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FASE - AVALIAÇÃO DOS POOC NA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA ARH DO TEJO Avaliação dos POOC da Área de Jurisdição da ARH do Tejo, IP. e Definição de Objectivos e Conteúdos para a sua Revisão BIODESIGN, Lda. - 090312FOT01RL2.docx 71 3.3. COMPARAÇÃO METODOLÓGICA DA FORMA DE ELABORAÇÃO DOS POOC Apresenta-se seguidamente uma análise individualizada da metodologia de elaboração por POOC e respectivo esquema de síntese, decorrente da consulta dos documentos resultantes da sua elaboração. 3.3.1. ANÁLISE METODOLÓGICA DA FORMA DE ELABORAÇÃO DO POOC OVAR- MARINHA GRANDE A metodologia de elaboração do POOC Ovar Marinha Grande desenvolveu-se em 3 fases: 1ª Fase - Estudos de Base; 2ª Fase - Estudo Prévio de Ordenamento e Desenvolvimento; 3ª Fase - Projecto do POOC e Plano de Intervenções. 1ª Fase Estudos de Base A delimitação da área de intervenção do POOC Ovar Marinha Grande foi estabelecida com base no disposto no Decreto-Lei n.º 309/1993, de 2 de Setembro, sendo excluídas as áreas portuárias definidas no Decreto-Lei n.º 379/1989, de 27 de Outubro, ou seja as áreas dos portos de Aveiro e Figueira da Foz. O presente POOC “abrange a orla costeira entre Ovar e Marinha Grande, com uma extensão aproximada de 140 km. Esta compreende uma zona terrestre de protecção, com uma largura de 500m contados da linha que limita a margem das águas do mar, e uma faixa marítima de protecção que tem como limite inferior a batimétrica dos 30m”. Para além da área de intervenção foi ainda delimitada, de acordo com os critérios estabelecidos na legislação aplicável. A área adjacente à zona terrestre de protecção, inclui toda a zona dunar entre o Furadouro e a Praia de Mira. Os Estudos Base são compostos por 6 relatórios que abordam os seguintes temas: Relatório I - Usos e Funções do Território, que corresponde a uma caracterização do sistema biofísico, com excepção da componente hidráulica marítima. Este volume divide-se nos seguintes capítulos: Clima onde é feita uma caracterização climática da área de intervenção tendo por base os seguintes parâmetros: temperatura do ar, precipitação, vento, nebulosidade, nevoeiro, insolação, geadas, orvalho e, humidade relativa do ar; Geomorfologia neste capítulo é feito um enquadramento geológico das áreas emersas e imersas, existentes na área de intervenção, assim como uma análise morfológica das mesmas. São ainda identificadas as diferentes unidades fisiográficas existentes;

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2ª FASE - AVALIAÇÃO DOS POOC NA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA ARH DO TEJO

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3.3. COMPARAÇÃO METODOLÓGICA DA FORMA DE ELABORAÇÃO DOS POOC

Apresenta-se seguidamente uma análise individualizada da metodologia de elaboração por

POOC e respectivo esquema de síntese, decorrente da consulta dos documentos resultantes da

sua elaboração.

3.3.1. ANÁLISE METODOLÓGICA DA FORMA DE ELABORAÇÃO DO POOC OVAR-

MARINHA GRANDE

A metodologia de elaboração do POOC Ovar – Marinha Grande desenvolveu-se em 3 fases:

1ª Fase - Estudos de Base;

2ª Fase - Estudo Prévio de Ordenamento e Desenvolvimento;

3ª Fase - Projecto do POOC e Plano de Intervenções.

1ª Fase – Estudos de Base

A delimitação da área de intervenção do POOC Ovar – Marinha Grande foi estabelecida com

base no disposto no Decreto-Lei n.º 309/1993, de 2 de Setembro, sendo excluídas as áreas

portuárias definidas no Decreto-Lei n.º 379/1989, de 27 de Outubro, ou seja as áreas dos portos

de Aveiro e Figueira da Foz. O presente POOC “abrange a orla costeira entre Ovar e Marinha

Grande, com uma extensão aproximada de 140 km. Esta compreende uma zona terrestre de

protecção, com uma largura de 500m contados da linha que limita a margem das águas do

mar, e uma faixa marítima de protecção que tem como limite inferior a batimétrica dos 30m”.

Para além da área de intervenção foi ainda delimitada, de acordo com os critérios

estabelecidos na legislação aplicável. A área adjacente à zona terrestre de protecção, inclui

toda a zona dunar entre o Furadouro e a Praia de Mira.

Os Estudos Base são compostos por 6 relatórios que abordam os seguintes temas:

§ Relatório I - Usos e Funções do Território, que corresponde a uma caracterização do

sistema biofísico, com excepção da componente hidráulica marítima. Este volume

divide-se nos seguintes capítulos:

§ Clima – onde é feita uma caracterização climática da área de

intervenção tendo por base os seguintes parâmetros: temperatura do

ar, precipitação, vento, nebulosidade, nevoeiro, insolação, geadas,

orvalho e, humidade relativa do ar;

§ Geomorfologia – neste capítulo é feito um enquadramento geológico

das áreas emersas e imersas, existentes na área de intervenção, assim

como uma análise morfológica das mesmas. São ainda identificadas as

diferentes unidades fisiográficas existentes;

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§ Recursos minerais – onde é realizada uma análise e

identificação/localização dos recursos minerais existentes na área

emersa. Para além desta análise, são identificadas as ocorrências de

depósitos de inertes e é realizado um diagnóstico e caracterização, da

situação actual, das áreas emersas e imersas, no que diz respeito a esta

temática;

§ Recursos hídricos – apesar da área de intervenção do POOC estar

confinada ao DPM e à zona de protecção, nesta fase de

caracterização foi considerada toda a área envolvente, uma vez que a

maioria dos casos de perturbações graves dos sistemas aquáticos tem

origem a montante da orla costeira. Assim, nesta fase “procedeu-se ao

levantamento das principais fontes poluentes, inventariação dos

sistemas de tratamento de efluentes e avaliação da qualidade da

água (águas subterrâneas, superficiais e balneares) ”.

§ Uso do Solo – o uso do solo foi obtido através da fotointerpretação de

fotografias aéreas verticais coloridas à escala 1:8 000. Na delimitação

das classes de uso do solo a unidade mínima considerada foi de 1 ha,

sendo as áreas com dimensão inferior incluídas no sistema adjacente

mais semelhante.

§ Biota Terrestre – a inventariação das espécies de vertebrados silvestres

terrestres existentes no terreno resultou da combinação entre a

bibliografia de referência, para a temática, com as informações

coligidas em resultado do trabalho de campo desenvolvido. No que diz

respeito ao enquadramento corológico são identificados as regiões

fitogeográficas existentes, sendo identificadas as espécies vegetais com

interesse de protecção e respectivos habitats.

Em termos de enquadramento fitogeocenótico são identificados os

grandes sistemas ecológicos existentes na área em estudo. São ainda

identificados os habitats de referência, na área em estudo, tendo sido

desenvolvido um critério de sensibilidade ecológica através da

ponderação de 5 parâmetros distintos: Directiva 92/43/CEE,

sensibilidade geocenética, valor florístico, valor fitocenótico e valor

faunístico.

§ Flora e fauna marinha – foi realizada uma inventariação das espécies

faunísticas e florísticas presentes nos diversos habitats assinalados na

área em estudo e posteriormente efectuou-se a caracterização das

comunidades biológicas aí existentes.

Em relação à flora aquática, apenas foram analisadas as comunidades

de macroalgas devido ao seu valor ecológico e económico. A

inventariação destas foi feita exclusivamente com base em pesquisa

bibliográfica. Dada a ausência de dados qualitativos para cada

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espécie inventariada, apenas foi indicado a sua presença ou ausência

nas zonas intertidal ou subtidal.

Quanto à fauna marinha, esta encontra-se dividida nas classes:

invertebrados, peixes, répteis marinhos e mamíferos marinhos.

Para cada espécie inventariada é indicada a sua abundância relativa

na área em estudo, percentagem de observações face ao total

registado na costa continental e, o seu estatuto de protecção.

§ Unidades de Paisagem – são identificadas e caracterizadas as

diferentes unidades de paisagem existentes na área de intervenção. A

definição das unidades da paisagem teve por base os valores relativos

ao património natural e paisagístico intrínseco.

§ Relatório II – Dinâmica Costeira e Obras de Defesa – é realizado um levantamento e

sistematização da informação relativa às diferentes estruturas de defesa costeira,

através de uma base de dados que contempla diversos aspectos tais como a

localização, caracterização, e o registo histórico das mesmas. Esta informação é

sistematizada nas fichas de caracterização da obra.

Foi ainda realizado uma síntese dos investimentos realizados nestas, em

construção e em intervenções de manutenção.

§ Relatório III – População. Redes Urbana – dos concelhos litorais e respectivas

freguesias. Esta análise visa enquadrar e destacar as especificidades das

freguesias litorais, quer no contexto dos concelhos a que pertencem, quer no

contexto de toda a faixa litoral.

No que diz respeito à rede urbana é feita uma caracterização genérica da faixa

litoral e da região envolvente, com principal ênfase para os aglomerados litorais,

onde são abordados aspectos particulares da malha urbana e dos serviços e

equipamentos de apoio às populações.

Neste volume é ainda abordada a temática dos transportes e acessibilidades,

onde é feita a “caracterização e análise das infra-estruturas de transporte e das

condições gerais de acessibilidade, tanto a nível das ligações da faixa litoral com

o exterior, como nas ligações externas. Juntamente é feita uma análise dos

serviços de transporte de passageiros, ferroviários e rodoviários, assim como uma

referência às infra-estruturas de apoio à náutica de recreio e à pesca.”

§ Relatório IV – Actividades Económicas – a abordagem desenvolvida neste capítulo,

quer ao nível das actividades estudadas quer no que se refere ao tratamento

sectorial efectuado, encontra-se subordinada à especificidade do tipo de plano

em causa – POOC. Assim as actividades económicas foram consideradas de

acordo com a dimensão dos seus impactes, da natureza económica, social e

ambiental, que directa ou indirectamente incidem sobre a área em estudo.

A obtenção da informação quantitativa foi obtida através de um conjunto de

trabalhos de campo, que consistiu no levantamento de informação junto das

entidades locais, no levantamento fotográfico dos espaços com utilização

produtiva, em inquérito/entrevistas a diferentes actores locais.

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§ Relatório V – Caracterização das Praias e dos Aglomerados Litorais – Pretende

identificar-se e caracterizar os usos dominantes da faixa costeira, sendo o

objectivo primordial deste relatório a caracterização do uso balnear ao longo da

faixa costeira. Para além do referido objectivo são sintetizadas as principais

propostas de desenvolvimento e ordenamento previstas nos diversos instrumentos

de planeamento permitindo numa fase posterior, avaliar a procura e as pressões

existentes nesta faixa costeira.

A sistematização foi realizada após o levantamento de campo e na sua definição

foram utilizados os seguintes critérios: acessibilidade à praia, intensidade de ocupação e

obstáculos naturais e/ou artificiais (características morfológicas, esporões, etc.)

É constituído basicamente por fichas de caracterização associadas a elementos

cartográficos e fotográficos, que fazem a sistematização e a síntese da utilização actual

da orla costeira.

A caracterização das praias foi orientada tendo em vista a classificação tipológica das

mesmas, pelo que os indicadores são os considerados na legislação. Assim a ficha de

caracterização estrutura-se em 6 pontos principais:

§ identificação da praia (localização e enquadramento);

§ acessos e estacionamentos, encontrando-se o ponto 3 estruturalmente

dividido em dois subpontos relativos aos acessos rodoviários e acessos

pedonais;

§ identificação dos aspectos particulares das praias isto é, a sua

morfologia e dimensão, estabilidade do seu areal, espraiamento nas

praias, identificação dos usos e serviços de apoios existentes, existência

de bandeira azul, etc;

§ fichas das edificações, dos aglomerados e das obras de defesa costeira

directamente relacionados com a praia em questão.

§ Relatório VI – Diagnóstico – corresponde à última etapa da fase de Estudos Base do

presente Plano. Esta é composta pelos seguintes elementos:

§ Quadro diagnóstico sectorial - é apresentado sob a forma de quadros,

correspondendo a cada um uma componente sectorial (clima,

arqueologia e pesca, entre outros) sintetizada em pontos fortes

(principais características/potencialidades), pontos fracos (principais

problemas, degradações e conflitos), dinâmica actual (avaliação das

perspectivas de evolução face à situação actual) e perspectivas de

evolução (acções, projectos e propostas ou estudos que condicionarão

a componente).

§ Matriz de compatibilidade – onde são identificadas as situações de

conflito verificadas no território, entre as várias componentes que

constituem o sistema formado por esse território.

§ Quadro prospectivo – onde são resumidos as tendências de evolução

existentes a dinâmica actual de ocupação e política de protecção,

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bem como as estratégias preconizadas pelas diversas entidades e

agentes que actuam na área de intervenção.

Este conjunto de elementos permitiu a formulação das grandes linhas de orientação

estratégica do Plano, bem como o enquadramento das primeiras propostas de

ordenamento da orla costeira.

A 2ª Fase – Estudo Prévio de Ordenamento e Desenvolvimento tem por objectivo a

definição do modelo de ordenamento e desenvolvimento a adoptar para a orla

costeira e, é composta pelos seguintes volumes:

§ Volume I – Modelo de Ordenamento e Desenvolvimento;

§ Volume II – Pré – Regulamento;

§ Volume III – Programa Base de Praias.

§ Volume I – Modelo de Ordenamento e Desenvolvimento – fundamenta as medições,

indicações e disposições adoptadas no Plano, definindo os princípios de

ordenamento e a estratégia de desenvolvimento proposta para a orla costeira,

tendo sido elaborado com base nos seguintes elementos:

§ Diagnóstico - o diagnóstico realizado na fase anterior foi revisto e

actualizado nesta fase. Este processo teve por base os pareceres

emitidos pelas diferentes entidades representadas na Comissão Técnica

de Acompanhamento. Para tal, foram realizadas reuniões e

levantamentos de campo de forma que o quadro referencial, para a

formalização do modelo, traduzisse as características do território, as

suas dinâmicas, as perspectivas de transformação e as estratégias

preconizadas.

À semelhança do Diagnóstico realizado na fase anterior é composto

pelos seguintes elementos:

§ Quadro diagnóstico sectorial;

§ Matriz de compatibilidades;

§ Quadro prospectivo.

§ Evolução da linha de costa – nesta análise a linha de costa é dividida

em 11 troços, para os quais foram desenvolvidos cenários de evolução

da mesma, para um período de 10 anos. Estes foram desenvolvidos

tendo por base a informação proveniente do volume 2 dos Estudos

Base – Dinâmica Costeira e Obras de Defesa Costeira.

§ Objectivos gerais do POOC – onde são confrontados os objectivos

gerais do POOC, definidos no D.L. n.º 93/90, de 2 de Setembro, com as

características específicas do território, descritas pelos seus principais

domínios. Deste confronto resultam os objectivos específicos do Plano.

A cada objectivo foram associados programas temáticos que agrupam

os projectos e acções da mesma natureza.

A aplicação destes objectivos e projectos reflectem-se no território, nomeadamente na

planta de síntese e respectivo regulamento.

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§ A Planta de Síntese delimita classes de espaço para as quais se

propõem usos e funções similares e são definidas as condições de

utilização e transformação do solo expressas no regulamento. Assim,

nesta fase, são identificadas as seguintes classes de espaço:

§ Praias marítimas;

§ Áreas naturais;

§ Áreas de equipamento;

§ Áreas urbanas e urbanizáveis;

§ Áreas de risco

§ Outras infra-estruturas.

§ A Planta de Condicionantes delimita as servidões administrativas e

restrições de utilidade pública existentes na orla costeira consideradas

relevantes para o seu ordenamento.

§ As praias marítimas identificadas na área de intervenção do Plano são

classificadas de acordo com o Anexo I ao D.L. n.º 309/93, de 2 de

Setembro, que define as características das praias marítimas em função

da sua classificação. No entanto, para efectuar esta classificação, foi

necessário abordar e definir três questões chaves:

§ Definição da capacidade de carga das praias;

§ Dimensionamento dos estacionamentos;

§ Definição das funções e serviços associados às praias e

características das instalações.

A capacidade teórica de carga de uma praia é definida de acordo

com a expressão:

Cp = Au / Ocm, em que: Cp – capacidade de carga da praia

Au – Área útil da praia

Ocm – Ocupação média

O primeiro conceito que importa reter aquando da definição de

capacidade de carga é o conceito de Área Potencial de Uso Balnear

(passivo). Esta é definida como o areal acima da linha máxima de

preia-mar de águas vivas equinociais, definido em função do

espraiamento das vagas em condições médias de agitação do mar

nos 4 meses de Verão, com uma largura máxima de 40m.

A ocupação média de uma praia varia de acordo a sua classificação

tipológica, uma vez que esta reflecte as condições ambientais, de

conforto e segurança e das infra-estruturas existentes.

Assim, por forma a avaliar os critérios utilizados na definição da

ocupação média da praia, foram analisados os POOC Caminha –

Espinho e Burgau – Vilamoura. A escolha destes dois Planos deveu-se ao

facto de um deles ser adjacente à área de intervenção (Caminha –

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Espinho) e, o segundo porque representa uma zona onde o potencial

de praia é um factor determinante para o desenvolvimento local.

Da análise realizada concluiu-se que capacidade de carga das praias

deverá ser definida através da aplicação de densidades de ocupação

média por tipologia.

Praias Tipo I Tipo II Tipo III Tipo IV Ocupação média 7,5 m2/utente 15 m2/utente 30 m2/utente 30 m2/utente

A aplicação destes índices às áreas de uso balnear (passivo) permite

definir a capacidade de carga teórica das praias. A introdução de

factores como a acessibilidade e a o número de estacionamentos

poderão limitar o número utentes a considerar. O critério de

dimensionamento do estacionamento a adoptar é definido em função

da tipologia da praia e da estratégia preconizada para a mesma. Por

último foi abordado a questão das funções e serviços associados às

praias e características das instalações. Nesta abordagem para além

da tipificação, constituição e identificação das principais funções, das

instalações e apoios de praia, é definido o dimensionamento dos

mesmos.

No dimensionamento do estacionamento à semelhança da

metodologia utilizada para a capacidade de carga das praias foram

analisados os critérios de dimensionamento utilizados nos POOC já

referidos.

O critério de dimensionamento do estacionamento a adoptar é

definido em função da tipologia da praia e da estratégia preconizada

para a mesma.

O dimensionamento dos apoios de praia, em termos, de número e

funções depende das características biofísicas da praia, da sua

classificação tipológica e importância estratégica em relação ao

turismo.

Classes de espaços – as classes de espaços delimitadas na planta de

síntese, nesta fase correspondem às classes delimitadas nos respectivos

PDM e outros PMOT, inseridos na área de intervenção do Plano.

§ Volume II – Pré-Regulamento – corresponde à aplicação das medidas de

ordenamento propostos, sendo constituído pela versão preliminar do

Regulamento e respectiva cartografia associada (planta de síntese e planta de

condicionantes).

§ Volume III – Programa Base das Praias – Corresponde à definição do conjunto de

projectos e acções a desenvolver para as praias ou conjunto de praias

consideradas estratégicas no âmbito do Plano e para as quais, na fase seguinte,

são apresentadas planos de praia.

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Para atingir tal objectivo foram anexadas às fichas de caracterização das praias

desenvolvidas na 1ª fase, as propostas (projectos e acções) para cada praia e,

identificaram-se as praias que consideradas estratégicas para a concretização do

Plano e que foram alvo de Planos de Praia na 3ª Fase. Assim, as praias foram

agrupadas de acordo com as tipologias atribuídas.

Esta fase corresponde a uma versão provisória do Plano que serviu de suporte à

discussão pública.

A 3ª Fase - Projecto do POOC e Plano de Intervenções é composta por 4 tomos:

§ Relatório Síntese;

§ Plano de Intervenções;

§ Programa de Execução. Plano de Financiamento;

§ Planos de Praia.

Como foi referido anteriormente, a 2ª fase do Plano correspondeu a uma versão

provisória do Plano, pelo que existem, nesta fase, alguns conteúdos semelhantes aos

contemplados na 2ª fase.

§ Tomo I – Relatório Síntese, são fundamentadas as medidas e disposições adoptadas

no Plano, definindo os princípios de ordenamento e a estratégia de

desenvolvimento proposta para a Orla Costeira. Em seguida são referidos os

aspectos diferenciadores da 2ª para a 3ª fase do Plano.

§ Planta de Síntese

A planta delimita as classes e categorias de espaços para as quais se

propõem usos e funções similares e se definem as condições de

utilização e transformação do solo expressas no Regulamento. Assim,

são identificadas e delimitadas as seguintes classes de espaços:

§ Praias Marítimas

§ Áreas Naturais;

§ Áreas Urbanas e Urbanizáveis;

§ Áreas de Equipamentos.

