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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Artigos
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: ESPAÇO DE
APRENDIZAGEM, INTERAÇÃO E APROPRIAÇÃO DE SABERES
Edna da Silva Pereira Volante1
Rejane Christine de Barros Palma2
RESUMO: Este artigo é resultado da intervenção pedagógica realizada no Centro Estadual de Educação Básica de Jovens e Adultos de Londrina com os alunos do Ensino Fundamental lI na disciplina de Ciências. O trabalho foi desenvolvido durante o Programa de Desenvolvimento Educacional do Estado do Paraná- PDE 2013/2014. No presente estudo tem-se como objetivo principal refletir sobre as relações e processos de ensino e aprendizagem inerentes ao contexto escolar, especialmente na Educação de Jovens e Adultos. A presente pesquisa permitiu uma análise do processo de construção do conhecimento científico numa nova concepção da realidade tendo como embasamento a ação educativa que resulte em transformação da vida real e da consciência. Para tanto, adotou-se como metodologia uma pesquisa bibliográfica de caráter qualitativo baseada em livros, artigos e monografias. Os resultados obtidos apontaram dados satisfatórios pelo fato da participação dos professores oportunizarem a reflexão sobre as leituras e vídeos propostos com o intuito de rever a prática pedagógica e redirecionar as suas ações. O projeto de Intervenção Pedagógica propiciou aos alunos espaço para o diálogo, participação e reflexão no processo de interação social visando a transformação de cada um em sujeito consciente, ativo e autônomo. Palavras-chave: Educação de Jovens e Adultos. Interação Professor e Aluno. Processo Ensino Aprendizagem.
INTRODUÇÃO
Atualmente, a Educação de Jovens e Adultos (EJA) tem-se constituído em um
grande desafio para aqueles que atuam nesta modalidade, pois, com a publicação
da instrução nº- 032/2010 SUED/ SEED o número de matrículas de adolescentes
cresce consideravelmente no Ensino Fundamental II. De acordo com a referida
instrução, desde 2010 é possível o ingresso de alunos adolescentes com 15 anos
completos na EJA. Anteriormente a esta determinação, a idade mínima para
matrícula era de 18 anos completos, exigência que garantia a especificidade da
modalidade, isto é, a educação do público adulto.
A característica da EJA até 2010 no que se refere aos alunos que procuravam
por esta modalidade de ensino era formada por alunos trabalhadores, donas de casa
e pessoas que não tiveram acesso à escolaridade na denominada idade própria.
1 Professora pedagoga da rede estadual de ensino do Paraná, integrante do PDE-2013. Graduação em Pedagogia pelo Cesulon- Londrina. Especialista em Alfabetização pela Unioeste, Cascavel. 2. Professora orientadora do PDE-2013.Docente da Universidade Estadual de Londrina- UEL- Mestre em Educação pela UEL.
Atualmente a clientela adulta, que não pôde frequentar a escola por diversos
motivos busca na educação formal a oportunidade de estudar para prestar concurso,
obter qualificação profissional e ampliar os seus conhecimentos. Diante da
possibilidade de ingresso na EJA, os adolescentes que estavam fora da escola por
diversos motivos, tais como reprovações seguidas, defasagem de idade e série,
necessidade de ingressar no mercado de trabalho para cooperar com o orçamento
familiar e também os menores que cumprem medidas socioeducativas procuram
esta modalidade para concluir seus estudos. Sendo assim a inserção dos alunos
adolescentes no CEEBJA trouxe para a sala de aula uma faixa etária diferente e por
esta razão outras demandas passaram a constituir as relações ali existentes. Entre
as diferenças e necessidades do público que procura a Educação de Jovens e
Adultos observa-se que há um desrespeito pelo tempo e ritmo de aprendizagem dos
alunos devido às especificidades de cada idade.
Considerando a diferença de idade entre adolescentes e adultos na sala de
aula e os interesses diversos na questão da aprendizagem e do convívio escolar,
percebe-se a necessidade de um novo olhar que possibilite ao professor repensar
suas ações em sala de aula a fim de promover a integração entre estes alunos
adolescentes e os alunos adultos, o que pode resultar em uma aprendizagem muito
mais rica para ambos.
Verifica-se que o conhecimento prévio dos adultos detentores de cultura e
saberes adquiridos ao longo dos anos muitas vezes são negado pelos adolescentes
que possuem outra visão de mundo e desconsideram a vivência de seus colegas de
classe, os quais, por sua vez, acreditam na premissa de que o aluno jovem tem mais
chances de aprender porque é mais novo. Esta visão perpassa as relações entre os
alunos em sala de aula e desafia o educador a desenvolver estratégias pedagógicas
que estimulem a integração entre alunos adultos e adolescentes de forma criativa e
eficaz.
Neste sentido, a participação da construção do conhecimento por parte do
alunado se faz necessária, visto que participam da vida política e atuam na
sociedade como cidadãos.
