,9% na comparação com abril.

No acumulado no ano, as exportações diminuíram 22,2% sobre igual período de 2008 e as

importações, na mesma comparação, reduziram-se 26,6%, fazendo com que o saldo comercial

crescesse 10,4%. Por outro lado, a corrente do comércio caiu 24,3%.

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Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v.2, n.4, junho 2009

2

Em maio, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, todas as categorias de produtos regis-

traram retração: semimanufaturados 45,1%, manufaturados 36,8% e básicos 35,8%. Em termos de países,

os cinco principais compradores foram: China, Estados Unidos, Argentina, Países Baixos e Alemanha.

Pelo lado das importações, com relação a maio de 2008, também houve queda em todas as

categorias de produtos: 60,1% nas importações de combustíveis e lubrificantes, 40,9% em matérias

primas e intermediários, 24,3% nos bens de capital e 14,2% nos bens de consumo. Os cinco principais

fornecedores para o Brasil foram: Estados Unidos, China, Argentina, Alemanha e Japão.

� Consequências

O resultado comercial do Brasil em 2009 continua abaixo e dificilmente irá ultrapassar o dos anos

anteriores, porém, já vem demonstrando alguma recuperação, que deverá se intensificar com a

retomada da produção interna e com a retomada do crescimento mundial.

ATIVIDADE

PRODUÇÃO INDUSTRIAL (MARÇO/2009) - IBGE

� Fato

Em março, a produção industrial cresceu 0,7% com relação a fevereiro. A terceira alta consecutiva

nessa comparação. Na comparação com março de 2008, houve queda de 10,0%. O acumulado, nos

últimos doze meses registra queda de 1,9%. Já no primeiro trimestre, frente ao trimestre imediatamente

anterior, a retração foi de 7,9%.

� Causa

Na comparação com o mês anterior, houve aumento em bens de consumo durável, 1,7%, bens de

consumo semi e não duráveis, 0,8% e em bens intermediários, 0,3%. Por outro lado, os bens de capital

recuaram 6,3%, acumulando perda de 13,0% nesse período.

O aumento frente ao mês imediatamente anterior reverteu a trajetória de queda da média móvel

trimestral, que avançou 1,6% entre fevereiro e março. Nesta comparação, os bens de consumo durável

cresceram 13,8%, bens intermediários, 1,0%%, bens de consumo semi e não duráveis 0,8%. Todavia, o

setor de bens de capital apresentou queda de 2,7%.

Na comparação com março de 2008, o recuo foi o quinto consecutivo, com a taxa mais negativa

em bens de capital, 23,0%, consequência de retrações na produção de bens de capital de uso misto,

para fins industriais, para energia elétrica e para construção. Os bens de consumo duráveis tiveram

variação negativa de 13,4%, com as maiores pressões negativas originadas em telefones celulares e

eletrodomésticos. Também os bens intermediários recuaram 13,3%, com fortes quedas em metalurgia

básica, veículos automotores, indústrias extrativas e outros produtos químicos. A única categoria em alta

foi em bens de consumo semi e não duráveis, 2,9%.

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PRODUÇÃO INDUSTRIAL BRASIL

80

90

100

110

120

130

140

150

Jan. Fev . Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov . Dez.

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

FONTE: IBGE

� Consequência

O aumento ocorrido no mês ainda é muito modesto, todavia, e apesar do baixo patamar em que

se encontra a produção industrial, representa um início de recuperação frente à crise internacional.

ATIVIDADE

PESQUISA INDUSTRIAL - REGIONAL - BRASIL (MARÇO/2009) - IBGE

� Fato

Entre fevereiro e março de 2009, a produção industrial cresceu em oito dos quatorze locais

pesquisados. Na comparação com março de 2008, treze das quatorze regiões pesquisadas registraram

variação negativa. No primeiro trimestre, frente a igual período de 2008, todos os locais apresentaram recuo.

No Paraná, a produção industrial caiu 2,3% frente ao mês anterior. Na comparação com março de

2008, houve crescimento de 4,1%. A média móvel trimestral cresceu 3,6%. A produção trimestral caiu

0,9% com relação ao mesmo trimestre do ano anterior, mas aumentou 1,5% frente ao último trimestre de

2008. O acumulado nos últimos 12 meses atingiu 5,9%.

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PRODUÇÃO INDUSTRIAL BRASIL

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90

100

110

120

130

140

150

Jan. Fev . Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov . Dez.

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

FONTE: IBGE

PRODUÇÃO INDUSTRIAL PARANÁ

80

90

100

110

120

130

140

150

160

Jan. Fev . Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov . Dez.

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

FONTE: IBGE - Índice de base fixa mensal sem ajuste sazonal

NOTA: Base: média de 2002 = 100.

� Causa

Na comparação com o mês anterior, os locais que registraram maior crescimento foram: Rio de

Janeiro, Pernambuco, Minas Gerais, Pará, Ceará e São Paulo. As maiores quedas foram no Espírito

Santo, Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul. Na comparação com março de 2008, os destaques

negativos foram: Espírito Santo, Minas Gerais, Amazonas, Rio Grande do Sul e São Paulo.

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No Estado do Paraná, o avanço ocorrido na comparação com o mesmo mês no ano anterior

refere-se ao fato de que, das 14 atividades pesquisadas, sete registraram aumento. Os maiores

impactos positivos vieram dos setores de edição e impressão, com destaque para livros e brochuras,

outros produtos químicos e alimentos.

� Consequência

Apesar da queda na comparação com o mês anterior, a exemplo da produção industrial nacional,

a indústria paranaense deverá começar a dar sinais de recuperação nos próximos meses.

ATIVIDADE

PESQUISA MENSAL DE EMPREGO (ABRIL/2009) - IBGE

� Fato

Em abril, a taxa de desocupação foi de 8,9%, mantendo-se relativamente estável tanto na

comparação com o mês anterior, como com relação a abril de 2008. Por ordem, as variações foram de

queda de 0,1 p.p. frente a março e aumento de 0,4 p.p. no comparativo com o mesmo mês do ano

anterior. O rendimento médio real habitual da população ocupada recuou 0,7% na comparação mensal e

aumentou 3,2% frente a abril de 2008. A massa de rendimentos recebida pela população ocupada foi

estimada em R$ 27,9 bilhões, aumentando 3,7% com relação a abril de 2008, e diminuindo 0,7% na

comparação com o mês anterior.

6

7

8

9

10

11

12

13

14

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

FONTE: IBGE

� Causa

Na análise dos resultados com relação aos principais Grupamentos de Atividade, todos os grupos

mantiveram estabilidade, tanto com relação ao mês anterior, como na comparação com abril de 2008.

Quanto à inserção do trabalhador no mercado de trabalho, apenas para os Militares ou funcionários

públicos estatutários, houve queda de 3,8% frente ao mesmo mês do ano anterior e estabilidade no

confronto com março. Nas demais formas de inserção, ocorreu estabilidade nas duas comparações.

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� Consequência

Nas próximas apurações, a taxa de desocupação deve apresentar maiores recuos frente ao mês

imediatamente anterior. Todavia, a expectativa é de que não haja mudanças significativas no confronto

com iguais meses do ano de 2008.

ATIVIDADE

PESQUISA INDUSTRIAL MENSAL DE EMPREGO E SALÁRIO - PIMES (MARÇO/2009) - IBGE

� Fato

A Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário do mês de março apresentou as seguintes

informações:

(Em percentual)

BRASIL MAR-2007/FEV-2007 MAR-2007/MAR-2006ACUMULADO

NO TRIMESTRE

ACUMULADO

EM 12 MESES

Pessoal Ocupado Assalariado -0,6 -5,0 -4,0 0,3

Nº. de Horas Pagas -0,9 -5,6 -5,0 -0,1

Folha de Pagamento Real -2,5 -2,2 0,0 4,4

� Causa

Na comparação com igual mês do ano passado, o indicador de Pessoal Ocupado Assalariado

registrou redução em todos os locais e em quatorze dos dezoito ramos pesquisados. Regionalmente, os

principais impactos negativos vieram de: São Paulo, região Norte e Centro-Oeste, e Minas Gerais. Por

ramo de atividade, as variações negativas mais significativas foram em vestuário, máquinas e

equipamentos, calçados e artigos de couro e meios de transporte. Por outro lado, gráfica, refino de

petróleo e produção de álcool, minerais não metálicos e indústria extrativa tiveram variação positiva.

Quanto ao Número de Horas Pagas, também na comparação com o mesmo mês do ano anterior,

novamente houve queda em todos os quatorze locais, assim como em quatorze dos dezoito ramos

pesquisados. Os locais que assinalaram os maiores impactos negativos no resultado nacional foram:

São Paulo, região Norte e Centro-Oeste, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Região Nordeste. Em

termos setoriais, as pressões negativas mais significativas vieram de alimentos e bebidas; máquinas e

equipamentos; meios de transport;, vestuário, calçados e artigos de couro; e borracha e plástico. Os

setores que tiveram crescimento mais expressivo foram: gráfica; minerais não metálico; e refino de

petróleo e produção de álcool.

Comparativamente a março de 2008, a Folha de Pagamento Real registrou recuo em sete dos

quatorze locais pesquisados, sendo as principais variações negativas em São Paulo, Minas Gerais e Rio

Grande do Sul. Por outro lado, o estado do Rio de Janeiro exerceu a principal influência positiva,

impulsionado principalmente pela expansão observada na indústria extrativa. Na verificação setorial,

doze dos dezoito segmentos apontaram queda, com destaque para meios de transporte e máquinas e

equipamentos. Em sentido contrário, papel e gráfica e indústria extrativa apresentaram as variações

positivas mais significativas.

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� Consequência

O emprego industrial continua apresentando desempenho negativo, porém, para os próximos

períodos, a expectativa é de início de recuperação, a exemplo do que vem ocorrendo com os indicadores

referentes à produção industrial.

ATIVIDADE

SONDAGEM DA INDÚSTRIA (MAIO/2009) - FGV

� Fato

Na passagem de abril para maio, o Índice de Confiança da Indústria de Transformação aumentou

6,0%, passando de 84,5 para 89,6 pontos. O Índice da Situação Atual – ISA avançou 7,6%, passando de

86,5 para 93,1 pontos, e o Índice de Expectativas - IE - cresceu 4,4%, atingindo 86,1 pontos. O Nível de

Utilização da Capacidade Instalada também aumentou, chegando a 79,2%.

60,070,080,090,0

100,0110,0

120,0130,0140,0

Índice de Confiança Índice da Situação Atual Índice de Ex pectativ as

85,1 85,4 86,0 86,0 85,3 85,8 86,7 86,385,3

79,977,6

79,2

70,072,074,076,078,080,082,084,086,088,090,0

Maio/07

Jun./

07Ju

l./07

Ago./0

7

Set./07

Out./07

Nov./0

7

Dez./0

7

Jan./

08

Fev./0

8

Mar./08

Abr./08

Maio/08

Jun./

08Ju

l./08

Ago./0

8

Set./08

Out./08

Nov./0

8

Dez./0

8

Jan./

09

Fev./0

9

Mar./09

Abr./09

Maio/09

Nível de Utilização da Capacidade Instalada - NUCI

FONTE: FGV

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8

� Causa

No ISA, os maiores avanços ocorreram na avaliação a respeito da satisfação com o nível de

demanda e com a situação atual dos negócios, que tiveram crescimento de 13,1% e 12,2%,

respectivamente, alcançando, por ordem, 90,6 e 86,5 pontos.

No que tange ao IE, as perspectivas são as melhores desde outubro de 2008. A maior evolução

relativa ocorreu na avaliação dos negócios nos seis meses seguintes, com 27,9% das empresas

consultadas prevendo melhora, o que representa crescimento de 7,9 p.p. frente ao resultado anterior, e

27,1% esperando piora, regredindo 1,0 p.p., comparativamente a abril de 2008.

� Consequências

Apesar de ainda estar em patamar muito baixo, foi o quinto avanço consecutivo ocorrido,

confirmando a tendência de recuperação do setor que deve se intensificar nos próximos meses.

ATIVIDADE

ICC - ÍNDICE DE CONFIANÇA DO CONSUMIDOR (MAIO/2009) - FGV

� Fato

Entre os meses de abril e maio, o ICC aumentou 1,3% passando de 99,2 para 100,5 pontos. O

índice da Situação Atual avançou de 97,4 para 98,5 pontos e o Índice das Expectativas de 100,7 para

102,3 pontos.

90,0

95,0

100,0

105,0

110,0

115,0

120,0

125,0

Índice de Confiança Índice da Situação Atual Índice de Expectativas

FONTE: FGV

� Causa

Com referência à situação presente, a proporção de consumidores que avaliam a situação

econômica local como boa aumentou 0,5 p.p. e a dos que a consideram ruim diminuiu 2,9 p.p. O quesito

que, isoladamente, mais influenciou na evolução do ICC trata a respeito da situação econômica local nos

próximos seis meses, com melhora de 1,7 p.p. na proporção de informantes que preveem melhora, e

redução de 2,9 p.p. nos que acreditam que a situação ainda pode se agravar.

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9

� Consequência

A confiança do consumidor vem apresentando melhora, e a expectativa para os próximos períodos

é que a trajetória ascendente continue, devendo ter reflexos positivos na demanda ao longo do segundo

semestre.

ATIVIDADE

LEVANTAMENTO SISTEMÁTICO DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA (ABRIL/2009) - IBGE

� Fato

Na quarta estimativa da safra de 2009, foi estimada uma produção de 136 milhões de toneladas,

6,8% inferior à produção obtida no ano de 2008. A área a ser colhida de 47,3 milhões de hectares

apresentou acréscimos de 125.749 hectares na área colhida do ano passado.

� Causa

As produções de soja, milho e arroz, que correspondem a 81,5%, tiveram as seguintes variações:

crescimento de 6,2% para o arroz, bem como queda de 3,9% e 13,2%, para soja e milho,

respectivamente. O levantamento sistemático da produção agrícola registrou variação positiva para 11

dos 25 produtos pesquisados: amendoim em casca 2ª safra, arroz em casca, aveia em grão, cacau em

amêndoa, cana de açúcar, cebola, cevada em grão, feijão em grão 1ª e 2ª safras, laranja e mandioca.

Em sentido contrário, deverão apresentar redução na quantidade produzida: algodão herbáceo em

caroço, amendoim em casca 1ª safra, batata inglesa 2ª e 3ª safras, café em grão, feijão em grão 3ª

safra, mamona em baga, milho em grão 1ª e 2ª safras, soja em grão, sorgo em grão, trigo em grão e

triticale em grão.

� Consequência

De acordo com prognóstico das áreas plantadas, realizado pelo IBGE em abril, a safra de grãos

em 2009 deverá apresentar resultados inferiores aos de 2008, apesar de crescimento na área plantada.

ATIVIDADE

PESQUISA MENSAL DO COMÉRCIO (MARÇO/2009) - IBGE

� Fato

No mês de março, o volume de vendas do comércio varejista, com ajuste sazonal, cresceu 0,3% e

a receita nominal 0,5%. Nas demais comparações, sem ajustamento, as taxas para o volume de vendas

foram de 1,8% sobre março de 2008, 3,8% no acumulado do primeiro trimestre, e de 7,2% no acumulado

dos últimos doze meses. A receita nominal obteve taxas de 7,8% com relação a igual mês de 2008, 9,9%

no primeiro trimestre, e 13,5% no acumulado em doze meses.

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10

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160

180

200

220

Janeiro Fevereiro M arço Abril M aio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

FONTE: IBGE

NOTA: Índices de volume de vendas no comércio varejista por tipos de índice (2003 = 100).

� Causa

Na série ajustada do comércio varejista, calculada com relação ao mês anterior, apenas Móveis e ele-

trodomésticos apresentou queda. Os destaques positivos ficaram por conta do segmento de Veículos, motos,

partes e peças; Material de Construção; Tecido, vestuário e calçado; e Livros, jornais, revistas e papelaria.

Comparativamente a março de 2008, seis das oito atividades do varejo tiveram aumento no

volume de vendas. As maiores variações foram: Artigos farmacêuticos; médicos ortopédicos; de

perfumaria e cosméticos; outros artigos de uso pessoal e doméstico; combustíveis e lubrificantes; e

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo. Por outro lado, apresentaram

retração: Móveis e eletrodomésticos e Tecido, vestuário e calçados.

� Consequência

Mesmo com taxas positivas, o desempenho do comércio varejista apresentou desaceleração no

mês, o que deve se repetir ao longo do primeiro semestre.

INFLAÇÃO

IGP-10 (MAIO/2009) - FGV

� Fato

Em maio, o IGP-10 registrou variação de 0,17%, 0,88 p.p. acima da inflação de abril. Em doze

meses, o índice acumula variação de 4,33%.

� Causa

No mês de maio, dois dos três componentes do índice registraram desaceleração. O IPA apresentou

variação superior a do mês anterior em 1,29 p.p., chegando a 0,06%. Na composição deste índice, o maior

aumento ocorreu em Matérias-Primas Brutas, com destaque para os itens: soja, bovino e milho.

O IPC foi o único componente do IGP-10 a ter desaceleração, 0,11 p.p., com a maior contribuição

para esta partindo do grupo Alimentação, com redução de 1,71 p.p., influenciado principalmente por

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Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v.2, n.4, junho 2009

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frutas, hortaliças e legumes; e adoçantes. Também tiveram desaceleração: Educação, Leitura e

Recreação; e Transportes. O INCC teve aquecimento de 0,39 p.p., com elevações em Serviços e Mão-

de-Obra, e recuo em Materiais e Equipamentos.

0,17%

-0,31%

0,54%

0,03%

0,78%0,38%

1,52%1,07%

0,15%

-1,0%

-0,5%

0,0%

0,5%

1,0%

1,5%

2,0%

2,5%

FONTE: FGV

� Consequência

O aumento ocorrido no mês se deve principalmente a fatores sazonais, e embora deva se repetir

nos próximos meses, ainda não se configura motivo de preocupação.

INFLAÇÃO

IGP-M (MAIO/2009) - FGV

� Fato

O IGP-M apresentou variação negativa de 0,07% em maio, 0,08 p.p. acima da variação de abril.

Em doze meses o acumulado é de 3,63%.

� Causa

Dos índices que compõe o IGP-M, o IPA, embora com variação negativa de 0,30%, acelerou-se

0,14 p.p. frente ao mês anterior. O maior crescimento ocorreu em Bens Intermediários, com destaque

para materiais e componentes para a manufatura, seguido de Matérias-Primas Brutas, com forte

contribuição de milho, bovinos e soja.

O IPC teve desaceleração frente ao mês anterior de 0,16 p.p., fechando com variação de 0,42%.

