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CIDADES MÉDIAS E PEQUENAS:CONTRADIÇÕES, MUDANÇAS EPERMANÊNCIAS NOS ESPAÇOSURBANOS S é
r i e
E s t u d o
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P e s q u i s a s
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S A L V A D O R 2 0 1 2
CIDADES MÉDIASE PEQUENAS: CONTRADIÇÕES,
MUDANÇAS E PERMANÊNCIASNOS ESPAÇOS URBANOS
S é r i
e E s t u d o s e P e s q u i s a s
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Patricia Chame Dias, Janio Santos (orgs.)
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Governo da Bahia
Governo do Estado da Bahia Jaues Wagner
Secretaria do Planejamento Jos Sergio Gabrielli
Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia Jos Geraldo dos Reis Santos
Diretoria de PesuisasEdgard Porto
Ficha Tcnica
OrganiadoresPatricia Chame Dias (SEI)
Janio Santos (UESB)
Coordenação de Biblioteca e DocumentaçãoNormaliaçãoEliana Marta Gomes Silva Sousa
Coordenação de Disseminação de InformaçõesEditoria-geralElisabete Cristina Teixeira Barretto
Revisão de LinguagemMaria Jos Bacelar Guimarães
Editoria de ArteLudmila Nagamatsu
Design GráficoElisabete Barretto
Julio Vilela
Editoração Agapê Design
ProduçãoDaiane Oliveira
Av. Lui Viana Filho, 435, 2º andar – CAB – CEP 41750-002 – Salvador – BahiaTel.: (71) 3315-4822 / 3115-4707 – Fax: (71) 3116-1781
www.sei.ba.gov.br – [email protected]
Cidades mdias e peuenas: contradições, mudanças e permanências nosespaços urbanos / Patricia Chame Dias, Janio Santos organiadores). –
Salvador: SEI, 2012.238 p. il. (Srie estudos e pesuisas, 94).
ISBN 978-85-8121-009-4
1. Planejamento urbano - Bahia. 2. Desenvolvimento urbano – Bahia.I. Dias, Patricia Chame. II. Santos, Janio. III. Srie.
CDU 311.3 (81)
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V i s t a a é r e a d e C a m p o F o r m o s o .
F o t o : M a n u D i a s / S e c o m
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9 CIDADES MÉDIAS E PEQUENAS: CONSIDERAÇÕES INTRODUTÓRIAS
Patricia Chame Dias Janio Santos
16 ReFeRênCiaS
17 ABERTURA
19 CONTRADIÇÕES, MUDANÇAS E PERMANÊNCIAS NOS ESPAÇOS URBANOS NORDESTINOSBeatriz Maria Soares Pontes
19 inTRODUÇÃO
20 MUDanÇaS nO PROCeSSO PRODUTiVO CaPiTaLiSTa e SUaS RePeRCUSSÕeS nO eSPaÇO URBanOnORDeSTinO
20 Do paradigma tecnológicoprodutivo ordista ao sistema de acumulação eível23 Reestruturação produtiva e organiação territorial
24 CaRaCTeRÍSTiCaS DO eSPaÇO URBanO nORDeSTinO aTUaL
27 CiDaDeS MÉDiaS nORDeSTinaS28 Sobral (CE): cidade média do sertão31 Epansão do espaço urbano de Mossoró (RN) por meio das atividades econômicas34 Campina Grande: o pequeno comércio e a violência urbana
37 CiDaDeS PeQUenaS37 As pequenas cidades no conteto nacional e global38 Cotidiano das cidades pequenas do Seridó potiguar
42 CiDaDe, SOCieDaDe e ViOLênCia
44 COnSiDeRaÇÕeS FinaiS
46 ReFeRênCiaS
47 PARTE IAS PEQUENAS CIDADES: UM DESAIO NO HORIzONTE TEÓRICO DA GEOGRAIAURBANA
49 AS MEGAESTAS JUNINAS NO ESPAÇO PÚBLICO DE CACHOEIRA, NO RECÔNCAVOBAIANO: A ESPETACULARIzAÇÃO ESTIVA NA/DA PEQUENA CIDADE
Janio Roque Barros de Castro
49 inTRODUÇÃO
50 DaS PeQUenaS FeSTaS JUninaS COMUniTÁRiaS ÀS GRanDeS FeSTaS eSPeTaCULaRiZaDaS nOeSPaÇO PÚBLiCO
53 FeSTaS JUninaS URBanaS nO/DO eSPaÇO PÚBLiCO na aTUaLiDaDe: DeSenHO e DinÂMiCa
56 aS MeGaFeSTaS JUninaS nO eSPaÇO PÚBLiCO De CaCHOeiRa: POTenCiaLiDaDeS PaiSaGÍSTiCaS eaRQUiTeTÔniCaS
60 ReFLeXÕeS FinaiS
61 ReFeRênCiaS
63 DO RURAL AO URBANO: DOS ARQUÉTIPOS À ESPACIALIzAÇÃO EM CIDADES PEQUENASWendel Henrique
63 inTRODUÇÃO
64 OS aRQUÉTiPOS
69 O ReaL: CaCHOeiRa e PaSSaU
78 COnSiDeRaÇÕeS FinaiS
79 ReFeRênCiaS
SUMÁRIO
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81 ANÁLISE DA PEQUENA CIDADE SOB O PONTO DE VISTA POLÍTICO-ADMINISTRATIVOWinston Kleiber de Almeida Bacelar
82 a PeQUena CiDaDe
85 CaTeGORiZaÇÃO De UMa PeQUena CiDaDe DO POnTO De ViSTa POLÍTiCO-aDMiniSTRaTiVO
96 PeQUenaS CiDaDeS nO nOVO MiLêniO: aDMiRÁVeL MUnDO nOVO?
99 COnSiDeRaÇÕeS FinaiS
101 ReFeRênCiaS
103 PARTE IIREDISCUTINDO AS CIDADES MÉDIAS NO/DO TERRITÓRIO BAIANO
105 RAGMENTAÇÃO MUNICIPAL DA MESORREGIÃO DO ExTREMO OESTE DA BAHIA EExPANSÃO URBANA DO MUNICÍPIO DE BARREIRASLiliane Matos Góes
Ednice de Oliveira FontesHeibe Santana da Silva
105 inTRODUÇÃO
106 MaTeRiaiS e MeTODOLOGia
107 ReSULTaDOS e DiSCUSSÃO111 ragmentação dos municípios integrantes do território Oeste da Bahia118 Barreiras: inserção regional e epansão urbana
125 COnSiDeRaÇÕeS FinaiS
126 ReFeRênCiaS
129 AÇÕES DO ESTADO E O PAPEL DAS CIDADES MÉDIAS BAIANAS NOS PLANOS DA
URBANIzAÇÃO CAPITALISTA Janio Santos
129 inTRODUÇÃO
130 CiDaDeS MÉDiaS nO COnTeXTO Da URBaniZaÇÃO BRaSiLeiRa
134 LiMiTeS DOS DaDOS e CiDaDeS MÉDiaS BaianaS nO COnTeXTO Da URBaniZaÇÃO
142 eSTaDO e COnSTiTUiÇÃO DaS CiDaDeS MÉDiaS BaianaS
145 CiDaDeS MÉDiaS BaianaS nOS PLanOS Da URBaniZaÇÃO CaPiTaLiSTa
151 COnSiDeRaÇÕeS FinaiS
153 ReFeRênCiaS
157 CIDADES MÉDIAS BAIANAS: DINÂMICAS, TENDÊNCIAS E SIGNIICADOSPatricia Chame DiasFrancisco Baqueiro Vidal
157 inTRODUÇÃO
160 iDenTiFiCaÇÃO DaS CiDaDeS MÉDiaS BaianaS
165 VeRiFiCaÇÃO DOS nÍVeiS De CReSCiMenTO168 Ritmos de crescimento e participação na população171 Participação na produção de riqueas173 Observações sobre o mercado de trabalho ormal
177 COnSiDeRaÇÕeS FinaiS
179 ReFeRênCiaS
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181 PARTE IIIREDE URBANA E DINÂMICA REGIONAL NO ESTADO DA BAHIA:NOVOS ENOQUES
183 BARREIRAS E LUÍS EDUARDO MAGALHÃES: UMA AGLOMERAÇÃO URBANA EMBRIONÁRIANO OESTE BAIANO?Paulo Roberto Baqueiro Brandão
183 inTRODUÇÃO184 Bases conceituais e constatações empíricas para o debate sobre aglomerações urbanas na Bahia187 Barreiras e Luís Eduardo Magalhães: breve eame geográfcohistórico190 Indícios da ormação da aglomeração urbana Barreiras–Luís Eduardo Magalhães193 Para (não) concluir, uma agenda de pesquisa
194 ReFeRênCiaS
197 CENTRALIDADE URBANA, CONIGURAÇÃO REGIONAL E NExOS ENTRE DETERMINAÇÕES
ECONÔMICAS E CONTINGÊNCIAS POLÍTICASRenato Leone Miranda Léda
197 inTRODUÇÃO
198 CenTRaLiDaDe, ReDeS e ReGiÕeS: DeTeRMinaÇÕeS SiSTêMiCaS
204 CenTRaLiDaDe URBana e SUa PROJeÇÃO ReGiOnaL COMO TRUnFOS De PODeR? ReDe URBana eReGiÃO COnFORManDO aRenaS POLÍTiCaS
206 PROPOSTaS De ReGiÕeS MeTROPOLiTanaS: PROJeTOS ReGiOnaiS De PODeR eM GeSTaÇÃO? UManOTa COnJUnTURaL eM ReLaÇÃO a ViTóRia Da COnQUiSTa
210 ÚLTiMaS COnSiDeRaÇÕeS
210 ReFeRênCiaS
215 REDE URBANA E DINÂMICA REGIONAL NO ESTADO DA BAHIA: UM OLHAR SOBRE OTERRITÓRIO DO SISALOnildo Araujo da Silva
215 inTRODUÇÃO
217 UMa ReDe FORJaDa nO SeiO Da eXPanSÃO PRODUTiVa Da aGaVe SiSaLana219 Epansão da cadeia produtiva do sisal e constituição da rede urbana
223 ReDe URBana aTUaL
227 CiDaDeS PeQUenaS: PeRManênCiaS e TRanSFORMaÇÕeS
228 COnSiDeRaÇÕeS FinaiS
229 ReFeRênCiaS
231 ENCERRAMENTO
233 CIDADES MÉDIAS E PEQUENAS E DESENVOLVIMENTO URBANO: ANÁLISE, DESAIOS EPERSPECTIVAS COM BASE NOS PLANOS DIRETORESNathan Belcavello de OliveiraMarcel Claudio Sant’Ana
234 CiDaDeS PeQUenaS e MÉDiaS: eSTRanHaS COnHeCiDaS
239 OS PLanOS DiReTOReS e O DeSenVOLViMenTO URBanO: UMa anÁLiSe aMOSTRaL De DeSaFiOS ePeRSPeCTiVaS
245 COnSiDeRaÇÕeS FinaiS
246 ReFeRênCiaS
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* Doutord mstr m Gogr pl Uvrsdd Fdrl d Bh (UFBa). espclst m Polítcs Públcs Gstão Govrmtl do estdo d Bh; psqusdor d Suprtdc d estudos ecoômcos Socs dBh (Sei). [email protected]
** Doutor m Gogr. Prossordjuto d Uvrsdd estdul do Sudost d Bh (UeSB) coorddor doGrupo d Psqus Urbzção Produção d Cdds Bh. [email protected]
CIDADES MÉDIAS E PEQUENAS:CONSIDERAÇÕES INTRODUTÓRIAS
Patricia Chame Dias*
Janio Santos**
a bordgm sobr s cdds pqus méds, Gogr ou m outrs ccs, coloc
um proposção qu, a priori , prcr cotst qu é rvrbrd m mutos trblhoscdmcos. ess proposção rm qu ps rctmt ss tm torous oco d
studos. Todv, s or to um scrutío ms cosstt sobr tl d, msmo lsdo-s
stução d Bh, vrcr-s-á qu um úmro sgctvo d vstgçõs rlcods
o tm já o dsvolvdo, msmo ts d o ômo ghr dmsão dqurd s
últms décds, d qu sss lturs tvssm um crátr potul tomzdo.
argumt-s tl spcto porqu s td qu, pr dbruçr-s sobr ss tmátc,
z-s cssáro rmmorr trblhos mportts pr comprsão d rldd b.
exmplos dsso stão s obrs dsvolvds plo prossor Mlto Stos, té décd d
1960 (SanTOS, 1957, 1954, 1963), o âmbto d Gogr, pl prossor Mr azvdo
Brdão, décd d 1980, o cmpo d Socolog (BRanDÃO, 1984, 1985). Comprovs,
pos, qu, há muto, s pqus méds cdds zm prt do scopo d procupçõs
dos psqusdors vculdos drts rmos do cohcmto ctíco, mbor ão
s th otícs d um dscussão ms mpl sobr su cocto ou d costrução d um
mtodolog ms ou mos comum pr su áls.
ess stução vm obsrvdo ltrçõs. em spcl s últms dus décds, o dbt sobr
sss ctgors d cdds ghou ovs uçs, sobrmr m ução ds modcçõs
pls qus pssrm pssm, dcorrc udmtl d ov lgc rt o mdu
rcmto do cptlsmo o Brsl , m prtculr, Bh. ess dâmc, m mo outrs
cosqucs, rprcutu o sprmto d ovos xos m ts árs urbs costtuu
o qu Mlto Stos domou como “urbzção do trrtro” (SanTOS, 1993).
esss cdds, otdmt quls qu podm sr dtcds como méds – mbor
lgums ds dsgds como pqus tmbém thm xprmtdo ss msm
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
stução –, bsorvrm “mudçs d quldd” – xprssão utlzd plo mcodo
utor – pssrm prstr-s como ocos hodros d ctrlzção d tvdds co-
ômcs, msmo quls qu stvrm durt muto tmpo coctrds s mtrpols.em dcorrc dsso, ss tdc umtou o gru d sostcção, d tsdd d
complxdd dos procssos qu stão rlcodos às cdds méds pqus. Todv,
rvldo s cotrdçõs prprs o crscmto coômco tpcmt cptlst, ss
procsso gulmt vorcu xpsão d árs sgrgds, prcrzção ds codçõs
d vd, mrctlzção d cultur, tr outros spctos.
não obstt, o xtmt vdc dsss trsormçõs qu z covrgr o olhr d
dvrsos psqusdors pr o qu s pod domr, tulmt, como o “ovo ômo
ds cdds méds pqus”. ess multplcdd d lturs rcorts, rsslt-s, prmou
várs árs do cohcmto sttuçõs o trrtro col susctou rlzção dpsquss rxõs, qu culmrm produção d um bblogr spcíc sobr o
tm, bm como crção d lgums rds d psqusdors. etr ls, pod-s dstcr
Rd d Psqusdors sobr Cdds Méds (RCM). D crto modo, o s colocr s
pqus méds cdds como procupção ctrl, como um xo ortdor tmátco
dquls qu s ddcm à comprsão d dâmc do prl ms rct d urbzção
do urbo brslro, dots um bordgm qu, tvmt, drc os studos
rlzdos os últmos 20 os dquls mprddos tr s décds d 1950 1980 por
mportts psqusdors, como os mcodos trormt.
É por sso qu, s durt muto tmpo rgumtou-s sobr crc d trblhos qu vsssmxplcr ou tdr s ltrçõs xprmtds pls cdds pqus méds, sj o qu
tg os ppés qu dsmphm rd urb, sj m rlção o cotúdo d sus dâ
mcs trurbs, tulmt, sss potmtos ão são ms vrossíms. isso porqu, como
xpldo, um úmro sgctvo d psqusdors, sobrtudo prtr do l do século XX,
ddcou-s ts studos, o qu prmtu um cotrbução ssz rlvt à comprsão do tm,
d qu, obvmt, sjm prvlts m qutdd s psquss sobr s mtrpols.
Form xtmt sss vdcs qutçõs qu rurm, o l d 2008, um cojuto
d studosos d drts uvrsdds bs, bm como d um sttução ssocd
o pljmto sttl, o stdo d stblcr um spçotmpo d dálogos sobr tmátc. nqul cotxto, psv-s xclusvmt tvção d um pquo co-
tro tr prossors, studts psqusdors dos sus rspctvos grupos. ess tção
covrgu pr rlzção do i Smpso Cdds Méds Pqus d Bh, qu ocorru
m ovmbro d 2009, m Slvdor, UFBa, com o tm “Produção usos do spço m
pqus méds cdds d Bh: tors, mtodologs xprcs”. além d dqurr
um dmsão cm d sprd – o qu dsudou crc d rxõs sobr o tm,
spclmt o âmbto dss stdo –, prtr dl ocorrrm város dbts trocs d
xprcs qu proxmrm sss studosos. Sobrtudo, como rsultdo dss smpso,
grtu-s produção d um mtrl trco/mtodolgco rlvt, publcdo m orm
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Cidades Médias e Pequenas da b ahia Considerações introdutórias
introdução
d lvro (LOPeS; HenRiQUe, 2010), qu oportuzou cotudd ds vstgçõs sobr s
mudçs urbzção b sus rprcussõs s cdds méds pqus, bm
como stmulou rxão sobr s ovs orms d rtculçõs tr ts spços.
adms, rlzção do rrdo vto cosoldou o íco d um prcr proícu tr os
grupos d psqus Urbzção Produção d Cdds Bh, vculdo o Dprtmto
PsGrdução (lato sensu) m Gogr d Uvrsdd estdul do Sudost d Bh
(UeSB); Cdd, Trrtro Pljmto (CTPl), lgdo o Dprtmto Progrm d
PsGrdução m Gogr d Uvrsdd Fdrl d Bh (UFBa); Rcôcvo: Trrt
ro, Cultur, Mmr ambt, tgrt do Dprtmto d Ccs Hums do
Mstrdo Multdscplr m Cultur, Mmr Dsvolvmto Rgol d Uvrsdd
do estdo d Bh (Ub)/Campus V, Suprtdc d estudos ecoômcos Socs
d Bh (Sei), rgão ssocdo o govro do stdo.
Um dos ms rlvts rsultdos dss prcr o costtução d um mt comum:
rur psqusdors, com cosmovsõs, d crto modo, dstts, um projto coltvo.
Objtvous cotrr um cmho cosstt pr dsvdr s dâmcs m curso s
pqus méds cdds bs , cocomttmt, costrur um rcbouço trco
mtodolgco cpz d xplcr ts trsormçõs. ess propost, todv, cosdr s
dtdds d cd um dsss studosos , cosqutmt, d sus rspctvos grupos
d psqus. Com sso, põs o ctro d rxão d d qu costrução do cohc
mto prpss, m prmro lugr, plo rspto às opçõs trcomtodolgcs d cd
ctst , m sgudo, plo tdmto d qu o rcurso d crítc é um dos plrs qudcm o sbr cdmco. no tto, vls qu ss rcurso hurístco, m hpts
lgum, s rlz um stdo úco, pos rmr sso sr gr o própro movmto
d costrução d cc , cosqutmt, d rlvâc hstrc dos dálogos dos
dbts pr rlborção do prpro cohcmto.
a dmd plos rsultdos dss vto s rxõs l ssocds, qu slzrm
mportâc do sorço coltvo mprddo plos studosos volvdos ss procsso,
gulmt covrgrm pr possbldd d costtução d um rd d psqusdors.
ess stução, por um ldo, rsultou um mríd d qustomtos cs, qu stv
rm prsts ortrm prt ds ruõs mprdds por ss grupo. el mostrvqu, qul cotxto, hv ms dúvds qu rsposts – xmplo d dculdd d
dção rspto do qu s cosst um cdd pqu ou méd; costtução d
um rcort mtodolgco qu prmtss volvr rsptr s prtculrdds dos grupos
sttuçõs volvdos; scolh d um cmho tmátco pr comçr os trblhos.
Por outro ldo, tudo sso comprovou cssdd d cotur busc por ovs álss
, cosqutmt, covrgr pr tttv d lgum xplcção ou, o mos, lgum
ívl ms prouddo d comprsão sobr ts dlms. Form xtmt sss dálogos
tão slutrs qu zrm grmr d d rlzção d um sgudo vto sobr ss
msm tmátc.
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
assm, o ii Smpso Cdds Méds Pqus d Bh torous um momto spcl
pr rtomd dos potmtos ds dgçõs dxds m brtos o cotro d
2009 , do msmo modo, pr mprdr um blço do qu o produzdo ss trrgod tmpo, o stdo d mplr s dscussõs sobr o objto m put. Rlzdo tr os
mss d outubro ovmbro d 2011, cdd d Vtr d Coqust, o sudost bo,
UeSB, ss vto tv como tm ctrl “Cotrdçõs, mudçs prmcs os
spços urbos”. Dstcs, como su rsultdo, dscussão sobr cco spctos ssz
rlvts pr áls sobr sss spços urbos: s ovs proposts d pljmto
gdrds pr sss spços; os vços lcçdos os dbts trco/mtodolgcos;
s cotrdçõs qu lmtm um proprção ms coltv s árs urbs; os mos qu
rvrbrm lturs sobr s mstçõs culturs cotds sus mplcçõs socs
spcs; , spclmt, os trvs qu vblzm os cmhos pr costrução dum rl drto à cdd pr todos.
além dsss qustõs, ocsão do ii Smpóso mtrlzou-s sttucolzção do
coltvo qu pssou sr domdo como Rd d Psquss sobr Cdds Méds
Pqus d Bh (Rd CMP), compost plos psqusdors qu ugurrm ss procsso,
crscd por ovos grupos vculdos outrs sttuçõs, como a Dâmc ds Psgs
m ambts Costros, ssocdo o Dprtmto d Ccs agrárs ambts d
Uvrsdd estdul d St Cruz (UeSC), Gogr Movmtos Socs (Gomov),
prtct o Dprtmto d Ccs Hums Floso d Uvrsdd estdul d
Fr d St (UeFS). adms, ovos psqusdors, trssdos propost d Rd
CMP, srrms os grupos qu dl zm prt.
O crátr multdscplr trsttucol d Rd CMP, volvdo dvrsos prossors,
psqusdors studts trssdos s tmátcs urb, rgol, mbtl, socl,
dmográc, rurl, culturl, polítc coômc, possbltou qu um cojuto d mts
oss stblcdo pr rtr sobr s cdds méds pqus bs. Sus prcps
udmtos stão rlcodos, m prmr scl, à ruão d psqusdors m toro
d um objto comum. ess rtculção prmt, lém do qu já o mcodo tror-
mt, lborr studos prospctvos, ssssors outros srvços ár d tução dos
sus tgrts pr tdds públcs ou prvds sm s lucrtvos; rlzr cotros,
cursos, ocs workshops com vsts promovr dscussõs ou cpctçõs o trto d
tmátc; lborr orgzr um bco d ddos, bm como crvos crtográcos oto
grácos; stmulr ormção d rcursos humos, grdução, ps-grdução s
stâcs govrmts, qu s trssm pl produção, pljmto gstão dsss
árs urbs d Bh. num sgud dmsão, d é vblzr o dálogo com s dms
rds cos trcos d studos psquss sobr o tm rrdo.
assm, ps trscorrr ss prcurso ab ovo sobr o grupo Rd CMP, dstcs qu obr
qu o ltor tm m mãos é um síts ds dscussõs qu orm rlzds durt o ii Smpso,
m prtculr dqulo qu o prstdo s dus corcs s trs mssrdods.
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Cidades Médias e Pequenas da b ahia Considerações introdutórias
introdução
a publcção prcp com o txto d Btrz Mr Sors Pots , qu prorz dscussão
ds ltrçõs do cptlsmo, o qu tg às orms d produção sus cosqucs
orgzção trrtorl do nordst, bm como os ppés ds cdds méds. em Contradi-ções, Mudanças e Permanências nos Espaços Nordestinos, rrt à corc d brtur,
utor vstg s dâmcs socl, coômc d orgzção spcl ocorrds m
Sobrl, o Crá; Mossor, o Ro Grd do nort; m Cmp Grd, Príb. el
volt su tção tmbém à stução ds pqus cdds ss msmo cotxto. a utor
td qu sss vm xprmtdo um rucolzção qu, m dtrmds
crcustâcs, pod rprcutr m dmução d su ctrldd, quto outrs pod
ocsor su spclzção produtv. Btrz Pots xmplc ss procsso com um
dscrção podrçõs sobr o cotdo ds pqus cdds do Srd potgur. Flz
su rtgo potudo os ppés do estdo, d ctv prvd d socdd m grl osproblms urbos rtdos por sss dos cojutos d cdds.
Sgu-s prt ttuld As Pequenas Cidades: um Desafo no Horizonte Teórico da Geografa
Urbana, cujo propsto é trzr à to qustõs sobr um ctgor d cdds qu, mbor
th lvd prtcpção rd urb ordst – o qu m ts r com qu s cos-
ttuíss um sgctvo objto d studo d polítcs públcs –, ão tm tdo dvd
tção dos govros d cdm. Trs utors dbruçms sobr ss tmátc.
Jo Roqu Brros d Cstro , m As Megaestas Juninas no Espaço Público de Cachoeira, no
Recôncavo Baiano: a Espetacularização Festiva na/da Pequena Cidade, tto ls ss trd
col vto lçdo, os tmpos ms rcts, à codção d mgvto, quto mprd um vlção d su dâmc spcl. Por mo dss dscussão, o utor dbt os
tors rsposávs pl rvção dss tpo d trtmto o spço urbo. etr
s ds ddds, dstcms dus qu podm susctr ovs psquss dscussõs.
Um dz rspto o to d qu lgums sts populrs, rsultts d vtos hstrcos
d drts orgs, vm sdo trsormds m sptáculo, um produto d mrcdo,
subtrdo-lh su crátr ms sscl. a outr, cosquc do su studo d cso, lud
à su rmção d qu cdds pqus – m trmos d dmsão spcl tmho
dmográco – ão são, cssrmt, cdds locs.
O sgudo trblho dss prt tmbém trt ds cdds d Cchor d Pssu/Bvár(almh), porém, com um oqu bstt dvrso do dotdo o txto tror. Wdl
Hrqu tm como tção costrur um psmto sobr o qu cotc com s
pqus cdds. Dss mr, vs comprdr s prtculrdds spccdds
spcs dsss dtcr sus cotúdos, dâmcs rtculçõs rgos. em Do Rural
ao Urbano: dos Arquétipos à Espacialização em Cidades Pequenas, o utor, pós prstr
um dção d cdd qu s dstgu dqul ocl, propõ um dscussão stgt
sobr sus cotúdos, qu, m su vsão, vrm do rquétpo Urbo o rquétpo Rurl,
tddo qu ls coxstm s sobrpõm, prstdo, coorm o spço, t
sdds combçõs vrds. Dtdos sobr s rldds studds, l mprd
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
um áls ds trsormçõs ocorrds sss pquos trdcos ctros urbos
os últmos os. O utor dmostr, com sso, s drts possbldds d combçõs
tr urbdd rurldd. além d mportt dscussão trc, ss txto prstum provocção: há Gogr um método pr studr cdds pqus qu ão rcorr
o mprsmo, tccsmo ou msmo qu rc m su dlzção?
A Análise da Pequena Cidade Sob o Ponto de Vista Político-Administrativo crr ss sção.
escrto por Wsto Klbr d almd Bclr, ss rtgo corrobor s dgçõs cm:
o potul trtmto ctíco ds pqus cdds o âmbto d Gogr. no tto,
o utor ctr su dscussão m toro d tms rrts à dmstrção. Pr sso, ls
s crctrístcs d dmstrção públc brslr, rlçdo os tos l produzdos
pl dsctrlzção promovd pl Costtução d 1988. el rlz, d, cosdrçõs
sobr rlvâc ds trsrcs mucps pr vd coômc ds cdds pqus, obsrvdo qu possum, ssm como quls d mor port, ppl os procssos
d cumulção cptlst. Chms tção pr um d sus coclusõs: s pqus
cdds potclzm um “estdo do Bmstr Socl”, v cltlsmo prsolsmo,
mdd m qu s rlçõs tr populção o podr públco, dmstrção públc
sus gts, s prstm d orm ms drt do qu m ctros mors.
Rediscutindo as Cidades Médias no/do Território Baiano é o tm d sgud prt dst lvro.
est s c com o txto Fragmentação Municipal da Mesorregião do Extremo Oeste da Bahia e
Expansão Urbana do Município de Barreiras, d Ll Mtos Gs, edc d Olvr Fots
Hb St d Slv. no rtgo, lss o procsso d ocupção dss rgão rlvâcds çõs stts pr su ts (r)orgzção spcl. Os utors prstm mportt
cotrbução pr o studo dss porção d Bh o rvlrm qu o úmro d mucípos
dss rgão pssou d oto pr 23, tr 1911 2007. Vl rlçr qu prstção dsss
trsormçõs é t com uso d um sér d crtogrms. ao dstcrm o ppl d Brrrs
o Ost bo, os utors obsrvm tto sus clrds dâmcs d crscmto popul
col d urbzção, quto os prcps motvos crctrístcs dss crscmto, com
rlvo pr qustõs rrts os uxos mgrtros volução d mch urb.
Sgu-s o txto Ações do Estado e o Papel das Cidades Médias Baianas nos Planos da Urbaniza-
ção Capitalista, d utor d Jo Stos, cujo oco é vstgr os motvos qu, vculdosàs ltrçõs o cotúdo do urbo, zrm com qu s cdds méds s costtuíssm
quto ts. Su orgldd stá m pôr o ctro do dbt o podr públco sttl
scrutr lgums ds sus çõs, com bs o cso d Bh, sm prdr d vst o ppl d
outros gts, clusv com o uso d um squc rlvt d crtogrms. Há qu s
dstcr ltur crítc t plo utor sobr s mudçs urbzção cotmporâ
su tção m, o problmtzr o tm, susctr cssdd d psr cmhos pr
costrução rl tv, pr todos, do drto à cdd.
Flz ss prt d publcção o trblho d Ptrc Chm Ds Frcsco Bquro Vdl.
em Cidades Médias Baianas: Dinâmicas, Tendências e Signicados, procupção é lsr os
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Cidades Médias e Pequenas da b ahia Considerações introdutórias
introdução
ívs do crscmto dmográco coômco ds cdds méds d Bh sus possívs
rprcussõs su dâmc sococoômc. Pr sso, os utors dmostrm os crtéros qu
srvrm d bs pr dtcr ts cdds comprm os rrdos crscmtos tdcsd prtcpção o stdo com os obtdos pr Slvdor su rgão mtropolt. aps um
vlção comprtv d um grupo d dcdors, ls lvtm lmtos mportts pr
ssvrr qu, d orm grl, s tdcs obsrvds pr s cdds méds stão cm ds
rgstrds pl mtrpol b. Todv, pr os utors, ão há d como coclur, como
lgus psqusdors zrm o lsr scl col, qu s cdds méds stjm crs
cdo d orm ms xprssv qu mtrpol. além dsso, os utors lhm rgumtos
qu qustom s rprcussõs dsss dâmcs vd dquls qu lá rsdm.
Rede Urbana e Dinâmica Regional no Estado da Bahia: Novos Enoques, tm d púltm prt
dst publcção, gulmt, cot com trs trblhos, sdo o prmro dls Barreiras e LuísEduardo Magalhães: uma Aglomeração Urbana Embrionária no Oeste Baiano?, scrto por Pulo
Robrto Bquro Brdão. emprddo um ltur d ormçõs gogrács hstrcs,
o utor prt d cocpção d qu, m dcorrc d xpsão do grogco, Brrrs
Luís edurdo Mglhãs torrm-s os ms promts ctros urbos d rrd rgão.
avçdo o tdmto d sus crctrístcs dâmcs, l rú rgumtos tr-
cos mpírcos pr dcr qu sss dus cdds tdm ormr um t gográco m
scl urborgol, domdo glomrção urb. nss stdo, o utor dmostr
tscção ds rlçõs xstc d complmtrdd d uçõs d comutção
dár tr sss dos úclos dls com os dms do Ost bo. el propõ, d,
potos mportts pr ormção d um utur (, sgudo o utor, cssár) gd
d psquss, qu th como mt lsr s tdcs por l vdcds.
O sgudo txto dss sção, d utor d Rto Lo Mrd Léd, o omdo Centra-
lidade Urbana, Confguração Regional e Nexos Entre Determinações Econômicas e Contingências
Políticas tm como ts d d qu s rds urbs sus dâmcs são um xprssão
dos movmtos do cptlsmo. nsss trmos, zm prt d complx cotrdtór
rldd socl. O utor puts um sgctvo rrcl trco vrc vculção
tr os lmtos, procssos cotrdçõs rts à dâmc ds rlçõs cdd-rd-
rgão. aprouddo um dscussão sobr s rlçõs tr rgão, rgolzção polítc
do tdmto d rgão como r polítc, l cmh um trsst rfxão
rspto d proposts d crção d rgõs mtropolts, tdo por rrc stução
d Vtr d Coqust.
em squc, stá o trblho d Oldo arujo d Slv , cuj tôc o prstr ormção
d um rd urb putd cosoldção d cd produtv d gv sslr. em Rede
Urbana e Dinâmica Regional no Estado da Bahia: um Olhar Sobre o Território do Sisal , vldo
um príodo qu comprd o íco do século XX té prst dt, o utor rtcul s
ss d volução dss cultvo à crção d ovos mucípos, bm como à mplção dos
ívs d urbzção. igulmt, l s procup m vrcr s crctrístcs tus d
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
rd do rrdo trrtro, rlçdo s rtculçõs l vrcds, sobrtudo urbo-rurl.
Dstcms s qustõs potuds m rlção às pqus cdds, qu podm srvr d
ortção uturos trblhos.
O txto rrt à corc d crrmto o scrto por nth Blcvllo d Olvr
Mrcl Cludo St’a, rprstts do Mstéro ds Cdds, compõ últm prt
dst obr. Com o título Cidades Médias e Pequenas e Desenvolvimento Urbano: Análise, Desafos e
Perspectivas com Base nos Planos Diretores, st trblho tm propost d prstr o dbt
crc dos crtéros qu dlmtm os cojutos ds cdds méds pqus pr, m sgud,
procdr áls d plos drtors d 27 sds mucps do pís, cosdrds plos crtéros
dotdos plos utors como cdds méds. Ctrdo-s ss sgud qustão, os utors
tcm comtáros sobr o procsso d costrução dsss plos, obsrvdo os dsttos ívs
d prtcpção cotrol socl s cosqucs o qu tg à su tvção.
não obstt complxdd, tuldd s drts bordgs, ortçõs trcs
mtodolgcs prstds plos utors qu prtcpm dst publcção – o qu, por
vzs, mplcou rsultdos drts o qu tg à dção ds cdds méds ou
dtcção dos ppés ds cdds pqus rd urb –, st lvro rft um sorço
coltvo o tuto d vçr rxão o dbt sobr s méds pqus cdds.
etd-s, pos, qu cumpru su propost, qul sj, d cotrbur pr áls d
socdd o mudo cotmporâos, por mo d rxão sobr os pquos médos
spços urbos, m spcl os bos. a ltur crítc dsts txtos prmt, dcol
mt, lvtr qustõs rspto ds trsormçõs qu vm ocorrdo urbzção,cujs rprcussõs tto cdm os âmbtos polítcos, coômcos, socs culturs do
spço, quto dsss são produtos.
ReFeRênCiaS
BRanDÃO, Mr d azvdo. A região de Irecê: lmtos pr um vlção ds prspctvs problms d dsvolvmto. Slvdor: Uvrsdd Fdrl d Bh, 1984.
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S é r i
e E s t u d o s e P e s q u i s a s
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ABERTURA
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CONTRADIÇÕES, MUDANÇAS E PERMANÊNCIASNOS ESPAÇOS URBANOS NORDESTINOS
Beatriz Maria Soares Pontes*
inTRODUÇÃO
Prtdo d d d qu, prspctv cptlst, os vstmtos tdm s coctrrm dtrmdos potos do spço gográco, comprd-s porqu lgus úclos uc
lcçm lgum xprssão urb outros, ps srm bcdos por vstmtos qu
prmtm o lvcmto d sus cooms, prdm, d um momto pr o outro, ss
uxo d cpts s drotm com o dsmprgo pobrz qu os lvm cohcr
stgção dcdc. no tto, s lgus prdm ss modlo d dsvolvmto,
comddo plos gts do cptlsmo, outros ctros sm ghdo, m coormdd
com lgc rprodutv do cptl. São os spços qu, m dtrmdos momtos, s
mostrm ms trts como objtos d vstmto.
a orgzção spcl do estdo brslro, os últmos 30 os, m prtculr, do su spçourbo, é o rxo d um modlo d dsvolvmto ddo o âmbto do cptl qu,
m ução d su mlhor rprodução, prvlg dtrmdos potos do spço gográco
como objtos d vstmtos. Por su vz, locção d rcursos govrmts m
lugrs dtrmdos, tm provocdo, tmbém, coctrção d populção sss locs,
m vrtud ds oportudds d mprgo qu surgm.
no stor prmáro d coom, vrcous um crs prologd s culturs trdcos.
Qudo s ps os custos socs qu o xodo rurl crrtou, tm-s rzõs pr crr
qu ss modrzção o cmpo ão o o cmho pr s cotrr o qulíbro dsjdo
qu lvss à justç socl. Rst, portto, com o svzmto do cmpo m várs árscos, o ortlcmto do trcáro coom do pís.
em sum, ltur qu s z d produção do spço urbo ordsto, o cotxto d mud-
çs rdds pls cssdds do cptl, pot pr um prspctv coctrdor d
populção, d rcursos, ms tmbém d problms pr os ctros bcdos pl polítc
coômc, progrms govrmts mprdmtos prvdos (POnTeS, 2005).
∗ Doutor m Gogr pl Uvrsdd d São Pulo (USP); mstr m Gogr pl Uvrsdd d Prs i.Prossor ttulr do Dprtmto d Gogr d Uvrsdd Fdrl do Ro Grd do nort (UFRn).
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
MUDanÇaS nO PROCeSSO PRODUTiVO CaPiTaLiSTa e SUaSRePeRCUSSÕeS nO eSPaÇO URBanO nORDeSTinO
n rgão nordst, obsrvous um strtég urb qu vsou o crscmto ds t
vdds produtvs mlhor rstrutur ucol o qupmto socl ds
cpts dos stdos dos polos scudáros rgos, bm como dmzção dos úclos
urbos rgos qu xrcrm uçõs d polrzção do dsvolvmto rgol,
mdt o poo às tvdds produtvs os vstmtos m rstrutur urb
qupmtos socs. a sss úclos cbr mportt ução cotção do procsso
mgrtóro o poo às tvdds gropcuárs grodustrs. Outr procupção
surgu, gulmt, quto o ppl coômco ds cdds, coorm stução gográc
qul s cotrvm.etrtto, é orçoso sslr qu, prtr d décd d 1970, comçrm ocorrr substcs
mudçs o rtmo do modo d produção cptlst, vrcdos pssgm do sstm
ordst pr o rgm d cumulção xívl. ad qu ss trsção ão s cosumss,
smultmt, m todo o trrtro brslro, ão é possívl olvdr s trsormçõs m
curso. assm sdo, torous clro qu o ppl d rd urb ordst tmbém pssou
por mudçs, comphdo s trsormçõs ocorrts o procsso produtvo. as
cdds pssrm tr outrs uçõs ovos ppés orm dtcdos o âmbto dsss
ltrçõs mrcts, costtds sr d coom (POnTeS, 2005).
a m d qu s poss comprdr st cojuto d mudçs, zs mstr rtr msdtdmt sobr trsção do ordsmo pr o rgm d cumulção xívl s co
squcs dí drvds rd urb do pís , o cso prst, os ovos ppés ds
cdds d médo port do nordst brslro.
Do paradigma tecnológicoprodutivo ordista ao sistema de acumulação eível
a utlzção d rg brt, orgzção tylorst do procsso d trblho o cosumo
mcço costtuím bs ucol do modlo produtvo ordst qu, m sus spctos
suprstts, povs um cogurção kys d estdo. O domdo welare
state, tuv como orgzdor costrutor do prdgm produtvo ordst, o cumulrumross uçõs produtvs drts, grlzção d rstrutur, bm como mpu
lção dos rcursos ormtvos d polítc coômc qu prmtrm o ucomto d
mcsmos dstrbutvos comptívs com o modlo coômco ordst.
Sob ss tpo d orgzção polítc coômc, produção ortvs pr mrcdos
mcços, com scss drcção d modlos produtos stdrdzdos, d cclo d vd
prologdo. Dst modo, ort d dmd sus vrçõs postvs dpdm
d mplção d bs d cosumdors. O úclo dâmco dss rgm d cumulção
stv ctrdo o complxo mtl/mcâco. Os mcsmos struturs do modlo or
dst – grds stblcmtos pr provtr cooms d scl, cotgudd spcl
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Contradições, Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos nordestinos
a bertura
dos procssos produtvos, cooms d glomrção tc. – stvm bs xplctv ds
orms spcs qu produzu.
Com to, cosquc drt d coctrção técc d produção rtus orm
d coctrção spcl. assm, pod-s dzr qu o rgm d cumulção ordst o prot-
gost dcsvo os procssos d mtropolzção. Sm dúvd, m su s l, produzu-s
crt dsprsão coctrd té prr, como um ltrtv pr rcompor – o mos
crcustclmt – tx d lucro, provtdo ormção d mrcdos ctvos s
substcs drçs slrs s rgõs dprmds dos píss cptlsts ctrs os
píss m dsvolvmto. nsts, o cptl puh-s slvo ds orgzçõs sdcs
mdurs podross dos ctros dustrs trdcos.
O crcmto d lgus tors d produção sscs (ptrólo mão d obr) cpcdd d o stor tcolgco ordst rspodr sss mudçs, rdudou um
crs proud prologd d tx d lucro o stor dustrl stblcu lmtçõs o
modlo ordst pr sgur rproduzdos. Os crcutos cros trcos, por su
ldo, vvm um vrddr hprxpsão, sdo o stor d rúgo pr o cptl d orgm
dustrl durt os os stt, os píss do ort , os os ott, os píss do sul.
O cojuto d ovs tcologs qu comçrm oprr como tor d síd d crs ão
mplcou rovção ou trsormção do ordsmo, ms slzou o su sgotmto
suprção. est trsormção tcolgc crrtou o surgmto d ovos tors-chv do
modlo tcolgco-produtvo, xmplo do complxo mltr-rospcl ou o ltrôco
(m spcl mcroltrôc), ssm vsulzdo por lgus utors.
aprtmt, o ômo sr d mor complxdd, prcdo prudt dotr um tor
ms volvt, qu str rprstdo pl ormção, o qu mplcr m cosdrr, como
xo do procsso, os stors d mcroltrôc s tlcomucçõs, ovos úclos dâmcos
do prdgm mrgt. est ômo crrtou trsormçõs m todos os ívs, dsd
s modldds do dsho dos produtos té s orms d orgzção do procsso produtvo,
pssdo plo prpro cotúdo tcolgco dos ovos produtos d sus crctrístcs. Dst
poto d vst, pod-s vsulzr outro cocto-chv do ovo prdgm, qu podr sr ut-
lzdo pr domá-lo: fxbldd. etrtto, pr lcçr tod su các cc,
s ovs tcologs dmdvm um ov orgzção trblhst mudçs prouds os
hábtos costums, prtculrmt, d cosumo. est cotxto rquru um trsormção
substcl d cocpção d estdo, dos sus ppés d su rlção com socdd.
assm, codção d xbldd xprsss, ão s o toct os bs d cptl, os
produtos às orms d produção dsho m s, ms tmbém s std os volums
produzr, às rlçõs coxõs trpssos, prtculrmt à ormção d srção
cotrol d orç d trblho os procssos produtvos.
Com to, s, por um ldo, obsrvous um úmro lvdo d ovçõs m mtér d
produtos, sto é, ovos produtos, o gru d stsção dsss, bm como sus crctrístcs
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
possbldds d dvrscção produtv, por outro ldo, s mudçs srm cosdrds
stvm muto ms ctrds orm do procsso d produção do qu do produto.
Quto à ormção d produção, pods dstcr utlzção d qupmto xívl ou
progrmávl, cpz d cumprr dvrss uçõs vculds ão somt dsttos momtos
do procsso produtvo d um dtrmdo bm, ms tmbém à cpcdd d dptrs
modcçõs d um produto ou srvr pr prtcpr produção d outro bm.
as trsormçõs ds rlçõs tr trrms costtuírm outr ds chvs ds
ovs orms d produção. as possbldds brts plo dsvolvmto ds tlco
mucçõs o procssmto vloz d ormção, ssm como o custo rltvmt
bxo dsss srvços duzu à rorgzção ds rlçõs trrms, prmtdo mor
trcoxão tgrção dos dsttos momtos do procsso produtvo, coduzdoà tgrção sstmc d uçõs ltrdo sus pdrõs d cogurção d plts,
ppés, tmhos loclzção.
no cso ds rlçõs trrms, tmbém, s ovs tcologs prmtrm o csso
um mor tgrção trção, qu tr outros ômos, duzu à “dsvr
tclzção” d populção. O prdgm d produção lxívl pós-ordst ou oor-
dst mplcou, portto, substtução ds cooms d scl pls cooms d
“dvrsdd”, já qu s struturou m dmds sgmtds, d mor tmho, com
grd drcção d produtos modlos, ortds às puts d cosumo dv
dulzds bsds m bs d obsolscc rltvmt rápd, tto ucol
como tcolgc.
est é rzão pl qul o tmho d plt rprsttv do ovo prdgm é, subst
clmt, mor (s or mddo quto pssol ocupdo), sm qu l mplqu, cs
srmt, m mors ívs d vrsão m cptl xo.
a rorgzção do procsso d trblho, com bs corporção d ovos rcursos
tcolgcos dtrmou, tmbém, modcção do prl do opráro dustrl, d sus
ppés d sus rlçõs com o qupmto com os dms opráros. as ovs tco
logs d produção motvrm substtução d cogurção tylorst d orgzção do
trblho, bsd spclzção do opráro m su tvdd prdomtmtdvdul, bm como d strutur dscplr hrárquc. Já os sstms d produção
mrgts rqurm um tpo d srção do opráro o procsso produtvo qu td
à su plurucoldd cpcdd d dptção, ssm como à costtução d grupos
d trblho smutôomos. ests mudçs sgcrm, por um ldo, crto procsso d
dsqulcção prd d postos d trblho m grl, ms, por outro ldo, mplcrm m
crt rcuprção d utoom, ctv cpcdd d dcsão cotrol dos opráros
sobr o procsso d trblho.
n str ds trsormçõs cm cosgds, vrcous, os píss dustrlzdos ,
tulmt, os píss m dsvolvmto, dvrsos ttos d rormulção do estdo
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Contradições, Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos nordestinos
a bertura
bsdos, udmtlmt, “dgrdção” d coom m grl, prvtzção d
lgums tvdds produtvs qu o estdo ssumr durt o rgm ordst, dp
tção do suport lgl qu rg s rlçõs socs d produção, os ovos rclmos docptl (fxblzção do trblho mmzção d coftos) o dsmtlmto dos
mcsmos qu grtm um dstrbução progrssv d rct. no qu tg st
últmo spcto, td-s qu, o dscurso polítco, o qu prcu como dmd d
dsrgulção, rldd, trduzus m mudç ortção os dsttáros dos
mcsmos rgultros qu tdm rproduzr complxdd struturl qu o estdo
prstv m rlção à costrução do ovo modlo coômco socl. Costtou-s, lém
dsso, o dsprcmto dos strumtos dstrbutvos ssstcs d dsvolvmto
d prvdc socl.
Dst orm, o modo d rgulção corporcd plo estdo do Bmestr, clsscmtkyso ordst, o, pultmt, substtuído plo estdo olbrl, dqurdo
mor ucoldd com s ovs modldds cssdds struturs d cumulção
cptlst fxívl. a xpsão do podr dos grupos coômcos, dos grds cosórcos
xportdors dos crdors xtros mlh d rlçõs plursclrs qu cosgu-
rm vblzr costtuírm cotrprtd d dclção /ou rortção d cpcdd
rgultr do estdo ncol.
Flmt, trsormção d strutur dos ppés do estdo ncol produzrm sg
ctvos mpctos trrtors. assm sdo, s rotrs dos estdos ncos tdrm
prdr o sgcdo, sj pl tgrção sttucolzd ms ou mos volutár ou porsmpls stltzção, d to. Outr mr d bordr st ssuto é o to d, tulmt,
cd rgão, províc, mucípo cdd tdr sr srdo, drtmt, mlh d
rlçõs multsclrs qu crctrz o cptlsmo tul qu, pr su xpsão, prc
tr cssdd d vulrblzr, d mr crsct, o crátr mddor d prsç d
estdos ncos trvcosts vgorosos (POnTeS, 2005).
Reestruturação produtiva e organiação territorial
as ludds mudçs drm lugr o surgmto d ovs strtégs struturs trrtors,
dvdo à turz do rgm d cumulção mrgt, qu supõ suprção d lgcloccol ordst, ortmt coctrd o spço. as cssdds struturs do or
dsmo trml, s possbldds d rgmtção do procsso produtvo, pl trodução
d ovs tcologs d produção, crculção procssmto d ormção, ssm como
spctos vorávs à srção do cptl m árs prércs, srm os lmtos cuss
d crt tdc à dsprsão gográc dos mos d produção, sj l vsulzd m
scl globl ou col.
Tto m scl col como globl, o sldo do procsso d rstruturção produtv o
dsdustrlzção (m trmos rltvos ou bsolutos) ds árs dustrs trdcos
o surgmto ou rvtlzção d árs d scsso dsvolvmto dustrl ordst.
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
Obvmt, sts tdcs strm slzdo procssos cpts, ms progrssvos,
d rorgzção ou ltrção do modlo trrtorl ordst, como rsultdo d rdção
d dvsão rgol do trblho.
Grds rgõs dustrs orm dcds m toro d tvdds dustrs qu, hoj,
stão m ctudo dclío (sdrurg, mtlurg, mtl mcâc, txtl tc.), quto
os stors mrgts (ltrôc, tlcomucçõs, ovos mtrs, químc , botc
olog tc.) ão thm mor sgcdo ou compromsso com ts árs.
Plo xposto, obsrv-s qu s mudçs strutur do trrtro ão s vrcrm, ps,
s árs ms dâmcs do pís, ts como o Sul o Sudst, ms orm, tmbém, dtcds
m rgõs mos dsvolvds como é o cso do nordst brslro (POnTeS, 2005).
CaRaCTeRÍSTiCaS DO eSPaÇO URBanO nORDeSTinO aTUaL
O procsso d tgrção d coom do nordst coom col, spclmt
dpos d ção d Sud, produzu um ort mpcto strutur trdcol d rd urb
ordst, mpldo s dstorçõs xgdo dst um dqução pr o cumprmto
d ovs uçõs.
em vrtud do pdrão coctrdor ds tvdds produtvs, m vgor, vrcou-s mcro-
cl dos trs sstms urbos rgos, Fortlz, Rc Slvdor, trduzdo-s
xtrm polrzção ds tvdds coômcs urbs pls mtrpols.
O procsso mgrtóro, bm como s tvdds dustrs, cotrbuu, por su vz, pr
clrr um urbzção coctrd. a modrzção do cmpo s trsormçõs
strutur udár rurl colborrm pr lvr, cosdrvlmt, o tvo ds popul
çõs mtropolts.
D to, com rortção d polítc dustrl, spclmt dpos d trodução dos
ctvos scs sstm 34/18 Fudo d ivstmtos do nordst (For), coctrção
spcl o ormmt vorcd. esss mcsmos sttucos, crdos pr vblzr
polítc dustrl, tdrm, m prmro lugr, os sos do cptl dustrlzçãotv como lcus prrdo s rgõs mtropolts.
a dspto d s mtrpols ordsts trm s costtuído m prcpl lcus d trção
do cptl dustrl, bs produtv dsss ctros d dtém um ort prtcpção
do cptl comrcl cro. n vrdd, s rgõs mtropolts do nordst são
mportts spços d crculção rlzção d mrcdors produzds m outrs rgõs,
o qu justc mportâc qu ssumm s tvdds trcárs (comérco srvços)
strutur produtv dsss ctros. ao s costtuírm m prcps spços d trção d
cptl d orç d trblho, s mtrpols ordsts torrms, cotrdtormt,
coctrdors d pobrz.
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Contradições, Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos nordestinos
a bertura
n rgão nordst, od urbzção s du ão ps m ução do procsso d crs
cmto dustrl d cocomtt modrzção d grcultur, ms, prcplmt,
à cust d xpulsão d populção cmpos m vrtud d dsrtculção ds rlçõsd produção, qutdd d mgrts qu chgou às mtrpols xcdu, d log,
cpcdd d bsorção do stor dustrl. a cpcdd d o stor modro d coom
ordst corporr prcls cd vz mors d orç d trblho suprdmsoou o
stor trcáro, ddo orgm ovs orms d srção d populção urb dvsão
socl do trblho.
as tvdds rts o stor orml, por su vz, stão prsts m prt sgctv
ds tvdds tgrts do stor trcáro, grgdo, d modo spcl, s ocupçõs
utôoms do comérco d mrcdors (vddors mbults), os pquos srvços
d rprção mutção (bscts), os mprgos doméstcos rmurdos, lém dsvárs orms d submprgo dsmprgo qu corporm trblhdors ocsos /
ou trmtts. Dss orm, dt d rduzd coctrd bs produtv rgol,
dls um rágl qudro ocupcol qu, crscdo os bxos ívs d rd, compro
mt srmt s codçõs d vd d populção.
ao débl qudro do mrcdo d trblho urbo crscts, por outro ldo, rágl ção
do estdo quto à crção o tdmto d qupmtos srvços cssáros à
rprodução d orç d trblho. no tto, trvção sttl, lém d tr prvlgdo
ort dquls srvços, ms drtmt lgdos à cumulção d cptl, torou-s,
tmbém, bstt sltv o qu s rr à provsão dos bs d cosumo coltvo, cdoos vstmtos m rstrutur srvços urbos mrcdmt coctrdos m árs
ms prxms o ctro d cdd /ou brros rsdcs ds clsss ms bstds.
Por ts rzõs, populção ms pobr pssou hbtr m árs cd vz ms logí-
qus m rlção o ctro urbo ou m árs ms cssívs, porém com problms d
slubrdd ou dculdds pr costrução. em cosquc, grd prt d clss
trblhdor lojs m hbtçõs prcárs d mocmbos ou vls, sordo crcs
prmts o csso srvços d trsport, smto, súd, ducção outros
qupmtos urbos.
É mportt lmbrr qu, dspto d os tos d pobrz urb torrm-s ms vsívs
o qudro urbo ds mtrpols, l rprst um crctrístc d todo o porm
urbo rgol. assm, o tul sstm ordsto d cdds cotr-s comprtmtdo
m trs rds dstts, struturds os ctros mtropoltos mcrorrgos: Rc,
Slvdor Fortlz. São sss ctros, portto, qu, trvés d xtss árs d fuc,
dvdm tr s o comdo polítco coômco do spço rgol, stblcdo os sus
vículos com o polo ctrl d coom, loclzdo o Sudst. Tl coctrção, um
rgão od prvlc um rc dvsão trrtorl socl do trblho, bu o dsvolv
mto d todo o sstm urbo, ddo lugr um rd d cdds trucds, rcmt
hrrquzd pouco rtculd.
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
ess dsqulíbro urbo trduzs, ssclmt, m:
. xstc d trs rds dsrtculds;b. rduzdo úmro /ou usc d ctros do sclão trmdáro m dtrmdos
sgmtos d rd urb;
c. rc /ou complt rtculção ucol tr ctros do msmo port ívl
hrárquco, stblcdos s lgçõs, prrclmt, dos ctros mors
pr os mors;
d. crsct vculção com o Sudst qu, tulmt, pss s procssr, tmbém
drtmt, trvés d cpts rgos (COeLHO, 1939, p. 87).
n vrdd, os ctros mtropoltos ordstos polrzm comdm trs rds urb
s dstts. equto rgão d uc d Rc brg os stdos d Prmbuco,Ro Grd do nort, Príb algos, d Slvdor tgr os stdos d Bh Srgp,
stddos d Fortlz plos stdos do Crá, Mrhão Puí.
Dss orm, é polrzção/coctrção qu pss ortr struturção do cojuto
do sstm urbo, porquto é, o msmo tmpo, su mor ou mor tsdd qu
d o ppl mportâc d cd ctro hrrqu ds cdds.
assm é qu, lém d crctrzr s trs mtrópols rgos, coctrção rpt-s
com mor tsdd m ctros do sgudo sclão d rd urb, ou sj, ctros
submtropoltos. ests pssm, rqutmt, s procssr drtmt dos ctros
subrgos /ou dos ctros d zo, pr os ctros submtropoltos ou mtropoltos, qubrdo, ssm, ordm hrárquc ds lgçõs. Por outro ldo, rc trção ds
cpts rgos tr s rquc s rlçõs os sgmtos ms trorzdos d rd
urb, vorcdo, cd vz ms, ctrldd d su sclão supror. Cb rssltr
qu, à mdd qu s dsc o sclão d rd urb, tor-s cd vz ms rágl o qudro
ocupcol ms bxos os ívs d rd d populção.
Fo, o tto, s pqus cdds (ctros d zo ctros locs) qu polrzção/
coctrção prstou-s ms ocv, pos, prtcmt, dtrmou ução qu sss
úclos xrcm dtro d strutur do sstm urbo ordsto, sto é, d srvrm d
scodouro d produção grícol. a coom dsss ctros urbos, qu rprstm msd 90% ds cdds ordsts, lém do comérco srvços cssáros o tdmto
d su própr populção, é costtuíd, bscmt, pls tvdds do tpo urbo,
rqurds pl dâmc d um coom grícol, ou sj, mrcdos prdcos (rs),
pquos srvços cssáros o scomto d produção grícol /ou bcmto
dustrl d produtos grícols.
Por outro ldo, costtum d, sts pquos ctros, lugr d rsdc d orç d
trblho grícol, ou sj, pquos proprtáros, rdros, d mão d obr sslrd
futut, qu s dsloc d um tvdd pr outr m ução d szoldd ds colhts.
O dsqulíbro struturl, qu mrc o tul sstm urbo ordsto, drv d orm pl
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Contradições, Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos nordestinos
a bertura
qul s orgzou bs produtv rgol s sus vculçõs com coom col
trcol (CORRêa, 2006).
CiDaDeS MÉDiaS nORDeSTinaS
no cso xplícto do nordst, s cdds méds pssrm por sgctvs rormulçõs
os sus ppés.
em c ds substcs trsormçõs ocorrds o modo d produção cptlst, tdo
como cosquc mudçs strutur trrtorl do pís , por cosgut, d rgão
nordst, rsolvus dotr o crtéro coômco pr dscussão ds cdds méds or
dsts. Portto, cdd méd sr um ctro urbo com codçõs d tur comosuport às tvdds coômcs d su htrlâd, bm como, tulmt, l pod
mtr rlçõs com o mudo globlzdo, costtudo com st um ov rd gográ
c suprpost à qu rgulrmt mtém com sus srs d uc. est sgud
rd, qu ssld, dz rspto o sstm d rlçõs rlzds o trrtro com árs
rurs ou outrs cdds prxms ou ms dstts, sobr s qus l xrc um codção
d comdo. Com s mudçs o modo d produção, pssous dtcr, s cdds
méds, outros cotxtos rltvos à dvsão técc socl do trblho.
O stlo d xpsão cptlst o Brsl lvou, o curso ds últms décds, um procsso
d coctrção d rd ltmt xcrbdo, sj pl modcção olgopolístc, sjpl polítc d rprssão slrl, ddo mrgm um xpsão dos srvços d cosumo
dvdul, qu orm os qu ms crscrm os últmos tmpos, à mstção d um
tdc: o umto do úmro d trblhdors por cot prpr. nst príodo, houv
crção d tod um gm d srvços d cosumo dvdul. Por outro ldo, os srvços
d cosumo coltvo, súd, ducção, trsports públcos, trdcolmt s mãos
do estdo, já rm, há muto, d produção tdmt cptlst, sto é, s rlçõs ss
lrds já xstm há muto tmpo. a rorm pult do estdo, o curso dos últmos
os, é outr c d closão do trcáro. no tto, dculdd crsc com o progrsso
d dvsão socl do trblho. assm sdo, rcuprção d própr oção d dvsão
socl do trblho tors possívl com o bdoo do turlsmo ds dstçõs tr
mrcdors srvços.
no qu cocr à dvsão socl do trblho o trcáro, um ovo oqu rvl su rquz,
brdo spço à síd d ls prgut sobr o tmho do trcáro, su cssdd,
su mprodutvdd, su chção, su proporcoldd m rlção os outros stors
lgums outrs qustõs ou orms d bordr o problm qu xprssm comprsão
do qu sjm os srvços o sstm cptlst d produção.
além dsso, qustão do trcáro sus rlçõs com o procsso d cumulção do cptl
dv sr psd m codçõs hstrcs cocrts. Portto, o urbo é som ds dtr
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
mçõs mds dos stors produtvos qu, spclmt, rprst, o lócus por
xclc d um dvsão socl do trblho qu mudou stução dos proprtáros, sprou
trblhdors dos mos d produção, produzu um mudç os mrcdos d orç dtrblho, m ução d ovs tcologs , ss progrssão, xpdu rdmsoou
dvsão do trblho s srs d crculção, dstrbução cosumo.
no curso dos últmos os, o spço urbo ordsto, sobrtudo s cdds méds, pssou
por trsormçõs m c d mpltção d ovos srvços, prcplmt os logístcos,
d ormção, d comucção, d trsports, d ducção d tursmo. Ts cdds
prcrm, tão, como ltrtv d mord, por orcrm, d qu m trmos,
mlhors codçõs quldd d vd m rlção às árs mtropolts. no trscorrr
d décd d 1980, sss cdds logrrm mor xpsão, grdo mprgos, quto
rcssão mrg s árs mtropolts (POnTeS, 2005).
em c do cotxto prstdo, m rlção às cdds méds, st-s, clrmt, qu ts
glomrçõs stão dds ovos ppés o âmbto d rd urb ordst, hvdo,
portto, cssdd d studáls com mor prouddd.
Sobral (CE): cidade média do sertão
a cdd d Sobrl, o Crá, tm, tulmt, su xprssão vdcd pls dústrs
procdts do Sul do pís, qu l s srrm, lém do stor trcáro.
a áls d ormção socospcl d cdd d Sobrl é sscl pr o dsvdmtodo uso do su trrtro o príodo tul, possbltdo dscussão d lgus lmtos
qu cotrbuírm pr qu cdd pudss sr tdd quto “méd”. Sobrl, hoj,
com crc d 150.000 hbtts, stá loclzd 230 km d Fortlz, cptl do stdo.
Poscoou-s, d o século XViii, como polo rgol, xrcdo su fuc sobr
tod zo ort do stdo do Crá, od stá stud mpldo o su comdo sobr
os stdos vzhos do Puí do Mrhão.
a orgm d Sobrl stá lgd à zd Cçr, às mrgs do ro acrú, crd o íco do
século XViii. O úclo cl cou cohcdo com o msmo om d zd Cçr, té 1773,
príodo d crção d Vl Dstt Rl d Sobrl, qudo coqustou o drto d lgr susrprstts plo voto, ddo plos grds proprtáros d trrs locs. Quto à hrrqu
polítc, vl d Sobrl, ssm como o Crá, clmt, subordou-s à províc d Bh
dpos à províc d Prmbuco, mtdo com ls rlçõs comrcs costts, o
qu ocsoou o scmto d um clss socl um tto quto “ltzd”.
a tvdd comrcl, os poucos, o s rmdo vl d Sobrl, sstd, sobrtudo, o
dsvolvmto d pcuár, tordos cdd pl L º 299, d 12 d jro d 1841.
Sobrl xportv cr d chrqu, drtmt pr Bh, Prmbuco Portugl, ch-
gdo xrcr uc, té msmo, sobr Fortlz. Outr tvdd d rlvâc pr
o crscmto d Sobrl o o cultvo do lgodão. Pr bs lmtr locl, dstcous o
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Contradições, Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos nordestinos
a bertura
plto do mlho do jão. Um spcto mportt é qu sss culturs ão rm, cs
srmt, xtsvs, poddo ocupr pqus grds proprdds.
Sobrl, com um stução gográc vorávl, por stur-s o cotto tr trs zos go-
mbts, srr, srtão ltorl, ucov como pssgm turl obrgtr pr qum
ptrss pr o ost do Crá. Por sso, cosoldou-s como um polo rgol mportt
pr coom do stdo. estv prxm dos portos d Cmocm acrú, pr od rm
lvdos os produtos por l coltdos, como couro, sol lgodão pr xportção. Por mo
dsss portos, mportv produtos d europ, como porcls roups pr o comérco d
rgão, tordos um ctro dstrbudor, té msmo, d produtos mportdos.
Por outro ldo, o crsct dsvolvmto d cultur do lgodão cbou por proporco
r um rrrjo o trrtro, com chgd d um mportt sstm d ghr. Odvto d rrov propcou mor crscmto d lgus úclos urbos crss, como
Fortlz, igutu, Crto Sobrl.
Sobrl, como muts ds cdds ordsts, cotou com dos tors
mportts qu cotrbuírm pr su xpsão urb: o prmro,
stução gográc, como poto d trocmto váro, zdo
lgção tr cptl do Crá os stdos do Puí do Mrhão,
trvés d rodov rrov, cotrbudo pr o ortlcmto d
su tvdd comrcl zdo d cdd um ctro dstrbudor
d produção pr tod su ár d fuc (SiLVa, 2000 pud
HOLanDa, 2005, p. 10).
Sobrl mtv su xprssão, ms, os poucos, rglzous com os tos d sc d 1877
com o costt crscmto d Fortlz, gor ão ms com ução mrmt dm
strtv, ms comrcl d srvços.
etrtto, Sobrl procurou mtr su ppl coômco sstdo, sobrtudo, tvdd
lgodor. ess tvdd cotrbuu pr mpltção d dústrs cdd lgds o
stor prmáro, como: dústr txtl, d ólo vgtl, sbão, lmtos tc. as dústrs
txts d cdd cohcrm mor crscmto, pos, à mdd qu os prços do lgodão
círm o mrcdo xtro, dtro d cohcd “ crs trcol do lgodão”, ssstu-sà stlção d dústrs s árs produtors dstrbudors, como Sobrl.
Sobrl buscou, portto, o spço grícol, susttção coômc com cultur do
lgodão hrbáco o xtrtvsmo d otcc, d csth d cju d cr d crúb.
Com o dvto do século XX, Sobrl prmcu como um cdd mportt pr
coom do stdo do Crá, sdo o ctro coltor d produtos grícols d rgão nort
do stdo, com ort uc coom rgol. nos os 50, do msmo século, su
tvdd comrcl soru um stgção tvdd dustrl cou lt, m ução
dos rfxos d sc d 1958. a cdd buscou, tão, por mo d prstção d srvços do
comérco ms dvrscdo, mtr su xprssão m rlção às cdds vzhs, príodo
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
m qu o govro brslro cou domd “modrzção do pís”, por mo ds
polítcs rgos.
Dv-s sltr qu, o príodo do estdo Mltr, os úclos urbos qu rcbrm
ms ctvos , cosqutmt, trírm ms dústrs décd d 1960 orm s
cdds méds d Juzro do nort, Crto (Sul do stdo) Sobrl (nort do stdo). assm,
Sobrl pssou dsmphr um ovo ppl jutmt com outrs cdds méds do
nordst, mdt um ção polítc qu vsou à dmzção dustrl d cdds log
dos grds ctros. “a polítc ds cdds méds rcolzou, portto, cssdd d
orgzção do spço pr o dsvolvmto dustrl m sus struturs dpdts”
(ROCHeFORD, 1998, p. 101).
no Crá, o govro do stdo crou, m 1962, Comph d Dsvolvmto do Crá(Codc), qu pssou tur m trs lhs, sbr: costrução d rstrutur, crção
d zos dustrs áls d oportudds dustrs. ag, tmbém, ssssordo os
mprsáros s orms d obtção d rcursos cros busc dsss rcursos juto
os rgãos comptts. nss ocsão, orm crdos os prmros dstrtos dustrs o
Crá. a cdd d Sobrl, ss époc, surgu como ctro urbo rgol mportt
prspctv dos vstmtos públcos prvdos.
a opção do podr públco por Sobrl ocorru dvdo os sguts tors: cotgt
populcol; loclzção gográc; tr um dstrto dustrl lgdo à cptl por mo d
rodovs drs stdus; rd rrovár pr o trsport d crg crt trdção
dustrl, ruto do príodo d dsvolvmto do stor txtl rgdo, d, o l do
século XiX. Portto, s dústrs mpltds m Sobrl orm, sobrtudo, do rmo d
bcmto d produtos locs: csth d cju, bcmto do lt d brcção
d mtrs d costrução.
ao rdor dos os d 1990, por ctv do podr públco, Sobrl logrou ovos vstmtos
ovos cosumdors. Pr tto, o podr públco procupou-s m dotr cdd com
modros xos, como: trro stáro, pots, ctro d covçõs, mplção crção d
ovs vds spços d lzr. Buscous, tmbém, mplmtr polítcs qu tríssm
vstmtos dvrscdos, ovos modros. assm, ssstus o crscmto dos srv
ços, sobrtudo o d trsport d crgs, com dstqu pr s mprss Mrts Comérco
Srvços d Dstrbução S.a., exprsso Mrcúro S.a. bcos prvdos, como Brdsco,
itú, BBV, lém d lojs d rqu, como d tlo clulr (Motorol, nok, tr outrs),
d vds d moto Hod (Sobrl Motos), d lmtos (nutror), d prums (Cotém 1g,
Águ d Chro, Botcáro), d vds d mod ítm (Dulor) grs d mod. assm, s
proposts s polítcs dotds plo govro do stdo, lds à xpsão do cptl,
proporcorm o ortlcmto d Sobrl, quto cdd méd, prcbdos ovs
tdcs cotrdçõs o qu cocr os dcdors dmográcos, à urbzção, à
dustrlzção, à ort d srvços, às rlçõs com os spços ms logíquos, o umto
dos problms urbos, tr outros (HOLanDa, 2005).
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Contradições, Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos nordestinos
a bertura
Epansão do espaço urbano de Mossoró (RN) pormeio das atividades econômicas
no íco d décd d 1980, cosoldção d mczção d tvdd slr, d grcul-
tur rrgd o dvto do ptrlo dmrcrm o dsvolvmto cdd d Mossor.
Por outro ldo, os os d 2000 2004 orm cosdrdos príodos os qus ocorrrm
mudçs sgctvs cdd. Os procssos socs qu ormtm cdd dmzm
su socdd orm mrcdos por um rstruturção coômc com rxos m todo o
trrtro mucpl, prcplmt o spço urbo, od sss cooms zm su pro-
dução ou o procsso d gstão, trsormção scomto dos sus produtos srvços.
alsous, o cso d Mossor, o procsso produtvo udmtdo m trs tvdds o
spço urbo – slr, rutcultur rrgd ptrolír –, s qus ssumrm o ppldrgt d coom, suborddo, crdo rddo outrs tvdds, mdt
ção d polítcs públcs.
a coom slr prtcp d vd sococoômc d cdd d Mossor com grção d
rd mprgo, qur sj o procsso produtvo, od os spços são orgzdos – sls
mogrs – qur, prcplmt, o stor d srvços comérco, m vrtud do trsport
d sl por cmhõs. a prcípo, s mogrs os rmzés d sl stvm loclzdos o
ctro d cdd, od s vrcv um grd movmto d pssos mrcdors. Hoj,
ps um grd mprs d mogm ro cotrs s proxmdds do ctro.
a prmr mudç d loclzção dos rmzés ds mogrs tvou-s BR-110 (lg
o Mucípo d Mossor ar Brc). ao logo dss rodov, hv mutos rmzés d
sl, já qu o csso outro grd mucípo produtor, ar Brc, r to por ss v.
Cotudo, com o pssr dos os, ss rodov ão ms o trtv pr prmc dos
mprsáros slros. Por outro ldo, d prt do govro mucpl, houv ctvos pr
qu s mprss slrs, mogrs rrs ossm loclzds m outr rodov,
BR304, o su trcho loclzdo o prímtro urbo d Mossor.
Os ctvos cldds logístcs, loclzds BR-304, motvrm mudç d mutos
rmzés pr ss rodov, od s coctrm os srvços d poo cmhoros o
csso o stdo do Crá. Mossor é o mor dstrbudor d sl do pís. É comum grd
qutdd d cmhõs provts d St Ctr, Prá, Ms Grs, São Pulo,
Mto Grosso outros stdos stcorm os postos d combustívs qu stão BR-304.
esss cmhoros dqurm o sl pr rvdr o logo do su rtoro, já qu é um
produto d ácl comrclzção, ou pr o tdmto d comds d dústrs.
Portto, é um tvdd qu dmz ão somt coom, ms vd urb. a cr
culção ts d crrts, cdd, xg rstrutur pr por dmcdd dss
tvdd. n BR304, m Mossor, o comérco é tso, í s loclzdo város scrtros
d rvd, qu utlzm tlo, x outros mos d comucção pr gocção do
sl. Tor-s rqut o cotro d plcs xds os postos d combustívs rmzés
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o logo d BR, com rs “tmos rt”, com o objtvo d ucr dspobldd do
sl pr trsport outrs rgõs do pís. nsss scrtros ou or dls, mor prt
ds vzs, stão os gcdors, sto é, os qu orcm gocm o sl. a rodov mqustão é, tulmt, lgd os brros d Mossor, um codção mst d csso pr
s dústrs, mords, comérco srvços. a movmtção cr, tdo m vst o
pgmto d um grd cotgt d mprgdos os rmzés d sl mogrs,
dmz o comérco locl.
Outr tvdd promovu o dmsmo d coom do spço mossoros: rutcultur
rrgd. Dsd mpltção, st tvdd crrtou, o mucípo, um rápdo procsso
d srção d ovçõs tcolgcs, suports udmts pr ormção dos dms
stors coômcos d rápd urbzção d cdd. Fo, tão, prvlgdo o cultvo do
mlão “vlco”, qu pssou sr dsvolvdo pl mprs Ms, m Mossor. assm,os prmros mlõs produzdos o Ro Grd do nort, pr s d xportção, orm cul
tvdos por ss mprs, qu cotou com águ xstt bc potgur, obtd um
prouddd méd d 700 mtros, pr promovr rrgção d ár. Tdo m vst o
procsso d xportção dss rut, mprs rsolvu mpltr scrtros d rprs
tção o xtror. Os mlõs produzdos pl Ms pssrm, tão, sr comrclzdos
europ, prcplmt os píss rdcos, m tod amérc.