Desse modo, é preciso ter clareza de que o currículo da Educação de Jovens
e Adultos é diferenciado do currículo do Ensino Regular, o que não significa de
modo algum que se devem tratar os conteúdos escolares de forma precária ou
aligeirada. Ao contrário, devem ser abordados integralmente, considerando o
conhecimento prévio e os saberes adquiridos ao longo da história de vida de seus
integrantes.
Os conteúdos estruturantes da EJA são os mesmos do Ensino Regular, nos
níveis Fundamental e Médio, mas os procedimentos de ensino devem ser diferentes,
considerando as especificidades dos educandos, ou seja, o tempo curricular ainda
que diferente do estabelecido para o Ensino Regular contempla o mesmo conteúdo.
Isso se deve ao fato de que o público adulto possui uma bagagem cultural e de
conhecimentos adquiridos em outras instâncias sociais, uma vez que a escola não é
o único espaço de produção e socialização de saberes. Este fato torna possível
tratar do mesmo conteúdo de formas e tempos diferenciados, tendo em vista as
experiências e vivências dos educandos da EJA. Cabe observar que os alunos
adultos não são crianças grandes e, portanto, têm clareza do “porque” e “para quê”
estudar. Sendo assim, o educador da EJA precisa identificar o que o seu aluno sabe,
conhecendo as suas aspirações, anseios, ideologia e a sua participação na
sociedade. Este conhecimento só será possível por meio do diálogo e da
observação permanente. O sucesso da aprendizagem na EJA está atrelado a
diversos elementos: organização pedagógica, procedimentos educacionais, perfil
dos educadores, infraestrutura, currículo bem elaborado e comprometimento dos
atores envolvidos para que essa formação seja viabilizada.
Nesse sentido, o educador deve trabalhar os conteúdos de forma
contextualizada, interligando-os com outras disciplinas e outras áreas do
conhecimento, elaborando materiais individualizados e adequados à necessidade do
educando da EJA. Na mesma direção, sugere-se a aplicação de recursos didáticos
diferenciados, como filmes, vídeos, livros e jogos diversificados, bem como
proporcionando visitas a bibliotecas, museus e teatro, bem como o estímulo à
participação em palestras e pesquisas na Internet, além do leque de oportunidades
oferecidas pelos recursos tecnológicos que permitem novas descobertas e
informações, possibilitando a articulação das tecnologias com os conteúdos
escolares. Faz-se necessário ainda trabalhar com o volume de informações
presentes na sociedade atual de forma crítica e reflexiva, que de fato contribua para
a formação do aluno, favorecendo a construção de novos saberes.
A escola é um dos espaços em que os educandos desenvolvem a capacidade de pensar, ler, interpretar e reinventar o seu mundo por meio da atividade reflexiva, A ação da escola será mediada entre o educando e os
saberes, de forma que ele assimile conhecimentos como recursos de transformação de sua realidade. (PARANÁ, 2006, p. 29).
A participação efetiva do educando na construção do homem autônomo,
crítico, com responsabilidade individual e coletiva na ação pedagógica deverá ser
articulada pelos eixos: cultura, trabalho e tempo, visto que o tema trabalho constitui
um importante elemento articulador dos conhecimentos sistematizados com os
conhecimentos do cotidiano presente na vida dos educandos da EJA.
A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Na medida em que se considera a necessidade de se promover a formação
humana e o acesso à cultura geral, entende-se que o cenário trazido pela
modernidade enseja uma série de desafios à Educação de Jovens e Adultos. Nestas
condições, além de um trabalho diferenciado com os conteúdos necessários à
inserção do alunado nas diferentes dimensões da sociedade, importa propiciar os
meios necessários para estimular sua participação política e produtiva nas relações
sociais.
No transcorrer do processo educativo, a autonomia intelectual do educando deve ser estimulada para que ele continue seus estudos, independentemente da educação formal. Cabe ao educador incentivar a busca constante pelo conhecimento produzido pela humanidade, presente em outras fontes de estudo ou pesquisa. Esta forma de estudo individual é necessária, quando se trata da administração do tempo de permanência desse educando na escola e importante na construção da autonomia. A emancipação humana será decorrência da construção dessa autonomia obtida pela educação escolar. O exercício de uma cidadania democrática pelos educandos da EJA será o reflexo de um processo cognitivo, crítico e emancipa tório, com base em valores como respeito mútuo, solidariedade e justiça (PARANÁ, 2006, p. 29).
Sendo assim, busca- se trabalhar elementos da realidade dos alunos, amplia-
se a possibilidade de promover a contextualização dos conteúdos, componente
essencial para imprimir maior qualidade à tarefa educativa escolar.
A compreensão de que os educandos da EJA são na maioria trabalhadores
que buscam na educação formal o acesso a melhores condições de vida exige o
repensar da prática pedagógica, com vistas a suscitar reflexões sobre a necessidade
de estudar não apenas para o ingresso no mercado de trabalho ou no intuito de
assegurar o emprego. Faz-se necessário buscar estratégias de participação efetiva
dos educandos na formação de seres humanos autônomos, críticos e solidários,
capazes de agir com responsabilidade individual e coletiva, transformando o meio
em que vivem em seu próprio benefício e de toda a coletividade.
