Fundamentos da Administração

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Aula ministrada em Pós Graduação

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RICARDO LAUB JR.

EMPREENDEDOR Pós - graduado pela Universidade de

Cuiabá – UNIC. Atualmente DOCENTE NÍVEL SUPERIOR das

Faculdades Integradas do Instituto Cuiabano de Educação,

Instrutor SENAC/Varejo, Diretor Vice Presidente e Fundador

da AGENCIAUTO/MT - Há 24 anos no comercio varejista de

veículos novos e usados e a 7 anos como PALESTRANTE E

CONSULTOR Comercial e Administrativo de empresas do setor

Automobilístico e ESTUDANTE DE HISTÓRIA na UFMT.

INTRODUÇÃO À TÉCNICAS DE ADMINISTRAÇÃO

O que é Administração?

Administração vem do latim

Ad = direção ou tendência para algo.

Minister = subordinação ou obediência

CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO

"Administração é o processo de PLANEJAR, ORGANIZAR, LIDERAR E CONTROLAR o trabalho dos membros da organização, e de usar todos os recursos disponíveis da organização para alcançar objetivos estabelecidos" (Stoner & Freeman, 1999).

CONCEITO DE ORGANIZAÇÃO

“Organização é uma ENTIDADE ABSTRATA, de cunho jurídico, formada por duas ou mais pessoas, trabalhando juntas e de modo estruturado para ALCANÇAR UM OBJETIVO ESPECÍFICO ou um conjunto de objetivos.” (Stoner & Freeman, 1999)

AS ORGANIZAÇÕES DESENVOLVEM O CONHECIMENTO

AS ORGANIZAÇÕES PROPORCIONAM

CARREIRAS

AS ORGANIZAÇÕES REALIZAM

OBJETIVOS.

OS OBJETIVOS DO ADMINISTRADOR NA ORGANIZAÇÃO PETER DRUCKER aponta que o Administrador deve ser:

EFICIENTE, ou seja, aquele que obtém produtos e serviços (atividade-fim) com o menor volume de recursos necessários (meios), EFICIÊNCIA é fazer certo as coisas, ou seja, é um Fator Quantitativo.

EFICAZ, ou seja, aquele que define corretamente o objetivo adequado a ser alcançado, pois EFICÁCIA é fazer a coisa certa, ou seja, é um Fator Qualitativo.

CONCEITOS PRODUÇÃO = fenômeno econômico que cria ou gera mercadorias e/ou serviços para troca ou permuta. Somente existem 2 tipos de produção: Mercadorias (alimentos, remédios, etc.) Serviços (transportes, médicos hospitalares, etc.).

EMPRESA: é um organismo econômico destinado à produção de mercadorias e/ou serviços, com o objetivo de lucro para o empresário.

TRABALHO = todo esforço humano destinado à produção.

O homem é agente e o seu trabalho o 1º fator de produção. Os recursos da terra e da natureza, representam o 2º fator de produção, isto é, o capital (máquinas e animais).

CAPITAL = representa os recursos disponíveis e aplicados.

•Capital Financeiro = dinheiro ou crédito (financiamento). •Capital Econômico = equipamentos, produção, máquinas, ferramentas, etc. (investimento).

•o LUCRO tem 2 destinos:

•Ser distribuído entre os sócios (Ltda) ou acionistas (S/A).

•Permanecer no giro dos negócios, figurando como reserva e acréscimo de capital.

Nos sistemas econômicos

capitalistas, as empresas são

constituídas para OBTENÇÃO DE

LUCRO (diferença entre o menor

custo de produção e maior preço

das vendas das mercadorias e/ou

serviços), caso contrário terá

prejuízo

De acordo com a Teoria Organicista : as empresas comerciais , industriais, agrícolas, hoteleiras, etc., são consideradas ORGANISMOS ECONÔMICOS que produzem mercadorias e/ou serviços com o OBJETIVO DE LUCRO.

ENTIDADES: organismos econômicos destinados a produção de mercadorias e/ou SERVIÇOS, SEM FINS LUCRATIVO. Por exemplo: ONGs, clubes esportivos, fundações educacionais, associações religiosas, etc.

SUPERÁVITS

DÉFICITS

•A ADMINISTRAÇÃO é uma das vias que nos conduzem ao objetivo das empresas ou entidades.

• OS ADMINISTRADORES são pessoas encarregadas de fazer planos, organizar, dirigir e controlar as operações, por meio do esforço conjunto dos empregados (técnica administrativa).

Grupos formalmente organizados, quer dizer que não basta a reunião

de pessoas para que se verifique a presença da ação administrativa. O

grupo de pessoas deve ser constituído de forma deliberada e

legalmente organizada, como acontece numa empresa ou entidade.

Conceito de : Harold Koontz

“Administração é a arte de realizar coisas com

e por meio de pessoas em grupos, formalmente

organizados.”

Conceito de WILLIAM H. NEWMAN: “ Administração consiste em orientar, dirigir e controlar os esforços de um grupo de indivíduos para um objetivo comum”.

•A necessidade de orientação, direção e controle dos esforços do grupo de indivíduos e que esse papel cabe ao administrador, ou seja, pode existir um número de pessoas - em um cinema, dentro de um ônibus ou uma praça pública - mas, na falta de orientação, direção e controle da atividade grupal, não haverá, evidentemente, Administração.

Um dos principais pensadores de estratégia e estudiosos do século passado, William Newman era Professor da Indústria da Universidade de Wharton School da Pensilvânia 1939-1949.

•PLANEJAMENTO “é decidir antecipadamente o que deve ser feito para alcançar determinado objetivo ou meta.”

b) PLANEJAMENTO GERAL - é usado, muitas vezes, de forma permanente.

a) PLANEJAMENTO ESPECIAL - é o que, atingindo seu objetivo, deixa de ser utilizado.

2 tipos principais

PROJETO: é um instrumento que possibilita AVALIAR as vantagens e desvantagens de REUNIR OU COMBINAR TODOS OS RECURSOS num investimento empresarial, bem como AFERIR a capacidade dos empresários.

AVALIAR

REUNIR OU COMBINAR

TODOS OS RECURSOS

AFERIR

ORGANIZAÇÃO “é o processo administrativo que visa à estruturação da empresa, reunindo pessoas e os equipamentos, de acordo com o planejamento efetuado.”

Referente a ESTRUTURA ORGANIZACIONAL, pode-se entendê-la recorrendo a DUAS TEORIAS DE ORGANIZAÇÃO:

TEORIA ORGANICISTA: as empresas são comparadas ao organismo animal. Trata-se de um estudo pelo processo analógico, por meio do qual observa-se a semelhança entre coisas diferentes.