Postrormt, cotou-s com mpltção d outr mportt grodústr, rprstd
pl Fzd “São João”. Todv, té o o d 2001, Ms cosoldous como mprs
âcor, tr s mprss locs, utlzdo ruts tropcs como mtérprm pr produção d smturdos, como polps d ruts, bm como xrcu ção trmdár d
grd pso compr d produção d trcros pr xportção. Cb rssltr, trtto,
qu mprs Ms, psr d tr logrdo crc d 40% d produção col d mlõs,
chgdo rprstr 20% d rutcultur rrgd do pís, chou s sus ports m 2001
(TRiBUna DO nORTe, 2003).
n ocsão, o crd Potyruts, outr grd mprs lgd à rutcultur o stdo,
ctv d um grupo d ghros grôomos, téccos, proprtáros d trrs lgus
xucoáros d Ms. O grupo m qustão possu, tulmt, st zds cuj sr,
obtd tr 2002 2003, rdu 500 ml cxs; tr 2003 2004, 720 ml cxs; tr 2004 2005, orm prvsts 1.100 mlhão d cxs. a Potyruts, lém d nolm, é cosdrd,
tuldd, substtut d Ms o mrcdo xtro.
aulmt, é rlzd cdd exporrut, um r qu cogrg produtors or
cdors d sumos mplmtos grícols lgdos à rutcultur. a dmsão do vto
coloc exporut m sgudo lugr m rs d rutcultur rrgd do nordst, sdo
prmr rlzd o stdo do Ro Grd do nort. as tvdds rutícols sugrrm
o dvto d ovos srvços qu mrgrm m Mossoró, crrtdo mudçs su
strutur urb.
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Contradições, Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos nordestinos
a bertura
a prtr d 1980, cdd pssou sdr s stlçõs d Ptrobrs, como poto d poo
o dsvolvmto ds tvdds d xplorção d ptrlo gás turl. n époc m
qu mprs o stld m Mossor, cdd ão orc hum rstrutur pro tdmto d um mprs d grd port, m codçõs pr rcbr um sg
ctvo úmro d ucoáros. Pr rsolvr, provsormt, tl stução, orm dcdos
móvs dstrbuídos m drts árs d cdd, prcplmt o brro alto d São
Mol, lém d lgums sls comrcs o ctro. a mprs csstv d costruçõs
ou árs lvrs pr rgur grds glpõs, ocs sls, spços pr mobrs d
grds cmhõs máqus. a ár m prço o lt, lvdos m cosdrção
proxmdd ds rodovs BR304 Rn117, qu cultvm o csso às árs d produção
sm pssr plo ctro d cdd.
a xpsão do spço urbo d Mossor, com o dvto d Ptrobrs, ão o costtdps o brro do alto d São Mol, sdo, gulmt, dtcd m outrs árs
d cdd. aos dpos, mprs dquru um ár d 40 hctrs s proxmdds d
Comudd d Bom Jsus, qu sr trsormd m brro, domdo d “alto do
Sumré”, ár dsbtd dstt do ctro, portto, or do prímtro urbo d cdd,
od tv íco costrução dtv d su sd m Mossor. Cotudo, com qusção
d ludd glb d trrs, pl Ptrobrs, Prtur Mucpl dtrmou qu lh
lmt d ár urb vçss pr lém d rodov Wlso Rosdo. assm, tod ár
qu z prt d zo rurl pssou srrs os lmts d ár urb d cdd. aps
o spço sr molddo pl Ptrobrs, obsrvous prolrção d ovs rsdcs d
ovs costruçõs, lém d mudçs rstrutur urb, ts como clçmto, vs
d csso, lumção públc, scols ctros d súd.
Com costrução dtv d sd prpr d Ptrobrs, vrcou-s ocupção ms ts
dos rcémcrdos brros “Bom Jsus”, “alto do Sumré” “Pllto 13 d Mo”, qu, dsd
tão, prstm um cotgt populcol sgctvo. além dsso, tod ár loc
lzd vzhç dsss brros torous trtv pr stlção d várs mprss,
por cot d proxmdd d Ptrobrs. notous, tmbém, qu prsç dss mprs
costtuus m trtvo pr outrs mprss prstdors d srvços do rmo ptrolíro,
m vrtud d mplção ds tvdds rltvs à xplorção do ptrlo.
acrscts às tvdds té qu dtcds o dvto d pqus, méds grds
mprss volvds com mplção do procsso d trcrzção. além dsso, m c do
úmro d ucoáros rqurdos pr s tvdds ptrolírs, rgstrou-s, m Mossor,
um úmro crsct d hotés, pousds rsdcs dspoblzds pr os ucoáros
d Ptrobrs. Por outro ldo, o comérco mossoros o qucdo rlvtmt pls
comprs ts pl Ptrobrs, prcplmt rrgs, mtrs hdráulcos, chps d
rro, mgurs tc. Todv, sss comprs m smpr são rlzds o comérco locl,
sj porqu os produtos ão tdm às spccçõs os qustos d pdrão quldd
xgdos pl Ptrobrs, sj por srm cotrdos m outrs prçs prços ms cssívs.
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
Covém rssltr qu s tvdds d ptrlo gás crm um cd d outros srvços,
ts como lmtção, ocs d mutção, postos d bstcmto, tlcomucçõs,
trsports hospdgm. assm, dsd su mpltção o stdo do Ro Grd donort, comph vstu um mott cosdrávl d rcursos sob orm d mpostos,
txs, royalties pgos o stdo os mucípos, dzçõs os proprtáros d trrs,
comprs d bs srvços, vstmtos, sláros, tr outros.
Cumpr obsrvr qu os royalties pgos pl Ptrobrs, qu tm drto dtrmdos
mucípos, são, por vzs, mprgdos mlhor d rstrutur urb, prcpl-
mt m obrs d smto básco pvmtção. no cso d Mossor, os rcursos
orm plcdos dcção do ttro mucpl d cdd. Flmt, outro dcdor d
prsç d Ptrobrs m Mossor xprsss pl mplmtção d gcs bcárs
qu vblzm crculção cr, o âmbto do mucípo, lgd à qusção d bs srvços, lém d pgmtos d txs, mpostos royalties.
Pl áls té qu rlzd, costts qu tods s trsormçõs coômcs qu
cdd vvcou vorcm mgrção d pssos procdts do tror m busc d
mlhors codçõs d vd. no tto, sto m smpr ocorr, pos cdd ão cosgu
bsorvr tod mão d obr qu pr l mgr, grlmt orud do mo rurl ou d
pqus cdds sobr s qus Mossor xrc uc, rsultdo m um cotgt
cosdrávl d dsmprgdos ou submprgdos (ROCHa, 2005).
Campina Grande: o pequeno comércio e a violência urbana
as sucssvs ss d crscmto coômco d cdd d Cmp Grd (PB), o logo
d su hstr, zrm do su spço urbo um mplo mportt ctro comrcl o
tror d rgão nordst do Brsl. a dsctrlzção do cptl comrcl trd d
ovos cpts ss cdd torrm o su spço urbo ms complxo, rsultdo o
prcmto d város modros úclos d tvdds dsprsos m drts potos
d cdd. O crscmto urbo coômco dss cdd, o cotxto stdul rgol,
susctou um movmto compulsro m umross cdds prbs, rorçdo o su
crátr ctrlzdor rd urb tror stdul. a xpsão do stor comrcl,
com prsç d rds d lojs, ssocd o tso procsso d crscmto vrtcl, tmrvldo rcogurção socospcl urb d cdd.
nss cotxto ds ovçõs ocorrds o spço urbo comrcl cmps outrs
orms d comérco locl, tmbém crscrm um rtmo tso, m ução, sobrtudo, d
dsgul strutur sococoômc vgt os spços rsdcs comrcs d cdd.
Trt-s do cojuto d pqus umross tvdds comrcs loclzds os brros
populrs m rus mportts d ár ctrl hstrc do comérco d cdd, rprstdo
plos cmlôs, vddors mbults, brrquros, doos d mrcdhos, bodguros,
çouguros, pdros, pquos lojsts tc. além dsso, os brros do Ctolé, Sdr Cvl
ct, itrré Mrt são árs qu rcbrm, ultmmt, mutos vstmtos m
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Contradições, Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos nordestinos
a bertura
rstrutur urb (costrução d ovs vs, brtur clçmto d rus, mplção
d rd d sgotos tc.). esss obrs mprmm, portto, sgctvs trsormçõs sp-
cs os rrdos brros ár ctrl d cdd, d vlorzd pls lts locs, xmplo d crção rct d lgums lojs d rtgos os d luxo.
não obstt o surgmto d ovs orms d comérco su ár ctrl (ctro urbo
comrcl), m város potos d cdd, os brros m toro d mportts vs d csso,
comçm crscr ghr mportâc umross tvdds d grds pqus
mprss dos ms vrdos rmos, coctrds sts ovos spços, spclmt do stor
“orml” d coom urb. a xpsão dsss tvdds cdd, somd os trsss
dos mprsáros lojsts, qu s strm prjudcdos por ls, lvou o podr públco mucpl
locl, o íco do século XXi, clur st problm o projto Campina Decó d rvtlzção
d ár ctrl d cdd. Dtro dss projto d rvtlzção urb, orm crdos ovosspços comrcs o ctro d cdd, como s rcs (árs do comérco mbult) o
shopping popular dos camelôs (o shopping Ctro edso Dz), pr brgr sss pquos
comrcts. est ctv do govro mucpl rsultou m trsormçõs sgctvs
o spço urbo do ctro d cdd, qu pssou por rorms mudçs.
ad pr stmulr sss tvdds, o govro mucpl mplmtou um progrm d
mcrocrédto, dsvolvdo pl agc Mucpl d Dsvolvmto (aMDe), brgdo
s pqus lojs, rmrhos, mrcdhos, mboxs, ábrcs d cocçõs clçdos,
slõs d cblrros, mprdmtos doméstcos (css qu orcm mrmts, qu
coccom docs, slgdos comds típcs rgos, css d cosrtos m grl tc.) mcrogcos. Todv, s, por um ldo, ão s v rsstc d prt dos gts do pquo
comérco populr rt à xpsão ds ovs orms urbs do comérco modro, m
ução d prpr cssdd qu tm d dptrms o cotxto tul, por outro, c
ptt prmc, o spço d cdd, dquls gts, coxstdo com s orms
comrcs do prst, sdo sts últms cd vz ms hgmôcs compttvs.
a sobrvvc d pqus tvdds coômcs prércs – pquos comércos locs
–, ss cotxto, stá, por cosgut, mçd dstd s dptr os dtms d
um mrcdo cd vz ms compttvo xcludt, qu ão cosdr s prtculrdds
dos lugrs com sus prátcs socospcs prxstts. É í qu rsd o problm dsocbldd, quto prcpl lo d tgrção dsprsão tr s cltls ctrs
d bstcmto (grds pquos mrcdos). assm, compttvdd volc
udms o msmo cotxto sococoômco qu prdom o mo gográco tul.
nss ovo cáro, compttvdd tor-s ms complx domt m tods s
srs socs, sobrtudo s cmds xcluíds.
Dst modo, outrs qustõs mrgm, ts como rcssmos, mdtsmos, goísmos,
bdoo d soldrdd, qu omtm mpltção d um étc prgmátc d
vdulst. em ts crcustâcs, s stbldds promovds pls ovçõs do mrcdo
tscm-s, grdo orms d sgurç mdo tr os gts dos stors comrcs
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
mors, qu ão dspõm d rcursos pr s quprrm às dms orms comrcs
d tuldd m às vtgs compttvs. O mdo d prdr o “pouco qu tm” os
sus mcrospços cddãos é comprtlhdo d por outrs populçõs qu sorm com dtrorção socopolítc d cdd.
Os pquos comrcts sorm drtmt os tos ds çõs rotrs do crm , o
msmo tmpo, d ção compttv ds grds rds d comérco vrjst (suprmrcdos,
mrcdhos) qu s stlm sss spços rsdcs d cdd, hbtdos, prdom-
tmt, por populçõs d bx rd. as çõs dos cotrvtors tm sobrssltdo
os trdcos comércos locs, costtuídos d mrcrs, pquos çougus, pdrs,
rmács tc. O mdo vvcdo por sss gts do pquo comérco tou s sus
trdcos rlçõs comrcs com s populçõs vzhs, ss stbldd tm cotr
buído pr o chmto d stblcmtos os brros d cdd d Cmp Grd.
ns árs rsdcs, prcplmt os brros ms pobrs, od há mor úmro d
pqus tvdds comrcs, doção d strumtos d sgurç, como s grds
d rro, é um ov cssdd tr os pquos comrcts qu ttm sobrvvr
um spço rplto d sgurçs crtzs, pos os pquos costts movm
tos rgstrdos os stblcmtos comrcs do lugr m qu tum são vsdos plos
gts do crm prérco d cdd.
nos brros populrs, sss tvdds, o suprrm d orm sgctv “soldár” grd
prt ds cssdds dos sus mordors, costtums m udds bstcdors d
prmr stâc. O ppl ds pqus css comrcs, vd dos hbtts dsss
lugrs, é stblcr um orm d socbldd soldrdd típc dos brros. Os
pquos comércos, loclzdos sss spços, rprstm orms spcs qu rvlm
vdcm lgums vlhs /ou ovs prátcs socs ds populçõs qu ls hbtm.
Portto, doção d grds portõs d rro, trd ou sobr os blcõs dos stb
lcmtos m qustão, mplcou, drtmt, s rlçõs prsolzds com cltl,
pls qus gur do trdcol balcão trmdv vblzv s rlçõs comrcs,
típcs d grd mor dos pquos comércos d brros.
esss trtmtos cords, qu rm mprdos por st objto – o blcão – orm co-
dcodos substtuídos por ovs orms d rlçõs comrcs mos prsolzds.
Costr-s, ssm, o spço do cárcr do mdo, mdd m qu s mplm glutm
ovos objtos. O pquo comérco srs ss ovo cotxto codção d “... mcro
orms comrcs crcrds” (DiniZ, 2007, p. 209). a doção dss ov orm d sgurç
tm s tordo cotíu tr os pquos comrcts , m lgus csos, tr os grds
comrcts, proprtáros d rmzés tcdsts, lojs d mtrs d costrução tc.
Pr os pquos comrcts, ss modldd d protção rprst, d, coom
os custos com sgurç, pos, ão tdo codçõs d vstr um sstm d sgurç
modro, optm pls grds, s qus ão xgm um vstmto cotíuo lvdo.
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Contradições, Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos nordestinos
a bertura
Quto à sgurç dos clts, sts são potdos plos própros comrcts como
vítms ms suscptívs ds çõs crmoss, spclmt d roubos, pos, covvdo
drtmt com s stuçõs cotuoss do lugr ão dspodo d dspostvo qu lhsposs ssgurr protção, torms vítms costts dos cotrvtors.
a áls dos ovos comportmtos ds tvdds dos pquos comrcts, xdos os
brros populrs d cdd d Cmp Grd, sobrtudo, o qu s rr à doção d grds
d rro os sus stblcmtos, vdc qu volc o mdo zms prsts
d mr vdt m mbos os ldos ds grds. O comrct, com mdo dos prjuízos
cros, o clt, do ldo d or, com mdo d sr surprddo por lgum ssltt.
Dss orm, obsrvs qu plcção d grds ão lmou o mdo, ms o cocrtzou
m orms qu dm os ovos spços do mdo tuldd (DiniZ, 2010).
CiDaDeS PeQUenaS
As pequenas cidades no conteto nacional e global
a globlzção, por mo dos vstmtos cptlsts, crou rstruturou úmrs com-
plxs rds gogrács, tr ls rd urb. nss cotxto, cd ctro, por mor qu
sj, prtcp, d qu ão xclusvmt, d um ou ms crcutos spcs d produção
(SanTOS, 1988 pud CORRêa, 2006), produzdo, dstrbudo ou, ps, cosumdo bs,
srvços ormçõs qu, crsctmt, crculm por mo d corporçõs globs drd bcár rtculd globlmt.
as pqus cdds, umross qu são, grm, m rgr, xprssv dsdd d ctros
qu s stum um pqu dstâc méd tr s, d qu poss vrr d cordo com
dsdd dmográc d rgão m qu s loclzm. ns rgõs dsmt povo
ds, o úmro d ctros é lvdo dstâc méd tr ls é pqu. ns rgõs
scssmt povods, o cotráro, o úmro d ctros dmu, umtdo dstâc
méd tr ls (BeRRY, 1967; CHRiSTaLLeR, 1966; ULLMann, 1959).
a lvd ocorrc d pquos ctros drv, d um ldo, d um cssár coom
d mrcdo, por ms spt qu sj, grdor d trocs udmtds m um mím
dvsão trrtorl do trblho. D outro, drv d lvds dsdds dmogrács sso
cds um strutur grár clcd o pquo stblcmto rurl ou m plantations
crctrzds plo trblho tsvo. Dcorr, tão, um grd dmd d bs
srvços crctrzdos por lmtdos lccs spcs mímo máxmo (CHRiSTaLLeR,
1966), rsposávs pl rltv prolrção d úmros ctros d mrcdo o spço.
além dsso, costts qu pqu mobldd spcl d populção, qu mplc
mplção do úmro d pquos ctros d mrcdo, stá ssocd os trsports
pré-mcâcos msmo rrováros, sdo xstts ou pouco usus o cmhão o
utomvl. a pqu mobldd mplc mplção do úmro d pquos ctros d
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
mrcdo. ao qu tudo dc, rucolzção ds pqus cdds rlzs por mo
d dus possbldds: prmr dz rspto à prd, rltv ou bsolut, d ctrldd,
comphd, m mutos csos, plo dsvolvmto d ovs uçõs ão ctrs lg-ds drtmt à produção o cmpo. ess rucolzção drv d um combção
d mstçõs d globlzção, m qu ltrçõs crculção, m grl, o procsso
produtvo d htrlâd d pqu cdd dsmphm ppés prmords.
as ltrçõs o procsso produtvo o cmpo crcuvzho, qu modcm strutur
grár, provocdo dmução ds dsdds dmogrács d dmd d bs
srvços pr populção, turm o stdo d rduzr s uçõs ctrs, s tvdds
d bcmto d produtos rurs o comérco tcdst d dstrbução d úmros
pquos ctros qu prdrm sus mrcdos. Portto, vrcous um mplção do
lcc spcl mímo, m mutos csos, tgdo ár d fuc d outro ctroprxmo com mors possbldds d sr mos mpctdo, gtvmt, pls trs-
ormçõs o cmpo. a mplção d cssbldd corrobor prd d ctrldd.
a orç d érc dos úclos d povomto, trtto, é muto ort. a sobrvvc dos
pquos úclos, m rzão dos srvços qu dspõm d socbldd qu vblzm, é
tvd por mo d su trsormção ucol. a trsormção m locl d coctrção
d orç d trblho gjd o cmpo é um possbldd corrt.
a sgud possbldd dz rspto à trsormção do pquo úclo m rzão do sur
gmto d ovs tvdds, duzds d or ou crds trmt, qu corm um
spclzção produtv o úclo prxstt, srdo-o, drtmt, rd urb
l troduzdo um complx dvsão trrtorl do trblho. esss spclzçõs produtvs
crds podm str ssocds às ovs dmds d produção grícol rgol, rrcd
ovos ptmrs tcolgcos d rd, bm como ovos pdrõs sococulturs.
a dstrbução spcl ds tvdds gdrds pl globlzção obdcm, portto,
um combção qu volv, d um ldo, um lgc prpr às corporçõs, qu ão
xclu turz d tvdd sr mpltd, , d outro, s possbldds d cd lugr,
qu clum s sus hrçs ção mprddor d grupos locs (CORRêa, 2006).
Cotidiano das cidades pequenas do Seridó potiguar
no mudo tul, prsc-s o dsvolvmto d um socdd m qu s rlçõs socs
são prmds pl produção plo cosumo d mrcdors. Os spços são costruídos
rcostruídos à mrc d coom, ds çs ds ovçõs tcolgcs. assm, s
rlçõs hums são, cd vz ms, substtuíds plo mpssol, o dstt, o mro
técc. a tução dos dvrsos tors volvdos produção do spço strutur cdd
mdt utlzção d strumtos cpzs d srl um lgc d rprodução do
cptl, tddo rduzr drçs homogzr modos d vvr, d lzr, d morr,
buscdo ucr cultur.
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Contradições, Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos nordestinos
a bertura
nss cotxto, pss o stdo o ppl ds pqus cdds m um mudo mdt
zdo plo qu vm d or, plo qu é modro. Rcohc-s qu, dspto d tgrds
um totldd, cd socdd pod dr prtculrdds, mdd m qu produzsu spço, su hstr, cutdo ss spço sus dsjos, projtos modo d vd. nss
stdo, ctgor d lugr, quto spço d rprodução ds rlçõs cotds, poss-
blt comprsão d produção do spço, ão ps mtrlzdo pr rprodução do
cptl, ms rcohcdo qu um procsso d produção do spço é, tmbém, um procsso
d rprodução d vd hum (CaRLOS, 1996).
assm, vsulz-s cdd como um spço d múltpls rlçõs dmsõs socs
qu s rlzm o cotdo, o plo do vvdo , por sso, volv cultur d um dd
socdd, su modo d vd trdçõs. a cdd mrg como um t d símbolos
sgcdos tcdos pl socdd qu, o costrur su hstór, compõ mmór rrc dquls qu zrm dqul spço o su lugr. Pr Crlos (1996), o lugr gurd
m s, ão or dl, o su sgcdo s dmsõs do movmto d vd, pssívl d
sr prddo pl mmr, trvés dos stdos.
aqu ão s prtd um studo rspto d cultur d cd cdd, ms tdl como
lmto d costrução d dtdd, rtd soom urb, os costums s
trdçõs, cujos lmtos são produzdos rvldos o cotdo. Dss orm, o cotdo
dv sr comprddo o cotxto socl m qu o spço é produzdo, volvdo
totldd qu dtrm ss produção.
as prtculrdds costruíds hstorcmt zm prt d mmr dos hbtts dsss
pqus cdds , por sso, dm dtdd d cd lugr. Lugr qu pod sr ru,
cs, o brro, prç ou um moumto, dsd qu dtqu qul qu l vvu produ-
zu o spço. São lugrs m qu socdd cr símbolos, vlors dms prátcs socs
, portto, um dtrmd cultur, qu, por su vz, pss s costtur m ptrmôo
culturl d cd lugr. assm, pod-s dzr qu, ão obstt s smlhçs s sus orms
soom urb, cd cdd tm lgo prtculr qu crctrz dtc, porqu é
costruíd rcostruíd por tors, prsogs gts socs drts, m príodos
tmbém drcdos. as orms costruíds çõs rlzds cotddd lucdm
d qu mr sus mordors costrom stblcm su modo d vd cdd. Sãotgos prédos, sobrdos, prçs vds, rsultts d procssos qu mrcrm outros
momtos d produção do spço qu, tulmt, pl prsrvção ds sus orms,
rtrtm hstr gogr d cdd. no tto, trscddo às orms spcs,
s pqus cdds são crctrzds pl vd clm pct, od o cotdo é mrcdo
plos cotcmtos ms corrquros, com qus ou hum ovdd.
Grlmt, ps-s qu o d d pqu cdd rsum-s os tos ms rotros,
como r à scol, o trblho ou à ru. Trts, tmbém, d covrs tr os vzhos
clçd, o l d trd, tr postdos o bco d prç ou m qulqur outro locl
o cotro tr os mgos prch, o brzho ou lchot, prcplmt,
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
os s d sm. É cchch os brs d prr, o jogo d utbol com os mgos,
o bho d çud o domgo. São sss rlçõs qu pssm costtur o cotdo ds
pqus cdds, trbudolhs um sgulrdd qu s dstgu ds dms cddsd mor port.
Todv, lgus vtos mstçõs socs podm dmzr vd rotr sss
pqus cdds mrcr o su crátr d lugr. Pods obsrvr qu, tr sss, stão os
rlgosos, prcplmt s sts dos pdroros, sts jus, cívcs, ts como mcpção
polítc do mucípo s cmphs ltors. Os luddos cotcmtos são lmtos
cpzs d rtrr sss cdds d rot, muddo o cotdo dos sus mordors.
nss stdo, s mstçõs culturs s trdçõs são produtos d socdd qu,
costrudo su cotddd, trvés do modo d vvr, do trblho, ds sts dosrtstos, pssm compor o ptrmôo culturl ou mrc d cdd. Como xmplos,
podms vdcr lgus lmtos qu s costtum o vrddro “crtão postl” d
lgums dsss pqus cdds, cuj mportâc xtrpol os lmts d prpr rgão.
a Fst do Jgu, m Tmbúb dos Btsts, é um vto rlzdo há 20 os, o ms d
stmbro , o o, vm logrdo mportâc, ão só pl cpcdd d trr um
úmro cd vz mor d prtcpts ou pl vlorzção culturl, como tmbém por
cotrbur d orm bstt sgctv pr coom d cdd. É otávl o procsso
d trsormção spcl qu ocorr cdd os ds qu tcdm à st. Dvrss
brrcs d lchs, bbds, brqudos outros rtgos são stlds s proxmdds
do vto. as pssos qu trblhm sss brrcs vm, ss vto, possbldd
d complmtção d rd mlr, por mo d comrclzção dos sus produtos. O
poto lto d st cosst corrd dos jgus, sdo dstrbuídos prmos pr os doos
dos qu ghrm comptção.
além d Fst do Jgu, outrs tvdds vtos são dtcdos o âmbto ds pqus
cdds do Srd potgur. Como xmplo, lmbr-s Tmbúb dos Btsts, com sus bor-
ddos rtss, Crúb dos Dts, com “Flrmôc”, o “açud d Grglhrs”, como
o mrco d acr, os “ngros do Rosáro”, m Jrdm do Srd Prlhs os “Ctdors d
Vol”, m São João do Sbug. as qudrlhs jus tmbém vm ghdo spço sss
pqus cdds vm s duddo mdt o surgmto d comptçõs tr ls,
qu volvm cdds d tods s msorrgõs do stdo. Todv, rt às ovçõs,
qudrlh ju soru modcçõs. a prov dsso é qu, drt d outrs épocs, m
qu th como crctrístc o mtuto, qul qu morv roç, d chpéu d plh
vstdo d cht, com o orr tocdo plo soro, qudrlh, tulmt, dquru outrs
crctrístcs, dotdo luxuosos guros, ovos rtmos corogrs. É um vto qu
vm s duddo ghdo outrs dmsõs, mdd m qu qudrlhs ds pqus
cdds pssm s prstr prtcpr d comptçõs, como O Forr novos, m Currs
novos; o Mossor Cdd Ju, m Mossor; os Fstvs d Qudrlhs promovdos plos
Cs d TV, Cbug Pot ngr, m ntl.
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Contradições, Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos nordestinos
a bertura
Outros vtos tmbém s zm prsts s pqus cdds. O Fstvl do Ps
cdo, m acr, é um xmplo d vto qu vm logrdo spço os últmos os.
Trts d um tvdd rlzd há st os, cotrbudo pr dvulgr cdd,trdo um grd úmro d pssos. a st, cujo objtvo é dvulgr os produtos
d trr (px lguç d cmrão), tmbém dud cdd, pssdo zr prt
d otcáros s rds cos d tlvsão. em Crúb dos Dts é rlzd,
prç dos romros, há 25 os, prstção do sptáculo o vvo d Pxão
Mort d Crsto. Durt ss vto, qu s rlz Sm St, cdd tr
um orm qutdd d romros.
a Fst dos Stos Pdroros é um trdção comum tods sss cdds. Costtu um
mrco cultur dsss povos, mdd m qu, cd o, s rov, ão ps por
qustão d trdção, ms pl mgtud coômc qu lcç. Rgstrs, os mssqu tcdm à st, outr dâmc cdd, volvdo o comérco, prcplmt,
d roups clçdos, tdo m vst o costum do uso d roups ovs qu d s
prsrv sss pqus cdds durt ss príodo. Os mordors procurm ptr
s chds ds sus css stblcmtos comrcs, ddo um ov soom à
cdd. ns rus, od st socl cotc, são stldos prqus d dvrsõs, tros
sportvos, brrcs d tro o lvo, d bjutrs brqudos, um grd vrdd d
trailers lchs, brs tc. Sgudo os comrcts, é um époc m qu todos pro
curm bstcr sus lojs com produtos vrdos – tcdos, vmtos pr costurs,
roups clçdos –, tdo m vst procur ms ts por ts produtos. O príodo
postror é cosdrdo por ls como “prdo”, m qu s pss sprr, ps, plos
pgmtos dvdos ds vds crdáro. É grd o úmro d pssos qu prtcp
ds sts qu procd ds cdds vzhs, pl trção, ão ps d rlgosdd,
ms tmbém plo ldo proo d st, ts como bls shows qu são rlzdos
durt o príodo.
Portto, é um momto qu s rm como dtdd ds pssos qu morm ou qu
morvm sss cdds qu procurm voltr os príodos dsss stvdds. a cdd
prc como o lugr prvlgdo d vd d sus rlçõs, o lugr do rcotro com os
mlrs mgos, d cortrzção, cosolddo, ssm, dvduldd como um
dos lmtos mrcts d pqu cdd.
Outro ddo otávl, qu comprov mportâc coômc dsts vtos, volv
r lvr. Sgudo um scl trvstdo sobr prmc ds rs lvrs s pqus
cdds, o ms qu tcd st é o príodo m qu, prtcmt, dobrs o úmro
d brrcs qu vdm, prcplmt, roups clçdos. São rts d dvrss cdds
vzhs qu vdm, ss príodo, um mor qutdd mrcdors.
Obsrv-s qu o cldáro dsss sts prcorr todo o o, d modo qu cotcm
m príodos drts, ddo oportudd pr xstc d mor trcâmbo com
s cdds vzhs.
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
Ctms sss cotcmtos o tuto d vdcr qu vd rotr ds pqus
cdds é dmzd plos tos qu ocorrm prodcmt qu cotrbum pr
prsrvção ds trdçõs d cd cdd.
nss cotxto, coclus qu cdd mostrs como o lugr ds costruçõs, ds css,
dos prédos, do coômco, ms tmbém o lugr d vd ds rlçõs tr pssos, ds
moçõs, m qu tudo tm um sgcdo, um rzão d sr, porqu tm hstr, qul s
prptu trvés d mmr dos sus mordors, cuj prpr hstr stá lgd à cdd
(MeDeiROS, 2005).
CiDaDe, SOCieDaDe e ViOLênCia
ns sçõs prcdts orm dscutdos cotxtos drts, obsrvdos os dvrsos ívs d
cdds do nordst brslro. a sgur, srão trtds qustõs qu s dssmrm o tcdo
urbo, ocorrdo, d orm grl, mor prt ds cdds, dpddo do su port.
O spço urbo, cludo o ordsto, é vsto como cus prcpl d closão d vol-
c urb. no cáro urbo, város problms mrgm. Dt do clrdo procsso d
urbzção porqu pssou o Brsl, ssstu-s o dscdr d um príodo, o qul troux
cosgo o chmdo crscmto coômco. Fo o dáro d progrsso d um pís qu, té
tão, cotrvs m um posção d dsguldd rt outros píss do mudo, o
qu dz rspto, prcplmt, o stor d coom.
Com tção voltd o dsvolvmto do stor dustrl, o stor prmáro d coom
col, bsdo, udmtlmt, grcultur, pssou tr um mportâc mos
sgctv. a coctrção d trrs s mãos dos ltudáros, ssocd à mczção
do cmpo, qu rqur um mão d obr qulcd, culmou com xpulsão d prt d
populção cmpos qu, mpossbltd d covvr ss stução, cotrou, cdd,
possbldd d mlhors codçõs d vd. as cdds, por su vz, ão dspuhm d um
suport struturl pr tdr o grd cotgt populcol qu mgrv do cmpo,
ssm como ão comphvm o crscmto clrdo d populção.
as codçõs d vd orm cd vz ms s dtrordo, culmdo o dcréscmo do
ívl d quldd d vd d populção. a prcrdd ds codçõs báscs d vd, ts
como mord, lmtção, mprgo, tr outros, mrgu tgu, sobrmr, s
clsss mos prvlgds d socdd. O mrcdo d trblho ão cosguu bsorvr
tod mão d obr dspoívl, xcludo prcl sgctv d populção. est, xcluíd,
o obrgd, por su codção sococoômc, ocupr s árs prércs ds cdds,
coormdo um sgrgção spcl orud d um ggtsc msér socl m dcor
rc d má dstrbução d rd. a dsguldd socl cogurous o spço urbo
pl sgrgção socospcl. Dss modo, cdd spclzou-s, vdcdo os spços
proprdos pls dstts clsss socs.
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Contradições, Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos nordestinos
a bertura
acrdts qu o spço dstdo à clss mos vorcd coomcmt th sdo um
mbt propíco à prolrção d volc, qu surgu m dcorrc d lt d codçõs
dgs d vd, ts como: o dsmprgo, o submprgo, prcrdd hbtcol lmtr usc d rstrutur socl d outros srvços báscos. Jutou-s tudo sso o totl dsdém
dos govrts, qu ão s trssrm m propor soluçõs pr os problms xstts, ssm
como cpcdd d ção rvdctr pouco xprssv d mor d populção.
Por outro ldo, volc, por vzs, o usd pr protstr cotr um socdd qu
rjtou dtrmdo grupo, ão somt por rzõs sococoômcs, ms tmbém por
qustõs d prcocto rcl sxul. assm, volc qu s dsrol s grds
cdds é ruto d um dsguldd o âmbto d socdd, qul clss dsprvl
gd volts cotr su stução d rordd, cotrstdo com o progrsso dos sus
smlhts, qu tm csso város prvlégos.
Obsrvs, portto, qu há crt dculdd m dsmmbrr o tor sococoômco d
rlção drt com ss tpo d volc, urb. isso dmostr ms um compot
rlvt pr o grvmto stgmto d prátc d volc. em cotrprtd, ot-s
qu, m cdds pqus, dâmc d volc dqur xprssõs drts ds qu
s procssm s grds cdds, poddos, clusv, trbur ss to às qustõs d
rlçõs socs com “lços ms strtos”, mdt os qus s pssos tm um volvmto
trpssol mor. além d sr dtrmd por spctos ds srs socl coômc,
volc pod volvr qustõs d ordm culturl, polítc, pscolgc morl. no tto,
o motvo plo qul s domou d urb st tpo d volc stá lgdo o to d strt o covívo urbo. Os problms qu mrgm cdd tgm populção qu
l s sr, crrtdo cosqucs s ms dvrss socdd, sdo volc
comprdd como um rção rt sss problms.
O qu s prsc, portto, é um procupção cotd, spclmt ds populçõs
rsdts os úclos urbos, cuds por stmtos d mdo sgurç, prov-
ts d dssmção d volc. a usc /ou prcrdd ds codçõs coômcs
culturs, comptívs com um pdrão étco d rlcomto socl, trm por trrr
s rlçõs tr s pssos. assm, dt d rgmtção d socdd, orud d xs
tc d um grd dsguldd tr s clsss, vs grd procupção d clssbstd m s utossgrgr. Ou sj, votd d ocupr spços xclusvos, od, d
to, poss tr crtz d qu strá “sprd” ds “clsss rors” m dscompsso
com sus pdrõs d vd, o tuto d buscr sgurç. isto é vdcdo qusção
d modros prlhos d sgurç, como tmbém o dsjo csst d srção m
um grupo qu possu os msmos modos d vd qu os sus ou qu sj, plo mos, com
ptívl. ess busc por spços xclusvos o dsjo d ão tr como vzho lguém qu
possu um status ror, cb por “... mplr s orms dscrmtrs” (BaieRi, 2004, p.
26). Dss modo, s clsss domts stm su proprdd modo d vd mçdos
por quls qu ls prprs spolrm mrglzrm.
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
O rsultdo do mdo d sgurç qu comt populção dos glomrdos urbos
ocsoou ocso um mudç cogurção d psgm urb. assm, strutur
rquttôc d cdd é ltrd. as pssos costrom prsõs pr protção ds dvd d su ptrmôo. as rsdcs trsormms m vrddrs “ortlzs”: muros
ltos, grds por todos os ldos, crcs ltrcds, cãs d gurd um rsl d stru
mtos ltrôcos qu procurm, m cojuto, br proxmção d dscohcdos. não
xst ms um vículo d socbldd tr s pssos qu, com o stmto d mdo
d sgurç rrgdos, s prprm pr rtr volc, cotroldo sus rtmos
d vd, grcdo, cutlosmt, sus horáros d síd, tr outros, buscdo ão
sr prxm vítm d volc urb.
À populção ms mpobrcd, mordor dos brros prércos ds vls, por ão
tr csso os mos mtrs d ds, ps rst, “... pr protgrs ddrs, dr crt brc os grupos orgzdos qudrlhs vculds o mudo d
cotrvção do trá co d drogs m troc d sgurç protção” (BaieRL, 2004,
p. 62). Ts strtégs d sgurç, drcds d cordo com o podr qustvo
d populção, rprstm os modos plos qus l cotrou o mo d s protgr
cotr volc qu z prt d su cotdo, vsto qu “[...] sgurç públc
ão dá rsposts tvs m orc grts d protção à vd o ptrmôo”
(BaieRL, 2004, p. 62).
ess blzção d volc pod sr trbuíd o ppl d míd, pl orm como
vcul trt os tos voltos. O podr d mpulção d míd luc, sobrmr, o gt rcptor d ormção. apsr d ss mo d comucção tr o dvr
d trsmtr tos vrídcos, ão s pod dscrtr hpts d qu os tos possm
sr rtrblhdos, d tl modo qu sjm trsmtds mgs rmotds lgds
lss. São s dstorçõs d mgs qu, porvtur, possm cotcr , té msmo, o
modo como otíc é rltd, qu lucrão o qu srá ssmldo plo rcptor
d ormção (DOnniCi, 1984).
Dt dsso, ão são s volcs tvs qu cotm, ms sm o qu dls cs sbdo
mgdo. assm, o qu cot ão é rldd d vd, ms o qu s c sbdo o
qu míd dx vr (MiCHaUD, 1989).
COnSiDeRaÇÕeS FinaiS
Tdo m vst os grvs problms dtcdos o spço urbo ordsto, tds
qu ão s pod trbur somt o estdo à ctv prvd provdcs o âmbto
coômco, socl polítco com o objtvo d tur ou buscr soluçõs pr o quco-
mto ds cotrdçõs, mudçs prmcs comprovds s cdds ordsts.
Portto, sm dúvd, o povo ordsto tm um prcl grd d rsposbldd pr
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Contradições, Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos nordestinos
a bertura
suprr s dculdds qu o tormtm. assm sdo, prtcpção polítc do povo
tor-s mprscdívl pr drmr s dculdds do cáro urbo. nst stdo, polítc
prssupõ o gru d compromsso dos cddãos pr com su coltvdd ção cosqut sobr s struturs d dsguldds. a polítc dpd, pr su cocrtzção, d
um ção coltv com vsts às trsormçõs d socdd. Polítc é tmbém tdd
o stdo d dmocrtzção ou sobr populr, cbdo às mors populrs dc
drm su prpro dsto, m cotrposção o sgmto puro smpls ds ortçõs
prstblcds plos govrts.
as drts bordgs, ou mlhor, dzdo, s várs possbldds d trprtção d
rldd stão lgds às corrspodts cocpçõs d estdo, rproduzdo s dolo
gs subjcts. Como “Polítc”, “Prtcpção” tm, do msmo modo, os compots
coctus d mutção d trsormção socl, dpddo do strumtl trcod áls dotdo.
act-s ts d qu, rldd brslr, s clsss socs xstm m s, ms ão
pr s. Um mr possívl d s chgr um prtcpção tv d mor d popu
lção, o ívl polítco, sr prtcpção m ssocçõs d clss, grupos prossos,
grupmtos orms ou ão, sttucolzdos ou ão, pr, m outr s, sr possívl
prtcpção crítc o procsso socl. n mdd m qu o drto à prtcpção tm
qu sr coqustdo, dv sr prcddo d um procsso d moblzção, orgzção
cosctzção, dvdo à lção o stsmto m qu populção é mtd
plo prpro sstm.
a dmsão subjtv qu o cocto d lção pod sugrr ão sgc ds d
um ção polítc dvdulst. a puprzção coctrção d rquzs são ddos
objtvos d lção um mstção ds rlçõs socs o modo d produção
cptlst. Or, os compots cocrtos dss rldd dmostrm crc ds
cssdds báscs, crcuscrvdo ção do trblhdor à lut pl subsstc,
um rlção socl d prtc o sstm. a populção mrglzd tm qu tomr
coscc d cotrdção tr su rldd cocrt rldd qu crc qu
scp o su cotrol.
em outrs plvrs, m ução do mor ou mor gru d mrglzção, o homm dv
prcorrr um cmho ms ou mos logo: cohcr rldd qu o crc, com bs
os trsss cssdds stdos, lbordo coscc d clss dos grupos mr
glzdos, mdt prcpção ds crcs rs cocrts; cohcr sus drtos
obrgçõs, prdr vrblzr, dlogr, trocr ds, rur-s, rvdcr, pssr d
“coscc mágc, pr coscc crítc”, m, prdr prdr. em síts,
trts d objtvr prtcpção plo xrcíco d prtcpção, já qu o dvíduo s ss
ml, trprt , portto, é cpz d xtrorzr, um ção coltv trsormdor,
qulo qu l cohc vvc (BieRRenBaCH, 1981).
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
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S é r i
e E s t u d o s e P e s q u i s a s
94
AS PEqUENAS CIDADES:UM DESAFIO NOHORIzONTE TEóRICO
DA GEOGRAFIA URBANA
parte i
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AS MEGAESTAS JUNINAS NO ESPAÇO PÚBLICODE CACHOEIRA, NO RECÔNCAVO BAIANO: A
ESPETACULARIzAÇÃO ESTIVA NA/DA PEQUENA CIDADE1
Janio Roque Barros de Castro*
inTRODUÇÃO
Prátcs como cdr s ogurs rt ds css o trâsto rrt d stros dum cs pr outr, bbdo lcor sbordo gurs, rm típcs do cclo juo o
pssdo, qudo s sts d São João coctrvm-s, sobrtudo, s udds rsdcs
o su toro. Com o pssr do tmpo, promoção d sts jus m prçs públcs
pssou sr vst como um bom gco pr dzs d cdds o tror d Bh. Um
dsss cdds é Cchor, o Rcôcvo bo, qu, dsd o íco d décd d 1970,
promov grds sts jus m spço públco.
a cdd d Cchor é cohcd tto plo su cojuto rquttôco tombdo como
ptrmôo hstrco col quto pl rquz do su ptrmôo tgívl, qu xprs-
sm lmtos d dvrsdd culturl brslr rcrdos o logo do tmpo. no su rcocldáro stvo, dstcms s sts rlgoss do ctolcsmo ocl populr, s m
stçõs d mtrz ro-brslrs, como os cultos cdomblcsts, quls qu trstm
tr s dus mtrzs culturs. a cdd prst d sts mportts, como d
noss Shor d Bo Mort, qu tr tursts trcos trst scrtcmt d
mtrz robrslr pr o ctolcsmo ocl populr.
Cchor o um ds pors promoção d sts jus sptculrzds o spço
urbo. Sgudo mtérs publcds rvst Vvr Bh (BaHia, 1975, 1976), prmr
xprc stv dss turz ocorru o o d 1972, por ctv d Bhturs, m
um príodo d rct tombmto d cdd como ptrmôo col. Dsd prmrdção, st é rlzd Ru Vrgílo Rs, qu mrg o ro Prguçu, provtdo
todo o smbolsmo culturl d um r lvr qu cotc orl uvl d Cchor, ch
md d Fr do Porto, od, o pssdo, comrclzvms produtos juos típcos. O
ug d Fr do Porto como mrcdo prdco d spctro rgol ocorru o príodo
d coxão multmodl do sstm d trsports d Cchor, qudo hv um ts
* Doutor m arquttur Urbsmo mstr m Gogr pl Uvrsdd Fdrl d Bh (UFBa). Prossoradjuto d Uvrsdd do estdo d Bh (Ub), Campus V, do Mstrdo m Cultur, Mmr Dsvolvmtorgol rrd sttução. [email protected]
1 est rtgo é prt d um lvro publcdo pl edtor d Uvrsdd Fdrl d B h (edub), ttuldo: Da Casa à
Praça Pública: a Espetacularização das Festas Juninas no Espaço Urbano.
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
movmtção d trsuts tr stção, o poto d ôbus o tão mportt
porto uvl (tulmt dstvdo). nos os 1970, qudo o rodovrsmo s cosold,
s opçõs hdrovárs rrovárs são xtts, st ju, s mdçõs do tgoporto, c o su cclo com cocursos d qudrlhs, d brrcs, smb d rod, trç-t
outros olgudos populrs. a Bhturs ptrocou orgzou st ju d Cchor,
cotrbudo d orm dcsv pr turstcção do vto. a prtr d mdos d décd
d 1970, ss utrqu, promotor do tursmo Bh, comçou, os poucos, pssr
rlzção do vto pr prtur locl.
atulmt, os gstors públcos d Cchor procurm ssocr s potcldds do
ptrmôo culturl mtrl o mtrl (sts populrs, por xmplo), buscdo co-
soldr cdd como um ctro rgol com bs os trbutos culturs (CaSTRO, 2010).
Drtmt d ctrldd rgol dtrmd pl dvrsdd complxdd ort d bs srvços, ctrldd culturl, xprssd rtrc ocl d docum
tos sttucos d Cchor, pod sr xrcd por um cdd cosdrd d pquo
port. Ms o qu sr um pqu cdd? apsr d rcohcr s sus lmtçõs, d
s dot o crtéro dmográco pr dtrmr o qu sr um pqu cdd; o tto,
sb-s qu o ívl d ctrldd d um udd urb ão dv sr dtrmdo ps
plo su qutttvo populcol. nss trblho m outros do msmo utor, propõs
cosdrr rlvt dmsão culturl ltur d rd urb brslr. a qustão
culturl, ss cotxto, z com qu um cdd d pquo port ão sj clsscd
ps como ctro locl.
as sts, qu rm psds orgzds os mos populrs, ocorrm m um cldá
ro stvo prstblcdo, ms m um tmosr d xprcção drt. O qu s ot
tuldd é um rcolzção tto d st m spço públco quto o prvdo.
Um dos spctos crctrístcos d um st sptculrzd é, clmt, dmsão
spcl dsss vtos o su ro d brgc. a dspto d ocupr grds árs,
coctrção d olõs ormdo um grd mss stv é outro spcto ds sts
sptáculo qu s drcm d sts comutárs m cdds bs qu promovm
grds vtos stvos do cclo juo (CaSTRO, 2009). no prst trblho, ls-s
promoção d mgsts jus o spço públco d cdd hstórc d Cchor,
buscdos comprdr su dâmc sus mpctos.
DaS PeQUenaS FeSTaS JUninaS COMUniTÁRiaS ÀS GRanDeSFeSTaS eSPeTaCULaRiZaDaS nO eSPaÇO PÚBLiCO
as sts populrs costtum-s m um mportt mstção culturl, qu pod
tr su orgm m um vto sgrdo, socl, coômco ou msmo polítco do pssdo, ,
costtmt, pssm por procssos d rcrçõs tulzçõs. Como dstc Clvl
(1999), cultur, como hrç trsmtd, pod tr su orgm m um pssdo logíquo,
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a s Megafestas Juninas no esPaço PúbliCo de C aChoeira , no r eCônCavo b aiano: a esPetaCularização festiva na /da Pequena Cidade
P arte i a s Pequenas Cidades: uM desafio no
horizonte teóriCo da geografia urbana
porém ão s costtu m um sstm chdo, mutávl d téccs comportmtos.
est cocpção d cultur como sstm brto prmt o psqusdor comprdr o
dmsmo d lgums mstçõs culturs qu prsrvm lgus lmtos mpor-tts qu rprstm pot tr o pssdo o mto udt o prst. Pr qu
ocorrm s mudçs, trsormçõs rvçõs ds prátcs culturs, os cottos são
udmts, como lmbr Clvl (1999). nss spcto, otous um tscção ds
orms d ormção comucção s últms décds.
O vés mrcdolgco sptculr d lgums sts do prst dsvcul rlção
tr o to d stjr rmmorção, o cohcmto hstórco, um mto udt
ou msmo um prátc d rtulzção, como dstcm utors como eld (1992)
Câmr Cscudo (1969). O oqu lúdcoculturl, vdo d smbolsmo, drcs
d prátc stv como trtmto mro, sstdo o lzr dvrsão, comorssltou ardt (2002), costtudo-s, udmtlmt, um prátc prstíst,
qu, m mutos spctos, rlç o pssdo como um po d udo ou prspctv
d sttzção do spço stvo. evdtmt, ão s dd, st trblho,
mutção d prátcs stvs ssclsts, dtrmds por um supost ur qu
s mthm mutávs o logo do tmpo; socdd é dâmc, por sso o to os
sgcdos do stjr drcm-s o logo do tmpo. as rlxõs sobr drç
tr s sts d rmmorção, com orts vículos com prátcs do pssdo, s sts d
trtmto, cuj ldd é promovr o lzr, dvrsão ou dtrmd clbrção
do prst, tm o objtvo d prstr um cotxtulzção d lgums cts d
prátc stv do povo brslro.
Um áls comprtv tr prátc stv d socdds trbs, objto d studos
clásscos d utors como Durkhm (1996) Duvgud (1983), os stdos do stjr ds
socdds dustrs ps-dustrs rvl qu xstm drçs mportts qu stão
sstds m spctos como rcolzção, mrctlzção, sptculrzção lcsmo
típcos d chmd socdd modr. Um xmplo dss procsso são s sts jus
sptculrzds o spço urbo d cdds bs, como amrgos, Cchor, Cruz
ds alms, Shor do Bomm, tr outrs, qu s trsormrm m mgvtos urbos
d xprssv dmsão spcl. Um spcto qu crctrz s grds sts jus d
tuldd é coctrção d olõs tursts m spço públco (prçs, vds...) ou
prvdo. exst um rlção drt tr sss mgvtos os procssos d msscção,
hgmo hprvsbldd. as sts jus com ss crctrístc ão são vtos qu
s costtum m prátcs lúdcs tvs, plo cotráro, xst um pssvdd do públco
qu s dsloc plo spço stvo d orm rrt ou drcod trg com os grupos
muscs qu s prstm o plco trvés d corpordd, d dç, dos gstos. etr
tto, ss comportmto ão é utôomo; é comddo por lguém qu stá o plco
prcpl ctrlz tção ort os stros. Por sso, cocpção d sptáculo st
trblho tm o stdo potdo por Dbord (1997), qu o rlco à mgm, o cosumo
(o cso ds sts populrs, o cosumo o lugr do lugr) à pssvdd.
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
Outro spcto drtmt rlcodo às mgsts jus tuldd é cooptção
polítc dsss vtos pr costrução d um supost mgm-síts d cdd do poto
d vst d grc ds mucpldds. n st ju, os molds trdcos, dus,polctrd m udds rsdcs, prdomtmt rurl, ão xst procupção
d crr um mgm-mrc d um dtrmdo lugr. a cooptção urb sgud d coc-
trção sptculrzção costtum-s m um lvc d projção mdátc dfgrd
szolmt, msmo m s trtdo d pqus cdds do tror d Bh.
no tul cotxto sococulturl, o qul s ot um ort tdc d dslocmtos m
grupos, s pssos drgm-s pr s grds sts prç porqu orm prsudds
por um cojuto d prátcs stuçõs qu dtrmm o scío mgétco, lmtdo,
ssm, o mgtsmo dsss vtos. a mss mor, costtuíd d mlhrs d pssos
coctrds m um prç stv qu s splh plos spços od cotcm s sts jus, é dstrbuíd rcolmt plo rrjo morológco ds dcçõs, qu, m
cojuto, ormm o lugr stvo struturdor dos fuxos, xmplo d Prç do Bosqu
o ctro d cdd d amrgos, ou do Prqu do Povo d Cmp Grd, Príb,
potos ods d sptculrzção ju. Sgudo Dluz Guttr (1997), quto ms
rgulr o trcruzmto, ms crrd é strgm ms homogo é o spço. São
s lhs trços rtos, tto o dsho ds rus como orm dos plcos cáros, qu
comprovm o ívl d rcolzção ds sts jus coctrds m spço públco. a
rcoldd ds orms rígds xs (dcçõs como rsdcs css comrcs)
ds orms rígds mrs (plco prcpl scudáro, cmrots, brrcs pdrozds
tc.) produz o dsho, orm d st, m um cáro d xprssvdd mgétc d
trço stétco, qu, o su cojuto, s rpt m outrs cdds.
Com bs s rlxõs d Bjm (1996) surg um qustomto: os prtcpts ds
mgsts jus urbs d cotmpordd xprcm ou vvcm o tmpo/
spço stvo? Srp (2007) dstc qu xprc stá lgd à mmr dvdul
coltv, o cosct, à trdção, quto vvc stá rlcod à xstc
prvd, à soldão, à prcpção cosct, o choqu. Prtdos dss ltur, pod s
rmr qu, pr o olão juo, ão é rlvt cohcr d orm proud o qu,
tvmt, stá commordo ss modldd d vto stvo, por sso ão s
plc o cocto d xprc. O vés rlgoso, mítco ou rtulístco ds sts d São
João do pssdo, coorm potm s psquss d Câmr Cscudo (1969), dcv
um procupção com s trdçõs com mmr coltv, ou sj, com lmtos
mtrs ou mtrs vdos d smbolsmos, qu prstvm cotúdo, dsdd
durbldd. Já os grds vtos, sss lmtos compõm cogurção stétc
cujo objtvo prcpl é zr um coxão trstmporl tr promoção stv do
prst s prátcs stvs do pssdo. nsss vtos stvos, o spçotmpo do
trtmto d mlhrs d pssos é um oportudd pr os gstors públcos
promovrm mgm d cdd, qu pod trsormr-s m um bom góco pr
dtrmdos sgmtos prvdos.
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horizonte teóriCo da geografia urbana
FeSTaS JUninaS URBanaS nO/DO eSPaÇO PÚBLiCOna aTUaLiDaDe: DeSenHO e DinÂMiCa
Torou-s lugr comum rmr-s qu s sts populrs d tuldd stão cd vz
ms rcolzds plos gstors públcos ou mrctlzds pl sh lucrtv d
comrcts mprsáros qu xrgm, sss vtos, oportudd d mplção
d gócos. no prst trblho, vt-s rcorrr cpçõs mquísts crc d
um supost prd d spotdd ds prátcs stvs d cotmpordd, como
tmbém ão s omt o vés mrcdolgco vção d trdçõs ou rtrdco
lzção d dtrmds mstçõs stvs. Opts por buscr, dâmc spcl
ds sts jus, os múltplos tors qu dtrmm rvção do trtmto
stvo o spço urbo.ns sts jus sptculrzds, mss stv coctr-s m um dtrmd prç,
como ocorr m amrgos Cruz ds alms, ou std-s, d orm logd, comphdo
rgulrdd ds dcçõs, como ocorr m Cchor. isso cotc porqu, s sts
d tuldd, prorzs xdz m vz do dslocmto ou, como sltm Dluz
Guttr (1997), o su trtdo d omdolog, pr o homm sdtáro, o poto é ms
mportt qu o trjto, quto, pr o ômd, é o cotráro. no cso spcíco dss
tpo d st ju m spço públco, o dslocmto, crculrdd stv trrgol,
trurb ou msmo trurb é mportt xprssv, trtto turz dos fuxos
o dsho dos tráros são dtrmdos plo mcropoto: prç stv. Dprd-s,
portto, qu, ão obstt ts mobldd, dmsão d scl rgol, pods
cosdrr o turst d vtos do príodo juo como um trrt.
as sts populrs, qu rm psds orgzds os mos populrs, ocorrm m
um cldáro stvo prstblcdo, ms m um tmosr d xprcção drt. O
qu s ot tuldd é um rcolzção tto d st m spço públco quto o
prvdo. Como lmbr ardt (2000), socdd xclu possbldd d ção subst
tu por crto tpo d comportmto gudo por rgrs, o qu compromt prspctv
utoomst dos grupos socs costrução dos sus projtos. Ou sj, pr ss utor,
o comportmto pssvo, mrmt cotmpltvo, é um cotrpoto o sujto d ção.
nss cotxto mcro, como o dmsmo ds sts jus srs ár urb?
Um ds mrcs do urbsmo modrst o o zomto urbo plcdo, sobrtudo,
grds cdds, o qul s buscv rcolzr o uso dos spços, dotdoos d u
coldds spcícs. evdtmt, lém d mtrldd rprstd pls d
cçõs plo trçdo ds vs públcs pr os trjtos ucos do cotdo, xstm s
múltpls orms d proprção uso dsss spços dcdos ou lvrs d dcçõs.
ess spço cocbdo é tmbém o spço vvdo, proprdo rlcodo um mríd
d sgcdos. a título d um xmplcção cocrt rlcod às sts populrs,
pods rmr qu há um tdc à rcolzção dos spços stvos, d lzr d
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
trblho qu td rgmtr s prátcs cotds. a oção d usuáro stá drtmt
rlcod o cosumo, quto d “usdor” str rlcod à proprção às
prspctvs lúdcs.
as pssos ão utlzm os spços públcos urbos ps pr cumprr tvdds buro-
crátcs ou xclusvmt pr cosumr produtos. etrtto, como lmbr Lbvr
(1991, 1991b), o mudo modro, cd vz ms, dssoc-s crtsmt o cotdo
ds orms d lzr, o rpouso opõs o trblho, ssm como cotddd opõs
às érs, m um “crtssmo” spçotmporl. Um dso colocdo por ss utor
é ruptur rvolucoár com o cotdo, qu ulr dcotomzçõs mpostvs.
no cso spcíco ds sts populrs, ss hto tr sts cotddd dv sr
rltvzdo, mdd m qu o qu é o spço-tmpo d st pr us pod sr o
spçotmpo do trblho pr outros. a dlgrção d vtos stvos m um dtrmdo locl pod cusr tsão coltv tr o tmpo/lugr stvo o tmpo/lugr
d ucoldd cotd.
a prolrção d sts m rs prvds, sprds do cotdo urbo, tto do poto
d vst tmporl, cldáros turstcmt vtdos, quto spcl, ssm como
promoção d mgsts o spço públco, provocm mpctos o toro ão stvo.
isto ocorr porqu st mpls muto lém do su spço topolgco d dgrção,
xpddos trvés d lmtos tgívs, como soordd xcssv ou msmo
por mo d procssos vsívs, lgdos à xtrpolção d cpcdd d crg do toro
stvo, motvd por grrmtos ou msmo pl sobrcrg do sstm létrco. esssproblms comprovm qu o trtmto stvo d us pod mplcr problms pr
outros, mdd m qu cotddd ucol trrrsdcl (trblhr o compu
tdor, ssstr TV ou, smplsmt, dormr) ou xtrrrsdcl, como crculr ou trblhr,
pod sr compromtd.
em Cchor, Fr do Porto cotc m um ru logd, bordjdo o ro Prguçu,
com trs prçs cotígus qu s costtum m spços stvos complmtrs. a prç,
com tod su smbolog, tlvz sj o lugr d cdd qu mrc rssgcção culturl
ds sts jus qu thm como spço struturt protgost udd rsdcl
su toro. Sgudo Lms (2000, p. 102), “a prç é o lugr tcol do cotro, dprmc, dos cotcmtos, d prátcs socs, d mstçõs d vd urb
comutár d prstígo, , cosqutmt, d uçõs struturts rqutturs
sgctvs”.
n cocpção d Lms (2000), prç é um lmto morolgco ds cdds ocdts
prssupõ votd o dsho d um orm d um progrm, costtudos m
spço d covvc projtdo tcolmt, quto os lrgos srm spços ão
trçdos tcolmt, ms qu surgm ocsolmt dsmbocdur d dtr
mds vs d crculção ou couc d trçdos.
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horizonte teóriCo da geografia urbana
no stdo d Bh, xprssão “sts d lrgo” plc-s grds vtos stvos brtos
qu cotcm o spço públco, trdo mlhrs d pssos qu prcm xé music , o
smb d rod, o pgod, tr outrs modldds muscs. a plvr “lrgo”, stá rlcodo spço públco pod sr um ru, um spço trçdo ão tcolmt, cpção
d Lms (2000) ou msmo um prç. Muts sts d lrgo d Slvdor costtum-s m
xtsõs pros d stvdds rlgoss trdcos pssrm prstr çõs
sptculrs. Sgudo o prossor Srr (1999), um st d lrgo comprd smpr
um rto ou um cojuto d rtos scros cujo oco spcl é o tmplo. no tto, ss utor
dstc qu, lém ds crmôs sgrds ctrds o tmplo, ocorrm prstçõs d
olgudos populrs s mdçõs d dcção rlgos, grlmt um lrgo, como
dc domção. Complmt Srr (1999) qu prr do tmplo é o spço dos
olgudos do comérco ssocdo o vto d um cojuto d qupmtos sgosstvos (ts, bdrols, gmbrrs).
Mutos crítcos ds sts jus coctrds d tuldd rmm qu o São João o
tror trsormou-s m um mr trsposção ds sts d lrgo d Slvdor. ess crítc
ocorr ão ps por cus d muscldd, como tmbém pl dmsão spcl dsss
vtos sprdos m prçs públcs, dqudos um rrjo ísco prxstt , o
msmo tmpo, dtrmdo o su dsho su composção stétc m mportts
polos stvos do cclo juo, como Cchor.
as orms mrs srds o spço s prçs stvs d Cchor tum como
struturts do fuxo d olõs , jutmt com s dcçõs prs, dshm csd crculção qu dsmbocm os spços brtos. as sts sptculrzds mpctm
o spço urbo m drts tsdds:
. muto tso: prç stv toro mdto;
b. mdmt tso: lgums vs rus qu cssm o spço stvo;
c. rcmt tso: locs dstts d ár stv;
d. spordcmt tso: locs vtulmt utlzdos por grupos d olõs
juos, qu podm sr um br, brrc ou msmo o toro d um vículo d
pquo port com soorzção psd.
O dsho m scl mpld ds sts jus coctrds d Cruz ds alms amrgos
rvl um cogurção rdl complt, porqu xstm ssmtrs volumtr d fuxo
s vs qu dsmbocm s prçs stvs. em lgums vs, o uxo é coctrdo tr
s 21 24 hors o uxo stvo; o ruxo, prtr ds 3 hors; m outrs, o tto,
pssgm d olõs vr d trmtt sporádc.
em Cchor, o ro Prguçu é um lmto d ordm gográc qu dtrm o dsho
lr d st. as sts jus os prcps polos stvos do Rcôcvo bo mpctm,
rdshm rvtm os spços públcos, fucdo drtmt s proposçõs d
trvção ísc stétc s cdds qu promovm o chmdo São João sptáculo.
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
aS MeGaFeSTaS JUninaS nO eSPaÇO PÚBLiCO De CaCHOeiRa:POTenCiaLiDaDeS PaiSaGÍSTiCaS e aRQUiTeTÔniCaS
a st ju d Cchor Fr do Porto cotcm Ru Vrgílo Rs, qu corrspod
à orl fuvl urb. Como potos m comum com s sts d outros polos juos do stdo,
como amrgos Cruz ds alms, o São João urbo d Cchor tm coctrção d
pssos, sptculrzção d st motgm d dos plcos: o prcpl (mor) o
scudáro. no tto, lgus spctos torm pculr st cchor: rlzção d
r ju o dsho do vto stvo qu é logdo, drdo, portto, dos outros
polos stvos qu prstm um coctrção com um morolog qudrculr dtr
md plo rrjo spcl ds dcçõs qu compõm prç stv.
O spço urbo d Cchor prst sobrdos csrõs hstrcos, qu s costtumm orms qu tstmuhrm um pssdo cosdrdo prspro. algums dsss cos
truçõs prdrm su ução o logo do tmpo ou orm rucolzds. Procurs
rtculr o tursmo urbo d vtos sptculrs cíclcos com utlzção ds sculrs
orms spcs urbs tgrdo sts pros com “muscção” d cdd. ess
strtég rdsh dâmc do spço urbo d Cchor durt s sts jus,
do poto d vst d srção d orms mrs trcldo spços públcos crcuddos
d sobrdos csrõs tgos. Sgudo Stos (1988, p. 98):
Cd lugr comb vrávs d tmpos drts. não xst um
lugr od tudo sj ovo ou od tudo sj vlho. a stução éum combção d lmtos com drts dds. O rrjo d
um lugr, trvés d ctção ou rjção do ovo, v dpdr d
ção dos tors d orgzção xstts ss lugr, qus sjm,
o spço, o locl o culturl.
a postur prsrvcost d lgus mordors mprsáros, bm como postur modr-
zdor d outros, ão gr, cdd m qustão, um rlção coftv, um vz qu
os sgmtos socs mprsrs d cdd dsjm msm cos: cosoldção d
Cchor como cdd turístc, tdo como poto d covrgc xplorção dos sus
trbutos culturs. além dsso, s proposçõs modrzdors cotrm sus lmts lgso tombmto do cojuto dcdo d cdd. nos últmos os, por cus ds trvçõs
do Progrm Moumt, qu, su sgud tp, cou rsturção d dcçõs
prtculrs, otous um brupt rvlorzção d mvs dtrordos.
a dlétc ovo/vlho, propost por Stos (1988), prmt comprdr-s dâmc
sococulturl coômc dos rmzés d umo como orms spcs rucolzds
m cdds como Cchor, Cruz ds alms, Govrdor Mgbr Sto atôo d
Jsus, o Rcôcvo bo. Pod-s zr um ltur d orms spcs rucolzds
do poto d vst coômco culturl, como s rs stvs, com o poo ds bordgs
d Stos (1988) Dbord (1997) crc d lut tr trdção ovção, pr compr
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horizonte teóriCo da geografia urbana
dr o dsho dos ovos procssos urbos d cotmpordd. espccmt m
Cchor, qustão trdção/ovção pod sr vrcd tto o su ptrmôo culturl
tgívl – olgudos, sts populrs, como o São João – quto morolog urb,o qu s rr o su cojuto às sus udds dvdulzds.
a logístc spcl rlção ds sts jus d Cchor com o su substrto ísco
spcl su toro cotrpõms à dâmc spcl dos outros polos stvos ctdos.
Prmrmt, é mportt sltr qu Cchor é tombd dsd 1971, como ptrmôo
hstrco col, por sso s trvçõs m rrumtos s dcçõs cotrm um
mpdtvo lgl lgdo à sr drl.
em sgudo lugr, loclzção gográc d cdd, stud às mrgs do ro Prguçu,
srção d ár urb m um substrto gomorolgco cdtdo tordo pormorros costtums m mpdtvos turs qu vblzm possbldd d mudç
do lugr stvo os lmts do síto urbo. no tto, ms do qu dsposção do rlvo
os dspostvos lgs, o compot hstrcoculturl é o prcpl lmto qu cocorr
pr mtr st ju Ru Vrgílo Rs. Por mo d tmátc d st ju, procur-s
zr um homgm topoímc um vto culturl sculr: Fr do Porto.
no Plo d Dsvolvmto itgrdo do Tursmo Susttávl (PDiTS) – Polo Slvdor
toro –, Cchor é cosdrd um âcor turístc ctgor ptrmôo hstrco
culturl. Dss orm, dprd-s qu ss documto sttucol prorz vtos
culturs lstrdos hstorcmt, cdo m sgudo plo quls mstçõs
stvs mportts, ms qu orm cocbds com bs m um logístc sttucol
tcol gstd xtrmt, como ocorrr com o São João do Porto, promovdo
clmt pl Bhturs.
a st Fr do Porto srms morolog urb d Cchor como vtos cul
turs qu s trptrm s logm pl orl uvl, stddos por árs lvrs d
dcção, costtudo um pssrl culturl d trtmto stvo com trs rtrâ-
cs corrspodts às sguts prçs: Ubldo asss, od s mot um prqu tl,
Gs Clmo, od s stu o plco xo, Txr d Frts. a Prç Txr d Frts
Ru 25 d Juho ormm um lrgo cotíuo od s stl o plco scudáro, utlzdo
s sts jus plos rtsts locs/rgos. O plco prcpl é motdo m um lrgo
qu mrg ru stv.
Do poto d vst d mtrldd qu sustt logístc do vto stvo, pods
rmr qu s sts jus d Cchor são vblzds pl srção d orms
mrs o spço urbo. assm, toldos pr brrcs, cmrots, rqubcds plco
cogurm um sttzção rcol tcol m um cojuto rquttôco rtístco
tmbém tcol, ms qu prst um dsho stétco drt, vdcdo
cssdd d s lvr m cot cotxtulzção tmporl sococulturl ds orms
spcs d su stétc.
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
no ug do cclo juo, procur-s dqur o spço urbo d Cchor o brupto
crmto d vículos pssos m um síto urbo sculr. O trâsto c cogstodo
s ltrtvs pr crculção d um xtrmo o outro ár urb c lmtd com ochmto d Ru Vrgílo Rs o trágo motorzdo. a rtér vár stud o molo urbo,
ormd pl jução ds rus Luro d Frts Prsco Príso, é prcpl v struturt
do sstm váro locl c sobrcrrgd spordcmt cogstod. esss vs
clzm o trágo d Ba420 (Sto amroCchor), d od vm mor dos tursts
d vtos orudos d Slvdor, pr pot Dom Pdro ii, qu css o mucípo d São
Félx, lém d outrs cdds do Rcôcvo Sul , por outr coxão vár, à rodov BR101,
locldd d Cporuçu.
Dtr s várs mstçõs culturs stvs qu cotcm ár urb d Cchor,
s sts jus são s qu ms sobrcrrgm cpcdd d crg d cdd, ltrdo su dâmc cotd d uxo d pssos vículos. a motgm do spço stvo,
orl do ro Prguçu m Cchor, clz compulsormt o trâsto su prcpl
v rtrl, m um cdd cujo dsho urbo, com rrumtos strtos, xprss
morolog do spço públco urbo d um époc qul xstm vículos utomo
tors ão s ormvm s grds glomrçõs como tuldd. a xtrpolção d
cpcdd d crg ds prcps vs d crculção d trágo s vtus obstruçõs
d fudz obrgm prtur colocr gurds d trâsto tmporáros o ldo d polcs
mltrs pr vblzr trgbldd.
além dos tors d ordm lgl d turz culturl qu vblzm qulqur possbldd d mudç do locl d st, tds qu moldur psgístc do toro do
spço stvo é um ort chmrz d tursts d vtos. a composção stétc do toro
stvo é costtuíd plo ro Prguçu, tdo do outro ldo hstrc cdd d São Félx,
plo cojuto rquttôco qu orm cogurção dcd pl sculr pot Dom
Pdro ii; o spço stvo é, portto, hprvsívl. a grd coctrção, produzdo um
mss stv qu s dstrbu plos trstícos d Ru Vrgílo Rs, prçs toro, tm
um sgcdo mgétco stétco. as proposçõs d dsctrlzção do spço stvo
são dscosdrds tto por cus dos créscmos os custos ds sts, dtrmdos por
um obrgtr rghr logístc, como tmbém porqu coctrção qu produz
mss stv é tcol por cus dos sus tos pr mgm d cdd, m um
cotxto d mut vlorzção d qustõs lgds o city marketing, à vsbldd à stétc
urb, do poto d vst do cojuto dcdo.
Cost do Plo Drtor d Dsvolvmto Urbo (PDDU) d Cchor um proposção
d crção d um ctro d mção orl do ro Prguçu (CaCHOeiRa, 2006). nss
trcho, qu brc Ru Vrgílo Rs s prçs cotígus st rtér vár, ocorrm s
sts jus coctrds Fr do Porto. Trts d um obr cd com rcursos
drs do progrm Moumt. Prtd-s przr o fuxo turístco com mpltção
d brs com músc o vvo spços pr shows.
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a s Megafestas Juninas no esPaço PúbliCo de C aChoeira , no r eCônCavo b aiano: a esPetaCularização festiva na /da Pequena Cidade
P arte i a s Pequenas Cidades: uM desafio no
horizonte teóriCo da geografia urbana
as obrs d rqulcção urb d orl fuvl d Cchor, com rorm d pvmtção
d pdrs, d lumção, rdsho d prts ds prçs costrução d dus xs d
clçmto pr cmhds corrds, procurrm prsrvr s prcps crctrístcsíscs, morolgcs státcs, sgudo o Progrm Moumt. Plo vés d tvdd
turístc, st d São João, qu cotc qul spço, tr o mportt ppl d trr
mlhrs d pssos pr cohcrm s potcldds d cdd, cludo su ov orl
uvl multucolzd o qu s rr modldds d lzr. as dvrss orms d
trtmto srm locds o logo d orl do ro Prguçu, coorm proposção
do Plo Drtor Urbo, srm d rsposbldd d ctv prvd. a mpltção do
clçdão costtu-s m um modldd d trvção ísc stétc o spço públco,
vsdo stmulr crculrdd turístc proprção plos mordors d Cchor, qu
corporrm orl uvl o su tráro d lzr. as trvçõs mprdds RuVrgílo Rs toro sgum um tdc mportt d tuldd: rsturção do
stoqu dcdo o su cojuto rcuprção d vs d crculção, com vsts à ormção
dos chmdos “corrdors culturs”, qu stmulm “pdstrzção”.
Busc-s, ssm, stmulr o crátr cotmpltvo cdd hstórc, prspctv d
dmução d vlocdd d dslocmto do psst. Por sso, vslumbr-s probr
crculção d vículos motorzdos. as proposçõs d tvdds d lzr pr orl do ro
Prguçu osclm d modldds ubíqus, como os cés s lan houses, outrs pculrs,
como chrutrs, qu são trdcos m lgums cdds do Rcôcvo, como São Félx,
qu, ssm como Cchor, tgrv chmd zo umgr.
D cordo com o PDDU d Cchor, ár d orl fuvl ps-rqulcção costtur-s-
m um lmto glutdor do covívo d comudd locl com os tursts. adotdo-s
polítc d rqulcção urb, qu cotmpl mlh d spços públcos (rus, prçs
vds), busc-s ormr cosoldr um “corrdor culturl” orml, com possbldd
d crculção proprção prmt, m um spço ísco otblzdo como “corrdor
stvo” orml, d proprção szol. a ltur dsss proposts d trvção d ot
mzção spccmt lgds o spço od ocorrm s sts jus, vto culturl
d mor chmrz turístco d cdd dmsão qutttv, dc qu o “São João
sptáculo” stá cosolddo trrtorlmt o spço d Fr do Porto. Como s trt
d ár tombd hstorcmt, dprds qu prt dsss tvdds srm vbl
zds pl rucolzção rdqução d lgums dcçõs, mdd m qu s
modldds d lzr orcds srão prs, drts, portto, dquls tts à
promoção ds sts jus s qus s srm orms spcs mrs, pr prátc
d um modldd stv urb trstr. etrtto, é mportt rssltr qu s ovs
proposçõs pr gstão ds cdds tombds cotrpõms àqul cpção corrt
lgd à ptrcção ísc d strutur dcd, prmtdos trvçõs rcos, qu
ão compromtm o cojuto rquttôco stmulm modldds d proprçõs
pr o lzr urbo. Por outro ldo, rssltms, o PDDU, os rscos d sptculrzção
mgétc do ptrmôo mtrl urbo.
