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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA GOIANO CÂMPUS URUTAÍ Lauryenne Camille de Oliveira Santana. RELATÓRIO FINAL DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO ESTÁGIO SUPERVISIONADO I URUTAÍ, GO Dezembro, 2014

Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

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Page 1: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA GOIANO

CÂMPUS URUTAÍ

Lauryenne Camille de Oliveira Santana.

RELATÓRIO FINAL DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

NO ESTÁGIO SUPERVISIONADO I

URUTAÍ, GO

Dezembro, 2014

Page 2: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Dilma Rousseff

MINISTRO DA EDUCAÇÃO

José Henrique Paim

REITOR DO INSTITUTO FEDERAL GOIANO

Prof. Vicente Pereira de Almeida

PRÓ-REITOR DE ENSINO

Prof. Virgílio José Tavira Erthal

DIRETOR DO CAMPUS URUTAÍ

Prof. Gilson Dourado da Silva

DIRETORA DE ENSINO

Prof. Fernando Godinho de Araújo

COORDENADOR GERAL DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO

Prof. Guilherme Malafaia Pinto

DIRETOR DE PESQUISA & PÓS-GRADUAÇÃO

Prof. André Luis da Silva Castro

SECRETÁRIA DE ENSINO SUPERIOR

Sra. Eneides Tomaz Tosta

NÚCLEO DE APOIO PEDAGÓGICO

Indiara Cristina Pereira de Almeida Marra (Pedagoga)

COORDENADOR DO CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA

Prof. Miquéias Ferreira Gomes

Page 3: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

iii

RELATÓRIO FINAL DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

NO ESTÁGIO SUPERVISIONADO I

Relatório apresentado ao curso de

Licenciatura em Química do Instituto

Federal Goiano – Câmpus Urutaí, como

requisito parcial para a obtenção do grau

de Licenciado em Química e para o

cumprimento do “Estágio Supervisionado

I”.

Orientador: Paulo Vitor Teodoro de Souza.

URUTAÍ, GO

Dezembro, 2014

Page 4: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

iv

Dedico esse relatório, à Deus, à

minha mãe, ao meu namorado,

aos amigos e minhas irmãs, que

com muito carinho e apoio, não

mediram esforços para que eu

chegasse à essa etapa da minha

vida.

Page 5: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

AGRADECIMENTOS

A Deus que até aqui tem demonstrado Seu grande amor por mim, através de

inúmeras bênçãos nesta caminhada aqui na Terra.

Ao meu amigo, companheiro e namorado Helder José de Oliveira Souza que

com a força do amor me incentivou na minha formação desde o início contribuindo

positivamente com sua compreensão e amparo.

Aos meus colegas, e em especial ao Murillo, que me proporcionou amizade,

companheirismo e esteve ao meu lado durante os dias de luta em que as

dificuldades do curso pesaram sobre meu emocional.

A todos os professores que passaram na minha vida acadêmica

especialmente aos que me despertaram o interesse pela Química. E aos meus

professores que tive durante a graduação que com seu empenho e esforço

conseguiram me oferecer uma excelente educação.

E principalmente à minha mãe, que me apoiou para que eu alcançasse os

meus objetivos, e sempre se esforçou pra que eu conseguisse continuar meus

estudos, assim como a educação moral que a mim ensinou, e as minhas irmãs por

fazerem parte de todos esses momentos que passamos em busca de uma boa

formação tanto profissional quanto moral.

Page 6: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

vi

SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS ................................................................................................ viii

1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS .......................................................................... 1

2. RELATOS E DICUSSÃO DA OBSERVAÇÃO DA ESTRUTURA

ORGANIZACIONAL, ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA DA

ESCOLA CAMPO ........................................................................................................ 4

2.1. ETAPAS DO PLANEJAMENTO DO PROJETO

PEDAGÓGICO DA ESCOLA: ..................................................................... 4

2.2. LEVANTAMENTO HISTÓRICO DA ESCOLA............................ 4

2.3. ESTRUTURA FÍSICA ...................................................................... 5

2.4. ESTRUTURA PEDAGÓGICA ...................................................... 11

3. RELATOS E DISCUSSÃO DA OBSERVAÇÃO DE AULAS

MINISTRADAS NO ENSINO MÉDIO ..................................................................... 13

4. RELATO E DISCUSSÃO DO DESENVOLVIMENTO DO

PROJETO EDUCATIVO ........................................................................................... 33

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 37

6. REFERÊNCIAS ............................................................................................... 41

ANEXOS ...................................................................................................................... 44

ANEXO I: TERMO DE COMPROMISSO E SEGURO DE ACIDENTES

PESSOAIS .................................................................................................................. 45

ANEXO II: PLANO DE ATIVIDADES DO ESTAGIÁRIO ..................................... 46

ANEXO III: FICHAS DE REGISTRO DE ATIVIDADES E CONTROLE DE

FREQUÊNCIA ............................................................................................................ 47

ANEXO IV: AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DO (A) ESTAGIÁRIO (A)

REALIZADA PELO (A) PROFESSOR (A) SUPERVISOR(A) ............................. 48

Page 7: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

vii

ANEXO V: AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DO (A) ESTAGIÁRIO (A)

REALIZADA PELO (A) PROFESSOR (A) ORIENTADOR (A) ........................... 49

ANEXO VI: DECLARAÇÃO DE CONCLUSÃO DO ESTÁGIO

SUPERVISIONADO EMITIDA PELA ESCOLA CAMPO ..................................... 50

ANEXO VII: AVALIAÇÃO DA APRESENTAÇÃO DO ESTÁGIO

SUPERVISIONADO POR BANCA EXAMINADO ESPECÍFICA ........................ 51

ANEXO VIII: DECLARAÇÃO DE CONCLUSÃO DO ESTÁGIO

SUPERVISIONADO E PARECER CONCLUSIVO EMITIDO PELO (A)

PROFESSOR (A) ORIENTADOR (A) ..................................................................... 52

ANEXO IX: PROJETO EDUCATIVO ...................................................................... 53

Page 8: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

viii

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Vista da frente do Colégio Betel ..................................................... 6

Figura 2: Sala de aula da Escola Campo ....................................................... 6

Figura 3: Laboratório de Ciências ................................................................... 7

Figura 4: Primeiro e segundo andares do Colégio Betel ............................. 8

Figura 5: Corredor do pavilhão superior......................................................... 8

Figura 6: Quadra de esportes .......................................................................... 9

Figura 7: Área de Convivência ....................................................................... 10

Figura 8: Cozinha da escola campo. Em (A) cozinha vista do corredor

para dentro, em (B) cozinha vista de dentro para o corredor. .................. 10

Figura 9: Biblioteca .......................................................................................... 11

Figura 10: Experimento Serpente Do Faraó ................................................ 33

Figura 11: Experimento Chuva Ácida ........................................................... 34

Figura 12: Maquete sobre o Chorume .......................................................... 35

Page 9: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

1

1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Sabe-se que o estágio é de grande importância para o graduando em

licenciatura, pois de acordo com Pimenta e Lima (2004) os estagiários sempre

identificam o estágio como a parte prática dos cursos de formação de profissionais

em geral, paralelamente à teoria. É comum ouvir-se dos alunos que concluem seus

cursos se referirem a ele como a “parte teórica” e que é “na prática” que se aprende

a profissão e que certos professores e disciplinas são muito teóricos, porém, a

prática não é compatível com a teoria. No cerne dessa afirmação popular, constata-

se, no caso da formação de professores, de que o curso não fundamenta

teoricamente a atuação do futuro profissional nem toma a prática como referência

para a fundamentação teórica. Ou seja, é necessário teoria e prática.

Pimenta e Lima (2004) afirmam também que os saberes docentes não se

restringem às paredes da sala de aula, tendo em vista que as relações aí

estabelecidas são determinadas pelos contextos mais amplos – a cultura escolar,

pedagógica, administrativa, a comunidade na qual está inserido o aluno e seu

mundo, os professores e sua história, os sistemas de ensino, as demais instituições

sociais e de cultura, a sociedade em geral. Dessa forma, o estágio contribui para a

formação docente ao permitir que futuros professores e aqueles que já exercem a

profissão possam refletir sobre essas determinações.

Vale ressaltar que o estágio proporciona também um estímulo à pesquisa,

pois, para a realização do mesmo é necessário que o estagiário leia, estude, busque

informações adequadas. Assim, Josso (2004) afirma que para pensar na ligação

entre pesquisa e formação é necessário, primeiramente, compreender a

necessidade da sua capacidade de se interrogar, de aprender a partir das

experiências e de se transformar. Nesse sentido, entende-se também que ao longo

da realização do estágio os estagiários passam por um processo onde aprendem a

serem reflexivo, resultado no conhecimento de si, de forma a permitir assim que o

mesmo faça planos de atuação da docência, que até então não tinham sido

percebidos.

Page 10: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

2

Desse modo, o presente relatório demonstra discussões e projetos

pedagógicos referentes ao Estágio Supervisionado em Ensino de Química I, que foi

realizado no segundo semestre de 2014. As observações foram feitas no Colégio

Betel de Pires do Rio – GO, que está localizado na Rua Francisco de Souza Lobo

s/nº no Centro.

A partir das considerações feitas no decorrer deste relatório foi possível

perceber a importância do Estágio Supervisionado para um aluno de Licenciatura.

Foram objetivos do estágio:

Obter aperfeiçoamento no curso de Licenciatura em Química;

Compreender o contexto da realidade social da escola campo de

estágio;

Desenvolver a reflexão sobre o ser professor;

Auxiliar em ações coletivas na escola, obtendo inserção no ambiente

escolar e compreensão de trabalho educativo;

Explorar concepções de ensino-aprendizagem na área de

conhecimento (Química);

Perceber o contexto educacional na sua complexidade e refletir sobre

as práticas escolares.

O mesmo foi orientado pelo professor Paulo Vitor Teodoro e supervisionado

pela professora Julieny Batista Mesquita, que trabalha na Educação há oito anos,

que é Tecnóloga em Alimentos pelo Instituto Federal Goiano – Campus Urutaí e

atualmente cursa Licenciatura em Química na mesma instituição.

A preferência pelo colégio Betel como escola campo, deu-se pelo fato de que

é uma escola pouco explorada por estagiários, que tem uma característica exclusiva

quando comparada aos outros colégios da cidade por ser um colégio conveniado, ou

seja, parcialmente particular e público.

