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7/22/2019 AAF ContabilidadePublica TodasasAulas AlexandreSato MatProf1
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Contabilidade Pblica
Professor Alexandre Sato
permitida a reproduo total ou parcialdesse material, desde que citada a fonte.
NOES
INTRODUTRIAS
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Conceito de Estado
Estado a sociedade humanajuridicamenteorganizada, dentro de um territrio, com um governo,
para a realizao de um determinado fim.
Elementos do Estado:
POVO
TERRITRIO
SOBERANIA
FINALIDADE
Busca doBEM COMUM
Atividade Financeira do Estado
A atividade financeira do Estado difere da
exercida pelo particular porque a riqueza
para o Estado constitui apenas um meio para
que possa cumprir sua finalidade desatisfao das necessidades pblicas,
enquanto para o particular a riqueza constitui
o fim por ele visado.
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Atividade Financeira do Estado
Atuao estatal voltada para obter, gerir e aplicar osrecursos financeiros necessrios consecuo dasfinalidades do Estado, em prol do bem comum.
OBTER recursos > Receitas Pblicas
CRIAR o crdito pblico > Endividamento Pblico
GERIR e PLANEJAR os Recursos > Oramento Pblico
DESPENDER (APLICAR) RECURSOS > Despesa Pblica
DIREITO FINANCEIRO
O Direito Financeiro o ramo do direito pblico que estuda a
Atividade Financeira do Estado e as relaes jurdicas dela
decorrente, sob o ponto de vista jurdico abrangendo o estudo
do oramento pblico, da receita pblica, da despesa pblica
e do crdito pblico
OBJETO DO DIREITO
FINANCEIROFinanas
Estuda a AFE do
ponto vista de
vista especulativo
Direito Financeiro
Estuda a
disciplina
normativa da AFE
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DIREITO FINANCEIRO
O Direito Financeiro o ramo do direito pblico que estuda a
Atividade Financeira do Estado e as relaes jurdicas dela
decorrente, sob o ponto de vista jurdico abrangendo o estudo
do oramento pblico, da receita pblica, da despesa pblica
e do crdito pblico
o Direito Financeiro, no quadro geral do direito, pertence
ao campo do direito pblico e se constitui em um ramo
cientificamente autnomo em relao aos demais ramos
do direito, uma vez que possui institutos, princpios e
conceitos jurdicos prprios e distintos dos existentes nos
demais ramos (CF/88 art. 24 I).
DIREITO FINANCEIRO
O Direito Financeiro o ramo do direito pblico que estuda a
Atividade Financeira do Estado e as relaes jurdicas dela
decorrente, sob o ponto de vista jurdico abrangendo o estudo
do oramento pblico, da receita pblica, da despesa pblica
e do crdito pblico
ADMINISTRAO
FINANCEIRA e
ORAMENTRIA
(AFO)
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Lei Oramentria
o ato legislativo que estabelece um conjuntode aes a ser realizado, durante um perodode tempo determinado, estimando omontante das fontes de recursos a serarrecadado pelo ente federativo e fixando omontante dos recursos a ser aplicado pelomesmo na consecuo dos seus programas detrabalho, a fim de manter ou ampliar osservios pblicos, bem como realizar obrasque atendam s necessidades da populao
Crditos Oramentrios e Adicionais
Crdito (Dotao) Oramentria ou Inicial Autorizao dada na LOA para execuo dos
programas de trabalho (despesas) a carga dosrgos (unidades oramentrias/administrativas)
Crditos Adicionais So crditos adicionais, as autorizaes de
despesa no computadas ou insuficientementedotadas na Lei de Oramento.
Lei 4.320/64, art. 40
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Classificao dos Crditos Adicionais
Lei 4.320/64, art. 41
Os crditos adicionais classificam-se em:
I. suplementares, os destinados a reforo dedotao oramentria;
II. especiais, os destinados a despesas para as
quais no haja dotao oramentria especfica;
III. extraordinrios, os destinados a despesasurgentes e imprevistas, em caso de guerra,comoo intestina ou calamidade pblica.
GNERO
ESPCIE
Ciclo Oramentrio
Estudo eAprovao
Acompanhamentoe Avaliao dos
Resultados
Elaboraoda Proposta
Sano ePublicao
Execuo
Exerccio Financeiro
ProcessoLegislativo
Controle
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Princpios Oramentrios
Segundo o MCASP 4 ed. (Portaria Conjunta STN/SOF n 1, de20/06/2011), Parte I (Procedimentos Contbeis Oramentrios):
1) Unidade ou Totalidade
2) Universalidade
3) Anualidade ou Periodicidade
4) Exclusividade
5) Oramento Bruto
6) Legalidade
7) Publicidade
8) Transparncia
9) No-vinculao (no-afetao) da receita de impostos
Princpios Oramentrios
Alm destes, a doutrina identifica outros, como:
10) Equilbrio
11) Especificao, especificidade, discriminao, especiali-zao ou quantificao dos crditos oramentrios
12) Proibio de Estorno de Verbas
13) Clareza
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A Lei n 4.320/64:Conceitos e
Princpios Bsicos
Competncia Legislativa
Constituio Federal/1988
Ttulo III - Da Organizao do Estado
Captulo II - Da Unio
Art. 24. Compete Unio, aos Estados e ao Distrito
Federal legislar concorrentemente sobre:
I. direitotributrio, financeiro, penitencirio,econmico e urbanstico;
II. oramento;
...
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Estrutura Jurdica doSistema Oramentrio Pblico no Brasil
Constituio Federal de 05/10/1988Constituies Estaduais
Lei 4.320/64LC 101/00
Leis Oramentrias...
Decreto 3.589 /00Sistema de Contabilidade Federal
Port. STN/SOF 03/08Manual de Receita e Despesa Nacional
...
Ttulo VIDa Tributao e do Oramento
(arts. 145 a 169)
Captulo IDo Sistema Tributrio Nacional
(arts. 145 a 162)
Captulo IIDas Finanas Pblicas
(arts. 163 a 169)
Seo IDos Princpios GeraisSeo IIDas Limitaes do Poder deTributarSeo IIIDos Impostos da UnioSeo IVDos Impostos dos Estados edo Distrito FederalSeo VDos Impostos dos MunicpiosSeo VIDa Repartio das ReceitasTributrias
Seo INormas Gerais (arts. 163 e 164)
Seo IIDos OramentosArt. 165PPA, LDO e LOAArt. 166Processo LegislativoOramentrioArt. 167VedaesArt. 168Regra para distribuio derecursos financeirosArt. 169Regra para despesas compessoal
Direito Financeiro na CF/88
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Direito Financeiro na CF/88
NORMAS GERAISArt. 163. Lei complementar dispor sobre:
I. finanas pblicas;
II. dvida pblica externa e interna, includa a das autarquias,fundaes e demais entidades controladas pelo Poder Pblico;
III. concesso de garantias pelas entidades pblicas;
IV. emisso e resgate de ttulos da dvida pblica;
V. fiscalizao financeira da administrao pblica direta e indireta;(Redao dada pela Emenda Constitucional n 40, de 2003)
VI. operaes de cmbio realizadas por rgos e entidades da Unio,dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios;
VII. compatibilizao das funes das instituies oficiais de crdito daUnio, resguardadas as caractersticas e condies operacionaisplenas das voltadas ao desenvolvimento regional.
Regulamentao do art. 163 da CF/88
Lei 4320 de 17/03/1964
Estatui Normas Geraisde Direito Financeiro
para elaborao econtrole dosoramentos e balanosda Unio, dos Estados,dos Municpios e doDistrito Federal.
LC 101 de 04/05/2000
Estabelece normas definanas pblicas
voltadas para aresponsabilidade nagesto fiscale doutras providncias.
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Estrutura da Lei 4.320/64
Ttulo IDa Lei de Oramento
Captulo IDisposies Gerais
Captulo IIDa Receita
Captulo IIIDa Despesa
Ttulo IIDa Proposta Oramentria
Ttulo IIIDa elaborao da Lei de Oramento
Ttulo IVDo Exerccio Financeiro
Ttulo VDos Crditos Adicionais
Ttulo VIDa Execuo do Oramento
Ttulo VIIDos Fundos Especiais
Ttulo VIIIDo Controle da Execuo Oramentria
Estrutura da Lei 4.320/64
Ttulo IXDa Contabilidade (arts. 83 a 106)
Captulo IDisposies Gerais
Captulo IIDa Contabilidade Oramentria e Financeira
Captulo IIIDa Contabilidade Patrimonial e Industrial
Captulo IVDos Balanos
Ttulo XDas Autarquias e Outras Entidades
Ttulo XIDisposies Finais
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Estrutura da Lei 4.320/64
Segundo Lino Martins, o Ttulo IX (Da Contabilidade) estestruturado em 4 eixos:
A responsabilizao de todos quantos, de qualquermodo, arrecadem receitas, efetuem despesas, administremou guardem bens a ela pertencentes ou confiados (art. 83);
O controle contbil dos direitos e obrigaes oriundos deajustes ou contratos em que a administrao seja parte
(arts. 87 e seguintes); A universalidade do registro dos fatos contbeis ligados administrao oramentria, financeira patrimonial eindustrial (art. 89);
A forma de atuao do servio da contabilidade (art. 85)
Contabilidade Pblica:conceito, objetivo, regime e
campo de aplicao
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Contabilidade Pblica Conceito
Contabilidade a cincia que estuda e pratica as funes deorientao e controle relativas aos atos e fatos administrativos, ea Contabilidade Pblica uma especializao voltada para oestudo e a anlise dos fatos administrativos que ocorrem naadministrao pblica. (SILVA, Lino Martins da.CONTABILIDADE GOVERNAMENTAL)
AContabilidade Pblica o ramo da Cincia Contbil que aplicana administrao pblica as tcnicas de registro dos atos e fatosadministrativos, apurando resultados e elaborando relatriosperidicos, levando em conta as normas de Direito Financeiro(Lei n 4.320/64), os princpios gerais de finanas pblicas e osprincpios de contabilidade. (MOTA, Francisco Glauber Lima.CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PBLICO)
Contabilidade Pblica Conceito
Contabilidade Aplicada ao Setor Pblico o ramo da cinciacontbil que aplica, no processo gerador de informaes, osPrincpios Fundamentais de Contabilidade e as normas contbeisdirecionados ao controle patrimonial de entidades do setorpblico. (NBC T 16.1 - NBC T 16.1 Conceituao, Objeto eCampo de Aplicao, aprovada pela Resoluo CFC 1.128/08)
A Contabilidade Pblica um ramo da cincia, portanto deve seguir os Princpios
de Contabilidade aprovados pela Resoluo CFC n 750/93 (redao dada pelaResoluo CFC n 1282/10). Utiliza-se dos princpios, critrios, mtodos etcnicas da Cincia Contbil. Atentar para o Apndice II da Resoluo CFCn 750/93, aprovado pela Resoluo CFC n 1111/07 (com redao dada pelaResoluo CFC n 1367/11), que trata da Interpretao dos Princpios deContabilidade sob a perspectiva do setor Pblico.