O processo de humanização do homem pelo trabalho, para Saviani (2008)
realizava-se de forma espontânea e coletiva e não exigia outras formas de educação
que não a do simples convívio. O homem, como ser social, instituía relações de
trabalho, aprendia a cultivar a terra cultivando-a, e, portanto, educava-se pelo
trabalho.
Na sociedade capitalista, a educação escolar passa a ser a forma dominante
de formação dos seres humanos e o desafio a ser enfrentado é a busca por uma
prática pedagógica crítica em que os indivíduos singulares se apropriem dos
elementos necessários a sua humanização por meio do trabalho educativo que
implica na formação baseada no processo histórico e ontológico da existência
humana. Saviani (2008) define o trabalho educativo como o ato de produzir direta e
intencionalmente a apropriação dos elementos culturais necessários à formação do
ser humano.
A partir das políticas públicas estabelecidas ao longo dos anos, tanto em nível
nacional quanto estadual, cresce bastante a procura de pessoas, jovens e adultos
pelos cursos nos CEEBJAs, exigindo consequentemente uma mudança na forma de
ensinar, visando à permanência com sucesso desse discente na escola, ressaltando
a importância da capacitação de professores e técnicos que atuam diretamente
nessa modalidade de ensino.
Cabe neste ponto revisitar a concepção de Paulo Freire:
Assim como não posso ser professor sem me achar capacitado para ensinar certo e bem os conteúdos de minha disciplina não posso, por outro lado, reduzir minha prática docente ao puro ensino daqueles conteúdos. Esse é um momento apenas de minha atividade pedagógica. Tão importante quanto ele, o ensino dos conteúdos, é o meu testemunho ético ao ensiná-los. É a decência com que o faço. É preparação científica revelada sem arrogância, pelo contrário, com humildade. É o respeito jamais negado ao educando, a seu saber de “experiência feito” que busco superar com ele. Tão importante quanto o ensino dos conteúdos é minha coerência na classe. A coerência entre o que digo o que escrevo e o que faço (FREIRE, 1996, p. 40).
Diante desses fatos, torna-se destaque pensar na formação docente. Martins
(2007) analisa a importância da subjetividade do professor no que se refere à sua
formação e ao seu exercício profissional. Nesse sentido, o professor tem que ter
clareza da função social da educação e de que forma as suas ações contribuem
para o acesso aos conhecimentos historicamente produzidos pela humanidade.
Sendo assim, importa a analise das características pessoais, as vivências
profissionais e a sua história de vida para a construção da identidade do professor.
Como reafirma Pimenta (2012) constrói-se também pelo significado que cada
professor enquanto ator e autor confere a atividade docente no seu cotidiano a partir
de seus valores, de seu modo de situar-se no mundo, de sua história de vida, de
suas representações, de seus saberes, de suas angustias e anseios, do sentido que
tem sua vida o ser professor.
Dessa forma, o fazer pedagógico implica em tomadas de decisões, pois a
educação não é neutra e a ação educativa retrata a personalidade do professor.
Além disso, a capacidade de resolver problemas práticos e situações concretas do
dia a dia expressa a sua própria experiência. Nóvoa (1997) reafirma que a formação
docente perpassa a dimensão individual atribuindo grande importância à
participação do sujeito nesse processo. “Nesta perspectiva, a experiência pessoal, a
história de vida, torna-se central, pois se entende que fundamentar a educação no
sujeito que aprende é condição básica para a construção de uma nova cultura sobre
o ato educativo.”
Esta cultura caracteriza-se por levar em conta não apenas as aquisições
acadêmicas, mas também, e especialmente a maneira como se constitui a própria
vida tanto dos professores quanto dos alunos. Esse autor considera a formação
profissional do professor como processo de reflexão sobre o modo pelo qual se
forma, ou seja, a sua autoformação. Diante dessa constatação a busca pelo
conhecimento promove o processo de “aprender a aprender” envolvendo também os
educandos numa interação de forma dinâmica.
As mudanças que ocorrem na sociedade exigem enfrentamento por parte do
professor e requerem aperfeiçoamento e transformações radicais em sua formação.
INCLUSÃO DE ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS
Outro ponto a considerar é a inclusão de alunos com Necessidades
Educacionais Especiais contemplados, também, pela EJA. A escola é um espaço
de interação, de aprendizagem, de troca de experiências, dada a diversidade dos
sujeitos que nela se encontram.
A EJA tem repensado seu papel como uma modalidade de educação que
atende aos excluídos, procurando se adequar às novas exigências de uma
sociedade em transformação. Deste modo, a utilização de estratégias eficientes para
que esses alunos sejam realmente incluídos e respeitados em suas necessidades
são imprescindíveis.
