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Atualização em Previdência Social – Contribuições e Retenções e Desoneração da Folha de Pagamentos 2

SUMÁRIO Parte I - Contribuições 1. Segurados .............................................................................................................................. 3 2. Contribuição do empregado, empregado doméstico................................................................ 11 3. Contribuição devida pelos contribuintes individuais e pelos segurados facultativos ................. 13 4. Contribuição previdenciária do transportador autônomo .......................................................... 18 5. Contribuição da empresa em geral ......................................................................................... 18 6. Contribuição previdenciária da associação desportiva - clube de futebol profissional .............. 21 7. Contribuição do produtor rural................................................................................................. 21 8. Consórcio de produtores rurais ............................................................................................... 23 9. Contribuição sobre a receita de concursos de prognósticos .................................................... 24 10. Microempreendedor Individual – MEI .................................................................................... 24 11. Arrecadação e recolhimento das contribuições – vencimento ................................................ 31 12. Consulta Tributária à RFB - Matéria Previdenciária ............................................................... 32 13. FAT – Fator Acidentário de Prevenção ................................................................................. 33 Parte II - Retenções Previdenciárias 1. Contratos de cessão de mão-de-obra e empreitada ................................................................ 34 1.1. Legislação de referência ...................................................................................................... 34 1.2. Introdução ........................................................................................................................... 38 1.3. Cessão de mão-de-obra – conceito...................................................................................... 35 1.4. Empreitada – conceito ......................................................................................................... 35 1.5. Fato gerador da retenção ..................................................................................................... 35 1.6. Empresas optantes pelo simples .......................................................................................... 37 1.7. Cooperativas de trabalho e outras entidades ....................................................................... 38 1.8. Dispensa da retenção ......................................................................................................... 38 1.9 Destaque da retenção ........................................................................................................... 39 1.10 Apuração da base de cálculo da retenção ........................................................................... 39 1.11 Deduções da base de cálculo ............................................................................................. 40 1.12 Recolhimento do valor retido ............................................................................................... 40 1.13 Compensação da retenção ( conforme RFB nº 1.300, de 20.11.2012)................................. 41 1.14 Obrigações da empresa contratada .................................................................................... 42 1.15 Obrigações da empresa contratante ................................................................................... 43 1.16 Retenção na Construção Civil ............................................................................................. 43 1.17 Anexo VII da IN 971/2009 – Construção Civil – Definição .................................................... 44 1.18 Inaplicabilidade da retenção previdenciária ......................................................................... 54 2. Retenção de 11% sobre a Remuneração do Contribuinte Individual ........................................ 54 Parte III - Códigos de Recolhimento e Tabelas de Contribuição 1. Códigos de Recolhimento da Previdência Social .................................................................... 56 2. Valores e Tabelas de Recolhimento da Previdência Social .................................................... 60 Parte IV – Desoneração da Folha de Pagamentos ...................................................................... 64

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Janeiro/2013

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Parte I

CONTRIBUIÇÕES

1 - SEGURADOS 1. 1 Segurados Obrigatórios - Pessoas Físicas O Regime Geral de Previdência Social tem por segurados obrigatórios todos aqueles que exercem ativi-dade remunerada, sejam eles empregados, trabalhadores avulsos, profissionais autônomos, empresários ou produtores rurais. Podem ser classificados em: empregados, empregados domésticos, contribuintes individuais, trabalhadores avulsos e segurados especiais. 1.1.1 - Empregados São considerados “segurados empregados” para o Regime Geral de Previdência Social, e, nesta qualida-de contribuintes obrigatórios para o sistema: I - aquele que presta serviços de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter não-eventual, com su-bordinação e mediante remuneração; II - o aprendiz, maior de 14 (quatorze) e menor de 24 (vinte e quatro) anos, ressalvado o portador de defi-ciência, ao qual não se aplica o limite máximo de idade, sujeito à formação técnico-profissional metódica, sob a orientação de entidade qualificada, conforme disposto nos arts. 410 e 433 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, com a redação dada pela Lei nº 11.180, de 23 de setembro de 2005; III - o empregado de conselho, de ordem ou de autarquia de fiscalização do exercício de atividade profis-sional; IV - o trabalhador temporário contratado por empresa de trabalho temporário na forma da Lei nº 6.019, de 1974; V - o trabalhador contratado no exterior para trabalhar no Brasil em empresa constituída e funcionando em território nacional segundo as leis brasileiras, ainda que com salário estipulado em moeda estrangeira, salvo se amparado pela previdência social de seu país de origem, observado o disposto nos acordos in-ternacionais porventura existentes; VI - o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado no exterior, em sucursal ou em agência de empresa constituída sob as leis brasileiras e que tenha sede e administração no País; VII - o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em empresa domiciliada no exterior, com maioria de capital votante pertencente à empresa constituída sob as leis brasileiras, que tenha sede e administração no País e cujo controle efetivo esteja em caráter perma-nente sob a titularidade direta ou indireta de pessoas físicas domiciliadas e residentes no Brasil ou de en-tidade de direito público interno; VIII - aquele que presta serviços no Brasil à missão diplomática ou à repartição consular de carreiras es-trangeiras ou a órgãos a elas subordinados ou a membros dessa missão ou repartição, excluído o não-brasileiro sem residência permanente no Brasil e o brasileiro amparado pela legislação previdenciária do país da respectiva missão diplomática ou da repartição consular; IX - o empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em funcionamento no Brasil, salvo quando coberto por RPPS, a partir de 1º de março de 2000, em decorrência da Lei nº 9.876, de 26 de novembro de 1999;