No entanto, em funo do princpio da legalidade aplicada AdministraoPblica, a CP tambm deve seguir as normas da Lei 4.320/64, que dispe sobre acontabilidade aplicada ao setor pblico. Por cuidar do Oramento Pblico, a Lei4.320/64 introduz peculiaridades CP que no se observam em nenhum outroramo da Cincia Contbil.
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Algumas definies da NBC T 16.1
Campo de Aplicao: espao de atuao do Profissional deContabilidade que demanda estudo, interpretao, identificao,mensurao, avaliao, registro, controle e evidenciao de fenmenoscontbeis, decorrentes de variaes patrimoniais em:
a) entidades do setor pblico; e
b) ou de entidades que recebam, guardem, movimentem, gerenciemou apliquem recursos pblicos, na execuo de suas atividades, notocante aos aspectos contbeis da prestao de contas.
Entidade do Setor Pblico: rgos, fundos e pessoas jurdicas dedireito pblico ou que, possuindo personalidade jurdica de direitoprivado, recebam, guardem, movimentem, gerenciem ou apliquemdinheiros, bens e valores pblicos, na execuo de suas atividades.Equiparam-se, para efeito contbil, as pessoas fsicas que recebamsubveno, benefcio, ou incentivo, fiscal ou creditcio, de rgopblico.
Algumas definies da NBC T 16.1
Patrimnio Pblico: o conjunto de direitos e bens, tangveis ouintangveis, onerados ou no, adquiridos, formados, produzidos,recebidos, mantidos ou utilizados pelas entidades do setor pblico, queseja portador ou represente um fluxo de benefcios, presente ou futuro,inerente prestao de servios pblicos ou explorao econmicapor entidades do setor pblico e suas obrigaes.
Projetos e aes de fins ideais: todos os esforos para movimentar e
gerir recursos e patrimnio destinados a resolver problemas ou criarcondies de promoo social.
Recursos controlados: ativos em que a entidade mesmo sem ter odireito de propriedade detm o controle, os riscos e os benefcios delesdecorrentes.
Setor Pblico: Espao social de atuao de todas as entidades dosetor pblico.
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Regulamentao do CFCNormas e Tcnicas Prprias da Contabilidade Aplicada ao SetorPblico: o conjunto das NBCASP, seus conceitos e procedimentos deavaliao e mensurao, registro e divulgao de demonstraescontbeis, aplicao de tcnicas que decorrem da evoluo cientficada Contabilidade, bem como quaisquer procedimentos tcnicos decontrole contbil e prestao de contas previstos, que propiciem ocontrole social, alm da observncia das normas aplicveis.
NBC T 16.2: Patrimnio e sistemas contbeis
NBC T 16.3: Planejamento sob o enfoque contbil
NBC T 16.4: Transaes no setor pblico
NBC T 16.5: Registro contbil
NBC T 16.6: Demonstraes contbeis
NBC T 16.7: Consolidao das demonstraes contbeis
NBC T 16.8: Controle Interno
NBC T 16.9: Depreciao, amortizao e exausto
NBC T 16.10: Avaliao e mensurao de ativos e passivos
Particularidades da Contabilidade Pblica
Devido exigncia do controle contbil do oramento e dos atosadministrativos e da inexistncia do conceito de lucro e prejuzo,a CP apresenta algumas particularidades:
Elaborao de relatrios contbeis especficos (BalanoOramentrio e Balano Financeiro);
Segregao das contas do plano de contas em grupos deacordo com caractersticas comuns (subsistemas de contas);
Evidenciao de atos administrativos no balanopatrimonial, em contas de compensao.
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Particularidades da Contabilidade Pblica
Em funo dessas particularidades, o CFC estabeleceu duasabordagens para a Contabilidade Pblica:
Enfoque oramentrio, em que o confronto entre receitas edespesas tem relao com o fluxo de caixa e efetuado emperodos de tempo definidos nas normas aplicveis (princpioda anualidade) com o objetivo de apurar o dficit ou supervitdesse perodo;
Base: Lei 4.320/64, art. 35 (Tt. IV, exerccio financeiro) Enfoque contbil, em que o objetivo a evidenciao deativos e passivos com a apurao do resultado econmicomediante a utilizao plena do princpio da competncia parareconhecimento de receitas e despesas, bem como avaliaode ativos, passivos e do patrimnio lquido.
Base: Ttulo IX da Lei 4.320/64
Contabilidade Patrimonial x Contabilidade Oramentria
ContabilidadePatrimonial
ContabilidadeOramentria
NormasAplicveis
Art. 83 da Lei 4320/64
Princpios de Contabilidade(Res. CFC 750/93) sobperspectiva do Setor Pblico(Res. CFC 1111/07)
Normas Brasileiras deContabilidade Aplicadas aoSetor Pblico (NBC T 16)
Art. 35 da Lei 4.320/64
Plano Plurianual
Lei de DiretrizesOramentrias
Lei Oramentria Anual
Princpios Oramentrios
Segundo Lino Martins da Silva
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Contabilidade Patrimonial x Contabilidade Oramentria
ContabilidadePatrimonial
ContabilidadeOramentria
Campo deInvestigao
Verifica todos os fatosadministrativos e registra-ossegundo o princpio dacompetncia, de acordo coma alterao que produzemno patrimnio lquido(variaes patrimoniais
ativas e passivas)
Verifica todos os fatosadministrativos e registra-osconsiderando quepertencem ao exercciofinanceiro:a) as receitas
oramentrias nelearrecadadas;
b) as despesasoramentrias nelelegalmente empenhadas.
Segundo Lino Martins da Silva
Contabilidade Patrimonial x Contabilidade Oramentria
ContabilidadePatrimonial
ContabilidadeOramentria
Objetivos
Determina o resultadoeconmico do exerccio peloconfronto entre as variaesativas e as variaespassivas do patrimnioValor preditivo com nfase
em ciclos de longo prazoEvidenciao doselementos do patrimniopara fins de prestao decontasTomada de decises comfoco no longo prazo
Determina o resultado dagesto pelo confronto entrereceitas e despesas sob oenfoque oramentrio(dficit ou supervit)Valor preditivo com nfaseem ciclos de curto prazo
Transparncia daexecuo oramentria efinanceira para fins deacompanhamento peloPoder Legislativo e pelapopulaoTomada de decises comfoco no curto prazo
Segundo Lino Martins da Silva
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Contabilidade Patrimonial x Contabilidade Oramentria
ContabilidadePatrimonial
ContabilidadeOramentria
Natureza dosdadosrevelados
Revela custos e resultadossob o aspecto econmico
Todos os ativos e passivosso necessariamenteevidenciados, inclusive asperdas de valor(depreciao, amortizao eexausto)
Revela os ingressos edesembolsos financeiros eo resultado financeiro
Identifica todas as receitasprevistas e arrecadadas emconfronto com as despesasfixadas no oramento e asefetivamente realizadas
Segundo Lino Martins da Silva
Contabilidade Pblica Objetivo
Lei 4.320/64
Art. 85. Os servios de contabilidade sero organizados de formaa permitirem
o acompanhamento da execuo oramentria,
o conhecimento da composio patrimonial,
a determinao dos custos dos servios industriais,o levantamento dos balanos gerais,
a anlise e a interpretao dos resultados econmicos efinanceiros.
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Contabilidade Pblica Objetivo
NBC T 16.1 (Resoluo CFC 1128/08)
O objetivo da Contabilidade Aplicada ao Setor Pblico
fornecer aos usurios informaes sobre os resultadosalcanados e os aspectos de natureza oramentria,econmica, financeira e fsica do patrimnio da entidade dosetor pblico e suas mutaes, em apoio ao processo de
tomada de deciso;a adequada prestao de contas;
e o necessrio suporte para a instrumentalizao docontrole social.
Contabilidade Pblica Objeto
NBC T 16.1 (Resoluo CFC 1128/08)
O objeto da Contabilidade Aplicada ao Setor Pblico opatrimnio pblico.
Patrimnio Pblico: o conjunto de direitos e bens,tangveis ou intangveis, onerados ou no, adquiridos,
formados, produzidos, recebidos, mantidos ou utilizadospelas entidades do setor pblico, que seja portador ourepresente um fluxo de benefcios, presente ou futuro,inerente prestao de servios pblicos ou exploraoeconmica por entidades do setor pblico e suasobrigaes
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Contabilidade Pblica ObjetoNo entanto, h necessidade de a Contabilidade Pblica registrar eevidenciar o ORAMENTO e sua EXECUO, bem como deSITUAES NO COMPREENDIDAS NO PATRIMNIO, MAS QUEPOSSAM VIR A AFET-LO.
Lei 4.320/64:
Art. 89. A contabilidade evidenciar os fatos ligados administrao oramentria, financeira patrimonial e industrial.
Art. 90 A contabilidade dever evidenciar, em seus registros, o
montante dos crditos oramentrios vigentes, a despesaempenhada e a despesa realizada, conta dos mesmos crditos,e as dotaes disponveis.
Art. 105. O Balano Patrimonial demonstrar:
5 Nas contas de compensao sero registrados os bens,valores, obrigaes e situaes no compreendidas nospargrafos anteriores e que, imediata ou indiretamente, possamvir a afetar o patrimnio.
Contabilidade Pblica Objeto
Alm disso, o planejamento governamental deve tambm serregistrado em procedimentos contbeis especficos.
Esse planejamento est relacionado s leis oramentrias previstas noart. 165 da CF/88: PPA, LDO e LOA
NBC T 16.3 (Res. CFC 1130/08) Planejamento e seusInstrumentos sob o Enfoque Contbil
Esta Norma estabelece as bases para controle contbil doplanejamento desenvolvido pelas entidades do setor pblico,expresso em planos hierarquicamente interligados
A Contabilidade Aplicada ao Setor Pblico deve permitir aintegrao dos planos hierarquicamente interligados, comparandosuas metas programadas com as realizadas, e evidenciando asdiferenas relevantes por meio de notas explicativas.