As ações dos professores do CEEBJA de Londrina volta-se para a mediação
como propõe Vygotsky (1989) isto é, a busca por caminhos alternativos e recursos
especiais para que os alunos sejam contemplados em suas necessidades.
Na instituição, existe atendimento para alunos com deficiência visual e
auditiva através de professores especializados. Porém, alunos com outras
deficiências, dificuldades de aprendizagem, também são contemplados com um
atendimento diferenciado, devido ao comprometimento dos professores e ações
votadas a essa finalidade.
Neste atendimento, leva-se em consideração o trabalho com o estímulo das
funções psicológicas elementares, privilegiando os conhecimentos prévios dos
alunos, as suas experiências de vida para o desenvolvimento do pensamento,
reflexão, raciocínio. Os professores especializados para o atendimento trabalham
em conjunto entre si e com as demais áreas a fim de promover uma integração com
todos os professores.
Os conteúdos são trabalhados de forma a contemplar uma aprendizagem
realmente efetiva para o aluno, na qual ele possa sentir-se sujeito do processo,
valorizado em sua essência e respeitado em suas limitações.
O trabalho desenvolvido busca superar desafios. A limitação não impede a
proposição de desafios para o aluno. É um estímulo à sua aprendizagem. Os
professores especializados para o atendimento e os professores de cada área
discutem as possibilidades de intervenção e flexibilização dos conteúdos.
Os alunos com baixa visão utilizam material ampliado. São atendidos pelo
professor especializado ou nas áreas com o seu acompanhamento. Recebem
atendimento tanto no ensino individual quanto no coletivo, dependendo da sua
necessidade e interesse. Há aqueles que preferem o ensino coletivo porque gostam
de estar na companhia dos outros alunos e interagirem com os mesmos. Aqueles
que preferem o ensino individual o fazem pela possibilidade do contato direto com o
professor especializado, sentindo mais segurança para realizarem as atividades
propostas. Ainda há os alunos que iniciam uma disciplina no ensino individual e
depois de adaptados e mais seguros continuam com outras disciplinas no ensino
coletivo. Outros, que necessitam de um atendimento mais diferenciado, preferem o
ensino individual por apresentarem certo grau de dificuldade, além do problema da
visão.
Os alunos cegos são atendidos diretamente pelo professor especializado.
Utilizam como recursos o material das áreas (em Braille), a máquina de Braille e o
NVDA (Non Visual Desktop Access) sigla em inglês para Acesso Não-Visual ao
Ambiente de Trabalho. Trata-se de um leitor de telas livre e gratuito para o sistema
operacional Microsoft Windows. Este leitor habilita pessoas cegas ou com baixa
visão a acessar computadores, navegar pela Internet, utilizando um programa de
leitura de tela. O material a ser estudado (cadernos das áreas, de cada disciplina) é
salvo no pendrive e os alunos têm acesso aos mesmos. As atividades realizadas
pelos alunos também são salvas no mesmo dispositivo e depois impressas para que
os professores realizem as correções.
Os alunos surdos são atendidos pelo professor especializado em Libras que
os acompanha nas áreas quando estudam no coletivo ou os atende individualmente,
conforme suas preferências e necessidades.
Vale ressaltar que esse entrosamento entre o professores de cada área de
ensino e o professor especializado permite desenvolver um trabalho diferenciado
com esses alunos, indo ao encontro de seus interesses e expectativas, promovendo
sua autoestima e desenvolvimento, valorizando a sua essência, suas possibilidades
para transformá-lo em um cidadão participativo e reflexivo, que faz a sua história
sendo sujeito de todo esse processo educativo.
É um trabalho em conjunto com o compromisso de todos os envolvidos, tanto
professores quanto direção e equipe pedagógica, que fornecem os suportes para
esse trabalho. Os vínculos estabelecidos e o acolhimento a esses alunos permitem
que eles continuem a sua caminhada e raramente desistem, salvo se houver algum
contratempo. Eles demonstram força de vontade e o desejo de alcançar seus
objetivos, entre eles, a inserção no mercado de trabalho para transformar a sua
realidade de vida e também o grupo a que está inserido.
RESULTADOS DA ANÁLISE DAS NTERVENÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
A Implementação da intervenção pedagógica na escola, teve início com a
apresentação do projeto à direção no primeiro semestre de 2014 a direção,
pedagogos, professores e funcionários do Centro Estadual de Educação Básica de
Jovens e Adultos de Londrina. O projeto foi bem recebido por contemplar as
fragilidades apresentadas na modalidade EJA a partir da instrução nº- 032/2010
SUED/ SEED autorizando a matrícula com idade mínima de 15 anos completos no
Ensino Fundamental II. Na ocasião da apresentação do projeto de intervenção, os
educadores tomaram ciência das ações previstas e do cronograma exposto através
de slides.