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X - o brasileiro civil que trabalha para a União no exterior, em organismo oficial internacional do qual o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo se segurado na forma da legisla-ção vigente do país do domicílio ou se amparado por RPPS; XI - o brasileiro civil que presta serviços à União no exterior, em organismo oficial brasileiro (repartições governamentais, missões diplomáticas, repartições consulares, dentre outros), lá domiciliado e contratado, inclusive o auxiliar local de que tratam os arts. 56 e 57 da Lei nº 11.440, de 29 de dezembro de 2006, este desde que, em razão de proibição legal, não possa filiar-se ao sistema previdenciário local; XII - o auxiliar local de nacionalidade brasileira, a partir de 10 de dezembro de 1993, desde que, em razão de proibição legal, não possa filiar-se ao sistema previdenciário local, conforme disposto no art. 57 da Lei nº 11.440, de 2006; XIII - o servidor civil titular de cargo efetivo ou o militar da União, dos Estados e do Distrito Federal, incluí-das suas autarquias e fundações de direito público, desde que, nessa qualidade, não esteja amparado por RPPS; XIV - o servidor da União, incluídas suas autarquias e fundações de direito público, ocupante, exclusiva-mente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração: a) até julho de 1993, quando não amparado por RPPS, nessa condição; b) a partir de agosto de 1993, em decorrência da Lei nº 8.647, de 13 de abril de 1993; XV - o servidor da União, incluídas suas autarquias e fundações de direito público, ocupante de emprego público e o contratado por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, nos termos do inciso IX do art. 37 da Constituição Federal, nesta última condição, a partir de 10 de dezembro de 1993, em decorrência da Lei nº 8.745, de 9 de dezembro de 1993; XVI - o servidor dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações de direito público, assim considerado o ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; o ocupante de emprego público bem como o contratado por tempo de-terminado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público: a) até 15 de dezembro de 1998, desde que não amparado por RPPS, nessa condição; b) a partir de 16 de dezembro de 1998, por força da Emenda Constitucional nº 20, de 15 de dezembro de 1998; XVII - o servidor considerado estável por força do art. 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitó-rias (ADCT), mesmo quando submetido a regime estatutário, desde que não amparado por RPPS; XVIII - o servidor admitido até 5 de outubro de 1988, que não tenha cumprido, naquela data, o tempo pre-visto para aquisição da estabilidade no serviço público: a) mesmo que a natureza das atribuições dos cargos ou funções ocupados seja permanente e esteja submetido a regime estatutário, desde que não amparado por regime previdenciário próprio; b) quando a natureza das atribuições dos cargos ou funções ocupados seja temporária ou precária; XIX - o exercente de mandato eletivo federal, estadual, distrital ou municipal, salvo o titular de cargo efeti-vo da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações de direito público, afastado para o exercício do mandato eletivo, filiado a RPPS no cargo de origem, observa-da a legislação de regência e os respectivos períodos de vigência; XX - a partir de março de 2000, o ocupante de cargo de Ministro de Estado, de Secretário Estadual, Distri-tal ou Municipal, desde que não amparado por RPPS pelo exercício de cargo efetivo do qual se tenha afastado para assumir essa função, em decorrência do disposto na Lei nº 9.876, de 1999; XXI - o escrevente e o auxiliar contratados até 20 de novembro de 1994 por titular de serviços notariais e de registro, sem relação de emprego com o Estado; XXII - o escrevente e o auxiliar contratados a partir de 21 de novembro de 1994 por titular de serviços no-