Para além dos usos dominantes são delimitadas as seguintes áreas de

usos e restrições específicas:

§ Áreas de Actividades Específicas;

§ Áreas Ameaçadas pelo Mar;

§ Intervenções de Defesa Costeira;

§ Outras Infra-estruturas.

Na planta de síntese são ainda delimitas as UOPG.

Comparando as plantas de síntese da 3ª e 2ª fase, em relação às

classes de espaços delimitadas, verifica-se a inexistência da classe

“Áreas de Risco” na primeira. A denominação desta classe foi alterada,

na 3ª fase, para “Áreas Ameaçadas pelo Mar” e agrupa as duas

categorias (áreas de risco de nível I e II) em que esta se dividia.

§ Planta de Condicionantes

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Durante o processo de elaboração da Planta de síntese identificaram-

se a existência de algumas situações de sobreposição entre servidões e

classes de uso do solo identificadas nos PMOT. Como tal, no presente

relatório são identificadas tais situações.

Da sobreposição entre a REN e os espaços urbanos/urbanizáveis

propostos que resultam de três tipos de situações:

§ Áreas urbanas existentes, integradas em simultâneo, nos

espaços urbanos e na REN em que os usos propostos pelo

POOC foram considerados compatíveis com o regime da REN;

§ Áreas urbanizáveis delimitadas, regulamentadas e sujeitas a

UOPG nos PMOT em vigor e não desafectadas da REN;

§ Áreas da REN integradas nos espaços urbanos/urbanizáveis mas

com estatuto especial ao nível do regulamento dos respectivos

PMOT eficazes.

Para além das situações referidas anteriormente, existem ainda, ao nível

dos PMOT, um outro conjunto de ocupações existentes/propostas

localizadas em áreas afectas à REN, como é o caso das áreas dos

equipamentos. Nestas situações, tendo em consideração o carácter

vinculativo do POOC, as áreas da REN incluídas nos perímetro e nas

áreas dos equipamentos, para onde os respectivos PMOT propõem

áreas construídas incompatíveis com a protecção dos ecossistemas

ficam sujeitas a UOPG. É no âmbito destes planos que posteriormente

serão propostas as desafectações à REN, nos termos da legislação.

Relativamente às áreas submetidas ao regime florestal, verifica-se que

algumas áreas urbanas e urbanizáveis, bem como algumas áreas de

equipamento se encontram abrangidas parcialmente por este regime.

A ocupação destas áreas implicará, igualmente, a sua desafectação.

§ Tomo II – Plano de Intervenções, apresenta de forma sistematizada os projectos

propostos no âmbito do modelo de ordenamento e desenvolvimento definido

para a orla costeira Ovar – Marinha Grande.

Os projectos (estudos, obras, acções e medidas) são definidos a partir dos quinze

objectivos específicos do Plano. Os mesmos são agrupados em programas, de acordo

com a sua natureza, pelo que existe uma relação entre os programas e a entidade

responsável pela sua concretização. Assim, a partir dos 15 objectivos específicos são

definidos 46 programas e 220 projectos.

São Programas Principais aqueles que correspondem às intervenções que directa ou

indirectamente envolvem o INAG e Programas Complementares os que correspondem

às intervenções que dependem de outras entidades. A cada projecto corresponde

uma Ficha de Projecto que inclui para além do Programa e do Objectivo que lhe está

associado outros elementos de caracterização.

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§ Tomo III – Plano de Execução/Plano de Financiamento, apresenta os custos inerentes

à execução dos projectos propostos no âmbito do Plano, directa ou

indirectamente relacionados com INAG.

Tendo como ponto de partida as fichas de projecto integradas no Plano de

Intervenções são realizadas algumas análises que reportam quer à análise temporal dos

projectos, quer ao investimento que lhes está associado.

Na análise realizada ao investimento são apresentados os custos totais de execução

dos projectos propostos por cada Programa Principal. Para os investimentos a cargo do

INAG esta análise é mais detalhada (descriminação das intervenções propostas) e, a

informação é desagregada de acordo com o período temporal (curto e médio/longo

prazo).

§ Planos de Praia

As intervenções, propostas a nível das praias, são apresentadas a uma escala de

pormenor (1:2 000), tendo por base a sua classificação tipológica e as acções

necessárias para a sua concretização.

Tal como a metodologia utilizada nos Estudos Base, para a caracterização das praias,

este relatório é composto por fichas associadas a elementos cartográficos. Estas são

constituídas pelos seguintes pontos:

§ identificação da praia (localização e enquadramento);

§ classificação tipológica da praia e respectiva capacidade de carga;

§ acessos (rodoviários e pedonais) e estacionamentos;

§ equipamentos de praia bem como o número de instalações a demolir;

O oitavo identifica usos complementares ao balnear, nomeadamente

actividades desportivas e desportos náuticos;

§ outras intervenções e projectos complementares, que traduzem acções

de qualificação e beneficiação das praias;

§ fichas dos estudos de base que se relacionam directamente com a

praia em questão.

As principais propostas como a tipologia e respectiva capacidade de carga das praias,

acessos e estacionamentos definidos por praia e apoios, equipamentos de praia e

instalações a demolir, por praia, são apresentados em quadros síntese.

A cartografia elaborada no âmbito do Plano foi produzida em formato digital (software

CAD).

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2ª FASE - AVALIAÇÃO DOS POOC NA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA ARH TEJO

Avaliação dos POOC da Área de Jurisdição da ARH do Tejo, IP. e Definição de Objectivos e Conteúdos para a sua Revisão BIODESIGN, Lda. - 090312FOT01RL0.docx 81

3.3.1.1. Esquema metodológico de síntese do POOC Ovar-Marinha Grande

DELIMITAÇÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO

ESTU

DO

S

Decreto-Lei n.º 309/ 1993, de 2 de Setembro

Zona terrestre de protecção

Usos e funções do território

Dinâmica costeira e obras de defesa

População - Redes urbanas

Actividades económicas

Caracterização das praias e dos aglomerados litorais

Diagnóstico

1ª F

ASE

- E

STU

DO

S D

E B

ASE

2ª F

ASE

- E

STU

DO

PR

ÉVIO

DE

ORD

ENA

MEN

TO E

DES

ENV

OLV

IMEN

TO

Com base

Decreto-Lei n.º 379/ 1989, de 27 de Outubro

Zona marítima de protecção Limite inferior - a batimétrica dos 30 m

500 m a partir da linha que limita a margem das águas do mar

Delimitação da área adjacente Zona dunar entre o Furadouro e a Praia da Mira

- Clima - Geomorfologia - Recursos Minerais - Recursos Hídricos - Uso do solo - Biota Terrestre - Flora e fauna marinha - Unidades de Paisagem

Levantamento e sistematização das estruturas de defesa costeira

Caracterização da população

Caracterização e análise das infra-estruturas de transporte e acessibilidades

Caracterização dos usos dominantes da faixa costeira

Caracterização do uso balnear

Caracterização das praias

Levantamento de campo

Fichas de caracterização

Caracterização dos usos dominantes da faixa costeira

Caracterização do uso balnear

Caracterização das praias

Características, potencialidades e os problemas

Identificação das compatibilidades e incompatibilidades de usos e funções do território e das diferentes estratégias existentes

MODELO DE ORDENAMENTO E DESENVOLVIMENTO

definição

Medições, indicações e disposições adoptadas no Plano, definindo os princípios de ordenamento e a estratégia de desenvolvimento proposta para a orla costeira

fundamentação

Diagnóstico com base

Caracterização dos usos dominantes da faixa costeira

Caracterização do uso balnear

Caracterização das praias

Evolução da costa

Objectivos gerais do POOC Características especificas do território

Objectivos específicos Programas temáticos associados

Planta Síntese

Planta Condicionantes

Praias Marítimas Definição da capacidade de carga

Dimensionamento dos estacionamentos

Definição das funções e serviços associados às praias e características das instalações

Área Útil de Praia Ocupação média

=

Classes de Espaços Correspondem às classes de espaço delimitadas nos respectivos PDM e PMOT

PRÉ - REGULAMENTO

PROGRAMA BASE DAS PRAIAS Conjunto de projectos e acções a desenvolver para as praias ou conjunto de praias consideradas estratégicas

RELATÓRIO SÍNTESE Planta Síntese Classes de espaço

UOPG

Planta de Condicionantes Com a inclusão de situações de sobreposição entre servidões e classes de usos do solo identificadas

3ª F

ASE

- P

RO

JEC

TO

DO

PO

OC

E P

LAN

O D

E IN

TERV

ENÇ

ÕES

PLANO DE INTERVENÇÕES 15 objectivos específicos

Identificação da Praia

220 projectos Ficha de projecto (individual)

Programa

Objectivo

Caracterização PLANO DE EXECUÇÃO /PLANO DE FINANCIAMENTO

PLANOS DE PRAIA Fichas associadas aos elementos cartográficos

Classificação tipológica da Praia

Acessos

Apoios e equipamentos de Praia

Outras intervenções e projectos complementares

Ficha dos Estudos Base relacionada com a praia em questão

46 Programas

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2ª FASE - AVALIAÇÃO DOS POOC NA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA ARH DO TEJO

Avaliação dos POOC da Área de Jurisdição da ARH do Tejo, IP. e Definição de Objectivos e Conteúdos para a sua Revisão 82 BIODESIGN, Lda. - 090312FOT01RL2.docx

3.3.2. ANÁLISE METODOLÓGICA DA FORMA DE ELABORAÇÃO DO POOC

ALCOBAÇA-MAFRA

A metodologia de elaboração do POOC Alcobaça - Mafra desenvolveu-se em 3 fases:

1ª Fase - Estudos de Base;

2ª Fase - Estudos Prévios de Ordenamento;

3ª Fase - Projecto do POOC e Plano de Intervenções.

Na 1ª Fase – Estudos de Base, foi tida em consideração a orla costeira, enquanto, “espaço de

interface mar/terra, que constitui uma parcela particularmente sensível do território dada a

complexidade dos fenómenos fisiográficos em jogo, o valor dos ecossistemas em presença e as

tensões a que está sujeita, tensões resultantes quer da própria dinâmica costeira, quer da

crescente impermeabilização e artificialização desse interface.

A perda de ecossistemas valiosos, a degradação da qualidade ambiental, a delapidação de

recursos, as alterações nos ciclos hidrológicos, a subida do nível das águas e os impactes

resultantes das alterações climatéricas, constituem hoje preocupação generalizada de

inúmeras organizações.

A gestão integrada da orla costeira é considerado o processo mais apropriado para antecipar

e responder aos objectivos e necessidades a longo prazo, gerindo os desafios e oportunidades

actuais, podendo, simultaneamente, estimular e guiar o desenvolvimento sustentável das áreas

costeiras, minimizar a degradação dos sistemas naturais, criar um quadro de gestão de

actividades multi-sectoriais e manter opções para usos futuros dos recursos costeiros”.

Este troço é “dominado por arribas vivas de altura bastante variável, e talhadas em suportes

litológicos também muito variáveis de local para local”,cujo litoral das arribas é “interrompido

pelas desembocaduras dos cursos de água mais importantes, pela Lagoa de Óbidos, pela

Concha de S. Martinho, e, em maior extensão, pelo litoral arenoso compreendido entre

Consolação, Peniche e Baleal”, que constituem “3 situações que demarcam o troço em

estudo, em termos paisagísticos e ecológicos”.

Foi ainda entendido que o POOC teve como objectivo orientador, o de “possibilitar a tomada

de decisões sobre acções/actuações necessárias à protecção, valorização e desenvolvimento

equilibrado da área, onde distintos usos e actividades específicos se complementam e possam

contribuir para tal propósito”.

A delimitação da área de intervenção do POOC Alcobaça - Mafra, delimitada a norte pela

Praia de Água de Medeiros e a sul pela Foz da Ribeira do Falcão (que perfaz um troço que

integra 8 concelhos e de cerca de 120km de recorte), abrange o Domínio Público e duas faixas,

a zona terrestre de protecção, cuja largura máxima é de 500 m, e a zona marítima de

protecção, que tem como limite máximo a batimétrica dos -30, integrando a Concha de S.

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2ª FASE - AVALIAÇÃO DOS POOC NA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA ARH DO TEJO

Avaliação dos POOC da Área de Jurisdição da ARH do Tejo, IP. e Definição de Objectivos e Conteúdos para a sua Revisão BIODESIGN, Lda. - 090312FOT01RL2.docx 83

Marinho do Porto e a extensão entre Baleal – Peniche (de salientar o emblemático Cabo

Carvoeiro), excluindo a Lagoa de Óbidos.

A Zona Terrestre de Protecção da área do POOC foi demarcada nas Plantas de Caracterização

e nas Plantas de Avaliação da Área de Intervenção, e apresenta quatro interrupções que

derivam da existência de 4 portos, a que correspondem as áreas de jurisdição portuárias que se

encontram excluídas da Área de Intervenção do POOC e que se constituem como Áreas

Adjacentes da Área de Intervenção do POOC, designadamente, Portos da Nazaré, São

Martinho do Porto, Peniche e Ericeira.

Os Estudos Base foram desenvolvidos em 3 partes, que seguidamente se inventariam:

§ Numa 1ª Parte – Enquadramento e Caracterização da Área de Intervenção, o estudo

contemplou:

§ a identificação e enquadramento da área de intervenção incluindo a

Planta de Localização da Área de Intervenção e das correspondentes

Zonas de Intervenção Caracterização Biofísica;

§ a caracterização biofísica da área de intervenção onde foram incluídos

os aspectos relacionados com: a geologia e geomorfologia, a

caracterização do coberto vegetal, a caracterização dos sistemas de

maior sensibilidade e respectiva demarcação cartográfica, a

caracterização da flora e fauna, a caracterização da paisagem e

respectiva demarcação das unidades de paisagem e a caracterização

da qualidade da água e respectiva identificação cartográfica das

praias;

§ a caracterização da dinâmica costeira, em que foram incluídos os

aspectos relacionados com: os agentes fisiográficos, a caracterização

dos processos aluvionares e a identificação das áreas - problema;

§ a caracterização dos usos e ocupação da área de intervenção, em

que foram integrados os aspectos relacionados com: a identificação

de condicionantes existentes na área de intervenção com a

correspondente Planta de Condicionantes, onde se encontram

demarcadas as áreas condicionadas e/ou de protecção em presença

na área do POOC, a caracterização do uso actual do solo e usos

dominantes com a Planta em que se encontram demarcadas as

diversas categorias de uso e ocupação do solo, a caracterização dos

Núcleos Urbanos Existentes com a Planta de Rede Urbana e Fichas de

Caracterização de cada Núcleo Urbano, a caracterização da

Acessibilidade à Orla Costeira com a Planta das Redes de Transportes

Terrestres e as Fichas de Caracterização de Situações especificas, a

identificação das infra-estruturas de Pesca e Recreio Náutico e Obras

de Defesa Costeira, a caracterização do Património Construído e

Arqueológico e a caracterização das principais fontes sonoras;

§ a caracterização socioeconómica.

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2ª FASE - AVALIAÇÃO DOS POOC NA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA ARH DO TEJO

Avaliação dos POOC da Área de Jurisdição da ARH do Tejo, IP. e Definição de Objectivos e Conteúdos para a sua Revisão 84 BIODESIGN, Lda. - 090312FOT01RL2.docx

§ Na 2ª Parte – Caracterização da Área de Intervenção – Praias, procederam à

caracterização das Praias, através de dois levantamentos, um por terra, onde

foram analisados por praia os equipamentos, apoios, acessos viários e pedonais,

infra-estruturas básicas, materiais de construção, estado de conservação das

edificações, estacionamento, tipo de apoios balneares, situações críticas ao nível

da poluição desembocadouras nos rios e suas irregularidades e a presença de

arribas costeiras em avançado estado de erosão; o outro levantamento foi

efectuado através de um voo de baixa altitude, onde obtiveram a percepção da

utilização das praias em termos de afluência, de localização preferencial dos

utentes no areal, da envolvente local da praia e dos acessos existentes mais

utilizados.

Para cada praia foi atribuído um código de identificação, tendo sido elaborada

uma caracterização individual através da construção e preenchimento de uma

Ficha de Identificação e Caracterização de Praia, complementada por uma

Ficha de Caracterização de Equipamentos e Apoios de Praia, que tivessem sido

licenciados em 1997;

§ Por último, na 3ª Parte – Avaliação / Diagnóstico da estrutura de uso e ocupação da

Área de Intervenção, foram identificadas as Áreas de Estudo – Unidades de

Gestão e Unidades de Paisagem, tendo sido elaborada uma Planta Síntese das

Unidades de Gestão, e foi ainda diagnosticado o relacionamento entre o uso do

solo e as áreas condicionas e/ou de protecção dos solos, que resultou na

elaboração de Fichas de Relacionamento, Fichas de Áreas de Ocupação

Urbanística, Fichas de Acessos e Fichas Síntese de Avaliação da Estrutura de Usos e

Ocupação.

Na 2ª Fase – Estudos Prévios de Ordenamento, o estudo desenvolveu-se em duas partes:

1ª Parte - Proposta de Ordenamento Territorial, foram contempladas várias matérias

designadamente:

§ Identificação e caracterização de situações criticas e/ou de excepcional valor por

troços e avaliação de potenciais na orla costeira (geomorfologia, qualidade da

água, áreas de maior sensibilidade, recursos turísticos, património arquitectónico e

arqueológico, ocupação urbanística), localizando as intervenções consideradas

necessárias e a sua amplitude, através de um aprofundar dos vários temas de

caracterização abordados.

No âmbito do POOC é proposto a classificação das áreas adjacentes às arribas, o que

implica determinados condicionamentos ao uso e ocupação das mesmas. Assim, a

definição e os condicionamentos implícitos nelas, são os seguintes:

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2ª FASE - AVALIAÇÃO DOS POOC NA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA ARH DO TEJO

Avaliação dos POOC da Área de Jurisdição da ARH do Tejo, IP. e Definição de Objectivos e Conteúdos para a sua Revisão BIODESIGN, Lda. - 090312FOT01RL2.docx 85

§ Faixa de risco adjacente ao sopé das arribas: Largura da faixa de risco

adjacente à base das arribas que corresponde às áreas que podem ser

atingidas por quedas de blocos e por detritos de outros movimentos de

massa de vertente, medida a partir do sopé da arriba, incluindo

depósitos de sopé preexistentes, na horizontal e em direcção

perpendicular ao contorno plano das arribas. Esta faixa é expressa em

termos de largura fixa ou dependente da altura da arriba adjacente.

Nesta faixa deverão ser evitadas as estruturas permanentes (ex: apoios

de praia) devido ao risco de queda de materiais provenientes da

arriba. Para os casos em que a faixa de risco abranja a totalidade da

praia seca, a implantação de estruturas deve ser de carácter sazonal

estando sujeitas a inspecções periódicas das condições geotécnicas

locais, a fim de determinar a probabilidade de ocorrência e dimensão

dos movimentos de massa de vertente que possam afectar as arribas,

bem assim como a extensão de praia que possa ser atingida pelos

detritos daqueles movimentos.

Nas praias de uso balnear, abrangidas por estas faixas, propõe-se a

instalação de sinalização adequada, que possa servir de alerta para os

utentes para o perigo resultante da evolução das arribas.

§ Faixa de risco adjacente à crista das arribas: Largura da faixa de

terreno adjacente à crista das arribas ou das vertentes viradas ao mar,

que corresponde à zona terrestre que pode ser afectada por

movimentos de massa de vertente num horizonte temporal da ordem

de grandeza de pelo menos meio século. É medida a partir da crista

para o interior, na horizontal e em direcção perpendicular ao contorno

plano das arribas, e definida como faixa de largura constante ou

dependente da altura da arriba adjacente.

Nesta faixa não devem ser erigidas edificações ou estruturas de

carácter permanente. Sempre que existam é aconselhado a sua

remoção ou recuo para zonas mais seguras. Quando este

procedimento não puder ser aplicado, como é o caso das áreas

urbanas adjacentes, deverão ser realizados estudos geotécnicos por

forma a avaliar as condições gerais de estabilidade da arriba e,

quando necessário, propostas medidas de tratamento adequadas.

§ Faixa de protecção adicional: Largura da faixa de terreno que acresce,

do lado de terra, à faixa de risco adjacente à crista das arribas, medida

a partir desta para o interior, na horizontal e em direcção perpendicular

ao contorno plano das arribas, e definida como faixa de largura

constante ou dependente da altura da arriba adjacente.

Nestas faixas não devem ser edificadas estruturas ou edificações de

carácter permanente. Caso existam edificações na faixa, deverão ser

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Avaliação dos POOC da Área de Jurisdição da ARH do Tejo, IP. e Definição de Objectivos e Conteúdos para a sua Revisão 86 BIODESIGN, Lda. - 090312FOT01RL2.docx

realizados estudos geotécnicos que avaliem as condições gerais de

estabilidade da arriba.