O projeto de intervenção na escola foi estruturado em oito encontros: três
encontros destinados ao trabalho com os professores inscritos e cinco encontros
para o trabalho com os alunos do curso coletivo de Ciências. Cinco professores
aceitaram o convite; uma professora da disciplina de História, uma docente da
disciplina de Geografia, uma profissional que atua com a disciplina de Arte, uma
professora que ministra Ciência e outra que atua no ensino de Língua Portuguesa.
Na participação coletiva inscreveram-se 18 alunos.
As estratégias desenvolvidas visaram permitir um maior aprofundamento das
questões teóricas pertinentes, confronto de ideias e trocas de experiências,
promovendo uma articulação entre as práticas educativas realizadas no cotidiano
escolar, de modo a contribuir para a discussão de temas relevantes ao processo de
ensino aprendizagem.
No primeiro encontro com os professores, procedeu-se à leitura e reflexão
acerca de um texto impresso sobre as Tendências Pedagógicas (Saviani, 2008) com
o objetivo de repensar a sua prática pedagógica como prática social.
Questões como o papel social do professor, sua prática pedagógica, a revisão
de seu papel pedagógico e as prioridades presentes no processo ensino
aprendizagem, além do tipo de homem que a escola atual está formando nortearam
as discussões após a leitura do texto.
Saviani (2008) analisa as teorias educacionais críticas a partir de determinada
maneira de entender as relações entre educação e sociedade, onde o papel da
escola é a difusão dos conteúdos culturais universais que são incorporados pela
humanidade.
No que tange à formação proposta na legislação da EJA de um ser humano
completo, ou seja, um cidadão consciente, crítico e autônomo, o educando deve
assumir o papel de participante e ao professor cabe a função de mediador entre o
saber e o aluno.
Os professores relataram suas posições quanto à formação integral do
educando voltada para a concepção histórico-crítica.
Nesta abordagem, retomam-se as ideias de Saviani (2008), quando o autor
pontifica que a educação é uma atividade mediadora no seio da prática social global,
cujo potencial permite instrumentalizar os sujeitos para ação sobre a realidade.
Nestas condições, o trabalho educativo deve conectar teoria e prática, no intuito de
permitir ao sujeito interferir em sua realidade, por meio do conhecimento
sistematizado e de sua ação crítica sobre os saberes que ele constrói.
Considerada como um novo indicador da aprendizagem escolar, a pedagogia histórico-crítica consiste na demonstração do domínio teórico do conteúdo e no seu uso pelo aluno, em função das necessidades sociais a que ele deve responder. Necessita-se assim, de um novo posicionamento e atitude, tanto do professor quanto dos alunos, em relação ao conteúdo e à sociedade. Busca-se, nessa tendência, desenvolver os conteúdos de forma contextualizada, não sendo mais, o conhecimento apropriado como um produto fragmentado, neutro, mas como uma expressão complexa da vida material, intelectual e espiritual dos homens de um determinado período da história (GASPARIN, 2003, p. 49).
A partir do que pontua Saviani (2008), a escola deve buscar, em consonância
com um trabalho sério e comprometido com os conteúdos, oferecer condições aos
alunos de elaborar seus saberes e estabelecer os vínculos de sua prática com a
prática social. Sob esta condição, a escola assume o papel de instância
socializadora do saber elaborado, a partir da ênfase nas condições materiais da
existência humana.
Quanto ao papel social do educador, os professores o definiram como
mediador do conhecimento e formador de opinião. Isto pode ser confirmado nas
falas a seguir, quando se procurou organizar as respostas valendo-se da
terminologia P-A (Professora de Arte) P-C (Professora de Ciências) P-G (Professora
de Geografia) P-H (Professora de História) e P-P (Professora de Língua
Portuguesa).
P-G- Em geral, as aulas são pautadas na exploração das mais variadas formas de apreensão da realidade, fazendo uso dos livros didáticos, filmes, debates etc. Trazendo para os alunos informações da esfera política, no que tange aos interesses sociais, econômicos e políticos. P-H- Como professora de História, busco relacionar os conteúdos estruturantes com os conhecimentos prévios dos alunos demonstrando as permanências e as mudanças e o que isso implica na vida deles. P-P- Minha prática pedagógica é interacionista; com a participação do aluno trocamos informações e aprimoramos o conhecimento.
Nas opiniões expressas pelos profissionais que participaram da
Implementação da proposta, estão presentes as concepções acerca da função
social que cabe ao professor. Verifica-se, na fala de P-G, uma preocupação com a
inserção dos alunos em seu contexto social mais amplo, relação que também é
perceptível quando se constata a opinião de P-H. No entanto, quando P-P conceitua
sua prática como interacionista, parece valer-se de discurso recorrente que não
sinaliza as reais condições de sua prática.
Comprovou-se que existe a preocupação em relacionar os conteúdos com os
conhecimentos prévios do educando buscando a participação e a troca de
informações, conforme apontado nas respostas transcritas de P-G e P-P.