Duas das sete classes de despesa apresentaram recuo, Alimentação e Transporte. O primeiro em

decorrência de frutas; hortaliças e legumes; e adoçantes, e o segundo como conseqüência da retração

nos preços da gasolina.

O INCC, que tem a menor participação na composição do IGP-M, ou seja, 10,0%, teve aumento

em sua taxa de variação de 0,26 p.p., atingindo 0,25%, com o aumento sendo em grande parte explicado

pelo aumento no componente Mão-de-Obra.

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Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v.2, n.4, junho 2009

12

0,26

1,76

0,26

-0,74 -0,07

1,29

0,690,53

1,98

-0,32

0,98

-0,44

-1,00-0,500,000,501,001,502,002,50

Jun.

/07

Jul./

07

Ago.

/07

Set./

07

Out

./07

Nov

./07

Dez

./07

Jan.

/08

Fev.

/08

Mar

./08

Abr./

08

Mai

o/08

Jun.

/08

Jul./

08

Ago.

/08

Set./

08

Out

./08

Nov

./08

Dez

./08

Jan.

/09

Fev.

/09

Mar

./09

Abr./

09

Mai

o/09

IGP-M

FONTE: FGV

� Consequência

O índice permanece com variações comportadas, demonstrando que a inflação está sob controle,

não sendo esperada em 2009 a ocorrência de surtos inflacionários.

INFLAÇÃO

IGP-DI (ABRIL/2009) - FGV

� Fato

O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou inflação de 0,04% em abril,

crescendo 0,88 p.p. ante à inflação registrada em março. Nos últimos doze meses, o índice acumula alta

de 4,72%.

� Causa

Em abril, o IPA foi o único componente que teve aceleração, 1,36 p.p., apesar da variação

negativa de 0,10%. A grande contribuição para o aquecimento deste componente veio de Matérias

Primas Brutas, crescendo 3,41 p.p. com destaque para soja, bovinos e milho. Os Bens Finais e os Bens

Intermediários apresentaram aquecimento de 0,52 p.p. e 0,80 p.p., respectivamente.

O IPC recuou 0,14 p.p., chegando a 0,47%, com a maior desaceleração em Alimentação, com

forte contribuição de: frutas, pescados frescos, bem como hortaliças e legumes. Os grupos Transportes;

Educação, Leitura e Recreação e Habitação também recuaram. No INCC, que registrou taxa negativa de

0,04%, ocorreu aceleração de 0,21 p.p. Serviços e Mão-de-Obra tiveram acréscimos, por ordem, de 0,16

p.p. e 0,48 p.p., enquanto Materiais e Equipamentos recuaram 0,06 p.p.

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Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v.2, n.4, junho 2009

13

0,16%

1,39%

0,38%

1,89%

-0,38%

1,09%

-0,44%

-0,84%

0,04%

-1,0%

-0,5%

0,0%

0,5%

1,0%

1,5%

2,0%

2,5%

Maio/07

Jun./

07Ju

l./07

Ago./0

7

Set./07

Out./07

Nov./0

7

Dez./0

7

Jan./

08

Fev./0

8

Mar./08

Abr./08

Maio/08

Jun./

08Ju

l./08

Ago./0

8

Set./08

Out./08

Nov./0

8

Dez./0

8

Jan./

09

Fev./0

9

Mar./09

Abr./09

FONTE: FGV

� Consequência

Embora tenha demonstrado aquecimento no mês, considerando os últimos dois anos, o IGP-DI

apresenta trajetória de queda, sendo que nos últimos seis meses aparenta estar acomodado.

INFLAÇÃO

IPCA (ABRIL/2009) - IBGE

� Fato

O IPCA variou 0,48% em abril, 0,28 p.p. acima da variação registrada em março. O índice

acumulado em doze meses é de 5,53%, abaixo do registrado nos doze meses imediatamente anteriores,

5,61%. O acumulado do ano ficou em 1,72%, 0,36 p.p. inferior ao registrado no mesmo período de 2008.

� Causa

O aumento do último mês foi decorrente, principalmente, da variação ocorrida no grupo Despesas

Pessoais, com variação de 2,14%, consequência do aumento de 14,71% nos preços dos cigarros. Este

aumento foi motivado pelo reajuste no IPI e PIS/COFINS, a partir de 10 de abril. Ainda em Despesas

Pessoais, serviços pessoais também tiveram destaque, com altas nos itens: empregado doméstico,

cabeleireiro, manicure e costureira. Também contribuíram significativamente para a elevação do IPCA,

em abril: Saúde e Cuidados Pessoais e Vestuário.

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Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v.2, n.4, junho 2009

14

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

7,00Ab

r./07

Mai

o/07

Jun.

/07

Jul./

07

Ago.

/07

Set./

07

Out

./07

Nov

./07

Dez

./07

Jan.

/08

Fev.

/08

Mar

./08

Abr./

08

Mai

o/08

Jun.

/08

Jul./

08

Ago.

/08

Set./

08

Out

./08

Nov

./08

Dez

./08

Jan.

/09

Fev.

/09

Mar

./09

Abr./

09

0,000,10

0,200,300,40

0,500,600,70

0,800,90

IPCA acumulado em 12 meses IPCA v ariação mensal

FONTE: IBGE

� Consequência

Mesmo com a aceleração de abril, o IPCA ainda tem se apresentado de forma controlada e o

índice acumulado pode ser considerado constante nos últimos meses, contribuindo para a continuidade

da trajetória de queda da taxa de juros.

INFLAÇÃO

IPCA - 15 (MAIO/2009) - IBGE

� Fato

O IPCA – 15 registrou alta de 0,59% em maio, 0,36 p.p. acima do registrado em abril. Nos últimos

doze meses, o acumulado foi de 5,44%, 0,04p.p. acima dos doze meses imediatamente anteriores. Em

Curitiba a variação foi de 0,68%.

� Causa

Os produtos não alimentícios variaram 0,68%, 0,27 p.p. acima do mês anterior. A maior influência

de alta sobre o índice veio de cigarros, com variação de 18,42% e remédios, 3,21%, que juntos

responderam por 0,26 p.p. do índice. Energia elétrica e empregado doméstico também tiveram aumento

expressivo. Os alimentos apresentaram variação de 0,29%, 0,09 p.p. acima da registrada em abril, com

destaque para leite pasteurizado, batata-inglesa, carnes e tomate.

� Conseqüência

A alta registrada no mês se deve em grande parte ao aumento do IPI sobre o cigarro, não

devendo se prolongar para os próximos meses.

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Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v.2, n.4, junho 2009

15

INFLAÇÃO

CUSTOS E ÍNDICES DA CONSTRUÇÃO CIVIL (ABRIL/2009) - IBGE - CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

� Fato

O Índice Nacional da Construção Civil variou 0,32% em abril, 0,62 p.p. abaixo da variação de

março, e 0,05 p.p. menor do que a de abril de 2008. Em doze meses, o acumulado é de 11,62%, e no

ano 1,98%. O custo nacional por metro quadrado passou de R$ 688,00, em março, para R$ 690,19 em

abril, sendo R$ 403,49 relativos aos materiais e R$ 286,70 à mão-de-obra.

No Estado do Paraná, as variações foram de 0,12% no mês, 1,17% no ano e 12,33% em doze

meses, e o Custo Médio atingiu R$ 683,04.

0

0,5

1

1,5

2

Jan. Fev . Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov . Dez.

2005 2006 2007 2008 2009

FONTE: IBGE e Caixa Econômica Federal

� Causa

Na composição do índice nacional, a parcela dos materiais variou 0,24%, 0,47 p.p. abaixo do

índice de março, sendo esta a menor variação desde junho de 2007. O componente mão-de-obra

também teve expressiva queda, 0,85 p.p., passando de 1,28% em março para 0,43% em abril. Nos

últimos doze meses, os acumulados foram: 13,14% para materiais e 9,54% para mão-de-obra, e no ano:

1,98% tanto para materiais como para mão-de-obra. No mês, as variações regionais foram: 0,23% na

Região Norte; 0,64% na Região Nordeste; 0,25% no Sudeste; 0,15% no Centro-Oeste e 0,13% no Sul.

Ainda na verificação regional, os custos foram os seguintes: Sudeste, R$ 729,87; Sul, R$ 674,14; Norte,

R$ 685,69; Centro-Oeste, R$ 653,87 e Nordeste R$ 653,36.

� Consequência

O comportamento do índice abril se deve a fatores sazonais e decorrentes da crise e seus

desdobramentos. A sazonalidade e a retração econômica puxam o índice para baixo, assim como a

redução do IPI sobre materiais de construção. Por outro lado, o estímulo dado à demanda por habitação

e materiais estimula o aquecimento do setor.

No próximo mês o índice apontará forte aceleração como consequência do componente mão-de-

obra, resultante do dissídio coletivo da categoria em São Paulo.

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Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v.2, n.4, junho 2009

16

OPERAÇÕES DE CRÉDITO

NOTA À IMPRENSA (ABRIL/2009) - BACEN

� Fato

O estoque das operações de crédito do sistema financeiro atingiu R$ 1.248 bilhões em abril. A

taxa média das operações de crédito referencial atingiu 38,6% a.a., o patamar mais baixo desde junho

de 2008. A taxa de inadimplência da carteira de crédito situou-se em 5,2% em abril. A relação entre o

crédito total e o PIB situou-se em 42,6%, crescendo 0,1 p.p. frente ao mês anterior e 6,8 p.p.na

comparação com abril de 2008.

� Causa

O estoque das operações de crédito em abril apresentou crescimento de 0,4% no mês e 22,6%

em doze meses. Os empréstimos contratados com recursos livres, que representam 70,2% do total,

atingiram R$ 876 bilhões, aumentando 0,5% no mês e 20,8% com relação a abril de 2008. Os

empréstimos realizados às pessoas físicas cresceram 1,1% no mês, e 18,7% em doze meses, chegando

a R$ 411,5 bilhões. No segmento de pessoas jurídicas, houve queda de 0,1% no mês, e alta de 22,7%

em doze meses, totalizando R$ 464,5 bilhões.

No crédito direcionado, os aumentos foram de 0,4% no mês e 27,2% em doze meses, chegando a

R$ 372,5 bilhões. Os maiores crescimentos neste item estiveram vinculados ao crédito habitacional,

2,6%, e os financiamentos concedidos pelo BNDES, 0,3%, esta última representando 58% do total dos

recursos direcionados.

As taxas médias de juros recuaram 0,6 p.p. no mês, e aumento de 1,2 p.p. em doze meses. Para

pessoa física, a taxa média de juros ficou em 48,8% a.a. e para pessoa jurídica, 28,8% a.a., com

decréscimos de 1,3 p.p. e 0,1 p.p., respectivamente. A taxa de inadimplência da carteira de crédito

atingiu 5,2%, sendo 8,2% para pessoas físicas e 2,9% para pessoa jurídica.

� Consequência

O crescimento do crédito no mês manteve trajetória moderada. Para os próximos meses, a expectativa

é de expansão mais intensa, principalmente com a recuperação do crédito voltado às empresas.

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Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v.2, n.4, junho 2009

17

SETOR EXTERNO

NOTA À IMPRENSA (ABRIL/2009) - BACEN

� Fato

Em abril, o Balanço de Pagamentos registrou superávit de US$ 1,8 bilhão. As reservas internacionais

aumentaram US$ 1,1 bilhão, totalizando US$ 201,3 bilhões e a dívida externa somou US$ 193,1 bilhões, com

aumento de US$ 511 milhões frente ao mês anterior.

� Causa

No que tange ao Balanço de Pagamentos, o saldo da conta de transações correntes foi positivo

em US$ 146 milhões, após dezoito meses consecutivos de déficits. No acumulando dos últimos doze

meses, o déficit é de US$ 19,8 bilhões, equivalente a 1,41% do PIB. A conta capital e financeira registrou

entrada líquida de US$ 1,9 bilhão. Destacou-se no mês o ingresso líquido de US$ 3,4 bilhões em

investimentos estrangeiros diretos.

A movimentação das reservas durante o mês de abril foi conseqüência, principalmente, de

compras da Autoridade Monetária no mercado doméstico de câmbio que somaram US$ 1,3 bilhão, e da

receita com a remuneração das reservas, US$ 474 milhões.

A dívida externa registrou aumento de US$ 511 bilhões frente ao mês anterior. A dívida externa de

médio e longo prazo aumentou, totalizando US$ 161,3 bilhões, enquanto a dívida de curto prazo

diminuiu, chegando a US$ 31,8 bilhões.

� Conseqüência

Os indicadores externos da economia brasileira indicam início de recuperação, gerando superávit

no Balanço de Pagamentos no mês. Merece destaque o ingresso de investimentos estrangeiros diretos.

POLÍTICA FISCAL

NOTA À IMPRENSA (ABRIL/2009) - BACEN

� Fato

Em julho, o setor público não financeiro registrou superávit de R$ 12,5 bilhões. No acumulado do

ano, o superávit atingiu R$ 33,4 bilhões (3,57% do PIB) e, considerando o fluxo de doze meses, R$ 89,7

bilhões (3,06 % do PIB). A dívida líquida do setor público alcançou R$ 1,125 bilhões (38,4% do PIB),

elevando-se 0,9 p.p. do PIB, em relação ao mês anterior, e 2,4 p.p. em 2009. O montante dos juros

apropriados atingiu R$ 12,2 bilhões; no mês, R$ 50,9 bilhões, no ano (5,44% do PIB) e R$ 158,4 bilhões

(5,41% do PIB) em doze meses.

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Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v.2, n.4, junho 2009

18

� Causa

Na composição do superávit primário no mês, o superávit do Governo Central atingiu R$ 10,9

bilhões; o dos governos regionais, R$ 1,8 bilhão. As empresas estatais, por outro lado, registraram déficit

de R$ 174 milhões. Com relação aos juros apropriados em abril, houve redução de R$ 1,9 bilhão em

relação ao total apropriado em março. Esta queda foi em decorrência do menor número de dias e o

resultado mais favorável das operações de swap cambial.

Com relação à Dívida Líquida do Setor Público como percentual do PIB, no ano, houve elevação,

na comparação com o mês anterior, de 0,9 p.p. e 2,4 p.p. em 2009. No ano contribuíram para este

aumento: o ajuste decorrente da valorização cambial acumulada no ano, a retração no PIB (como

conseqüência da crise internacional), o ajuste de paridade da cesta de moedas que compõem a dívida

externa líquida e os juros nominais apropriados.

� Consequência

Com a queda no desempenho da atividade econômica e a redução de alguns impostos, era

esperado menor superávit primário comparativamente aos períodos anteriores. Situação que não deve

se reverter em um curto espaço de tempo. Portanto, seria interessante reduzir os impactos financeiros

sobre o orçamento, diminuindo a necessidade de superávits primários expressivos.

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Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v.2, n.4, junho 20091

Responsabilidade social - programa de reprodução ou

emancipação social?

Camila Priolo da Silva*

Introdução

O reconhecimento que o Terceiro Setor trabalha as diferentes manifestações da questão social,

traduzida na tentativa de perversão da pobreza que se acentua devido à dificuldade de acesso aos modos

de produção capitalista, acaba suscitando questionamentos quanto ao seu papel.

Desde a sua origem, a ação social está vinculada à filantropia e à caridade, em um modelo de inclusão

compensatório, sem pactuação emancipatória. Nos últimos anos, desde o programa Comunidade Solidária e

implantação do programa Bolsa Família, do governo FHC – modelo mantido e ampliado pelo governo Lula –

até os programas sociais financiados pelo Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, ainda não

se consegue vislumbrar nenhuma estratégia emancipatória para o público-alvo aos quais eles se destinam.

Postas estas situações, podemos caracterizar a problemática que se põe à realidade na seguinte

questão: como o empreendedorismo social pode criar condições para a emancipação do seu público-alvo?

Como possibilidade de inclusão e de promoção social dos seus usuários, tanto individual como

coletivamente, esta análise avalia os impactos gerados em programa de formação cidadã por instituições

do Terceiro Setor com ações de empreendedorismo social, tomando como referência o principal programa

social do governo, que é o Programa Bolsa Família. O ponto de partida é a distinção das instituições do

Terceiro Setor com base no financiamento direto do empreendedorismo social e dos diferentes

beneficiários dos programas, correlacionando os critérios de inclusão e promoção social pretendidos e/ou

alcançados com a formação cidadã nas diferentes instituições.

A análise de duas realidades distintas de empreendedorismo social com diferentes financiamentos

do Estado aponta os resultados alcançados com vistas à cidadania dos usuários dos programas.

O Centro de Formação Urbano-Rural Irmã Araújo – CEFURIA - é uma instituição reconhecida como

utilidade pública, com os incentivos fiscais e financiamentos públicos que esta condição lhe aufere. O

Instituto Ettibagi é uma ONG com as mesmas características, mas tem financiamento direto da iniciativa

privada, visto que seu público-alvo é absorvido geralmente pela indústria.

1 Empreendedorismo social

O Empreendedorismo Social diverge do Empreendedorismo Empresarial no sentido de que este

pretende promover a maximização dos lucros, enquanto aquele a maximização dos retornos sociais.

Em suma, as técnicas de gestão do Empreendedorismo Social não possuem uma fórmula concreta,

e sim são norteados pelo instinto do empreendedor em colaborar para o manejo sustentável da sociedade

ao seu redor.

*Acadêmica do 3º ano do curso de Administração da FAE Centro Universitário.

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Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v.2, n.4, junho 20092

2 Terceiro setor

Ultimamente temos visto com muita freqüência, nos mais diversos veículos de comunicação,

notícias que retratam questões sobre o terceiro setor. Muitas pessoas ainda desconhecem o significado e

a atuação deste setor na nossa economia, visto que seu surgimento no Brasil aconteceu nas últimas

décadas do século XX. Segundo a pesquisadora do tema, Simone C. Tavares Coelho:

Terceiro Setor é o conjunto de entidades filantrópicas, não governamentais e sem

fins lucrativos, associado a diversas ações dispersas entre as pessoas que praticam

a benemerência, pode ser reunido num único corpo, com propostas, opiniões,

culturas ou problemáticas semelhantes entre si. (COELHO, 2007)

Em um mundo capitalista, qual seria a importância das empresas privadas investirem no terceiro setor?

Muitas empresas utilizam a assistência social como marketing, dito social, para se tornarem mais simpáticas

aos olhos do consumidor, recebem diversos benefícios mercadológicos, além de contribuírem efetivamente

com os mais necessitados, a fim de que estes possam se inserir no mercado consumidor posteriormente.

3 Indicadores sociais

Na atual conjuntura brasileira, faz-se cada vez mais necessário a presença de indicadores sociais

como forma de avaliar os programas ou até mesmo a atividade pública efetivada com mais profundidade.