TEORIA COMPORTAMENTISTA: as empresas constituem uma reunião de pessoas que trabalham para a produção de mercadorias e/ou serviços. As relações que se estabelecem entre as pessoas que trabalham numa empresa constituem o que se chama de estrutura organizacional.

•Tipo ou Modelo Organizacional Clássico:

DISCIPLINA EM PRIMEIRO LUGAR

AUTORIDADE VAI EM LINHA VERTICAL (PIRAMIDAL)

2 VANTAGENS: unidade de comando (executor recebe ordens de um único

supervisor) e simplicidade de estruturação (fácil esquema da empresa).

DESVANTAGEM: o modelo em forma de pirâmide é muito rígido e que, por isso, cria

dificuldades nas transmissões de informações (deve-se informatizar a empresa).

Tipo Organizacionais para Grandes Empresas:

UNIDADES DE NEGÓCIOS: consiste em criar áreas ou setores independentes, com vida própria (previsão orçamentária, apuração de custos e resultado operacional positivo - lucro).

HORIZONTALIZAÇÃO: com o surgimento da técnica administrativa, a partir de 1990, denominada de Reengenharia de Negócios, a qual recomenda:

RIGHTSIZING Tamanho Certo da

Empresa

DOWNSIZING Redução dos níveis

hierárquicos

REDES (DE EMPRESAS):

costuma ser adotado por empresas que não têm características das

grandes, como instalações volumosas e muitos funcionários, mas o

Movimento Econômico-Financeiro é bem elevado.

É a interligação entre as empresas, ligando os funcionários

espalhados por todos os lugares (Alguns autores preferem chamar

esse tipo de organização de virtual; outros denominam de

modular).

“ESTRUTURA DE ORGANIZAÇÃO INFORMAL”: não é visível nas empresas, mas ninguém pode negar sua existência.

Alterações ou desvios daquilo que foi planejado e organizado. Esse fenômeno é comum em toda a organização humana, pois sempre aparece alguém procurando modificar ou alterar o que existe

AUTORIDADE: é direito de mandar e o poder de se fazer

obedecer.

RESPONSABILIDADE: é a obrigação de fazer e prestar

contas do que foi feito.

DIVISÃO DO TRABALHO: é considerada como princípio

fundamental da organização, isto é, a organização existe

porque o trabalho do homem é dividido, uma vez que ele não

pode fazer tudo.

A Organização Ou Estruturação da empresa deve

levar em conta três questões:

DEPARTAMENTALIZANDO, ou seja, criando diversas seções que executam as funções (ou serviços) específicos ou próprios.

DEPARTAMENTALIZAR 2 FASES: A SÍNTESE: é o trabalho de recompor o

todo, reunindo todas as partes conhecidas compreendendo o agrupamento das funções (ou serviços) em departamentos específicos.

A ANÁLISE: é o trabalho de decompor um todo, com a finalidade de conhecer suas partes para poder organiza-las.

•ORGANOGRAMAS: a Estrutura Organizacional de uma Empresa pode ser

representada graficamente por meio de pequenos retângulos - também

conhecidos por "caixas" - e linhas indicativas das ligações hierárquicas.

Serve para Designar até

um simples rascunho, no

qual se faz, por exemplo,

uns círculos ou retângulos

ligados por linhas em

forma de flechas...

, com a finalidade de Mostrar como é que a coisa

funciona ou se movimenta.

FLUXOGRAMAS (flowcharts):

DIREÇÃO “é o processo administrativo

que conduz e coordena o pessoal na execução das tarefas antecipadamente planejadas.”

Fayol dava preferência pela organização linear, que constitui um dos tipos mais simples de organização. A organização linear baseia nos princípios de:

a) Unidade de Comando ou supervisão única. Cada pessoa tem apenas um único e exclusivo chefe.

b) Unidade de Direção. Todos os planos devem se integrar aos planos maiores que conduzam aos objetivos da organização.

MOTIVAÇÃO: As pessoas que trabalham numa empresa devem ter motivos para assim proceder.

Classificação dos motivos em Quatro

categorias:

•Sobrevivência (continuar a viver);

•Segurança (manter-se protegido);

•Satisfação (sentir-se saciado, contente, realizado, etc.);

•Estimulação (buscar novos estímulos).

MOTIVO é qualquer coisa que leva

a pessoa a praticar uma ação.

MOTIVAÇÃO é Proporcionar Um

Motivo a uma pessoa,

estimulando-a a agir de maneira

desejada.

COMUNICAÇÃO: pode ser considerada como o processo de transmissão de informações ou mensagens.

QUADRO DOS CANAIS DE COMUNICAÇÃO EM UMA EMPRESA:

1. INTERNOS (decorrentes

INTERNOS decorrentes de

relações internas

EXTERNOS decorrentes de

relações Externas

CANAIS VERTICAIS

CANAL HORIZONTAL

CANAL EXTRA-ORGANIZACIONAL

Decorrentes comunicações p/ de relações externas

Comunicações entre os diversos departamentos (ou seções) da empresa, no mesmo nível.

DESCENDENTE = Comunicações do superior para o subordinado.

ASCENDENTE= Comunicações do subordinado para o superior

•COORDENAÇÃO: Segundo Henri Fayol, “ a coordenação tem

por fim ligar, unir e harmonizar todos os atos e esforços.

•LIDERANÇA: faz parte da personalidade de um

administrador. Ele precisa ser um condutor ou guia de seus

subordinados.

TOMADA DE DECISÕES: a escolha que fazemos quando nos defrontamos com várias alternativas ou diversas opções num curso de ação, escolhemos o caminho a seguir, decidimos o que fazer.

•CONTROLE “é o processo administrativo que consiste em

Verificar se tudo Está Sendo Feito de Acordo com o que foi

Planejado e as ordens dadas, bem como assinalar as faltas e

os erros, a fim de repará-los e evitar sua repetição.”

AS CARACTERÍSTICAS DO CONTROLE ADMINISTRATIVO SÃO:

•MALEABILIDADE: Possibilitar a introdução de mudanças decorrentes de

alterações nos planos e nas ordens;

•INSTANTANEIDADE: Acusar o mais depressa possível as faltas e os erros

verificados;

•CORREÇÃO: Permitir a reparação das faltas e dos erros, evitando-se a sua

repetição.