A partir das concepções trazidas pelas professoras, cabe buscar o
entendimento de Duarte (2012, p. 155), quando o autor refere que “A escola precisa
ir além do cotidiano das pessoas e a forma de ela fazer isso é por meio da
transmissão das formas mais desenvolvidas e ricas do conhecimento até aqui
produzido pela humanidade”.
Em relação à prática pedagógica, os educadores salientaram a importância
de uma constante revisão, adaptando-a a proposta pedagógica de cada instituição
conforme a necessidade e a motivação dos educandos.
No que diz respeito à formação proposta na legislação de um ser humano
completo, ou seja, um cidadão consciente, crítico e participativo surge a seguinte
reflexão: o que é educar? Quem é o homem que se pretende formar e qual é a
prática pedagógica que faz esta mediação?
Assim, na perspectiva da legislação, encontra-se explícito nas diretrizes da
EJA:
O currículo deve ter forma de organização abrangente, na qual os conteúdos culturais relevantes estejam articulados à realidade em que o educando se encontra em favor de um processo integrador dos diferentes saberes, a partir da contribuição das diferentes áreas do conhecimento. (PARANÁ, 2006, p.36).
No segundo encontro com os professores realizou-se um grupo de estudos
por meio de leitura de texto impresso sobre a Relação educador e educando,
aprendizagem e afetividade. Reflexões sobre o tema nortearam questionamentos
como a importância do diálogo com os alunos, a orientação aos procedimentos para
o sucesso nos estudos e o desenvolvimento de ações coletivas para o bom
relacionamento no espaço escolar.
Os professores concordaram que o diálogo é imprescindível para que haja
interação e aprendizagem. Essa colocação ratifica o que afirma Hayat (2006) que
para haver um processo de intercambio que propicie a construção coletiva do
conhecimento é preciso que a relação professor aluno tenha como base o diálogo. É
necessário, portanto envolver intelectual e afetivamente os alunos na elaboração e
reelaboração ativa do conhecimento sistematizado.
Esse processo de trabalho implica que os conteúdos escolares sejam
apreendidos dentro de uma totalidade, por intermédio de um método que os torne
significativos para os educando (GASPARIN, 2005). A construção do
conhecimento é um processo de interação social mediado pelo diálogo entre o
conhecimento empírico e o conhecimento científico originando um novo tipo de
conhecimento.
Os professores reconheceram a importância da empatia e da afetividade em
relação ao educando considerando-o como pessoa que precisa ser aceito devendo
respeitar e ser respeitado. Os vínculos afetivos entre educador e educando devem
ser direcionados para todo o grupo acompanhado de respeito e de condutas
estabelecidas por todos, onde o educador exerce a autoridade como sua condição
profissional. Para Freire (1996) faz parte da tarefa docente, não apenas ensinar os
conteúdos, mas também ensinar pensar certo.
No terceiro encontro com os professores a temática das discussões foram os
recursos didáticos como o uso do vídeo e de atividades impressas.
Para Heloisa Dupas Penteado (1991) a relação da TV com a escola
esclarecem alguns pontos a respeito da importância da imagem, pois os alunos são
telespectadores que gostam da TV e aprendem com ela: modos de falar, slogans,
padrões de comportamento, informações, padrões de análise. Tudo isso se dá
através da linguagem icônica ou imagética e da linguagem sonora.
Os professores refletiram sobre a importância em contextualizar os
conteúdos levando os educandos a se apropriarem dos conhecimentos mediante a
ligação com a vivencia extraescolar. Dessa forma, a exibição de filmes selecionados
que abordam temas relacionados a afetividade, relacionamento pessoal e
persistência são indicados para tal finalidade.
Algumas questões nortearam as discussões como a utilização de novas
tecnologias em sala de aula e a sua contribuição para a transmissão e assimilação
do conhecimento, o hábito de trabalhar com filmes e a intensidade desse trabalho no
cotidiano. Reafirmando a constatação da utilização de filmes como uma estratégia
bastante produtiva as Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens e Adultos
apontam o cinema, assim como as outras artes, um recurso que leva o aluno a
refletir sobre o contexto em que se insere mesmo quando retrata um tema histórico.
O cinema e o vídeo vêm ocupando um espaço cada vez maior no cotidiano das crianças e dos adolescentes. Assistir a um filme é sempre elucidativo e muitas vezes vencem o imobilismo e a visão dirigida de certos assuntos, fazendo com que se abram novos caminhos, novos espaços, novas visões. Assim, o filme pode despertar no aluno outro tipo de relação com o processo de aprendizagem, e pode ser visto como mais uma forma de ampliar o conhecimento, de instigar a pesquisa e levar a questionamentos (LITZ, 2008, p. 26).
Diante dessa afirmação concluiu - se que a utilização de filmes aliados às
atividades planejadas contribui para a assimilação dos conteúdos.
