Apresentação para décimo segundo ano, aula 15

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Neologia

• empréstimos

• amálgama (entrecruzamento)

• acrónimos, siglas, abreviatura (redução)

• onomatopeia

• extensão semântica

Abreviatura (redução; truncagem)

• metro (metropolitano)

• pneu (pneumático)

• foto (fotografia)

• otorrino (otorrinolaringologista)

• prof (professor)

Abreviatura p. d. (ou gráfica)

• pág.

• cf.

• cfr.

• eng.º• etc. [et ceteram, 'e o resto']

Siglas

• RTP

• PJ

• OCDE

Acrónimos

• UEFA

• sida

• PALOP

Fernando PESSOA, Mensagem, Lisboa, Ática, 2009

Fernando PESSOA, Mensagem, 36.ª ed., Lisboa, Ática, 2009 (1.ª ed.: 1934)

Capa: tem um caligrama (poema visual) que usa versos de Pessoa e desenha a efígie do poeta.

Contracapa: reproduz o poema «O dos castelos», o primeiro texto de Mensagem; em baixo, vêm os logótipos dos patrocinadores.

Lombada: tem só o título da obra.

Colofão (ou, à latina, colofon): em vez do tradicional «Acabou de imprimir-se a […]», contém uma espécie de ficha técnica.

O anterrosto repete o desenho caligramático da capa. No entanto, há na p. [5] o que poderia ser o verdadeiro anterrosto, já que a página tem apenas o título, como é característico das páginas três. Terá sido lapso (e a ordem das pp. 5 e 3 ter saído mal, sendo a p. 1 uma mera folha de guarda)?

No miolo do livro há, no cabeçalho, o título corrente, nas páginas ímpares, e nome do autor, nas pares. Nesse espaço, dito dos «títulos correntes», vem «Índice» na parte do livro que lhe corresponde.

Na p. [7], temos a epígrafe: «Benedictus Dominus Deus Noster Qui Dedit Nobis Signum» (‘Bendito Deus Nosso Senhor que nos deu o Sinal’).

Preenche as quadrículas vagas da tábua seguinte, sobre a estrutura de Mensagem:

Os Campos

• O dos Castelos

• O das Quinas

Os Castelos

• Ulisses

• Viriato

• O Conde D. Henrique

• D. Tareja

• D. Afonso Henriques

• D. Dinis

• D. João I D. Filipa de Lencastre

As Quinas

• D. Duarte, Rei de Portugal

• D. Fernando, Infante de Portugal

• D. Pedro, Regente de Portugal

• D. João, Infante de Portugal

• D. Sebastião, Rei de Portugal

A Coroa

• Nun’Álvares Pereira

O Timbre

• [A Cabeça do Grifo:] O Infante D. Henrique

• [Uma Asa do Grifo:] D. João II

• [A Outra Asa do Grifo:] Afonso de Albuquerque

Segunda parte / Mar Português• O Infante• Horizonte• Padrão• O Mostrengo• Epitáfio de Bartolomeu Dias• Os Colombos• Ocidente• Fernão de Magalhães• Ascensão de Vasco da Gama• Mar Português• A Última Nau• Prece

Terceira parte / O Encoberto

Os Símbolos

• D. Sebastião

• O Quinto Império

• O Desejado

• As Ilhas Afortunadas

• O Encoberto

Os Avisos

• O Bandarra

• António Vieira

• «Screvo meu livro à beira-mágoa»

Os Tempos

• Noite

• Tormenta

• Calma

• Antemanhã

• Nevoeiro

De que tratam as três partes de Mensagem?

A 1.ª parte, «Brasão», trata da fase de formação de Portugal e seu crescimento.

A 2.ª parte, «Mar Português», versa a expansão de Portugal, os Descobrimentos.

A 3.ª parte, «O Encoberto», trata da estagnação da pátria e, profeticamente, do seu ressurgimento.

«Brasão» tem dezanove {numeral, mas por extenso} poemas, repartidos por cinco partes, que aproveitam classificações heráldicas (campos; castelos, quinas; coroa; timbre). A primeira destas sub-partes funciona como introdução às dezassete personalidades, abordadas em cada poema, que representam características do povo português. A epígrafe de «Brasão» é «Bellum sine bello», um oximoro (‘Guerra sem guerra’).

A parte «Mar Português» é constituída por doze poemas e não tem outra repartição. A epígrafe desta parte, «Possessio maris» (‘Posse do mar’), alude à saga dos descobrimentos. Desta parte já lemos em aula dois poemas: «Mostrengo» e «Mar Português» (este último, homónimo da secção).

A parte «O Encoberto» implica a visão esotérica de Pessoa, uma síntese de história, mito e profecia. Esta parte situa-se depois do desastre de Alcácer Quibir. Está aliás toda centrada na figura do rei D. Sebastião, o encoberto. Logo pelos títulos se vê que a organização, agora, decorre mais do simbolismo, não se adoptando tanto o formato ‘galeria de personagens’. A epígrafe é «Pax in excelsis» (‘Paz nos céus’), que corresponderá ao estado ideal conseguido com o profetizado Quinto Império.

Pelo índice, repara nas datas predominantes da elaboração dos poemas. Os poemas da primeira parte são quase todos posteriores a 1928, ou deste exacto ano. Os textos de «Mar Português» são maioritariamente de 1918-1922, a época do sidonismo. Finalmente, o ano mais representado na terceira parte é 1934 (precisamente, o ano da publicação de Mensagem, penúltimo da vida de Pessoa, quando o Estado Novo se implantava).

Que tipo de estrofe predomina? Dísticos, tercetos, quartetos ou quadras, quintilhas, sextilhas, sétimas, oitavas, nonas ou novenas, décimas, centésimas.

Os versos têm rima.

O metro (o número de sílabas métricas) predominante deve ser o o monossílabo, dissílabo, trissílabo, tetrassílabo, pentassílabo (ou redondilha menor), hexassílabo, heptassílabo (ou redondilha maior), octossílabo, eneassílabo, decassílabo, hendecassílabo, dodecassílabo (alexandrino).

Ó | mar | sal|ga|do|, quan|to| do | teu | sal

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

São | lá|gri|mas | de | Por|tu|gal!

1 2 3 4 5 6 7 8

Outras curiosidades:

O único poema que não tem título é o terceiro aviso, que está na p. 81. É o único texto em que o assunto parece ser o próprio poeta.

 

O último verso de Mensagem é «É a hora!», seguindo-se-lhe a fórmula de despedida latina, «Valete, Fratres» (‘Saúde [Força, Felicidade], Irmãos’).

Brasão

• O dos Castelos

• Ulisses

• D. Afonso Henriques

• D. Dinis

• D. Sebastião, Rei de Portugal

Mar Português

• O Infante

• Horizonte

• Ascensão de Vasco da Gama

• O Mostrengo

• Mar Português

• Prece

O Encoberto

• O Quinto Império

• [Screvo meu livro à beira-mágoa]

• Nevoeiro

TPC

No manual, lê as pp. 126-127; p. 141.