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FACULDADE TECSOMA CURSO DE ADMINISTRAÇÃO A IMPORTÂNCIA DA ADMINISTRAÇÃO DOS RECURSOS MATERIAIS: Um Estudo de Caso na Panificadora Rei do Pão Victor Gonçalves de Sousa Paracatu - MG 2011

A IMPORTÂNCIA DA ADMINISTRAÇÃO DOS RECURSOS MATERIAIS - Avitor.pdf · Sousa, Victor Gonçalves de. A Importância da Administração dos Recursos Materiais: Um Estudo de Caso na

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FACULDADE TECSOMA CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

A IMPORTÂNCIA DA ADMINISTRAÇÃO DOS RECURSOS MATERIAIS:

Um Estudo de Caso na Panificadora Rei do Pão

Victor Gonçalves de Sousa

Paracatu - MG 2011

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Victor Gonçalves de Sousa

A IMPORTÂNCIA DA ADMINISTRAÇÃO DOS RECURSOS MATERIAIS:

Um Estudo de Caso na Panificadora Rei do Pão

Monografia apresentada a disciplina Metodologia do Estágio Supervisionado II, ministrada pelo Professor Geraldo Benedito Batista de Oliveira, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Administração.

Orientador: Carlos Alberto Kraemer

Paracatu - MG 2011

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Sousa, Victor Gonçalves de.

A Importância da Administração dos Recursos Materiais: Um Estudo de Caso na Panificadora Rei do Pão - Paracatu-MG./ Victor Gonçalves de Sousa. Paracatu, 2011.

79f.

Orientador: Carlos Alberto Kraemer

Monografia (Bacharelado) - Faculdade Tecsoma - FATEC, Paracatu- Minas Gerais, Bacharelado em Administração.

1. Recursos Materiais 2. Estoque 3. Logística 4. Gestão de Compras. I. Sousa, Victor Gonçalves de. II. Faculdade Tecsoma de Paracatu - MG. III. Título.

CDU: 658.2

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Victor Gonçalves de Sousa

A IMPORTÂNCIA DA ADMINISTRAÇÃO DOS RECURSOS MATERIAIS: Um

Estudo de Caso na Panificadora Rei do Pão.

Monografia aprovada pela Banca Examinadora como requisito final para obtenção do título de Bacharel em Administração pela Faculdade Tecsoma.

______________________________________________________ Fernando Antônio Antunes

Coordenador do Curso de Administração

______________________________________________________

Carlos Alberto Kraemer Coordenador e Orientador do Estágio

______________________________________________________ Geraldo Benedito Batista de Oliveira

Orientador Metodológico

____________________________________________________________________ Guilherme de Paula Bartels

Professor Convidado

Paracatu, 10 de Junho de 2011

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Aos meus pais, Pelo incentivo, amor e compreensão.

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AGRADECIMENTOS

Ao meu Deus, primordial nesta conquista. Aos meus pais pelos seus grandes

incentivos, amor, compreensão e dedicação. Aos familiares e amigos pelo apoio.

Aos colegas e professores, pela amizade e conhecimentos compartilhados. Ao meu

grupo de trabalho: Alan, Aloísio, Cláudia, Karla e Rose. Vocês são muito especiais. Obrigado

pelo apoio, incentivo e encorajamento nos momentos mais difíceis.

A todos que, de alguma forma contribuíram para esta construção.

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“Ser competente é acertar um alvo que ninguém acertou, ser administrador é acertar um alvo que ninguém viu”.

Erlandson F. A. Andrade

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RESUMO

O presente trabalho trata-se de um estudo de caso realizado na Panificadora Rei do Pão, onde

é abordada a importância da administração dos recursos materiais para as empresas e as

conseqüências que uma administração ineficiente nesse setor pode trazer para as

organizações. A administração dos recursos materiais necessita de constantes análises e

atenção por parte dos gestores, pois trata-se de um setor de extrema importância para a

organização, que envolve custos e o fornecimento dos materiais necessários que garantam o

processo produtivo dentro da empresa. É de extrema importância para a organização dispor de

profissionais capacitados que atuem neste setor, tendo em vista as peculiaridades envolvidas

nessa área da empresa e a garantia do contínuo abastecimento de materiais dentro da

organização de modo a evitar rupturas no processo produtivo e não trazer custos

desnecessários para a organização. Os profissionais dessa área devem voltar as atenções para

a realização de um eficiente controle de estoque e coordenar as compras realizadas pela

empresa, de modo que atendam às necessidades da organização. O estudo realizado abordou,

em sua parte teórica, métodos de administração dos recursos materiais e ferramentas de

controle de estoque, através de uma pesquisa bibliográfica com a citação de vários autores.

Posteriormente é apresentado o estudo de caso, com a análise dos dados coletados na empresa

e as sugestões para um melhor gerenciamento dos recursos materiais da empresa,

principalmente no que diz respeito ao controle de estoque e à gestão de compras.

Palavras-chave: Recursos Materiais. Estoque. Logística. Gestão de Compras.

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ABSTRACT

The present work it is a case study conducted at King's Bread Bakery, which is discussed the

importance of management of material resources for businesses and the consequences of an

inefficient administration in this sector can bring to organizations. The administration of

material resources requires constant analysis and attention from managers, as this is an area of

extreme importance to the organization, which involves costs and supply of materials

necessary to ensure the production process within the company. It is of utmost importance to

the organization have trained professionals who work in this sector, bearing in mind the

peculiarities involved in this area of the company and ensuring continuous supply of materials

within the organization to avoid disruptions in production processes and not to bring

unnecessary costs to the organization. The professionals in this area should turn its attention

to the achievement of an efficient inventory control and coordinate the purchases made by the

company in order to meet the needs of the organization. The study has addressed in its

theoretical part, methods of administration of material resources and tools for inventory

control, through a literature review with citations from various authors. Subsequently we

present the case study, the analysis of data collected in the company and suggestions for

improved management of material resources of the company, especially with regard to stock

control and purchasing management.

Key Words: Material Resources. Stock. Logistics. Purchasing Management.

.

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 Organograma da Empresa......................................................................................17

FIGURA 2 Gráfico de Custos em Função do Lote Econômico................................................45

FIGURA 3 Gráfico Dente de Serra...........................................................................................48

FIGURA 4 Modelo de uma Curva ABC...................................................................................49

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1 Cronograma de Atividades....................................................................................19

TABELA 2 Recursos Materiais................................................................................................20

TABELA 3 Recursos Financeiros.............................................................................................20

TABELA 4 Capacidade Produtiva............................................................................................62

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LISTA DE QUADROS

QUADRO 1 Relação dos Fornecedores....................................................................................63

QUADRO 2 Classificação ABC dos Itens para Revenda.........................................................65

QUADRO 3 Classificação ABC do Estoque de Insumos.........................................................66

QUADRO 4 Classificação ABC Total dos Itens......................................................................68

QUADRO 5 Relação dos Estoques de Insumos.......................................................................69

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LISTA DE ABREVIATURAS

p. – Página

Unid. – Unidade

Unit. – Unitário

Acum. – Acumulada

orgs. – Organizadores

ed. - edição

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LISTA DE SIGLAS

CNPJ – Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica

LE – Lote Econômico

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SUMÁRIO

1 PROJETO MONOGRÁFICO............................................................................................15 1.1 Título..................................................................................................................................15 1.2 Tema...................................................................................................................................15 1.3 Dados da Empresa............................................................................................................15 1.3.1 Razão Social.................................................................................................................15 1.3.2 Nome Fantasia.............................................................................................................15 1.3.3 Endereço.......................................................................................................................16 1.3.4 CNPJ.............................................................................................................................16 1.3.5 Inscrição Estadual.......................................................................................................16 1.3.6 Quadro Societário........................................................................................................16 1.3.7 Capital Social...............................................................................................................16 1.3.8 Organograma...............................................................................................................17 1.4 Objetivos............................................................................................................................17 1.4.1 Objetivo Geral...............................................................................................................17 1.4.2 Objetivos Específicos....................................................................................................17 1.5 Problematização................................................................................................................18 1.5.1 Hipóteses..........................................................................................................................18 1.6 Justificativa........................................................................................................................18 1.7 Resultados Esperados.......................................................................................................19 1.8 Metodologia.......................................................................................................................19 1.9 Cronograma de Atividades..............................................................................................19 1.10 Recursos.......................................................................................................................20 1.10.1 Recursos Humanos......................................................................................................20 1.10.2 Recursos Materiais.......................................................................................................20 1.10.3 Recursos Financeiros...................................................................................................20

2 INTRODUÇÃO....................................................................................................................21

3 EMPRESAS FAMILIARES...............................................................................................22 3.1 Categorias de Empresas Familiares................................................................................22 3.2 Características das Empresas Familiares.......................................................................23 3.2.1 Comprometimento e Empenho dos Gestores.................................................................24 3.2.2 Características de Valores...............................................................................................24 3.2.3 Vantagens das Empresas Familiares.............................................................................25 3.3 Forças e Fraquezas das Empresas Familiares................................................................26

4 A IMPORTÂNCIA DA ADMINISTRAÇÃO DOS RECURSOS MATERIAIS...........29 4.1 Histórico da Administração dos Recursos Materiais.....................................................29 4.2 Recursos Materiais............................................................................................................30 4.3 Fatores de Produção.........................................................................................................31 4.3.1 Fator Natureza................................................................................................................32 4.3.2 Fator Capital...................................................................................................................32 4.3.3 Fator Trabalho................................................................................................................32 4.3.4 Fator Empresa.................................................................................................................33 4.4 Gestão de Compras...........................................................................................................33

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5 ESTOQUES..........................................................................................................................36 5.1 Tipos de Estoque...............................................................................................................38 5.2 Custos dos Estoques..........................................................................................................39 5.3 Parâmetros de Ressuprimento de Materiais..................................................................40 5.4 Ponto de Pedido.................................................................................................................42 5.5 Estoque de Segurança.......................................................................................................42 5.6 Giro de Estoque.................................................................................................................43 5.7 Estoque Médio...................................................................................................................44 5.8 Lote Econômico de Compra.............................................................................................44 5.8.1 Restrições do Lote Econômico........................................................................................46 5.9 Just in Time........................................................................................................................46 5.10 Gráficos de Estoque........................................................................................................47 5.11 Curva ABC......................................................................................................................48

6 A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA NA ADMINISTRAÇÃO DOS RECURSOS MATERIAIS............................................................................................................................51 6.1 Histórico da Logística.......................................................................................................51 6.2 Logística como Vantagem Competitiva..........................................................................54 6.3 Atividades Primárias e de Apoio.....................................................................................55 6.3.1 Atividades Primárias.......................................................................................................55 6.3.2 Atividades de Apoio.........................................................................................................56 6.4 Lead Times.........................................................................................................................57 6.4.1 Tipos de Lead Time.........................................................................................................58

7 ESTUDO DE CASO.............................................................................................................60 7.1 Histórico da Organização.................................................................................................60 7.2 Natureza do Negócio.........................................................................................................60 7.3 Porte das Instalações.........................................................................................................61 7.4 Principais Clientes.............................................................................................................61 7.5 Principais Equipamentos e Tecnologias Utilizadas........................................................62 7.5.1 Capacidade Produtiva dos Equipamentos......................................................................62 7.6 Principais Fornecedores...................................................................................................63 7.7 Problematização................................................................................................................64 7.7.1 Estoques de Itens para Revenda.....................................................................................65 7.7.2 Estoques de Insumos.......................................................................................................66

8 PROPOSTA DE MELHORIA............................................................................................69 8.1 Giro de Estoque.................................................................................................................71 8.2 Estoque de Segurança.......................................................................................................72 8.3 Lead Time...........................................................................................................................72

9 CONCLUSÃO......................................................................................................................74

REFERÊNCIAS......................................................................................................................76

APÊNDICE A – LAYOUT DA EMPRESA.........................................................................79

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1. PROJETO MONOGRÁFICO

1.1 Título

A Importância da Administração dos Recursos Materiais: Um Estudo de Caso na

Panificadora Rei do Pão.

1.2 Tema

Administração de Recursos Materiais.

1.3 Dados da Empresa

1.3.1 Razão Social

Panificadora Rei do Pão Ltda.

1.3.2 Nome Fantasia

Panificadora Rei do Pão.

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1.3.3 Endereço

Rua Antônio Joaquim Moura Pimentel, Nº 207, Bairro JK, Paracatu/MG.

1.3.4 CNPJ

12.295.368/0001-03

1.3.5 Inscrição Estadual

00163626.000-10

1.3.6 Quadro Societário

Marina Gonçalves Santos;

Renata Gonçalves Santos;

Regina Gonçalves Santos.

1.3.7 Capital Social

R$ 60.000,00 (Sessenta Mil Reais).

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1.3.8 Organograma

Figura 01: Organograma da Empresa

Fonte: Elaborado pelo Autor

1.4 Objetivos

1.4.1 Objetivo Geral

Propor métodos de administração dos recursos materiais tendo em vista evitar rupturas

no processo produtivo na Panificadora Rei do Pão.

1.4.2 Objetivos Específicos

- Verificar quais os métodos de administração dos recursos materiais utilizados pela

empresa;

- Propor à empresa a utilização de métodos eficientes na administração dos seus

recursos materiais;

- Abordar os benefícios que a empresa terá com um maior controle de estoque.