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Regimes Contbeis aplicveis Contabilidade Pblica
Regime Contbil: utilizado para reconhecimento das variaesocorridas no patrimnio, a fim de se determinar os resultados daentidade no perodo.
Regime de Caixa: reconhecimento de receitas no momento dorecebimento dos recursos e das despesas no momento dopagamento. Todos os valores recebidos so considerados receita
e todos os valores pagos so considerados despesa.
Regime de Competncia: o reconhecimento das receitas edespesas deve ser feito no momento em que ocorra o fatogerador e independentemente do recebimento ou pagamento,respectivamente.
Regimes Contbeis aplicveis Contabilidade Pblica
Na Contabilidade Pblica, aplicam-se regimes contbeis diferenciados,para apurao da contabilidade oramentria e da contabilidadepatrimonial:
Contabilidade Oramentria: o regime para reconhecimentode receitas e despesas oramentrias adotado no Brasil para aContabilidade Pblica o REGIME MISTO, isto , adota-se AO
MESMO TEMPO O REGIME DE CAIXA E O REGIME DECOMPETNCIA.
Isso decorre em funo de determinao expressa da Lei 4320:
Art. 35. Pertencem ao exerccio financeiro:
I - as receitas nele arrecadadas;
II - as despesas nele legalmente empenhadas.
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Regimes Contbeis aplicveis Contabilidade Pblica
Na Contabilidade Pblica, aplicam-se regimes contbeis diferenciados,para apurao da contabilidade oramentria e da contabilidadepatrimonial:
Contabilidade Patrimonial: Receitas e despesas devem sercontabilizadas em consonncia com o Princpio da Competncia.H diversos dispositivos normativos que trazem expressamenteessa previso. Por exemplo:
Lei 4.320/64Art. 89. A contabilidade evidenciar os fatos ligados administrao oramentria, financeira patrimoniale industrial.
Art. 100 As alteraes da situao lquida patrimonial, queabrangem os resultados da execuo oramentria, bem como asvariaes independentes dessa execuo e as supervenincias einsubsistncia ativas e passivas, constituiro elementos da contapatrimonial.
Regimes Contbeis aplicveis Contabilidade Pblica
Contabilidade Patrimonial: (cont)
No entanto, a melhor interpretao encontra-se na ResoluoCPC 1111/07 (interpretao dos princpios de contabilidade sob aperspectiva do setor pblico):
O Princpio da Competncia.
Art. 9 O Princpio da Competncia determina que os efeitos das
transaes e outros eventos sejam reconhecidos nos perodos aque se referem, independentemente do recebimento oupagamento.
Pargrafo nico. O Princpio da Competncia pressupe asimultaneidade da confrontao de receitas e de despesascorrelatas.(Redao dada pela Resoluo CFC n. 1.367/11)
Perspectivas do Setor Pblico
O Princpio da Competncia aplica-se integralmente ao SetorPblico. (Redao dada pela Resoluo CFC n. 1.367/11)
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Campo de Aplicao da Contabilidade PblicaA ementa da Lei 4.320/64 (normas gerais de direito financeiro) deixabem claro o alcance de suas normas:
Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaborao e controle dosoramentos e balanos da Unio, dos Estados, dos Municpios e doDistrito Federal.
O alcance dessa normas estende-se s autarquias e fundaespblicas,conforme interpretao dos artigos 107 e 110 da referida lei:
Art. 107. As entidades autrquicas ou paraestatais, inclusive de previdnciasocial ou investidas de delegao para arrecadao de contribuies para
fiscais da Unio, dos Estados, dos Municpios e do Distrito Federal teroseus oramentos aprovados por decreto do Poder Executivo, salvo sedisposio legal expressa determinar que o sejam pelo Poder Legislativo.
Pargrafo nico. Compreendem-se nesta disposio as empresas comautonomia financeira e administrativa cujo capital pertencer, integralmente,ao Poder Pblico.
Art. 110. Os oramentos e balanos das entidades j referidas, obedeceroaos padres e normas institudas por esta lei, ajustados s respectivaspeculiaridades.
Campo de Aplicao da Contabilidade Pblica
A LC 101/00 esclarece obrigatoriedade de atendimento de normas daCP por parte das empresas pblicas e sociedades de economia mista:
Art. 50. Alm de obedecer s demais normas de contabilidade pblica, aescriturao das contas pblicas observar as seguintes:
III - as demonstraes contbeis compreendero, isolada econjuntamente, as transaes e operaes de cada rgo, fundoou entidade da administrao direta, autrquica e fundacional,inclusive empresa estatal dependente;
Sobre empresa estatal dependente, a LRF dispe que:Art. 2 Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como:
III - empresa estatal dependente: empresa controlada que recebado ente controlador recursos financeiros para pagamento dedespesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital,excludos, no ltimo caso, aqueles provenientes de aumento departicipao acionria;
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Campo de Aplicao da Contabilidade PblicaA NBC T 16.1 (Res. CFC 1128/08) tambm dispe sobre o tema:
O campo de aplicao da Contabilidade Aplicada ao Setor Pblico abrangetodas as entidades do setor pblico.
Entidade do Setor Pblico: rgos, fundos e pessoas jurdicas dedireito pblico ou que, possuindo personalidade jurdica de direitoprivado, recebam, guardem, movimentem, gerenciem ou apliquemdinheiros, bens e valores pblicos, na execuo de suas atividades.Equiparam-se, para efeito contbil, as pessoas fsicas que recebamsubveno, benefcio, ou incentivo, fiscal ou creditcio, de rgopblico. (Redao dada pela Res. CFC n. 1.268/09)
As entidades abrangidas pelo campo de aplicao devem observar asnormas e as tcnicas prprias da Contabilidade Aplicada ao Setor Pblico,considerando-se o seguinte escopo:
a) integralmente, as entidades governamentais, os servios sociaise os conselhos profissionais;
b) parcialmente, as demais entidades do setor pblico, para garantirprocedimentos suficientes de prestao de contas einstrumentalizao do controle social.
RECEITAS
PBLICAS
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Conceito de ReceitaO termo RECEITA uma linguagem universal da Contabilidade,utilizado para evidenciar a variao ATIVA do Patrimnio Lquidoresultante de aumento de ativos e/ou reduo de passivos.
A Resoluo CFC n 1374, de 08/12/2011, que revogou aResoluo CFC n 1121/08, dispe sobre a Estrutura Conceitualpara Elaborao e Divulgao de Relatrio Contbil-Financeiro.Segundo o diploma normativo:
4.25 Os elementos de receitas e despesas so definidos como segue:a) receitas so aumentos nos benefcios econmicos durante o
perodo contbil, sob a forma da entrada de recursos ou doaumento de ativos ou diminuio de passivos, que resultam emaumentos do patrimnio lquido, e que no estejam relacionadoscom a contribuio dos detentores dos instrumentospatrimoniais;
Ingressos (Entradas) x Receita Pblica
Ingresso de Recursos o somatrio de TODOS os recursosarrecadados, ou seja, todos os fluxos financeiros, abrangendo ocampo das receitas correntes e de capital, bem como os valoresde terceiros sob guarda do Estado.
Receita Pblica o conjunto de recursos de que dispe oEstado para atender seus encargos com a manuteno de sua
organizao, o custeio de seus servios, a segurana de suasoberania, seu prprio patrimnio, suas as iniciativas de fomentoe desenvolvimento econmico e social.
Para Aliomar Baleeiro, receita pblica a entrada que,integrando-se no patrimnio pblico sem quaisquer reservas,condies ou correspondncia no passivo, vem acrescer o seuvulto, como elemento novo e positivo.
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Receita PblicaA RECEITA PBLICA representa, em sua essncia, a expressomonetria resultante do poder de tributar do Estado ou doconjunto de bens e servios oferecidos/prestados.
Assim, a RECEITA PBLICA decorre da entrada de recursos quesero as fontes de financiamento ao alcance do Poder Pblicopara poder realizar as despesas pblicas, ou, em ltimainstncia, satisfazer as necessidades pblicas, que a finalidade
do Estado.
notvel a relevncia da receita pblica no processooramentrio, cuja previso dimensiona a capacidadegovernamental em fixar a despesa pblica e, no momento da suaarrecadao, torna-se instrumento condicionante da execuooramentria da despesa.
Receita Pblica
No entanto, tais conceitos doutrinrios no refletem asdisposies legais que regulamentam o tema. Por exemplo:
Lei 4320/64
Art. 3 A Lei de Oramentos compreender todas asreceitas, inclusive as de operaes de crdito autorizadasem lei.
Nessa ordem de ideias, necessrio distinguir os conceitos dereceita pelo enfoque oramentrioe pelo enfoque patrimonial,pois a execuo da receita oramentria nem sempre causa umimpacto patrimonial simultneo.
De acordo com o MANUAL DA RECEITA NACIONAL,Portaria Conjunta SOF/STN n 3, de 14/10/2008.
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Receita sob o Enfoque PatrimonialO Manual da Receita Nacional trata a receita sob o enfoquepatrimonial simplesmente como receita, destacando que essano deve ser confundida com a receita oramentria.
Segundo os princpios contbeis, a receita deve ser registrada nomomento da ocorrncia do seu fato gerador, independentementede recebimento.
Os PRINCPIOS DE CONTABILIDADE foram enunciados pelaResoluo CFC n750/93, com redao dada pela ResoluoCFC n 1282/10.
Ao aplic-los na Contabilidade Pblica, deve-se atentar para oApndice II da Resoluo CFC n 750/93, que trata dainterpretaodos princpios de contabilidade sob a perspectivado setor pblico (Resoluo CFC n1111/07, com redao dadapela Resoluo CFC n 1367, de 29/11/11).
Receita sob o Enfoque Patrimonial
A receitapode ser classificada de duas formas:
a) Quanto entidade que apropria a receita:
Receita Pblicaaquela auferida por entidade pblica.
Receita Privadaaquela auferida por entidade privada.
b) Quanto dependncia da execuo oramentria:
Receita resultante da execuo oramentria so
receitas arrecadadas de propriedade do ente, que resultamem aumento do patrimnio lquido. Exemplos: receita detributos.
Receita independente da execuo oramentria sofatos que resultam em aumento do patrimnio lquido, queocorrem independentemente da execuo oramentria.Exemplos: inscrio em dvida ativa, incorporao de bens(doao), etc.