Com isto, considerando a importância do estágio para o aperfeiçoamento

profissional do graduando, o mesmo foi desenvolvido obedecendo as seguintes

etapas: Em primeiro momento a observação da organização da estrutura da escola,

Page 11: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

3

na qual foi possível identificar quais os recursos que a escola possui e onde há

possibilidades de intervenção dos estagiários, posteriormente foram feitas as

observações das aulas de química que proporcionou a compreensão das

dificuldades encontradas pelos alunos na disciplina e estabeleceu um elo entre

teoria e pratica ao estagiário, e finalmente foi desenvolvido um projeto educativo, a

fim de concretizar a ligação entre o estagiário e a escola, acrescentando assim

experiências produtivas tanto para o estagiário quanto para a escola. Ao fim do

estágio, foi totalizada uma carga horária de 200 horas.

Page 12: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

4

2. RELATOS E DICUSSÃO DA OBSERVAÇÃO DA ESTRUTURA

ORGANIZACIONAL, ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA DA

ESCOLA CAMPO

Para a observação desta etapa, foram analisados o Plano Político

Pedagógico (PPP do Colégio Betel, 2013) e o Regimento Escolar (2013) da

escola campo. Como alguns documentos não foram disponibilizados, muitas

perguntas dos itens solicitados foram respondidas pelas coordenadoras e pela

diretora, através de entrevistas informais.

2.1. ETAPAS DO PLANEJAMENTO DO PROJETO PEDAGÓGICO DA

ESCOLA:

É realizada uma reunião com os professores na qual se colocam as

preocupações atuais com o ensino/aprendizagem, disciplina e de modo geral é

colocado em pauta alguns pontos considerados essenciais para a elaboração do

PPP – Projeto Político Pedagógico, tais como: preocupação com a falta de hábitos

de estudos e disciplina dos alunos, gerando desinteresse, estabelecer meios para

atender melhor o aluno que apresenta dificuldades de aprendizagem, curso de

aperfeiçoamento (por área) para tentar sanar a rotina da sala de aula (estratégias

novas), aquisição de materiais pedagógicos atuais que atendam os anseios do

aluno, tentar sanar as dificuldades e relacionar os acertos para o bom

funcionamento da escola, caminhar junto família/escola estabelecendo laços de

parceria que propiciem e despertem interesse no processo da aprendizagem (PPP

do Colégio Betel, 2013).

2.2. LEVANTAMENTO HISTÓRICO DA ESCOLA

A Escola Betel foi criada pela Fundação Cristã Educativa em 1989 a fim de

atender a comunidade, a princípio o Colégio recebeu o nome de Educandário

Cristão e atendia a Educação Infantil apenas. Funcionou provisoriamente no porão

Page 13: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

5

da Igreja de Cristo. E em 1997, a Escola Betel tornou-se Colégio Betel, atendendo

gradativamente a Educação Infantil, Ensino Fundamental e o Ensino Médio, nos

turnos Matutino e Vespertino (PPP do Colégio Betel, 2013).

De 1989 a 1996, o colégio foi somente particular, no entanto em 1997,

estabeleceu convênio com a Prefeitura Municipal para garantir funcionários e a

permanência de alunos que não poderiam pagar as taxas cobradas, porém, o

convênio não perdurou (PPP do Colégio Betel, 2013).

Em 2001 a escola esteve perto do seu fechamento por dificuldades

financeiras, mas contou com o auxilio das professoras pedagogas Ângela Maria

Barbosa Pires e Raquel Aparecida Felipe Mendes (que foram nomeadas

coordenadoras) que procuraram a Secretaria Municipal de Administração para que

auxiliasse com professores e funcionários, assim conseguiram um acordo verbal que

prevalece até hoje. Com isso, em 2004 a Professora Raquel Aparecida Felipe

Mendes que trabalhava na Subsecretaria buscou a possibilidade de um Convênio

com a Secretaria Estadual de Educação, se colocando à disposição para intermediar

o processo, e com a ajuda do Subsecretário da Subsecretaria Metropolitana de

Goiânia, que interferiu, organizou e assessorou politicamente, o convênio se

concretizou (PPP do Colégio Betel, 2013).

Hoje o Colégio conta com a Parceria da Secretaria Municipal de Educação –

Convênio Verbal, e o Convênio oficial com a Secretaria Estadual de Educação,

atendendo 850 alunos do Maternal ao Ensino Médio, tendo realizado nesses anos

vários projetos e tendo vários outros em andamento, os quais visam à melhoria da

escola e da comunidade. É uma escola centralizada que atende uma clientela

diversificada em diferentes níveis econômicos (PPP do Colégio Betel, 2013).

2.3. ESTRUTURA FÍSICA

O colégio Betel (Figura 1) contém 18 salas de aula (Figura 2), secretaria, sala

de professores, sala de coordenação, biblioteca, almoxarifado, quadra esportiva,

laboratório de Ciências, banheiros masculino e feminino, cozinha, sala de direção e

cantina, todos estes itens são citados no PPP do colégio.

Page 14: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

6

Figura 1: Vista da frente do Colégio Betel

Atualmente, a escola possui também um banheiro para alunos com

necessidades especiais que não possui escadas, no entanto para a locomoção

deles, a escola conta com professores de apoio que ficam a disposição para levá-los

aos banheiros, já que mesmo com banheiros adaptados eles necessitam de

acompanhamento.

Figura 2: Sala de aula da Escola Campo

Page 15: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

7

É importante destacar que o Laboratório de Ciências (Figura 3) além de atuar

como laboratório interdisciplinar, pode funcionar como sala de vídeo para muitas

disciplinas e está em ótimo estado de conservação. Não é utilizado para as aulas de

Química, mas para apresentação de slides ou para assistir filmes, usa-se

esporadicamente.

A não utilização do laboratório de Ciências nas aulas de Química é justificada

pelo excesso de carga horária da professora Julieny, que além de lecionar no

Colégio Betel leciona também em mais dois colégios da cidade. Além disso, a escola

segue um sistema tradicional de ensino, onde a experimentação é tida como

momentos de interação com os alunos e devem, portanto acontecer em horário

extraclasse e não durante as aulas. Durante as aulas, é dever do professor seguir de

forma rígida o apostilado da escola que é preparatório para o vestibular. Pode-se

perceber também, que a escola não conta com reagentes para a realização de

experimentos de química, e provavelmente não recebe nenhum tipo de verba para

esse fim podendo esse ser também um empecilho para a realização da

experimentação.

Figura 3: Laboratório de Ciências

O colégio possui dois andares (Figura 4), no primeiro encontram-se as turmas

de Ensino Fundamental e no segundo as turmas de Ensino Médio.

Page 16: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

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Figura 4: Primeiro e segundo andares do Colégio Betel

No andar de cima há grades de segurança para evitar possíveis acidentes e

nota-se bastante organização e limpeza no corredor (Figura 5).

Figura 5: Corredor do pavilhão superior

Ainda tem algumas salas que estão inacabadas devido o crescimento da

demanda de alunos, mas estão todas em boas condições de uso e são todas

Page 17: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

9

equipadas com ventilador, possui arejamento e possui um bom tamanho, o que

garante que cada aluno fique um espaço adequadamente distante um do outro.

A escola conta também com uma boa quadra de esportes (Figura 6) e uma

área de convivência.

Figura 6: Quadra de esportes

A quadra de esportes é utilizada para atividades nas aulas de educação

física, nos intervalos, ou também se um professor propõe uma atividade

diferenciada.

A área de convivência (Figura 7) é utilizada nos intervalos pelos alunos, onde

eles tem momentos de distração, descontração, lanches, e é usada também para

desenvolver projetos realizados pela escola como: Festival de Inglês, Mostra de

Ciências.

Page 18: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

10

Figura 7: Área de Convivência

É possível notar que alguns alunos do turno matutino usam o espaço de

convivência no período vespertino para jogar ping pong, socializar com os amigos,

ou mesmo com os professores.

O horário para utilização da área de convivência ou da quadra durante o turno

em que os alunos tem aula é no intervalo. Durante as aulas não é permitido o uso

dessas áreas exceto com a presença do professor, para atividades de aula.

O colégio possui uma cozinha (Figura 8) na qual os alunos recebem

gratuitamente o lanche, e possui também a cantina, onde são vendidos outros tipos

de lanches.

Figura 8: Cozinha da escola campo. Em (A) cozinha vista do corredor para dentro, em (B) cozinha vista de dentro para o corredor.

(A) (B)

Page 19: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

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A biblioteca da escola (Figura 9) se encontra ao lado da secretaria e possui

um espaço suficiente para que os alunos possam utilizá-la. Possui duas mesas bem

grandes com doze cadeiras para os alunos ou professores e a mesa da bibliotecária.

A sala é um pouco escura, mas mantem as luzes acesas o tempo todo.

É utilizada também para aplicar provas para alunos com necessidades

educacionais especiais ou para alunos que precisam fazer uma avaliação de

segunda chamada. É uma área bem arejada e fresca, pois se localiza ao lado de um

enorme climatizador que fica na área de convivência, além disso, possui três janelas

que são mantidas abertas o tempo todo. Possui em seu acervo 37099 livros

disponíveis para leitura informal ou pesquisa e aproximadamente 56 livros em Braile,

alguns dos livros em Braile são emprestados de outra biblioteca, mas estão

disponíveis para empréstimo. Apenas um aluno da escola lê Braile.

Figura 9: Biblioteca

2.4. ESTRUTURA PEDAGÓGICA

No que diz respeito às matriculas, as mesmas são feitas anualmente não

possuindo critério de seleção. O período e os documentos que são necessários para

realizá-la são determinados no edital de matrícula, divulgadas pela autoridade

Page 20: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

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competente do colégio. A renovação da matrícula deve ser requerida pelo candidato,

se maior de idade, ou então pelo responsável, se menor (Regimento Escolar do

Colégio Betel), dentro do prazo previsto pelo Calendário Escolar, caso contrario, o

candidato poderá estar sujeito a falta de vagas. Isso porque se não for feita a

renovação do candidato no prazo previsto, a preferência de vaga será do aluno

novato, podendo o veterano renovar sua matricula apenas se restarem vagas.

As reuniões de pais e professores são realizadas bimestralmente, onde a

comunidade escolar apresenta os projetos que irão acontecer, as decisões da

gestão e procuram solucionar juntos, as dificuldades enfrentadas, para que assim

ocorra o bom andamento da escola. A escola conta com sistema de recuperação

para aqueles alunos que não atingiram a média (6,0 pontos) esperada para

conclusão do ano.