Durante o quarto encontro do projeto de intervenção a proposta de trabalho
desenvolveu-se com os alunos do Centro Estadual de Educação Básica para Jovens
e Adultos de Londrina através da analise de trechos do documentário de João
Jardim (2006) que relata diferentes realidades vivenciadas em escolas de
Pernambuco e São Paulo. O objetivo da atividade foi estabelecer um paralelo com a
nossa escola e nossas estruturas físicas bem como o corpo docente especializado.
Para facilitar a análise e compreensão da obra foi entregue um roteiro do
documentário aos alunos. Após a exibição do documentário alguns questionamentos
e comparações surgiram como: a estrutura física da escola atrapalha a
aprendizagem? Uma boa estrutura escolar basta para formar um bom aluno?
A minha escola tem banheiro limpo, cadeiras confortáveis, água e lanche. A escola do filme não tem nada disso (D R 16 anos) Aqui temos muita atenção dos professores, boa alimentação, banheiros, água gelada, enfim temos conforto (M A C 54 anos) Tem água potável, merenda de qualidade, papel higiênico, é limpa, tem ensino de qualidade, é fresca e arejada. Bem localizada ( DPN 20 anos).
A nossa escola é melhor por que tem mais conforto, uma boa alimentação, tem um bom banheiro e outros benefícios (V O 44anos).
Percebe-se através das falas acima que os alunos têm consciência que o
sucesso do processo aprendizagem não depende apenas da estrutura física, mas
sim de um contexto de vários fatores que somados complementam-se.
No decorrer do quinto encontro com os alunos da EJA exibiu-se o discurso de
motivação de Morgan Freeman no filme “Meu mestre minha vida” com o objetivo de
promover a interação dos adolescentes, jovens e adultos no espaço escolar visando
o processo de ensino e aprendizagem. No referido discurso os alunos são
estimulados a estudar e a elevar sua autoestima percebendo que todos são capazes
de vencer.
Após a discussão proposta pela exibição do discurso, os alunos refletiram
sobre o seguinte questionamento: Você acredita que a motivação é o componente
central para a aprendizagem?
Haydt (2006) afirma que o professor tem basicamente duas funções na sua
relação com o aluno: uma função incentivadora e uma função orientadora. A
motivação interior é que impulsiona a aprendizagem, mas ela só se concretiza se
fizer sentido para o aluno e se ele perceber a aplicação desses conhecimentos na
vida prática.
O trecho do filme exibido proporcionou momentos de reflexão sobre a
motivação e a autoestima como precursores do processo de ensino e aprendizagem.
No sexto encontro com os alunos participantes do projeto de Intervenção
Pedagógica, onde foi realizado um grupo de estudos da leitura de reportagem da
revista Nova Escola com depoimentos de jovens que frequentam a EJA. Nesses
relatos os jovens descrevem os motivos pelos quais abandonaram os estudos e
retornaram após vários anos.
Os comentários a respeito do texto instigaram os educandos a exporem suas
histórias de vida, os motivos para o ingresso na Educação de Jovens e Adultos e os
seus projetos para o futuro. A oportunidade dos educandos de partilhar um pouco de
suas experiências contribui para criar laços de amizade e fortalecer os
relacionamentos com os colegas de classe. Alguns relatos dos educandos do
CEEBJA de Londrina a respeito do retorno a escola e a percepção em relação à
Educação de Jovens e Adultos.
Tive uma infância cheia de dificuldade, mesmo assim consegui fazer até a 4ª série. Depois de algum tempo voltei e cursei mais um ano e novamente tive que parar. Mas, agora resolvi voltar para conquistar o que não consegui antes (M C 54 anos) Parei de estudar porque era muito arteiro, reprovei três vezes a 5ª série. Resolvi estudar no CEEBJA aprendo mais do que na escola “normal” quero aproveitar o tempo perdido ( A F 17 anos) Eu parei de estudar para ajudar meu pai a criar meus irmãos. O tempo foi passando e agora eu tive de voltar a estudar por que a Empresa que eu estou trabalhando exigiu. Aí eu procurei esta escola e estou gostando muito. (V O 44 anos)
Durante o sétimo encontro com os alunos com o intuito de refletir sobre o
papel do cidadão consciente evitando o supérfluo optou-se por trabalhar textos
informativos e literários que permitam contrapor o ter e o ser, a partir de um vídeo
denominado 1,99 - um supermercado que Vende Palavras. Trata-se de uma
produção cujo tema volta-se para o desejo, angustia e compulsão por fazer
compras, que alerta os educandos a não se influenciar pelas propagandas
combatendo o consumismo e gerando desperdício trabalhou-se a leitura e a
interpretação de texto sobre o Consumismo.
Fez-se leitura e reflexão sobre vários questionamentos como a importância da
publicidade na vida das pessoas e como o consumismo deve ser combatido levando
os educandos a repensar sobre os valores morais, éticos e seu papel de cidadão
crítico.
