39

AULA 01 - TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO - ESTRUTURA

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Material produzido pela Professora Sílvia Cláudia Marques Lima

Citation preview

  • 1. Objetivo: Expor, argumentar oudesenvolver uma tema proposto,analisando-o sob um determinadoponto de vista e fundamentando-ocom argumentos convincentes, emdefesa de nossas posies.Texto Dissertativo-Argumentativo

2. Dissertar tratar com desenvolvimento umassunto. discorrer sobre um ponto de vista,opinando ou persuadindo. 3. procuramos justificativas:para a elevao dos preos;para o aumento da violncia;para o desemprego. estamos preocupados com:os descasos com a Amaznia;as guerras;a AIDS;a natureza: a poluio, os desmatamentos, o aquecimentoglobal, etc.DISSERTAR um ato que desenvolvemos todosos dias, quando: 4. Defendemos nossos pontos de vista em relao: nossa liberdade;ao futebol; msica;ao aborto;s minorias;s injustias sociais;ao avano da tecnologia; gentica. 5. O TEXTO DISSERTATIVO aquele que expressa uma TESE(um ponto de vista) sobre determinado ASSUNTO, apoiadaem dados, fatos (exemplos), fundamentaes; enfim, emARGUMENTOS (informaes que comprovem sua tese).Em suma, dissertao implica em discusso de ideias,argumentao, raciocnio, organizao de pensamento,defesa de pontos de vista, descoberta de solues.Significa refletir sobre o mundo que nos cerca. 6. ESTRUTURAUm texto dissertativo precisa ter uma estrutura bemorganizada. Nesse sentido, os maiores problemas de umtexto dissertativo so:- Expor as ideias desordenadas no papel;- falta de uma linha de raciocnio (coerncia);- no relacionar uma ideia com outra (coeso);- no provar absolutamente nada. 7. => As partes da dissertao devemestar bem definidas e intimamenteligadas.=> O modo de se estruturar a redao o que mais se valoriza para ainteligibilidade do texto. 8. 1 Introduo: apresentao da ideia principal outese.2 Desenvolvimento: apresentao de argumentosque sustentam a ideia principal.3 Concluso: apresentao de um resumo da ideiaprincipal ou de uma sugesto para a resoluo doproblema.O texto dissertativo - argumentativo organiza-seem trs partes: 9. INTRODUO normalmente apresenta-se a ideiacentral a ser discutida, de modo que o leitor saiba deque o texto vai tratar. Corresponde, geralmente, aum pargrafo. 10. A Introduo deve: Apresentar a ideia ncleo do texto Apontar o que o texto tratar no desenvolvimentoTransmitir a mensagem de modo que fique clara eobjetiva para o leitor. 11. DESENVOLVIMENTO Parte encarregada pelodesdobramento da ideia central. Corresponde exposio dos argumentos que comprovam oponto de vista contido na introduo. Podehaver mais de um pargrafo, dependendo daquantidade de linhas disponveis. 12. Parte que se discorre sobre o assuntoabordado pela tese;Utiliza-se de fatos e de exemplos;Fatos e argumentos fazem com que ocontedo ideolgico da tese sejaplenamente desenvolvido, levando auma concluso.Desenvolvimento 13. ConclusoSntese das ideias.Apontamento da soluo para asquestes abordadas no desenvolvimento. 14. CONCLUSO: o acabamento da redao, parte queamarra o texto. No deve ser iniciada abruptamente, comotambm no pode ser acabada de sbito.Pode funcionar de trs maneiras:Retomada da ideia central, a fim de confirm-la;Resumo das ideias principais apresentadas e discutidas;Sugesto de solues para a resoluo da problemticaabordada. 15. Observaes:1 A linguagem tende impessoalidade, por isso os verbose os pronomes so empregados na 3 pessoa do singular.2 A variedade lingustica predominante a padro.3 Os verbos so empregados predominantemente nopresente do indicativo. 16. Em resumo: a linguagem do texto dissertativoA linguagem neste tipo de texto denotativa, isto ,preocupada com a informao. Deve ser uma linguagemimpessoal e objetiva, com emprego da forma culta eformal da lngua (padro). 