A mera comparação de resultados passa a dar espaço para os analistas especializados que têm por

dever indicar os efeitos da gestão sob múltiplos enfoques.

4 Desenvolvimento social e emancipação

Analisando o contexto de um mundo cada vez mais globalizado, onde são impostos constantemente

processos sutis e desumanos de exclusão social, faz-se necessário a busca incessante por alternativas de

emancipação social.

Alguns autores debatem com certa convergência de pensamento sobre o assunto, como é o caso

de Habermas (1997), que revisou o pensamento da práxis social de Marx, para quem a emancipação

social só seria alcançada mediante uma revolução da classe oprimida contra a classe opressora. Para

Habermas, só a conscientização, o diálogo e a educação do povo possibilitaria que os sujeitos oprimidos

percebessem a realidade que lhes é imposta.

Por isso é que o autor considera fundamental, para um processo emancipatório, que a população

apreenda tais determinações políticas e econômicas que regem a sociedade, e evitem as estratégias de

subalternidade que as tramas do poder lhe impõem.

5 Avaliação de programas sociais

Para conceituar o processo de avaliação como integrante de políticas e programa sociais que

possibilitem o desenvolvimento e a efetividade da ação empreendida, recorre-se a Barreira (2002),

programando-se como procedimentos uma abordagem Pluralista, a qual é centrada nas relações entre as

unidades-caso como sistema de ação e a lógica de atores.

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Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v.2, n.4, junho 20093

6 Programas sociais

6.1 Programas sociais das ONGs

O Cefuria tem vários programas vinculados à orientação da Economia Solidária. A metodologia de

Paulo Freire é a desencadeadora da formação cidadã, pois foca as ações na realidade dos sujeitos. No

programa, o Clube de Trocas é o passo seguinte desta formação e, a partir da daí, o desenvolvimento de

competências de gestão, negociação, articulação e, principalmente, a concepção e vivências do sentido

coletivo compõem as suas dimensões constitutivas.

O governo federal financia desde a matéria-prima até a equipe de coordenação da instituição. Os

coordenadores enfatizam que o programa é uma alternativa à economia de mercado.

O Instituto Ettibagi tem etapas para a formação de adolescentes, na faixa de 15 a 18 anos, com vistas a

aptidões de relacionamento interpessoal, direitos sociais, cidadania e formação profissional na área de

eletroeletrônica e informática. São dois anos de programa com inserção no mercado formal de trabalho.

Tanto o Cefuria quanto o Instituto Ettibagi trabalham com um público cuja característica principal é a

exclusão no processo formal de acesso aos bens produzidos socialmente e serviços públicos, garantidos

pela Constituição Federal.

6.2 Programas sociais públicos

Os programas assistencialistas no Brasil sempre tiveram suas origens fundamentadas primor-

dialmente na política, identificado pelo partido e não pelo Estado de direito do povo. Nas situações de

crise social grave, campanhas emergenciais apontam para o assistencialismo como resposta imediata

para um problema endêmico de pobreza e privação. O programa Bolsa Família, implantado durante o

governo do FHC, é um exemplo típico de programa que compensa uma renda insuficiente e busca o

repasse de verba principalmente por critérios de sobrevivência e não de emancipação social. A

destinação da quantia repassada aos usuários pelo governo é para garantir a alimentação para a família

beneficiada. Desta forma, o governo supre a miséria absoluta, mas não supera a desigualdade social em

várias dimensões, condição que promove a emancipação social.

7 Relação entre o tipo de ONG e o processo emancipatório

Os programas sociais apresentam financiamento e relação com os usuários diferenciados. Os

programas sociais principais da política oficial do governo – Bolsa Família e Bolsa Escola - têm características

semelhantes: renda compensatória. Já os programas sociais, na condição de empreendedorismo social de

natureza privada, seja com financiamento público (no caso do Cefuria) ou com financiamento privado (no caso

do Instituto Ettibagi), promovem processo emancipatório nos seus usuários.

A avaliação destes programas sociais, tanto os de natureza pública, quanto os de natureza privada

será efetuada mediante comparação, considerando-se as características compensatórias e

emancipatórias detectadas na análise dos dados apresentados, como nos quadros a seguir.

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7.1 Programas compensatórios

PROGRAMASCOMPENSATÓRIOS

PÚBLICO ALVO CRITÉRIOS DE ACESSO IMPACTOS

Bolsa Família(Instituído pelo GovernoFederal em outubro de 2003)

Famílias que possuam renda per capita

mensal de até sessenta reais, tendo elasfilhos ou não.

Famílias com renda per capita mensalentre R$ 60,01 e R$ 120,00, consideradaspobres, que apresentem em suacomposição gestantes, nutri-zes ecrianças e adoles-centes com idade entre0 a 15 anos.

Acompanhar o estado de saúde de todos osintegrantes da família.

Participar de programas sobre educação alimentar,garantindo um estado nutricional saudável aosparticipantes.

Manter todas as crianças em idade escolarmatriculadas e com frequência mínima de 85% du-rante o ano.

Promoção do alívio imediato e temporário dapobreza.

O repasse de verba acontece apenas porcritérios de sobrevivência e não de inclusãosocial.

Provoca a acomodação dos usuários.

Aumento aparente do IDH (índice dedesenvolvimento humano).

Bolsa Escola(Projeto implantado peloGoverno Federal)

Famílias com renda per capita mensalinferior a R$ 90,00 reais.

Famílias que possuam até três criançasem idade escolar (entre 6 a 15 anos).

Todas as crianças participantes do projeto devemestar matriculadas na escola e possuir freqüência de85 % no trimestre.

No caso do estado de São Paulo, os beneficiáriosdevem residir no mínimo dois anos na cidade parareceber o benefício por criança.

Auxílio temporário.

Não há um incentivo para as crianças depoisdo ensino fundamental e até mesmo oprofissionalizante.

7.2 Programas emancipatórios

PROGRAMASEMANCIPATÓRIOS

PÚBLICO ALVO CRITÉRIOS DE ACESSO IMPACTOS

ETTIBAGI Adolescentes com idade entre 15 a18 anos

Os adolescentes devem estar frequentando uma escola.

Devem possuir certa renda, dentro de um patamar nãodivulgado.

Devem passar, em uma primeira fase, na prova escrita eprática e, posteriormente, por uma entrevista com aassistente social.

Auxilia esses jovens a conse-guirem seuprimeiro emprego.

Profissionalizam os beneficia-rios nas áreasem que tenha procura de mercado.

Prepara-os para, no futuro, serem auto-dependentes.

CEFURIA

Comunidades carentes, que possuamorganização de moradores estruturadapara desempenhar os pro-gramas

Pessoas interessadas na filosofia“socialista” da ins-tituição

Desempenhar o programa dentro dos moldes ensinadosna instituição.

Prepara os beneficiados mais de formaindireta, por meio de princípios ensinados, doque prática.

Possibilita a ampla visualização do cenáriosócio-político aos participantes.

Projetos que procuram uma sustentabilidade alongo prazo.

8 Considerações finais

Os dados revelam que os programas sociais ainda se mostram como medidas paliativas para uma

questão de desigualdade econômica. Combater a desigualdade econômico-social requer mexer nas

estruturas obsoletas do país que geram e agravam as situações de risco social.

A análise preliminar do contexto abordado verifica que o Terceiro Setor ainda está se formando,

pois o Estado não tem regras claras quanto ao seu financiamento. Tanto o ETTIBAGI, quanto o CEFURIA

não prestam contas oficiais sobre seu desempenho, embora o primeiro apresente relatórios para as

empresas que financiam cada turma. Entretanto, a empresa, que recebeu a isenção fiscal pela ação de

responsabilidade social pelo financiamento de um programa social certificado para este fim, não presta

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contas sobre a efetividade do programa selecionado. Entende-se aqui que efetividade é autonomia e

emancipação do programa social gerador da proposta.

Os conceitos de formação cidadã ainda são pouco debatidos no Brasil, apesar de termos bons

pensadores e escritores nesta área como César Froes e Francisco de Melo Neto (2001). Daí a dificuldade

de chegar ao consenso sobre o tema, em que assistência pode ser tomada como filantropia ou mesmo

caridade, sem um projeto efetivo de emancipação social do cidadão.

Nessa perspectiva, a política social que deveria, por direito constitucional, promover a cidadania,

acaba promovendo a manutenção das diferenças perpetradas pelas lutas de classe entre capital e trabalho.

A manutenção do statu quo recorrente dos usuários dos programas sociais caracteriza-se pelas

propostas focalistas dos programas de empreendedorismo social, já que seus critérios de inclusão e

acesso são, na mesma proporção, critérios de exclusão pela falta de condições para acesso aos

programas. Portanto, formação cidadã deve oportunizar aos usuários dos programas a emancipação pela

via da sustentabilidade e desenvolvimento local, ou seja, o cidadão deve ter condições de subsistência,

acesso aos serviços públicos e, principalmente, de felicidade social.

Referências

BARREIRA, Maria Cecília Roxo. Avaliação participativa de programas sociais. São Paulo: Veras, 2000.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 3.ed. São Paulo: Atlas, 1991. 159p.

HABERMAS, Jürgen. Técnica e ciência como ideologia. Lisboa: Edições 70, 1997.

JANNUZZI, Paulo de Martino. Indicadores sociais no Brasil. 3.ed. Campinas: Alínea, 2004. 141p.

MARX, Karl, ENGELS, Friedrich. Manifesto do partido comunista. 7.ed. São Paulo: Global, 1988. 112p.

MELO NETO, Francisco Paulo de; FROES, César. Gestão da responsabilidade social corporativa: o

caso brasileiro da filantropia tradicional à filantropia de alto rendimento e ao empreendedorismo social.

Rio de Janeiro: Qualitymark, 2001.

REVISTA DA FAE, Curitiba, v.7, n.2, p.9-18, jul./dez. 2004.

Sites consultados

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relatorio_anual_2006/cadernos_setorias/Caderno%2017-% 20MDS.pdf>. Acesso em: 13 mar. 2008.

Disponível em: <http://www.abong.org.br/>. Acesso em: 18 nov. 2007.

Disponível em: <http://www.cefuria.org.br/>. Acesso em: 27 jun. 2008.

Disponível em: <http://www.ettibagi.org.br/ettibagi/>. Acesso em: 27 jun. 2008.

Disponível em: <http://www.mds.gov.br/bolsafamilia/>. Acesso em: 19 abr. 2008.

Disponível em: <http://www.schwartzman.org.br/simon/causasp_files/causasp8.htm>. Acesso em:

05 fev. 2008.

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A economia cafeeira no Paraná até a década de 1970

Semí Cavalcante de Oliveira*

Introdução

O trabalho em se abordar a história econômica do Estado do Paraná, mais especificamente a

história do café, desde os seus primórdios, passando pelo auge de sua produção e comercialização e

avançar até seus momentos mais difíceis, é tarefa pronta e publicada. Desta forma, o esforço deste artigo

foi facilitado, pois contou com a “boa companhia” de David Carneiro, Romário Martins, Cecília Maria

Westphalen, Altiva Pilatti Balhana, Brasil Pinheiro Machado e Nadir Apparecida Cancian, para citar

apenas alguns expoentes neste campo de pesquisa.

O objetivo deste artigo restringe-se, então, a incentivar, balizar e abrir possíveis caminhos para

novas pesquisas sobre esta atividade econômica que, em termos de Brasil, deu início a uma infraestrutura

que seria utilizada por outros segmentos econômicos. Em relação ao Paraná, foi responsável, entre outros

fatores, pela ocupação e colonização de regiões importantes do estado.

1 O Café no Norte Pioneiro (Velho)

Cancian (1981) defende a tese de que a cafeicultura paranaense foi uma continuação da “marcha

para o oeste” da cafeicultura paulista. Hipótese esta extremamente coerente quando se considera que, a

partir do Vale do Paraíba, no Rio de Janeiro, o café buscou, como um “rastilho de pólvora”, as férteis

terras do oeste do estado de São Paulo. Não tardaria para que paulistas e mineiros voltassem suas

atenções para as novas terras – sem saúvas – do norte do Paraná, já na segunda metade do século XIX.

Os fatores desta “invasão” no norte paranaense tornam-se praticamente consenso entre os diversos

autores. Primeiramente destaca-se a expansão da Revolução Industrial, consolidando o imperialismo e a

formação de uma nova fase do capitalismo, o capitalismo monopolista, caracterizado pela busca de

mercados fornecedores e consumidores. Os imigrantes europeus e japoneses foram, da mesma forma,

importantes para impulsionar os empreendimentos agrícolas nas regiões sul e sudeste do Brasil.

No Paraná, além dos fatores já mencionados, contribuíram também para o desenvolvimento da

economia cafeeira, a terra de boa qualidade, incentivos do governo do Estado em ocupar terras devolutas

de forma permanente e a crise pela qual passava a cafeicultura brasileira, sobretudo a paulista, desde

1893, que gerou medidas restritivas em São Paulo. Em contrapartida, no mesmo período – fins do século

XIX e início do século XX – as autoridades paranaenses, através do secretário de Estado dos Negócios

de Finanças, Comércio e Indústrias, Dr. Javert Madureira, e do presidente do Estado, Dr. Vicente

Machado da Silva Lima, procuravam incentivar e proteger a nascente cafeicultura do Paraná. Em suas

mensagens ao Congresso Legislativo do Estado, em 1904 e 1905, eles pediam não só a redução das

taxas como a própria isenção de impostos de exportação por Paranaguá.

*Professor da FAE Centro Universitário.

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O debate nacional sobre as formas de superar a crise cafeeira gravitava em torno de diversas

propostas, que iam desde investimentos em propaganda no exterior para o aumento do consumo,

passando pela queima do excedente a fim de equilibrar a equação oferta-demanda e monopólio estatal no

comércio de café, até a utilização de instrumentos para valorizar artificialmente os preços do produto, o

que foi consubstanciado no Convênio de Taubaté em 1906. A partir de 1908, percebe-se resultados

positivos, tanto das medidas implementadas nacionalmente, como dos incentivos locais. Os preços

começaram a estabilizar e, até mesmo, a subir. Como resultado desta nova e favorável realidade,

plantadores paranaenses interessaram-se em consolidar uma cultura cafeeira no Estado.

A terra vermelha para alguns e roxa (vem do vermelho em italiano) para outros, do Terceiro

Planalto paranaense, abrigou quase que a totalidade das plantações de café que, ao longo do século XX,

ampliou-se da região norte para o noroeste, até atingir o extremo Oeste do Estado. A princípio, o café

invade o Norte Pioneiro (Velho), mais precisamente a região de Wenceslau Braz e Jacarezinho. A partir

da segunda metade da década de 1920, expande-se para a região de Algodoeira de Assai, que foi

ocupada a partir de meados do século XIX, quando da implementação da Colônia Militar do Jathay.

Conforme evidenciam as pesquisas de Altiva Pilatti Balhana (1969), os primeiros cafezais

paranaenses foram plantados por pioneiros mineiros e paulistas, que chegaram à região através do Rio

Itararé durante a segunda metade do século XIX. Como destaques deste período, estão às regiões de

Siqueira Campos (antiga Colônia Mineira), 1862; Santo Antonio da Platina, 1866; São José da Boa Vista e

Wenceslau Braz, 1867. A historiadora destaca que o cultivo do café poderia não ser o objetivo principal

destes pioneiros, contudo, há fortes indícios de que plantaram café. O Relatório apresentado à

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Assembléia Legislativa do Paraná, em 16 de fevereiro de 1880, pelo Presidente da província, Manuel

Pinto de Souza Dantas Filho, confirma tais indícios. O documento refere-se à construção de uma estrada

que ligaria São José da Boa Vista a Castro.

[...] que por ella é feito ao transporte das tropas que se dirigem a província de São Paulo

em demanda do café, visto o trajeto ser menor e menos dispendioso [...] (Mensagem

apresentada ao Congresso Legislativo do Paraná pelo Dr. Manuel Pinto de Souza Dantas

Filho, presidente do Estado, em 16/02/1880)

Apenas o clima, solo e os preços favoráveis não bastariam para consolidar uma cultura cafeeira no

Paraná. Já que o consumo interno era pequeno, seria necessário escoar a produção a alcançar os

mercados externos. O governo do Paraná passou a ter duas preocupações centrais. A primeira de ordem

fiscal, ou seja, aumentar a arrecadação de impostos, compensando, desta forma, a perda de divisas pelo

declínio do ciclo ervateiro.

[...] a produção de café, nessa zona [Norte Pioneiro], já se eleva à quantidade superior a

cem mil arrobas, que devem produzir mais de cem contos de réis de renda de impostos [...]

(Mensagem apresentada ao Congresso Legislativo do Paraná em sessão extraordinária

pelo Dr. José Pereira dos Santos Andrade, presidente do Estado. Curitiba, 1998, p.9)

A segunda consistia em manter a incipiente economia cafeeira ligada a São Paulo, uma vez que o

Estado era pobre e faltava infraestrutura para integrar o Norte Pioneiro ao Paraná tradicional e,

consequentemente, aos portos de Paranaguá e Antonina. O Estado de São Paulo já possuía uma

razoável estrutura ferroviária, além do porto de Santos ser mais eficaz no que se refere à comercialização,

pois ali se encontravam as principais Casas Comissárias, especializadas no desembaraço da burocracia

exportadora e importadora. O governo do Paraná buscava também aproveitar as estradas que surgiram

por iniciativa de particulares até a região do Rio Paranapanema. De acordo com Romário Martins,

[...] o commércio se fazia com as villas de Santa Cruz do Rio Pardo e de Piraju, até 1894,

por picadões para tropas cargueiras até os portos improvisados na margem esquerda do

rio Paranapanema [...] vão dar o incremento de toda a região o surgimento de novos

portos e de novas estradas. (MARTINS, 1924, p.2-3)

A Construção de uma balsa ligando o Paraná a Ourinhos alavancou o comércio com várias

localidades de São Paulo, e a Estação de Cerqueira César da Estrada de Ferro Sorocabana consolidou

este comércio.

Os pioneiros paulistas superaram os mineiros no café do Norte Velho, se não em número, em

capital investido. O exemplo clássico é o da família de Antonio Barbosa Ferraz, que, saindo da região de

Ribeirão Preto, instalou-se em 1904 nas proximidades de Cambará, onde plantou cerca de um milhão de

pés de café. Com a constituição da Companhia Agrícola Barbosa e, depois, a Sociedade Agrícola

Barbosa, a ocupação foi rápida. Entre 1921 e 1924, as regiões de Bandeirantes, Santa Mariana e Cornélio

Procópio já haviam sido tomadas por cafezais.

