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  • 8/6/2019 Noes de recursos materiais

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    Contedo

    ADMINISTRAO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS ................ 3

    1. AS EMPRESAS E SEUS RECURSOS ................................ ........................... 3

    2. UMA INTRODUO HISTRICA ADMINISTRAO DE MATERIAIS.. 3

    3. ADMINISTRAO DE MATERIAIS: DEFINIES................................ ....... 4

    a.1 - Subsistemas Tpicos: ................................ ................................ ............... 5

    a.2 - Subsistemas Especficos: ................................ ................................ ........ 5

    4. RESPONSABILIDADE E ATRIBUIES DA ADMINISTRAO DEMATERIAIS................................ ................................ ................................ ........................ 6

    5. OBJETIVOS PRINCIPAIS DA ADMINISTRAO DE MATERIAIS E REC.PATRIMONIAIS ................................ ................................ ................................ ................. 7

    6. TERMINOLOGIAS UTILIZADAS NA ADMINISTRAO DE MATERIAIS .. 7

    7. FLUXO DAS ATIVIDADES ................................ ................................ .............. 9

    GESTO DE ESTOQUES ................................ ................................ ..................... 10

    1. A GESTO DE ESTOQUE ................................ ................................ ............ 10

    1.1 NATUREZA DOS ESTOQUES ................................ ................................ 11

    1.2 FUNES DO ESTOQUE ................................ ................................ ....... 13

    1.3 CLASSIFICAO DE ESTOQUES ................................ ......................... 14

    1.4 CONTROLE DE ESTOQUES ................................ ................................ .. 14

    ADMINISTRAO DOS SERVIOS DE COMPRAS ................................ ......... 21

    1. NOES FUNDAMENTAIS DE COMPRAS ................................ ............... 21

    1.1 CONSIDERAES INICIAIS ................................ ................................ ... 21

    1.2 CONCEITO DE COMPRA ................................ ................................ ........ 21

    1.3 FUNO DE COMPRA ................................ ................................ ............ 23

    1.4 FLUXO SINTTICO DE COMPRAS ................................ ....................... 24

    1.5OBJETIVO DE COMPRAS ................................ ................................ ...... 24

    1.6TIPOS DE COMPRAS ................................ ................................ .............. 24

    1.7SEQNCIA LGICA DE COMPRAS ................................ ................... 26

    1.8CENTRALIZAO DAS COMPRAS................................ ....................... 26

    1.9 SELEO DE FORNECEDORES ................................ .......................... 27

    1.10 ORGANIZAO DO SERVIO DE COMPRAS................................ .. 28

    1.11 CUIDADOS AO COMPRAR ................................ ................................ ... 29

    1.12 COTAO DE PREOS ................................ ................................ ....... 30

    1.13 O PEDIDO DE COMPRA ................................ ................................ ....... 30

    1.14 O RECEBIMENTO DE MATERIAIS ................................ ...................... 32

    1.15 O ARMAZENAMENTO ................................ ................................ ........... 32

    COMERCIALIZAO E CONSUMO ................................ ................................ .... 33

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    1. COMERCIALIZAO E CONSUMO ................................ ............................ 33

    1.1 Objetivos: ................................ ................................ ................................ ... 33

    1.2 CONHECIMENTO DO PRODUTO................................ .......................... 34

    ARRANJO FSICO LAYOUT ................................ ................................ .............. 35

    RECURSOS HUMANOS ................................ ................................ ........................ 36

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    ADMINISTRAO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS

    1. AS EMPRESAS E SEUS RECURSOSToda produo depende da existncia conjunta de trs fatores de produo :natureza, capital e trabalho, integrados por um quarto fator denominado empresa.Para os economistas, todo processo produtivo se fundamenta na conjuno desses

    quatro fatores de produo.

    Os quatro fatores de produo.Cada um dos quatro fatores de produo tem uma funo es pecfica, a saber:

    a) Natureza: o fator que fornece os insumos necessrios produo, como asmatrias-primas, os materiais, a energia etc. o fator de produo que proporciona asentradas de insumos para que a produo possa se realizar. Dentre os insumos,figuram os materiais e matrias-primas;

    b) Capital: o fator que fornece o dinheiro necessrio para adquirir os insumos epagar o pessoal. O capitalrepresenta o fator de produo que permite meios paracomprar, adquirir e utilizar os demais fat ores de produo;

    c) Trabalho: o fator constitudo pela mo -de-obra, que processa e transforma osinsumos, atravs de operaes manuais ou de mquinas e ferramentas, em produtosacabados ou servios prestados. O trabalhorepresenta o fator de produo que atuasobre os demais, isto , que aciona e agiliza os outros fatores de produo. comumente denominado mo -de-obra, porque se refere principalmente ao operriomanual ou braal que realiza operaes fsicas sobre as matrias-primas, com ou semo auxlio de mquinas e equipamentos;d) Empresa: o fator integrador capaz de aglutinar a natureza, o capital e o trabalhoem um conjunto harmonioso que permite que o resultado alcanado seja muito maiordo que a soma dos fatores aplicados no negcio. Aempresaconstitui o sistema queaglutina e coordena todos os fatores de produo envolvidos, fazendo com que oresultado do conjunto supere o resultado que teria cada fator isoladamente . Istosignifica que a empresatem um efeito multiplicador, capaz de proporcionar um ganhoadicional, que o lucro. Mas adiante, ao falarmos de sistemas, teremos aoportunidade de conceituar esse efeito multiplicador, tambm denominado efeitosinergsticoou sinergia.Modernamente, esses fatoresde produo costumam ser denominados recursosempresariais. Os principais recursos empresariais so: Recursos Materiais,Recursos Financeiros, Recursos Humanos, Recursos Mercadolgicos e RecursosAdministrativos. Veja Figura:

    2. UMA INTRODUO HISTRICA ADMINISTRAO DE MATERIAIS

    A atividade de material existe desde a mais remota poca, atravs das trocas decaas e de utenslios at chegarmos aos dias de hoje, passando pela RevoluoIndustrial. Produzir, estocar, trocar objetos e mercadorias algo to antigo quanto aexistncia do ser humano.A Revoluo Industrial, meados dos sc. XVIII e XIX, acirrou a concorrncia demercado e sofisticou as operaes de comercializao dos produtos, fazendo com quecompras e estoques ganhassem maior importncia. Este perodo foi marcado p ormodificaes profundas nos mtodos do sistema de fabricao e estocagem em maiorescala. O trabalho, at ento, totalmente artesanal foi em parte substitudo pelasmquinas, fazendo com a produo evolusse para um estgio tecnologicamente maisavanado e os estoques passassem a ser vistos sob um outro prisma pelas

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    administraes. A constante evoluo fabril, o consumo, as exigncias dosconsumidores, o mercado concorrente e novas tecnologias deram novo impulso Administrao de Materiais, fazendo com que a mesma fosse vista como uma arte euma cincia das mais importantes para o alcance dos objetivos de uma organizao,seja ela qualquer que fosse.Um dos fatos mais marcantes e que comprovaram a necessidade de que materiaisdevem ser administrados cient ificamente foi, sem dvida, as duas grandes guerrasmundiais, isso sem contar com outros desejos de conquistas como, principalmente, oempreendimento de Napoleo Bonaparte. Em todos os embates ficou comprovadoque o fator abastecimento ou suprimento se con stituiu em elemento de vitalimportncia e que determinou o sucesso ou o insucesso dos empreendimentos.Soldados e estratgias por mais eficazes que fossem, eram insuficientes para oalcance dos resultados esperados.Munies, equipamentos, vveres, vestu rios adequados, combustveis foram, so esero necessrios sempre, no momento oportuno e no local certo, isto quer dizer queadministrar materiais como administrar informaes: quem os tm quandonecessita, no local e na quantidade necessria, possui a mpla possibilidade de ser bemsucedido.

    3. ADMINISTRAO DE MATERIAIS: DEFINIESA Administrao de Materiais definida como sendo um conjunto de atividadesdesenvolvidas dentro de uma empresa, de forma centralizada ou no, destinadas asuprir as diversas unidades, com os materiais necessrios ao desempenho normal dasrespectivas atribuies. Tais atividades abrangem desde o circuito dereaprovisionamento, inclusive compras, o recebimento, a armazenagem dos materiais,o fornecimento dos mesmos aos rgos requisitantes, at as operaes gerais decontrole de estoques etc.Em outras palavras: A Administrao de Materiais visa garantia de existnciacontnua de um estoque, organizado de modo a nunca faltar nenhum dos itens que ocompem, sem tornar excessivo o investimento total.A Administrao de Materiais moderna conceituada e estudada como umSistema Integradoem que diversos subsistemas prprios interagem para constituir umtodo organizado. Destina-se a dotar a administrao dos meios necess rios aosuprimento de materiais imprescindveis ao funcionamento da organizao, no tempooportuno, na quantidade necessria , na qualidade requerida e pelo menor custo.A oportunidade, no momento certo para o suprimento de materiais, influi no tamanhodos estoques. Assim, suprir antes do momento oportuno acarretar, em regra,estoques altos, acima das necessidades imediatas da organizao. Por outro lado, aprovidncia do suprimento aps esse momento poder levar a falta do materialnecessrio ao atendimento de determinada necessidade da administrao. Do mesmomodo, o tamanho do Lote de Compra acarreta as mesmas conseqncias:quantidades alm do necessrio representam inverses em estoques ociosos, assimcomo, quantidades aqum do necessrio po dem levar insuficincia de estoque, oque prejudicial eficincia operacional da organizao.

    Estes dois eventos, tem

    po oportuno e quantidade necessria , acarretam, se malplanejados, alm de custos financeiros indesejveis, lucros cessantes, fatores essesdecorrentes de quaisquer das situaes assinaladas. Da mesma forma, a obteno dematerial sem os atributos da qualidaderequeridapara o uso a que se destina acarretacustos financeiros maiores, retenes ociosas de capital e oportunidades de lucro norealizadas. Isto porque materiais, nestas condies podem implicar em paradas demquinas, defeitos na fabricao ou no servio, inutilizao de material, comprasadicionais, etc.