17. Deve-se ter como preocupao persuadir o leitor e transmitirinformaes que se pretende como conhecimentos verdadeiros, edessa forma se tornar convincente. Diante do tema, o autor deve se posicionar acerca do assunto e,atravs dos seus argumentos, demonstrar conhecimento de mundo:Com clareza, domnio da lngua, seleo de contedos pelos seusvalores reais, organizando-os de forma coesa e coerente entre osassuntos, os quais sero fechados na concluso, completandoassim, o ponto de vista inicial.Argumentao nos textos dissertativos 18. EXEMPLOS DE TEXTOSDISSERTATIVO - ARGUMENTATIVOSGneros predominantes:EditorialArtigoCrticaMonografiaTese 19. Tipos de argumentos aos quais podemosrecorrer:Argumento com base em citao Fundamenta-se mediante acitao de uma frase ou pensamento de uma autoridade ouespecialista no assunto. Promove credibilidade ao texto; Enriquece o texto com informaes a respeito dos trabalhos desenvolvidosna rea foco; Fornece exemplos de pontos de vista semelhantes ou divergentes sobre oassunto objeto de sua pesquisa. 20. Citao diretaAo identificar o conceito de atividade, Leontiev, Especialistaem Psicopedagogia, afirma que por esse termo designamosapenas aqueles processos que, realizando as relaes dohomem com o mundo, satisfazem uma necessidadeespecial correspondente a ele. Citao indiretaAo identificar o conceito de atividade, Leontiev, Especialistaem Psicopedagogia, afirma que pelo termo mencionado possvel designar apenas aqueles processos relativos s relaesdo homem com o mundo, e que satisfazem uma necessidadehumana especfica. 21. Fundamenta-se nas ideias voltadas para princpiose valores que so reconhecidamente partilhadospela maioria das pessoas de uma sociedade.Refere-se a conceitos considerados irrefutveis,partilhados.Argumento com base no senso comum 22. So aqueles fatos que comprovam a tesee confirmam crdito ao texto (dados,estatsticas, pesquisas, informaescomprovadamente cientficas, ou seja, defontes srias).Argumento com base em evidncias 23. Estabelece uma relao de causa e consequncia,para que no se prejudiquem a sequncia ordenadados pargrafos nem o sentido geral do texto.Mantm a coeso e coerncia entre palavras eentre pargrafos.Argumento com base no raciocnio lgico 24. A IMPORTNCIA DOS EXEMPLOS Os exemplos do vida ao texto. Esclarecem o raciocnio. Iluminam a compreenso. Intensificam o processo de persuaso, expondoas ideias de modo concreto. No s ilustram o texto, mas levam o leitor a sentir,a pensar, a viver. 25. Apresentao do tema e do ponto de vista. Exemplos a, b, c (do passado, apresentados nasequncia). Exemplo d (do presente). Apresentao dos porqus. Reafirmao do ponto de vista.Leia uma proposta de redao da FUVEST e uma dissertaoque obteve nota mxima. Observe como o texto foi desenvolvido. 26. H um conto de H. G. Wells, chamado A terra doscegos, que narra o esforo de um homem com visonormal para persuadir uma populao cega de que elepossui um sentido do qual ela destituda; fracassa, eafinal a populao decide arrancar-lhe os olhos paracur-lo de sua iluso. Discuta a ideia central do conto, comparando-a com ado ditado popular Em terra de cego quem tem umolho rei. Em sua opinio essas ideias so antagnicasou voc v um modo de concili-las?TERRA DE CEGOS 27. A AUDCIA DE ENXERGAR FRENTEA capacidade de estar frente de seu tempo quase nunca confere aoseu possuidor alguma vantagem. A dureza das sociedades humanas emaceitar certas noes desmente, no raro, o ditado popular que diz que Emterra de cego quem tem um olho rei.Exemplos, a histria prdiga em nos apresentar. Scrates foi obrigado,pela sociedade ateniense, a tomar cicuta, em razo de suas ideias. GiordanoBruno, que concebeu a terra como um simples planeta, tal como sabemos hoje, foichamado herege e queimado. Darwin debateu-se contra a incompreenso econdenao de suas ideias, mais tarde aceitas.Ainda hoje, temos exemplos de procedimentos similares. Oscar Arias,presidente da Costa Rica e prmio Nobel da Paz, ainda h pouco tempo sedebatia contra a sociedade de seu pas, que teimava em colocar obstculos suaatuao. Em tempo: o mrito de Oscar Arias nem era o de estar frente de seutempo, mas simplesmente o de analisar os problemas do presente.Esse mal no ser curado to cedo. Isso porque as pessoas queconseguem enxergar frente apresentam ao homem o que ele odeia desdetempos imemoriais: a necessidade de rever as prprias convices. Enquantoesse dio ou ser medo no for superado, a humanidade continuarmandando outros Giordano Bruno para a fogueira da incompreenso e doisolamento. E, ignorando as pessoas de viso, continuar cega para o futuroe para si mesma. 