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Receita sob o Enfoque OramentrioReceita, pelo enfoque oramentrio, so:
todos os ingressos disponveis para cobertura dasdespesas oramentrias e
operaes que, mesmo no havendo ingresso derecursos, financiam despesas oramentrias.
- Em algumas transaes, h o registro da receitaoramentria mesmo no havendo ingressos efetivos,
devido necessidade de autorizao legislativa parasua realizao.
- Transaes como aquisies financiadas de bens earrendamento mercantil financeiro so registradascomo receita oramentria e despesa oramentria,pois so consideradas operao de crdito pela LRF.
Receita sob o Enfoque Oramentrio
A receita oramentria pode ser classificada de duas formas:
a) Quanto s entidades destinatrias do oramento:
Receita Oramentria Pblica - aquela executada por entidadespblicas.
Receita Oramentria Privada - aquela executada por entidadesprivadas e que consta na previso oramentria aprovada por ato deconselho superior ou outros procedimentos internos para suaconsecuo.
b) Quanto ao impacto na situao lquida patrimonial:Receita Oramentria Efetiva aquela que, no momento do seureconhecimento, aumenta a situao lquida patrimonial da entidade.Constitui fato contbil modificativo aumentativo.
Receita Oramentria No-Efetiva aquela que no altera a situaolquida patrimonial no momento do seu reconhecimento, constituindofato contbil permutativo. Neste caso, alm da receita oramentria,registra-se concomitantemente conta de variao passiva para anular oefeito dessa receita sobre o patrimnio lquido da entidade.
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Receitas Oramentrias xReceitas Extraoramentrias
Receitas Oramentrias
So recursos arrecadados pelo Poder Pblico e que, EMREGRA, no possuem correspondncia no passivo,integrando-se definitivamente ao patrimnio pblico,estejam ou no previstas na Lei Oramentria.
- Exceo: Receitas provenientes de OPERAES DE
CRDITO (receitas oramentrias que possuemcontraposio no passivo do ente)
Segundo o Manual da Receita Nacional: os ingressosoramentrios so aqueles pertencentes aos ente pblico,arrecadadas exclusivamente para aplicao em programase aes governamentais. Esses ingressos sodenominados Receita Oramentria
Receitas Oramentrias xReceitas Extraoramentrias
Receitas Oramentrias
A Lei 4.320/64, de uma maneira vaga, define a receitaoramentria em seu artigo 3:
Lei 4.320/64
Art. 3 A Lei de Oramentos compreender todas as
receitas, inclusive as de operaes de crditoautorizadas em lei.
Pargrafo nico. No se consideram para os fins desteartigo as operaes de credito por antecipao dareceita, as emisses de papel-moeda e outrasentradas compensatrias, no ativo e passivofinanceiros.
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Receitas Oramentrias xReceitas Extraoramentrias
Receitas Oramentrias
Existem receitas oramentrias sem previso na LOA. Asreceitas arrecadadas que se integrarem definitivamente aopatrimnio pblico so consideradas oramentrias.
Lei 4.320/64
Art. 57. Ressalvado o disposto no pargrafo nico do
artigo 3 desta lei sero classificadas como receitaoramentria, sob as rubricas prprias, todas asreceitas arrecadadas, inclusive as provenientes deoperaes de crdito, ainda que no previstas noOramento.
Exemplos: doaes recebidas em dinheiro, recebimento dedbitos inscritos na dvida ativa.
Receitas Oramentrias xReceitas Extraoramentrias
Receitas Extraoramentrias
So receitas que NO constam da LOA e compreendem asentradas de caixa ou crditos de terceiros que o Estado tema obrigao de devoluo ou recolhimento.
Possui carter temporrio, no se incorporando ao
patrimnio pblico.No integra o oramento pblico, uma vez que a suaexecuo no se vincula execuo oramentria. Aarrecadao independe de autorizao legislativa.
No constitui renda do Estado, pois este um merodepositante dos valores recebidos.
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Receitas Oramentrias xReceitas Extraoramentrias
Receitas Extraoramentrias
Segundo o Manual da Receita Nacional: os ingressosextraoramentrios so aqueles pertencentes a terceiros,arrecadados pelo ente pblico exclusivamente para fazer faces exigncias contratuais pactuadas para posterior devoluo.Esses ingressos so denominados recursos de terceiros.
Exemplos: Garantia depositada para participao deprocedimento licitatrio; Restos a pagar do exerccio: soreceitas extraoramentrias contabilizadas no BalanoFinanceiro (art. 103 da Lei 4.320/64) que compensam asdespesas oramentrias do exerccio anterior; Caues;Depsitos judiciais; ARO (antecipao de receita oramentria)
Receitas Originrias x Receitas Derivadas
Classificao das Receitas quanto sua COERCITIVIDADE
Receitas Derivadas
So receitas que DERIVAM do patrimnio da sociedade e doPODER DO PRNCIPE (poder coercitivo do Estado de tributar).
O Estado utiliza-se de suas prerrogativas de direito pblico eedita LEI, obrigando o particular a entregar valores (tributos oumultas) aos cofres pblicos, independentemente de sua vontade.
a receita pblica efetiva obtida pelo Estado, em funo de suasoberania, por meio de tributos, penalidades, indenizaes ourestituies.
Exemplos: Receitas Tributrias (Impostos, Taxas, Contribuiesde Melhoria), Outras Contribuies, Multas, Reparaes deguerra
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Receitas Originrias x Receitas DerivadasClassificao das Receitas quanto sua COERCITIVIDADE
Receitas Originrias
So receitas provenientes da explorao do Patrimnio Pblico,ou seja, o Estado aufere receitas atravs da disposio de bens eservios sociedade, mediante a cobrana de um determinadopreo.
Receita pblica efetiva oriunda das rendas produzidas pelosativos do Poder Pblico, o qual pratica ATO NEGOCIAL com o
particular (acordo entre as partes)Tambm conhecidas como de ECONOMIA PRIVADA ou deDIREITO PRIVADO
Receitas Originrias x Receitas Derivadas
Classificao das Receitas quanto sua COERCITIVIDADE
Receitas Originrias
So classificadas em dois grandes grupos:
Patrimoniais: so as receitas que provm das rendasgeradas pelo patrimnio do Estado (mobilirio e imobilirio),tais como rendas de aluguis, ttulos pblicos, emprstimosconcedidos etc.
Empresariais: so aquelas provenientes das atividadesempresariais realizadas pelo Estado, ou seja, de mbitocomercial, industrial ou de prestao de servios.
Exemplos: Receitas patrimoniais, agropecurias, industriais, deservios, de operaes de crdito e alienao de bens.
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Receitas Correntes x Receitas de CapitalClassificao das Receitas quanto CATEGORIA ECONMICA,prevista na Lei 4.320/64:
Art. 11 - A receita classificar-se- nas seguintes categoriaseconmicas: Receitas Correntes e Receitas de Capital.
Com a Portaria Interministerial STN/SOF n 388/06, essascategorias econmicas foram detalhadas em:
Receitas Correntes Intraoramentrias e
Receitas de Capital Intraoramentrias
Dessa forma, na consolidao das contas pblicas, essasdespesas e receitas so identificadas, evitando-se as duplascontagens decorrentes de sua incluso no oramento.
Receitas Correntes x Receitas de Capital
Receitas Correntes
So os ingressos de recursos financeiros oriundos das atividadesoperacionais, para aplicao em despesas correspondentes,tambm em atividades operacionais, que EM REGRA decorre deuma mutao patrimonial, ou seja, so em regra receitas efetivas.
De acordo com o 1 do art. 11 da Lei 4.320/64:
So Receitas Correntes as receitas tributria, decontribuies, patrimonial, agropecuria, industrial, deservios e outras e, ainda, as provenientes de recursosfinanceiros recebidos de outras pessoas de direito pblicoou privado, quando destinadas a atender despesasclassificveis em Despesas Correntes.
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Receitas Correntes x Receitas de CapitalReceitas CorrentesDe acordo com o 4 do art. 11 da Lei n 4.320/64, as receitascorrentes sero classificadas nas seguintes subcategorias econmicas:
Receita Tributria
Impostos
Taxas
Contribuies de melhoria
Receita de Contribuies
Receita Patrimonial
Receita Agropecuria
Receita Industrial
Receita de Servios
Transferncias Correntes
Outras Receitas Correntes
Receitas Correntes x Receitas de Capital
Receitas Correntes (definies do Manual de Procedimentosdas Receitas Pblicas)
Receita Tributria: So os ingressos provenientes da arrecadao deimpostos, taxas e contribuies de melhoria. Dessa forma, uma receitaprivativa das entidades investidas do poder de tributar: Unio, Estados,Distrito Federal e os Municpios.
Receita de Contribuies: o ingresso proveniente de contribuiessociais, de interveno no domnio econmico e de interesse das
categorias profissionais ou econmicas, como instrumento deinterveno nas respectivas reas.
Receita Patrimonial: o ingresso proveniente de rendimentos sobreinvestimentos do ativo permanente, de aplicaes de disponibilidadesem operaes de mercado e outros rendimentos oriundos de renda deativos permanentes. So receitas decorrentes da fruio do patrimniomobilirio e imobilirio do ente pblico, ou de participao societria.
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Receitas Correntes x Receitas de CapitalReceitas Correntes
Receita Patrimonial:(cont)
Receitas Imobilirias: Provenientes da utilizao, por terceiros, debens imveis pertencentes ao setor pblico. Exemplos: Aluguis,Arrendamentos, Foros, Laudmios
Receitas de Valores Mobilirios: Registra o valor total daarrecadao de receitas decorrentes de valores mobilirios.Exemplos: Juros de Ttulos de Renda, Dividendos (inclui-se nestarubrica o valor recebido a ttulo de Juros sobre o Capital Prprio),Participaes, Remunerao de Depsitos Bancrios.
Receita de Concesses e Permisses: Registra o valor total daarrecadao de receitas originadas da concesso ou permisso aoparticular do direito de explorao de servios pblicos, os quaisesto sujeitos ao controle, fiscalizao e regulao do poder pblico.
Compensaes Financeiras: Registra o valor total da arrecadaode receita de contribuies econmicas de recursos resultantes daexplorao de petrleo bruto, xisto betuminoso e gs, de recursoshdricos e de recursos minerais.