•TEORIA CLÁSSICA E TEORIA CIENTÍFICA

•Início da Revolução Industrial (máquinas e divisão do trabalho).

•A economia deixou de ter uma base artesanal e manufatureira

para se firmar na produção industrial mecanizada -

transformação em toda a sociedade.

•NASCIMENTO DAS FÁBRICAS: primeiro paradigma da

administração, defendendo racionalização da produção, divisão

das tarefas em múltiplas etapas, supervisão cerrada e

obediência hierárquica.

•TEORIA CLÁSSICA E TEORIA CIENTÍFICA

•FREDERICK TAYLOR - técnicas de racionalização do trabalho do

operário, buscou uma organização científica do trabalho, enfatizando

tempos e métodos e por isso é visto como precursor da Teoria da

Administração Científica.

• Taylor é visto como um cientista insensível e desumano, porém deve-se

ressaltar que a preocupação de Taylor com o aumento da eficiência da

produção, buscando redução dos custos não apenas para elevar os

lucros, mas também para elevar a produtividade dos trabalhadores,

aumentando seus salários.

•Não podemos esquecer da época: início do século XIX, reflexos do

regime feudal e escravocrata, essas idéias representavam um avanço na

forma de encarar a participação do trabalhador no processo produtivo.

ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA de

TAYLOR

Fundador da Administração Científica.

Considerado o pai da Administração Científica

Frederick Winslow Taylor( 1856/1915)

ENFOQUE MECANICISTA DO SER HUMANO

• A Visão da Organização como uma Máquina, que pode e

deve seguir um projeto definido, recebe críticas ferozes de

estudiosos da administração.

•A partir dessa concepção, cada funcionário é considerado

uma mera Engrenagem no Corpo da Empresa, tendo

desrespeitada sua condição de ser humano.

ORIGEM: nasceu na Pensilvânia, EUA. Família Quaker, educação básica rígida e disciplinada com conhecimentos de francês e alemão.

FORMAÇÃO ESCOLAR: Com 18 anos aprovado em Direito (Harvard), mas começou a trabalhar como operário em uma metalúrgica da Filadélfia.

CARREIRA (1878 a 1884): Operário a engenheiro chefe

Pode ser visto como:

Experimentador e pesquisador;

Autor e divulgador de experimentos;

Formador de uma equipe e linha de pensamento

Crença: Acreditava que cada operário produzia um terço do que poderia produzir chamando o processo de “vadiagem sistemática”.

Os trabalhadores acreditavam que trabalhando mais depressa, outros trabalhadores perderiam o emprego

Os sistemas administrativos falhos da época forçavam os operários a trabalhar mais lentamente para proteger seus próprios interesses

Métodos de trabalhos empíricos vinham passando de uma geração para outra de trabalhadores (regra do polegar)

Razão atribuída por Taylor

Análise do trabalho;

Padronização das ferramentas;

Seleção e treinamento dos trabalhadores;

Supervisão e planejamento;

Pagamento por produção

Sistema de trabalho:

PRIMEIRO PERIODO DE TAYLOR.

Publicação do livro Shop Managemant (administração de Oficinas). Técnicas de RACIONALIZAÇÃO DO TRABALHO DO OPERÁRIO POR MEIO DO ESTUDO DE TEMPOS E MOVIMENTOS. Taylor diz em Shop Managemant que:

1.O Objetivo da Administração é Pagar Salários Melhores e Reduzir Custos unitários de produção;

2. Para realizar isto, a Administração Deve Aplicar Métodos Científicos De Pesquisas e experimentos para formular princípios e estabelecer processos padronizados.

SEGUNDO PERÍODO DE TAYLOR.

Livro PRINCÍPIOS DE ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA (1911):

“A Racionalização do Trabalho operário

deveria ser acompanhada de uma

estruturação geral da empresa e que

tornasse coerente a aplicação dos seus

princípios”.

Princípios

Planejamento Preparo Controle Execução

ORGANIZAÇAO RACIONAL DO TRABALHO

Substituir métodos empíricos e rudimentares pelos métodos científicos ou Organização Racional do Trabalho (ORT). Que se fundamenta em:

a) Analise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos;

b) Estudo da fadiga humana;

c) Divisão do Trabalho e especialização do operário;

d) Desenho de cargos e de tarefas;

e) Incentivos salariais e prêmios de produção;

f) Conceito de homo-economicus;

g) Condições ambientais de trabalho, como iluminação,conforto, etc.

h) Padronização de métodos e maquinas;

i) Supervisão funcional;

SEGUNDA FASE PRIMEIRA FASE TERCEIRA FASE

• Ataque ao “Problema

dos Salários”.

• Estudo Sistemático do

Tempo.

• Definição de Tempos

Padrão.

• Sistema de

Administração de

Tarefas.

• Ampliação de

Escopo, da

Tarefa para a

Administração.

• Definição de

Princípios de

Administração

do Trabalho.

• Consolidação dos

Princípios.

• Proposição de Divisão

de Autoridade e

Responsabilidades

dentro da empresa.

• Distinção entre

Técnicas e Princípios.

FREDERICK TAYLOR (1856-1915) Fases

CRÍTICAS AO SISTEMA DE TAYLOR

Dois grupos:

Mecanização: que desestimula a iniciativa pessoal do operário, tornando-o “parte da máquina”, não considerando os seus aspectos psicossociais Esgotamento físico: frequente da ânsia em realizar mais do que previsto, para aumentar pagamento

DIVISÃO DO TRABALHO E ESPECIALIZAÇÃO DO OPERÁRIO.

Uma das decorrências do estudo dos tempos e movimentos foi a divisão do trabalho e a especialização do operário a fim de elevar sua produtividade.

Um operário Vários operários Vários operá-

desempenha desempenham em rios desem-

a tarefa total paralelo partes da penham em

tarefa. Série partes da

tarefa total.

Consequências:

Especialização demasiada da produção do operário, tornando-o apêndice da máquina;

Destruir a iniciativa própria e relacionamento interpessoal;

Atomizar o trabalho em demasia, minimizando as aptidões dos operários;

CRÍTICAS AO SISTEMA DE TAYLOR

TO-02 53

TO-02 54

Henry Ford foi o primeiro a pôr em prática, na sua empresa “Ford Motor Company”, o taylorismo.

Posteriormente, ele inovou com o processo do fordismo, que, absorveu aspectos do taylorismo. Consistia em organizar a linha de montagem de cada fábrica para produzir mais, controlando melhor as fontes de matérias-primas e de energia, os transportes, a formação da mão-de-obra.