28. Vamos partir do princpio de que escrever comunicar, transmitir uma mensagem aoleitor. Portanto, quem quer comunicar e serbem compreendido precisa ser claro, bemorganizado nos seus atos de comunicao. 29. ALGUMAS FORMAS DE SEINICIAR UMA DISSERTAO 30. Definio: Pode-se comear a dissertarfazendo uma definio do tema, paraatribuir maior clareza e objetividadeao texto.Violncia consiste em...A violncia se caracteriza como....Um ato violento quando...Existe violncia se... 31. Comparao: Tem-se tambm a opo decomear, buscando uma definio do tema porcomparao.Atribui-se a violncia como...A violncia torna-se semelhante a...A violncia parece-se com..., lembra... 32. Citao: Pode-se ainda iniciar o texto com umacitao relativa ao tema. Uma frase interessante,um verso, um fragmento...O ideal que a citao seja feita do modo clssico:entre aspas, reproduzindo exatamente as palavrasdo autor e com indicao da fonte de onde foiretirada.Em seguida, faz-se uma pequena anlise, um brevecomentrio a respeito da opinio citada, expondo,ao mesmo tempo, o seu ponto de vista sobre oassunto. 33. Histrico: no incio do texto pode fazer um histrico, umaexplanao rpida do tema atravs dos tempos, dando ao temauma abordagem temporal.Antes, a violncia era X; agora ...Ontem, a violncia era X; hoje Y; amanh ser...Depois do histrico, apresenta-se a IDEIA CENTRAL e inicia-sea argumentao. 34. Exemplo: Pode-se tambm escolher um fato-exemploexpressivo para iniciar o texto. Em seguida, faz-se umaanlise interpretativa desse exemplo que poder ou noser retomado mais adiante , revelando nossa viso sobreo tema.Iniciar uma dissertao a partir de um exemplo dconcretude e comunicabilidade ao texto. 35. Estatstica: Pode-se comear a redao pelaapresentao de um dado estatstico esclarecedorsobre o tema. O procedimento praticamenteidntico ao de iniciar o texto pela exemplificao. Resumo: Um resumo daquilo que se pensa sobre oassunto da redao uma das possibilidades de incio.O comeo da dissertao funcionaria, assim, comouma espcie de ndice, de sumrio do texto, em que seapresentaria de modo sinttico o tema, o ponto devista e a argumentao. 36. possvel afirmar que, desde 2004, alguns eleitores desinformadosvm sendo confundidos, principalmente, por causa de falsos e-mails quecirculam pela Internet. Essas mensagens, de autoria desconhecida,transmitem uma informao incorreta sobre o voto nulo e acabamconvencendo os cidados insatisfeitos com os polticos a anular seu voto.Porm muitos eleitores no sabem que o nico voto capaz de anular aeleio o voto que anulado decorrente de algum acontecimento queprejudica o processo eleitoral, como, por exemplo, a falsificao de votos, acompra de votos ou o furto de urnas.Assim, o voto nulo apenas uma manifestao direta da pessoa que vota,muitas vezes, pensando que pode anular a eleio e ter, comoconsequncia, a substituio dos candidatos, sendo aparentemente algovantajoso. 37. Ento, em alguns casos, quando uma pessoa vota nulo, visando aprovocar uma nova eleio, ela est sendo, muitas vezes, enganada por falsasinformaes que recebeu na Internet ou que ouviu de algum, o que faz comque o eleitor desperdice um dos nossos direitos mais valiosos, o direito deescolher um candidato para represent-lo politicamente.Assim, antes de uma pessoa votar, alm de pensar qual ser omelhor candidato para votar, deve ter o cuidado de no se enganar cominformaes incorretas , procurando sempre confirmar essas informaese verificar se as fontes so confiveis, pois, assim, os eleitores estarovalorizando o seu voto.Redao de um aluno do Ensino Mdio 38. A linguagem dissertativa Adequao: A redao deve obedecer norma culta escrita,evitando-se repeties inexpressivas, grias, vocabulrioimpreciso... Clareza: Deve-se evitar ambiguidade e obscuridade. Conciso: Evitar redundncias, prolixidade. Coeso: Evitar frases e perodos desconexos. Expressividade: Evitar as frases feitas e os lugares-comuns.