GERENTE ADMINISTRATIVO

COORDENADORA COMERCIAL

COORDENADORA DE PRODUÇÃO

PADEIRO 1 PADEIRO 2

SERVIÇOS GERAIS

VENDEDORA

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1.5 Problematização

A falta de profissionais capacitados para administrar os recursos materiais e

desconhecimento de métodos de controle de estoque, ocasionando rupturas no processo

produtivo.

1.5.1 Hipóteses

- Necessidade de capacitação dos gestores;

- Implantação de ferramentas de gestão de estoque;

- Melhor Gerenciamento do setor de compras.

1.6 Justificativa

Atualmente as empresas visam uma maior qualidade nos seus produtos e serviços e,

portanto, torna-se imprescindível uma eficiente administração dos recursos materiais tendo

em vista garantir o processo produtivo na empresa, oferecendo produtos nos prazos

estabelecidos aos clientes e garantindo à empresa uma vantagem competitiva frente aos seus

concorrentes.

Segundo Martins e Alt (2006, p. 04): “administrar recursos escassos tem sido a

preocupação dos gerentes, engenheiros, administradores e praticamente todas as pessoas

direta ou indiretamente ligadas às atividades produtivas, tanto na produção de bens tangíveis

quanto na prestação de serviços”.

Portanto cabe às empresas a adoção de técnicas eficientes de administração dos seus

recursos materiais visando a excelência na qualidade dos produtos e serviços oferecidos aos

clientes.

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1.7 Resultados Esperados

Espera-se que a organização perceba a importância da administração dos recursos

materiais para a empresa e a partir dessa percepção, adote os métodos propostos neste

trabalho, tendo em vista um maior controle dos recursos materiais e uma maior rapidez e

agilidade no atendimento às necessidades dos clientes.

1.8 Metodologia

A metodologia do estudo será através de pesquisas bibliográfica e exploratória

centrada em estudo de caso, buscando contribuições teóricas de vários autores reconhecidos e

eleitos, que realizaram estudos sobre administração dos recursos materiais nas organizações.

A pesquisa bibliográfica e exploratória será embasada em livros, artigos e sites da internet.

O estudo de caso será realizado por meio da observação e vivência na empresa com o

objetivo de identificar os principais problemas da empresa no setor em questão.

Posteriormente será proposto à empresa métodos de administração dos recursos

materiais de acordo com a pesquisa bibliográfica realizada na busca de soluções dos

principais problemas identificados na empresa.

1.9 Cronograma de Atividades

Descrição Meses

Ano de 2011 Fev Mar Abr Mai Jun

Pesquisa Bibliográfica X

Leitura X X

Coleta e Análise de Dados X X

Metodologia X

Desenvolvimento do Trabalho X X X

Revisão Gramatical e Ortográfica X

Revisão Geral X

Entrega do Trabalho X

Apresentação X

Tabela 01: Cronograma de Atividades Fonte: Elaborada pelo Autor

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1.10 Recursos

1.10.1 Recursos Humanos

• Orientadora na Empresa: Marina Gonçalves Santos

• Professor Orientador: Carlos Alberto Kraemer

• Acadêmico: Victor Gonçalves de Sousa

• Colaboradores da Panificadora Rei do Pão

1.10.2 Recursos Materiais

Material Quantidade Valor Unitário Valor Total

Caneta Esferográfica 01 R$ 1,00 R$ 1,00

Resma de Papel A4 01 R$ 3,80 R$ 3,80

Pasta 01 R$ 4,50 R$ 4,50

Total 03 - R$ 9,30

Tabela 02: Recursos Materiais Fonte: Elaborada pelo Autor

1.10.3 Recursos Financeiros

Recursos Quantidade Valor Unitário Valor Total

Recarga de Cartucho para Impressora 01 R$ 10,00 R$ 10,00

Combustível 01 R$ 50,00 R$ 50,00

Internet 01 R$ 90,00 R$ 90,00

Total 03 - R$ 150,00

Tabela 03: Recursos Financeiros Fonte: Elaborada pelo Autor

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2. INTRODUÇÃO

Atualmente as empresas visam uma maior qualidade nos seus produtos e serviços e,

portanto, torna-se imprescindível uma eficiente administração dos recursos materiais tendo

em vista garantir o processo produtivo na empresa, oferecendo produtos nos prazos

estabelecidos aos clientes e garantindo à empresa vantagem competitiva frente aos seus

concorrentes.

A administração dos Recursos Materiais tem a finalidade de assegurar o contínuo

abastecimento dos materiais necessários ao funcionamento da empresa, principalmente no que

diz respeito ao processo produtivo.

Os recursos materiais estão presentes em todo tipo de empresa, seja na produção de

bens, quanto na prestação de serviços, sendo que a administração de tais recursos necessita de

constantes análises e atenção por parte dos gestores, pois trata-se de um setor de extrema

importância para a organização, que envolve custos e o fornecimento dos materiais

necessários que garantam o processo produtivo dentro da empresa.

Uma correta administração dos recursos materiais em uma empresa pode resultar na

redução de custos e na melhoria do processo produtivo da organização, principalmente no que

diz respeito a um eficiente controle de estoque. Dessa forma, é imprescindível que as

empresas adotem métodos eficientes de controle de estoque, visando garantir o processo

produtivo e, conseqüentemente, a satisfação das necessidades dos seus clientes.

Este trabalho trata-se de um estudo de caso realizado em uma microempresa familiar,

onde será abordada a importância da administração dos recursos materiais e os problemas

relacionados com o desconhecimento de técnicas de administração de tais recursos.

Primeiramente será abordada a questão das empresas familiares, suas categorias e

principais características. Em seguida será abordada a importância da administração dos

recursos materiais para as empresas, bem como a gestão de compras. Posteriormente o

trabalho abordará as questões relacionadas ao estoque, as principais ferramentas utilizadas no

seu gerenciamento e a importância da logística na administração dos recursos materiais. Por

fim o trabalho apresenta o estudo de caso realizado, onde serão analisados os dados coletados

na empresa e as propostas de melhorias sugeridas à organização.

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3. EMPRESAS FAMILIARES

Empresas familiares referem-se àquelas empresas cuja gestão é exercida por

integrantes de uma ou mais famílias.

De acordo com Albi, citado por Consoli e Martinelli (2010, p. 02)

Empresa familiar pode ser definida como uma unidade econômica de produção formada por um conjunto de fatores produtivos, cuja função é a criação de riquezas mediante a produção de bens e serviços, sob a direção, responsabilidade e controle do empresário que a criou, assumindo a propriedade da mesma, em seu nome ou em representação de um consenso familiar.

Silva (2006, p. 117) define como familiar “a empresa que tem como principais

acionistas uma ou mais famílias que detêm o comando da gestão, sendo que a empresa

familiar é caracterizada por trazer em sua cultura os elementos que envolvem as relações

familiares”.

Por outro lado, Donnelley, citado por Consoli e Martinelli (2010, p. 02) define a

empresa familiar como “aquela que se identifica com uma família há pelo menos duas

gerações e quando essa ligação resulta numa influência recíproca na política geral da firma e

nos interesses e objetivos da família”.

Atualmente, muitas empresas familiares enfrentam problemas relacionados à gestão,

pois grande parte dessas empresas são administradas pelos próprios membros da família, os

quais, muitas vezes não têm a capacitação necessária para gerir tais empresas.

Portanto cabe aos proprietários de empresas familiares a busca de profissionais

capacitados para a gestão de tais empresas ou a capacitação dos membros da família

responsáveis pela administração da empresa.

3.1 Categorias de Empresas Familiares

De acordo com Guimarães Filho (2004, p. 115) existem, pelo menos, quatro grandes

categorias de empresas familiares dentre as quais destaca:

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a) empresa individual: classificam-se nesta categoria empresas formadas por um

indivíduo que inicia um pequeno negócio;

b) empresa artesanal: são aquelas empresas que exploram um pequeno patrimônio

agrícola ou um negócio artesanal transmitido, em regra, de pai para filho;

c) empresa de capital familiar: quando a totalidade ou uma parte importante do

capital está nas mãos de uma família, mas cuja direção é entregue a gestores com

base na sua competência técnica;

d) empresa familiar: refere-se às organizações em que o capital ou o controle da

empresa está nas mãos de uma família.

Guimarães Filho (2004, p. 115) também classifica as empresas familiares nas

seguintes categorias:

a) empresa unifamiliar: quando a empresa origina-se de apenas uma família, na figura

do fundador, que se confunde muitas vezes com a figura do patriarca ou ainda do

dono do empreendimento;

b) empresa multifamiliar: quando o empreendimento nasce a partir de um grupo de

pessoas, podendo ser amigos, colegas ou investidores, sem o vínculo de família

entre si, mas que deixa para os seus herdeiros um vínculo afetivo e societário, mas

que não é transferível para a próxima geração.

3.2 Características das Empresas Familiares

As empresas familiares apresentam algumas características que as distingue das

demais empresas.

De acordo com Consoli e Martinelli (2010, p. 02) “as empresas familiares, em função

de, na maioria das vezes compartilharem os valores da família com os valores do negócio,

apresentam algumas características comuns”.

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3.2.1 Comprometimento e Empenho dos Gestores

Uma característica importante nas empresas familiares é a questão do

comprometimento e empenho dos gestores pela busca de melhores resultados, pois o sucesso

da empresa beneficiará todos os membros da família envolvidos na empresa. Portanto, essa

característica pode ser considerada uma vantagem em relação às outras empresas.

De acordo com Silva (2006, p. 118)

A empresa familiar tem características que podem torná-la mais forte que as outras. O empenho de um executivo que não é apenas um profissional, mas um futuro dono, que pretende que seus filhos um dia venham a herdar ações da empresa, pode ser muito maior do que numa empresa de controle pulverizado.

Portanto, cabe às empresas familiares utilizarem essa vantagem para a sobrevivência

da empresa e uma ocupação cada vez maior no mercado.

3.2.2 Características de Valores

De acordo com Allred, citado por Consoli e Martinelli (2010, p. 03) as empresas

familiares de sucesso em seu negócio têm no mínimo quatro características de valores em

comum:

a) amor e respeito mútuo que geram uma vontade de sacrificar desejos pessoais para

o benefício de outros membros da família;

b) uma dedicação para maximizar o potencial de membros familiares individuais;

c) um entendimento de que integridade e família são mais importantes do que

dinheiro;

d) um desejo de criar um legado de valor para ser passado para a próxima geração

familiar.

Analisando essas características, conclui-se que para que empresas familiares tenham

sucesso em seus negócios é necessário a valorização da família e a percepção por parte dos

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proprietários de que a empresa será propriedade de gerações futuras da família. Portanto é

necessário o comprometimento e empenho dos proprietários para que empresa obtenha

sucesso e seja um referencial em sua área de atuação.

3.2.3 Vantagens das Empresas Familiares

De acordo com Davis, citado por Consoli e Martinelli (2010, p. 03) para desenvolver

seu pleno potencial, os negócios de família devem desenvolver algumas vantagens:

a) preservar o clima do local de trabalho: uma empresa familiar pode demonstrar

facilmente níveis mais elevados de preocupação e interesse pelos indivíduos do

que aqueles encontrados em uma corporação típica;

b) enfocar o longo prazo: uma empresa familiar pode deter-se na visão de longo

prazo com mais facilidade que os gerentes corporativos que estão sendo julgados

pelos resultados anuais;

c) enfatizar a qualidade: as empresas familiares há muito mantém a tradição de

oferecer qualidade e valor ao consumidor.

Essas vantagens são essenciais para as empresas familiares, pois diferenciam a

empresa em relação às demais e fazem com que a empresa ofereça produtos ou serviços de

qualidade aos seus clientes, garantindo a continuidade da empresa ao longo do tempo.

De acordo com Silva (2006, p. 118) “a expectativa que se tem é de que nos próximos

anos aumente o tempo de vida das empresas familiares, pois os administradores da família

que estão no comando se preparam para enfrentar períodos de transição e implantam modelos

mais modernos de governança”.

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3.3 Forças e Fraquezas das empresas familiares

As forças são os pontos fortes que as empresas possuem e que devem ser ressaltadas

para garantir o sucesso da organização. Já as fraquezas referem-se aos pontos fracos da

empresa, os quais devem ser monitorados e corrigidos.

De acordo com Donnelley, citado por Consoli e Martinelli (2010, p. 04) os principais

pontos fortes das empresas familiares são:

a) sacrifício pessoal: muitas empresas familiares cresceram com base na tradição de

dividendos mínimos e sacrifícios pessoais, principalmente em períodos difíceis,

que sem estes recursos, levaria ao término das atividades;

b) reputação valiosa: a reputação de uma família pode exercer uma influência

benéfica nas relações com a comunidade e evidente nas operações da companhia;

c) lealdade dos funcionários: Por poderem estar em contato direto com os

proprietários e possuir uma comunicação mais aberta, a lealdade e

comprometimento dos funcionários é facilitada na empresa familiar,

principalmente se for desenvolvido um relacionamento amigável e participativo;

d) união entre dirigentes a acionistas: como geralmente fazem parte de uma mesma

família, os acionistas têm interesse de manter a empresa em atividade, mesmo em

situações de crises e perdas. Além disso, essa união facilita a comunicação, a

distribuição de informações, e, portanto a tomada de decisões;

e) sensibilidade social: a família cria um certo tipo de raízes com o meio social e

político que a cerca, tendo certa influência e, é por ele alimentado de informações.