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
ReFLeXÕeS FinaiS
Do poto d vst ds orms spcs prs, s sts jus sptculrzds o spçopúblco d Cchor ão prstrm um rbtmto spcl dstot o últmo dco.
Tto rrd cdd quto m Cruz ds alms, dcou-s um plco xo, qu é utlzdo
pr outrs tvdds o logo do o, ão s rstruturou o spço stvo d orm ms
tv, como ocorrr m amrgos, od rtrrm ctros plrm prç stv.
O plco xo d Cchor é utlzdo o logo do o pr outrs mstçõs rtístcs,
culturs, rlgoss – ctlcs, d mtrz robrslr, scrétcs vgélcs... – pro
s d modo grl.
as sts jus sptculrzds m spço públco, cdd d Cchor, msclms
com o smbolsmo hstórco d r do porto, m um cáro moldurdo por lmtosturs xplordos com s turístcos, lmtos mtrs d grd mportâc hstrc
(dcçõs sculrs, rrumtos) mtrs (mportts mstçõs culturs rco
hcds. colmt, como o smb d rod do Rcôcvo). nss cojuto d pot
cldds culturs qu coxstm, complmtms msclms, buscs cosoldr o
ppl d ctrldd culturl d Cchor.
as ltrçõs o spço stvo m Cchor lmtrm-s às mudçs d loclzção dos
plcos. no tto, o PDDU d rrd cdd é xplícto o potr possívs trvçõs
ms guds Ru Vrgílo Rs, od ocorr st ju d Cchor, com vsts
cosoldr qul ár como spço turístco, stvo ár d lzr pr os mordorslocs. no o d 2008, cocluírm-s mportts tps ds obrs d rqulcção
urb d ru ds prçs od ocorrm s sts jus coctrds m Cchor,
qu orm ts com rcursos do progrm Moumt, xcutdo plo govro drl.
Tods sss trvçõs íscospcs ár do ctro hstrco objtvm projtr
d ms cdd d Cchor m um dmsão rgol xtrrrgol. as propo
sçõs d turstcção, ptrmolzção sptculrzção ( dmsão dos stjos
populrs) rorçm rtórc d ctrldd culturl. Dss orm, td-s qu
pqus cdds ão são sômos d cdds locs. Cchor pod sr cosdrd
um pqu cdd, cosdrr-s dmsão spcl d su ár urb o su
qutttvo populcol2, o tto, xrc um ctrldd rgol rlvt quto
o su potcl culturl mtrl mtrl. Pods lr qu s trt d um udd
urb d pquo port, ms ão d um ctro urbo d projção locl. as qustõs
culturs, dss orm, trzm outros lmtos pr complxcr strtcção clássc
d rd urb brslr.
2 nss cso, ão s cocord com o crtéro proposto muto usdo o Brsl qu clssc como pqus cddsquls udds urbs com populção bxo d 20 ml hbtts. a cdd d C chor ão pod sr cosdrdum udd urb d médo port (o mucípo tm pouco ms d 30 ml hbtts). a ltur d Cchor como
ctro rgol, st trblho, é dtrmd do poto d vst d qustão culturl.
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a s Megafestas Juninas no esPaço PúbliCo de C aChoeira , no r eCônCavo b aiano: a esPetaCularização festiva na /da Pequena Cidade
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DO RURAL AO URBANO: DOS ARQUÉTIPOS ÀESPACIALIzAÇÃO EM CIDADES PEQUENAS
Wendel Henrique*
inTRODUÇÃO
ao crmos st txto, covém sclrcr qus são os potos qu gostrímos d trtr,bm como qul o cmho, dtr tts possbldds cotrds dscussão sobr
cdds spços urbos, optmos sgur. nosso objtvo é costrur um psmto, um
lh d dscussão, sobr o qu cotc com s cdds pqus, do lém d busc
por um clsscção do qu sr tl cdd. Dst orm, prtdo d gção dqulo qu
ão objtvmos, sprmos qu s opçõs, os rscos s lmtçõs s vdcm. não bus-
cmos costrução d um trvlo d populção, d uçõs ou d Produto itro Bruto
(PiB) qu d clssqu s cdds, bm como dqum su posção hrrquzd m
um sstm urbo rígdo clssctro.
não s trt d gr ou dsmrcr sss studos, muto plo cotráro, prtmos do prssu-posto d qu xst um compot, ou város lmtos, sttístco qu d, clssctor-
mt, um cdd pqu. Rcohcmos qu trtmos qu d cdds qu tm populção
mor do qu 50 ml hbtts. Rcohcmos tmbém qu o port populcol outrs
qustõs rrts ss sr d cdd, como rd, scolrdd, xpcttv d vd, são
mportts (ão qurmos dzr dtrmts) pr comprdrmos como os procssos
d urbzção cotcm o spço trurbo ou msmo s rlçõs trurbs qu
sss cdds stblcm. Rcohcmos d mportâc dos studos putdos
tpolog clsscção (sgudo drts corrts trcs /ou modlos); ps ão
sgurmos ss cmho, m rzão d um vculção um dtrmd corrt losc
mtodolgc, qu busc comprdr os procssos s cotrdçõs prsts dlétc
tr urbdd rurldd ds cdds pqus méds.
est rcohcmto dos crtéros populcos tmbém busc um tttv d “ug” ds
rmdlhs lss qustõs qu podm mpdr o vço d dscussão. Muto s tm dbtdo
sobr d d qu s cdds ão dvm sr dds plo qutttvo populcol,
dspto d smpr s chgr um cotgt populcol pr dr ou judr dr
* Psdoutor pl Uvrstät Pssu (Uni/Pssu); doutor m Gogr pl Uvrsdd estdul Pulst Júlo dMsqut Flho (Usp). Prossor do Dprtmto d Gogr do Progrm d Ps Grdução m Gogr d
Uvrsdd Fdrl d Bh (UFBa). [email protected]
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
s cdds. Tts d costrur tors, mtodologs modlos com bs m crtéros ão
populcos, ms qu tmbém cbm lvdo um clsscção /ou, d ms pro
blmátco, um prolrção d dvrss qustõs qu ão s rspodm: O qu são cddspqus? O qu são cdds méds? a cdd X é pqu? a cdd Y é méd?
Portto, rcohcd um clsscção prév (qu ão é tr ou dogmátc), rorçmos
qu ão costrurmos dção d cdds pqus, m tommos o qu dzm s st-
tístcs. O qu os trss é o qu cotc sss cdds, sus cotúdos os procssos
qu dmzm su spço trurbo sus rtculçõs rgos. Dss orm, podmos
vçr comprsão ds prtculrdds spccdds spcs qu drcm
s cdds m um rd urb tgrd mpld. ngr clsscçõs, propodo ovs
tttvs d clsscção, sr um jogo crculr, um tttv d rotulção /ou djtvção,
qu coloc sombr o qu, m oss cocpção, pod judr comprdr s cddspqus: coxão sobrposção tr s rurldds urbdds, m sus múltpls
tsdds composçõs.
Outro poto udmtl pr xplctção d osss opçõs st txto é mpossbldd
m dssocrmos tor, mpr técc d um método. a mportâc dss ps
mto rtculdo tr tor, mpr técc, osso vr, pod vtr um torzção
sobr cdds qu ão xstm, ão sr o mudo dlzdo d tor, gdo mpr;
bm como o vlho tmor d mprczção dos studos (domío do plo mpírco) ou d
plcbldd cm d tudo (tccsmo). Dss orm, cb sclrcr qu o íco ds
rfxõs prsts st txto org-s d dus bss mpírcs studs m um psqusd psdoutordo1 Uvrsdd d Pssu (almh): Cchor (Ba) Pssu/Bvár
(De). apsr dsto, ão lrmos spccmt sobr sss dus cdds, ão buscmos
cdd pqu d Bh ou um cdd pqu d almh, ão procurmos comp
rçõs; rmos m busc ds cdds pqus, d mr grl. isto s é possívl, porqu
s tors o método, msmo mpodo lmtçõs, os cmhm pr comprsão
grl dos procssos qu tomm corpo s spclzm s cdds pqus.
OS aRQUÉTiPOS
nst txto, stmos trtdo d cdd, plvr/cocto qu gr muts cousõs d
ordm trc, prátc lgl o momto d su oprcolzção. ats d djtvção
“pqu” pr vtr rcrmos sobr um dssocção clssctr, o qu é clro, plo
mos pr s, é qu pqu, méd ou grd cdd são cdds!
Flmos d cdd, ão o stdo lgl, qul d ár urb do dstrto sd d um
mucípo, psr d s sttístcs utlzds, muts vzs, rrrms ddos mucps
1 estágo d psdoutordo rlzdo ár d Gogr Urb Uvrsdd d Pssu (De) com bols d
Coordção d apr çomto d Pssol d nívl Supror (Cps).
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do r ural ao urbano: dos a rquétiPos
à esPaCialização eM Cidades Pequenas
P arte i a s Pequenas Cidades: uM desafio no
horizonte teóriCo da geografia urbana
ão proprmt d cdd. a cdd ão é o mucípo, sto, psr d bvo, dv cr
clro. Trtmos cdd como o cojuto morolgco d drts dsdds ormdo
por dcçõs vs d crculção, srdo/ddo um plo. Cogurs ssm comoum spcto orml, um objto, dtro d d d sstms d objto çõs prstd
por Stos (1999). est orm é prchd por um cotúdo (ou város) qu movmt
m, crdo cotdos, usos, uçõs uxos. ests cotúdos, qu srão xplctdos
postrormt st msmo txto, vrm do rquétpo Urbo o rquétpo Rurl, m um
trstíco d tsdds drcds.
São várs s dçõs possívs d cdd. Pr Cossch Rc (1998), cdd é um
cojuto morolgco, soômco, socl culturl drcdo ucolmt tgrdo
um rd d complmtrdd qu orgz um rgão possblt su tgrção
coom globl.
a prmr prsão coctul: tod cdd, dpdt do tmho, srá o oco d org-
zção, trção ou ctrlzção d um rgão. as cdds são lmtos rtculdors d
spços. Tlvz um hrç do impéro Romo, od s cdds rm os s rtculdors
d vstdão trrtorl m um hrrquzção mpost ctrlzd. isto coloc um sutl
drç tr cdd rom (rtculdor do trrtro o su toro) pols grg,
muto ms voltd pr o su tror, ssm como cdd mdvl. ess ppl d lo
rgol trbuído às cdds prmc. Tod cdd tr, rtcul , por sto, tscs
ucolmt dvrsc-s, lvdo um grdtv xpsão ucol. Dst modo, o
prmormto spclzção, vão cotcdo sss rrrjos qu dm o su ppl rd urb, como cdds com drts potcldds d rtculção, com drts
costruçõs possbldds dtro d rd urb d sus rgõs.
em rzão dsss possbldds, cdds grds méds potclzrão s uçõs, rl
zdo, o msmo tmpo, um dvrs gm ucol. Já s cdds pqus, ”rstrgr
são” um rtculção básc ou com pouc dvrsdd , por sto, ocrão, clusv por
cpcdd d comptção com s mors cdds, m spctos ms ddos, o qu
crrá prmr grd dculdd tórc: dvrsdd. equto s grds cdds
trão um pouco d tudo, ou muto d tudo, lvdo, clusv, um homogdd, s
cdds pqus srão muto ms dvrss: cdds rurs, grárs, dustrs, comrcs,uvrstárs, dormtóros ou hum ds trors. S optássmos plo cmho d
clsscção ou d djtvção, só st pquo prágro, já trímos lmtos pr
orgzr drcr s cdds por su spcto ucol.
BujuGrr Chbot (1970) crsctm um ormção mportt, pos drm
cdd como um rfxo d su rgão, xmplcdo qu Bézrs (Lgudoc) ão é
ms qu xprssão d su ár rurl od prdom vcultur; portto, Bézrs sr
um cdd vícol. Msmo dscutdo d d rxão (o spço , portto, cdd é
muto ms do qu o smpls rxo d socdd), xstrão múltpls possbldds pr
s cdds pqus, clusv s turístcs, s morts, s rlgoss. as cdds pqus
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
tdm sr mrcds por lgum lmto spcíco, qu, o msmo tmpo m qu
dtc, cr um ort dpdc. Dst orm, s cdds pqus stão muto ms
vulrávs m su tgrção rd urb mpld, té porqu o úmro d cddscomptdors srá muto mor.
em rzão dsss qutdds, Stos (2008) lrá m forção urb. em sus álss,
prc otdmt pqu cdd rurl. Sgudo Stos (2008, p. 27):
... cddzh costtu célulmátr qu td s cssd
ds d um populção (m rzão d dsdd, comportmto
coômco d populção coom d rgão), cd um dsts
cddzhs costtu um cso spcíco m rzão d su ução
prcpl: cdd comrcl, cdd d srvços.est procsso d tgrção ds cdds pqus o spço urbo cotmporâo coloc m
choqu um cotúdo rurl (dsd o su rquétpo té s drts tsdds – rurldds),
qu prch grdmt sss cdds, um cotúdo urbo qu chg. Dvdo às rss-
tcs drts orms d lborção/corporção dss urbo, s cdds pqus,
cotrrmos um ms grdção do procsso d urbzção. etr rurldd bsolut
(rquétpo Rurl) urbdd totl (rquétpo Urbo) xstrão dvrss possbldds.
Pr s cdds pqus, dustrlzção d grcultur é o procsso ms mrct dss
urbdd. Como trblhmos com st tm, tmbém ão podmos dxr d mcor
o ppl ds sttuçõs d ducção supror como portdors d urbdd.
assm, comprdr posção d cdd tr rurldd urbdd, ou sj, com
prdr os procssos cotúdos qu mm cdd é, pr s, o oco do trblho,
muto ms trsst do qu clsscção, tpcção ou djtvção. Lmbrmos qu
sts cotúdos tr o rurl o urbo, mstdos m sus rurldds urbdds,
sobrpõms o spço, coxstm, muts vzs, dtro d um msm cdd.
Pr prstr os rquétpos, ou sj, os tpos clásscos, usrmos Lbvr (1973), obr
De lo Rural a lo Urbano, como bs trc pr comprdr s mrcs típcs d rurldd
d urbdd. etr os dos rquétpos, o 100% d rurldd o 100% d urbdd,
qu só xstm torcmt como potcldd, dvrss grdçõs são possívs. Émportt rrmr sto: ão s trt d crr um clsscção dulst (Qudro 1) tr lgo
qu é urbo versus o qu é rurl. Muto plo cotráro, o qu buscmos rgumtr é qu s
combçõs tsdds d mbos os cotúdos são xtrmmt vrds mvs.
O rquétpo Rurl, ou sj, dlzção (trc) do modo d vd dos cotúdos rurs
xst quto potcldd s mtrlz o spço (o cmpo s cdds) m
drts tsdds domds d rurldds. as tsdds dm qus como
s mrcs do rquétpo Rurl são spclzds, produzdo grdçõs combçõs d
rcds do procsso. no mudo rurl (ovmt prstmos ps o rquétpo), o
spço possu um dlmtção ms rstrt; é crctrzdo, ortmt, por spcto locl.
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do r ural ao urbano: dos a rquétiPos
à esPaCialização eM Cidades Pequenas
P arte i a s Pequenas Cidades: uM desafio no
horizonte teóriCo da geografia urbana
est spço “pquo” é ruto d dculdds d trsports, d vs d crculção um
“pgo” mor o locl/lugr. O tmpo é ddo pl turz, qu rg tto os spctos
d produção – otdmt vculdo produção grícol – quto qustõs do cotdo.Por sr um tmpo “turl”, prst-s cíclco, qul ds stçõs do o, , comprtv-
mt o tmpo urbo, é lto. a coltvdd costr um orgzção socl orgâc,
ou sj, crms orts los tr os mmbros d comudd, qu s orgzm pr um
sobrvvc coltv, d jud mútu pr rtmto ds qustõs/dculdds qu
s prstm. nss cotxto, míl é crctrzdor mddor d srção do
dvíduo ss coltvdd, sdo muto comum, o chgrmos árs d ort rurldd,
srmos qustodos sobr qum é oss míl ou qum são ossos ps.
Conteúdos
Arquétipo Rural Arquétipo Urbano
Ruralidade Urbanidade
Espaço Restrito, local Amplo, global
Tempo Cíclico, natural, lento Linear, relógio, rápido
Organização social Orgânica Mecânica
Sociabilidade Família Indivíduo
Comunicação Forte Fraca
Inormação Fraca Forte
Densidade técnica Baixa Alta
CidadeEncontro, comércio, religião; usos eespontaneidade: OBRA
Circulação, serviços, trabalho; consumo eapropriação programada: PRODUTO
Quadro 1Do rural ao urbano
Orgzção prpr.
O rquétpo Rurl é mrcdo tmbém por um ort compot d comucção (SanTOS,
1999), pos orm d orgzção gr um cssdd d troc tr os mmbros do grupo
sm mdção d objtos téccos, msmo porqu dsdd técc é bx. a mor
prt dos cottos é c c, ou comucção u por mo d um msgro tmbém
prxmo o grupo. nss cotxto, qutdd d ormção, tmbém comprtvmt,
é pqu, um vz qu trss o grupo s qustõs rrts o su locl/lugr o su
cotdo mdto. isto ão sgc, m hpts lgum, um lção, ms sm psum rstrção (dd plo mo técco) ou msmo dstrss por ormçõs qu ão tm
mpcto drto vd cotd.
a cdd prchd plo rquétpo Rurl ou, prmordlmt, pl rurldd (d grus ms
tsos) é um spço d cotro sporádco (qurmsss, sts rlgoss, msss, tr
outros); d comérco rlzção d tvdds burocrátcs crs báscs. Quto mor
o gru d rurldd mor su coxão com cdd pqu. n cdd grd, ou m sus
rgmtos, d é possívl cotrr lgums mrcs d rurldd, m grus d tsdd
mors, otdmt m brros ms tgos populrs. nsts csos, cdd é cosdrd
um obr, o stdo d produção úc vculd, prortrmt, os vlors d usos.
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
Já o rquétpo Urbo é ddo por um lmto udmtl: qutdd d cptl/
rcursos/dhro pr su rlzção. O spço, mrcdo por mor fudz d mpltud
spcl, msmo quto potcldd, é globl. est su crctrístc stá rlcodo dsvolvmto dos mos d trsport (grds võs ou msmo võs mors, ms
d logo lcc; trs vlozs; vos ms cts; utostrds ou vs pvmtds)
dos sstms d ormçõs; ou sj, stá rlcodo o qu Stos (1994) dom mo
téccoctícoormcol. as pssos qu s corporm os grus ms tsos do
mudo urbo tdm vjr ms ms log, sdo s vgs trcos ms
blzds rquts. O tmpo é vloz, clrdo qus smpr suct pr
qutdd d trs dslocmtos cssáros vd cotd. a mprssão é d qu
24 hors ão são sucts pr s “vvr” um d. alás, o tmpo é mrcdo plo rlgo,
costrução hum por xclc, qu s prolr cdd (os spços xtrors), sábrcs dpos s stçõs d trm (smpr comphdos plo dctívl pto, rgdo
muto d vd cotd), té chgr os ossos pulsos, od dsrutmos do tmpo ou d
su mrcção rígd dvdulmt.
ess spcto mcâco do tmpo é tmbém rpssdo pr orgzção socl, struturd
com bs m trsss momtâos do dvíduo, bsdos m rlçõs prossos ou
d prstção d srvço. a stsção dvdul s rlçõs socs é prdomt sobr
mcpção coltv. alás, o dvíduo é o ctro d socbldd o rquétpo Urbo. Su
prossão, drço cpcdd d crédto/dvdmto mrcm su posção socl, bm
como dm spços d covvc com outros dvíduos msm x d rd ou
posção. Os prmros cotros com os outros dvíduos são mrcdos por qustõs como:
Od voc trblh? O qu z d vd? Od mor? nos grus ms tsos d urbdd,
o vículo mlr pouco mport ( ão sr m csos d míls proprtárs d grds
mprdmtos ou dos d grds ortus), msmo porqu míl td dmur
d tmho os dvíduos morm sozhos mudm muto pr cdds, stdos ou píss
drts d su míl.
O gru d comucção, quls dos cottos trpssos, é rco , grlmt, mddo
por lgum qupmto ou objto. etrtto, m rzão d lt dsdd técc, o volum
d ormçõs trocds, rpssds ou rcbds é muto ort. isto ão qur dzr qu
todo ss volum é ssmldo tm vculção drt com vd cotd ou com spc
tos sscs ds strtégs d vd dss grupo. estr ormdo sttmt é um
poto vlorzdo, msmo qu st ormção ão sj rlvt ou sj prdd/suprd/
ultrpssd m outros stts.
a cdd é o brço do rquétpo Urbo , dst orm, possu um strt rlção com sss
cotúdos. a glomrção suport s tvdds d crculção, cosumo produção, bm
como o trblho o lzr. a cdd é produzd cosumd d cordo com tsdd d
urbdd d rd dos sus mordors usuáros. Quto mor o gru d urbdd
mor vculção com cdd grd/mtrpol.
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do r ural ao urbano: dos a rquétiPos
à esPaCialização eM Cidades Pequenas
P arte i a s Pequenas Cidades: uM desafio no
horizonte teóriCo da geografia urbana
Como st urbdd tu pssgm d cssdd pr o dsjo, do vlor d uso pr
o vlor d troc, cdd costtus como um produto, putdo pl xcrbção do su
crátr mrcdolgco d proprdd, bm como pdrozção d su compotmorolgc, prmtdo su produção m mss.
O ReaL: CaCHOeiRa e PaSSaU
Dtr s cdds do Rcôcvo bo dstc-s “Shorl Cdd d Cchor”, locl-
zd às mrgs do Ro Prguçu (Mp 1), mportt porto fuvl o Rcôcvo umgro
ctro d lgção pr o trsport d mrcdors tr o ltorl o srtão d Bh, plo
ro pl rrov qu th como poto odl cdd. est posção d trmdção dCchor grtu-lh dstqu coômco té mdos do século XX. etrtto, mudç
mtrz d trsport, com prvlégo pr o rodováro, m substtução o uvl rro
váro, costrução d rodovs qu ão pssm pl cdd o íco d tvdd ptrolí
r (xtrção rmto) m outr porção do Rcôcvo, lv várs cdds, clusv
Cchor, um procsso d stgção coômc, svzmto populcol umto
d rurldd d sus cotúdos.
Mapa 1Localiação de Cachoeira (BA)
Fot: Comph d Dsvolvmto Urbo do estdo d Bh (1999).elborção prpr.
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
n cotmpordd, lgus tgos ctros d coom urb rgol rcbm
tção do estdo mdt progrms çõs qu vsm rsgtr o dsvolvmto
coômco prddo pr os ovos ós d rd urb do Rcôcvo. as tvddsrurs, qu thm r lvr, rlzd às qurts-rs, su grd momto, são
smplsmt rgds squcds. Os ovos mordors d Cchor, bm como os
studts uvrstáros qu pssm o d cdd, grlmt possum mor rd
cbm lvdo um umto xprssvo dos vlors cobrdos pr qusção lugul
d mvs. Há modcção strutur do mprgo costrução d rstruturs
pr tdr s ovs uçõs srvços. Costtm-s procssos d xclusão socl/
coômc sgrgção d prt d populção, qu c, ssm, à mrgm do dsvol
vmto sococoômco qu s prtd, lém d ocsor modcçõs prouds o
cotdo dos mordors, tscdo o gru d urbdd d cdd, coorm podsr obsrvdo s mgs 1 2.
imgm 1 – atvdds comrcs tr rurldd urbdd: d d r2.Foto: Wdl Hrqu, ovmbro d 2009.
2 D d r m Cchor, qudo pquos produtors comrcts colocm à vd sus produtos, d
utlzdo trsport por murs ou crros tgos.
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do r ural ao urbano: dos a rquétiPos
à esPaCialização eM Cidades Pequenas
P arte i a s Pequenas Cidades: uM desafio no
horizonte teóriCo da geografia urbana
Stos (1979) scrv qu lugrs sorm com dptçõs, dsprcmto ou dmu
ção ds tvdds chmds “trdcos”, dvdo qubr d su ppl ctrl, bm
como pl dmução do “cmpo socl”, o qul c rstrto às cmds ms pobrs dpopulção d cdd.
Os compots do spço são os msmos m todo o mudo
ormm um continuum o tmpo, ms vrm qutttv
qulttvmt sgudo o lugr, do msmo modo qu vrm
s combçõs tr ls su procsso d usão. Dí vm s
drçs tr os spços. ... Os spços dos píss subds
volvdos crctrzm-s prmrmt plo to d s orgz-
rm s rorgzrm m ução d trsss dstts ms
rqutmt m scl mudl. [...] s orçs d modrzçãomposts do tror ou do xtror são xtrmmt sltvs,
m sus orms sus tos. as vrávs modrs ão são co-
lhds tods o msmo tmpo m tm msm drção. a cd
modrzçã o, ovos potos ou ovs zos são coqustds o
spço utro torm-s um ov porção d spço oprcol.
... ss sltvdd do spço o ívl coômco, ssm como
socl, é, osso vr, chv d lborção d um tor spcl.
ess trmo xprm dus coss drts sgudo s cosdr
produção ou o cosumo. a produção td s coctrr m
crtos potos do trrtro com tto ms orç quto s trt d
tvdds modrs. O cosumo rspod orçs d dsprsão,
ms sltvdd socl g como um ro, pos cpcdd
d cosumr ão é msm qulttv qutttvmt. no
tto, como os gostos ovos s dudm scl do pís,
quto qu os gostos trdcos subsstm, o prlho co
ômco dv s dptr o msmo tmpo os mprtvos d um
modrzção podros às rldds socs, ovs ou hrdds
(SanTOS, 1979, p. 15).
Sobr st coxão, justposção, combção coxstc tr rurldd urb-
dds, Cchor, sgudo o sgudo o Cso Dmográco d 2010 (inSTiTUTO
BRaSiLeiR O De GeOGR aFia e eSTaTÍSTiCa, 2012), possu 32.026 hbtts ( cot
gm d populção, m 2007, potv 32.252 hbtts), sdo 16.387 mordors
ár urb 15.639 ár rurl (Qudro 2). ad d cordo com o iBGe (2003),
Cchor possu um cdc d pobrz d ordm d 41,75%. D cordo com o
atls do Dsvolvmto Humo o Brsl (PROGR aMa DaS naÇÕeS UniDaS PaRa
O DeSenVOLViMenTO, 2003), m 2000, rd pr cpt méd dss cdd r d
R$ 119,50.
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
imgm 2 – atvdds comrcs tr rurldd urbdd: loj d covcs3.
Foto: Wdl Hrqu, ovmbro d 2009.
Ano Total Urbana
1970 27.382 Dado não disponível
1980 27.953 Dado não disponível
1991 28.290 14.193
2000 30.416 15.831
2007 32.252 16.304
2010 32.026 16.387
Quadro 2
Evolução da população de Cachoeira (BA) – 19702010
Fots: Sstm ncol d idcdors Urbos (BRaSiL, 2012); isttuto Brslro d Gogr esttístc (2012).Orgzção prpr.
em um tttv d suprr ss procsso d stgção coômc promovr o ds
volvmto urbo rgol, város projtos obrs stão sdo dsvolvdos stldos
m Cchor, tr ls o Campus d Uvrsdd Fdrl do Rcôcvo d Bh (UFRB).
Sgudo o Plo d Dsvolvmto isttucol dss Uvrsdd:
3 itror d loj d covc, ssm como r, tmbém loc lzd prç do mrcdo. Obsrvs um tror
orgzdo, com produtos dustrlzdos rc coxão com os produtors locs.
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do r ural ao urbano: dos a rquétiPos
à esPaCialização eM Cidades Pequenas
P arte i a s Pequenas Cidades: uM desafio no
horizonte teóriCo da geografia urbana
D cordo com o rtgo 3º do esttuto vgt, UFRB tm s s
guts ldds:
l grr dssmr cohcmtos os cmpos ds ccs, d
cultur ds tcologs;
l ormr, dplomr propcr ormção cotud s drts
árs d cohcmto;
l pr o xrcíco d tvdds prossos prtcpção o d
svolvmto d socdd;
l cotrbur pr o procsso d dsvolvmto do Rcôcvo d
Bh, do estdo do Pís, rlzdo o studo sstmátco d sus
problms ormção d qudros ctícos téccos m ívld sus cssdds;
l promovr xtsão, brt à prtcpção d populção, vsdo
à dusão ds coqusts bícos rsultts d crção culturl
d psqus ctíc tcolgc;
l ducr pr o dsvolvmto susttávl;
l mplmtr cultvr os prcípos étcos coscução d sus
objtvos;
l mtr mplo dvrscdo trcâmbo d cohcmtos com
socdd;
l cotrbur pr mlhor do so m todos os ívs
modldds, por mo d progrms d ormção cl co
tud. (UniVeRSiDaDe FeDeRaL DO ReCÔnCaVO Da BaHia,
2009, p. 14).
O procsso d stlção d objtos (uvrsdd) com ovos cotúdos uçõs (du
ccol, srvços tc.) , prcplmt, com um ovo prl d mordor (prossors
uvrstáros, studts, srvdors técco-dmstrtvos), crrg, sm dúvd, urbdd pr ss cdd pqu, crrtdo trsormçõs obsrvávs o su
cotdo, s orms d rlcomto trpssos tr os qu scrm sss
lugrs os qu vrm d or m ução dos ovos mprgos, qu, mor ds
vzs, ão stblcm vículos tvos com sss cdds. est msm costtção
pod sr stdd pr cdd d Pssu, almh (Mp 2). est cdd, com
sus 50.741 hbtts (Qudro 3), é coctd pl a3 ( Autobahn) com s cdds d
nurmbrgu, Frkurt Colô, tr outrs, lém d Muqu (coxão com a6)
cdds d Áustr.
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
Mapa 2Localiação de Passau (DE)
elborção: Ldgr t l. (2010).4
Quadro 3
Evolução da população de Passau (DE) – 1950/1979/1990/1999/20075
4 arquvo dgtl cddo por Rold Zk.5 Obsrvção: com rorm trrtorl d 1º d julho 1972, orm corpords ovs árs à cdd, rsultdo m um
umto d populção d 31.000 pr 50.000 hbtts. Como vrmos dt, populção vh dcrscdo
st tmbém o um justctv pr stlção d Uvrsdd.
Veronika Lindinger, Sabina Moos, Andreas Köllnberger, Manuel Stadler 2010Projektion: Europe Albers Equal Area Conic; Maßstab: 1:15.000.000
Oslo25:32 Stockholm
19:02
Helsinki35:26
Dublin21:24
London15:03
Paris9:06
Lissabon36:49
Barcelona22:57Madrid
22:52
Lyon
12:02
Bern8:28
Brüssel12:40
Kopenhagen12:40
Hamburg6:23
Berlin6:34
Frankfurt4:05
München2:20
Passau
Warschau12:24
Prag6:14
Bratislava4:35
Wien2:51
Budapest6:18
Ljubljana
7:23Zagreb9:02
Split
18:22
Mailand10:24
Rom14:48
Palermo25:26
Athen36:19
Bukarest20:27
Moskau33:50
Riga42:29
Wilna27:25
Minsk25:25
Kiew32:16
Belgrad
14:04
Podgorica
23:13
Skopje24:58
Istanbul38:50
Glasgow21:15
Edinburgh21:07
Sarajevo19:45
Kischinau39:23
Sofia24:40
Kilometer0 100 200 300 400 500
Passau in Europa
S t a n d
2 0
0 8
keine EU-Mitgliedsstaaten
EU-Mitgliedsstaaten
Bahnverbindungen
Wien2:51
StadtnameFahrtdauer (h:min)
bedeutende Eisenbahnlinie
Entfernung zu Passau
250 kmbis
bis 500 km
bis 1000 km
bis 1500 km
Fot: Byrschs Ldsmt ür Sttstk ud Dtvrrbtug (2010). Orgzção prpr.
DadosCidade(Stadt)
Região Administrativa(Landkreis)
Passau Região(Stadt + Landkreis)
População 1950 47.789 161.005 208.794
População 1979 50.323 153.343 203.666
População 1990 50.328 171.479 221.807
População 1999 50.468 183.973 234.441
População 2007 50.741 188.462 239.203Comparação 1950-2007 +6,18% +17,05% +14,56%
Área em km² 69,71 1.530,37 1.600,08
Habitantes por km² 728 123 149
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do r ural ao urbano: dos a rquétiPos
à esPaCialização eM Cidades Pequenas
P arte i a s Pequenas Cidades: uM desafio no
horizonte teóriCo da geografia urbana
O trsport rrováro é rlzdo pl Deutsch Bahn pl OBB (Áustr) tmbém prst
bos coxõs rgos com s dms cdds d Bvár (o trjto té Muqu dmor pro
xmdmt 2 hors). Os trs d lt vlocdd (iCe) coctm Pssu V (Áustr) dvrss cdds lmãs. a stção rrovár prcpl (Hauptbahnho ) stá loclzd or do
dstrto hstrco, ms proxmdd d ov ctrldd comrcl d cdd (Bahnhostrasse,
Stadt Galerie, Nibelungen Center ). Várs lhs d ôbus coctm cdd Brlm, Áustr, Rpú-
blc Tchc dms cdds d rgão. O trml ctrl d ôbus – Zentrale Omnibusbahnho
(ZOB), (imgm3) – loclzs 100 m d trd prcpl d UPssu, o ldo d Stadt Galerie
m rt o Nibelunger Center . a cdd é sd d Univesität Passau (UPssu), sttução qu
tgr o sstm stdul d uvrsdds rgos do stdo d Bvár, dsd 1973.
imgm 3 – novo ctro comrcl (Stdtglr, nblug Ctr) ZOB.
Foto: Wdl Hrqu, gosto d 2010.
Sgudo o prl coômco d cdd, lbordo m 2009 dspoblzdo pl Prtur
d Pssu (2009), mor prt d rrcdção ul d mpostos stá ssocd os stors
grícols slvícol (€ 30 mlhõs), sgudo plos srvços (€ 15,94 mlhõs), mutur (€
8,99 mlhõs), comérco, hotés rsturts, trsports (€ 7,38 mlhõs). a populção d
cdd é rsposávl plo pgmto d € 32,35 mlhõs m mpostos. O Produto itro
Bruto (PiB) d cdd pssou d € 1.818.000,00 m 1993 pr € 2.621.000,00 m 2006 (umto
d 44,17%). Com sts ddos, podmos rr qu o mpcto d UPssu stá muto ms
coctrdo modrzção dos srvços/comérco stblzção do tmho popu
lcol do qu mudç do prl coômco mucpl.
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
em rlção os coltos tr populção locl comudd uvrstár, o
prmro l d sm d juho d 2011, um to curoso cotcu qudo dos
stvs d ru cotcm o msmo tmpo qul cdd: o Jun iWiesn (Fstvld arts Cultur) Brückenest au der Hängebrücke (a st d Pot Psl). O
prmro o promovdo pl Uvrsdd/assocção d estudts d Bx Bvár
o sgudo pl prtur rsturts d cdd. O vto d “comudd u
vrstár” cotcu o grmdo m rt o Nikolakloster ( mrgm do ro Inn)
m um strutur d td, cotdo com grupos uvrstáros d músc, ttro
dç, lém d um strutur d rcrção pr crçs, brrc d comds bbds.
a músc r bscmt rock trcol ou lmão s poucs pssos o locl,
tods d uvrsdd, stvm, m su mor, stds s mss ou o grmdo,
tomdo s crvjs qu trouxrm d cs. apsr d bo rstrutur, o vtostv svzdo ão hv pssos d cdd crculdo. Já o vto promovdo
pl cdd, prtc mt o msmo horáro ( drç o rm os 15 mutos d cm-
hd tr um poto d cdd o outro), prstv um cotrst pl qutdd
d públco prst, prdomtmt d cdd rgão (com poucs pssos
d uvrsdd). est st cotcu Hängebrücke (Pot Psl), mrgm do
Ro Dúbo, prxm à Prtur (Rathaus). ao som d várs pqus bds qu
tocvm múscs pop blds rock cohcds ou músc trdcol d Bvár,
st r ms um “st gstroômc” d comd típc crvj, com o drcl
d qu s mss stvm motds pot.
Obsrvdo o prl coômco d Pssu, com o poo d ddos do PiB, ou d trvés
do uso do solo (Qudro 4 imgm 4), od crc d 60% é ocupdo por orsts ou árs
rurs, costtmos d um ort vculção com s tvdds grárs.
Tipo Área (km²) %
Residencial 6,79 9,76
Comercial, industrial 1,47 2,11
Outras superícies edifcadas 6,15 8,84
Espaço aberto 0,07 0,1
Parques 0,41 0,59Áreas de circulação 6,41 9,22
Áreas rurais 21,63 31,1
Florestas 20,81 29,92
Corpos d’água 5,31 7,63
Outros 0,5 0,72
Área total 69,55 100
Quadro 4Uso do solo em Passau – Stadt (2010)
Fot: Pssu (2012).Orgzção prpr.
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do r ural ao urbano: dos a rquétiPos
à esPaCialização eM Cidades Pequenas
P arte i a s Pequenas Cidades: uM desafio no
horizonte teóriCo da geografia urbana
imgm 4 – Cotto tr cdd o cmpo.Foto: Wdl Hrqu, brl d 2011.
etrtto, sdo cosdrd um cdd pqu pr os pdrõs lmãs, urbdd
prst-s ort, qur sj os pdrõs d cosumo (imgm 5) comprs (lojs d mrcs
trcos, outlts, grds rds d vd d produtos d ormátc ltrôcos),
grd dsdd técc (tto d trsport quto d orms d comucção cotto
trpssos), prvlgdos dvduldd.
imgm 5 Vst d Grbgss, o ctro hstrco – usos rsdcs comrcs.
Foto: Wdl Hrqu, juho d 2011.
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
Dst orm, o trzrmos dus cdds drts, ão buscmos um áls comprtv,
ms sm dmostrr stágos combçõs drts d urbdd d rurldd.
COnSiDeRaÇÕeS FinaiS
Sgudo Lbvr (1973), cdd é um todo st todo ão s rduz à som d lmtos vsívs
sobr o trro, tgívs, sjm ls ucos, morolgcos ou dmográcos. a cdd projt
sobr o trro um socdd, um totldd socl ou um socdd cosdrd como tot-
ldd, comprddo su cultur, sttuçõs, étc, vlors, m rsumo, sus suprstruturs,
cludo su bs coômc s rlçõs socs qu costtum su strutur proprmt
dt. a cdd é um spço-tmpo (cotém hstór); ão é somt um projção d umstrutur socl. a cdd ão é ps um produto ou um obr, rurl ou urb; l é o qu
xst potclmt tr obr o produto, tr os rquétpos Rurl ou Urbo; l ão é
ps lgo, l é st lgo prst m rlção o cotúdo pssdo. Por sto, s cdds ão
são s msms como o úmro d cdds pqus é muto mor, o dso m comprd-
ls é gulmt mor. est udmto trco, porém, dv sr vldo, pos, d sgudo
Lbvr (1973), m comprção com o rquétpo dl (cdd totl) mor prt ds cdds
prcrão complts. Por sto, tor sm mpr ão prmt comprsão ds cdds.
el é cssár prcs sr lástc pr corporr, clusv, o toro, rgão.
Rtordo Stos (2008), prc m su obr um rlção tr pqu cdd
cdd locl. Sgudo l, quto mor proxmdd d cdd locl d um rgão dâ
mc, mor srá possbldd d dmsmo. isto coloc um qustão trsst pr s
“cdds locs” qu, sgudo l, são polos d dusão rgulção do cmpo.
Holmbr, loclzd o stdo d São Pulo, prxm Cmps, sgudo o Cso Dmográco d
2010 (inSTiTUTO BRaSiLeiRO De GeOGRaFia e eSTaTÍSTiCa, 2012b), possu 8.184 mordors ár
urb, 3.115 rurl um PiB pr cpt d R$ 43.880 (cosdrdo lto). O qu xplc Holmbr?
e qu vmos trr mpr qu cotst tor. a produção d ors é o oco coômco d
Holmbr; ors pr todo o Brsl pr o mudo. Holmbr é um cdd pqu (m popu
lção ár), ms tm coom grd um coom voltd pr or, pr o col pr
o globl. Portto, Holmbr ão é um cdd locl, msmo tdo su coom voltd pr
um tvdd qu s org o cmpo. O msmo é váldo pr cdds pqus qu são sds
d Uvrsdds, d mprss ou objtos culturs. É clro qu ão stmos rduzdo tudo um
dtrmsmo coômco, s lsdo tor com bs m um ddo mpírco.
Tods s corrts trcs mpr lvm à cormção d dvrsdd ou d drç
tr s cdds pqus dtro d homogdd ou d prtculrdd dtro ds sm-
lrdds. assm, tlvz, o mor dso pr gogr o studo sobr s cdds pqus
sj mtodolgco. Como prdr, como comprdr como xplcr sss cdds, sm
cr o mprsmos, o tccsmo ou dlzção ds cdds pqus?
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do r ural ao urbano: dos a rquétiPos
à esPaCialização eM Cidades Pequenas
P arte i a s Pequenas Cidades: uM desafio no
horizonte teóriCo da geografia urbana
exstm várs mtodologs pr studos d mtrpols d cdds méds, ms d
é um cmpo brto à costrução d mtodologs pr studos sobr cdds pqus
qu cotmplm ss dvrsdd d cdds. Sm proudrmos o tdmto dstqustão, rtculção tr tor, mpr técc ão s rlz.
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ANÁLISE DA PEQUENA CIDADE SOB O PONTODE VISTA POLÍTICO-ADMINISTRATIVO
Winston Kleiber de Almeida Bacelar *
O potul trtmto ctíco ds pqus cdds o âmbto d Gogr c vd
cdo pl qus xstc d orms d ctgorzção dsss cdds rd urb qu
s crou s cr o Brsl. Pr Wdrly (2004, p. 2): “... psqus sobr os pquosmucípos prc prmcr à mrgm do trss dos psqusdors, sm qu s ormul
sobr ls um rxão ms sstmátc.”
a obsrvção ds prcps obrs sobr tmátc possblt prcpção d qu s
crrm dsttos crtéros d dlmtção clsscção pr várs clsss tmhos
d cdds, ms s pqus são, m grl, globds m um “lmbo” coctul ps
tmolgco ou grcmt domds d “psudocdds” árs d “rsstc”,
como xposto m Stos (1979) rrmdo por Olvr Sors (2000), ou d como
“mucípos rurs” pr Vg (2001), ou msmo “cdds rurs”, como m abrmovy
(2000). a clsscção do isttuto Brslro d Gogr esttístc (2000) domd cdd, ão mportdo o úmro d hbtts, qudo su populção stá grupd
m locs cosdrdos urbos.
a grd dculdd dos studos sobr s pqus cdds comç com lt d td-
mto do qu s stud: mucípo ou cdd? e, prcplmt, com dlmtção do qu
sjm cdd ár urb plos rgãos govrmts, spclmt o iBGe. Sgudo
Cmro Bltrão (2000, p. 14), pr ss sttuto “... dção d populção urb
tm um crátr polítco dmstrtvo o clur tods s sds d mucípos dstrtos
dpdtmt do su tmho”. Todv ão s o Brsl dlmt o su urbo sgudo
sss crtéros. Pod-s rmr qu tl dscussão torou-s um spéc d crosmo osdbts d Gogr o século XX íco do XXi. est problmátc tom orm qudo s
dscut crc d coctução do qu sj cdd d drç coctul pstmolgc
tr cdd urbo.
* Doutor mstr m Gogr pl Uvrsdd Fdrl d Ubrlâd (UFU). Prossor djuto do isttuto d
Gogr d UFU. [email protected]
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
ns álss gogrács crc dsss locldds, su crctrzção tor-s, tulmt
pos, pos s várs clsscçõs ctgorzçõs são complts pr crtos grupmtos
outrs ão cotmplm cdds do port dmográco bxo d 10.000 hbtts1.
a PeQUena CiDaDe
O crátr udmtl ds cdds tus rft s crctrístcs ds socdds qu s
crrm/moldrm. est mr d dtcr cdd, xpost por Hrvy (pud CORRêa,
1996 p. 121), dmostr um coctução qu possu um crátr xtrmmt brgt,
pos glob tods s orms d cdds trvés dos tmpos , com sso, dá mrgm pr s
stblcr um corrlção com um dos ssutos dscutdos pl Gogr tuldd.Dt dsto, colocs qustão: Qul o tmho d um cdd? S o cocto, ou os co
ctos, d cdd prpss su rlção com socdd, vcvrs, é possívl dgrs:
O cocto d cdd vl ps pr s grds méds? e s cdds bxo d 20.000
hbtts? e quls com populção ror 10.000 hbtts, cujo úmro é xprssvo
o Brsl? S s cdds são o produto/sujto d su socdd, como s pod tdr
qu ps lgus glomrdos humos podm sr ssm cosdrdos? Srá qu o cos
mor ds grds méds cdds é, o l, o poto ort s dçõs dos studosos
do ssuto? Ts dgçõs são ruto d um grv costtção: um prt dos studosos
sobr s cdds rm qu s dv coctur ctr como tl ps lgus glomrdos
humos ou sítos humos cm d dtrmdo úmro d hbtts; utlzm, d,o crtéro d dsdd dmográc, loclzção, té msmo os trs crtéros jutos, o qu
s td como státco rbtráro.
Os crtéros pr dlmtção coctução do qu sr um cdd ão são, portto,
uvrss. algus studosos do urbo stblcm crtéros rgorosos pr crctrzr um
dtrmdo sstmto humo como cdd , ssm, rlgm cdds mors um
lmbo coctul té msmo modcm sus crctrístcs d coctução, o rmrm
s pqus como ão cdds.
S s cdds são xprssõs d su socdd, os crtéros d su coctução são mlávs
com o tmpo, pos o pdrão d cdds o logo do tmpo vrou muto. no cptlsmo ms
vçdo do século XX, coctução d cdd mudou, su tmho tmbém. esss glo
mrçõs hums pssrm sr s rsposávs plo pdrão d morr d vvr mor
1 assm, pods cosdrr, como orm d studo, s álss sobr ss ssuto ormulds com bs clsscçãod Stos (1979, 1996) tmbém s álss d Olvr Sors (2003), lém dos studos do isttuto d Psqusecoômc aplcd (2000), spclmt s cosdrçõs d Cmro abrmovy (1999), abrmovy (2000) Vg (2001), sobr rurlzção s pqus cdds, d Bclr (2003) sobr pqu cdd, Corrlo(2006), su trsst obr sobr volução do cocto d propost d mucpldd o mudo o Brsl,Slv (2000), qu rlzou mportt studo sobr s pqus cdds sus rlçõs trs, Frrr, agulr Crvlho (2001), sobr pqus cdds, ms Dz t l. (2001), qu lsm os mpctos s rprcussõs dmodlos d dsvolvmto rurl sobr lgums cdds, m spcl quls m qu o mudo rurl é ms prxmo
ds rldds ds populçõs rsdts.
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a nálise da Pequena Cidade sob oPonto de v ista PolítiCo-a dMinistrativo
P arte i a s Pequenas Cidades: uM desafio no
horizonte teóriCo da geografia urbana
dos píss. Com o dsrolr do século XX, urbzção mcç lvou s cdds o su ms
lto ívl d spclzção mportâc socdd hum. Por sso, s cdds vrm su
tmho populcol su mportâc o procsso d urbzção umtr o msmo rtmo.S ts rm mors thm mor mportâc (ltrdo st lgc m brvs príodos
d tmpo hstr d humdd dsd o príodo olítco), sts, porém, smpr orm
cosdrds “cdds” (com outros oms ou domçõs rgos cos).
atulmt, humdd umtou m tmho ms d mtd do plt mor m
cdds. ests, por su vz, torrms grds, ggtscs s pqus prdrm su
tror prstígo. Srá qu sss ão são ms cosdrds cdds dvdo tl mudç o
pdrão d vvr do sr humo? etds qu stá ms m dbt ão codção d um
dtrmdo grupmto d css, dícos, rus vds costtur ou ão um cdd,
ms sm s ss locl é urbo, ou mlhor, s ss locl stá srdo o modo d vd urbo.aí stá grd spculção sr t, ms prtt: as pqus cdds cosomm
o msmo “urbo” qu outrs locldds, como csso srvços, à míd, o cosumsmo
rt às socdds urbs?
a smpls mudç d om ou coctução pr locs, vls, povodos, cdds, mucípos
ou glomrdos humos mors, com populçõs vrdo tr 20.000 10.000 hb
tts, prc sr pot do iceberg d problmátc. a dscussão m toro dss mtér
ão trduz, tvmt, grd problmátc dsss lugrs. etds qu grd
qustão é s ss locl é ou ão urbo; s stá ou ão srdo m um rd urb,; ou
msmo s stá srdo os pdrõs d globlzção mudl do modo d vd urboqu s prst o plt Trr prtr d décd d 1950 , ms ortmt, prtr d
décd l do século XX.
isto sgc um vrsão o psmto os dbts qu prdomm scss bblo
gr sobr o ssuto. Os scrtos d abrmovy (2000), Olvr Sors (2000) Stos (1996,
2005), por xmplo, são, o msmo tmpo, cotudts (o prmro) sucts (o sgudo
trcro) pr s dtrmr com clrz spctos xclusvos ds pqus cdds, tdo m
vst qu quls com mos d 20.000 hbtts são mor o trrtro brslro. Sgudo
Cmro Bltrão (2000), sss rprstvm, m 1970, 14% d populção totl urb br
slr; m 1980, 15,5%; m 1991, 16,4%; m 1996, 11,8%. Lvdos m cosdrção o mott populcol, sss ão dmostrm um úmro xprssvo. Ms s orm lsdos os
úmros dsss mucípos rt o todo col, crá vdt su suprordd umérc,
corrspoddo ms d 80% sgudo o cso dmográco rlzdo m 2000.
embor glob um gm cosdrávl d cdds, su populção, o todo populcol
brslro, m trmos bsolutos, rprst pouco. as pqus cdds, com populção
ror 10.000 hbtts, rprstvm 10,65% do totl d populção do Brsl m 1970
(com 3.361 mucípos, ou 85% do todo mucpl brslro); m 1980, ss prctul cu
pr 7,75% (m 2.971 mucípos, ou 74,43% dos mucípos do Brsl), possvlmt ruto
ds tss mgrçõs trurbs vrcds o pís ss príodo, o qu, d to, xplc
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
tmbém mor qud rprsttv ocorrd m 1991, qudo o prctul populcol
dsss pqus cdds dspcou pr 6,97% do todo col – m 2.273 mucípos, ou
50,62% dos mucípos brslros (CaMaRanO; BeLTRÃO, 2000).
Sgudo o cso dmográco d 2000, prtcpção dsss cdds o todo populcol
brslro subu pr 8,16% (m 2.616 mucípos, ou 47,50% dos mucípos do Brsl), dvdo,
provvlmt, à rdução d mgrção ds pqus cdds pr s méds grds
tmbém m rzão d dmução, pqu, ms xprssv, do xodo rurl, qu é sgctvo
pr sss locldds brslrs. Outro tor xplctvo dss pquo umto d prtcp-
ção d populção ds cdds com mos d 10.000 hbtts o todo populcol brslro
o o dsmmbrmto trrtorl populcol, vrcdo ps Costtução Fdrl d
1988, qu grou mcpçõs mucps. Tl to motvou mplção do úmro dsss
pquos mucípos m todo o Brsl judou umtr su populção prctul.
ns méds grds cdds, dtrmção do spço urbo, su uso ocupção stá m
outro ívl ou msmo scl d grdz ão d mportâc. no toct os problms
urbos ds pqus cdds, são os msmos qu s vrcm m cdds d port médo
grd, drdo ps scl. nsss locldds, o procsso d vlmto xst
stá tmmt rlcodo o procsso d modrzção do cmpo, qu xpuls lvs
d mgrts pr s prrs dsss locldds, lém d grr coftos hbtcos, com
vsõs ocupçõs d árs d rsco.
as qustõs polítcs, como currs ltors, voto d “cbrsto”, troc d voto por lmto,
dhro, css, benesses do podr públco tc., lém d lt d smto básco, são
problms muto grvs sss locldds, jutmt com lt d mprgo. a vsão d
cdd pqu como rúgo, sudossmo bucolsmo, soho d postdor, cdd sm
volc d pouc polução, sm o strss do cotdo urbo tc., m grd prt ão
rt compltmt rldd é, m mutos csos, sjd pl míd.
as pqus cdds studds por Stos (1996, 2005) Stos Slvr (2001) são dom-
ds d cdds locs ão são dds ps do poto d vst do spcto populcol,
ms volvm dtrmçõs sgudo s qus vvm m ução ds tvdds grícols,
o cso ds cdds do cmpo. est dção cogur-s como o vrso d orm tror-
mt stblcd, o príodo pré décd d 1970, m qu sss cdds rm o cmpo.
Pr Stos (1996) Stos Slvr (2001), cdd locl, tulmt, dsmph o ppl
d cdd coômc, m qu prd o podr polítco d cotro pr ucor ps
pr produção grícol, tddo su toro com tvdds d srvços, como bcos,
hospts, lojs gropcuárs, ctro comrcl, vtráros, grôomos tc.
no príodo ps décd d 1970, crctrzdo como o príodo técco-ctíco-ormco-
l, urbzção mcç crou dos “brss”, um urbo outro grícol, ão ms qul
dcotom obsrvd décd d 1950, qudo os dos “ brss” dstgums por srm
um urbo outro rurl (SanTOS, 1996; SanTOS; SiLVeiRa, 2001). O Brsl grícol sr
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a nálise da Pequena Cidade sob oPonto de v ista PolítiCo-a dMinistrativo
P arte i a s Pequenas Cidades: uM desafio no
horizonte teóriCo da geografia urbana
cdds qu s rtculm m um spço d produção grícol modrzdo, qu vdc
um pdrão d urbzção dstto, m qu vd s cdds tgr-s o mudo grícol,
ão ps rurl, ão totlmt o mudo urbo. Dss modo, é vdt tmbém qu,o cmpo modrzdo, ocorr xpulsão do trblhdor ão qulcdo, pos s rlçõs
d trblho ão são ms rurs, sm urbs, crctrzds por crtr d trblho, ss
tur do poto, csts báscs tc. O cmpo prd populção, ms tmbém, ss ov
cogurção, s pqus cdds. Como modrzção grícol or rlzd plo grd
cptl grodustrl, quls ctros urbos mlhor cpctdos mlhor srdos
rd urb bsorvrm ms rápdo qu outros s ovçõs tcolgcs o cmpo o
urbo , ssm, coctrrm tmbém o xcdt mgrcol d rgão.
est áls, rlcod tors d fuxo mgrcol, ão pod sr vst d orm suprcl
ps qutttv, pos stá tmmt lgd à vd coômc ds pqus cdds, sobrtudo, o spcto ucol m qu rlção do cojuto populcol com o prto
dmstrtvo s z ms trcdo drto.
CaTeGORiZaÇÃO De UMa PeQUena CiDaDe DO POnTODe ViSTa POLÍTiCO-aDMiniSTRaTiVO
Pqus cdds são quls com populção ror 10.000 hbtts, m qu bs
produtv d mprgos é rduzd, sus hbtts vvm m qus totl stdo d dp-
dc do podr públco, xmplcdo pls prturs, qu s torm o mor mprgdor
sus rcursos ou rct trbutár ão rprstm prcpl ot d rct.
Dos mucípos brslros, quls com té 10.000 hbtts prtcpm com ps 9,9%
ds rcts trbutárs do pís – imposto sobr Srvços d Qulqur nturz (iSS), imposto
sobr Proprdd Prdl Trrtorl Urb (iPTU), imposto sobr Trsmssão d Bs
imóvs (iTBi), imposto sobr Crculção d Mrcdors Srvços (iCMS), tr outros.
Sdo ssm, os rpsss drs stdus são s ots vts dsss mucípos, qu ão
cosgum grr rct tr. a ot prcpl dsss rpsss é o Fudo d Prtcpção
Mucpl (FPM), crdo plo govro drl como um orm d trsrc d crátr
compstóro, qu procur dr ms rcursos pr quls mucípos qu tm mos
codçõs d rrcdr por sus mos.
Pr Brmkr (1997, p. 101), o “... FPM é prcpl ot d rct d 73,9% dos mucí
pos d pquo port. Pr 14,2% dsts mucípos o FPM o iCMS rprtm mportâc,
quto outros 11,9% dsts mucípos é o iCMS prcpl ot d rct”. O rpss d
vrb drl pr os mucípos é clculdo com bs o mott populcol ão
rrcdção trbutár. Portto, quto mor populção, mor é o prctul rcbdo.
esss rpsss drs stdus orm crdos tdo m vst um volução trbutár
ltmt lgd o procsso d urbzção do Brsl. Dsd Costtução d 1934, ps
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sdo pl d 1946 chgdo à tul, d 1988, o estdo sus lgsldors corporrm,
o txto costtucol, mpostos qu, qudo ão drtmt xpostos Crt Mg,
orm crdos por dcrtos Mdds Provsrs. Ts trbutos orms d rpss smprtvrm como bs cdd. O qu vl rmr qu mss d trbutos é mtmt
urb, o qu cr um crosmo, pos s pqus cdds possum um rc rrcdção,
o qu, prvlg os mucípos ou cdds méds grds, od sss cotrbuçõs são
postvs, o spcto d mlhors. assm, costts qu ts trbutos somt cotrm
sgcdo m um mbt urbo xprssvo.
nss cotxto, é prmt cssdd ds pqus cdds m rlção os rpsss
stdus drs, ms, como uc do podr polítco dos mucípos com grds
méds cdds é smpr mor qu s pqus, ss rpss tom oro polítco , qus
uc, os crtéros tomm por bs o spcto purmt técco. as cots são téccs, ms,pr cobrr s cssdds d sus mucípos, os prtos ds pqus cdds csstm
smpr d rpsss complmtrs os âmbtos stdus drs qu uc chgm,
ddo o su pquo pso polítco rt sss podrs.
O FPM é trldo à rrcdção drl, portto, oscl muto , com sto, os rpsss tmbém.
as pqus cdds são s qu ms stm o mpcto d qulqur ltrção promovd
ss uxo. Msmo cosdrdo qu prtcpção d todos os mucípos umtou s
últms décds – prtcpção dos rcursos públcos (stdus drs), pos subu d
12%, époc do govro mltr, pr 17% décd d 1980 chgou os 25% os ds d
hoj, com ov Costtução – os mucípos cm trldos os dtms lgs d rpssdo “bolo” orçmtáro (25% do todo). Vl rssltr qu o rstt ds vrbs stdus
drs cm crgo do pso polítco d cd cdd, stdo rgão.
Outro mportt tor sr cosdrdo é qu sss mucípos dpdm xclusvmt
dsss rcursos, qu, como vsto, stão trldos o mott populcol. assm, mucípos
com populção ror 10.000 hbtts, qu tm um ort tdc à stgção /ou
pouco crscmto populcol, cm com o coct ms bxo o rpss stdul do
iCMS , prcplmt, do FPM d ordm drl.
em, é trsst rssltr qu ts cdds ão podm sr dscosdrds quto
tl, por ão s prstrm tão dâmcs quto s méds ou grds. Plo cotráro,
msmo ão sdo dâmcs são rdutos d cumulção cptlst, d qu m mor
scl, é vrdd. esss, o tto, ão dxm d sr trssts do poto d vst do
cptl m um sr d crculção tmbém d cumulção. Tl áls é xtrmmt
trsst, vsto qu, o s studr dtrmdo locl, ão s pod dscosdrr qu é
prt do todo. Com sso, pqu cdd coorm os dlms do urbo , dss modo,
xprss o cptl sj dtrmçõs do cptl , portto, trss o procsso d
cumulção grl cptlst. O qu ão qur dzr qu ts cdds trssm todos os
gts do cptlsmo modro, ms lgus sgmtos dss procsso. Sdo ssm, são
gus, porém drts, pos s struturm com bs m lógcs globs do cptl, ms
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a nálise da Pequena Cidade sob oPonto de v ista PolítiCo-a dMinistrativo
P arte i a s Pequenas Cidades: uM desafio no
horizonte teóriCo da geografia urbana
prstm sgulrdds qu são smgds plo procsso d coscção psturzção
dos dlms urbos.
ao vslumbrr ss sér d dculdds d tdmto d pqu cdd, lss
rldd tr d ts locldds, tomdo como poto ctrl o vés d su mor pro
blmátc tul: dmstrção públc. isto dcorr d trs tors cojugdos: s rlçõs
socopolítcs tr populção o estdo (mucpl) são ms strts sss locldds
qu m cdds d mor port dmográco; o pso d mucplzção mpost pl Cost-
tução Fdrl d 1988; crise administrativa sss locldds, drvd do cofto tr
dmstrção “modr” ptrmolst, qu s rlco com hrç hstrc bérc
(struturlmt lust). est hrç hstrc é d muto ort prst orm d
s dmstrr o bm públco pqu cdd stblc um strt rlção tr
populção rsdt s mrs d s dmstrr o bm públco, qu, vrvlmt,tr m choqu com prmsss modrs, m qu o pdrão d xclc dmstrtv
trsrs do stor prvdo pr o públco. a strtz ds rlçõs tr populção os
gts polítcos, qu são stblcds m város cmpos ívs com sérs cosqucs,
é um crctrístc trsst do spço urbo d pqu cdd. Um bom xmplo
dsso é vculção tr rrcdção cr tução polítc dos gts polítcos
do mucípo, com rxos s rlçõs polítcoltors.
assm, pr lsr ts prmsss polítco-dmstrtvs, z-s cssáro dsvdr
problmátc qu volv s dculdds dmstrtvs os âmbtos coômco-cro
socopolítco d pqu cdd, prptrds pl Costtução Fdrl d 1988. assm,o coto s cotrdçõs trs d pqu cdd são dcorrts do mbt qu s
stblc tr trdção ou hrç culturl bérc d dmstrr o bm públco modr-
dd orjd m spctos culturs glosxôcos pr ov dmstrção públc do
estdo, o qu cb por produzr, pqu cdd, o estdo-Mucípo socl. Dst modo,
os spctos d polítc tr, do lzr orcdo, d súd públc d susttbldd
(socl, ssstcl mbtl) d pqu cdd são os prcps xos d tução dss
estdo-Mucípo socl. Portto, ss cotxto, os problms tros dsss locldds
stão rlcodos ms tors socopolítcos qu coômcocros.
a hrç hstrc d um povo vm como bggm culturl qu s procss m momtosqu, msmo mprgdos d objtvdds, s subjtvdds smpr form. Ou sj, o
modo d sr d um povo qu, msmo ssmldo trços, orts ou rcos, d outrs cultu
rs, smpr prvlc. ess prpodrâc, porém, é prcl, pos o podr d ssmlção
do drt do povo brslro é sptoso. no cso do cosmopoltsmo d vd urb os
grds médos ctros, s rgõs ms dsvolvds coomcmt com lvdos
tors d trlgçõs o mudo globlzdo d modrdd, ssmlção corporção
dos dtms do mudo glosxão orm, qudo ão compltos, ms “hrmôcos”.
não obstt, pqu cdd, os trços culturs rltvos à hrç sococulturl bérc
d stão muto prsts o d d s rlçõs socopolítcs tr dmstrção
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
públc populção locl. Msmo com todo o bombrdmto d ormçõs (spcl-
mt tlvsvs) ds mposçõs lgs, hrç culturl mostr-s rsstt domt
sss locldds. O rompmto dss modo d vd é dícl tmbém o é ltrção srlçõs polítcs trs. est stlo bérco d vvr pqu cdd é smpr rlco
do o mudo rurl, o trdcol stlo, m qu s rlçõs trpssos são bsds
míl, o compdro vzhç. acrc dss ssuto, Hold (2004), m stdo
ms mplo, xplc s “vrtuds” bércs m ão ssmlr o procsso d produção cptlst
como o zrm s culturs glosxôcs.
a dmstrção públc, pqu cdd, ão rompu d com s prátcs ptr-
molsts su rlção com o bm públco é um xtsão d míl. nss stdo,
Hold (2004) cuhou xprssão “homm cordl”. Sgudo rmção d Schs
(1995, p. 12):
a cordldd, pr Sérgo Burqu d Hold, é um crctrístc
do brslro tdd como dstção tr o mbt públco
mbt prvdo. Pr l, há msmo um complmto tr sss
dos mbts, vrcdos pl vsão do estdo pl míl, do
potsmo, d corrupção, sto, dgs, ão tm d hvr com
bodd. a cordldd do homm brslro é um rlzção d
cultur bérc, s srv pr o bom tdmto do osso pssdo
colol d su crs.
Dst modo, dmstrs cdd com vsão d um xtsão d míl. assm, o modo
burocrátco, tão cro Wbr, ão o dotdo dmstrção públc ds pqus cd
ds. S or ssm, s ovs orms d dmstrção mposts pl globlzção glosxã
são ps um “vtr lgl”.
a substtução do stlo ptrmolst plo burocrátco é prgod pl modrdd,
pr s lcçr o modro, ou sj, s orms lbrs olbrs d dmstrr o bm
públco. no tto, pqu cdd, o ptrmolsmo d mpr. eclusurd
os dtms d xtsão mlr, míl ptrrcl, mr d s “govrr” cdd,
sus gts prt d populção rsst às orms burocrátcs bsorv do modro
ps o qu lh covém. Um rs muto ouvd m cotros com prtos d pqus
cdds do Trâgulo Mro é d qu todos ls dvrm str prsos2, dd orm
d orgzrm dmstrção públc. Os cocursos rrjdos, doção d mtrl
d costrução, o vmto costt d rcts médcs, doção d combustívl pr
prt d populção, o pgmto d vgs pssos ms crts, o mprgo ácl o
potsmo são prátcs qu ão dpdm do prtdo qu stá o podr, m d “dolog”
rt o momto. Dpd, sm, d um prátc ptrmolst hrdd d um modo,
2 Pod té prcr grossro lvo, ms é rl. est rs o dt por um prto d pqu cdd (qu mstou sudsjo d ão sr dtcdo, qudo soub d tção d sr publcdo m ts d doutordo) m trvst rlzd
m gosto d 2007, sd d assocção dos Mucípos d Mcrorrgão do Vl do Príb (amvp), m Ubrlâd.
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a nálise da Pequena Cidade sob oPonto de v ista PolítiCo-a dMinistrativo
P arte i a s Pequenas Cidades: uM desafio no
horizonte teóriCo da geografia urbana
d um stlo, d um hrç bérc d rrgd, m qu o cotrol socl sobr o podr
públco d é pío.
O rompmto d ts prátcs d é um soho. Rompr com trdçõs clusur
ds pqu cdd é dícl plo rltvo solmto ds dscussõs dos dbts
crc ds ovs orms d s xrgr o bm públco. Város tors costtum-s
m complcdors pr tl mprtd: o tmho populcol d pqu cdd;
rduzd ort d mão d obr spclzd pr o corpo técco; o psmto
domt d qu prtur é, pr o povo, uxílo ssstclsmo, qu vm d
cotro à vsão d qu o prlho d estdo mucpl é pr uso, pos o dhro ão
é d “guém” , ssm, é d “todos” os qu stão o podr qul momto. ess
tdmto drv, objtvmt, d hrç hstrc bérc. Pods stblcr
um prllo com dscussão lvtd por Hold (2004, p. 160) sobr troduçãodos ds postvsts o Brsl com s ovs rmuls d govrr o prlho d estdo
d tuldd, qudo rm:
[...] trouxmos d trrs strhs um sstm complxo cbdo
d prctos, sm sbr té qu poto s justm às codçõs
d vd brslr sm cogtr ds mudçs qu ts codçõs
lh mporm. n vrdd, dolog mpssol do lbrlsmo
dmocrátco jms s turlzou tr s. S ssmlmos
tvmt sss prcípos té od cocdrm com gção
pur smpls d um utordd cômod, cormdo ossosttvo horror às hrrqus prmtdo trtr com mlrdd
os govrts, dmocrc o Brsl o smpr um lmtávl
mltddo.
Rompr sss dogms hstrcos, ps com lgslçõs drs stdus, é tmráro.
Pr Hold (2004, p. 179), o rgor d l m s ão é cus l d mudç, pos
... ss rro s coslhrm os polítcos dmgogos qu ch
mm tção rqutmt pr s pltorms, os progrms,
s sttuçõs, como úcs rldds vrddrmt dgs d
rspto. acrdtm scrmt qu d sbdor sobrtudo
d corc ds ls dpd drtmt prção dos povos
dos govros.
não s qubr “sph dorsl” d um prátc hstrc rrgd dsd os tmpos do Brsl
colô d mr tão mpostv. O modo luso-brslro ou colol d zr dmstrção
públc d s portr soclmt rt o bm públco d é rt d dssolução
dícl. Msmo porqu trsção d um socdd ptrrcl cd os molds rurs pr
urb é muto rct o Brsl, spclmt o cso d pqu cdd. Sobr sto,
Pul (2005, p. 106) rgumt:
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
... o Brsl, dvdo à trdção ptrmolst, os mprgos b
ícos qu s urm do estdo costumm str lgdos os t
rsss pssos ão os trsss públcos. ess prsolsmo doucolsmo públco brslro rlcos com étc d udo
motvo qu prm oss cultur: o “homm cordl” é vsso à
mpssoldd o ormlsmo , cosqutmt, à burocrc.
Por outro ldo, hrç colol cotrbuu pr ctrlzção do
podr cúpul o utortrsmo do podr públco s torssm
trços dsttvos d dmstrção públc brslr.
no toct à dmstrção públc, o to d ss modrdd sr xmplcd pl ds
ctrlzção do estdo, orud d Costtução d 1988, qu crrg os mucípos d
várs trbuçõs, provoc outro strgulmto: mão d obr d prtur. n pqucdd, o prlhmto burocrátco d prtur d é mprgdo d pdrhmto,
o qu crrt dssbors máqu do estdo. Outro problm rrs o prço
mto dss mão d obr, qu smpr mprr o tmpo d prmc dos gts
públcos dmstrção, pos os crgos d prto d vrdors são d crátr polítco
o corpo burocrátco tm crátr técco. Tudo sto, combdo os procssos téccos
lgs d grcmto do prto burocrátco ds prturs, crc d um mão d obr
ms spclzd pr comphr s cssdds modrs do prlho sttucol
do estdoMucípo socl qu s qur modro com bs s ovs mposçõs lgs d
Costtução Fdrl d 1988. Pr Torrs (2004, p. 86), o “... procsso d trsrc d
rsposbldds trbuçõs pr os mucípos tm cotrdo ort strgulmto prcár, suctd, ct dsmotvd burocrc públc mucpl”.
a cotrdção tr ovs rgrs jurídcs, trbutárs orgzcos do ovo estdo ds
ctrlzdo qu s orjou com Costtução Fdrl d 1988 (qu xgm o tdmto
lgl, jurídco, cotábl, cro, burocrátco polítco) provoc, o mucípo, spclmt
os qu possum pqus cdds, ão ps prjuízos m médo przo, ms, spcl-
mt, m logo przo, pl ão dqução d mão d obr burocrátc, qu ão cosgu
sgur s ovs xgcs dst estdo. assm, prdm-s rcursos cros orudos ds
srs drl stdul tmbém d orgzçõs suprcos, pl smpls lt d
cohcmto técco m orgzr produzr projtos, cmhr m przos spcícos,pl cpcdd d ldr com rcursos d ormátc, lt d cpcdd técc qu
mpossblt o plo cohcmto d máqu sttl m sus trs ívs sus rgrs ,
o qu é por, xígu cpcdd técc d cptção d rcursos plos dvrsos cmhos
crdos possbltdos pl CF d 1988 sus rgulmtçõs.
a mudç mr d dmstrr pqu cdd cotcrá qudo o stlo d
dmstrção públc ão or tão dpdt do modo d vd clcdo os rsíduos d
hrç portugus, qu d mprg o modo d vd o stlo d dmstrção públc.
Trts dqulo qu Foro (1975) du como “stmto polítco”, m qu um grupo d
dtdd vv m ução do estdo “lt polítc” é um pdc dss “stmto
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a nálise da Pequena Cidade sob oPonto de v ista PolítiCo-a dMinistrativo
P arte i a s Pequenas Cidades: uM desafio no
horizonte teóriCo da geografia urbana
polítco”. assm, ss cocpção, s rlçõs tr o estdo populção dss pr com
o estdo, produz rproduz o estdo ptrmol pqu cdd. ess rlção é, por
tto, “hrdr” dss tpo d “stmto polítco”. nss stdo, su rompmto é dícl dmd ltrçõs prouds s rlçõs qu orm culturl hstorcmt stb
lcds. Cotudo, tl procsso sbrr m lmtçõs culturs qu são prprs do prlho
burocrátco ds prturs d pqus cdds, como, spclmt, os rlcodos o
suct procsso d cpctção técc duccol d mão d obr, o rlcomto
ms proxmdo dos gstors públcos com mor d populção usc d mor
dâmc coômcoprodutv qu dx prt d populção sm opçõs d mprgo ou
msmo d mprgos com mor vlorção coômc.
Msmo qu s th m mt crtz d qu ão s trt d um hrç úc xclusv
o “mold” dolgco dos trços culturs do povo brslro, st qusto m spclds pqus cdds qu rtrtds, obsrv-s proud mrc do rgstro dss hrç
culturl, spclmt o modo d zr o grcmto urbo o trto d populção
com o podr públco mucpl s pqus cdds.
O trsst sss rgumtçõs é qu cosdrção d uc d spctos outros
qu dtrmrm sobrmr ormção d cultur do pís, quto ormção socl ,
spclmt, quto socdd povo, ão s pod rlvr o pso d hrç bérc,
já rrd, cogurção d orm d s zr rlzr s rlçõs tr o podr públco
populção, vc-vrs, m város grus d compromtmto d dpdc. O
qu s qur dmostrr é qu ts rlçõs são vsulzds m tods s cdds do Brsl,porém m ívs mors ou mors dvdo às orms com qu s dá ssmlção d ovs
mrs ms modrzds, trvstds d um mposção d movmtos dmstrtvos
ortmt mprgdos d modrdd glosxã.
n pqu cdd, o dscx d ts trdçõs d ão cotcu, pos d é ort
prsç d um hrç hstrcoculturl bérc d s zr dmstrção públc d
s rlcor o podr públco com populção st com o podr públco. etds qu
tl mr d crr stução é váld, pos s trdçõs qu ttm supltr orm
ptrmolst d s zr o urbo su dmstrção pqu cdd são clmt
ssmlds dgrds plo modo lusto d prsstt. Cr-s, ssm, um estdo-Mu-cípo socl sstdo m slds bss socs qu s z dss mstur d prctos culturs,
porém com struturs vculds um hrç bérc qu s sobrpõ. ns socdds
protstts, há um trojção d orm, o dvíduo é lvr, ms su lbrdd dpd ds
rgrs do bm comum. ns bércs, o cotrol do dvíduo é xtro. O estdo, rsposávl
pls orms, dv coduzr s subjtvdds, pr qu os dvíduos, xproprdos dss
cotrol, sjm rqucmt lvrs.