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    Os subsistemas da Administrao de Materiais, integrados de forma sist mica,fornecem, portanto, os meios necessrios consecuo das quatro condies bsicasalinhadas acima, para uma boa Administrao de material.Decompondo esta atividade atravs da separao e identificao dos seus elementoscomponentes, encontramos as seguintes subfunes tpicas da Administrao deMateriais, alm de outras mais especficas de organizaes mais complexas:

    a.1 - Subsistemas Tpicos:A.1.1- Controle de Estoque - subsistema responsvel pela gesto econmica dosestoques, atravs do planejamento e da programao de material, compreendendo aanlise, a previso, o controle e o ressuprimento de material. O estoque necessriopara que o processo de produo -venda da empresa opere com um nmero mnimode preocupaes e desnveis. Os est oques podem ser de: matria -prima, produtos emfabricao e produtos acabados. O setor de controle de estoque acompanha econtrola o nvel de estoque e o investimento financeiro envolvido.A.1.2- Classificao de Material - subsistema responsvel pela iden tificao(especificao), classificao, codificao, cadastramento e catalogao de material.a.1.3- Aquisio / Compra de Material - subsistema responsvel pela gesto,negociao e contratao de compras de material atravs do processo de licitao. Osetor de Compras preocupa -se sobremaneira com o estoque de matria -prima. da

    responsabilidade de Compras assegurar que as matrias -primas exigida pelaProduo estejam disposio nas quantidades certas, nos perodos desejados.Compras no somente responsvel pela quantidade e pelo prazo, mas precisatambm realizar a compra em preo mais favorvel possvel, j que o custo damatria-prima um componente fundamental no custo do produto.a.1.4- Armazenagem / Almoxarifado - subsistema responsvel pela gesto fsica dosestoques, compreendendo as atividades de guarda, preservao, embalagem,recepo e expedio de material, segundo determinadas normas e mtodos dearmazenamento. O Almoxarifado o responsvel pela guarda fsica dos materiais emestoque, com exceo dos produtos em processo. o local onde ficam armazenadosos produtos, para atender a produo e os materiais entregues pelos fornecedoresa.1.5- Movimentao de Material - subsistema encarregado do controle enormalizao das transaes de recebimento, fornecimento, devolues,transferncias de materiais e quaisquer outros tipos de movimentaes de entrada ede sada de material.a.1.6 - Inspeo de Recebimento - subsistema responsvel pela verificao fsica edocumental do recebimento de material, podendo ainda encarregar -se da verificaodos atributos qualitativos pelas normas de controle de qualidade.a.1.7 - Cadastro - subsistema encarregado do cadastramento de fornecedores,pesquisa de mercado e compras.

    a.2 - Subsistemas Especficos:a.2.1 - Inspeo de Suprimentos - subsistema de apoio responsvel pela verificaoda aplicao das normas e dos procedimentos estabelecidos para o funcionamento daAdministrao de Materiais em toda a organizao, analisando os desvios da polticade suprimento traada pela administrao e proporcionando solues.a.2.2 - Padronizao e Normalizao - subsistema de apoio ao qual cabe a obtenode menor nmero de variedades existentes de determinado tipo de material, por meiode unificao e especificao dos mesmos, propondo medidas de reduo deestoques.a.2.3 - Transporte de Material - subsistema de apoio que se responsabiliza pelapoltica e pela execuo do transporte, movimentao e distribuio de material. Acolocao do produto acabado nos clientes e as entregas das matrias -primas nafbrica de responsabilidade do setor de Transportes e Distribuio. nesse setor

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    que se executa a Administrao da frota de veculos da empresa, e/ou onde tambmso contratadas as transportadoras que prestam serv ios de entrega e coleta.A integrao destas subfunes funciona como um sistema de engrenagens queaciona a Administrao de Material e permite a interface com outros sistemas daorganizao. Assim, quando um item de material recebido do fornecedor, ho uve,antes, todo um conjunto de aes inter -relacionadas para esse fim:

    Quando do recebimento, do m aterial pelo almoxarifado:

    o subsistema de Inspeo acionado, de modo que os itens aceitos pela inspeofsica e documental so encaminhados ao subsistema de Armazenagem para guardanas unidades de estocagem prprias e demais providncias, ao mesmo tempo que osubsistema de Controle de Estoque informado para proceder aos registros fsicos e

    contbeis da movimentao de entrada. O subsistema de Cadastro tambm informado, para encerrar o dossi de compras e processar as anotaes cadastraispertinentes ao fornecimento.Os materiais recusados pelo subsistema de Inspeo so devolvidos ao fornecedor . Adevoluo providenciada pelo subsistema de Aquisio que aciona o fornecedorpara essa providncia aps ser informado, pela Inspeo, que o material no foiaceito. Igualmente, o subsistema de Cadastro informado do evento para providenciaro encerramento do processo de compra e processar, no cadastro de fornecedores, osregistros pertinentes.Quando o material requisitado dos estoques, este evento comunicado aosubsistema de Controle de Estoque pelo subsistema de Armazenagem. Este procede baixa fsica e contbil, podendo, gerar com isso, uma ao de ressuprimento.Neste caso, emitida pelo subsistema de Controle de Estoques uma ordem aosubsistema de Compras, para que o material seja comprado de um dos fornecedorescadastrados e habilitados junto organizao pelo subsistema de Cadastro. Aps aconcretizao da compra, o subsistema de Cadastro tambm fica responsvel paraprovidenciar, junto aos fornecedores, o cumprimento do prazo de entrega contratual ,iniciando o ciclo, novamente, por ocasio do receb imento de material.Todos esses subsistemas no aparecem configurados na Administrao deMateriais de qualquer organizao. As partes componentes desta funo dependemdo tamanho, do tipo e da complexidade da organizao, da natureza e de suaatividade-fim, e do nmero de itens do inventrio.

    4. RESPONSABILIDADE E ATRIBUIES DA ADMINISTRAO DEMATERIAISa) suprir, atravs de Compras, a empresa, de todos os materiais necessrios aoseu funcionamento;b) avaliar outras empresas como possveis fornecedores;c) supervisionar os almoxarifados da empresa;d) controlar os estoques;e) aplicar um sistema de reaprovisionamento adequado, fixando EstoquesMnimos, Lotes Econmicos e outros ndices necessrios ao gerenciamentodos estoques, segundo critrios aprovado s pela direo da empresa;f) manter contato com as Gerncias de Produo, Controle de Qualidade,Engenharia de Produto, Financeira etc.

    Controle de

    EstoquesCompras Cadastro

    InspeoArmazenag

    em

    Controlede

    Estoques

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    g) estabelecer sistema de estocagem adequado;h) coordenar os inventrios rotativos.

    5. OBJETIVOS PRINCIPAIS DA ADMINISTRAO DE MATERIAIS E REC.PATRIMONIAIS

    A Administrao de Materiais tem por finalidade principal assegurar o contnuo

    abastecimento de artigos necessrios para comercializao direta ou capaz deatender aos servios executados pela empresa.As empresas objetivam diminuir os custos operacionais para que elas e seusprodutos possam ser competitivos no mercado.Mais especificamente, os materiais precisam ser de qualidade produtiva paraassegurar a aceitao do produto final. Precisam estar na empresa prontos para oconsumo na data desejada e com um preo de aquisio acessvel, a fim de que oproduto possa ser competitivo e assim, dar empresa um retorno satisfatrio docapitalinvestido.Segue os principais objetivos da rea de Administrao de Recursos Mat eriais ePatrimoniais:a) Preo Baixo - este o objetivo mais bvio e, certamente um dos mais

    importantes. Reduzir o preo de compra implica em aumentar os lucros, semantida a mesma qualidade;b) Alto Giro de Estoques - implica em melhor utilizao do ca pital, aumentandoo retorno sobre os investimentos e reduzindo o valor do capital de giro;c) Baixo Custo de Aquisio e Posse - dependem fundamentalmente daeficcia das reas de Controle de Estoques, Armazenamento e Compras;d) Continuidade de Fornecimento - resultado de uma anlise criteriosaquando da escolha dos fornecedores. Os custos de produo, expedio etransportes so afetados diretamente por este item;e) Consistncia de Qualidade - a rea de materiais responsvel apenas pelaqualidade de materiais e servios provenientes de fornecedores externos. Emalgumas empresas a qualidade dos produtos e/ou servios constituem -se nonico objetivo da Gerncia de Materiais;f) Despesas com Pessoal - obteno de melhores result ados com a mesmadespesa ou, mesmo resultado com menor despesa - em ambos os casos oobjetivo obter maior lucro final. As vezes compensa investir mais empessoal porque pode -se alcanar com isto outros objetivos, propiciando maiorbenefcio com relao aos custos ;11g) Relaes Favorveis com Fornecedores - a posio de uma empresa nomundo dos negcios , em alto grau determinada pela maneira como negociacom seus fornecedores;h) Aperfeioamento de Pessoal - toda unidade deve estar interessada emaumentar a aptido de seu pessoal;i) Bons Registros - so considerados como o objetivo primrio, pois contribuem

    para o papel da Administrao de Material, na sobrevivncia e nos lucros daempresa, de forma indireta.

    6. TERMINOLOGIAS UTILIZADAS NA ADMINISTRAO DE MATERIAISa) Artigo ou Item- designa qualquer material, matria -prima ou produto acabadoque faa parte do estoque;b) Unidade - identifica a medida, tipo de acondicionamento, caractersticas deapresentao fsica ( caixa, bloco, rolo, folha, l itro, galo, resma, vidro, pea,quilograma, metro, .... );c) Pontos de Estocagem- locais aonde os itens em estoque so armazenados e

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    sujeitos ao controle da administrao;d) Estoque - conjunto de mercadorias, materiais ou artigos existentes fisicamenteno almoxarifado espera de utilizao futura e que permite suprir regularmenteos usurios, sem causar interrupes s unidades funcionais da organizao;e) Estoque Ativo ou Normal- o estoque que sofre flutuaes quanto aquantidade, volume, peso e c usto em conseqncia de entradas e sadas;f) Estoque Morto ou Inativo - no sofre flutuaes, esttico;g) Estoque Empenhado ou Reservado - quantidade de determinado item, comutilizao certa, comprometida previamente e que por alguma razo permanecetemporariamente em almoxarifado. Est disponvel somente para umaaplicao ou unidade funcional especfica;h) Estoque de Recuperao - quantidades de itens constitudas por sobras deretiradas de estoque, salvados ( retirados de uso atravs de desmontagen s)12etc., sem condies de uso, mas passveis de aproveitamento apsrecuperao, podendo vir a integrar o Estoque Normal ou Estoque de MateriaisRecuperados, aps a obteno de sua condies normais;i) Estoque de Excedentes, Obsoletos ou Inservveis - constitui as quantidadesde itens em estoque, novos ou recuperados, obsoletos ou inteis que devemser eliminados. Constitui um Estoque Morto;j) Estoque Disponvel- a quantidade de um determinado item existente emestoque, livre para uso;k) Estoque Terico - o resultado da soma do disponvel com a quantidadepedida, aguardando o fornecimento;l) Estoque Mnimo: a menor quantidade de um artigo ou item que dever existirem estoque para prevenir qualquer eventualidade ou emergncia ( falta )provocada por consumo anormal ou atraso de entrega;m) Estoque Mdio, Operacional: considerado como sendo a metade daquantidade necessria para um determinado perodo mais o Estoque deSegurana;n) Estoque Mximo: a quantidade necessria de um item para supr ir aorganizao em um perodo estabelecido mais o Estoque de Segurana;

    o) Ponto de Pedido, Lim

    ite de Cham

    ada ouPonto de Ressuprim

    ento:

    aquantidade de item de estoque que ao ser atingida requer a anlise pararessuprimento do item;p) Ponto de Chamada de Emergncia: a quantidade que quando atingidarequer medidas especiais para que no ocorra ruptura no estoque.Normalmente igual a metade do Estoque Mnimo;q) Ruptura de Estoque: ocorre quando o estoque de determinado item zera ( E =0 ). A continuao das solicitaes e o no atendimento a caracteriza;r) Freqncia - o nmero de vezes que um item solicitado ou comprado emum determinado perodo;s) Quantidade a Pedir - a quantidade de um item que dever ser fornecida oucomprada;13

    t) Tempo de Tramitao Interna: o tempo que um documento leva, desde omomento em que emitido at o momento em que a compra formalizada;u) Prazo de Entrega: tempo decorrido da data de formalizao do contratobilateral de compra at a data de recebimento da mercadoria;v) Tempo de Reposio, Ressuprimento: tempo decorrido desde a emisso dodocumento de compra ( requisio ) at o recebimento da mercadoria;w) Requisio ouPedido de Compra - documento interno que desen cadeia oprocesso de compra;x) Coleta ou Cotao de Preos: documento emitido pela unidade de Compras,solicitando ao fornecedor Proposta de Fornecimento. Esta Coleta dever conter