Receitas Correntes x Receitas de Capital
Receitas CorrentesReceita Agropecuria: o ingresso proveniente da atividade ou daexplorao agropecuria de origem vegetal ou animal. Incluem-se nessaclassificao as receitas advindas da explorao da agricultura (cultivodo solo), da pecuria (criao, recriao ou engorda de gado e deanimais de pequeno porte) e das atividades de beneficiamento outransformao de produtos agropecurios em instalaes existentes nosprprios estabelecimentos.
Receita Industrial: o ingresso proveniente da atividade industrial deextrao mineral, de transformao, de construo e outras,provenientes das atividades industriais definidas como tal pelaFundao Instituto Brasileiro de Geografia e EstatsticaIBGE.
Receita de Servios: o ingresso proveniente da prestao deservios de transporte, sade, comunicao, porturio, armazenagem,de inspeo e fiscalizao, judicirio, processamento de dados, vendasde mercadorias e produtos inerentes atividade da entidade e outrosservios.
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Receitas Correntes x Receitas de CapitalReceitas Correntes
Transferncias Correntes: o ingresso proveniente de outros entesou entidades, referente a recursos pertencentes ao ente ou entidaderecebedora ou ao ente ou entidade transferidora, efetivado mediantecondies preestabelecidas ou mesmo sem qualquer exigncia, desdeque o objetivo seja a aplicao em despesas correntes.
Outras Receitas Correntes: So os ingressos correntes provenientesde outras origens no classificveis nas anteriores. Exemplos:
Multas e juros de mora;
Multas por infrao legislao trabalhista;Multas previstas na legislao de trnsito;
Receita da dvida ativa
Receitas Correntes x Receitas de Capital
Receitas de Capital
So os ingressos de recursos financeiros oriundos de atividadesoperacionais ou no operacionais para aplicao em despesasoperacionais, correntes ou de capital, visando ao alcance dosobjetivos traados nos programas e aes de governo.
So denominados receita de capital porque so derivados daobteno de recursos mediante a constituio de dvidas,amortizao de emprstimos e financiamentos ou alienao decomponentes do ativo permanente, constituindo-se em meiospara atingir a finalidade fundamental do rgo ou entidade, oumesmo, atividades no operacionais visando ao estmulo satividades operacionais do ente.
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Receitas Correntes x Receitas de CapitalReceitas de CapitalDe acordo com o 2 do art. 11 da Lei 4.320/64:
So Receitas de Capital as provenientes da realizao derecursos financeiros oriundos de constituio de dvidas; daconverso, em espcie, de bens e direitos; os recursos recebidosde outras pessoas de direito pblico ou privado, destinados aatender despesas classificveis em Despesas de Capital e,ainda, o supervit do Oramento Corrente.
De acordo com o 4 do art. 11 da Lei n 4.320/64, as receitas decapital sero classificadas nas seguintes subcategorias econmicas:
Operaes de Crdito
Alienao de Bens
Amortizao de Emprstimos
Transferncias de Capital
Outras Receitas de Capital
Receitas Correntes x Receitas de Capital
Receitas de CapitalOperaes de Crdito: So os ingressos provenientes dacolocao de ttulos pblicos ou da contratao de emprstimos efinanciamentos obtidos junto a entidades estatais ou privadas.Exemplos: Ttulos de Responsabilidade do Tesouro, EmprstimosCompulsrios, Operaes de Crdito Contratuais (internas ouexternas)
Alienao de Bens: o ingresso proveniente da alienao decomponentes do ativo permanente. Exemplos: Alienao deBens Mveis (ttulos, mercadorias, bens inservveis oudesnecessrios), Alienao de Ttulos Mobilirios, Alienao deEstoques (estoques pblicos ou privados, em consonncia com apoltica agrcola nacional); Alienao de Bens Imveis
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Receitas Correntes x Receitas de CapitalReceitas de Capital
Amortizao de Emprstimos: o ingresso proveniente daamortizao, ou seja, parcela referente ao recebimento de parcelasde emprstimos ou financiamentos concedidos em ttulos oucontratos.
Transferncias de Capital: o ingresso proveniente de outrosentes ou entidades, referente a recursos pertencentes ao ente ouentidade recebedora ou ao ente ou entidade transferidora, efetivadomediante condies preestabelecidas ou mesmo sem qualquer
exigncia, desde que o objetivo seja a aplicao em despesas decapital.
Outras Receitas de Capital: So os ingressos de capitalprovenientes de outras origens no classificveis nas anteriores.Exemplos: Integralizao do Capital Social, Resultado do BancoCentral do Brasil, Remunerao das Disponibilidades do TesouroNacional (valor da remunerao do saldo dirio dos depsitos daUnio)
Receitas Correntes e Receitas de CapitalX
Receitas Efetivas e Receitas No-efetivas
Regra Geral: Receitas Correntes so Efetivas
Exceo: Recebimento da Dvida Ativa
Regra Geral: Receitas de Capital so no-efetivasExceo: Transferncias de Capital recebidas
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Estgios da ReceitaEstgio da Receita cada fase que identifica e evidencia ocomportamento da receita, facilitando o reconhecimento, registroe gesto dos ingressos pblicos. A Receita Pblica, desde suaincluso na proposta oramentria at o seu recolhimento aoCaixa nico do Tesouro, passa por uma sequncia evolutiva.
So os estgios (ou fases) da Receita:
- Previso
- Lanamento
- Arrecadao
- Recolhimento
Estgios da Receita
Previso
Tambm conhecido como RECEITA ORADA, aestimativa de quanto se espera arrecadar durante oexerccio financeiro.
Corresponde s projees efetuadas atravs dos estudosefetuados pelos rgos fazendrios, baseados nocomportamento histrico, na sazonalidade, expectativa
inflacionria, crescimento da economia, mudanas nalegislao tributria e outros fatores que possam interferirna produtividade de cada fonte de receita.
As previses de receita devem observar aspectos tcnicose legais, de acordo com normas estabelecidas na LRF(artigo 12)
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Estgios da ReceitaLanamento
De acordo com a Lei 4.320/64 o ato da repartiocompetente, que verifica a procedncia do crdito fiscal e apessoa que lhe devedora e inscreve o dbito desta.(art. 53)
O lanamento tributrio tambm regulamentado pelo art.142 do CTN.
Tem como objetivo:
Verificar a ocorrncia do fato gerador da receita
Identificar e individualizar o contribuinte ou o devedor eos respectivos valores, espcies e vencimentos.
Nem todas as receitas passam por essa fase, conformeinterpretao do art. 52 da Lei 4.320/64: So objeto delanamento os impostos diretos e quaisquer outras rendas comvencimento determinado em lei, regulamento ou contrato.
Estgios da Receita
Lanamento
H 3 tipos de lanamento:
De ofcio ou direto: aquele efetuado unilateralmentepela Autoridade Administrativa, sem interveno docontribuinte ou do devedor.
Por declarao ou misto: aquele efetuado pelaAutoridade Administrativa com a colaborao doprprio contribuinte ou de terceiro obrigado por lei aprestar informaes sobre matria de fatoindispensvel sua efetivao.
Por homologao ou autolanamento: efetuado peloprprio contribuinte e posteriormente verificado pelaautoridade administrativa.
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Estgios da ReceitaLanamento
H 3 tipos de lanamento:
De ofcio ou direto: aquele efetuado unilateralmentepela Autoridade Administrativa, sem interveno docontribuinte ou do devedor.
Por declarao ou misto: aquele efetuado pelaAutoridade Administrativa com a colaborao doprprio contribuinte ou de terceiro obrigado por lei aprestar informaes sobre matria de fatoindispensvel sua efetivao.
Por homologao ou autolanamento: efetuado peloprprio contribuinte e posteriormente verificado pelaautoridade administrativa.
Estgios da Receita
Arrecadao
Consiste no pagamento, pelo contribuinte ou pelo devedor,ao agente arrecadador (geralmente uma instituiofinanceira), do valor de seu dbito.
Pelo Regime Contbil de Caixa para as Receitas (Lei4.320/64), consiste no momento que resulta do registrocontbil da receita, ou seja, o reconhecimento da receita.
A Lei 4.320/64 traz a seguinte regra sobre esse estgio:
Art. 55. Os agentes da arrecadao devem fornecerrecibos das importncias que arrecadarem.
1 Os recibos devem conter o nome da pessoa quepaga a soma arrecadada, provenincia e classificao,bem como a data a assinatura do agente arrecadador.
2 Os recibos sero fornecidos em uma nica via.
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Estgios da ReceitaRecolhimento
o repasse do produto da arrecadao ao Tesouro doEstado, pelos agentes arrecadadores.
Deve-se observar o Princpio de Unidade de Caixa (Caixanico do Tesouro), previsto na Lei 4.320/64:
Art. 56. O recolhimento de todas as receitas far-se-em estrita observncia ao princpio de unidade detesouraria, vedada qualquer fragmentao paracriao de caixas especiais.
DESPESAS
PBLICAS
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Conceito de DespesaDESPESA, do ponto de vista contbil, evidencia a variaoPASSIVA do Patrimnio Lquido, resultante de aumento depassivos e/ou reduo de ativos.
A Resoluo CFC n 1374, de 08/12/2011, que revogou aResoluo CFC n 1121/08, dispe sobre a Estrutura Conceitualpara Elaborao e Divulgao de Relatrio Contbil-Financeiro.Segundo o diploma normativo:
4.25 Os elementos de receitas e despesas so definidos como segue:b) despesas so decrscimos nos benefcios econmicos durante o
perodo contbil, sob a forma da sada de recursos ou dareduo de ativos ou assuno de passivos, que resultam emdecrscimo do patrimnio lquido, e que no estejamrelacionados com distribuies aos detentores dos instrumentospatrimoniais.
Despesa Pblica
A doutrina majoritria adota os conceitos de Despesa Pblicadefinidos por Aliomar Baleeiro:
oconjunto de dispndios do Estado, ou de outra pessoa deDireito Pblico, para o funcionamento dos servios pblicos
a aplicao de certa quantia, em dinheiro, por parte daautoridade ou agente pblico competente, dentro de umaautorizao legislativa, para execuo de fim a cargo dogoverno
Nesse sentido, a despesa PARTE DO ORAMENTO, ou seja,aquela parte em que se encontram classificadas todas asautorizaes para gastos com as vrias atribuies e funes deGoverno. Trata-se da distribuio e emprego das receitas paracusteio da mquina estatal.