Assim, contribuindo para o fortalecimento da empresa a longo prazo;

f) continuidade: a característica familiar geralmente cria o forte sentimento de

continuidade dos negócios para outras gerações. Os fundadores tendem a

apresentar vantagens como dedicação, experiência, acesso incomum à direção

geral e imunidade a pressões orgânicas para possibilitar o desenvolvimento e

fomentar a sucessão. A geração anterior, se comprometida, tende a se desempenhar

melhor e trabalhar duro para o sucesso do negócio.

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As forças devem ser utilizadas pelas empresas visando uma maior qualidade dentro da

organização, seja na produção de bens, quanto na prestação de serviços. Além disso, as forças

melhoram a imagem da empresa frente aos seus clientes e podem ser consideradas vantagens

competitivas frente aos concorrentes.

Em relação aos pontos fracos, Donnelley, citado por Consoli e Martinelli (2010, p.

03), comenta as seguintes fraquezas das empresas familiares:

a) conflitos de interesse: em geral, os conflitos entre membros da família podem

causar a descapitalização da empresa, caso haja interesses financeiros divergentes;

falta de disciplina e utilização ineficiente de gerentes não familiares; sigilo

financeiro mal dirigido; excesso de personalização dos problemas administrativos

e conflitos dentro da família;

b) falta de disciplina quanto ao uso dos recursos: outro problema observado em

empresas familiares é a falta de disciplina relativamente aos lucros. Familiares

podem querer grandes quantias de recursos sem se preocupar se a empresa os tem

disponíveis ou não;

c) marketing imóvel: a preocupação exagerada com interesses da família pode

impedir que uma empresa aproveite o aparecimento de novos mercados ou boas

oportunidades de desenvolvimento. Além disso, elas tendem a ser míopes ao

pensarem que seu produto/serviço é superior, o que pode trazer surpresas

desagradáveis para a empresa, caso um concorrente atenda melhor a satisfação de

seus clientes;

d) promoção de parentes: promoção e valorização por favoritismo e não por

competência e profissionalismo anteriormente comprovados, ou por critérios

subjetivos de avaliação de desempenho administrativo. O grande problema da

promoção de parentes é que eles poderão desempenhar de uma maneira ineficaz

suas atividades ou a empresa terá que colocar um outro funcionário para completar

seus serviços;

e) falta de controles formais: devido à falta ou precariedade de sistemas de

planejamento financeiro, apuração de resultados e outros procedimentos contábeis

e de orçamento, os números obtidos e analisados pelos administradores podem não

estar lhes fornecendo informações precisas. Além disso, a falta de estruturação

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formal, principalmente em empresas novas, pode enfraquecer e dispersar as

informações.

Esses pontos fracos devem ser alvos de constante análise por parte dos gestores de

empresas familiares, tendo em vista diagnosticar o problema o mais cedo possível e tomar

medidas para minimizar seus efeitos de forma que não traga prejuízos para a organização.

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4. A IMPORTÂNCIA DA ADMINISTRAÇÃO DOS RECURSOS MATERIAIS

A meta de toda empresa é maximizar o lucro, oferecendo produtos ou serviços de

qualidade aos seus clientes e garantir vantagem competitiva frente aos seus concorrentes.

Atualmente as empresas têm enfrentado um grande problema que é a administração

dos seus recursos materiais. A falta de profissionais qualificados, principalmente em pequenas

empresas, para administrar tais recursos tem agravado o problema, fazendo com que as

empresas tenham perdas nesse setor.

Segundo Martins e Alt (2006, p. 115) “recursos materiais são os itens ou componentes

que uma empresa utiliza nas suas operações do dia-a-dia, na elaboração do seu produto final

ou na execução do seu objeto social”.

Os recursos materiais estão presentes em todo tipo de empresa, seja na produção de

bens, quanto na prestação de serviços. A administração de tais recursos necessita de

constantes análises e atenção por parte dos gestores, pois trata-se de um setor de extrema

importância para a organização, que envolve custos e o fornecimento dos materiais

necessários que garantam o processo produtivo dentro da empresa.

4.1 Histórico da Administração dos Recursos Materiais

A administração de Recursos Materiais não é um conceito novo, pois ele tem sido

aplicado há muito tempo pelo homem, até mesmo antes da existência das empresas.

De acordo com a Faculdade de Ciências Administrativas e Contábeis de Lins (2005, p.

04) “a atividade material existe desde a mais remota época, através das trocas de caças e de

utensílios até chegarmos aos dias de hoje, passando pela Revolução Industrial. Produzir,

estocar, trocar objetos e mercadorias é algo tão antigo quanto a existência do ser humano”.

A partir da Revolução Industrial, que ocorreu entre os séculos XVIII e XIX, houve

uma sofisticação na comercialização dos produtos, sendo que os conceitos de compras e

estoque passaram a ter uma maior relevância a partir desse período. As máquinas começaram

a substituir os trabalhos artesanais e houve uma grande mudança nos processos de produção

até então utilizados pelas empresas. Com o surgimento de novas tecnologias, as organizações

tiveram condições de modernizar toda a sua estrutura, fazendo com que os processos

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produtivos ficassem cada vez mais rápidos e eficientes, resultando em produtos com maior

qualidade em menor quantidade de tempo. A partir desse período, novas empresas foram

surgindo e com isso aumentaram as exigências dos consumidores e um aumento do mercado

concorrente, onde as organizações passaram a disputar espaço no mercado. Com isso as

organizações necessitavam cada vez mais de pessoas capacitadas para a sua gestão. Foi nesse

contexto que a Administração de Materiais ganhou um novo impulso e hoje é considerada

como uma das ciências mais importantes para o alcance dos objetivos organizacionais.

Segundo a Faculdade de Ciências Administrativas e Contábeis de Lins (2005, p. 04)

Um dos fatores mais marcantes e que comprovam a necessidade de que materiais devem ser administrados cientificamente foi, sem dúvida, as duas grandes Guerras Mundiais, isso sem contar com outros desejos de conquistas como, principalmente, o empreendimento de Napoleão Bonaparte.

A partir desses eventos, pode-se concluir que o suprimento de materiais foi

extremamente importante para o sucesso ou fracasso dos empreendimentos. Em ambos os

casos, os suprimentos relacionados com munições, equipamentos, armas, combustíveis, entre

outros, foram decisivos para o alcance dos objetivos almejados.

Através da análise do contexto histórico da administração dos Recursos Materiais,

conclui-se que essa ciência é de extrema importância para todo tipo de organização e que é

necessário profissionais capacitados para administrar tais recursos.

Portanto, cabe às organizações voltar um pouco mais suas atenções para a

administração de seus recursos materiais, através da utilização de métodos eficientes de

gestão e no constante treinamento e capacitação dos colaboradores envolvidos no setor.

4.2 Recursos Materiais

Segundo Martins e Alt (2006, p. 05) “recurso é tudo aquilo que gera ou tem a

capacidade de gerar riqueza, no sentido econômico do termo”.

Dessa forma, toda empresa necessita dos recursos Materiais, Patrimoniais,

Financeiros, Humanos e Tecnológicos, sendo que esses recursos precisam estar à disposição

da empresa para garantir o seu funcionamento e uma correta administração por parte dos seus

gestores.

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A administração dos Recursos Materiais tem a finalidade de assegurar o contínuo

abastecimento dos materiais necessários ao funcionamento da empresa, principalmente no que

diz respeito ao processo produtivo.

De acordo com Dias (1993, p. 12) “a administração de materiais compreende o

agrupamento de materiais de várias origens e a coordenação dessa atividade com a demanda

de produtos ou serviços da empresa”.

Dessa forma, uma correta administração dos recursos materiais da organização faz

com que haja uma otimização dos processos, pois mantém um nível de estoque conforme as

necessidades da empresa e evita rupturas no processo produtivo.

Segundo Martins e Alt (2006, p. 04)

A administração dos recursos materiais engloba a seqüência de operações que tem seu início na identificação do fornecedor, na compra do bem, em seu recebimento, transporte interno e acondicionamento, em seu transporte durante o processo produtivo, em sua armazenagem como produto acabado e, finalmente, em sua distribuição ao consumidor final.

A administração dos recursos materiais pode resultar na redução de custos e na

melhoria do processo produtivo em uma organização, principalmente no que diz respeito a um

eficiente controle de estoque. É imprescindível que as empresas adotem métodos eficientes de

controle de estoque, visando garantir o processo produtivo e, conseqüentemente, a satisfação

das necessidades dos seus clientes.

4.3 Fatores de Produção

Todo processo produtivo dentro de uma empresa depende da existência de três fatores

de produção que são a natureza, o capital e o trabalho, sendo que esses fatores são integrados

pelo fator denominado empresa.

De acordo com Martins e Alt (2006, p. 05) “os clássicos fatores de produção – capital,

terra (ou natureza) e trabalho – são recursos e, como tal, devem ser administrados”.

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4.3.1 Fator Natureza

O fator natureza fornece os insumos necessários ao processo produtivo, como os

materiais, as matérias-primas, entre outros.

De acordo com Martins e Alt (2006, p. 05) “o fator terra, ou natureza, indica não só as

terras cultiváveis e urbanas, mas também os recursos naturais”.

4.3.2 Fator Capital

O fator capital fornece os recursos financeiros necessários para o pagamento de

funcionários, aquisição de insumos e de outros recursos.

De acordo com Martins e Alt (2006, p. 05) “o capital, sob a forma de numerário, é o

recurso mais facilmente reconhecido, por sua característica de liquidez, que faz com que ele

possa ser utilizado inclusive na aquisição de outros recursos”.

4.3.3 Fator Trabalho

O fator trabalho refere-se a mão-de-obra necessária ao processo produtivo,

responsável em transformar os insumos em produtos acabados ou serviços.

De acordo com Martins e Alt (2006, p. 05) “o fator trabalho refere-se às faculdades

físicas e intelectuais dos seres humanos que intervêm no processo produtivo”.

Dessa forma, o fator trabalho pode envolver tanto as operações manuais ou as

operações que dependem do uso de máquinas, equipamentos e ferramentas.

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4.3.4 Fator Empresa

O fator empresa é o responsável pela integração dos outros fatores (natureza, capital e

trabalho) e faz com que, através dessa integração, a empresa alcance resultados, muitas vezes

maiores que o esperado.

De acordo com Martins e Alt (2006, p. 05) “as pessoas que trabalham na empresa

também constituem recursos, pois com seu conhecimento geram novas idéias, que são

transformadas em novos produtos, novos métodos de trabalho, serviços cada vez mais

adequados ao uso dos consumidores”.

4.4 Gestão de Compras

As compras são operações realizadas pela área de Administração de Recursos

Materiais em uma empresa e desempenham um papel fundamental no processo produtivo da

organização. O setor de compras também pode ser chamado de suprimentos ou aquisições.

Segundo Dias (1993, p. 259)

A Função Compras é um segmento essencial do Departamento de Materiais ou suprimentos, que tem por finalidade suprir as necessidades de materiais ou serviços, planejá-las quantitativamente e satisfazê-las no momento certo com as quantidades corretas, verificar se recebeu efetivamente o que foi comprado e providenciar armazenamento. Compras é, portanto, uma operação da área de materiais, muito importante entre as que compõem o processo de suprimento.

Uma questão importante a ser analisada na gestão de compras é o relacionamento da

empresa com os fornecedores, daí a necessidade de profissionais dinâmicos e com habilidades

interpessoais. É importante também que as informações referentes aos fornecedores estejam

atualizadas, tendo em vista a aquisição dos materiais pelo menor custo e dentro dos prazos

que atendam às exigências e especificações da empresa.

De acordo com Martins e Alt (2006, p. 82): “Hoje a função compras é vista como

parte do processo de logística das empresas, ou seja, como parte integrante da cadeia de

suprimentos”.

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A seção de compras da empresa deve sempre buscar informações em relação à

previsão das necessidades de suprimentos, pois essas informações fornecerão os meios

eficientes para que o comprador possa executar o seu trabalho conforme as necessidades da

empresa.

Dias (1993, p. 259) relaciona os seguintes objetivos básicos de uma seção de compras:

a) obter um fluxo contínuo de suprimentos a fim de atender aos programas de

produção;

b) coordenar esse fluxo de maneira que seja aplicado um mínimo de investimento que

afete a operacionalidade da empresa;

c) comprar materiais e insumos aos menores preços, obedecendo padrões de

quantidade e qualidade definidos;

d) procurar sempre dentro de uma negociação justa e honesta as melhores condições

para a empresa, principalmente em condições de pagamento.

A seção de compras da empresa deve atentar para a verificação de prazos, preços,

qualidade e volume dos materiais de forma que atenda as especificações da organização,

sendo que a empresa deve utilizar a função de compras como um dos meios para a redução de

custos.

Nesse sentido, Dias (1993, p. 261) cita as seguintes atividades típicas da seção de

compras:

a) pesquisa dos fornecedores: a pesquisa dos fornecedores envolve estudo de

mercado; estudo dos materiais; análise dos custos; investigação das fontes de

fornecimento; inspeção das fábricas dos fornecedores; desenvolvimento de fontes

de fornecimento e desenvolvimento de fontes de materiais alternativos;

b) aquisição: conferência de requisições; análise das cotações; decidir comprar por

meios de contratos ou no mercado aberto; entrevistar vendedores; negociar

contratos; efetuar as encomendas de compras; acompanhar o recebimento de

materiais;

c) administração: manutenção de estoques mínimos; transferências de materiais;

evitar excessos e obsolescência de estoque; padronizar o que for possível;

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d) diversos: fazer estimativa de custo; dispor de materiais desnecessários, obsoletos

ou excedentes; cuidar das relações comerciais recíprocas.