Com crsct complxdd d socdd, mcsmos d cotrol plo lto, d tpo
bérco, rvlrm-s czs. Msss populcos crm d or do lcc dos vor-
cmtos socs torrms gts do procsso d modcção. no tto, prspc
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
tv dvdul ômc ( dvduldd árquc) prsst. assm, msmo cosdrdo
complxcção d socdd brslr, s ovs orms d orgzção socl tmbém
s ovs orms d grcmto urbo, s rlçõs socs polítcs pqu cddd s zm com bs m um spctro rt o modo d s zr dmstrção
públc voltd pr os dtms bércos.
no tto, pôd-s costtr qu s orms d dscx trzds plos “vtos” d modr-
dd, spclmt do príodo técco-ctíco-ormcol, orm mos cdts d
crátr tgcl pqu cdd. as sttuçõs, tto públcs (s OnG’s spclmt
os coslhos mucps3) como prvds, surgds como possívs mddors o procsso d
dmstrção públc ds rlçõs d comudd com os prlhos d estdo, pqu
cdd, ão xstm d orm ms gud cumprrm ss ppl. São rlzds plo pr o
estdoMucípo socl. São sttuçõs crds com bs l pr su propsto , ssm,grtr prmc do status quo grcl d rlçõs socopolítcs d populção pr
com o estdoMucípo socl dst pr com populção. Sgudo Domgus (2002),
s sttuçõs udds com bs sss molds tvrm como rsultdo um cotrol mor
por prt do estdo. Por st rzão, “[...] ‘modrzção cosrvdor’ mtv- m grd
mdd m su horzot, combdo- com um tpo d ptrmolsmo soctáro squ-
ms d cotrol subordção pssol bsdos o ‘vor’” (DOMinGUeS, 2002, p. 474).
a “modlgm” do stlo, d orm d vd urb coduzd à mr do estdo-Mucípo
socl é o rsultdo l (do gor) dss mstur qu s z tr drts modlos d
s rlzr o spço d pqu cdd. a “usão” d hrç hstrc bérc com ormsgrcs dvds d mucplzção modrzdor proposts mposts pl Cost
tução Fdrl d 1988, qu trsru cumbcs sttucos, oprcos socs do
estdo Fdrl estdul pr o estdoMucípo socl é o málgm dss “ovo” stlo,
ou sj, “gs” do estdo-Mucípo do Bm-estr Socl ou msmo do estdo-Mucípo
socl. Jutmt sto, tms o estdo Fdrl su polítc ssstclst qu corro
bor ss “spírto”4. Vvr pqu cdd, do poto d vst socl coômco, com
stuçõs gdrds plo estdoMucípo socl, “ão é dícl”. Todv, mos crs
ms cssívs à populção, o estdoMucípo socl prch prclmt lcu d
lt d mprgo tmbém grt o csso prcl d prt cosdrávl d populção
bs como súd, ducção lzr.
O estdo-Mucípo socl é covt, pos ão dx brturs possívs à populção.
não dx brturs à oção d utossusttção d mr orgzd dpdt. as
ssocçõs, sdctos orgzçõs socs s pqus cdds, spclmt s trs
locldds lsds st trblho, são “obrgçõs” do prto do Mstéro Públco.
3 ests orm crdos por rgulmtçõs costtucos stão drtmt rlcodos às cssdds drgulmtção d ordm socl d ssstclsmo públco. Dtr sss coslhos, cts o Coslho Tutlr,educção, Súd, Ptrmol, tr outros.
4 Trts ds várs trsrcs socs ssstcs do govro drl lgums d sr stdul, como Bols
Fmíl, postdors, psõs, uxílo gás, bols studtl, tr outrs.
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a nálise da Pequena Cidade sob oPonto de v ista PolítiCo-a dMinistrativo
P arte i a s Pequenas Cidades: uM desafio no
horizonte teóriCo da geografia urbana
a crção d orgzçõs socs é motvo d dsput plo estdoMucípo socl. O sd
cto rurl, s ssocçõs, os város coslhos mucps, dtr outros, são crdos sob os
uspícos do estdoMucípo socl por l “grcdos”.
Dst modo, s orgzçõs socs/tdds d clss, pqu cdd, stão drtmt
vculds às ls crds ps Costtução Fdrl d 1988, trtto ão são proposts
síds d um cssdd produzd pl spotdd d populção ou msmo ruto d
lut o tror d socdd. O cotrol ds dvrss sttuçõs (scols, sdctos, ssoc-
çõs coslhos) é motvo polítco mutção do podr do estdoMucípo socl. em
su mor, xstm porqu ssm l o qur dtrm. Dss orm, cb dgção:
Tl to rprst um orm d cotrol rbtráro ou é l orm d s rlzr o spço
socl polítco béco à pqu cdd?
assm, cotrpodo-s à crs do estdo do Bm-estr Socl uropu, qu z rssurgr
polítcs “ms lbrs”, qu ttm rduzr tv prtcpção do estdo coom
o socl d socdd cptlst dsss píss, ls rgrs ovs são produzds cor
pords o procsso coômcoprodutvo socl brslro su ssmlção pqu
cdd produz um estdoMucípo socl qu s qulbr tr o sr gt coômco
o sr gt socl d mr ms tv qu m outrs locldds.
Os gts polítcos d pqu cdd, muto ms qu m outros csos, gm d mr
ms drt sss procssos. Qus ão são dlgds rsposbldds; os prtos tum
drtmt o omto d ts polítcs. el é gur ctrlzdor do estdoMucípo
socl. atu o procsso produtvo, ução d rtculdor mor d trção d mprss,
coord goc drtmt s possívs sçõs scs s bss struturs do pro
csso. e d, o estdoMucípo socl tu mutção ds polítcs socs d bxo
mpcto. ess prsolsmo grcl polítco z-s mrct pqu cdd do
estdoMucípo socl. Os gts polítcos, gur do prto, osclm tr s prátcs
“modrs” d cdd coômc/grcl prátc polítc dmstrtv costruíd o
so do estdoMucípo socl.
assm, ts mucípos, com sss pqus cdds, vvm qus qu xclusvmt dos
rpsss drs (FPM) stdus (iCMS). Como o estdo-Mucípo socl é o mor mpr-
gdor d cdd, mor volum d dhro rpssdo sgc mos rcursos cros
crculdo cdd. a usc d cptl crcult mpõ um stdo lstmávl os srv
ços orcdos à populção. em várs pqus cdds do Brsl ão xst um dusão d
mprgdors prstdors d srvços sr prvd tão xts quto m cdds
méds ou grds, rstdo o podr públco, gur d prtur mucpl, o crgo
ão s d grr s polítcs públcs, ms tmbém d outrs vrds orms d prstção
d srvços à populção.
além dss “just” rlzdo plo estdo-Mucípo socl, d tm os “justs” cros
ssstcs rlzdos plo estdo Fdrl com bs o pgmto d postdors,
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
psõs d bols míl. além d sr o mor mprgdor do mucípo, prtur rc,
tmbém, com grd prt d prstção d srvços qu srm d crgo ds srs st-
dul drl, ou msmo d ctv prvd. as cocssõs prmssõs pr prstçãod srvços públcos, orcds plo estdo, por xmplo, ão são rlzds s pqus
cdds, pos ls xst um coom d scl qu tr ts prstdors d srvços.
assm, prtur mucpl tm qu rlzá-los. as pqus cdds rcm, portto, com
prstção d srvços obrgtros do govro drl stdul – como o cso d mut-
ção ds cds públcs, dslocmto d pssol pr o su ucomto, mutção
ds vturs polcs tmbém prt cosdrávl do combustívl; Udd Mucpl d
Cdstrmto; Jut d alstmto Mltr; agc locl do iBGe; o srvço locl d
Fomto agropcuáro; doção d mvs pr stlção d gcs bcárs stdul
drl; dspss do Frum, d rsdc do Juz do Promotor d Justç.a crg d obrgçõs socs ssstcs mpost às cdds v mucplzção d uçõs
crds dpos d Costtução Fdrl d 1988, prátc d rcr com sss gstos, pr
Brmkr (1997), é comum mucípos dss port populcol, gur d su podr
públco mucpl, prtur, pos, s ão o zrm, populção crá sm ts srvços.
Ts costtçõs prmtm susttr qu o grd drcl pr clsscção d um
pqu cdd, spclmt qul com mos d 10.000 hbtts, pod sr dt-
cção do mucípo como grd mprgdor promotor d çõs coômco-produtvs
socs. São crctrístcs comus ss tpo d mucípo bm drt ds clsscçõs
ms usus dtro do scopo mtodolgco d Gogr, spclmt o cocto msutlzdo pr cdds pqus, dds como locs por Mlto Stos (1996).
Dt do xposto, cdds com mos d 10.000 hbtts ão s qudrm o cocto
d cdd locl stblcdo por Stos (1996). ess costtção vdc qu sss cdds
tm d sr clsscds sgudo outros prâmtros, pos su “trso” bsorção ds ov-
çõs tcolgcs grícols prptrds pl su dctár srção rd urb d ov
dvsão trrtorl do trblho, o príodo técco-ctíco-ormcol, ão s rcomdm
como tl; o tto, ão s pod jogr s pqus cdds um lmbo coctul.
est “posção”/coctução pouco dd sobr locldds brslrs com populção ror
10.000 hbtts rsd o to d qu, s ccs socs spclmt gogr,
procupção é dmsdmt ocd o locl d mord d populção (urbo ou rurl)
com o status do qu é ou ão ctgor cdd, procups d mos com o problm
ctrl: o homm, o sujto qu rsd locldd. Ts dscussõs mostrms, mor
ds vzs, sm stdo lgcoprátco dmostrm um plo purmt cdmco sm
udmtção o rl. É bstrção cdmc lt d um rzão udd rldd
o prcípo d cc: o homm. em grd mdd, são álss d cuho lr d mro
plo hrrquzt, o qu provoc um vrddr msclâ d álss postuldos
trcos d psqusdors crrgdos d “prcoctos” com vsão mtropolzd.
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a nálise da Pequena Cidade sob oPonto de v ista PolítiCo-a dMinistrativo
P arte i a s Pequenas Cidades: uM desafio no
horizonte teóriCo da geografia urbana
a pqu cdd é um spéc d “brrr” pr gogr, qu s lmt ctgorzr o
mplo vsto. a gogr ão cosgu “xrgr” o mcro, tl como ísc wto,
qu ão cosgu dtrr brrr dos quarks dos glúons. É ss poto qu gogrvolt-s pr dtro ds orms-cotúdo do mcrospço, rlgdo o mcrospço d
pqu cdd bstrçõs, gdolh xstc prpr. O ms prxmo d rldd
ds pqus cdds (qu xstm, ms são “xstts”) lcçdo pl gogr cd-
mc é qudo são corpords às ctgors do locl, do lugr do trrtro.
etd-s qu s dscussõs qu volvm o to d locldd sr ou ão urb s “pod”
sr coctud como cdd5 ão prstm rl cssár cosstc lítc. assm,
s locldds qu prstm populção ror 10.000 hbtts são cosdrds cdds
por um qustão d corc, rlcod à Costtução Fdrl d 1988 o pcto drtvo
proposto por l. Dst modo, dção d ctgor cdd, o Brsl, como tods s sdsdmstrtvs d mucípo, sgu um lgc qu s xplc mr sui generis como
Costtução Fdrl d 1988 provocou, o âmbto do drlsmo col, d como st
msm costtução propôs o mucplsmo o Brsl. a tc ovdor do txto costtucol
brslro, o crr um qulzção d podrs d obrgçõs clcd orm trprtt (uão,
stdos mucípos), ão tm smlr o mudo. isto porqu omt um dsctrlzção d
podrs objtv um drção úc, m qu s srs dos ts drdos ão sjm ms
clcdos lógc dul xóg (obsrvd spclmt lógc stdo-uds tr
uão stdos), sm mr, gor stblcd costtucolmt, m qu os ts
drdos tm ppés xplctdos o mucípo possu um rzão d xstc dd.
Como sd dmstrtv do mucípo, c clr ução d cdd dsss locldds,
msmo com tmho rduzdo, sgudo, ssm, um crctrístc d dsctrlzção
mucplsmo tut d corc com o proposto crt costtucol brslr.
Sdo ssm, s locldds com úmro ror 10.000 hbtts são, cosot st
tdmto, cdds. assm, corc é o rcort, sgudo xprc costtucol,
qu cor podrs xcpcos os mucípos brslros. Como sds mucps, são
lhs xgds uçõs dmstrtvs d orgzção spcl pr o todo mucpl, sdo
d pquo ou grd port populcol. Como tl, sss locldds possum uçõs
polítcodmstrtvs clrs d cuho ctdo , cm d tudo, rsposbldds d
grr, por trmédo d sus gts públcos d socdd cvl, vrbs; rcursos humos,
duccos, téccos ssstcs; súd públc outros ms qu grtm xstc
d su populção, d pssos com sos, xpcttvs, dlms ão ps “hbtts”
ou “populção”, ou sj, úmros sttístcos dmográcos.
Portto, coctus s cdds com mos d 10.000 hbtts como pqus cdds
sgudo os crtéros qu propostos dotdos: rlção drt do podr públco trj
tr produtv (coômc mprgtíc) socl o todo mucpl; vculção strt
5 Como obsrvdo m Brmkr (1996, 1997), Crlos (1994, 1997), M (2004), Stos (1996), Stos Slvr (2001),
Souz (1996) , spclmt, m Vg (2001, 2002), tr outros.
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
d sd mucpl com su toro rurl, drvdo, ssm, um ort “smbos” mucpl;
ort pgo d populção com o todo do trrtro mucpl; , spclmt, a atuação
marcante de um Estado-Município social em nível municipal .
Rorç ss rgumto o crtéro populcol stblcdo plo isttuto d Psqus eco
ômc aplcd (2000), qu ctgorz s pqus cdds m grupos qu vrm sgudo
sus populçõs: o prmro, pr cdds té 10.000 hbtts; o sgudo, d 10.000
20.000 hbtts; o trcro, d 20.000 50.000 hbtts. Dst modo, pqus cdds
sublmm os spctos d ctgorzção pr pqu cdd qu proposto qudrm-s
o prmro sgmto d clsscção stblcd plo ctdo sttuto.
além do ms, st mr d crr o complxo mosco d stuçõs d um pqu
cdd é ms próxm d rldd cotd dsss locldds. a rmção d qu tslocldds são, d to, cdds cor à gogr um ovo dso: o d tdls do
poto d vst do polítco d sr polítco-dmstrtv. a mr como o estdo-
Mucípo socl rtcul é rtculdo sss locldds, bm como rlção d populção
com ss spço subcol, rt um procupção com o su cotdo, drt ds
rtculçõs mtropolzds. assm, somt com bs o cotdo s rlçõs socs
culturs rts os srs humos qu rsdm trsormm o spço d pqu
cdd é qu s pod proudr áls dsss lugrs.
a dculdd d gogr pr trtr do cotdo d pqu cdd rft-s m su
crctrístc d obsrvr/lsr rldd socl mtropolt. a rldd d pqu
cdd é rlgd o complmtr, o cssro , mor ds vzs, às sobrs trcs
postuldos mprstdos d outrs ccs socs. assm, ctgorzção d pqu
cdd tors um tr qu, m mutos csos gogr, é locd pr oçõs or
suprcs, ou msmo sm stdo prátco, or d ormulçõs bstrts qu prpssm o
mro smbolsmo do cotráro (pqu cdd como drt d grd cdd).
Tl to mplc dculdd d gogr m lsr rldds qu sm do sso comum
stblcdo por décds os grds ctros cdmcos, d qu complxdd spcl
socl prtc é xclusv ds méds ds grds cdds. esquc-s, o tto, d qu
vd é rl. n pqu cdd, st vd é bsd m cdgos drts dos qu rgm
grd cdd; são cdgos rlcos bsdos pssoldd mr d crr
polítc, ssm como tução do estdoMucípo socl. O cotrol d pssoldd
s pqus cdds é ort su málgm são s rlçõs polítcs qu s struturm
dão strutur o estdoMucípo socl.
PeQUenaS CiDaDeS nO nOVO MiLêniO: aDMiRÁVeL MUnDO nOVO?
O crtéro populcol tor-s mportt pr dção d ctgor pqu cdd, pos
mplc motvo d grd procupção, prcplmt por prt do podr xcutvo dsss
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a nálise da Pequena Cidade sob oPonto de v ista PolítiCo-a dMinistrativo
P arte i a s Pequenas Cidades: uM desafio no
horizonte teóriCo da geografia urbana
mucípos, qu, como sublhdo, prdm ou tm stgção d su populção. Qudo
d prd populcol drv tmbém mgrção, ão somt d pssos como tmbém
d “cérbros” d mão d obr, crs um cclo vcoso m qu prd populcol lv ms prd d populção. Dss modo, o mott d prtcpção rrcddo d rpsss
drs stdus dsss mucípos c cd vz mor rt o todo, o qu s rr
o FPM iCMS. assm, sss cdds ão cosgum ssumr um ppl d dstqu rd
urb, sdo, por vzs, “dvord” pl hgmo d cdds ms dâmcs do poto
d vst coômco. a prd ou o umto pouco xprssvo ds populçõs ds pqus
cdds ão pod sr crdo como cus, ms sm como to d su stgção coô
mc, socl dmstrtv. est é ruto d um cotrdção dscdd pl quldd
d prstção d srvços à populção, qu é, m vrdd, rxo d su codção dvsão
trrtorl do trblho stblcd s últms décds do século XX.a prd ou stgção populcol é um ds crctrístcs qu os mucípos com mos
d 10.000 hbtts prstrm os dos últmos studos do iBGe, o cso d 2000,
cotgm populcol d 2007. Ds 2.616 cdds com mos d 10.000 hbtts, 964 ou
36,85% dsss prstrm prd populcol m rlção sss dus últms psquss. É
cssáro rssltr qu ão s prdrm populção, como tmbém mgrção prst-s
cd vz ms sltv quto sxo x tár. nsss pqus cdds com mos d
10.000 hbtts, pod-s prcbr, qudo s lsm sss ddos, qu s mulhrs mgrm
ms. Tl to pod sr xplcdo pl cssdd mor do homm m tvdds rurs qu
d xgm orç ísc ou té msmo pl prtlh d pquos sítos, qu grlmt
cm com o prmogto msculo, dvdo à xgudd d ár dsss proprdds rurs.
ns pqus cdds do Brsl, populção mscul é mor m 84,06%, ou sj, 2.199
pqus cdds prstm ms homs qu mulhrs, sdo ss porctgm um
úmro totlmt vrso à rldd prstd o cso iBGe d 2000 cotgm
populcol d 2007 pr o pís, od populção m é mor.
além d ss mgrção sr mor tr s mulhrs, outro ddo tmbém é mportt: os
mgrts são, m su grd mor, jovs, m plo ápc d orç produtv. Outro to
trsst vsulzdo o cso do iBGe d 2000 cotgm populcol d 2007 é qu
dsss 2.616 cdds com mos d 10.000 hbtts 52,87%, ou 1.383, são cosdrds,
os crtéros stblcdos plo iBGe, com mor d populção urb, o qu podr sr
xplcdo lvdo-s m cot qu o cmpo ão td ms s cssdds xpcttvs
dss ctgor d populção. Tto m ívl d mprgo, qu stão scssdo dvdo à
modrzção grícol, como tmbém o to d o mudo urbo orcr “oportudds”
um modo d vd clmt “comprdo” por sss jovs.
Como os rpsss d vrbs públcs são rlzdos sgudo prâmtros téccos m rl
ção à populção totl dos mucípos, s pqus cdds, qu já rcbm poucs vrbs,
pssm sorr ms corts, dvdo à su ts prd populcol. Prd ou stgção
populcol stco su coct d prtcpção ou té, m lgus csos, dmu ss
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
coct té o mímo, a usc d mcsmos cts, tto o cmpo coômco
como polítco, o logo d um príodo dltdo d tmpo, provocou um strutur prcár d
srção rd urb qu s mostr, prtr do príodo técco-ormcol, ct dopoto d vst cptlst. est rd urb qu s cr é crd mold strutur coômc
polítc ds rgõs, com ovs xgcs d um cptlsmo cd vz ms tcolgco
o urbo , m spcl, o cmpo.
equto sso, o estdo-Mucípo socl ortlc-s. a ruí cro-produtv co-
ômc do mucípo stblc brturs pr o ptrmolsmo o ssstclsmo do
estdoMucípo socl. assm, o tor rrcdção mucpl é dmuído pr dr lugr
procupçõs ms rlcods os problms socodmstrtvos d rlcomto
tr populção o podr públco , tmbém, tr prtur s ovs rgrs d
modrdd dmstrtv mpost dsd Costtução Fdrl d 1988, o qu, d to,dmostr clrmt rlção dúb tr o modro o modo trdcol d s dmstrr
o bm públco. O rcbouço ptrmolst c vdt.
Fc ptt qu s cotrdçõs rlzm-s o spço d dmstrção públc d
pqu cdd, porém tms d rssltr qu o olhr sobr s dculdds d dms
trção públc, sss cdds, é drt. Como vsto, prstção d srvços à populção
é substtuíd por prátcs ptrmolsts d um ssstclsmo rstro qu dvém
dos mprgos públcos. a usc d polítcs ms czs d cuho socl é substtuíd
por mprgos públcos o sláro dvdo do estdoMucípo socl “tp” st lcu.
assm, s possívs locçõs dos rcursos cm o sbor polítco ão técco, duzdoum cclo vcoso m qu populção totl é plzd c rém d stução polítc do
momto mucpl.
Dpos d tods sss álss, tds qu s pqus cdds ão tm como crc
struturl ou problm udmtl ps o spcto coômco-cro. O grd ds-
o d pqu cdd rsd o cmpo polítcodmstrtvo, pos, com bs volução
dss cmpo s cdds brslrs, pod-s stblcr um coxão tr ormção
hstrc dos mucípos, clcdos gur do stblcmto d rlçõs d rrjo spcl
dmstrtvo portugus, com dculdd d dqução os dtms d globlzção
clcd ordm glosxã.
Os rrjos polítcos dmstrtvos d pqu cdd d crrgm, culturl
dologcmt, s orms mrs ds cdds cocbds plo rcocío do zr
polítc dmstrção públc rrgdo s prátcs colos, ruto d um trvção
mrct do dáro lusto ( por qu ão bérco), msmo ps dpdc d
Rpúblc, té msmo os ds d hoj. Todo ss rcbouço dolgco pscolgco
do zr polítc dmstrção públc ( ssm rgulção tmbém trsormção
spcl) ds pqus cdds é, rrms, um rúgo d um ordm lust d s
zr o urbo, pl v d dmstrção mucpl pls rlçõs tr o podr públco
os ctdos.
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a nálise da Pequena Cidade sob oPonto de v ista PolítiCo-a dMinistrativo
P arte i a s Pequenas Cidades: uM desafio no
horizonte teóriCo da geografia urbana
assm, msmo sbdo qu os ssutos mrcm mor rfxão, pod-s coclur qu o
procsso d urbzção s cdds, por cosgut ( su xprssão mor qu é o modo
d vd urbo), são oprsts tuldd, msmo qudo píss ou rgõs ão sãourbos, m úmro populcol, ms o são m ssc. a orm lcçd msmo
projtd do procsso d globlzção o mudo z d urbzção mor qu o úmro
d pssos rsdts m cdds.
Todv, modrdd chg potulmt pqu cdd d orm mpostv plo
mudo globl. ess trsção zs ms trumátc pqu cdd. S m msmo
modrdd, psmodrdd ou qulqur qu sj omcltur cort pr ss
tmpo d mors crtzs, prstou-s, d to, m su totldd, l já é “qustod”
plos vlors culturs socs qu prst. a trsção “ml rsolvd” tr o trdcol
o modro qusto xstc d um mudo psmodro sccr os problmstros d pqu cdd. Com globlzção, modrdd dstr rotrs lmts,
porém sj ovos ms complcdos qustomtos socs, polítcos culturs.
COnSiDeRaÇÕeS FinaiS
a modrdd como ordm é progrsso, últm stâc d volução hum. Progrsso
muto ms qu vlors. Fuds os spctos dolgco pscolgco pr ordr o co
ômco polítco mtrlz-s o spço costruído. Prllpípdos por slto, csrõs
ctáros por costrução d cocrto gsso, mrcrs por suprmrcdos, s prçs
os jrds pls lan houses. a d d trsção modrdd/pós-modrdd z-s
rudos vrl, rápd “sgrt”, provoc rsstmtos crosmos. n pqu
cdd, trsção cbd do trdcol pl “modrdd” rprcut o modo d s
zr dmstrção públc cpsuld por ls d modrdd.
Ocorr, tão, um rd sprção tmpo-spço crucl pr modrdd, qu stb-
lc dâmc d su fuc os lugrs. O lcc objtvo d modrdd os lugrs
pod, ssm, sr ddo como msurção dos “mpctos” d modrdd os lugrs6.
a sprção coclus s pqus cdds é sl d um modrdd complt. isto
rorç d ms o ppl do estdoMucípo socl como ot máxm dss mdção
ou té msmo málgm dst qus csão do tcdo socl d pqu cdd. Tl to o
z cd vz ms mportt su ppl dv sr rdscutdo , d ms, rdshdo,
pr qu os dsvos possm sr corrgdos.
as polítcs públcs trs os mucípos com pqus cdds são d mr rco-
lzr o qu d to mput s orms drcods pl Costtução Fdrl d 1988, ou sj,
6 a pqu cdd ão v rsolvr s cotrdçõs do mudo modro m msmo outrs ctgors d cdds orão. Cotudo, v vvcáls. O qu é drt é mr como o est doMucípo socl g trmd sss
cotrdçõs pqu cdd, drtmt d outrs ctgors d cdds, dvdo su spccdd.
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
dsctrlzção d podrs dvrs mucplzção ds polítcs públcs d cuho
socl m âmbto mucpl dotm um stução xmplr d grc do estdo-Mucípo
socl com orts rsquícos d um polítc “kys” d cuho mcrolocl. assm, é umrrjo d um estdo do Bm-estr Socl, mstur d prátcs hrdds d um ptrmolsmo
bérco com polítcs ssstclsts, rscuho do Wellare State tupqum mcrolocl.
nst cso, cotrdção tr o “estdo do Bm-estr Socl” polítc olbrl r-
t s últms décds o Brsl tm su mrc rldd d pqu cdd. a mor
coctrção d rcursos cros trbutáros o t drdo Uão c vdcd
ss polítc coctrdor d rd rcursos dsctrlzdor s uçõs. Com sso,
cotrdção tr sr um cdd qu tr vstmtos ( cdd mprs) versus o ovo
cltlsmo jud à populção é ms stdo o mucípo, spclmt ms plpávl
pqu cdd.
as pqus cdds potclzm o “estdo do Bmestr Socl” d mr ms drt
vsívl v cltlsmo prsolsmo, pos, ls, s rlçõs socopolítcs tr popul
ção o podr públco, dmstrção públc sus gts são stblcds d mr
ms coclusv sm bstrçõs. São drts m crt mdd rvgords “cds”
por um status quo drtvo couso mprgdo d rgrs modrzts, cotuoss,
prmds d um pssdo d muto prst d prátcs hrdds hstorcmt.
assm, o cltlsmo, o prsolsmo o ptrmolsmo drvm d postur d prátcs
polítco-dmstrtvs hrdds hstorcmt promovm crosmos lt d
prspctv pr prcl d populção d pqu cdd. as lcus dxds por ss
stução são prchds por um estdoMucípo socl qu, m város momtos, dsv
ou drbl sus prprs rquzs com sturção ou mplcção d sts stjos o
mucípo, m d crr lusão d lcdd.
Portto, crc d rcursos pr ovos vstmtos ld à lt d prspctvs
d prcl d populção produzm stuçõs m qu pqu cdd é vvd como
um tro “momto lz”, m qu s sts são su prcpl cldáro. não ms o
cldáro grícol rg ss pqu cdd, sm o cldáro do show qu é cdd
pqu; dtro dst show tro, o momto ltorl é um dos ms sprdos por
prcl sgctv d populção. É qus um udmtção rstotélc, m qu
lcdd é, m s msm, um m.
Do strgulmto produtvo-coômco, rst o estdo-Mucípo socl como mprgdor
cdor d polítcs culturs socs d bxo mpcto populcol. Do strgul
mto técco, rst o estdoMucípo socl “cbd d mprgos”, dodor d bsss
“produtor d mod corrt”, mdt doção d combustívs com “ots” o posto
d gsol. Do strgulmto socl, rst o ppl ssstclst tmbém d om
tdor do comérco rmcutco com sus város momtos d “vção” d rcts. O qu
s prcb é qu o estdoMucípo socl rtculdo pqu cdd prov, m prt,
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101
a nálise da Pequena Cidade sob oPonto de v ista PolítiCo-a dMinistrativo
P arte i a s Pequenas Cidades: uM desafio no
horizonte teóriCo da geografia urbana
s cssdds socs coômcs d populção, zdo- “rém” d sus próprs
gústs do dsspro rt propíco pr o prpro modus vivendi rtculdo pl t
gcldd d modrdd d usc d mcsmos czs d utossusttção,ou msmo susttbldd d populção.
O “cbd d mprgos”, totl dpdc d prt d populção pr com os vículos
d prtur, cssdd d vmto pr s rcts médcs, prpr rtculção
d sr d srvços drs stdus os ombros d prtur rprstm strgul
mtos socoprodutvos socostruturs qu lmtm o estdoMucípo socl. esss
város strgulmtos (coômco, técco socl) produzm um estdo-Mucípo socl
rsstt às ovs mrs d govrr socdd, muto ms pl cssdd qu por
rsstc polítco/dolgc. O qu s z tão é produção d um crosmo, m qu
s prcs rcts do mucípo são, m su grd mor, “dstrbuíds” o crco rmdod rlçõs trs um grupo d pssos lgds d mr drt drt o podr
públco do momto. Ts costtçõs srvm como um dos mlhors prâmtros pr
dtrmr clsscr um cdd como “pqu”.
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S é r i
e E s t u d o s e P e s q u i s a s
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REDISCUTINDO ASCIDADES MéDIAS NO/DO
TERRITóRIO BAIANO
parte ii
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RAGMENTAÇÃO MUNICIPAL DA MESORREGIÃO DO ExTREMO OESTEDA BAHIA E ExPANSÃO URBANA DO MUNICÍPIO DE BARREIRAS
Liliane Matos Góes*
Ednice de Oliveira Fontes**
Heibe Santana da Silva***
inTRODUÇÃO
a produção do trrtro do extrmo Ost d Bh ocorr dsd o século XVi , tulmt,
stá vculd à grcultur ctíc, qu z uso proprção d tríd: técc, cc
ormção. a trodução d téccs ctvos tv poo polítco coômco do estdo,
m d rduzr o problm d coxão com cptl, spccmt d comucção
crculção, ssm como d tgrção d rgão o crcuto supror d coom urb.
Sgudo Ct (2005), s téccs crrgm m s um porm d rcorts spçotmpo
dsttos, qu mprmm rugosdds prmtm cosdrr o trrtóro como “mmór
d hstr”. Ds (1995, p. 141) rtc qu “... tod hstr ds rds téccs é hstr
d ovçõs qu, ums ps s outrs, surgrm m rspost um dmd socl ts
loclzd do qu uormmt dstrbuíd”.
Comprdr s ovs orgzçõs spcs dos mucípos do grogco d soj do
lgodão rmt-os à sgmtção do tmpo m dos rcorts: o prmro príodo compr-
d dsd 1501 té os os 1980, qudo s rlçõs spcs prvlcts obdcrm
o compot horzotl. nss príodo, o uso do trrtro r comddo pl pcuár
xtsv, grcultur mrctl xtrtvsmo vgtl, dmzdo por téccs rudmt
rs. O sgudo rcort c m 1990 stá mrcdo pl grcultur ctíc, tulmt
grd plos complxos grodustrs d soj do lgodão. O cáro d uso ocupção
ds trrs clc-s os crcutos d rlçõs qu o subsstm grcultur promov, d mr
qu o compot vrtcl tu dmz o trrtro por mo ds rds gogrács. “ard z dsz s prsõs do spço, tordo trrtro: tto lbr como prso. É o
porqu d l sr o ‘strumto’ por xclc do podr” (RaFFeSTin, 1993, p. 204). a dâ
* Mstr m Gogr pl Uvrsdd estdul d Cmps (Ucmp); spclst m eso m Gogr plUvrsdd estdul d St Cruz (UeSC). [email protected]
** Psdoutor pl Uvrsdd estdul d Cmps (Ucmp); doutor m Gogr pl Uvrsdd Fdrld Srgp (UFS). Prossor ttulr d Uvrsdd estdul d St Ctr (UeSC). Psqusdor d Fudção dampro à Psqus do e stdo d Bh (FaPeSB) do Coslho ncol d Dsvolvmto Ctíco Tcolgco(CnPq). [email protected]
*** Mstrdo m arquttur Urbsmo pl Uvrsdd Fdrl d Bh (UFBa); grdudo m Gogr. hb.
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
mc, strutur o ucomto d ov orgzção spcl é rsultdo d dcsõs
dos subsstms populção polítc, dvdo à trodução d projtos d dsvolvmto.
esss çõs prmtrm qu os mucípos do trrtro do extrmo Ost d Bh ossmrcohcdos como do grogco, spccmt d soj do lgodão.
est rtgo tm como objtvos: lsr o procsso d rstruturção dos lmts trrtors
com bs tução dos compots horzots vrtcs, ssm como lborr rpr
stçõs crtogrács d rgmtção mucpl d msorrgão do extrmo Ost d
Bh, pr o príodo d 1911 2007; lsr rd d crculção com o tuto d prcbr
os vtors qu promovrm/promovm udz d produção, orgzção dstrbução,
tomdo como compot prcpl o hstrco d uso ocupção do trrtro, m prt
culr dâmc do mucípo d Brrrs.
MaTeRiaiS e MeTODOLOGia
a mtodolog plcd pr obtção dos ddos prtts à psqus o técc d
documtção drt, rlvt pr costrução d um bco d ddos gorrrcdo,
por mo do sotware arcGiS 10.0, cssáro pr lborção d rprstção grác m
mp. A priori, rlzou-s colt d ddos scudáros orgzção dos procdmtos
mtodolgcos; a posteriori, trtmto dos prâmtros qutttvos, m d comprdr
hodr orgzção spcl.
a rcosttução trrtorl d ár d studo udmtous o hstrco d rgmtção
mucpl publcdo plo isttuto Brslro d Gogr esttístc (iBGe) crc d dvsão
trrtorl dos mucípos od costm ormçõs dos mucípos orgáros orgdos
d dsmmbrmtos mucps (inSTiTUTO BRaSiLeiRO De GeOGRaFia e eSTaTÍSTiCa,
2007). a dlmtção hstrc o lbord por mo do sotware arcGiS 10.0; s xtsõs
utlzds pr dção costrução d bs d ddos m ormto shapeles (*.shp), orm:
xtrção, jução dssolução.
Pr tdr o subsstm populção orm xtríds ormçõs do Cso Dmográco
d 1940-2010. O prâmtro utlzdo o d populção rsdt sgudo domcílo: urb rurl (CeRQUeiRa; GiViSieZ, 2011; WOnG, 1998). em vrtud dos fuxos mgrtros qu covr-
gm pr o mucípo d Brrrs, rlzous cálculo d tx d crscmto populcol.
est cosst um ormulção gométrc cuj qução o plcd s psquss d Gs
(2011) Gs, Fots Moru (2010).
Pt
Po
R = 1 x 100n
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fragMentação MuniCiPal da Mesorregião do e xtreMo oeste da b ahia e e xPansão urbana do MuniCíPio de b arreiras
P arte iir edisCutindo as Cidades Médias
no /do território b aiano
Pr obtção d tx d crscmto (R), subtrus 1 d rz ésm do quoct tr
populção l (Pt) populção o comço do príodo cosdrdo (P
o), multplcdos
o rsultdo por 100, sdo “” gul o úmro d os o príodo. O sotware utlzdo oo Microsot Mathematics 4.0.
Pr obtr volução d mch urb orm utlzdos ddos xstts o Plo Drtor
Urbo d Brrrs (BaHia, 2003). a dptção d gur d volução urb do Plo,
trblhd com o uxílo do sotware Google Earth, possbltou dlmtção dos polígoos
qu crctrzvm volução d mch urb, dvddo-os m príodos d 10 os,
comçdo m 1970 trmdo o o d 2010.
ReSULTaDOS e DiSCUSSÃO
O procsso d uso ocupção do trrtro extrmo Ost d Bh o mblmátco dvdo à
dstâc às lmtçõs téccs rts o rcort spcl. esss codcots lmtvm
comucção do além São Frcsco (Srtão do São Frcsco) s Grs com Cptl. a
domção do rgmto rtrtv tdmt “... um trrtro qu stv lém d um
lmt, od dmstrção do estdo pouco s z prst” (SUPeRinTenDênCia De
eSTUDOS eCOnÔMiCOS e SOCiaiS Da BaHia, 2000, p. 28).
Fo prtr d 4 d outubro d 1501, com “... dscobrt d oz do Ro São Frcsco por
adré Goçlvs amérco Vspúco” (BRanDÃO, 2009, p. 49), qu orm stblcdosos sistemas de ações e objetos (SanTOS, 2008) com o propsto d povor, protgr obtr
cohcmto dos rcursos turs do trrtro pr s d xplorção. a ormtzção
do uso do trrtro trou m vgor “... por crt rg ssgd por D. João iii, dtd d
evor, m 10 d Mrço d 1534, o t Durt Colho Prr doção d Cpt d
Prmbuco, trdo dt trr dmrcção d’ll todo o Ro d S. Frcsco” (MOn
TeneGRO, 1875, p. 15).
a prcípo, os vtors d xpsão obdcrm o modldo d bc hdrográc do ro São
Frcsco, por possbltr susttção ds cssdds, dstrbução spcl d populção
ds mrcdors, ssm como pr s d loclzção. n rldd, os cmhos vsvm tdr“... strtégs gopolítcs d ocupção do trrtro” (TeiXeiRa neTO, 2001, p. 51).
ess ocupção tv íco com s trds, qu dsbrvrm proprrm-s d ovos
trrtros m busc d ouro pdrs prcoss, tdo como cosquc o xtrmío do
gtl bárbro, polítc dotd plo govro d Durt d Cost Mm d Sá os séculos
XVii XViii (TaVaReS, 2001, p. 25). ess prátc r “... rcompsd com cocssão d
ssmrs, qu um vz prtlhds, dão orgm zds d gdo” (SanTOS FiLHO, 1989,
p. 25). nss cotxto, os ssmros, vorcdos com doção do trrtro plo sstm d
ssmrs (1530 1822), sto é, comprtmtção pr proprção gstão do trrtro,
prtcm às míls d Cs d Torr (os Ds d Ávl, dpos ssocds os Prs d
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
Crvlho albuqurqu) d Cs d nzz (os Guds d Brto os Sldh d Gm).
(TaVaReS, 2001).
no século XVi, tvdds coômcs d cuho gropcuáro, m spcl pcuár xtsv,
orm troduzds sss trrs com o tuto d cltr ssgurr xção dos hbtts
os povodos, mplção do trrtro. Por trtrs d mrcdor utotrsportávl, os
vtors dss movmtção dvhm ds provícs d Prmbuco (stdo ne-SO)
d Bh (eW). assm, crção s zds d gdo são crctrístcs udmts d
ocupção. em mor scl, dstcs o cultvo d cdçúcr, tvdd prspr do
prmro cclo coômco colol (SanTOS FiLHO, 1989; SUPeRinTenDênCia De eSTUDOS
eCOnÔMiCOS e SOCiaiS Da BaHia, 2000).
a Bc do ro São Frcsco, quto rd d comucção crculção uvl, cotrbuupr o dsbrvmto ds trrs do além São Frcsco s Grs. Por cot d su v
gbldd, torou-s possívl rtculção do tror qu s cosoldou dsd Prpor, m
Ms Grs, Juzro, Bh. Por st rzão, ss é cosdrdo um ro d tgrção
rgol. etrtto, m 1701, Crt Rég dtrmou csão do trágo tr sss stdos
(SanTOS; PinHO, 2003). no século XVii, o ro São Frcsco dquru o psudômo d ro dos
currs m vrtud do stblcmto d povodos qu s orgrm s sus proxmdds,
tdo m vst os currs do tvo bovo (MaCeDO, 1952).
Os sistemas de ações e objetos mplmtdos o trrtro mtrlzrms m 1752, o
sr stblcdo o prmro trposto comrcl, Vl d São Frcsco ds Chgs d
Brr do Ro Grd do Sul (tul Brr), por Rsolução Rg (BaHia, 1936 pud BRan
DÃO, 2009). O trrtro são rcsco o lvdo à codção d Comrc do Srtão d
Prmbuco plos dcrtos d 15 d jro d 1810 d 3 d juho d 1820. a Comrc
o sgmtd m “... Ro d S. Frcsco d qul dvm zr prt s Vls d Brr
d Ro Grd d Plão arcdo s Povoçõs d Cmpo Lrgo Cruhh, cdo
o rstt prtcdo à Comrc do Srtão Prmbuco” (MOnTeneGRO, 1875, p. 16).
O mucípo d Brr é cosdrdo orgáro, o qu sgc qu “... ão há qulqur
tpo d documto ou áls qu stblç ou vdc rlção d cuho trrtorl ou
dmstrtvo tr o mucípo crdo qulqur outro” (SÃO PaULO, 1995, p. 59 pud
BRanDÃO, 2009, p. 59).
O rgmto do além São Frcsco s Grs o plco d dsputs trrtors tr os
tus stdos d Bh, Prmbuco Ms Grs, sob justctv d dculdd d
comucção com cptl b. Dst orm, prmr mdd o scod plo
dcrto d 28 d mo d 1817, qu cocdu xção d Comrc do Ro São Frcsco
à Províc d Ms Grs, rvogdo plo dcrto d 22 d julho d 1817 (MOnTeneGRO,
1875). a xção o rtgrd Ms Grs plo dcrto d 7 d julho d 1824. Sgudo
Tvrs (2001), justctv clcv-s o volvmto d Províc d Prmbuco
Codrção do equdor o dstcmto d su cptl, qu mpossbltv comu
cção. não drt d Prmbuco, Províc d Ms Grs tmbém possuí cptl
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fragMentação MuniCiPal da Mesorregião do e xtreMo oeste da b ahia e e xPansão urbana do MuniCíPio de b arreiras
P arte iir edisCutindo as Cidades Médias
no /do território b aiano
logíqu, o qu motvou xção do trrtro o tul stdo d Bh, plo dcrto d
15 d outubro d 1827 (MOnTeneGRO, 1875). atulmt, s dscussõs prmm o cáro
qu propõ crção do stdo do São Frcsco, dsmmbrdoo do trrtro do stdod Bh (HaeSBaeRT, 1996).
no século XViii, (r)orgzção spcl ocorru com o vto ds tvdds mrdors
d ouro dmt os stdos d Ms Grs, Goás Bh. n Bh, tvdd co
ômc o xprssv os mucípo d Jcob, Ro d Cots, arçu Tucmbr, os
qus ocorru modcção d strutur trrtorl, spclzdoos quto trpostos
comrcs, dvdo à fudz d pssos mrcdors provts d outrs locldds, qu
xgrm d orm spcl trodução d xos, os trmos d Stos (2008), pr suport
d dmd (BRanDÃO, 2009; SanTOS, 2008; SanTOS FiLHO, 1989; SUPeRinTenDênCia De
eSTUDOS eCOnÔMiCOS e SOCiaiS Da BaHia, 2000; TaVaReS, 2001). etrtto, tvdd otrrompd m 1717 pl Coro, pos os sorços dvrm sr drcodos mprgdos
Províc d Ms Grs (TaVaReS, 2001).
a dspto ds lmtçõs téccs, o uxo d pssos d mrcdors pl rd hdrográ
c prmtu smpls trscção tr os povodos do além São Frcsco s Grs,
tdo o mucípo d Brr como mportt trposto comrcl, por str vculdo o
mucípo d Juzro, qu possuí struturd rd d trsport qu propcv lgção
com Cptl.
D cordo com Txr nto (2001, p. 62), “[...] os cmhos poros d otm são s rodovs
modrs d hoj”, ou sj, o scomto d produção urír dv-s plo tgo cmho
colol, tul BR242, qu coctv Slvdor Goás.
... m drção o vl do ro Tocts, o cmho pssv por Fr
d St (qu dsd o século XViii já r mpor tt r d gdo
do ordst brslro), iprá, Mudo novo, Morro do Chpéu, ro São
Frcsco, à ltur d ibotrm, Brrrs, Mmoso do Ost (tul
mt Luís edurdo Mglhãs), Srr Grl, , dqu os rrs do
Duro (Dpols) ntvdd ...
Plo sudst d Cpt ntvdd s d Couros (Formos) oorost d Ms Grs, m drção à cdd d Slvdor, por tgos
cmhos d trops bods, pssdo por Juár, Crhh,
Ctté, Jqué nzré (TeiXeiRa neTO, 2001, p. 60).
O além São Frcsco o cáro d grds vtos trldos à mrção qu, d crt orm,
mpulsorm o povomto do srtão. etrtto, s trvçõs d Coro rsultrm
rdução do uxo d pssos, ssm como dos procssos mgrtros mplcrm cos
ttução d “povodos tsms”. Slts qu, ss momto, s rots d crculção
comucção já hvm sdo stblcds. O srtão do São Frcsco, o século XiX, pssv
por momto d stgção coômc, porém rgão ds Grs dstcv-s xtrção
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
do látx d mgbr. O mucípo d Brrrs tv rlvâc dvdo à produtvdd
por tr, o Ro Corrt, um sgctvo mo d scomto d produção (inSTiTUTO
BRaSiLeiRO De GeOGRaFia e eSTaTÍSTiCa, 1958; SanTOS FiLHO, 1989; SUPeRinTenDênCiaDe eSTUDOS eCOnÔMiCOS e SOCiaiS Da BaHia, 2000).
Outro spcto potdo pl Suprtdc d estudos ecoômcos Socs d Bh
(2000) cocr os sstms d çõs tvds plo estdo por mo d costrução d
rds gogrács d crculção uvl érr. Prmro o mpltdo o trsport uvl
vpor, m 1865, com crção d Prmr Comph d nvgção do São Frcsco. O
stdo d Ms Grs tmbém dru à ctv. em 1896, cocrtzou-s estrd d
Frro Bh-São Frcsco, prmtdo comucção tr Juzro Slvdor. novmt,
o estdo d Ms Grs dotou o mprdmto como modlo mpltou estrd d
Frro Ctrl do Brsl, proporcodo coxão tr Prpor o Ro d Jro. as çõscojuts covrgrm pr tgrção do locl o col orm tvds dsd o ro
São Frcsco, prossgudo pl rd rrovár.
a prtr d mtd do século XX, o tgo trrtro domdo “além São Frcsco s
Grs” rorgzou-s spclmt m vrtud ds tcoldds troduzds por
mo dos componentes verticais e horizontais no território (CaTaia, 2005). Os rxos são cor
robordos pl rgmtção do trrtro, complxdd d rd gográc, mplção ds
rotrs grícols, mgrçõs tr trrrgos, modrzção grícol, spclzção
produtv logístc. Portto, o século XX crctrzou-s pl tgrção stdul, col
trcol proporcod pls tcoldds do estdo plos Complxos agro-dustrs d soj do lgodão. assm, o mo téccoctícoormcol rm o tul
trrtro extrmo Ost d Bh o cotxto do crcuto supror d coom urb por
mo ds commodities dos grãos, m prtculr soj.
a vrávl cl qu mpulsoou (r)orgzção spcl do trrtro extrmo Ost d
Bh stv trld à trsrc do Dstrto Fdrl do Brsl pr o stdo d Goás m
1960, com udção d Brsíl. nss príodo, o extrmo Ost d Bh rlcovs
tsmt com os stdos lmítros; m cotrprtd, o rlcomto com Cptl,
Slvdor, r mímo. nst stdo, strtég usd plo estdo o costrução d BR-242
stdo OstLst, m d orgr coxão BrrrsSlvdor, mprdmto quocorru mdt “... stlção m Brrrs do iV Btlhão d eghr Costrução
do Mstéro do exércto o o d 1969 [...] – prcpl strd qu trvss rgão” (SUPe-
RinTenDênCia De eSTUDOS eCOnÔMiCOS e SOCiaiS Da BaHia, 2000, p. 28).
O procsso d (r)orgzção spcl do trrtro extrmo Ost d Bh prmtu cos
ttr modcçõs d codção d poto opco o spço pr um poto lumoso o
cáro trcol (SanTOS; SiLVeiRa, 2004). as ctvs comçrm com mpltção
d projtos, como sclrc Suprtdc d estudos ecoômcos Socs d Bh
(2000, p. 28):
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fragMentação MuniCiPal da Mesorregião do e xtreMo oeste da b ahia e e xPansão urbana do MuniCíPio de b arreiras
P arte iir edisCutindo as Cidades Médias
no /do território b aiano
nos os 70, Comph d Dsvolvmto do Vl do São
Frcsco – Codvs mpltou projtos d colozção rrgção
rgão, dstcdos os prímtros rrgdos d Brrrs SãoDsdéro. ictvos o crédto como o Progrm d Dsvolvmto
dos Crrdos Prodcr, do govro drl, grtm os rcursos
cssáros pr os vstmtos públcos prvdos rgão.
Dstcou-s d, ss príodo, costrução d hdrlétrc d
Corrt, qu pssou orcr rg létrc pr o Ost.
Com o tuto d colozr rgão, o Govro Fdrl crou, s décds d 1970 1980,
progrms d dsvolvmto grícol, udmtdos m studos ctícos qu com
provrm s prcps potcldds íscs d rgão. Obsrvrm-s, tão, mudçs
dâmc, strutur o ucomto d orgzção spcl. esss progrms ormmportts pr qu grcultur ctíc lcçss suprordd qu s vrc
tuldd. em 1985, Scrtr d Pljmto, Cc Tcolog d Bh crou, m
prcr com ctv prvd, o progrm Dsvolvmto dos Crrdos (Prodcr ii)
cujo objtvo r o dsvolvmto do crrdo bo, d mr qu o input cl pr
lcçr tul spclzção produtv rgol ocorru mdt os cultvos d grãos d
soj, mbor st produto já oss pltdo dsd o íco dos os 1980. além d crção do
Prodcr ii, o crd, o tão dstrto d Mmoso do Ost (hoj, Luís edurdo Mglhãs),
estção exprmtl agrícol d Cooprtv d Cot, od orm pltdos os prmros
grãos d soj pr xportção.
ragmentação dos municípios integrantes do território Oeste da Bahia
Comprdr s ovs orgzçõs spcs dos mucípos do grogco d soj do
lgodão rmt à sgmtção do tmpo, qu cotmplou o príodo d 1911 2007 (Qudro 1).
em 1911, rgão do extrmo Ost d Bh comprd 8 mucípos: agcl, Brrrs,
Crhh, Corrt, Cotgp (xCmpo Lrgo), St Mr d Vtr (xSt Mr),
St Rt d Cáss (x-St Rt do Ro Prto) St (x-St dos Brjos). a hodr
cogurção trrtorl brc 23 rgmtos: agcl, Bópols, Brrrs, Cápols,
Ctolâd, Cocos, Corb, Corrt, Cotgp, Crstpols, Formos do Ro Prto, Jbord,
Luís edurdo Mglhãs, Msdão, Rchão ds nvs, St Mr d Vtr, St Rt dCáss, St, São Dsdéro, São Félx do Corb, Srr Dourd, Tbocs do Brjo Vlho
Wdrly.
Coorm o cotxto hstórco, o extrmo Ost d Bh ão ugu à rgr ds dcsõs
lgsltvs dotds o Brsl. assm, o príodo d 1960 1963, vrcou-s o boom o
procsso d rgmtção do trrtro com crção d 11 lmts horzots. em sgud,
cou-s um príodo d stgção d mucplzção dvdo à dtdur mltr (1964-1985).
a comprtmtção do trrtro o rtomd ps o rgm mltr , m 1985, cotcu
mcpção d Jbord, Msdão Wdrly; m 1989, o crdo o mucípo d São
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
Félx do Corb; , m 2000, o dsmmbrdo Luís edurdo Mglhãs, ção qu rgu os
rqustos stblcdos emd Costtucol . 15, d 12 d stmbro d 1996.
a dscussão cd crc do hstrco d rgmtção mucpl udmts bs
d ddos publcd plo iBGe sobr dvsão trrtorl dos mucípos d ção. aqu, o
rcort spcl, m spcíco, bordrá os mucípos d tul msorrgão do extrmo
Ost d Bh (inSTiTUTO BRaSiLeiRO De GeOGRaFia e eSTaTÍSTiCa, 2007). nst stdo,
coorm dvsão mucpl d 1911, tul msorrgão comprd ov mucípos,
sbr: St Rt do Ro Prto, Cmpo Lrgo, agcl, Brrrs, St dos Brjos, St
Mr, Corrt Crhh.
a Fgur 1 dstc ort trção tr os mucípos d agcl Cotgp, pos, hstorcmt,
os procssos d rstruturção dos lmts mucps orm tvdos, xtgudo xdo
Município de origem Município criado Data Lei estadual
Angical(ex-Santana do Angical)
Barreiras 19.05.1902 449
Cotegipe 31.05.1933 8.452Cristopólis (ex-Buritizinho) 19.07.1962 1.733
Tábocas do Brejo Velho (ex-Brejo Velho) 13.04.1962 1.676
Barra(ex-Barra do Rio Grande)
Cotegipe 03.03.1820
Santa Rita de Cássia 26.03.1840 119
Barreiras
Baianópolis (ex-Tapiracanga) 30.07.1962 1.776
Catolândia (ex-Catão) 27.07.1962 1.758
Luís Eduardo Magalhães (ex-Mimoso do Oeste) 30.03.2000 7.619
São Desidério 22.02.1962 1.621
Carinhanha
Cocos 14.08.1958 1.025
Correntina 05.05.1891 319
Santa Maria da Vitória 08.06.1880 1.960
Cotegipe(ex-Campo Largo)
Angical 05.07.1980 Ato Estadual
Riachão das Neves 19.07.1962 1.731
Wanderley (ex-Vanderlei) 25.02.1985 4.403
Correntina Jaborandi 09.05.1985 4.438
SantanaCanápolis (ex-ibiguai) 19.07.1962 1.734
Serra Dourada (ex-São Gonçalo) 12.07.1962 1.666
Santa Maria da Vitória
(ex-Santa Maria)
Coribe (ex-Rio Alegre) 14.08.1958 1.023
Santana (ex-Santana dos Brejos) 02.05.1868 1.018Santa Maria da Vitória e Coribe São Félix do Coribe 13.06.1989 5.011
Santa Rita de Cássia(ex-Ibipetuba)
Formosa do Rio Preto (ex-Itaguí) 22.12.1961 1.590
Mansidão 25.02.1985 4.408
Quadro 1Desmembramento dos municípios da mesorregião do Etremo Oeste da Bahia
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fragMentação MuniCiPal da Mesorregião do e xtreMo oeste da b ahia e e xPansão urbana do MuniCíPio de b arreiras
P arte iir edisCutindo as Cidades Médias
no /do território b aiano
mbos os trrtros, dâmc ocorrd m trs rcorts tmpors. iclmt, vl d St
do agcl o mcpd do mucípo d Cmpo Lrgo por mo do to d 5 d julho d 1890.
aps 41 os d mcpção, o Dcrto . 7.455, d 23 d juho d 1931, o Dcrto . 7.479,d 8 d julho d 1931, sttuírm qu o mucípo d Brão d Cotgp (xCmpo Lrgo) oss
xtto xdo o mucípo d agcl, cosqutmt o rbxdo à ctgor d dstrto.
Todv, o Dcrto stdul . 8.452, d 31 d mo d 1933, stblcu qu o dstrto d Brão do
Cotgp oss dsmmbrdo do mucípo d agcl, orgdo, ssm, o mucípo d Cotgp.
Os procssos d xtção stvrm rlcodos o rqucmto polítco trsrc d
sd mucpl, pssdo do dstrto d Cmpo Lrgo pr Brão d Cotgp m 1925. aps
xtção, o dstrto d Brão d Cotgp rstblcu xprssão polítc o lvdo à ct
gor d mucípo. nss cotxto, rprstção m mp potu o dslocmto d sd
do mucípo, ssm como xtção o dsmmbrmto do mucípo.a Fgur 2 rtrt dâmc do lmt trrtorl do mucípo d Crhh, o cdr ár
pr o mucípo d St Mr d Vtr. n rldd, ocorru xtção d subprtur
do dstrto d Ro algr (tul mucípo d Corb), qu s cogurv m Crhh. est
rgmto trrtorl o xdo St Mr d Vtr por mo do DcrtoL . 11.089,
d 30 d ovmbro d 1938. Rsslts tmbém qu o prpro mucípo d St Mr d
Vtr prtc o trrtro d Crhh, cujo procsso mcptro ocorru m 1880.
Slts qu o dstrto d Ro algr pssou domrs Corb plo Dcrto stdul
. 141, d 31 d dzmbro d 1943. assm prmcu té 1958, qudo o dstrto d Corb
o lvdo à ctgor d mucípo. a rgmtção mucpl d St Mr d Vtr olgtmd pl L stdul . 1.023, d 14 d gosto d 1958.
igura 1Reestruturação dos limites municipais de Angical e Cotegipe – Etremo Oeste da Bahia1911, 1931 e 1933
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
igura 2Reestruturação dos limites municipais de Carinhanha, Cocos e Santa Maria da Vitória,normatiado em 1938 e 1958 – Etremo Oeste da Bahia
Fot: isttuto Brslro d Gogr esttístc (2007).elborção prpr.
Outro spcto dtcdo o o dsmmbrmto do mucípo d Cocos qu, trormt,
prtc o domío d Crhh. Com bs ss rgmtção mucpl, ormtzd
pl L stdul . 1.025, d 14 d gosto d 1958, msorrgão do extrmo Ost Bostblcu tul dlmtção.
a Fgur 3 rtrt rstruturção do lmt mucpl d ibptub (tul St Rt d Cáss)
plo DcrtoL . 1.590, d 22 d dzmbro d 1961. Slts qu o mucípo d St Rt
d Cáss tv város dcrtos qu modcrm su domção: m 1931, pssou d St Rt
do Ro Prto pr Ro Prto; m 1943, pr ibptub; , m 1972, pr St Rt d Cáss.
a Fgur 4 rtrt o tso procsso mcptro d 1962, d mr qu o mucípo d
Brrrs, o rgmtr-s, orgou São Dsdéro, Ctolâd Bpols. O mucípo d
Cotgp orgou Rchão ds nvs agcl tv su trrtro rcortdo pr costtução
d Crstpols, Tbocs do Brjo Vlho Brjolâd. Por m, o mucípo d St, ps
rgmtção, propcou costtução dos mucípos d Crápols Srr Dourd.
em 1985, orm rtvdos os procssos d rgmtção mucpl. assm, orgrms
ms trs mucípos msorrgão. O mucípo d Corrt orgou o mucípo d
Jbord. novmt, o mucípo d St Rt d Cáss Cotgp prdrm trrtro
orgrm, rspctvmt, os mucípos d Msdão Wdrly (Fgur 5). a rg
mtção do trrtro tm por ldd, tmbém, rssltr dâmc populcol. Por
vzs, rdução d populção o cmpo stá ssocd os procssos d rgmtção do
trrtro ão os procssos mgrtros.
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fragMentação MuniCiPal da Mesorregião do e xtreMo oeste da b ahia e e xPansão urbana do MuniCíPio de b arreiras
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no /do território b aiano
igura 4Reestruturação dos limites municipais, normatiado em 1962 – Etremo Oeste da Bahia
Fot: isttuto Brslro d Gogr esttístc (2007).elborção prpr.
igura 3Reestruturação dos limites municipais de ormosa do Rio Preto e Ibipetuba, normatiado em1961 – Etremo Oeste da Bahia
Fot: isttuto Brslro d Gogr esttístc (2007).elborção prpr.
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
O mucípo d St Mr d Vtór tv su lmt mucpl modcdo , do msmo
modo qu o mucípo d Corb, prdu trrtro pr crção do mucípo d São Félx
do Corb, m 13 d juho d 1989, pl L stdul . 5.011 (Fgur 6).
Por m, últm rstruturção dos lmts trrtors d msorrgão do extrmo Ost d
Bh ocorru m 30 d mrço d 2000, por mo d L stdul . 7.619. Os rgumtos
prstdos pl dputd Jusmr Olvr, pr justcr rgmtção mucpl d
Brrrs, udmtvms
[...] prsç [...] d um ort coom ctrd, bscmt, um
grcultur modr, od prdomvm produção d grãos ...
lém d rgão sr d grd produtor d ruts, bm como
cotr com um pcuár rltvmt dsvolvd grdsprojtos d rrgção (SanTOS; SiLVa, 2003, p. 169).
O mucípo d Luís edurdo Mglhãs é pculr, pos é orgdo dos compots vr
tcs srdos o trrtro m vrtud do potcl grícol. Portto, cosdrs qu o
crdo plo grogco, spccmt d soj (Fgur 7).
igura 5Reestruturação dos limites municipais, normatiado em 1985 – Etremo Oeste da Bahia
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no /do território b aiano
igura 6Reestruturação dos limites municipais, normatiado em 1989 – Etremo Oeste da Bahia
Fot: isttuto Brslro d Gogr esttístc (2007).elborção prpr.
igura 7Reestruturação dos limites municipais, normatiado em 2000 – Etremo Oeste da Bahia
Fot: isttuto Brslro d Gogr esttístc (2007); Gs (2011).
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
Os mucípos do grogco d soj do lgodão prstm ts dâmc o sstm
trópco, ocsod plo subsstm tcdt populção, ssm como plo sstm
grcultur, tdo, vrávl grãos d soj, o vtor qu modcou sru rgão ocáro stdul, col globl.
Barreiras: inserção regional e epansão urbana
Com o procsso crsct d urbzção do mucípo d Brrrs, ocorrrm trsormçõs
socospcs qu crrtrm um crsct procur, por prt dos mordors vdos d
dvrss locldds d Bh tmbém do Brsl, pls trrs sm doo qu xstm. a prcpl
corrd mgrtr ocorru m 1980, com chgd dos sulsts, m d mpltr cultur d
soj o mucípo, trsormdo-o m um ov rotr grícol col (SanTOS; SiLVa,
2003). ess procsso mgrtro é dtcdo por els (2006) como mgrção dscdt,pos s trt d um mobldd populcol, m prtculr d gúchos, spclzdos o
grogco d soj. Gs (2011) crsct qu st mgrção dscdt, prcípo, o
d “míls do grogco”. Sgudo ormçõs d Comph d Dsvolvmto
açõs Rgos (CaR) do Govro d Bh (1993), costrução ds strds trstdus
(Fgur 8) possbltou às vsts árs d trrs dsocupds do extrmo Ost bo mor
igura 8Representação em mapa da rede de circulação do município de Barreiras – Bahia
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fragMentação MuniCiPal da Mesorregião do e xtreMo oeste da b ahia e e xPansão urbana do MuniCíPio de b arreiras
P arte iir edisCutindo as Cidades Médias
no /do território b aiano
procur por prt d mprsáros provts ão s d Zo Ccur d Bh, como
tmbém d Ms Grs, Prmbuco dos stdos do Sul do Brsl.
Todo o procsso d modrzção do cmpo é rsultdo do qu Stos (2008) dom
d mo téccoctícoormcol. no cso d Brrrs, rmção déqus à
crsct mczção d rgão, o qu lv ss mucípo mtr-s como o prcpl
polo d trção populcol provt d outrs locldds. Rsslts qu o obj
tvo d mgrção dscdt é busc por mlhor quldd d vd. Outro lmto
udmtl pr trsormção do mucípo d Brrrs m um xpot o cos
trução ds rodovs drs BR-020 BR-242 (HaeSBaeRT, 1996), qu proporcorm
ov dâmc à rgão tmbém o prpro mucípo, trsormdoo m pssgm
obrgtór pr qum s do Ctro Ost brslro com dsto os mucípos do
nordst. nst stdo, arroyo (2006, p. 71) rsslt “[...] mportâc d crculçãoo procsso d ormção tgrção dos trrtros”, como tmbém mpltção ds
rds téccs, comprddos como “... lhs d podr strtégco qu produzm
o trrtro dos estdos” (aRROYO, 2006, p. 72).
em mdos do século pssdo, o Brsl pssou por um procsso d urbzção, m qu mutos
mordors qu rsdm s zos rurs dos mucípos d rgão mgrrm pr s cdds
méds pqus m busc d mlhors codçõs d vd. Stos (2008, p. 32) dz:
[...] somt tr 1970 1980, corpor-s o cotgt dmográ-
co urbo um mss d gt comprávl o qu r populção
totl urb m 1960. Já tr 1980 1990, quto populção
totl trá crscdo 26%, populção urb dv tr umtdo m
ms d 40%, sto é, prto d trt mlhõs d pssos.
O mucípo d Brrrs, ss momto, prstou um boom populcol. a prtr d
décd d 1970, o umto d populção stv trldo à chgd d rgãos govrm-
ts, como, por xmplo, o xércto, qu troux, d um vz s o mucípo, um lv d
5.000 pssos; dpos, lgção d Brsíl com o nordst pl BR020, BR030 BR242 o
rsposávl por ov xpsão populcol. n décd d 1980, o crmto populco
l tv rlção com pltção d grãos d soj. a poss d trr pssou sr mçd,
dvdo às dvrss luts tr grlros pquos proprtáros. ests, m mutos csos, o
prdrm sus trrs, vrms obrgdos morr cdd.
D cordo com alvs (2006, p. 86):
[...] provtdo-s ds çõs govrmts do bxo prço
ds trrs, os sulsts ldrm corrt mgrtr pr os crrdos
bos torm-s os prcps rsposávs pl produção d
grão dst ár. ... Os prmros grupos chgrm ár o l
d décd d 1970, ms ss movmto s cosoldou msmo os
os d 1980.
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
Hsbrt (1996, p. 390) corrobor ctção supr, o mcor qu os sulsts, sto é, rd
rgol gúch o tríd
... pls trrs brts m su xpsão cptlst (spclmt
trvés do plto d soj, vblzdo os crrdos grçs o dv-
dmto xtro os vstmtos botcolgcos do estdo v
embrp), sss ovos poros provtrm os ctvos scs d
Sud , com qud dos subsídos ár d Sudco, tgrm
m cho os crrdos ordstos prtr do íco dos os 80.
no qu cocr à dâmc populcol, décd d 1980, ocorru vrsão d populção
rurl pr urb; tmbém o possívl vrcr crscmto d populção. atulmt,
sgudo ddos do cso dmográco do isttuto Brslro d Gogr esttístc (2010),o mucípo d Brrrs possu crc d 138.000 hbtts, d mr qu 90% d popu
lção é urb (Gráco 1). els (2006, p. 289) mco qu “... é comum qu, s árs qu
s trsormm m potos mportts d rd d produção gropcuár globlzd, o
crscmto populcol, totl urbo, sj tso”.
O mucípo cogurs como um cdd méd ou trméd, pos prst crc
trístcs qu o dm com um ctro ou rtculdor juto à scl gográc locl,
0
20.000
40.000
60.000
80.000
100.000
120.000
140.000
160.000
P o p u l a ç ã o ( m i l h a b i t a n t e s )
1940 1950 1960 20001980 19911970
Total RuralUrbano
2010
Gráfco 1Dinâmica da população – Barreiras, Bahia – 19402010
Fot: Cso Dmográco (19402010).
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fragMentação MuniCiPal da Mesorregião do e xtreMo oeste da b ahia e e xPansão urbana do MuniCíPio de b arreiras
P arte iir edisCutindo as Cidades Médias
no /do território b aiano
rgol, col globl. Portto, lém do tmho dmográco, outros spctos são
rlvts, como “[...] tmho coômco, o gru d urbzção, ctrldd qu-
ldd d vd” (BRanCO, 2006, p. 247), pos s crctrzm como vrávs qu prmtmcomprdr complxdd d dâmc su gru d luc rd urb. no
toct ss qustão, Pots (2006, p. 334) ssl qu “... cdd méd sr um
ctro urbo com codçõs d tur como suport às tvdds coômcs d su
htrlâd, bm como tulmt l pod mtr rlçõs com o mudo globlzdo”.
els (2006, p. 297), por su vz, rsslt rlvâc d Brrrs como “[...] prcpl ctro
urbo dos crrdos ordstos”.
Costtous, coorm Tbl 1, qu mpltção d grcultur ctíc globlzd
dâmc do crscmto d populção s décds tcdts ão ultrpssrm
1%. a msurção do cso dmográco d 1970 vdcou tx d crscmto gtvo,to qu s udmt os procssos d rstruturção dos lmts mucps, d mr
qu o mucípo d Brrrs, ps rgmtção d 1962, orgou os mucípos d São
Dsdéro, Ctolâd Bpols (Fgur 4). as décds d 1980 1990 costtums m
príodos ms tsos, cujs txs d crscmto d populção são xprssvs, cm d
7%. a populção urb, os csos d 1980, 1991 2000, prstrm crscmto popu
lcol brupto, rtdo dâmc troduzd plo crcuto d produção d soj. Outr
ormção trsst qu corrobor orç d trção populcol d ov rotr
d grcultur ctíc é xprss o cso dmográco d 2010, pos o mucípo, ps
rstruturção do lmt mucpl, ão rduzu populção; o cotráro, prstou um
créscmo populcol m toro d 5.000 hbtts.
Tabela 1População residente por situação de domicílio e taa média de crescimento geométricoBarreiras, Bahia – 19402010
Censo DemográfcoData de
reerência
População residente
TotalTaxa de crescimento
ao ano (% )Urbana
Taxa de crescimentoao ano (%)
RuralTaxa de crescimento
ao ano (%)
1940 1o/9/1940 32.183 - 6.321 - 25.862 -
1950 1o/7/1950 35.199 0,92 8.466 3,02 26.733 0,34
1960 1o/9/1960 37.378 0,6 10.174 1,82 27.204 0,17
1970 1o/9/1970 20.864 - 5,66 9.760 - 0,42 11.104 - 8,57
1980 1o/9/1980 41.454 7,11 30.055 11,90 11.399 0,26
1991 1o/9/1991 92.640 7,58 70.870 8,11 21.770 6,06
2000 1o/8/2000 131.849 4,04 115.784 5,66 16.065 - 3,35
2010 1o/8/2010 137.427 0,42 123.741 0,67 13.686 - 1,60
Taxa média de crescimentoanual de 1940 a 2010
2,10 4,40 -0,91
Fot: Cso Dmográco (19402010).
elborção prpr.
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
no toct os vstmtos xógos dógos, qu provocm coctrção o
crscmto d populção m vrtud ds possbldds d vículo mprgtíco, ss ovo
ront grícol torou-s “objto d vstmto” do estdo (POnTeS, 2006), ssm como dosgts hgmôcos. a ção cojut dsss gts provocou modcçõs dâmc,
strutur o ucomto d orgzção spcl (CHRiSTOFOLeTTi, 1999). Slv (2000,
p.147 pud aRROYO, 2006, p. 8081) rgumt qu “... o cptl ão possu trrtro. Ms,
o vlor ( rquz mrcdor), crdos plo trblho plo vstmto, ão s rlzm
dpdtmt do spço, qur como cptl vrávl ou cptl costt”. n rldd,
há um coxão tr scl gográc locl, lcus d produção ds commodities soj
lgodão, scl gográc mudl, lcus d cosumo ds commodities.
a Fgur 9 rtc rmção d alvs (2006), qudo dscut os fuxos mgrtóros, m
prtculr o uxo d sulsts. nst stdo, o cso dmográco d 2000 orm qu, omucípo d Brrrs, rsdm 6.613 hbtts d rgão sul, sdo os stdos do Ro
Grd do Sul Prá os ms xprssvos. O drcomto do cotgt populcol
d rgão ctroost o d 4.468 hbtts; dsts, 3.901 pssos são provts do
stdo d Goás. Orudos d rgão sudst são 2.703 hbtts, m mor xprssão
rgão ort, com 658 hbtts, dos qus 426 procdm do stdo do Tocts. além do
uxo d pssos d prpr ção, tmbém orm costtdos 132 mgrts.
além do uxo d pssos, tmbém s ssl o uxo d cptl. nst stdo, o mucípo
d Brrrs prstou, o o d 2010, Produto itro Bruto (PiB) d R$ 1,4 blhão PiB pr
cpt d R$ 11.000,00. Comprdo o PiB d outros mucípos o msmo o, como, porxmplo, ilhéus, itbu té Slvdor, o PiB d Brrrs é xtrmmt mor, mostrdo
orç d coom proporcod, prcplmt, pl grcultur.
no toct o hstrco d pltção grícol rgão, é possívl lsr, por mo d ddos
d assocção d agrcultors irrgdors d Bh (ab), qu, dsd sr d 1993/1994,
soj é o prcpl rsposávl pl produção grícol. Su produção coctrs, prc
plmt, m Brrrs Mmoso do Ost, hoj Luís edurdo Mglhãs. nss príodo,
soj tv um produção d 590 ml tolds, lcçdo, cco os dpos (1998/1999),
cs d 1.150.000 tolds. no prmro cso (1993/1994), do totl, 460 ml tolds d soj
orm dstds à produção d rlo, 106 ml tolds orm pr produção d lo dsoj 25 ml tolds orm scds. Com um ort procsso d urbzção trldo
d cotos d trrs, o mucípo d Brrrs dstcs, msorrgão do extrmo
Ost d Bh, dvdo à su lgção com s strds drs o grogco, sto é, dvdo
à crculção d pssos mrcdors.
n décd d 1980, o projto do Govro Fdrl “Cdd d Port Médo” o d xtrm
mportâc pr mlhor d quldd d vd d populção qu rsd s cdds
d port médo (FRanÇa; SOaReS, 2009), xmplo d Brrrs. ess projto propcv
à populção o csso à cs própr, águ cd, rd d sgoto dqud rg
létrc. Prr Lt (2004) rtcm tl ormção d rssltm qu 70% do cptl
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fragMentação MuniCiPal da Mesorregião do e xtreMo oeste da b ahia e e xPansão urbana do MuniCíPio de b arreiras
P arte iir edisCutindo as Cidades Médias
no /do território b aiano
igura 10Dinâmica da população residente da área de estudo, conorme lugar de nascimento
Fot: isttuto Brslro d Gogr esttístc. Cso Dmográco (2000).
elborção prpr.