Há também métodos para promoção e aceleração com o intuito de diminuir a

distorção série/idade oferecido às crianças e jovens com atraso escolar garantindo

oportunidades de atingir níveis de conhecimentos compatíveis com sua idade.

Em relação aos professores e suas determinadas formações percebe-se que

todos os professores, apesar de nem sempre atuarem em suas áreas afins,

possuem graduação.

A escola possui duas professoras de Química, porém nenhuma delas possui

graduação em Química, tendo em vista que os profissionais responsáveis por essas

aulas tem sua formação em Tecnologia de Alimentos e Biologia. Contudo, a

professora que é tecnóloga em alimentos cursa licenciatura em Química e se forma

no fim deste ano.

Page 21: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

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3. RELATOS E DISCUSSÃO DA OBSERVAÇÃO DE AULAS

MINISTRADAS NO ENSINO MÉDIO

Essa etapa foi desenvolvida nas turmas de Ensino Médio, focando uma turma

de 1ª série, sendo 1ª série C, duas de 2ª série, sendo 2ª série A e 2ª série B e duas

turmas de 3ª série, sendo 3ª serie A e 3ª B. O Colégio trabalha com o sistema de

apostilas (Ético) para todas as turmas, tanto do Ensino Médio quanto do Ensino

Fundamental.

O período de observação se iniciou no dia 15 de setembro de 2014 e foi

concluído no dia 23 de outubro de 2014.

A análise das aulas será feita de forma individual por série, deixando claras as

sequências de cada aula em cada turma.

Todas as aulas descritas abaixo foram ministradas pela professora Julieny

Batista de Mesquita. Nas observações da 1ª série C é citada a professora de apoio

Kênia que acompanha a aluna Giovana portadora de necessidades educacionais

especiais.

1ª Série C

Data: 15/09/2014

Hora: 07h50m às 08h40m

Número de alunos: 31

Aula 1

Na primeira aula assistida em cada turma a professora apresentou a

estagiaria aos alunos. Estes não se incomodaram com a presença da estagiária na

sala e foram bem interativos e receptivos.

A sala estava limpa e organizada e os alunos permaneciam em filas.

Na introdução da aula, a supervisora retomou o conteúdo da aula anterior

(funções orgânicas), trabalhando com muita interação com os alunos, apresentando

sempre perguntas aos mesmos como maneira de chamá-los para participação em

sala de aula, posteriormente começa a introduzir um novo conceito (Óxidos). A

Page 22: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

14

professora mostrou domínio de conteúdo e apesar da sala ser bem cheia ela

conseguiu administrar a aula de forma com que seus alunos não tumultuassem.

A sala continha 31 alunos sendo a mais cheia do ensino médio e possuía uma

aluna com necessidades especiais que era acompanhada por uma professora de

apoio. Os alunos eram bastante participativos e respondiam a todas as questões

que eram feitas no decorrer da aula tirando suas duvidas.

De acordo com a professora Kênia, a aluna Giovana sofre de uma doença

causada por incompatibilidade sanguínea dos seus pais, e que apresentou seus

sintomas há aproximadamente quatro anos. Ela não apresentava nenhuma

deficiência antes que a doença se manifestasse, após esse fato a Giovana foi

perdendo aos poucos a visão, a fala e a capacidade de compreensão. A professora

Kênia ressaltou que ela se lembra de muitas coisas que aprendeu no período

anterior à doença, no entanto, não é possível que ela adquira conhecimentos

condizentes com sua etapa educacional atualmente e a doença se agrava com o

passar do tempo. A aluna Giovana não participava das aulas da mesma forma que

os colegas, ela permanecia na sala, porém, envolvida em atividades não

relacionadas à disciplina de Química, como por exemplo, enrolar bolinhas de papel

crepon para usá-las na decoração da feira de Ciências que está marcada para o dia

10/10.

Hora a professora passava conteúdo no quadro, hora ditava e eles escreviam

em seus cadernos, assim garantia que os alunos prestassem atenção e não

conversassem paralelamente. Ela ressaltou que é comum que os alunos reclamem

quando precisam fazer balanceamentos nas reações.

A professora dava pontos de incentivo para os alunos que decorassem a

tabela de solubilidade dos sais, com isso, quatro alunas apresentaram a ela a tabela

decorada.

Data: 16/09/2014

Horário da aula: 07h50m às 08h40m

Aula 2

Nessa aula a professora iniciou pedindo pra que os alunos providenciassem

um galho para confeccionar um ipê de enfeite para a feira de ciências.

Page 23: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

15

Foi possível notar que a sala estava limpa, mas alguns alunos não estavam

em fila.

A professora afirmou que os alunos dessa turma eram os mais agitados em

comparação ás outras turmas que ela lecionava, mas na disciplina dela eles eram

muito bons e conseguiam obter bastantes resultados positivos. Eles conversavam

muito, mas eram muito participativos também. Quando a professora perguntava, a

sala toda respondia ao mesmo tempo. Enquanto isso a aluna Giovana continuava

fazendo as bolinhas de papel.

Observou-se que mesmo os alunos estando com a apostila em mãos, a

professora sempre pedia que eles anotassem as partes mais importantes para que

eles reforçassem. O conteúdo da aula de foi “óxidos anfóteros”, com isso a

professora pediu pra que eles memorizassem quais são esses óxidos e pediu pra

que fizessem o mesmo para os óxidos neutros.

Nessa aula a professora utilizou alguns exemplos como: o rodizio de carros

em São Paulo, aquecimento global, deslocamento ambiental (nesse caso fez uma

pergunta: “Por que as chuvas não acontecem mais em meses definidos como

antes?” e em seguida discutiu), uso de leite de magnésia, sal de fruta ou suco de

limão quando se está com azia para amenizar a acidez no estômago, demonstrando

onde é possível perceber a ação dos ácidos, bases, sais e óxidos no contexto do

aluno. Falou também sobre o pH da chuva, explicando aos alunos que ele é

naturalmente ácido e explicou o que acontece quando uma chuva é denominada

chuva ácida. Após isso ela passou exercícios pra que os alunos praticassem e pediu

pra que eles lessem o texto da apostila que fala sobre o efeito estufa.

Os alunos sempre cobravam uma música que a professora fez com o

conteúdo das aulas, ela afirmou que será cantada por ela no dia da revisão para a

prova.

A professora sempre dava uns décimos para incentivar quem se comprometia

a fazer os exercícios que ela deixava para resolver em casa. Nessa turma muitos

deles faziam. Ela fazia com eles o exercício e tirava as duvidas dos alunos de

carteira em carteira. E por fim ela introduziu o conceito de peróxidos e utilizou a

água oxigenada como exemplo.

Page 24: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

16

Data: 29/09/2014

Horário da aula: 07h00 às 07h50m

Aula 3

Constatou-se que em todas as turmas no primeiro horário, a aula iniciou com

os alunos fazendo uma oração. Em seguida a professora pediu para eles abrirem as

apostilas para resolverem exercícios. Ela fazia os exercícios no quadro. A professora

precisou mudar um aluno de lugar devido as suas conversas paralelas com o colega

do lado.

A professora sempre fazia questão que eles prestassem atenção instigando-

os a participarem das aulas com perguntas. Ela disse que a matéria da prova será

baseada nos exercícios e falas que ela executou nas aulas.

Ela brincou com os alunos que não gosta de dar aula para eles no primeiro

horário na segunda feira, pois eles estão com preguiça e não participam. Ela dava

dicas de frases para memorizar os elementos das famílias na tabela periódica e

regras para memorizar os nomes dos sais.

A aluna Giovana chegou um pouco mais tarde com sua professora de apoio,

ela chegou bem animada falando bom dia para os seus colegas.

Os alunos estavam muito desanimados. A professora o tempo todo fazia

perguntas sobre a solubilidade dos sais que foi dada há algumas aulas atrás para

que eles reforçassem esse conteúdo. Ela sempre reforçava o balanceamento das

reações. Uma aluna perguntou por que o hidrogênio e o oxigênio são contados por

último no balanceamento das reações e a professora explicou o motivo. Quando era

preciso balancear as reações os alunos reclamavam.

Data: 02/10/2014

Horário da aula: 07h00m às 07h50m

Aula 4

A aula iniciou com a professora pedindo para que os alunos abrissem o

caderno na tabela de solubilidade, isto porque foi dito na aula anterior que era

importante que eles a anotassem em seu caderno, pois facilitaria muito no estudo

Page 25: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

17

das reações inorgânicas. Em seguida os alunos abriram a apostila a pedido da

supervisora para a resolução de exercícios.

Notou-se que sempre era cobrado dos alunos que eles reforçassem a

nomenclatura de sais e em alguns momentos as famílias na tabela periódica, para

isso a professora ensinava algumas frases para memorização. É interessante

ressaltar que ao escrever uma equação química a professora cobrava dos alunos

que eles não deixassem de colocar o estado físico em cada um dos reagentes e

produtos.

Para explicar a diferença entre corpo de fundo e precipitado a supervisora

utilizou um exemplo de água e areia, fazendo com que eles assimilassem corpo de

fundo com uma solução supersaturada e explica que no caso do precipitado havia a

formação de uma substância insolúvel a partir da interação entre os reagentes.

Nessa turma quase sempre se encontrava a sala organizada em fila, e como

estava no primeiro horário não havia lixos pela sala.

Vez ou outra a professora fazia brincadeiras com os alunos para que

houvesse descontração durante a aula.

Data: 07/10/2014

Horário da aula: 09h45m às 10h35m

Aula 5

A aula iniciou com a professora pedindo para que os alunos abrissem a

apostila para resolução de exercícios sobre solubilidade. Ao passo em que os alunos

resolviam os exercícios a professora ressaltava alguns detalhes que podiam causar

dúvidas nos alunos. Ela falava para os alunos que a chamassem na carteira caso

houvesse dúvidas nos exercícios.

Os alunos estavam organizados em filas e possuía lixos espalhados pela

sala.

Posteriormente ela discutiu a resolução dos exercícios. Como de costume ela

reforçou com eles a nomenclatura dos sais e relembrou a regrinha para

memorização.

A aula se desenvolveu com uma linguagem clara e a professora demonstrava

domínio de conteúdo.

Page 26: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

18

Foi interessante observar que a aluna Giovana estava sempre envolvida em

outras atividades, mas nessa aula em especial ao ouvir a professora explicando

sobre solubilidade ela quis que a professora de apoio repetisse a palavra à ela. A

professora então tentou com que ela assimilasse solubilidade com a água e o sal de

cozinha, e falou para que quando ela chegasse em casa pedisse a mãe dela que

preparasse água com um pouquinho de sal para que ela entendesse o que é uma

solução.