Cabe também ao setor de compras a negociação de preços com os fornecedores. Por

isso, os profissionais desse setor devem ser dinâmicos e possuírem habilidades interpessoais

que farão com que a negociação com os fornecedores seja vantajosa para a empresa, com os

menores preços e prazos de entrega que atendam às exigências da empresa. Essa negociação é

de extrema importância para a organização, pois determinará o preço final dos produtos e,

conseqüentemente, a competitividade da empresa.

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5. ESTOQUES

Os estoques referem-se às mercadorias, produtos em processos, produtos acabados ou

outros elementos na posse da organização.

De acordo com Bertaglia (2009, p. 336) “a formação do estoque está relacionada ao

desequilíbrio existente entre a demanda e o fornecimento. Quando o ritmo de fornecimento é

maior que a demanda, o estoque aumenta; quando o ritmo da demanda supera o fornecimento,

o estoque diminui, podendo faltar material ou produto”.

Os estoques são utilizados pela empresa como uma forma imediata de atendimento ao

cliente, o qual espera que a empresa tenha sempre disponível o produto que ele deseja. Nas

empresas industriais, os estoques têm a função de proporcionar os materiais necessários ao

processo produtivo, sem que haja rupturas no processo.

Segundo Slack, Chambers e Johnston (2008, p. 381) “estoque é definido como a

acumulação armazenada de recursos materiais em um sistema de transformação. Algumas

vezes, estoque também é usado para descrever qualquer recurso armazenado”.

A administração de estoques está presente em todas as empresas, sendo que na maioria

das organizações é alvo de constante análise e controle por parte dos gestores.

De acordo com Martins e Alt (2006, p. 167) “hoje todas as empresas procuram, de

uma forma ou de outra, obter vantagem competitiva em relação a seus concorrentes, e a

oportunidade de atendê-los prontamente, no momento e na quantidade desejada, é facilitada

por meio da administração eficaz dos estoques”.

Muitas empresas conhecem as técnicas de gestão e controle de estoque, porém, na

prática, a maioria não utilizam tais técnicas.

Em algumas empresas, o controle de estoque é realizado através do conhecimento

empírico dos seus gestores e funcionários, sendo que não há a utilização de técnicas e

métodos científicos para se realizar tal controle. Esse fato pode ser observado principalmente

nas micro e pequenas empresas, especialmente em empresas tradicionais e familiares, onde há

grande resistência em relação às mudanças nos processos organizacionais. Nesses casos é

necessário quebrar essa resistência por parte dos gestores e funcionários e conscientizá-los da

importância da adoção de técnicas administrativas em relação ao controle de estoque, tendo

em vista uma melhor gestão dos recursos materiais, eliminação de custos desnecessários para

a organização e rupturas no processo produtivo.

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De acordo com Martins (2009) “a gestão de estoque é, basicamente, o ato de gerir

recursos ociosos possuidores de valor econômico e destinado ao suprimento das necessidades

futuras de material numa organização”.

O gerenciamento de estoques dentro de uma empresa deve ser feito por profissionais

capacitados, pois é uma área que requer muita atenção e cuidado. As empresas devem ter a

atenção votada para esse setor, pois o excesso de estoques representa custos operacionais para

a organização. Por outro lado, níveis baixos de estoques podem resultar em perdas e custos

elevados devido à falta de produtos. Os baixos níveis de estoque fazem com que a empresa

não consiga satisfazer às necessidades e desejos dos seus clientes. Isso pode ser considerado

um grande problema para a empresa, pois além de ter a imagem prejudicada frente aos seus

clientes, a empresa abre oportunidades para a concorrência, fazendo com que perca espaço no

mercado.

A empresa deve procurar a todo instante reduzir os seus custos, principalmente os

custos relacionados ao estoque, seja na sua aquisição, armazenagem ou manutenção.

Segundo Dias (1993, p. 23) “a administração de estoques deve minimizar o capital

total investido em estoques, pois ele é caro e aumenta continuamente, uma vez que o custo

financeiro aumenta.”

O correto gerenciamento do estoque é de extrema importância para a organização, pois

o nível de serviço de uma empresa pode ser determinado conforme a eficácia do estoque em

atender as necessidades dos clientes.

Segundo Martins e Alt (2006, p. 202) “o nível de serviço ou nível de atendimento é o

indicador de quão eficaz foi o estoque para atender às solicitações dos usuários. Assim,

quanto mais requisições forem atendidas, nas quantidades e especificações solicitadas, tanto

maior será o nível de serviço.”

O estoque é imprescindível para que uma empresa garanta o seu processo produtivo,

porém é necessário saber gerenciá-lo de forma que atenda às exigências da empresa conforme

as necessidades de seus clientes e não traga custos desnecessários para a organização.

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5.1 Tipos de Estoque

Em toda empresa, a velocidade em que as mercadorias são recebidas é diferente da

velocidade em que tais mercadorias serão utilizadas. É neste contexto que verifica-se a

necessidade de estoque, pois é necessário que a empresa tenha os produtos ou insumos em

estoque para a satisfação imediata das necessidades dos clientes e visando a continuidade do

processo produtivo dentro da empresa.

De acordo com Martins e Alt (2006, p. 169)

Quando a velocidade de entrada dos itens é maior que a de saída, ou quando o número de unidades recebidas é maior do que o número de unidades expedidas, o nível de estoque aumenta. Se, ao contrário, mais itens saem (são consumidos), do que entram, o estoque diminui. E se a quantidade que é recebida é igual à que é despachada, o estoque mantém-se constante.

Para as empresas, o ideal é que a velocidade de entrada seja igual a velocidade de

saída dos materiais, de forma que trabalhem com quantidades reduzidas de estoque sem

prejudicar o atendimento ao cliente e de forma que não haja rupturas no processo produtivo.

De acordo com Martins e Alt (2006, p. 170) os estoques são classificados,

principalmente para efeitos contábeis, em cinco grandes categorias:

a) estoques de materiais: os estoques de materiais são todos os itens utilizados nos

processos de transformação em produtos acabados. Todos os materiais

armazenados que a empresa compra para usar no processo produtivo fazem parte

do estoque de materiais, independente de serem materiais diretos, que se

incorporam ao produto final, ou indiretos, que não se incorporam ao produto final;

b) estoques de produtos em processos: os estoques de produtos em processo

correspondem a todos os itens que já entraram no processo produtivo, mas que

ainda não são produtos acabados. São os materiais que começaram a sofrer

alterações, sem, contudo, estar finalizados;

c) estoques de produtos acabados: os estoques de produtos acabados são todos os

itens que já estão prontos para ser entregues aos consumidores finais. São os

produtos finais da empresa;

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d) estoques em trânsito: os estoques em trânsito correspondem a todos os itens que já

foram despachados de uma unidade fabril para outra, normalmente da mesma

empresa, e que ainda não chegaram a seu destino final;

e) estoques em consignação: os estoques em consignação são os materiais que

continuam sendo propriedade do fornecedor até que sejam vendidos. Em caso

contrário, são devolvidos sem ônus.

5.2 Custos dos Estoques

Uma grande preocupação por parte dos gestores é a questão da administração dos

níveis de estoques, pois um alto nível de estoques acarreta em custos para a organização. É

imprescindível que a empresa saiba identificar esses custos para uma correta análise dos

estoques.

Nesse sentido, Bertaglia (2009, p. 346) relaciona os seguintes custos de estoque:

a) custo de aquisição: os custos de aquisição estão relacionados aos “custos de pedir e

obter” o material e se dividem em custos fixos e variáveis. Os custos fixos estão

associados aos salários dos funcionários responsáveis pela emissão das

requisições. Todo custo que aumenta na proporção em que se aumenta o número

de pedidos é chamado de custo variável;

b) custo de manutenção de estoques: os custos de manutenção de estoques estão

associados à existência do estoque desde o momento de sua obtenção até o seu

consumo, esses são custos que se acumulam quando se armazenam itens físicos.

Os principais custos incluídos na manutenção de estoques são os seguintes:

custo de espaço para armazenagem: o custo de espaço para armazenagem

corresponde ao custo do espaço físico necessário para armazenar o material,

que pode ser alugado ou próprio. Seus componentes estão associados ao valor

operacional do armazém ou aluguel, recursos utilizados na movimentação e

armazenagem, pessoas necessárias, energia elétrica, ar condicionado, água,

entre outros;

custo de capital: o custo de capital está relacionado ao custo do dinheiro

aplicado no estoque. Dada a sua complexidade, esse custo é bastante subjetivo

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ainda que represente um percentual extremamente alto na composição dos

custos totais de estoque;

custo de serviço: o custo de serviço está diretamente associado ao volume de

estoque, o custo de serviço é uma parte importante do custo de manutenção dos

estoques, e se relaciona à proteção dos estoques contra roubos, incêndios e

outras características que possam danificar o produto ou de alguma forma

inutilizá-los em quantidade e qualidade;

custo de risco: o custo de risco está relacionado basicamente à obsolescência

do material;

c) custo por falta de estoque: a falta de estoque, em geral, traz conseqüências

econômicas sérias para a empresa e provoca um impacto externo e interno. Os

impactos externos incluem atrasos de pedidos e perdas de lucros provenientes das

perdas de vendas, que podem, ainda, interferir na reputação da empresa, o que

trará impactos futuros nas vendas. Os impactos internos incluem perdas de

produção, reprogramações e atrasos no atendimento das datas;

d) custo total de estoques: o custo total de estoque é representado pela soma dos

custos de aquisição e os custos de manutenção de estoques.

Ao analisar os custos dos estoques, percebemos a importância de se fazer uma análise

cuidadosa desses custos de maneira que a empresa trabalhe com um nível adequado de

estoque, sem que haja falta de materiais ou estoque em excesso, visando a redução de custos.

5.3 Parâmetros de Ressuprimento de Materiais

Os parâmetros de ressuprimento são ferramentas utilizadas para um melhor

gerenciamento dos estoques, mantendo-os em níveis adequados conforme as necessidades da

organização.

Viana (2010, p. 149) conceitua os seguintes parâmetros de ressuprimento:

a) estoque real: o estoque real refere-se à quantidade de material em estoque dentro

da empresa;

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b) estoque virtual: o estoque virtual é o estoque real acrescido das quantidades de

encomendas em andamento;

c) estoque de cobertura: o estoque de cobertura refere-se à relação entre estoque e

consumo, indicando por quanto tempo o estoque suportará o consumo sem que

haja reposição;

d) intervalo de cobertura: o intervalo de cobertura é o intervalo de tempo, em meses,

programado para duas compras consecutivas, para o qual pretende-se cobrir o

consumo com a quantidade de uma aquisição. Para o cálculo do intervalo de

cobertura, devem ser levadas em consideração a imobilização financeira, a

capacidade de armazenamento, a perecibilidade do material e as condições de

mercado;

e) estoque máximo: o estoque máximo refere-se à quantidade máxima de estoque

permitida para o material. O nível máximo pode ser atingido pelo estoque virtual,

quando há a emissão de um pedido de compra. A finalidade principal do estoque

máximo é indicar a quantidade de ressuprimento, por meio da análise do estoque

virtual, sendo que no cálculo de sua quantidade, também é considerado o intervalo

de cobertura;

f) estoque de segurança: o estoque de segurança é a quantidade mínima possível

capaz de suportar um tempo de ressuprimento superior ao programado ou um

consumo desproporcional;

g) nível de reposição: o nível de reposição é a quantidade na qual, ao ser atingida pelo

estoque virtual em declínio, indica-se o momento de ser providenciada a emissão

do pedido de compra para reposição normal do material. Essa quantidade deve

garantir o consumo do material durante o tempo de ressuprimento, de tal forma

que o estoque real em declínio não atinja o estoque de segurança;

h) ponto de ruptura: o ponto de ruptura refere-se ao ponto em que o estoque torna-se

nulo. Ocorre quando o consumo faz com que o estoque chegue ao seu nível zero e,

ainda, continua a demanda do material. Na prática, o ponto de ruptura ocorre

quando o usuário requisita um material no almoxarifado e não pode ser atendido

devido o estoque encontrar-se em nível zero;

i) tempo de ressuprimento: o tempo de ressuprimento é o intervalo de tempo

compreendido entre a emissão do pedido de compra e o efetivo recebimento,

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gerando a entrada do material no estoque. O tempo de ressuprimento representa

um importante fator na determinação do nível de estoque.

5.4 Ponto de Pedido

O ponto de pedido refere-se à quantidade de determinado item no estoque que

garantirá o processo produtivo, sem que haja interrupções, até a chegada do lote de compras,

durante o tempo de reposição. Dessa maneira, quando um determinado item do estoque atinge

o ponto de pedido, deverá ser feito o ressuprimento do seu estoque, através do pedido de

compra.

De acordo com Dias (1993, p. 60) “o ponto de pedido é uma quantidade e que quando

o estoque virtual alcançá-lo, deverá ser reposto o material, sendo que a quantidade do saldo

em estoque suporta o consumo durante o tempo de reposição”.

O ponto de pedido é de grande importância para o controle de estoque na organização,

pois através dele, a empresa terá condições de saber o momento certo para o ressuprimento de

determinado item do estoque, sem que haja rupturas no processo produtivo.

5.5 Estoque de Segurança

O estoque mínimo ou estoque de segurança é o estoque mínimo necessário para

garantir o processo produtivo em uma empresa.

Segundo Dias (1993, p. 62) “o estoque mínimo destina a cobrir eventuais atrasos no

suprimento, objetivando a garantia do funcionamento ininterrupto e eficiente do processo

produtivo, sem o risco de faltas.”