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tariais e de registro, bem como aquele de investidura estatutária ou de regime especial que optou pelo regime da legislação trabalhista, em conformidade com a Lei nº 8.935, de 18 de novembro de 1994; XXIII - o contratado por titular de serventia da justiça, sob o regime da legislação trabalhista, e qualquer pessoa que, habitualmente, lhe presta serviços remunerados, sob sua dependência, sem relação de em-prego com o Estado; XXIV - o bolsista e o estagiário que prestam serviços em desacordo com a Lei nº 11.788, de 25 de setem-bro de 2008, e o atleta não-profissional em formação contratado em desacordo com a Lei nº 9.615, de 24 de março de 1998, com as alterações da Lei nº 10.672, de 15 de maio de 2003; XXV - o médico-residente ou o residente em área profissional da saúde que prestam serviços em desa-cordo, respectivamente, com a Lei nº 6.932, de 7 de julho de 1981, com a redação dada pela Lei nº 10.405, de 9 de janeiro de 2002, ou com a Lei nº 11.129, de 30 de junho de 2005; XXVI - o médico ou o profissional da saúde, plantonista, independentemente da área de atuação, do local de permanência ou da forma de remuneração; XXVII - o diretor empregado de empresa urbana ou rural, que, participando ou não do risco econômico do empreendimento, seja contratado ou promovido para cargo de direção de sociedade anônima, mantendo as características inerentes à relação de emprego; XXVIII - o treinador profissional de futebol, independentemente de acordos firmados, nos termos da Lei nº 8.650, de 20 de abril de 1993; XXIX - o Agente Comunitário de Saúde com vínculo direto com o poder público local: a) até 15 de dezembro de 1998, desde que não amparado por RPPS; b) a partir de 16 de dezembro de 1998, por força da Emenda Constitucional nº 20, de 1998; XXX - o trabalhador rural por pequeno prazo, contratado por produtor rural pessoa física proprietário ou não, que explore diretamente atividade agroeconômica, para o exercício de atividades de natureza tempo-rária por prazo não superior a 2 (dois) meses dentro do período de 1 (um) ano, nos termos do art. 14-A da Lei nº 5.889, de 8 de junho de 1973. 1.1.2 Atividade exercida no exterior a) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado no exte-rior, em sucursal ou agência de empresa constituída sob as leis brasileiras e que tenha sede e administra-ção no Brasil; b) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em em-presa domiciliada no exterior com maioria do capital votante pertencente à empresa constituída sob as leis brasileiras, que tenha sede e administração no País (Brasil) e cujo controle efetivo esteja em caráter per-manente sob a titularidade direta ou indireta de pessoas físicas domiciliadas e residentes no País (Brasil) ou de entidade de direito público interno; c) o brasileiro civil que trabalha para a União no exterior, em organismos oficiais internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo se amparado por regime próprio de previdência social ou se for segurado na forma da legislação vigente do país do domicílio; d) o brasileiro civil que presta serviços à União no exterior, em organismos oficial brasileiro (repartições governamentais, missões diplomáticas, repartições consulares, entre outros), lá domiciliado e contratado, inclusive o auxiliar local de que trata a Lei nº 7.501/86, este até 09.12.1993 e desde que, em razão de proibição legal, não possa filiar-se ao sistema previdenciário do local do domicílio. 1.1.3 – Empregados Domésticos Deve contribuir obrigatoriamente na qualidade de segurado empregado doméstico, aquele que presta ser-viços de natureza contínua, mediante remuneração, à pessoa, à família ou à entidade familiar, no âmbito residencial desta, em atividade sem fins lucrativos.