O exemplo paulista se reflete também na organização fundiária do Norte paranaense, formado

basicamente por latifúndios, o que, segundo Romário Martins (1924, p.14), é uma condição das lavouras

de café. Ressalta também a coexistência dos pequenos sítios ao lado das fazendas de café, fenômeno

comum principalmente no Noroeste paulista.

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No tocante à produtividade e rentabilidade, o Paraná distanciava-se de São Paulo. A historiadora

Nadir Apparecida Cancian (1981, p.57) afirma que, na região dos Barbosa Ferraz, era possível atingir, após

o quinto ou sexto ano depois do plantio, um índice de 1.000 arrobas por mil pés, enquanto a região de

Ribeirão Preto não ultrapassava 75 arrobas por mil pés de café. O que tornava o negócio rentável, além da

terra fértil, era a presença dos proprietários à frente dos empreendimentos. Reforçando tal afirmação,

Romário Martins (1924, p.14) descreve estes proprietários como elementos sociais de valor, representantes

da boa cultura intelectual e da mais fina educação, sendo eles, geralmente, profissionais liberais.

Em relatórios da Secretaria Geral do Estado do Paraná encontram-se referências a 80 famílias de

japoneses, contratadas pela Companhia Agrícola Barbosa. Afirma o documento que, na safra de 1922/23,

estes colonos haviam faturado, em média, aproximadamente 12 mil réis diários com as colheitas de café.

Abaixo, lemos parte deste relatório transcrito por Nadir A. Cancian:

[...] A maior parte dessas famílias vão retirar-se no fim deste anno para adquirirem aqui

no Estado, terras particulares junto aos seus patrícios que já formaram um núcleo regular

e toda essa gente tem aqui sahido satisfeita e com meios mais do que necessários para

se estabelecerem. (CANCIAN, 1981, p.60)

O período da Grande Depressão dos anos de 1930 e da Segunda Guerra Mundial influenciou a

mudança de atitude quanto aos métodos até então utilizados. São Paulo engajou-se mais do que qualquer

outro estado ao Projeto Nacional de Getúlio Vargas, o qual enfatizava a industrialização por substituição de

importações. A atitude dos paulistas refletiu imediatamente na produção cafeeira, levando uma produção de

aproximadamente 21.800.000 sacas na safra de 1933/34 para 4.721.800 sacas na safra de 1944/45

(CANCIAN, 1981, p.68). Já no Estado do Paraná, observa-se exatamente o contrário. Apesar da forte geada

de 1942, o número de área plantada aumentou de 58.870 ha, em 1930, para 113.277 ha, em 1945.

O Censo Agrícola do Paraná, de 1920, e os Levantamentos do Departamento Nacional do Café, de

1935 e 1942, demonstram que, se por um lado aumentou o número de propriedades que cultivavam café,

por outro, diminuiu a área de cultivo em média por fazenda. Cancian (1981, p.69-70) adverte que o quadro

recessivo da década de 1930 provocou uma diminuição na área cafeeira dos latifúndios, contudo, houve

um incentivo aos minifúndios. Da mesma forma, a autora ressalta que o dinamismo de outrora dos

cafeicultores, quando o café batia recordes em preços altos, ausentou-se neste período.

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2 O café no Norte Novo, Novíssimo e Extremo Oeste

O avanço por novas regiões pioneiras do Norte do Paraná justifica a ampliação da área plantada e

também do número de propriedades incluídas na economia cafeeira. A abertura de novas frentes está

ligada também à ação das Companhias Colonizadoras, as quais injetaram um novo dinamismo ao ciclo

cafeeiro no Estado, que atingiu seu apogeu no denominado período expansivo do pós-guerra (1945-

1971). De acordo com dados levantados por Cancian (1981, p. 90), a população das áreas dominadas

pelo café, ou seja, Norte Pioneiro, Novo, Novíssimo e Extremo Oeste, ultrapassava em pouco os 72 mil

habitantes em 1920, e contava com apenas seis municípios cafeeiros. Em 1970, a população das áreas

cafeeiras superava em muito os 4 milhões de habitantes e já estava distribuída em 192 municípios, cuja

economia assentava-se sobre o café.

O quadro abaixo evidencia as principais Companhias de Colonização e suas respectivas áreas de

atuação.

Entre as décadas de 1940 e 1970, apenas no eixo Londrina – Apucarana – Maringá, o café gerou

centenas de milhares de empregos e colocou alimento nas mesas de milhares de famílias. A cultura

cafeeira proporcionou oportunidades nas diversas etapas de sua produção: no plantio e manutenção

(capina) das roças; na colheita (derriçagem, abanagem e secagem nos terreirões); na comercialização e

transporte até as máquinas de beneficiamento. Desse modo, vários segmentos profissionais garantiam

suas rendas, tais como: carregadores, ensacadores, classificadores e, inclusive, as “catadeiras” que

separavam os grãos que não possuíam boa qualidade dos demais.

As lavouras de café permitiam, paralelamente, o desenvolvimento de uma cultura de subsistência,

pois uma vez que o sistema de plantio adensado não era praticado, o agricultor podia fazer uso das “ruas”

entre as fileiras dos pés de café para cultivar produtos para o seu sustento e de sua família, assim como

abastecer o pequeno comércio da região. No período de colheita, os setores de bens de consumo

imediato, como de bens de consumo duráveis e de máquinas e equipamentos, eram extremamente

fomentados nas cidades próximas, na Capital Curitiba e até mesmo na não distante cidade de São Paulo.

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O professor Dennison de Oliveira (2001, p.35) demonstrou em suas pesquisas que as cidades

surgidas após 1920, e mais precisamente a partir da década de 1940, guardam forte relação com

interesses políticos e eleitorais. E traduziriam um padrão de adensamento urbano. Este padrão, segundo

o historiador, no Norte do Paraná é atribuído à expansão cafeeira.

A partir da década de 1950, as terras disponíveis se esgotaram rapidamente no Norte Novo de

Londrina, da mesma forma que no Norte Novíssimo de Umuarama e Paranavaí, na década seguinte. E o

ciclo cafeeiro começa a dar sinais de decadência. Segundo Oliveira, vários fatores influenciaram este

processo de esgotamento, em destaque as superproduções nas safras dos anos de 1950 e o confisco

cambial dos exportadores efetuado pelo Governo de Juscelino Kubitschek. Contudo, as fortes geadas do

final dos anos de 1960 e início da década de 1970 foram determinantes para a erradicação de extensas

áreas de cafezais.

O café representava, em 1969, mais de um terço das exportações brasileiras, ao passo que, em

1975, após a geada “negra” que atingiu fortemente as regiões produtoras de Minas Gerais, Espírito Santo,

São Paulo e principalmente o Norte do Paraná, as exportações de café não superavam 7% da pauta

brasileira. Era o fim de um ciclo.

3 Considerações finais

O ciclo do café contribuiu de forma significativa e única para a formação de um Paraná forte,

independente e diferente. O impacto econômico e social provocado pela cultura cafeeira no Paraná pode

ser comparado, sem super dimensionar sua importância, aos impactos da cana-de-açúcar no Nordeste

brasileiro no período colonial, aos do ouro na região das Minas Gerais no século XVIII e aos do café no

Vale do Paraíba e Oeste Paulista.

No Paraná, o café transformou vazios geográficos em regiões prósperas e urbanizadas. Fundou

várias municipalidades e desenvolveu nestas áreas uma especificidade cultural não encontrada no Paraná

Tradicional. Afinal, o café do Norte do Paraná foi o atrativo de várias ondas migratórias, tanto de mineiros

e paulistas, como de milhares de nordestinos que, após fazerem uma pequena escala em São Paulo,

seguiam em busca de oportunidades nas férteis terras do Terceiro Planalto paranaense. Não esquecendo

dos imigrantes europeus e asiáticos que juntamente com os brasileiros de diversas regiões produziram

um “caldo” cultural único e rico.

Politicamente, o café também foi de extrema importância, já que foi graças à agricultura cafeeira e

suas conseqüências econômicas, fiscais e tributárias, que o poder central do Estado apressou-se em

promover uma “integração” mais forte dos “dois paranás”, um ervateiro e o outro cafeeiro, determinando

desta forma o contorno definitivo do Estado do Paraná.

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Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v.2, n.4, junho 20098

Referências

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CANCIAN, Nadir Apparecida. Cafeicultura paranaense: 1900/1970. Curitiba: Grafipar, 1981.

CARNEIRO, David. Formas estruturais da economia do Paraná. Paraná, s/data.

FURTADO, Celso. Formação econômica do Brasil. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, 1959.

MARTINS, Romário. Cafelândia, terras das glebas de outros, impressões de viagens. Coletânea de

artigos de jornais, 1924, s/ref. Constantes do acervo da Biblioteca do Museu Paranaense, Curitiba.

NETTO, Antonio Delfin. O problema do café no Brasil. São Paulo: Faculdade de Ciências Econômicas e

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Fontes

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1898. Curitiba, 1989.

PARANÁ. Governador, 1904 – 1907 (V. M. da Silva Lima). Mensagem à Assembléia Legislativa – 1907.

Curitiba, 1909.

PARANÁ. Governador, 1920 – 1928 (C. M. da Rocha). Mensagem à Assembléia – 1922. Curitiba:

Imprensa Oficial, 1922.

RELATÓRIO apresentado à Assembléia Legislativa do Paraná em 16 de fevereiro de 1880, pelo

Presidente da Província Exmo. Sr. Dr. Manuel Pinto de Souza Dantas Filho, Curitiba, 1880.

RELATÓRIO apresentado ao Exmo. Sr. Dr. Vicente Machado da Silva Lima, Presidente do Estado do

Paraná pelo Secretário de Estado dos Negócios de Finanças, Commércio e Indústria, Dr. Javert

Madureira. Curitiba, 1904.

RELATÓRIO da Secretaria Geral do Estado do Paraná apresentado ao Exmo. Sr. Dr. Caetano Munhoz da

Rocha, Presidente do Estado por Alcides Munhoz, Secretário Geral d’Estado, referente aos serviços do

exercício financeiro de 1922-23. Curitiba, 1924.

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A deterioração macroeconômica mundial e o Paraná

Gilmar Mendes Lourenço*

Ao contrário do que foi apregoado pelas autoridades econômicas e por parte das lideranças políticas e

empresariais, o colapso das finanças mundiais atingiu o Brasil e se reproduziu em seus distintos espaços

geográficos. A gênese do processo aconteceu em agosto de 2007, com a quebra do segmento hipotecário de

2ª linha dos Estados Unidos (EUA), e foi magnificada com a sucessão de falências de instituições financeiras e

de anúncios de prejuízos recordes por companhias multinacionais, a partir de setembro de 2008, culminando

com o pedido de concordata da General Motors (GM), em junho de 2009.

Sem pedir licença, a instabilidade externa travou as linhas de crédito, encolheu a demanda e

depreciou as commodities em escala planetária, abortando o maior ciclo de crescimento da economia

mundial depois da 2ª Guerra e a etapa ascendente da produção e dos negócios no Brasil, começada em

2004, em resposta ao ambiente exógeno favorável, e consolidada, de maneira virtuosa, após o 2º

semestre de 2005, com o alargamento do mercado interno.

De fato, ao lado dos impulsos externos, a flexibilização monetária – conjugando queda nos juros e

ampliação dos prazos de financiamento das compras de bens duráveis, e a proliferação da modalidade de

crédito em consignação, com desconto na folha de salários dos trabalhadores –, a elevação da massa de

rendimentos (emprego e proventos reais), a política de valorização do salário mínimo e a disseminação do

programa oficial de transferência de renda, denominado Bolsa Família, propiciaram a subida dos

patamares de crescimento econômico do país. Tanto é assim que a variação média do Produto Interno

Bruto (PIB) brasileiro saltou de 2,3% ao ano, no intervalo 1994-2003, para 6,0% a.a. entre 2004 e 2008.

Mas esse ambiente positivo ficou para trás. Mais precisamente, a recuperação dos níveis de

atividade, trilhada desde 2004, foi abortada pela instantânea e pronunciada penetração do default

internacional no território nacional, inaugurando, de forma patética e prática, uma situação de recessão

técnica por essas paragens, atestada pela queda dos principais indicadores do nível de atividade.

O PIB declinou 3,6% e 0,8% no último trimestre de 2008 e no 1º de 2009, respectivamente, em

relação aos períodos imediatamente anteriores. Em escala mundial, as contrações mais intensas, na

mesma base de cotejo, aconteceram na Letônia (-28,7%), EUA (-5,7%), Japão (-4,0%), Alemanha (-3,8%),

Zona do Euro (-2,5%), Itália (-2,4%), Espanha (-1,9%), Reino Unido (-1,9%) e França (-1,2%).

Nos primeiros três meses de 2009, o PIB decresceu 1,8% frente ao mesmo intervalo de 2008

(-1,5% do PIB a preços básicos e -3,3% dos impostos) e, por um exame setorial, a compressão foi

determinada pela indústria (-9,3%) e agropecuária (-1,6%).

Nos serviços, houve registro de incremento de 1,7%, puxado por outros serviços (+7,0%),

intermediários financeiros (+5,8%) e informação (+5,4%, telefonia e informática). Em outros serviços,

estão inclusos aqueles prestados às empresas e famílias, como saúde e educação privada, alojamento e

alimentação, associativos, domésticos e manutenção e reparação. Chamou atenção o decréscimo

verificado em comércio (-6,0%) e transporte e comunicações (-5,6%).

*Economista, Conselheiro do Corecon-PR, Coordenador do Curso de Economia da FAE Centro Universitário,

colunista dos Jornais Gazeta do Povo e Jornal do Estado.

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Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v.2, n.4, junho 20092

Em confronto com o 4º trimestre de 2008, os gastos de consumo das famílias e do governo

aumentaram 0,7% e 0,6%, respectivamente e, na parte externa, as exportações caíram 16,0% e as

importações 16,8%. Em paralelo, a formação bruta de capital fixo retraiu 12,6%, representando o pior

resultado desde 1996, o que fez a taxa de investimento descer para 16,6% do PIB, contra 18,4% do PIB

nos primeiros três meses de 2008, evidenciando apreciável debilitação da capacidade de expansão de

longo prazo do país.

Tal desempenho agregado brecou 21 trimestres sucessivos de expansão, observados entre 2003 e

2008, de acordo com cálculos do Comitê de Datação de Ciclos Econômicos (Codace), do Instituto

Brasileiro de Economia (IBRE) da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Ademais, a produção industrial

diminuiu 14,7% nos quatro primeiros meses de 2009, o pior comportamento desde 1991, e, segundo

sondagem da Confederação Nacional da Indústria (CNI), as vendas reais, as horas trabalhadas e o

emprego industrial caíram 8,4%, 7,7% e 2,0%, respectivamente, no mesmo período.

De maneira antagônica à sentença proferida pelo governo brasileiro, os resultados revelam que as

providências adotadas, no afã de neutralizar os impactos recessivos da retração externa, revelaram-se

insuficientes, parciais e, por vezes, inócuas.

O componente de insuficiência compreendeu a tentativa de compensação do encurtamento da

oferta de crédito de origem externa, por devoluções domésticas de liquidez, centradas na diminuição dos

recolhimentos compulsórios pelo Banco Central (BC), perfazendo R$ 100,0 bilhões entre outubro e

dezembro de 2008, sem a redução expressiva do preço do dinheiro (taxa de juros). Na prática, os bancos

aplicaram os recursos procedentes do regresso dos compulsórios na compra de títulos do governo.

Os apoios parciais residiram na escolha dos segmentos automotivo, de materiais de construção e

eletrodomésticos de linha branca para a concessão de incentivos fiscais, à base de redução do Imposto

sobre Produtos Industrializados (IPI), objetivando a obtenção de ajustes de estoques e a recuperação do

volume de vendas.

Já as medidas inócuas repousaram na venda maciça de dólares pelo BC, para evitar a excessiva

depreciação e/ou a flutuação cambial, em um período de ampliação da demanda pela moeda

norteamericana em escala mundial. Inclusive, a queda dos juros brasileiros em menor intensidade que os

internacionais vem incitando novos influxos de capitais externos e a revalorização do real.

No total, houve derrame de mais de R$ 300,0 bilhões no mercado, por intermédio do esforço

contracíclico empreendido pela orientação macroeconômica do governo federal, entre outubro de 2008 e

maio de 2009, englobando devolução de parcela dos recolhimentos compulsórios, abertura e/ou

ampliação de linhas de crédito, pacote habitacional e desonerações tributárias, acrescidos de ações

pontuais de algumas instâncias públicas subnacionais.

O aparente descompasso entre as medidas monetárias e fiscais, empregadas pelas autoridades

econômicas, e a reativação consistente da atividade produtiva, na direção do retorno das condições

propícias predominantes até setembro de 2008, repousa no retardo temporal na aplicação e na timidez na

intensidade das reduções de juros realizadas pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC.

Os cortes na taxa básica tiveram início em 2009, caindo de 13,75% ao ano, em janeiro, para 9,25%

a.a., no começo de maio. Mesmo atingindo os menores níveis praticados desde março de 1999, quando a

selic passou a ser empregada como referência de política econômica, a queda nos juros ainda não

acertou plenamente os spreads bancários, devido ao pronunciado grau de oligopolização setorial e à rota

ascendente da inadimplência de empresas e consumidores.

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Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v.2, n.4, junho 20093

Com isso, apesar de situarem-se nos menores patamares da história (5,0% a.a.), os juros reais

básicos do país ainda representam praticamente o dobro daqueles vigentes em países com perfil de

endividamento e grau de risco semelhantes ao brasileiro, a exemplo do Chile e do México. Na ponta, as

menores taxas oscilam entre 20,0% a.a. e 30,0% a.a., para financiamento de veículos, e 110,0% a.a. em

180,0% a.a., para cheque especial e cartões.

No fundo, o governo negligenciou um aprendizado econômico elementar, que contém a constatação de

que políticas monetárias, sobretudo aquelas com sinais contraditórios, são incapazes de retirar os sistemas de

vales depressivos. Mais que isso, a saída da crise requereria ousadia na estratégia fiscal, como a compressão

dos gastos públicos financeiros e a ampliação dos dispêndios produtivos, especialmente em itens dirigidos ao

aperfeiçoamento da eficiência da matriz econômica, particularmente aqueles ligados a projetos de

infraestrutura, sobretudo para a eliminação dos gargalos que, recorrentemente, colocam o país à mercê de

apagões logísticos.