Atualmente muitas empresas, com o objetivo de reduzir custos, mantêm níveis

baixíssimos de estoque, onde muitas vezes há a falta de insumos necessários ao processo

produtivo. Porém não adiante a empresa reduzir seus custos em relação ao estoque e com isso

prejudicar o bom andamento da organização. Por isso é necessário a empresa manter um

estoque de segurança para garantir o seu funcionamento caso ocorra situações inesperadas.

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De acordo com Viana (2010, p. 149)

Além de otimizar, o gerenciamento também objetiva evitar a ruptura do estoque, ou seja, impedi-lo de atingir o nível zero, programando o abastecimento de modo que haja uma reserva. Essa reserva, o estoque de segurança, aparentemente excesso de material, previamente calculada, formará um lastro de emergência, que será utilizado após o nível de estoque ter atingido seu ponto mínimo.

Dessa forma, se houver imprevistos como o atraso na entrega dos insumos necessários

ao processo produtivo ou oscilações na demanda de determinado produto, o estoque de

segurança garantirá a continuidade do processo produtivo na empresa.

5.6 Giro de Estoque

O giro de estoque refere-se ao número de vezes em que os itens de um estoque se

renovaram em um determinado período de tempo.

Segundo Martins e Alt (2006, p. 203) “o giro de estoques mede quantas vezes, por

unidade de tempo, o estoque se renovou ou girou. Giro de Estoques = Valor Consumido no

Período/Valor do Estoque Médio no Período”.

Através do cálculo do giro do estoque as empresas terão condições de adotar métodos

para melhor gerenciá-lo, ou seja, manter um nível adequado de estoque de forma que não

prejudique os processos dentro da empresa e não traga custos desnecessários para a

organização.

De acordo com Koxne, Haussmann e Beuren (2006, p. 03) “quanto maior o giro dos

estoques, menor será o prazo que as mercadorias permanecem estocadas, em conseqüência,

maiores serão suas vendas.”

Se a empresa possui um alto giro de estoque, significa que os itens do seu estoque

permaneceram pouco tempo nos depósitos da empresa. Isso pode ser considerado uma

vantagem para a organização, pois níveis elevados de estoques, por longos períodos de tempo,

significam custos para a empresa.

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5.7 Estoque Médio

O estoque médio refere-se ao nível médio de estoque que a empresa utiliza durante o

seu processo produtivo.

Segundo Dias (1993, p. 61) “o estoque médio é o nível médio de estoque em torno do

qual as operações de compra e consumo se realizaram.”

As empresas precisam delimitar o seu estoque médio tendo em vista que o estoque

médio determina o nível médio de estoque que a empresa necessita durante um determinado

período de tempo.

De acordo com Koxne, Haussmann e Beuren (2006, p. 03) “a empresa precisa

delimitar um estoque de segurança para poder delimitar o estoque médio. Calcula-se pela

seguinte fórmula: Estoque Médio = (Estoque Inicial + Estoque Final)/2”.

Segundo a fórmula acima descrita, o estoque inicial refere-se ao valor das mercadorias

no início do período e o estoque final é o saldo da conta estoque no final do período.

5.8 Lote Econômico de Compra

O lote econômico de compra é utilizado com o objetivo de reduzir os custos de pedido

de compra, o custo por unidade comprada e os custos relacionados com mão-de-obra e

manuseio. Porém é necessário observar os níveis de estoque, de maneira que não se torne

excessivo e não traga custos para a organização, como armazenagem, juros, obsolescência,

deterioração, entre outros.

De acordo com Bertaglia (2009, p. 348) “o lote econômico de compra tem o objetivo

de minimizar os custos de aquisição e os custos anuais de ter estoque, buscando um equilíbrio

entre as vantagens e desvantagens de se manter estoque”.

Dessa maneira, o lote econômico de compra refere-se ao lote de compras realizado

pela empresa de modo que haja um equilíbrio entre as vantagens e desvantagens na

manutenção de estoque e redução nos custos de aquisição.

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Figura 02: Gráfico Padrões de Custos em Função do Lote Econômico

Fonte: POZO, Hamilton (2010, p. 149)

De acordo com Pozo (2010, p. 149) “a linha x representa os custos crescentes, a linha

z representa os custos decrescentes, a linha y os custos totais e o ponto LE representa o lote

econômico, ou seja, a quantidade a encomendar ou a produzir”.

Através da análise do gráfico temos uma melhor visualização do que o lote econômico

representa na empresa e a importância do equilíbrio entre os custos crescentes e os custos

decrescentes relacionados à manutenção dos estoques.

Bertaglia (2009, p. 348) relaciona as seguintes premissas em que se baseia a utilização

do método do lote econômico:

a) o consumo do item não deve apresentar muitas distorções, mantendo-se constante;

b) o item é produzido e comprado em lotes;

c) os custos incidentes são: custo relacionado à manutenção do item em estoque e o

custo de preparação do pedido ou da produção

d) não deve existir incertezas com relação à demanda, tempo de entrega ou

suprimento;

e) faltas não são permitidas.

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5.8.1 Restrições do Lote Econômico

O cálculo do lote econômico de compras apresenta algumas restrições. Ele não

considera as variações na demanda, porém na maioria das empresas a demanda por

determinadas produtos variam pelos mais diversos motivos.

De acordo com Bertaglia (2009, p. 350)

O cálculo do lote econômico pressupõe que não haverá variação na demanda, e, na maioria das situações, a demanda não é uniforme, os descontos sofrem variações e afetam os custos totais de estoque. Contudo, a utilização do método é razoável para se obter uma primeira aproximação do tamanho do lote. Além do mais, pequenas distorções não afetarão profundamente os resultados.

Portanto essas restrições não deverão impedir o cálculo do lote econômico de compra,

pois essas pequenas distorções não prejudicarão os resultados de uma maneira significativa.

5.9 Just in Time

O sistema Just in Time é um método que procura minimizar os níveis de estoque

dentro de uma empresa de modo a evitar custos desnecessários relacionados ao estoque sem

prejudicar a operacionalidade da empresa.

De acordo com Martins e Alt (2006, p. 127) “o sistema Just in Time é um método de

produção com o objetivo de disponibilizar os materiais requeridos pela manufatura apenas

quando forem necessários para que o custo de estoque seja menor”.

O Just in Time surgiu no Japão no início da década de 1950 com o objetivo de reduzir

os espaços físicos relacionados com a armazenagem de estoques de forma a coordenar a

produção com a demanda dos produtos. Com o passar do tempo esse sistema começou a ser

adotado por diversos países e atualmente é utilizado por diversos tipos de empresas ao redor

do mundo.

Segundo Lima (2008, p. 03)

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Just in Time, que significa “no tempo justo”, exige do administrador o abastecimento ou desabastecimento da produção no tempo certo, no lugar certo e na quantidade certa, visando capacitar à empresa a produzir somente o necessário ao atendimento da demanda, com qualidade assegurada.

Para que o Just in Time seja aplicado de forma correta na organização, é necessário

que haja uma integração entre a empresa, os clientes e os fornecedores, de forma que exista

uma relação de confiabilidade entre as partes envolvidas para que a organização atinja os

objetivos pretendidos.

De acordo com Lima (2008, p. 01)

O Just in Time tornou-se muito mais que uma técnica de gestão da produção, sendo considerado como uma completa filosofia a qual inclui aspectos de gestão de materiais, gestão da qualidade, organização física dos meios produtivos, engenharia de produto, organização do trabalho e gestão de recursos humanos.

Dessa forma, as empresas utilizam esse sistema visando uma otimização em seus

processos, de forma a alinhar produção e demanda com o objetivo da redução de estoques

sem que haja rupturas no processo produtivo.

5.10 Gráficos de Estoques

Os gráficos de estoques são também chamados de “gráfico dente de serra”, devido a

semelhança com os dentes de uma serra. Eles são uma representação gráfica da variação do

estoque de um ou mais itens em função do tempo.

De acordo com Galvão (2004, p. 03) “no gráfico dente de serra, a abscissa (centrada

no eixo x) representa o tempo decorrido da demanda do estoque e o eixo das ordenadas

(centrada no eixo y) representa as quantidades de unidades consumidas ou adquiridas”.

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Figura 03: Gráfico Dente de Serra

Fonte: TADEU, Hugo Ferreira Braga (2010, p. 03)

De acordo com Tadeu (2010, p. 03) o ponto 1 representa o estoque máximo; o ponto 2

refere-se ao nível de ressuprimento, ou estoque médio; o ponto 3 representa o estoque virtual,

onde considera-se o estoque real armazenado e as encomendas; o ponto 4 representa o estoque

de segurança e o ponto 5, refere-se ao ponto de ruptura.

Dessa forma, o gráfico “dente de serra” é uma ferramenta eficaz e de grande utilidade

para um correto gerenciamento dos níveis de estoque dentro de uma empresa, pois fornece de

uma forma clara e de fácil entendimento as informações necessárias para um eficiente

controle de estoque.

5.11 Curva ABC

A curva ABC é um método utilizado na área administrativa em diversos setores tendo

em vista auxiliar a tomada de decisões dentro da empresa.

Na área de administração dos recursos materiais, a curva ABC é utilizada para a

classificação dos itens do estoque de acordo com a sua importância dentro da organização.

Esse método foi elaborado inicialmente por Vilfredo Pareto, economista, sociólogo e

engenheiro italiano, por volta do ano de 1897, quando elaborava um estudo sobre a

distribuição de renda e riqueza da população local.

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49

 

 

De acordo com Pozo (2010, p. 80)

No estudo, Pareto notou que grande porcentagem da renda total concentrava-se nas mãos de uma pequena parcela da população, numa proporção de aproximadamente 80% e 20% respectivamente, ou seja, que 80% da riqueza local estava concentrada com 20% da população. Esse princípio geral, mais tarde, foi difundido para outras atividades e passou a ser uma ferramenta muito útil para os administradores.

A curva ABC deve ser utilizada pelas empresas como uma forma de melhor

gerenciamento do seu estoque, pois ela classifica os itens do estoque segundo o grau de

importância do produto e de acordo com o valor que ele representa para a organização.

A análise ABC também permite às empresas uma melhor forma de armazenagem dos

itens do estoque, pois a partir do momento em que é estabelecido o grau de importância de

determinado item do estoque, é possível armazená-lo de uma maneira que atenda as

necessidades da organização.

Segundo Martins e Alt (2006, p. 211)

A análise ABC é uma das formas mais usuais de examinar estoques. Essa análise consiste na verificação, em certo espaço de tempo (normalmente 6 meses ou 1 ano), do consumo, em valor monetário ou quantidade, dos itens de estoque, para que eles possam ser classificados em ordem decrescente de importância. Aos itens mais importantes de todos, segundo a ótica do valor ou da quantidade, dá-se a denominação itens classe A, aos intermediários, itens classe B, e aos menos importantes, itens da classe C.

A curva ABC vem sendo utilizada cada vez mais pelas organizações, pois a partir

dessa ferramenta as empresas têm condições de manter um estoque reduzido, sem prejudicar a

operacionalidade da organização. Essa análise também permite que a empresa controle de

uma forma mais rígida os itens da classe A e mais superficialmente os itens pertencentes à

classe C.

Figura 04 – Modelo de uma curva ABC Fonte: NEGRÃO, Celso (2011, p. 02)

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De acordo com Martins e Alt (2006) cerca de 10% a 20% do total dos itens do estoque

de uma empresa são da classe A, sendo que são os mais significativos e representam algo em

torno de 35% a 70% do valor movimentado dos estoques. Os itens da Classe B referem-se a

cerca de 30% a 40% dos itens do estoque, sendo que representam 10% a 45% do valor

movimentado dos estoques. Já os itens da Classe C representam cerca de 50% dos itens do

estoque e representam o restante do valor do estoque.

O fundamento da curva ABC é a sua aplicabilidade em situações em que seja preciso

estabelecer prioridades. Essa análise não é feita somente para o gerenciamento de estoques

dentro da empresa, mas em qualquer setor em que seja preciso identificar as prioridades para

a correta tomada de decisões.

Segundo Pozo (2010, p. 81)

Dentro da logística empresarial e mais especificamente na administração de materiais, a curva ABC tem seu uso mais específico para estudos de estoques de acabado, vendas, prioridades de programação da produção, tomada de preços em suprimentos e dimensionamento de estoque. Toda a sua ação tem como fundamento primordial tomar uma decisão e ação rápida que possa levar seu resultado a um grande impacto positivo no resultado da empresa.

Dessa forma, a curva ABC é uma ferramenta de extrema importância para as

organizações, pois além de sua utilização para um correto gerenciamento de estoques, ela

também é utilizada em outros setores da área administrativa no processo de tomada de

decisões que envolvam grande volume de dados e que exijam ações imediatas.

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6 A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA DA ADMINISTRAÇÃO DOS RECURSOS

MATERIAIS

A logística refere-se a todas as atividades relacionadas com o fluxo de materiais, que

envolvem desde a realização do pedido ao fornecedor até a entrega do produto ao consumidor

final.

De acordo com Pozo (2010, p. 16)

A logística é o processo de gerenciar estrategicamente a aquisição, a movimentação e a armazenagem de materiais, peças e produtos acabados e, também, seus fluxos de informações através da organização e seus canais, de modo a poder maximizar as lucratividades presente e futura mediante atendimento dos pedidos a baixo custo e a plena satisfação do cliente.

A logística é de extrema importância para as organizações, pois determina o nível de

qualidade dos produtos ou serviços prestados pelas empresas.