De modo geral a professora afirmou que a turma da 1ª serie C possuía os

alunos considerados os mais custosos pela maioria dos professores, mas que eles

eram muito participativos e que na disciplina dela eles obtinham bons resultados.

Data: 14/10/2014

Horário da aula: 08h40m às 09h30m

Aula 6

Nessa aula os alunos se demostraram muito agitados e a sala estava toda

desorganizada e havia lixo espalhado por toda a sala.

Antes que a professora começasse a aula eles começaram a falar para ela

alguns problemas que estavam tendo para realizar a mostra de ciências que seria

daqui a alguns dias. Alguns ressaltaram que estavam com dificuldades para realizar

os experimentos e nas suas respectivas explicações.

A professora disse a eles que era necessário que eles resolvessem esses

problemas com urgência, pois a participação na mostra de ciências contava como

nota de trabalho e a não participação na mesma poderia prejudicá-los. Ressaltou

também que eles seriam bastante cobrados, pois a organização da feira começou a

se realizar no mês de junho e que então não aceitaria nenhuma desculpa. E disse

que espera experimentos de qualidade na mostra, com bastante dedicação por parte

deles e responsabilidade.

Page 27: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

19

Data: 23/10/2014

Horário da aula: 07h00m às 07h50m

Aula 7

A aula iniciou com a professora fazendo um apanhado de tudo o que foi visto

por eles durante o semestre, com isso ela fez elogios a eles, pois os mesmos

obtiveram bons resultados, ressaltou a eles também quanto ao desempenho na feira

de ciências que foi ótimo. A professora do Instituto Federal Goiano que estava

avaliando os trabalhos (Christina) os elogiou bastante.

A aluna Giovana brincava com umas bolinhas de apertar durante a aula.

O conteúdo da aula era novo: reações de análise ou decomposição. Por isso

a supervisora sempre reforçava aos alunos a identificação de reagentes e produtos

na equação química, pois eles confundiam muito. Ela ressaltou aos alunos que é

muito importante que eles tentem aprender de modo efetivo e que não se esqueçam

da matéria para que no conteúdo seguinte ou no ano seguinte não tenham muitas

dificuldades.

Ensinou a fazer a leitura das equações químicas. Falou um pouco sobre mol

explicando que é uma unidade de medida, mesmo que eles ainda não tenham visto

esse conteúdo.

Nessa aula devido à mesma ter começado às oito horas, as turmas tiveram

muitas faltas. A sala estava suja, os alunos não estavam organizados em fila e

estavam muito agitados com muitas conversas paralelas com os colegas.

No final da aula a professora fez a demonstração da luva que também foi feita

na 2ª serie A para demostrar que metais nobres não reagem facilmente. Para a

demonstração prática ela pediu aos alunos da sala um anel de ouro e um anel de

“ouro falso” e os colocou em uma de suas mãos, em seguida ela colocou sobre a

mão que estava os anéis uma luva de látex e pediu pra que seus alunos

observassem o que acontecia. Com isso eles conseguiram perceber que o anel de

ouro não alterava a cor da luva, já o anel de “ouro falso” reagia rapidamente com a

luva deixando-a mais escura na região em que estava o anel.

Page 28: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

20

2ª serie A

Data: 16/09/2014

Horário da aula: 08h40m às 09h30m

Número de alunos: 23

Aula 1

A professora entrou na sala cumprimentou os alunos e eles já cobraram os

resultados nas avaliações. Em seguida ela pediu para eles abrissem as apostilas

para resolverem exercícios. O conteúdo da aula foi ionização de ácidos.

Para fazer as equações químicas de representação da ionização dos ácidos

eles se acostumaram a fazer a forma simplificada. A professora explicou aos seus

alunos que era necessário que eles demonstrassem a equação completa, para que

eles se habituassem a escrevê-las. Nas contas para calcular a concentração de H+

ela sempre fazia de forma mais detalhada possível e sempre pedindo pra que eles

tirassem suas duvidas, pois, ela ressaltou que a maioria das duvidas nessa matéria

estava relacionada a dificuldades em matemática (jogos de sinal, log). Após isso ela

revisou as constantes vistas por eles até o momento (Ka, Kb, Kc, Kw, Ki) e passou

mais alguns exercícios pra que eles resolvessem em sala, assim ela foi tirando as

dúvidas de carteira em carteira.

Essa aula foi um pouco tumultuada em relação às conversas paralelas, os

alunos estavam conversando bastante e a professora até precisou parar a aula para

chamar a atenção deles.

Ao final da aula, os alunos e a professora começaram a discutir sobre a feira

de Ciências.

Data: 29/09/2014

Horário da aula: 10h35m às 11h25m

Aula 2

No quinto horário, percebeu-se que os alunos já não mantinham a sala em

ordem. Havia lixo espalhado por toda a sala, os alunos demonstravam-se mais

agitados e não se organizavam nas filas.

Page 29: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

21

A aula foi iniciada com professora fazendo uma pergunta sobre o conceito de

solução tampão. Um dos alunos acertou o conceito, e a partir da resposta dada pelo

mesmo, a aula prosseguiu com a professora dando mais detalhes de conceito do

conteúdo. Em seguida fez a correção do exercício que havia deixado na aula

anterior tirando a dúvida de seus alunos.

É valido ressaltar que a professora sempre mostrava alguns “macetes” para

que os alunos memorizassem a nomenclatura dos ácidos e bases. Nesse caso em

especial a professora pediu para que os alunos reforçassem o conteúdo de força de

ácidos do primeiro ano porque os auxiliara na identificação de quais ácidos ou bases

poderiam formar uma solução tampão.

Para a resolução do exercício em sala, ela disse aos alunos que ele requeria

muita atenção, pois seria explicado como calcular pH em soluções tampão. Feito

isso os alunos abriram a apostila a pedido da professora e resolveram outro

exercício semelhante ao anterior.

Ela utilizou alguns exemplos do dia a dia para demonstrar a importância das

soluções tampão e onde elas podem ser percebidas. Para isso ela deu o exemplo do

sistema tampão no sangue, explicando porque o mesmo precisa ser tamponado.

Para finalizar a aula professora deixou um exercício para que eles resolvessem em

casa.

Notou-se que nessa turma os alunos eram mais participativos e a aula fluía

com um rendimento maior, isto porque eles conseguiam absorver o conteúdo com

mais facilidade.

Data: 02/10/2014

Horário da aula: 08h40m às 09h30m

Aula 3

A aula se iniciou com uma discussão entre os alunos e a professora sobre a

feira de Ciências.

Em relação à 2ª serie B essa turma era bem mista de meninos e meninas.

Para iniciar o conteúdo a professora pediu para que os alunos abrissem a

apostila na página 69 para resolverem exercícios. O conteúdo da aula foi produto de

solubilidade e a professora apresentava domínio do mesmo. Ao passo em que a

Page 30: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

22

professora resolvia os exercícios ela perguntava as dúvidas de seus alunos e

respondia a cada uma. Ela memoriza as regras para dar nome aos sais. É válido

ressaltar que a professora chamava a atenção de seus alunos também quanto a

erros de português, para isso ela demonstrava bom humor e fazia brincadeiras com

eles.

Observou-se que eles estavam muito agitados com bastantes conversas

paralelas e não estavam organizados em filas. Os alunos não estavam tão

participativos, porém estavam atentos.

Data: 07/10/2014

Horário da aula: 07h00m às 07h50m

Aula 4

A aula iniciou-se com uma correção do exercício proposto na aula anterior.

A sala estava limpa, alguns alunos estavam fora das filas.

Na resolução do exercício a supervisora relembrou aos seus alunos a relação

da carga com as propriedades da tabela periódica, relacionou as famílias com a

quantidade de elétrons que um átomo tende a ganhar ou perder. Explicou também

porque no produto de solubilidade, diferente das outras constantes vistas por eles,

não se utilizava os reagentes para fazer o cálculo.

Nessa aula eles não estavam fazendo perguntas, mas ao resolverem os

exercícios ela ressaltava alguns detalhes que ela achava que poderia causar

duvidas na hora em que eles fossem resolverem sozinhos.

Ela explicou sobre os metais nobres e ressaltou aos alunos que eles são

metais que não reagem com outros elementos. Para fazer uma demonstração

prática ela pediu aos alunos da sala um anel de ouro e um anel de “ouro falso” e os

colocou em uma de suas mãos, em seguida ela colocou sobre a mão que estava os

anéis uma luva de látex e pediu pra que seus alunos observassem o que acontecia.

Com isso eles conseguiram perceber que o anel de ouro não alterava a cor da luva,

já o anel de “ouro falso” reagia rapidamente com a luva deixando-a mais escura na

região em que estava o anel.

Page 31: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

23

Data: 14/10/2014

Horário da aula: 07h00 às 07h50m

Aula 5

A aula iniciou com uma oração feita pela professora.

Para iniciar o conteúdo ela pediu que os alunos abrissem a apostila na pagina

73 para terminar o conteúdo produto de solubilidade. Ela passou exercícios. Em

seguida fez os exercícios e retomou o conteúdo que já foi ensinado verificando as

dificuldades dos alunos e reforçando o aprendizado dos mesmos.

Em todas as aulas em que era preciso nomear sais ela cobrava as

nomenclaturas dos alunos e dava frases para memorização.

Nas reações que eram propostas pelos exercícios para a resolução do

produto de solubilidade ela sempre cobrava que eles fizessem o balanceamento.

Ao final da aula os alunos discutiram novamente algumas questões

relacionadas à feira de ciências que está próxima.

Data: 23/10/2014

Horário da aula: 07h50m às 08h40m

Aula 6

Nessa aula a professora iniciou falando sobre o que eles entendiam por

Número de Oxidação, mas nenhum aluno conseguiu assimilar o nome a algum

conceito.

A sala estava limpa e os alunos estavam organizados em fila.

Foi dado conteúdo novo: número de oxidação (Nox). Como os alunos não

conseguiram respondem a pergunta feita no começo da aula a professora usou

algumas perguntas para discutir como: “Como envelhecemos?”, “Por que é preciso

pintar os portões?”, “Por que em casas de praia os móveis se degradam com mais

facilidade?”. Foi interessante notar que mesmo que os alunos não soubessem o

conceito de oxidação, eles utilizaram o termo “oxida mais rápido” para explicar a

questão dos moveis nas casas de praia.