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    todas as especificaes que identifiquem individualmente cada item;y) Proposta de Fornecimento - documento no qual o fornecedor explicita ascondies nas quais se prope a atender (preo, prazo de entrega, condiesde pagamento etc);z) Mapa Comparativo de Preos - documento que serve para confrontarcondies de fornecimento e decidir sobre a mais vivel;aa) Contato, Ordem ouAutorizao de Fornecimento: documento formal,firmado entre comprador e fornecedor, que juridicamente deve garantir a ambos(fornecimento x pagamento);bb) Custo Fixo:- o custo que independe das quan tidades estocadas oucompradas ( mo-de-obra, despesas administrativas, de manuteno etc. );cc) Custo Varivel - existe em funo das variaes de quantidade e de despesasoperacionais;dd) Custo de Manuteno de Estoque, Posse ouArmazenagem: so os custosdecorrentes da existncia do item ou artigo no estoque. Varia em funo donmero de vezes ou da quantidade comprada;ee) Custo de Obteno de Estoque, do Pedido ouAquisio: constitudo pelasomatria de todas as despesas efetivamente realizadas no processamento deuma compra. Varia em funo do nmero de pedidos emitidos ou dasquantidades compradas.14ff) Custo Total: o resultado da soma do Custo Fixo com o Custo de Posse e oCusto de Aquisio;gg) Custo Ideal: aquele obtido no ponto de encontro ou interseo das curvasdos Custos de Posse e de Aquisio. Representa o menor valor do Custo Total.

    7. FLUXO DAS ATIVIDADESComAnlise de mercado ou nec ProdProgramao e controle de estoqueCompra, Recebimento, Armazenamento, Consumo ou comercializaoControle do EstoqueAnlise econmico- financeira15Analisando o esquema acima, percebemos a relao de interdependncia. Anlise de mercado ou necessidade de produo: permite avaliar acapacidade de consumo. Anlise economico financeira: atravs dela que se analisa a capacidadeempresarial, as despesas e a lucratividade, visualizando assim as possibilidades deinvestimento. Programao e controle de estoque: consiste em definir o estoque idealpara as necessidades da empresa, e o controle visa, rapidez de atendimento, menoraplicao do capital de giro, possibilidades de rotatividade do estoque, etc. Compras: A funo de compras um segmento essencial do departamentode materiais ou suprimentos, que tem por finalidade suprir as necessidades de

    materiaisou servios, planej-las quantitativamente e satisfaz-las no momento certo com asquantidades corretas, verificar se recebeu efetivamente o que foi comprado eprovidenciar armazenamento. Os objetivos bsicos de uma seo de compras so:A) Comprar materiais e insumos aos menores preos, obedecendopadres de qualidade e quantidade;B) Procurar sempre dentro de uma negociao justa e honesta asmelhores condies para a empresa, principalmente as depagamento.

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    Para efetuar uma boa compra, a empresa deve seguir certos mandamentos queincluem a verificao de prazos, preos, qualidade e volume. Deve -se mantercadastrosde fornecedores, analis -los, fazer uma seleo e procurar ter uma bomrelacionamentocom o mercado fornecedor.Entre as caracteristicas bsicas de um sistema adequado de compras, podemosdestacar:A) Sistema de compras a trs cotaes: Tem por finalidade partir de umnmero mnimo de cotaes para encorajar novos competidores. A prseleodos concorrentes qualificados evita o dispndio de tempo comum grande nmero de fornecedores.16B) Sistema de preos objetivos: O conhecimento prvio do preo justo,alm de ajudar nas decises do comprador, proporciona u ma verificaodupla no sistema de cotaes. Pode ainda ajudar os fornecedores aserem competitivos, mostrando-lhes que seus preos esto fora deconcorrncia.C) Duas ou mais aprovaes: No mnimo duas pessoas esto envolvidasem cada deciso da escolha do fornecedor. Isto estabelece uma defesados interesses da empresa pela garantia de um melhor julgamento,protegendo o comprador ao possibilitar reviso de uma decisoindividual.D) Documentao escrita: Documentao anexa ao ped ido, possibilita noato da Segunda assinatura, o exame de cada fase de negociao,permite reviso e estar sempre disponvel junto ao processo decompra para esclarecer qualquer dvida posterior.17FACULDADE DE CINCIAS ADMINISTRATIVAS E CONTBEIS DE LIN SCurso de AdministraoGESTO DE ESTOQUELINS / 2005

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    GESTO DE ESTOQUES

    1. A GESTO DE ESTOQUEA gesto de estoque , basicamente, o ato de gerir recursosociosospossuidoresde valor econmico e destinado ao suprimento das necessidades futuras de mat erial ,numa organizao.Os investimentos no so dirigidos por uma organizao somente para aplicaesdiretas que produzam lucros, tais como os investimentos em mquinas e emequipamentos destinados ao aumento da produo e, conseqentemente, das vendas .Outros tipos de investimentos, aparentemente, no produzem lucros. Entre estesesto as inverses de capital destinadas a cobrir fatores de risco em circunstnciasimprevisveis e de soluo imediata. o caso dos investimentos em estoque, queevitamque se perca dinheiro em situao potencial de risco presente. Por exemplo, na faltademateriais ou de produtos que levam a no realizao de vendas, a paralisao defabricao, a descontinuidade das operaes ou servios etc., alm dos custosadicionaise excessivos que, a partir destes fatores, igualam, em importncia estratgica eeconmica, os investimentos em estoque aos investimentos ditos diretos.

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    Porm, toda a aplicao de capital em inventrio priva de investimentos maisrentveis uma organizao i ndustrial ou comercial. Numa organizao pblica, aprivao em relao a investimentos sociais ou em servios de utilidade pblica.A gesto dos estoques visa, portanto, numa primeira abordagem, manter osrecursos ociosos expressos pelo inventrio, em c onstante equilbrio em relao aonveleconmico timo dos investimentos. E isto obtido mantendo estoques mnimos, semcorrer o risco de no t-los em quantidades suficientes e necessrias para manter ofluxoda produo da encomenda em equilbrio com o fluxo de consumo.19

    1.1 NATUREZA DOS ESTOQUESEstoque a composio de materiais - materiais em processamento, materiaissemi-acabados, materiais acabados - que no utilizada em determinado momento naempresa, mas que precisa existir em funo de futu ras necessidades. Assim, oestoqueconstitui todo o sortimento de materiais que a empresa possui e utiliza no processo deproduo de seus produtos/servios.

    Os estoques podem ser entendidos ainda, de forma generalizada, como certaquantidade de itens mant idos em disponibilidade constante e renovados,permanentemente, para produzir lucros e servios. So lucros provenientes dasvendas eservios, por permitirem a continuidade do processo produtivo das organizaes.Representam uma necessidade real em qualqu er tipo de organizao e, ao mesmotempo, fonte permanente de problemas, cuja magnitude funo do porte, dacomplexidade e da natureza das operaes da produo, das vendas ou dos servios.A manuteno dos estoques requer investimentos e gastos muitas v ezes elevados.Evitar sua formao ou, quando muito, t -los em nmero reduzido de itens e emquantidades mnimas, sem que, em contrapartida, aumente o risco de no sersatisfeita ademanda dos usurios ou dos consumidores em geral, representa um ideal conflitantecom a realidade do dia -a-dia e que aumenta a importncia da sua gesto.A acumulao de estoquesem nveis adequados uma necessidade para onormal funcionamento do sistema produt ivo. Em contrapartida, os estoquesrepresentamum enorme investimento financeiro. Deste ponto de vista, os estoquesconstituem umativo circulante necessrio para que a empresa possa produzir e vender com ummnimorisco de paralisao ou de preocupao. O s estoquesrepresentam um meio deinvestimento de recursos e podem alcanar uma respeitvel parcela dos ativos totaisdaempresa. A administrao dos estoquesapresenta alguns aspectos financeiros queexigem um estreito relacionamento com a rea de finana s, pois enquanto a

    Adm

    inistrao de Materiais est voltada para a facilitao do fluxo fsico dosmateriais eo abastecimento adequado produo e a vendas, a rea financeira est preocupadacom o lucro, a liquidez da empresa e a boa aplicao dos recursos empresariais.20A incerteza de demanda futura ou de sua variao ao longo do perodo deplanejamento; da disponibilidade imediata de material nos fornecedores e documprimentodos prazos de entrega; da necessidade de continuidade operacional e daremunerao do

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    capital investido, so as principais causas que exigem estoques permanentemente mopara o pronto atendimento do consumo interno e/ou das vendas. Isto mantm aparidadeentre esta necessidade e as exigncias de capital de giro. essencial, entretanto, para a compreenso mais ntida dos estoques, oconhecimento das principais funes que os mesmos desempenham nos maisvariadostipos de organizao, e que conheamos as suas diferentes es pcies. Ter noo claradas diversas naturezas de inventrio, dentro do estudo da Administrao de Material,evita distores no planejamento e indica gesto a forma de tratamento que deve serdispensado a cada um deles, alm de evitar que medidas corret as, aplicadas aoestoqueerrado, levem a resultados desastrosos, sobretudo, se considerarmos que, vezes,considerveis montantes de recursos esto vinculados a determinadas modalidadesdeestoque.Cada espcie de inventrio segue comportamentos prprios e sofre influnciasdistintas, embora se sujeitando, em regra, aos mesmos princpios e s mesmasestruturasde controle. Assim, por exemplo, os estoques destinados venda so sensveis ssolicitaes impostas pelo mercado e decorrentes das alteraes da oferta e procura edacapacidade de produo, enquanto os destinados ao consumo interno da empresa soinfluenciados pelas necessidades contnuas da produo, manuteno, das oficinas edosdemais servios existentes.J outras naturezas de estoque podem a presentar caractersticas bem prpriasque, no esto sujeitas a influncia alguma. o caso dos estoques de sucata, nodestinada ao reprocessamento ou beneficiamento e formados de refugos defabricao oude materiais obsoletos e inservveis destinados alienao e outros fins. Em uma

    indstria, estes estoques podem vir a formar -se aleatoriamente, ao longo do tempo,caracterizando-se como contingncias de armazenagem. Acabam representando,mesmo, para algumas organizaes, verdadeiras fontes de receitas ( extra-operacional ),enquanto os estoques destinados ao consumo interno constituem -se, to somente, emdespesas. Entretanto, esta diviso por si s, pode trazer dvidas a partir da definioda21natureza de cada um destes estoques. Se entendermos por p roduto acabado todomaterial resultante de um processo qualquer de fabricao, e por matrias -primas todoelemento bruto necessrio ao fabrico de alguma coisa, perdendo as suascaractersticasfsicas originais, mediante o processo de transformao a que f oi submetido, podemos

    dizer, por exemplo, que a terra adubada, o cimento, a areia de fundio preparadacom abentonita, o melao e outros produtos que so misturados a ela para dar maiorconsistncia aos moldes que recebero o ao derretido para a confec o de peasconstituem-se em produtos acabados para seus fabricantes, e em matrias -primasparaseus consumidores que os utilizaro na fabricao de outros produtos.Do mesmo modo, a terra, a argila, o melao e a areia, em seu estado natural,podem constituir-se em insumos bsicos de produo ou em produtos acabados,