§ Área de risco especial: Área de risco não directamente enquadrável

nas anteriores e descrita nos troços costeiros em que ocorrer. As

propostas de limitações à ocupação serão indicadas caso a caso.

As faixas de protecção para o litoral baixo e arenosa foram definidas

utilizando os seguintes critérios:

§ Litoral arenoso com praia e duna frontal ou embrionária adjacente a

arriba corresponde a margem terrestre rochosa ou a sistemas estuarinos

ou lagunares. A largura da faixa protecção deve incluir a totalidade da

duna frontal e/ou da duna embrionária e ainda as estruturas de

galgamento que as cortam e se estendem para o lado de terra. A

dimensão desta será variável de local para local e a sua cartografia

deve ser realizada no terreno, caso a caso.

No caso dos sistemas de barreira providos de barras de maré

divagantes deve reservar-se uma faixa de ambos os lados da

embocadura capaz de absorver a divagação anual da barra.

§ Litoral arenoso com praia adjacente directamente a arriba rochosa:

corresponde à extensão da praia oceânica adjacente à duna. Para

estes casos não são estabelecidas faixas de protecção, para além

daquelas que decorrem das próprias arribas.

Por forma a sumarizar a temática faixas de risco e protecção, dividiu-se o litoral em 38

troços, correspondendo a cada um destes uma ficha caracterizadora. Esta inclui os

seguintes aspectos: limites geográficos, características gerais, geologia, tipologia de

movimentos de vertente, problemas geotécnicos, e dimensionamento das faixas de

risco e de protecção e observações.

Ao nível da ocupação urbanística, os critérios utilizados na demarcação das zonas

críticas, resumem-se:

§ Situação de conflito entre Ordenamento / Condicionantes – onde é

interdita ao abrigo do Decreto-Lei nº 309/93, a construção sobre as

zonas de elevado risco natural (zonas de drenagem natural; zonas de

risco de erosão intensa; zonas sujeitas a abatimento, escorregamento,

avalanches ou outras situações de instabilidade);

§ Zonas urbanas de ocupação dispersa – que em alguns dos casos se

encontram em zonas de protecção natural (REN e RAN), noutros são o

resultado da ocupação clandestina na orla costeira e nas áreas que

integram o Domínio Público Marítimo. Estas situações correspondem, na

Planta Síntese, às situações de ocupação urbana em áreas sensíveis

e/ou de risco;

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2ª FASE - AVALIAÇÃO DOS POOC NA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA ARH DO TEJO

Avaliação dos POOC da Área de Jurisdição da ARH do Tejo, IP. e Definição de Objectivos e Conteúdos para a sua Revisão BIODESIGN, Lda. - 090312FOT01RL2.docx 87

§ Acessibilidade na faixa costeira – carrinhos irregulares, que no seu

conjunto constituem uma rede anárquica de vias que culminam em

bolsa de estacionamento sobre as arribas;

§ Áreas Urbanas Degradadas – apresentam graves deficiências ao nível

da infra-estruturação, incapacidade de carga do aglomerado e o

desequilíbrio sócio – económico gerado pelos pequenos aglomerados

dependentes da Praia.

A classificação atribuída na 1ª fase de Áreas de Ocupação Urbanística

define-se por Unidade de Gestão e Zona Principal, que se dividiu

posteriormente em Urbano, fora dos espaços urbanos e ocupações

pontuais. Todas estas denominações foram mantidas à excepção das

ocupações pontuais que passaram a denominar-se Situações Pontuais. Na

classificação de zonas principais foi mantida a classificação estabelecida

nos respectivos PDM.

A identificação de Situações Criticas e de Excepcional Valor reflectiram-se num

estabelecimento de vários tipos de classes consoante as potencialidades evidentes ou

em perigo, para as quais foram definidas acções ao nível do ordenamento do território.

e, que se traduziram em Planos de Pormenor, Intenções / Recomendações,

Intervenções Geotécnicas e UOPG. Para as áreas integradas UOPG foi realizada uma

breve descrição.

§ Justificação das Linhas de Intervenção ao nível do Ordenamento Territorial, em que

é realizada uma síntese da estratégia em termos de planeamento regional da

faixa costeira onde são identificados e avaliados os principais factores de macro-

zonamento, quer a nível regional, em que foram envolvidos os municípios,

possibilitando a avaliação dos cenários de ordenamento propostos pelo POOC,

quer a nível local – das praias, através de uma análise criteriosa das varias

componentes urbanas que constituíram critérios do zonamento local, de forma a

possibilitar o equilíbrio entre o suporte físico/ ocupação humana e através ainda,

do estabelecimento de referenciais que suportaram a decisão em termos de

macro-zonamento aplicado às zonas balneares. Para uma melhor compreensão e

visualização do ordenamento do território e das condicionantes implícitas ao

mesmo, na área de intervenção, foram elaboradas as seguintes plantas:

§ Planta de Condicionantes

§ Planta de Enquadramento

§ Planta de Síntese Preliminar

§ Definição de um Programa de Acções Previstas, na sequência da identificação das

áreas criticas /excepcional valor, designadamente:

§ áreas abrangidas por UOPG, de planos de ordenamento municipal,

para os quais são realizadas intenções / recomendações a aplicar nos

planos abrangidos;

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2ª FASE - AVALIAÇÃO DOS POOC NA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA ARH DO TEJO

Avaliação dos POOC da Área de Jurisdição da ARH do Tejo, IP. e Definição de Objectivos e Conteúdos para a sua Revisão 88 BIODESIGN, Lda. - 090312FOT01RL2.docx

§ áreas que serão abrangidas por planos de média intervenção

propostos pelo POOC;

§ áreas que são imediatamente classificadas, pela especificidade e

complexidade dos seus problemas, como Unidades Operativas de

Planeamento e Gestão propostas pelo POOC;

§ áreas adjacentes de utilização pública (incluindo Áreas Portuárias),

onde se propõe uma serie de indicações relativas a intervenções a

realizar nestas áreas, propondo-se a atribuição da tutela e iniciativa às

respectivas JAP, contribuindo o POOC, neste sentido, com uma

delimitação base da estratégia local para estas áreas inseridas no

contexto territorial dos POOC.

Neste sentido foram contempladas 3 tipos de acções:

§ acções, intenções e intervenções em áreas de proposta que se devem

aplicar em espaços de Situação Critica / Excepcional Valor com planos

de ordenamento municipal, de forma a identificar as UOPG que

abrangem estes espaços com a respectiva identificação e com as

intenções que o POOC contempla para cada espaço;

§ acções, intenções e intervenções em áreas de proposta que se devem

aplicar em espaços de Situação Critica / Excepcional Valor sem planos

de ordenamento municipal e alvo de Planos Propostos pelo POOC;

§ acções, intenções e intervenções em áreas de proposta que se devem

aplicar em espaços de Situação Critica / Excepcional Valor com planos

de ordenamento municipal, de forma a identificar as UOPG que

abrangem estes espaços com a respectiva identificação e com as

intenções que o POOC contempla para cada espaço;

Para além das acções anteriormente referidas, são estabelecidas Unidades Operativas de

Planeamento e Gestão (UOPG), para cada uma das quais é identificado o número de Unidade

de Gestão que abrange, o código da zona de Ocupação Urbana e o nível de aglomerado que

constituí a Ocupação Urbanística Principal. Foi ainda estabelecido para cada UOPG os

objectivos, e realizada uma breve Caracterização de Intervenção/Protecção e as Acções. Em

súmula, foi feita uma Matriz Síntese das Propostas e da Condicionantes de cada uma das

UOPG.Este Processo é complementado pelos Processos de Afectação/ Desafectação da

Reserva Ecológica Nacional e da Reserva Agrícola Nacional.

Foi ainda feita uma Proposta Geral de Intervenções em Praias, onde foi estabelecida uma

classificação para cada praia, atendendo aos seguintes factores:

Estado actual da Praia

Tipos de apoios

Equipamentos existentes (localização e adequação ao uso da praia)

Acessos viários

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Acessos pedonais

Estacionamento

Infra-estruturas

Concessões e licenças

Procura

Mediante estes factores atrás expostos e as debilidades e as potencialidades de cada praia,

foram propostas as intervenções e os estudos necessários em conformidade com as

características de cada praia. As propostas de praia dividiram-se em 3 tipos de medidas, e

visavam a implementar a regulamentação expressa no Decreto-Lei nº 309/93 (regulamenta o

ordenamento da classificação das praias de uso balnear de utilização marítima e a sua

tipologia, designadamente:

Praias que devem ser potenciadas – com problemas cuja classificação se mantêm e

que devem ser melhoradas, ou com existência de equipamentos e apoios a que devem

ser complementadas;

Praias que devem ser mais condicionadas – com inexistência de apoios ou com

existência de equipamentos e apoios;

Praias que devem manter as suas condições actuais, propondo-se apenas

melhoramentos – com inexistência de equipamentos e apoios ou com existência de

equipamentos e apoios.

Este Programa de Acções Previstas estabelece acções, intenções e intervenções que se devem

aplicar em espaços de Situação Critica / Excepcional Valor, com planos de ordenamento

municipais. Neste sentido, foi apresentada uma lista das UOPG que abrangem estes espaços e

integram a identificação e as intenções do POOC.

§ Estabelecimento das Bases de Regulamento, passando por:

§ classificação dos espaços, na Planta Síntese da pré Proposta de

Ordenamento;

§ articulação com os Planos Municipais de Ordenamento do Território

aprovados/ em elaboração à data, através da compatibilização das

classes de espaço estabelecidas nos PDM, em termos de denominação

e de uso de solo na Planta Síntese;

§ estabelecimento de incompatibilidades entre as Classes de Espaços e

Condicionantes à Ocupação Humana, só observadas após a

interpretação das servidões administrativas na Planta de

Condicionantes Preliminar.

§ Programa de Intervenções e Plano de Execução e de Financiamento preliminares,

na sequência da identificação e caracterização das áreas críticas e das zonas de

risco, foram propostas intervenções, consoante a sua tipologia, designadamente:

§ Planos de áreas sensíveis (UOPG e Planos de Pormenor);

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2ª FASE - AVALIAÇÃO DOS POOC NA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA ARH DO TEJO

Avaliação dos POOC da Área de Jurisdição da ARH do Tejo, IP. e Definição de Objectivos e Conteúdos para a sua Revisão 90 BIODESIGN, Lda. - 090312FOT01RL2.docx

§ Protecção da orla costeira;

§ Regularização de embocaduras;

§ Recuperação de corpos de água;

§ Melhoria de portinhos de pesca; Melhoria das condições de utilização

das praias.

2ª Parte da 2ª Fase – Proposta de Ordenamento do Plano de Praias

O Ordenamento dos Planos de Praia incidiu na análise individual das praias, onde foram

analisados todos os factores intervenientes, características físicas, potencialidades e debilidades

das mesmas. Desta análise e, tendo por base os objectivos gerais de intervenção estabelecidos

nos elementos fundamentais preliminares do Plano, resultou a identificação de situações a

Salvaguardar, Potenciar e a Condicionar.

As Situações a Salvaguardar caracterizam-se por áreas a manter tal como existem hoje, pela

manutenção dos aspectos actuais ou pelas características de Excepcional Valor que poderão

ser de vários níveis, tais como: Ambiental, Paisagístico e Urbano.

As Situações a Potenciar caracterizam-se por áreas bem dotadas de potencialidades (área de

praia, acesso, espaços suficientes para apoios e equipamentos e capacidade de serem infra-

estruturadas), que inseridas dentro da estratégia Territorial definida pelo POOC, constituem áreas

a merecer destaque.

As Situações a Condicionar caracterizam-se por Áreas que, regra geral, pelas suas

características geomorfológicas são de acesso difíceis e/ou condicionadas ou zona em elevado

risco de erosão associado a arribas.

Para as situações a Potenciar e a Salvaguardar identificadas, foram propostos pelo POOC

Planos de Pormenor Urbanos ou UOPG’s. As praias alvo de Plano de Pormenor Urbano

correspondem a praias onde foram identificadas situações críticas, devendo as mesmas ser

resolvidas de forma a realçar as Potencialidades dessa área. As zonas alvo de UOPG são

espaços que pela gravidade e quantidade de situações críticas identificadas devem ser alvo

de medidas mais interventivas – UOPG.

A Caracterização das Praias nesta Parte passou por uma nova triagem de informação relativa

às praias, mais concretamente dos Equipamentos e Apoios, como pela identificação em planta,

da situação actual de ocupação do solo. Esta informação é completada pela identificação

das principais propostas de intervenção nas praias, subdivididas de acordo com a sua

abrangência.

Assim, as Fichas de Caracterização das Praias assumem a seguinte estrutura:

Fichas de Identificação e Caracterização das Praias – para além da informação

anteriormente compilada, foram adicionadas os seguintes campos:

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2ª FASE - AVALIAÇÃO DOS POOC NA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA ARH DO TEJO

Avaliação dos POOC da Área de Jurisdição da ARH do Tejo, IP. e Definição de Objectivos e Conteúdos para a sua Revisão BIODESIGN, Lda. - 090312FOT01RL2.docx 91

o Relação com as zonas urbanas mais próximas e distância média, em Km, da

praia ao centro do aglomerado principal;

o Tipologia morfológica;

o Identificação de praia de apoio completo e praia de apoio não completo, de

acordo com o Anexo II, do D.L. n.º 309/93, de 2 de Setembro;

o Descrição dos equipamentos e apoios existentes em cada praia, organizado

por serviços

o Estado das Licenças de Apoios e Equipamentos, de acordo com a síntese

efectuada das informações fornecidas pela DRA-LVT;

Planta de Praia, Situação Actual, Síntese de Intervenções

o A Planta de Situação Actual corresponde à identificação das áreas de

estacionamento, vias de acesso viário e acessos pedonais e delimitação física

da praia e localização dos Apoios e Equipamentos em planta;

o As propostas prévias de intervenção nas praias incluem os seguintes campos:

w Descrição geral da situação actual;

w Intervenções gerais propostas – definidas pelo Plano de Medidas e

Acções, representadas graficamente na Planta de síntese e que

correspondem ao nível de planos de ordenamento propostos pelo

POOC e Intervenções Gerais previstas do tipo: Estudos Geotécnicos/Int.

Arribas, Regularização de Corpos de Água, Regularização de

Embocaduras, Reabilitação – Portinhos de Pesca, Intervenções/Estudo

em curso, Proposta de Plano de Pormenor Urbano, Proposta de UOPG;

w Intervenções Propostas na Praia – onde são definidas as intervenções

específicas a realizar ao nível de: acessos pedonais e viários,

estacionamento, equipamentos, apoios, concessões e infra-estruturas.

Estas propostas têm as seguintes vertentes: Melhorar, Manter, Construir,

Aumentar, Relocalizar, Reduzir e Eliminar;

w Principais Acções – descrição do plano de medidas de base a adoptar

ao nível do plano de praia;

w Classificação de praia proposta

Fichas de Identificação e Caracterização de Equipamentos.

Na 3ªFase – Projecto do POOC, foram elaborados os Planos de Praia para as praias classificadas

na proposta de nível I, II ou III, para um total de 57 planos, em contrapartida, as praias

classificadas na proposta de nível IV e v, não foram alvo de plano de praia, nas praias nível IV

com Intervenções Especificas, foram apresentadas acções directas na envolvente natural do

espaço praia, em situação crítica, e sem propostas ao nível do zonamento e ordenamento do

areal.

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2ª FASE - AVALIAÇÃO DOS POOC NA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA ARH DO TEJO

Avaliação dos POOC da Área de Jurisdição da ARH do Tejo, IP. e Definição de Objectivos e Conteúdos para a sua Revisão 92 BIODESIGN, Lda. - 090312FOT01RL2.docx

As propostas e intervenções ao nível do zonamento do areal tiveram por base e foram

fundamentadas por critérios como, o Dimensionamento da Capacidade de Utilização das

Praias, a Área de Construção Máxima por Praia e o Dimensionamento de Instalações por Praia.

Neste sentido, a Capacidade de Utilização da Praia, a que corresponde o número de utentes

admitido em simultâneo para o areal.

Neste sentido, a Capacidade de Utilização da Praia, a que corresponde o número de utentes

admitido em simultâneo para o areal, calculada de acordo com as seguintes variáveis:

A - Área de Areal;

AU - Área Útil de Areal, que corresponde à Área de Areal (excluindo as áreas de risco ao

sopé e é contabilizada acima da linha do limite de espraiamento);

AE - Área Equipada, correspondente à Área de Areal da frente de praia vigiada e

equipada actualmente ou proposta incluindo a área sujeita ao espraiamento das

ondas;

AUA - Área Útil de Areal, AU adjacente a AE, compreendida num raio de distância até 200

m;

DMAX - Densidade máxima calculada de utentes no areal;

DMED - Densidade média de utentes no areal definida a partir de DMAX e do valor médio

da distribuição normal na área útil adjacente (AUA);

T - Tipologia de Classificação de praia, como factor reflexo da afluência gerada pela

praia e nível de serviços associados;

O Calculo da Capacidade de Utilização (Cu) processa-se em 3 tempos:

1. Considerando que a Área Equipada concentra o maior número de utentes, cerca de

70%, da praia, distribuídos homogeneamente, conforme a tipologia de praia, e que a

essa área poderá ou não estar associada uma área adjacente de passível de ser

utilizada pelos utentes.

2. Tendo como ponto de partida, o cálculo da densidade máxima admissível do areal,

baseada em valores registados nas praias de maior afluência, em torno das áreas

equipadas, correspondendo à área de areal adjacente por utente, limitada pela

circunferência de 2,5 m diâmetro.

DMAX = 1 Utente / 7,5 m2 área equipada

3. A densidade média corresponde à dispersão de Utentes em tomo da Área Equipada

(cerca 30%) e é calculada em função da Densidade Máxima na Área Útil Adjacente,

compreendida na distância máxima de 200 m ao (s) ponto(s) de acesso à praia, onde

de modo a simplificar o cálculo, se aplica a média da distribuição normal neste troço

(0,5):

DMED = 0,5 x DMAX

A distinção de densidades máxima de ocupação em cada um dos tipos de praia é aproximada

à forma de ocupação da praia especifica deste troço, onde associado aos maiores areais a

norte, está também associado uma densidade de utentes inferior às praias urbanas dos

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2ª FASE - AVALIAÇÃO DOS POOC NA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA ARH DO TEJO

Avaliação dos POOC da Área de Jurisdição da ARH do Tejo, IP. e Definição de Objectivos e Conteúdos para a sua Revisão BIODESIGN, Lda. - 090312FOT01RL2.docx 93

concelhos a sul (constituindo excepções as praias da Nazaré e S. Martinho), justificando-se a

menor dispersão nas praias, por motivos tão variados como as condições climatéricas, a

quantidade de serviços e equipamentos balneares e a área do areal disponível para utilização

balnear.

A Capacidade de Utilização da Praia traduz-se pelo somatório das duas componentes:

Cu = (AEx DMax) + (AUAx DMed)

Os Planos de Praia, enquanto elementos complementares do POOC, têm como objectivo o

ordenamento e gestão do espaço praia. Estes planos integram os objectivos gerais do POOC e

os objectivos especificamente relacionados com as praias, resultando assim num diálogo entre

as diversas entidades directamente envolvidas na gestão da praia e os titulares das licenças do

Domínio Hídrico.

Ao nível dos planos de praia foram identificados os seguintes factores: delimitação das faixas de

risco associada a arribas, a delimitação do limite de espraiamento, a identificação da área útil

do areal, a determinação da capacidade de utilização por praia, a determinação da

capacidade de estacionamento necessário e/ou possível, e o dimensionamento das instalações

por praia.

O Programa Geral de Execução, contém as disposições indicativas sobre o escalonamento

temporal das principais intervenções recomendadas no POOC, integrando o planeamento das

acções relevantes descritas e orçamentadas nos Planos de Praia e nas Fichas de Intervenção

adicionais aqui apresentadas e em tradução quantitativa no Plano de Financiamento.

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2ª FASE - AVALIAÇÃO DOS POOC NA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA ARH DO TEJO

Avaliação dos POOC da Área de Jurisdição da ARH do Tejo, IP. e Definição de Objectivos e Conteúdos para a sua Revisão 94 BIODESIGN, Lda. - 090312FOT01RL2.docx

As intervenções previstas encontram-se descritas nas fichas de intervenção, e correspondente à

infra-estruturação das praias, à intervenção pontual nas arribas e nas linhas de água, e à

melhoria das condições dos núcleos de pesca artesanal. Para além destas intervenções

específicas foi recomendado um conjunto de intervenções que não se encontram

directamente associados à praia.