A propósito disso, em um ranking de 134 países acompanhados pelo Fórum Econômico Mundial,

para a mensuração de itens de competitividade, o Brasil figura em 78º lugar em infraestrutura; 91º em

instituições; e 122º em estabilidade. As boas presenças do país acontecem nos parâmetros menos afetos

às instâncias públicas, particularmente tamanho do mercado (10º), sofisticação dos negócios (35º) e

inovação (43º).

O padrão de financiamento para o atrevimento de modelagem macroeconômica sugerido residiria

no emprego de parte dos superávits fiscais primários, conquistados desde 1999, à custa de permanente e

expressiva elevação da carga tributária, não partilhada com estados e municípios, e dos haveres das

reservas internacionais. Por sinal, essa última tese vem sendo fervorosamente defendida pelo ex-ministro

da Fazenda, Antonio Delfim Neto.

De outra parte, por uma avaliação preliminar, soaria discutível a consistência técnica de sugestões

como o controle do câmbio e a estatização do crédito, em função, respectivamente, do elevado montante

de reservas internacionais, em poder do BC, e da apropriação de mais de 50,0% dos recursos bancários

disponíveis para anteparo da dívida mobiliária do governo.

Apesar dos esforços das instâncias políticas, empresariais e representativas dos trabalhadores do

Paraná, no sentido de prevenir ou mitigar o cenário econômico cadente, a crise chegou ao Estado. Diga-

se de passagem que as iniciativas não foram de pouca monta, com ênfase para a drástica diminuição da

alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para itens de consumo

essenciais, em troca da elevação para combustíveis, energia e telecomunicações; a proposta de

preservação dos incentivos fiscais estaduais às empresas privadas, com garantia de manutenção dos

empregos; o reajuste do salário mínimo regional bastante acima do nacional e da inflação passada, para

as categorias não protegidas por acordo coletivo (como empregadas domésticas e trabalhadores rurais);

dentre outras.

Parece razoável admitir que os ingredientes macroeconômicos contidos na recessão mundial e nas

injunções da orientação monetária e fiscal do Ministério da Fazenda e do BC brasileiros não apenas

restringiram, sobremaneira, o raio de manobra e os efeitos das ações anticíclicas empreendidas por atores

sociais em escala regional, como abalaram os alicerces dos eixos dinâmicos da economia paranaense (agro-

negócio e indústria automobilística), bem como interferiram negativamente na arrecadação e nos repasses de

recursos para os municípios.

Por essas razões, é bastante compreensível a resistência, manifestada pelo setor privado, em

participar de empreitadas que implique celebração de compromissos, como a preservação do estoque

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Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v.2, n.4, junho 20094

formal de pessoas ocupadas e dos patamares salariais, em uma etapa de compressão dos negócios e de

exacerbação das incertezas quanto ao futuro em curto e médio prazos.

Só a título de ilustração, depois de desfrutar de nove trimestres consecutivos de crescimento, ainda

que com substancial redução de ímpeto entre o 3º e 4º de 2008 (de 11,3% para 1,0%, frente aos mesmos

períodos de 2007), a produção industrial do Estado decresceu 1,4% nos primeiros quatro meses de 2009.

As maiores baixas ocorreram em veículos automotores (-35,6%), madeira (-27,5%), máquinas e

equipamentos (-25,4%), mobiliário (-19,6%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-16,1%),

metalurgia (-13,6%), e refino de petróleo e álcool (-2,8%), derivadas dos desdobramentos da redução do

crédito, da demanda e dos preços externos.

Os desempenhos positivos ocorreram em edição e impressão (138,9%), química (10,6%), bebidas

(10,6%) e minerais não metálicos (8,5%). Cabe aqui, qualificar a performance capitaneada pelo ramo

“edição, impressão e reprodução”, conhecido como “indústria gráfica” (liderada por uma planta

pertencente a um forte grupo educacional), fruto da maturação dos projetos de modernização dos

métodos de produção, concebidos na época do dólar barato, o que estimulou a importação de máquinas e

equipamentos, e da crescente demanda por atualização de publicações, decorrente da reforma

ortográfica, em implantação no Brasil.

Antes da feitura de extrapolações de comportamentos específicos para o todo e, sobretudo, para o

futuro, é preciso compreender, mesmo que de forma breve, algumas restrições contidas na Pesquisa

Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), efetuada mensalmente pelo IBGE, nos treze estados mais

industrializados do país, objetivando o cálculo do índice da produção (total e setorial).

Os procedimentos técnicos abrangem a aplicação da evolução dos níveis de produção de cada

produto sobre o seu respectivo peso econômico, oriundo da composição do valor da transformação

industrial (VTI), uma espécie de renda ou produto monetário, retirado das pesquisas industriais anuais

(PIAS), feitas pelo organismo nacional, para o intervalo 1998-2000.

Logo, além de propiciarem um desenho bastante preciso (ainda que desatualizado) da estrutura

industrial do Brasil e das suas 27 instâncias subnacionais, as PIAS permitem a incorporação, ao painel de

produtos e informantes da PIM-PF, das rápidas e profundas transformações estruturais verificadas nos

sistemas produtivos, como resultado de imposições de mercado e/ou de orientações macroeconômicas.

A grande limitação na mensuração dos indicadores industriais reside na atualização mensal dos

pesos de cada produto, e consequentemente das divisões as quais pertencem, pelo acréscimo ou

redução das quantidades produzidas. Tal critério negligencia a interferência de elementos tecnológicos e

de demanda na conformação do quadro de preços relativos no interior da indústria, distorcendo a

importância econômica dos vários produtos que a compõe, em uma investigação de caráter mensal.

A título de exemplo, conforme a PIA de 2006, os motores da indústria paranaense seriam alimentos

(22,0% do VTI), refino de petróleo e álcool (20,0%), veículos automotores (12,0%), máquinas e equipamentos

(6,0%), celulose e papel (6,0%) e madeira (5,0%), sendo que a atividade de edição, impressão e reprodução

apareceria com 1,9%. Já pelas regras da PIM-PF, os parques automotivo, de alimentos, de refino de petróleo e

gráfico, responderiam por, respectivamente, 20,0%, 17,0%, 9,0% e 8,0% do esforço industrial do Estado. Em

outros termos, a indústria gráfica teria quase a mesma envergadura da Refinaria da Petrobrás de Araucária.

Voltando aos dados do 1º quadrimestre, nas atividades comerciais, o declínio foi determinado, em

grande medida, por supermercados, calçados, vestuário e móveis, reflexo da despencada dos níveis de

crédito, salários e emprego.

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Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v.2, n.4, junho 20095

No caso do agronegócio, responsável por 1/3 da renda gerada no território estadual, a crise inaugurou

novo estágio de deterioração das relações de troca do setor, em substituição à fase ascendente vivida entre

2007 e o 1º semestre de 2008 que, aliás, não proporcionou a reposição das perdas amargadas no intervalo

2004-2006, por motivos climáticos, fitossanitários, de mercado e de gestão econômica do país (juros altos e

câmbio baixo).

Como a instabilidade atual coincidiu com o momento de escolhas estratégicas dos agentes para a

safra 2008/2009, a cesta de subsídios ao exercício de tomada de decisões esteve constituída por redução

da demanda, das cotações dos produtos e do crédito, oferecido por empresas financeiras e não

financeiras (fornecedores de insumos e tradings de produtos), inclusive para adiantamentos de contratos

de câmbio, com a intensificação das garantias e exigências de reciprocidades, em meio à conjuntura de

elevados preços dos fertilizantes e, em consequência, das despesas de produção, e de pronunciada seca

no Paraná e no Rio Grande dos Sul.

Do lado do mercado de trabalho, segundo o IBGE, o pessoal ocupado assalariado na indústria do

Paraná caiu 6,3% no 1º quadrimestre de 2009, contra queda de 4,4% no Brasil, puxada pelas atividades

madeireira, têxtil, vestuário, calçados, máquinas e equipamentos e material de transporte. Nas horas

pagas na produção, o recuo foi de 6,6% contra 5,3% para o Brasil.

Diante do que foi resumidamente exposto, é fácil perceber que a remoção das barreiras ao desen-

volvimento do Paraná (a crise é uma delas) requer a restauração e/ou intensificação do uso de instrumentos de

planejamento público, como elementos definidores da correção das distorções e imperfeições do tecido

econômico e social, ocasionadas pela radicalização da predominância do livre jogo das forças de mercado, e

indutores da otimização das vantagens competitivas dos diferentes espaços regionais.

Para tanto, é imprescindível o exercício de pressões ativas para a restauração dos pilares de presença e

influência política paranaense junto à esfera federal (executivo e legislativo), na defesa legítima de programas e

projetos essenciais ao desenvolvimento do Estado – como a luta contra o passeio do ICMS da energia elétrica

e a exígua participação no rateio dos recursos do Orçamento da União –, e na busca de reconstrução dos

ingredientes básicos de uma retaguarda de fomento, campos férteis em um país desprovido de políticas de

desenvolvimento há quase três décadas.

A tímida capacidade de interferência política das instituições do Estado na órbita federal, apesar da

ocupação das pastas do Planejamento e da Agricultura, e a aparente ausência de empenho dos atores

locais na direção da preservação e/ou busca de consolidação de atividades motrizes, estariam na raiz de

outros eventos negativos que vem atingindo o Paraná.

Dentre eles, vale grifar a insuficiência dos investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento

(PAC) frente às necessidades de alocação de recursos na deteriorada infraestrutura do Estado, e a perpe-

tuação de precários indicadores sociais, sobretudo quando cotejados com os apresentados pelas unidades

federativas das regiões Sudeste e Sul do país.

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Quando as regras do jogo mudam

Christian Luiz da Silva*

Para um país se desenvolver, precisa ter regras claras e um ambiente democrático fortalecido de modo

que se permita o planejamento e a avaliação sobre as melhores alternativas de alocação dos recursos. Cada

vez que mudamos uma regra do jogo, alteram-se também as possibilidades relativas às decisões que

envolvem aquela regra, bem como colocam-se em questão as demais regras existentes em virtude da

possibilidade de mudança também. Quanto mais se mudam as regras, mais instável é o ambiente político e

econômico para novas tomadas de decisões. Instaura-se um ambiente de instabilidade. Essas regras são as

instituições de um país, composto, por exemplo, pela legislação, pela organização dos agentes, entre outras,

como as regras do sistema financeiro. A mudança do sistema de tributação da poupança parece uma ação

corriqueira no sistema financeiro, mas também é uma alteração das regras do jogo. Diante disso, cabe refletir

sobre o motivo dessa alteração e o possível impacto da mesma.

O motivo está relacionado ao custo de oportunidade do dinheiro, ou seja, deixar menos atrativo a

poupança para investimentos maiores que R$ 50 mil, incentivando os investidores desses montantes a

manter suas aplicações em títulos do governo e fundos de rendas fixas, com a finalidade de financiar a

dívida interna do governo e mantendo um fluxo contínuo nas aplicações dos bancos comerciais.

O possível impacto é a diminuição da atratividade da poupança para os investidores, não somente os

médios e grandes, mas também os pequenos investidores, que não têm informação suficiente para

compreender essas mudanças. Estes ficaram sem rumo ao querer saber qual alternativa estável, segura,

buscar. A única, para pequenos investidores, era a poupança, cuja mudança acontecida no governo Collor é

lembrada até hoje como algo inesperado e com impacto nas nossas regras do jogo e na nossa economia.

Essa lembrança se deve ao fato da poupança representar uma instituição: local de investimento seguro. É

também um parâmetro para as decisões econômicas e uma alternativa para pequenos investidores. Quando

foi alterada no governo Collor, criou-se um ambiente instável porque se mexia em uma das poucas

“instituições” seguras da economia naquele momento. Agora retomamos isso. Contudo, a perplexidade com a

mudança nas regras da poupança já é não tão grande. Não porque deixou de ser uma instituição, mas porque

já estamos (infelizmente) nos acostumando com as mudanças nas regras do jogo. Tal situação nos distancia

de um ambiente estável para o real crescimento da economia.

Um dos argumentos adicionais era o vínculo da poupança com o custo dos financiamentos para o

sistema habitacional. Isso é uma verdade, porém haveria alternativas a esta para se ter um sistema de

financiamento melhor, com regras próprias. Isso representa uma mudança da regra do jogo possível, sem

criar instabilidades. Quando as regras não são mais viáveis ou adequadas ao atual sistema, demanda-se

a sua alteração que é conhecida e aceita pelos agentes econômicos (empresas, sociedade e governo)

sem criar instabilidades.

*Economista, pós-doutor em administração pela USP e professor da FAE Centro Universitário.

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Por isso, não estamos argumentando que as regras devem ser imutáveis. Como no caso do vínculo

da poupança para regra habitacional poderiam se buscar alternativas e mudar essa regra. O que não

funciona deve ser mudado. Devemos ter consciência sobre as mudanças e elas devem ocorrer quando

são necessárias, avaliando o custo e o benefício de cada ação. A atual decisão de tributação da

poupança muda a regra do jogo, estabelecida há anos, justificada para desincentivar os médios e grandes

investidores nesta fonte de financiamento por uma situação conjuntural de redução da queda de juros. Ou

seja, uma mudança desnecessária. Se muitos mantinham os investimentos na poupança rendendo entre

6 a 8% ao ano enquanto os títulos públicos rendiam entre 15 a 17% ao ano ou próximo disso na renda

fixa, eram porque consideravam essa fonte de investimento segura; longe das instabilidades financeiras.

Mudar essa regra para manter o fluxo de financiamento público, entre outros objetivos, é uma visão de

curto prazo e míope acerca da importância de se manter instituições reconhecidas pela sociedade.

O custo dessa ação será alto; será a mudança de percepção da sociedade sobre essa fonte de

investimento que sempre foi considerada um porto seguro para a população. Neste sentido, caberá a questão

final: qual a próxima regra do jogo que vai ser alterada? A outra questão é: como planejar sem saber responder

a questão anterior? Esse será o resultado com essa mudança: maior instabilidade institucional e um ambiente

menos estável para novos investimentos.

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Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v.2, n.4, junho 20091

Indicadores

EXPECTATIVA MÉDIA ANUAL DO MERCADO PARA A ECONOMIA BRASILEIRA: PIB, JUROS, CÂMBIO

E INFLAÇÃO - 2009-2013

ANOTAXA DE CRESCIMENTO

DO PIB

TAXA DE JUROS

SELIC

TAXA DE CÂMBIO

R$/US$

TAXA DE INFLAÇÃO

IPCA

2009 -0,61 10,01 2,17 4,29

2010 3,35 9,47 2,15 4,28

2011 4,07 9,68 2,19 4,41

2012 4,29 9,75 2,22 4,33

2013 4,25 9,49 2,24 4,27

FONTE: Banco Central do Brasil, Gerin. Com base nas expectativas de 22/05/2009

INDICADORES CONJUNTURAIS DA INDÚSTRIA BRASILEIRA, SEGUNDO REGIÕES E UNIDADES DA FEDERAÇÃO - MARÇO 2009

PESSOAL OCUPADO ASSALARIADOFOLHA DE

PAGAMENTO REAL

NÚMERO DE

HORAS PAGASGRANDES REGIÕES E

UNIDADES DA FEDERAÇÃO

SELECIONADAS Mensal AcumuladoÚltimos

12 mesesMensal Acumulado

Últimos

12 mesesMensal Acumulado

Últimos

12 meses

BRASIL 94,97 96,05 100,28 97,83 99,99 104,37 94,44 95,00 99,91

Regiões.Norte e Centro Oeste 91,40 93,32 99,88 98,48 100,38 105,01 90,88 92,07 99,41

Região Nordeste 95,84 97,00 99,20 101,15 102,25 103,35 95,17 95,76 98,69

Ceará 98,09 98,23 100,64 105,47 106,40 106,66 98,99 98,13 101,39

Pernambuco 93,47 96,04 97,00 100,52 98,97 104,43 92,08 93,80 95,01

Bahia 98,57 98,39 100,25 101,40 101,02 104,33 97,53 97,33 101,61

Região Sudeste 95,65 96,67 101,23 97,14 99,92 104,94 95,07 95,67 100,98

Minas Gerais 93,83 95,52 102,11 95,18 101,64 107,61 93,95 95,23 102,48

Espírito Santo 97,36 98,46 100,00 105,86 113,87 109,50 97,61 97,98 99,41

Rio de Janeiro 96,56 97,66 100,88 105,10 102,33 102,02 95,24 96,31 100,21

São Paulo 95,96 96,77 101,06 96,05 98,69 104,60 95,26 95,59 100,70

Região Sul 94,40 95,19 98,93 98,20 98,88 102,98 94,06 94,20 98,46

Paraná 93,84 94,45 98,90 98,75 99,22 105,76 94,20 93,99 98,89

Santa Catarina 96,03 96,18 97,70 101,12 101,24 102,18 95,71 95,33 97,80

Rio Grande do Sul 93,46 94,95 100,10 95,51 96,79 101,22 92,49 93,38 98,76

FONTE: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria. Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (www.ibge.gov.br)

NOTAS: Número índice base = 100

Índice Mensal: compara os dados do mês de referência do índice com os de igual mês do ano anterior;

Índice Acumulado: compara os dados acumulados no ano, de janeiro até o mês de referência do índice, com os de igual período do ano anterior;

Índice Acumulado 12 Meses: compara os dados acumulados nos últimos 12 meses de referência do índice, com os dos 12 meses imediatamente anteriores.

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EVOLUÇÃO DIÁRIA DO ÍNDICE IBOVESPA – MAIO/ 2008 - ABR/ 2009

DIA MAIO JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MARC ABR

1 ... ... 63.396,19 57.630,35 55.162,14 49.798,65 ... 34.740,50 ... ... ... 41.976,33

2 69.366,39 71.897,25 61.106,22 ... 54.404,41 46.145,10 ... 35.000,84 40.244,22 38.666,44 36.234,69 43.736,45

3 ... 70.011,92 59.273,38 ... 53.527,01 44.517,32 38.249,44 35.296,70 ... 39.746,76 36.467,56 44.390,98

4 ... 68.673,14 59.365,35 55.609,07 51.408,54 ... 40.254,80 35.127,77 ... 40.129,04 38.402,24 ...

5 70.174,88 71.209,12 ... 56.470,59 51.939,60 ... 37.785,66 35.347,39 41.518,66 41.108,65 37.368,93 ...

6 70.195,27 69.785,87 ... 57.542,49 ... 42.100,79 36.361,91 ... 42.312,28 42.755,50 37.105,09 44.167,26

7 69.017,66 ... 59.088,20 57.017,55 ... 40.139,85 36.665,11 ... 40.820,25 ... ... 43.824,53

8 69.722,25 ... 59.535,95 56.584,40 50.717,97 38.593,54 ... 38.284,91 41.990,55 ... ... 44.181,98

9 69.645,70 69.281,20 ... ... 48.435,30 37.080,30 ... 37.968,11 41.582,94 42.100,12 36.741,35 45.538,71

10 ... 67.774,94 60.252,74 ... 49.633,16 35.609,54 36.776,27 39.004,40 ... 41.207,43 38.794,55 ...