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
vstdo provo do Bco itrmrco d Rcostrução Dsvolvmto (BiRD). etão,
com o dsvolvmto dsss projtos voltdos pr o crscmto rgol, o mucípo
d Brrrs ghou m rstrutur.
alsdo volução d mch urb d Brrrs (Fgur 10), ots qu é justmt
décd d 1980, o ug do projto “Cdd d Port Médo”, qu cdd tm su
mor ídc d crscmto populcol, tgdo 7,58%, coorm ddos do Cso d
1991 (vd Tbl 1). ess xpsão d cdd rsult d rstruturção produtv do cmpo
(eLiaS, 2006).
Vrcous tmbém qu, s cco últms décds, o prímtro urbo d Brrrs tv
um xpsão muto rápd strtmt lgd com o dsvolvmto do grogco,
m prtculr d soj do lgodão. n décd d 1970, por xmplo, ss prímtro stvdlmtdo um prt d cdd, hoj cosdrd hstrc. Dz os ms trd, décd
d 1980, o crscmto vrcou-s o rdor do ctro hstrco, os qutro stdos crds
(ort, sul, lst ost). a comprção dss príodo d xpsão urb com os ddos d
populção vdc qu o tmbém ss décd qu ocorru ão s o mor crscmto
m úmros populcos, ms tmbém d ár ocupd d sd d Brrrs (tx d crs-
cmto d 11,9%). adtrdo décd d 1990, pods cosdrr o prímtro urbo
dvddo tr drt squrd do ro Grd. Por m, s décds d 2000 2010, o
qu s ot é xpsão d cdd s árs prércs.
ao cotráro do qu podr cotcr com mgrção d populção qu vh d outrs
locldds pr o cmpo, sso m um mucípo m qu xst um umto d quldd
d grcultur, os ddos do Mstéro ds Cdds mostrm qu, dsd 1970, xst um
umto sgctvo tx d urbzção do mucípo d Brrrs. em 1970, d
sm mpltção d soj rgão, ms com Brrrs sdo o prcpl polo rgol,
tx d urbzção r d 0,47, ou sj, mos d mtd do mucípo r urbzdo,
hj vst qu, quto ms prxmo st ídc stj d 1, ms urbzdo srá o mu
cípo. est ídc umtou s trs décds sguts, qudo, lmt, o o d
2000, lcçou o úmro bsoluto d 0,88. Ou sj, 88% dos mordors do mucípo já
rsdm ár urb. Sgudo ddos do o d 2010 do iBGe, tx d urbzção
d Brrrs é d 0,90.
até décd d 1970, o prímtro urbo stv rsumdo às mrgs do Ro d Ods.
aps ss príodo, s mrgs ds rodovs BR-242 BR-020 comçrm sr ocupds pl
ár urb d Brrrs. a corrd pr ocupção ds mrgs ds rodovs qu cortm
cdd dcorru d cldd qu orcm pr populção d bx rd, m ução
ds sus cssdds. no cso d Brrrs, sss rodovs são tão mportts qu o ctro
d cdd, ts loclzdo ár hstrc, dsloc-s pr s mrgs d BR-242. Cotudo,
sgudo Guds Portl (2010), xst um projto pr crção d um l váro qu
dsv o tso fuxo do trágo psdo, m spcl o príodo d scomto d produção
grícol, rsposávl, muts vzs, por cdts, troplos morts.
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fragMentação MuniCiPal da Mesorregião do e xtreMo oeste da b ahia e e xPansão urbana do MuniCíPio de b arreiras
P arte iir edisCutindo as Cidades Médias
no /do território b aiano
COnSiDeRaÇÕeS FinaiS
Dstc-s prsç do estdo como gt tvo o procsso d trsormção rgm-
tção dos mucípos do Ost d Bh, hj vst s mpltçõs d strds psquss
dsvolvds por mprss stts, qu vsm dudr rgão como grd produtor
d soj do pís. atulmt, Brrrs é o ctro rgol coômco d rgão possu umgrd coctrção d tvdds do trcro stor. Cotudo, os ddos or prstdos
prmtm rmr qu o procsso d xpsão urb do mucípo d ão chgou o
m, pos o grogco, motor mpulsodor d coom d volução populcol do
mucípo, stá log d chgr o su lmt d produção. em tvdd d cmpo rlzd
o mucípo d Brrrs Lus edurdo Mglhãs, otou-s xstc d um sostcdo
sstm d psqus qu tm como objtvo vtr prjuízos pr s culturs grícols qu
xstm ão s m Brrrs, ms tmbém m todo o ost. Dst orm, é dmssívl
ds d rgumto qu rm possbldd d s cdds méds pqus d rgão
do Ost Bo strm prto d um pus m su dsvolvmto.
igura 11Evolução da mancha urbana – Barreiras, Bahia
Fot: Bh (2003).elborção prpr.
Ocupação 1970 Ocupação 1980 Ocupação 1990 Ocupação 2000 Ocupação 2010
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
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AÇÕES DO ESTADO E O PAPEL DAS CIDADES MÉDIASBAIANAS NOS PLANOS DA URBANIzAÇÃO CAPITALISTA1
Janio Santos*
inTRODUÇÃO
Obsrvou-s, s últms qutro décds, qu prouds trsormçõs ocorrrm oprocsso d produção ds cdds méds bs como cosquc d ltrçõs ds
dobrds m dvrss scls (SanTOS, J., 2009, 2009b). Por um ldo, o stdo d Bh,
cosoldou-s prvlc d lgc urb o procsso d rprodução d socdd, como
produto d ovs rlçõs d trblho d produção qu orm gdrds durt todo
o século XX; por outro, ovos compots lmtos orm tgrdos à dâmc tto
ds árs urbs quto ds rurs. etds qu, dltcmt, sso o mplcdo por
( mplc um) ordm prmptr, qu é mrcd por um ovo cotxto d urbzção
cotmporâ. Dtr város spctos, ltur sobr ss rldd dmostr qu, o
âmbto brslro, smultmt à lgtmção do ppl ds grds mtrpols rd
urb, s trs últms décds, um ômo mportt ocorru: o crscmto ds méds
cdds (SanTOS, M., 1993, 1994).
É vrossíml prcbr qu s cdds méds dsmphm ppés mportts rd
urb, porqu possum cpcdd d rtculr os ctros do cptl d comdo
(mtrpols globs, cos rgos) os mors úclos urbos, como s cdds
pqus, s vls2 os povodos. Todv, como s td qu cdd é um produto
hstrco, é udmtl comprdr qu m smpr ss lgc ocorru, o qu lud à
cssdd d xplcr s ltrçõs pls qus o procsso d urbzção brslro pssou,
qu vorcrm costtução dss ov dâmc.
* Doutor m Gogr pl Uvrsdd estdul Pulst Júlo d Msqut Flho (Usp); mstr m Gogr plUvrsdd Fdrl d Bh (UFBa). Prossor djuto d Uvrsdd estdul do Sudost d Bh (UeSB) Coorddor do Grupo d Psqus Urbzção Produção d Cdds Bh. [email protected]
1 est txto tm como bs s psquss dsvolvds tr 2006 2010, o so do Grupo d Psqus Urbzção Produção d Cdds Bh.
2 Oclmt, o Brsl, tod sd d um dstrto é um vl, sgudo o DcrtoL .o 311, d 2 d mrço d 1938,qu, m su art. 4.º, slz: “O dstrto s dsgrá plo om d rspctv sd, qul, quto ão or rgdm cdd, trá, ctgor d vila” (BRaSiL, 1938, gro osso). Tmbém é sscl dstcr o prágro úco dssmsmo rtgo: “ no msmo dstrto ão hvrá ms d um vila” (BRaSiL, 1938, gro osso). Todv, como já potouCrlos (2003), dção polítcodmstrtv é um spcto suprdo há décds Gogr brslr ,
portto, ão é o trss ds psquss do grupo ctdo, m o lmto blzdor dst áls sobr s cdds.
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
Com bs ss problmátc, rgumt-s qu o propósto dst txto é psr o()s
tors/dâmcs qu, ldo()s às ltrçõs lgc d urbzção cptlst, zrm
com qu s cdds méds s costtuíssm quto ts. isso, s s crctrístcs mpor-tâc qu sss dqurrm s últms dus décds, o cotxto d urbzção b,
pudrm sr psds. Com ts dscussõs, tor-s possívl vçr comprsão sobr
s trsormçõs qu vm ocorrdo urbzção cotrbur pr rxão sobr
orm como o vço ds rlçõs cptlsts o Brsl ltrou vd dâmc dsss
cdds méds, rgumtos qu são dsvolvdos o l dst txto.
Prt-s do prssuposto d qu s trsormçõs gdrds pls çõs do podr públco,
tto sr stdul quto drl, prcplmt tr s décds d 1960 1970, com
o lcrc d pljdors voltdos às polítcs urbs mucps, orm dtrmts
pr qu sss cdds bs ortlcssm su cpcdd d rtculr uxos d pssos,tvdds coômcs, dcsõs polítcs , prcplmt, vstmtos, o qu, por su
vz, crou codçõs pr qu locção do cptl mobláro trcáro coduss com
rdção/cosoldção d sus ppés rd urb.
CiDaDeS MÉDiaS nO COnTeXTO Da URBaniZaÇÃO BRaSiLeiRa
Como o dsvolvmto tul do procsso d urbzção volv um complxo sstm
d rlçõs, o qul os compots téccos s çõs dos sujtos dsmphm ppl
sml, um mríd d tos cotdos compõ um movmto d trsormção, o
qu lmt o ser o vir a ser , xplcr ss ômo é um dso pr cc, m
grl, pr Gogr , m prtculr. Dstrt, lgums proposçõs vm sdo ds-
volvds cotrbum pr rqucr s r lxõs trcs sobr ssc dqulo qu
s psqus: s árs urbs.
Com bs s ds d Sposto (2004), slt-s cssdd d vtr, Gogr,
dtr outrs xprssõs, doção do trmo urbanização d orm rducost, sj como
sômo d dotção d rstrutur urb, cujs propgds ds polítcs públcs
govrmts, m qulqur ár urb, dão lstro o qu o sso comum prd;
sj, como sômo d crscmto d populção urb ssocd, d orm smplcd,
o umto d Tx d Urbzção. Logo, com bs o psmto do Lbvr (2004,
2008), qu sustt s álss d Sposto (2004), dots d d urbzção como um
procsso. isto mplc um movmto qu s dsdobr um trrgo d tmpo, m qu
cdd, dltcmt, fuc prpr mtrldd d urbzção, lgo já borddo
lhurs (SanTOS, J., 2008). São xtmt s trsormçõs o procsso d urbzção
qu drm ovo scopo à ltur sobr s cdds méds.
nss stdo, dscussão sobr mportâc dsss tpologs d cdds rd urb
ghou xprssv cotrbução d város psqusdors. É um procupção qu possu
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a ções do estado e o P aPel das Cidades Médias b aianas nos Planos da urbanização C aPitalista
P arte iir edisCutindo as Cidades Médias
no /do território b aiano
um trjtr vculd, m âmbto globl, o pljmto trrtorl. Msmo sbdo qu
prátc do pljmto urbo já xst dsd o l do século XiX, o Frç ps
gurr, m 1954, com bs os prcípos do ordmto trrtorl, qu rxão sobr oppl dos ctros rgos rd urb col mrgu pssou ortr s polítcs
d pljmto (aMORiM FiLHO; SeRRa, 2001).
no Brsl, décd d 1970 o um príodo mrct, mdd m qu orm tzds s
prspctvs d pljmto trrtorl, tdo como poto d prtd o ppl ds cdds
méds rd urb, prcplmt por mo dos Plos ncos d Dsvolvmto
(PnD) i ii, vgc do Govro Mltr (POnTeS, 2001). as xprcs cumulds do
modlo rcs orm, dtr outros prssupostos, suports pr mplmtção d ts
prátcs polítcs d “rordmto” do spço.
ess propost d pljmto coômco col ghou dscussão m tods s Udds
d Fdrção prstou prspctvs dvrscds. n mor prt dsss, trtto,
Tor dos Polos d Crscmto, qu tzv o ppl ds dústrs coom rgol,
Tor ds Locldds Ctrs, ctrd os prcípos d dstrbução d srvços, tvrm
ppl rlvt ss lcrc trco. Stbrgr Bru (2001), lás, zm um áls
sobr trjtr d tods sss polítcs dstcm o Progrm d Cdds d Port Médo,
cdo plo Bco Mudl té 1986, como um cso rlvt o cotxto ds polítcs
brslrs. ess é um prspctv mportt, qu ão pod sr prdd áls sobr
s cdds méds: o ppl ds polítcs stts m su cosoldção.
Tto o xmplo brslro quto o rcs, os prcípos d dscoctrção dsc
trlzção ds tvdds ortvm s strtégs. Vl rssltr qu, quto, Frç,
procupção r com o ppl ctrlzdor mcrocélo d Prs, o Brsl, ss procupção
xprssv cssdd d qucor s dsprdds rgos, c à tscção dos
dsqulíbros provocdos pl polítc dustrl.
ns últms décds, o ppl ds cdds méds rd urb brslr ghou ovos
sgcdos. Os problms dcorrts d coctrção d tvdds dvrss s mtrpols
os qustomtos, com bs ss prssuposto, sobr os dcdors ds d qul
dd d vd rssgcrm dscussão sobr sss, tmbém quto ocos d trsss
d dvrss ots d cptl. Todv, prmrmt, um ds qustõs ms complxs
tlvz sj prcsão d su cocto. D modo slutr, stblcr prâmtros vrávs
pr dr o qu sr um cdd méd ão é, como outror ão or, lgo cossul,
msmo qu s dvrgcs sjm um tto quto suts. A priori , com bs m Sors
(2005) Sposto (2007), dstcs qu é udmtl dstgur o qu é um cidade média,
oco ds rxõs st rtgo, do tdmto do qu sj um cidade de porte médio.
equto prmr cocpção rrs qustõs ms mpls, qu srão bordds a
posteriori, sgud d lmts clsscr s árs urbs m ução d prâmtros
mrmt dmográcos, lgo comum to plos órgãos govrmts o tuíto d
pljr sus tvdds.
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
M. Stos (1994), décd d 1990, já slzv qu s cdds méds mudrm d cotúdo
, portto, d quldd. Qur dzr, lém d rgumtr qu sss crscrm dmográc
coomcmt, qulttvmt ls tmbém orm ltrds, porqu costtuírmscomo ocos d (r)ctrlzção d polítcs cpts orudos ds mtrpols. Por sso, pr
Stos Slvr (2001), é udmtl prcbr qu sss cdds tmbém trírm um tr
blho tlctul, ovs ots/orms d tcologs tc., poscodo-s como térprts
d téccs; tds qu tudo sso substc hodrs rlçõs tmpospço.
ao slzr posção qu ts cdds possum como polos rgos, Sposto (2001) vdc
mportâc do cosumo pr dâmc dos uxos ds cdds pqus pr s méds,
o qu ortlc o comérco ds últms. nss ordm d ds, pr utor, vrcs qu
ts cdds xrcm “... ppl d polos pr os qus mordors d cdds mors d
árs rurs stão dspostos s dslocr pr rlzr o cosumo d bs srvços mssostcdos” (SPOSiTO, 2001, p. 636).
Pr Corr (2007), há trs tpos d cdds méds: como lugar central, coctr ort dos
bs srvços pr um htrlâd rgol, trtdo-s, ss cso, do qu s covcoou
domr cptl rgol, oco do comérco vrjst d srvços dvrscdos, dotdos
d mplo lcc spcl máxmo; como centro de drenagem e consumo da renda undiária,
loclzd m trdcol ár pstorl, crctrzs pl grd proprdd rurl plo
bstísmo d sus proprtáros, qu rsdm cdd, pls árs od o mpltdo
um complxo grodustrl; como centro de atividades especializadas coctr stors qu
grm trçõs spcs logs dstâcs, pos s trtm d tvdds dstds osmrcdos col ou trcol.
Por mo dsss brvs álss, pod-s brr um dscussão sobr dção clsscção
ds cdds méds. Rsslt-s, a priori , qu mutos psdors cotrbum pr o sclrc-
mto dss qustão, como amorm Flho Srr (2001), adrd Srr (2001), Pots (2001),
Sors (2005) Sposto (2007, 2001); ou sj, potm os lmts ds proposts drcom
s prspctvs srm trçds pr costturs um dbt proícuo.
Olvr (2008), lás, z um obsrvção mportt, qudo slz qu o mlhor cmho
é tr dscussão sobr sss cdds como um poto d chgd, ão cssrmt
como um poto d prtd. Tmbém os lvtmtos tos os últmos os plo Grupo d
Psqus Urbzção Produção d Cdds Bh são sucts pr vçr o cso
dss stdo. Portto, s rfxõs trzds st momto trão como procupção muto
ms dxr clrs s cs cocpçõs do utor dst trblho sobr o tm, qu, cssr-
mt, vrdr plo mbt sobr rlvâc ou ão d dtrmds proposçõs.
assm, é cosso pr os utors procupdos com dscussão sobr s cdds méds,
como Sors (2005) Sposto (2007), qu o ator demográco é um vrávl rlvt pr
dção; ou sj, são quls qu prstm um dmsão populcol trmdár
tr um mtrpol ou um grd cdd s mors árs urbs. Ts prâmtros,
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a ções do estado e o P aPel das Cidades Médias b aianas nos Planos da urbanização C aPitalista
P arte iir edisCutindo as Cidades Médias
no /do território b aiano
porém, dvm sr clrmt ddos sgudo o spço o tmpo. n décd d 1970,
por xmplo, mor ds psquss dcv qu s cdds d port médo possuím
tr 50 250 ml hbtts (anDRaDe; LODDeR, 1979). atulmt, d qu ão scosttu como um rgr, dlmts como prâmtro s qu stão tr 100 500 ml
hbtts (anDRaDe; SeRRa, 2001), o qu pod sr mpldo té 1 mlhão ou rduzdo
té 50 ml hbtts. a dmogr é um dctvo ortdor, ms ão pod sr úc
vrávl s dotr pr costtução d um cocto ms mplo. Sposto (2001, p. 671)
cotrbu o rgumtr:
aálss qu qurm ultrpssr o lmr dos prâmtros dmográ
cos qu pom clsscçõs, o âmbto ds qus s cotr o
ívl ds cdds méds tm qu trblhr com comprsão ds
rlçõs qu s dsvolvm tr s cdds tr sss s ársrurs, pl dtdd ou pl dvrsdd d sus ppés urbos.
além do prâmtro dmográco, s rlçõs dsvolvds pl cdd o cotxto rgol
costtum-s m um vrávl sgctv. Város prcípos podm ortr comprsão
dsss rlçõs; dtr sss é cud dtcção d su situação geográca. ess dc
dor ão stá rlcodo o modo trdcol d rtculr um cdd à dspobldd d
rcursos turs, ms à su srção strtégc rd urb d um dd rgão ou d
um udd polítco-dmstrtv. assm, dstâc ds cdds méds m rlção
glomrdos urbos qu prstm ívs hrárqucos suprors tm mportâc,
mdd m qu lgtm ou ão o su ppl como ctro rgol. É por sso qu cddsloclzds próxms às árs mtropolts, por xmplo, tdm tr mmzds s
sus uçõs como ctros rgos, como dotm os csos d Cmçr, Smõs Flho
Luro d Frts, Bh. Slts, cotudo, qu ps dstâc m rlção às árs
mtropolts loclzção um poto d rd urb ão dm codção d um
cdd xrcr ou ão o ppl d ctro rgol. Outrs vrávs dvm zr prt dos
crtéros d clsscção dção.
Pr tdr s rlçõs d um ctro rgol com s cdds crcuvzhs, lém d
stução, o raio máximo de ação é outr vrávl rlvt, mdd m qu dc su
cpcdd d trção. est vrávl stá drtmt ssocd à dspobldd d srvços às tvdds d produção ão pod sr lsd dvdulmt, pos dpd d
vstgção dos qupmtos coômcos d srvços “cosumívs”. assm sdo, ss
raio é ução drt do nível de especialização dsss srvços ds tvdds produtvs; ou
sj, quto ms spclzdos orm, mor srá cpcdd d um cdd xrcr o
ppl d ctro rgol, mdt corrlção ds dms vrávs.
ess dbt sobr o ppl d um cdd rd urb, udmtdo o su ro d ção
spclzção dos srvços, tm xprssão Tor ds Locldds Ctrs, d 1933, propost
por Chrstllr (1966). Sus postuldos buscvm xplcr fuc qu os ctros urbos com
um ort d produtos srvços mor xrcm sobr outros ctros mors. a dspto d
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
mportâc ds rfxõs proposts por ss utor, dudds m vst bblogr objto d
plcção mtodolgc m úmrs psquss, comprsão dss ordm hrárquc tr
s cdds dv sr vstgd cuddosmt, tuldd, m ução ds rupturs dscotudds qu s trsormçõs tcolgcs vm ocsodo. Cdds d pquo port
podm stblcr rlçõs drts d cosumo d srvços com grds ctros muds,
sm, cssrmt, dpdrm d ctros com ordm hrárquc mdtmt supror;
d msm orm qu um cdd méd pod trr cosumdors d um mtrpol rgol
ou col. Por outro ldo, sso ão qur dzr qu ordm hrárquc smplsmt dxou
d xstr, ms qu outrs lgcs ss stão suprposts, o qu coru ovs complxdds
às rtculçõs qu ocorrm rd urb.
Com bs s rgumtçõs suprctds, podms stblcr crtéros mímos cs
pr psqusr um cdd méd. D qulqur modo, os prâmtros ão são úcos. elsrprstm ps um propost, té porqu própr omcltur do trmo cdd
méd ão prstou cosso su plcção: cdds ou ctros rgos cdds
trmdárs (SanTOS, M., 2005), por xmplo, são outrs orms d domáls.
n áls or post, portto, prts do tdmto cl d qu s cdds méds são
quls qu xrcm ução d um ctro rgol um dtrmd dâmc d rd urb,
d cordo com o potcl dmográco, stução, o ro d ção o ívl d spclzção
dos srvços ds tvdds produtvs. além dsso, tm cpcdd d rtculrs os c
tros d dcsõs sm, cssrmt, dpdr ds cdds dtro d su udd polítco
dmstrtv cuj ordm hrárquc sj supror, como s grds s mtrpols.
LiMiTeS DOS DaDOS e CiDaDeS MÉDiaS BaianaSnO COnTeXTO Da URBaniZaÇÃO
a prtr dos os d 1940, vrcs qu o procsso d urbzção, m ução d prpr
dustrlzção brslr, pssou dsdobrr-s s cdds méds bs já mostrv s
cs dos prmros “vços” cotmporâos do cptlsmo o stdo. Sgudo M. Stos
(1994), ps ss trrgo, s cssdds do cptlsmo os píss subdsvolvdos, pr
mpltr ovs mprss, rdrm s rlçõs tmpospço rtrm produção
d ovs orms qu rtculssm rgão produtor dustrl, o cso, rgão Sudst,
às dms árs do Brsl, como rgão nordst, o qu rcrou dvsão trrtorl, técc
socl do trblho. Um áls dos ddos dmográcos d Bh3, tr 1940 2010, por
xmplo, proporco um dmsão ds ucs dss movmto hstrco (Tbl 1).
3 Rcort dotdo plo Grupo d Psqus pr vlr os ppés qu dtrmds cdds xrcm rd urb,bm como ltrçõs m sus struturs trs. não sgc qu, a posteriori, tods srão vlds como méds,ms qu sss são s qu, tulmt como poto d prtd, podm sr studds como ts, porqu stão mscosoldds o qu tg à cpcdd d trmdção. Outrs, porém, com port dmográco mor, tmbémpodrm sr cosdrds. Cotudo, optous por ão cluíls, porqu são studds, m outr prspc tv, como
“pqus cdds com cpcdd d r tculção rgol”.
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a ções do estado e o P aPel das Cidades Médias b aianas nos Planos da urbanização C aPitalista
P arte iir edisCutindo as Cidades Médias
no /do território b aiano
Tabela 1Dados absolutos das populações das cidades (1) médias – Bahia – 19402010
Cidades médias Dados absolutos2010 2000 1991 1980 1970 1960 (2) 1950 1940
Feira de Santana 495.965 419.816 340.621 227.004 126.972 61.612 26.559 14.131Vitória da Conquista 260.260 215.182 180.063 125.516 82.230 46.778 17.503 7.682Itabuna 199.643 191.184 170.539 130.163 89.500 54.268 25.351 15.712Juazeiro 151.336 125.286 95.738 60.811 36.242 21.196 15.896 10.831Ilhéus 148.577 154.624 135.275 71.376 58.572 45.712 22.593 15.566Jequié 136.470 126.906 114.733 84.708 62.147 10.158 20.652 13.268Teixeira de Freitas 128.482 97.928 73.396 19.680Barreiras 123.741 100.085 70.870 30.555 9.831 7.175 5.802 4.144Alagoinhas 122.281 110.751 97.933 76.331 53.617 38.246 21.283 13.317Eunápolis 93.413 79.161 63.540 4.688 1.090 767 303Paulo Aonso 93.404 82.584 74.355 61.978 38.265 19.499
Porto Seguro 80.267 64.295 16.594 5.000 3.232 2.697 1.888 2.117Santo Antônio de Jesus 79.299 66.245 52.855 33.741 21.032 1.402 11.417 8.518Itapetinga 61.403 51.453 46.020 36.809 30.393 17.646 7.897 1.188Valença 59.476 51.816 41.937 29.902 20.782 17.137 11.492 9.636Irecê 58.350 49.628 40.069 28.255 10.386 3.855 1.455 837Guanambi 58.111 50.784 42.647 23.857 10.442 5.268 2.077 1.501Luís Eduardo Magalhães 54.881 15.699 2.385Senhor do Bonfm 49.975 44.648 43.239 33.804 21.317 13.958 10.113 7.913Itamaraju 49.785 48.037 44.449 31.947 10.674 2.526 756 375Itaberaba 48.485 44.517 36.934 27.561 16.019 8.555 5.896 2.740Jacobina 47.587 43.434 42.103 26.674 18.814 12.373 7.224 4.389Serrinha 47.188 41.587 34.437 23.914 15.925 10.284 6.602 2.765Brumado 43.955 39.459 34.875 24.647 15.289 7.051 3.012 1.045Bom Jesus da Lapa 41.555 37.726 32.390 19.861 12.223 6.107 4.740 2.321
Ipiaú 40.384 37.924 36.408 27.346 18.227 13.164 6.981 3.806Fot: iBGe, Cso Dmográco (1940, 1950, 1970, 1980, 1991, 2000, 2010) Sops Prlmr do Cso Dmográco (1960).(1) aps os ddos d populção urb do dstrtosd.(2) São utlzdos os ddos d Sops Prlmr do Cso Dmográco, porqu o documto l ão prstou os ddos
dtlhdos dos dstrtos.
Ou sj, d qu th ocorrdo um dcréscmo tx d crscmto gométrco ul,
m trmos bsolutos, sss cdds d umtrm sgctvmt sus populçõs.
esss ddos tmbém potm dos príodos dsttos o procsso d ocupção o ortl
cmto do ppl ds cdds méds bs, prcplmt s orm rlcodos à prpr
lgc d urbzção do Brsl. no cotxto qu s cou m 1940 o té o l d décd
d 1960, suprous s qu pod sr domd como urbanização pretérita d Bh; ou
sj, dxm d tr prvlc os mrcos trors qu udrm sss cdds sttuírm
su estruturação4, qu r ortmt mrcd pl orç ds tvdds gropcuárs.
Pr tr-s um d do ppl qu ts cdds dsmphvm o íco dss príodo pr
o cotxto bo, bm como s mudçs postrors ocorrds – m 1940 –, ds 20 mors
cdds do stdo, qu podrm xrcr lgum ppl d trmdção,5 o qu prmt
xclur Slvdor, rtculção com o Rcôcvo Bo r um tor mportt dstcv,
4 estruturção urb d cdd: cojuto d modcçõs o procsso d urbzção qu dtrm um xprssãomomtâ do/o mosco d usos do solo: strutur urb (SanTOS, J., 2008b).
5 no cotxto hstrco, lgc r dstt d tul; portto, d d trmdção prcs sr rssgcd.
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
por xmplo, nzré, Sto amro, Cchor, Mrgogp São Félx. Outro tor mportt
r cpcdd d scomto d produção dsvolvd o ltorl ou htrlâd, o
qu rssltv, lém ds suprmcods, Blmot Cvrs (Fgur 1).
Como dto, tr 1960 1980, tdc o o umto s txs, com ídcs ms ltos qu os
os trors m várs cdds (Tbl 2). Com xcção d ilhéus Vlç, m todos os dms
csos vstgdos, populção dsss cdds ms qu dobrou m vt os; lgums, clusv,
com ídcs xorbtts, como os csos d Brrrs, Pulo aoso, Sto atôo d Jsus irc.
etd-s qu, o âmbto d um áls dmográc cl, o ss príodo qu sss cdds
comçrm ghr os prmros cotoros drção d ssumr ppés quto méds, por
ms qu tl cosoldção s th sdo dd, com mor vsbldd, prtr d décd d 1980.
ess spcto prmt rtomr os rgumtos d Sposto (2004), qudo pot qu s mudçs
urbzção s ghm otordd qudo um lgc pss prvlcr sobr s trors.
igura 1População da cidade, por cidades que desempenhavam papéis de intermediação – Bahia – 1940
Fot: iBGe, Cso Dmográco, 1940. Bs Crtográc: Dt, Mp Rodováro d Bh, 2001. escl: 1:1.700.000elborção: Jo Stos.apoo: Fpsb, Usb.
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a ções do estado e o P aPel das Cidades Médias b aianas nos Planos da urbanização C aPitalista
P arte iir edisCutindo as Cidades Médias
no /do território b aiano
Tabela 2Taa de crescimento geométrico anual das populações das cidades (1) médias – Bahia – 19402010
Cidades médias Dados relativos (%)1940-1950 1950-1960(2) 19602-1970 1970-1980 1980-1991 1991-2000 2000-2010
Feira de Santana 6,51 8,78 7,50 5,98 3,76 2,35 1,68
Vitória da Conquista 8,58 10,33 5,80 4,32 3,34 2,00 1,92
Itabuna 4,90 7,91 5,13 3,82 2,49 1,28 0,43
Juazeiro 3,91 2,92 5,51 5,31 4,21 3,03 1,91
Ilhéus 3,80 7,30 2,51 2,00 5,98 1,50 -0,40
Jequié 4,52 6,88 4,46 3,15 2,80 1,13 0,73
Teixeira de Freitas 12,71 3,26 2,75
Barreiras 3,42 2,15 3,20 12,01 7,95 3,91 2,14
Alagoinhas 4,80 6,04 3,44 3,60 2,29 1,38 1,00
Simões Filho 11,94 15,71 5,14 6,29 2,14
Eunápolis 9,73 3,58 15,71 26,74 2,47 1,67Paulo Aonso 6,97 4,94 1,67 1,17 1,24
Porto Seguro -1,14 3,63 1,83 4,46 11,52 16,24 2,24
Santo Antônio de Jesus 2,97 2,70 3,51 4,84 4,16 2,54 1,81
Itapetinga 20,85 8,37 5,59 1,93 2,05 1,25 1,78
Valença 1,78 4,08 1,95 3,71 3,12 2,38 1,39
Irecê 5,69 10,23 10,42 10,53 3,23 2,41 1,63
Guanambi 3,30 9,75 7,08 8,61 5,42 1,96 1,36
Luís Eduardo Magalhães 23,29 13,33
Senhor do Bonfm 2,48 3,27 4,33 4,72 2,26 0,36 1,13
Cruz das Almas 4,63 6,08 3,55 3,57 2,11 2,79 2,33
Itamaraju 7,26 12,82 15,50 11,59 3,05 0,87 0,36
Itaberaba 7,96 3,79 6,47 5,58 2,70 2,10 0,86Jacobina 5,11 5,53 4,28 3,55 4,24 0,35 0,92
Serrinha 9,09 4,53 4,47 4,15 3,37 2,12 1,27
Brumado 11,17 8,88 8,05 4,89 3,21 1,38 1,08
Bom Jesus da Lapa 7,40 2,57 7,19 4,97 4,55 1,71 0,97
Ipiaú 6,25 6,55 3,31 4,14 2,64 0,45 0,63
LeGenDa
até 4,99
etr 5,00 9,99
etr 10,00 19,99
acm d 20
Fonte: IBGE, Censo Demográfco (1940, 1950, 1970, 1980, 1991, 2000, 2010) e Sinopse Preliminar do Censo Demográfco (1960).(1) Apenas os dados da população urbana do distrito-sede.(2) São utilizados os dados da Sinopse Preliminar do Censo Demográfco, porque o documento fnal não apresentou os dados detalhados dos distritos.
a prtr d 1980, o msmo tmpo m qu s txs d crscmto gométrco ul td
rm dmur, prdoxlmt, m úmros bsolutos, o volum d pssos qu pssou
morr cdd crscu xpoclmt, mormt té 2000 (Tbl 3). isso slz qu,
d modo dtvo, o suprdo um príodo tror, crrdo décd d 1960, m qu
s dâmcs dsss cdds rm mrcds, proudmt, pl rlvâc d tvdd
grícol, o qu slz os rumos qu urbzção b ssumu, pos o stor trcáro
torous o codutor d dâmc coômc mucpl.
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
Tabela 3Crescimento absoluto das populações das cidades (1) médias – Bahia – 19402010
Cidades médiasDados absolutos
19 40-195 0 1 95 0-19 60 (2) 1960 (2)-1970 1970-1980 1980-1991 1991-2000 2000-2010
Feira de Santana 12.428 35.053 65.360 100.032 113.617 79.195 76.149
Vitória da Conquista 9.821 29.275 35.452 43.286 54.547 35.119 45.078
Itabuna 9.639 28.917 35.232 40.663 40.376 20.645 8.459
Juazeiro 5.065 5.300 15.046 24.569 34.927 29.548 26.050
Ilhéus 7.027 23.119 12.860 12.804 63.899 19.349 -6.047
Jequié 7.384 19.506 21.989 22.561 30.025 12.173 9.564
Teixeira de Freitas 0 0 0 19.680 53.716 24.532 30.554
Barreiras 1.658 1.373 2.656 20.724 40.315 29.215 23.656
Alagoinhas 7.966 16.963 15.371 22.714 21.602 12.818 11.530
Eunápolis 303 464 323 3.598 58.852 15.621 14.252
Paulo Aonso 0 19.499 18.766 23.713 12.377 8.229 10.820
Porto Seguro -229 809 535 1.768 11.594 47.701 15.972
Santo Antônio de Jesus 2.899 3.485 6.130 12.709 19.114 13.390 13.054
Itapetinga 6.709 9.749 12.747 6.416 9.211 5.433 9.950
Valença 1.856 5.645 3.645 9.120 12.035 9.879 7.660
Irecê 618 2.400 6.531 17.869 11.814 9.559 8.722
Guanambi 576 3.191 5.174 13.415 18.790 8.137 7.327
Luís Eduardo Magalhães 0 .0 0 0 2.385 13.314 39.182
Senhor do Bonfm 2.200 3.845 7.359 12487 9.435 1.409 5.327
Cruz das Almas 2.459 5.432 5.095 7.270 6.353 8.696 10.281
Itamaraju 381 1.770 8.148 21273 12.502 3.588 1.748
Itaberaba 3.156 2.659 7.464 11542 9.373 7.583 3.968Jacobina 2.835 5.149 6.441 7.860 15.429 1.331 4.153
Serrinha 3.837 3.682 5.641 7.989 10.523 7.150 5.601
Brumado 1.967 4.039 8.238 9.358 10.228 4.584 4.496
Bom Jesus da Lapa 2.419 1.367 6.116 7.638 12.529 5.336 3.829
Ipiaú 3.175 6.183 5.063 9.119 9.062 1.516 2.460
LeGenDa
até 9.999
etr 10.000 19.999
etr 20.000 39.999
acm d 40.000
Fonte: IBGE, Censo Demográfco (1940, 1950, 1970, 1980, 1991, 2000, 2010) e Sinopse Preliminar do Censo Demográfco de 1960.(1) Apenas os dados da população urbana do distrito-sede.(2) São utilizados os dados da Sinopse Preliminar do Censo Demográfco, porque o documento fnal não apresentou os dados detalhados dos distritos.
Obsrvous, té décd d 1950, qu tvdd prmár costtuís como o prcpl
“motor” d dâmc dsss mucípos. Pr tr-s um d, sgudo Frrr (1958, 1958b),
o ctr ormçõs do Cso Dmográco d 1950, ss tpo d tvdd ocupv 78% d
populção m dd tv m Vtr d Coqust 70% m itbu; 30,04% m ilhéus 30%
m Fr d St, sss últmos csos, suprd pls “tvdds doméstcs”. em 1970,
por ms qu tvdd prmár th dqurdo mpulso m lgus mucípos – como m
Vtr d Coqust, com ccultur; euápols, com slvcultur; , os ps, Brrrs
Luz edurdo Mglhãs, com grcultur mczd –, o o stor trcáro qul qu
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a ções do estado e o P aPel das Cidades Médias b aianas nos Planos da urbanização C aPitalista
P arte iir edisCutindo as Cidades Médias
no /do território b aiano
tv o mor mpcto m sus dâmcs, sobrtudo s tvdds ssocds o comérco,
os srvços o stor mobláro, porqu ts cdds pssrm drr rd grd
rgolmt, clusv ds árs produtors qu, muts vzs, stvm loclzds ordos mucípos polos, como os csos d Brr do Choç itmbé, pr Vtr d Coqust;
Cmcã, pr itbu ilhéus.
Os ddos sobr s mudçs vrcds, prtr d décd d 1970, o qudro do Pro
duto itro Bruto, sgudo os prcps stors ds tvdds, tmbém cotrbum
pr cormr ss xo (Tbl 4). Prmro, porqu cormm o pso qu o trcáro
já xrc m 1970, pr cotrolr produção ocupr populção rsdt ou qu
mgrou pr s prcps cdds méds, cormm tdc do cptlsmo
cotmporâo, qu é ctrr mor prt d mão d obr os stors rtculdos o
comérco os srvços.
Tabela 4Produto Interno Bruto, por setor de atividade, segundo os municípios cujas sedes são cidadesmédias – Bahia – 1970/2009
(%)
Municípios2009 1999 1985 1970
Agr. Ind. Ter. Agr. Ind. Ter. Agr. Ind. Ter. Agr. Ind. Ter.
Feira de Santana 0,91 20,19 78,90 0,92 16,69 82,39 3,47 42,55 53,98 7,63 26,48 65,89
Vitória da Conquista 3,42 12,71 83,87 3,72 13,47 82,81 18,61 20,26 61,13 8,07 12,54 79,39
Itabuna 0,63 16,80 82,57 0,65 16,79 82,57 15,28 24,40 60,32 12,80 13,54 73,65
Juazeiro 13,60 12,87 73,52 11,43 17,88 70,69 17,67 42,61 39,72 9,80 23,23 66,97
Ilhéus 3,24 28,16 68,60 3,67 29,15 67,18 17,89 44,96 37,14 19,88 15,84 64,28Jequié 1,30 11,92 86,78 2,76 14,00 83,23 13,97 22,65 63,38 15,89 19,19 64,93
Teixeira de Freitas 5,53 15,05 79,42 12,74 13,26 74,01
Barreiras 19,75 15,69 64,56 19,03 21,15 59,83 1,34 20,18 81,16 29,84 14,26 55,90
Alagoinhas 1,80 26,18 72,02 1,87 21,11 77,02 8,42 35,88 55,70 16,04 18,19 65,77
Eunápolis 4,63 32,90 62,46 8,68 12,74 78,58
Paulo Aonso 0,57 68,54 30,89 0,44 77,38 22,18 6,25 36,04 57,72 1,09 30,16 68,75
Porto Seguro 8,85 10,61 80,54 6,96 13,72 79,33 38,02 16,66 45,32 53,00 8,14 38,86
Santo Antônio de Jesus 1,47 12,24 86,29 1,81 13,28 84,92 22,30 24,27 53,43 40,53 10,54 48,94
Itapetinga 2,48 37,25 60,26 2,40 26,93 70,67 22,75 26,24 51,02 27,17 16,17 56,66
Valença 7,85 11,61 80,54 12,74 13,26 74,00 36,16 25,27 38,57 35,65 32,25 32,10
Irecê 3,06 8,95 87,99 24,40 9,99 65,62 35,07 18,84 46,09 69,82 2,10 28,08
Guanambi 3,25 10,82 85,93 3,30 12,31 84,38 12,04 41,44 46,52 28,94 17,89 53,17
Luís Eduardo Magalhães 13,86 22,24 63,90
Senhor do Bonfm 1,89 13,17 84,94 1,96 10,31 87,73 12,53 35,67 51,80 10,51 21,32 68,17
Cruz das Almas 4,38 11,77 83,85 4,38 12,67 82,95 11,44 29,12 59,44 31,00 22,45 46,55
Itamaraju 30,14 9,05 60,80 17,89 10,24 71,87 50,21 13,96 35,84 40,23 6,54 53,22
Itaberaba 15,44 9,07 75,49 10,82 12,04 77,15 20,08 21,21 58,71 13,00 15,90 71,10
Jacobina 5,60 22,11 72,29 5,62 9,91 84,47 23,93 25,95 50,12 42,09 7,25 50,66
Serrinha 3,00 17,21 79,79 3,32 20,42 76,26 16,12 35,62 48,25 25,04 14,08 60,88
Brumado 2,78 32,27 64,95 2,43 27,71 69,85 6,93 47,63 45,45 11,54 52,93 35,53
Bom Jesus da Lapa 19,07 9,02 71,91 18,75 10,53 70,72 30,76 15,35 53,90 31,79 16,44 51,77
Ipiaú 4,61 21,63 73,76 5,72 11,21 83,07 51,79 8,60 39,61 44,09 8,81 47,10
Fot: isttuto Brslro d Gogr esttístc (2012b); isttuto d Psqus ecoômc aplcd (2012).
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
nos últmos dz os, quto dusors cotroldors ds tvdds trcárs ms
mportts dos sus trrtros d dtdd6 ou d sus cotxtos mcrorrgos, s cd-
ds méds, prcplmt s mors, pssrm trr ovs ots d cptl, sobrtudocomrcl cro, qu drm um ov cojutur às sus dâmcs coômcs.
Todos sss ddos sobr spctos dmográcos d produção coômc, cotudo, ão
rprstrão muto, o plo lítco, s ão or cosdrdo qu própr polítc d
rtculção do trrtro brslro z com qu houvss um ov fudz s rlçõs tr
os spços dcorru mor crculção d mrcdors, cptl , sobrmr, trblh-
dors. Portto, rgão d fuc dsss cdds méds vrcou-s qu mobldd
do trblho o otr ão rstrt os dslocmtos pr os grds ctros urbos
brslros, sdo rgão Sudst o prcpl oco, d qu, m dtrmdos csos, o
uxo tmbém th s dslocdo pr Slvdor.
Ou sj, msmo pr lgums cdds méds, mlhrs d cmposs pssrm
mgrr, mormt prtr d 1960, clmt, porqu orm xproprdos d sus
trrs, o qu xplc, prclmt, os ddos mcodos Tbl 3. isso ocorru m
ução d trs procssos potdos lhurs (SanTOS, J., 2009b): usc d polítcs
qu grtssm prmc do homm o cmpo; mczção/modrzção d
grcultur; príodos d crs tvdd grícol. esss lmtos crrm s pos
sbldds pr su xpsão urb, pos, quto ctros rgos d comdo,
s codçõs ds orm dsgds pr susttr rproduzr o modo d produção
cptlst – mão d obr brt dspoívl –, m vço pr o spço ordsto,prtculrmt o bo.
a prtr d décd d 1970, com crção d város dstrtos, tvdd dustrl tmbém s
tscou m lgums dsss cdds tv fuc dâmc dmográc, d qu
th sdo mor qu os stors trcáros gráros, mor prt dls. Todv, m csos
potus, como itptg, o mpcto o rprsttvo sgcou mudçs prouds,
smpr ssocds o ortlcmto do comérco dos srvços.
nss msm décd, porém, houv mpltção d ovs tvdds coômcs sso-
cds o stor prmáro, bm como vultosos rcursos cros pr qu ss stor s
xpdss, como os csos d Brrrs, Vtr d Coqust Juzro. esss rcursos,
trtto, trouxrm prouds trsormçõs o modo como s produz sss
mucípos, sobrtudo s árs rurs crcuvzhs. O xodo rurl borddo cm
pot lt d polítcs d prmc do cmpos por prt do govro, qu, o
vés d cotrbur pr qu o pquo produtor prmcss o cmpo, crou polítcs
qu, m vrdd, os xpulsrm dos sus lugrs d orgm trrmlhs s codçõs
6 Dlmtção dotd plo Govro do stdo d Bh, prtr d 2007, cuj dscussão trc ão z prt dostrsss dst txto. Fo usdo ps como rcurso d loclzção trrtorl. Cotudo, é udmtl lmbrr qu dlmtção tror, domd rgão coômc, tmbém o mpost plo estdo , portto, ão é turl,
m stá st d crítcs; l, qulqur rcort rgol mplc o mprdmto d podr.
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a ções do estado e o P aPel das Cidades Médias b aianas nos Planos da urbanização C aPitalista
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no /do território b aiano
cocrts d vd zo rurl, poss d trr. Como dcorrc, város torrms
mão d obr sslrd, um spcto bstt dscutdo por S. Souz (2008), pr o cso
d Vtr d Coqust.
S, tr 1960 1980, houv um tso procsso d mgrção d rgão nordst pr
rgão Sudst, s últms décds sso ão é ms prvlt. Cocomttmt à
mgrção d pssos pr últm rgão, há um movmto d rtoro, pos, como s
codçõs d vd torms ms guds, msmo m tgs árs produtors, como
São Pulo, c à prpr crs struturl do cptlsmo, mutos ão cosgum trb
lho cm dsmprgdos. Por st rzão, dslocm-s, costtmt, m busc
d su sobrvvc, sj s árs mdts sus rgõs d orgm, sobrtudo
s cdds méds polrzdors, sj pr os ctros produtvos, prcplmt ds
rgõs Sudst CtroOst.
Flmt, qulqur ltur sobr o procsso d urbzção su rlção com
produção ds cdds méds prcs tr como rsslv lgo qu já o sltdo, qu
é cssdd d suprr um vsão mccst qu sst m xplcr produção
dos spços urbos por mo d lmtos mrmt téccos. além d cogurr
o qu Gottdr (1997) du como dtrmsmo tcolgco, tds qu sso
tmbém produz um tchsmo d técc, qu, problmtcmt, vrt tod
ordm d xplcção do ômo urbo (SanTOS, J., 2010). Portto, s rodovs,
por s msms, ão podm xplcr o crscmto dsss cdds, porqu, cso cotrá
ro, srão dscosdrdos os lmtos muto ms rlvts pr dscussão qusão própr ssc d xstc d ts rodovs, quldd d mtrldd
purmt técc. Por ms qu sj mportt s cosdr qu, quto produto
dss ov dâmc coômc, mpltção ds rodovs drs stdus lt
rou s rlçõs tcds o âmbto trurbo, log d pcs xplctvs, sss
s podm sr cosdrds quto rsultts d um ordm socl ms mpl qu
lucou urbzção o stdo.
nsss trmos, tdr produção do spço s cdds méds bs, o qu clu
s sus próprs xpsõs trrtors urbs, mplc dsvdr os xos do própro
vço mdurcmto ds rlçõs cptlst o Brsl, como já dto, rtculdos omovmto do mudo cotmporâo. Dtr várs outrs uçs, comprd-s qu
sso ocorru plos sguts tors: cssdd d rtculção do trrtro brslro,
qu mtrlzou s rodovs drs stdus Bh costtuu um ov lgc
urb o stdo; s çõs do estdo, gt qu s ustou promoção d polítcs
pr grtr prmc do homm o cmpo, d modo dgo, o qu ortlcu o
xodo rurl urbo, o ldo, cocomttmt, d sus polítcs qu tmbém pro
movrm ctrlzção d tvdds trcárs sss cdds trírm os mgrts;
o cmto hbtcol promovdo plo Bco ncol d Hbtção (BnH) plo
Sstm Fcro Hbtcol (SFH), qu cocdu cptl cssáro pr “lmtr”
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
o stor mobláro; pult vlorzção ds trrs urbs, qu, m stdos dvrsos,
tto ortou o crscmto dsgul ds cdds covrsão d trr rurl m urb
como dcultou o csso dos pobrs à mord, vorcu o procsso d ocupção ddvrsos “spços vzos” ormção d árs prércs populrs; xpsão do
cptl “trcáro” (comrcl lgdo os srvços), cro mobláro, qu, os últmos
os, ortlcrm s sus dâmcs.
atulmt, o cotúdo d urbzção o proudmt modcdo, como orm trs
ormds s prprs struturs rlçõs ds/s cdds méds bs. não obstt,
s sus rtculçõs com outrs cdds são gdrds, justmt, por rlçõs m rd
qu vão lém do âmbto íscotrrtorl (o stdo d suprr), sm qu, cssrmt,
o lm, pos s rlçõs urbs d são ortmt costtuíds por rlçõs trrtors
cotígus. Portto, podrs qu é prcso dsvdr o cr d rlção tr cptl trblho o dbt sobr produção ds cdds méds d Bh, psdo o qu Mészáros
(2009) potu como sml o dbt sobr o cptlsmo cotmporâo: dlétc tr
produção cosumo, produção crculção, produção dstrbução.
eSTaDO e COnSTiTUiÇÃO DaS CiDaDeS MÉDiaS BaianaS
Pr lsr os tors qu orm dtrmts zrm com qu lgums árs urb
s s cosoldssm como cdds méds, sts rlxõs srá susttd um ts:
d qu s çõs do estdo, o âmbto ds sus trs srs d podr, cocomtt às
polítcs d dsctrlzção cmpds plos sus pljdors, tvrm ppl crucl
ss qustão. isso ão qur dzr qu outros lmtos ão stão sdo cosdrdos; o
qu s qur é dr o dstqu dvdo ss gt, porqu, m grl, sus çõs ão são
cosdrds dqudmt por lgus psqusdors áls d cosoldção ds
cdds méds, prtculrmt s bs. nss stdo, é udmtl dstcr qu
dus çõs do govro drl orm sms pr qu ossm cds s bss pr
dcção do procsso d costtução dos sus ppés d trmdção, d qu, o
cotxto d sus surgmtos, ts qustõs ão ossm dscutds. assm, dvs lm
brr d crção do SFH do BnH, o qu tg às polítcs d hbtção; ds propostsvculds os PnDs i ii.
Sobr os prmros, dstcs qu crção dsss strumtos o um to obsrvávl m
âmbto col, como cosquc d polítc col d hbtção, dcrtd pl l
drl qu sttu corrção motár os cotrtos mobláros d trss socl, o sstm
cro pr qusção d cs prpr, crou o BnH, s Socdds d Crédto imobláro,
s Ltrs imoblárs o Srvço Fdrl d Hbtção Urbsmo (BRaSiL, 1964).
Sgudo Szubrt (1979), o SFH th como objtvo básco promovr costrução qusção
d cs prpr, spclmt pr s xs d mors rds. no tto, cou xplct-
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a ções do estado e o P aPel das Cidades Médias b aianas nos Planos da urbanização C aPitalista
P arte iir edisCutindo as Cidades Médias
no /do território b aiano
mt stblcdo qu promoção xcução d projtos d costrução d hbtçõs
srm rsrvds o stor prvdo, cbdo o stor públco tur ps lborção dos
projtos locção dos rcursos. ao BnH, rgão ctrl d cotrol do SFH, cbrmuçõs d turz prdomtmt ormtv cr.
Dss orm, sttucolzous covrsão d hbtção, jutmt com mord pr
s clsss populrs, m um mrcdor d trsst vlor comrcl sr proprd
pl ctv prvd, com o propsto d sr covrtd m cptl. ao estdo coub, tão,
o ppl d lborr os projtos d hbtção populr. a mord, portto, prcplmt
pr sss cmds populrs, qu ão dspuhm d rd ststr, o srd ss
lógc dxou d sr psd como um cssdd básc pr torr-s omto à
ctv prvd, cuj prspctv r, prmrmt, obtção d lucros, msmo qu os
rsultdos ão thm sdo smpr os sprdos o toct o rtoro do vstmto pr populção pobr; ou sj, m várs outrs cdds bs ão hvr xpsão urb,
dcorrt d progrms hbtcos ou polítcs d costrução moblár, sm crção
dsss dos strumtos: o BnH o SFH.
É sscl comprdr qu o ortlcmto ds cdds méds, o Brsl, tmbém ão
s du lho um outr polítc sttl, pos stá xplícto, os PnDs i ii Polítc
ncol d Dsvolvmto Urbo, cssdd d crr strtégs d pljmto
qu vblzm progrms d dsctrlzção ds uçõs dos ppés mtropoltos,
mormt ds tvdds públcs, pr cdds d mors ports (BRaSiL, 1971, 1974,
1975); ou sj, trtou-s d um projto polítco bm rquttdo, qu fucou qus todosos stdos brslros, clusv com lto cmto do Bco Mudl, como lsm
Stbrgr Bru (2001).
no cso bo, s rprcussõs dsss çõs do govro drl tvrm proudos “rbtm-
tos”. em 1972, o Govro do stdo solctou do Dprtmto d Gogr d Uvrsdd
Fdrl d Bh (UFBa) um projto, qu o coorddo plos prossors Sylvo Bdr
d Mlo Slv Dourcy Sors (BaHia, 1973b), cujos rsultdos culmrm, clmt,
m um ov propost d rgolzção pr o stdo (BaHia, 1973). Todv, lém dsso,
os rsultdos tmbém covrgm pr dsctrlzção d lgus srvços públcos, qu
stvm ssz coctrdos m Slvdor, zrm com qu ossm trsrdos storscomo Drtor Rgol d Súd (Drs), Drtor Rgol d educção (Drc) o Dpr-
tmto estdul d Trâsto (Dtr) pr lgums cdds loclzds or d cptl. isso é
posto, por ms qu, m 1966, o Govro do stdo já tvss promulgdo um l qu crou
lgums rgõs dmstrtvs (BaHia, 1966).
nss bojo, várs cdds qu hoj são cosdrds méds o stdo d Bh, m ução
d crtéros udmtdos Tor ds Locldds Ctrs, propost por Wltr Chrstllr,
qu são bs dos studos dsvolvdos plos suprmcodos prossors, pssrm
rcbr, prtr d mtd d décd d 1970, podrs xcutvos d rgãos dmstrtvos
do stdo, como Drs (BaHia, 1973b), Drc (BaHia, 1972) o Dtr (BaHia, 1978 ).
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
etrtto, s décds d 1970 1980, outrs mportts çõs do Govro do stdo
crrm s uvrsdds stdus (BaHia, 1980, 1983, 1991; BRaSiL, 1974b). esss, somds
às trors strtégs d dsctrlzção promovds por ss gt, mpulsorm ctrldd xrcd por sss cdds , pultmt, cosoldrm-s quto méds.
Com o pssr dos os, prcplmt ps décd d 1990, outros rgãos, tto d sr
stdul quto drl, como Frus, Drtors Rgos d Trblho, ovs uvrsdds
drs, os tgos Ctro Fdrs d educção Tcolgc (Ct) – os tus isttutos
Fdrs d Bh (iFBa) isttutos Fdrs Bos (iFBo) –, Rct Fdrl, Trbul
Rgol eltorl Trbul Rgol do Trblho, tmbém ucrm ss ppl.
Flmt, o qu tg o stor trcáro, ão podm sr squcds s dms tvdds
lgds à súd à ducção, sjm ls públcs ou prvds, qu, m ução, rspctv
mt, ds polítcs drs d dsctrlzção dos srvços d súd7 ds mudçs pro-vocds pl L d Drtrzs Bss8, ortlcrm s cdds méds brslrs com vrbs
públcs, qu, por su vz, promovrm mplção dsss tvdds. isso é rgumtdo,
mbor th ocorrdo m cocomtâc qustomtos sobr quldd dos srvços
orcdos, sobrtudo, à populção ms pobr, bm como à jção d vrbs do estdo à
ctv prvd, m dtrmto dos stblcmtos públcos. ad ss âmbto, tmbém
dvm sr rssltds sttuçõs prvds d so supror, pos sss, msmo m mor
xprssão, s comprds às públcs, são qupmtos qu struturrm o ppl dsss
cdds méds bs rd urb, mormt, m sus prspctvs rgos.
Portto, qulqur áls qu prz pl dscussão sobr s cdds méds, o stdo dpsr sus ppés rd urb, ão pod dscosdrr qu orm s çõs do estdo,
m ução d dvrsos trsss lcrçds por polítcs dotds plos pljdors, qu
drm um ort susttção pr qu ss lgc oss rgd. adms, o com bs sss
prssupostos s dcorrcs dsss çõs qu, durt tod décd d 2000, ovos
compots pssrm ucr dâmc d su urbzção crrm codçõs
strtégs pr trr ovos uxos d cpts vstmtos pr cdd, o psso qu
possbltrm mpltção d mprss, cujs scls do cptl ão s lmtm às brrrs do
mucípo, do stdo ou msmo do pís, spctos qu srão dscutdos prxm sção.
Tods sss çõs govrmts, lds outros spctos mcodos st txto, cos-ttuírm um ov cogurção rd urb b rdrm produção ds cdds
méds, o qu z com qu ts spços s torssm os tus ocos d locção d cptl
mobláro, trcáro, gráro, dustrl cro o stdo, sm qu, cssrmt, os
trsss cptlsts dxssm d tur tmbém m Slvdor, como potdo por J. Stos
(2008). É ss bojo qu, pari passu à cosoldção dos ctros trmdáros costtuídos
d tr os os d 1960 1970, como Fr d St, Vtr d Coqust, itbu
Juzro, s dus últms décds, ovs cdds ortlcrm-s pr dsmphr ppés
7 artgo 7º, Prágro iX lí “” d L drl .º 8.080 (BRaSiL, 1990).
8 artgo 11º d L .º 9.394 (BRaSiL, 1996).
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a ções do estado e o P aPel das Cidades Médias b aianas nos Planos da urbanização C aPitalista
P arte iir edisCutindo as Cidades Médias
no /do território b aiano
d trmdção (Fgur 2). etrtto, s com bs o dsvolvmto d ovs psquss
é qu s podrá chgr, o uturo, um coclusão ms cocrt clr sobr vrcdd
do to d sss ovs árs urbs podrm sr psds como méds ou, dotdo otrmo usdo por M. Stos (2005), como “cdds rgos”.
igura 2População da cidade, por cidades médias – Bahia – 2010
Fot: iBGe, Cso Dmográco, 2010. Bs Crtográc: Dt, Mp Rodováro d Bh, 2001. escl: 1:1.700.000.elborção: Jo Stos.apoo: Fpsb, Usb.
CiDaDeS MÉDiaS BaianaS nOS PLanOS Da URBaniZaÇÃO CaPiTaLiSTa
a prtr d décd d 2000, sobrmr, obsrvou-s, s cdds méds bs, stl-
ção d ovos stblcmtos comrcs d srvços, bm como d mprss ssocds
outros rmos d coom vculds um cptl qu ão stá ms rstrto à scl locl.
est qustão xg um rxão ms cosubstcd, porqu s trt d um composção
hodr d/ urbzção, qu uc sus ppés rd urb, pr trr grupos
cptlsts cotmporâos pr spços or d cptl b. no qu tg à composção
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
do cptl qu sustt ts grupos, msmo qu, m prvlc, ão stjm mlgmdos
o cptl cro, pultmt, tl vículo pss sr ortlcdo costtu dâmcs
drcds sss spços urbos.
Coorm sltdo lhurs (SanTOS, J., 2008), trcolzção do cptl rlcodo
o stor trcáro o produto d lçs ts tr ss o cptl cro. a prtr d
décd d 1990, vrcous um umto dss procsso o Brsl, pos um úmro mor
d mprss, qu comrclzrm sus çõs s bolss d vlors, pssou sr dqurdo
cotroldo por corporçõs trcos, como os grupos Wlmrt Crrour. as dâmcs
obsrvds m cdds como Vtr d Coqust, Fr d St, itbu, dtr outrs,
dcm qu s xprmt um príodo mrcdo pl oligopolização do capital comercial ,
pos lgus grupos, tulmt, cotrolm bo prt do mrcdo.
ao s stlr m drts spços dsss cdds méds, ts mprss modcm o vlor
grgdo à trr urb ltrm lgc d su ctrldd o âmbto rgol. Coco
mttmt, tdm lvr à bcrrot um mríd d pquos mprsáros, sj
porqu s mors mprss dspõm d sstms d cocssão d crédto logo przo,
qus smpr vculdos lvds txs d juros, sj porqu rproduzm ão s o cptl
comrcl, ms, gulmt, o cptl cro, já qu sss stão rtculds tto o
cotrol coáro quto s prprs trsçõs comrcs.
É por sso qu, m ução do prpro mdurcmto ds rlçõs cptlsts m crts
árs d Bh, bm como dos trsss ds mprss m brr ovs rts qu vsm
mplr mrgm sr dos sus lucros, hj vst s codçõs scs qu o stdo vm
orcdo mpl mão d obr brt, s últms décds, ts cdds méds pssrm
sr ocos d trção d um cptl comrcl, dustrl, mobláro cro qu, como
mcodo, é xtror às srs locl stdul.
além dos suprmcodos dstcdos srvços públcos prvdos, surgrm mportts
mprss comrcs sss cdds, qu tmbém cotrbum pr rdção do su ppl
d trmdção, qu s drcm ssz dqul lgc qu mprou té décd d 1980
cosoldou s bss cssárs pr qu ss procsso ocorrss. Pods dstcr, dtr
sss, mpltção d ovos shoppings centers, todos ugurdos prtr d mtd d
décd d 1990, com bs os ddos d J. Stos (2008, 2009b). ess utor pot s mpl
cçõs d ts mprdmtos pr dâmc dsss cdds rvl o ortlcmto
ds sus ctrldds urbs, mormt os cotxtos rgos m qu stão srdos,
pos um grd úmro d pssos s, ão s dsss cdds, ms tmbém dos mucípos
crcuvzhos, pr cosumr sss vrddros “tmplos” (Fgur 3). Por outro ldo, o
âmbto d struturção tr dsss qupmtos, rqus como Bob’s, Mc Dold, Lojs
amrcs, Subwy tc., tmbém mtrlzm ss ov s d urbzção b.
n sr ds grds mprss d utossrvços, os studos rlzdos tmbém corroborm
ss lgc tul, o slzr qu mpltção d ovs lojs do Hpr Bom Prço do Mxx
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a ções do estado e o P aPel das Cidades Médias b aianas nos Planos da urbanização C aPitalista
P arte iir edisCutindo as Cidades Médias
no /do território b aiano
atcdos, qu zm prt do Wlmrt; do atcdão, prtct o Grupo Crrour; do
GBrbos, hoj prtct o Grupo Chlo Ccosud9, ltrrm s dâmcs trs
xtrs ds cdds méds (Fgur 4).
Várs cds d lojs vrjsts, hoj, stão stlds sss cdds. Por xmplo, s qudomm o stor d ltrodoméstcos, como Lojs isut, Rcrdo eltro, Css Bh,
eltroso Lojs Ms10, dotm strtég d mpltr s sus ls m árs trcárs
cosoldds torm sml busc por spços qu prstm ltos fuxos (Fgur 5). Por
outro ldo, dltcmt, sss cds lojsts tmbém rorçm ctrldd xrcd
ltrm dâmc tr ds cdds, rspctvmt, sj porqu crm um cogurção
drcd dsposção dos tgos ovos spços ctrs, sj porqu umtm o
prço d trr urb dos lugués pgos plos spços trcáros.
9 iormçõs coltds juto o bco d ddos do Grupo d Psqus Urbzção Produção d Cdds Bh.
10 idm.
igura 3Presença de shopping center, segundo o padrão Abrasce, por cidades médias – Bahia – 2012
Fot: Sts ds mprss, 2012. Bs Crtográc: Dt, Mp Rodováro d Bh, 2001. escl: 1:1.700.000.elborção: Jo Stos.apoo: Fpsb, Usb.
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
igura 4Lojas de autosserviços pertencentes às redes de capital suprarregional por cidades médiasBahia – 2012
Fot: Sts ds mprss, 2012. Bs Crtográc: Dt, Mp Rodováro d Bh, 2001. escl: 1:1.700.000.elborção: Jo Stos.apoo: Fpsb, Usb.
nss prspctv, ts grupos, qu ão podm sr rduzdos xclusvmt os qu orm
suprctdos, rlcoms com os gts mlgmdos o stor mobláro sss, cd vz
ms, vstm d modo mcço costrução cvl; lás, trts d um stor cujo compot
do cptl, pultmt, stá sdo cotroldo por grupos cros qu ão s vculm,
cssrmt, à sr locl ou stdul, sobrtudo, s or lsd orgm dos cmtos
qu susttm sus mprdmtos. Por ms qu ão s th trss d dscutr strutu
rção tr dsss cdds st txto, obsrvs qu o csso à mord, d modo crsct,
pss ão sr rqudo pr s cmds ms pobrs, porqu o crdo um comsurávl
tgívl procsso d vlorzção, sob btut do cotrol/mooplo ds trrs urbs, qu
utr s xpcttvs dos grupos grcdors dos mprdmtos mobláros.
D qulqur orm, todos os potmtos mcodos té o momto coduzmos o
oco dsss rxõs, qu é dsvlr o qu procurm s mprss qu, s últms décds,
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a ções do estado e o P aPel das Cidades Médias b aianas nos Planos da urbanização C aPitalista
P arte iir edisCutindo as Cidades Médias
no /do território b aiano
stlrm-s s cdds méds ltrrm sus dâmcs. Logo d íco, há qu s cosdrr
qu ss lgc ão é spcíc, tão pouco xclusv d um ou d outr, pos ocorrm ômos
smlrs m qus tods s cdds d médo port Bh, o qu dc um procsso ms
mplo qu ão s xplc, xclusvmt, plo qu ocorr o âmbto trurbo.
a prcípo, um qustomto pod judr s rfxõs: s, dsd décd d 1980, sss
cdds, prcplmt s mors, já prstvm pdrõs dmográcos dmds
solvávs prxmos às vrcds m cdds méds ds rgõs Sul Sudst do pís, d
qu rsrvds s dvds proporçõs, por qu ss dâmc ão ocorru m príodos
trors? Ou sj, por qu ss trss s ocorru, ssclmt, prtr dos últmos 20
os? advrt-s qu, m prvlc, ts trsormçõs ão orm m são dcorrts
d “votd”, dos “trsss” ou ds “çõs” d lgus grupos locs, d qu sss dvm
sr cosdrdos o plo lítco.
igura 5Lojas de eletrodomésticos pertencentes às redes de capital suprarregional, por cidades médiasBahia – 2012
Fot: Sts ds mprss, 2012. Bs Crtográc: Dt, Mp Rodováro d Bh, 2001. escl: 1:1.700.000.elborção: Jo Stos.apoo: Fpsb, Usb.
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
as ltrçõs o cptlsmo s strtégs dotds pr umtr xtrção dos lucros
prcsvm corporr às sus srs d domío (árs colozds) ovos spços qu
vblzssm crculção , mormt, o cosumo ds mrcdors produzds por ssov s do sstm ( d d mrcdor dv volvr dvrsos produtos, mtrs ão
mtrs). Fo ss bojo qu s cdds méds ordsts, como outrs loclzds m
árs qu outror ão trssvm à mpltção d ts mprss, costtuírms como
os ovos ocos d sus strtgms loccos. Tudo sso sgcou, cocomttmt,
mplção dos spços dstdos à rlzção d ms-vl, ou sj, tscção d ovos
cmpos pr dstrbução crculção, bm como grt do cosumo, cuj bs é
rprodução mpld dos produtos grdos pl obsolscc, sj ss imanente, vculd
à suprção técc d um produto; urdida, pljd ou progrmd pr cotcr um
dtrmdo trrgo d tmpo; ou ilusória, qu smul o m d vd útl d um produto,msmo qu d sj prtmt ucol.
nss stdo, o psr o cotxto d urbzção cotmporâ, o qul cdds
méds bs stão srds, s ds d Stos Slvr (2001, p. 264) sobr os spços
qu mdm os spços qu obdcm corroborm o qu s td, o sugrrm qu
“... s dcsõs, s ords tc. são sltvmt stlds, tods s tps do procsso
produtvo, mor prt do spço col, dpdm dsss sumos téccos polít
cos”. Os utors d rgumtm qu o lugr (ss trmo, pods psr s cdds
méds) “ ... m s msmo , ão possu orç hum d comdo”, todv, ão dxm d
cosdrr qu “... o xrcíco do podr rgultro por mprss plo podr públco ão
é dpdt do sstm d ghrs do sstm ormtvo prsts m cd lugr”
(SanTOS; SiLVeiRa, 2001, p. 265).
Ou sj, lgc qu stá prst, hodrmt, cdd é um produto drto d trs-
ss, comdos dsmdos qu stão vculdos outrs scls do cptl, d qu, o
âmbto do lugr, sj udmtl hvr quscc d lgus gts, prcplmt,
os qu são prvlgdos/bcdos com tl grgm, pr produzr rproduzr os
strtgms rquttdos urddos plo cptlsmo cotmporâo. S ssm ão oss, ts
mudçs ão trm ocorrdo, ps, s últms dus décds já srm vsívs dsd
décd d 1980 s prcps cdds méds bs. Todv, msmo qu ão possum ss
comdo do cptl globl, qu o stldo s últms décds m su spço trurbo,
sso ão é um rqusto pr gr cpcdd qu s cdds méds bs dqurrm
m rtculrs outros ctros d cotrol xrcr um ort ctrldd, por vzs, sm
strm vculds ou dpdts dos dtms orudos d Slvdor; ou sj, é lgo qu
xtrpol o âmbto d sus rgõs ms mdts. alás, prsç dsss mprss é um
dcdor mportt pr lsr, o cso d Bh, s ovs árs urbs qu xrcm
ou ão ppés d trmdção.
artculdo o trss dquls qu comdm sr d produção, dstrbução, crcul
ção cosumo ds mrcdors (mtrs ão mtrs) th qu hvr o mpho, por
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a ções do estado e o P aPel das Cidades Médias b aianas nos Planos da urbanização C aPitalista
P arte iir edisCutindo as Cidades Médias
no /do território b aiano
prt do podr públco, os plos mucpl, stdul drl, pr grtr rstrutur,
cmto marketing dqudos sss cdds méds, pr qu trção d ts
vstmtos oss ão só stmuld, ms tvd. Por sso, obsrv-s qu qulqurpsmto qu stvss udmtdo m proposts d pljmto logo przo
tv qu sr suprdo pssou prvlcr, o âmbto d dmstrção públc, lgc
d gstão rducost, qu rvrbr d d qu cdd prcs “dr lucro”.
É xtmt por sso qu, sss cdds méds, torms vsívs lgus spctos: na órbita
do poder municipal, ão há mcsmos qu cotrolm s çõs scrupuloss dos grupos mo-
bláros, o cotráro, sss, m grl, possum quscc do podr públco , m mor, os
vstmtos ds prturs orm drcodos pr grtr rstrutur mím cssár
à udz do cptl; nas órbitas dos governos estadual e ederal tmbém orm mprscdívs
vstmtos m rstrutur, bm como subsídos (muts vzs sob orm d sçõs dmpostos, qu s covrtrm m vrddrs gurrs scs) rcursos cros pr tgr
ts objtvos; ou sj, o dhro públco o drtmt jtdo m ctvs prvds, com
o estdo tordos o lcrc sml pr rprodução do cptl.
Pari passu à sturção dss ov ordm m ts cdds, os dscursos rvrbrdos plos
“rutos do dsvolvmto” pssm sr corpordos às ls xtríds do sso comum,
msmo dquls qu são ms pobrs qu, d um modo ou d outro, ão usurum do
“progrsso”. nss stdo, drt do qu propõ M. Souz (2001), ss projto d ds
volvmto ão gr justiça social qualidade de vida, té porqu ão s rorç autonomia
individual e coletiva, m s costró um projto polítco m qu todos stjm tv rlmt clusos.
Por outro ldo, sss cdds méds, prdms d vst s procupçõs os cuddos:
com o crscmto urbo xcrbdo, como s o to d um cdd crscr dmogr
cmt oss sômo d postvdd, d dsvolvmto; com os trvs dcorrts
d lt d rstrutur urb, mormt pr populção ms pobr; , sobrmr,
com s qudds socs, já qu, s últms décds, o psso qu os dcdors coô
mcos publczdos plo podr públco mucpl rvlm crts “mlhors” “coqusts”,
s dsprdds tr s clsss tmbém pssrm sr bm ms vsívs, d qu ão
sjm objtos d msm publcdd.
COnSiDeRaÇÕeS FinaiS
ao lsr, d qu d orm brv sob um ovo olhr, o procsso d costtução
d cosoldção ds cdds méds bs, rxão qu dv sr rmtd pr lém dos
spctos mrmt dmográcos ucos, qustõs orm lvtds, pr provocr
o ltor rpsr trjtr ds sus produçõs, bm como d rtculção qu ts cdds
gdrm com outros spços (urbos ou ão) qu xrcm xos drcdos rd
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
urb. O poto d prtd é dxr clro qu, do msmo modo qu produção do spço
mprd hstr/procsso, s um dscussão sobr hstr pod dsvlr s uçs
qu vorcrm o stblcmto dss ppl.
no qu tg às polítcs d pljmto pr s cdds méds brslrs, o mos como
chmrz polítco, rorç-s qu sss tvrm ppl crucl pr cosoldção d tl lgc.
isso mplc qu é ctgrc cssdd d, o cosdrr s ltrçõs qu ocorrm os
spços, rtculr sso, como podrdo lhurs (SanTOS, J., 2010), às dstts scls d
rlçõs. Um ltur do PnD i ii, bm como ds proposts polítcs d pljmto,
ss msm drção, colborm ssz pr um prsão ms mpl sobr o tm.
Por ms qu sj um compot mportt, ts d qu o o “dsvolvmto” ds
tvdds prmárs, mor dos csos, o grd propulsor d ução qu ts cddsxrcm cotmpormt ão s sustt, té porqu os ddos provm qu, dsd
décd d 1970, tto mor prt d produção dos mucps já stv lgd o stor
trcáro, como grd prcl dos trblhdors ss stor tmbém s trlv. isso ão
qur dzr qu produção prmár ão possu dvd rlvâc o procsso – sso sr
um vsão tch –, ms qu, por s s, ss ão rt, o mos drtmt, o xrcíco
d ctrldd d um cdd méd.