Atualmente, o grande desafio das organizações é a entrega do produto ao consumidor

no menor tempo possível e ao mesmo tempo garantir qualidade e preço baixo. É nesse

contexto que surge a logística, pois ele é uma ferramenta que quando bem utilizada,

proporciona à organização o recebimento do produto certo, na quantidade certa, no local

especificado, no momento certo, em condições adequadas para o cliente e com preço justo.

6.1 Histórico da Logística

Nos últimos anos, a logística se tornou uma ferramenta essencial para todo tipo de

organização, principalmente no que diz respeito à satisfação das necessidades dos clientes.

Porém, o desenvolvimento e crescimento desse conceito se deram, principalmente, a partir da

década de 1990.

De acordo com Pozo (2010, p. 03): “até aos anos 50, os mercados, bastante restritos,

estavam em estado de tranqüilidade, e o nível de serviço, a plena satisfação ao cliente não

existiam. Filosofia dominante para guiar as organizações e traduzi-las em fator de vantagem

competitiva, também não existia”.

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Antigamente não havia uma preocupação por parte das empresas no atendimento ao

cliente devido não existir o interesse pela vantagem competitiva, pois não havia tanta

concorrência como nos dias atuais. Portanto, a maioria das empresas não conheciam o

conceito da logística e a sua importância para uma eficiente administração dos recursos

materiais.

De acordo com Strassburg (2003, p. 02)

A história conta que a logística teve origem militar, designando estratégias de abastecimento aos exércitos enquanto nos campos de guerras, visando suprir as necessidades de armamentos, munições, medicamentos, alimentos, vestuários adequados, nas quantidades certas e no momento certo, evitando que o exército no campo de batalha ficasse sem suprimentos suficientes para manter as estratégias de guerra.

A aplicação da logística na área militar foi essencial e decisiva, principalmente pelas

Forças Armadas dos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial. Porém, a aplicação

do conceito nessa época não influenciou diretamente as empresas.

Nesse sentido, Pozo (2010, p. 04) comenta que “esse sucesso militar do uso logístico,

inicialmente, influenciou somente as atividades logísticas das firmas governamentais, no

início dos anos 50”.

No período compreendido entre 1950 e 1970, houve um rápido crescimento da

economia dos Estados Unidos e, conseqüentemente, um rápido crescimento e modernização

das empresas. A partir desse período, o conceito de logística tornou-se conhecido e praticado

por diversas empresas.

Diante da análise desse período, Ballou, citado por Pozo (2010, p. 05) relaciona as

seguintes condições-chaves para o desenvolvimento da logística:

a) alterações nos padrões e atitudes da demanda dos consumidores: durante os anos

de formação da Logística Empresarial existiram mudanças populacionais com

substancial impacto nos custos logísticos. Houve migração das áreas rurais com

direção aos centros urbanos já estabelecidos. Ao mesmo tempo, populações

começaram a migrar do centro das cidades para os subúrbios circundantes.

Varejistas seguiram a população para os subúrbios. Servir com entregas uma maior

área metropolitana e manter maiores os estoques totais requeridos pelas filiais

adicionais incrementaram o custo da distribuição;

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53

 

 

b) pressão por custos nas indústrias: a nova situação econômica do pós-guerra, e

principalmente no início dos anos 50, era um forte instrumental para fomentar o

interesse em Logística. O crescimento econômico substancial que decorreu das

novas atitudes e concepções após a Segunda Guerra foi seguido de recessão e um

período de prolongada pressão nos ativos das empresas e de seus lucros. Os novos

conceitos logísticos, que começaram a aflorar na mente dos administradores,

ofereciam a oportunidade de melhorar os resultados das empresas;

c) avanços na tecnologia: com o desenvolvimento da tecnologia, os problemas

logísticos tornam-se cada vez mais complexos, exigindo maior visão sistêmica da

organização e do mercado. Os diversos sistemas de serviços de transporte e seus

custos e, principalmente, o nível de serviço esperado direcionam-se para uma

seleção adequada de seu projeto. A proliferação de variedade de produtos leva a

uma grande diversidade e quantidade de itens que nos conduz a uma situação

complexa de administração dos estoques e da demanda dos consumidores por

melhores níveis de serviço, que muitas vezes resulta em maior quantidade de

depósitos no sistema logístico. Essa complexidade deve ser tratada, efetivamente,

por novas tecnologias que emergiram em meados da década de 50 e da de 60;

d) influências do trato com a logística militar: as forças armadas americanas, por

intermédio de seus estrategistas, foram as primeiras organizações a utilizar as

atividades logísticas de forma abrangente e como um todo dentro de sua estrutura.

Esses estrategistas sabiam da importância de uma atitude coordenadora integrada

das atividades logísticas. Essa logística, utilizada pelos militares nas décadas de 40

e 50, incluía atividades de compras e aquisições, armazenagem, especificações e

codificações, transportes e distribuição, planejamento e administração global.

Através da análise dessas condições-chaves, pode-se perceber como se deu o avanço

do conceito da logística no período compreendido entre 1950 e 1975 e como essas condições

influenciam o conceito de logística aplicado nas organizações na atualidade.

A partir da década de 1980 até os dias atuais, houve grandes avanços na área

empresarial. Novas empresas surgiram e a concorrência aumenta cada vez mais. Portanto

torna-se imprescindível a utilização do conceito da logística para a satisfação das

necessidades dos clientes e a garantia de vantagem competitiva da organização.

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6.2 Logística como Vantagem Competitiva

Atualmente as empresas buscam cada vez mais o aperfeiçoamento dos seus produtos e

serviços e uma resposta cada vez mais rápida às necessidades e desejos de seus clientes. É

nesse contexto que a logística desempenha papel fundamental, pois ela facilita e agiliza o

fluxo de materiais conforme as especificações da empresa.

De acordo com Ballou, citado por Viana (2010, p. 45)

A logística empresarial trata de todas as atividades de movimentação e armazenagem, que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da matéria-prima até o ponto de consumo final, assim como dos fluxos de informação que colocam os produtos em movimento, com o propósito de providenciar níveis de serviço adequados aos clientes a um custo razoável.

Nos dias atuais estão surgindo cada vez mais empresas no mercado e a

competitividade torna-se um grande desafio a ser enfrentado pelas organizações. Oferecer

produtos e serviços de qualidade não é mais uma garantia de sucesso para a empresa. É

preciso buscar sempre inovações e meios para atender as necessidades e desejos dos

consumidores, com produtos de qualidade, no menor tempo possível e com preço

competitivo.

Nesse contexto, Pozo (2010, p. 16) comenta que

Podemos afirmar que uma empresa pode alcançar uma posição de superioridade duradoura sobre os concorrentes, em termos de preferência do cliente, através da logística. As bases do sucesso estão muito além da boa estrutura organizacional. A base da vantagem competitiva fundamenta-se, primeiramente, na capacidade de a empresa diferenciar-se de seus concorrentes aos olhos do cliente e, em segundo lugar, pela capacidade de operar a baixo custo e, portanto, oferecendo maior satisfação ao cliente e proporcionando melhor retorno ao negócio.

Portanto cabe às organizações a utilização da logística como um meio de obter

vantagem competitiva frente aos seus concorrentes e, conseqüentemente, proporcionar à

organização melhores resultados em suas atividades.

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6.3 Atividades Primárias e de Apoio

Para o desenvolvimento da atividade logística, são necessárias algumas ações que são

classificadas em atividades primárias e atividades de apoio.

6.3.1 Atividades Primárias

As atividades primárias referem-se às atividades consideradas de grande importância

para se alcançar os objetivos logísticos e garantir o nível de serviço da organização.

Nesse sentido, Pozo (2010, p. 09) relaciona as seguintes atividades primárias:

a) transporte: é uma das atividades logísticas mais importantes, simplesmente porque

ela absorve, em média, de um a dois terços dos custos logísticos. É essencial,

porque nenhuma organização moderna pode operar sem providenciar a

movimentação de suas matérias-primas ou de seus produtos acabados para serem

levados, de alguma forma, até o consumidor final. Ele refere-se aos vários modelos

disponíveis para se movimentar matéria-prima, materiais, produtos e serviços;

b) manutenção de estoques: é a atividade para atingir um grau razoável de

disponibilidade do produto em face de sua demanda, e é necessário manter

estoques, que agem como amortecedores entre a oferta e a demanda. O uso de

estoques, como regulador de demanda, resulta no fato de que, em média, ele passa

a ser responsável por aproximadamente um a dois terços dos custos logísticos.

Enquanto o transporte adiciona valor de lugar ao produto, o estoque agrega valor

de tempo. A grande preocupação da administração de estoques envolve manter

seus níveis os mais baixos possíveis, e ao mesmo tempo prover a disponibilidade

desejada pelos clientes;

c) processamento de pedidos: é um elemento crítico em termos do tempo necessário

para levar bens e serviços aos clientes, em relação, principalmente, à perfeita

administração dos recursos logísticos disponíveis. É também a atividade primária

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que dá partida ao processo de movimentação de materiais e produtos, bem como a

entrega desses serviços.

Essas atividades são essenciais para garantir o correto fluxo de materiais na

organização e, conseqüentemente, o bom desempenho da empresa.

6.3.2 Atividades de Apoio

As atividades de apoio são aquelas que dão o suporte necessário às atividades

primárias, fazendo com que tais atividades contribuam para o sucesso da organização.

Pozo (2010, p.11) descreve as seguintes atividades de apoio:

a) armazenagem: é o processo que envolve a administração dos espaços necessários

para manter os materiais estocados, que podem ser internamente, na fábrica, como

em locais externos, mais próximos dos clientes. Essa ação envolve fatores como

localização, dimensionamento de área, arranjo físico, equipamentos de

movimentação, recuperação de estoque, necessidades de recursos financeiros e

humanos;

b) manuseio de materiais: está associado com a armazenagem e também à

manutenção dos estoques. Essa atividade envolve a movimentação de materiais no

local de estocagem, que pode ser tanto estoques de matéria-prima como de

produtos acabados. Pode ser a transferência de materiais do estoque para o

processo produtivo ou deste para o estoque de produtos acabados. Pode ser

também a transferência de um depósito para outro;

c) embalagem: a logística tem como objetivo movimentar produtos com toda a

proteção e sem danificá-los. Um bom projeto de embalagem do produto auxilia a

garantir perfeita e econômica movimentação sem desperdícios. Além disso,

dimensões adequadas de empacotamento encorajam manuseio e armazenagem

eficientes;

d) suprimentos: é a atividade que proporciona ao produto ficar disponível, no

momento exato, para ser utilizado pelo sistema logístico. É o procedimento de

avaliação e da seleção das fontes de fornecimento, da definição das quantidades a

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serem adquiridas, da programação das compras e da forma pela qual o produto é

comprado. É uma área importantíssima de apoio logístico e, também, um setor de

obtenção de enormes reduções de custos da organização;

e) planejamento: refere-se primariamente às quantidades agregadas que devem ser

produzidas bem como quando, onde e por quem devem ser fabricadas. É a base

que servirá de informação à programação detalhada da produção dentro da fábrica;

o evento que permitirá o cumprimento dos prazos exigidos pelo mercado;

f) sistemas de informação: é a função que permitirá o sucesso da ação logística

dentro de uma organização para que ela possa operar eficientemente. São as

informações necessárias de custo, procedimentos e desempenho essenciais para o

correto planejamento e controle logístico. Portanto, uma base de dados bem

estruturados, com informações importantes sobre os clientes, sobre os volumes de

vendas, sobre os padrões de entregas e sobre os níveis dos estoques e das

disponibilidades físicas e financeiras que servirão como base de apoio a uma

administração eficiente e eficaz das atividades primárias e de apoio do sistema

logístico.

6.4 Lead Times

O termo lead times refere-se ao tempo decorrido desde o início até o fim de um

processo, sendo que quanto menor o lead time, mais eficiente é o processo.

De acordo com Posseti (2010, p. 01)

A redução dos tempos envolvidos no processo de produção é importante para aumentar a flexibilidade da empresa em relação ao seu concorrente. Utiliza-se o lead time para o ciclo produtivo (lead time de produção), para o ciclo de pedido (Lead Time do Pedido) e para o ciclo total da operação logística (Lead Time de Ressuprimento) sendo entendido como o tempo de compra mais o tempo de transporte. O Lead Time Logístico ou Tempo de Ciclo Total é o tempo decorrido desde a emissão de uma ordem a um fornecedor até o atendimento da ordem do cliente final. Também, chamado de Tempo de Resposta, para designar o tempo compreendido entre o início da primeira atividade até a conclusão da última, em uma série de atividades.

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Atualmente, com o mercado cada vez mais competitivo, torna-se imprescindível que

as organizações diminuam o tempo de seus processos a fim de torná-los mais ágeis e

eficientes de forma que atendam as necessidades da empresa.

6.4.1 Tipos de Lead Time

Posseti (2010, p. 01) relaciona os seguintes tipos de Lead Time:

a) engineer-to-order: significa que as especificações do cliente requerem um projeto

de engenharia único ou uma personalização/customização significativa. Em geral,

o cliente é altamente envolvido no projeto do produto. O estoque de materiais

normalmente não será adquirido até que a produção necessite dele. O lead time de

entrega é longo porque inclui não apenas o lead time de compra, mas também o de

projeto;

b) make-to-order: significa que o fabricante não começa a fabricar o produto até que

a encomenda do cliente seja recebida. O produto final é normalmente feito com

itens padronizados, mas pode incluir também componentes feitos sob medida. O

lead time de entrega é reduzido porque se requer pouco tempo de projeto e o

estoque é tratado como matéria-prima;

c) assemble-to-order: significa que o produto é feito com componentes padronizados

que o fabricante pode estocar e montar de acordo com a encomenda do cliente. O

lead time de entrega é, ainda, mais reduzido porque o tempo de projeto não é

necessário e o estoque de materiais está pronto para a montagem. O envolvimento

do cliente no projeto é limitado à seleção do conjunto de componentes necessários;

d) make-to-stock: significa que o fornecedor produz os bens e os vende com base em

um estoque de produtos acabados. O lead time de entrega é o menor de todos. O

cliente possui pequeno envolvimento direto no projeto do produto.