As intervenções previstas no POOC foram agrupadas em Estudos (concepção e projecto) e

Intervenções. Os Estudos foram classificados em Plano de Pormenor, Estudo Especifico

Geotécnico e Projecto de Intervenção Paisagística e por sua vez as Intervenções foram

classificadas em Intervenções em Infra-Estruturas de Apoio de Praia, Intervenções em Arribas,

Intervenções em Corpos de Água, Intervenções em Dunas e Areais, Intervenções em Portinhos

(reabilitação), Intervenções Complementares (a Planos de Pormenor e Projecto de Intervenção

Paisagista) e Intervenções de Manutenção, Imprevistos, Pequenas Obras e Arranjos.

De forma a efectivar a programação das intervenções, estas foram agrupadas em 3 parcelas

com graus de prioridade distinta, cujo âmbito do programa seria de 5 anos, (primeira metade

da do período de vigência do POOC). Assim sendo, as intervenções da Parcela 1 seriam nos 3

primeiros anos de vigência dos POOC, e as Parcelas 2 e 3 em 2 anos, cada uma. Estes diferentes

graus de prioridade encontram-se estabelecidos mediante a urgência de intervenção, a

classificação da praia e a sua localização geográfica. A remoção dos equipamentos de praia e

outras construções, que se iniciaram após a entrada em vigor do POOC, foi prevista o seu

desenvolvimento por mais 2 anos.

No Plano de Financiamento, foi feita uma distribuição ao longo do tempo dos investimentos

previstos na caracterização das intervenções, conforme ao disposto no faseamento proposto no

Programa Geral de Execução. A estimativa de custos das intervenções foi elaborada em

escudos e em euros, e apresenta o custo global da intervenção e o custo distribuído por

intervalos temporais (ano 1, ano 2, ano 3, ano 4, ano 5, anos 6-10) por local e tipo de

intervenção, resumindo e condensando a informação apresentada nos Planos de Praia e nas

Fichas de Intervenção.

Os custos de intervenção incluíam o custo dos estudos, dos projectos e dos trabalhos

preparatórios, exceptuando as intervenções nas UOPG. O custo total das intervenções

propostas considera 10% da estimativa base para imprevistos, pequenas intervenções e

arredondamentos.

O Plano de Financiamento contempla ainda, a distribuição de custos a longo prazo para a

implementação do POOC através de um escalonamento do Programa Geral de Intervenção,

indicando num resumo por concelho nas Fichas de Intervenção o Promotor responsável pela

concretização da intervenção.

A cartografia elaborada no âmbito do Plano foi produzida em formato digital (software CAD).

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2ª FASE - AVALIAÇÃO DOS POOC NA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA ARH TEJO

Avaliação dos POOC da Área de Jurisdição da ARH do Tejo, IP. e Definição de Objectivos e Conteúdos para a sua Revisão BIODESIGN, Lda. - 090312FOT01RL0.docx 95

3.3.2.1. Esquema metodológico de síntese do POOC Alcobaça-Mafra

Ár ea × D en si d ad e Área útil × Densidade equipada máxima calculada + do areal média de de utentes do areal utentes no

areal

DELIMITAÇÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO

CO

NJU

NTO

DE

TRA

BA

LHO

S E

ESTU

DO

S

1ª F

ASE

- E

STU

DO

S D

E B

ASE

Terra

Zona terrestre de protecção

Domínio Público

Zona marítima de protecção Limite máximo - a batimétrica dos 30 m

Largura máxima - 500 m

2 Faixas

Áreas de Jurisdição Portuária (4 portos)

Rea

liza

çã

o

1ª Parte - Enquadramento e Caracterização da área de Intervenção

Enquadramento e caracterização Planta de localização da área de intervenção

Caracterização biofísica Caracterização da paisagem

Caracterização da dinâmica costeira Identificação das áreas–problema

Caracterização dos usos e ocupação da área de intervenção Planta de condicionantes

Planta de rede urbana e fichas de caracterização de cada núcleo urbano

Planta de redes de transportes terrestres e fichas de caracteriza-ção de situações especificas

Caracterização Sócio-económica

2ª Parte - Enquadramento e Caracterização da área de Intervenção - Praias

Caracterização das Praias (individual)

Lev

an

tam

en

to Equipamentos, apoios, acessos, infra-estruturas, estacionamento,

situações criticas de poluição e presença de arribas costeiras em avançado estado de erosão

Voo Percepção da utilização das Praias (afluência, localização preferencial dos utentes, acessos mais utilizados)

Ficha de identificação e caracterização da praia

Ficha de caracterização de equipamentos e apoios de praia

3ª Parte - Avaliação/ diagnóstico da estrutura e uso da área de intervenção

Áreas de estudo - Unidades de Gestão e Unidades de Paisagem

Planta síntese de unidades de gestão

Uso do solo vs áreas condicionadas e/ou de protecção dos solos

Fichas de relacionamento

Fichas de áreas de ocupação urbanística

Fichas de acessos

Fichas síntese de avaliação da estrutura de usos e ocupação

2ª F

ASE

- E

STU

DO

PR

ÉVIO

DE

ORD

ENA

MEN

TO

ESTU

DO

S

1ª Parte - Proposta de ordenamento territorial Identificação e caracterização de situações criticas e de valor excepcional (por troços)

Inventário sistemático dos movimentos ocorridos num dado troço das arribas

Determinação da área hori-zontal da arriba ao nível do bordo superior de cada ocorrência

∑ áreas perdidas = taxa de recuo

Cumprimento nº de anos do troço do período estudado

Extensão ≠

Situação de risco = largura da faixa Faixa de Risco Área de risco especial

Faixa de risco da crista das arribas

Faixa de risco adjacente ao sopé das arribas

Faixas de protecção adicionais

Situadas para o inte-rior da faixa de risco adjacente ao bordo do sopé das arribas

Divisão do litoral em 38 troços Ficha de caracterização

Demarcação das zonas criticas

Oc

up

ão

U

rba

nís

tic

a Situação de conflito entre ordenamento / condicionantes

Zonas urbanas de ocupação dispersa

Acessibilidade na faixa costeira

Áreas urbanas degradadas

Justificação das linhas de intervenção Síntese da estratégia a nível regional

definição

Critérios de zonamento local

Planta de condicionantes

Planta de enquadramento

Planta síntese preliminar Definição de um programa de acções previstas

Processos de afectação / desafectação da Reserva Agrícola Nacional e da Reserva Ecológica Nacional

Proposta geral de intervenções em praias Classificação de praias

Estabelecimento das bases de Regulamento

Programa de intervenções

Plano de execução e financiamento preliminar

2ª Parte - Proposta de ordenamento dos planos de

praia Análise individual das praias

Identificação das situações a salvaguardar, a potenciar e a condicionar

Identificação da ocupação humana na faixa costeira

Oc

up

ão

U

rba

nís

tic

a

Fichas de caracterização de praia

Planos de Praia

Proposta de intervenções, principais acções e classificação de praia

Ficha de identificação e caracterização de equipamentos

8 tipologias Acções comuns

Situação actual

Síntese de intervenções

PLANOS DE PRAIA

PROGRAMA GERAL DE EXECUÇÃO

3ª F

ASE

- P

RO

JEC

TO

POO

C

Propostas e intervenções no areal

Classificação das praias

PLANO DE FINANCIAMENTO

Envolvimento das entidades

Capacidade de utilização das praias dimensionamento

Estacionamento

Equipamentos

Avaliação dos potenciais da orla costeira

Ex clusão Lagoa de Óbidos

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2ª FASE - AVALIAÇÃO DOS POOC NA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA ARH DO TEJO

Avaliação dos POOC da Área de Jurisdição da ARH do Tejo, IP. e Definição de Objectivos e Conteúdos para a sua Revisão BIODESIGN, Lda. - 090312FOT01RL0.docx 96

3.3.3. ANÁLISE METODOLÓGICA DA FORMA DE ELABORAÇÃO DO POOC SINTRA-

SADO

A metodologia de elaboração do POOC Sintra-Sado desenvolveu-se em 3 fases:

1ª Fase - Estudos de Base;

2ª Fase - Estudo Prévio de Ordenamento;

3ª Fase - Projecto do POOC e Plano de Intervenções.

Na 1ª Fase – Estudos de Base, foi tida em conta a “diversidade paisagística e ambiental notável

do troço do POOC, alternando zonas de falésias rochosas com extensões areais, arribas fósseis

com lagoas costeiras, zonas densamente humanizadas com troços de paisagem quase virginais.

Considerando esta diversidade de situações geomorfológicas, de uso do solo, de valor

ecológico e de pressões de utilização”, a percepção desta diversidade foi considerada como

base essencial das características da orla costeira, constituindo-se como elemento fundamental

para garantir o adequado ordenamento.

A delimitação da área de intervenção do POOC Sintra – Sado foi estabelecida com base no

disposto no Decreto-Lei n.º 309/1993, de 2 de Setembro, tendo sido excluídas as áreas portuárias

definidas no Decreto-Lei n.º 379/1989, de 27 de Outubro, a que correspondem os portos de

Lisboa e Sesimbra. A área de intervenção tem uma extensão de 120 km, situada entre a foz da

Ribeira da Foz do Falcão (a sul da Ericeira) e o Forte do Outão (a sudoeste de Setúbal).

Assim, o presente estudo tem por objecto as águas marítimas costeiras e interiores, os respectivos

leitos e margens, e uma zona terrestre de protecção, integrando numa faixa compreendida

entre a batimétrica dos -30 metros até a uma distância máxima de 500 metros, contados para

além dos 50 metros contados a partir da linha que limita a margem das águas do mar (Domínio

Público Marítimo), tendo sido integrada na área de intervenção a Lagoa de Albufeira,

localizada na foz da Ribeira da Apostiça.

Na elaboração do POOC Sintra-Sado foi atribuído um peso particular à caracterização e

intervenção nas praias, enquanto áreas naturais capazes de suportar usos recreativos de

qualidade, desde que dentro de parâmetros biofísicos adequados, de que será de mencionar

particularmente a sua capacidade de carga ecológica e de infra-estruturação.

Tendo como objectivo um profundo conhecimento da área em questão, nesta fase foi feita

uma recolha e sistematização da informação que integrou os seguintes estudos:

§ Caracterização Biofísica, que contemplou o contexto biofísico regional, o relevo e

morfologia, o uso do solo, as unidades de paisagem, as biocenoses terrestres, os

recursos aquáticos, a qualidade da água costeira, a qualidade bacteriológica da

areia das praias, e as condicionantes biofísicas. Da avaliação das características

biofísicas e numa perspectiva de interpretação das unidades de paisagem, foi

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2ª FASE - AVALIAÇÃO DOS POOC NA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA ARH DO TEJO

Avaliação dos POOC da Área de Jurisdição da ARH do Tejo, IP. e Definição de Objectivos e Conteúdos para a sua Revisão 97 BIODESIGN, Lda. - 090312FOT01RL0.docx

elaborada a Carta de Valor de Sensibilidade da Paisagem, que funcionou

posteriormente como suporte de muitas decisões quanto ao ordenamento;

§ Infra-estruturas ligadas à pesca e aquacultura;

§ Dinâmica costeira, que contemplou a hidrografia e oceanografia, a geologia e

geomorfologia, as infra-estruturas e intervenções costeiras e as unidades de costa

identificadas;

§ Caracterização sócio-económica, que contemplou os elementos de

caracterização global, a evolução demográfica, o contexto sócio-economico e o

desenvolvimento turístico do litoral entre Sintra e o Sado;

§ Rede viária e acessibilidades;

§ Estrutura urbana, compatibilidade, património.

Na 2ª Fase – Estudo Prévio de Ordenamento, pocedeu-se à definição e espacialização das

vocações e potencialidades para a área do POOC, tendo por base a caracterização e o

diagnóstico da situação existente, bem como a avaliação das intenções, compromissos e

condicionantes legais, foi desenvolvida a primeira versão dos objectivos genéricos de

ordenamento para a zona do POOC, que englobava: a estrutura do ordenamento balnear da

área, a capacidade de carga das praias, a proposta de classificação das praias, as medidas

programáticas a considerar na elaboração dos planos de praia e as normas construtivas para a

infra-estruturas de saneamento básico nas praias.

Quanto à capacidade de carga das praias, esta foi avaliada no contexto das praias em estudo,

e dum modo qualitativo, pela atribuição de um valor de potencial de utilização balnear. Este

factor serviu para ponderar um valor de capacidade de carga máxima, calculado com base

na área útil de praia e em função duma área mínima por utente. Assim sendo, a capacidade de

carga teórica proposta no POOC foi calculada através do cruzamento da área útil de praia

com a área de conforto ocupada por utente, de acordo com o potencial de utilização balnear

das praias, o que resultou num factor gradativo de ponderação para uma situação de carga

física máxima.

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2ª FASE - AVALIAÇÃO DOS POOC NA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA ARH DO TEJO

Avaliação dos POOC da Área de Jurisdição da ARH do Tejo, IP. e Definição de Objectivos e Conteúdos para a sua Revisão BIODESIGN, Lda. - 090312FOT01RL0.docx 98

Para efeitos de utilização balnear, foi estabelecida como área útil a que corresponde em média

a uma faixa de areal de até 50 metros de profundidade, entre a linha média de maré e o

primeiro obstáculo morfológico (seja ele enrocamento, arriba, ou duna). Esta zona do areal

corresponde à zona ocupada durante maior parte do dia, o que permitiu uma aferição mais

aproximada ao comportamento dos utentes.

Nas praias sob arribas, a consideração de faixas de protecção no areal correspondia em alguns

casos à totalidade do areal, impossibilitando a utilização balnear, o que foi considerado pouco

realista, dado o contexto metropolitano do POOC. Assim sendo, o factor de risco associado às

arribas foi tido em consideração na avaliação qualitativa do potencial balnear. As propostas de

localização dos apoios e das estruturas fixas ou permanentes também tiveram em conta estes

aspectos.

No sentido longitudinal, a praia é considerada ao longo dos acessos existentes, e numa

extensão provavelmente percorrida pelos utentes num máximo de 500 metros desde o ponto de

acesso. Foi considerado nos primeiros 250 metros uma maior concentração de utentes – 7 m2

por utente, em carga máxima - a partir dos quais se verifica uma maior dispersão – 10 m2 por

utente, em carga máxima.

Para a medição da área das praias, foi utilizada a cartografia disponível à escala 1/2000, e um

conjunto de fotografias aéreas datadas de Novembro de 1997, numa escala aproximada de

1/8000. Neste sentido foi calculada para o conjunto das praias em estudo um valor teórico de

capacidade de carga.

O potencial de utilização balnear das praias foi compreendido o seu valor como espaço de

utilização balnear, considerando a capacidade da praia e meio envolvente de responder à

procura e de absorver as pressões daí derivadas. Foi estabelecida para as praias e meio

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2ª FASE - AVALIAÇÃO DOS POOC NA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA ARH DO TEJO

Avaliação dos POOC da Área de Jurisdição da ARH do Tejo, IP. e Definição de Objectivos e Conteúdos para a sua Revisão 99 BIODESIGN, Lda. - 090312FOT01RL0.docx

envolvente uma relação qualitativa entre os factores intrínsecos e os factores de apropriação

do espaço, nos contextos específicos em que se inserem.

Os graus de potencial de utilização balnear do POOC, são os seguintes:

Potencial de Utilização Muito Elevado, corresponde a praias adjacentes a núcleos

urbanos ou sob sua influência directa, com um elevado grau de infra-estruturação, e de

utilização estratégica muito intensa. Os factores intrínsecos (nomeadamente derivados

da dinâmica litoral) não apresentam limitações ao seu uso, e ainda que o façam, são

compensados por intervenções de engenharia costeira. Nestas praias foi admitida uma

carga crítica de utentes, correspondendo a uma situação de muito alta densidade – 7

a 10 m2 por utente;

Potencial de Utilização Elevado: Praias na periferia de núcleos urbano - turísticos,

razoavelmente infra-estruturadas, mas de utilização algo comprometida pelos seus

factores intrínsecos. Nestas praias admitiu-se uma alta densidade de utentes,

correspondendo a uma carga limite – 10 a 15 m2 por utente;

Potencial de Utilização Moderado: Praias afastadas dos núcleos urbano - turísticos, mas

na sua influência mais distante. Ainda que infraestruturadas, estas praias têm uma

utilização consideravelmente comprometida pelos seus factores intrínsecos: situação

morfológica comprometedora, difícil acesso, riscos de erosão, segurança de utentes ou

carácter natural marcante. Estas praias terão no contexto da área de intervenção uma

estratégia mais contida de utilização balnear. Nestas praias foi atribuída uma

densidade de conforto – 15 a 20 m2 por utente;

Potencial de Utilização Reduzido: Praias afastadas dos núcleos urbano-turísticos, fora dos

principais circuitos balneares, onde estrategicamente se prevê uma utilização reduzida.

A utilização balnear destas praias encontra-se fortemente condicionada pelos seus

factores ambientais ou paisagísticos – carácter natural, difícil acesso, ou segurança dos

utentes. Nestas praias foi atribuída a densidade de alto conforto – 20 a 30 m2 por

utente;

Potencial de Utilização Muito Reduzido: Correspondem a situações muito particulares

dentro do POOC; de difícil a muito difícil acesso, sem condições de segurança para os

utentes e na sua maioria de carácter natural determinante. Nestas praias foi proposto

desincentivar o uso balnear.

Após uma ponderação dos factores do potencial de utilização das praias, foi elaborada uma

proposta de classificação para as praias em estudo, em conformidade com a legislação em

vigor e a estratégia de uso balnear definida (maior concentração de utentes em zonas de

maior proximidade a áreas urbanas e áreas de maior capacidade de suporte biofísico,

descompressão nas praias onde os valores ou degradações biofísicas assim o aconselham). Esta

classificação tipológica permitiria uma fruição do espaço sem comprometer a integridade

biofísica e paisagística do meio. Para algumas praias foram elaborados cenários alternativos de

classificação.

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2ª FASE - AVALIAÇÃO DOS POOC NA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA ARH DO TEJO

Avaliação dos POOC da Área de Jurisdição da ARH do Tejo, IP. e Definição de Objectivos e Conteúdos para a sua Revisão BIODESIGN, Lda. - 090312FOT01RL0.docx 100

Foram estabelecidas medidas programáticas a considerar na elaboração dos Planos de Praia

relacionadas com o estacionamento, eventuais alterações no que toca aos equipamentos e

acessos pedonais, e intervenções de minimização dos impactes/recuperação de áreas

degradadas. Foram ainda consideradas questões que, ainda desviadas das praias

propriamente ditas, são decisivas para a sua envolvente, como é o caso da ocupação

edificada, e da localização dos parques de campismo nestes ambientes.

A definição e elaboração da pré-proposta de intervenção, baseou-se na análise e

compatibilização dos diferentes ordenamentos preconizados pelos PDM com incidência na

área de intervenção e a análise crítica dos planos, compromissos e intenções existentes, tendo

em atenção a sua articulação com os objectivos de ordenamento dos POOC.

A partir dos objectivos de ordenamento e das potencialidades e vocações previamente

definidas, foram afinadas estratégias de ordenamento e a sua concretização passou pela

elaboração de uma listagem das classes e categorias de espaço e outros itens a utilizar na

elaboração das propostas de ordenamento, numa primeira aproximação à Planta de

Ordenamento do POOC.

Para cada classe ou categoria de espaço, foi apresentada uma descrição dos objectivos de

ordenamento pretendidos, constituindo a base para a redacção do Regulamento do POOC.Na

Planta de Ordenamento do POOC, foram ainda apresentadas as áreas sujeitas a Planos

Específicos.

Em paralelo à Planta de Ordenamento foi elaborada, à mesma escala, uma outra planta onde

foram representadas todas as Servidões Administrativas e Restrições de Utilidade Pública,

constituindo uma primeira aproximação à Planta Actualizada de Condicionantes do POOC.

Na Planta de Condicionantes encontram-se demarcadas as servidões administrativas e

restrições de utilidade pública integradas nos seguintes domínios: Domínio Hídrico, Áreas de

reserva e protecção de solos e espécies vegetais, Rede nacional de áreas protegidas,

Património classificado, Sítios arqueológicos, Infra-estruturas de saneamento, Infra-estruturas de

transporte e comunicações, Sinalização Marítima, Defesa nacional.

No que concerne ao Domínio Público Hídrico, este é estabelecido em conformidade com o

Decreto-Lei n.º 468/71, de 5 de Novembro, tendo sido considerado de acordo com o seu artigo

3º para a área em estudo:

a margem das águas do mar, bem como a das águas navegáveis ou flutuáveis sujeita à

jurisdição das autoridades marítimas ou portuárias, tem a largura de 50 m;

a margem das águas navegáveis ou flutuáveis tem a largura de 30 m;

a margem das águas não navegáveis nem flutuáveis, nomeadamente torrentes,

barrancos e córregos de caudal descontínuo, tem a largura de 10 m.