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    dependendo da finalidade ou do uso destes itens para a empresa. As porcas, asarruelas,os parafusos etc., empregados na montagem de um equipamento, por exemplo, soprodutos semi-acabados para o montador, mas, para o fabricante que osvendeu, trata-se de produtos-finais.Diante dos exemplos apresentados, surge, naturalmente, outra classificao:estoques de venda e de consumo interno. Para uma indstria, os produtos de suafabricao integraro os estoques de venda e, para outra, que os utilizar na produodeoutro bem, integraro os estoques de material de consumo. Por sua vez, o estoque devenda pode desdobrar-se em estoque de varejo e de atacado. O estoque de consumopode subdividir-se em estoque de material especfico e geral. Este ltimo podedesdobrarse,ainda, em estoque de artigos de escritrio, de limpeza e conservao etc.Temos assim, diferentes maneiras de se distinguir os estoques, considerando anatureza, finalidade, uso ou aplicao etc. dos materiais que os compem. Oimportante,todavia, nestas classificaes, que procuram mostrar os diferentes tipos deestoque e o que eles representam para cada empresa, que elas servem desubsdiosvaliosos para a (o): configurao de um sistema de material; estruturao dosalmoxarifados; estabelecimento do fluxo de informao do sistema; estabelecimentodeuma classificao de material; poltica de centralizao e descentralizao dosalmoxarifados; dimensionamento das reas de armaz enagem; planejamento na formadecontrole fsico e contbil.22

    1.2 FUNES DO ESTOQUEAs principais funes do estoque so:a) Garantiroabastecimento demateriais empresa , neutralizando os efeitos de:- demora ou atraso no fornecimento de materiais;- sazonalidade no suprimento;- riscos de dificuldade no fornecimento.b) Proporcionareconomias deescala: - atravs da compra ou produo em lotes econmicos;- pela flexibilidade do processo produtivo;- pela rapidez e eficincia no atendimento s necess idades.Os estoquesconstituem um vnculo entre as etapas do processo de compra e venda -no processo de comercializao em empresas comerciais - e entre as etapas decompra,transformao e venda - no processo de produo em empresas industrias. Emqualquerponto do processo formado por essas etapas, os estoquesdesempenham um papel

    importante na flexibilidade operacional da empresa. Funcionam como amortecedoresdasentradas e sadas entre as duas etapas dos processos de comercializao e deproduo,pois minimizam os efeitos de erros de planejamento e as oscilaes inesperadas deofertae procura, ao mesmo tempo em que isolam ou diminuem as interdependncias dasdiversas partes da organizao empresarial.

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    1.3 CLASSIFICAO DE ESTOQUES1.3.1 Estoques de Matrias-Primas (MPs)Os estoques de MPsconstituem os insumos e materiais bsicos que ingressam noprocesso produtivo da empresa. So os tens iniciais para a produo dosprodutos/servios da empresa.231.3.2Estoques de Materiais emProcessamento ou em V ias

    Os estoques de materiais em processamento - tambm denominados materiais emvias - so constitudos de materiais que esto sendo processados ao longo dasdiversassees que compem o processo produtivo da empresa. No esto nem noalmoxarifado- por no serem mais MPsiniciais - nem no depsito - por ainda no serem Pas. Maisadiante sero transformadas em Pas.1.3.3 Estoques de Materiais Semi -acabadosOs estoques de materiais semi -acabados referem-se aos materiais parcialmenteacabados, cujo processamento est em algum estgio intermedirio de acabamento eque se encontram tambm ao longo das diversas sees que compem o processoprodutivo. Diferem dos materiais em processamento pelo seu estgio mais avanado,poisse encontram quase acabados, faltando apenas mais algumas etapas do processoprodutivo para se transformarem em materiais acabados ou em PAs.1.3.4 Estoques de Materiais Acabados ou ComponentesOs estoques de materiais acabados - tambm denominados componentes -referem-se a peas isoladas ou componentes j acabados e prontos para seremanexados ao produto. So, na realidade, partes prontas ou montadas que, quandojuntadas, constituiro o PA.1.3.5Estoques de Produtos Acabados (Pas)Os Estoques de Passe referem aos produtos j pron tos e acabados, cujoprocessamento foi completado inteiramente. Constituem o estgio final do processoprodutivo e j passaram por todas as fases, como MP, materiais em processamento,materiais semi-acabados, materiais acabados e Ps.

    241.4 CONTROLE DE ESTOQUES

    O objetivo bsico do controle de estoques evitar a falta de material sem que estadiligncia resulte em estoque excessivos s reais necessidades da empresa.O controle procura manter os nveis estabelecidos em equilbrio com asnecessidades de consumo ou das vendas e os custos da decorrentes. Paramantermoseste nvel de gua, no tanque, preciso que a abertura ou o dimetro doralo permita vazo proporcional ao volume de gua que sai pela torneira. Sefecharmoscom o ralo destampado, interrompen do, assim, o fornecimento de gua, o nvel, emunidades volumtricas, chegar, aps algum tempo, a zero. Por outro lado, se a

    mantivermos aberta e fecharmos o ralo, impedindo a vazo, o nvel subir at

    o pontodetransbordar. Ou, se o dimetro do raio permite a sada da gua, em volume maior queaentrada no tanque, precisaremos abrir mais a torneira, permitindo o fluxo maior paracompensar o excesso de escapamento e evitar o esvaziamento do tanque.De forma semelhante, os nveis dos estoques esto suje itos velocidade dademanda. Se a constncia da procura sobre o material for maior que o tempo deressuprimento, ou estas providncias no forem tomadas em tempo oportuno, a fim deevitar a interrupo do fluxo de reabastecimento, teremos a situao de ru ptura ou de

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    esvaziamento do seu estoque, com prejuzos visveis para a produo, manuteno,vendas etc.Se, em outro caso, no dimensionarmos bem as necessidades do estoque,poderemos chegar ao ponto de excesso de material ou ao transbordamento dos seusnveis em relao demanda real, com prejuzos para a circulao de capital.O equilbrio entre a demanda e a obteno de material, onde atua , sobretudo, ocontrole de estoque, um dos objetivos da gesto.1.4.1 FUNES DO CONTROLE DE ESTOQUEPara organizar um setor de controle de estoques, inicialmente devemos descreversuas funes principais que so:25a) determinar "o que" deve permanecer em estoque. Nmero de itens;b) determinar "quando" se devem reabastecer os estoques. Periodicidade;c) determinar "quanto" de estoque ser necessrio para um perodopredeterminado; quantidade de compra;d) acionar o Depto de Compras para executar aquisio de estoque;e) receber, armazenar e atender os materiais estocados de acordo com asnecessidades;f) controlar os estoques em termos de quantidade e valor, e fornecerinformaes sobre a posio do estoque;g) manter inventrios peridicos para avaliao das quantidades e estadosdos materiais estocados;h) identificar e retirar do estoque os itens obsoletos e danificados.1.4.2 CLASSIFICAO ABCA curva ABC um importante instrumento para o administrador; ela permiteidentificar aqueles itens que justificam ateno e tratamento adequados quanto suaadministrao. Obtm-se a curva ABC atravs da ordenao dos itens conforme a suaimportncia relativa.Verifica-se, portanto, que, uma vez obtida a seqncia dos itens e sua classificaoABC, disso resulta imediatamente a aplicao preferencial das tcnicas de gestoadministrativas, conforme a importncia dos itens.A curva ABC tem sido usada para a administrao de estoques, para definio de

    polticas de vendas, estabelecimento de prioridades para a programao da produoeuma srie de outros problemas usuais na empresa.Aps os itens terem sido ordenados pela importncia relativa, as classes da curvaABC podem ser definidas das seguintes maneiras:Classe A: Grupo de itens mais importante que devem ser trabalhados com umaateno especial pela administrao.Classe B: Grupo intermedirio.26Classe C: Grupo de itens menos importantes em termos de movimentao,noentanto, requerem ateno pelo fato de gerarem custo de manter estoque.Exemplo:faturamento

    100-90-80-70-60-50- CLASSE CLASSE40- "B" "C"30- CLASSE20- "A"10-

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    0200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000 2200 2400n de itensA = 480 itensB = 720 itensC = 1200 itensA classe "A" so os itens que nesse caso do a sustentao de vendas, podemosperceber que apenas 20% dos itens corresponde a 80% do faturamento.(altarotatividade).A classe B responde por 30% dos itens em estoque e 15% dofaturamento.(rotatividade mdia).A classe "C" compreende a sozinha 50% dos itens em estoque, respondendo porapenas 5% do faturamento.1.4.2.1 MONTAGEM DA CURVA ABC- Relacionar os itens analisados no per odo que estiver sendo analisado;- Nmero ou referencia do produto;- Nome do produto;- Preos unitrio atualizado;- Valor total do consumo;- Arrume os itens em ordem decrescente de valor;27- Some o total do faturamento;- Defina os itens da classe "A" = 80% do faturamento;- Fat. Classe "A" = Fat. Total x 80;100- Defina os itens da classe "B" = 15% do faturamento;- Defina os itens da classe "C" = 5% do faturamento;- Aps conhecidos esses valores define-se os itens de cada classe.1.4.3 NVEIS DE ESTOQUES1.4.3.1 CURVA DENTE DE SERRAA apresentao da movimentao (entrada e sada) de uma pea dentro de umsistema de estoque pode ser feita por um grfico.