A partir da análise dos tipos de lead time, conclui-se que em todos os tipos é

necessário o emprenho da organização na busca da redução do lead time, porém com o

cuidado de que não haja redução na qualidade dos produtos ou serviços prestados.

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A redução do lead time pode ser considerado também uma vantagem competitiva da

empresa frente aos seus concorrentes, pois garantirá uma maior eficiência em seus processos,

fazendo com que a organização consiga atender cada vez mais às exigências e expectativas de

seus clientes.

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60

 

 

7 ESTUDO DE CASO

7.1 Histórico da Organização

A Panificadora Rei do Pão está localizada à Rua Antônio Joaquim Moura Pimentel, Nº

207, Bairro JK, Paracatu/MG.

A panificadora iniciou suas atividades no dia 15 de Abril de 2008, visando atender a

população local, tendo em vista que não havia empresas nesse segmento nas proximidades de

suas instalações.

A organização trata-se de uma microempresa familiar, composta por três sócias irmãs,

que iniciaram o novo negócio com recursos próprios.

A princípio a empresa contava com poucos recursos, pois trabalhava com uma

quantidade reduzida de máquinas, equipamentos e pessoal, sendo que os processos eram

realizados, em sua grande maioria, manualmente.

Com o passar do tempo, através dos recursos adquiridos com o novo negócio, a

empresa começou a investir em suas instalações e a adquirir máquinas e equipamentos,

tornando o processo produtivo mais ágil, conseqüentemente, diminuindo o tempo de produção

e oferecendo produtos com maior qualidade aos seus clientes.

Atualmente a empresa oferece uma grande quantidade de produtos e atende não só a

população local, mas possui clientes em outros bairros e atende a encomendas para eventos.

7.2 Natureza dos Negócios

A Panificadora Rei do Pão trabalha no setor de panificação e tem como objetivo

oferecer produtos e serviços de qualidade adequados às necessidades de seus clientes.

A maioria dos produtos são produzidos na própria panificadora como pão francês,

bolo, pão de queijo, rosca, torta, pudim, biscoito de queijo, pão de forma, entre outros

produtos.

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Alguns produtos são entregues por distribuidoras e a panificadora faz a revenda de tais

produtos, como refrigerantes, sucos, salgadinhos, bolachas, margarina, mussarela, presunto,

leite, achocolatado, chicletes, balas, chocolates, entre outros.

A panificadora também atua também na fabricação de produtos por encomendas,

como tortas e bolos para festas.

7.3 Porte das Instalações

A panificadora conta com uma área de 77 m2, sendo três cômodos de porte médio,

onde dois desses cômodos são utilizados para a área de produção e um utilizado para

atendimento aos clientes.

Um dos cômodos utilizados para o processo de produção abriga as máquinas,

equipamentos e insumos. O outro é o local onde está instalado o forno industrial e possui um

armário onde são guardados os utensílios utilizados no processo produtivo.

A área destinada ao atendimento ao cliente é composta por um balcão, um baleiro,

uma câmara fria, duas prateleiras, o caixa, dois congeladores e uma mesa.

7.4 Principais Clientes

O principal cliente da empresa é a população local, pois a panificadora destina-se a

oferecer produtos na área de panificação, atendendo principalmente moradores da região entre

os bairros JK e Alto do Açude. A empresa trata-se de uma panificadora de bairro e não há

outras empresas nesse segmento nas proximidades. Portanto a demanda pelos produtos é

grande, onde a maioria dos clientes procuram pelos produtos mais de uma vez por dia,

principalmente nos períodos matutino e vespertino.

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7.5 Principais Equipamentos e Tecnologias Utilizadas

A empresa possui atualmente em sua área de produção uma batedeira industrial, um

liquidificador industrial, um cilindro, uma máquina divisora, uma máquina modeladora, um

forno industrial, um processador industrial, um fatiador de frios, quatro armários e outros

pequenos utensílios utilizados no processo produtivo.

O processo produtivo é feito, em sua maioria, mecanicamente, ou seja, através das

máquinas e equipamentos. São poucos os produtos que são fabricados manualmente.

7.5.1 Capacidade Produtiva dos Equipamentos

As máquinas e equipamentos utilizados pela empresa apresentam a capacidade

produtiva conforme a tabela abaixo:

Máquina/Equipamento Capacidade Tempo Médio Quantidade Produzida

Batedeira Industrial 7,5 Kg de Massa 15 Minutos 200 Pães/Roscas

Cilindro 7,5 Kg de Massa 10 Minutos 200 Pães/Roscas

Máquina Divisora 7,5 Kg de Massa 05 Minutos 200 Pães/Roscas

Máquina Modeladora 7,5 Kg de Massa 05 Minutos 200 Pães/Roscas

Forno Industrial 7,5 Kg de Massa 20 Minutos 200 Pães/Roscas

Processador Industrial 30 Kg de Queijo 10 Minutos 272 Pães de Queijo

Liquidificador Industrial 04 Kg de Massa 10 Minutos 08 Rodas de Bolo/Pudim

Tabela 04: Capacidade Produtiva Fonte: Elaborada pelo Autor

O uso das máquinas e dos equipamentos no processo produtivo trouxe um grande

benefício para a empresa, pois a partir da aquisição das novas tecnologias, os processos

tornaram-se mais ágeis, onde os produtos são produzidos em uma menor quantidade de tempo

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e apresenta uma maior qualidade, atendendo cada vez mais às expectativas e exigências dos

clientes.

7.6 Principais Fornecedores

A Panificadora Rei do Pão conta atualmente com dezoito fornecedores, sendo sete

fornecedores de insumos e onze fornecedores de produtos que são revendidos na padaria.

O quadro abaixo mostra a relação dos fornecedores, os materiais fornecidos e os

prazos de entrega utilizados pela panificadora:

Continua

Fornecedor Produtos Entrega

Fornecedor 01

Farinha de Trigo, Açúcar, Óleo, Sal, Polvilho Doce, Polvilho Azedo, Ovo, Margarina, Amido de Milho, Fubá

Mensal

Fornecedor 02

Creme de Confeiteiro, Corante, Emustab, Essência para Bolo, Recheios Variados para Bolo, Coco, Leite Condensado, Sacola Plástica, Fermento em Pó, Corante, Chocolate

Mensal

Fornecedor 03 Fermento em Barras Mensal

Fornecedor 04 Queijo Semanal

Fornecedor 05 Leite, Mandioca Diário

Fornecedor 06 Lenha Mensal

Fornecedor 07 Gás Mensal

Fornecedor 08 Salgados Fritos Diária

Fornecedor 09 Salgados Assados Diária

Fornecedor 10 Refrigerantes, Suco em Garrafa, Achocolatado Líquido, Cerveja

Mensal

Fornecedor 11 Salgadinhos Mensal

Fornecedor 12 Salgadinhos (Flocos), Pipoca Doce Mensal

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Fornecedor 13

Bolacha, Achocolatado em Pó, Chiclete, Bala, Doce em Barras, Chocolate, Macarrão Instantâneo, Fósforo, Isqueiro

Mensal

Fornecedor 14 Sorvete, Picolé Semanal

Fornecedor 15 Café 01 Mensal

Fornecedor 16 Café 02 Mensal

Fornecedor 17 Leite para revenda, Iogurte, Manteiga para revenda

Semanal

Fornecedor 18 Biscoito (Peta) Semanal

Quadro 01: Relação dos Fornecedores Fonte: Elaborado pelo Autor

7.7 Problematização

Os principais problemas identificados na empresa foram a falta de um eficiente

controle de estoque e a falta de uma eficiente gestão de compras.

A Panificadora não tem um método para saber a quantidade de insumos a serem

estocados para garantir o processo produtivo, sendo que em diversas ocasiões não foi possível

a fabricação de certos produtos devido à falta de um ou mais insumos necessários ao processo

produtivo.

A empresa enfrenta esse problema desde que iniciou suas atividades, sendo que nunca

adotou um método adequado de controle de estoque, ocasionando, muitas vezes, rupturas no

processo produtivo. Isso faz com que a empresa tenha a sua imagem prejudicada frente aos

seus clientes, pois em muitas ocasiões, os clientes não encontram o que precisam na empresa.

O problema abre espaço também para a concorrência, que aproveita a fraqueza da

organização para atrair os clientes.

De acordo com os problemas diagnosticados, foi realizada uma análise do estoque da

empresa, sendo separados os estoques de itens para revenda e estoques de insumos.

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7.7.1 Estoque de Itens para Revenda

Para uma melhor análise do estoque da empresa foi utilizado como ferramenta a

classificação ABC, que é um método utilizado pelas empresas como uma forma de melhor

gerenciamento do seu estoque, pois ela classifica os itens do estoque segundo o grau de

importância do produto e de acordo com o valor que ele representa para a organização.

Os itens do estoque de produtos revendidos pela empresa foram agrupados e

classificados de acordo com a análise ABC, conforme o quadro abaixo: Continua

Ordem Descrição Giro Mês

Unid. $ Unit. $ Total % % Acum. Classe

1 Refrigerante 642 Unidade 2,55 1637,10 30,42 30,42 A

2 Salgado 1050 Unidade 0,85 892,50 16,58 47,00 A

3 Leite 300 Litros 1,40 420,00 7,80 54,81 A

4 Cerveja 240 Unidade 1,50 360,00 6,69 61,50 A

5 Picolé 240 Unidade 1,25 300,00 5,57 67,07 A

6 Café 80 Unidade 2,58 206,40 3,84 70,91 B

7 Suco em Pó 480 Unidade 0,37 177,60 3,30 74,21 B

8 Suco em Garrafa

144 Unidade 1,13 162,72 3,02 77,23 B

9 Sorvete 56 Unidade 2,85 159,60 2,97 80,19 B

10 Biscoito (Peta) 60 Unidade 2,33 139,80 2,60 82,79 B

11 Margarina 96 Unidade 1,43 137,28 2,55 85,34 B

12 Salgadinho 300 Unidade 0,25 75,00 1,39 86,74 B

13 Iogurte 120 Unidade 0,59 70,80 1,32 88,05 B

14 Achocolatado Líquido

81 Unidade 0,78 63,18 1,17 89,23 B

15 Chocolate 150 Unidade 0,39 58,50 1,09 90,31 B

16 Bolacha 80 Unidade 0,68 54,40 1,01 91,32 C

17 Bala 1800 Unidade 0,03 54,00 1,00 92,33 C

18 Goma de Mascar

63 Unidade 0,76 47,88 0,89 93,22 C

19 Manteiga 20 Unidade 2,20 44,00 0,82 94,03 C

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20 Doce em Barras 48 Unidade 0,80 38,40 0,71 94,75 C

21 Mussarela 3 Kg 12,75 38,25 0,71 95,46 C

22 Achocolatado em Pó

24 Unidade 1,53 36,72 0,68 96,14 C

23 Chiclete 900 Unidade 0,04 36,00 0,67 96,81 C

24 Macarrão Instantâneo

50 Unidade 0,70 35,00 0,65 97,46 C

25 Sal de Frutas 24 Unidade 1,40 33,60 0,62 98,08 C

26 Pipoca Doce 40 Unidade 0,75 30,00 0,56 98,64 C

27 Isqueiro 10 Unidade 2,94 29,40 0,55 99,19 C

28 Presunto 3 Kg 7,95 23,85 0,44 99,63 C

29 Fósforo 100 Unidade 0,20 20,00 0,37 100,00 C

Total - - - - 5381,98 100,00 - -

Quadro 02: Classificação ABC dos Itens para Revenda Fonte: Elaborado pelo Autor

7.7.2 Estoque de Insumos

Como o principal problema identificado na empresa foi a falta de um controle

eficiente do estoque dos insumos necessários ao processo produtivo, o presente trabalho busca

dar maior ênfase aos itens relacionados a esse tipo de estoque.