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Despesa PblicaO conceito de despesa pblica amplo e abrange inclusiveinvestimentos e outros gastos transitrios (como pagamento dedepsitos consignados).
Toda despesa pblica pressupe, como elemento essencial, oemprego de dinheiro para objetivos pblicos. Se o objetivopblico alcanado sem essa aplicao de dinheiro, no hdespesa pblica, mas outro processo administrativo.
A aplicao dos recursos financeiros pode se dar de formaDIRETA ou INDIRETA (transferncia a terceiros).
Despesa sob o Enfoque Patrimonial
O Manual da Despesa Nacional trata a despesa sob o enfoquepatrimonial simplesmente como despesa, destacando que essano deve ser confundida com a despesa oramentria.
Segundo os princpios contbeis, a despesa deve ser registradano momento da ocorrncia do seu fato gerador,independentemente de recebimento, seguindo os princpios decontabilidade (Resoluo CFC n750/93, com redao dada pelaResoluo CFC n 1282/10, combinado com a Resoluo CFCn1111/07, com redao dada pela Resoluo CFC n 1367, de29/11/11, que trata da interpretao dos princpios decontabilidade sob a perspectiva do setor pblico)
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Despesa sob o Enfoque PatrimonialA despesapode ser classificada de duas formas:
a) Quanto entidade que realiza a despesa:
Despesa Pblicaaquela efetuada por entidade pblica.
Despesa Privadaaquela efetuada por entidade privada.
b) Quanto dependncia da execuo oramentria:
Despesa resultante da execuo oramentria aquela
que depende de autorizao oramentria para acontecer.Exemplos: despesa com salrios, despesa com educaoetc.
Despesa independente da execuo oramentria aquela que independe de autorizao oramentria paraacontecer. Exemplos: constituio de proviso, despesacom depreciao, etc.
Despesa sob o Enfoque Oramentrio
A despesa, pelo enfoque oramentrio, a aplicao de recursosoramentrios em determinado perodo.
Dessa forma, Despesa/Dispndio oramentrio fluxo que derivada utilizao de crdito consignado no oramento da entidade,podendo ou no diminuir a situao lquida patrimonial.
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Despesa sob o Enfoque OramentrioA despesa oramentria pode ser classificada de duas formas:
a) Quanto s entidades destinatrias do oramento:
Despesa Oramentria Pblica - aquela executada por entidades pblicase que depende de autorizao legislativa para sua realizao, por meio daLei Oramentria Anual ou de Crditos Adicionais, pertencendo aoexerccio financeiro da emisso do empenho.
Despesa Oramentria Privada - aquela executada por entidades privadase que depende de autorizao oramentria aprovada por ato de conselhosuperior ou outros procedimentos internos para sua consecuo.
b) Quanto ao impacto na situao lquida patrimonial:
Despesa Oramentria Efetiva aquela que, no momento da suarealizao, reduz a situao lquida patrimonial da entidade. Constitui fatocontbil modificativo diminutivo.
Despesa Oramentria No-Efetiva aquela que, no momento da suarealizao, no reduz a situao lquida patrimonial da entidade e constituifato contbil permutativo. Neste caso, alm da despesa oramentria,registra-se concomitantemente conta de variao ativa para anular o efeitodessa despesa sobre o patrimnio lquido da entidade.
Despesas Oramentrias xDespesas Extraoramentrias
Despesas Oramentrias
Tm origem no oramento
Representam os gastos fixados no oramento pblico, ou quederivem dos crditos adicionais
Sua realizao depende de prvia autorizao legislativa (excetocrditos extraordinrios)
Despesas Extraoramentrias
No se originam no oramento.
No constam da lei oramentria.
Compreende sadas de recursos financeiros como levantamentode depsitos, caues, resgate de operaes por ARO etc.
So recebimentos contabilizados anteriormente como receitasextraoramentrias
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Despesas Correntes x Despesas de CapitalClassificao das Despesas quanto CATEGORIA ECONMICA
Avalia a despesa quanto ao impacto na formao de patrimnio (bens decapital) do ente pblico, ou seja, o efeito econmico da despesa.
Essa classificao est positivada na Lei 4.320/64 :
Art. 12. A despesa ser classificada nas seguintes categoriaseconmicas:
- Despesas Correntes
Despesas de Custeio
Transferncias Correntes
- Despesas de Capital
Investimentos
Inverses Financeiras
Transferncias de Capital
Despesas Correntes x Despesas de Capital
Despesas Correntes
Classificam-se nessa categoria todas as despesas que nocontribuem, diretamente, para a formao ou aquisio de umbem de capital.
So as despesas realizadas para manuteno da estruturagovernamental
Despesas de Capital
Classificam-se nessa categoria aquelas despesas quecontribuem, diretamente, para a formao ou aquisio de umbem de capital.
So as despesas realizadas para expanso (investimentos)da estrutura do governo.
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Despesas CorrentesDe acordo com o art. 12 da Lei 4.320/64, as despesas correntes so classificadas em:
Despesas de Custeio (1)Classificam-se como DESPESAS DE CUSTEIO as dotaes para MANUTENO deservios anteriormente criados, inclusiveas destinadas a atender a OBRAS deCONSERVAO e ADAPTAO de bens imveis.
Transferncias Correntes(2)Classificam-se como TRANSFERNCIAS CORRENTESas dotaes para despesas asquais NO corresponda contraprestao direta em bens ou servios, inclusiveparacontribuies e subvenesdestinadas a atender manifestao de outras entidades dedireito pblico ou privado.
Ainda, o 3 do art. 12 esclarece que:Consideram-se subvenes, para os efeitos desta lei, as transferncias destinadas acobrir despesas de custeio das entidades beneficiadas, distinguindo-secomo:
I - subvenes sociais, as que se destinem a instituies pblicas ou privadas decarter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa;II - subvenes econmicas, as que se destinem a empresas pblicas ouprivadas de carter industrial, comercial, agrcola ou pastoril.
Despesas de Capital
De acordo com o art. 12 da Lei 4.320/64, as despesas de capital so classificadas em:
Investimentos(4 do art. 12, Lei 4.320/64)Classificam-se como INVESTIMENTOS as dotaes para o planejamento e aexecuo de obras, inclusive as destinadas aquisio de imveisconsiderados necessrios realizao destas ltimas, bem como para osprogramas especiais de trabalho, aquisio de instalaes, equipamentos ematerial permanentee constituio ou aumento do capital de empresas queNO sejam de carter comercial ou financeiro.
Inverses Financeiras(5 do art. 12, Lei 4.320/64)Classificam-se como INVERSES FINANCEIRASas dotaes destinadas a:I - aquisio de imveis, ou de bens de capital j em utilizao;II - aquisio de ttulos representativos do capital de empresas ou
entidades de qualquer espcie, j constitudas, quando a operao NOimporte aumento do capital;
III - constituio ou aumento do capital de entidades ou empresas quevisem a objetivos comerciais ou financeiros, inclusive operaes bancrias oude seguros.
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Despesas de CapitalDe acordo com o art. 12 da Lei 4.320/64, as despesas de capital so classificadas em:
Transferncias de Capital(6 do art. 12, Lei 4.320/64)
So TRANSFERNCIAS DE CAPITAL as dotaes para investimentos ouinverses financeiras que OUTRAS pessoas de direito pblico ou privadodevam realizar, independentemente de contraprestao direta em bens ouservios, constituindo essas transferncias auxlios ou contribuies, segundoderivem diretamente da Lei de Oramento ou de lei especialmente anterior, bemcomoas dotaes para amortizao da dvida pblica.
Elemento da Despesa
O elemento de despesa tem por finalidade identificar osobjetos de gasto, tais como vencimentos e vantagens fixas,juros, dirias, material de consumo, servios de terceirosprestados sob qualquer forma, subvenes sociais, obras einstalaes, equipamentos e material permanente, auxlios,amortizao e outros de que a administrao pblica se servepara a consecuo de seus fins.
Essa classificao est prevista na Lei 4.320/64:
Art. 13. Observadas as categorias econmicas do art. 12, adiscriminao ou especificao da despesa por elementos,em cada unidade administrativa ou rgo de governo,obedecer ao seguinte esquema:
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Elemento da DespesaDESPESAS CORRENTES
Despesas de Custeio Transferncias Correntes
- Pessoal Civil - Subvenes Sociais
- Pessoal Militar - Subvenes Econmicas
- Material de Consumo - Inativos
- Servios de Terceiros - Pensionistas
- Encargos Diversos - Salrio Famlia e Abono Familiar
- Juros da Dvida Pblica
- Contribuies de Previdncia Social
- Diversas Transferncias Correntes
Elemento da Despesa
DESPESAS DE CAPITAL
Investimentos Inverses Financeiras
- Obras Pblicas - Aquisio de Imveis
- Servios em Regime - Participao em Constituio em
de Programao Especial Aumento de Capital de Empresas ou
- Equipamentos e Instalaes Entidades Comerciais ou Financeiras
- Material Permanente - Aquisio de Ttulos Representativos
- Participao em Constituio de Capital de Empresas em funcionam.
ou Aumento de Capital de - Constituio de Fundos Rotativos
Empresas ou Entidades - Concesso de Emprstimos
Industriais ou Agrcolas - Diversas Inverses Financieras
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Elemento da DespesaDESPESAS DE CAPITAL
Transferncias de Capital
- Amortizao da Dvida Pblica
- Auxlios para Obras Pblicas
- Auxlios para Equipamentos e Instalaes
- Auxlios para Inverses Financeiras
- Outras Contribuies.
Despesas Efetivas x Despesas No-Efetivas
Classificao da Despesa quanto AFETAO PATRIMONIAL.Avalia a despesa quanto ao impacto na situao lquidapatrimonial da entidade.
Despesa Efetiva: Aquela que, no momento do seureconhecimento, diminui a situao lquida patrimonial daentidade.
Constitui fato contbil modificativo diminutivo.
Incluem EM REGRA todas as despesas correntes.
Exemplo: despesas com salrios de servidores
Exceo (fato permutativo): Materiais de Consumopara estoque em almoxarifado
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Despesas Efetivas x Despesas No-EfetivasClassificao da Despesa quanto AFETAO PATRIMONIAL.Despesa No-Efetiva:Aquela que no altera a situao lquidapatrimonial no momento do seu reconhecimento, constituindo fatocontbil permutativo.
Neste caso, alm da despesa oramentria, registra-se concomitantemente conta de variao ativa paraanular o efeito dessa despesa sobre o patrimniolquido da entidade.