*1863 Michigand

+1947, Michigan

Fordismo

Princípios do Fordismo

1) de Intensificação: Diminuir o tempo de duração com o emprego imediato dos equipamentos e da matéria-prima e a rápida colocação do produto no mercado.

2) de Economia: Consiste em reduzir ao mínimo o volume do estoque da matéria-prima em transformação.

3) de Produtividade: Aumentar a capacidade de produção do homem no mesmo período (produtividade) por meio da especialização e da linha de montagem. O operário ganha mais e o empresário tem maior produção.

Sistema Fordismo

É o Sistema de organização industrial criado por Henry Ford, em que a matéria

prima é ininterruptamente trabalhada, desde as operações elementares até o completo acabamento do produto.

As características do Fordismo são: - o trabalho dividido; - o trabalho repetido; - o trabalho em cadeia; - o trabalho contínuo.

Ford resolve aplicar a organização científica do trabalho, produzindo muito,

intensamente e economicamente

Linha de produção

Para ter um produto mais barato, Ford inventou a linha de montagem. As várias etapas de fabricação foram distribuídas ao longo de uma esteira rolante e cada empregado deveria acoplar um componente padronizado.

A idéia era evitar hesitações e perda de tempo. Gente de todos os Estados Unidos foi atraída pelo trabalho que era repetitivo e

cansativo, mas bem pago: U$ 5,00 por jornada de oito horas de trabalho - o dobro do que se pagava na

época por 12 horas. Além da criação de uma classe média, essas mudanças provocaram grandes

transformações econômicas e sociais, conhecidas como fordismo.

Linha de produção

O Fordismo é um sistema racional de produção em massa, que transformou radicalmente a indústria automobilística na primeira metade do século XX.

Em 1903, o empreendedor fundou a Ford Motor Company.

Em 1908, apresentou o famoso Modelo T – “The Universal Automobile”. O sucesso desse automóvel foi tão grande que, num prazo de 12 meses aproximadamente, foram vendidas 10 mil unidades. Com certas inovações, frente às demais marcas, foi o primeiro automóvel com volante à esquerda.

Fordismo

Modelo Ford T

Henry Ford, pela busca de resultados, literalmente, colocou o mundo sobre rodas, quando uniu pessoas de todos os modos de vida, numa gigantesca inter-relação social em torno do automóvel.

Contribuições de Ford

1. Criação da Linha de Montagem Sistema de produção reduziu de 750min (1913) para

93min (1914) – redução de 88% do esforço. Produção de um carro – 12h28min; para Fabrica de Ford – 1h33min.

2. Intercâmbio das peças e padronização do produto Produção em massa. Padronização de produto e

ferramentas. Redução em 2/3 do valor de produção

PRINCÍPIOS DA PRODUÇÃO

EM MASSA

PEÇAS PADRONIZADAS TRABALHADOR

ESPECIALIZADO

• Máquinas Especializadas

• Sistema Universal de

Fabricação e Calibragem

• Controle da Qualidade

• Simplificação das Peças

• Simplificação do Processo

Produtivo

• Uma Única Tarefa ou Pequeno

Número de Tarefas

• Posição Fixa dentro de uma

Sequencia de Tarefas

• O Trabalho vem até o

Trabalhador

• As Peças e Máquinas ficam no

Posto de Trabalho

PRINCÍPIOS DA

ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA

SELEÇÃO E

TREINAMENTO

DE PESSOAL

COOPERAÇÃO

ENTRE

ADMINISTRAÇÃO

E TRABALHADORES

SALÁRIOS

ALTOS E

CUSTOS BAIXOS

DE PRODUÇÃO

IDENTIFICAÇÃO

DA MELHOR

MANEIRA DE

EXECUTAR

TAREFAS

SISTEMA FORD DE

PRODUÇÃO

ADMINISTRAÇÃO

CIENTÍFICA

ORGANIZAÇÃO DA

GENERAL MOTORS

TAYLOR, FORD E SLOAN

• Ênfase na eficiência do

Processo Produtivo e na

Economia de Recursos

• Um produto para cada

tipo de cliente

• Divisões autônomas

(unidade de negócios)

para cada produto

• Administração central

define objetivos e cobra

resultados3

• Linha de montagem

móvel

• Especialização do

trabalhador

• Sistema produtivo

administrado de forma

sistêmica

• Verticalização (controle de

todos os fornecimentos)

• Um produto para todos

MAXIMIANO /TGA – Fig. 6.10 – Modelo americano de administração de grande empresa.

Nascido em Istambul, 29 de Julho de

1841 — Paris, 19 de Novembro de

1925) foi um Engenheiro De Minas

Francês e um dos teóricos clássicos

da Ciência da Administração, sendo o

Fundador da teoria clássica da

administração.

•PRINCÍPIOS DA TEORIA DE FAYOL:

1-) DIVISÃO DO TRABALHO - a especialização dos

funcionários, dos executivos da administração aos operários

da fábrica, favorece a eficiência na produção, aumentando a

produtividade.

2-) AUTORIDADE E RESPONSABILIDADE - autoridade é o

direito dos superiores hierárquicos de dar ordens que serão

supostamente obedecidas; responsabilidade é a contrapartida

da autoridade.

3-) UNIDADE DE COMANDO - um empregado deve receber

ordens apenas um superior, evitando contraordens.

4-) UNIDADE DE DIREÇÃO - o controle único é possibilitado

com a aplicação de um plano para grupos de atividades com os

mesmos objetivos.

5-) DISCIPLINA - necessidade de se estabelecer normas de

conduta e de trabalho, válidas para todos os funcionários. A

ausência de disciplina joga a organização no caos.

6-) PREVALÊNCIA DOS INTERESSES GERAIS - os

interesses gerais da corporação devem prevalecer sobre os

interesses individuais.

7-) REMUNERAÇÃO - deve ser suficiente para garantir a

satisfação dos funcionários e da organização.

8-) CENTRALIZAÇÃO - as atividades cruciais da organização

e a autoridade para a sua adoção devem ser centralizadas.

9-) HIERARQUIA (Cadeia Escalar) - defesa incondicional da

estrutura hierárquica, respeitando à risca uma linha de

autoridade fixa.

10-) ORDEM - deve ser mantida em toda organização,

preservando um lugar para a cada coisa (pessoa) e cada coisa

(pessoa) em seu lugar.

11-) EQÜIDADE - a justiça deve prevalecer também no

ambiente de trabalho, justificando a lealdade e a devoção dos

funcionários à empresa.