11 ... 66.794,76 60.148,26 54.720,25 51.270,40 ... 37.261,90 38.519,07 ... 40.845,62 38.804,80 ...

12 70.415,82 67.319,63 ... 54.502,97 52.392,86 ... 34.373,99 39.373,86 39.403,47 40.500,79 39.151,86 ...

13 70.503,25 67.203,52 ... 54.573,18 ... 40.829,13 35.993,33 ... 39.544,23 41.673,62 39.015,37 45.991,89

14 70.026,62 ... 60.720,90 55.138,35 ... 41.569,03 35.789,10 ... 37.981,77 ... ... 45.418,18

15 71.492,36 ... 61.015,09 54.244,33 48.416,33 36.833,02 ... 38.320,19 39.151,08 ... ... 45.272,65

16 72.766,93 67.284,61 62.056,47 ... 49.228,92 36.441,72 ... 39.993,46 39.341,54 41.841,32 38.607,20 46.024,78

17 ... 68.437,50 60.108,72 ... 45.908,51 36.399,09 35.717,21 39.947,43 ... 39.846,97 39.510,72 45.778,28

18 ... 67.090,45 59.988,10 53.326,54 48.422,75 ... 34.094,66 39.536,27 ... 39.674,39 40.142,29 ...

19 73.438,83 66.590,41 ... 53.638,69 53.055,38 ... 33.404,55 39.131,23 38.828,32 39.730,33 40.453,43 ...

20 73.516,81 64.613,79 ... 55.377,15 ... 39.441,08 ... ... 37.272,07 38.714,64 40.076,41 44.433,15

21 72.294,80 ... 60.771,79 55.934,69 ... 39.043,39 31.250,60 ... 38.542,90 ... ... ...

22 ... ... 59.647,32 55.850,13 51.540,58 35.069,73 ... 37.618,50 37.894,33 ... ... 44.888,20

23 71.451,80 64.640,45 59.420,86 ... 49.593,17 33.818,49 ... 36.470,78 38.132,35 ... 42.438,55 45.801,17

24 ... 64.167,77 57.434,37 ... 49.842,99 31.481,55 34.188,83 ... ... ... 41.475,83 46.771,79

25 ... 65.853,34 57.199,14 54.477,25 51.828,46 ... 34.812,86 ... ... 38.231,58 41.799,30 ...

26 71.628,74 63.946,92 ... 54.358,70 50.782,99 ... 36.469,61 36.854,13 38.509,45 38.180,18 42.588,66 ...

27 70.992,06 64.321,11 ... 55.519,24 ... 29.435,11 36.212,65 ... 38.698,92 38.183,31 41.907,29 45.819,71

28 73.153,23 ... 56.869,02 56.382,22 ... 33.386,65 36.595,87 ... 40.227,45 ... ... 45.821,44

29 71.797,54 ... 58.042,87 55.680,41 46.028,06 34.845,21 ... 37.060,16 39.638,42 ... ... 47.226,79

30 72.592,50 65.017,58 59.997,64 ... 49.541,27 37.448,77 ... 37.550,31 39.300,79 ... 40.653,13 47.289,53

31 ... ... 59.505,17 ... ... 37.256,84 ... ... ... ... 40.925,87 ...

Mínimo 69.017,66 63.946,92 56.869,02 53.326,54 45.908,51 29.435,11 31.250,60 34.740,50 37.272,07 38.180,18 36.234,69 41.976,33

Máximo 73.516,81 71.897,25 63.396,19 57.630,35 55.162,14 49.798,65 40.254,80 39.993,46 42.312,28 42.755,50 42.588,66 47.289,53

Médio 71.075,03 67.332,18 59.943,65 55.608,13 50.585,78 38.122,37 35.960,02 37.614,14 39.438,15 40.242,72 39.465,50 45.141,31

FONTE: Ibovespa

NOTA: Índice Ibovespa é o valor atual, em moeda corrente, de uma carteira teórica de ações constituída em 2/1/1968 (valor-base: 100 pontos), a partir de uma aplicação hipotética.

Supõe-se não ter sido efetuado nenhum investimento adicional desde então, considerando-se somente os ajustes efetuados em decorrência da distribuição de proventos

pelas empresas emissoras (tais como reinversão de dividendos recebidos e do valor apurado com a venda de direitos de subscrição, e manutenção em carteira das ações

recebidas em bonificação). Dessa forma, o índice reflete não apenas as variações dos preços das ações, mas também o impacto da distribuição dos proventos, sendo

considerado um indicador que avalia o retorno total de suas ações componentes (IBOVESPA).

Sinal convencional utilizado:

... Dado não disponível.

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Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v.2, n.4, junho 20093

INDICADORES CONJUNTURAIS DA INDÚSTRIA BRASILEIRA, SEGUNDO TIPO DE INDÚSTRIA - PESSOAL OCUPADO

ASSALARIADO – MARÇO 2009

INDÚSTRIA MENSAL ACUMULADOÚLTIMOS

12 MESES

Indústria Geral 94,97 96,05 100,28

Indústrias Extrativas 100,48 100,81 103,28

Indústria de Transformação 94,84 95,93 100,2

Alimentos e Bebidas 97,63 98,39 101,15

Fumo 91,34 90,11 91,93

Têxtil 92,96 93,67 93,66

Vestuário 91,41 91,45 92,81

Calçados e Couro 89,68 89,89 91,48

Madeira 84,12 85,37 89,23

Papel e Gráfica 106,97 103,17 101,72

Coque, Refino de Petróleo, Comb. Nucleares e Álcool 103,48 105,96 107,10

Produtos Químicos 96,30 96,91 103,78

Borracha e Plástico 91,10 92,75 98,47

Minerais Não-Metálicos 100,80 101,72 104,55

Metalurgia Básica 97,21 100,23 105,84

Produtos de Metal - exclusive máquinas e equipamentos 92,63 94,29 102,34

Máquinas e Equips - excl. elétr., eletrôn., de precisão e de comun. 91,81 95,62 105,63

Máquinas e Aparelhos Elétr., Eletrôn. de Precisão e de Comunicações 93,86 96,90 106,28

Fabricação de Meios de Transporte 93,05 95,49 104,49

Fabricação de Outros Produtos da Indústria de Transformação 94,11 94,52 96,79

FONTE: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria. Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (www.ibge.gov.br)

NOTAS: Número índice base = 100

Índice Mensal: compara os dados do mês de referência do índice com os de igual mês do ano anterior;

Índice Acumulado: compara os dados acumulados no ano, de janeiro até o mês de referência do índice, com os de igual período

do ano anterior;

Índice Acumulado 12 Meses: compara os dados acumulados nos últimos 12 meses de referência do índice, com os dos 12

meses imediatamente anteriores.

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Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v.2, n.4, junho 20094

BRASIL - DESEMBOLSOS DO SISTEMA BNDES, SEGUNDO OS GÊNEROS INDUSTRIAIS - 2007-2009

(Em US$ milhões)

JAN-MARGÊNERO INDUSTRIAL 2007

2008 2009

VAR. (%)

2009/2008

Indústria de Transformação 13.182 4.283 3.381 -21,1

Produtos Alimentícios 2.260 679 407 -40,1

Bebidas 212 73 39 -46,5

Produtos do Fumo 7 0 0 -

Produtos Têxtil 153 172 21 -87,8

Confecção de Artigos do Vestuário e Acessórios 55 85 11 -87,1

Couros, Calçados e Artefatos 87 187 14 -92,5

Produtos de Madeira 184 66 67 1,3

Celulose, Papel e Produtos de papel 944 174 878 404,6

Impressão, Reprodução de Gravações 16 6 9 45,1

Refino Petróleo, Coque e Biocombustíves 943 352 576 63,6

Produtos Químicos 993 250 100 -60,0

Produtos Farmaquímicos e Farmacêuticos 325 69 24 -65,2

Produtos de Borracha e Material Plástico 576 50 51 2,0

Produtos Minerais Não-Metálicos 223 68 81 19,1

Metalúrgica 1.572 326 410 25,8

Produtos de Metal, exceto Máquinas e Equipamentos 270 64 36 -43,8

Equipamentos de Informática, Produtos de Eletrônica e Ópticos 423 69 12 -82,6

Máq. Aparelhos e Mat. Elétricos 434 166 108 -34,9

Máquinas e Equipamentos 895 220 104 -52,7

Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias 1.604 969 196 -79,8

Outros Equipamentos de Transporte, exceto Veículos Automotores 889 150 216 44,0

Móveis 76 77 15 -80,5

Produtos Diversos 32 9 4 -55,6

Manutenção, Reparação e Instalação de Máquinas e Equipamentos 7 2 2 -

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NÍVEL MÉDIO DE UTILIZAÇÃO DA CAPACIDADE INSTALADA E BALANÇA COMERCIAL POR GÊNEROS DA INDÚSTRIA BRASILEIRA

NÍVEL MÉDIO DE UTILIZAÇÃO DA CAP. INSTALADA (%) BALANÇA COMERCIAL - (US$ MILHÕES FOB)

2008 e 2009 Jan-Abr/2009 Jan-Abr/2008DISCRIMINAÇÃO

Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Jan. Fev. Mar. Abr. Exp. Imp. Saldo Exp. Imp. Saldo

Indústria de Transformação 86,3 86,1 86,6 86,3 86,3 85,2 80,6 76,7 77,0 77,0 77,6 25.268 29.935 -4.667 33.604 36.220 -2.616

Minerais Não-Metálicos 88,7 89,0 88,9 90,7 90,4 89,2 77,6 82,9 83,2 79,9 78,5 425 315 110 661 325 336

Metalúrgica 92,5 91,9 93,0 92,5 92,1 89,4 78,7 66,4 68,2 66,0 68,5 4.157 2.564 1.593 5.981 3.258 2.723

Mecânica 87,9 88,0 86,1 87,1 84,6 83,1 77,9 68,3 67,7 71,1 73,0 2.466 6.887 -4.421 3.927 7.382 -3.455

Mat. Elétr. e de Comunicação 83,9 82,7 85,6 84,8 85,4 80,1 76,3 70,4 69,1 68,2 69,1 1.571 4.288 -2.717 2.110 6.055 -3.945

Material de Transporte 93,0 93,0 92,6 92,8 92,4 89,1 76,1 74,1 76,4 80,1 81,3 3.873 3.937 -64 6.125 4.350 1.775

Madeira ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... 553 42 511 1.072 54 1.018

Mobiliário 77,1 83,0 80,6 82,4 79,5 78,9 79,7 72,2 69,2 75,7 73,8 253 144 109 341 165 176

Celulose e Papel 92,0 93,2 93,2 92,8 92,0 89,8 89,2 89,4 86,4 84,8 87,2 1.555 391 1.164 1.669 513 1.156

Borracha ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... 484 733 -249 744 963 -219

Couros e Peles ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... 352 103 249 759 122 637

Química 85,2 85,1 85,3 82,2 82,9 84,4 82,5 82,7 82,2 82,3 82,8 1.659 3.943 -2.284 2.195 5.702 -3.507

Farmacêutica e Veter. 73,5 73,5 74,2 73,3 72,8 72,7 75,3 72,9 73,4 73,9 73,1 340 1.349 -1.009 289 1.267 -978

Perfumaria, Sabões e Velas ... ... ... ... ... ... ... ... ... 238 225 13 291 219 72

Prod. Matérias Plásticas 84,3 84,4 87,4 85,9 86,1 84,9 81,1 80,5 79,5 78,5 78,7 832 1.411 -579 884 1.770 -886

Têxtil 88,3 89,5 88,7 87,7 86,9 87,5 83,7 80,0 83,9 84,0 85,8 480 644 -164 559 970 -411

Vestuário, Calç. e Art.Tec. 88,2 86,0 87,0 87,4 87,9 87,4 86,0 81,9 83,0 82,4 85,0 627 564 63 877 400 477

Produtos Alimentares 85,6 85,3 86,2 87,8 87,4 86,5 83,0 78,1 79,5 78,1 77,3 4.734 612 4.122 4.180 586 3.594

Bebidas/Álcool Carburante ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... 341 78 263 539 67 472

Fumo Manufaturado ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... 18 1 17 22 1 21

Indústrias Diversas 78,8 77,7 78,3 80,0 81,3 80,7 80,7 77,9 76,4 77,2 76,1 310 1.704 -1.394 379 2.051 -1.672

FONTE: FGV/SECEX (disponível em: www.mdic.gov.br)

NOTA: Porcentagem da capacidade máxima operacional utilizada no mês. O complemento de 100 representa o nível médio de ociosidade.

Sinal convencional utilizado:

... Dado não disponível.

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Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v.2, n.4, junho 20096

PREÇO MÉDIO MENSAL E NOMINAL NO ATACADO EM REAIS (R$) DE PRODUTOS AGRÍCOLAS SELECIONADOS -DEZ 2000-ABR/ 2009

SÃO PAULO PARANÁ

PERÍODO Arroz

(30 kg)

Feijão Preto

(30 kg)

Soja (em farelo),

( t)

Trigo (em grão)

(60 kg)

Milho

(60 kg)

Dez./2000 18,97 19,79 346,70 15,13 12,37

Dez./2001 24,35 41,33 447,25 18,47 9,77

Dez./2002 29,92 44,11 553,11 26,62 16,42

Dez./2003 45,65 44,51 652,75 30,02 18,04

Dez./2004 41,89 44,58 696,37 27,52 17,94

Dez./2005 29,33 53,09 527,90 22,18 17,01

Dez./2006 31,51 40,46 459,35 24,01 15,09

Jan./2007 32,27 29,87 517,36 28,61 19,31

Fev./2007 29,97 28,50 541,92 27,12 18,56

Mar./2007 31,33 29,88 508,33 27,10 18,31

Abr./2007 33,18 27,82 468,93 27,59 17,14

Maio/2007 34,05 30,24 431,54 28,86 16,67

Jun./2007 32,19 35,26 450,49 29,15 16,65

Jul./2007 32,91 36,50 452,27 29,84 16,13

Ago./2007 36,16 40,85 484,23 33,18 18,59

Set./2007 38,47 45,67 558,51 37,37 22,64

Out./2007 33,86 51,95 603,74 35,89 22,57

Nov./2007 35,39 56,27 642,87 33,52 26,28

Dez./2007 43,67 72,29 682,33 34,35 28,69

Jan./2008 40,95 78,10 712,80 37,02 26,30

Fev./2008 43,75 84,87 713,92 38,52 23,98

Mar./2008 42,75 82,93 661,77 42,89 22,89

Abr./2008 44,14 79,74 642,38 44,79 23,02

Maio/2008 51,5 88,06 644,12 45,45 23,00

Jun./2008 58 100,73 724,68 43,56 22,90

Jul./2008 57,8 95,44 751,79 40,60 24,26

Ago./2008 58,15 91.89 647,56 33,68 21,03

Set./2008 56,25 104,87 679,15 30,36 20,26

Out./2008 56,32 114,79 725,42 29,65 19,58

Nov./2008 57,5 88,56 747,36 28,79 18,30

Dez./2008 52,54 85,72 736,91 28,50 17,93

Jan./2009 52,00 90,34 854,85 29,92 20,52

Fev./2009 50,62 77,38 870,88 31,54 20,02

Mar./2009 49,45 61,21 768,29 31,79 18,60

Abr./2009 49,26 ... ... ... ...

FONTE: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA); CONAB; SEAB-PR

NOTA: Cotação para o arroz longo fino agulinha.

Sinal convencional utilizado:

... Dado não disponível.

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PREÇO MÉDIO DO ALUMÍNIO, SOJA E PETRÓLEO, BRASIL – 2000 A FEV 2009

(Em US$)

PERÍODOALUMÍNIO

(por tonelada)

SOJA EM GRÃO

(por tonelada)

PÉTROLEO BRUTO

(por brent, barril)

2000 1.551,5 183,0 28,6

2001 1.446,7 168,8 24,5

2002 1.351,1 188,8 25,0

2003 1.432,8 233,3 28,9

2004 1.718,5 276,8 38,3

2005 1.900,5 223,2 54,6

2006 2.573,1 217,4 65,2

Jan./2007 2.799,1 256,0 53,7

Fev./2007 2.839,1 278,0 57,6

Mar./2007 2.757,1 277,0 62,1

Abr./2007 2.817,1 270,0 67,5

Maio/2007 2.804,6 283,0 67,2

Jun./2007 2.681,3 303,0 71,0

Jul./2007 2.738,1 313,0 76,9

Ago./2007 2.512,6 309,0 70,8

Set./2007 2.395,0 348,0 77,2

Out./2007 2.444,5 358,0 82,3

Nov./2007 2.507,2 389,0 92,4

Dez./2007 2.382,8 423,0 90,9

Jan./2008 2.456,1 462,0 92,2

Fev./2008 2.784,9 507,7 95,0

Mar./2008 3.012,1 496,2 103,6

Abr,/2008 2968 483 122,8

Maio/2008 2.908,3 489 109,1

Jun./2008 2.967,9 552 138,4

Jul./2008 3.067,5 554 124,1

Ago./2008 2.762,6 471 113,49

Set./2008 2.524,1 438 93,51

Out./2008 2.122 339 60,00

Nov./2008 1.857,1 329 47,72

Dez./2008 1.504,4 319 35,82

Jan./2009 1.420,4 365 44,17

Fev./2009 1.338,1 341 44,41

FONTE: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA); Fundo Monetário Internacional (FMI)

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INDICADORES DO MERCADO FINANCEIRO NACIONAL E INTERNACIONAL

BRASIL EUA BRASIL

DATA Fundo de InvestimentoFinanceiro – FIF

(PL mensal, em milhões R$)

Fundo de Ações(PL mensal, em milhões R$)

Índice Ibovespafechamento

mensal

(pontos)

Dow Jones – NYSEmédia mensal

(pontos)

Nasdaqmédia mensal

(pontos)

Valor das empresaslistadas no Ibovespa(em milhões de R$)

1995 63.268 1.990 42.990 ... 1.052 -

1996 109.100 5.173 70.399 ... 1.291 147.563,20

1997 112.111 15.003 10.196 7.916 1.570 205.167,50

1998 134.808 13.412 6.784 9.275 2.193 119.129,70

1999 198.663 20.778 17.091 11.497 4.069 276.959,50

2000 271.538 24.382 15.259 10.787 2.471 299.720,10

2001 320.604 24.925 13.509 10.137 1.987 294.498,50

2002 321.605 32.221 11.268 8.342 1.336 294.017,00

2003 466.793 41.669 22.236 10.454 2.003 493.633,00

2004 541.965 49.491 26.196 10.800 2.178 642.025,00

2005 653.714 59.878 33.455 10.718 2.205 841.225,00

2006 794.875 88.164 44.473 12.463 2.415 1.180.653,00

Jan./2007 814.832 90.785 44.641 12.622 2.464 1.229.161,00

Fev./2007 826.769 92.187 43.892 12.269 2.416 1.198.722,00

Mar./2007 833.929 96.054 45.804 12.354 2.422 1.245.897,00

Abr./2007 851.809 101.789 48.956 13.063 2.525 1.318.668,00

Maio/2007 868.553 108.809 52.268 13.628 2.605 1.430.688,00

Jun./2007 880.969 115.566 54.392 13.409 2.603 1.462.436,00

Jul./2007 888.442 123.390 54.182 13.212 2.546 1.467.662,00

Ago./2007 889.388 123.118 54.637 13.358 2.596 1.483.129,00

Set./2007 897.193 134.324 60.465 13.896 2.702 1.658.439,00

Out./2007 909.421 145.888 65.317 13.930 2.859 1.792.778,00

Nov./2007 910.165 145.635 63.006 13.372 2.661 1.735.614,00

Dez./2007 912.869 166.674 63.886 13.265 2.652 1.764.961,00

Jan./2008 921.588 155.630 59.490 12.650 2.390 1.624.321,00

Fev./2008 931.243 159.908 63.489 12.266 2.271 1.736.301,00

Mar./2008 956.708 159.141 60.968 12.263 2.279 1.640.944,00

Abr./2008 ... ... 67.868 13.010 2.481 ...