Outr d qu prcs sr suprd é o to d dpostr s rodovs um pso mcço o
“dsvolvmto” ds cdds méds. armr sso é corrr o dtrmsmo tcolgco
prdr d vst dmsõs muto ms mpls qu xplcm s mudçs qu ocorrrm
s últms décds, como cssdd d rtculção do trrtro brslro, s çõs do
estdo, crção do BnH do SFH, os trsss do stor mobláro vlorzção ds trrs,
os lmts o csso dos pobrs à mord , m cotxtos drts, os mdos dsmdos
do cptl “trcáro”, gráro, dustrl cro.
no qu tg sopsr s çõs do estdo, pos ts d qu o ss gt qul
d mor uc cogurção do ppl xrcdo pls cdds méds bs. assm,
sm comprdr s polítcs drs, sobrtudo s vculds o PnD i ii, à crção do
BnH do SFH, os plos d dsctrlzção propostos plo govro stdul, qu tvrm o
poo d város pljdors, tvção dsss por mo d ls dcrtos, c bstruso
scrutr tod ss grgm. etrtto, é udmtl sltr qu ão s pod solr
ou squcr s çõs gdrds plo podr públco mucpl, qu, o âmbto d cdd,
m grl, grc /ou mtrlz bo prt dss pljmto.
Outrossm, sr cogrut dscosdrr os trsss dos grupos mobláros, do cptl
vculdo os stors grícol dustrl, bm como os dtms do cptl comrcl ss
cotxto. Dss modo, d qu th sdo ddo dstqu pr o estdo o bojo d co
soldção d sus ppés d trmdção, sm rtr sobr os mphos dsvolvdos
por sss sujtos/grupos/gts, qu compõm o qu Corr (2007) domou d lt
mprddor, crtmt, qulqur rxão torrsá complt dscox.
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a ções do estado e o P aPel das Cidades Médias b aianas nos Planos da urbanização C aPitalista
P arte iir edisCutindo as Cidades Médias
no /do território b aiano
O dbt sobr o cotxto d urbzção cotmporâ , ss lgc, o ppl qu s
cdds méds xrcm, rorç d d qu é um prâmtro cocpção d qu sss
xrcm uçõs como ctros rgos rd urb, o qu corpor spctos dmográcos, stução, ro d ção gru d spclzção dos srvços tvdds produtvs,
lém d tr cpcdd d rtculr-s os ctros d dcsõs sm, cssrmt,
dpdr d Slvdor – mtrópol rgol –, cuj ordm “hrárquc” é supror, o qu
vç cosdrvlmt o dbt proposto por Chrstllr (1966).
Todv, outros lmtos podm sr cosdrdos torm-s vrávs rprsttvs
pr dscussão sobr o tm. Msmo qu cdd ão s prst como um dos lcus d
dcsõs do comdo do cptl globl, qu são lmtos rlvts srm psdos
mlhor vstgdos, prsç o pulto umto do úmro d mprss, cuj orgm
do cptl stá rlcod às scls col globl, são mportts dcdors prdtcr quls qu, o cso d Bh, xrcm ss ução d trmdção.
aldo ss qustão, qu tmbém vdc mudçs o cotúdo d urbzção, outro
spcto s psr é o procsso d rstruturção urb d cdd. Msmo ão tdo
sdo borddo, osso vr, ltur sobr os mpctos ds lógcs dscutds st txto
tors um tor qu pod ducr tto prsç d ovos cotúdos o procsso d
produção ds cdds méds bs, quto, tvmt, qu ocorrm rs mudçs
strutur urb, sdo ss últm codção sine qua non pr qu rstruturção sj
gdrd.
Flmt, tods sss rgumtçõs potm qu o cr d áls sobr problmátc
ds cdds méds, como potos ods d trmdção rd, é rlção tr o cptl
o trblho, sj o âmbto d ltur sobr mtrldd ds çõs, sj o qu dz rspto
os tos ão mtrs, porqu, com sso, ovs prspctvs pr o dbt sobr costrução
d outro urbo d outr urbzção podm sr brts. além d rpsr os problms
dcorrts do crscmto urbo xcrbdo, d proprção prvd d cdd d usc
d proposts cocrts d suprção ds dsguldds, socdd pod cocrtzr çõs
strtgms qu costtum slzm os rs cmhos pr dcção d um urbo,
cujo drto à cdd à justç socl sjm, tvmt, tôc pr todos.
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CIDADES MÉDIAS BAIANAS: DINÂMICAS,TENDÊNCIAS E SIGNIICADOS
Patricia Chame Dias*
Francisco Baqueiro Vidal **
inTRODUÇÃO
Um rvsão d ltrtur sobr o tm cdds méds rvl qu ão xst cosso coctul sobr ss ctgor. Tl stução, cotudo, ão mplc rmr qu s cdds méds
ão sjm rcohcds como ts, um vz qu é justmt ução qu ls xrcm
m rlção às dms o qu z com qu sjm clsscds como méds ou trmdárs,
qus smpr com bs m um dtrmdo cotxto. noutrs plvrs, smplcdmt,
o qu lhs dá dtdd é o to d s costtuírm m s d rd urb, tudo como
potos d prstção d srvços à su ár d fuc possbltdo, ssm, rtculção
tr ctros urbos mors mors (BRanCO, 2007; CORRêa, 2007). Coorm Sposto
(2007), comprsão ds cdds méds quto um ômo rqur rxão sobr
dâmcs procssos os qus s cotrm volvds, o qu rmt à su prpr co
dção rltv, por vzs trstr.
apsr d xstc d um cocto ms prcso d vdc do crátr crcustcl
ds cdds méds, dus ds sobr ls vm sdo bstt dudds, sj míd,
sj cdm. Um dls z mção o xprssvo crscmto d prtcpção dsss
cdds populção coom cos (anDRaDe; SeRRa, 1999; MOTTa; MaTa 2008;
RiBeiRO; RODRiGUeS, 2011). a outr s rr à mplção trsormção d sus ppés
uçõs, bm como às mudçs s orms d rtculção com s cdds qu lhs são
trbutárs (SPOSiTO, 2007; SPOSiTO t l., 2007).
em rlção à prmr dsss proposçõs, rvst-s o trblho d adrd Srr (1999), oqul, por trmédo do studo d dâmc dmográc dos ctros urbos do pís tr
1950 1991, chgs à coclusão d qu, o subpríodo comprddo tr 1970 1991,
ocorru substcl rvrsão do procsso d polrzção d populção urb brslr,
qul covrg, té 1970, drção ds mtrpols; tmbém d qu, pr vblzção d
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** Doutordo m Ccs Socs mstr m admstrção pl Uvrsdd Fdrl d Bh (UFBa). espclstm Polítcs Públcs Gstão Govrmtl do estdo d Bh; psqusdor d Suprtdc d estudos
ecoômcos Socs d Bh (Sei). [email protected]
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tl rvrsão, o dcsvo o ppl dsmphdo pls cdds méds. Por mo d áls
dos ddos cstáros, os utors vrcrm qu sss cdds, cosdrds como qu
ls com populçõs urbs comprdds tr 50 ml 500 ml hbtts1, cotvm,m 1970, com 19,1% do totl urbo brslro; , m 1991, com sgctvos 33,0% dss
msmo totl. Obsrvrm d, m rlção o últmo subpríodo mcodo, qu sss
cdds orm rsposávs por 49,0% do crmto do cotgt urbo col,
quto qu, pr o subpríodo cl, comprddo tr 1950 1970, ss msmo
tpo d crmto o cosdrvlmt mor, d ordm d 19,0%. etrtto, os pr
pros utors já dvrtm qu bo prt dqul crscmto ms xprssvo dvs às
cdds méds prtcts às rgõs mtropolts d tão, o qu rvl qu oção
d cdd méd por ls mprgd dot como crtéro d slção, prortrmt, o
port populcol.Rrddo ts vlçõs, Mott Mt (2008) – pr qum s cdds méds srm
quls prtcts mucípos cujs populçõs tots stvssm comprdds
tr 100 ml 500 ml hbtts2 –, ps rlzrm álss d um sér d dcdors,
rmm qu, dsd os os 1970, ss ctgor d cdd vm mpldo su rlvâc
coom dâmc dmográc brslrs3. Tl ômo tr sdo rorçdo, ms
rctmt, plos procssos d dscoctrção d produção d populção cos.
al, pr os utors,
[...] os últmos os, s cdds méds orm quls qu pr-
strm tto mor crscmto do PiB quto crscmto populcol ms ctudo. [...] sm mbrgo, s cdds d port
médo tmbém prstrm um crscmto do PiB pr cpt, ou
sj, o crscmto do PiB o um rtmo supror o crscmto d
populção (MOTTa; MaTa, 2008, p. 37).
Por outro ldo, Rbro Rodrgus (2011, p. 1) chmm tção pr qu, ts d s pro
plr tmho crscmto, é prcso dr coctul oprcolmt s ctgors
cidade média metrópole, um vz qu “no bojo dst vsão, vm juto trprtção ds
cdds méds como príso d ov tp do dsvolvmto do cptlsmo brslro,
pos d tão dâmco vrtuoso qu é té s rsst d scssz d orç d trblho”. Prsss utors, rlçd lvção d mportâc ds cdds méds trm por rvlr
mprcsõs quto su dção. assm, pr studr dâmc dsss cdds o Brsl,
os utors dotm como crtéro pr dtcáls, lém do tmho populcol – rl
1 a otávl mpltud dss rcort lvou os utors à sgut cutlos rmç ão: “Crtmt o rrdo strto... rú ctros urbos com dsttos ívs d complxdd m sus struturs produtvs, rqurdo ssm qusubstrtos ossm costruídos m rspto st dvrsdd” (anDRaDe; SeRRa, 1999, p. 19).
2 Mott Mt (2008), optdo pl proposção d polítcs públcs, rmm qu podm sr dotdos como crtéros,lém do tmho populcol, loclzção rlvâc d su ução rd urb.
3 as coclusõs dos utors bsms comprção ds tdcs d crscmto d prtcpção ds cddspor ls dds como méds com s tdcs dquls outrs com ms d 500 ml hbtts. Os rsultdos
obtdos pls prmrs cotrms um ptmr cm dos colhdos pls últms.
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Cidades Médias b aianas: dinâMiCas,tendênCias e signifiCados
P arte iir edisCutindo as Cidades Médias
no /do território b aiano
tvo sds mucps com populçõs d 100 ml 500 ml mordors –, su posção
rd urb. Dss modo, ts cdds ão podm prtcr os spços mtropoltos.
em, o uso dss rcort mtodolgco os coduzu coclusõs muto dstts dqulsduzds tto por adrd Srr (1999) quto por Mott Mt (2008). nss stdo,
postulm qu “ao cotráro do qu s vm propgdo mprs, s cdds méds ão
vm prstdo crscmto dmográco muto supror m comprção com s mtr
pols” (RiBeiRO; RODRiGUeS, 2011, p. 3).
D todo modo, ots qu o udmtl é o cocto. em cd um dsss trblhos orm
dotdos crtéros drcdos pr slção ds cdds méds, porém o port dmográco
sguu sdo o lmto comum cd um dls, or rrdo à populção totl, or o urbo,
or às sds mucps. Tl stução rmt dus qustõs ctrs. a prmr, d crátr
crucl, rrs o to d qu, s o port d populção é msmo bslr pr tdr suçõs ctrldd d um dtrmdo úclo urbo, há tmbém cssdd d
um busc por outros crtéros, m d qu s poss stblcr um cocto oprcol
ms rdo d cdd méd. etd-s qu sso é prtmt possívl, tdo m vst
xstc d város studos os qus s lvtm, o tul cotxto, s spccdds ds
cdds méds. Já sgud dz rspto os ívs d crscmto dsss cdds qudo
comprdos os ds cdds mors, s qus são, o mos o cso brslro, trdcol
mt coctrdors d pssos rquzs.
adms, corrtmt, rlco-s ss dâmc ms ts ds cdds méds às
ovs orms d rprodução do cptl, com dstqu pr s possbldds sjdsplo dsvolvmto ds téccs d dscoctrção d produção. Cotudo, é prcso
lmbrr qu, udmtlmt, o qu ocorr é dsprsão ds struturs produtvs
orms d trblho tlctul rlcods o procsso drto d produção à crculção,
o psso qu o lugr d tomd d dcsõs prmc s mtrpols (SanTOS, 2009).
Dss modo, vdcs “... dssocção trrtorl tr o lugr ds dcsõs (cd vz
ms s mtrpols , sobrtudo, quls qu prtcpm d rd d cdds globs) o
lugr d produção dustrl” (SPOSiTO t l., 2007, p. 43). assm, é sss trmos qu s
cdds méds brslrs xprmtm mudçs su orgzção sóco-spcl
produtv, d modo grl com ltrção mplção d uçõs prtérts , sobrtudo,
com qusção d ovs uçõs rd urb. Dto sso, pods tmbém qustor m
qu mdd sss ovos vtos tm rprcutdo m mlhors tvs s codçõs d
vd d sus mordors.
a d, qu, é buscr rspodr ss outrs qustõs tdo como rrc o stdo d
Bh. Dst modo, o propsto dst trblho é rtr sobr lgus mportts spctos
rlcodos o crscmto dmográco coômco ds cdds méds bs, tdo
m vst, clusv, s cotrdçõs prsts sss procssos, vl dzr, s dsguldds
socs coômcs qu, sss spços, são gdrds ou rorçds. nss stdo,
tor-s prcso, clmt, dtcr qus cdds dss stdo possum ppés d
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
trmdção, o qu s rá por mo d dção d crtéros scolhdos com bs m
lvtmtos trcos sttístcos. Sgu-s um vlção ds tdcs d crscmto
prtcpção dsss cdds, tto do poto d vst dmográco quto coômco,m rlção os os d 1991, 2000 2010, grosso modo com bs os ddos dos csos
dmográcos do Produto itro Bruto (PiB). Dscutms, d, possívs mbrcçõs
tr s rrds tdcs s tvs codçõs d vd d populção, cosdrdo-s,
pr to dss áls spcíc, os ddos do mrcdo d trblho orml. Por m,
rlzms lgums podrçõs grs sobr os ddos, d prspctv dos sgcdos
por ls vdcdos.
iDenTiFiCaÇÃO DaS CiDaDeS MÉDiaS BaianaS
4
a doção do crtéro dmográco como lmto udmtl – qudo ão o úco – pr
dtcção d cdds méds pod rsultr m quívocos coctus , gulmt, d
vlção d su dâmc. Um dls, dstcdo por Sposto (2007), rr-s o uso dstto,
rltvmt comum, ds xprssõs cidade média cidade de porte médio. not-s, porém,
o dstto sgcdo prstdo por cd um dls: cdd méd z rrc à ução
d intermediação, quto cdd d port médo pot pr um d sus crctríst-
cs, qul sj, o tmho d populção, possbltdo o stblcmto d hrrqus
clsscçõs d bs dmográc. no tto, tl obsrvção ão quvl rmr qu
o port populcol ão th mportâc vlção do ppl, clusv d trmdção, d um cdd m rlção às dms. al, s ss dcdor é msmo bslr pr
dção ds cdds méds, d hum mr pod sr trtdo soldmt, como
sltm Rbro Rodrgus (2011), tr outros. Corr (2007), por xmplo, rgumt
qu o port dmográco s uçõs urbs d orgzção do spço trurbo são
crctrístcs qu, combds, prmtm prdr spccdd d cd cdd. Com
prspctv smlr, amorm Flho (2007, p. 73) podr qu “... spctos lgdos às uçõs
d trmdção dtro d rds urbs, ssm como à posção gográc d glomrção
são tão ou ms mportts do qu o tmho dmográco crctrzção ds cdds
méds”. Por m, amorm Flho Rgott (2002, p. 5) crsctm, d orm d ms tx
tv: “... m tod cdd d port médo possu s quldds qu podm zr dl um
cdd ucolmt méd”.
Trtdos do Brsl, pr os os ms rcts, rvls como rzovlmt co
ssul um clsscção ds cdds méds como quls com port populcol
vrdo tr 100 ml 500 ml hbtts, corrobordo, m bo mdd, s ssr
tvs d Corr (2007) amorm Flho (2007) d qu o tmho populcol tm sdo
tomdo como o prcpl prâmtro pr d ção d cdds méds, lgums vzs
sm dvd cosdrção ds sus uçõs tvs rd urb. Prtculrmt
4 nst sção, prstms lgus dos rgumtos já lvtdos por Ds arújo (2010).
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Cidades Médias b aianas: dinâMiCas,tendênCias e signifiCados
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os trblhos dss últmo utor rvlm qu, ão obstt s turs dculdds pr
o trtmto d spccdds ucos m scls d mor mpltud, é possívl
torr ms purd dção d cdds méds. em su vlção, pr dtcá-lsé prcso cosdrr o port d cd um m rlção à méd d rd urb m áls,
bm como vrcr loclzção rlvâc d cd ctro m rlção à rrd
rd (aMORiM FiLHO, 2007). Portto, ão s pod dotr o msmo cort populcol
pr dtcr s cdds méds d drts rgõs brslrs, tdo m vst qu
s pculrdds d cd um dsss rgõs m su procsso d ormção sococo
ômc mplcm drts dâmcs d urbzção, ssm como dstts orms d
dstrbução rtculção dos ctros urbos.
ess tdmto é tmbém comprtlhdo por outros utors, xmplo d Stos
(2005) Souz (2003) qu, mbor com prspctvs dstts, potm pr com-prsão d urbzção do ppl ds cdds m dtrmd scl gográc
ão ps sob prspctv d como s prstm, como tmbém lvdo m
cosdrção o hstórco d su ormção socl coômc, s tvdds qu m
sus spços são rlzds os objtos d qu sts dpdm pr s tvr. Como
ssvr Souz (2003, p. 24),
[...] o sgulr o prtculr dvm sr tddos à luz do qu
é grl (o qu ão sgc, bsolutmt, qu ps o qu
é grl trss: é cssáro, smpr, lsr s vrçõs, s
spccdds s sus cuss, clusv cosdrr os ô-mos sgulrs).
Portto, doção do tmho populcol como um dos crtéros pr dção d cdds
méds ão pod dxr d str rrcd os procssos hstrcosocs qu lvrm à
cosoldção d strutur d rd urb m oco, bm como su prl tul. assm, d
qu xstm mpclhos pr qu s d cot d tods s vrávs dâmcs cssárs à
spccção dquls cdds, tor s álss sobr rldd prmtm lborção
d coctos, m bo mdd oprcos, pr o studo d ctgor cdd méd. O qu
s propõ qu é xtmt sto: com bs ltrtur sobr o tm m lvtmtos
sobr o procsso d urbzção d Bh, procdr um potmto d crtéros qu lvà dtcção d sus cdds méds.
etr s prcps crctrístcs hstrcs d rd urb b, um dls dz rspto
o to d qu ocupção do trrtro stdul o mrcd pl grd prdomâc
d cdds com tmho populcol bstt rduzdo, d um ldo, por somt
um d grds proporçõs, cptl, d outro (SiLVa; SiLVa, 1989). nss stdo,
qulqur áls ms rct, msmo qu suprcl, dos últmos csos dmográcos
bst pr rvlr qu tl stução mtém-s o logo d décds, pos, d qu
xst crt propsão à dmução d prtcpção do grupo d pqus cdds
rt o cojuto stdul, l é d bstt xprssv. em 2010, por xmplo, s
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
cdds com mos d 20 ml hbtts rprstvm 84,9% do totl stdul. além
dsso, rltvmt os os cstáros trors, d qu qutdd d sds
mucps com mors cotgts dmográcos th xprmtdo crscmto,ps Slvdor cotuou rgstrr ms d 500 ml rsdts – rgor, ssm como
ocorr dsd 1960 – , d um totl d 417 sds mucps, somt 32 cotvm
com ports oscldo tr 40 ml 500 ml hbtts. nsss trmos, o sgctvo
crmto dss grupo os últmos os ão o suct pr qu su prtcpção
s torss ltmt xprssv, ddo qu s stuv ordm d 7,7% do totl ds
cdds bs (DiaS; aRaÚJO, 2010).
Tmbém pr o o d 2010, purção dos ddos rvlou qu s cdds qu co
tvm com populçõs vrdo tr 100 ml 500 ml mordors – o qu s colo
cr codção d méds, com bs xclusvmt ss crtéro – rm tão s11, ou 2,6% do totl stdul; dus dls, Cmçr Luro d Frts, stuvms
Rgão Mtropolt d Slvdor (RMS). nss msm x dmográc, porém
studs m outrs porçõs do stdo, cotrvms Fr d St, Vtr d
Coqust, itbu, Juzro, ilhéus, Jqué, algoh s, Txr d Frts Brrrs.
Cb chmr tção p r stução d Fr d St qu , m 2011, por orç d
l stdul, torous o úclo d Rgão Mtropolt d Fr d St (RMFS),
ou sj, o âmbto polítco-dms trtvo, pr to d pljmto xcução d
polítcs públcs, pssou sr colocd codção d um mtrpol. no tto,
tds qu qu su prl trurbo su ppl rd d cdds do stdo
ão utorzm su srção ss ctgor, o mos por quto. Dss modo,
cosdrdo-s, d, cssdd do lvtmto d ms lmtos qu prm-
tm um áls ms proudd ds crctrístcs d Fr d St, optous,
st studo, por cosdrál um típc cdd méd, dcrto um ds prcps
o cotxto stdul.
actdo-s qu os ctros loclzdos s rgõs mtropolts stão, d orm grl,
tgrdos à dâmc d mtrpol , por sso msmo, ão prstm s crctrístcs
típcs d um cdd méd (BRanCO, 2007; RiBeiRO; RODRiGUeS, 2011), tds qu
Fr d St, bm como s sds mucps ão mtropolts mcods, pos
sum, tvmt, ctrldds, ppés struturs qu lhs corm codção d
cdds méds, os molds d dscussão trormt rlzd coorm potdo
por város studos qu vrsm sobr ss tmátc plcd o spço bo, xclusv
mt ou ão (inSTiTUTO BRaSiLeiRO De GeOGRaFia e eSTaTÍSTiCa, 2008; PORTO, 2003;
SUPeRinTenDênCia De eSTUDOS eCOnÔMiCOS e SOCiaiS Da BaHia, 1997). esss brvs
cosdrçõs são sucts pr orcr os lmtos qu subsdm dção d
crtéros5 pr dtcr s cdds méds bs. D pssgm, dgs qu ts l
5 Rsslts qu ts crtéros, mbor qu prstdos um dtrmd ordm, orm lsdos d orm
combd.
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Cidades Médias b aianas: dinâMiCas,tendênCias e signifiCados
P arte iir edisCutindo as Cidades Médias
no /do território b aiano
mtos orm ms mplmt dscutdos m outros trblhos sobr o stdo (DiaS;
aRaÚJO, 2010; DiaS; aRaÚJO; ViDaL, 2011; SUPeRinTenDênCia De eSTUDOS eCOnÔMiCOS
e SOCiaiS Da BaHia, 2010).
O prmro dsss crtéros, sgudo tdc domt s psquss sobr o tm, o
o port populcol. Tdo como bs qu, s últms décds, populção méd ds
cdds d Bh tm oscldo m toro d 23 ml hbtts, dotou-s como rrc
pr clsscção ds cdds méds bs um x cujos lmts ror supror
srm, rspctvmt, pr o o d 2010, cm d 40 ml hbtts bxo d 500
ml hbtts, xcluíds dss cojuto, plo xposto, quls cdds studs RMS.
acrscts qu o rrdo lmt ror, muto mbor stj cm d méd stdul,
já ctd, o ddo um combção com áls do ívl d ctrldd, sgudo
crtéro qu dotdo.
Um vz qu s ctrldds ds cdds méds dvm xtrpolr sus toros mdtos,
utlzous, pr dtcáls, o cohcdo studo Regiões de Infuência das Cidades, comu
mt cohcdo pl sgl Rgc, pr o o d 2007 (inSTiTUTO BRaSiLeiRO De GeOGRaFia
e eSTaTÍSTiCa, 2008). a opção por ss trblho putou-s covrgc d sus chdos
com os rsultdos tdcs potdos m psquss trors sobr dâmc urb
d Bh, rlzds tr os os 1980 íco dos 1990. Dss modo, pr ss stdo,
dvms cosdrr como cdds méds, grosso modo, s clsscds, qul msmo
studo, como capitais regionais ou centros sub-regionais. adms, cocomtt áls
d loclzção dsss ctros, lvdo-s m cot su posção gográc m rlção àsmors cdds às prcps vs d crculção o stdo, bm como m qul ds grds
árs do trrtro bo – ltorl, smárdo crrdo – stão studs, lvou à coclusão
d qu outrs cdds, qu ão possuím, tão, populção codzt com d um típc
cdd méd, ou qu ão prtcm àquls ctgors do Rgc 2007 lcds, ou qu
ão prchm mbs s codçõs, podrm dtr, clusv os trmos d ormção
coômc sco-spcl b, rzoávl mportâc rtculção tr ctros mors
mors (DiaS; aRaÚJO, 2010).
Como rspost o cojuto d spctos lstdos dscutdos, cotrrm-s 21 cdds:
Fr d St, V tr d Coqust, itbu, Juzro, ilhéus Brrrs, como cptsrgos; Jqué, Txr d Frts, algohs, euápols, Pulo aoso, Sto atôo
d Jsus, Vlç, irc, Gumb, Shor do Bom, Cruz ds alms, itbrb, Jcob,
Brumdo Bom Jsus d Lp, clsscds como ctros subrgos. além dls,
prtculrmt plo prl pl posção gográc, dstcrm-s d Sbr, stud
porção ctrl do smárdo stdul, com crc d 20 ml mordors sd muc
pl, ctgor ctro d zo; tmbém Rbr do Pombl, o ordst bo, com
29.756 rsdts cdd, quldd d um ctro subrgol. Dss modo, pr
to dst studo coorm s pod obsrvr Tbl 1 o Crtogrm 1, são 23
s cdds méds d Bh.
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
Tabela 1População absoluta em 2010, classifcação segundo Regic 2007 e localiação das cidades
médias por município Bahia – 2007/2010
MunicípioPopulação absoluta 2010
Regic 2007 LocalizaçãoTotal Urbana Sede municipal Rural
Capital Regional
Feira de Santana (1) 556.642 510.635 495.965 46.007 Capital Regional B Semiárido
Vitória da Conquista 306.866 274.739 260.260 32.127 Capital Regional B Semiárido e ronteiriço
Itabuna 204.667 199.643 199.643 5.024 Capital Regional B Litoral
Juazeiro 197.965 160.775 151.336 37.190 Capital Regional C Semiárido e ronteiriço
Ilhéus 184.236 155.281 148.577 28.955 Capital Regional B Litoral
Barreiras (2) 137.427 123.741 123.741 13.686 Capital Regional C Oeste e ronteiriço
Centro Sub-regional
Jequié 151.895 139.426 136.470 12.469 Centro Sub-regional A Semiárido
Teixeira de Freitas (3) 138.341 129.263 128.482 9.078 Centro Sub-regional A Litoral
Alagoinhas 141.949 124.042 122.281 17.907 Centro Sub-regional B Litoral
Eunápolis 100.196 93.413 93.413 6.783 Centro Sub-regional B Litoral
Paulo Aonso (4) 108.396 93.404 93.404 14.992 Centro Sub-regional A Semiárido e ronteiriço
Santo Antônio de Jesus 90.985 79.299 79.299 11.686 Centro Sub-regional A Litoral
Valença 88.673 64.368 59.476 24.305 Centro Sub-regional B Litoral
Irecê 66.181 61.019 58.350 5.162 Centro Sub-regional A Semiárido
Guanambi 78.833 62.565 58.111 16.268 Centro Sub-regional A Semiárido
Senhor do Bonfm 74.419 57.566 49.975 16.853 Centro Sub-regional B Semiárido
Cruz das Almas 58.606 49.885 49.885 8.721 Centro Sub-regional B Litoral
Itaberaba 61.631 48.485 48.485 13.146 Centro Sub-regional B Semiárido
Jacobina 79.247 55.868 47.587 23.379 Centro Sub-regional A Semiárido
Brumado 64.602 45.131 43.955 19.471 Centro Sub-regional B Semiárido
Bom Jesus da Lapa 63.480 43.099 41.555 20.381 Centro Sub-regional B Semiárido
Ribeira do Pombal 47.518 29.756 29.756 17.762 Centro Sub-regional B Semiárido
Centro de Zona
Seabra 41.798 20.277 19.535 21.521 Centro de Zona A Semiárido
Fots: Cso Dmográco d 2010; isttuto Brslro d Gogr esttístc (2008).nots:(1) em 6 d julho d 2011, o sttud Rgão Mtropol d Fr d St, sdo st su mucíposd.(2) D cordo com os rsultdos do Rgc 2007, ss mucípo, quls qu são por l polrzdos, tgrm tto rd d Slvdor
(Mtrpol) quto d Brsíl (Mtrpol ncol).(3) Coorm os rsultdos do Rgc 2007, ss mucípo, ssm como quls por l polrzdos, tgrm rd comdd
por Vtr, cptl do espírto Sto, clsscd como Cptl Rgol a.(4) Sgudo o Rgc 2007, ss mucípo, os dms por l polrzdos, compõm rd d arcju, cptl d Srgp. est,
por su vz, clsscd como Cptl Rgol a, tgr rd d uc d Slvdor.
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Cidades Médias b aianas: dinâMiCas,tendênCias e signifiCados
P arte iir edisCutindo as Cidades Médias
no /do território b aiano
VeRiFiCaÇÃO DOS nÍVeiS De CReSCiMenTO
Pr tdr s sttístcs qu ormm sobr s dâmcs dmográc coômc cb
rlçr lgus spctos. O prmro rrs o to d qu s tdcs d coctrção
dscoctrção populcos dcorrm d um cojuto d dâmcs, tr ls s d turz
socl coômc. Subjct ss d stá o to d qu sobrposção rtculção d
ts dâmcs cdm sobr s codçõs d vd dos homs, ucdoos or ms, or
mos tsmt, pr prmcrm m dtrmdo locl ou dslocrms pr outro.
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M I N A S G E R A I
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P E R N A M B U C O
MARANHÃO
ESPÍRITOSANTO
S E R
G I P E
ALAGOAS
Irecê
Ilhéus
Jequié
Seabra
Itabuna
Valença
BrumadoGuanambi
Jacobina
Juazeiro
Eunápolis
Itaberaba
Barreiras Alagoinhas
PauloAfonso
Cruz dasAlmas
Senhor doBonfim
Bom J esusda Lapa
Ribeira doPombal
Teixeira deFreitas
Vitória daConquista
Santo Antôniode J esus
Feira deSantana
Salvador
B R - 2 3 5
F.C. A
B R - 0 2 0
B R - 1 1 6
BR-3 49
B A - 0 9 9
B A- 2 6 3
B A - 1 7 2
B R - 1 3 5
B A- 0 5 2 B A
- 1 4 8
B R - 0 3
0
B R
- 1 0 1
B A - 2 6 2
B A - 1 5 2
B R
- 1 2 2
B R - 4 0 7
V F F L
B
B A - 2 7
5
B R - 3 2 4
B A -
1 5 6
B R - 4 3 0
B R - 4 1
8
R F F S A
B A - 4 5 1
BR-367
B R
- 1 1 0
B A
- 3 1 1
B A - 6 7 0
B A - 6 1
7
B A
- 1 2 6
B A
- 5 5 1
B A - 4 1 1
B A
- 0 0 1
B R - 1 1
6
F. C. A
B R
- 1 1 6
B A- 2 2 0
B A - 1 2 0
R F F S
A
B R - 0 3 0
B A - 0 2 6
B A - 0 5 2
BR-235
B R - 3 2 4
B R
- 0 2 0
BR-242
B R - 2 4 2
B A - 1 2 0
BR-030
B A - 1 2 0
B A - 1 4 8
B R - 1 3
5
B A - 1 6 1
B R - 1 0 1
O C E A N
O
A T L Â
N T I C O
: I , , I
I, , .I I .
: I I .
³
-38°
-38°
-40°
-40°
-42°
-42°
-44°
-44°
-46°
-46°
-8° -8°
10° -10°
12° -12°
14° -14°
16° -16°
18° -18°
Convenções Cartográficas
Sistema Viário
Ferrovia
Limite Estadual
!P Sedes Municipais
Litoral
Semiárido
Oeste
REGIC
Capital Regional B
Centro de Zona A
Centro Subregional B
Centro Subregional A
Capital Regional C
Cartograma 1Localiação das cidades médias da Bahia e classifcação segundo Regic 2007
Fot: iBGe, Cso Dmográco d 2010, Rgc 2007 Sei, Sstm d Ddos esttístcos, 2011. Ddos Sstmtzdos pl Sei/Dpq/Copsp.
elborção: Sei/Dgo/Crtgo.
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
assm, coorm Stos (2002), dpdtmt ds cpcdds hbldds dos dvíduos,
su status sus possbldds vrm m ução dos lugrs m qu vvm, bm como ds
crctrístcs tríscs ts spços – com dstqu pr proxmdd ou cssblddo mrcdo d trblho, os srvços, às struturs d podr os drtos d cdd.
Como, dubtvlmt, d modo grl pr o Brsl m prtculr pr o nordst, s tvdds
produtvs ms qulcds s rds d srvços stão coctrds m dtrmdos potos
do trrtro, são xtmt ls qu s cotrm os mors cotgts dmográcos.
Dscssáro rssltr qu vrcção corrlção dss dupl loclzção (d pssos
struturs) dvm str ormds por um prspctv hstrc. nsss trmos, tomdos
d mpréstmo Olvr (2003), cb lmbrr qu ocorru, como cosquc d srção d
Bh o procsso col d xpsão do cptlsmo dustrl, udmtlmt tr os
os 1950 1980, um otávl coctrção d ovs struturs produtvs o toro d Slvdor, ms spccmt qul ár qu vr sr, oclmt prtr d 1973, rgão
mtropolt por l prsdd, rprstdo rorço um tdc hstrc6.
Outro spcto stá vculdo à rstruturção produtv. nos os ms rcts, qudo
d mrgc dss procsso, vus, o ldo ds ovs orms d orgzção do trblho,
um ltrção orgzção ds struturs d produção. ad qu s grds plts
6 Dsd o príodo colol, cptl b su hinterland , o domdo Rcôcvo, stblcrm tr s umort lgção. equto o últmo, spclmt su porção d udo d Bí d TodososStos, o um spçopor xclc d produção çuc rr, prmordlmt, d umgr, complmtrmt, prmr, dspodo
d um porto prvlgdo pr o scomto dsss produçõs, torous um mportt locus pr mdção dostrsss dos grupos olgárqucos qu comdvm s struturs produtvs locs, por um ldo, os trsss msdrtmt vculdos à mtrpol portugus o cptl mrctl trcol, por outro. Dss modo, dqu os mrcos d um srção tpcmt prérc o cptlsmo mrctl, ão rprst xgro rmrqu Slvdor logrou costtur lgus úclos do cptl comrcl msmo do cptl bcáro, ms ou mosxprssvos. Ts úclos, ssm como outros prsts s dms rgõs brslrs, dqurrm mor promccom dpdc col , dss modo, quto ms s proudv débâcle d coom cvr, pudrmxcutr com mor utoom rltv rvrsão dvrscção d cpts – drção d dústr txtl, porxmplo –, rorçdo sus posçõs o comdo d produção strutur socl d tão, sucumbdo, porém, já prmr mtd do século XX, dt d cocorrc qu lhs o mpost pls orms ms vç ds docptlsmo dustrl, prsts o CtroSul do pís, São Pulo à rt. O típco ômo do subdsvolvmtoordsto ghv, ssm, como spccdd locl, curos lcuh d “gm bo” (OLiVeiRa, 2003). nsgud mtd do século pssdo, dscobrt d ptrlo stlção d um rr o Rcôcvo provocrmmportts ltrçõs, sm qu ss rgão, cotudo, rdqurss pujç coômc d outror. a turz dqusclv dss mprdmto, cptdo pl sttl Ptrlo Brslro S.a. (Ptrobrs), ão obstt
xprssv mss slrl grd – ms pl crção d mprgos dmstrtvos téccos, drtos drtos, doqu pl crção d mprgos opráros proprmt dtos – o crmto d rct scl urd plo govrostdul, ão rprstou trsormção proud ds struturs coômcs socs d cptl b d su árd uc, pos s tvdds d Ptrobrs ão logrrm stb lcr orts vículos com s tvdds produtvs dostdo, msmo s dustrs. noutrs plvrs, grou poucos tos “pr rt pr trás”. etrmts, o procssod tgrção d Bh à xpsão cptlst dustrl qu tão s vrcv o pís, ghdo tsdd drtmo – d qu são provs s vrsõs ptrocds plos ctvos scs, cros crdtícos sob égd dSuprtdc do Dsvolvmto do nordst (Sud), prcplmt, do Bco do nordst do Brsl (BnB),subsdrmt, zdo crr qu o gm sr, m, dcrdo, sm, cotudo, rprstr suprção struturldo subdsvolvmto –, provocou um sgctvo dslocmto trrtorl, com stlção d struturs produtvscomo o Ctro idustrl d artu (Cia), os os 1960, do Complxo Ptroquímco d Cmçr (Copc), os os1970, justmt qul porção ms o ort do vlho Rcôcvo qu, coorm oção mpld d Stos(1997) pr ss rgão, gulmt d cordo com vsão d complmtrdd trrrgol d Brdão (1997),r rsposávl, m pssdo rmoto, tão somt plo bstcmto dos spços mtmt produtors,orcdolhs rg, sj m orm d ms d trção sj m orm d lh, bm como protí ml
produtos xtrídos ds polculturs lmtrs.
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Cidades Médias b aianas: dinâMiCas,tendênCias e signifiCados
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no /do território b aiano
dustrs prmçm potudo o spço, é possívl prcbr tdc à dsprsão
spcl ds várs tps d rlzção produtv; grçs o vço ds téccs, ss procsso
é pssívl d sr tvdo, d orm rtculd, m dsttos potos do globo, o qu mplc ormção d rds qu prmtm rtculção d múltpls scls. ao studr stução
do Brsl, Stos (2009) rgumtou qu ss dsctrlzção torou-s “rrsstívl”
“ábrc dsprs” ou “zd dsprs” pssou sr vsívl m drts zos do trrtro
col, dpdts dos trsss dos xos d modrzção cptlst.
alsdo ss msmo cotxto, Sposto (2007) cosdrou qu ts mudçs rsultrm
o umto d dsguldd tr os lugrs ltrção dos ppés ds cdds méds.
D cordo com ss utor, o s lsr ormção d ovos ctros, possívl plo ds
volvmto ds téccs dsjávl plos gts cptlsts,
[...] há qu s lmbrr qu ão s trt do m ds rlçõs d d-
pdc xplorção, ms sm d rorço dls, porqu s lgcs
d dscoctrção ds tvdds d produção dos potos d
comrclzção comphms d dâmcs d ctrlzção, d
crção d ovção, lmtos sscs o príodo tul pr
rprodução mpld do cptl (SPOSiTO, 2007, p. 243).
além dsso, como potuou utor, os rfxos d dscoctrção d produção sss
cdds orm vrávs, dpdts, tr outros, d su posção gográc dos ppés
qu xrcm m âmbto rgol, ds ctvs dos tors locs ou rgos d mor ou
mor possbldd d tgrção outrs scls. no tdmto dss utor,
Pr cptr movmtos qu s rlzm /ou s xprssm scl
locl – ds cdds méds – ms, tomdo-s como rrc
rlçõs qu s stblçm com s scls rgol, col tr-
col, d um ldo, , d outro, vrcdos dcsõs scolhs
loccos qu s rlzm por tors coômcos polítcos qu
ão vvm sss cdds, tmos qu zr movmtos m sprl,
d d, ms tmbém d volt (SPOSiTO, 2007, p. 245).
Cosdrdo sss proposçõs, st poto trblhs com ormçõs dctvs dsdâmcs populcos coômcs dos mucípos studdos, smpr comprtvmt
o qu s vrc m Slvdor RMS7. Pr sso, st sção cotr-s o dsvolvmto
d trs potos prcps. no prmro, prstms lgus ddos populcos xtrídos
7 Trblhs qu com tul composção d RMS qu, dsd 2008, pssou cotr com os mucípos d São Sbstãodo Pssé Mt d São João; , dsd 2009, com o d Pojuc, por mo d ls complmtrs stdus, somdoos os mucípos d Slvdor, Luro d Frts, Smõs Flho, Cmçr, Ds D’Ávl, Cds, Mdr d Dus, SãoFrcsco do Cod, itprc Vr Cruz. Dss modo, orm justds s ormçõs rrts o totl obtdo porss rgão os os d 1980, 1991 2000, bm como sus txs d crscmto rltvs sss príodos. nots qu,sm sss trs mucípos, s populçõs RMS orm, rspctvmt os os ctdos, d 1.766.582, 2.496.521 3.021.572 hbtts. a tx d crscmto pr 19801991 o d 3,19% .., d 19912000 corrspodu 2,14%
.. em rlção o PiB à RaiS, orm gulmt justds s ormçõs d RMS pr su tul composção.
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
dos csos dmográcos d 1991, 2000 2010. no sgudo, dscrvm-s ltrçõs pr-
tcpção d produção d rquzs com bs áls do PiB tr 1999 2009. Sgums
obsrvçõs sobr o mrcdo d trblho orml m 2000 20108.
É oportuo obsrvr qu s optou por trblhr com os dcdors ms comumt utlzdos
pr vstgr s qustõs sslds, m d possbltr comprção com outros studos.
além dsso, chms tção pr o to d qu s cosdrou ms dqudo, st sção,
trtr os ddos dos mucípos o vés dquls rltvos às sds mucps, posto qu prt
dsts pod tr xprmtdo ltrçõs d prímtros o dcorrr dos os m studo, o
qu, por s s, mplc ltrção do cotgt dmográco tão somt por cot d dcsõs
polítco-dmstrtvs. adms, os outros dcdors trblhdos – o PiB os obtdos RaiS
– tm o mucípo como mor ívl d dsgrgção. além dsso, tods s populçõs urbs
d sds mucps ds udds qu slcods prstrm rtmos d crscmto lvdos, udmts pr dção do crscmto dos prpros mucípos (DiaS; aRaÚJO;
ViDaL, 2011). acrsct-s qu, por cot dos objtvos dst rtgo, tods s ormçõs orm
comprds às rgstrds m Slvdor su rgão mtropolt.
Ritmos de crescimento e participação na população
Tdo m vst o xposto trodução, trtous d vrcr os rtmos d crscmto ds
populçõs tots dos mucípos slcodos. Os 23 mucípos m put xprssrm um
crmto prxmo 585 ml hbtts tr 1991 2010. Somvm 2.460.104 pssos o
prmro dsss os, mpldo ss populção pr 3.044.553 hbtts, m 2010. O morumto bsoluto dss grupo ocorru m Fr d St, cujo cotgt pssou d
406.447 pr 556.642 mordors, ss msmo príodo. (Tbl 2). Dss modo, vrcou-s
um crmto supror 150 ml rsdts o príodo. Com sso, tl mucípo prmcu
como o mor dss grupo o sgudo d Bh.
ad quto o port dmográco, sgus o mucípo d Vtr d Coqust. est, m
1991, possuí 225.091 hbtts , o o d 2010, rgstrv 306.866 mordors. assm,
ss príodo, su populção obsrvou um créscmo proxmdo d 82 ml pssos.
Cb rssltr qu mor dos mucípos qu comportvm s cdds méds rvlou um
rtmo d crscmto dmográco ms tso m 1991-2000 do qu o ocorrdo m 2000-2010.
aps Bom Jsus d Lp, irc, Jcob, Jqué, Sbr Shor do Bom lvrm sus txs
ss príodo. nots, lém dsso, qu ilhéus Shor do Bom vrcrm prds bsoluts
d populção m 1991-2000, o qu s rptu m 2000-2010, ps pr ilhéus. ad m rlção
tl dcdor, obsrvs qu, m 19912000, s mors txs orm s d Brrrs Juzro.
no príodo sgut, ss codção coub Txr d Frts euápols (Tbl 2).
8 Rsslts qu os ddos rltvos o PiB o mrcdo d trblho orml, sts últmos xtrídos d Rlçãoaul d iormçõs Socs (RaiS), possum como mor scl d dsgrgção d ormçõs mucpl.espccmt quto o PiB mucpl, vl rsr qu sér hstrc qu prmt comprção com s sttístcstus cs o o d 1999. Já os ddos dmográcos cstáros podm sr trblhdos tto m rlção os
mucípos quto às sus sds mucps.
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no /do território b aiano
no cômputo grl, os 23 mucípos crscrm 1,35% o o (.), m 19912000, 0,93%
.., m 20002010, dcdo um tdc d dclío dsss txs. est to codus
o qu o vsto pr o cojuto do stdo d Bh, bm como pr Slvdor su rgão
mtropolt. D orm grl, os vlors obtdos por sss dos últmos spços rvlrm-s
suprors os d méd dos 23 mucípos slcodos (Tbl 2). import d rgstrr
qu populção dss grupo d mucípos prmcu, os trs os m put, quém
do totl obtdo pls 13 udds qu tgrm RMS.
Tabela 2População total e taa de crescimento dos municípios selecionados, da RMS e do estado
Bahia – 1991/2000/2010Município
População total Taxa média geométrica de crecimento anual (%)
1991 2000 2010 1991-2000 2000-2010
Alagoinhas 116.894 130.095 141.949 1,20 0,88
Barreiras 92.640 131.849 137.427 4,00 0,42
Bom Jesus da Lapa 48.910 54.421 63.480 1,19 1,55
Brumado 57.176 61.670 64.602 0,84 0,47
Cruz das Almas 45.858 53.049 58.606 1,63 1,00
Eunápolis 70.545 84.120 100.196 1,97 1,76
Feira de Santana (1) 406.447 480.949 556.642 1,89 1,47
Guanambi 65.592 71.728 78.833 1,00 0,95Ilhéus 223.750 222.127 184.236 -0,08 -1,85
Itaberaba 53.742 58.943 61.631 1,03 0,45
Itabuna 185.277 196.675 204.667 0,67 0,40
Irecê 50.908 57.436 66.181 1,35 1,43
Jacobina 76.518 76.492 79.247 0,00 0,35
Jequié 144.772 147.202 151.895 0,19 0,31
Juazeiro 128.767 174.567 197.965 3,44 1,27
Paulo Aonso 86.619 96.499 108.396 1,21 1,17
Ribeira do Pombal 42.509 46.270 47.518 0,95 0,27
Santo Antônio de Jesus 64.331 77.368 90.985 2,07 1,63
Seabra 37.859 39.422 41.798 0,45 0,59
Senhor do Bonfm 83.421 67.723 74.419 -2,29 0,95
Teixeira de Freitas 85.547 107.486 138.341 2,57 2,56
Valença 66.931 77.509 88.673 1,64 1,35
Vitória da Conquista 225.091 262.494 306.866 1,72 1,57
Total geral 2.460.104 2.776.094 3.044.553 1,35 0,93
Salvador 2.075.273 2.443.107 2.675.656 1,83 0,91
RMS (2) 2.586.366 3.120.303 3.573.973 2,11 1,37
Bahia 11.867.991 13.070.250 14.016.906 1,08 0,70
Fots: Csos Dmográcos d 1991, 2000 2010.
nots:(1) em 6 d julho d 2011, o sttud Rgão Mtropolt d Fr d St, sdo st su mucíposd.(2) Populçõs txs d crscmto d RMS orm justds m coormdd com su tul composção.
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
Outro poto vrcr rrs o vlor rltvo d populção do cojuto d mucípos
slcodos o totl grl. em 1991, quvl 21,26% do cotgt bo, pssdo
22,04%, m 2000, 22,98%, o o d 2010. ess tdc d prtcpção scdto prtlhd pl mor dls, com dstqu pr Fr d St, Juzro Vtr d
Coqust.
no tto, cosdrdo 1991 2010, oto mucípos – Brumdo, ilhéus, itbrb, itbu,
Jcob. Jqué, Rbr do Pombl, Sbr – dmuírm su rlvâc o stdo. etr
sss, o dclío ms xprssvo o rgstrdo m ilhéus: m 1991, cotv com 1,89% d
populção b; o o d 2010, ss prctul pssou pr 1,31% (Tbl 3).
Tabela 3Participação da população dos municípios selecionados e da RMS no total estadualBahia – 1991/2000/2010
MunicípioParticipação (%)
1991 2000 2010
Alagoinhas 0,98 1,00 1,01
Barreiras 0,78 1,01 0,98
Bom Jesus da Lapa 0,41 0,42 0,45
Brumado 0,48 0,47 0,46
Cruz das Almas 0,39 0,41 0,42
Eunápolis 0,59 0,64 0,71
Feira de Santana (1) 3,42 3,68 3,97
Guanambi 0,55 0,55 0,56
Ilhéus 1,89 1,70 1,31
Irecê 0,43 0,44 0,47
Itaberaba 0,45 0,45 0,44
Itabuna 1,56 1,50 1,46
Jacobina 0,64 0,59 0,57
Jequié 1,22 1,13 1,08
Juazeiro 1,08 1,34 1,41
Paulo Aonso 0,73 0,74 0,77
Ribeira do Pombal 0,36 0,35 0,34
Santo Antônio de Jesus 0,54 0,59 0,65
Seabra 0,32 0,30 0,30Senhor do Bonfm 0,70 0,52 0,53
Teixeira de Freitas 0,72 0,82 0,99
Valença 0,56 0,59 0,63
Vitória da Conquista 1,90 2,01 2,19
Total geral 21,26 22,04 22,98
Salvador 17,49 18,69 19,09
RMS (2) 21,79 23,90 25,50
Bahia 100,0 100,0 100,0
Fots: Csos Dmográcos d 1991, 2000 2010.nots:(1) em 6 d julho d 2011, o sttud Rgão Mtropolt d Fr d St, sdo st su mucíposd.(2) Populçõs txs d crscmto d RMS orm justds m coormdd com su tul composção.
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Cidades Médias b aianas: dinâMiCas,tendênCias e signifiCados
P arte iir edisCutindo as Cidades Médias
no /do território b aiano
Cb rlçr qu Slvdor dth 17,49% 19,09% dos mordors do stdo, m 1991 2010,
rspctvmt. n RMS, por su vz, cotrvms 21,79% 25,50% dss cotgt
os msmos os ctdos (Tbl 3). nsss trmos, mbor mportâc rltv d cptlb stj bxo d urd plos 23 mucípos m qustão, su rgão rvlou um
crscmto prtcpção rltv qu suprou o obtdo por ss grupo.
ess cojuto d ddos dot qu s zm smultâs, Bh, dus tdcs o qu
tg à dstrbução d populção. Um qu pot pr propsão à dsprsão dmográ
c, mdd m qu prt dos mucípos qu sdm cdds méds prst ívs
d crscmto qu suprm cptl – prcpl ctro d trção rtção d pssos
do stdo o logo d su hstr. Outr qu rvl, gulmt, procssos qu cdm
prmc d coctrção dmográc RMS. assm, mplms tto mportâc
rltv dos cotgts dss rgão quto dos mucípos slcodos.
Participação na produção de riqueas
ao comphr o qu vm sdo dscutdo m drts trblhos qu vsm trtr d dâ-
mc ou do dsmpho coômco d um dtrmdo spço, obsrvous vrção d
prtcpção do cojuto d mucípos slcodos composção do PiB bo.
no dscurso govrmtl, vm sdo rcorrt potr-s pr mplmtção d
polítcs qu tm como mt ltrr dstrbução spcl ds struturs produtvs do
stdo. em ts, trts d um tttv d rvrtr, ou mzr, hstrc tdc d
coctrção d produção d rquzs do stdo RMS, como mo, clusv, d dmur
s dsguldds socs. Buscdo vstgr tvção dss d, tdo m vst tão
somt os ddos do PiB como objto os mucípos qu comportm cdds méds,
vrcs qu, m 1999, sss rspodm por 20,79% do totl stdul. Dz os dpos,
ss vlor quvl 21,38%. Dss orm, m 2009, ss grupo obsrvou um mplção
d 0,59 potos prctus o qu tg à prtcpção composção do mott d
rquzs d Bh (Tbl 4).
Pods psr qu, pr mpltud dss príodo, tl crscmto sj rduzdo. etr
tto, m prcípo, podr sr tddo como um úco d um procsso d dsprsão d
produção. isso, clusv, stá m cordo com s tss ddds por Stos (2009) Sposto
(2007), qudo potm pr ovs possbldds d loclzção spcl ds struturs
produtvs, lgo qu é codzt com os ovos trsss d rprodução do cptl ms do
qu com qulqur d d polítc d rdução d dsguldds scospcs.
Dsgrgdo sss ormçõs tdo por rrc o PiB totl purdo pr Bh,
vus qu, o o d 1999, m st dos mucípos slcodos – Fr d St, ilhéus,
Brrrs, Pulo aoso, itbu, Vtr d Coqust Juzro – cotrrms prtc
pçõs gus ou suprors 1%. em 2009, oto dls rvlrm ss msm codção. aos
st mcodos, grgou-s Jqué, com 1,13% ds rquzs produzds ss stdo
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
(Tbl 4). acrscts qu comprção dos vlors obtdos por sss oto udds os
dos os m put vdc qu ps Fr d St, Vtr d Coqust, Brrrs
Jqué lvrm sus prctus.
Tabela 4Produto Interno Bruto dos municípios selecionados, da RMS e do estado e participação no totalestadual, e variação na participação – Bahia – 1999/2009
Município
PIBVariação na
participação (%)Valores correntes (R$ milhões) Participação (%)
1999 2009 1999 2009
Alagoinhas 363,61 1.298,22 0,87 0,95 0,08
Barreiras 843,57 1.693,25 2,01 1,24 -0,78
Bom Jesus da Lapa 100,60 351,41 0,24 0,26 0,02
Brumado 141,42 480,99 0,34 0,35 0,01
Cruz das Almas 130,67 387,27 0,31 0,28 -0,03
Eunápolis 226,97 1.228,96 0,54 0,90 0,35
Feira de Santana (1) 1.521,23 6.358,14 3,63 4,64 1,01
Guanambi 164,64 491,44 0,39 0,36 -0,03
Ilhéus 846,56 1.925,64 2,02 1,40 -0,62
Irecê 109,75 415,90 0,26 0,30 0,04
Itaberaba 94,90 338,61 0,23 0,25 0,02
Itabuna 717,39 2.280,73 1,71 1,66 -0,05Jacobina 159,74 523,24 0,38 0,38 0,00
Jequié 414,96 1.552,45 0,99 1,13 0,14
Juazeiro 539,91 1.745,98 1,29 1,27 -0,02
Paulo Aonso 728,42 1.743,77 1,74 1,27 -0,47
Ribeira do Pombal 60,94 244,96 0,15 0,18 0,03
Santo Antônio deJesus
237,32 835,16 0,57 0,61 0,04
Seabra 53,67 213,67 0,13 0,16 0,03
Senhor do Bonfm 132,64 441,11 0,32 0,32 0,01
Teixeira de Freitas 246,75 1.051,44 0,59 0,77 0,18Valença 162,60 555,57 0,39 0,41 0,02
Vitória da Conquista 708,89 3.142,68 1,69 2,29 0,60
Total geral 8.707,19 29.300,60 20,79 21,38 0,59
Salvador 12.126,33 32.824,23 28,95 23,95 -5,01
RMS (2) 24.279,37 74.174,87 57,97 54,11 -3,86
Bahia 41.883,13 137.074,67 100,00 100,00 0,00
Fot: Sei/iBGe.nots:(1) em 6 d julho d 2011, o sttud Rgão Mtropolt d Fr d St, sdo st su mucíposd.(2) Populçõs txs d crscmto d RMS orm justds m coormdd com su tul composção.
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Cidades Médias b aianas: dinâMiCas,tendênCias e signifiCados
P arte iir edisCutindo as Cidades Médias
no /do território b aiano
Slvdor RMS, um tdc dstt o do grupo ormdo plos 23 mucípos m put,
rtrírm su rlvâc composção do PiB bo. a prtcpção d cptl dclou d
28,95% pr 23,95% d RMS, d 57,97% pr 54,11%, tr 1999 2009. Todv, Slvdorsguu sdo o mucípo d mor mportâc coom stdul, muto à rt do
sgudo colocdo9. e RMS, msmo com um prd d 3,86 potos prctus, tr 1999
2009, cotuou purdo ms d mtd do PiB stdul.
Plo xposto, comprção dos rsultdos do grupo dos 23 mucípos dtcdos os
ds 13 udds mucps qu compõm RMS rvl tdcs oposts. etrtto, os
prctus rgstrdos utorzm lr qu, s há um propsão à dscoctrção d
produção d rquzs, l s z comphr por procssos qu lvm à prmc d co-
dçõs qu zm com qu grd prt do PiB prsst o toro d mtrpol b.
Observações sobre o mercado de trabalho ormal
nst sção, prtd-s lvtr lmtos qu possbltm vrgur s possívs rprcus-
sõs dos mcodos ívs d crscmto coômco vd dos dvíduos qu rsdm
os mucípos qu s costtum m objto dst áls. Pr sso, o tuto d cr
ss dscussão, prstms sucts ormçõs sobr su mrcdo d trblho orml.
Como os ddos sobr ss tmátc obtdos plo Cso d 2010, o momto d rlzção
dst txto, d ão stvm dspoívs, optous por usr quls dvulgds pl RaiS.
est é ms xprssv ot d ormçõs sobr o mrcdo d trblho orml do pís,
por su brgc tto dos vículos – mdd m qu trt dos sttutáros, tmporáros, vulsos cltsts – quto d dclrção – pos rtrt stução d totldd ds
mprss ormlzds do pís, já qu é um rgstro dmstrtvo d crátr obrgtóro
(SOUZa, 2010).
Pod-s dgr sobr vldd d s utlzr ss psqus pr tdr rldd b,
vsto qu bo prt d su populção srs o crcuto produtvo por mo d orm
ldd , dss modo, crctrístcs qu lh dzm rspto ão são cptds pl RaiS. a
ds d doção dss bs d ddos puts o to d qu, s últms décds, houv
crscmto d grção d postos d trblho orms o Brsl , dstqu-s, Bh. Co-
orm rgumtou Souz (2010), tr 2000 2008, ss stdo, obsrvou-s um xpsãod tvdd coômc qu suprou méd col. Tl stução rprcutu mplção
rltv do su stoqu d mprgos orms d ordm d 58,1%, suprdo obsrvd pr
o cojuto col, d 50,4%. adms, plo tdmto d qu s tdcs obsrvds
o stor orml rtm os procssos ms grs qu xprmt o mrcdo d trblho
um ddo spço cotxto, pod-s supor qu os rsultdos d RaiS possbltm um
proxmção d dâmc do mrcdo d trblho ocorrd os últmos os.
9 O sgudo mor PiB do stdo d Bh r rgstrdo plo mucípo d Cmçr, com 8,87%, sgudo por São
Frcsco do Cod, com 8,84%. ambos tgrm RMS.
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
Dto sso, ão cus strhz qu o stoqu d mprgos dos mucípos slcodos
th xprmtdo lvção tr 2000 2010. Frt um cotxto d crscmto
coômco qu volvu s mors cdds bs, bm como o crátr strtégco dcrtos spços do trrtóro stdul (cosdrdo-s prspctvs possbldds d
fudz), sss mucípos rvlrm-s como locs cpzs d prtcpr do procsso d
dscoctrção produtv sjdo plos govros pls mprss. Dvs tdr,
porém, qu, d orm grl, ls stvm codção d rcptors d mprdmtos
dustrs, comrcs d srvços, vsto qu, o ms ds vzs, sss locs ão s vrcm
tvdds d cotrol comdo dsss procssos, mos d s dcsõs d mpltção
d ts mprdmtos, os qus, d qu rprstm dtrmdos trsss locs
dspohm d rtculçõs dvrss, são tomdos com bs m strtégs lbords m
outrs scls.O to é qu, m 2000, os 23 mucípos m put rgstrrm 242.218 mprgos orms10. em
2010, ls rspodm por 480.223 postos d trblho (Tbl 5). etr o prmro o últmo
o, o stoqu d mprgos umtou m 238.005 postos. isso sgcou um mplção d
su rprsttvdd o stdo d ordm d 1,88 potos prctus. nsss trmos, su
mportâc rltv rt o totl bo – o qul o úmro d mprgos orms pssou
d 1.177.343, m 2000, pr 2.139.232, m 2010 –, lvous d 20,57% pr 22,48%, sss
msmos os (Tbl 5)11.
a áls ds ormçõs por mucípo rvlou qu, m 2000, os ms sgctvos rm
Fr d St, Vtr d Coqust, itbu, ilhéus, Juzro Brrrs, com prtcpçõsspcícs vrdo tr 1,01% 4,41% dos postos d trblho d Bh. em 2010, lém
dls, Txr d Frts Jqué prtcpvm com ms d 1% dss mott (Tbl
5). a vlção dos rsultdos d 2010 mostr qu sss st udds sgcvm 72,69%
do stoqu purdo pls 23 udds mucps slcods, ms tão somt 15,35%
dos mprgos orms bos. Cb vrcr, d, qu Slvdor RMS dmuírm su
rlvâc o âmbto stdul o qu tg o stoqu d postos d trblho. etrtto,
ss rgão, m mbos os os, loclzvs ms d mtd dos mprgos orms b
os: 60,40% 50,97%, pr 2000 2010, rspctvmt. Já pr Slvdor, sss msmos
os, os vlors orm d 49,15% 37,24%. ess cojuto d ddos utorz rmr qu
s prds d prtcpção d cptl d RMS orm muto ms ctuds qu os ghos
vrcdos os mucípos od stão s cdds méds. ess stução dot, ssm como
o qu s vrcou m rlção o PiB, lgum dstrbução rltv do volum d postos d
trblho orms.
10 Os utors grdcm colborção d Crlos Mrlo Lops Cost pl sstmtzção dos ddos qu subsdrm lborção ds tbls sobr RaiS.
11 Cb sslr qu, mbor R aiS sj um rgstro obrgtro possu um log sér hstrc, ps pr tr d1997 o Mstéro do Trblho emprgo (MTe) prçoou cptção sstmtzção ds ormçõs dspoívsss bs d ddos (BRaSiL, 2000). Sdo ssm, rcomdção dquls qu utlzm é d qu s trblh décd ms rct. Por sso, d qu s ormçõs pr 1991 – outro rcort tmporl dotdo lborção
dst txto – stjm dspoívs, ão são qu trblhds.
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Cidades Médias b aianas: dinâMiCas,tendênCias e signifiCados
P arte iir edisCutindo as Cidades Médias
no /do território b aiano
a qustão colocd st momto do trblho é sgut: pod-s dzr qu s tdcs
d crscmto coômco d dmzção do mrcdo d trblho cm mcods
rftrm-s m mlhors pr os trblhdors? a propost é psr sobr ss dgção,
clmt, prspctv d áls dos rdmtos, tdo como rrc o úmro
médo d sláros mímos.
Tabela 5Estoque de empregos ormais dos municípios selecionados, da RMS e da Bahia e participação nototal estadual, e variação na participação – Bahia – 1991/2000/2010
MunicípioEstoque de empregos ormais Participação na Bahia Incremento 2000-2010
2000 2010 2000 2010 Absoluto Relativo
Alagoinhas 9.649 20.817 0,82 0,97 11.168 0,15
Barreiras 11.918 24.708 1,01 1,15 12.790 0,14
Bom Jesus da Lapa 2.674 5.824 0,23 0,27 3.150 0,05
Brumado 4.886 8.899 0,42 0,42 4.013 0,00
Cruz das Almas 5.517 10.576 0,47 0,49 5.059 0,03
Eunápolis 7.197 19.479 0,61 0,91 12.282 0,30
Feira de Santana (1) 51.907 103.904 4,41 4,86 51.997 0,45
Guanambi 4.047 8.503 0,34 0,40 4.456 0,05Ilhéus 18.086 30.809 1,54 1,44 12.723 -0,10
Irecê 3.136 7.669 0,27 0,36 4.533 0,09
Itaberaba 3.270 6.777 0,28 0,32 3.507 0,04
Itabuna 22.496 38.661 1,91 1,81 16.165 -0,10
Jacobina 2.803 8.818 0,24 0,41 6.015 0,17
Jequié 11.177 22.076 0,95 1,03 10.899 0,08
Juazeiro 18.990 28.695 1,61 1,34 9.705 -0,27
Paulo Aonso 7.901 13.522 0,67 0,63 5.621 -0,04
Ribeira do Pombal 1.261 3.776 0,11 0,18 2.515 0,07
Santo Antônio de Jesus 8.153 17.165 0,69 0,80 9.012 0,11
Seabra 1.051 2.632 0,09 0,12 1.581 0,03
Senhor do Bonfm 3.111 7.744 0,26 0,36 4.633 0,10
Teixeira de Freitas 10.200 22.985 0,87 1,07 12.785 0,21
Valença 5.510 9.741 0,47 0,46 4.231 -0,01
Vitória da Conquista 27.278 56.443 2,32 2,64 29.165 0,32
Total 242.218 480.223 20,57 22,45 238.005 1,88
Salvador 578.657 796.556 49,15 37,24 217.899 -11,91
RMS (2) 711.058 1.090.392 60,40 50,97 379.334 -9,42
Bahia 1.177.343 2.139.232 100,00 100,00 961.889 -Fot: Brsl. Mstéro do Trblho emprgo (2011).nots:(1) em 6 d julho d 2011, o sttud Rgão Mtropolt d Fr d St, sdo st su mucíposd.(2) Os vlors d RMS orm justdos m coormdd com su tul composção.
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
n Tbl 6, vdc-s qu, m 2000, os 23 mucípos slcodos s rcb, m
méd, 2,69 sláros mímos. Comprdo ss rsultdo o d 2010, tm-s qu, psr
do umto do stoqu d postos d trblho, tl vlor dclou pr 2,02 sláros mímos.Dss modo, tr 2000 2010, houv um vrção gtv dsss tots d ordm d
21,40%. ess modcção, dvs rlçr, o mos sgctv do qu s rgstrds m
Slvdor, RMS, msmo o cojuto stdul. em rlção à cptl b, méd d
sláros mímos rcbdos pssou d 4,94 pr 3,43 (d ssm, mor méd tr todos
os mucípos qu studdos); pr su rgão, os vlors orm d 4,86 3,33 sláros mí
mos; quto à Bh, st pssou d 3,78 pr 2,61 sláros mímos, pr os os d 2000
2010, rspctvmt (Tbl 6).
Tabela 6Número de salários mínimos e variação do emprego ormal, segundo os municípios selecionadosBahia – 2000/2010
MunicípioNúmero médio de salários mínimos Variação (%)
2000 2010 2000/2010
Alagoinhas 2,80 1,87 -33,32
Barreiras 2,94 2,07 -29,60
Bom Jesus da Lapa 2,17 2,01 -7,35
Brumado 2,77 1,75 -36,75
Cruz das Almas 2,08 2,45 17,71
Eunápolis 2,35 2,18 -7,21
Feira de Santana (1) 2,91 1,95 -33,24
Guanambi 2,24 1,74 -22,09
Ilhéus 3,02 2,71 -10,03
Irecê 2,44 1,73 -29,30
Itaberaba 2,15 1,55 -28,10
Itabuna 2,65 1,98 -25,08
Jacobina 2,61 1,95 -25,28
Jequié 2,06 1,74 -15,47
Juazeiro 2,49 2,09 -16,07
Paulo Aonso 3,76 2,46 -34,54
Pojuca 3,69 2,99 -19,06
Ribeira do Pombal 2,51 1,72 -31,55
Santo Antônio de Jesus 2,18 1,58 -27,77
Seabra 2,26 1,97 -12,46
Senhor do Bonfm 2,15 1,75 -18,56
Teixeira de Freitas 2,23 1,85 -16,69
Valença 1,94 1,63 -15,99
Vitória da Conquista 2,87 1,97 -31,31
Total 2,69 2,02 -21,40
Salvador 4,94 3,43 -30,50
RMS (2) 4,86 3,33 -31,50
Bahia 3,87 2,61 -35,60
Fot: Brsl. Mstéro do Trblho emprgo (2011).nots:(1) em 6 d julho d 2011, o sttud Rgão Mtropolt d Fr d St, sdo st su mucíposd.
(2) Os vlors d RMS orm justdos m coormdd com su tul composção.
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Cidades Médias b aianas: dinâMiCas,tendênCias e signifiCados
P arte iir edisCutindo as Cidades Médias
no /do território b aiano
a obsrvção dos ddos d cd mucípo mostrou qu, tr os 23 slcodos, qul com os
mlhors ívs d rdmto o mrcdo d trblho orml, m 2000, o Pulo aoso, com
3,76 sláros mímos. Sgurms ss, por ordm dcrsct, Pojuc ilhéus, com ghosquvlts 3,69 3,02 sláros mímos, rspctvmt. em 2010, mbor mtdos sss
msmos trs mucípos como quls com s mors méds slrs, hrrqu tr ls
ltrous: Pojuc pssou tr méd ms lt (2,99 sláros mímos); ilhéus, sgud (2,71
sláros mímos); Pulo aoso, trcr (2,46 sláros mímos). a méd d Slvdor, cb
sslr, o ms lvd dtr todos os mucípos vldos, suprdo, clusv, obtd
RMS: m 2000, corrspodu 4,94; m 2010, 3,43 sláros mímos. a Bh, como r d s
supor, prstou méds slrs bxo dquls obtds cptl su rgão mtropolt,
porém ms lvds do qu s d todos os dms mucípos m qustão.
apsr d sr comum ouvr-s qu o podr d compr do sláro mímo umtou o logod últm décd, chm tção o to d tr ocorrdo um dmução grlzd d
méd slrl os mucípos vldos, cludo, como já s dss, prpr cptl su
rgão (Tbl 5). Dss rol d udds spcs, lém d Slvdor, ms ss mucípos
prstrm vrçõs prctus gtvs m 2000-2010, cm d 30 potos: Brumdo,
Pulo aoso, algohs, Fr d St, Rbr do Pombl Vtr d Coqust. a úc
xcção, ss grupo, o Cruz ds alms, com um vrção prctul postv, ss cotxto,
lvdíssm: 17,7, m 2000-2010. no msmo príodo, tdc purd pr ss udd
o obsrvd m 140 ou 33,73% dos mucípos bos, ms m ps qutro dls méd
slrl, m 2000, stv cm d dos sláros mímos12. Todv, tr sss, ps Cruz
ds alms prstv um populção cosdrávl pr os pdrõs stdus.
COnSiDeRaÇÕeS FinaiS
a produção dst rtgo o prsdd pl sgut udmtl qustão: srá qu, à
smlhç do qu s rgumt pr rldd col, é possívl rmr qu s cdds
méds bs vm crscdo m ptmrs suprors àquls vrcdos pr Slvdor,
rcohcd mtrpol do stdo? O poto d prtd pr orcr rsposts ss outrs
qustõs dl dcorrts é, ts d tudo, o rcohcmto d qu ão s pod psrs dâmcs vrcds sss cdds dscosdrdo sus cotxtos, s rds m qu
s srm, o hstrco d sus ormçõs s rtculçõs qu stblcm m múltpls
scls, bm como sus cosqucs pr orgzção trurb. no cso d Bh
qu, hstorcmt, possu lrg coctrção dmográc coômc um rduzdo
12 etr 2000 2010, do grupo qu prstou vrção prctul postv do úmro médo d sláros mímos,Mdr d Dus, etr Ros, Cruz ds alms irqur rgstrrm méds d, rspctvmt, 3,48; 3,35; 2,08; 2,00 sláros mímos. ad ss grupo, tmbém pr o o d 2010, Hlpols Burtrm prstrm médsrors 1,00 sláro mímo, s ms bxs méds tr todos os mucípos bos; , m 2010, com úmromédo d sláros mímos d 1,04, Burtrm cotrvs codção d mucípo com os mors rdmtos
do stdo, coorm potdo pl RaiS.
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
úmro d mucípos , tmbém por cot dsso, um rd urb pouco ds, optous,
clmt, pl prstção dos crtéros por trmédo dos qus orm dtcds 23
cdds méds pr ss stdo. em sgud, lsrms sus dâmcs dmogrács coômcs, cotjdos smpr com sus cogrs vrcds pr Slvdor RMS.
Dss modo, purous qu tdc dmográc do cojuto d mucípos studdos
covrg com dtcd pr Slvdor su rgão. em rlção o to d, o últmo
príodo, su rtmo d crscmto tr sdo quvlt ou msmo lvmt supror o
d Slvdor – lgo sr obsrvdo –, pod, todv, sr trprtdo como dcorrc do
já lvdo cotgt qu rsd cptl ms do qu por um grlzdo clrdo
vço do crscmto populcol ds cdds méds. igul tção dv sr dspsd
à vlção d su prtcpção o cotgt bo. embor o grupo d mucípos m
rlvo vh mtdo ptmrs cm dos obsrvdos pr cptl, os procssos ocorrdos sss 23 udds d ão s mostrrm sucts pr qu ls grgum um
qutttvo d hbtts qu supr o d RMS.
em rlção os rsultdos do PiB mucpl, s propsõs obsrvds pr Slvdor rgão
mtropolt por l comdd, d um ldo, qul grupo d 23 mucípos, d outro,
sgurm drçõs dstts: quto prtcpção dst últmo mplou-s, s prtcpçõs
d Slvdor d prpr RMS rtrírm-s. etrtto, o prctul obtdo plo rrdo grupo
squr lcçv, d, o ptmr rgstrdo pl cptl b. Dss modo, msmo qu s
dv rlçr qu, m trmos coômcos, quls mucípos vm ghdo mportâc
Bh, é prcso lsr ss crscmto com prudc. isso porqu, s é possívl rgumtrqu um to postvo dss crscmto rr-s à xpsão locl do stoqu d mprgos
orms msmo à mplção dss volum m rlção o totl d mprgos do stdo, d
gul mr s pod dcr qu sso ão rprcutu m crmtos slrs tvos pr
sus trblhdors, o mos por quto, stução comprtlhd, lás, por quls qu
vvm grd mor dos mucípos bos, clusv cptl. adms, os rsultdos
prtts à sr coômc stricto sensu sorrm ort fuc dos úmros obtdos por
Fr d St, sgud mor populção do stdo, possudor d um dos ms sgctvos
PiBs mucps , oclmt, gor tmbém lçd à codção d mtrpol.
nsss trmos, os rsultdos qu mcodos são quvlts os obtdos por Rbro Rodrgus (2011) pr o studo do Brsl. Sm dscohcr os lmts rts os ddos
sttístcos qu, por su própro crátr, possum tão somt cpcdd d ormr
hrrqus dsguldds, cotrbudo, ssm, subsdrmt, pr um comprsão
ms globl d rldd, pods rgumtr qu, pr os 23 mucípos qu brcm s
cdds cosdrds st studo, ão s vrcrm ívs d crscmto qu prmtm
tstr qulqur suprmc m rlção à típc mtrópol stdul. al, s é possívl
vslumbrr um propsão d mplção d mportâc dsss cdds rd urb do
stdo, ão s pod rmr qu l sj ltmt sgctv ou qu dot, d mdto,
mlhor tv s codçõs d vd d sus hbtts.