•PRINCÍPIOS DA TEORIA DE FAYOL:

12-) ESTABILIDADE DOS FUNCIONÁRIOS - a alta

rotatividade do pessoal tem conseqüências negativas sobre o

desempenho da organização e o moral dos trabalhadores.

13-) INICIATIVA - deve ser entendida como a capacidade de

estabelecer um plano e cumpri-lo.

14-) ESPÍRITO DE CORPO (“Sprit de corps”) - o trabalho deve

ser conjunto, facilitado pela comunicação dentro das equipes.

Os componentes de um mesmo grupo precisam ter

consciência de classe, para com isso defenderem seus

propósitos.

Fayol expôs sua Teoria de Administração

no livro ADMINISTRATION INDUSTRIELLE

ET GÉNÉRALLE, publicado em 1916.

1. Funções Técnicas, relacionadas com a produção de bens ou de serviços da empresa

2. Funções Comerciais, relacionadas com compra, venda e permutação.

3. Funções Financeiras, relacionadas com procuração e gerência de capitais.

4. Funções de Segurança, relacionadas com proteção e preservação dos bens e das pessoas.

5. Funções Contábeis, relacionadas com inventários, registros, balanços, custos e estatísticas.

6. Funções Administrativas, relacionadas com a integração

de cúpula das outras cinco funções. As funções

administrativas coordenam e sincronizam as demais

funções da empresa, pairando sempre acima delas.

A visão de Fayol sobre as FUNÇÕES BÁSICAS DA

EMPRESA está ultrapassada. Hoje as funções recebem o

nome de áreas da administração: assim, as funções

administrativas recebem o nome da ÁREA DE

ADMINISTRAÇÃO GERAL.

Prever Organizar Comandar Coordenar Controlar

FAYOL define o ato de administrar como:

Visualizar o futuro e traçar o programa de ação.

Dirigir e orientar o pessoal.

Verificar que tudo ocorra de acordo com as regras estabelecidas e as ordens dadas

Constituir o duplo organismo material e social da empresa.

Ligar, unir, harmonizar todos os atos e esforços coletivos.

Administração como sinônimo de ORGANIZAÇÃO, Fayol faz uma distinção entre ambas as palavras. Para ele, ADMINISTRAÇÃO é um todo do qual a ORGANIZAÇÃO é uma das partes.

A partir desse princípio, organização passa a ter dois significados diferentes: Organização como entidade Social e Organização como Função Administrativa.

•Organização como entidade social, na qual as pessoas interagem entre si para alcançar objetivos específicos.

•Organização como função Administrativa, como previsão, comando, coordenação, e controle, neste sentido, organização significa o ato de organizar, estruturar e alocar os recursos e definir os órgãos incumbidos de sua administração e estabelecer as atribuições entre eles.

•Como toda ciência, A administração deve se basear em leis ou princípios. Fayol definiu os “princípios gerais” de administração, sistematizando-os em muita originalidade, porquanto os coletou de diversos autores de sua época. •Tudo em Administração é questão de medida, ponderação, e bom senso. Os princípios são universais e maleáveis e adaptam-se a qualquer tempo, lugar ou circunstância.

DIVISÃO DE TRABALHO.

AUTORIDADE E RESPONSABILIDADE.

DISCIPLINA.

UNIDADE DE COMANDO.

UNIDADE DE DIREÇÃO.

SUBORDINAÇÃO DOS INTERESSES INDIVIDUAIS AOS GERAIS.

REMUNERAÇÃO DO PESSOAL.

CENTRALIZAÇÃO. CADEIA ESCALAR. ORDEM. EQUIDADE. ESTABILIDADE PESSOAL. INICIATIVA. ESPÍRITO DE EQUIPE.

Os autores clássicos pretendem criar uma teoria da administração baseada em divisão do trabalho, especialização, coordenação e atividades de linha e staff.

• O Estudo científico da Administração, substituindo o EMPIRISMO

e a improvisação por TÉCNICAS CIENTÍFICAS.

• Fayol defendia a necessidade de um ensino ORGANIZADO E

METÓDICO, de caráter geral para formar administradores. Em sua

época essa ideia era uma novidade.

A teoria clássica concebe a organização como se fosse uma ESTRUTURA. Essa maneira de conceber a estrutura organizacional é influenciada pelas concepções antigas (como organização militar eclesiástica) tradicionais, hierarquizadas. Para Fayol, a ORGANIZAÇÃO ABRANGE O ESTABELECIMENTO DA ESTRUTURA e da forma, sendo, portanto, estática e limitada.

SUPERVISOR

EXECUÇÃO

GERENTE

CHEFE

DIRETOR

PRESIDENTE

SUPERVISOR

EXECUÇÃO

GERENTE

CHEFE

DIRETOR

PRESIDENTE

Para a teoria Clássica, a estrutura organizacional é analisada de CIMA PARA BAIXO (da direção para a execução) e do todo para as partes.

A ORGANIZAÇÃO LINEAR é um tipo de estrutura organizacional que apresenta uma forma piramidal. Na organização linear, os órgãos de linha, ou seja, os órgãos que compõem a organização, seguem rigidamente o princípio escalar (autoridade de comando)

Autoridade de Staff – é autoridade de especialista e não autoridade

de comando.

Os autores clássicos distinguem dois tipos de autoridade; a de

linha e a de staff. Autoridade de linha é a forma da autoridade em

que os gerentes têm o poder formal de dirigir e controlar os

subordinados imediatos.

Autoridade de staff é mais estreita e inclui o direito de aconselhar,

recomendar e orientar, é uma relação de comunicação.

A busca de uma maior eficiência nas empresas exigiu a RECONSIDERAÇÃO DAS RELAÇÕES E ASPIRAÇÕES DOS ELEMENTOS HUMANOS NA ORGANIZAÇÃO. A HUMANIZAÇÃO dos conceitos administrativos se apresentou como mais adequada às novas exigências. Paralelamente, desenvolveram-se vários campos das ciências humanas, que permitiam compreender melhor o funcionamento da psicologia do trabalhador.

Abordagem Humanística da Administração

As pesquisas de ELTON MAYO

propiciaram um cenário favorável

à introdução de uma nova

abordagem na solução dos

problemas de administração:

PRESSUPOSTOS SOBRE O

COMPORTAMENTO HUMANO

que precisavam ser aceitos e

considerados pelos

administradores:

INTEGRAÇÃO E COMPORTAMENTO SOCIAIS - embora dotado de excelentes condições físicas para o trabalho, o trabalhador socialmente desajustado terá baixa eficiência. Isso porque os aspectos sociológicos, psicológicos e emocionais são mais importantes do que os técnicos.