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2ª FASE - AVALIAÇÃO DOS POOC NA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA ARH DO TEJO

Avaliação dos POOC da Área de Jurisdição da ARH do Tejo, IP. e Definição de Objectivos e Conteúdos para a sua Revisão 101 BIODESIGN, Lda. - 090312FOT01RL0.docx

Tendo como “margem” “uma faixa de terreno contígua ou sobranceira à linha que limita o leito

das águas”, quando tiver a natureza de praia em extensão superior à atrás referida, a margem

estende-se até onde o terreno apresente tal natureza, em arribas alcantiladas a largura da

margem é contada a partir da respectiva crista.

A largura da margem foi contada a partir da linha limite do leito, nas águas do mar e outras

sujeitas a influência das marés este foi definido pela linha de máxima preia-mar de águas vivas

equinociais (LMPAVE). O leito das restantes águas foi limitado pela linha que corresponde à

extrema dos terrenos que as águas cobrem em condições de cheias médias, sem transbordar

para o solo regularmente seco.

Assim sendo e de acordo com o artigo 5º do referido diploma, foi considerado como Domínio

Público Hídrico, os leitos e margens de quaisquer águas navegáveis ou flutuáveis sempre que

tais leitos e margens lhe pertençam, e bem assim os leitos e margens das águas não navegáveis

nem flutuáveis que atravessem terrenos públicos do Estado. Foi considerado ainda como

“Objecto de Propriedade Privada, sujeitos a Servidões Administrativas”, os leitos e margens das

águas não navegáveis nem flutuáveis que atravessem terrenos particulares, bem como as

parcelas dos leitos e margens das águas do mar e de quaisquer águas navegáveis ou flutuáveis

que forem objecto de desafectação ou reconhecidas como privadas.

No POOC foram representadas somente as linhas de água, uma vez que a delimitação do

Domínio Público Hídrico, em conformidade com os critérios legais do referido diploma,

adaptados à escala de trabalho e à informação cartográfica disponível, foi considerada pouco

precisa e discutível.

No que respeita às Propostas para acções e medidas nas áreas identificadas como críticas,

entendendo-se como áreas críticas, aquelas onde são identificadas ameaças ao equilíbrio

biofísico e aos valores ambientais em presença, quer do lado terrestre, quer do lado marinho.

Esta definição permitiu identificar e aprofundar as medidas mais apropriadas para corrigir e/ou

solucionar os problemas detectados.

Foram identificadas as "áreas críticas" face a situações reconhecidas, nomeadamente de risco

iminente de destruição de recursos naturais e de degradação ambiental. Nos núcleos urbanos,

a demarcação destas áreas esteve intimamente relacionada com a identificação das

situações de maior degradação, para as quais foram propostas medidas correctivas integradas

na estratégia das propostas do POOC, que tinham como objectivo, entre outros, maximizar o

uso público da faixa costeira, nomeadamente:

§ inventariação dos conflitos de ordenamento, em carta própria que contempla as

alterações introduzidas pelo POOC às classes de espaço preconizadas nos PDM, e a

sobreposição de espaços preconizados nos PDM como Espaços Urbano-

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2ª FASE - AVALIAÇÃO DOS POOC NA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA ARH DO TEJO

Avaliação dos POOC da Área de Jurisdição da ARH do Tejo, IP. e Definição de Objectivos e Conteúdos para a sua Revisão BIODESIGN, Lda. - 090312FOT01RL0.docx 102

Urbanizáveis, Turísticos e de Equipamento, com o Domínio Público Hídrico. Nesta

inventariação são consideradas as “Áreas Criticas” e as “Áreas Problema”;

§ definição de unidades sujeitas a planos específicos - Unidades Operativas de

Planeamento e Gestão (UOPG) e Planos de Praia, que tiveram presentes as

preocupações em englobar áreas mais sensíveis, com uma planeada ou

pressuposta coerência, que deveriam ser tratadas com um maior detalhe, ao nível

do planeamento, nomeadamente, as “Áreas Criticas” e as “Áreas Problema”. O

resultado da delimitação das UOPG e das praias a sujeitar a Plano de Praia, consta

da Planta Síntese do POOC;

§ definição de programas base para a elaboração de planos específicos, para o

desenvolvimento das UOPG e dos Planos de Praia.

Na 3ªFase – Projecto do POOC e Plano de Intervenções, foi dado seguimento aos pressupostos

estabelecidos na 2ªFase – Estudo Prévio de Ordenamento.

A definição e elaboração de Propostas de Intervenção passaram pelo desenvolvimento das

directrizes estabelecidas na 2ªFase, a partir dos objectivos do ordenamento e das

potencialidades e vocações previamente definidas, sendo elaborada uma listagem das classes

e categorias de espaço e outros itens utilizados na elaboração das propostas de ordenamento.

Nesta fase foram apresentadas as versões finais da Planta de Síntese e Planta de

Condicionantes.

A Planta de Síntese incluiu, as classes e categorias de espaço propostos pelo POOC, a

delimitação das Unidades Operativas de Planeamento e Gestão, as faixas de salvaguarda da

linha de costa, as praias e respectiva classificação, bem como a rede viária principal.

A Planta de Condicionantes apresentou demarcadas todas as Servidões Administrativas e

Restrições de Utilidade Pública com relevância para o POOC.

Foi ainda, apresentado o Regulamento, peça indispensável à gestão do POOC, que com a

Planta de Síntese e a Planta de Condicionantes, assim como as Plantas dos Planos de Praia, à

escala 1:2000 e respectivas fichas de intervenção constituem os elementos fundamentais do

POOC.

No que concerne aos Planos de Praia, as propostas foram elaboradas com base na cartografia

existente à escala 1:2000, que em alguns casos se mostrou insuficiente, pelo que recorreram à

fotografia aérea.

Na elaboração dos Planos de Praia foram considerados o conhecimento do terreno adquirido

ao longo do trabalho, o levantamento de pormenor das praias foi e a consulta de elementos de

outros POOC permitiu uma aferição mais detalhada dos critérios de trabalho (dimensionamento

e infra-estruturação das praias).

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2ª FASE - AVALIAÇÃO DOS POOC NA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA ARH DO TEJO

Avaliação dos POOC da Área de Jurisdição da ARH do Tejo, IP. e Definição de Objectivos e Conteúdos para a sua Revisão 103 BIODESIGN, Lda. - 090312FOT01RL0.docx

Ao longo dos trabalhos foi feita uma afinação da capacidade de carga inicialmente estimada

para as praias. Dado que este valor informa toda a proposta em termos de dimensionamento e

tipo de infra-estruturas a considerar, foi com base no confronto dos resultados a esse nível com o

cenário actual e proposto, que foi retroactivamente afinado o valor da capacidade de carga,

(o caso do estacionamento assumiu-se como factor limitante da capacidade de carga da

praia).

Foi elaborada uma matriz de infra-estruturação das praias, com base na capacidade de carga

estimada, e de acordo com a classificação tipológica, que estruturou no cenário de referência

do ordenamento, permitindo tratar de forma o mais homogénea possível um conjunto de praias

de características e problemas tão heterogéneas. Esta matriz permitiu estimar qual o

estacionamento necessário, considerado com um coeficiente de ponderação, consoante o

tipo de praia e contexto de inserção. A matriz permitiu ainda, estimar qual o número de apoios

necessário, de forma a responder à carga de utentes com um nível de infra-estruturação

adequado. Esta matriz foi vista como um cenário de referência, tendo sido afinadas as

propostas nos casos em que o cenário de referência se terá mostrado incorrecto. Seguiu-se-lhe

então uma matriz de propostas concretas, reflectindo a análise tida em conta.

Nos Planos de Praia foi considerado o risco de erosão marinha como factor de ordenamento,

especialmente a curto e médio prazo - nos casos de risco iminente, tendo sido propostas

relocalizações, ao passo que nos locais de menor risco, deverá ser mantida uma observação

periódica para identificar eventuais futuras situações de risco iminente. A evolução das formas

costeiras, e logo o grau de risco quando estejam em causa pessoas e bens, deverá ser alvo de

uma monitorização generalizada.

Ao nível da Proposta dos Planos de Praia foram tidos em conta o estacionamento, o zonamento

e os usos, e os apoios e os equipamentos.

Foram definidas faixas de risco e de protecção com o objectivo de fornecer instrumentos de

trabalho para a gestão da orla costeira, tendo em atenção as especificidades e os riscos

associados à evolução das arribas, foram propostas faixas de risco adjacentes ao sopé das

arribas e à crista das arribas, faixas de protecção adicional e identificadas áreas com elevado

risco de instabilidade de vertentes.

A sua representação gráfica está presente na Planta de Síntese para os trechos de costa não

abrangidos pelos Planos de Praia, à escala 1/25.000. Nos restantes trechos, as faixas de

salvaguarda estão identificadas nos Planos de Praia à escala 1/2000.

O Programa de Execução, que contém as disposições indicativas sobre o escalonamento

temporal (10 anos – período de vigência do plano) das principais intervenções propostas pelo

POOC, de acordo com as suas prioridades, foi estruturado em 3 grandes grupos de

intervenções:

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2ª FASE - AVALIAÇÃO DOS POOC NA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA ARH DO TEJO

Avaliação dos POOC da Área de Jurisdição da ARH do Tejo, IP. e Definição de Objectivos e Conteúdos para a sua Revisão BIODESIGN, Lda. - 090312FOT01RL0.docx 104

§ Intervenções em praias, que materializam as propostas nos Planos de Praia, ou

pequenas intervenções em praias não abrangidas por Planos de Praia;

§ UOPG;

§ Outras intervenções, nomeadamente, demolições, alimentações artificiais de praias,

estabilização de arribas.

O Plano de Financiamento, constitui uma tradução quantitativa do Programa de Execução,

contendo as estimativas de custos das intervenções propostas pelo POOC por local, tipo de

intervenção e distribuição temporal (10 anos). Para além das verbas destinadas às intervenções

propostas, foi considerado o custo de uma equipa pluridisciplinar de gestão (acompanhamento

e assessoria técnica) do POOC, bem como uma verba de 5% para imprevistos. A distribuição

temporal prevista da verba processou-se nos seguintes intervalos: ano 1, ano 2, ano 3, ano 4,

ano 5, ano 6 a 10, de acordo com a sua prioridade. Não foram identificadas os

intervenientes/parceiros responsáveis pela concretização do POOC e as fontes de

financiamento.

A cartografia elaborada no âmbito do Plano foi produzida em formato digital (software CAD).

Page 35: 2ª AVALIAÇÃO DOS POOC NA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA … · Avaliação dos POOC da Área de Jurisdição da ARH do Tejo, IP. e Definição de Objectivos e Conteúdos para ... A caracterização

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2ª FASE - AVALIAÇÃO DOS POOC NA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA ARH DO TEJO

Avaliação dos POOC da Área de Jurisdição da ARH do Tejo, IP. e Definição de Objectivos e Conteúdos para a sua Revisão 106 BIODESIGN, Lda. - 090312FOT01RL2.docx

3.3.4. ANÁLISE METODOLÓGICA DA FORMA DE ELABORAÇÃO DO POOC CIDADELA-

FORTE DE S. JULIÃO

A metodologia de elaboração do POOC Cidadela – Forte de S. Julião da Barra, contemplou 3

etapas:

1ª Etapa - Estudos de Base;

2ª Etapa - Estudo Prévio de Ordenamento;

3ª Etapa - Projecto do POOC e Plano de Intervenções.

Na 1ª Etapa – Estudos de Base, foi feito um estudo de enquadramento ao troço a que

corresponde o POOC Cidadela – Forte de S. Julião, por forma a dar a conhecer as

“excepcionais condições naturais que foram ao longo de séculos objecto de um processo de

humanização que, no essencial, manteve uma grande qualidade na inserção da implantação

humana no meio natural, originando, assim um troço de costa com características únicas que

interessa, por conseguinte, tratar.”

Assim sendo, resultou um Relatório, abrangendo os seguintes aspectos:

§ Aspectos socioeconómicos. Elaboração de Inquérito aos utilizadores das praias que

inclui um enquadramento demográfico e uma caracterização sócio - económica

sumários, para além de um levantamento das actividades económicas instaladas

e uma avaliação das perspectivas de desenvolvimento turístico da Costa do

Estoril. Realização de um inquérito com o objectivo de avaliar a percepção e as

expectativas que os utilizadores têm em relação às praias, seus equipamentos e

infra-estruturas;

§ Dinâmica do litoral e engenharia costeira, que inclui um estudo sobre as formações

geológicas que constituem o substrato da orla costeira, para o lado da terra, e a

geomorfologia dos fundos, para o lado do mar. Foi feita ainda uma investigação

da dinâmica litoral e do potencial de alimentação das praias e identificação das

situações de risco de erosão;

§ Sistema de modelos matemáticos para o estudo da dinâmica costeira;

§ Caracterização paisagística e ambiental, que passou pela determinação de

unidades de paisagem, elaboração de valoração cénica da paisagem e do valor

real e potencial dos equipamentos, que permitiu a elaboração de uma síntese de

valor e sensibilidade da paisagem, com o objectivo de determinar as faixas de

costa a submeter a acções de protecção, conservação, reconversão e

valorização. Na parte marítima, foi ainda feita uma primeira abordagem

ecológica, nomeadamente à flora marinha e aos recursos marinhos;

§ Estrutura urbana e caracterização da utilização das praias, onde foi realizado o

enquadramento histórico, a identificação e caracterização do património

construído e arqueológico, a estrutura urbana e sua evolução e a morfologia das

UOPG. Neste ponto, foram ainda levados a cabo o levantamento urbanístico e a

caracterização do edificado e das diversas actividades existentes;

Page 37: 2ª AVALIAÇÃO DOS POOC NA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA … · Avaliação dos POOC da Área de Jurisdição da ARH do Tejo, IP. e Definição de Objectivos e Conteúdos para ... A caracterização

2ª FASE - AVALIAÇÃO DOS POOC NA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA ARH DO TEJO

Avaliação dos POOC da Área de Jurisdição da ARH do Tejo, IP. e Definição de Objectivos e Conteúdos para a sua Revisão BIODESIGN, Lda. - 090312FOT01RL2.docx 107

§ Sistema de transportes e acessibilidades, incluindo caracterização, respectivos

projectos e intenções nestes domínios;

§ Descrição das infra-estruturas de saneamento básico, no que respeita ao

abastecimento de água, drenagem de águas residuais e domesticas e

identificação de fontes de poluição;

§ Qualidade da água e das areias, sendo que no que respeita às águas foram tidos

em conta factores como a eutrofização e os índices de contaminação

detectados através de bio -indicadores e, relativamente às areias foi apresentada

uma caracterização dos sedimentos até à batimétrica dos 30 m e da qualidade e

granulometria da areia das praias;

§ Domínio Público Marítimo, onde foi feito o enquadramento jurídico e descritos os

seus critérios de delimitação, tendo sido cartografados nas peças desenhadas e

descritas em fichas próprias todas as situações de prédios ou terrenos delimitados,

desafectados ou do domínio privado do Estado, assim como aqueles cuja

delimitação não se encontrava concluída.

Os critérios de delimitação do Domínio Público Marítimo resumem-se nos pontos que se seguem:

o definição da linha máxima de preia-mar de águas vivas equinociais, disposto no artigo

2º do Decreto-Lei n.º 468/71, de 5 de Novembro, como " O leito das águas do mar, bem

como das demais águas sujeitas à influência das marés, é limitado pela linha de

máxima preia-mar de águas vivas equinociais " (LMPAV)

O conhecimento e definição da LMPAV apresentou-se fundamental, uma vez que após

a sua determinação ficou a conhecer-se o limite do leito das águas e o limite da

margem dessas mesmas águas.

Ainda em concordância com os artigos 5º e 8º do mesmo diploma, o leito das águas do

mar quer as respectivas margens, pertencem ao domínio público marítimo desde 31 de

Dezembro de 1864 em alguns casos, ou desde 22 de Março de 1868 em outros, o que

poderia levantar problemas quanto à definição da LMPAV.

Para tal, foram levadas a cabo diligências na definição da LMPAV procurando a sua

localização reportada a 31 de Dezembro de 1864 ou 22 de Março de 1868, dando

especial importância para quem pretendesse ver reconhecida a posse privada de

terrenos/prédios incluídos na margem do Domínio Público Marítimo.

No entanto, a falta de elementos cartográficos relativos aquelas datas, tornou em

muitos casos impossível o estabelecimento desta linha.

A LMPAV não sendo fixa, foi analisada a evolução morfológica das praias, através do

recurso a cartografia antiga, o que permitiu uma definição mais correcta possível da

sua localização.

Na definição da LMPAV no âmbito do POOC, foram considerados os padrões

resultantes das verificações referidas anteriormente e as condições médias de agitação

do mar (variável de acordo com local, período de observação, topografia do terreno,

direcção e intensidade dos ventos, etc.). Para a máxima preia-mar de águas vivas

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2ª FASE - AVALIAÇÃO DOS POOC NA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA ARH DO TEJO

Avaliação dos POOC da Área de Jurisdição da ARH do Tejo, IP. e Definição de Objectivos e Conteúdos para a sua Revisão 108 BIODESIGN, Lda. - 090312FOT01RL2.docx

equinociais foi considerada a batimétrica à cota + 6,00 m (ZH) (conforme peça

desenhada à escala l /5 000).

o definição da margem do Domínio Público Marítimo, após o estabelecimento da LMPAV,

tendo sido marcada, com o rigor possível face à escala utilizada, a margem do

domínio público marítimo de acordo com o estabelecido no artigo 3° do Decreto-Lei n.º

468/71, de 5 de Novembro.

Nesta definição da margem foi tida em conta o facto de nas parcelas de

terreno/prédios já reconhecidos como privados pela Comissão do Domínio Público

Marítimo, os que fossem corroídos lenta e sucessivamente pelas águas, passavam

conforme o disposto no nº. 1 do artigo 7º do Decreto-Lei n.º 468/71, de 5 de Novembro a

constituir parcelas do Domínio Público Marítimo.

o delimitação do Domínio Público Marítimo com terrenos particulares, quer sejam

delimitações concluídas ou delimitações por concluir.

No caso das delimitações concluídas, foram marcados na margem do troço de costa

do POOC, os processos de delimitação do Domínio Público Marítimo com parcelas de

terreno/prédios reconhecidos privados, que já se encontrassem delimitados e

publicados. Uma vez que a escala em que essas parcelas/prédios foram representados

era reduzida, não foi possível definir com o rigor desejável os limites de alguns desses

prédios. Como forma de colmatar essa lacuna, foram apresentadas fichas individuais

com a respectiva publicação em Diário da República, onde constam as coordenadas

da poligonal de delimitação, através das quais e com uma base cartográfica a uma

escala maior, poderia ser definidos com maior rigor esses limites.

No caso das delimitações por concluir, procederam à implantação, na margem do

DPM, das parcelas de terreno/prédios sobre os quais existem pedidos de delimitação do

Domínio Público Marítimo que ainda estão, quer na fase de instrução documenta quer

na fase de análise e verificação por parte da Comissão do Domínio Público Marítimo.

Em ambos os casos não existiu uma definição correcta e definitiva da poligonal de

delimitação.

o desafectações do Domínio Público Marítimo, das quais só foram localizadas duas

parcelas de terreno contíguas, uma com 100 m2 e outra com 400 m2, situadas em S.

Pedro do Estoril.

o Domínio Privado do Estado, só foi possível localizar uma parcela de terreno.

§ Fichas de Praias, que sintetizam a contribuição das diversas temáticas envolvidas na

elaboração do POOC, caracterizando cada praia integrada na área de

intervenção do plano, designadamente: descrição física, infra-estruturas básicas,

infra-estruturas marítimas, concessão da praia, apoios de praia, equipamentos,

usos na praia, recolha de lixo, qualidade ambiental da praia, projectos em curso

ou a desenvolver e interesse especial. Estas fichas serviram de base para a

elaboração dos Planos de Praias, posteriormente desenvolvidos.

Page 39: 2ª AVALIAÇÃO DOS POOC NA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA … · Avaliação dos POOC da Área de Jurisdição da ARH do Tejo, IP. e Definição de Objectivos e Conteúdos para ... A caracterização

2ª FASE - AVALIAÇÃO DOS POOC NA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA ARH DO TEJO

Avaliação dos POOC da Área de Jurisdição da ARH do Tejo, IP. e Definição de Objectivos e Conteúdos para a sua Revisão BIODESIGN, Lda. - 090312FOT01RL2.docx 109

Na 2ª Etapa - Estudo Prévio de Ordenamento, concretizou-se em versões preliminares das

principais peças do plano, nomeadamente a Planta Síntese, a Planta de Condicionantes e as

Plantas dos Planos de Praia, bem como algumas indicações programáticas relativas a uma

futura regulamentação de cada zona, que foi desenvolvida posteriormente na 3ª Etapa.