    Quantidade140 - Consumo Consumo120 -100 -80 -60 -40 - reposio20 -J F M A M J J A S O N DTempoGrfico 2: Dente de SerraO ciclo acima representado ser sempre repetitivo e constante se:a) no existir alterao de consumo durante o tempo T;

    b) no existirem falhas adm. que provoquem um esquecimento ao solicitarcompra;c) o fornecedor nunca atrasar;d) nenhuma entrega do fornecedor for rejeitada pelo controle de qualidade.Como sabemos essa condio realmente no ocorre para isso devemos preveressas possveis falhas na operao como representado abaixo:28Quantidade140 -120 -

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    100 -80 -60 -40 -20 -0 --20 - J F M A M J J A S O N D-40 - Tempo-60 --80 -J J A SGrfico 3 Dente de serra de rupturaNo grfico acima podemos notar, que durante os meses de junho, julho e agosto esetembro, o estoque esteve a zero e deixou de atender a uma quantidade de 80peas.A partir dessa anlise conclumos que deveramos ento estabelecer um estoquede segurana.Quantidade140 -120 -100 -80 -60 - Estoque40 - Mnimo20 -J F M A M J J A S O N DTempoGrfico 4 Dente de serra utilizando estoque mnimo1.4.3.2 TEMPO DE REPOSIO; PONTO DE PEDIDOa) emisso do pedido - Tempo que se leva desde a emisso do pedido decompras at ele chegar ao fornecedor;b) preparao do pedido - Tempo que leva o fornecedor para fab ricar os

    produtos, separar, emitir faturamento e deix -los em condies de seremtransportados.29c) Transportes - Tempo que leva da sada do fornecedor at o recebimentopela empresa dos materiais encomendados.E.Max.PPE.Min.1 2 3TRGrfico 5 Dente de serra com tempo de reposio x ponto de pedidoEm virtude de sua grande importncia, este tempo deve ser determinado de modomais realista possvel, pois as variaes ocorridas durante esse tempo podem alterar

    todaa estrutura do sistema de estoques.1.4.3.2.1 DETERMINAO DO PONTO DE PEDIDO (PP).PP = C x TR + E.minOnde:PP = Ponto de pedidoC = Consumo mdio mensal / diaTR = Tempo de reposioE.min = Estoque mnimoQ

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    PPC x TRTempoTRGrfico 6 Demonstrativo do TR.1- Emisso do pedido2- Preparao do pedido3- Transporte301.4.3.2.2 ESTOQUE MNIMOEmin = Er + CxTROnde:d = consumo mdio do material;t = tempo de espera mdio, em dias, para reposio do material;1.4.3.2.2.1 ESTOQUE MNIMO COM VARIAO.E.min = T1 x (C2 - C1) + C2 x T4Onde :T1 = Tempo para o consumo.C1 = Consumo normal mensalC2 = Consumo mensal maior que o normalT4 = Atraso no tempo de reposioExemplo:Um produto possui um consumo mensal de 55 unidades. Qual dever ser oestoque mnimo se o consumo aumentar para 60 unidade s, considerando que oatraso de reposio seja de 20 dias e o tempo de reposio de 30 dias.E.min = 1 x (60 - 55) + 60 x 0,67E.min = 45,2 unidades ou seja 46 unidades311.4.3.3 SISTEMA DE MXIMOS MNIMOS: utilizado quando h muita dificuldade para determinar o consumo ou quandoocorre variao no tempo de reposio. Esse sistema consiste em estimar osestoques

    mximos (Emax) e mnimo (Emin) para cada tem, em funo de uma expectativa deconsumo previsto para determinado perodo de tempo. A partir d a, calcula-se o pontodepedido (PP).Estoque mnimo uma quantidade em estoque que, quando atingida, determina anecessidade de encomendar um novo lote de material. O Emin igual ao estoque dereserva (Er) mais o consumo mdio do material multiplicado pelo tempo de esperamdio,em dias, para sua reposio.Emin = Er + dtOnde:d = consumo mdio do material;t = tempo de espera mdio, em dias, para reposio do material;

    O Er, ou de segurana, uma quantidade morta em estoque que somente consumida em caso de extrema necessidade. Destina -se cobrir eventuais atrasos egarantir a continuidade do abastecimento da produo, sem o risco de falta dematerial,que provoca o custo da ruptura, isto , o custo de paralisao da produo.Emax= Emin + lote de compraPonto de pedido (PP) uma quantidade de estoque que, quando atingida, deverprovocar um novo pedido de compra.Intervalo de reposio (IR), o perodo de tempo entre duas reposies dematerial. o intervalo de tempo entre dois PPs.

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    Para representar os sistema mximos-mnimos, utilizamos a chamada curva dentede serra.32Q EmaxPP PPEminTIRGrfico 1 Sistema dos mximos-mnimos1.4.3.4 CUSTO DE PEDIDO (B)Chamaremos de B o custo de um pedido de compra. Para calcularmos o custoanual de todos os pedidos colocados no perodo de um ano necessrio multiplicar ocusto de cada pedido pelo nmero de vezes que, em um ano, foi processado.Se (N) for o nmero de pedidos efetuados durante um ano, o resultado ser:B x N = custo total de pedidos (CTA)O total das despesas que compe o CTA :a) Mo-de-obra - para emisso e processamento;b) Material- utilizado na confeco do pedido (papel, etc);c) Custos indiretos - despesas ligadas indiretamente com o pedido( telefone,luz, etc).Aps apurao anual destas empresas teremos o custo total anual dos pedidos.Para calcular o custo unitrio s dividir o CTA pelo nmero total anual depedidos.B = CTA = Custo unitrio do pedidoN33- Mtodo para clculo do custo do pedido:1) Mo de obra : Salrios e encargos + honorrios do pessoal envolvido, anual;2) Material: Papel, caneta, envelope, material de informtica, etc, anual;3) Custos indiretos: Telefone, luz, correios, reproduo, viagens, custo de reaocupada, servidor de Internet, etc, anual.1.4.3.4 CUSTO DE ARMAZENAGEM (I)

    Para calcular o custo de armazenagem de determinado material, podemos utilizar aseguinte expresso:Custo de armazenagem = Q/2 x T x P x IOnde:Q = Quantidade de material em estoque no tempo consideradoP = Preo unitrio do materialI = Taxa de armazenamento, expressa geralmente em termos de porcentagemdo custo unitrio.T = Tempo considerado de armazenagem1.4.3.4.1 TAXA DE ARMAZENAMENTOa) Taxa de retorno de capitalIa = 100 x lucroValor estoques

    34b) Taxa de armazenamento fsicoIb = 100 x S xAC x POnde:S = rea ocupada pelo estoqueA = custo anual do m de armazenamentoC = consumo anualP = preo unitrioc) Taxa de seguro

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    Ic = 100 x custo anual do seguroValor estoque + edifciosd) Taxa de transporte, manuseio e distribuioId = 100 x depreciao anual do equipamentoValor do estoquee) Taxa de obsolescnciaIe = 100 x perdas anuais por obsolescnciaValor do estoque35f) Outras taxas (gua, luz...)If = 100 x despesas anuaisValor do estoqueConclui-se ento, que a taxa de armazenamento :I = Ia + Ib + Ic + Id + Ie + IfObs: Esses valores acima devem ser facilmente encontrados no setor contbil daempresa.1.4.3.5 LOTE ECONMICOO Lote Econmico ( Le ) o resultado de um procedimento matemt ico, atravs doqual a empresa adquire o material necessrio s suas atividades pelo seu custo maisbaixo. Essa prtica torna possvel diluir os custos fixos entre muitas unidades eportanto,reduzir o custo unitrio. Isso, porm, no se consegue de graa: - estoques socriados ecustam dinheiro.Portanto, no se deve levar tal procedimento muito longe, pois se as ordens dereposio se tornam muito grandes, os estoques resultantes crescem alm de certoslimites e, os custos tanto de capital como de manuse io, excedem as possveiseconomiasem custos de transporte, produo e administrao.Deve-se procurar um tamanho de lote que minimize o custo total anual.Os elementos que influenciam essa determinao so:36

    I- Taxa de custo ou de posseA - Custo de aquisio ou de compraP- Preo unitrio do itemD- Demanda anualA frmula, a seguir, se encontra deduzida em vrios livros:Exemplo:O consumo de determinada pea de 20.000 unidades por ano. O custo dearmazenagem por pea e de $ 1,90 por ano e o custo de pedido de $ 500,00.Q = 2 BC = 2 x 500,00 x 20,000 = 10,5260315 = 3.245 peasI 1,901.4.3.5 RESTRIES AO LOTE ECONMICO1. Espao de Armazenagem- uma empresa que passa a adotar o mtodo emseus estoques, pode deparar-se com o problema de falta de espao, pois,

    s vezes, os lotes de compra recomendados pelo sistema no coincidemcoma capacidade de armazenagem do almoxarifado;2. Variaes do Preo de Material - Em economias inflacionarias, calcular eadquirir a quantidade ideal ou econmica de compra, com base nos preosatuais para suprir o dia de amanh, implicaria, de certa forma, refazer osclculos tantas vezes quantas fossem as alteraes de preos sofridas pelomaterial ao longo do perodo, o que n o se verifica , com constncia, nospases de economia relativamente estvel, onde o preo permaneceestacionrio por perodos mais longos;37

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    3. Dificuldade de Aplicao - Esta dificuldade decorre, em grande parte, dafalta de registros ou da dificuldade de levantamento dos dados de custos.Entretanto, com referncia a este aspecto, erros, por maiores que sejam, naapurao destes custos no afetam de forma significativa o resultado ou asoluo final. So poucos sensveis alteraes razoveis nos fatore s decusto considerados. Estes so, portanto, sempre de preciso relativa;4. Natureza do Material - Pode vir a se constituir em fator de dificuldade. Omaterial poder tornar-se obsoleto ou deteriorar -se;5. Natureza de Consumo - A aplicao do lote econmico de compra,pressupe, em regra, um tipo, de demanda regular e constante, comdistribuio uniforme. Como isto nem sempre ocorre com relao boaparte dos itens, possvel que no consigamos resultados satisfatrios ouesperados com os materiais cujo consumo seja de ordem aleatria edescontnua.Podemos, nestas circunstncias, obter uma quantidade pequena que inviabilize asua utilizao.38FACULDADE DE CINCIAS ADMINISTRATIVAS E CONTBEIS DE LINSCurso de Administrao

    ADMINISTRAO DOS SERVIOS DE COMPRASLINS / 200539

    1. NOES FUNDAMENTAIS DE COMPRAS"A arte de comprar est se tornando cada vez mais uma profisso e cada vezmenos um jogo de sorte"."Em muitos casos no o custo que determina opreo de venda, mas o inverso. O preo de ven danecessrio determina qual deve ser o custo. Qualquereconomia, resultando em reduo de custo decompra, que uma parte de despesa de operao deuma industria, 100% lucro. Os lucros das comprasso lquidos". (HENRY FORD)

    1.1 CONSIDERAES INICIAISEmbora todos saibamos comprar, em funo do cotidiano de nossas vidas, imprescindvel a conceituao da atividade, que significa procurar e providenciar aentrega de materiais, na qualidade especificada e no prazo necessrio, a um preojusto,para o funcionamento, a manuteno ou a ampliao da empresa.