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1.1.4 – Trabalhadores Avulsos Deve contribuir obrigatoriamente na qualidade de segurado trabalhador avulso, aquele que, sindicalizado ou não, contratado mediante a intermediação obrigatória do sindicato da categoria ou, quando se tratar de atividade portuária, do OGMO, presta serviços de natureza urbana ou rural, sem vínculo empregatício, a diversas empresas, assim definidos: I - trabalhador avulso aquele que, sindicalizado ou não, presta serviços de natureza urbana ou rural, sem vínculo empregatício, a diversas empresas, com intermediação obrigatória do sindicato da categoria ou, quando se tratar de atividade portuária, do OGMO; II - trabalhador avulso não-portuário, aquele que presta serviços de carga e descarga de mercadorias de qualquer natureza, inclusive carvão e minério, o trabalhador em alvarenga (embarcação para carga e des-carga de navios), o amarrador de embarcação, o ensacador de café, cacau, sal e similares, aquele que trabalha na indústria de extração de sal, o carregador de bagagem em porto, o prático de barra em porto, o guindasteiro, o classificador, o movimentador e o empacotador de mercadorias em portos, assim concei-tuados nas alíneas "b" a "j" do inciso VI do art. 9º do RPS; III - trabalhador avulso portuário, aquele que presta serviços de capatazia, estiva, conferência de carga, conserto de carga, bloco e vigilância de embarcações na área dos portos organizados e de instalações portuárias de uso privativo, com intermediação obrigatória do OGMO, assim conceituados na alínea "a" do inciso VI do art. 9º do RPS, podendo ser: a) segurado trabalhador avulso quando, sem vínculo empregatício, registrado ou cadastrado no OGMO, em conformidade com a Lei nº 8.630, de 1993, presta serviços a diversos operadores portuários; b) segurado empregado quando, registrado no OGMO, contratado com vínculo empregatício e a prazo indeterminado, na forma do parágrafo único do art. 26 da Lei nº 8.630, de 1993, é cedido a operador por-tuário; As atividades que compreendem os serviços de capatazia, estiva, conferência de carga, conserto de car-ga, bloco e vigilância de embarcação, sendo: a) capatazia, a movimentação de mercadorias nas instalações de uso público, compreendendo recebimen-to, conferência, transporte interno, abertura de volumes para conferência aduaneira, manipulação, arru-mação e entrega, bem como carregamento e descarga de embarcações, quando efetuados por aparelha-mento portuário; b) estiva, a movimentação de mercadorias nos conveses ou nos porões das embarcações principais ou auxiliares, incluindo o transbordo, a arrumação, a peação ou a despeação, bem como o carregamento ou a descarga das embarcações, quando realizados com equipamentos de bordo; c) conferência de carga, a contagem de volumes, a anotação de características, de procedência ou de destino, a verificação do estado das mercadorias, a assistência à pesagem, a conferência de manifesto e os demais serviços correlatos, nas operações de carregamento e de descarga de embarcações; d) conserto de carga, o reparo ou a restauração das embalagens de mercadorias, a reembalagem, a mar-cação, a remarcação, a carimbagem, a etiquetagem, a abertura de volumes para vistoria e posterior re-composição, nas operações de carregamento e de descarga de embarcações; e) bloco, a atividade de limpeza e conservação de embarcações mercantes ou de seus tanques, incluindo batimento de ferrugem, pintura, reparos de pequena monta ou os serviços correlatos; f) vigilância de embarcações, a fiscalização da entrada e saída de pessoas a bordo das embarcações a-tracadas ou fundeadas ao largo, bem como a movimentação de mercadorias em portalós, rampas, porões, conveses, plataformas ou em outros locais da embarcação;