PARTICIPAÇÃO NAS DECISÕES - a participação de cada um no processo decisório é fundamental, embora condicionada à situação e ao padrão de liderança adotado.

HOMEM SOCIAL - o comportamento dos trabalhadores está condicionado não somente a aspectos biológicos mas também a normas e padrões sociais.

CONTEÚDO DO TRABALHO - trabalhos simples e repetitivos são monótonos e negativos para a motivação do trabalhador e, conseqüentemente, para o nível da produção.

Experimento de Hawthorne, orientado por Elton Mayo de Harvard - Realizado entre 1927 a 1933: Objeto: Importância do Grupo sobre o desempenho dos Indivíduos Base aos estudos sistemáticos sobre a “Organização Informal”.

Hawthorne Works, ca. 1925 álbum de fotografias Western Electric Empresa © 2007 Presidente e Fellows de Harvard College; todos os direitos reservados.

•Representa uma transferência da ênfase anterior:

Aspectos sociológicos e psicológicos do trabalho

Aspectos técnicos e formais da administração

Esse estudo compreendeu dois assuntos distintos:

A ANÁLISE DO TRABALHO

E ADAPTAÇÃO DO TRABALHADOR AO

TRABALHO

Esse estudo compreendeu dois assuntos distintos:

• Essa experiência aconteceu na fábrica da Western Eletric Company à

partir de 1927 e foi comandada por ELTON MAYO.

Objetivo:

Relação entre:

A intensidade da iluminação

A eficiência dos operários

(produtividade)

Hawthorne. Departamento de montagem de cabos.

Fonte: O ENFOQUE COMPORTAMENTAL NA ADMINISTRAÇÃO J 11UTC abril 11UTC 2011 por Mariana Lorenzo

Hawthorne Works, ca. 1925 álbum de fotografias Western Electric Empresa © 2007 Presidente e Fellows de Harvard College; todos os direitos reservados.

• A experiência deu-se em 4 fases:

– 1a. Fase: Foram estudados DOIS GRUPOS DE TRABALHO, que operando em

condições idênticas, tiveram sua produção constantemente avaliada.

Outro teve sua iluminação intensificada.

Nesta fase não foram identificadas variações significativas de produção.

Um grupo teve suas condições ambientais mantidas

98

Western Electric Company (1927 a 1932)

Objetivo da pesquisa: perceber os efeitos da iluminação na eficiência dos operários

Primeira fase:

• trabalho com dois grupos – 1o com luminosidade variável e 2o com luminosidade constante

• não foi encontrada correlação

• identificação de um fator de difícil isolamento (fator psicológico)

Respostas do operários ocorriam em conformidade com o que eles achavam que os pesquisadores queriam observar.

Decisão por isolamento da variável.

Aula 3 01/08/2005

Hawthorne Works, ca. 1925 álbum de fotografias Western Electric Empresa © 2007 Presidente e Fellows de Harvard College; todos os direitos reservados.

– 2a. Fase: Introdução de novas variáveis

– Horários De Descanso

– Lanches

– Reduções No Período De Trabalho

– Sistema De Pagto

Após diversas variações nas condições de trabalho, obtiveram resultados CRESCENTES DE PRODUTIVIDADE.

buscando identificar qual a que mais se relacionava com a produtividade.

Laboratório de Fadiga de Harvard, 1946

Hawthorne Works, ca. 1925 álbum de fotografias Western Electric Empresa © 2007 Presidente e Fellows de Harvard College; todos os direitos reservados.

102

Segunda fase:

• Determinar o efeito de mudanças de condições de trabalho na produção

• Trabalho com 2 grupos (observação e controle)

• Realização da experiência em 12 etapas ao longo de um ano, aproximadamente

• resultados (Fator psicológico – de novo)

• Gosto pelo trabalho no ambiente de provas

• Ambiente de trabalho amistoso e sem pressão

• Sem medo da supervisão (orientação)

• Desenvolvimento social do grupo – equipe

• Objetivos comuns (decisões em grupo)

A experiência de Hawthorne

Aula 3 01/08/2005

– 3a. Fase: PROGRAMA DE ENTREVISTAS buscando maiores

conhecimentos sobre as atitudes e sentimentos do

trabalhador (foram entrevistados 21.126 operários).

DESCOBRIU-SE A EXISTÊNCIA DA ORGANIZAÇÃO

INFORMAL (GRUPOS INFORMAIS).

104

A experiência de Hawthorne

Terceira fase:

• Mudança no objetivo da pesquisa: de avaliação das condições físicas para avaliação das relações humanas no trabalho

• O grupo de controle mostrou-se insatisfeito com a supervisão rigorosa

• Programa de Entrevistas – conhecer as atitudes e sentimentos, colher opiniões e sugestões

• Resultado – descoberta da existência de uma Organização Informal

Aula 3 01/08/2005

– 4a. Fase: Separação de um PEQUENO GRUPO

experimental para avaliação de sua interferência no

comportamento do GRUPO MAIOR.

A experiência de Hawthorne durou até 1932 e abalou

sensivelmente a Teoria Clássica até então dominante.

Percebeu-se claramente o sistema de

recompensa e punição dos grupos informais.

Quarta fase:

• Analisar a organização informal

• Condições de controle baseadas na pagamento de salários em conformidade com a produção

• Verificação do processo de formação dos grupos informais: padrões de produção; uniformidade de sentimentos e solidariedade grupal; criação de padrões de punição.

• Resultados

• Relação entre a organização informal e a formal

A experiência de Hawthorne

• Conclusões da Experiência de Hawthorne:

– Nível de produção é resultante da integração social;

– Comportamento social dos empregados;

– As recompensas e sansões sociais;

– Grupos informais;

– As relações humanas;

– A importância do conteúdo do cargo;

– Ênfase nos aspectos emocionais.

• Nível de produção é

resultante da

INTEGRAÇÃO SOCIAL

trabalhador que estabelece seu nível de competência e eficiência

sua capacidade de executar movimentos eficientes dentro de um tempo previamente estabelecido (Taylorismo)

• Comportamento social dos empregados

– Os trabalhadores NÃO AGEM ou reagem isoladamente COMO INDIVÍDUOS, mas como MEMBRO DE GRUPOS.