    1.2 CONCEITO DE COMPRA a funo responsvel pela obteno do material no mercado fornecedor, internoou externo, atravs da mais correta traduo das necessidades em termos de

    fornecedor/ requisitante. ainda, a unidade organizacional que, agindo em nome das atividadesrequisitantes, compra o material certo1, ao preo certo2, na hora certa3, naquantidadecerta4 e da fonte certa5.401.2.1 Material Certo importante que o comprador esteja em situao de certificar-se se o materialcomprado, de um fornecedor est de acordo com o solicitado. O comprador deve,

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    portanto, desenvolver um sentido tcnico a fim de descobrir eventuais discrepnciasentre a cotaes de um fornecedor e as especificaes da Requi sio de Compras. Ocomprador deve ter condies de reconhecer, em uma eventual alternativa decotao,uma economia do custo potencial ou a idia de melhoria do produto. Evidentemente,emtais circunstancias, a deciso final no ser do comprador mas ele deve ter habilidadepara encaminhar aos setores requisitantes ou tcnicos da empresa essas sugestes.Toda vez que uma requisio no for suficientemente clara, o comprador deversolicitaresclarecimentos ou, se for o caso, devolv -la a fim de que seja pr eenchidacorretamente ede maneira que transmita exatamente o que se deseja adquirir.Em hiptese alguma o comprador deve der inicio a um processo de compras, semter idia exata de que quer comprar. Objetivando um melhor conhecimento do que vaicomprar, o comprador, sempre que possvel, dever entrar em contato cem os setoresque utilizam ou que vo utilizar o material ou servio a ser adquirido, de que maneira eseinteirar de todos os problemas e dificuldades que podero ocorrer ou ocorrem quandodautilizao do item requisitado.Em resumo: cada vez mais, hoje em dia, o comprador deve ser um tcnico.1.2.2 Preo CertoNas grandes empresas, subordinado a Compras, existe o Setor de Pesquisa eAnlise de Compras. Sua funo , entre outras, a de calcula r o "preo objetivo" doitem(com base em desenhos e especificaes) . O clculo desse "preo objetivo" feitobaseando-se no tempo de execuo do item, na mo de obra direta, no custo damatriaprima com mo de obra mdia no mercado; a este valor deve -se acrescentar um valor,pr-calculado, de mo de obra indireta. Ao valor encontrado deve -se somar o lucro.Todos

    estes valores podem ser obtidos atrav

    s de valores m

    dios do mercado, e do balanoedemonstraes de lucros e perdas dos diversos fornecedores .41O "preo objetivo" que vai servir de orientao ao comprador quando de umaconcorrncia. No julgamento da concorrncia duas so as possveis situaes:a) Preo muito mais alto do que o "preo objetivo": nessas circunstncias,eventualmente, o comprador poder chamar o fornecedor e solicitaresclarecimentos ou uma justifica tive do preo. O fornecedor ou est querendoter um lucro excessivo, ou possui sistemas onerosos de fabricao ou um mausistema de apropriao de custos;b) Preo muito mais baixo que o "preo objetivo": o menor preo no significahoje em dia, o melhor negcio. Se o preo do fornecedor for muito mais baixo,

    dois podem ser os motivos: 1) O fornecedor desenvolveu uma tcnica defabricao tal que conseguiu diminuir seus custos; 2) O fornecedor no soubecalcular os seus custos e nessas circunstncias dois problemas podem ocorrer:ou ele no descobre os seus erros e fatalmente entrar em dificuldadesfinanceiras com possibilidades de interromper seu fornecimento, ou descobre oerro e ento solicita um reajuste de preo que, na maioria das vezes, poderser maior que o segundo preo na concorrncia original. Portanto, se o preofor muito mais baixo que o preo objetivo, o fornecedor deve ser chamado, a fimde prestar esclarecimentos . Deve-se sempre partir do princpio fundamental deque toda empresa deve ter lucro, evidentemente um lucro comedido, e que,

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    portanto, no nos interessa que qualquer fornecedor tenha prejuzos. Se aempresa no tiver condies de determinar esse preo obje tivo, pelo menos, ocomprador deve abrir a concorrncia tendo uma idia de que vai encontrar pelafrente. Nessas circunstncias, ele deve tomar como base ou o ltimo preo, ou,se o item for um item novo, dever fazer uma pesquisa preliminar de preos.Em resumo: nunca o comprador deve dar incio a uma concorrncia, sem ter umaidia do que vai receber como propostas.421.2.3 Hora.CertaO desenvolvimento industrial atual e o aumente cada vez maior do numero deempresas de produo em srie, torna o tempo d e entrega, ou os prazos de entrega,umdos fatores mais importantes no julgamento de uma concorrncia. As diversasflutuaesde preos do mercado e o perigo de estoques excessivos fazem cem que e compradornecessite coordenar esses dois fatores da melhor maneira possvel, a fim de adquirirnahora certa o material para a empresa.1.2.4 Quantidade CertaA quantidade a ser adquirida cada vez mais importante por ocasio da compra.At pouco tempo atrs aumentava -se a quantidade a ser adquirida objetivandomelhorar epreo; entretanto outros fatores como custo de armazenagem, capital investido emestoques etc., fizeram com que maiores cuidados fossem tornados na determinaodaquantidade certa ou na quantidade mais econmica a ser adquirida. Para isso foramdeduzidas frmulas matemticas objetivando facilitar a determinao da quantidade aseradquirida. Entretanto, qualquer que seja, a frmula ou mtodo a ser adotado noelimina adeciso final da Gerncia de Compras com eventuais alteraes destas quantidadesdevido as situaes peculiares do mercado.

    1.2.5 Fonte CertaDe nada adiantar ao comprador saber exatamente o material a adquirir, o preocerto, o prazo certo e a quantidade certa, se no puder encontrar uma fonte defornecimento que possa agrupar todas as necessidades. A avaliao dos fornecedoreseo desenvolvimento de novas fontes de fornecimento so fatores fundamentais para ofuncionamento de compras. Devido a essas necessidade s o comprador, exceto o setordevendas da empresa, o elemento que mantm e deve manter o maior nmero decontatos externos na busca cada vez mais intensa de ampliar o mercado defornecimento.43importante este item que mais adiante vamos tratar com d etalhes como escolher e

    selecionar novos fornecedores.1.3 FUNO DE COMPRA

    A Funo Compras uma das engrenagem do grande conjunto denominadoSistema Empresa ou Organizao e deve ser devidamente considerado no contexto,paraque deficincias no venham a ocorrer, provocando demoras onerosas, produoineficiente, produtos inferiores, o no cumprimento de promessas de entregas eclientesinsatisfeitos.

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    A competitividade no mercado, quanto a vendas, e em grande parte, assim como aobteno de lucros satisf atrios, devida a realizao de boas compras, e para que istoocorra necessrio que se adquira materiais ao mais baixo custo, desde quesatisfaamas exigncias de qualidade.O custo de aquisio e o custo de manuteno dos estoques de material devem,tambm, ser mantidos em um nvel econmico. Essas consideraes elementares soabase de toda a funo e cincia de Compras.A funo Compras compreende:- Cadastramento de Fornecedores;- Coleta de Preos;- Definio quanto ao transporte do material;- Julgamento de Propostas;- Diligenciamento do preo, do prazo e da qualidade do material;- Recebimento e Colocao da Compra.

    1.4 FLUXO SINTTICO DE COMPRAS1 Recebimento da Requisio de Compras2 Escolha dos Fornecedores

    3 Consulta aos Fornecedores4 Recebimento das Propostas445 Montagem do Mapa Comparativo de Preos6 Anlise das propostas e escolha7 Emisso do documento contratual8 Diligenciamento9 Recebimento

    1.5OBJETIVO DE COMPRASDe uma maneira bastante ampla, e que demonstra que a funo c ompras noexiste somente no momento da compra propriamente dita, mas que a mesma possuiuma

    maior amplitude, envolvendo a tomada de decises, procedendo a anlises e,determinando aes que antecedem ao ato final, podemos dizer que compras temcomoobjetivo "comprar os materiais certos, com a qualidade exigida pelo produto, nasquantidades necessrias, no tempo requerido, nas melhores condies de preo e nafontecerta".Para que estes objetivos sejam atingidos, deve -se buscar alcanar as seguintesmetas fundamentais:1 - Atender o cronograma de produo, atravs do fornecimento contnuo demateriais;2 - Estocar ao mnimo, sem comprometer a segurana da produo desde querepresente uma economia para a organizao;3 - Evitar multiplicidade de itens similares, o desperdcio, deteriorao eobsolescncia;4 - Manter a qualidade dos materiais conforme especificaes;5 - Adquirir os materiais a baixo custo sem demrito a qualidade;6 - Manter atualizado o cadastro de fornecedores.

    1.6TIPOS DE COMPRASToda e qualquer ao de compra precedida por um desejo de consumir algo ouinvestir. Existem pois, basicamente, dois tipos de compra:

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    45- a compra para consumo e;- a compra para investimento.1.6.1 Compra para investimentoEnquadram-se as compras de bens e equipamentos que compem o ativo daempresa (Recursos Patrimoniais ).1.6.2Compras para consumoSo de matrias primas e materiais destinados a produo, incluindo -se a parcelade material de escritrio. Algumas empresas denominam este tipo de aquisi o comocompras de custeio.As compras para consumo, segundo alguns estudiosos do assunto, subdividem -seem:- compras de materiais produtivo e;- compras de material improdutivo.1.6.2.1Materiais Produtivos So aqueles materiais que integram o produto final, portanto, neste caso,matriaprimae outros materiais que fazem parte do produto, sendo que estes diferem deindstria - em funo do que produzido.1.6.2.2Materiais improdutivosSo aqueles que, sendo consumido normal e rotineiramente, no integram oproduto, o que quer dizer que apenas material de consumo forado ou de custeio.Em funo do local onde os materiais esto sendo adquiridos, ou de suas origens,a compra pode ser classificada como: Compras Locais ou Compras por Importao.461.6.3 Compras LocaisAs atividades de compras locais podem ser exercidas na iniciativa privada e noservio pblico. A diferena fundamental entre tais atividades a formalidade noserviopblico e a informalidad e na iniciativa privada, muito embora com procedimentospraticamente idnticos, independentemente dessa particularidade. As Leis n 8.666/93e

    8.883/94, que envolvem as licitaes no servio pblico, exigem total formalidade.Seusprocedimentos e aspectos legais sero detalhados em Compras no Servio Pblico.1.6.3 Compras por ImportaoAs compras por importao envolvem a participao do administrador comespecialidade em comrcio exterior, motivo pelo qual no cabe aqui nosaprofundarmos aesse respeito. Seus procedimentos encontram-se expostos a contnuas modificaesderegulamentos, que compreendem, entre outras, as seguintes etapas:a. Processamento de faturas proforma;b. Processamento junto ao Departamento de Comrcio Exterior - DECEX - dosdocumentos necessrios importao;

    c. Compra de cmbio, para pagamento contra carta de crdito irrevogvel;d. Acompanhamento das ordens de compra (purchaseorder)no exterior;e. Solicitao de averbaes de seguro de transporte martimo e/ou areo;f. Recebimento da mercadoria em aeroporto ou porto;g. Pagamento de direitos alfandegrios;h. Reclamao seguradora, quando for o caso.Quanto a formalizao das compras, as mesmas podem ser:471.6.4 Compras FormaisSo as aquisies de materiais em que obrigatria a emisso de um documento

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    de formalizao de compra. Estas compras so determinadas em funo de valorespr -estabelecidos e conforme o valor a formalidade e feita em graus diferentes.1.6.5Compras informaisSo compras que, por seu pequeno valor, no justificam maior processamentoburocrtico.