Os itens do estoque de insumos também foram agrupados e classificados de acordo

com a análise ABC, conforme o quadro abaixo: Continua

Ordem Descrição Giro Mês

Unid. $ Unit. $ Total % % Acum. Classe

1 Farinha de Trigo

1600 Kg 1,38 2208,00 28,18 28,18 A

2 Queijo 120 Kg 7,00 840,00 10,72 38,90 A

3 Açúcar 720 Kg 0,90 648,00 8,27 47,17 A

4 Leite 600 Litro 1,00 600,00 7,66 54,82 A

5 Ovo 2880 Unidade 0,19 547,20 6,98 61,81 A

6 Óleo 144 Litro 2,67 384,48 4,91 66,71 B

7 Mandioca 150 Kg 2,50 375,00 4,79 71,50 B

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8 Polvilho Doce

150 Kg 2,40 360,00 4,59 76,09 B

9 Sacola Plástica

150000 Unidade 0,02 300,00 3,83 79,92 B

10 Coco 20 Kg 10,50 210,00 2,68 82,60 B

11 Lenha 4 Metro 40,00 160,00 2,04 84,64 B

12 Leite Condensado

32 Litro 4,88 156,16 1,99 86,63 B

13 Polvilho Azedo

50 Kg 2,72 136,00 1,74 88,37 B

14 Margarina 30 Kg 4,53 135,90 1,73 90,10 B

15 Fermento em Barras

20 Kg 6,60 132,00 1,68 91,79 B

16 Chocolate em Pó

10 Kg 9,70 97,00 1,24 93,03 C

17 Amido de Milho

50 Kg 1,88 94,00 1,20 94,23 C

18 Recheios Variados para Bolo

15 Kg 6,00 90,00 1,15 95,37 C

19 Gás 2 Unidade 42,00 84,00 1,07 96,45 C

20 Creme de Confeiteiro

20 Kg 3,30 66,00 0,84 97,29 C

21 Fermento em Pó

6 Kg 7,25 43,50 0,56 97,84 C

22 Emustab 5 Kg 7,40 37,00 0,47 98,32 C

23 Chocolate em Barra

5 Kg 6,80 34,00 0,43 98,75 C

24 Fubá 25 Kg 1,28 32,00 0,41 99,16 C

25 Chocolate Granulado

3 Kg 7,25 21,75 0,28 99,44 C

26 Corante 2 Kg 10,00 20,00 0,26 99,69 C

27 Sal 20 Kg 0,90 18,00 0,23 99,92 C

28 Essência para Bolo

0,3 Kg 22,00 6,60 0,08 100,00 C

Total - - - - 7836,59 100,00 - -

Quadro 03: Classificação ABC do Estoque de Insumos Fonte: Elaborado pelo Autor

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Através da análise do quadro acima, pode-se concluir que os cinco primeiros itens, os

itens da classe A, representam 61,81% do capital imobilizado pela empresa em estoque; os

dez itens seguintes, os itens da classe B, representam 29,98% e os treze itens restantes, os

itens da classe C, representam 8,21%.

O quadro abaixo mostra o valor do capital imobilizado em estoque e a porcentagem de

cada classe de itens em relação ao estoque total dos insumos da empresa:

Classe $ Total %

A 4.843,20 61,81

B 2.349,54 29,98

C 643,85 8,21

Total 7.836,59 100,00

Quadro 04: Classificação ABC total dos itens Fonte: Elaborado pelo Autor

O quadro mostra que a empresa tem um total de R$ 7.836,59 do capital imobilizado

em estoque, sendo os itens da classe A correspondem ao valor de R$ 4.843,20; os itens da

classe B, o valor de R$ 2.349,54 e os da classe C o valor de R$ 643,85.

De acordo com Martins e Alt (2006, p. 211) “aos itens mais importantes de todos,

segundo a ótica do valor ou da quantidade, dá-se a denominação itens da classe A, aos

intermediários, itens da classe B, e aos menos importantes, itens da classe C”.

Portanto, a empresa deverá voltar suas atenções principalmente para os itens da classe

A, pois representam o maior valor monetário empregado pela empresa no estoque.

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8. PROPOSTA DE MELHORIA

De acordo com o principal problema identificado na empresa, que é a falta de um

eficiente controle de estoque dos insumos, serão apresentados a seguir métodos para um

melhor gerenciamento dos estoques, onde serão abordados os conceitos de giro de estoque,

estoque de segurança e lead time.

O quadro a seguir mostra a relação dos itens do estoque de insumos da empresa, bem

como o giro mês, o estoque atual, o giro dia, o tempo atendido pelo estoque atual e o estoque

de segurança, levando-se em consideração que o estoque de segurança atenderá a empresa

durante cinco dias: Continua

Ordem Descrição Unid. Giro Mês

Estoque Atual

Giro Dia

Estoque de Segurança

Tempo Atendido pelo Estoque Atual

(Em dias)

1 Leite Litro 600 15 20 100 0,75

2 Mandioca Kg 150 5 5 25 1

3 Emustab Kg 5 0,3 0,17 0,83 1,80

4 Açúcar Kg 720 90 24 120 3,75

5 Queijo Kg 120 15 4 20 3,75

6 Recheios Variados para Bolo

Kg 15 2 0,50 2,50 4

7 Corante Kg 2 0,3 0,07 0,33 4,5

8 Leite Condensado

Litro 32 5 1,07 5,33 4,69

9 Sacola Plástica

Unidade 15000 2500 500 2500 5

10 Óleo Litro 144 27 4,80 24 5,63

11 Ovo Unidade 2880 630 96 480 6,56

12 Polvilho Doce

Kg 150 37 5 25 7,40

13 Fermento em Barras

Kg 20 5 0,67 3,33 7,50

14 Farinha de Trigo

Kg 1600 400 53,33 266,67 7,50

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15 Amido de Milho

Kg 50 15 1,67 8,33 9

16 Chocolate Granulado

Kg 3 1 0,10 0,50 10

17 Fermento em Pó

Kg 6 2 0,20 1 10

18 Essência para Bolo

Kg 5 2 0,17 0,83 12

19 Chocolate em Barra

Kg 5 2 0,17 0,83 12

20 Creme de Confeiteiro

Kg 20 8 0,67 3,33 12

21 Chocolate em Pó

Kg 10 4 0,33 1,67 12

22 Margarina Kg 30 12 1 5,00 12

23 Coco Kg 20 8 0,67 3,33 12

24 Gás Unidade 2 1 0,07 0,33 15

25 Polvilho Azedo

Kg 50 25 1,67 8,33 15

26 Sal Kg 20 12 0,67 3,33 18

27 Lenha Metro 4 2,5 0,13 0,67 18,75

28 Fubá Kg 25 17 0,83 4,17 20,40

Quadro 05: Relação dos Estoques de Insumos Fonte: Elaborado pelo Autor

Os itens no quadro acima foram ordenados de acordo com o tempo atendido pelo

estoque, levando-se em consideração o estoque atual da empresa. A partir da análise do

quadro, conclui-se que a empresa deverá concentrar suas atenções nos primeiros itens

descritos, pois estão próximos de esgotarem e causarem interrupções no processo produtivo.

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8.1 Giro de Estoque

A partir da análise do quadro acima, é possível estabelecer o giro dia de cada item do

estoque, ou seja, a quantidade diária necessária de cada item para garantir o processo

produtivo na empresa.

De acordo com Koxne, Haussmann e Beuren (2006, p. 03) “quanto maior o giro dos

estoques, menor será o prazo que as mercadorias permanecem estocadas”. É imprescindível

para a empresa calcular o seu giro de estoque tendo em vista um maior controle em relação

aos produtos estocados. O cálculo do giro do estoque permitirá também um maior controle

por parte do departamento de compras da empresa, pois as compras serão realizadas conforme

o nível de estoque e de acordo com a quantidade de itens utilizados pela empresa no período

considerado.

O giro dia dos itens do estoque de insumos da Panificadora foi calculado conforme o

Quadro 05 e a partir desse cálculo a empresa terá um maior controle da quantidade de cada

item a ser estocado, pois o giro dia estabelece a quantidade diária necessária para garantir o

processo produtivo. Com isso a empresa também terá condições de trabalhar com uma

quantidade reduzida de estoque, pois através do cálculo do giro dia , a empresa poderá reduzir

o seu estoque de forma que não haja rupturas no processo produtivo e nem excessos de itens

no estoque.

Outra questão a ser analisada é o fornecimento dos insumos, pois a entrega da maior parte dos

itens do estoque da empresa é feito mensalmente, fazendo com que a empresa tenha um alto

volume de capital imobilizado em estoques. As organizações devem procurar diminuir o

capital imobilizado em estoque, pois o excesso de estoques representa custos operacionais

para a organização. Portanto a Panificadora deverá negociar com os fornecedores a entrega

semanal daqueles itens que atualmente a entrega é feita mensalmente. Com isso a empresa

diminuirá o capital imobilizado em estoque e evitará custos desnecessários relacionados com

sua manutenção. As entregas semanais também permitirão à empresa um melhor controle em

relação ao estoque, pois será mais fácil gerenciá-lo tendo em vista a sua redução.

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8.2 Estoque de Segurança

O estoque mínimo ou estoque de segurança é o estoque mínimo necessário para

garantir o processo produtivo em uma empresa.

Segundo Dias (1993, p. 62) “o estoque mínimo destina a cobrir eventuais atrasos no

suprimento, objetivando a garantia do funcionamento ininterrupto e eficiente do processo

produtivo, sem o risco de faltas.”

A Panificadora atualmente não trabalha com o estoque de segurança, sendo que em algumas

ocasiões houve atrasos na entrega de determinados itens, fazendo com que o estoque de tais

itens chegassem ao nível zero e, conseqüentemente, causando rupturas no processo produtivo.

O quadro 05 apresenta o cálculo do estoque de segurança de cada item do estoque de

insumos da empresa, levando-se em consideração que o estoque de segurança atenderá a

empresa durante cinco dias. O cálculo do estoque de segurança foi feito a partir do giro dia do

estoque, sendo que será utilizado em caso de imprevistos no suprimento de materiais da

empresa, garantindo assim o processo produtivo.

8.3 Lead Time

O termo lead time refere-se ao tempo decorrido desde o início até o fim de um

processo, sendo que quanto menor o lead time, mais eficiente é o processo.

De acordo com Posseti (2010, p. 01) “utiliza-se o Lead Time para o ciclo de pedido

(Lead Time do Pedido) e para o ciclo total da operação logística (Lead Time de

Ressuprimento) sendo entendido como o tempo de compra mais o tempo de transporte”. De

acordo com o conceito de Lead Time, a empresa deve procurar a todo instante a redução do

tempo em seus processos. Ao se considerar o estoque de uma empresa, o Lead Time será

aplicado principalmente com o ressuprimento de materiais, considerando o tempo de resposta

de cada fornecedor em questão.

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A Panificadora deverá negociar com os fornecedores os prazos de entrega conforme

suas necessidades, de forma que o tempo decorrido entre a realização do pedido e a entrega do

produto seja o menor possível. Com isso a empresa diminuirá o tempo de seus processos e,

conseqüentemente, terá condições de atender melhor às necessidades dos clientes, no menor

tempo possível.

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9. CONCLUSÃO

A partir da pesquisa bibliográfica realizada alinhada com a realidade prática da

empresa em questão, é possível compreender a importância da administração dos recursos

materiais nos diversos tipos de empresas, principalmente no que diz respeito ao controle de

estoque.

Com o aumento da competitividade no mercado, as organizações necessitam oferecer

produtos ou serviços que sejam atrativos aos olhos dos clientes e que atendam suas

necessidades e expectativas em relação à empresa. Porém, para que a empresa consiga atender

a essas necessidades, é necessário um correto fluxo de materiais em seus processos de forma a

não faltar itens em seu estoque que venha prejudicar o atendimento ao cliente.

Este trabalho teve como objetivo propor métodos de administração dos recursos

materiais na Panificadora Rei do Pão, tendo em vista evitar rupturas no processo produtivo.

Ao se fazer uma análise da empresa, foi constatado que o principal problema é a falta

dos insumos necessários ao processo produtivo, o que ocasiona, em diversas ocasiões,

rupturas no processo produtivo, onde determinados itens deixam de ser produzidos devido à

falta dos insumos necessário à sua produção.

A partir da identificação do problema foram utilizadas diversas ferramentas citadas no

referencial teórico, como a análise ABC, giro de estoque, estoque de segurança e lead time, na

busca de uma proposta de melhoria para a organização.

Através da análise ABC foi possível relacionar os itens do estoque e classificá-los de

acordo com o valor do capital imobilizado que representam para a empresa. A partir dessa

classificação, a empresa terá condições de voltar suas atenções para os itens que apresentam

maior capital imobilizado de maneira que não tragam custos desnecessários para a

organização.

O giro dia dos itens do estoque de insumos foi calculado, tendo em vista a

identificação da quantidade diária necessária de cada item do estoque. O cálculo do giro dia

permitirá à organização um maior controle em relação ao estoque, pois a empresa terá

condições de identificar a quantidade de cada item a ser mantida em estoque.

Foi calculado também o estoque de segurança, de modo a atender a empresa em caso

de imprevistos no suprimento de materiais ou variações na demanda. O estoque de segurança

evitará rupturas no processo produtivo e garantirá a continuidade do processo.

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Conclui-se que a administração de recursos materiais é de extrema importância para

todo tipo de organização, seja industrial, comercial ou prestadora de serviços. Uma má gestão

de tais recursos pode ocasionar em sérios problemas para a organização, pois a interrupção de

um processo produtivo, além de prejudicar as vendas da empresa, prejudica a imagem da

organização frente aos seus clientes, além de abrir espaço para a concorrência. Portanto, cabe

às empresas a capacitação dos gestores que atuam nessa área, tendo em vista um melhor

gerenciamento desse setor tão importante para as organizações.

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APÊNDICE A – Layout da Empresa

Portas Comerciais

 

Porta Área de Produção

 

 

 

 

 

 

 

Freezer

Freezer

Mesa

Caixa Baleiro Balcão Câmara Fria

Prateleira Prateleira

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Porta Área Comercial

Porta

Fogão Industrial Pia

Armário

Mesa

Máquina Divisora

Batedeira Industrial

Cilindro

Mesa

Fatiador de Frios

Liquidi-ficador Industrial

Strado Armário Freezer

Prateleira

Armário

Armário

Máquina Modela-dora

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Porta Área de Produção

Porta Saída Fundos

Banheiro

Forno Industrial

Armário

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