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1.1.5 – Contribuintes Individuais Anteriormente à publicação da Lei nº 9.876 (de 26/11/1999) eram denominados “empresários e autôno-mos”. I - aquele que presta serviços, de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de emprego; II - aquele que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com fins lucrativos ou não; III - a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária, a qualquer título, em caráter permanente ou temporário, em área superior a 4 (quatro) módulos fiscais; ou, quando em área igual ou inferior a 4 (quatro) módulos fiscais ou atividade pesqueira ou extrativista, com auxílio de empregados ou por intermédio de prepostos; ou ainda nas hipóteses dos §§ 8º e 9º do art. 10; IV - a pessoa física, proprietária ou não, que, na condição de outorgante, explora a atividade agropecuária ou pesqueira, por intermédio de prepostos, com ou sem o auxílio de empregado, observado o disposto no inciso I do § 7º do art. 10; V - a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade de extração mineral (garimpo), em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos, com ou sem o auxílio de empre-gados, utilizados a qualquer título, ainda que de forma não-contínua; VI - o pescador que trabalha em regime de parceria, de meação ou de arrendamento, em embarcação com mais de 6 (seis) toneladas de arqueação bruta, na exclusiva condição de parceiro outorgante; VII - o marisqueiro que, sem utilizar embarcação pesqueira, exerce atividade de captura dos elementos animais ou vegetais, com o auxílio de empregado; VIII - o ministro de confissão religiosa ou o membro de vida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa; IX - o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil é membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo quando coberto por RPPS; X - o brasileiro civil que trabalha em organismo oficial internacional ou estrangeiro em funcionamento no Brasil, a partir de 1º de março de 2000, em decorrência da Lei nº 9.876, de 1999, desde que não existentes os pressupostos que o caracterizem como segurado empregado; XI - o brasileiro civil que trabalha para órgão ou entidade da Administração Pública sob intermediação de organismo oficial internacional ou estrangeiro em funcionamento no Brasil, desde que não-existentes os pressupostos que o caracterizem como segurado empregado; XII - desde que receba remuneração decorrente de trabalho na empresa: a) o titular de firma individual urbana ou rural, considerado empresário individual pelo art. 931 da Lei nº 10.406, de 2002 (Código Civil); b) qualquer sócio nas sociedades em nome coletivo, de capital e indústria; c) o sócio administrador, o sócio cotista e o administrador não-sócio e não-empregado na sociedade limi-tada, urbana ou rural, conforme definido na Lei nº 10.406, de 2002 (Código Civil); d) o membro de conselho de administração na sociedade anônima ou o diretor não-empregado que, parti-cipando ou não do risco econômico do empreendimento, seja eleito por assembleia geral dos acionistas para cargo de direção de sociedade anônima, desde que não mantidas as características inerentes à rela-ção de emprego; e) o membro de conselho fiscal de sociedade ou entidade de qualquer natureza; XIII - o associado eleito para cargo de direção em cooperativa, em associação ou em entidade de qualquer natureza ou finalidade e o síndico ou o administrador eleito para exercer atividade de administração con-

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dominial, desde que recebam remuneração pelo exercício do cargo, ainda que de forma indireta, observa-do, para estes últimos, o disposto no inciso III do § 1º do art. 5º; XIV - o administrador, exceto o servidor público vinculado a RPPS, nomeado pelo poder público para o exercício do cargo de administração em fundação pública de direito privado; XV - o síndico da massa falida, o administrador judicial, definido pela Lei nº 11.101, de 2005, e o comissá-rio de concordata, quando remunerados; XVI - o trabalhador associado à cooperativa de trabalho, que, nessa condição, presta serviços a empresas ou a pessoas físicas, mediante remuneração ajustada ao trabalho executado; XVII - o trabalhador associado à cooperativa de produção, que, nessa condição, presta serviços à coope-rativa, mediante remuneração ajustada ao trabalho executado; XVIII - o médico-residente ou o residente em área profissional da saúde, contratados, respectivamente, na forma da Lei nº 6.932, de 1981, com a redação dada pela Lei nº 10.405, de 2002, e da Lei nº 11.129, de 9 de fevereiro de 2005; XIX - o árbitro de jogos desportivos e seus auxiliares, desde que atuem em conformidade com a Lei nº 9.615, de 1998; XX - o aposentado de qualquer regime previdenciário nomeado magistrado da Justiça Eleitoral, na forma do inciso II do art. 119 ou do inciso III do § 1º do art. 120 da Constituição Federal; XXI - a pessoa física contratada por partido político ou por candidato a cargo eletivo, para, mediante re-muneração, prestar serviços em campanhas eleitorais, em razão do disposto no art. 100 da Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997; XXII - o apenado recolhido à prisão sob regime fechado ou semi-aberto, que, nessa condição, presta ser-viços remunerados, dentro ou fora da unidade penal, a uma ou mais empresas, com ou sem intermedia-ção da organização carcerária ou entidade afim, ou que exerce atividade artesanal por conta própria; XXIII - o notário, o tabelião, o oficial de registro ou registrador, nomeados até 20 de novembro de 1994, que detêm a delegação do exercício da atividade notarial e de registro, não remunerados pelos cofres públicos; XXIV - o notário, o tabelião, o oficial de registro ou registrador, nomeados até 20 de novembro de 1994, que detêm a delegação do exercício da atividade notarial e de registro, mesmo que amparados por RPPS, conforme o disposto no art. 51 da Lei nº 8.935, de 1994, a partir de 16 de dezembro de 1998, por força da Emenda Constitucional nº 20, de 1998; XXV - o notário, o tabelião, o oficial de registro ou registrador, nomeados a partir de 21 de novembro de 1994, em decorrência da Lei nº 8.935, de 1994; XXVI - o condutor autônomo de veículo rodoviário, assim considerado o que exerce atividade profissional sem vínculo empregatício, quando proprietário, coproprietário ou promitente comprador de um só veículo; XXVII - os auxiliares de condutor autônomo de veículo rodoviário, no máximo de 2 (dois), conforme dispos-to no art. 1º da Lei nº 6.094, de 30 de agosto de 1974, que exercem atividade profissional em veículo cedi-do em regime de colaboração; XXVIII - o diarista, assim entendida a pessoa física que, por conta própria, presta serviços de natureza não-contínua à pessoa, à família ou à entidade familiar, no âmbito residencial destas, em atividade sem fins lucrativos; XXIX - o pequeno feirante que compra para revenda produtos hortifrutigranjeiros ou assemelhados; XXX - a pessoa física que habitualmente edifica obra de construção civil com fins lucrativos; XXXI - o incorporador de que trata o art. 29 da Lei nº 4.591, de 16 de dezembro de 1964;