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Cidades Médias b aianas: dinâMiCas,tendênCias e signifiCados
P arte iir edisCutindo as Cidades Médias
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S é r i
e E s t u d o s e P e s q u i s a s
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REDE URBANA E DINâMICA REGIONAL NO ESTADO DA
BAHIA: NOVOS ENFOqUES
parte iii
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BARREIRAS E LUÍS EDUARDO MAGALHÃES: UMA AGLOMERAÇÃOURBANA EMBRIONÁRIA NO OESTE BAIANO?
Paulo Roberto Baqueiro Brandão*
inTRODUÇÃO
as possbldds d áls d rd urb brslr são muts, prcplmt qudo slv m cot tul dâmc rtculr do trrtro col, tord ms complx plo
surgmto d ovs struturçõs produtvs m dvrss rgõs do pís. a mplção
dvrscção d coom m todos os stors prsç crsct d tvdds g-
ts lgdos um ordm globl tm sdo tors crucs pr rcogurção d trm qu
rtcul s cdds brslrs. nss cotxto, m dvrss prcls do trrtro brslro,
tgs cdds dqurm ov mportâc, o psso qu outrs tts surgm pr lgtmr
o vgor d coom qu pss prsdr vd s çs d um rgão.
assm, quls rgõs do pís od ts procssos stão prsts, há um rcogurção
ds uçõs xrcds pls cdds qu rsult o surgmto d outr rtculção d crátrurborgol. em mutos dos csos, sto s dá pl ormção d glomrçõs urbs,
qu cosdrds como um mssstm urbo d crátr ão mtropolto.
no qu tg o Ost Bo, o mos quls spços od grcultur d lto r
dmto cotrbuu pr scsão do mo técco-ctíco-ormcol, há dícos
qu potm pr ormção d um glomrção urb qu grg, prcplmt, s
cdds d Brrrs Luís edurdo Mglhãs. no cso ds dms urbs prxms, há um
rlção um tto ms hrrquzd com prmr dtr s ctds.
nst stdo, o scrto qu sgu vs tcr prolgômos crc d um rrjo spcl
qu, como os dícos potm, stá d m stágo mbroáro, buscdo lçr oco
sobr qustõs qu lvm trprtr um uturo possívl pr s dus ms mportts
cdds do Ost Bo.
O uturo, como s sb, é um rgmto do tmpo qu o ggro costum vtr, como s
à cc com qul lbut ão oss ddo o drto d dscutr prspctvs tdcs.
Dst orm, cocorddo com Stos (2005), pr qum scpr à tr d dbtr o dvr
d urbzção brslr é dsrção, o prst txto prtd, d orm complmtr,
* Doutordo m Gogr d Uvrsdd Fdrl d Prmbuco (UFPe); mstr m Gogr pl Uvrsdd
Fdrl d Bh (UFBa). Prossor ssstt ii d UFBa, Campus d Brrrs. [email protected]
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
stblcr s bss pr um dscussão sobr tdc d ormção, o Ost Bo,
d um glomrção urb tr Brrrs Luís edurdo Mglhãs, d qu s tomm
os dvdos cuddos pr ão prstr tl prspctv como lgo xorávl.
Pr tto, lém d áls coctul, qudrdo- às costtçõs mpírcs obsrvávs
rldd brslr b, st scrto é composto por um sção ddcd o xm
gográcohstrco d ormção dâmc trrtorl hodr ds cdds d Brrrs
Luís edurdo Mglhãs outr qu vs xpor os lmtos d rldd urborgol
qu s cogurm como dícos d costtução mbroár d um glomrção urb
o Ost Bo.
Bases conceituais e constatações empíricas para o
debate sobre aglomerações urbanas na Bahia
Hstorcmt, o dbt sobr s rds urbs busc prvlgr s rlçõs tr s cd
ds dsd o poto d vst d hrrquzção rsultt d cpcdd qu um urb poss
tr d ucr domr ucolmt s dms com s qus stblc vículos. as
mbrcçõs rtculrs qu ctum crctrístcs d complmtrdd tr ctros
urbos, o cotráro, são pouco studds.
Dscorrr sobr ormção d um glomrção urb é um ds mrs pls qus o
vstgdor pod buscr comprdr dâmc trrtorl qu dá stdo à rd d qul
dtrmds cdds zm prt, posto qu, como rmdo por Gorg (1983, p. 229), d
qu ormção d um lgc rtculr s d com bs xstc d rlçõs ucos
d domção subordção tr s cdds, s “[...] rlçõs d crátr complmtr
tmbém ão são xcluíds”.
Como rm Corr (1997, p. 93), rorçdo s plvrs do lustr ggro rcs, “...
rd urb costtus o cojuto d ctros urbos ucolmt rtculdos tr
s”. além dsso, cd ctro prtcp smultmt d um rd costtuíd por drts
grus d ctrldd d um outr, “... qul ... dsmph um ppl sgulr /ou
complmtr outros ctros” (CORRêa, 1997, p. 100). est utor bord d s ts
dds dos trbutos ds rds urbs:
Qulqur rd urb tm tr os sus trbutos cssáros lgum
tgrção tr xtr qu, m rzão d dsgul spço-tmpo-
rldd dos procssos socs, v s trduzr, sgudo s dvrss rds
urbs, m tpos tsdds dsttos (CORRêa, 1997, p. 101).
assm, glomrção urb surg justmt do ort gru d complmtrdd d
ppés como prt d um tgrção tr xstt tr cdds qu prtlhm
msm rd urb stjm rltvmt prxms tr s. ncssáro dvrtr, portto,
qu, o propor um xm d glomrção urb como um compot d rd urb,
ão s dv cdr o rsco d solr, do poto d vst lítco, o t gográco m oco.
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b arreiras e luís eduardo M agalhães: uMa a gloMeração urbana eMbrionária nooeste b aiano?
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estado da b ahia : novos enfoques
ao cotráro, vstgção dv xltr o su crátr spcíco dtro d um rtculção
ms mpl, qu trsbord mr scl rgol.
Um glomrção urb é ormd, sgudo Souz (2005, p. 32), “... qudo dus ou ms
cdds pssm ucor como um ‘mssstm urbo’ m scl locl, ou sj, sus
vículos s torm mutíssmo orts ...”. Dto d outr orm, sss urbs pssm colhr
bícos vvcr problms comus, grçs à complmtrdd ds uçõs à pro
xmdd gográc. Pr Mour Ultrmr (1994, pud ReOLOn, 2007, p. 42), s cdds
ormdors d um glomrção pssm compor um “ômo úco”, tl é o su gru
d comutção dár.
esss mssstms urbos são ormdos, tpcmt, por um cojuto qu grg dus ou
ms cdds méds pqus , à drç ds rgõs mtropolts, ão possu humds urbs qu compõm m codçõs d “stltzr” (SOUZa, 2005) s dms.
Quto às orms qu ssumm, sgudo Dvdovch Lm (1975), s coctrçõs urb
s, m grl, são crctrzds pl ormção d um mch urb cotíu – sdo
ms comum m rgõs mtropolts – ou ps pl colscc spcl, sm qu,
cssrmt, s orm um spço courbdo – stução típc ds glomrçõs urbs
ão mtropolts. Dst mr, s s rgõs ormds pl mtrpol dms cdds
por st comdds costumm (ms ão é codção cssár) dqurr orm d um
grd mch cotíu, o cso ds glomrçõs urbs, o ms comum é qu, ds
pto d ort tgrção tr dos ou ms úclos d mucípos prxmos, hj tr ls
mutção d spços trstcs.
Ms qus lmtos/procssos/ômos são dctvos d ormção ou d xstc já
mdur d um glomrção urb? ats d ms d, como ssldo, um glomrção
urb possu um lto ívl d tgrção s sus srs socl coômc, prcplmt
pl complmtrdd d uçõs ds cdds qu compõm o t gográco m tl.
isto mplc, m últm stâc, dtcção d uçõs públcs d trss comum,
cujo objtvo é “... tgrr ... torr tro, compltr, tgrlzr s prts d um todo,
crctrzdo plo trss comum. Trt-s d rcompor um todo qu stá sgmtdo m
mucípos pl dvsão polítcodmstrtv” (De aMBROSiS, 2001, p. 166), possbltdo
gstão tgrd d uçõs públcs d trss dos mucípos.
Outro compot udmtl pr o xm d tl comutção é tsdd dos movmtos
pdulrs, “... pos su turz cotmpl o trsbordmto ou projção d populção,
spclmt, tvdds d um cdd ou mucípo sobr outros” (ReOLOn, 2007, p. 44).
a ts mobldd populcol é comphd por outr, d bs ormçõs. O tr-
câmbo qu s orm, prcplmt pl rlzção d zrs típcos do scudáro do
trcáro, cb por ucr coormção d xs d uxos ormcos dvrsos.
Cotudo, pr qu um glomrção urb th um xstc pl, ão bst su
smpls costtção mpírc. Ms qu sto, é cssáro qu o t d crátr urbo-rgol
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
sj crdo por orç d l stdul, o qu mplcr ormlzção d bss coctus
o stblcmto d comptcs lgs clrs.
no qu cocr à bs jurídco-sttucol, crção d glomrçõs urbs stá prvst
Costtução Fdrl, ssm como s crts mgs d lgus dos stdos brslros,
clusv d Bh. em mbos os csos, porém, ão há dtlhs qu prmtm mlhor
comprdr ormção d tl udd rgol.
a Costtução Fdrl, o prágro 3º do artgo 25 (Cpítulo iii, Dos estdos Fdrdos),
rz qu é d comptc dos stdos mpltção ds glomrçõs urbs, ssm
como s dms udds rgos possívs d srm crds por l, ts como s rgõs
mtropolts s mcrorrgõs (BRaSiL, 1988).
Sgudo D ambross (2001, p. 165), porém, “... Costtução drc sss gurs,ms s trt d msm orm como grupmto d mucípos lmítros, crdo por
l complmtr stdul pr tgrr orgzção, o pljmto xcução d
uçõs públcs d trss comum”, ão ddo tmpouco prouddo hum
dsss coctos.
no qu cocr à ção govrmtl, tulmt, ps o stdo do Ro Grd do Sul houv
ormlzção d glomrçõs urbs por orç d l. Há, o âmbto gúcho, s glomrçõs
urbs do Sul (crd m 1990), com cco mucípos, do nordst (sttuíd m 1994), cotdo
dz mucípos, do Ltorl nort (udd m 2004), grgdo outros vt mucípos.
no plo bo, o govro stdul ssumu rsposbldd pl crção d glomr
çõs urbs, o stblcr, o cso XVi do artgo 11, Sção ii d Costtução d Bh,
qu compt o stdo “... dspor sobr crção, corporção, usão dsmmbrmto
d Mucípos, sttução d rgõs mtropolts, glomrçõs urbs mcrorrgõs,
lmts do trrtro stdul xção dos mucípos” (BaHia, 2005, p. 12). isto, porém, sm
potr os mcsmos qu dm m qus codçõs é prtt crção d qulqur
um dsss ts gográcos.
Por outro ldo, o provr o Dcrto . 12.021, d 23 d mrço d 2010 (BaHia, 2010), qu
dscorr sobr o Rgmto d Scrtr d Dsvolvmto Urbo (Sdur), o govro
stdul lçou s bss pr um dbt ms cosstt sobr crção d glomrçõs
urbs m trrtro bo, mbor th sgudo sm prstr os crtéros pr tl.
nss dcrto, são stblcds s comptcs d scrtr ormlzção d rgãos
d pst, tr os qus Suprtdc d Pljmto Gstão Trrtorl (SGT), qu
tm, tr s sus cumbcs, prrrogtv d coordr o pljmto gstão
mtropolt d glomrçõs urbs, promovdo rtculção tr os mucípos
costtuts d ts ts gográcos. além dsso, cb à scrtr promovr çõs qu
prmtm gstão comprtlhd tgrd d polítcs públcs d trss comum dos
mucípos, ts como bstcmto smto, tr outrs.
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b arreiras e luís eduardo M agalhães: uMa a gloMeração urbana eMbrionária nooeste b aiano?
P arte iiir ede urbana e dinâMiCa r egional no
estado da b ahia : novos enfoques
ad vrsdo sobr scl b, sgudo Mott ajr (2001), qu mprgm
publcção Rgõs d iluc ds Cdds (Rgc) como bs do su studo, lém do
cso trstdul, qu tgr Juzro (Ba) Ptrol (Pe), ps m ilhéus itbusr possívl dtcr xstc já cosoldd d um glomrção urb ão
mtropolt.
Cotudo, m studo do isttuto d Psqus ecoômc aplcd (ip) qu vs crctrzr
rd urb rgol do nort, nordst CtroOst do pís com bs coorm
ção urborgol ds décds d 1980 1990, dmts xstc, Bh, lém ds
mcods, ds glomrçõs urbs ão mtropolts d Fr d St, Txr
d Frts/euápols/Porto Sguro Sto atoo d Jsus (inSTiTUTO De PeSQUiSa eCO
nÔMiCa aPLiCaDa; inSTiTUTO BRaSiLeiRO De GeOGRaFia e eSTaTÍSTiCa; UniVeRSiDaDe
eSTaDUaL De CaMPinaS, 2002).
importt obsrvr qu, à xcção d Fr d St, cuj glomrção o rctmt
trsormd m rgão mtropolt (L Complmtr estdul . 35/2011), m hum
dos dms csos, s glomrçõs urbs orm oclmt costtuíds por orç d l.
Ts mçõs orm ts com bs, tão somt, m costtçõs mpírcs.
Barreiras e Luís Eduardo Magalhães: breve eame geográfcohistórico
as cdds d Brrrs Luís edurdo Mglhãs possum um dâmc trrtorl covr
gt com d outrs tts urbs dos crrdos brslros cuj ormção rct d um
zo groxportdor modr tv ppl dcsvo o crmto dmográco, bm como
costtução d um complxdd ucol té tão édtos.
nquls spços scolhdos como locus d tscção ds rlçõs cptlsts, mdt
crção d sstms grodustrs ltmt tcczdos, ormms rrjos trrtors
d produção grícol (eLiaS, 2006) cujos gts pssm mpor um lgc d orgzção
qu cb por clrr o procsso d urbzção, cludos í rstruturção /ou o
surgmto d cdds.
Sgudo els (2006, p. 234), como rsultdo do umto d trcrzção s urbs vzhs
às árs d grcultur modrzd, há
[...] um grd mtmoros crscmto d coom urb ds
cdds prxms ds produçõs gropcuárs modrs, prll-
mt o dsvolvmto d um ovo ptmr ds rlçõs tr
cdd cmpo, vslumbrávl os drts crcutos spcs d
produção círculos d cooprção stblcdos tr sss dos
spços. O crscmto d produção ãomtrl s dv d o
crscmto populcol à rvolução do cosumo, st últm
rgd sob os uspícos do cosumo d mss, qu mpõ umross
cssdds ssocds à xstc dvdul mlr.
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
Há qu sltr, porém, qu, dspto d o xprssvo crscmto dmográco
xprmtdo por Brrrs Luís edurdo Mglhãs tr ocorrdo com bs m um
msm lógc d mpltção d ovos sstms grodustrs o Ost Bo, osprocssos gográcohstrcos d ormção ds cdds mcods possum tm
porldds dstts.
O síto urbo d Brrrs rmot à prmr mtd do século XiX, tdo surgdo por cot
d mpltção d um pquo cs mrgm drt do Ro Grd, dstt lgus poucos
qulômtros just do trcho od o curso d’águ dx d sr vgávl (aLMeiDa, 2005)
por od pssvm lgus dos tgos cmhos d trop do tror do Brsl.
ad qu th surgdo o cotxto d xpsão ds zos d pstoro do gdo bovo o
Ost Bo o século XiX (BRanDÃO, 2010), dsd os prmros os, Brrrs tv o sucrscmto lgdo os zrs do trcáro, posto qu ução prcpl do cs orgáro
, m sgud, do porto fuvl, oss comrclzção d produtos vdos d outrs rgõs
do pís plo ro São Frcsco por su ut, já mcodo, pr dí sgur m trops
qu bstcm lgums ds zos ms povods d Goás.
O crscmto prtérto xprmtdo por Brrrs o motvdo, prcplmt, pl co-
soldção d tvdd comrcl pls prátcs gropcuárs qu s dsvolvm o su
toro, cordo à urb um ctrldd rgol qu, té tão, r xrcd por Brr,
cdd loclzd o cotro dos ros Grd São Frcsco prmro sstmto xo
do Ost Bo, dtdo ds últms décds do século XVii (BRanDÃO, 2009).
a cdd d Luís edurdo Mglhãs, por su vz, é d udção bm ms rct. O úclo
cl surgu com mpltção, m 1974, d um psão pr cmhoros o tro
cmto ds BR 020 242 , postrormt, m 1982, d um posto d combustívs, tdo
s trsormdo m povodo do mucípo d Brrrs, m 1986, com domção d
Mmoso do Ost (FOnSeCa; SiLVa; VieiRa, 2010).
Dos surtos mgrtóros xplcm o rápdo crscmto d tão pqu uclção
loclzd do xtrmo ost do mucípo d Brrrs: um prmro, mos tso
d crátr spotâo, cdo m s d décd d 1970, com chgd dos
chmdos poros (JUnGeS, 2004), ou sj, os prmros mgrts sulsts m buscd trrs grcultávs; um sgudo, ms vgoroso duzdo plo Govro Fdrl,
cdo m mdos d décd d 1980 stblcdo por ovs lvs d populçõs
dvds do Sul do pís pr promovrm xpsão d grcultur d lto rdmto
os crrdos bos.
Por orç dos trsss corportvos mdos ds lts grodustrs qu s stlrm
o tgo Mmoso do Ost os príodos cm mcodos, rprstds pl Comssão
Pr-Dstrtmto emcpção (JUnGeS, 2004), o povodo o dsmmbrdo do mucípo
d Brrrs , ssumdo o topômo d Luís edurdo Mglhãs, pssou sr, prtr d
30 d mrço d 2000, 417ª udd polítcodmstrtv d Bh.
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P arte iiir ede urbana e dinâMiCa r egional no
estado da b ahia : novos enfoques
Como vtdo, m mbos os csos, o príodo ms xprssvo d crscmto dmográco
tv íco s décds s do século XX (Tbl 1), com cosoldção do plto d grãos
o Ost Bo, tvdd qu cotrbuu dcsvmt pr o crmto dos uxos dmgrção do prpro stdo, bm como dquls qu prtm ds trs udds drtvs
ms mrdos do pís.
Tabela 1
População urbana de Barreiras (1970-2010) e Luís Eduardo Magalhães (1991-2010)
População urbanaAno censitário
1970 1980 1991 2000 2010
Barreiras 9.760 30.055 70.701 99.842 123.741
Luís Eduardo Magalhães .... .... 2.385 (1) 18.757 54.881
Fot: Csos Dmográcos (1970, 1980, 1991, 2000, 2010).(1) Populção do tão povodo d Mmoso do Ost, mucípo d Brrrs, sgudo Mott (2012).
Há qu s obsrvr, porém, qu, quto m Brrrs o rtmo d crscmto prstdo
plos últmos dos csos dot um tdc à stblzção d populção urb, m
Luís edurdo Mglhãs, o cotráro, é possívl prcbr, trvés dos úmros orcdos
pls msms cotgs populcos, mutção do rtmo scdt d crscmto,
supror os 20% .., coorm dcdo por Stos Flho Ros Flho (2009).
Cdds qu dvm su crscmto populcol rct o crmto d complxdd
ucol à grcultur d lto rdmto, Brrrs Luís edurdo Mglhãs cosoldm,
hoj, drts ppés rd urb col. a prmr dspot como prcpl ctro
do trcáro d gstão do trrtro m scl rgol té trstdul, o psso qu à
sgud cb xrcr, com promc, o ppl d “cdd do grogco” (eLiaS, 2006,
p. 221), com grd mor dos zrs subordd à dâmc do stor prmáro tc
czdo, codção qu prmr já suprou.
a cdd d Brrrs coctr hoj os prcps stblcmtos comrcs
cros do Ost Bo, lgus compodo rds com tução m scl col
trcol, s mors sttuçõs d so supror d rgão, sdo trs dls
Uvrsdd do estdo d Bh, isttuto Fdrl d educção, Cc Tcolo
g d Bh Uvrsdd Fdrl d Bh, s sds rgos d rgãos públcos
stdus drs, lém d xrcr cosdrávl ctrldd quto os srvços
médcohosptlrs.
Sgudo Suprtdc d estudos ecoômcos Socs d Bh (2010), o Produto
itro Bruto (PiB) d Brrrs é o 14º ms xprssvo do stdo, com vlors m toro d 1,2
blhão d rs, o qu rprst 1,2% do totl produzdo udd drtv. em rlção
os stors produtvos, o mucípo m tl dtém o sgudo mor PiB gropcuáro d
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
Bh, com 274 mlhõs d rs (4,2% do totl do stdo), o 22º produto dustrl, com 147
mlhõs d rs (0,6%) o 12º poscomto o qu s rr à produção trcár, com
646 mlhõs d rs (1,5%). Os ddos são rltvos o o d 2006.
a cdd d Luís edurdo Mglhãs, por su vz, brg um prqu grodustrl cd
vz ms vgoroso, qu gr ort dmd por mão d obr qulcd, sttuçõs qu
prstm srvços téccos voltdos o stor grícol, ts como mprss d cosultor
groômc, jurídc, mbtl gotcolgc, lém d sds dos ctros d psqus
mtdos por tdds orgzçõs ssoctvsts crds plos gts coômcos
lgdos o grogco.
D cordo com Suprtdc d estudos ecoômcos Socs d Bh (2010), o mu-
cípo d Luís edurdo Mglhãs possu um PiB d 842 mlhõs d rs, o qu o poscocomo 19º ms mportt do stdo, com 0,9% d tudo o qu udd drtv produz.
Quto os vlors stors, produção gropcuár é 4ª mor d Bh, com 168 mlhõs
(2,6% d prtcpção rltv o stdo), o PiB dustrl é o 20º, com 186 mlhõs d rs
(0,7%), produção trcár posco o mucípo 19ª colocção, com 378 mlhõs d
rs (0,8%). assm como o cso d Brrrs, os ddos são d 2006.
Como s vrá dt, s drçs cm rltds os ddos prstdos cbm por
dotr um complmtrdd d uçõs , como cosquc drt, um cosdrávl
gru d comutção dár tr os ctros urbos m tl. É justmt st tgrção qu
gr os dícos qu torm lgítmo o dbt sobr ormção mt d um glom
rção urb tr s cdds d Brrrs Luís edurdo Mglhãs.
Indícios da ormação da aglomeração urbana Barreiras–Luís Eduardo Magalhães
a dâmc trrtorl xstt os ds d hoj o Ost Bo cor às cdds d Brrrs
Luís edurdo Mglhãs protgosmo bsoluto como ctros d um “spço lumoso”
(SanTOS, 2003) osto orjdo pl rstruturção trrtorl produtv d grcultur d grãos
qu stá composto d por São Dsdéro, Formos do Ro Prto Rchão ds nvs,
mucípos com cosdrávl prtcpção o PiB do stor prmáro bo (DiaS; aRaÚJO,
2011). Tudo sto s rft, por su vz, s rlçõs stblcds prcplmt tr s
dus prmrs dtr s cdds ctds.
Dos são os spctos ms rlvts qu dvm sr cosdrdos qudo d busc por
lmtos mpírcos qu possm cormr ormção d um glomrção urb, d
qu m su momto cl, qus sjm: complmtrdd d uçõs comutção
dár tr s cdds lsds. nst stdo, lgus ss, rsultts d complm
trdd d uçõs d comutção dár xstts tr os ctros urbos m xm
spclmt vrcávs já os ds d hoj, costtum-s m dícos qu, s vstgdos
d modo dqudo, podm cormr ormção, m stágo mbroáro, d um glom-
rção urb o Ost Bo.
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b arreiras e luís eduardo M agalhães: uMa a gloMeração urbana eMbrionária nooeste b aiano?
P arte iiir ede urbana e dinâMiCa r egional no
estado da b ahia : novos enfoques
Quto à complmtrdd d uçõs, ão há dúvds d qu Brrrs, pl mor com
plxdd ds tvdds do trcáro, com dstqu pr o comérco ort d srvços
duccos, médcohosptlrs, lém d outros ms spclzdos, é o prcpl ctrourbo do Ost Bo, com uc cddo, clusv, sobr Luís edurdo Mglhãs.
Ocorr, porém, qu dsd s d décd pssd, ss últm cdd vm pssdo por
um duplo procsso, qu s crctrz pl crsct prousão spclzção do trcáro
quls trs qu orcm mão d obr, sumos téccs o grogóco plo
surgmto d ovos mprdmtos comrcs qu vsm tdr à lt dmd d
prcl ms bod d populção locl.
isto tm sdo udmtl ão s pr o umto d prtcpção do stor trcáro o PiB
locl – 59,20%, m 2009, cotr 43,52%, m 2001, sgudo ddos d Suprtdc d
estudos ecoômcos Socs d Bh (2010) –, como tmbém dção d fuxos dpssos cptl, d tímdos, ms crscts, cujos xs tomm stdo oposto àqul
trdcolmt costtuído, ou sj, há um ov dâmc d mobldd drcod d
Brrrs à cdd d Luís edurdo Mglhãs.
Há, por outro ldo, um sér d projçõs bsds m ddos dmográcos coômcos
produzdos plo isttuto Brslro d Gogr esttístc (iBGe) qu potm s t-
dcs d crscmto pr mbs s cdds qu lsds, sgudo s qus, médo
przo, hvrá um cáro d mor prdd tr Brrrs Luís edurdo Mglhãs o qu
cocr o qutttvo populcol os úmros d coom, com ort rprcussão
rlção d ctrldd xstt tr os ctros.
D cordo com Pdo (2011), s projçõs rlzds pl mprs d cosultor Urb
Systm tr os os d 2009 2010, sob comd d Prtur Mucpl d Luís edu
rdo Mglhãs, potm cosdrávl crscmto dmográco, os úmros d mprgos
orms mprss m ucomto, bm como m rlção o PiB storl. Pr to d
comprção, o studo dstc qu, s os ívs d crscmto d mbs s urbs mtvrm
tdc tulmt vrcd, Luís edurdo Mglhãs “ultrpssrá” Brrrs tr 2018
2020, tordos, cosqutmt, prcpl cdd do Ost Bo.
idpdt ds qurls usts qu ts dscursos cbm ctdo tr os hbt
ts gstors públcos d mbs s cdds, o to é qu, m s cormdo o progstco
sugrdo plo studo, Luís edurdo Mglhãs torrsá um ctro ucolmt ms
complxo, coormdo, ssm, um procsso ovo, o qul s rlçõs com Brrrs, tul
mt hrrquzds, rão dqurr um crátr ms complmtr.
Quto à comutção dár, tl procsso dcorr, m spcl, do to trormt xposto
c vdt qudo s obsrv o tso fuxo populcol qu s stblc drmt
tr s dus cdds, m mbos os stdos. Tl mobldd é vrcávl pl tsdd
do trágo BR 242, rodov qu lg Brrrs Luís edurdo Mglhãs, bm como plos
úmros d vd d pssgs s stçõs rodovárs ds urbs lsds.
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
ao xmrm rlção rd-trrtro o Ost d Bh com bs os fuxos qu s stb-
lcm dsd Luís edurdo Mglhãs, Dlgdo alvs (2010) potm xstc d orts
vículos spcs tr s sds mucps qu cptm o procsso d rstruturçãoprodutv d rgão. Os utors tomm como bs pr o studo ctdo os dslocmtos
dáros d vículos d crg d grãos m cmhõs d pssgros m ôbus trmu
cps qu prtm d Luís edurdo Mglhãs com dsto outrs uclçõs urbs,
tr s qus Brrrs.
Pr Dlgdo alvs (2010, p. 111), fudz trrtorl qu s stblc d modo ms
sgctvo tr sss prcps cdds do spço lumoso ormdo plo procsso d
modrzção grícol os crrdos bos rsult “... ds strtégs dos tors hgmô
cos costrudo su trrtorldd”. em outrs plvrs, ts gts, por mo d su
ção mprddor, provocm mobldds hum d cptl ( orm d commodities,prcplmt). Por su vz, ts dslocmtos coormm xs d uxos ms tsos
durdouros tr s cdds d Brrrs Luís edurdo Mglhãs.
ad tdo o fuxo dáro d pssgros como objto d áls, psquss drts rlzds
s stçõs rodovárs d mbs s cdds m xm rvlm qu vd d pssgs
d Brrrs pr Luís edurdo Mglhãs corrspod qus 59% do totl d blhts
comrclzdos prmr cdd ctd com dsto às dms do Ost Bo qu stão
loclzds m um ro gul ou ror cm qulômtros d dstâc1. no stdo vrso,
s pssgs vdds tgm um prctul d 56% do totl, lvdo-s m cot s
msms crctrístcs trormt potds.
Há qu s cosdrr d qu outrs cdds osts, possvlmt, strm pts
compor um utur glomrção urb qu th, o bômo Brrrs-Luís edurdo
Mglhãs, o su úclo prcpl. Cdds como agcl, Ctolâd, Crstpols, Rchão
ds nvs São Dsdéro possum strts rlçõs com s prmrs ctds, otdmt
com Brrrs. Por outro ldo, dd pouc dstâc sr prcorrd drmt, Brrrs é
cdd-dormtro pr um cosdrávl qutttvo d prossos qu tum m srvços
spclzdos ou o ucolsmo públco sss cdds od o prcpl ctro urbo
do Ost Bo xrc mor ctrldd.
Por outro ldo, é mportt sltr qu, s plo tul stágo d complxdd ucol
tgdo com um coom cd vz mos dpdt do stor prmáro, Brrrs já
ão pod sr cosdrd um típc cdd do grogco, Luís edurdo Mglhãs, o
cotráro, comport rsultdos coômcos qu são mprdos, m grd mdd, pl
produção comérco d commodities, um lmto do mrcdo d cpts crctrzdo
pl grd osclção d prços.
1 ess é dstâc máxm, m úmros rrdoddos, tr cdd d Brrrs s dms pr s qus smprss várs dslocm d trs ms ôbus por d. São ls: agcl, Bpols, Crstpols, Luís edurdoMglhãs, Rchão ds nvs São Dsdéro, lém d Slvdor Brsíl, qu, por motvos bvos, ão orm qu
cosdrds.
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b arreiras e luís eduardo M agalhães: uMa a gloMeração urbana eMbrionária nooeste b aiano?
P arte iiir ede urbana e dinâMiCa r egional no
estado da b ahia : novos enfoques
nst stdo, é prcso dvrtr qu mutção mplção dos xprssvos rsultdos
coômcos d Luís edurdo Mglhãs stão lgds d modo sml os dtms d
polítc coom trcos. isto trá s codçõs uturs do mrcdo tro dcdd, rprcutdo, por su vz, s possívs trsormçõs d su ctrldd. assm,
por orç ds crtzs qu são prprs do mrcdo trcol d commodities, o cáro
qu potdo como tdc pod ão s cormr.
Para (não) concluir, uma agenda de pesquisa
Como rmdo lhurs, st scrto ão mst costtção d um to gográco
cosolddo. ao cotráro, busc trçr os prolgômos do possívl cáro d ormção
d um glomrção urb rd costtuíd pls cdds d Bh, m spcl d um
rgmto dss trm loclzdo o Ost Bo qu tm m Brrrs Luís edurdoMglhãs os úclos rrddors dss procsso.
Por sr st um áls spcultv, há qu buscr os mos pr motorr s tdcs
qu potds (lém d outrs tts qu podm sr rvlds). Pr tto, é udmtl
promovr o dsvolvmto d um mtodolog qu prmt orcr subsídos o xm
d tdc qu sboçd, bm como lsr os procssos d ormção cosoldção
do t gográco m tl. Tl mtodolog dv lvr m cot possbldd d su
rplcção outros csos d rldd stdul col.
assm, lgums proposts d studo dvm gurr como prts costtuts d um mpl
gd d psqus qu prmt, por mo d áls tgrl ds costtçõs dí dvds,
cormr ou rutr s spculçõs qu sboçds. Dst orm, é crucl cosdrr:
. áls d gs d tul rd urb rgol s vculçõs qu st possu
m um lgc multsclr;
b. dtcção dos dvrsos crcutos spcs d produção d círculos d coop
rção m scl trurb;
c. o xm d tsdd dos uxos populcos dáros tr s cdds, cosd
rdo qutdd d dslocmto, ms, prcplmt, s motvçõs pr tl;
d. do msmo modo, rlzção d um xm d tsdd dos uxos ormco
s xstts tr os ctros urbos, ts como trsçõs bcárs lgçõs
tlôcs, por xmplo;
. áls do ppl qu s dms cdds, prxms rtculds às urbs m x
m, dsmphrm ss rgmto d rd urb, lvdo-s m cot s
possbldd d rompmto d rlção ortmt hrrquzd qu tulmt
mtém, prcplmt, com Brrrs.
assm, por mo d áls sstmátc dos dícos qu potdos, qu rvlrá s crct
rístcs d comutção dár tr s cdds d Brrrs Luís edurdo Mglhãs, orjd
pl crsct rlção d complmtrdd ds uçõs xrcds pls urbs m tl, é
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
plmt possívl costtção, m um uturo prxmo, d xstc d um procsso
dâmco qu rsultrá o surgmto d um glomrção urb o Ost Bo, qu
cotrá d com clusão dos mucípos d São Dsdéro, agcl, Rchão ds nvs,Crstpols, Bpols Ctolâd.
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b arreiras e luís eduardo M agalhães: uMa a gloMeração urbana eMbrionária nooeste b aiano?
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CENTRALIDADE URBANA, CONIGURAÇÃO REGIONAL E NExOS ENTREDETERMINAÇÕES ECONÔMICAS E CONTINGÊNCIAS POLÍTICAS
Renato Leone Miranda Léda*
inTRODUÇÃO
Como trprtr s rlçõs tr cdds, sobrtudo pqus méds, rd urb rgão, o príodo tul, st sgud décd do século XXi, s codçõs prtculrs do
Brsl, d ms d Bh, pr lém dos modlos d áls cordos os prcípos d
ctrldd, d ucoldd d mrcdo?
não s trt d rtomr os qustomtos ds tors d loclzção d sprção oclás-
sc, m d smplsmt rsgtá-ls m sus rltvs utldd tuldd pr dr cot
d crtos procssos d orgzção do spço, sorço já mprddo bm dsvolvdo
ltrtur gográc brslr, sob drts mtzs (CORRêa, 1982, 1997, 1999; SanTOS,
1979, 1999; SiLVa, 2010; SPOSiTO, 2007).
a dscussão tm íco com busc dos xos tr lmtos, procssos cotrdçõs
rts à dâmc ds rlçõs cdd–rd–rgão qustomtos sobr o qu sss
rlçõs rvlm rspto ds spcldds cotmporâs, cosdrdo, pr sso,
rtomd, muto brv, d lgus prcípos qu mbsm su trprtção gográc,
sob um vés crítco. em sgud, dscussão drco-s à tttv d trlocução com
cotrbuçõs trcs qu, dspto d dstts, covrgm pr o mbsmto d um
ltur qu tz o stdo polítco d rlção cdd–rgão.
O prssuposto básco dsss rfxõs rr-s o tdmto ds rds urbs d
sus dâmcs como um ds xprssõs ms sgctvs dos rrjos spcs do
cptlsmo cotmporâo d sus rstruturçõs hstr rct qu, portto,
dvm sr trprtds como prt d um totldd socl complx cotrdtr. Ts
dâmcs rrjos sgum dtrmçõs grs mds d lgc d cumulção d
cptl obdcm comdos orudos d ctros d dcsão studos m srs sup
rors ds hrrqus d podr do mudo globlzdo (CORRêa, 1999; SanTOS; SiLVeiRa,
2008), ms, por outro ldo, ssumm orms cotúdos prtculrs o cotxto hstrco
* Psdoutor pl Uvrsdd Fdrl Flums (UFF); doutor m Gogr pl Uvrsdd Fdrl do Ro dJro (UFRJ). Prossor do Dprtmto d Gogr d Uvrsdd estdul do Sudost d Bh (UeSB).
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
gográco spcíco m dtrmds árs ou rcorts do trrtro, cosdrdo d
o dcsvo ppl do estdo col como scl d mdção tr os drts ívs d
ordmto spcl.
assm, o txto stá orgzdo d modo qu dscussão s c com rtomd d lgus
spctos trcos cosdrdos sscs rspto do tm m oco, pssdo pl tttv
d xplorr dtrmds coxõs lítcs rtrds d cotrbuçõs d utors qu s
propõm rtr sobr spcldd do cptlsmo o Brsl m su dmsão urb
rgol, covrgdo, o l, pr um ltur qu tz s rlçõs tr spço, podr
rcorts trrtors , ms spccmt, s proposts d sttução d rgõs mtro
polts m toro d cdds port médo, com bs os coctos d “projto rgol d
podr” “r polítc”.
CenTRaLiDaDe, ReDeS e ReGiÕeS: DeTeRMinaÇÕeS SiSTêMiCaS
Pr stblcr um poto d prtd prtt pr trtr qustão, julgs proprdo
rtomr o qu Mlto Stos, já m 1979, prstv como um proposção ovdor o
cotxto d gogr brslr d époc, sobr os prâmtros srm cosdrdos
áls cocomtt dos procssos d urbzção orgzção spcl os píss sub
dsvolvdos, potv como tors dcsvos pr xplcção d urbzção, dst
cdo quls qu volvm dâmc socl d produção s orms gogrács qu tl
dâmc ssum cd momto s rlçõs tr cdd, rd rgão, sob o prsm d
dvsão do trblho. etr ts tors cb tzr qu
[...] crção rtção locl do vlor dcodo, cpcdd locl
pr gurdr um mor ou mor prcl d msvl grd, o
gru d rdstrbução d rd tr os produtors, os tos drtos
ou drtos d modrzção sobr polítc, socdd, cultur
dolog. (SanTOS, 1979, p. 38).
em outrs plvrs, podr-s- dr qu spcldd do modo d produção cptlst,
s orms mtrs qu cr os uxos qu promov przm um dâmc d coctrção dsprsão um costt stávl procsso d produção d spços dsgulmt
dotdos d rstruturs outros trbutos sococoômcos. no âmbto d um modlo
urbodustrl corrspodt o prdgm ordst domt sgud mtd do
século XX, spcldd cptlst ssumu um orm qu combv tdcs oposts
complmtrs d coctrção mtropolt, d um ldo, d rltv dsprsão ou
dscoctrção (coctrd) d outro, qu mrcrm ormção o dsvolvmto
ds rds urbs hrrquzds o príodo. Os xos ms grs tr dvsão do trblho,
spcldd cptlst, rds urbs drcção rgol drvm, ssclmt,
do to d qu s trocs rprstm
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Centralidade urbana , Configuração r egional e nexos entre deterMinações eConôMiCas e ContingênCias PolítiCas
P arte iiir ede urbana e dinâMiCa r egional no
estado da b ahia : novos enfoques
... ão ps vículos stblcdos tr produtors d mrc
dors dspostos gogrcmt m drts lugrs, ms, ts
d tudo, xção d lços tr trblhdors sslrdos sob ctv d drts cpts m spços dsttos qu s ...
trocs d mrcdors – bs srvços, cludo orç d trblho
–, stão qus smpr vculds às trsormçõs d loclzção,
crdo com sso, um cojuto d trçõs d movmtos spcs
trldos um gogr pculr ds rlçõs hums, (BaLanCO;
PinTO; BUSaTO, 2006, p. 14).
nss cotxto d produção d cogurçõs spcs, o qul s srs d produção
d crculção cotrms ruds, o ppl trmdáro d trmdção ds cdds
méds é um crctrístc ort d su prl rd urb brslr (sdr mprsscomrcs tcdsts vrjsts com spcíc ução d dstrbução d produção dus-
trl pr um ár d mrcdo rgol). num coom m procsso d rstruturção
mudlzção, o dsvolvmto ds rds urbs (por su cotúdo socl técco)
o ppl d trmdção ds trsçõs os stors d comérco srvços qu, d modo
grl, s cdds méds cumprm o tul cotxto, stão strtmt ssocdos à
xpsão dos horzots gográcos d cumulção, sobrtudo m rzão “... d orç qu
s grds corporçõs possum pr vblzr o lrgmto dos cotxtos” (TReViSan,
2007). ess procsso d dsvolvmto moblz um sér d outros gts coômcos,
como o cso d rms pqus méds ls ssocds/subordds, um strtég
d tução m rd qu prmt cplrzção dos gcos s oprçõs ds grdsrms m mrcdos rgos ou subrgos.
Do poto d vst d rlção tr rd urb dvsão trrtorl do trblho, td
c é dssocção tr o lugr d dcsão comdo o lugr d produção dustrl
como rm Sposto (2007). Fzdo um prllo, gurdds s dvds spccdds,
prsç cd vz ms ostsv ds grds rds cos ou trscos d
lojs hprmrcdos s cdds méds duc tmbém um possívl rordmto
do ppl ds lts ou burguss mrcts locs – m rrc à propost d Corr
(2007) d qu um dos lmtos pr o qudro trco d áls ds cdds méds é
orgm turz d lt mprddor d su possívl xprssão polítc mcrátr rgol.
Pr lém d struturção d um rd urb prtmt hrrquzd “qulbrd”,
como coroláro do prssuposto clássco ou oclássco d lbrdd d mrcdo d cocor-
rc prt (CaVaLCanTe, 2002), s possbldds d coxão m rd tr cdds d
dvrsos strtos d port dmográco tdm crscr xpoclmt s codçõs
téccs d globlzção qu prmtm “... um smultdd d comucção ou um
rd trcd d rlcomtos, rompdo s strts hrrqus” (DaMiani, 2006 p. 136).
isto s vrc, sobrtudo, sr ds rlçõs comdds plos gts cros m
su mríd d trsçõs ltrôcs.
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
assm, pr lém ds trprtçõs qu rssltm mportâc d dstâc (proxmdd,
cotgudd) dos custos d trsport rlção tr cdd rgão d uc,
qul s rstruturs várs os fuxos d pssos mrcdors projtm um rrjo go-gráco covcolmt zol, há d s cosdrr, cd vz ms, qu o uso sstmátco
dos prtos ltrôcos d ormátc tlmátc rltvz mportâc d proxmdd
d cotgudd rd s rlçõs ms plo prcípo d coctvdd, crctrzdo
“... orms cotmporâs d orgzção spcl ds tvdds coômcs lgds o
comérco d bs srvços como prt d um procsso d coctrção coômc qu
s comph d dscoctrção spcl” (SPOSiTO t l., 2007, p. 45).
as rds são struturds moblzds vsdo tdr os objtvos dos gts coôm-
cos, qu modcm crtos trbutos do spço coorm s costrom /ou s utlzm pr
rlzr sus tvdds. Por outro ldo, s rds gogrács são costtuíds d potos ous, lugrs dstrbuídos sobr o trrtro, coctdos trvés d lhs uxos vrdos. a
tgrção ucol tr os lugrs é rzão d sr ds rds. Quto mor su dsdd
gru d orgzção, mor srá su cc do poto d vst d rdução rltv ds
dstâcs o qu s rr tmpo d crculção ds mrcdors, ds ormçõs, dos
comdos o grcmto dos gcos , sobrtudo, d rdução do tmpo d “gro do
cptl”. est últmo é cosdrdo um dos prcípos qu gu s trocs crculção d bs
srvços, bm como produção d struturs spcs qu xgm, cotrdtormt,
ms vultoss soms d cptl xo “rrgdo à trr” coctrdo gogrcmt
(HaRVeY, 2007) pr qu os uxos coômcos sjm vblzdos. ess busc csst do
tmpo ms curto pr rlzção ds trsçõs mrcts, sj sob orm d dsloc
mto d mrcdors (bs tgívs), d crculção cr ou d ormção, é um to
crucl do dsvolvmto do cptlsmo cotmporâo s vdc pl crsct
mportâc ds rds d trsports d comucção pr cocrtzção ds rlçõs
comrcs. Por outro ldo, ss “cssdd” d fudz dv sr rltvzd cotxtul-
zd, pos, tl como s prst o mudo cotmporâo, xcrbção d udz d
vlocdd d crculção d ormçõs, mrcdors do dhro mpõs como um
“cssdd” muto ms prmt pr os gts coômcos qu ldm drtmt
com lgc d vlorzção do cptl do lucro, do qu pr populção m grl, os
trblhdors m prtculr, cujs codçõs d rprodução socl stão submtds umdsgul cpcdd d csso às rds, o qu rd o própro sgcdo d fudz
pr us outros, como Mlto Stos (1996) lrt o cotrpor tmpos/homs rápdos
ltos, Geograa das Redes.
esss dcçõs trcs sugrm um prcípo d áls d rlção ds pqus cdds
s rds urborgos comdds por ctros médos do poto d vst d rtcul
ção dsgul ds cooms locs como um stução gográc (SiLVeiRa, 1999) qu pod
sr dd como um cotro ou combção cotrdtór d orms d proprção
vlorzção dos lugrs. Ou sj, um rcurso d método qu prmt bordr um cojuto
d lugrs rtculdos m rd um scl rgol como rcort spço-tmporl, um
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Centralidade urbana , Configuração r egional e nexos entre deterMinações eConôMiCas e ContingênCias PolítiCas
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estado da b ahia : novos enfoques
“momto” provsóro, com um dtrmdo cojuto d trbutos socs, coômcos,
téccos, pssívs d dscrção áls, ms cuj trprtção vrddr sgcção
somt podm sr lcçds s dvdmt srdo o uxo d vtos hstrcos dprocssos socospcs d mor brgc do qul z prt. esss dcçõs brm
cmho pr um proxmção o cotxto mpírco d áls d tução ds orçs co
ômcs hgmôcs, como ds grds rms, m mrcdos rgos ou sub-rgos,
msmo quls spços prércos qu s crctrzm por lmtçõs quto o pquo
volum d dmd, mor dsdd técc d cptl corpordo s rstruturs d
trsports comucçõs ívs rltvmt bxos d podr qustvo d populção,
como d modo grl ocorr o tror d Bh m prtculr rgão d uc d
cdds como Vtr d Coqust. est cdd, ss cso, rprst o spço – lcus – od
dvrss mprss d vrdos ports orgs buscm stblcr struturs d suportpr sus oprçõs cssr um mrcdo rgol xtso, msmo qu lmtdo por quls
codçõs coômcs rstrtvs mcods. assm, como polo comrcl d prstção
d srvços, cdd é dtcd como um ctro urbo rgol d “ordm 1” sgudo o
isttuto d Psqus ecoômc aplcd (2001) ou como “Cptl Rgol B” clsscção
do isttuto Brslro d Gogr esttístc (2008), sd d um úmro sgctvo d
stblcmtos qu tum pr tdr dmd dss rgão d fuc urb.
Cb rssltr, com bs os ddos d ReGiC 2007 (inSTiTUTO BRaSiLeiRO De GeOGRaFia e
eSTaTÍSTiCa, 2008), qu ss é mor rgão m populção úmro d cdds rtculds
(97) tmbém qu possu mor Produto itro Bruto (PiB) totl (mbor mor PiB pr
cpt) tr s rgõs polrzds pls cdds d hrrqu quvlt o stdo dBh, rspctvmt Fr d St ilhéus–itbu (CaLDaS; SOUZa, 2009).
Há d s cosdrr qu “produção d rgoldd”, como d Hrvy (2005, p. 89) m
rlção à lgc trrtorl do podr, é drvd dos “[...] procssos molculrs d cumulção
d cptl o tmpo o spço”, dí s dsdobrdo “... comptção spclzção
trrgos”, cogurdo um “corc struturd” qu stá codcod tmbém
os modos d cosumo “ ... gogrcmt drcdos d cordo às coctrçõs d
rquz podr [...] O mudo drcdo do podr do cosumdor s prrcs d
cosumo surg qu como um mportt dtrmt do dsvolvmto gográco
dsgul” (HaRVeY, 2007, p. 42, trdução oss).1
em sum, o poto d vst dotdo é o d qu s rds urbs s prtculrs cogu
rçõs rgos qu ssumm o cotxto cocrto ds cooms cptlsts prércs
ssocm-s, por um ldo, os procssos d homogeneização – qu corrspodm à tdc
à “gulzção” ds codçõs d rprodução do vlor, coormdo um spço ucdo,
ss stdo, , por outro, os cdmtos d rlçõs mrcts qu lvm à progrssv
tgrção ds cooms rgos um spço ucdo do mrcdo col, procsso
1 “ ... geográcamente dierenciados de acuerdo a concentraciones de riqueza y poder ... El mundo dierenciado del poder del consumidor y las preerencias de consumo entra aquí como un importante determinante del desarrollo geográco
desigual.”
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
qu mplc um tgrção ssmétrc subordção ds árs prércs os comdos
orudos dos úclos dâmcos hgmôcos. em c d “cotíu osclção tr xção
do vlor d uso” (drcção, rgolzção) “ fudz do vlor d troc” (homogzção,mudlzção), como d Smth (1988, p. 217), rd urb rprst um “topolog”
dos crcutos spcs d coom2 d dvsão trrtorl do trblho sboç um “ds
ho” ds dsguldds spcs como xprssão cotrdtr ds rrds dâmcs d
gulzção drcção socospcl, como dc Moto (2011) m su studo sobr
tgrção coômc rd urb.
a doção dss prspctv rmt à prcção ds possbldds d prsão do c
dmto d xos tr os dtrmts coômcos sstmcos s çõs polítcs
cotgcs qu dcorrm dquls , smultmt, modcm substclmt
s codçõs mtrs mtrs d su tvção d su “gogrzção” sob ormd um dtrmdo pdrão d dstrbução ds cdds cogurção d um rd urb.
etão, o prcípo o tdmto d qu dvsão do trblho é um “pst” udmtl
pr o studo d orgzção spcl d urbzção, sto é, um oqu qu “... prmt
clur áls tods s vrávs m jogo” tl como xpõ Stos (1979, p. 39), codus
com outrs prspctvs d trprtção ms rcts, m prtculr qu o coomst
Brdão (2007, p. 39) prst como “[...] propost d áls d dmsão spcl do
dsvolvmto cptlst”, qu srá dscutd sgur.
O rrdo utor coloc s m bordgs cotrposts às qu glgcm scl
col, m vor do bômo globllocl rrm cssdd d trblhr s dtrmçõs provts ds rlçõs d clss, “... psqusds sob tc qu rvl qu
dvsão socl do trblho vm s prouddo rcorrtmt m tods s scls”
(BRanDÃO, 2007, p. 53). Cb tão prstr lgus dos potmtos ms sgctvos
d su propost.
as prmsss do utor rrm-s dos spctos sscs: “[...] mpossbldd d um
tor grl do dsvolvmto rgol urbo” (BRanDÃO, 2007, p. 68) dcorrt do
tdmto d qu “[...] s ls d movmto rprodução [do cptl] só podm sr
prdds m su rldd hstrco-cocrt” (BRanDÃO, 2007, p. 68), pos globm “[...]
struturs, dâmcs, rlçõs procssos hstorcmt dtrmdos” (BRanDÃO, 2007,p. 68); qu dvsão socl do trblho dv sr ctgor xplctv d vstgção d
dmsão spcl do dsvolvmto, um “ctgor mddor” qu “prm todos os
sus procssos, m tods s scls” prmt comprdr s htrogdds, hrrqus,
spclzçõs, “tr trscls”.
2 Um crcuto spcl volv dvrss mprss rmos , tmbém, dvrsos ívs (locl, col, trcol). Háum topolog d mprs, quto há um topolog do crcuto – dos círculos d cooprção. isso sgc quo crcuto prmt grgr topolog d várs mprss m um msmo movmto; ms, o msmo tmpo, prmtcptr um rd d rlçõs qu s dão o logo do procsso produtvo, tgdo um topolog qu brgum multplcdd d lugrs d tors. Ou sj, círculo spcl topolog d um mprs poucs vzs ssuprpõm plmt, poucs vzs s coudm, mos qu s trt d um úc mprs comddo tods
s tvdds (aRROYO, 2006).
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Centralidade urbana , Configuração r egional e nexos entre deterMinações eConôMiCas e ContingênCias PolítiCas
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estado da b ahia : novos enfoques
Sugr, tão, qu áls do movmto dsgul d cumulção d cptl o spço
rqur vrcção cojut dos procssos d homogeneização, de integração, de polarização
de hegemonia os rcorts trrtors. esss coctos, dvrt, dvm sr ormuldos mplos trcos dsttos, ruto qu são d dtrmçõs dvrss, su dvd rtculção
lítc rqur tção, pos “... pssgm d um pr outro volv cssrmt
úmrs mdçõs trcs qu stão por sr costruíds” (BRanDÃO, 2007, p. 40). Pod-s
sumrr dção dos qutro procssos d sgut orm:
. homogeneização – movmto uvrsl ucdor do cptl o stdo d crr
codçõs báscs pr o “... vlor s vlorzr m trmos bsolutos uvrss ...
rrbtdo os spços ms rmotos um úco domío [...]” (BRanDÃO, 2007, p. 72)
brdo horzots dspodo spços pr vlorzção cptlst ms mpl3;
b. integração – movmto d mposção d dâmc corctv d cocorrc qupromov o rdmto dos spços socs, por mo d fuxos trocs coômcs,
procsso cotíuo por mo do qul s “[...] rgõs drts, srão golds m
dptçõs rcíprocs, com tsdds turzs dvrss” (BRanDÃO, 2007, p.
77) qu mplc mor trdpdc cocorrc tr-rgol sob o com-
do d orms suprors d cptl, ltrdo s orms d tgrção dos crcutos
produtvos com rtculção d mrcdo m scl col o proudmto
d dvsão trrgol do trblho;
c. polarização – o dsvolvmto ds orçs produtvs gr polrdds – “cmpos
d orçs” – dsgulmt dstrbuíds o spço, struturs d domção udds
ssmtr rorçds pl érc do cptl xo coctrdo spclmt
od tum s orçs d glomrção d cooms d scl, d proxmdd
d mos d cosumo coltvo prsts os úclos urbos ctrs; ,
d. hegemonia – âmbto polítco por mo do qul s põ qução tr htrog
dd tgrção dos dvrsos rcorts gográcos (rgos, locs) prt
corrlção d orçs um ção, tdo m vst o drcomto d ção do estdo;
tl procsso “orj um bloco hstrco” moblz vrdos rrjos polítcos por mo
d um “lç d clsss d log durção”, com cpctção polítc d dr cosão
udd orçs htrogs, mtgdo/cotordo sus cotrdçõs.4
Ms qu um xposção dtlhd d propost do utor trss rtr lgus d sus sg
ctvos dsdobrmtos pr áls d tmátc m tl ou, como l msmo sugr,
cotrr s “psts pr psqus urborgol”: mpmto do complxo d locl
zçõs, d movmtos, d rds (drção stdo), d uxos (orgs dstos) d s
3 “O procsso d homogzção stá posto torcmt prtr ds dtrmçõs ms smpls, do cptl mgrl, sm qu s poh plurldd dos cpts, cocorrc. É o cptl mpodo sus dtrmçõs msgrs mts, buscdo costtução dos quvlts grs, ddo udd à dvrsdd d rlçõsxstts.” (BRanDÃO, 2007, p. 42).
4 a hgmo cumpr um ução rgultr ds cotrdçõs tr s rçõs do bloco o podr tm d stblcrum cpcdd d ocultção d cotos ssõs, d ormr dtrmd “cocpção d mudo”, orjdo
crstlzdo um rlção d orçs qu dtrm os lmts codco s çõs dos subltros (BRanDÃO, 2007).
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
(trlçmtos) dscddos/rtculdos prtr dos ctros d dcsão hgmôcos
(BRanDÃO, 2007). assm, o prcpl spcto sr rtdo é o qu prmt trvr os xos
cdmtos d lgcs, procssos, struturs, gts strtégs o âmbto d um“totldd dsgul” qul s pod srr buscr o stdo xplctvo ds rds urbs
ds ormçõs rgos, smultâ rtculdmt, cofuc d dus dmsõs:
d srção coom m scls col globl, d um ldo, ds cogurçõs
rsultts ds çõs do estdo ds rlçõs d podr cocrts à gstão do trrtro,
d outro, spcto qu srá ms dtlhdo sgur.
CenTRaLiDaDe URBana e SUa PROJeÇÃO ReGiOnaL COMO TRUnFOS De
PODeR? ReDe URBana e ReGiÃO COnFORManDO aRenaS POLÍTiCaS
Rgão rgolzção, cogurção procsso stão smpr mbrcdos o cmpo ms
grl d dâmc spcl do cptlsmo, ms o plo sgcdo d qustão rgol
ds ms prcsmt o âmbto do podr polítco, um plo hstrco gográco
ms spcíco, qu s mst, sobrtudo, s “[...] dsguldds trrtors d produção
d rd col” (eGLeR, 1995, p. 208), o qu, vtvlmt, rmt às rlçõs d
dtrmdos grupos poltcmt orgzdos sr dos subspços trcos
m c d ctrlzção polítcodmstrtv do estdo. nsts trmos, s rds urbs
qu s coormm m scl rgol tmbém s srm
[...] um dtrmd rgolzção, quto projção do spço
d tução do estdo sobr o trrtóro, m dvrss orms d
rgolsmo, quto xprssão dos justs cotrdtóros [...]
dss spço projtdo com socdd trrtorlmt orgzd
(eGLeR, 1995, p. 208).
nst prspctv d áls, dvs ttr pr o ppl dos gts polítcos qu moldm
s rgõs quto ormçõs socospcs, por cot do jogo d trsss qu, d lgum
orm, sjm rrcdos sss dmrcçõs rgos – clsss rçõs d clsss m sus
corrlçõs d orçs, qu s dm smpr m c às outrs srs scls d podr ou,
ms múd, o estdo col, sus polítcs trbutárs d locção dos gstos públcos.
O rcurso à rgolzção como strtég, tto o stdo ms strumtl d opr
colzção ds çõs govrmts d dsctrlzção dos prtos dmstrtvos
do estdo, quto d tttv d pôr m prátc polítcs rgos d dsvolvmto
cogrs, rprst um típc orm d moblzção polítc d dmsão trrtorl
por prt do estdo qu, mormt, mplc qu rgolzção vcul-s xprss-s,
tmbém, como “rvdcção ou lut” (d crátr trrtorl) qu “... cmh o plo
polítco uc ou prtcpção drção do estdo” (HeiDRiCH, 2005, p. 45) d um
clss, colzão ou grupo socl qu busc trsormção d su trss prpro m t
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Centralidade urbana , Configuração r egional e nexos entre deterMinações eConôMiCas e ContingênCias PolítiCas
P arte iiir ede urbana e dinâMiCa r egional no
estado da b ahia : novos enfoques
rss públco ou grl. assm, o oqu polítco d qustão rgol qus smpr pss
por su vculção com o estdo, trdo m jogo sus trbuçõs polítcosttucos
d coormr, dszr rormulr crcuscrçõs subdvsõs spcs ou d ltrrlhs cotúdos socs coômcos. em outrs plvrs, como rsum Bckr (2004, p. 15),
“... s rgõs são xprssõs spcs trrtors cocrts do estdonção .... É ss
procsso qu s ormm s rgõs”.
Sgudo s prtts dcçõs d arrs (2007) m su vstgção ttuld A Região
como Arena Política: um Estudo sobre a Produção da Região Urbana Centro-Goiano, coloc-s m
dscussão possbldd d stblcr outros vículos tr cdd rgão qu ultrpssm
dmsão d ucoldd, ds rstruturs, d dvsão do trblho, d crculção dos
tors d produção dos fuxos, oclzdo um possívl compromtmto d ctrldd
urbo-rgol como bs objtv , smultmt, prtxto pr susttr promovrum dtrmdo projto polítco.
Dss mr, pr lém ds bss mtrs dos cdmtos dos procssos soco
coômcos qu prsdm s rlçõs tr cdds, rd urb rgão, é possívl psr
outro cojuto d dtrmçõs qu, mbor vculds os rrdos cdmtos, por
outro ldo, proxmm dção d rgão à d um arena política5, um vrddro cmpo d
orçs qu s mold pl jução dos projtos qu rprstm s orçs socs domts,
ou d o mbt d drts projtos m dsput, qu tm como objto mo d
xprssão um dtrmdo rcort rgol qu ão é xo, ms pssívl d rormulçõs;
um r polítc qu tmbém s dl o coroto d dtrmds rprstçõscrc d socdd do spço, m busc d lgtmção, ssm como d dtrmds
çõs strtégs qu buscm trçr cáros sttucos ms vorávs à rprodução
d dtrmdos grupos o podr.
ess prspctv d trprtção ssts o tdmto d qu, como rm arrs
(2007, p. 84):
[...] rgão rú codçõs objtvs qu dsprtm o trss d
dvrsos tors socs qu s projtm rgão, dí su vculção
drt com o cocto d projto rgol, qu é, m outrs plvrs,
rgolzção ds rlçõs polítcs dos tors hgmôcos
rgão. O projto rgol é o projto hgmôco od os tors
ão hgmôcos prcm como homogzdos. as codçõs
objtvs são dds pls prtculrdds d polrzção, ctrl
zdo rcursos podr. O plco pod sr o msmo tmpo od o
coto ocorr objto dss msmo coto, sso porqu o od
5 Coorm lz dção d arrs (2007, p. 80), “... plvr r, dspojd dos spctos lgdos à lgor dvolc do sdsmo como Rom atg, prc trt, proporção m qu lustr um jogo d tsõstr tors socs com podr drcdo c polítc .... O stdo d r é o d um cmpo d orçs,mbts, crcuscrtos um dtrmd ár qu qulcmos d rgão. São s rlçõs socs tr os tors
socs qu qulcm r, ão o cotráro ...”
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
o objto são compots rts à prpr produção d rgão.
É od s produz tmbém od s mtrlz hstr d um
produção d rlçõs d podr polrzds s cdds. a polrzção,ssm tdd, pss sr um “truo d podr”.
É dss orm qu s pod trstr pr um rxão sobr stuçõs qu s sboçm, o
mos cojuturlmt, st íco d décd d 2010, lvdo m cot lgums mov
mtçõs qu ssumm crátr mtmt trrtorl rgol, qu xprssm ou
tulzm s prmsss potds, qus sjm s d rgão como xprssão d problmátc
rlção tr socdd locl podr ctrl rgão como r polítc.
Proposts como s d crção d ovos stdos, com bs trsormção d um rgão m
um tdd drtv, com sus prrrogtvs costtucos spcícs, mplcrm lv-
ção do gru d podr trrtorl ds orçs coômcs í domts. Como rm Ct (2007,p. XX), rspto d mportâc ds rotrs dt d comprtmtção polítc tr dos
trrtros cos, spclmt m píss d orgzção drtv como o Brsl, “... s
drts lgslçõs (trbutárs, scs, mbts tc.) s xstm porqu s rotrs trs
crcuscrvm spços polítcos com podr pr lgslr”. e ss podr srá moblzdo, smpr
qu possívl, pr crr ou proudr cáros sttucos ms coorms crts rçõs do
cptl /ou crtos sujtos socs spcícos, como s vdc crção dos ovos stdos
m crts rgõs qu brgm procssos produtvos ms rtculdos às cds globs d
vlorzção do cptl , por ss rzão, tmbém ms susctívs às osclçõs prssõs do
mrcdo trcol, o qu gdr motvçõs lgds à rprodução d podrs rgos
qu drm susttção sttucol às polítcs dos subspços.
D msm orm, rsptds s dvds drçs d cotúdo jurídco d scl, pod-s,
tão, buscr trprtr dtrmds proposts d cuho polítco-sttucol qu tomm
como rrc rcorts rgos cogurdos com bs ctrldd urb pr
xprssr ms cocrtmt prtc dos potos d vst qu dotdos.
PROPOSTaS De ReGiÕeS MeTROPOLiTanaS: PROJeTOS ReGiOnaiS De PODeR eMGeSTaÇÃO? UMa nOTa COnJUnTURaL eM ReLaÇÃO a ViTóRia Da COnQUiSTa
nst últm sção, busc-s dscutr mprcmt prmss d rgão como r polítc,
como um pst pr o tdmto d proposts d sttução d rgõs mtropolts
m toro d cdds port médo, tomdo o xmplo do dbt sobr crção d Rgão
Mtropolt d Vtr d Coqust prstd sob orm d Projto d L Complmtr
º 101/2011 assmbl Lgsltv do estdo d Bh6 (BaHia, 2011). est srá borddo
com o strto propsto d um xrcíco prlmr d trprtção quto o sgcdo
gográco polítco d proposts smlhts qu, o tto, prstm, m cd cso,
6 Projto d L prstdo plo Dputdo Mrclo Gllo m 16 d mo d 2011.
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Centralidade urbana , Configuração r egional e nexos entre deterMinações eConôMiCas e ContingênCias PolítiCas
P arte iiir ede urbana e dinâMiCa r egional no
estado da b ahia : novos enfoques
cotúdos cogurçõs spcs spcícos stão studs m cotxtos rgos
muto drts, ts como os projtos d crção ds rgõs mtropolts d Ubrlâd
(MinaS GeRaiS, 2011), Mrbá (PaRÁ, 2010) Rbrão Prto (SP) (ReGiÃO MeTROPOLiTanaDe RiBeiRÃO PReTO, 2012) ou, d, rct provção d l qu sttu Rgão Mtro
polt d Fr d St (BaHia, 2012).
D cordo com o Projto d L, Rgão Mtropolt d Vtr d Coqust (RMVC) srá
costtuíd plo grupmto d 39 mucípos7 rrcdos à posção d ctrldd urb
d “mtrpol” coqusts. n prátc, dlmtção gográc d RMVC cocd xtmt
com Rgão ecoômc do Sudost d Bh, cujs crctrístcs spcs, dmogrács
urbs, à prmr vst, ão s qudrrm xtmt o qu s cocb como um rgão
mtropolt, pos, ár cosdrd, prvlc dsprsão ( ão coctrção) d popu-
lção urb, qu s cotr dstrbuíd m cdds d médo pquo port sprds trs por grds xtsõs ísco-trrtors od scssm ou prtcmt xstm lmtos
qu tpqum sstmtos urbos mmmt dsdos muto mos dtcção
d spços (ou mchs) urbos cotíuos. etrtto, ão é osso objtvo smuçr ddos
dmográcos gocoômcos, m tmpouco julgr vldd d propost com bs m
ts álss, té porqu s dçõs lgs m vgor ão stblcm crtéros rgorosos pr
procdr tl vlção técc como codção prév pr dscussão polítc8.
O qu s prtd é prcpr dscutr o sgcdo d projtos d tor smlht com
bs prmss trc d rgão como r polítc, cosdrdo ssclmt corrto,
prcípo, o rgumto prcpl qu o sustt, ou sj, o rlvt ppl d dstrbuçãorgol d bs srvços d polrzção/ctrldd qu Vtr d Coqust xrc.
Or, os rgumtos rroldos o projto ormlzdo, o dstqu ddo à ctv do tul
prto d Vtr d Coqust como um spéc d dor d propost, os sstts
plos vorávs d mprsáros polítcos locs, dspto ds podrçõs crítcs
dvrtcs d téccos psqusdors, dcm prvlc dos lmtos costtutvos
d um possívl projto rgol d podr m gstção.
em rtgos publcdos m cs d míd ltrôc, o dcorrr do sgudo smstr
d 2011 (BLOG DO WaL CORDeiRO, 2011, 2011b), é possívl obsrvr qu tôc dos qu
ddm o projto é bscmt msm: prts d costtção d qu cdd d
Vtr d Coqust prst crctrístcs d xprssvo cotgt dmográco d
coom urb mrcd por clrdo dmsmo coctrção comrcl d srv
ços m c do su toro rgol, pr rc d qu ts trbutos dm um
7 Vtr d Coqust, agé, Brr do Choç, B lo Cmpo, Bo nov, B om Jsus d Srr, Ctb, Ctos, CâddoSls, Críbs, Crvolâd, ecruzlhd, Frmo alvs, ibcuí, iguí, irjub, itmbé, itptg, itqur, itrtm,itruçu, itoror, Jguqur, Jqué, Lytt Coutho, Lgdo do Tbocl, Mcr, Mququ, Mol Vtoro,Mrcás, Mrt, nov Cã, Pllto, Pllto, Poçõs, Potrguá, Rbrão do Lrgo, St is Trmdl.
8 exst um vrdd d prâmtros d áls clsscção spcl sr cosdrd/slcod , por outroldo, um problmátc succ ou dqução d dçõs jurdcmt stblcds quto crtéros ddção d “rgão mtropolt” d outros coctos m dscussão o âmbto do pljmto urborgol,
como s chmds glomrçõs urbs (MaTOS, 2000).
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
“rldd mtropolt” justcm, qus qu por s msmos, “cssdd” d crção
dss stâc rgol. Tl tdmto é rorçdo por cosdrçõs ts como “...
utoom mucpl muts vzs tm cotrbuído pr crstlzr um modlo d dsvolvmto xcludt ... pl xpcttv d grds vtgs polítcs coômcs”
(CORDeiRO, 2011) qu sttução d RMVC trrá m rzão do csso “ms vrbs d
rs pr os mucípos tgrdos” m progrms spcícos m stors como sgurç,
smto, trsports outros qu prorzrm sss udds trrtors d gstão m
dtrmto d mucípos soldos, sobrtudo quls com mos d 20 ml hbtts qu,
ss codção, tm mor cpcdd d cptção d vrbs.
nss stdo, obsrvs qu o progstco d bícos sococoômcos tgdo um
mplo cotgt populcol é rcorrt m projtos d msm turz prstdos
m outros stdos d Fdrção, os qus prmm por dstcr s vrtus mudçs vorávs à obtção rcolzção dos rcursos públcos o dsvolvmto coômco
socl m grl. aprcçõs dss tpo costm d justctv do Projto d L m oco,
por xmplo: “[...] com trsormção d Vtór d Coqust mucípos vzhos m
ReGiÃO MeTROPOLiTana De ViTóRia Da COnQUiSTa – RMVC, ms d 2 mlhõs d pssos
srão bcds” (BaHia, 2011, p. 9).
Rtdo, porém, s dsssõs rts qulqur dbt polítco, outros prlmt
rs stdus ltos o âmbto d rgão Sudost qustom o projto, potdo, por
xmplo, su cosstc técc dqução do “rtulo” d mtrpol o cso d
Vtr d Coqust, sugrdo outrs polítcs pr ortlcmto d su “vocção” como“cptl rgol” (ZÉ RaiMUnDO, 2011). Outros d s opõm porqu rjtm cblmt
clusão d Jqué RMVC, por tdrm qu sso dsrsptr “dpdc”
coômc polítc do mucípo, dxdo trsprcr tmbém qu sso mplcr um
cosqut ( ctávl) subordção dst cdd m rlção Vtr d Coqust (Cia
Da nOTÍCia, 2011). Tl mstção podr, sm dúvd, sr otd como um prcípo d
coto d crátr trrtorl, qu podrá ou ão tr dsdobrmtos uturos.
Sm trr os mdros prtculrs d ts dsputs, proposção d um rgão mtropo-
lt brgdo ttos mucípos ctros urbos dstts tr s , spccmt,
clusão d Jqué Rgão Mtropolt d Vtr d Coqust cotstd, sobrtudo,por polítcos qu tm su bs gográc d rprstção rrcd prmr, lém
d dmostrr o potcl d coto rt st oprção d cuho polítcotrrtorl,
plo vlor dos lmtos qu moblz pls mplcçõs dos sus rcorts gográcos,
rmt à cssár cosdrção d ddos ms objtvos rgstrdos um log sér d
studos d rgolzção qu potm Jqué Vtr d Coqust como ctros d ss
tms urbo-rgos drts dvdulzdos. Bst lmbrr, mlgrdo s drçs
mtodológcs téccs ds psquss, o poro studo ttuldo Zonas de Infuência
Comercial no Estado da Bahia, d 1958, o qul Mlto Stos dtc oto “rgõs urbs”,
tr ls s d Jqué d Vtr d Coqust ou os rsultdos rctmt tulzdos
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Centralidade urbana , Configuração r egional e nexos entre deterMinações eConôMiCas e ContingênCias PolítiCas
P arte iiir ede urbana e dinâMiCa r egional no
estado da b ahia : novos enfoques
plo studo Rgõs d ifuc ds Cdds (Rgc) (inSTiTUTO BRaSiLeiRO De GeOGRaFia
e eSTaTÍSTiCa, 2008), od, tmbém, s coclu qu s dus cdds costtum rgõs d
fuc dstts, dspto d sgud prstr ívs d ctrldd d hrrquurb suprors m comprção à prmr.
extrpoldo o cso spcíco d RMVC obsrvdo rcorrc d crts ormulçõs
prsts m projtos smlhts já mcodos, julgs prtt rmr qu s stá
dt d ctvs qu, m su cojuto, podm sr dds como tttvs, msmo qu
mbroárs, d stblcr um dtrmd cogurção polítco-trrtorl sttuíd sob
orm d rgão mtropolt, qu rsultrm o ortlcmto d ctrldd coômc
polítc d cptl rgol. Por mo d tl xpdt o dcorrr d su tvção, os
tors socs hgmôcos, otdmt mprsáros lídrs polítcos stblcdos
cdd polo l dtcdos, ormuldors dos dscursos prordos “m om d rgão” d su “dsvolvmto”, vrsm ortlcdos m su cpcdd d “... infuenciar ,
dominar ou msmo controlar os rcursos qu sgulrzm rgão” (aRRaiS, 2007, p. 85, gro
do utor), clusv quls rcursos públcos dcos provts d Uão qu vrm
m ução d ov rgão mtropolt.
ess hpóts tmbém s plc outrs vdcs d moblzção polítc “rgol” m
gstção qu podm sr obsrvds, o cso d Vtr d Coqust, tr ls, o chmdo
“Movmto Coqust pod vor ms lto”, uddo m 2008 ldrdo por mprsáros do
stor d vgs tursmo qu tm como oco spcíco rvdcção d um ovo roporto
cdd sob o rgumto d qu prcrdd do tul prjudc os gcos o dsvolvmto coômco rgol (BLOG DO WaL CORDeiRO, 2012). D msm mr, o rgumto
d qu cdd crscu coômc dmogrcmt s últms décds qu costtu um
mportt polo qu td à dmd d um xts rgão d uc é rtrdmt
utlzdo pr udmtr os propstos lmjdos plo rrdo movmto.