Page 32: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

24

A professora discutiu com os alunos também sobre os metais de sacrifício

que são usados para fazer revestimentos de navios e barcos.

Em seguida falou sobre os Nox fixos ressaltando a importância de que eles

memorizassem. Pediu para que os alunos abrissem a apostila e fez a leitura do

conteúdo. Fazia paradas durante a leitura para que juntamente com os alunos ela

discutisse sobre o que havia lido e pediu para que eles sublinhassem as partes mais

importantes.

Feita a leitura, ela começou a introduzir as regrinhas para saber o número de

oxidação, primeiramente falou que o número de oxidação de substâncias simples é

zero.

Depois falou dos hidretos metálicos e deu seu Nox, sobre os peróxidos e de

seu Nox e deu as regras para memorização das famílias da tabela periódica. Nessa

aula não houve resolução de exercícios, o conteúdo foi introduzido com a leitura e

discussão do texto na apostila.

2ª serie B

Data: 16/09/2014

Horário da aula: 07h00 às 07h50m

Número de alunos: 21

Aula 1

A aula iniciou-se com duas alunas fazendo uma oração.

Em seguida a professora falou para os alunos qual será o conteúdo da prova:

equilíbrio químico, deslocamento de equilíbrio e equilíbrio iônico, Ácidos e Bases de

Bronsted-Lowry.

A professora incentivava a interação dos alunos na aula ao passar exercícios

no quadro cobrando que eles mesmos dessem as respostas. Assim garantiu que

eles estimulassem o pensamento. Foi possível perceber que alguns alunos

participavam respondendo em voz alta as questões, outros só prestavam atenção.

Enquanto os alunos copiavam os exercícios do quadro a professora

perguntava se eles tinham duvidas e as respondiam.

Page 33: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

25

A relação da professora com seus alunos para chamar a atenção quanto à

conversas paralelas era muito interessante, ela fazia brincadeiras para chamar a

atenção e os alunos respeitavam, não sendo necessário falar novamente.

Ela sempre fazia os exercícios detalhados mesmo que eles fossem muito

parecidos. Nos exercícios que tinha ionização dos ácidos ela sempre fazia a reação

para que os alunos reforçassem.

A aula parou um pouquinho para receber uma psicóloga que está oferecendo

um teste vocacional. A professora ressaltou aos alunos a importância de fazer o

teste vocacional já que muitos deles ainda não tinham noção de qual profissão

seguir. E aconselhou que se eles não pudessem pagar para fazer um teste no

psicólogo que procurassem um teste grátis na internet.

Data: 29/09/2014

Horário da aula: 07h50m às 08h40m

Aula 2

A professora iniciou a aula com a pergunta: “o que vocês entendem por

solução tampão?”. Ela deixou que eles procurassem a resposta na apostila e pediu

pra que eles tentassem explicar com suas próprias palavras. Nenhum dos alunos

conseguiu chegar a uma conclusão então a supervisora explicou o conceito. Depois

ela fez uma pergunta sobre pH.

Os alunos dessa sala eram muito desatentos. A professora repetia o

conteúdo várias vezes e mesmo assim quando eles eram questionados sobre o

conteúdo que ela acabara de falar eles erravam.

Mas a professora repetia a pergunta até que eles entendessem e

conseguissem acompanhar o raciocínio dela e finalmente eles conseguiram. Ela

explicou os conteúdos da apostila com exemplos no quadro. Revisou o principio de

Le Chatelier revisando deslocamento de equilíbrio.

A professora leu o conteúdo da apostila pediu atenção e pediu também pra

que eles sublinhassem o que ela mandasse, pois era importante.

Os alunos dessa turma nunca se organizavam em fila. Mas a limpeza da sala

estava em ordem. Os alunos dessa turma não faziam perguntas não participavam

Page 34: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

26

não faziam anotações. Apenas prestavam atenção na fala dela, mas era preciso que

a professora repetisse uma mesma coisa várias vezes pra que eles entendessem.

Não conversavam paralelamente. Era uma sala composta por maioria de meninas.

Data: 02/10/2014

Horário da aula: 07h50m às 08h40m

Aula 3

A aula iniciou com a professora pedindo que os alunos abrissem a apostila na

pagina 67.

Essa sala era composta por maior parte de meninas. Em relação a 2ª série A

a aula se desenvolveu bem mais lentamente pois eles possuíam muita dificuldade

para aprender. Nessa aula também foi preciso que a supervisora repetisse o mesmo

conteúdo varias vezes para que eles aprendessem.

Nessa aula as filas estavam organizadas, pois a professora de matemática

pediu que as quatro meninas que se sentavam agrupadas no canto da sala

desfizessem o grupo e se sentassem em filas, isso porque ela ressaltou que o grupo

das meninas gerava conversas paralelas (entre o grupo apenas) e que isso estava

sendo refletido nas notas delas. Percebeu-se que realmente após a organização das

filas houve uma melhora na aula, os alunos passaram a fazer algumas perguntas o

que normalmente não acontecia.

Ela revisou alguns conteúdos da 1ª série para relembrar o conceito de

nomenclatura dos sais e revisou também as constantes Ka, Kb, Kh e Kw e começou

a resolução de exercícios.

Os resultados nas avaliações desta sala não foram muito bons. Eles

possuíam muitas dificuldades matemáticas e nas questões para calcular o pH eles

erraram bastante.

Data: 07/10/2014

Horário da aula: 07h50m às 08h40m

Aula 4

Page 35: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

27

Para dar inicio à aula a professora resolveu exercícios deixados na aula

anterior, com isso ela tirou as dúvidas dos alunos.

Na resolução dos exercícios ela fez algumas analogias para explicar a

matemática envolvida em uma reação inorgânica, para resolver um exercício que

pedia concentração de produtos e de reagentes para calcular pH.

Nessa aula os alunos estavam participativos e estavam respondendo as

perguntas que a professora faz, mas eles não eram atentos, parecia que eles

respondiam a primeira coisa que vinham à mente e quase sempre davam respostas

erradas.

A sala ainda se encontrava organizada em filas e também não possuía lixos

espalhados.

Notou-se que os alunos dessa sala tinham muita liberdade com a professora,

quando a mesma precisa chamar a atenção deles ela fazia brincadeiras e eles

respeitavam.

Data: 14/10/2014

Horário da aula: 07h50m às 08h40m

Aula 5

A aula iniciou com resolução de exercícios da apostila. Em relação à 2ª serie

A, esses alunos estavam um pouquinho atrasados. Nessa aula eles estavam um

pouco agitados, a professora precisou pedir silêncio para começar a aula, além

disso, foi preciso pedir também para que parassem de mexer no celular.

Nessa sala notou-se que os alunos ainda estavam organizados em fila depois

do pedido feito pela professora de matemática. E no momento a sala estava limpa,

havia alguns papéis de balas espalhados pelo chão, mas assim que a supervisora

chegou ela disse aos alunos que recolhessem o lixo do chão e assim eles fizeram.

Na resolução de exercícios ela falou aos alunos sobre a impossibilidade de

enxergar íons a olho nu, então eles questionaram como seria possível enxergar os

íons e ela explicou sobre microscópio de tunelamento. Explicou que em relação as

outras constantes o produto de solubilidade se difere pois não utiliza os reagentes

para efetuar os cálculos.

Page 36: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

28

Posteriormente ela pediu que os alunos fizessem um exercício da apostila

que era igual ao que ela acabara de fazer, com isso a professora notou que eles

estavam com dificuldades de colocar as cargas nos elementos, assim ela explicou a

todos de carteira em carteira e depois corrigiu no quadro.

Data: 23/10/2014

Horário da aula: 07h50m às 08h40m

Aula 6

A aula iniciou com os alunos fazendo uma oração. Nessa aula houve muitas

faltas.

A sala estava limpa e os alunos estavam organizados em fila.

A professora começou nessa aula um conteúdo novo: número de oxidação

(Nox), utilizando perguntas para discussão como: “Por que envelhecemos?”, “Por que

é preciso pintar os portões?”, “Por que em casas de praia os móveis se degradam

com mais facilidade?”. Além disso, discutiu com os alunos também sobre os metais

de sacrifício que são usados para fazer revestimentos de navios e barcos.

Explicou que existem Nox fixos e que era necessário que eles memorizassem.

Pediu para abrirem a apostila e pediu uma aluna para ler, enquanto a aluna fazia a

leitura, a professora fazia as observações necessárias. A professora perguntou a um

aluno o que ele entendia por substância simples e a partir da resposta dele explicou

a todos, com isso ela mostrou que o número de oxidação de substâncias simples é

zero.

Posteriormente falou dos hidretos metálicos e de seu Nox, sobre os peróxidos

que é a exceção mais comum e de seu Nox. Deu as regras para memorização das

famílias da tabela periódica. A professora em todas as aulas em que passava

conteúdo no quadro ou lia na apostila sempre fazia questão que os alunos

prestassem atenção e só depois copiassem.

Page 37: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

29

3ª série A

Data: 15/09/2014

Horário da aula: 07h50m às 08h40m

Número de alunos: 21

Aula 1

A aula iniciou com a professora falando quais os conteúdos cairão na prova

(esterificação, hidrogenação, saponificação) e depois pediu para que eles abrissem

a apostila na pagina 36.

Foi interessante notar que o conteúdo iniciou-se com uma pergunta a um

aluno: “O que você entende por desidratar?”, instigando assim, que seus alunos

chegassem a conclusões sozinhos e partir dessas conclusões utilizou o que eles

disseram e complementou as respostas.

Os alunos dessa sala eram bastante interativos com os colegas, o que

causava bastantes conversas paralelas.

A professora pediu para que eles fizessem os exercícios da apostila. Uns

chamavam a professora para tirar suas duvidas em suas carteiras, outros

conversavam enquanto ela tirava as dúvidas dos outros. Após um tempo (suficiente

pra que eles tivessem feito o exercício) ela corrigiu os exercícios no quadro e tirou

as dúvidas dos alunos.

A professora deu dicas para memorização da nomenclatura, utilizando frases

feitas.

Nessa aula foi necessário que a professora chamasse a atenção dos alunos

em relação ao índice de reprovação da sala, ela ressaltou que estava muito elevado

na disciplina Química.

A sala se encontrava limpa, mas nem todos os alunos estavam em fila

organizada.