QUALQUER DESVIO DE

COMPORTAMENTO

SUA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO É DITADA

PELA SUA INTERAÇÃO SOCIAL

PODERÁ SER RETALIADO SIMBOLICAMENTE PELO GRUPO

QUE PARTICIPA.

• As Recompensas e Sansões Sociais

– As pessoas passam a ser avaliadas pelos grupos que

participam, de acordo com as normas de comportamento que

o grupo cria para si.

Se essas NORMAS são QUEBRADAS há REJEIÇÃO pelo grupo.

Se são VIVIDAS pelo indivíduo existe uma espécie de

RECOMPENSA.

Essas recompensas são simbólicas.

• Grupos Informais

– A empresa passou a ser visualizada como uma organização

social composta de diversos grupos sociais informais.

– Cuja estrutura nem sempre coincide com a organização formal

da empresa.

– Os grupos informais definem suas regras de comportamento,

suas formas de recompensas ou sansões sociais.

• As Relações Humanas

– Para poder explicar e justificar o comportamento das

pessoas na organização, a Teoria das Relações

Humanas passou a estudar intensamente essas

interações sociais surgidas dentro das organizações,

em face do grande número de grupos e às interações

necessariamente resultantes.

• A importância do conteúdo do cargo

– Somente racionalizar a tarefa não é o suficiente para

conseguir aumentar a produção.

Durante a experiência percebeu-se que OS OPERÁRIOS

MUDAVAM DE LUGAR PARA VARIAR A MONOTONIA.

A partir daí viu-se que é importante haver conteúdo e sentido no cargo

exercido pelo operário.

• Ênfase nos aspectos emocionais

– O indivíduo, definitivamente, deixou de ser considerado

uma extensão da máquina como pregava Taylor.

– Agora suas emoções passam a ser consideradas e

tornam-se fator condicionante para uma produtividade

alta.

• Desde que as empresas foram “criadas” a forma de trabalho

sempre busca a superação, a eficiência material.

• Todavia a COOPERAÇÃO não teve a mesma evolução.

• Essa baixa cooperação existente nas organizações levou à

mudança de crenças e valores que fizeram uma revolução na

sociedade moderna, segundo o sociólogo Durkheim.

116 Aula 3 01/08/2005

A civilização industrializada e o homem

Organização Industrial

Equilíbrio externo

Função Social:

dar satisfação aos participantes

Função Econômica:

Produzir bens e serviços

Equilíbrio interno

Organização Técnica: Formal

Organização humana: informal

• Os métodos de trabalhos existentes pregam a eficiência e

não a cooperação.

• Face a isto, Mayo defende 5 pontos nos quais sustenta

que o trabalho tem mais a ver com as relações humanas

do que com a eficiência material propriamente dita.

• 1 – O trabalho é uma atividade tipicamente grupal:

• O indivíduo no seu trabalho não está isolado.

• Ele é parte integrante de um grupo. E esse grupo é o

responsável pela sua eficiência mais do que qualquer

tipo de recompensa material ou salarial.

• 2 – O operário não reage como indivíduo isolado,

mas como membro de um grupo social:

• Os avanços tecnológicos tendem a minimizar os

laços formados pelas pessoas nas organizações

uma vez que FICAM CADA VEZ MAIS PERTO DAS

MÁQUINAS E MAIS DISTANTES DAS PESSOAS.

• 3 – A tarefa básica da Administração é formar uma elite capaz

de compreender e de comunicar:

• ao invés de tentar fazer com que o TRABALHADOR ENTENDA A

LÓGICA DA EMPRESA, é importante que o ADMINISTRADOR

ENTENDA a LÓGICA E AS LIMITAÇÕES DO EMPREGADO.

• Mayo prega que somos TECNICAMENTE MUITO EFICIENTES,

porém POUCO EVOLUÍMOS NO QUE DIZ RESPEITO À

COOPERAÇÃO E NAS RELAÇÕES HUMANAS.

• 4 – A pessoa é motivada essencialmente pela necessidade de “estar junto”, de “ser reconhecida”, de

receber adequada comunicação:

• TAYLOR PRECONIZOU QUE O INDIVÍDUO ERA MOTIVADO PELA QUESTÃO

ECONÔMICA (HOMO ECONOMICUS)

• MAYO QUE AS INTERAÇÕES SOCIAIS SÃO MAIS IMPORTANTES.

• Não importa o quão eficiente é a organização, ela jamais será capaz de ser

completamente eficiente sem que as necessidades psicológicas de seus membros

sejam descobertas e satisfeitas.

• 5 – A civilização industrializada traz como conseqüência a

desintegração dos grupos primários da sociedade.

• A família, a religião os grupos informais são colocado em

segundo plano. As empresas passam a exercer este papel.

• Esta “nova unidade social proporcionará um novo lar, um

local de compreensão e de segurança emocional para os

indivíduos” (CHIAVENATO, 1997, p. 228)

• Conclusão deste tópico:

– Para Mayo “todos os métodos convergem para a

eficiência e não para a cooperação humana”¹. Isto

promove conflitos sociais. Tais conflitos são

responsáveis por inúmeras mazelas nas sociedade

que deixa à margem os valores da “boa vizinhança”

e preconiza os novos valores morais: trabalho,

produtividade e sucesso.

1 CHIAVENATO, Idalberto. Teoria Geral da Administração. Ed Makron Books. 5a. ed., 1997. p. 229.

Abordagem Humanística da Administração

Administração Científica:

• Estudo dos tempos e

movimentos

• Motivação (financeira)

• Hierarquia

Teoria Clássica:

• Ênfase na estrutura

• Hierarquia

• Departamentalização

Necessidade de humanizar e democratizar a administração:

• Contrapor os conceitos mecanicistas da TC

• Motivação (financeira)

• Hierarquia

Desenvolvimento das Ciências Humanas:

• Psicologia aplicada à org. industrial

Experiência de Hawthorne:

• Elton Mayo

Fatores para Origem da Teoria

das Relações Humanas

Decorrências da Teoria das Relações Humanas

MUDANÇAS DECORRENTES DA NOVA ABORDAGEM:

Incorporação de uma nova linguagem: motivação,

liderança, comunicação, organização informal, dinâmica do grupo, etc.

Contestação de conceitos clássicos: autoridade, hierarquia,

racionalização do trabalho, departamentalização, etc.

Sai o Homo Economicus e entra o homem social – Nova

concepção do homem...