Pr rorçr prmorr prspctv do cdmto lítco prstdo o logo dst
so su prtc pr trprtção d stuçõs gogrács, urborgos,
obsrvds plo prsm d cojutur dos vtos movmtos d polítc, dvm-s
buscr ssocçõs xos ms struturs qu podm str tvmt ou potcl-
mt tudo. S s proposts comtds prucm um movmto ms proudo sgctvo, st dv sr ssocdo à ormção d lçs d clss qu, sgudo Hrvy
(2007), udm s rovm prspctv d stblcr “pdrõs d govro” m âmbto
rgol qu dvm cmhr poltcmt o rtmto d qustõs báscs, xm-
plo do dsmpho coômco, d ort d mprgos, srvços d súd ducção, como
codção pr lstrr lgtmr ds d trsss d clss prtculrs. num cotxto
grl d mor udz xcrbção d compttvdd, s clsss qu grlmt tomm
ctv d comdr “crsct máqu polítc” m âmbto rgol stão vculds
o cptl udáro o “mprsrdo urbo” (comrcts, mprddors mobláros
outros) pr os qus é udmtl promovr colzõs rgos moblzr struturs d
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
govro ddcds “mlhorr orç compttv d rgão” m c d outrs rgõs. em
ts movmtçõs polítcs, o sucsso ds lçs d clss ldrds pl burgus locl
dpd muto do poo populr d clss trblhdor pr projtos qu susttm oprssuposto d qu o ortlcmto coômco d rgão trrá bícos pr todos ou
mor. esss movmtos d bs trrtorl são stávs provsros dt d mobldd
do cptl d trc tr o dmsmo tro ds rgõs d sus rlçõs xtrs,
volvdo smpr o podr qu o estdo dspõ pr “[...] orqustrr drcção
dâmc rgos” (HaRVeY, 2005, p. 91), por mo d strumtos dvrsos.
ÚLTiMaS COnSiDeRaÇÕeS
a tttv d stblcr os xos tr dtrmçõs struturs tos movmtos
polítcos d cojutur pr psr vstgr, sob ovos âgulos, s rlçõs tr ctrl-
dd urb cogurçõs rgos o ssclmt motvd pl provocção colocd
pr dbtr crc d ltrtvs d bordgm do clássco tm cddrgão. Log d
qulqur prtsão d tr lcçdo xto ss dso, st so rrátco, d todo modo,
dc possbldd d stblcr cruzmtos tr mportts cotrbuçõs ctícs
qu, s cosdrds m sprdo, dão cot d spctos udmts d problmátcs
d produção rprodução socs dos spços, ds rds ds lógcs hgmôcs qu
prsdm ts procssos.
a ctrldd urb polrzção (coômc, socl, spcl), como procssos tts à
gogr do dsvolvmto cptlst como vrávs d áls rgol, dvm sr rp
sds problmtzds pr lém do prcípo d cosão ucol qu rtcul cdds m ss
tms hrrquzdos stávs d uxos coômcos dmográcos, pr corporr s tsõs
os dsqulíbros socs qu tmbém xprssm dstrbução dsgul do podr m orm d
rds. O uso polítco d ctrldd d polrzção urbo-rgol projt-s sobr o trrtro
pod cogurr htrlâds com bs m compromssos, dldds hrrqus d podr
qu brgm dsd s cohcds rgolzçõs pr s dmstrtvos d pljmto
orjds plo estdo té s ctvs, lçs colzõs qu dspotm m movmtos polítcos
por vzs mros, ms qu tmbém podm tr dsdobrmtos ms durdouros, dcdoum possbldd ms pr psqus ss mplo cmpo tmátco.
ReFeRênCiaS
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REDE URBANA E DINÂMICA REGIONAL NO ESTADO DABAHIA: UM OLHAR SOBRE O TERRITÓRIO DO SISAL
Onildo Araujo da Silva*
inTRODUÇÃO
Um rd d pqus cdds, um trrtóro mrcdo pl ts cotrdção tr os
cptlsts qu xplorm o ssl (gv ssl) os mlhrs d trblhdors do cmpo
d cdd qu d hoj trblhm m codçõs prcárs; um mplo cojuto d uxos
tr sss pquos úclos urbos rurs o porto d Slvdor, cptl do stdo;
mplção grdtv d rtculção ds comudds m ssocçõs, sdctos, codrçõs
prtdos polítcos. es o po d udo pr gstção d um rd urb umblclmt
orjd com cosoldção d cd produtv do ssl.
nosso rgumto ctrl é qu o surgmto d úclos urbos o trrtro or studdo
stv hstorcmt codcodo o procsso produtvo do ssl com sus ucs polítcs,
culturs coômcs. assm, dmostrmos rlção xstt tr os dos procssos qu
crctrzm o tul Trrtro d idtdd Ssl o stdo d Bh, Brsl: cosoldção
d um spço mrcdo plo vículo com cd produtv o surgmto cosoldção
d cdds pqus.
O trrtro do Ssl é, tulmt – 2012 –, costtuído por 20 mucípos (Mp 1), sbr:
Mot Sto, itúb, Csção, nordst, Qumds, Qujgu, Tuco, arc, Tolâd,
Brtg, ichú, Lmrão, Srrh, Brrocs, Cdl, Cocção do Coté, Rtrolâd, Vlt,
St Luz São Domgos. Todos os mucípos stão tmbém srdos o smárdo bo
, hstorcmt, stão volvdos, d lgum mr, com cd produtv do ssl.
* Doutor m Gogr pl Uvrsdd d Stgo d Compostl (USC); mstr m eghr d Produção plUvrsdd Fdrl d St Ctr (UFSC). Prossor adjuto d Uvrsdd estdul d Fr d St
(UeFS). [email protected]
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
Mapa 1Rede viária e cidades do Território de Identidade Sisal – Bahia, Brasil – 2011
Fot: Stos, Slv Colho nto (2011).
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r ede urbana e dinâMiCa r egional no estado da b ahia : uM olhar sobre o território do sisal
P arte iiir ede urbana e dinâMiCa r egional no
estado da b ahia : novos enfoques
UMa ReDe FORJaDa nO SeiO Da eXPanSÃO PRODUTiVa Da aGaVe SiSaLana
a áls d rd urb do trrtro do Ssl dv, m oss cocpção, ttr pr dosspctos, tr outros, qu cosdrmos xtrmmt rlvts:
. costtução d um rd urb mpulsod plo modlo gráro xportdor;
b. o crcuto produtvo do ssl costtução d ovos mucípos.
a rd d pqus cdds surg trld à xpsão d lvour sslr o procsso
d bcmto do ssl cujo rsultdo o costtução d um lt coômc
polítc rgol cpz d brghr, o cotxto do stdo d Bh, mcpção
dos úclos rurs qu crscrm m ução d xpsão d coom sslr. nss
stdo, mpulsodo o crscmto coômco rgol, lvour sslr st-blcs tdo como bs propulsor o mrcdo x tro. isso cb ddo um
orm d struturção rtculção rgol qu mpct o crscmto ds pqus
vls. esss cumprm ução d trposto – ó – tr zo rurl s cdds
mors. esss úclos rtculrms tmbém com outrs rds, d sort qu, m tod
tg Rgão Sslr, rtculção com o mrcdo col trcol “... o
cocrtzd com xplorção do ssl trvés do orcmto d mtérprm pr
tão crsct dústr d ção do Ctro Sul do Pís ds xportçõs pr os
mrcdos dos eUa d europ o psgurr” (COMPanHia De DeSenVOLViMenTO e
aÇÃO ReGiOnaL, 1994, p. 8).
Como o oco r, é d, m grd mdd, xportr ssl, ção polítc coômc
drgs pr costtução d um rd drtmt vculd o porto m Slvdor, d
tl orm qu:
O ssl cotrou o nordst bo s codçõs propícs o su
dsvolvmto, sdo um plt rsstt às costts scs
qu ssolm rgão, cotrbudo pr ão dsrtcção d ár,
lém d rprstr mportt ot d rd mprgo rgão
(BaHia, 1991, p. 10).
O ssl ou gv ssl é um vgtl orgáro do Méxco. n Bh, plt o troduzdos poucos té torrs bs d coom d lgus mucípos do smárdo, d sort qu
podmos dmrcr lgums ss mportts:
a. do início do século XX até o ano de 1940 , qudo o stld prmr us d b
cmto d ssl cdd d Vlt. ess príodo mrc o íco do plto d
ssl com objtvo xplctmt comrcl;
b. nas décadas de 1940 e 1950, cosoldms s lvours o mplo ctvo o plto
d ssl plo tão govrdor d Bh Ldulo alvs;
c. nas décadas de 1960 e 1970, lvour sslr cohc o pogu, qudo o ssl pssou
sr cohcdo como o ouro vrd do srtão;
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
d. a década de 1980 é um príodo d ort crs, qudo s vrcou qum d ssls
mpl rdução d produção;
e. a partir da década de 1990 até o presente, tm lugr um rstruturção do procsso dbcmto dustrlzção d br, com dstqu pr ção d pquos
proprtáros d trr.
Mrcd por príodos d pogu crs, lvour do ssl d hoj é bs d co
om dos mucípos qu compõm o trrtóro do Ssl. no tto, o procsso d
bcmto é complxo, crctrzdo por dvrss tps qu s mtrlzm
tto o spço urbo quto o spço rurl. Pr um cohcmto ms mplo
dss complxo procsso produtvo, rcorrmos à síts lbord por Stos (2010,
p. 5556), qu rgumt:
a lvour d ssl o xplord durt todo o século XX, so-
brtudo pr o dsbrmto do vgtl, com o objtvo d
xportção d br qu é utlzd como mtér-prm s
dvrss dústrs. O procsso produtvo ss lvour [...] s
c com o plto d um cmpo d gv ssl qu pós
crc d qutro os stá proto pr comçr sr cortdo.
Cortms s olhs ltrs d plt, cohcd rgolmt
como plh, dxdo s olhs ctrs pr qu plt pro
duz ovs plhs. Dpos d cortd, plh é trsportd
té um locl od stá máqu d dsbrr cohcd como“prb”, loclmt chmd smplsmt d motor. Um
vz dsbrd, br rsultt é trsportd pr um ár
od é stdd o sol, dpos d sc, é mbld m rdos
sgu pr s btdrs, qu são dústrs od ocorr s
lção lsmto d br. D btdr br s prot pr
sr vdd como mtér-prm pr outrs rgõs brslrs /
ou pr o mrcdo xtro. a xpor tção d é o mor dsto
do ssl bcdo rgolmt, o tto, ss br pod
tmbém sr ovmt bcd prpr rgão, rsultdo
produção d cords, os, mts, tpts, tr outros. Dss
procsso, d rsult o rsíduo, buch, o p o sumo, qu são
subprodutos ão provtdos m scl comrcl.
assm, ss procsso produtvo orjou um rgão qu cou cohcd Bh, o Brsl,
como Rgão Sslr. Rctmt – 2007 – com costtução do prmro govro do
Prtdo dos Trblhdors (PT) o stdo d Bh, qup d pljmto do govrdor
Jqus Wgr dvdu o stdo m 27 trrtros d dtdd. esss trrtros grupm
mucípos com um “dtdd m comum”.
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r ede urbana e dinâMiCa r egional no estado da b ahia : uM olhar sobre o território do sisal
P arte iiir ede urbana e dinâMiCa r egional no
estado da b ahia : novos enfoques
Epansão da cadeia produtiva do sisal e constituição da rede urbana
no trrtro do Ssl (Mp 1), podmos costtr qu crção d ovos mucípos stá
rtculd com xpsão d cd produtv d gv ssl. Os ddos do Qudro 1
prmtm rlcor xpsão dss cd produtv com mcpção ds vls qu
hoj são s cdds qu compõm o trrtro. esclrcmos qu, o século XiX, s xstmdos dos tus 20 mucípos: Srrh, crdo m 1876, Qumds, crdo m 1887. Dpos
dsss dus mcpçõs, somt o príodo qu dtcmos como mrcdo plo
íco do plto d ssl, íco do século XX té o o d 1940, qudo ocorru xpsão
grdtv ds lvours o oco o comérco d ssl pr xportção já cogurv um rd
d uxos mportts tr zo rurl urb, é qu s pqus vls pssrm u
cor como trpostos. esss vls crscrm torrm-s s prmrs cdds “produto”
dss procsso d cosoldção do sstm produtvo d gv ssl. Um lvtmto
rlzdo os ddos dspoblzdos plo isttuto Brslro d Gogr esttístc (iBGe)
prmtuos dtcr, ss príodo, crção dos sguts mucípos: m 1929, Mot
a Fgur 1 xpõ ss procsso squmtcmt.
igura 1Esquema do processo produtivo da cultura sisaleira
Fot: Stos (2010, p. 56).
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
Sto; m 1933, Cocção do Coté Tuco; m 1935, Stluz itúb. no tto, tr s
décds d 1940 1950, príodo d cosoldção ds lvours, ps ms trs mucípos
orm crdos: Csção, m 1952; arc, m 1956; Vlt, m 1958.
Ano Evento Desmembramento Novo município
Século XVII Concessão de sesmaria a João Peixoto Viegas. Três sesmarias, entre elas a Jacoipê.
1876Lei Provincial nº 1.069, de 13 de junho, elevou o Arraial de Serrinha àcategoria de Vila e oi criado o município.
Do município de Purifcação dosCampos.
1. Serrinha
1887Criação do município de Queimadas em 1884. A instalação do municípioocorreu a 20 de junho de 1887.
Do município de Senhor do Bonfm. 2. Queimadas
1929Elevado à condição de cidade com a denominação de Monte Santo, pelaLei Estadual nº 2.192, de 25 de julho.
Do município de Itapicuru. 3. Monte Santo
1933Pelo Decreto estadual no 8.528, de 7 de julho, o município de Conceição doCoité é constiuído.
Do município de Riachão do Jacuípe.4. Conceição doCoité
1933 Criação do município de Tucano, pelo Decreto estadual nº 8.447, de 27 de maio. Do município de Cipó. 5. Tucano
1935Criação do município de Santa Luzia (atual Santaluz) por Decreto estadualde 18 de julho.
Do município de Queimadas. 6. Santaluz
1935 Decreto estadua l nº 9.322, de 18 de ja neiro, cria o município de Itiúba. Do município de Queimadas. 7. Itiúba
1952Pela Lei estadual nº 504, de 28 de novembro, o distrito de Cansanção éelevado à categoria de municí pio.
Do município de Monte Santo. 8. Cansançã o
1956 Criação do município de Araci em 14 de novembro, pela Lei estadual nº 863. Do município de Serr inha. 9. Araci
1958Pela Lei estadual nº 1.016, de 12 de agosto, o distrito de Valente é elevadoà categoria de município.
Do município de Conceição do Coité. 10. Valente
1962Emancipação política do município de Quijinque em 15 de março, pela Leinº 1.640.
Do município de Tucano. 11. Quijinque
1962Emancipação política do município de Teoflândia em 23 de abril, pela Leiestadual 1.685.
Do município de Serrinha. 12. Teoflândia
1962 Pelo Decreto estadual no 1.766, de 30 de julho, é criado o município de Ichu. Do município de Riachão do Jacuípe. 13. Ichu
1962 Criado o município de Candeal, pela Lei no 1.683, de 23 de abril. Do município de Riachão do Jacuípe. 14. Candeal
1962Pela Lei estadual nº 1.752, de 27 de julho, o distrito de Retirolândia éelevado à categoria de município.
Do município de Conceição do Coité. 15. Retirolândia
1962Emacipação politica do município de Lamarão, pela Lei estadual nº 1.737,de 20 de julho.
Do município de Serrinha. 16. Lamarão
1962 Ema ncipação do municipio de Birintinga pela Lei nº 1.684, de 23 de abri l. Do município de Serr inha. 17. Bir it inga
1985 Lei nº 4.449 cria o município de Nordestina. Do município de Queimadas. 18. Nordestina
1989 Emancipaç ão polític a do municí pio de São Domi ngos, em 13 de junho. D o muni cípio de Valente. 19. S ão D omingos
2000 Lei estadual nº 7.620, cria o município de Barrocas. Do município de Serrinha. 20. Barrocas
Quadro 1Síntese da evolução políticoadministrativa dos municípios que compõem o Território deIdentidade Sisal e relação com os ciclos da lavoura sisaleira – Bahia, Brasil – Séc. xVII2000
Fot: isttuto Brslro d Gogr esttístc (2012).
LeGenDado século XVii o século XiX
do íco do século XX té o o d 1940 – íco do plto d ssl
décds d 1940 1950 – cosoldção ds lvours
décds d 1960 1970 – pogu d lvour sslr
décd d 1980 – príodo d ort crs
d décd d 1990 té o prst – príodo qu mrc um rstruturção
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r ede urbana e dinâMiCa r egional no estado da b ahia : uM olhar sobre o território do sisal
P arte iiir ede urbana e dinâMiCa r egional no
estado da b ahia : novos enfoques
as décds d 1960 1970 são tdmt mrcds plo pogu d lvour sslr. O ssl
bo ghou o mudo xportção crou s codçõs d struturção d um sstm
produtvo qu, sgudo stmtvs d Scrtr d agrcultur, irrgção Rorm agrár(Sgr), chgou mprgr 700 800 ml trblhdors (BaHia, 1991). nsss décds, o ouro
vrd do srtão judou cosoldr um lt coômc com ort pso o cotxto polítco
do stdo. não é por cso qu, m ps um o – 1962 –, st ovos mucípos orm
costtuídos: Qujqu, Tolâd, ichu, Cdl, Rtrolâd, Lmrão Brtg. Ou sj,
já o íco d décd d 1960, o qu hoj cohcmos como Trrtro d idtdd Ssl
stv prtcmt costtuído, com xcção dos mucípos d nordst, São Domgos
Brrocs, somt mcpdos já m époc d crs do ssl. Os dms mucípos co
gurvm já hstorcmt cohcd Rgão Sslr d Bh. aqu, cb um rsslv
pr dmrcr qu Rgão Sslr cotv com 27 mucípos, pos cluí todos qulsod ár pltd com ssl th lgum sgcdo coômco.
S vrcrmos o Mp 1, costtrmos qu sss mucípos são todos ortmt trl
gdos por rodovs stdus. esss, por su vz, trlgms dus mportts rodovs
drs: BR 116 BR 324. além dsso, um lh érr o costruíd. nosso rgumto é
qu cssdd d xportr ssl v porto d Slvdor, ms com prév cssdd d
zr os prmros bcmtos d br s cdds prxms às árs d plto, orjou
um rd d pquos úclos urbos.
a ts crs d lvour sslr, décd d 1980, trrompu o crscmto ds cdds,
tto do poto d vst d populção rsdt quto d struturção dos srvços típcosdo mudo urbo modro. assm, costtução d ovs ltrtvs produtvs, como
ovocprocultur, por xmplo, ssocd o bortmto do crscmto d dústr
d bcmto d br, ld outros tors, como ts coctrção d rd
grd os cclos trors d prosprdd, ou msmo ão crção d um clss méd
trblhdor, trsormrm o trrtro do Ssl m um spço d rpulsão d mão d obr,
com pqus cdds tsmt rtculds o su spço rurl mdto.
Com crs d lvour sslr ocorru um rrcmto do crscmto dos ctros urbos
s ltrtvs cotrds orm tmbém ocds m tvdds lgds o mudo rurl.
Podmos dtcr trs rts prcps: o xo d mrção, o xo d ovocprocultur o xo d crção xtsv d gdo bovo. É mportt rsslvr qu o ssl smpr
covvu, covv d hoj, com o ltúdo d pcuár xtsv, qu pssou sr,
outr vz, com crs, um ltrtv pr lt rurl.
Gostrímos, o tto, d dstcr dos spctos sscs pr um áls do bortmto
do crscmto d várs cdds décd d 1980: ts coctrção d rd grd
os cclos trors d prosprdd ão crção d um clss méd trblhdor. Ou
sj, tvdd sslr smpr grou rd sgctv, ms tmbém coctrou d orm
ssustdormt xgrd. em trblho tror, rlzmos um lvtmto qu os
prmt vsulzr s codçõs às qus clss trblhdor o, é d hoj, submtd:
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
Msmo xposto ss tpo d trblho os homs mulhrs
trblhdors trblhdors do ssl são rmurdos d orm
dqud. ... rmurção ão é x, dpd d qutddd qulo d br qu s cosgu produzr. É prcso cosdrr qu
ormlmt um bo qup d trblho só cosgu produzr
tr 800 1200 kg d br por sm. assm, um cálculo smpls
os prmt costtr qu um cvdor um rsdro rcbm, m
méd, 220 rs por ms cd um. els são os trblhdors d mlhor
rmurção. O comum, tão, é qu todos os mmbros d míl
trblhm pr grtr um rd mím msl. [...] Pr zr
2.000 qulos, qup prcs trblhr ms d 10 hors por d, um
úmro d hors muto cm do ctávl, ou sj, pr mlhorr
um pouco os ghos, os trblhdors cm xpostos codçõsd pors d trblho (SanTOS; SiLVa; aRaUJO, 2010, p. 11).
a Tbl 1 prst os ddos do lvtmto rlzdo m 2010, o mucípo d São Dom-
gos (Ba), qu vdcm xtrm puprzção dss trblhdor d su míl, grdo
um cclo cotíuo d prptução d pobrz, ssocd, v d rgr, o lbtsmo.
Tabela 1Rendimentos obtidos no processo de desfbramento do sisal, por unção eercidaSão Domingos – jun. 2010
Função Rendimento por 1.000 kg (em R$)
Cevador 55,00
Resideiro 55,00
Cortador 50,00
Botador 50,00
Estendedeira 20,00
Fot: Stos, Slv arujo (2010, p. 12).
a rstruturção d cd produtv, os os d 1990, clusv com mplção do sso
ctvsmo cooprtvsmo, bm como rtomd do procsso d dustrlzção, d
ão gr rxos mportts pr o crscmto ds cdds. Dss orm, msmo s dus
cdds ms mportts dâmcs – Srrh Cocção do Coté – d ão chgrm
à cs dos 50.000 hbtts.
Outro spcto dstcr, qu cotrbu pr tdrmos o porqu d s pqus cdds
ão crscrm sgctvmt, msmo com rtomd do crscmto d cd produtv
do ssl ps rstruturção ocorrd os os d 1990, é qustão polítco-dmstrtv. Ou
sj, ts coctrção d rd s mãos d um pqu “lt do ssl”, ld à grdtv
mplção d xplorção dos trblhdors rlgdos à msér o lbtsmo, gstou um
procsso m qu s prturs orm colocds ms srvço dos trsss dos cptlsts
do ssl do qu d mor d populção. em város mucípos, como Vlt, São Domgos,
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r ede urbana e dinâMiCa r egional no estado da b ahia : uM olhar sobre o território do sisal
P arte iiir ede urbana e dinâMiCa r egional no
estado da b ahia : novos enfoques
Rtrolâd Cocção do Coté, por xmplo, grupos polítcos lgdos os mprsáros do
ssl comdrm s prturs por 20 30 os sgudos. nsss csos, lt coômc
couds com lt polítc, o podr públco mucpl pouco ou d z pr duzrprocssos qu rsultssm m modrzção produtv ou crscmto coômco.
Logo, tmos um típc rd d pqus cdds qu pssmos crctrzr d orm
brv com o objtvo, m ução dos lmts dst rtgo, d potr tms mportts
pr proudmto ds osss rxõs pr uturs vstgçõs.
ReDe URBana aTUaL
no trrtro do Ssl, os mucípos tm populção rsdt tr 5.000 80.000 hbtts(Tbl 2). Podmos otr qu, dos 20 mucípos, 12 tm populção rurl mor qu urb
– Tuco, arc, Csção, itúb, Mot Sto, Qujqu, Brrocs, Tolâd, nordst, Br-
tg, Cdl Lmrão. É xmplr o cso xtrmo d Mot Sto, qu possu 43.493 dos sus
52.338 rsdts vvdo zo rurl; sso sgc dzr qu 83,1% d populção é rurl.
além dsso, cosdrdo qu, m 16 mucípos, populção urb ão ultrpss 20.000
hbtts, qu, m ms dos dls – Stluz Tuco –, populção urb totlz
20.795 ps 21.953 hbtts, rspctvmt, podmos rmr qu, os mucípos
do trrtro do Ssl, prdomm pqus cdds (Mps 2 3).
Tabela 2População residente, urbana e rural nos municípios do Território de Identidade Sisal – Bahia – 2010
Município Total Urbana Rural
Serrinha 76.762 47.188 29.574
Conceição do Coité 62.040 36.278 25.762
Tucano 52.418 21.953 30.460
Santaluz 33.838 20.795 13.043
Araci 51.651 19.638 32.013
Valente 24.560 13.487 11.073
Queimadas 24.602 12.492 12.110
Cansanção 32.908 11.021 21.887
Itiuba 36.113 9.699 26.414Monte Santo 52.338 8.845 43.493
Retirolândia 12.055 6.722 5.333
Quijingue 27.228 6.377 20.851
São Domingos 9.226 5.916 3.330
Barrocas 14.191 5.695 8.496
Teoflândia 21.482 5.068 14.790
Nordestina 12.371 3.921 8.450
Biritinga 14.836 3.517 11.319
Candeal 8.895 3.476 5.416
Ichu 5.255 3.365 1.890
Lamarão 9.560 2.085 7.475
Fot: isttuto Brslro d Gogr esttístc (2012).
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
Mapa 2
Distribuição da população total dos municípios do Território de Identidade Sisal por aixas detamanho de população – Bahia – 2010
Fot: iBGe. Cso dmográco 2010.Ddos sstmtzdos pl Sei/Dpq/Copsp.
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Ichu
Araci
Tucano
Itiúba
Lamarão
Valente
Candeal
Barrocas
Serrinha
Santaluz
Cansanção
Biritinga
Queimadas
Quijingue
Nordestina
Teofilândia
Monte Santo
RetirolândiaSãoDomingos
Conceiçãodo Coité
S E R T Ã O D O S Ã O F R AN C I S C O
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N O R T E
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S E M I Á R I D O N O R D E S T E I I
B A C I A D O J A C U Í P E
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PORTAL DOSERTÃO
A G R E S T E
D E
A L A G O I N H A S /
L I T O R A L
N O R T E
-39°00'
-39°00'
-40°00'
-40°00'
-10°00' -10°00'
-11°00' -11°00'
-12°00'
BAHIA
0 15 30 45 km
Valores absoluto s
5.255 |--- 19.566
62.460 |--- 76.762
48.159 |--- 62.460
33.857 |--- 48.159
19.566 |--- 33.857
Limite Estadual
Limite Território de Identidade
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P arte iiir ede urbana e dinâMiCa r egional no
estado da b ahia : novos enfoques
Mapa 3Grau de urbaniação dos municípios do Território de Identidade Sisal – Bahia – 2010
Fot: iBGe. Cso dmográco 2010.Ddos sstmtzdos pl Sei/Dpq/Copsp.
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Candeal
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Teofilândia
Monte Santo
RetirolândiaSãoDomingos
Conceiçãodo Coité
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B A C I A D O J A C U Í P E
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PORTAL DOSERTÃO
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-39°00'
-39°00'
-40°00'
-40°00'
-10°00' -10°00'
-11°00' -11°00'
-12°00'
BAHIA
0 15 30 45 km
Valores percentuais
16,90 |--- 26,34
54,68 |--- 64,12
45,23 |--- 54,68
35,79 |--- 45,23
26,34 |--- 35,79
Limite Estadual
Limite Território de Identidade
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
a rd urb tul, costtuíd por pqus cdds, é ortmt rtculd por
rodovs com prdomío do trsport “ltrtvo” ão rgulrzdo. Ou sj, xstm
lhs d ôbus rgulrs qu trlgm s pqus cdds tr s com Fr dSt Slvdor. nss cso, s mprss São Mtus Gotjo são prdomts.
a prmr, o xo tr Mot Sto Slvdor, pssdo por Csção, Qumds,
Stluz, Vlt, Rtrolâd, Cocção do Coté Srrh, sdo ss o xo prc
pl d rtculção d cd produtv do ssl; sgud, o xo TucoSlvdor. a
dspobldd rduzd d horáros pr lhs spcícs tr s pqus cdds
br spço pr o trsport ão rgulrzdo. Os úclos urbos ucom como
trpostos o procsso d bcmto xportção do ssl são os s d rd
d crculção d mão d obr, mtérsprms cptl. nss rd, tm ppl dst
cdo Cocção do Coté Srrh, qu, o tto, ão s cogurm como cddsméds. Vrcmos qu ss rd urb d cdds pqus cb sdo polrzd
por Fr d St, sgud mor cdd d Bh mportt trposto rodováro
do nort nordst do Brsl, loclzd proxmdmt 50 250 qulômtros ds
cdds do trrtro do Ssl.
Outr crctrístc d rd urb é ts rtculção urbo-rurl, com xs-
tc d grd úmro d povodos vls qu srvm d ós pr rtculção
ds várs tps d cd produtv do ssl. a mor ds cdds qu compõm
rd tmbém cot com cpt tvdd comrcl, com xcção d Cocção do
Coté Srrh. nos outros mucípos, o comérco rstrg-s lojs pqus com
pouquíssm dvrscção storl. além dsso, s pqus cdds cotm com pro
blms comus: lt d rd d sgotmto stáro dqud, d trros stáros
pr o lxo, trsport d pssgros ltrtvo ão é rgulmtdo, dsmprgo,
prcáro tdmto d súd m csos d méd lt complxdd, cpt rd
d ducção supror, tr outros.
Outro spcto dstcr é qu, sss mucípos, xcludos Cocção do Coté Sr
rh, vrcmos um bx dsdd d coctrção d srvços. Um xmplo é rd
bcár (Tbl 3), pos, d cordo com osso lvtmto, m Cocção do Coté xstm
ps qutro gcs, m Srrh, trs, m Tuco, dus; todos os outros mucípos
cotm ps com um gc.
Tmbém vrcmos qu tvdd dustrl ão s cogur como cpz d lvcr o
crscmto do mprgo d rd o trrtro do Ssl. a dústr é pouco dvrscd
lgus mucípos cotm com ábrcs d clçdos, como, por xmplo, Vlt, Co-
cção do Coté Srrh. etrtto, é tvdd dustrl lgd à cd produtv do
ssl qu tm dmostrdo ss d rcuprção. atulmt, o mucípo d Cocção
do Coté coctr o mor úmro d dústrs, sgudo plos mucípos d Vlt, São
Domgos, Rtrolâd Stluz. nosso lvtmto rgstrou xstc d dústrs
d os, cords, tpts crpts.
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r ede urbana e dinâMiCa r egional no estado da b ahia : uM olhar sobre o território do sisal
P arte iiir ede urbana e dinâMiCa r egional no
estado da b ahia : novos enfoques
Tabela 3Agências bancárias nos municípios do Território de Identidade Sisal – Bahia – 2010
Município Dependência administrativaQuantidade (unid.)Federal Privada
Conceição do Coité 3 1 4
Serrinha 2 1 3
Tucano 1 1 2
Valente 1 - 1
Araci 1 - 1
Biritinga 1 - 1
Candeal 1 - 1
Cansanção 1 - 1
Itiúba 1 - 1
Monte Santo 1 - 1
Queimadas 1 - 1
Quijingue - 1 1
Santaluz 1 - 1
Total 15 4 19
Fot: Suprtdc d estudos ecoômcos Socs d Bh (2010c).elborção prpr.
CiDaDeS PeQUenaS: PeRManênCiaS e TRanSFORMaÇÕeS
Um olhr tto pr sss pqus cdds qu cbmos d crctrzr lv-os
dtcr lgus tms problmschv pr um proudmto ds álss sobr
tul cogurção d rd d pqus cdds, qu são ortmt rtculds à tvdd
rurl m su toro mdto. Os lmts dst rtgo ão os prmtm proudr poto
poto, ms pssmos tcr comtáros sobr sss qustõs:
. relação entre um cotidiano tranquilo e a gradativa chegada das drogas e da violência.
ns pqus cdds do trrtro do Ssl, d é possívl vvr sm o cottodáro com crms dltos ds ms vrds turzs; os ídcs d crmldd
são rltvmt bxos, s comprdos cdds méds brslrs, o tm d
sgurç públc d ão stá ordm do d. a trquldd, d qus
poétc d lugrs pquos od s pod “dormr com port d cs brt” é
clmt vrcd s cdds muto pqus. no tto, é otro o vço
dos problms lgdos à rldd do tráco d drogs;
b. manutenção das elites tradicionais no poder x ampliação de movimentos sociais de base.
no trrtro do Ssl, s, por um ldo, s pqus cdds, costtmos qu s
prturs tm sdo hstorcmt dmstrds por grupos polítcos lgdos à lt
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
coômc, com prptução o podr d míls trdcos, por outro, tmos
ssstdo à mplção do ssoctvsmo cooprtvsmo. a tscção d ção
d sdctos codrçõs d trblhdors, m prcr com outrs tddsdos movmtos socs com o estdo, é díco d mudçs mportts qu
prcsmos comphr;
c. a pequena cidade como lócus da permanência. a trdção, os tgos sbrs, o
sbr zr prsrvdo d grção grção, mutção d costums qu
modrdd urbodustrl td zr dsprcr m ução d css
dd cptlst d homogzção, são spctos qu tm sdo ms clmt
prsrvdos s cdds pqus, qu são muto umblclmt rlcods com
o toro rurl mdto. a mutção d st ju, d st d vquro, d
cvlgd, tr outrs, é xmplo d qu prmc ão é sômo d trso;o cotráro, um mudo qu td à homogzção, s cdds pqus tm
cumprdo ppl mportt como lugrs d rgmtção;
d. construção de uma ideia de pertencimento. nss spço od o ssl prdom, s
pssos costruírm dtdds são cpzs d zr xstr um mgáro coltvo
qu codco mportts rlçõs socs. Dsd décd d 1960, s lts rgos
ormtm d d Rgão Sslr d Bh; ssm, sr d rgão pssou costtur
s como rrc pr str o mudo sr d lgum lugr. Ms rctmt, já
décd d 2000, movmtos socs d bs rormtm d d prtcmto
substtum rgão plo trrtro. Hoj, prtcr o trrtro do Ssl já sgc
str o mudo sr d lgum lugr pr bo prt d gt qu vv su cotdos pqus cdds sslrs. isso é xtrmmt sgctvo do poto d vst d
ção polítc do rlcomto ds comudds com o podr públco. etdmos
qu é um tm qu vl lgums ots, qum sb, um uturo prxmo.
Clro stá qu outro olhr tto pr s pqus cdds do trrtro do Ssl srá cpz
d dtcr mutos outros tms problms bstt rlvts. noss tção, qu,
o cotrbur pr mplr o dbt, d muto cl m oss opão, stgr outros
colgs vstgrm s pqus cdds.
COnSiDeRaÇÕeS FinaiS
a rd urb o trrtro do Ssl, orjd o cotxto d xpsão d lvour sslr,
d hoj é ortmt rtculd por uxos d mrcdor, cptl, pssos, ormçõs
tc., qu são rts o procsso d bcmto do ssl. a sss fuxos somm-s outros
orudos d trs outrs tvdds coômcs mportts tulmt: ovocprocultur,
mrção pcuár bov xtsv; tmbém os uxos grdos pls sts d cuho
culturl, como s jus, d vquros zdros cvlgds; d mportts fuxos
d ormção qu mm vd polítc. Ou sj, é um rd bm rtculd, clusv, já
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r ede urbana e dinâMiCa r egional no estado da b ahia : uM olhar sobre o território do sisal
P arte iiir ede urbana e dinâMiCa r egional no
estado da b ahia : novos enfoques
o gstd d d um rgão, sslr, à qul todos prtcm, gor stá sdo
gstd d d prtcmto o trrtro do Ssl.
Rgstrmos qu s cdds d Cocção do Coté Srrh são s ms dâmcs é pr
od covrg mor prt dos uxos rgos. no tto, é msmo Fr d St
cdd qu comd ss rd urb do trrtro do Ssl, pos, pr ss cdd, fu todo o
fuxo qu tm orgm m dmds típcs d cdds méds, já qu, msmo m Cocção
do Coté Srrh, como vmos, há lmtção pr o tdmto o qu s rr srvços
d méd lt complxdd ou, d, pr csso cultur, lzr, súd ducção, um
ívl mlhor qulcdo, como, por xmplo, csso o so supror, o ttro, clícs
spclzds ou msmo comérco ms dvrscdo.
no cso d Cocção do Coté, xst tdc d cosoldção como mportt cddméd um uturo bm prxmo. Tmos qu cosdrr qu o crscmto d cdd pod
sr pljdo, pr ão rptr os problms hstórcos ds osss cdds méds, como
hbtção trsport públco, por xmplo, lrtdo os podrs públcos própr
comudd cots pr qu comphm ms d prto tl tdc.
ReFeRênCiaS
BaHia. Scrtár d agrcultur, irrgção Rorm agrár. O sisal na Bahia. Slvdor: CeR, 1991.
COMPanHia De DeSenVOLViMenTO e aÇÃO ReGiOnaL (Ba). Alternativas sócio-econômicas para odesenvolvimento da Região Sisaleira. Slvdor: CaR, 1994.
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S é r i
e E s t u d o s e P e s q u i s a s
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ENCERRAMENTO
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CIDADES MÉDIAS E PEQUENAS E DESENVOLVIMENTOURBANO: ANÁLISE, DESAIOS E PERSPECTIVAS
COM BASE NOS PLANOS DIRETORES
Nathan Belcavello de Oliveira*
Marcel Claudio Sant’Ana**
Cosdrdo ddos comprtvos tr os Csos d 2000 d 2010 (inSTiTUTO BRaSiLeiRO
De GeOGRaFia e eSTaTÍSTiCa, 2012), prcbmos qu os mucípos com populção totl
tr 100 ml té 500 ml hbtts prmcm m posção d dstqu, prcplmtm crscmto dmográco, sj d su populção totl ou urb (Tbl 1). Curosmt,
o úc x d mucípos cujo crscmto dmográco urbo o ror o totl,
msmo qu drç oss pouc.
Tabela 1
Síntese de dados demográfcos dos Censos por aixa de população total dos municípios Brasil – 2000/2010
Faixa de população total
Quantidade demunicípios
Participação na somatória da população (%) Crescimentodemográfco (%)
Média de crescimentoanual (%)Total Urbana
2000 2010 2000 2010 2000 2010 Total Urbano Total Urbana
Até 20 mil 4.018 3.915 19,7 17,1 18,8 17,1 -2,3 6,3 0,62 2,24
20 mil⊢ 50 mil 964 1.043 17,0 16,5 11,5 11,8 8,8 19,4 1,32 2,49
50 mil⊢ 100 mil 301 324 12,3 11,7 10,6 10,0 6,4 10,2 1,64 2,43
100 mil⊢ 500 mil 193 245 23,3 25,5 26,1 27,3 22,6 22,1 1,93 4,76
Mais de 500 mil 31 38 27,7 29,3 33,0 33,8 18,9 19,3 1,30 1,33
Brasil 5.507 5.565 100,0 100,0 100,0 100,0 12,3 16,6 0,87 2,40
Fot: adptdo d isttuto Brslro d Gogr esttístc (2012).
Por su vz, os mucípos com populção totl d té 20 ml hbtts prstm ddos
gtvos, sobrtudo rlcodos o crscmto d populção totl. Cotudo, msmo tdo
um crscmto dmográco totl gtvo, st x d mucípos obtv um crscmto
dmográco urbo postvo, d qu su prtcpção somtr d populção urb
th dmuído. Tmbém méd d tx d crscmto dmográco urbo ul cou
pouco bxo d rgstrd plo Brsl, quto x d mucípos com populção supror
500 ml hbtts rgstrou porctgm bm bxo do msmo prâmtro. esss ddos
dmostrm clr tdc d coctrção d populção dos mucípos com té 20 ml
hbtts m sus árs urbs.
* Mstrdo m Gogr pl Uvrsdd d Brsíl (UB); bchrl m Gogr pl Uvrsdd Fdrl d Juzd For (UFJF). Ggro do Mstéro ds Cdds. [email protected]
** Mstr m Pljmto Dsho Urbos pl Uvrsdd d Brsíl (UB). arqutto Urbst do Mstérods Cdds. [email protected]
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
Sm cosdrr s dus xs trmdárs às suprctds, já podmos rmr qu o cáro
uturo do dsvolvmto urbo brslro pss, cssrmt, por st cojuto d
mucípos. ad, lvdo m cot dtrmção costtucol d obrgtordd dlborção provção d Plo Drtor pr os mucípos com ms d 20 ml hbtts,
podmos cormr mportâc dsts mucípos com rlção à polítc urb.
e ss é o cojuto d mucípos qu cotém s cdds méds pqus brslrs,
objto d áls do prst txto. Ms qum são sss cdds méds pqus? São
todos os mucípos com mos d 500 ml hbtts? Qus são os lmts pr s drcr
um cdd méd d um pqu d um grd? Como ldr com o dsvolvmto
urbo o cotxto dsss cdds?
Pr rlzr áls ttr lucdr prt ds dgçõs posts cm, dvdmos o txtom trs prts prcps. a prmr trt do dbt d proposção dotd crc d (d)
lmtção dos dos cojutos ocos ds álss, s cdds pqus méds. Postrormt,
procd prstção áls d ddos ormçõs sobr os Plos Drtors dos
mucípos slcodos, sltdo os dsos rlcodos o dsvolvmto urbo.
Por m, lgums cosdrçõs sobr prspctvs.
CiDaDeS PeQUenaS e MÉDiaS: eSTRanHaS COnHeCiDaS
ats d qulqur áls ms proud sobr os Plos Drtors dsss mucípos brslros, é cssáro dzr o qu stmos domdo como cdds pqus méds.
Qudo trtmos d cdds pqus méds, stmos trblhdo, qus smpr, com
ddos ormçõs dos mucípos qu s cotém; ão somt com s árs urbs dsss
mucípos, muto mos com quls lglmt dds como cdd1.
Trblhr com ddos qu, priori , ão s rlcom com cdd quto trrtro, prmt-
os rompr com dcotom cmpocdd, pos, como os dz Sposto (2008, p. 1415):
S cdd comport tvdds tpcmt urbs, sso ão
sgc qu ps m sus spços s rlz o qu é “urbo”
o mudo tul ou tmpouco qu hj lmts xos tr cdd
o cmpo. Plo cotráro: tulmt, s psgs d cdd do
cmpo prstms mlgmds, duss, com suprposçõs
mbrcçõs d dícl xplcção ps pl obsrvção.
Cotudo, é cssáro sublhr, como o z Stbrgr amdo (2006, p. 167), mportâ
c do spço urbo como “... um glutdor d rlçõs d podr porqu comd s
dcsõs d proprção uso do trrtro sobr s dms rçõs do spço .... em outrs
1 Cosdrdo o DcrtoL .º 311, d 2 d mrço d 1938, qu dz, m su rtgo 3º : “art. 3.º a sd do mucípo tm
ctgor d cdd lh dá o om.” (BRaSiL, 1938).
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Cidades Médias e Pequenas e desenvolviMento urbano: a nálise, desafios e PersPeCtivas CoM b ase nos Planos diretores
enCerraMento
plvrs, o spço urbo é dssocávl ds dms rçõs do spço xrc um ppl
chv prt s msms”.
avçdo (d)lmtção ds cdds pqus méds, Corr (2007) pot como u-
dmtl pr st xrcíco obsrvção d rlção xstt tr tamanho demográco,
unções urbanas (ssclmt drcods pr or d cdd) conguração territorial
intraurbana2. esss crctrístcs ão dvm sr cosdrds sprdmt, ms comb-
ds m um cotxto spcl spcíco. Ou sj, localização tr como crctrístc qu
prpss s outrs trs tm spcl sgcdo. além dss rlção, tmbém é cssáro
podrr os ddos ormçõs srm dotdos pr cd crctrístc.
isso pod sr mlhor vsulzdo o s tomr como xmplo o lmr dmográco ror
ds cdds pqus (Tbls 2 3) supror ds mtrpols (Tbl 4). Cosdrdo populção totl dos mucípos brslros o Cso d 2010 (inSTiTUTO BRaSiLeiRO
De GeOGRaFia e eSTaTÍSTiCa, 2012), tmos como lmt ror Borá, m São Pulo, com
805 hbtts (populção urb d 627 hbtts). no tto, s lvrmos m cot
populção urb, cotrmos cdds d mors, como Corol Plr, o Ro Grd
do Sul, com 174 hbtts (populção totl d 1.725 hbtts). O msmo vl pr s
dms cdds pqus lstds s Tbls 2 3, ão hvdo, squr, um cocdc.
isso s dá, xtmt, pl loclzção dsss cdds complx rd urb brslr,
qu fucrá sobrmr s uçõs urbs m sus cogurçõs trrtors
trurbs. Dvrímos, tão, dotr um úco cojuto d ddos pr st (d)lmt
ção? não, msmo porqu st lmt podr srvr, tlvz, pr o dbt crc d crçãod mucípos3.
Tabela 2De primeiros municípios brasileiros com menor população total e posição entre aqueles commenor população urbana segundo Censo – Brasil – 2010
UF MunicípioPopulação Posição população
urbanaTotal Urbana % Urbana
SP Borá 805 627 77,9 82º
MG Serra da Saudade 815 527 64,7 54º
GO Anhanguera 1.017 955 93,9 225º
TO Oliveira de Fátima 1.035 815 78,7 155ºMT Araguainha 1.095 944 86,2 220º
SP Nova Castilho 1.127 746 66,2 132º
MG Cedro do Abaeté 1.212 1.033 85,2 273º
RS André da Rocha 1.216 496 40,8 40º
SP Uru 1.251 1.081 86,4 292º
PI Miguel Leão 1.253 862 68,8 176º
Fot: elborção prpr, dptdo d isttuto Brslro d Gogr esttístc (2012).
2 Sors (1999) d crsct os índices de qualidade de vida como um ds crctrístcs prcps pr dtcção ds cdds méds.
3 Sobr crção d mucípos, vr n. Olvr (2009).
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
Tabela 3De primeiros municípios com menor população urbana e posição entre aqueles com menor
população total segundo Censo – Brasil – 2010
UF MunicípioPopulação Posição população
TotalTotal Urbana % Urbana
RS Coronel Pilar 1.725 174 10,1 58º
RS Itati 2.589 212 8,2 321º
PI Aroeiras de Itaim 2.442 238 9,7 258º
RS Chuvisca 4.944 273 5,5 1280º
SC Barra Bonita 1.878 279 14,9 93º
RS União da Serra 1.487 280 18,8 23º
RS Coqueiro Baixo 1.528 282 18,5 25º
RS Floriano Peixoto 2.018 292 14,5 124º
SC Flor do Sertão 1.588 328 20,7 35º
SC Paial 1.763 336 19,1 67º
Fot: elborção prpr, dptdo d isttuto Brslro d Gogr esttístc (2012).
Tabela 4Os de primeiros municípios com maior população total e posição entre aqueles com maiorpopulação urbana segundo Censo – Brasil – 2010
UF MunicípioPopulação Posição população
urbanaTotal Urbana % Urbana
SP São Paulo 11.244.369 11.125.243 98,9 1º
RJ Rio de Janeiro 6.323.037 6.323.037 100,0 2º
BA Salvador 2.676.606 2.675.875 99,9 3ºDF Brasília 2.562.963 2.476.249 96,6 4º
CE Fortaleza 2.447.409 2.447.409 100,0 5º
MG Belo Horizonte 2.375.444 2.375.444 100,0 6º
AM Manaus 1.802.525 1.793.416 99,5 7º
PR Curitiba 1.746.896 1.746.896 100,0 8º
PE Recie 1.536.934 1.536.934 100,0 9º
RS Porto Alegre 1.409.939 1.409.939 100,0 10º
Fot: elborção prpr, dptdo d isttuto Brslro d Gogr esttístc (2012).
a su tmpo, há um cocdc mrct tr os dz mors mucípos brslros
m populção totl urb. além d strm msm posção m mbos os csos são,
cssrmt, cpts mtrópols com courbção cosoldd. excção sj t
sobr courbção somt Mus, o amzos, ddos os spctos pculrs d su
loclzção m pl orst amzôc, mrgm squrd do ro amzos.
ambs s podrçõs rvlm um rlção mportt tr populção totl urb o
(d)lmtrmos os lmrs qu dvm sr tomdos pr dstgurmos s cdds pqus
méds. O msmo vl pr s dms crctrístcs já sltds.
nst prspctv, cotrmos mportts cotrbuçõs d utors qu dsvolvrm
álss com drts bordgs, ms bsds s rlçõs suprctds. Stos (2008),
o lsr o umto do trblho tlctul do cosumo sus tos sobr urbzção
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Cidades Médias e Pequenas e desenvolviMento urbano: a nálise, desafios e PersPeCtivas CoM b ase nos Planos diretores
enCerraMento
brslr, dc qu, o tul príodo hstrco (por l domdo como mo técco
ctícoormcol), o lmr dmográco tr s cdds pqus méds pss
sr o d um populção totl d cm ml hbtts 4.
no toct às uçõs urbs, sgudo Stos Slvr (2002), s cdds méds srm os
ctros d tdmto às dmds: d cosumo, cosumptvo produtvo; d ormçõs,
produzdo-s ou rpssdo-s, sdo s “[...] térprts d técc do mudo” (SanTOS;
SiLVeiRa, 2002, p. 281); d gstão produtv, comddo “[...] o sscl dos spctos téc-
cos d produção rgol, dxdo o sscl dos spctos polítcos pr glomrçõs
mors” (SanTOS; SiLVeiRa, 2002, p. 283)5, um mbt tr trsss locs, cos
globs. “as cdds méds costtum, dss modo, vrddros rus rgos, um lugr
d dbt tr procupçõs ms mdts dsígos ms mplos” (SanTOS; SiLVeiRa,
2002, p. 284)6. Sors (1999, p. 57) corrobor st crctrzção, o rgumtr:
as cdds méds tmbém dvm sr dds plo lugr qu
ocupm rd urb, o sstm coômco globl, ou sj, sus
rlçõs são ts tto m ívl locl como m scl col ou
trcol, tdo m vst s modrdds tcolgcs prsts
sss trrtros.
Dlogdo com o rgumto d utor, Corr (2007) propõ trs lmtos pr cos
trução d um qudro trco pr s cdds méds: um lt mprddor; loclzção
rltv; trçõs spcs.
Pr s cdds pqus, Stos (2008), qu s dom como cidades locais, dtc
vculção d sus uçõs às tvdds grícols modrs. esss s torm spclz
ds o tdmto mdto ds dmds grícols d um cmpo qu ão pod ms sr
tddo dtro d dcotom cmpocdd7. “Tudo sso z com qu cdd locl dx
d sr cdd o cmpo s trsorm cdd do cmpo” (SanTOS, 2008, p. 140).
Já cogurção trrtorl trurb, mtrlzdo, prcplmt, sss uçõs
urbs suprctds, rá rtr dâmc spcl codzt cd cojuto d cdds
qu stmos qu (d)lmtdo. Sobr sso, Gumrãs, Vr nus (2005, p. 270) po
tm qu “[...] s cdds méds costtum-s m locldds potcs d bsorção d
4 “Há trs ou qutro dcos, s cdds méds rm s qu thm crc d vt ml hbtts” (SanTOS, 2008,p. 140). nst trstíco tr 20 ml 100 ml hbtts strm mlhor rprstds s cdds pqus,qu Stos (2008) Stos Slvr (2002) domm d cdds locs, qu vrmos sgur, spclzds otdmto mdto ds tvdds grícols modrs.
5 “Ms sso costtu um ot prmt d dgçõs, já qu cdd rgol (méd) rlé polítco suborddo,é tmbém um splho d cotrdçõs tr s procupçõs lgds à produção proprmt dt (su ldotécco) s lgds à rlzção (su ldo polítco). ... n vrdd, o ppl ds cdds méds o procsso polítco éão ps lmtdo complto, ms cousmt prcbdo” (SanTOS; SiLVeiRa, 2002, p. 283).
6 “É sss codçõs qu são gstds vsõs do mudo, do pís do lugr lbords colborção o coto”(SanTOS; SiLVeiRa, 2002, p. 283).
7 “as cdds locs s spclzm tto ms quto ár rspctv há possbldds pr dvsão do trblho,tto do poto d vst d mtrldd quto do d dâmc trpssol. Quto ms ts dvsão do
trblho um ár, tto ms cdds surgm tto ms drts são ums ds outrs” (SanTOS, 2008, p. 141).
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
mprdmtos, prcplmt dústrs, pos prstm lgum tpo d coom d
glomrção d potcs”. ao msmo tmpo, porém, os utors dmostrm qu, sss
cdds, surgm cotos o momto d mtrlzção ds dts potcldds, promovdo xclusão socl. e mbos os spctos são ssldos por amorm Flho (1984) como
um dos trbutos ds cdds méds. Tmbém Olvr, Chvs Smoc (2004) rssltm
tl dlétc (r)cogurção trrtorl ds cdds méds m su procsso d srção
lgc produtv globlzd com o surgmto, pari passo, d codomíos chdos
vls, por xmplo.
ns cdds pqus, por su vz, rá trsprcr cdd do cmpo dcd por Stos
(2008). Porém, o cofto sltdo cm cotu xstdo d orm qulttvmt dr-
cd. ao vés ds dcotoms prprs ds cdds méds d sus rlçõs xprssmt
urbs , m grd mdd, dustrs, tmos prsç dos bosrs, grcultors proprtáros d ltúdos vvdo s cdds trblhdo o cmpo.
Cocldo sts álss qulttvs à áls dos ddos ds ormçõs dspoívs,
n. Olvr (2006) propõ um crctrzção ds cdds méds com bs m dcdors
qu rvlrm crctrístcs grupds m trs crtéros: dmográcos, sococoômcos
loclzção. Sobr st últmo, o utor dstc qu
[...] surg como crctrístc rlvt pr s cdds méds,
pos sts dvm str poscods d tl mr qu cosgm
dsvolvr d mr rltvmt utôom sus cpcdds
d bsorção d vstmtos, d orcmto d bs srvços
d cosumo à su populção d su rgão, qu rá vrr d cor
do com su proxmdd às prcps mtrpols do pís, uc
stdo srds s rgõs mtropolts ão sdo cpts
stdus (OLiVeiRa, 2006, p. 6).
Gumrãs, Vr nus (2005, p. 270) corroborm st prspctv o colocrm qu “[...]
dstâc d grds ctros urbos podr sr um dos dtrmts d mor ou mor
mportâc d um cdd”. Ou sj, coorm já dstcmos trormt, loclzção
é um crctrístc udmtl qu prpss rlção tr s dms.
em síts, podmos dzr qu cdds méds srm quls qu ão são cpts stdus
dsposts tr os cm ml quhtos ml hbtts d populção totl, com um xprs-
sv porctgm d populção urb, dstts ds prcps mtrpols brslrs d tl
orm qu ssumm o ppl d trlocutors (ormdo, produzdo , prcplmt,
trprtdo ormçõs) tr su rgão d fuc, o pís o mudo. exrcm trção
ão s d pssos, ms tmbém d vstmtos produtvos d rstruturs, zdo
com qu thm, mor ds vzs, crscmto urbo cm d méd col ds
rgõs mtropolts. Dltcmt, tmbém promovm sgrgção dsguldd
socospcs.
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Cidades Médias e Pequenas e desenvolviMento urbano: a nálise, desafios e PersPeCtivas CoM b ase nos Planos diretores
enCerraMento
Já s cdds pqus, sobrtudo s cdds locs, srm o “... locus d rgulção do qu
s z o cmpo” (SanTOS, 2008, p. 140), tordo-s cdd do cmpo. Dds s sus
crctrístcs, tmbém prstm xprss porctgm d populção urb sobr totl , d mr pculr, rproduzm s dcotoms socospcs ds dms cdds.
Dtro dst (d)lmtção ds cdds pqus méds, vmos lsr os dsos
prspctvs do dsvolvmto urbo com bs os Plos Drtors.
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Cpctção pr implmtção dos Plos Drtors Prtcptvos (Rd PDP).
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mucípos dstrbuídos m todos os estdos do Dstrto Fdrl, rlzdo, d, vtos
d cpctção m todo o pís.
a slção dos Plos Drtors srm vldos obdcu crtéros d úmro d mucí
pos com obrgtordd8 d lborção do Plo Drtor por x d populção totl por
estdo, przdo todo o Brsl. a slção dos mucípos vlção dos Plos Drtors
m cd estdo cotrm com prtcpção d movmtos socs, tdds cdmcs
prossos govros stdus. além d um rotro básco d qustõs pr todos os
Plos Drtors lsdos (sttzdos m rltros stdus), orm tos 27 studos d
cso, coorm pod sr vsto tbl 5.
Tabela 5Municípios selecionados para estudo de caso pela Rede PDP – Brasil – 2000/2010
UF MunicípioRegião Metropolitana (RM) ou RegiãoIntegrada de Desenvolvimento (Ride)
População (Censo 2010)Crescimento anual
(2000/2010)
Total % Urbano Total (%) Urbano (%)AM Manaus RM de Manaus 1.802.525 99,5 2,82 2,84
BA Caetité Não 47.524 59,9 0,54 2,13
BA Salvador RM de Salvador 2.676.606 99,9 0,96 0,96
8 as obrgtordds cosdrds orm s stblcds plo rtgo 50 d L .º 10.257, d 10 d juho d 2001,domd esttuto d Cdd, os mucípos qudrdos os csos plos csos i ii do rtgo 41, sbr:
“art. 41. O plo drtor é obrgtro pr cdds:
i – com ms d v t ml hbtts;
ii – tgrts d rgõs mtropolts glomrçõs urbs; ...
art. 50. Os Mucípos qu stjm qudrdos obrgção prvst os csos i ii do rt. 41 dst L qu ãothm plo drtor provdo dt d trd m vgor dst L, dvrão proválo té 30 d juho d 2008.
(Rdção dd pl L .º 11.673, d 2008)” (CaRVaLHO; ROSSBaCH, 2010, p. 112116).
(Cotu)
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
Tabela 5Municípios selecionados para estudo de caso pela Rede PDP – Brasil – 2000/2010
UF MunicípioRegião Metropolitana (RM) ou RegiãoIntegrada de Desenvolvimento (Ride)
População (Censo 2010) Crescimento anual(2000/2010)
Total % Urbano Total (%) Urbano (%)
CE Beberibe Não 49.334 43,9 1,65 0,99
CE Irauçuba Não 22.347 64,3 1,42 3,21
CE Juazeiro do Norte RM do Cariri 249.936 96,1 1,78 1,87
GO Aparecida de Goiânia RM de Goiânia 455.735 99,9 3,55 3,57
MA São Luís RM de São Luís 1.011.943 94,4 1,63 1,41
MG Montes Claros Não 361.971 95,2 1,79 1,91
MG Ribeirão das Neves RM de Belo Horizonte 296.376 99,3 2,01 1,99
MG Santa Bárbara RM de Belo Horizonte 27.850 88,9 1,52 1,63
MS Campo Grande Não 787.204 98,7 1,86 1,84
PA Ananindeua RM de Belém 471.744 99,8 1,99 1,99PE Olinda RM de Recie 375.559 98,0 0,21 0,21
PE Petrolina Ride do Polo Petrolina e Juazeiro 294.081 74,6 3,46 3,19
PR Curitiba RM de Curitiba 1.746.896 100,0 1,01 1,01
PR Maringá RM de Maringá 357.117 97,8 2,37 2,29
RJ Duque de Caxias RM do Rio de Janeiro 855.046 99,7 1,03 1,03
RJ Niterói RM do Rio de Janeiro 487.327 100,0 0,61 0,61
RN Natal RM de Natal 803.811 100,0 1,28 1,28
RS Bagé Não 116.792 83,7 -0,17 0,05
RS Porto Alegre RM de Porto Alegre 1.409.939 100,0 0,36 0,68
SC Itajaí RM da Foz do Rio Itajaí 183.388 94,6 2,43 2,22
SP Catanduva Não 112.843 99,2 0,66 0,74
SP São Carlos Não 221.936 96,0 1,50 1,62SP São Paulo RM da Grande São Paulo 11.244.369 98,9 0,78 1,34
Fot: elborção prpr, dptdo d Stos Júor Motdo (2011); isttuto Brslro d Gogr esttístc (2012);Dprtmto d Polítcs d acssbldd Pljmto Urbo (2012).
Podmos otr qu os studos d cso procurrm cotmplr dvrsdd d mucípos
brslros. Ldo os studos vrcdo os ddos ormçõs dspoívs, dtc
mos lgus qu s qudrm (d)lmtção qu zmos d cdds pqus méds
(Crtogrm 1). as cdds méds strm rprstds (rsptds, prcplmt, s
podrçõs d loclzção d uçõs urbs) plos mucípos d9: Bgé, o Ro Grddo Sul; itjí, m St Ctr; Juzro do nort, o Crá; Mrgá, o Prá; Mots
Clros, m Ms Grs; Ptrol, m Prmbuco; São Crlos, m São Pulo. Já s cdds
pqus (ms prcsmt s cdds locs) trm como rprstts os mucípos
d10: Ctté, Bh; Ctduv11, m São Pulo; iruçub, o Crá.
9 Os studos d cso ds cdds méds orm lbordos, rspctvmt, por: Frrr (2011); Gumrs (2011);icov Phro (2011); Kltowtz (2011); M. Cost (2011); Mrd (2011); . V. Ol vr (2011).
10 Os studos d cso ds cdds pqus orm lbordos, rspctvmt, por: icov (2011); L. Cost (2011);Storo, Cobr Molr (2011).
11 Msmo tdo um populção d ms d cm ml hbtts populção xprssmt urb, o mucípo stásrdo um rgão polrzd por mucípos como São José do Ro Prto Rbrão Prto, zdo com qu th
uçõs urbs ms smlrs às d um cdd locl.
(Coclusão)
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Cidades Médias e Pequenas e desenvolviMento urbano: a nálise, desafios e PersPeCtivas CoM b ase nos Planos diretores
enCerraMento
Cidades médias - 7
Cidades pequenas (locais) - 3
Cartograma 1Cidades médias e pequenas (locais) selecionadas para a análise
elborção prpr.
Um prmr áls sr rlzd os Plos Drtors dsss cojutos d mucípos dz
rspto à Gstão Dmocrátc, qu é “... tv prtcpção d socdd cvl gstão d
cos públc” (OLiVeiRa; MOReiRa, 2006, p. 2)12. Vmos qu um htrogdd d csos.
Os mucípos d Bgé, o Ro Grd do Sul, São Crlos, m São Pulo, tvrm um procsso
d lborção prtcptvo tr 2001 2005, com grds vtos (ts como Corcs
12 “est prtcpção p od sr tvd drtmt plos cddãos, como t mbém por mo d tdds rprsttvsd um prcl do trrtro ou dos sgmtos socs d populção. Tl prcto é xprssão d Costtução Fdrl,promulgd m 5 d outubro d 1988. Dv str putd ... os prcípos d trsprc, étc, dpdc,
soldrdd crdbldd” (OLiVeiRa; MOReiRa, 2006, p. 2).
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242
Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
d Cdd), pr ssblzção moblzção d socdd, tmbém ruõs mors (como
grupos d trblho, ocs ruõs), ormlmt dds pr proudmto d
qustõs tmátcs ou stors. Somt m São Crlos houv dculdds moblzçãods comudds rurs d sgmtos d bx rd.
em itjí, m St Ctr, o procsso o álogo os suprctdos, ms ão há mção
do tmpo m qu s dsvolvu.
Por su vz, Mots Clros, m Ms Grs, tv um procsso prtcptvo cdo m 1995,
ms, dvdo dsputs polítcs, o projto d l, tão lbordo, ão o provdo pl Câmr
d Vrdors. O procsso postror o rlzdo d orm tcocrátc m 2001, bsdo
o Plo Drtor d Blo Horzot. em 2007, porém, cous um procsso d rvsão qu
comçv s ortr plos prctos d gstão dmocrátc, ms o prlsdo por cotds lçõs mucps d 2008, m qu Prtur prru prorzr obrs.
em Ptrol, Prmbuco, os movmtos socs tvrm qu s moblzr pr rvdcr
prtcpção o procsso d lborção do Plo Drtor durt 2006. abrt possbldd do
procsso prtcptvo, mtodolog utlzd o ortd plo Mstéro ds Cdds.
no cso d Juzro do nort, o Crá, o procsso d lborção (qu o podo plo govro
stdul por mo d cmto) sguu um mtodolog orml d prtcpção pdro
zd pr todos os mucípos qu drrm o poo stdul. Fo sttuído um comt com
mmbros dcdos pl Prtur os momtos d ruão dms vtos, sgudo rltos,
ão lucdvm populção pr o procsso, mos d cpctvm- s tmátcs cocr-ts o dsvolvmto urbo. Já m iruçub, o msmo estdo, os rltos dmostrm
qu o procsso o prtcptvo, com clusão d város sgmtos como, por xmplo, gts
jovs. O rlto dmostr, porém, crt crítc sobr um processo de participação exagerado,
pos prpr rprstção d socdd cvl trvstd rm qu
... houv muts ruõs, o qu, prtr d dtrmdo momto,
comçou cusr um dsgst , o l, um svzmto s s
tâcs spços. Sgudo ls, grvou ss stução o to d qu
propost d put, m grl, vh muto xts, ão poddo sr
trmt comphd por pssos d comudds dstts, squs thm hor pr sc r mbor. (iaCOVini; PinHeiRO, 2011, p. 7).
nst spcto, por m, Ctté, Bh, prst o cso ms séro d um procsso sm
qulqur prtcpção socl. O projto d l do Plo Drtor o lbordo por um técco
provdo pl Câmr d Vrdors com ocorrc d um úc udc públc,
com prtcpção d trt pssos.
a prtcpção o procsso d lborção dos Plos Drtors trá dsdobrmtos o
cotrol socl d su mplmtção. em São Crlos cotr-s stldo tut o
Coslho Mucpl d Hbtção Dsvolvmto Urbo, com ruõs rgulrs, com-
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Cidades Médias e Pequenas e desenvolviMento urbano: a nálise, desafios e PersPeCtivas CoM b ase nos Planos diretores
enCerraMento
posção prtár crátr dlbrtvo cosultvo. Cotudo, como sltm os rltos, “[...]
prtcpção o Coslho d é muto lmtd sgmtos voltdos pr qustão do
ordmto do solo urbo” (KLinTOWiTZ, 2011, p. 59). Há um dculdd d moblzros sgmtos d ms bx rd pr prtcpção o coslho, ruto ds dculdds
rgstrds o procsso d lborção.
em Bgé o sttuído o Coslho Mucpl d Dsvolvmto Trrtorl, com composção
prtár crátr dlbrtvo, ão xplícto pr lgus tms d su comptc co
sultvo os dms. estv tut té solctção d rvsão d su composção, procsso
qu s cotr m dbt.
D mr álog, o Coslho Mucpl d Gstão Dsvolvmto Trrtorl, sttuído m
itjí tuou com composção prtár crátr dlbrtvo. Cssou sus ruõs qudo qustod su composção, sob lgção d qu sus mmbros ão orm ltos, ms scolhdos
tr quls qu compuhm o úclo gstor do procsso d lborção do Plo Drtor.
Por su vz, Juzro do nort sttuu o Coslho Mucpl do Plo Drtor, com compo
sção prtár crátr dlbrtvo. algus d sus mmbros rurms lgums vzs
pr trtr, prcplmt, do cotrol d lotmtos, ms socdd cvl ão prtcpou
d hum dcsão, msmo tdo su composção prtár. Tmbém crdo por l mu
cpl, sm prvsão o Plo Drtor, o Coslho Mucpl d Hbtção d itrss Socl,
prvsto com crátr dlbrtvo prtáro, d ão o sttuído.
Já stlção do coslho m Ctduv sor rsstcs por prt d Câmr d Vrdors, prcplmt rlcods o su crátr dlbrtvo. Cotudo, Comssão d
acomphmto do Plo Drtor, sttuíd m su procsso d lborção, ssumu
trbuçõs d provção d prclmtos do solo urbo.
em Mrgá houv prvsão do Coslho Mucpl d Pljmto Gstão Trrtorl,
prtáro com crátr cosultvo dlbrtvo. O rlto, trtto, ão mco s o
coslho o sttuído.
iruçub sttuu o Coslho Mucpl d Dsvolvmto Urbo Trrtorl d iruçub,
d crátr dlbrtvo composção prtár. etvmt, porém, uc ucoou. Co
tudo, o sttuído s cotr m ucomto o Coslho d Hbtção.
Smlhtmt, m Mots Clros orm prvstos os Coslhos Mucps d Polítc
Urb, d Hbtção do Orçmto Prtcptvo, sttudo-s d orm tv somt
o últmo, com composção prtár d crátr propostvo.
nos dms mucípos, Ptrol Ctté, os coslhos orm prvstos os Plos Drtors,
ms crcm d rgulmtção d ão t sm prvsão d srm costtuídos.
Como pot omcltur d lgus coslhos sttuídos pls cdds méds
locs lsds, o trtmto do dsvolvmto urbo (tddo como polítc
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
públc tgrdor ds çõs stors d ordmto trrtorl, hbtção, smto
mbtl mobldd trsport urbos) ão tgu cocrtzção ds cpçõs
qu motvrm, clusv, crção do Mstéro ds Cdds m 2003. em crt mdd, própr mplmtção ds polítcs públcs sob rsposbldd dss pst, ds-
trbuíds m sus qutro Scrtrs ncos – Scrtr ncol d acssbldd
Progrms Urbos; Scrtr ncol d Hbtção; Scrtr ncol d Smto
ambtl; Scrtr ncol d Mobldd Trsport Urbos –, prcplmt
ps o lotmto polítcoprtdáro doção do prmro Progrm d aclrção do
Crscmto (PaC), z com qu propost prmár sobr o dsvolvmto urbo ão
cosguss s cocrtzr.
Dss modo, d mr grlzd, s cdds méds locs cocrtzm sus çõs
rlcods, prcplmt, à hbtção o smto por mo d rcursos orudos doGovro Fdrl qu, m su ssc, ão vsm tgrrs o trrtro m às polítcs
çõs prvsts os Plos Drtors. Somt os studos d cso d Bgé, Ctduv, itjí,
Mrgá São Crlos zm mção à mobldd urb.
São Crlos é úc cdd qu prv dqução ds çõs stors às drtrzs stb
lcds o Plo Drtor. Hbtção smto tm sus plos çõs, stdo o plo
d mobldd urb d m lborção.
Ctduv, ão tm prvsão m çõs rlcods à hbtção, por ão sr um qustão
ltt o mucípo. Já m smto, há lborção d plos çõs com cmtodo Bco itrmrco d Dsvolvmto (BiD), ms sm rlção com o Plo Drtor. O
plo d mobldd urb cotrs prvsto somt o Plo Drtor.
itjí ão stblcu drtrzs pr hbtção, smto mobldd urb o Plo
Drtor, somt hvdo prvsão d lborção dos plos stors. Cotudo, rcbu
rcursos do PaC Drgm.
Bgé prvu lborção do plo locl d hbtção d trss socl, sdo lbordo um
o ps provção do Plo Drtor, rcbdo rcursos do Fudo ncol d Hbtção
d itrss Socl (FnHiS). O plo mucpl d smto cotrv-s m lborção,
tddo às drtrzs prvsts o Plo Drtor. nst stor, o mucípo rcbu rcursos
do PaC. Msmo ão tdo prvsto o Plo Drtor, o mucípo já dstou rcursos pr
lborção do Plo d Mobldd Urb.
Mrgá dspõ d drtrzs pr hbtção, smto mobldd urb, msmo
ão rlzdo studos spcícos o procsso d lborção d su Plo Drtor. não há
mção d çõs sobr sss stors.
em Ptrol, drtrz rlcod à hbtção d trss socl é d dstr trros
somt s árs d xpsão. Rcbu rcursos do PaC pr o smto, msmo ão
tdo lbordo su plo mucpl d smto.
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Cidades Médias e Pequenas e desenvolviMento urbano: a nálise, desafios e PersPeCtivas CoM b ase nos Planos diretores
enCerraMento
no mucípo d Mots Clros, ddo o ívl grlst do Plo Drtor, “... os projtos
d hbtção smto borddos hoj ão s cotrm prvstos o PD” (COSTa, M.,
2011, p. 5).
Já Juzro do nort ão lborou hum pljmto rlcodo à hbtção, msmo
ão tdo prvsto d rlcodo à hbtção o Plo Drtor tdo costtuído um
coslho spcíco (com o úco trss d cssr rcursos do FnHiS). não há hum
pljmto pr smto.
iruçub prv drtrzs pr hbtção smto, tdo lbordo um plo
d smto humo-mbtl. Ms ão há um dção spcíc com rlção
rcursos.
Por su vz, Ctté ão prv qulqur drtrz rlcod hbtção ou smto m
su Plo Drtor, ão hvdo qulqur ção rlcod à hbtção. Já m smto há
um ção mprdd pl emprs Públc d Smto do estdo d Bh (embs)
pl Comph d Dsvolvmto dos Vls do São Frcsco do Príb (Codvs),
mprs do Govro Fdrl, pr clusão do mucípo o PaC.
COnSiDeRaÇÕeS FinaiS
Como podmos obsrvr, os dsos rlcodos o dsvolvmto urbo s cdds méds locs d são mutos. ilzmt, ss ão é um rldd spcíc
dsss cojutos d cdds, muto mos xclusv dss ívl d govro dtro d
drção brslr. Cotudo, ms qu motvos pr crrmos sss dsos como
lmtos qu prdurm gstão ds cdds, é cssáro vslumbrrmos s ct
vs qu s cocrtzm como cmhos ltrtvos, por ms prcs dmuts qu,
prtmt, prçm sr.
nss cotxto, o pljmto urbo rqur um tção spcl
dos gstors, pos prssupõ um mudç d cultur gstão
ds cdds. O momto vorávl d coom do pís, [msmo
um momto d crs mudl xstc d polítcs socs
d rcursos drs robustos pr o rtmto ds crcs
urbs os vços rcts o mrco jurídco d polítc urb
o âmbto col costtum um grd oportudd pr qu o
pljmto urbo sj ortlcdo struturdo os Mucípos,
d modo cotrbur pr o mlhor provtmto dos rcursos
públcos, pr mxmzção dos sus tos cdd rdu
ção dos décts socs d rstrutur urb. (SanTOS JÚniOR;
MOnTanDOn; SanT’ana, 2011, p. 48).
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Cidades Médias e Pequenas: Contradições,Mudanças e PerManênCias nos esPaços urbanos
nst prspctv, s cdds méds , sobrtudo, pqus prstm oportudds d
cocrtzr polítcs d ordmto trrtorl, d hbtção, d smto d mobl
dd urb qu s costtum, por mo d tgrção, o dsvolvmto urbo dcrdtdo por város sgmtos qu ddm o drto à cdd à justç socl. Cotudo,
como dmostr o studo d cso d São Crlos, é cssáro qu sss cdds rlzm, d
orm prtcptv, lborção , prcplmt, mplmtção d sus strumtos
d gstão pljmto, tr os qus o Plo Drtor, costtucolmt stblcdo
como strumto básco d polítc urb.
Outrs qustõs põm-s m vog pr cocrtzção do dsvolvmto urbo, prc-
plmt ds cdds méds pqus. Um dls dz rspto o dsvolvmto st
tucol, crctrzdo pl cpcdd técc ds dmstrçõs públcs mucps. aqu
c clr cssár cooprção ão s tr os dsttos ívs d govro, ms tmbémtr os mucípos, sobrmodo os qu cotmplm s cdds pqus. Um ltrtv
ss stdo, por xmplo, é o cosrco públco, qu pod corporr cooprção tr
mucípos m várs árs.
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