Maio./2008 ... ... 72.593 12.638 2.522 ...

Jun./2008 ... ... 65.018 11.350 2.292 ...

Jul./2008 ... ... 59.505 11.378 2.325 ...

Ago./2008 ... ... 55.680 11.543 2.367 ...

Set./ 2008 ... ... 49.541 10.805 2082 ...

Out./ 2008 ... ... 37.257 9.325 1.721 ...

Nov./2008 ... ... 36.596 8.829 1.536 ...

Dez./2008 ... ... 37.550 8.876 1.577 ...

Jan./2009 ... ... 39.300 8.001 1.467 ...

Fev./2009 ... ... 38.183 7603 1378 ...

Març/2009 ... ... 40.926 7.609 1.529 ...

Abr/2009 ... ... 47.290 8.168 1.717 ...

FONTES: Banco Central do Brasil; Bovespa (índice de fechamento do último dia útil do mês); Dow Jones; Nasdaq

NOTA: Para os anos de 1995 a 2006, os valores referem-se ao mês de dezembro.

Sinal convencional utilizado:

... Dado não disponível.

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VOLUME E PARTICIPAÇÃO DAS EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES DOS 10 PRINCIPAIS PAÍSES NO COMÉRCIO MUNDIAL DE PRODUTOS - 2007

(Em bilhões de dólares)

RANK EXPORTRADORES VALOR (%) RANK IMPORTADORES VALOR (%)

1 Alemanha 1326,4 9,5 1 Estados Unidos 2020,4 14,2

2 China 1217,8 8,7 2 Alemanha 1058,6 7,4

3 Estados Unidos 1162,5 8,3 3 China 956,0 6,7

4 Japão 712,8 5,1 4 Japão 621,1 4,4

5 França 553,4 4,0 5 Reino Unido 619,6 4,4

6 Holanda 551,3 4,0 6 França 615,2 4,3

7 Itália 491,5 3,5 7 Itália 504,5 3,5

8 Reino Unido 437,8 3,1 8 Holanda 491,6 3,5

9 Belgica 430,8 3,1 9 Bélgica 413,2 2,9

10 Canada 419,0 3,0 10 Canada 389,6 2,7

FONTE: Organização Mundial do Comércio (disponível em: www.wto.org)

EXPORTAÇÕES MUNDIAIS DE PRODUTOS POR REGIÕES E PAÍSES SELECIONADOS - 1948, 1953, 1963, 1973,

1983, 1993, 2003 e 2007

REGIÃO 1948 1953 1963 1973 1983 1993 2003 2007

Valor (Bilhões de dólares)

Mundo 59 84 157 579 1838 3675 7371 13619

Distribuição Percentual

Mundo 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

América do Norte 28,1 24,8 19,9 17,3 16,8 18,0 15,8 13,6

Estados Unidos 21,7 18,8 14,9 12,3 11,2 12,6 9,8 8,5

México 0,9 0,7 0,6 0,4 1,4 1,4 2,2 2,0

América do Sul e Central 11,3 9,7 6,4 4,3 4,4 3,0 3,0 3,7

Brasil 2,0 1,8 0,9 1,1 1,2 1,0 1,0 1,2

Argentina 2,8 1,3 0,9 0,6 0,4 0,4 0,4 0,4

Europa 35,1 39,4 47,8 50,9 43,5 45,4 45,9 42,4

África 7,3 6,5 5,7 4,8 4,5 2,5 2,4 3,1

Oriente Médio 2,0 2,7 3,2 4,1 6,8 3,5 4,1 5,6

Ásia 14,0 13,4 12,5 14,9 19,1 26,1 26,2 27,9

China 0,9 1,2 1,3 1,0 1,2 2,5 5,9 8,9

Japão 0,4 1,5 3,5 6,4 8,0 9,9 6,4 5,2

Índia 2,2 1,3 1,0 0,5 0,5 0,6 0,8 1,1

FONTE: Organização Mundial do Comércio (disponível em: www.wto.org)

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IMPORTAÇÕES MUNDIAIS DE PRODUTOS POR REGIÕES E PAÍSES SELECIONADOS - 1948, 1953, 1963, 1973,

1983, 1993, 2003 e 2007

REGIÃO 1948 1953 1963 1973 1983 1993 2003 2007

Valor (bilhões de dólares)

Mundo 62 85 164 594 1882 3770 7650 13968

Distribuição Percentual

Mundo 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

América do Norte 18,5 20,5 16,1 17,2 18,5 21,5 22,6 19,4

Estados Unidos 13,0 13,9 11,4 12,3 14,3 16,0 17,0 14,5

México 1,0 0,9 0,8 0,6 0,7 1,8 2,3 2,1

América do Sul e Central 10,4 8,3 6,0 4,4 3,8 3,3 2,5 3,3

Brasil 1,8 1,6 0,9 1,2 0,9 0,7 0,7 0,9

Argentina 2,5 0,9 0,6 0,4 0,2 0,4 0,2 0,3

Europa 45,3 43,7 52,0 53,3 44,2 44,8 45,3 43,4

África 8,1 7,0 5,2 3,9 4,6 2,6 2,1 2,6

Oriente Médio 1,8 2,1 2,3 2,7 6,2 3,4 2,7 3,4

Ásia 13,9 15,1 14,1 14,9 18,5 23,3 23,1 25,3

China 0,6 1,6 0,9 0,9 1,1 2,8 5,4 6,8

Japão 1,1 2,8 4,1 6,5 6,7 6,4 5,0 4,4

Índia 2,3 1,4 1,5 0,5 0,7 0,6 0,9 1,6

FONTE: Organização Mundial do Comércio (www.wto.org)

CRESCIMENTO DO VOLUME DE EXPORTAÇÕES, DE PRODUÇÃO MUNDIAL DE PRODUTOS E DO PIB

MUNDIAL - 2000-2007

(Em % ao ano)

PRODUTOS/PIB 2000-07 2005 2006 2007

Exportações mundiais de produtos 5,5 6,5 8,5 6,0

Combustíveis e produtos das indústria extrativas 3,5 3,5 3,5 3,0

Produtos Industrializados 6,5 7,5 10,0 7,5

Produção mundial de produtos 3,0 3,0 3,0 4,0

Agricultura 2,5 2,0 1,5 2,5

Indústria extrativa 1,5 1,5 1,0 0,0

Produtos Industrializados 3,0 4,0 4,0 5,0

PIB mundial real 3,0 3,0 3,5 3,5

FONTE: Organização Mundial do Comércio (disponível em: www.wto.org)

CRESCIMENTO DO VOLUME DO COMÉRCIO MUNDIAL DE PRODUTOS POR REGIÕES SELECIONADAS - 2000-2007

(Em % ao ano)

EXPORTAÇÕES IMPORTAÇÕES

REGIÃO

2000-06 2006 2007 2000-07 2006 2007

Mundo 5,5 8,5 6,0 5,5 8,0 6,0

América do Norte 3,0 8,5 5,0 4,0 6,0 2,0

América do Sul e Central 6,5 3,5 3,5 8,0 15,5 17,5

Europa 4,0 7,5 3,5 3,5 7,5 3,5

União Europea (27) 4,0 7,5 3,0 3,5 7,0 3,0

Comunidade dos Estados Independentes (CEI) 8,0 5,5 7,5 17,0 21,0 19,5

Ásia 10,5 13,5 11,5 8,5 8,5 8,0

Japão 6,5 10,0 9,0 3,0 2,0 1,0

Seis países comerciantes da Ásia Oriental 8,5 12,0 8,5 5,5 7,5 5,0

FONTE: Organização Mundial do Comércio (disponível em: www.wto.org)

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Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v.2, n.4, junho 200911

COMÉRCIO INTRAREGIONAL E INTEREGIONAL DE PRODUTOS - 2007

DESTINO

ORIGEM América

do Norte

América do

Sul e CentralEuropa CEI África

Oriente

MédioÁsia Mundo

Valor (bilhões de dólares)

Mundo 2517 451 5956 397 355 483 3294 13619

América do Norte 951,2 130,7 328,7 12,4 27,3 50,1 352,1 1853,5

América do Sul e Central 151,3 122,0 105,6 6,4 13,7 9,1 80,2 499,2

Europa 458,5 80,4 4243,6 189,0 147,7 152,9 433,7 5772,2

Comunidade de Estados Independentes (CEI) 23,6 6,3 287,5 103,2 6,9 16,2 59,6 510,3

África 91,9 14,6 167,5 0,9 40,5 10,5 80,9 424,1

Oriente Médio 83,9 4,4 108,3 4,8 27,5 93,4 397,3 759,9

Ásia 756,4 92,3 714,6 79,8 91,4 150,4 1889,8 3799,7

Participação das correntes comerciais regionais nas exportações totais de mercadorias de cada região (%)

Mundo 18,5 3,3 43,7 2,9 2,6 3,5 24,2 100,0

América do Norte 51,3 7,0 17,7 0,7 1,5 2,7 19,0 100,0

América do Sul e Central 30,3 24,4 21,2 1,3 2,7 1,8 16,1 100,0

Europa 7,9 1,4 73,5 3,3 2,6 2,6 7,5 100,0

Comunidade de Estados Independentes (CEI) 4,6 1,2 56,3 20,2 1,3 3,2 11,7 100,0

África 21,7 3,4 39,5 0,2 9,5 2,5 19,1 100,0

Oriente Médio 11,0 0,6 14,3 0,6 3,6 12,3 52,3 100,0

Ásia 19,9 2,4 18,8 2,1 2,4 4,0 49,7 100,0

Participação das correntes comerciais regionais nas exportações mundiais de mercadorias (%)

Mundo 18,5 3,3 43,7 2,9 2,6 3,5 24,2 100,0

América do Norte 7,0 1,0 2,4 0,1 0,2 0,4 2,6 13,6

América do Sul e Central 1,1 0,9 0,8 0,0 0,1 0,1 0,6 3,7

Europa 3,4 0,6 31,2 1,4 1,1 1,1 3,2 42,4

Comunidade de Estados Independentes (CEI) 0,2 0,0 2,1 0,8 0,1 0,1 0,4 3,7

África 0,7 0,1 1,2 0,0 0,3 0,1 0,6 3,1

Oriente Médio 0,6 0,0 0,8 0,0 0,2 0,7 2,9 5,6

Ásia 5,6 0,7 5,2 0,6 0,7 1,1 13,9 27,9

FONTE: Organização Mundial do Comércio (disponível em: www.wto.org)

BALANÇA COMERCIAL DO PARANÁ - 1996-2008

(Em $ 1000 (FOB) e Variação % anual)

EXPORTAÇÃO (X) IMPORTAÇÃO (M)ANO

Valor Var. % Valor Var. %

SALDO (X-M)

VALOR

1996 4.245.905 47 2.434.733 2 1.811.172

1997 4.853.587 14 3.306.968 36 1.546.619

1998 4.227.995 (13) 4.057.589 23 170.406

2000 4.394.162 12 4.686.229 27 -292.067

2001 5.320.211 21 4.928.952 5 391.259

2002 5.703.081 7 3.333.392 (32) 2.369.689

2003 7.157.853 26 3.486.051 5 3.671.802

2004 9.405.026 31 4.026.146 15 5.378.879

2005 10.033.533 7 4.527.237 12 5.506.296

2006 10.016.338 (0) 5.977.971 32 4.038.367

2007 12.352.857 23 9.016.597 51 3.336.260

2008 15.247.237 23 14.570.362 62 676.874

FONTE: MDIC/SECEX

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BALANÇA COMERCIAL DO BRASIL - 1996-2008

(Em $ 1000 (FOB) e Variação % anual)

EXPORTAÇÃO (X) IMPORTAÇÃO (M)ANO

Valor Var. % Valor Var. %

SALDO (X-M)

VALOR

1996 47.746.728 ... 53.345.767 ... -5.599.039

1997 52.982.726 11 59.747.227 12 -6.764.501

1998 51.139.862 (3) 57.763.476 (3) -6.623.614

2000 55.118.920 15 55.850.663 13 -731.743

2001 58.286.593 6 55.601.758 (0) 2.684.835

2002 60.438.653 4 47.242.654 (15) 13.195.999

2003 73.203.222 21 48.325.567 2 24.877.655

2004 96.677.497 32 62.835.616 30 33.841.882

2005 118.529.184 23 73.600.376 17 44.928.809

2006 137.807.470 16 91.350.841 24 46.456.629

2007 160.649.073 17 120.620.878 32 40.028.195

2008 197.942.443 23 173.196.634 43 24.745.809

FONTE: MDIC/SECEX

Sinal convencional utilizado:

... Dado não disponível.

CUSTO MENSAL DE PRODUÇÃO NOMINAL DE FRANGO DE CORTE NO PARANÁ POR TECNOLOGIA DE PRODUÇÃO – MAI/2008 ABR/2009

CLIMATIZADO - 15.000 AVES POR LOTE AUTOMÁTICO - 14.000 AVES POR LOTE MANUAL - 12.500 AVES POR LOTETECNOLOGIA/MÊS

R$/kg R$/Frango R$/kg R$/Frango R$/kg R$/Frango

PREÇO DOFRANGO VIVO

R$/KG

Maio 2008 1,61 4,02 1,58 3,94 1,59 3,98 1,62

Junho 2008 1,62 4,05 1,59 3,97 1,61 4,01 1,73

Julho 2008 1,68 4,21 1,65 4,13 1,67 4,18 1,81

Agosto 2008 1,64 4,1 1,60 4,01 1,62 4,06 1,74

Setembro 2008 1,69 4,23 1,66 4,14 1,68 4,19 1,76

Outubro 2008 1,70 4,25 1,66 4,16 1,68 4,21 1,71

Novembro 2008 1,72 4,30 1,68 4,21 1,70 4,26 1,64

Dezembro 2008 1,71 4,28 1,68 4,20 1,70 4,24 1,63

Janeiro 2009 1,74 4,34 1,70 4,24 1,74 4,34 1,65

Fevereiro 2009 1,72 4,31 1,69 4,21 1,73 4,31 1,72

Março 2009 1,63 4,07 1,59 3,98 1,63 4,08 1,69

Abril 2009 1,62 4,04 1,58 3,95 1,62 4,05 1,66

FONTE: CONAB - Companhia Nacional de Abastecimento; EMBRAPA SUÍNOS E AVES (www.conab.gov.br)

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OFERTA E DEMANDA DOS PRINCIPAIS PRODUTOS AGRÍCOLAS BRASILEIROS - SAFRAS 1997/1998 - 2006/2007

continua

(Mil toneladas)

