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Plano Básico de Trabalho da Câmara Temática da Resíduos Sólidos – CTRS do Conselho Consultivo do Parque Estadual da Pedra Selada – CONPEPS Visconde de Mauá Limpa e Linda I - Diagnóstico e área-piloto (ver anexo 1 ) II – Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (ver anexo 2 ) III - Ações previstas: 1. Reciclagem produtiva dos resíduos orgânicos De acordo com o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, os resíduos orgânicos constituem cerca de 55% dos resíduos sólidos coletados no município de Resende. Este fato, combinado à facilidade de sua reciclagem para gerar fertilizante, alimentos, saúde e eventualmente renda, recomenda a sua gestão local, evitando custos para o município com a coleta e transporte até o aterro em Bulhões (cerca de 50km) e o impacto ambiental resultante dessa destinação, na atmosfera, no solo e nas águas superficiais e subterrâneas. Nosso projeto para os resíduos orgânicos gerados na Região de Visconde de Mauá - RVM está em andamento há anos na área-piloto, na forma da compostagem (1) “individual” em moradias e comércios, utilizando cilindros de arame (à direita), e (2) comunitária, com ajuda de um colaborador pago por moradores (R$ 600 por mês), um triciclo de carga adquirido por voluntários e uma minicentral de compostagem em área cedido provisoriamente por um morador na vila de Visconde de Mauá.

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Plano Básico de Trabalho da Câmara Temática da Resíduos Sólidos – CTRS do Conselho Consultivo do Parque Estadual da Pedra Selada – CONPEPS

Visconde de Mauá Limpa e Linda

I - Diagnóstico e área-piloto (ver anexo 1)

II – Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (ver anexo 2)

III - Ações previstas:

1. Reciclagem produtiva dos resíduos orgânicosDe acordo com o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, os resíduos orgânicos constituem cerca de 55% dos resíduos sólidos coletados no município de Resende.

Este fato, combinado à facilidade de sua reciclagem para gerar fertilizante, alimentos, saúde e eventualmente renda, recomenda a sua gestão local, evitando custos para o município com a coleta e transporte até o aterro em Bulhões (cerca de 50km) e o impacto ambiental resultante dessa destinação, na atmosfera, no solo e nas águas superficiais e subterrâneas.

Nosso projeto para os resíduos orgânicos gerados na Região de Visconde de Mauá - RVM está em andamento há anos na área-piloto, na forma da compostagem (1) “individual” em moradias e comércios, utilizando cilindros de arame (à direita), e (2) comunitária, com ajuda de um colaborador pago por moradores (R$ 600 por mês), um triciclo de carga adquirido por voluntários e uma minicentral de compostagem em área cedido provisoriamente por um morador na vila de Visconde de Mauá.

O sistema-piloto recolhe resíduos num número crescente de moradias, instituições e comércios – inclusive todos os restaurantes e mercados, na Escola Municipal Francisco Quirino, Creche Maria Frech, feiras e mercados. Em dezembro, após o período-teste de 3 meses, ele será avaliado.

Pretendemos continuar expandindo o sistema, estimulando sua replicação em toda a RVM, devidamente adaptado à realidade de cada vila e vale.

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O PMGIRS prevê a implantação de ao menos uma “Unidade de Compostagem Comunitária - UCC”, embora o ideal seria criar mais de um, reduzindo o “passeio” dos resíduos.

2. Reciclagem dos resíduos industriais secos Atualmente a região conta com a coleta seletiva de resíduos secos implantada pela Prefeitura de Resende, que envia um caminhão uma vez por semana (3as.feiras) para recolhê-los e levar para a Associação de Catadores de Resende.

Também conta com a atuação de uma agente ambiental contratada pela ONG Circus (SP) que atua em nome de associações industriais que precisam financiar atividades de logística reversa.

Entre as ações da CTRS para aumentar o volume de resíduos encaminhados para a reciclagem em Resende, prevemos:a. Monitorar os grandes geradores bem como os moradores em geral para estimulá-los a separar

seus resíduos modo mais eficaz. Essa ação será facilitada pelo contato sistemático do ‘funcionário’ colaborador que atua no item 1 acima com os moradores e comerciantes na área-piloto, orientando a separação e entrega dos recicláveis ao caminhão da coleta seletiva.

b. Identificar moradores que já coletam resíduos com objetivo de geração de renda, para ajuda-los a aumentar sua produtividade.

c. Organizar uma rede de pessoas interessadas no reaproveitamento local produtivo desses resíduos na forma de objetos e artefatos como vasos para plantas, aquecedores solares alternativos, brinquedos, sabão etc., realizando cursos e apoiando a comercialização.

3. Ecopontos

Conforme o PMGIRS, está prevista a instalação de ecopontos na RVM. Atualmente existe apenas um na área-piloto, atrás da sede do PEPS.

Para evitar que esses ecopontos se tornem foco de vetores e de poluição, serão necessárias ações de comunicação e educação ambiental e talvez a assistência sistemática de um funcionário para mantê-los limpos e organizados no período entre os dias de coleta seletiva.