Data: 16/09/2014

Horário da aula: 09h45m às 10h35m

Aula 2

Page 38: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

30

A aula iniciou com a professora pedindo para os alunos abrirem as apostilas e

resolverem os exercícios. Ela leu o exercício para eles, ajudando na interpretação do

mesmo, deu um tempo pra que eles fizessem e em seguida ela resolveu o exercício

com eles tirando suas duvidas. O conteúdo nessa aula foi desidratação.

Nos primeiros horários foi perceptível que os alunos sempre estavam em filas

organizadas e a sala limpa, já do quarto horário em diante os alunos já começavam

a se agrupar fora das filas, havia lixo espalhado pelo chão e eles se demonstravam

mais dispersos.

Ao corrigir o exercício passado ela começou resolvendo o exercício de uma

forma incorreta para que eles mesmos identificassem a resposta certa. O exercício

correto resultou no acido etanóico e ela explicou que é o acido acético presente no

vinagre. Comentou sobre a fermentação acética e afirmou que isso ocorre em

vinhos, por isso às vezes as pessoas reclamam de gosto de vinagre em vinhos.

Ela resolveu mais exercícios em sala com eles e deixou exercícios pra eles

resolverem em casa, e avisou que na próxima aula começará conteúdo novo.

Data: 07/10/2014

Horário da aula: 08h40m às 09h30m

Aula 3

A aula iniciou com a professora falando as notas do bimestre de cada um,

com isso ela ressaltou a eles que alguns já precisam fazer recuperação.

Feito isso ela começou o conteúdo (reações de polimerização) demonstrando

onde é possível encontrar polímeros no cotidiano. Falou também que em casa é

possível notar que algumas vasilhas plásticas são mais rígidas que as outras e

ressaltou que o porquê dessa questão será explicado no decorrer do conteúdo de

diferenças de polímeros.

Falou também da importância da isomeria para a vida humana, e usou o

exemplo do medicamento talidomida para explicar. Depois comentou a diferença

entre o sabão comum e o sabão orgânico. Os alunos questionaram sobre a

nomenclatura dos polímeros, a supervisora explicou que no ensino médio não se

estuda regra para nomenclatura dos polímeros que eles aprenderiam alguns nomes,

mas não as regras.

Page 39: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

31

Em seguida ela colocou os alunos para resolverem exercícios da apostila e

depois corrigiu com eles dizendo que era importante a resolução dos exercícios para

que eles se familiarizassem com os nomes, pois nem sempre o tempo das aulas é

suficiente para que ela fale de todos os nomes.

Data: 23/10/2014

Horário da aula: 08h40m às 09h30m

Aula 4

Nessa aula o conteúdo foi apresentado pelos próprios alunos em forma de

seminários.

A professora deixou as opções para os alunos, poderia ser vídeo ou

apresentação oral.

O grupo que apresentou primeiro, optou por fazer um vídeo caseiro, o assunto

abordado por eles foi lipídios.

Notou-se que os alunos não ficaram tão comportados quando eram os

colegas que apresentavam o conteúdo.

No decorrer da apresentação a professora fez alguns comentários e

acrescentou algumas observações, relacionou a gordura corporal com a sensação

de frio e comentou o motivo das pessoas que moram no deserto utilizarem roupas

de frio, ressaltou também a principal função dos lipídios, comentou sobre gorduras

saturadas e os malefícios que ela causa ao corpo.

Foi interessante observar que o grupo se demonstrou bastante preparado

para a apresentação, eles receberam várias perguntas e conseguiram responder a

todas.

Percebeu-se que esse assunto interessou a maioria dos alunos, houve muitas

colocações, dúvidas e curiosidades.

No geral a apresentação foi muito satisfatória, os participantes do grupo

estavam muito preparados, porém a sala ficou um pouco agitada e houve bastantes

conversas paralelas entre os alunos que não estavam apresentando.

Page 40: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

32

3ª série B

Data: 29/09/2014

Horário da aula: 08h40m às 09h30m

Número de alunos: 17

Aula 1

Essa foi a primeira aula assistida nessa turma. A professora começou

chamando a atenção desses alunos, pois no geral (de acordo com o pré-conselho

de classe) essa sala teve o maior índice de notas vermelhas em todas as disciplinas

e ressaltou a sua preocupação porque eles estão prestes a ir para o vestibular e não

estão levando os estudos a sério. Muitos deles demonstraram achar que por

estarem na 3ª série do ensino médio não poderiam ser reprovados e com isso,

estavam em situação critica precisando de mais de 100 em sua disciplina e levavam

na brincadeira.

No total eles eram 17 alunos, mas a professora disse que o normal era

sempre a aula estar com 9 ou 10 alunos.

Depois disso ela pediu para eles abrirem as apostilas para resolverem

exercícios. O conteúdo era eliminação em haletos. Ela comparou esse conteúdo

com o de desidratação. Uma aluna fez perguntas e a professora respondeu.

Os alunos que tinham dúvidas nos exercícios chamavam a professora na

carteira. A professora explicava a dúvida de um para todos, pois ressaltou que talvez

seja a dúvida do outro também.

Esta sala também não se organizava em filas.

Page 41: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

33

4. RELATO E DISCUSSÃO DO DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

EDUCATIVO

Uma das atividades diferenciadas propostas pelo orientador foi o

desenvolvimento de um Projeto Educativo.

O Projeto Educativo ofertado teve carga horária de 35 horas, foi realizado no

próprio colégio, e teve como objetivos, a contribuição com os alunos da referida

instituição, para a Mostra de Ciência, com a finalidade de despertar o interesse pela

Química motivando-os no processo de ensino-aprendizagem.

A elaboração do projeto foi realizada pelas duas estagiárias e o mesmo foi

executado no dia 10 de outubro e a turma que foi orientada foi a 1ª série C, onde

turma foi dividida em três grupos e cada um escolheu um experimento. A mostra de

ciências iniciou-se às 8 horas e finalizou às 11h30min horas.

Em primeiro momento realizou-se uma reunião com os alunos para que eles

apresentassem suas ideias e discutissem com as estagiárias. A reunião foi bem

produtiva, tendo em vista que os alunos já haviam pesquisado quais experimentos

gostariam de executar que foram Sopro Mágico, Serpente do Faraó (Figura 10) e

Chuva Ácida (Figura 11). Com isso, foi marcada uma próxima reunião para que

fossem discorridos os conceitos teóricos de cada experimento.

Figura 10: Experimento Serpente Do Faraó

Page 42: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

34

Figura 11: Experimento Chuva Ácida

Antes da reunião da aula teórica, as estagiárias se organizaram com os

estudantes para auxiliar na confecção dos apetrechos necessários para a realização

dos experimentos.

Realizou-se então, uma aula teórica-experimental na qual foram abordados

conceitos teóricos relacionados aos temas, para subsidiar aos experimentos

demonstrativos que foram realizados. Alguns alunos ressaltaram que o conteúdo

que estava sendo trabalhado já havia sido visto no semestre, o que possibilitou às

estagiarias a verificação de que eles conseguiam assimilar os experimentos à

conteúdos como: ionização de ácidos, e mesmo conteúdos que eles ainda não

tinham visto eles conseguiram identificar e perguntaram quando seria visto, como

por exemplo: reações de combustão.

Houve alguns contratempos, a miniaula teve seu andamento de forma

tumultuada, nem todos os alunos prestaram atenção e alguns ficaram dispersos em

determinados momentos, além disso, o grupo que ficou responsável pela realização

do experimento Sopro Magico optou por não realizá-lo. A justificativa dada por eles

foi de que o experimento era muito simples e eles haviam feito uma maquete para

explicar sobre o resíduo do chorume nos lixões (Figura), as estagiárias concordaram

e auxiliaram também com algumas colocações teóricas para a explicação da

maquete. Mas a maior parte da turma era bem agitada (positivamente) e

participativa, e constatou-se que muitos alunos tinham facilidade de compreensão, já

Page 43: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

35

que quando os estagiários perguntavam após ter explicado os conceitos alguns

alunos se manifestavam e respondiam corretamente.

Figura 12: Maquete sobre o Chorume

A turma era grande com aproximadamente 30 alunos, as estagiárias optaram

por dividi-los em apenas três grupos para que no dia da mostra, eles pudessem

manter as explicações alternando-se evitando que só um explicasse.

As estagiárias realizaram o teste em casa para verificar se todos os

experimentos funcionariam satisfatoriamente. Posteriormente os alunos se reuniram

novamente com as estagiárias com os experimentos prontos, para que fossem

testados. No dia da realização dos testes, ocorreu tudo conforme planejado. Os

experimentos deram certo e a maquete estava pronta. Por fim, as estagiárias

reforçaram as explicações de cada experimento a pedido dos alunos e o projeto foi

desenvolvido no dia seguinte.

É fato que a realização de Mostras de Ciências em uma escola ou

comunidade traz benefícios para alunos e professores e mudanças positivas no

trabalho em ciências. Desse modo, o projeto da Mostra de Ciências foi

compreendido positivamente pelos alunos, pois foi possível perceber que se

identificaram e relacionaram a feira como liberdade de trabalho, pois puderam

escolher o que demonstrar. Houve momentos de euforia em que os alunos tentavam

sanar suas dúvidas de forma independente sem o auxílio das estagiárias, apenas

comunicando com os próprios colegas, isso despertou a comunicação e o trabalho

Page 44: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

36

em equipe, além disso, contou também como um fator de conexão entre

professores, alunos, estagiárias e direção da escola.

Aquino (1996) afirma que a relação professor-aluno é muito importante,

porque estabelece posicionamentos pessoais em relação à metodologia, à avaliação

e aos conteúdos. Se a relação entre ambos for positiva, a probabilidade de um maior

aprendizado aumenta. A força da relação professor-aluno é significativa e acaba

produzindo resultados variados nos indivíduos, sendo assim pode-se afirmar que

houve contribuições positivas também para as estagiárias que puderam construir

também laços afetivos com os alunos, o que de certa forma simula a relação

professor-aluno, que futuramente será vivenciada.

Page 45: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

37

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

É no Estágio Supervisionado que as os estagiários tem a oportunidade de

utilizar os conhecimentos adquiridos no curso de Licenciatura em Química, sejam

eles conhecimentos profissionais ou pessoais.

A escola campo em geral teve boa receptividade com as estagiárias em todos

os aspectos, os coordenadores, diretora, professores e demais servidores

acolheram as estagiárias com muita boa vontade tornando o contato das mesmas

com a escola mais acessível. Os alunos também foram bem interativos com as

estagiárias uma vez que já haviam vivenciado tal fato no ano anterior.