Incluem EM REGRA as despesas de capital.Exemplo: as despesas de amortizao da dvidapblica. Antes de seu pagamento a administraopblica procedeu ao registro de baixa de umaobrigao.
Exceo (fato diminutivo): Transferncias de Capital
Despesas Correntes e Despesas de CapitalX
Despesas Efetivas e Despesas No-efetivas
Regra Geral: Despesas Correntes so Efetivas
Exceo: Aquisio de Material de Consumo
Regra Geral: Despesas de Capital so No-EfetivasExceo: Transferncias de Capital realizadas
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Estrutura da Despesa Oramentria- Classificao Institucional
QUEM o responsvel pela despesa?
- Classificao Funcional
EM QUE REA de ao governamental a despesa serrealizada?
- Estrutura ProgramticaPARA QUE os recursos so alocados (finalidade)?
- Classificao Quanto Natureza da Despesa
O QUE ser adquirido e QUAL O EFEITO ECONMICO darealizao da despesa?
Classificao Institucional
Quem o responsvel pela programao?
Consiste na discriminao dos crditos oramentrios pelosrgos que integram a estrutura administrativa e que vo realizaras tarefas que lhes competem no programa de trabalho.
UNIDADES ORAMENTRIAS (Lei 4.320/64)Art. 14. Constitui unidade oramentria o agrupamento deservios subordinados ao mesmo rgo ou repartio a quesero consignadas dotaes prprias.
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Classificao FuncionalA classificao funcional segrega as dotaes oramentrias emfunes e subfunes, buscando responder basicamente indagao em que rea de ao governamental a despesa serrealizada.
A atual classificao funcional foi instituda pela Portaria n 42, de14/04/1999, do ento Ministrio do Oramento e Gesto, e compostade um rol de funes e subfunes prefixadas, que servem comoagregador dos gastos pblicos por rea de ao governamental nastrs esferas de Governo.
1 Como funo, deve entender-se o maior nvel de agregaodas diversas reas de despesa que competem ao setor pblico.(art. 1 da Portaria MOG n 42/99)
Exemplos: (01) Legislativa, (02) Judiciria, (05) Defesa Nacional, (06)Segurana Pblica, (10) Sade etc.
Estrutura Programtica da Despesa
Para que os recursos so alocados?
Como atingir os objetivos?
Considerada a mais moderna das classificaes oramentriasda despesa, a classificao por programas tem por finalidadebsica demonstrar as realizaes de governo e o resultado finaldo seu trabalho.
Toda ao do Governo est estruturada em programasorientados para a realizao dos objetivos estratgicos definidosno Plano PlurianualPPA para o perodo de quatro anos.
Essa classificao tambm foi instituda pela Portaria MOG 42/99
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Estrutura Programtica da DespesaDefinies da Portaria MOG n 42/1999:
Art. 2 Para os efeitos da presente Portaria, entendem-se por:
a) Programa, o instrumento de organizao da ao governamentalvisando concretizao dos objetivos pretendidos, sendomensurado por indicadores estabelecidos no plano plurianual;
b) Projeto, um instrumento de programao para alcanar o objetivode um programa, envolvendo um conjunto de operaes,limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorrepara a expanso ou o aperfeioamento da ao de governo;
c) Atividade, um instrumento de programao para alcanar oobjetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operaesque se realizam de modo contnuo e permanente, das quaisresulta um produto necessrio manuteno da ao degoverno;
d) Operaes Especiais, as despesas que no contribuem para amanuteno das aes de governo, das quais no resulta umproduto, e no geram contraprestao direta sob a forma debens ou servios.
AES
Estrutura Programtica da Despesa
Programa o instrumento de organizao da atuao governamental quearticula um conjunto de aes que concorrem para a concretizao de umobjetivo comum preestabelecido, mensurado por indicadores institudos noplano, visando soluo de um problema ou ao atendimento de determinadanecessidade ou demanda da sociedade.
O programa o mdulo comum integrador entre o plano e o oramento. Oplano termina no programa e o oramento comea no programa, o que conferea esses instrumentos uma integrao desde a origem. O programa, comomdulo integrador, e as aes, como instrumentos de realizao dosprogramas.Cada programa deve conter objetivo, indicador que quantifica a situao queo programa tenha como finalidade modificar e os produtos (bens e servios)necessrios para atingir o objetivo. A partir do programa so identificadas asaes sob a forma de atividades, projetos ou operaes especiais,especificando os respectivos valores e metas e as unidades oramentriasresponsveis pela realizao da ao.
Um programa composto de aes.
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Classificao Quanto Natureza da DespesaO conjunto de informaes que constitui a natureza de despesa oramentriaforma um cdigo estruturadoque agrega a categoria econmica, o grupo,a modalidade de aplicaoe o elemento.
Essa classificao foi regulamentada pela Portaria Interministerial STN/MF eSOF/MPOG n 163, de 04/05/2001
Art. 3 A classificao da despesa, segundo a sua natureza, compe-sede:
I - categoria econmica;
II - grupo de natureza da despesa;
III - elemento de despesa 1 A natureza da despesa ser complementada pela informaogerencial denominada modalidade de aplicao, a qual tem porfinalidade indicar se os recursos so aplicados diretamente por rgosou entidades no mbito da mesma esfera de Governo ou por outro enteda Federao e suas respectivas entidades, e objetiva, precipuamente,possibilitar a eliminao da dupla contagem dos recursos transferidos oudescentralizados.
Classificao Quanto Natureza da Despesa
Classificao Econmica: classificao da despesa em CategoriasEconmicas, de acordo com o artigo 12 da Lei 4.320/64:
Despesas Correntes
Despesas de Capital
Grupo de Natureza da Despesa: um agregador de elementos de despesacom as mesmas caractersticas quanto ao objeto de gasto.
Este nvel no estava previsto na Lei 4.320/64 e foi introduzido pela PortariaInterministerial 163/01:
Entende-se por grupos de natureza de despesa a agregao deelementos de despesa que apresentam as mesmas caractersticasquanto ao objeto de gasto.(art. 3, 2)
As despesas so divididas em: Pessoal e Encargos Sociais, Juros e Encargosda Dvida, Outras Despesas Correntes, Investimentos, Inverses Financeiras,Amortizao da Dvida, Reserva do RPPS, Reserva de Contingncia
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Classificao Quanto Natureza da DespesaModalidade de Aplicao: A modalidade de aplicao considerada umainformao gerencial e ser informada em complementao natureza dadespesa. (art. 3, 1 da Portaria Interministerial 163/01)
A modalidade de aplicao tem por finalidade indicar se os recursos soaplicados diretamente por rgos ou entidades no mbito da mesma esfera deGoverno ou por outro ente da Federao e suas respectivas entidades, eobjetiva, precipuamente, possibilitar a eliminao da dupla contagem dosrecursos transferidos ou descentralizados.
Tambm indica se tais recursos so aplicados mediante transferncia para
entidades privadas sem fins lucrativos, outras instituies ou ao exterior.
Exemplos:
Transferncias Intragovernamentais, Transferncias Unio,Transferncias a Estados e ao Distrito Federal, Transferncias aMunicpios, Transferncias a Instituies Privadas com/sem FinsLucrativos, Transferncias ao Exterior, Aplicaes Diretas etc
Classificao Quanto Natureza da Despesa
Elemento da Despesa: Essa classificao foi instituda pela Lei 4.320/64, emseu artigo 13.
Oelemento de despesa tem por finalidade identificar os objetos de gasto, taiscomo vencimentos e vantagens fixas, juros, dirias, material de consumo,servios de terceiros prestados sob qualquer forma, subvenes sociais, obrase instalaes, equipamentos e material permanente, auxlios, amortizao eoutros de que a administrao pblica se serve para a consecuo de seusfins.(Art. 3, 3 da Portaria Interministerial 163/01)
Tambm indica se tais recursos so aplicados mediante transferncia paraentidades privadas sem fins lucrativos, outras instituies ou ao exterior.
Exemplos:
Transferncias Intragovernamentais, Transferncias Unio,Transferncias a Estados e ao Distrito Federal, Transferncias aMunicpios, Transferncias a Instituies Privadas com/sem FinsLucrativos, Transferncias ao Exterior, Aplicaes Diretas etc
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Classificao Quanto Natureza(Elemento de Despesa)
01 - Aposentadorias e Reformas
03 - Penses
04 - Contratao por Tempo
Determinado
05 - Outros Benefcios Previdencirios
06 - Benefcio Mensal ao Deficiente e ao
Idoso
07 - Contribuio a Entidades Fechadas
de Previdncia08 - Outros Benefcios Assistenciais
09 - Salrio-Famlia
10 - Outros Benefcios de Natureza
Social
11 - Vencimentos e Vantagens Fixas -
Pessoal Civil
12 - Vencimentos e Vantagens Fixas -
Pessoal Militar
13 - Obrigaes Patronais
14 - Dirias - Civil
15 - Dirias - Militar
16 - Outras Despesas Variveis - Pessoal
Civil
17 - Outras Despesas Variveis - Pessoal
Militar
18 - Auxlio Financeiro a Estudantes
19 - Auxlio-Fardamento
20 - Auxlio Financeiro a Pesquisadores
21 - Juros sobre a Dvida por Contrato
22 - Outros Encargos sobre a Dvida por
Contrato
23 - Juros, Desgios e Descontos da
Dvida Mobiliria
Classificao Quanto Natureza(Elemento de Despesa)
24 - Outros Encargos sobre a Dvida
Mobiliria
25 - Encargos sobre Operaes de
Crdito por Antecipao da Receita
26 - Obrigaes decorrentes de Poltica
Monetria
27 - Encargos pela Honra de Avais,
Garantias, Seguros e Similares28 - Remunerao de Cotas de Fundos
Autrquicos
30 - Material de Consumo
31 - Premiaes Culturais, Artsticas,
Cientficas, Desportivas e Outras
32 - Material de Distribuio Gratuita
33 - Passagens e Despesas com
Locomoo
34 - Outras Despesas de Pessoal
decorrentes de Contratos de
Terceirizao
35 - Servios de Consultoria
36 - Outros Servios de Terceiros -
Pessoa Fsica
37 - Locao de Mo-de-Obra
38 - Arrendamento Mercantil
39 - Outros Servios de Terceiros -
Pessoa Jurdica
41 - Contribuies
42 - Auxlios
43 - Subvenes Sociais
45 - Equalizao de Preos e Taxas
46 - Auxlio-Alimentao
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Classificao Quanto Natureza(Elemento de Despesa)
47 - Obrigaes Tributrias e
Contributivas
48 - Outros Auxlios Financeiros a
Pessoas Fsicas
49 - Auxlio-Transporte
51 - Obras e Instalaes
52 - Equipamentos e Material
Permanente
61 - Aquisio de Imveis62 - Aquisio de Produtos para
Revenda
63 - Aquisio de Ttulos de Crdito
64 - Aquisio de Ttulos
Representativos de Capital j
Integralizado
65 - Constituio ou Aumento de Capital
de Empresas
66 - Concesso de Emprstimos e
Financiamentos
67 - Depsitos Compulsrios
71 - Principal da Dvida Contratual
Resgatado
72 - Principal da Dvida Mobiliria
Resgatado
73 - Correo Monetria ou Cambial da
Dvida Contratual Resgatada74 - Correo Monetria ou Cambial da
Dvida Mobiliria Resgatada
75 - Correo Monetria da Dvida de
Operaes de Crdito por
Antecipao da Receita
Classificao Quanto Natureza(Elemento de Despesa)
76 - Principal Corrigido da Dvida Mobiliria Refinanciado
77 - Principal Corrigido da Dvida Contratual Refinanciado
81 - Distribuio de Receitas
91 - Sentenas Judiciais
92 - Despesas de Exerccios Anteriores
93 - Indenizaes e Restituies
94 - Indenizaes e Restituies Trabalhistas95 - Indenizao pela Execuo de Trabalhos de Campo
96 - Ressarcimento de Despesas de Pessoal Requisitado
99 - A Classificar
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Estgios da DespesaA Lei 4.320/64 trata no Captulo III do Ttulo VI sobre a execuooramentria da despesa.