CULTURA SAFRA ESTOQUE INICIAL PRODUÇÃO IMPORTAÇÃO SUPRIMENTO CONSUMO EXPORTAÇÃO ESTOQUE FINAL

1997/98

1998/99

1999/00 233,7 700,3 299,9 1.233,9 885,0 28,5 320,4

2000/01 320,4 938,8 81,3 1.340,5 865,0 147,3 328,2

2001/02 328,2 766,2 67,6 1.162,0 805,0 109,6 247,4

2002/03 247,4 847,5 118,9 1.213,8 807,0 175,4 231,4

2003/04 231,4 1.309,4 105,2 1.646,0 909,9 331,0 405,1

2004/05 405,1 1.298,7 37,6 1.741,4 927,5 391,0 422,9

2005/06 422,9 1.037,8 81,6 1.542,3 870,0 304,5 367,8

Algodão em pluma

2006/07 367,8 1.380,5 50,0 1.798,3 890,0 470,0 438,3

1997/98 1.575,5 8.462,9 2.009,0 12.047,4 11.750,0 9,9 287,5

1998/99 287,5 11.582,2 1.338,0 13.207,7 11.700,0 37,7 1.470,0

1999/00 1.470,0 11.423,1 936,5 13.829,6 11.850,0 21,1 1.958,5

2000/01 1.958,5 10.386,0 951,6 13.296,1 11.950,0 24,4 1.321,7

2001/02 1.321,7 10.626,1 737,3 12.685,1 12.000,0 47,6 637,5

2002/03 637,5 10.367,1 1.601,6 12.606,2 12.250,0 23,5 332,7

2003/04 332,7 12.829,4 1.097,3 14.259,4 12.660,0 92,2 1.507,2

2004/05 1.507,2 13.227,5 728,2 15.462,9 12.900,0 379,7 2.183,2

2005/06 2.183,2 11.579,2 850,0 14.612,4 13.000,0 430,0 1.182,4

Arroz em casca

2006/07 1.182,4 11.315,0 1.200,0 13.697,4 13.100,0 200,0 397,4

1997/98 185,3 2.206,3 211,3 2.602,9 2.500,0 6,2 96,7

1998/99 96,7 2.895,7 92,9 3.085,3 2.950,0 2,6 132,7

1999/00 132,7 3.098,0 78,8 3.309,5 3.050,0 4,7 254,8

2000/01 254,8 2.587,1 130,3 2.972,2 2.880,0 2,3 89,9

2001/02 89,9 2.983,0 82,3 3.155,2 3.050,0 16,2 89,0

2002/03 89,0 3.205,0 103,3 3.397,3 3.130,0 2,8 264,5

2003/04 264,5 2.978,3 79,2 3.322,0 3.150,0 2,3 169,7

2004/05 169,7 3.045,5 100,7 3.315,9 3.200,0 2,3 113,6

2005/06 113,6 3.473,2 70,0 3.656,8 3.300,0 1,5 355,3

Feijão

2006/07 355,3 3.620,8 69,4 4.045,5 3.300,0 6,0 739,5

1997/98 9.548,6 30.187,8 1.728,9 41.465,3 35.000,0 7,2 6.458,1

1998/99 6.458,1 32.393,4 822,1 39.673,6 35.000,0 7,5 4.666,1

1999/00 4.666,1 31.640,9 1.770,5 38.077,5 34.480,0 6,7 3.590,8

2000/01 3.590,8 42.289,3 624,0 46.504,1 36.135,5 5.629,0 4.739,6

2001/02 4.739,6 35.280,7 345,0 40.365,3 36.410,0 2.747,0 1.208,3

2002/03 1.208,3 47.410,9 800,6 49.419,8 37.300,0 3.566,2 8.553,6

2003/04 8.553,6 42.128,5 330,5 51.012,6 38.180,0 5.030,9 7.801,7

2004/05 7.801,7 35.006,7 597,0 43.405,4 39.100,0 1.070,0 3.235,4

2005/06 3.235,4 42.514,9 450,0 46.200,3 37.000,0 3.856,0 5.344,3

Milho

2006/07 5.344,3 47.923,6 100,0 53.367,9 39.500,0 6.500,0 7.367,9

1997/98 2.129,4 31.370,0 406,0 33.905,4 22.400,0 9.287,9 2.217,5

1998/99 2.217,5 30.765,0 582,0 33.564,5 22.300,0 8.917,0 2.347,5

1999/00 2.347,5 32.890,0 807,0 36.044,5 22.520,0 11.517,3 2.007,2

2000/01 2.007,2 38.431,8 849,6 41.288,6 24.380,0 15.675,0 1.233,6

2001/02 1.233,6 42.230,0 1.045,2 44.508,8 27.405,0 15.970,0 1.133,8

2002/03 1.133,8 52.017,5 1.189,2 54.340,5 29.928,0 19.890,5 4.522,0

2003/04 4.522,0 49.988,9 349,0 54.859,9 31.090,0 19.247,7 4.522,2

2004/05 4.522,2 52.304,6 368,0 57.194,8 32.025,0 22.435,1 2.734,7

2005/06 2.734,7 53.413,9 360,0 56.508,6 30.383,0 24.957,9 1.167,7

Soja em grão

2006/07 1.167,7 56.316,3 400,0 57.884,0 30.400,0 25.200,0 2.284,0

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OFERTA E DEMANDA DOS PRINCIPAIS PRODUTOS AGRÍCOLAS BRASILEIROS - SAFRAS 1997/1998 - 2006/2007

conclusão

(Mil toneladas)

CULTURA SAFRA ESTOQUE INICIAL PRODUÇÃO IMPORTAÇÃO SUPRIMENTO CONSUMO EXPORTAÇÃO ESTOQUE FINAL

1997/98 402,2 16.590,0 161,0 17.153,2 5.900,0 10.447,0 806,2

1998/99 806,2 16.511,0 78,0 17.395,2 6.300,0 10.431,0 664,2

1999/00 664,2 16.669,0 98,7 17.431,9 6.800,0 9.375,0 1.256,9

2000/01 1.256,9 18.051,5 218,7 19.527,1 7.200,0 11.270,7 1.056,4

2001/02 1.056,4 20.263,5 367,5 21.687,4 7.580,0 12.517,2 1.590,2

2002/03 1.590,2 21.962,0 305,4 23.857,6 8.100,0 13.602,2 2.155,4

2003/04 2.155,4 22.673,0 187,8 25.016,2 8.500,0 14.485,6 2.030,6

2004/05 2.030,6 23.127,0 188,7 25.346,3 9.100,0 14.421,7 1.824,6

2005/06 1.824,6 21.918,0 100,0 23.842,6 9.600,0 12.332,4 1.910,2

Farelo de soja

2006/07 1.910,2 21.918,0 100,0 23.928,2 10.000,0 12.500,0 1.428,2

1997/98 271,0 3.990,0 223,1 4.484,1 2.740,0 1.366,9 377,2

1998/99 377,2 3.971,0 159,2 4.507,4 2.780,0 1.551,8 175,6

1999/00 275,6 4.009,0 105,4 4.390,0 2.860,0 1.072,9 457,1

2000/01 457,1 4.341,5 72,0 4.870,6 2.935,0 1.651,5 284,1

2001/02 284,1 4.873,5 135,0 5.292,6 2.920,0 1.934,8 437,8

2002/03 437,8 5.282,0 36,0 5.755,8 2.950,0 2.485,9 319,9

2003/04 319,9 5.510,4 27,0 5.857,3 3.010,0 2.517,2 330,1

2004/05 330,1 5.692,8 3,2 6.026,1 3.050,0 2.697,1 279,0

2005/06 279,0 5.479,5 50,0 5.808,5 3.150,0 2.419,4 239,1

Óleo de soja

2006/07 239,1 5.339,0 10,0 5.588,1 3.200,0 2.200,0 188,1

1999/00 609,1 2.402,8 7.718,1 10.730,0 9.977,8 2,3 750,0

2000/01 750,0 1.658,4 7.632,4 10.040,8 9.323,7 1,3 715,8

2001/02 715,8 3.194,2 7.045,7 10.955,6 10.180,2 2,4 773,1

2002/03 773,1 2.913,9 6.853,2 10.540,2 10.240,5 4,0 295,6

2003/04 295,6 6.073,5 5.707,5 12.076,6 10.314,1 1.372,3 390,3

2004/05 390,3 5.845,9 5.311,0 11.547,2 10.433,0 1,8 1.112,4

2005/06 1.112,4 4.873,1 6.266,1 12.251,6 10.989,8 786,1 475,6

Trigo

2006/07 475,6 2.233,7 7.933,3 10.642,7 10.393,4 2,0 247,3

FONTE: Conab (disponível em: www.conab.gov.br)

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PRODUÇÃO, ÁREA COLHIDA E RENDIMENTO MÉDIDO DA SOJA - BRASIL E MAIORES ESTADOS PRODUTORES - 1990-2005

(Mil toneladas e mil hectares)

BRASIL MAIORES ESTADOS PRODUTORES

Mato Grosso Paraná Goiás Mato Grosso do Sul Minas GeraisANOProdução Área Colhida

Rendimento Médio

(kg/ha) Produção Área Colhida Produção Área Colhida Produção Área Colhida Produção Área colhida Produção Área colhida

1990 19.898 11.487 1.732 3.065 1.528 4.650 2.268 1.258 972 2.039 1.256 749 558

1991 14.938 9.617 1.553 2.738 1.165 3.531 1.973 1.661 798 2.018 1.065 972 470

1992 19.215 9.441 2.035 3.643 1.454 3.440 1.811 1.798 823 1.871 941 974 472

1993 22.591 10.635 2.124 4.119 1.679 4.764 2.074 2.004 983 2.289 1.067 1.121 553

1994 24.932 11.525 2.163 5.320 2.023 5.333 2.154 2.310 1.111 2.393 1.102 1.269 591

1995 25.683 11.675 2.200 5.491 2.323 5.694 2.206 2.147 1.122 2.284 1.044 1.200 601

1996 23.167 10.299 2.249 5.033 1.956 6.440 2.387 1.962 880 2.004 832 910 471

1997 26.393 11.486 2.298 6.061 2.193 6.582 2.541 2.464 1.022 2.184 886 1.082 494

1998 31.307 13.304 2.353 7.228 2.643 7.314 2.859 3.409 1.383 2.319 1.109 1.278 563

1999 30.987 13.061 2.372 7.473 2.635 7.755 2.788 3.420 1.334 2.799 1.074 1.339 575

2000 32.821 13.657 2.403 8.774 2.906 7.188 2.858 4.093 1.491 2.486 1.099 1.439 600

2001 37.907 13.985 2.711 9.533 3.121 8.615 2.818 4.052 1.539 3.115 1.065 1.391 632

2002 42.108 16.359 2.574 11.685 3.818 9.539 3.310 5.406 1.903 3.267 1.196 1.951 718

2003 51.919 18.525 2.803 12.966 4.413 11.010 3.649 6.319 2.177 4.091 1.411 2.335 885

2004 49.550 21.539 2.300 14.518 5.263 10.219 4.011 6.092 2.591 3.283 1.796 2.661 1.086

2005(1) 51.182 22.949 2.230 17.761 6.107 9.492 4.155 6.984 2.663 3.719 2.025 2.937 1.119

FONTE: Produção, área e rendimento médio: IBGE – Produção Agrícola Municipal

Elaboração: Secretaria de Política Agrícola-MAPA

(1) Preliminar.

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Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v.2, n.4, junho 200916

TAXA DE CRESCIMENTO DO PIB REAL PARA PAÍSES SELECIONADOS - 1995-2007

PAÍSES 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

MÉDIA DO

CRESCIMENTO

1995-2006

Alemanha 1,7 0,8 1,5 1,8 2,1 3,2 1,2 0,0 -0,2 1,1 0,8 2,9 2,5 1,4

Argentina -2,9 5,5 8,1 3,9 -3,4 -0,8 -4,4 -10,9 8,8 9,3 9,2 8,5 8,7 2,6

Bolívia 4,7 4,4 5,0 5,0 0,4 2,5 1,7 2,4 2,8 3,6 4,0 4,6 4,3 3,4

Brasil 4,2 2,2 3,4 0,0 0,3 4,3 1,3 2,7 1,1 5,7 3,2 3,8 5,4 2,7

Canadá 2,8 1,6 4,2 4,1 5,5 5,3 1,4 3,0 2,3 2,9 3,7 1,8 2,7 3,2

Chile 10,6 7,4 6,6 3,2 -0,8 15,3 7,1 -6,7 -0,7 6,0 5,7 4,3 5,1 4,8

Colômbia 5,2 2,1 3,4 0,6 -4,2 2,9 1,5 1,9 3,9 4,9 4,7 6,8 ... 2,8

Coréia do Sul 9,2 7,0 4,7 -6,9 9,5 8,5 3,8 7,0 3,1 4,7 4,2 5,0 ... 5,0

Equador 1,8 2,4 4,1 2,1 -6,3 2,8 5,1 4,2 3,6 8,0 6,0 3,9 ... 3,1

Estados Unidos 2,5 3,7 4,5 4,2 4,5 3,7 0,8 1,6 2,5 3,6 3,1 2,9 2,2 3,1

França 1,9 1,1 1,9 3,5 3,1 3,8 2,1 1,2 0,5 2,3 1,7 2,2 1,9 2,1

Indonésia 8,2 7,8 4,7 -13,1 0,8 50,1 4,2 -4,3 2,7 4,9 5,7 5,5 6,3 6,4

Itália 2,9 1,1 2,0 1,8 1,7 3,0 1,8 0,4 0,3 1,5 0,6 1,8 1,5 1,6

Japão 1,9 3,6 1,8 -1,2 0,2 3,1 -1,2 1,0 3,3 2,8 1,9 2,4 2,1 1,6

México -6,2 5,2 6,8 5,0 3,8 6,6 0,0 0,8 1,4 4,2 2,8 4,8 ... 2,9

Paraguai 4,7 1,3 2,6 -0,4 0,5 -0,4 2,7 -2,3 3,8 4,1 2,9 4,3 ... 2,0

Peru 8,6 2,5 6,9 -0,7 0,9 3,0 0,2 5,0 4,0 5,1 6,7 7,6 9,0 4,2

Reino Unido 2,8 2,7 3,3 3,1 2,8 3,8 2,1 1,7 2,1 3,3 1,8 2,9 ... 2,7

Tailândia 9,2 5,9 -1,4 -10,5 4,5 4,8 2,2 5,3 6,9 6,3 4,5 5,1 4,8 3,6

Uruguai -1,9 7,3 7,6 5,5 -3,8 -1,0 -4,6 -16,4 3,2 16,0 7,7 9,8 ... 2,5

Venezuela 4,0 -0,2 6,4 0,2 -6,0 3,7 3,4 -8,9 -7,7 18,3 10,3 10,3 8,4 2,8

Crescimento médio

Países Industrializados 2,4 2,1 2,7 2,5 2,8 3,7 1,2 1,3 1,5 2,5 2,0 2,4 ... 2,3

Países Asiáticos 7,1 6,1 2,4 -7,9 3,7 16,6 2,2 2,3 4,0 4,7 4,1 4,5 ... 4,2

América Latina 3,0 3,6 5,5 2,2 -1,7 3,5 1,3 -2,6 2,2 7,7 5,7 6,2 ... 3,1

Países Selecionados 3,6 3,6 4,2 0,5 0,8 6,1 1,5 -0,5 2,3 5,6 4,3 4,8 ... 3,1

FONTE: Fundo Monetário Nacional, FMI-IFS e bancos centrais dos países selecionados

NOTA: Para o ano de 2007 dados preliminares.

Sinal convencional utilizado:

... Dado não disponível.

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TAXA DE INFLAÇÃO ANUAL PARA PAÍSES SELECIONADOS - 1995-2007

PAÍSES 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

MÉDIA DO

CRESCIMENTO

1995-2006

Alemanha 1,5 1,5 2,0 0,4 1,1 2,1 1,6 1,2 1,1 2,1 2,1 1,4 2,4 1,5

Argentina 3,4 0,2 0,5 0,9 -1,2 -0,9 -1,1 25,9 13,4 4,4 9,6 10,9 8,5 5,5

Bolívia 12,6 7,9 6,7 4,4 3,1 3,4 0,9 2,4 3,9 4,6 4,9 4,9 11,7 5,0

Brasil 22,4 9,6 5,2 1,7 8,9 6,0 7,7 12,5 9,3 7,6 5,7 3,1 4,5 8,3

Canadá 1,7 2,2 0,7 1,0 2,6 3,2 0,7 3,9 2,0 2,1 2,2 1,7 ... 2,0

Chile 8,2 7,4 6,1 5,1 3,3 3,8 3,6 2,5 2,8 1,1 3,1 2,6 7,8 4,2

Colômbia 18,9 21,6 17,7 16,7 9,2 8,8 7,6 7,0 6,5 5,5 4,8 4,5 5,7 10,7

Coréia do Sul 4,8 4,9 6,6 4,0 1,4 3,2 2,8 3,7 3,4 3,0 2,8 2,2 ... 3,6

Equador 22,9 25,5 30,7 43,4 60,7 91,0 22,4 9,4 6,1 1,9 4,3 1,7 2,4 26,7

EUA 2,5 3,3 1,7 1,6 2,7 3,4 1,5 2,4 1,9 3,3 3,4 2,5 3,5 2,5

França 2,1 1,7 1,1 0,3 1,3 1,6 1,4 2,3 2,2 2,1 1,5 1,5 2,0 1,6

Indonésia 9,0 6,0 10,3 77,6 1,9 9,3 12,5 10,0 5,1 6,4 17,1 6,6 6,6 14,3

Itália 5,6 2,8 1,9 1,7 2,1 2,7 2,4 2,8 2,5 2,0 2,0 1,9 2,1 2,5

Japão -0,4 0,6 1,8 0,6 -1,1 -0,4 -1,2 -0,3 -0,4 0,2 -0,1 0,0 ... -0,1

México 35,0 34,4 20,6 15,9 16,6 9,5 6,4 5,0 4,5 4,7 4,0 3,6 ... 13,4

Paraguai 10,5 8,2 6,2 14,7 5,4 8,6 8,4 14,6 9,3 2,8 9,9 12,5 ... 9,3

Peru 10,2 11,8 6,5 6,0 3,7 3,7 -0,1 1,5 2,5 3,5 1,5 1,1 3,1 4,3

Reino Unido 3,2 2,5 3,6 2,7 1,8 2,9 0,7 2,9 2,8 3,5 2,2 4,4 4,2 2,8

Tailândia 7,5 4,8 7,6 4,3 0,6 1,4 0,7 1,6 1,8 2,9 4,5 4,7 2,3 3,5

Uruguai 35,5 24,3 15,2 8,6 4,2 5,1 3,6 26,0 10,1 7,6 4,9 6,4 8,9 12,6

Venezuela 56,6 103,2 37,6 29,9 20,0 13,4 12,3 31,2 27,1 19,2 14,4 17,0 17,2 31,8

Crescimento médio

Países Industrializados 2,4 2,4 2,4 2,4 2,4 2,4 2,4 2,4 2,4 2,4 2,4 2,4 2,4 2,4

Países Asiáticos 7,1 7,1 7,1 7,1 7,1 7,1 7,1 7,1 7,1 7,1 7,1 7,1 7,1 7,1

América Latina 13,0 15,9 8,4 7,5 5,4 5,2 3,9 7,5 6,2 5,0 4,7 4,9 4,5 7,3

Países Selecionados 30,2 31,4 20,9 26,8 16,4 20,0 10,4 18,6 13,0 9,8 11,4 10,5 8,2 18,3

FONTE: Fundo Monetário Nacional, FMI-IFS e bancos centrais dos países selecionadosNOTA: Para o ano de 2007 dados preliminares.

Sinal convencional utilizado:

... Dado não disponível.

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Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v.2, n.4, junho 20091

Equipe técnica

Gilmar Mendes Lourenço

Economista, Mestre em Gestão de Negócios pela Universidade Federal de Santa Catarina,

Coordenador do Curso de Ciências Econômicas da FAE Centro Universitário, Articulista do

time permanente do Jornal Gazeta do Povo e Colunista do Jornal do Estado.

Carlos Ilton Cleto

Doutor em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina e

Professor da FAE Centro Universitário.

Christian Luiz da Silva

Pós-Doutor em Agronegócios pela Universidade de São Paulo e Professor da FAE

Centro Universitário.

Lucas Lautert Dezordi

Mestre em Desenvolvimento Econômico pela Universidade Federal do Paraná e Professor

da FAE Centro Universitário.

Semi Cavalcante de Oliveira

Historiador, Mestre em História Política pela Universidade Federal do Paraná, Professor de

Economia Brasileira, Geoeconomia e História Econômica da FAE Centro Universitário.

Participações Especiais

Juslaine de Fatima Abreu Nogueira

Professora da FAE Centro Universitário.

Camila Priolo da Silva

Acadêmica do 3º ano do Curso de Administração da FAE Centro Universitário.