Esta etapa assenta nos seguintes pressupostos:

§ Enquadramento das Condicionantes Legais, que integra as Servidões Administrativas

e Restrições de Utilidade Pública, cuja representação gráfica resulta na Planta de

Condicionantes, numa versão preliminar;

§ Análise das aptidões e potencialidades, subjacente à estratégia que foi adoptada

para o troço, dando continuidade às conclusões obtidas na 1ªEtapa e o cálculo

da capacidade de carga das praias, articulado com as aptidões e os objectivos

que o plano indica para cada uma delas;

O cálculo da capacidade de carga foi considerado um critério fundamental para a definição

do quadro propositório da intervenção nas praias e para a espacialização e dimensionamento

das actividades que aí se desenvolvem ou que se poderiam vir a desenvolver.

Em conformidade com o Anexo I do Decreto-Lei n.º 309/93, de 2 de Setembro, a grande maioria

das praias pertencentes à área do POOC, foram classificadas como “urbanas de uso intensivo”,

tendo sido estimado para este tipo de praias de acordo com a experiência nacional e

internacional, um valor médio de 10 m2 de praia por utente, em situações de máxima afluência

normal (domingo no verão). Podendo ser garantidas as condições de optimização já referidas,

mantendo o conforto individual e a capacidade de recreio e estadia para uma fruição

agradável (incluído os critérios de acessibilidades, estacionamento, existência de apoios de

praia e equipamentos complementares, etc.)

Por “praia”, foi estabelecida uma faixa de ocupação preferencial de largura igual ou inferior a

30m contados a partir da linha de água, em condições médias de meia-maré.

Com base nesse indicador, foi possível estimar se as praias do POOC se encontravam sobre ou

sub-utilizadas, com estacionamentos dimensionados e apoios e equipamentos adequados.

Tendo em consideração a diversidade de situações de utilização das praias do troço do POOC

e a estratégia global de adequação e potenciação de usos face às características das

mesmas, definiram-se duas outras situações de capacidade de carga, para condições de uso

mais intensivo (8m2/utente) ou extensivo (12m2/utente).

Para aferir os indicadores referidos foram efectuadas, contagens em fotografias aéreas a um

domingo (Junho de 1994 às 13h25m) com bom tempo.

Assim, a capacidade de carga proposta para as praias resultou do quociente entre os

indicadores referidos e a área de praia existente ou proposta, nos casos em que é viável

proceder a uma alimentação artificial através da recarga de areia.

Para as praias da zona em estudo, foram consideradas as seguintes situações de capacidade

de carga desejável:

o Praias de uso padrão – 10m2/utente

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2ª FASE - AVALIAÇÃO DOS POOC NA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA ARH DO TEJO

Avaliação dos POOC da Área de Jurisdição da ARH do Tejo, IP. e Definição de Objectivos e Conteúdos para a sua Revisão 110 BIODESIGN, Lda. - 090312FOT01RL2.docx

o Praias de uso intensivo – 8m2/utente

o Praias de menor densidade de uso – 12m2/utente

§ Ordenamento da área de intervenção, onde são estabelecidas as classes e as

categorias de espaço para o troço do POOC e desenvolvidos os principais

objectivos e linhas orientadoras de cada uma delas, com a preocupação em

compatibilizá-las com as categorias e classes de espaço definidas pelo PDM.

Neste ponto foram elaboradas duas plantas, a Planta Síntese, onde está

representado o zonamento da área de intervenção do POOC, e a Planta de

Compatibilização com o PDM, onde é feita uma articulação gráfica e imediata

entre o zonamento do POOC e o zonamento do PDM.

§ Apresentação das Linhas Gerais de Intervenção, que integra os objectivos genéricos

de intervenção e a estratégia de ordenamento definida para este troço do

POOC;

§ Identificação das Áreas Criticas e Propostas de Intervenção, trecho a trecho e

agrupadas em quatro grandes temas: consolidação de arribas, águas residuais,

resíduos sólidos e fauna e flora;

§ Apresentação de uma primeira abordagem aos Planos de Praia, onde foi feita uma

inventariação das intervenções estruturantes, das intervenções paisagísticas, do

Passeio Marítimo, aos edifícios, acessos e estacionamentos;

§ Desenvolvimento dos modelos matemáticos para o estudo da dinâmica costeira.

Na 3ª Etapa - Projecto do POOC e Plano de Intervenções, foram consolidados os elementos

elaborados na 2ªEtapa, tendo sido definidas na Planta Síntese as Unidades Operativa de

Planeamento e Gestão (UOPG), áreas que posteriormente poderiam ser sujeitas a Planos de

Pormenor ou a Projectos de Execução.

Nesta Etapa, estabeleceram-se ainda:

§ Propostas de Intervenção, nas quais foram definidas propostas sectoriais de

intervenção, no que se refere às intervenções nas praias, intervenções costeiras, à

valorização e preservação da paisagem e estrutura verde, aos valores culturais e

aos acessos e estacionamento;

§ Planos de Praia os quais foram desenvolvidos com base nas capacidades de carga,

nas expectativas, nas potencialidades e nas carências detectadas para cada

praia. Estes planos foram elaborados à escala de Plano de Pormenor (1/2000),

com um elevado grau de exequibilidade, assumindo-se como cadernos de

encargos para as diversas intervenções. Os conteúdos dos Planos de Praia

contemplam: a Caracterização das Praias, as Propostas de Intervenção, o

Programa de Execução, o Plano de Financiamento, as Fichas de

Apoios/Equipamentos, e as Plantas dos Planos de Praia;

Page 41: 2ª AVALIAÇÃO DOS POOC NA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA … · Avaliação dos POOC da Área de Jurisdição da ARH do Tejo, IP. e Definição de Objectivos e Conteúdos para ... A caracterização

2ª FASE - AVALIAÇÃO DOS POOC NA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA ARH DO TEJO

Avaliação dos POOC da Área de Jurisdição da ARH do Tejo, IP. e Definição de Objectivos e Conteúdos para a sua Revisão BIODESIGN, Lda. - 090312FOT01RL2.docx 111

§ Programa de Execução, que contém disposições indicativas sobre o escalonamento

temporal das diversas intervenções, em particular as acções de defesa costeira e

intervenções nas praias. Sendo o prazo de vigência do POOC de 10 anos e tendo

sido considerado um período muito curto face ao elevado montante financeiro

que implicava a sua realização, reflectiu-se num escalonamento temporal do

Programa de Execução, organizado em 4 fases: curto prazo (2/3anos), médio

prazo (4/6 anos), longo prazo (7/10 anos) e mais de 10 anos, para cada uma das

intervenções propostas;

§ O Plano de Financiamento contém a estimativa de custo das realizações previstas e

deve funcionar como uma orientação geral das actividades a realizar no futuro.

A distribuição foi feita de acordo com as prioridades de intervenção e pelas

tendências e pressões de desenvolvimento de ordenamento manifestadas.

Neste sentido, foi feita uma estimativa de custos de intervenção com base nos

valores registados em 1997, sujeita a uma actualização sistémica relacionando os

valores de intervenção com os espaços sobre os quais incide.

Foi realizado, um cronograma financeiro, que consolida a estimativa orçamental

das realizações previstas por áreas temáticas, em função do escalonamento

apresentado no Programa de Execução.

Por fim, foram indicadas as entidades que iriam ter a seu cargo a implementação

das intervenções. O recurso a candidaturas e programas de financiamento foi

referido como forma de minimizar os encargos apresentados nas restantes

intervenções.

A cartografia elaborada no âmbito do Plano foi produzida em formato digital (software CAD).

Page 42: 2ª AVALIAÇÃO DOS POOC NA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA … · Avaliação dos POOC da Área de Jurisdição da ARH do Tejo, IP. e Definição de Objectivos e Conteúdos para ... A caracterização

2ª FASE - AVALIAÇÃO DOS POOC NA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA ARH TEJO

Avaliação dos POOC da Área de Jurisdição da ARH do Tejo, IP. e Definição de Objectivos e Conteúdos para a sua Revisão BIODESIGN, Lda. - 090312FOT01RL0.docx 112

3.3.4.1. Esquema metodológico síntese do POOC Cidadela - Forte de S.Julião

IDENTIFICAÇÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO

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Caracterização paisagística e ambiental

Estrutura urbana e caracterização da utilização das praias

Sistema de transportes e acessibilidades

Inquérito aos utilizadores das Praias

ENQUADRAMENTO DAS CONDICIONANTES LEGAIS

IDENTIFICAÇÃO DAS ÁREAS CRÍTICAS E PROPOSTAS DE INTERVENÇÃO

1ª ABORDAGEM AOS PLANOS DE PRAIA

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FICHAS DAS PRAIAS

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Projectos em curso ou a desenvolver de interesse especial

Planta de condicionantes preliminar

ANÁLISE DE APTIDÕES E POTENCIALIDADES Cálculo da capacidade de carga Faixa de ocupação preferencial

Estimativa de subutilização

largura ≤ a 30 m contados a partir da linha de água

LINHAS GERAIS DE INTERVENÇÃO Objectivos genéricos e estratégia de ordenamento

ORDENAMENTO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO Classes e categorias de espaço

Objectivos e linhas orientadoras

Planta síntese preliminar

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Planos de Praia

Planta Síntese (Final) Planta de Condicionantes (Final)

PLANO DE FINANCIAMENTO

Page 43: 2ª AVALIAÇÃO DOS POOC NA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA … · Avaliação dos POOC da Área de Jurisdição da ARH do Tejo, IP. e Definição de Objectivos e Conteúdos para ... A caracterização

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rrib

a a

o n

íve

l d

o

bo

rdo

su

pe

rior

de

c

ad

a

oc

orr

ên

cia

∑ á

rea

s p

erd

ida

s

=

ta

xa d

e r

ec

uo

Cu

mp

rime

nto

n

º d

e a

no

s

do

tro

ço

do

pe

ríod

o

e

stu

da

do

Exte

nsã

o ≠

Situ

ão

de

ris

co

=

larg

ura

da

fa

ixa

Fa

ixa

de

Ris

co

Á

rea

de

ris

co

esp

ec

ial

Faix

a d

e r

isc

o d

a c

rista

da

s a

rrib

as

Faix

a d

e r

isc

o a

dja

ce

nte

ao

so

da

s a

rrib

as

Faix

as

de

pro

tec

çã

o

ad

icio

na

is

Situ

ad

as

pa

ra o

inte

-rio

r d

a f

aix

a d

e r

isc

o

ad

jac

en

te a

o b

ord

o

do

so

da

s a

rrib

as

Div

isã

o d

o li

tora

l em

38

tro

ço

s Fi

ch

a d

e c

ara

cte

riza

çã

o

De

ma

rca

çã

o d

as

zon

as

crit

ica

s

Ocupação Urbanística

Situ

ão

de

co

nfli

to e

ntr

e o

rde

na

me

nto

/ c

on

dic

ion

an

tes

Zon

as

urb

an

as

de

oc

up

ão

dis

pe

rsa

Ac

ess

ibili

da

de

na

fa

ixa

co

ste

ira

Áre

as

urb

an

as

de

gra

da

da

s

Just

ific

ão

da

s lin

ha

s d

e in

terv

en

çã

o

Sín

tese

da

est

raté

gia

a n

íve

l re

gio

na

l

de

finiç

ão

Crit

ério

s d

e z

on

am

en

to lo

ca

l

Pla

nta

de

co

nd

icio

na

nte

s

Pla

nta

de

en

qu

ad

ram

en

to

Pla

nta

sín

tese

pre

limin

ar

De

finiç

ão

de

um

pro

gra

ma

de

ac

çõ

es

pre

vis

tas

Pro

ce

sso

s d

e a

fec

taç

ão

/ d

esa

fec

taç

ão

da

Re

serv

a A

grí

co

la N

ac

ion

al e

da

Re

serv

a E

co

lóg

ica

Na

cio

na

l

Pro

po

sta

ge

ral d

e in

terv

en

çõ

es

em

pra

ias

Cla

ssifi

ca

çã

o d

e p

raia

s

Esta

be

lec

ime

nto

da

s b

ase

s d

e R

eg

ula

me

nto

Pro

gra

ma

de

inte

rve

õe

s

Pla

no

de

exe

cu

çã

o e

fin

an

cia

me

nto

p

relim

ina

r

2ª P

art

e -

Pro

po

sta

de

ord

en

am

en

to d

os

pla

no

s d

e

pra

ia

An

ális

e in

div

idu

al d

as

pra

ias

Ide

nti

fica

çã

o d

as

situ

õe

s a

sa

lva

gu

ard

ar,

a p

ote

nc

iar

e a

co

nd

icio

na

r

Ide

nti

fica

çã

o d

a o

cu

pa

çã

o h

um

an

a n

a f

aix

a c

ost

eira

Ocupação Urbanística

Fic

ha

s d

e c

ara

cte

riza

çã

o d

e p

raia

Pla

no

s d

e P

raia

Pro

po

sta

de

inte

rve

õe

s, p

rinc

ipa

is a

õe

s e

cla

ssifi

ca

çã

o d

e p

raia

Fic

ha

de

ide

nti

fica

çã

o e

ca

rac

teriz

ão

de

eq

uip

am

en

tos

8 t

ipo

log

ias

Ac

çõ

es

co

mu

ns

Situ

ão

ac

tua

l

Sín

tese

de

inte

rve

õe

s

Av

alia

çã

o d

os

po

ten

cia

is d

a o

rla c

ost

eira

Exc

lusã

o

Lag

oa

de

Ób

ido

s

DEL

IMIT

ÃO

DA

ÁR

EA D

E IN

TER

VEN

ÇÃ

O

ESTUDOS

De

cre

to-L

ei n

.º 3

09/

199

3, d

e 2

de

Se

tem

bro

Faix

a c

om

pre

en

did

a e

ntr

e a

ba

tim

étr

ica

do

s –3

0 a

té u

ma

dist

ân

cia

xim

a d

e 5

00m

, p

ara

alé

m d

os

50 m

co

nta

do

s a

pa

rtir

da

lin

ha

qu

e l

imita

a m

arg

em

da

s á

gu

as

do

m

ar

(Do

mín

io P

úb

lico

Ma

rítim

o -

DP

M)

Ca

rac

teriz

ão

Bio

físic

a

Infr

a-e

stru

tura

s lig

ad

as

à P

esc

a e

à A

qu

ac

ult

ura

Din

âm

ica

Co

ste

ira

Ca

rac

teriz

ão

cio

- e

co

mic

a

Re

de

Viá

ria e

Ac

ess

ibili

da

de

s

Estr

utu

ras

Urb

an

as

- c

om

pa

tib

ilid

ad

e

Ca

rta

de

Va

lor

de

Se

nsi

bili

da

de

de

Pa

isa

ge

m

DEF

INIÇ

ÃO

E E

SPA

CIA

LIZA

ÇÃ

O D

AS

VO

CA

ÇÕ

ES E

PO

TEN

CIA

LID

AD

ES (

ob

jec

tivo

s)