Nesse Captulo so identificadas trs fases (ou estgios) dadespesa:
- EMPENHO
- LIQUIDAO
- PAGAMENTO
No entanto, doutrinariamente, entende-se que existem 4 estgiosda despesa. A primeira fase, a PREVISO da despesa tratadapelo dispositivo legal nos itens que tratam do Oramento(previso da despesas).
Estgios da Despesa
Previso
Tambm conhecida como FIXAO da despesa.
Nesse estgio, o Poder Pblico determina o quanto ir seralocado em cada dotao oramentria. Esse valor olimite mximo a ser gasto, visando o atendimento dasnecessidades pblicas.
A fixao das despesas oramentrias insere-se noprocesso de planejamento e compreende a adoo demedidas em direo a uma situao idealizada, tendo emvista os recursos disponveis e observando as diretrizes eprioridades traadas pelo governo.
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Estgios da DespesaEmpenho
Consiste na reserva de dotao oramentria para um fimespecfico.
o instrumento autorizador da despesa constante de umadotao oramentria.
Contabilmente, nesse momento registrado apenas uma contade controle, no sistema oramentrio. No entanto, caso esseempenho no seja liquidado at o final do exerccio financeiro,
ser gerado uma obrigao (passivo financeiro) para o ente, naforma de Restos a Pagar (no processado).
Conforme disposto na Lei 4.320/64:
Art. 58. O empenho de despesa o ato emanado deautoridade competente que cria para o Estado obrigao depagamento pendente ou no de implemento de condio.
Art. 59. O empenho da despesa no poder exceder o limitedos crditos concedidos.
Estgios da Despesa
EmpenhoO empenho ser formalizado mediante a emisso de umdocumento denominado Notade Empenho, do qual deve constaro nome do credor, a especificao do credor e a importncia dadespesa, bem como os demais dados necessrios ao controle daexecuo oramentria. (Art. 61 da Lei 4.320/64)
Embora o artigo 61 da Lei 4.320/64 estabelea a obrigatoriedadedo nome do credor no documento Nota de Empenho, em algunscasos, como na Folha de Pagamento, torna-se impraticvel aemisso de um empenho para cada credor, tendo em vista o nmeroexcessivo de credores (nesse caso, os servidores que receberoseus salrios).
Art. 60. vedada a realizao de despesa sem prvioempenho. (Lei 4.320/64)
Entretanto, o 1 do referido artigo estabelece que, em casosespeciais, pode ser dispensada a emisso do documento Nota deEmpenho. Ou seja, o empenho, propriamente dito, indispensvel.
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Estgios da DespesaEmpenho
Quando o valor empenhado for insuficiente para atender despesa a ser realizada, o empenho poder ser reforado.
Caso o valor do empenho exceda o montante da despesarealizada, o empenho dever ser anulado parcialmente.
O empenho ser anulado totalmente quando o objeto docontrato no tiver sido cumprido, ou ainda, no caso de tersido emitido incorretamente.
Nesses dois ltimos casos, os valores no utilizadosretornam dotao oramentria inicial, podendo sernovamente empenhados.
Estgios da Despesa
Classificao do EmpenhoOrdinrio: o tipo de empenho utilizado para as despesas devalor fixo e previamente determinado, cujo pagamento devaocorrer de uma s vez
Exemplo: Compra de veculo vista
Estimativo ou por Estimativa: o tipo de empenho utilizadopara as despesas cujo montante no se pode determinar
previamenteExemplo: Servios de fornecimento de gua e energiaeltrica, aquisio de combustveis e lubrificantes
Global: o tipo de empenho utilizado para despesascontratuais ou outras de valor determinado, sujeitas aparcelamento, cujo montante exato possa ser determinado
Exemplo: Aluguis, servios de limpeza executados porempresa terceirizada, aquisio de um bem de formaparcelada
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Estgios da DespesaLiquidao
Conforme dispe o artigo 63 da Lei n 4.320/1964, a liquidaoconsiste na verificao do direito adquirido pelo credor tendo por baseos ttulos e documentos comprobatrios do respectivo crdito.
A liquidao tem por objetivo apurar (art. 64, 1):
- A origem e o objeto do que se deve pagar;
- A importncia exata a pagar; e
- A quem se deve pagar a importncia para extinguir a obrigao.
As despesas com fornecimento ou com servios prestados tero porbase (art. 64, 2):
- o contrato, ajuste ou acordo respectivo;
- a nota de empenho;
- os comprovantes da entrega de material ou da prestao efetivado servio.
Estgios da Despesa
LiquidaoContabilmente, na liquidao que se reconhece o direito dofornecedor em receber do ente (reconhecimento contbil da obrigao).
Os documentos comprobatrios podem ser a Nota Fiscal ou CupomFiscal emitidos pelo fornecedor.
Deve-se verificar se a mercadoria foi devidamente entregue ou oservio foi executado a contento.
Nesse estgio emitida a Ordem de Pagamento, que o despachoexarado pela autoridade competente, autorizando que a despesa sejapaga. (art. 64, caput)
A Ordem de Pagamento s poder ser exarada em documentosprocessados pelos servios de contabilidade (art. 64, pargrafo nico)
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Estgios da DespesaPagamento
O pagamento consiste na entrega de numerrio ao credorpor meio de cheque nominativo, ordem de pagamento oucrdito em conta.
O pagamento da despesa s ser efetuado quandoordenado aps sua regular liquidao.(Art. 62)
Opagamento da despesa ser efetuado por tesouraria oupagadoria regularmente institudos por estabelecimentosbancrios credenciados e, em casos excepcionais, por meiode adiantamento.(Art. 65)
Suprimento de Fundos ouRegime de Adiantamento
a modalidade de realizao de despesas por meio de adiantamentoconcedido servidor, para posterior prestao de contas, sempre precedidade empenho na dotao prpria, para o fim de realizar despesas que nopossam subordinar-se ao processo normal de aplicao.
O Ordenador pode conceder suprimentos:
- Para atender a despesas eventuais, inclusive em viagens e comservios especiais que exijam pronto pagamento em espcie,
- Quando a despesa deva ser feita em carter sigiloso, conformeprevisto em legislao,
- Para atender a despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelasde pequeno valor (valor estabelecido pela legislao do ente).
A Lei 4.320/64 dispe que:
Art. 68. O regime de adiantamento aplicvel aos casos de despesasexpressamente definidos em lei e consiste na entrega de numerrio a servidor,sempre precedida de empenho na dotao prpria para o fim de realizardespesas, que no possam subordinar-se ao processo normal de aplicao.
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Suprimento de Fundos ouRegime de Adiantamento
A legislao probe a concesso de suprimento de fundos a:
- servidor j responsvel por dois adiantamentos,
- servidor que tenha a seu cargo a guarda ou a utilizao do material aadquirir, salvo quando no houver na repartio outro servidor,
- responsvel por suprimento de fundos que, esgotado o prazo, notenha prestado contas de sua aplicao,
-servidor declarado em alcance, ou seja, aquele teve suas contasimpugnadas
A Lei 4.320/64 dispe que:
Art. 69. No se far adiantamento a servidor em alcance nem a responsvel pordois adiantamentos.
Restos a Pagar
No final do exerccio, as despesas oramentrias empenhadas e nopagassero inscritas em Restos a Pagar e constituiro a Dvida Flutuante.
Considera-se a parcela da despesa oramentria que se encontrar em qualquerfase de execuo posterior emisso do Empenho e anterior ao Pagamentoser considerada restos a pagar.
Somente podero ser inscritas em Restos a Pagar as despesas de
competncia do exerccio financeiro.O raciocnio implcito na Lei 4.320/64 de que a receita oramentria a serutilizada para pagamento da despesa empenhada em determinado exerccio jfoi arrecadada ou ainda ser arrecadada no mesmo ano e estar disponvel nocaixa do governo ainda neste exerccio.
Logo, como a receita oramentria que ampara o empenho pertence aoexerccio e serviu de base, dentro do princpio oramentrio do equilbrio, para afixao da despesa oramentria autorizada pelo Poder Legislativo, a despesaque for empenhada com base nesse crdito oramentrio tambm deverpertencer ao exerccio.
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Restos a PagarSuponha que determinada receita tenha sido arrecadada em determinadoexerccio financeiro, portanto integrando o ativo financeiro do ente pblico aofinal do exerccio. Existindo concomitantemente uma despesa empenhada nessemesmo exerccio, que criou para o estado uma obrigao pendente documprimento do implemento de condio, dever essa despesa ser registradatambm numa conta de passivo financeiro.
- Caso essa despesa no seja registrada no Passivo Financeiro, o entepblico estar apresentando em seu balano patrimonial, ao final doexerccio, supervit financeiro (ativo financeiro passivo financ
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