    1.7SEQNCIA LGICA DE COMPRASPara se comprar bem preciso conhecer as respostas de cinco perguntas, asquais iro compor a lgica de toda e qualquer compra:- O que comprar? R. - Especificao / Descrio do MaterialEsta pergunta deve ser respondida pelo requisitante, que pode ou no ser apoiadopor reas tcnicas ou mesmo compras para especificar o material.- Quanto e Quando comprar? R.- funo direta da expectativa de consumo,disponibilidade financeira, capacidade de armazenamento e prazo de entrega.A maior parte das variveis acima deve ser determinada pelo rgo de material ousuprimento no setor denominado gesto de estoques.A disponibilidade financeira deve ser determinada pelo oramento financeiro daEmpresa.A capacidade de armazenamento limitada pela prpria condio fsica da

    Empresa.- Onde comprar? R.- Cadastro de Fornecedores. de responsabilidade do rgo de compras criar e manter um cadastro confivel(qualitativamente) e numericamente adequado (quantitativa).Como suporte alimentador do cadastro de fornecedores deve figurar o usurio dematerial ou equipamentos e logicamente os prprios compradores.48- Como comprar? R.- Normas ou Manual de Compras da Empresa.Estas Normas devero retratar praticamente a poltica de compras na qual sefundamenta a Empresa. Originadas e definidas pela cpula Administrativa deveromostrar entre outras, competncia para comprar, contratao de servios, tipos decompras, frmulas para reajus tes de preos, formulrios e rotinas de compras, etc.- Outros FatoresAlm das respostas as perguntas bsicas o comprador deve procurar, atravs dasua experincia e conhecimento, sentir em cada compra qual fator que a influenciamais,a fim de que possa ponderar melhor o seu julgamento. Os fatores de maior influncianacompra so: Preo; Prazo; Qualidade; Prazos de Pagamento; Assistncia Tcnica.

    1.8CENTRALIZAO DAS COMPRASEm quase todas as empresas mantm-se um departamento separado paracompras. A razo que as leve a proceder assim diz respeito a custos e padronizao,assim sendo, somente alguns materiais so dele gados a aquisio, e estes soaquelesde uso mais insignificante, em termos de custos, para a empresa, e que por essarazono sofrem maiores controles.A empresa que atua em diversos locais distintos no necessariamente devecentralizar compras em um nico local, neste caso procede -se uma analise e se amesmafor favorvel deve-se regionalizar as compras visando um aten dimento mais rpido eumcusto menor de transporte.O abastecimento centralizado oferece as seguintes vantagens:

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    1 - Melhor aproveitamento das verbas para compras;- A concentrao das verbas para compras aumenta o poder de barganha;2 - Melhor controle por parte da direo;3 - Melhor aproveitamento de pessoal;4 - Melhoramento das relaes com fornecedores.49

    1.9 SELEO DE FORNECEDORESA escolha de um fornecedor uma das atividades fundamentais e prerrogativaexclusiva de compras. O bom fornecedor quem vai garantir que todas aquelasclausulassolicitadas, quando de uma compra, sejam cumpridas. Deve o comprador procurar, detodas as maneiras, aumentar o nmero de fornecedores em potencial a seremconsultados, de maneira que se tenha certeza de que o melhor negcio foi executadoembenefcio da empresa. O nmero limitado de fornecedores a serem consultados,constituem uma limitao das atividades de compras.O processo de seleo das fontes de fornecimento no se restringe a uma nicaocasio, ou seja, quando e necessria a aquisio de determinado material.A atividade deve ser exercida de forma permanente e contnua, atravs de vrias

    etapas, entre as quais selecionamos as seguintes:1.9.1 ETAPA 1 - Levantamento e Pesquisa de MercadoEstabelecida a necessidade da aquisio para determinado material, e necessriolevantar e pesquisar fornecedores em potencial. O levantamento poder ser realizadoatravs dos seguintes instrumentos:- Cadastro de Fornecedores do rgo de Compras;- Edital de Convocao;- Guias Comerciais e Industriais;- Catlogos de Fornecedores;- Revistas especializadas;- Catlogos Telefnicos;- Associaes Profissionais e Sindicatos Industriais.501.9.2 ETAPA 2 - Anlise e ClassificaoCompreende a anlise dos dados cadastrais do fornecedor e a respectivaclassificao quanto aos tipos de materiais a fornecer, bem como, a eliminaodaquelesfornecedores que no satisfizerem as exigncias da empresa..1.9.3 ETAPA 3 - Avaliao de DesempenhoEsta etapa efetuada ps - cadastramento e nela faz-se o acompanhamento dofornecedor quanto ao cumprimento do contratado, servindo no raras vezes comoelemento de eliminao das empresas fornecedoras.1.9 COMPRAS X CUSTOS INDUSTRIAISModernamente a funo de compras tem sido desenvolvida dent ro de um novo

    sistema de maturidade com t

    cnicas mais sofisticadas.Um dos aspectos que devem merecer muita ateno so os custos industriais querepresentam percentual considervel na composio final do preo de venda.CUSTO INDUSTRIAL = CUSTO DE AQUISIO + CUSTO DE TRANSFORMAO.O controle da eficincia dos custos de transformao j so perfeitamenterealizados atravs de tcnicas consagradas, entretanto o controle da eficincia deaquisio constitui um problema de difcil equacionamento, principalme nte em virtudede aatividade de aquisio estar voltada para fora da empresa e sujeita a um sem -nmerode

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    fatores ainda no controlveis.Muitos estudos tm mostrado que os gastos relativos a compras em empresas demanufatura podem alcanar mais de 50% da receita lquida.51TABELA1- Gastos relativos a compras em empresas de manufatura.TIPO DE INDUSTRIA % TIPO DE INDSTRIA %Produtos Farmacuticos 25,7 Fbricas de carto 57,4Ferramenta de Matriz especial 27,8 Plsticos, Resinas 58,7Equipamento fotogrfico 32,3 Tecelagem de Algodo 59,8Equipamento de Rdio e TV 35,9 Pneus e Cmaras de Ar 60,5Equipamento aeronutico 38,1 Receptores de rdio e TV 62,2Cimento, Hidrulica 41,0Altos fornos, Siderurgias 62,8Motores, Geradores 43,3 Tecelagem de fio sinttico 63,5Engrenagens 43,4 Tecelagem de l 64,8Rolamentos 43,8 Produtos sanitrios de papel 64,9Construo naval 43,8Acabamento de algodo 67,0Componentes eletrnicos 44,8 Embalagens 67,7Produtos de borracha 48,1 Sacos de papel 68,6Avies 48,9 Carpetes e Tapetes 73,6Produtos qumicos inorgnicos 50,1 Laminados e fios de alumnio 73,9Produtos plsticos 52,4 Laminados e fios de cobre 74,0Produtos qumicos orgnicos 53,0 Cobre primrio 79,6Mquinas de construo 54,3 Refinao de pe trleo 83,4Mquinas agrcolas 57,1Alumnio primrio 59,1TABELA 2-Faixas de participao.PARTICIPAO %Baixa 25% a 40%Normal 41% a 55%Alta Acima de 56%52

    1.10 ORGANIZAO DO SERVIO DE COMPRASAs compras podem ser centralizadas ou no. O tipo de empreendimento que vaidefinir a necessidade de centralizar.Uma prtica muito usada ter um comit de compras, em que pessoas de todasas rea da empresa participem das decises.As vantagens da centralizao dos servios de compras so sempre postas emdvida pelos departamentos que necessitam de materiais. De modo geral, acentralizaoapresenta aspectos realmente positivos, pela reduo dos preos mdios deaquisio,apesar de, em certos tipos de compras, ser mais aconselhvel aquisiodescentralizada.1.10.1 Vantagens de Centralizar:a) viso do todo quanto organizao do servio;

    b) poder de negociao para melhoria dos nveis de preos obtidos dosfornecedores;c) influncia no mercado devido ao nvel de relacionamento com osfornecedores;d) anlise do mercado, com eficcia, em virtude da especializao dopessoal no servio de compras;e) controle financeiro dos compromissos assumidos pelas comprasassociado a um controle de estoques;f) economia de escala na aquisio centralizada, gerand o custos maisbaixos;

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    g) melhor qualidade , por causa da maior facilidade de implantao dosistema de qualidade;h) sortimento de produtos com mais consistncia, para suportar aspromoes nacionais;i) especializao das atividades para o pessoal da produ o no perdermuito tempo com contatos com os vendedores.531.10.2 O uso de comit tem as seguintes vantagens:a) larga faixa de experincia aplicada nas decises;b) as decises so tomadas numa atmosfera mais cientfica;c) o nvel de presses sobre compras mais baixo, melhorando asrelaes dos compradores com o pessoal interno e os vendedores;d) a co-participao das reas dentro do esprito de engenharia simultnea,cria um ambiente favorvel para melhor desempenho tanto do ponto devista poltico, como profissional.1.10.3 Pontos importantes para descentralizao:a) adequao da compra devido ao conhecimento dos problemasespecficos da rea onde o comprador exerce sua atividade.b) menor estoque e com uma variedade mais adequada, por ca usa depeculiaridades regionais da qualidade, quantidade, variedade.c) coordenao, em virtude do relacionamento direto com o fornecedor,levando a unidade operacional a atuar de acordo com as necessidadesregionais.d) flexibilidade proporcionada pelo menor tempo de tramitao das ordens,provocando menores faltas.

    1.11 CUIDADOS AO COMPRARO processo de produo inicia -se com planejamento das vendas, estabelecimentode uma poltica de estoque de produtos acabados e listagem dos itens e quantidadesdeprodutos a serem fabricados, quantidades estas distribudas ao longo de umcronogramade produo.Um sistema de planejamento de produo fixa as quantidades a comprar somentena etapa final da elaborao do plano de produo. As quantidades lquidas a comprarsero apuradas pela desagregao das fichas de produo e em especial pelalistagem54de materiais necessrios para compor cada unidade de produto a ser produzido. Sernecessrio comparar as necessidades de materiais com as existncias nos estoquesdematrias-primas, para se apurar as necessidades lquidas distribudas no tempoconformeo cronograma de produo necessria para atender ao planejamento de vendas.Entretanto, a execuo da compra ser a primeira etapa executiva do programa

    de produo. O t

    rmino da programao e o incio das atividades de compracaracterizam-se, portanto, como uma rea com muitas facilidades de conflitos,conflitosestes sempre agravados pelos atrasos normais e habituais do planejamento.As presses exercidas pelos setores de produo e faturamento reforam aindamais a probabilidade de atritos na rea de compras. Neste momento todos seesquecemdos atrasos no planejamento das vendas e na programao da produo.Outro aspecto interessante do relacionamento den tro da rea de compras ainverso curiosa de atitude que se processa entre o comprador e o vendedor aps a

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    emisso do pedido. A posio inicial de vendedor sempre solicitante e o compradornesta fase poder usar seus recursos de presso para forar o v endedor a chegar scondies ideais para a empresa.Uma vez emitido o pedido, o comprador perde sua posio de comando e passa auma atitude de expectativa. Procurar de agora em diante adotar uma atitude devigilncia, procurando cuidar para que os forne cimentos sejam feitos e os prazoscumpridos.