126 Comparação: TC x TRH

Teoria Clássica

Organização como máquina

Ênfase na tarefa/tecnologia

Inspiração na engenharia

Autoridade centralizada

Linhas claras de autoridade

Especialização

Divisão de trabalho

Confiança nas normas

Separação entre linha e Staff

Teoria das Relações Humanas

Organização c/ grupo de pessoas

Ênfase nas pessoas

Inspiração na psicologia

Delegação de autoridade

Autonomia do empregado

Confiança e abertura

Relação entre as pessoas

Confiança nas pessoas

Dinâmica grupal e interpessoal

Aula 3 01/08/2005

• 1903 - Administração Científica - ênfase nas tarefas

• 1909 - Teoria da burocracia – ênfase na estrutura

• 1916 - Teoria clássica - ênfase na estrutura

• 1932 - Teoria das relações humanas

• 1947 - Teoria estruturalista

• 1951 - Teoria dos sistemas

• 1954 - Teoria Neoclássica

• 1957 - Teoria comportamental

• 1962 - Desenvolvimento Organizacional

• 1972 - Teoria contingencial

• 1990 - Abordagens contemporâneas

• tarefas, estrutura, pessoas, ambiente e tecnologia

• Cada uma dessas cinco variáveis provocou uma teoria administrativa, marcando um gradativo passo no desenvolvimento da TGA

• Cada teoria administrativa procurou privilegiar ou enfatizar uma dessas cinco variáveis, omitindo ou relegando a um plano secundário todas as demais

Cronologia das teorias da administração

Movimento de racionalização do trabalho: Foco na Gerência

administrativa

Movim. Rel. Humanas: foco nos processos

Mov. Sistemas Abertos: Foco no planejamento

estratégico

Não há um mov. Predominante: foco no

empreendedor como gerador de riqueza

Movimento das contingências

ambientais: foco na competitividade

Mov. do Funcionalismo Estrutural: foco na gerência por

objetivos

1900 1910 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000

História do Pensamento em Administração

1. Administração científica (Taylor): ênfase nas tarefas

2. Teoria clássica (Fayol): ênfase na estrutura

3. Teoria burocrática (Max Weber): ênfase na estrutura

4. Teoria das Relações Humanas

5. Teoria estruturalista

6. A reação humanística surgiu com a ênfase nas pessoas, por meio da teoria comportamental e pela teoria do desenvolvimento organizacional. A ênfase no ambiente surgiu com a Teoria dos Sistemas, sendo completada pela teoria da contingência. Esta, posteriormente, desenvolveu a ênfase na tecnologia. relegando a um plano secundário todas as demais.

Ênfase

Teorias administrativas

Principais enfoques

Tarefas

Administração Científica Racionalização do trabalho no nível operacional

Estrutura

Teoria Clássica Teoria Neoclássica

Organização Formal; Princípios gerais da Administração; Funções do Administrador

Teoria da Burocracia Organização Formal Burocrática; Racionalidade Organizacional

Teoria Estruturalista

Múltipla abordagem: Organização formal e informal; Análise intra-organizacional e análise interorganizacional

Ênfase

Teorias administrativas

Principais enfoques

Pessoas

Teoria das Relações Humanas

Organização informal; Motivação, liderança, comunicações e dinâmica de grupo;

Teoria Comportamental

Estilos de Administração; Teoria das decisões; Integração dos objetivos organizacionais e individuais;

Teoria do Desenvolvimento Organizacional

Mudança organizacional planejada; Abordagem de sistema aberto;

Ênfase

Teorias administrativas

Principais enfoques

Ambiente

Teoria Estruturalista Teoria Neo-estruturalista

Análise intra-organizacional e análise ambiental; Abordagem de sistema aberto;

Teoria da Contingência

Análise ambiental (imperativo ambiental); Abordagem de sistema aberto;

Tecnologia Teoria de Sistemas Administração da tecnologia (imperativo tecnológico);

Registre-se que existe uma tendência de que OS PROBLEMAS QUE MUITOS PAÍSES POSSUEM SÃO COMUNS aos demais, para os quais também se poderão encontrar soluções semelhantes. Assim, DESPESA PÚBLICA ELEVADA NA ECONOMIA, BAIXO NÍVEL DE EFICIÊNCIA, EFICÁCIA E EFETIVIDADE NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, O CRESCENTE NÍVEL DE INSATISFAÇÃO DOS CIDADÃOS COM A QUALIDADE DOS SERVIÇOS PRESTADOS PELA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, são problemas inerentes a quase todos os países. Nesse sentido, a utilização do MÉTODO COMPARATIVO nos estudos que visam à resolução desses problemas poderá ser bastante útil na busca de resolver esses problemas comuns.

A REFORMA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

A 1ª reforma foi a BUROCRÁTICA, (1936). A 2ª reforma um ensaio de DESCENTRALIZAÇÃO E DE DESBUROCRATIZAÇÃO(1967). A atual reforma está apoiada na proposta de ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA GERENCIAL, A uma resposta crise do Estado dos anos 80 e à globalização da economia impondo a todo o mundo, a redefinição das funções do Estado e da sua burocracia.

Aos poucos foram-se delineando os contornos da nova administração pública: (1)descentralização do ponto de vista político, transferindo

recursos e atribuições para os níveis políticos regionais e locais; (2) descentralização administrativa, 10 através da delegação de

autoridade para os administradores públicos transformados em gerentes crescentemente autônomos;

(3) organizações com poucos níveis hierárquicos ao invés de

piramidal,

Aos poucos foram-se delineando os contornos da nova administração pública: (4) pressuposto da confiança limitada e não da desconfiança total; (5) controle por resultados, a posteriori, ao invés do controle

rígido, passo a passo, dos processos administrativos; (6) administração voltada para o atendimento do cidadão, ao invés

de auto-referida.

Aos poucos foram-se delineando os contornos da nova administração pública: (1) descentralização do ponto de vista político, transferindo recursos e atribuições para os

níveis políticos regionais e locais; (2) descentralização administrativa, 10 através da delegação de autoridade para os

administradores públicos transformados em gerentes crescentemente autônomos; (3) organizações com poucos níveis hierárquicos ao invés de piramidal, (4) pressuposto da confiança limitada e não da desconfiança total; (5) controle por resultados, a posteriori, ao invés do controle rígido, passo a passo, dos

processos administrativos; (6) administração voltada para o atendimento do cidadão, ao invés de auto-referida.

Luiz Carlos Bresser Pereira Revista do Serviço Público, 47(1) janeiro-abril 1996. Trabalho apresentado ao seminário sobre Reforma do Estado na América Latina organizado pelo Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado e patrocinado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (Brasília, maio de 1996).

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