Ca

pa

cid

ad

e d

e C

arg

a d

as

Pra

ias

Áre

a Ú

til d

e P

raia

Áre

a d

e C

on

fort

o o

cu

pa

da

po

r U

ten

te

Gra

us

de

Po

ten

cia

l d

e U

tiliz

ão

Ba

lne

ar

Cru

zam

ent

o

Pro

po

sta

de

Cla

ssifi

ca

çã

o d

as

Pra

ias

Me

did

as

Pro

gra

tic

as

a c

on

sid

era

r n

a e

lab

ora

çã

o d

os

Pla

no

s d

e P

raia

No

rma

s C

on

stru

tiva

s

Faix

as

de

are

al

de

a

té 5

0 m

en

tre

a

linh

a

de

m

éd

ia

ma

ré e

o 1

º o

bst

á-

cu

lo m

orf

oló

gic

o

ao

nív

el

Esta

cio

na

me

nto

Eq

uip

am

en

tos

Ac

ess

os

Inte

rve

õe

s d

e

min

imiz

ão

DEF

INIÇ

ÃO

E E

LAB

OR

ÃO

DA

PR

É-PR

OPO

STA

DE

INTE

RV

ENÇ

ÃO

A

lise

e c

om

pa

tib

iliza

çã

o d

os

dife

ren

tes

ord

en

am

en

tos

pre

co

niz

ad

os

no

PD

M

An

ális

e c

ritic

a d

os

pla

no

s, c

om

pro

mis

sos

e i

nte

õe

s e

xist

en

tes,

em

art

icu

laç

ão

c

om

os

ob

jec

tivo

s d

e o

rde

na

me

nto

do

s P

OO

C

Pro

po

sta

s d

e

Ord

en

am

en

to

Afin

ão

da

s

Es

trat

ég

ias

de

O

rde

nam

ent

o

Pla

nta

de

Ord

en

am

en

to

List

ag

em

de

Cla

sse

s e

C

ate

go

rias

de

Esp

o

Pla

nta

de

Co

nd

icio

na

nte

s PR

OPO

STA

S PA

RA

AC

ÇÕ

ES E

MED

IDA

S N

AS

ÁR

EAS

IDEN

TIFI

CA

DA

S C

OM

O C

RIT

ICA

S

DEF

INIÇ

ÃO

DA

S U

NID

AD

ES S

UJE

ITA

S A

PLA

NO

S ES

PEC

IFIC

OS

DEF

INIÇ

ÃO

DE

PRO

GR

AM

AS

BA

SE P

AR

A A

ELA

BO

RA

ÇÃ

O D

E PL

AN

OS

ESPE

CIF

ICO

S

UO

PG

Pla

no

s d

e P

raia

1ª FASE - ESTUDOS BASE 2ª FASE - ESTUDO PRÉVIO DE ORDENAMENTO

inc

lusã

o

Lag

oa

de

Alb

ufe

ira

IDEN

TIFI

CA

ÇÃ

O D

A Á

REA

DE

INTE

RV

ENÇ

ÃO

ESTUDO DE ENQUADRAMENTO AO TROÇO DO POOC

Asp

ec

tos

sóc

io-e

co

mic

os

Din

âm

ica

do

lito

ral e

en

ge

nh

aria

co

ste

ira

Sist

em

a d

e m

od

elo

s m

ate

tico

s p

ara

o e

stu

do

da

din

âm

ica

co

ste

ira

Ca

rac

teriz

ão

pa

isa

gís

tic

a e

am

bie

nta

l

Estr

utu

ra u

rba

na

e c

ara

cte

riza

çã

o d

a u

tiliz

ão

da

s p

raia

s

Sist

em

a d

e t

ran

spo

rte

s e

ac

ess

ibili

da

de

s

Inq

rito

ao

s u

tiliz

ad

ore

s d

as

Pra

ias

ENQ

UA

DR

AM

ENTO

DA

S C

ON

DIC

ION

AN

TES

LEG

AIS

IDEN

TIFI

CA

ÇÃ

O D

AS

ÁR

EAS

CR

ÍTIC

AS

E PR

OPO

STA

S D

E IN

TER

VEN

ÇÃ

O

1ª A

BO

RD

AG

EM A

OS

PLA

NO

S D

E PR

AIA

1ª ETAPA - ESTUDOS BASE 2ª ETAPA - ESTUDO PRÉVIO DE ORDENAMENTO

De

scri

çã

o d

as

infr

a-e

stru

tura

s d

e s

an

ea

me

nto

sic

o

Qu

alid

ad

e d

a á

gu

a e

da

s a

reia

s

Do

mín

io P

úb

lico

Ma

rítim

o

Ide

nti

fica

çã

o d

as

situ

õe

s d

e r

isc

o d

e e

rosã

o

Sín

tese

de

va

lor

e s

en

sib

ilid

ad

e d

e p

ais

ag

em

a

o n

íve

l Fa

ixa

s d

e

co

sta

a

su

bm

ete

r a

a

õe

s d

e

pro

tec

çã

o,

co

nse

rva

çã

o,

rec

on

ve

rsã

o e

va

loriz

ão

Critérios de delimitação

De

finiç

ão

da

lin

ha

xim

a d

e p

reia

-ma

r d

e á

gu

as

viv

as

eq

uin

oc

iais

De

finiç

ão

da

ma

rge

m d

o D

om

ínio

blic

o M

arít

imo

De

limit

ão

d

o D

om

ínio

blic

o M

arít

imo

co

m t

err

en

os

pa

rtic

ula

res

De

safe

cta

çõ

es

do

Do

mín

io P

úb

lico

Ma

rítim

o

Do

mín

io p

riva

do

do

Est

ad

o

FIC

HA

S D

AS

PRA

IAS

Temáticas

De

scri

çã

o f

ísic

a

Infr

a-e

stru

tura

s b

ási

ca

s

Infr

a-e

stru

tura

s m

arít

ima

s

Co

nc

ess

ão

de

pra

ia

Ap

oio

s d

e p

raia

sint

etiz

am

Equ

ipa

me

nto

s

Uso

s n

a p

raia

Qu

alid

ad

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mb

ien

tal

Pro

jec

tos

em

cu

rso

ou

a d

ese

nv

olv

er

de

inte

ress

e e

spe

cia

l

Pla

nta

de

co

nd

icio

na

nte

s p

relim

ina

r

AN

ÁLI

SE D

E A

PTID

ÕES

E P

OTE

NC

IALI

DA

DES

C

álc

ulo

da

ca

pa

cid

ad

e d

e c

arg

a

Faix

a d

e o

cu

pa

çã

o p

refe

ren

cia

l

Esti

ma

tiva

de

su

bu

tiliz

ão

larg

ura

≤ a

30

m c

on

tad

os

a p

art

ir d

a li

nh

a d

e á

gu

a

LIN

HA

S G

ERA

IS D

E IN

TER

VEN

ÇÃ

O

Ob

jec

tiv

os

ge

rico

s e

est

raté

gia

de

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en

am

en

to

OR

DEN

AM

ENTO

DA

ÁR

EA D

E IN

TER

VEN

ÇÃ

O

Cla

sse

s e

ca

teg

oria

s d

e e

spa

ço

Ob

jec

tiv

os

e li

nh

as

orie

nta

do

ras

Pla

nta

sín

tese

pre

limin

ar

Ca

teg

oria

s e

cla

sse

s d

e e

spa

ço

do

s P

DM

P

lan

ta d

e c

om

pa

tib

iliza

çã

o c

om

os

PD

M

Temas

Co

nso

lida

çã

o d

as

arr

iba

s

Ág

ua

s re

sid

ua

is

Re

síd

uo

s só

lido

s

Fau

na

e f

lora

Intervenções

Inte

rve

õe

s e

stru

tura

nte

s

Inte

rve

õe

s p

ais

ag

ísti

ca

s

Pa

sse

io m

arít

imo

Edifí

cio

s

Ac

ess

os

Esta

cio

na

me

nto

DEL

IMIT

ÃO

DA

ÁR

EA D

E IN

TER

VEN

ÇÃ

O

ESTUDOS

De

cre

to-L

ei n

.º 3

09/

199

3, d

e 2

de

Se

tem

bro

Zon

a t

err

est

re d

e p

rote

ão

Uso

s e

fu

õe

s d

o t

err

itó

rio

Din

âm

ica

co

ste

ira e

ob

ras

de

de

fesa

Po

pu

laç

ão

- R

ed

es

urb

an

as

Ac

tiv

ida

de

s e

co

mic

as

Ca

rac

teriz

ão

da

s p

raia

s e

do

s a

glo

me

rad

os

lito

rais

Dia

gn

óst

ico

1ª FASE - ESTUDOS DE BASE 2ª FASE - ESTUDO PRÉVIO DE ORDENAMENTO E DESENVOLVIMENTO

Co

m b

ase

De

cre

to-L

ei n

.º 3

79/

198

9, d

e 2

7 d

e

Ou

tub

ro

Zon

a m

arít

ima

de

pro

tec

çã

o

Lim

ite

infe

rior

- a

ba

tim

étr

ica

do

s 30

m

500

m a

pa

rtir

da

lin

ha

qu

e li

mit

a a

ma

rge

m d

as

ág

ua

s d

o m

ar

De

limit

ão

da

áre

a a

dja

ce

nte

Zo

na

du

na

r e

ntr

e o

Fu

rad

ou

ro e

a P

raia

da

Mira

- C

lima

-

Ge

om

orf

olo

gia

-

Re

cu

rso

s M

ine

rais

-

Re

cu

rso

s H

ídric

os

-

Uso

do

so

lo

- Bi

ota

Te

rre

stre

-

Flo

ra e

fa

un

a m

arin

ha

-

Un

ida

de

s d

e P

ais

ag

em

Lev

an

tam

en

to e

sis

tem

atiz

ão

da

s e

stru

tura

s d

e d

efe

sa c

ost

eira

Ca

rac

teriz

ão

da

po

pu

laç

ão

Ca

rac

teriz

ão

e a

lise

da

s in

fra

-est

rutu

ras

de

tra

nsp

ort

e e

ac

ess

ibili

da

de

s

Ca

rac

teriz

ão

do

s u

sos

do

min

an

tes

da

fa

ixa

co

ste

ira

Ca

rac

teriz

ão

do

uso

ba

lne

ar

Ca

rac

teriz

ão

da

s p

raia

s

Lev

an

tam

en

to

de

ca

mp

o

Fic

ha

s d

e c

ara

cte

riza

çã

o

Ca

rac

teriz

ão

do

s u

sos

do

min

an

tes

da

fa

ixa

co

ste

ira

Ca

rac

teriz

ão

do

uso

ba

lne

ar

Ca

rac

teriz

ão

da

s p

raia

s

Ca

rac

terís

tic

as,

po

ten

cia

lida

de

s e

os

pro

ble

ma

s

Ide

nti

fica

çã

o d

as

co

mp

ati

bili

da

de

s e

inc

om

pa

tib

ilid

ad

es

de

uso

s e

fu

õe

s d

o t

err

itó

rio e

da

s d

ifere

nte

s e

stra

tég

ias

exi

ste

nte

s

MO

DEL

O D

E O

RD

ENA

MEN

TO E

DES

ENV

OLV

IMEN

TO

de

finiç

ão

Me

diç

õe

s, in

dic

õe

s e

dis

po

siç

õe

s a

do

pta

da

s n

o P

lan

o,

de

finin

do

os

prin

cíp

ios

de

ord

en

am

en

to

e a

est

raté

gia

de

de

sen

vo

lvim

en

to p

rop

ost

a p

ara

a o

rla c

ost

eira

fun

da

me

nta

çã

o

Dia

gn

óst

ico

c

om

ba

se

Ca

rac

teriz

ão

do

s u

sos

do

min

an

tes

da

fa

ixa

co

ste

ira

Ca

rac

teriz

ão

do

uso

ba

lne

ar

Ca

rac

teriz

ão

da

s p

raia

s

Evo

luç

ão

da

co

sta

Ob

jec

tiv

os

ge

rais

do

PO

OC

C

ara

cte

rísti

ca

s e

spe

cifi

ca

s d

o t

err

itó

rio

Ob

jec

tiv

os

esp

ec

ífic

os

P

rog

ram

as

tem

átic

os

ass

oc

iad

os

Pla

nta

Sín

tese

Pla

nta

Co

nd

icio

na

nte

s

Pra

ias

Ma

rítim

as

De

finiç

ão

da

ca

pa

cid

ad

e d

e c

arg

a

Dim

en

sio

na

me

nto

do

s e

sta

cio

na

me

nto

s

De

finiç

ão

da

s fu

õe

s e

se

rviç

os

ass

oc

iad

os

às

pra

ias

e c

ara

cte

rísti

ca

s d

as

inst

ala

çõ

es

Áre

a Ú

til d

e P

raia

O

cu

pa

çã

o m

éd

ia

=

Cla

sse

s d

e E

spa

ço

s C

orr

esp

on

de

m à

s c

lass

es

de

esp

o d

elim

ita

da

s n

os

resp

ec

tiv

os

PD

M e

PM

OT

PRÉ

- R

EGU

LAM

ENTO

PRO

GR

AM

A B

ASE

DA

S PR

AIA

S C

on

jun

to d

e p

roje

cto

s e

ac

çõ

es

a d

ese

nv

olv

er

pa

ra a

s p

raia

s o

u c

on

jun

to d

e p

raia

s c

on

sid

era

da

s e

stra

tég

ica

s

Ca

rac

teriz

ão

da

s p

raia

s e

do

s a

glo

me

rad

os

lito

rais

Dia

gn

óst

ico

=

C

on

jun

to d

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roje

cto

s e

ac

çõ

es

a d

ese

nv

olv

er

pa

ra a

s p

raia

s o

u c

on

jun

to d

e p

raia

s c

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sid

era

da

s e

stra

tég

ica

s

REL

ATÓ

RIO

SÍN

TESE

P

lan

ta S

ínte

se

Cla

sse

s d

e e

spa

ço

UO

PG

Pla

nta

de

Co

nd

icio

na

nte

s C

om

a in

clu

são

de

sit

ua

çõ

es

de

so

bre

po

siç

ão

en

tre

se

rvid

õe

s e

cla

sse

s d

e u

sos

do

so

lo id

en

tific

ad

as

3ª FASE - PROJECTO DO POOC

E PLANO DE INTERVENÇÕES

PLA

NO

DE

INTE

RV

ENÇ

ÕES

15

ob

jec

tiv

os

esp

ec

ífic

os

Ide

nti

fica

çã

o d

a P

raia

220 p

roje

cto

s Fi

ch

a d

e p

roje

cto

(i

nd

ivid

ua

l)

Pro

gra

ma

Ob

jec

tiv

o

Ca

rac

teriz

ão

PL

AN

O D

E EX

ECU

ÇÃ

O /

PLA

NO

DE

FIN

AN

CIA

MEN

TO

PLA

NO

S D

E PR

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Fi

ch

as

ass

oc

iad

as

ao

s e

lem

en

tos

ca

rto

grá

fico

s C

lass

ific

ão

tip

oló

gic

a d

a P

raia

Ac

ess

os

Ap

oio

s e

eq

uip

am

en

tos

de

Pra

ia

Ou

tra

s in

terv

en

çõ

es

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roje

cto

s c

om

ple

me

nta

res

Fic

ha

do

s Es

tud

os

Base

re

lac

ion

ad

a c

om

a p

raia

em

qu

est

ão

46 P

rog

ram

as

Áre

a

×

D

en

sid

ad

e

Á

rea

úti

l

× D

en

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ad

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uip

ad

a

xim

a c

alc

ula

da

+

d

o a

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m

éd

ia d

e

d

e u

ten

tes

do

are

al

ute

nte

s n

o

a

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l

Terr

a

Fic

ha

s d

e á

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s d

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cu

pa

çã

o u

rba

nís

tic

a

Fic

ha

s sí

nte

se d

e a

va

liaç

ão

da

est

rutu

ra d

e u

sos

e o

cu

pa

çã

o

≠ P

lan

ta d

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dic

ion

an

tes

Pla

nta

sín

tese

pre

limin

ar

Pro

ce

sso

s d

e a

fec

taç

ão

/ d

esa

fec

taç

ão

da

Re

serv

a A

grí

co

la N

ac

ion

al e

da

Re

serv

a E

co

lóg

ica

Na

cio

na

l

Pro

po

sta

ge

ral d

e in

terv

en

çõ

es

em

pra

ias

Cla

ssifi

ca

çã

o d

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raia

s

Pla

no

s d

e P

raia

Pro

po

sta

de

inte

rve

õe

s, p

rinc

ipa

is a

õe

s e

cla

ssifi

ca

çã

o d

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Fic

ha

de

ide

nti

fica

çã

o e

ca

rac

teriz

ão

de

eq

uip

am

en

tos

8 t

ipo

log

ias

Ac

çõ

es

co

mu

ns

Situ

ão

ac

tua

l

PLA

NO

S D

E PR

AIA

PRO

GR

AM

A G

ERA

L D

E EX

ECU

ÇÃ

O

3ª FASE - PROJECTO

POOC

Pro

po

sta

s e

inte

rve

õe

s n

o a

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l

Cla

ssifi

ca

çã

o d

as

pra

ias

PLA

NO

DE

FIN

AN

CIA

MEN

TO

Env

olv

ime

nto

da

s e

nti

da

de

s

Ca

pa

cid

ad

e d

e u

tiliz

ão

da

s p

raia

s d

ime

nsi

on

am

en

to

Esta

cio

na

me

nto

Equ

ipa

me

nto

s

Estr

utu

ra u

rba

na

e c

ara

cte

riza

çã

o d

a u

tiliz

ão

da

s p

raia

s

DEF

INIÇ

ÃO

DA

S U

OP

G

PRO

GR

AM

A D

E EX

ECU

ÇÃ

O

3ª ETAPA - PROJECTO

POOC

Fa

ixa

de

oc

up

ão

pre

fere

nc

ial

Ob

jec

tiv

os

e li

nh

as

orie

nta

do

ras

Pa

sse

io m

arít

imo

Pro

po

sta

s d

e In

terv

en

çã

o

Pla

no

s d

e P

raia

Pla

nta

Sín

tese

(Fi

na

l)

Pla

nta

de

Co

nd

icio

na

nte

s (F

ina

l)

PLA

NO

DE

FIN

AN

CIA

MEN

TO

1ª FASE – ESTUDOS DE BASE 2ª FASE – ESTUDO PRÉVIO DE ORDENAMENTO

EDESENVOLVIMENTO 3ª FASE – PROJECTO POOC E PLANO DE INTERVENÇÕES

1ª FASE – ESTUDOS DE BASE 2ª FASE – ESTUDO PRÉVIO DE ORDENAMENTO 3ª FASE – PROJECTO POOC

1ª FASE – ESTUDOS DE BASE 2ª FASE – ESTUDO PRÉVIO DE ORDENAMENTO

1ª FASE – ESTUDOS DE BASE 2ª FASE – ESTUDO PRÉVIO DE ORDENAMENTO 3ª FASE – PROJECTO POOC

Page 44: 2ª AVALIAÇÃO DOS POOC NA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA … · Avaliação dos POOC da Área de Jurisdição da ARH do Tejo, IP. e Definição de Objectivos e Conteúdos para ... A caracterização

2ª FA

SE -

AV

ALI

ÃO

DO

S PO

OC

NA

ÁRE

A D

E JU

RISD

IÇÃ

O D

A A

RH D

O T

EJO

A

valia

çã

o d

os

PO

OC

da

Áre

a d

e J

uris

diç

ão

da

AR

H d

o T

ejo

, IP

. e D

efin

içã

o d

e O

bje

ctiv

os

e C

on

teú

do

s p

ara

a s

ua

Re

visã

o

BI

OD

ESIG

N, L

da

. - 0

9031

2FO

T01R

L0.d

oc

x

114

A c

om

pa

raç

ão

me

tod

oló

gic

a d

a f

orm

a d

e e

lab

ora

çã

o d

os

PO

OC

re

sult

ou

na

ma

triz

se

gu

ida

me

nte

ap

rese

nta

da

, o

nd

e f

ora

m e

vid

en

cia

da

s a

s p

rinc

ipa

is d

ifere

as

qu

er

no

s c

on

teú

do

s, q

ue

r n

as

fase

s d

e e

lab

ora

çã

o e

m q

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oc

orr

em

, re

sulta

nte

s d

as

op

çõ

es

me

tod

oló

gic

as

ad

op

tad

as

pe

las

resp

ec

tiva

s e

qu

ipa

s, q

ue

os

ela

bo

rara

m.

PO

OC

DA

ÁRE

A D

E JU

RISD

IÇÃ

O D

A A

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O T

EJO

, I.P

.

POO

C O

VA

R-M

ARI

NH

A G

RAN

DE

(RC

M n

.º14

2/20

00, d

e 2

0 d

e O

utu

bro

) PO

OC

ALC

OBA

ÇA

-MA

FRA

(R

CM

n.º

11/2

002,

de

17

de

Ja

ne

iro)

POO

C S

INTR

A-S

AD

O

(RC

M n

.º86

/200

3, d

e 2

5 d

e J

un

ho

) PO

OC

CID

AD

ELA

-S.J

ULI

ÃO

(R

CM

n.º

123/

1998

, de

19

de

Ou

tub

ro)

FASES DE ELABORAÇÃO DO POOC

1ª FASE – ESTUDOS DE BASE

§

A d

elim

itaç

ão

da

áre

a d

e i

nte

rve

ão

co

nte

mp

la a

zo

na

m

arít

ima

d

e

pro

tec

çã

o,

a

zon

a

terr

est

re

de

p

rote

ão

e a

de

limita

çã

o d

e u

ma

áre

a a

dja

ce

nte

(z

on

a d

un

ar

en

tre

o F

ura

do

uro

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Pra

ia d

a M

ira)

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Estu

do

de

talh

ad

o n

os

div

ers

os

sec

tore

s d

os

qu

ais

se

sa

lien

tam

: §

a c

ara

cte

riza

çã

o d

as

pra

ias

e d

os

ag

lom

era

do

s lit

ora

is,

qu

e

resu

ltara

m

em

fic

ha

s d

e

ca

rac

teriz

ão

(d

as

pra

ias,

do

uso

ba

lne

ar

e d

os

uso

s d

om

ina

nte

s d

a f

aix

a c

ost

eira

);

§

o

dia

gn

óst

ico

, o

nd

e

fora

m

ide

ntif

ica

do

s a

s c

ara

cte

rístic

as,

p

ote

nc

ialid

ad

es

e

pro

ble

ma

s,

be

m

co

mo

a

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om

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tibili

da

de

s e

in

co

mp

atib

ilid

ad

es

de

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s e

fu

õe

s d

o t

err

itório

e

da

s d

ifere

nte

s e

stra

tég

ias

§

A d

elim

itaç

ão

da

áre

a d

e in

terv

en

çã

o c

on

tem

pla

a z

on

a

ma

rítim

a d

e p

rote

ão

, a

zo

na

te

rre

stre

de

pro

tec

çã

o e

e

vid

en

cia

as

áre

as

de

ju

risd

içã

o p

ort

ria,

exc

luin

do

a

Lag

oa

de

Ób

ido

s

§

os

Tra

ba

lho

s e

Es

tud

os

div

ide

m-s

e

em

3

pa

rte

s,

e

ap

rese

nta

m u

ma

ca

rac

teriz

ão

de

en

qu

ad

ram

en

to d

o

terr

itório

, d

as

pra

ias

e u

ma

ava

liaç

ão

da

est

rutu

ra e

do

u

so d

a á

rea

. De

en

tre

os

tra

ba

lho

s d

est

ac

am

-se

: §

na

p

art

e

- a

c

ara

cte

riza

çã

o

da

s p

raia

s ,

qu

e

resu

ltou

em

fic

ha

s d

e id

en

tific

ão

e c

ara

cte

riza

çã

o

e e

m f

ich

as

de

ca

rac

teriz

ão

de

eq

uip

am

en

tos

e

ap

oio

s d

e p

raia

; §

na

3ªp

art

e –

a d

elim

itaç

ão

de

un

ida

de

s d

e g

est

ão

e

de

un

ida

de

s d

e p

ais

ag

em

e a

ela

bo

raç

ão

de

um

c

on

jun

to d

e f

ich

as

on

de

fo

i fe

ita a

re

laç

ão

en

tre

o

uso

d

o

solo

e

a

s á

rea

s c

on

dic

ion

ad

as

ou

d

e

pro

tec

çã

o d

os

solo

s

§

A d

elim

itaç

ão

da

áre

a d

e i

nte

rve

ão

co

nte

mp

la u

ma

fa

ixa

co

mp

ree

nd

ida

en

tre

a b

atim

étr

ica

do

s -3

0 a

té u

ma

d

istâ

nc

ia m

áxi

ma

de

500

m

pa

ra a

lém

do

s 50

m c

on

tad

os

a p

art

ir d

a l

inh

a q

ue

de

limita

a m

arg

em

da

s á

gu

as

do

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ar,

inc

luin

do

a L

ag

oa

de

Alb

ufe

ira

§

fora

m

de

sen

volv

ido

s Es

tud

os

no

s vá

rios

sec

tore

s,

do

s q

ua

is s

e d

est

ac

a a

c

om

pa

tibili

da

de

co

m a

s Es

tru

tura

s U

rba

na

s

§

o e

vid

en

cia

me

tod

olo

gia

de

de

limita

çã

o d

a á

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de

in

terv

en

çã

o

§

Re

aliz

ão

de

rios

Estu

do

s, d

e o

nd

e s

e s

alie

nta

m:

§

os

asp

ec

tos

sóc

io-e

co

mic

os

(re

aliz

ão

d

e

inq

rito

s a

os

util

iza

do

res

da

s p

raia

s)

§

a

din

âm

ica

d

o

lito

ral

e

en

ge

nh

aria

c

ost

eira

, q

ue

re

sulto

u n

a id

en

tific

ão

da

s si

tua

çõ

es

de

ris

co

§

a e

stru

tura

urb

an

a e

de

ca

rac

teriz

ão

da

s p

raia

s §

refe

rên

cia

ao

s c

rité

rios

de

d

em

arc

ão

do

Do

mín

io

Púb

lico

Ma

rítim

o

§

ela

bo

raç

ão

d

e

Fic

ha

s d

as

Pra

ias,

o

nd

e

fora

m

ide

ntif

ica

da

s e

ca

rac

teriz

ad

as

ind

ivid

ua

lme

nte

§

o

fora

m

de

ma

rca

da

s a

s fa

ixa

s d

e

risc

o,

ma

s a

te

tica

ris

co

fo

i tid

a e

m a

ten

çã

o n

a e

lab

ora

çã

o d

o

pla

no

2ª FASE – ESTUDO PRÉVIO DE ORDENAMENTO

De

sta

ca

-se

ne

sta

fa

se:

§

De

finiç

ão

d

e

um

M

od

elo

d

e

Ord

en

am

en

to,

qu

e

co

nte

mp

la

o

dia

gn

óst

ico

, a

e

volu

çã

o

da

c

ost

a,

os

ob

jec

tivo

s e

a

s c

lass

es

de

e

spa

ço

c

om

pa

tibili

zad

os

co

m o

s P

MO

T, e

as

Pra

ias

Ma

rítim

as

§

pa

ra a

s Pr

aia

s M

arít

ima

s, f

oi e

fec

tua

da

a d

efin

içã

o d

a

ca

pa

cid

ad

e

de

c

arg

a,

o

dim

en

sio

na

me

nto

d

os

est

ac

ion

am

en

tos,

a

d

efin

içã

o

de

fu

õe

s e

se

rviç

os

ass

oc

iad

as

às

pra

ias

e c

ara

cte

rístic

as

da

s in

sta

laç

õe

s.