    1.12 COTAO DE PREOSO depto de compras com base nas solicitaes de mercadorias, efetua a cotaodos produtos requisitados.Aps efetuadas as cotaes o rgo competente analisa qual a proposta maisvantajosa levando em considerao os seguintes itens:a) prazo de pagamento;b) valor das parcelas;55Para anlise, utilizamos a seguinte frmula:VA = VF(1 + i)VA = Valor atual do produto

    VF = Valor futuro do produtoi = Taxa de jurosn = prazo de pgtoExerccios:1) Na cotao de preos de um determinado material, a empresa recebeu asseguintespropostas de fornecimento:a) A empresa Bom Preo fornece o material ao preo de $ 81.000,00 para pgto a vista.b) A empresa Bom Negcio fornece o material ao pr eo de $ 86.100,00 para pgto30/60dias.Pergunta-se:Em que empresa dever ser adquirido o material, se a taxa de juros vigente nomercado de 10% ao ms.2) Na cotao do produto XX, nossa empresa recebeu as seguintes propostas:a) Valor $ 99.990,00 par a pgto com 15 dias.b) Valor $ 100.290,00 para pgto com 10 dias fora o ms.c) Valor $ 109.990,00 para pgto com 30/45/60/75 dias.Pergunta-se:Qual a melhor proposta considerando que a taxa de juros de 9% ao ms e que acompra est sendo efetuada no dia 10/3.n56

    1.13 O PEDIDO DE COMPRAAps trmino da fase de cotao de preos dos materiais e analise da melhorproposta para fornecimento, o setor de compras emite o pedido decompraspara aempresa escolhida. Esse pedido dever ter com clareza a descrio do material a sercomprado, bem como as descries tcnicas, para que no ocorra as freqentesdvidasque comumente acontecem.Preferencialmente o pedido dever ser emitido em 3 vias, sendo a 1 e 2 viasenviadas ao fornecedor, o qual colocar ciente na 2 via e a devolver, que passar ater

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    fora de contrato, funcionando como um "instrumento particular de compromisso decompra e venda". A 3 via funciona como follow up do pedido.Modelo 11 viaK LOT IND. E COMERCIO LTDA.Fornecedor:PEDIDO DE COMPRAN..................End.:Qde Descrio V.Unit V. TotalTotalCotao: __ / __ / ____ Obs:INSTRUESPara recebimento dpedidoVerificar:DescrioPrazo de EntregaPreoCond.pgtoCond. GeraisDe acordo: __ / __ / ____Ass.__________________Carimbo:2 viaK LOT IND. E COMERCIO LTDA.Fornecedor:PEDIDO DE COMPRAN..................End.:Qde Descrio V.Unit V. Total

    ATENCOO presente constitcompromissode compra e vendde__ / ____ / __57TotalCotao: __ / __ / ____ Obs:acordo com o descritoconvencionadones

    documentoValototal:_______________Prazo dEntr.:___________Cond.Pgto.:_____________Deacordo:______________Carimbo:

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    Data: __ / __ / ____3 viaK LOT IND. E COMERCIO LTDA.Fornecedor:PEDIDO DE COMPRAN..................End.:Qde Descrio V.Unit V. TotalTotalCotao: __ / __ / ____ Obs:FOLLOW UPPedido:__ / __ / ___por:_________Retorno 2 via:__ / __ / ___por:_________Recebimento Material:__ / __ / ___por:_________Obs:__ / __58

    1.14 O RECEBIMENTO DE MATERIAISNo recebimento dos materiais solicitados, alguns principais aspectos devero serconsiderados como:1) Especificao tcnica: conferencia das especificaes pedidas com asrecebidas.2) Qualidade dos materiais: conferencia fsica do material recebido.3) Quantidade: Executar contagem fsica dos materiais, ou utilizar tcnicas deamostragem quando for invivel a contagem um a um.4) Preo:5) Prazo de entrega: conferencia se o prazo esta dentro do estab elecido nopedido.6) Condies de pgto: conferencia com relao ao pedido.Modelo 2K - Lot Ind. e Comrcio Ltda. FICHA DE RECEPO N...............Ref. Pedido n...................................tens que no conferem com o pedidoEspecificaes tcnicasQuantidadeQualidadePreoPrazo de entrega

    Condies de pgtoObs:Data: __ / __ / ____Resp.:

    1.15 O ARMAZENAMENTONa definio do local adequado para o armazenamento devemos considerar:- Volume das mercadorias / espao disponvel;- Resistncia / tipo das mercadorias (itens de fino acabamento);59

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    - Nmero de itens;- Temperatura, umidade, incidncia de sol, chuva, etc;- Manuteno das embalagens originais / tipos de embalagens;- Velocidade necessria no atendimento;-O sistema de estocagem escolhido deve seguir algumas tcnicas imprescindveisna Adm. de Materiais. As principais tcnicas de estocagem so:a) Carga unitria: D -se o nome de carga unitria carga constituda deembalagens de transporte que arranjam ou acondicionam uma certa q uantidadede material para possibilitar o seu manuseio, transporte e armazenamentocomo se fosse uma unidade. A formao de carga unitria se atravs de pallets.Pallet um estrado de madeira padronizado, de diversas dimenses. Suasmedidas convencionais bsicas so 1.100mm x 1.100mm, como padrointernacional para se adequar aos diversos meios de transportes earmazenagem;b) Caixas ou Gavetas: a tcnica de estocagem ideal para materiais de pequenasdimenses, como parafusos, arruelas, e alguns materiai s de escritrio;materiais em processamento, semi acabados ou acabados. Os tamanhos emateriais utilizados na sua construo sero os mais variados em funo dasnecessidades especficas de cada atividade.c) Prateleiras: uma tcnica de estocagem destina da a materiais de tamanhosdiversos e para o apoio de gavetas ou caixas padronizadas. Tambm como ascaixas podero ser construdas de diversos materiais conforme a conveninciada atividade. As prateleiras constitui o meio de estocagem mais simples eeconmico.d) Raques: Ao raques so construdos para acomodar peas longas e estreitascomo tubos, barras, tiras, etc.e) Empilhamento: Trata -se de uma variante da estocagem de caixas paraaproveitamento do espao vertical. As caixas ou pallets so empilhados unssobre os outros, obedecendo a uma distribuio eqitativa de cargas. ContainerFlexvel: uma das tcnicas mais recentes de estocagem, uma espcie de60saco feito com tecido resistente e borracha vulcanizada, com um revestimento

    interno conforme o uso.61FACULDADE DE CINCIAS ADMINISTRATIVAS E CONTBEIS DE LINSCurso de AdministraoCOMERCIALIZAO E CONSUMOLINS / 200562

    COMERCIALIZAO E CONSUMO

    1. COMERCIALIZAO E CONSUMO

    1.1 Objetivos:- Suprir mercado;- Atender satisfatoriamente o cliente ;- Garantia de reposio de itens;- Obteno de lucro;- Continuidade do negcio.Poderamos resumir que a comercializao no setor de materiais, dever estarpreparada para vender as mercadorias do estoque, de maneira mais rentvel eprestandoo melhor atendimento.

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    Para tanto imprescindvel que a empresa conhea o mercado onde atua; osconcorrentes; o produto que vende; e os meios para vend -los e os clientes.Com relao ao mercado necessrio saber qual a potencialidade, o que poderser absorvido pelos consumidores.Poderamos fazer as seguintes perguntas:- Qual o volume aproximado de vendas que se pode estimar ?- Quais as caractersticas desse mercado ? Tende a crescer ?- Existem novos projetos para a regio que poderiam incrementar osnegcios ?Essas e muitas outras questes devem ser colocadas e analisadas pela empresa,a fim de estabelecer a quantidade de m.o., volume e caractersticas do estoque epolticade comercializao.63

    1.2 CONHECIMENTO DO PRODUTOO conhecimento do produto, pode ser decisivo, na comercializao, sendo capaz dealterar o comportamento de vendas.Devemos saber:- Origem: quem o fabricante, ou fornecedor, qual a garantia, utilizao,

    caractersticas tcnicas.- Nome do produto: denominao tcnica e popula r.- Funo: 0nde aplicado e para que se destina, o que faz.- Inter relao: um dado precioso, pois a utilizao de um item pode influir no outro.- Intercambialidade : o mesmo componente poder ser utilizado em mais de umproduto ou processo.- Preo: valor, condies de venda, prazo, desconto.1.3 POLTICA DE COMERCIALIZAOA comercializao uma atividade que deve respeitar normas e princpios parapoder se desenvolver com sucesso.Para isso a empresa deve estabelecer uma Poltica de Comercializao , isto , asnormas de vendas, definindo e detalhando, todo o processo de vendas.A poltica dever, tratar de categorias de vendas, tipos de clientes, prazos,entregas, garantia e poltica de preos.Toda poltica comercial dever ser estabelecida objetivando praticas saudveis decomercializao para obter a realizao de vendas com qualidade.O item preo x margem de lucro, exige uma anlise bastante ampla, pois necessrio conquistar e manter mercado, tendo preos competitivos, com umamargemde lucro coerente com o volume comercializado e com o produto, tendo em vista asprticas da concorrncia ou as peculiaridades daquele mercado. Um cuidado muitogrande pois pratica de concesso de descontos e condies descabidas, levam arealizao de vendas suicidas.64Exemplo:

    Venda saudvel Venda suicidaPreo de venda........................................ 100 100Desconto.................................................. 0 30Preo lquido............................................ 100 70C.M.V....................................................... 60 60ICMS 18%................................................ 18 12,6COFINS 7,6%........................................7,6 5,32PIS 1,65%................................................. 1,65 1,55 CPMF 0,38%............................................ 0,38 0,27 ICMS compra........................................... 10,8 10,8

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    Resultado antes do IR 23,17 1,06 de fundamental importncia da conscincia de que no somente preo quepromove a venda do produto, mas principalmente os servios prestados na venda e nops-venda, ampliando o valor de seus produtos, com a agregao de valor, que se dbasicamente nos servios de venda, ps -venda e seguimento de venda, agregadas aovalor da marca.Exerccios:1) Produto X, preo de venda $ 1.300,00desconto 5% e 20%margem bruta 35%ICMS venda 18%ICMS compra 7%Calcule os resultados dessas vendas nas duas situaes de desconto em valor epercentual.2) Produto Y, preo de venda $ 2.000,00desconto 10 e 30%C.M.V. $ 1.000,0065Tendo em vista que a operao de compra e venda foi realizada dentro do Estadode S.Paulo, pede-se o calculo do resultado nas duas situaes de desconto em valor epercentual, margem bruta e margem lquida.Ao estabelecer a poltica de venda s, devem levar em considerao tambm asmodalidades e formas:- Vendas internas e diretas: so aquelas atendidas na loja, diretamente aocomprador usurio.- Vendas internas indiretas: so aquelas realizadas atravs de outros setores daprpria empresa.- Vendas a rgos governamentais: so as realizadas normalmente atravs deconcorrncias pblicas.- Vendas externas: so as realizadas no "campo", por vendedores ourepresentantes.Todas essas formas de vendas, podero ser realizadas, no atacado ou no vare jo.

    a) Atacado: se caracteriza por ser um importante segmento produtivo, no qual seprocura atingir um maior volume de vendas, faturamento e lucro, com margensunitrias menores e condies diferenciadas.Pblico alvo: Distribuidores, grandes empresas, que tenham grandecapacidade de escoamento de produtos.b) Varejo: so as vendas realizadas, diretamente ao consumidor final, emquantidades normalmente menores, com margem de lucro unitrio maior equase sempre a vista ou financiado.Pblico alvo: consumidor final.66FACULDADE DE CINCIAS ADMINISTRATIVAS E CONTBEIS DE LINSCurso de AdministraoARRANJO FSICO - LAYOUT

    LINS / 200567

    ARRANJO FSICO LAYOUTPlanejar o arranjo fsico de uma certa instalao significa tomar decises sobre aforma como sero d ispostos, nessa instalao, os centros de trabalho que a devempermanecer. Pode-se conceituar como centro de trabalho a qualquer coisa que ocupeespao: um departamento, uma sala, uma pessoa ou grupo de pessoas, mquinas