De maneira geral, cada etapa tem sua importância dentro do estágio desde a

observação da estrutura escolar até as observações na sala de aula, bem como no

desenvolvimento do Projeto Educativo.

Ao observar a estrutura física da escola nota-se que a mesma possui algumas

fraquezas, mas que também tem um espaço que possibilita aulas práticas em

química, o que seria um diferencial em relação à maioria das escolas da cidade que

não realizam tais práticas. E é na observação das aulas que é possível ter o contato

com as dificuldades vividas pela supervisora, o que permitiu às estagiarias a

fazerem uma reflexão acerca das problemáticas no cotidiano escolar, assim como

soluções viáveis para tais problemas.

As aulas de Química acontecem de forma bastante tradicional ainda que

ocorra a utilização em alguns momentos de abordagem com cotidiano. A falta de

abordagens diferenciadas é explicada pelo excesso de carga horária da supervisora.

Além disso, a escola conta com um apostilado da Editora Ético que deve ser

seguidas rigorosamente de acordo com o calendário escolar.

Observa-se que nas turmas de 3ª série o método tradicional utilizado pela

professora não funciona de forma tão positiva quanto nas outras séries. Isso pode

ser comprovado pelo alto índice de notas vermelhas que foi ressaltado pela

professora durante as aulas. Pode-se entender que o fato dos alunos da 3ª série

estarem com a professora há 3 anos, possa contribuir para tal fato, pois a ausência

Page 46: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

38

de métodos diferenciados para lecionar causa nos alunos certo fastio,

principalmente pelo fato deles considerarem a Química como abstrata e inútil.

É notável também que o método de ensino utilizado com a aluna Giovana

deixa a desejar, pois, a mesma não consegue participar das aulas da mesma forma

que seus colegas, porém é mantida na sala de aula com eles fazendo atividades que

podem não acrescentar para o conhecimento dela de forma efetiva. Portanto, o

trabalho feito com a Giovana que era para ser de inclusão acaba a excluindo.

Ao analisar o Projeto Político Pedagógico da escola pode-se notar que o

mesmo não contempla uma prática diferenciada para alunos com necessidades

educacionais especiais que é uma exigência da Legislação sobre inclusão.

A Declaração Mundial De Educação para todos e Declaração de Salamanca

(MEC/SESSP, 2001) afirma que o Brasil fez opção pela construção de um sistema

educacional inclusivo ao concordar com a Declaração Mundial de Educação para

todos, firmada em Jomtien, na Tailândia, em 1990, e ao mostrar consonância com

os postulados produzidos em Salamanca (Espanha, 1994) na Conferencia Mundial

sobre Necessidades Educacionais Especiais: Acesso e Qualidade. Desse

documento ressalta-se alguns trechos ressaltando a obrigação das escolas de obter

um projeto de inclusão:

“Os sistemas educativos devem ser projetados e os programas

aplicados de modo que tenham em vista toda gama dessas diferentes

características e necessidades de aprendizagem que lhe são próprios”;

“as pessoas com necessidades educacionais especiais devem ter

acesso às escolas comuns que deverão integrá-las numa pedagogia

centralizada na criança, capaz de atender a essas necessidades”;

“adotar com força de lei ou como política, o princípio da educação

integrada que permita a matrícula de todas as crianças em escolas

comuns, a menos que haja razões convincentes para o contrário”.

Logo, a partir das informações mencionadas comprova-se que é necessário

que a escola tome medidas para que não se encontre em débito com a Legislação.

Através do Projeto Educativo realizado pelas estagiárias, vivenciou-se um

momento onde houve experimentação demonstrativa realizada nas quatro horas da

Mostra de Ciências. Com isso, pode-se notar o quanto é importante que se utilize a

Page 47: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

39

experimentação para ministrar as aulas de Química, é evidente o entusiasmo que os

alunos demonstram ao obter contato com formas diferentes de aprendizagem.

É um período onde se tenta tornar possível a vinculação da teoria e da

pratica, de forma que se obtenham os melhores resultados possíveis. E

principalmente perceber que é importantíssimo assumir uma postura crítica e

reflexiva diante da realidade escolar, e a partir desta se garanta uma educação de

qualidade que é direito de todos.

De fato, não é uma etapa fácil, muitas dificuldades surgem para impedir a

realização das atividades planejadas, mas por fim, as expectativas e os empecilhos

são superados e o estagiário adquire inúmeras experiências que contribuem

positivamente para sua formação enquanto docente.

Foi através dessa etapa que as estagiárias tiveram oportunidade de vivenciar

uma realidade até então inédita para ambas, que foi o contato com a aluna Giovana,

portadora de necessidades educacionais especiais. O que sem dúvidas contribuiu

positivamente, pois, a partir desse contato, as estagiárias adquiriram certa

concepção de como é importante refletir sobre práticas em sala que possam incluir

os alunos com necessidades especiais.

Ao realizar o estágio, percebe-se que quando as licenciandas são inseridas

em situações onde tem uma maior necessidade de estudar e se preparar, as

mesmas desenvolvem e mobilizam saberes e habilidades que contribuem para

qualificar sua formação profissional.

A possibilidade de participar de momentos de interação escolar (como

exemplo, a feira de ciências) e refletir sobre as dificuldades do trabalho docente,

gera experiências para as estagiárias que só seriam vivenciadas enquanto

professor, e que são capazes de torná-las mais independentes para tirar conclusões

relevantes quando se considera os processos que interferem na qualidade da aula e

da escola.

A experiência vivenciada no estágio supervisionado faz com que o licenciando

compreenda a necessidade de se tornar um profissional qualificado, e que além de

domínio de conteúdo, é preciso saber lidar com as diferenças existentes no local de

trabalho, quer seja uma sala de aula, uma escola como um todo, ou mesmo a

sociedade.

Page 48: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

40

É também através do estágio - que proporciona vivência com situações

práticas e reflexão das mesmas - que as estagiárias podem estabelecer novas

opiniões e novas conclusões da realidade escolar e do ato de lecionar. É uma etapa

fundamental da graduação, pois, é a partir do estágio que o licenciando tem a

oportunidade de se enxergar como futuro professor e através dessa visão construir

sua identidade profissional.

É um período em que se estuda muito e envolve, ainda, a pressão de ser

supervisionado, ter seu trabalho revisado, corrigido além de passar por um exame

criterioso, então com a prática do estágio, o licenciando tem a necessidade de

articular soluções, e aprende a lidar com certas dificuldades e pressões que não só

ele vivencia no curso enquanto aluno, mas vivenciará também na prática quando for

exercer a docência, e passa a entender também a importância que tem o educador

na formação pessoal e profissional de seus alunos.

Pode-se concluir então, que o estágio supervisionado funciona como um meio

de incluir os estudantes universitários à realidade e vivência de uma escola. Tendo

em vista que esse contato é de extrema importância para a consolidação do novo

professor que está a se formar.

Page 49: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

41

6. REFERÊNCIAS

AQUINO, J. G. A relação professor-aluno: do pedagógico ao

institucional. Ed. São Paulo: Summus, 1996.

BARCELOS, N. N. S.; JACOBUCCI, G. B.; JACOBUCCI, D. F. C.

Quando o cotidiano pede espaço na escola, o projeto da feira de

ciências “vida em sociedade” se concretiza. Ciência & Educação, v. 16,

n. 1, p. 215-233, 2010.

BORBA, E. A importância do trabalho com Feiras e Clubes de Ciências.

Repensando o Ensino de Ciências. Caderno de Ação Cultural

Educativa. Vol 03, Coleção Desenvolvimento Curricular. Diretoria de

Desenvolvimento Curricular. Secretaria de Estado da Educação de

Minas Gerais. Belo Horizonte, 1996, 57p.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e

Tecnológica. Parâmetros curriculares nacionais: ensino médio.

Brasília: MEC, 2000.

BRASIL. Ministério da educação. Diretrizes nacionais para a

educação especial na educação básica / Secretaria de Educação

Especial – MEC ;SEESP, 2001. p.14.

CAZELLI, S.; et al. Tendências pedagógicas das exposições de um

Museu de Ciências. II Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em

Ciências.Atas II ENPEC. Porto Alegre, 1999.

GONÇALVES, T. V. O. Feiras de Ciências e Formação de professores.

p. 207-215. In: PAVÃO, A. C., FREITAS, D. (Org.) Quanta Ciência há

no Ensino de Ciências. Ed. São Carlos: EDUFSCar, 2008, pp. 332.

Page 50: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

42

JOSSO, Marie Christine. Experiências de vida e formação. Tradução

José Cláudio e Júlia Ferreira. São Paulo: Cortez, 2004.

LOPES, Roseli de Deus (Org.). Resumos FEBRACE 2004: Feira

Brasileira de Ciências e Engenharia.São Paulo: LSI / Escola

Politécnica da Universidade de São Paulo, 2004.210p.

PAVÃO, A.C. Feiras de Ciências: revolução pedagógica. Recife:

Espaço Ciência. 2004.

PIMENTA, S. G.; LIMA, M. S. L. Estágio e docência: diferentes

concepções. São Paulo: Cortez, 2004.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO do Colégio Betel, 2013.

REGIMENTO ESCOLAR do Colégio Betel. Pires do Rio, 2013.

Subsecretaria do Estado de Goiás.

Secretaria de Educação Básica. Programa Nacional de Apoio às

Feiras de Ciências da Educação Básica: Fenaceb. Brasília:

MEC/SEB, 2006.

Page 51: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

43

Page 52: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

44

ANEXOS

Page 53: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

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ANEXO I: TERMO DE COMPROMISSO E SEGURO DE ACIDENTES

PESSOAIS

Page 54: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

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ANEXO II: PLANO DE ATIVIDADES DO ESTAGIÁRIO

Page 55: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

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ANEXO III: FICHAS DE REGISTRO DE ATIVIDADES E CONTROLE DE

FREQUÊNCIA

Page 56: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

48

ANEXO IV: AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DO (A) ESTAGIÁRIO (A)

REALIZADA PELO (A) PROFESSOR (A) SUPERVISOR(A)

Page 57: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

49

ANEXO V: AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DO (A) ESTAGIÁRIO (A)

REALIZADA PELO (A) PROFESSOR (A) ORIENTADOR (A)

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50

ANEXO VI: DECLARAÇÃO DE CONCLUSÃO DO ESTÁGIO

SUPERVISIONADO EMITIDA PELA ESCOLA CAMPO

Page 59: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

51

ANEXO VII: AVALIAÇÃO DA APRESENTAÇÃO DO ESTÁGIO

SUPERVISIONADO POR BANCA EXAMINADO ESPECÍFICA

Page 60: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

52

ANEXO VIII: DECLARAÇÃO DE CONCLUSÃO DO ESTÁGIO

SUPERVISIONADO E PARECER CONCLUSIVO EMITIDO PELO (A) PROFESSOR

(A) ORIENTADOR (A)

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53

ANEXO IX: PROJETO EDUCATIVO

Page 62: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

54

Contribuição com os alunos da 1ª série C na Feira de ciências

1. Introdução:

Lopes (2004), afirma que cada vez mais, para que um país possa se

desenvolver e proporcionar qualidade de vida aos seus habitantes é preciso que

tenha capacidade de gerar inovação, gerar novas tecnologias e agregar valor aos

seus produtos e processos. Para isso, é preciso provocar desde cedo a criatividade

dos indivíduos, dando-lhes a oportunidade de escolher e desenvolver temas que

lhes interessem.