4. Pedestais

Certas situações recomendam pedestais – unidomiciliares ou coletivos – que retirem do chão os sacos contendo resíduos (misturados ou recicláveis), evitando que se rompam pela ação de animais e tenham seu conteúdo espalhado pelos caminhos.

Para resolver esse problema, prevemos a colaboração de profissionais e estudantes de design, arquitetura e urbanismo que vivem na RVM ou atuem nas universidades instaladas no município de Resende.

5. Lixeirinhas urbanas

A presença de lixeirinhas nas calçadas é polêmica, e muitas pessoas questionam se elas não seriam um foco de poluição por sua aparência e pelos detritos descuidadamente lançados nela. Por outro lado, muitas

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pessoas as buscam e, à falta delas, jogam resíduos no chão. O problema parece ser a falta de manutenção e de esvaziamento sistemático. Mas esses são desafios que podem ser superados caso seja possível definir soluções com a administração regional.

6. Cestas para lixo separado no comércio

Outra iniciativa, que pode ser uma alternativa para as lixeirinhas nas calçadas, é orientar os comerciantes a oferecerem aos fregueses e passantes duas cestas para lixo – uma para resíduos recicláveis e outra para rejeitos (lixo comum). Os resíduos orgânicos do comércio já estarão sendo encaminhados para compostagem, e os especiais já podem ser entregues na sede do PEPS (os resíduos perigosos e eletrônicos) e na Farmácia Visconde de Mauá (os medicamentos vencidos).

7. Comunicação e educação ambiental

A gestão adequada dos resíduos gerados numa comunidade depende do grau de informação e compromisso compartilhado por seus moradores e comerciantes. Para promover essa conscientização, a CTRS prevê:

a. Ações nas escolas existentes na área-piloto e na RVM em geral. Os estudantes não apenas formam um contingente significativo da população atual, como também, no decorrer do tempo, formarão toda essa população, à medida que irão nos substituindo.

Eles constituem o canal ideal para alcançar as famílias e a “força de trabalho” fundamental – riquíssima em energia e entusiasmo – para viabilizar diversas ações indispensáveis.

Monitor de desperdício alimentar “TV Composto” Compostagem escolar no CEAQ

Já estão em andamento algumas iniciativas de reciclagem e compostagem nas escolas, precisando apenas serem melhor aproveitadas, de modo a explorar todo o potencial de desenvolvimento juvenil (educação ética, empreendedorismo, cidadania etc.) que elas viabilizam – o que exige uma abordagem holística de apoio da CTRS aos educadores, hoje “isolados” nas várias escolas da RVM.

b. Canais de comunicação comunitária via internet, redes sociais, jornais-murais, minijornais e filipetas, de modo a elevar sistematicamente o nível do conhecimento dos moradores com relação aos desafios ambientais ligados à gestão dos resíduos.

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c. Especialmente com relação à internet, é imprescindível contar com um “site” onde fiquem reunidas e disponíveis as informações sobre os temas de interesse e as nossas iniciativas.

d. Instalação de placas nas três entradas da Região de Visconde de Mauá, informando aos moradores e visitantes que aqui é uma região de especial interesse ambiental, e todos devem ajudar a manter as suas vilas limpas e lindas.

e. Também estão previstas placas menores para serem afixadas na entrada das casas e negócios que desejem informar à comunidade que ali se pratica a gestão ecológica dos seus resíduos, bem como a distribuição de adesivos para carros, com mensagem no mesmo sentido.

8. Captação de recursos

A CTRS buscará sistematicamente identificar fontes de recursos disponibilizados por órgãos públicos federais, estaduais e municipais, empresas, fundações e organizações não governamentais, preparando projetos e propostas capazes de acessá-los.

9. Infraestrutura

A gestão adequada de resíduos exige um local (ou locais) onde eles possam ser concentrados para viabilizar o seu manuseio adequado, alcançar valor econômico, transformar resíduos orgânicos em adubo etc.

O PMIGRS prevê áreas na RVM para tanto, mas sem prazo para sua implantação. No momento há um ecoponto na sede do PEPS e uma minicentral de compostagem num terreno provisoriamente cedido por um morador.

A área mais conveniente – por sua centralidade e se tratar de um terreno público (estado do Rio de Janeiro) é o terreno do DER, localizado no centro da vila de Visconde de Mauá, subutilizado e ideal inclusive para ações de educação ambiental para moradores, estudantes e visitantes.

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Também no Lote 10 existe uma grande área abandonada, (antiga “Granja”) ao lado da E.T.E., que corre o risco de ser invadida e precipitar impactos de degradação ambiental e urbanística fatais para a região.

Sua vocação natural é tornar-se um Parque Ecológico Produtivo e Educativo para os moradores e turistas, reunindo uma Unidade de Compostagem Comunitária, ecoponto, horta comunitária, viveiro de mudas etc.