No decorrer do oitavo encontro com os alunos da EJA objetivando
conscientizar sobre o problema ambiental gerado pelo lixo e discutir alternativas com
relação ao seu aproveitamento foi exibido o Documentário “Lixo Extraordinário” de
Vik Muniz. O documentário retrata a experiência do artista no aterro sanitário do
Jardim Gramacho (RJ) quando constatou a grande quantidade de materiais
reciclável descartado todos os dias e refletindo sobre a importância do
reaproveitamento desses materiais promoveu ações voltadas para a
sustentabilidade.
Após a exibição do Documentário algumas questões foram discutidas como:
ajudamos a produzir lixo? Destinamos o lixo de maneira correta? Que ações podem
desenvolver para diminuir a quantidade de lixo? Qual o meu papel enquanto cidadão
na questão ambiental?
São atitudes simples e viáveis que podem ser incorporadas cada vez mais, a fim de garantir a finalidade do ar, o solo e a água, trazendo como
consequência melhores condições de saúde humana, qualidade de vida e saúde ambiental (M A C 54 anos).
Após as discussões, foi possível perceber que os alunos se conscientizaram
da necessidade da reduzirão o volume de resíduos produzidos diariamente, mas
também da possibilidade de reuso, culminando num melhor gerenciamento dos
resíduos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A implementação do projeto de Intervenção Pedagógica no Centro Estadual
de Educação Básica de Jovens e Adultos de Londrina (CEEBJA) realizados com
professores e alunos do curso coletivo de Ciências conseguiu atingir as expectativas
previstas.
Os resultados obtidos apontam dados satisfatórios pelo fato da participação
dos professores oportunizarem a reflexão sobre as leituras e vídeos propostos com
o intuito de rever a prática pedagógica e redirecionar as suas ações.
Nesse sentido a troca de experiência e a busca de metodologia adequada
para essa modalidade de ensino propiciou repensar a prática pedagógica com foco
nos conteúdos os quais não podem ser fragmentados, mas apresentados dentro de
uma totalidade envolvendo os alunos na elaboração e reelaboração do
conhecimento sistematizado. Atribuí-se ao professor o papel de mediador do
conhecimento científico. Em relação à modalidade de ensino tem-se clareza de que
a EJA exige bastante estudo e formação continuada por parte do professor para
garantir o sucesso da aprendizagem, visto que as turmas são heterogêneas. Atender
esse público diferenciado em faixa etária e conhecimento requer compromisso e
responsabilidade na construção do conhecimento.
O projeto de Intervenção Pedagógica propiciou aos alunos espaço para o
diálogo, participação e reflexão no processo de interação social visando a
transformação de cada um em sujeito consciente, ativo e autônomo. Respeitando as
regras de boa convivência, interagindo dentro de um clima harmonioso no ambiente
escolar. Essa percepção contribuiu para a mudança de postura de alguns jovens e
adolescentes em suas atitudes e em relação ao compromisso com os estudos.
Os pontos negativos observados foram na estrutura física da escola que
funciona num prédio adaptado onde o espaço deixa a desejar, as salas de aula são
pequenas o que dificulta a realização de algumas atividades em grupo e a aplicação
de dinâmicas.
Um ponto que precisa ser trabalhado com os adolescentes é a resistência em
trabalhar em grupo com os mais idosos. Uma sugestão seria trabalhar com
monitoria, onde os adolescentes pudessem ajudar as pessoas mais velhas a
entender conceitos ou práticas atuais. Um exemplo poderia ser as Novas
Tecnologias (Internet, Facebook, celulares modernos), pois nossos jovens se
interessam pelo assunto e as dominam. Acredito também que as pessoas mais
velhas também poderão contribuir com o aprendizado mostrando aos mais jovens
como era na época em que eles eram jovens.
REFERÊNCIAS
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LIXO EXTRAODINÁRIO- (Documentário) Direção: Lucy Walter Co-Direção: João Jardim e Karen Harley. Produção: Almega Projects e 02 Filmes com Vik Muniz. Roteiro: Pedro Kos. Fotografia: Aaron Phillips, Ernesto Hermann e Heloisa Passos. Duração: 99 minutos aproximadamente.
MACIEL, Lizete Shizue Bomura, PAVANELLO, Regina Maria, MORAIS, Silvia pereira Gonzaga. (org.) Formação de professores e prática pedagógica. Maringá: EDUEM, 2002.
MARTINS, Lígia Marcia. A Formação Social da Personalidade do Professor: um enfoque vigotskiano. Campinas, SP: Autores Associados, 2007.
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PIMENTA, Selma Garrido (org.) Saberes Pedagógicos e Atividade Docente – 8ª Ed. São Paulo: Cortez, 2012. Vários Autores
PRO DIA NASCER FELIZ -(Documentário). Origem: Brasil, 2006. Direção: João Jardim. Produção: Flávio R. Tambelline e João Jardim. Roteiro: João Jardim. Fotografia: Gustavo Hadba. Música: Dado Villa-Lobos. Edição de som: Waldir Xavier. Produtora Associada, Casa Redonda.
SAVIANI, Demerval, Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. 10 edição. São Paulo: Cortez: Autores Associados, 2008.
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