Portanto, é notável nas aulas de ensino médio que a disciplina Química é

vista pelos alunos como sendo uma matéria de difícil entendimento e sem utilidade

prática na vida dos mesmos.

É correto dizer que a educação em ciências nos dias de hoje não pode mais

se ater estritamente ao contexto formal da sala de aula. Esta afirmação é cada vez

mais presente entre educadores em ciências e enfatiza o papel de espaços não

formais para a alfabetização científica dos indivíduos (CAZELLI et al, 1999).

Por esse motivo, nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) a metodologia

de projetos surge como alternativa para a elaboração de uma proposta curricular

enfatizando a contextualização dos conteúdos, a interação entre as áreas do

conhecimento e a participação ativa dos professores no desenvolvimento da

metodologia de ensino. Tanto para o ensino de Ciências, no fundamental, quanto

das disciplinas da área de Ciências da Natureza, Matemática e suas tecnologias o

objetivo é desenvolver habilidades básicas e competências específicas que

capacitem os alunos a enfrentar as transformações próprias do seu tempo,

apresentando uma postura crítica perante a ciência, a sociedade e suas próprias

vidas (BRASIL, 2000).

Com isso, do ponto de vista metodológico, as feiras de ciências podem ser

utilizadas para repetição de experiências realizadas em sala de aula; montagem de

exposições com fins demonstrativos; como estímulo para aprofundar estudos e

busca de novos conhecimentos; oportunidade de proximidade com a comunidade

Page 63: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

55

científica; espaço para iniciação científica; desenvolvimento do espírito criativo;

discussão de problemas sociais e integração escola-sociedade (PAVÃO, 2004). Isso

porque os alunos associam a feira como um momento em que tem liberdade para

fazer o experimento que se identificar mais, sem ficar preso à rotina da sala de aula

que é encarada pelos alunos como maçante.

A feira de Ciências, também chamada de Mostra (MEC, 2006, p. 18), é um

instrumento importante para a construção do conhecimento do estudante, pois se

refere a uma proposta diferente que o leve a pesquisar a partir de seus interesses. É

um trabalho que permite que o aluno realize projetos que envolvam pesquisa e

aplicação da mesma construindo uma educação científica, além disso, permite

também que o aluno desenvolva a sua capacidade de expressar-se em público e se

prepare para ser avaliado por profissionais que não façam parte do seu cotidiano.

Borba (1996) ressalta que a feira propicia ao aluno a ação democrática de

participação coletiva. Permite a troca de experiências, permite que o aluno

desenvolva um pensar criativo em que a sua capacidade de comunicação é

exercitada. Consequentemente, após atuar em uma feira de ciências, nosso aluno

retornará à sala de aula com maior capacidade de decisão em relação aos

problemas do nosso cotidiano.

A feira é um instrumento bastante rico para a prática da atividade científica. É

uma forma de abrir a escola para estudar problemas de seu entorno, de sua

comunidade, de sua cidade, estado ou país, discutindo questões ambientais e/ou

sociais (GONÇALVES, 2008). É uma grande oportunidade de democratização do

conhecimento científico, de descoberta de novos talentos na elaboração e

construção de investigações, ao ampliar a interação escola-sociedade.

Ao realizar uma feira de ciências é necessária a elaboração de projetos que

envolvem uma série de providências e atitudes programadas antecipadamente como

qualquer outra atividade de ensino-aprendizagem envolvendo criatividade e

investigação. Além disso, envolve todos os setores da comunidade escolar. Nesse

contexto, as Feiras de Ciências se constituem palco para um trabalho baseado no

ensino por projetos (BARCELOS et al 2006).

É possível perceber que parece existir uma preocupação constante entre os

professores envolvidos na realização de feiras em destacar o relacionamento entre

aluno, escola e comunidade. Os trabalhos apresentados nas feiras deverão ser

Page 64: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

56

realizados pelos alunos, mediados por um ou mais professores, sob a tutela da

escola e voltados para a comunidade que gravita em torno dela (MEC/SEB,2006).

Deste modo, pretende-se por meio do presente projeto conduzir os alunos da

1ª serie C do ensino médio do Colégio Betel a realizar experimentos na feira de

ciências de modo que seja possível incentivar a construção de uma compreensão

significativa e crítica dos conteúdos envolvidos em seus experimentos.

2. Objetivo Geral:

Auxiliar os alunos da 1ª serie C do ensino médio a realizarem experimentos na

feira de Ciências.

3. Objetivos Específicos:

Colaborar com os alunos na produção do experimento: “A serpente do Faraó”;

Contribuir com os alunos na produção do experimento: “Chuva ácida”;

Assistir os alunos na produção do experimento: “Sopro Mágico”.

Auxiliar no entendimento dos experimentos que serão produzidos.

4. Materiais e métodos:

Para fazer o experimento “A serpente do Faraó” foram usados os seguintes

materiais:

Bicarbonato de sódio

Álcool

Açúcar

Areia

Forma de Alumínio

Garrafas Pet com o bico cortado

Page 65: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

57

Acendedor (ou fósforos)

No experimento “chuva acida” foram usados:

Pote de vidro (de azeitona ou de palmito por exemplo)

Acendedor (ou fósforos)

Vela

Colher

Fita adesiva

Arame

Enxofre

Flores de cor forte (rosa vermelha, por exemplo)

Papel indicador de pH

Prego

No experimento “Sopro mágico” foram usados:

Água

Álcool

Bicarbonato de sódio

Fenolftaleína

Béqueres

Canudos

O projeto foi dividido em quatro momentos:

i. As estagiárias se reuniram com os alunos para que eles apresentassem suas

ideias para aplicar na feira

ii. Após a escolha dos experimentos as estagiárias auxiliaram os alunos na

confecção dos seus trabalhos e na explicação deles

iii. As estagiárias se reuniram com os alunos para testar os experimentos

Page 66: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

58

iv. Por fim, as estagiárias acompanharam os alunos na execução de seus

trabalhos no dia da feira de Ciências.

5. Recursos utilizados:

Experimentação.

Miniaula expositivo dialogada para discussão da parte teórica dos

experimentos

6. Avaliação:

Avaliação conforme participação, desempenho e interesse dos alunos.

Cronograma de atividades:

Atividades a serem

desenvolvidas

Carga

horária a ser

desenvolvida

Período que

elas serão

desenvolvidas

Auxilio na elaboração de materiais

para a decoração da feira de ciências

2 h e meia 23/09/2014

Reunião com os alunos para a

apresentação de suas ideias sobre o

experimento

1 h e meia 25/09/2014

Elaboração do Projeto Pedagógico 10 h 01/10/2014 a

03/10/2014

Auxílio na confecção de seus

experimentos

8 h 29/09/2014 e

30/09/2014

Miniaula parte teórica dos

experimentos

4 h 02/10/2014

Teste do experimento realizado

pelas estagiárias

4 h 03/10/2014

Page 67: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

59

Teste do experimento realizado com

os alunos e apresentação para as

estagiárias

3 h 06/10/2014

Execução dos trabalhos na feira de

ciências

5 h 10/10/2014

7. Resultados esperados:

Durante o processo de aplicação e avaliação do projeto espera-se que:

Os alunos do Colégio Betel consigam de fato compreender as experiências

que estarão executando;

Os alunos do Ensino Médio apresentem mais interesse pela Química;

As estagiárias através da experiência de conduzir os alunos na produção dos

experimentos para a feira de ciências desenvolvam sua capacidade de

interagir com os alunos do Ensino Médio, além de dominar todo o

conhecimento teórico envolvido em tal processo. Além disso, ter maiores

possibilidades de aprofundar suas vivências no dia a dia escolar, o que lhe

será útil em diversas experiências futuras;

Haja uma notável conexão entre as estagiárias que desenvolverão o projeto e

os alunos do Ensino Médio que irão colocá-lo em prática.

8. Referências:

BARCELOS, N. N. S.; JACOBUCCI, G. B.; JACOBUCCI, D. F. C. Quando

o cotidiano pede espaço na escola, o projeto da feira de ciências “vida em

sociedade” se concretiza. Ciência & Educação, v. 16, n. 1, p. 215-233,

2010.

BORBA, E. A importância do trabalho com Feiras e Clubes de Ciências.

Repensando o Ensino de Ciências. Caderno de Ação Cultural Educativa.

Vol 03, Coleção Desenvolvimento Curricular. Diretoria de Desenvolvimento

Page 68: Relatorio de Estagio Supervisionado em Química

60

Curricular. Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais. Belo

Horizonte, 1996, 57p.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e

Tecnológica. Parâmetros curriculares nacionais: ensino médio. Brasília:

MEC, 2000.

CAZELLI, S.; et al. Tendências pedagógicas das exposições de um

Museu de Ciências. II Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em

Ciências.Atas II ENPEC. Porto Alegre, 1999.

GONÇALVES, T. V. O. Feiras de Ciências e Formação de professores. p.

207-215. In: PAVÃO, A. C., FREITAS, D. (Org.) Quanta Ciência há no

Ensino de Ciências. Ed. São Carlos: EDUFSCar, 2008, pp. 332.

LOPES, Roseli de Deus (Org.). Resumos FEBRACE 2004: Feira

Brasileira de Ciências e Engenharia.São Paulo: LSI / Escola Politécnica

da Universidade de São Paulo, 2004.210p.

PAVÃO, A.C. Feiras de Ciências: revolução pedagógica. Recife: Espaço

Ciência. 2004.

Secretaria de Educação Básica. Programa Nacional de Apoio às Feiras

de Ciências da Educação Básica: Fenaceb. Brasília: MEC/SEB, 2006.