A c

ap

ac

ida

de

de

ca

rga

re

sulta

da

se

gu

inte

rmu

la:

áre

a ú

til d

e p

raia

o

cu

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çã

o m

éd

ia

§

o

fora

m

de

limita

da

s a

s Fa

ixa

s d

e

Risc

o

e

de

Pr

ote

ão

Ne

sta

fa

se o

est

ud

o d

ese

nvo

lve

u-s

e e

m d

ua

s p

art

es:

§

na

p

art

e

é

de

sa

lien

tar,

a

ide

ntif

ica

çã

o

e

ca

rac

teriz

ão

d

e

situ

õe

s c

ritic

as

e

de

va

lor

exc

ep

cio

na

l, q

ue

re

sulta

na

de

finiç

ão

da

s fa

ixa

s d

e

risc

o e

da

s fa

ixa

s d

e p

rote

ão

ad

icio

na

is e

em

fic

ha

s d

e

ca

rac

teriz

ão

p

ara

c

ad

a

faix

a,

pa

ra

alé

m d

e u

m P

rog

ram

a d

e I

nte

rve

õe

s, e

de

um

Pr

og

ram

a

de

e

xec

ão

e

d

e

fina

nc

iam

en

to

pre

limin

are

s §

na

pa

rte

é d

e s

alie

nta

r, a

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ális

e i

nd

ivid

ua

l d

as

pra

ias

e a

id

en

tific

ão

da

o

cu

pa

çã

o h

um

an

a n

a

faix

a c

ost

eira

, o

qu

e s

e v

eio

a r

efle

ctir

na

oc

up

ão

u

rba

nís

tica

, m

ate

rializ

ad

a

em

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ha

s d

e

ca

rac

teriz

ão

de

pra

ia,

em

Pla

no

s d

e P

raia

e e

m

Fic

ha

s d

e I

de

ntif

ica

çã

o e

Ca

rac

teriz

ão

de

Pra

ias,

d

efin

ind

o

pa

ra

ca

da

si

tua

çã

o

um

a

tipo

log

ia

e

ac

çõ

es

co

mu

ns

Ne

sta

fa

se s

alie

nta

m-s

e o

s se

gu

inte

s e

stu

do

s:

§

a

de

finiç

ão

e

esp

ac

ializ

ão

d

as

voc

õe

s e

p

ote

nc

ialid

ad

es

qu

e c

on

tem

pla

, d

esi

gn

ad

am

en

te,

a c

ap

ac

ida

de

de

ca

rga

da

s p

raia

s, a

pro

po

sta

de

c

lass

ific

ão

ba

lne

ar,

as

me

did

as

pro

gra

tica

s a

c

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era

r n

a e

lab

ora

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Pla

no

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raia

e a

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as

co

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rutiv

as.

A

c

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ac

ida

de

d

e

ca

rga

d

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pra

ias,

re

sulta

d

o

cru

zam

en

to d

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rea

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da

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c

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pa

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r u

ten

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ela

bo

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ão

d

a

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po

sta

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e

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nd

o e

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on

sid

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co

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om

os

PMO

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c

om

o

s c

om

pro

mis

sos

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ste

nte

s,

pa

ra

a

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a c

ost

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do

te

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rio

§

a

de

finiç

ão

d

as

un

ida

de

s su

jeita

s a

p

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os

esp

ec

ífic

os

(UO

PG

e

P

lan

os

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raia

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ime

nto

d

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Pro

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ra

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lab

ora

çã

o

Ne

sta

fa

se s

ão

de

sa

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tar:

§

a

an

ális

e d

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õe

s e

d

e p

ote

nc

ialid

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es,

q

ue

c

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tem

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c

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ac

ida

de

d

e

ca

rga

, c

om

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o d

o e

sta

be

lec

ime

nto

de

um

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aix

a

de

o

cu

pa

çã

o

pre

fere

ncia

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p

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ir d

a

qu

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ctu

ad

a

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ima

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d

e

sub

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çã

o

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e

qu

ipa

me

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s §

a 1

ª a

bo

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ge

m a

os

Pla

no

s d

e P

raia

, q

ue

pa

sso

u

pe

lo e

sta

be

lec

ime

nto

de

inte

rve

õe

s p

riorit

ária

s

3ª FASE – PROJECTO POOC

§

Ela

bo

raç

ão

d

o

Rela

tório

nte

se,

do

Pl

an

o

de

In

terv

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õe

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ue

c

on

tem

pla

n

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fich

a

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ua

l p

ara

ca

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jec

to,

um

pro

gra

ma

de

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ord

o c

om

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o

bje

ctiv

o e

spe

cifi

co

)

§

Ela

bo

raç

ão

do

s Pl

an

os

de

Pra

ia,

on

de

fo

ram

de

finid

as

as

Pro

po

sta

s d

e I

nte

rve

nçã

o n

o a

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l, a

cla

ssifi

ca

çã

o d

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pra

ias

e o

env

olv

ime

nto

da

s e

ntid

ad

es

§

as

pro

po

sta

s d

e i

nte

rve

ão

no

are

al ,

co

nte

mp

lam

o

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ime

nsi

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en

to

da

c

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ac

ida

de

d

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util

iza

çã

o

da

s p

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s,

do

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me

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s

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en

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§

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§

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Pro

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§

Co

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da

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do

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l

Page 45: 2ª AVALIAÇÃO DOS POOC NA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA … · Avaliação dos POOC da Área de Jurisdição da ARH do Tejo, IP. e Definição de Objectivos e Conteúdos para ... A caracterização

2ª FASE - AVALIAÇÃO DOS POOC NA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA ARH TEJO

Avaliação dos POOC da Área de Jurisdição da ARH do Tejo, IP. e Definição de Objectivos e Conteúdos para a sua Revisão BIODESIGN, Lda. - 090312FOT01RL1.doc

115

Da análise da matriz de comparação metodológica, onde se evidenciaram as principais

diferenças nos conteúdos e nas fases em que foram produzidos, no que respeita à forma de

delimitação da área de intervenção nos vários POOC, esta segue o estabelecido na legislação

aplicável à sua demarcação, variando contudo em função das características do território em

que se insere. No caso do POOC Ovar-Marinha Grande, com o estabelecimento de uma área

adjacente, decorrente da existência da zona dunar entre o Furadouro e a Praia de Mira e no

POOC Alcobaça-Mafra, pela presença de 4 áreas de jurisdição portuária.

De salientar ainda que o POOC Alcobaça-Mafra não inclui na sua área de intervenção a Lagoa

de Óbidos, enquanto que abordagem diferente foi adoptada no POOC Sintra-Sado incluindo a

Lagoa de Albufeira.

No que respeita à abordagem efectuada ao Domínio Público Marítimo, são apresentados em

todos os POOC critérios globalmente uniformes para a sua demarcação, sendo de evidenciar

no POOC Cidadela-Forte de S.Julião um maior detalhe.

Em termos cartográficos o POOC Alcobaça-Mafra não apresenta a demarcação do Domínio

Público Marítimo.

Quanto à temática risco, esta é tida em consideração nos vários POOC, excepção feita ao

POOC Ovar – Marinha Grande. No POOC Cidadela-S.Julião não foram demarcadas faixas de

risco e de protecção, mas a temática risco foi tida em atenção ao longo da elaboração do

Plano, nomeadamente na Identificação das Áreas Criticas e das Propostas de Intervenção. Nos

POOC Alcobaça-Mafra e Sintra-Sado, foram delimitadas faixas de risco e de protecção, ainda

que com critérios de delimitação distintos.

O cálculo da capacidade de carga (ou capacidade de utilização das praias no caso do POOC

Alcobaça-Mafra) é efectuado no âmbito dos vários Planos, sendo contudo diferente a fórmula

de cálculo utilizada, conforme se apresenta seguidamente.

Page 46: 2ª AVALIAÇÃO DOS POOC NA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA … · Avaliação dos POOC da Área de Jurisdição da ARH do Tejo, IP. e Definição de Objectivos e Conteúdos para ... A caracterização

2ª FA

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9031

2FO

T01R

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116

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C C

ida

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e d

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A c

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ida

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te

óric

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arg

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ma

pra

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finid

a d

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ord

o c

om

a e

xpre

ssã

o:

Cp

= A

u /

Oc

m,

em

qu

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– c

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ida

de

d

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ca

rga

da

pra

ia

A

u –

Áre

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til d

a p

raia

Oc

m –

Oc

up

ão

dia

O

prim

eiro

co

nc

eito

qu

e im

po

rta

re

ter

aq

ua

nd

o d

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içã

o

de

ca

pa

cid

ad

e d

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ce

ito d

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Po

ten

cia

l de

U

so B

aln

ea

r (p

ass

ivo

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sta

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ida

co

mo

o a

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ima

da

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ha

m

áxi

ma

d

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pre

ia-m

ar

de

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gu

as

viva

s e

qu

ino

cia

is,

de

finid

o

em

fu

ão

d

o

esp

raia

me

nto

d

as

vag

as

em

c

on

diç

õe

s m

éd

ias

de

ag

itaç

ão

do

ma

r n

os

4 m

ese

s d

e V

erã

o,

co

m u

ma

larg

ura

xim

a d

e 4

0m.

A o

cu

pa

çã

o m

éd

ia d

e u

ma

pra

ia v

aria

de

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ord

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su

a

cla

ssifi

ca

çã

o

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lóg

ica

, u

ma

ve

z q

ue

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sta

re

flec

te

as

co

nd

içõ

es

am

bie

nta

is,

de

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nfo

rto

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eg

ura

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da

s in

fra

-e

stru

tura

s e

xist

en

tes.

A

ssim

, p

or

form

a a

ava

liar

os

crit

ério

s u

tiliz

ad

os

na

de

finiç

ão

d

a o

cu

pa

çã

o m

éd

ia d

a p

raia

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ram

an

alis

ad

os

os

PO

OC

C

am

inh

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Esp

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o e

Bu

rga

u –

Vila

mo

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esc

olh

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es

do

is P

lan

os

de

veu

-se

ao

fa

cto

de

um

de

les

ser

ad

jac

en

te à

á

rea

d

e

inte

rve

ão

(C

am

inh

a

– Es

pin

ho

) e

, o

se

gu

nd

o

po

rqu

e r

ep

rese

nta

um

a z

on

a o

nd

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ten

cia

l de

pra

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um

fa

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r d

ete

rmin

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te p

ara

o d

ese

nvo

lvim

en

to lo

ca

l.

Da

an

ális

e r

ea

liza

da

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nc

luiu

- se

qu

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ida

de

de

ca

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d

as

pra

ias

de

verá

se

r d

efin

ida

a

tra

vés

da

a

plic

ão

d

e

de

nsi

da

de

s d

e o

cu

pa

çã

o m

éd

ia p

or

tipo

log

ia.

A

Ca

pa

cid

ad

e

de

U

tiliz

ão

d

a

Pra

ia,

a

qu

e

co

rre

spo

nd

e

o

me

ro

de

u

ten

tes

ad

miti

do

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m

sim

ultâ

ne

o

pa

ra

o

are

al,

ca

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lad

a d

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co

rdo

co

m a

s se

gu

inte

s va

riáve

is:

A -

Áre

a d

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l; A

U

- Á

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Ú

til

de

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l, q

ue

c

orr

esp

on

de

à

Á

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d

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Are

al

(exc

luin

do

as

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as

de

ris

co

ao

so

e é

co

nta

bili

zad

a a

cim

a

da

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ha

do

lim

ite d

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spra

iam

en

to);

A

E -

Áre

a E

qu

ipa

da

, c

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esp

on

de

nte

à Á

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de

Are

al d

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ren

te

de

p

raia

vi

gia

da

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qu

ipa

da

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ctu

alm

en

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ou

p

rop

ost

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inc

luin

do

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su

jeita

ao

esp

raia

me

nto

da

s o

nd

as;

A

UA -

Áre

a Ú

til d

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U a

dja

ce

nte

a A

E, c

om

pre

en

did

a n

um

ra

io d

e d

istâ

nc

ia a

té 2

00 m

; D

MA

X -

De

nsi

da

de

xim

a c

alc

ula

da

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ute

nte

s n

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l; D

MED

- D

en

sid

ad

e m

éd

ia d

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ten

tes

no

are

al d

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ida

a p

art

ir d

e

DM

AX

e

do

va

lor

dio

d

a

dis

trib

uiç

ão

n

orm

al

na

á

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ú

til

ad

jac

en

te (

AU

A);

T

- Ti

po

log

ia d

e C

lass

ific

ão

de

pra

ia,

co

mo

fa

cto

r re

flexo

da

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fluê

nc

ia g

era

da

pe

la p

raia

e n

íve

l de

se

rviç

os

ass

oc

iad

os;

O

Ca

lcu

lo d

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ap

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ida

de

de

Util

iza

çã

o (

Cu

) p

roc

ess

a- s

e e

m 3

te

mp

os:

1.

C

on

sid

era

nd

o q

ue

a Á

rea

Eq

uip

ad

a c

on

ce

ntr

a o

ma

ior

me

ro d

e u

ten

tes,

ce

rca

de

70%

, d

a p

raia

, d

istr

ibu

ído

s h

om

og

en

ea

me

nte

, c

on

form

e

a

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log

ia

de

p

raia

, e

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ssa

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a p

od

erá

ou

o e

sta

r a

sso

cia

da

um

a

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a

ad

jac

en

te

de

p

ass

íve

l d

e

ser

util

iza

da

p

elo

s u

ten

tes.

2.

Te

nd

o c

om

o p

on

to d

e p

art

ida

, o

lcu

lo d

a d

en

sid

ad

e

xim

a

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mis

síve

l d

o

are

al,

ba

sea

da

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m

valo

res

reg

ista

do

s n

as

pra

ias

de

ma

ior

aflu

ên

cia

, e

m t

orn

o d

as

áre

as

eq

uip

ad

as,

c

orr

esp

on

de

nd

o

à

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a

de

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l a

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ce

nte

po

r u

ten

te,

limita

da

pe

la c

ircu

nfe

rên

cia

de

2,

5 m

diâ

me

tro

. D

MA

X =

1 U

ten

te /

7,5

m2

áre

a e

qu

ipa

da

3.

A d

en

sid

ad

e m

éd

ia c

orr

esp

on

de

à d

isp

ers

ão

de

Ute

nte

s e

m t

om

o d

a Á

rea

Eq

uip

ad

a (

ce

rca

30%

) e

é c

alc

ula

da

e

m

fun

çã

o

da

D

en

sid

ad

e

xim

a

na

Á

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Ú

til

Ad

jac

en

te,

co

mp

ree

nd

ida

na

dis

tân

cia

xim

a d

e 2

00

m a

o (

s) p

on

to(s

) d

e a

ce

sso

à p

raia

, o

nd

e d

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od

o a

si

mp

lific

ar

o c

álc

ulo

, se

ap

lica

a m

éd

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a d

istr

ibu

içã

o

no

rma

l ne

ste

tro

ço

(0,

5):

D

MED

= 0

,5 x

DM

AX

A d

istin

çã

o d

e d

en

sid

ad

es

xim

a d

e o

cu

pa

çã

o e

m c

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a u

m

do

s tip

os

de

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ap

roxi

ma

da

à f

orm

a d

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cu

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çã

o d

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raia

e

spe

cifi

ca

d

est

e

tro

ço

, o

nd

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ass

oc

iad

o

ao

s m

aio

res

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ais

a

n

ort

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est

á t

am

m a

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cia

do

um

a d

en

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ad

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ten

tes

infe

rior

às

pra

ias

urb

an

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do

s c

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ce

lho

s a

su

l (c

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stitu

ind

o e

xce

õe

s a

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raia

s d

a N

aza

ré e

S.

Ma

rtin

ho

), ju

stifi

ca

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o-s

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me

no

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isp

ers

ão

n

as

pra

ias,

p

or

mo

tivo

s tã

o

varia

do

s c

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o

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co

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içõ

es

clim

até

rica

s, a

qu

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tida

de

de

se

rviç

os

e e

qu

ipa

me

nto

s b

aln

ea

res

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a d

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l dis

po

nív

el p

ara

util

iza

çã

o b

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r.

A C

ap

ac

ida

de

de

Util

iza

çã

o d

a P

raia

tra

du

z-se

pe

lo s

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ató

rio

da

s d

ua

s c

om

po

ne

nte

s: C

u =

(A

Ex D

Ma

x) +

(A

UAx

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co

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am

en

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qu

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o

na

s p

raia

s e

p

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o

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sio

na

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93,

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na

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ida

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d

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reio

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sta

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luíd

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ério

s d

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ilid

ad

es,

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ac

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nc

ia

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oio

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me

nto

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ple

me

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Po

r “p

raia

”, f

oi

est

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cid

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de

oc

up

ão

p

refe

ren

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ferio

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nta

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xist

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te o

u p

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s e

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Page 47: 2ª AVALIAÇÃO DOS POOC NA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA … · Avaliação dos POOC da Área de Jurisdição da ARH do Tejo, IP. e Definição de Objectivos e Conteúdos para ... A caracterização

2ª FA

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ca

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Page 48: 2ª AVALIAÇÃO DOS POOC NA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA … · Avaliação dos POOC da Área de Jurisdição da ARH do Tejo, IP. e Definição de Objectivos e Conteúdos para ... A caracterização

2ª FA

SE -

AV

ALI

ÃO

DO

S PO

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ÁRE

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E JU

RISD

IÇÃ

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BI

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Page 49: 2ª AVALIAÇÃO DOS POOC NA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA … · Avaliação dos POOC da Área de Jurisdição da ARH do Tejo, IP. e Definição de Objectivos e Conteúdos para ... A caracterização

2ª FASE - AVALIAÇÃO DOS POOC NA ÁREA DE JURISDIÇÃO DA ARH DO TEJO

Avaliação dos POOC da Área de Jurisdição da ARH do Tejo, IP. e Definição de Objectivos e Conteúdos para a sua Revisão BIODESIGN, Lda. - 090312FOT01RL2.docx 121

De referir ainda, que o POOC Cidadela-Forte de S.Julião apresenta um maior detalhe ao nível

da caracterização das praias (incluindo inquéritos aos utentes da praias) e dos Planos de Praia,

provavelmente decorrente, da sua menor extensão.

Os POOC Cidadela-Forte de S.Julião e POOC Sintra-Sado apresentam uma abordagem

metodológica de elaboração similar (existindo contudo algumas excepções já evidenciadas

nas descrições metodológicas atrás representadas), sendo que o POOC Alcobaça-Mafra

apresenta uma abordagem metodológica diferenciada e complexa faceaos restantes, quer ao

nível dos métodos de trabalho / interpretação do território apresentados, quer ao nível do

tratamento dado às faixas de risco e protecção e ao dimensionamento da Capacidade de

Utilização das Praias, cujo sucesso da sua implementação será aferido no ponto 3.5 da presente

avaliação.

3.4. COMPARAÇÃO ENTRE FORMA E CONTEÚDO DOS ELEMENTOS FUNDAMENTAIS

DOS POOC

Antes de iniciar a comparação entre forma e conteúdo dos elementos fundamentais dos

POOC, efectuou-se uma validação dos conteúdos (de acordo com a Portaria n.º 767/96, de 30

de Dezembro) e evidenciou-se ainda a sua localização, nos respectivos documentos de

elaboração.

Em seguida, foi efectuada a inventariação da forma e conteúdo dos elementos fundamentais

dos POOC e dos Planos de Praia, evidenciando-se as principais semelhanças entre eles.

Tendo como ponto de partida esta inventariação, desenvolveu-se a análise e comparação da

forma e conteúdo, destacando-se as particularidades, no conjunto dos POOC.

Por fim, na sequência da anterior análise, mostrou-se útil detalhar os temas - Classes de Espaço,

Plantas Síntese (zonas de fronteira) e Planos de Praia – não só pela diversidade que

apresentaram facilitando, como por constituírem uma importante base de trabalho para uma

futura uniformização destes conteúdos.