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XXXII - o bolsista da Fundação Habitacional do Exército contratado em conformidade com a Lei nº 6.855, de 18 de novembro de 1980; XXXIII - o membro do conselho tutelar de que trata o art. 132 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, quando remunerado; XXXIV - o interventor, o liquidante, o administrador especial e o diretor fiscal de instituição financeira, con-ceituada no § 3º do art. 3º; e XXXV - o Micro Empreendedor Individual (MEI) de que tratam os arts. 18-A e 18-C da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, que opte pelo recolhimento dos impostos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional. 1.1.6 - Segurados Facultativos

É comum de muitas pessoas confundam a definição do contribuinte individual com a do segurado facultativo. Desse modo, cumpre-nos demonstrar definição de segurado facultativo, demonstrando as principais diferenças entre estes segurados.

Pode filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS) como segurado facultativo, pessoa física maior de 16 (dezesseis) anos que, por ato volitivo, se inscreva como contribuinte da Previdência Social, desde que não exerça atividade remunerada que implique filiação obrigatória a qualquer regime de Previdência Social no País.

Consideram-se segurados facultativos, dentre outros: a) a dona de casa;

b) estudante;

c) aquele que exerceu mandato eletivo estadual, distrital ou municipal até janeiro de 1998;

d) o ocupante de cargo de Ministro de Estado, de Secretário Estadual, Distrital ou Municipal, até fevereiro de 2000;

e) o síndico de condomínio ou o administrador eleito para exercer atividade de administração condominial, mesmo quando remunerado, até fevereiro de 1997;

f) o trabalhador afastado temporariamente de suas atividades, desde que não receba remuneração no período de afastamento e não exerça outra atividade que o vincule ao RGPS ou ao RPPS; e

g) o bolsista e o estagiário que cumpre os requisitos previstos naLei nº 11.788/2008(Lei de Estágio).

É vedada a participação no RGPS, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa vinculada a Regime Próprio de Previdência Social (RPPS), salvo na hipótese de afastamento sem vencimento, desde que não permitida, naquela condição, contribuição ao respectivo RPPS. O facultativo torna-se segurado a partir da inscrição e do primeiro recolhimento, não podendo retroagir e não sendo permitido o pagamento de contribuições relativas aos meses anteriores a data da inscrição. Após a inscrição, o segurado facultativo somente pode recolher contribuição em atraso quando não tiver ocorrido perda da qualidade de segurado, ou seja, durante 6 (seis) meses.

Desse modo, conclui-se que o segurado facultativo é aquele que não exerce nenhuma atividade laborativa, não auferindo qualquer remuneração. Por outro lado, o contribuinte individual é aquele que presta serviços, de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de emprego.

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Fundamentação:art. 13, "caput" e inciso VI da art. 15 da Lei nº 8.213/1991; "caput" e § 2º do art. 12 da Lei nº 11.788/2008;art. 11, "caput" e inciso VI do art. 13 do Decreto nº 3.048/1999;art. 5º da Instrução Normativa RFB nº 971/2009.

1 - Contribuição destinada ao INSS

Em regra, a alíquota de contribuição dos segurado facultativo será de 20% (vinte por cento) sobre o respectivo salário de contribuição.

Todavia, no caso de opção pela exclusão do direito ao benefício de aposentadoria por tempo de contribuição, a alíquota de contribuição incidente sobre o limite mínimo mensal do salário de contribuição será de:

a) 5% (cinco por cento), no caso do segurado facultativo sem renda própria que se dedique exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde que pertencente a família de baixa renda;

a) 11% (onze por cento), no caso dos demais segurados facultativos.

Desde 1º de janeiro de 2012, o limite mínimo mensal do salário de contribuição é de R$ 678,00 (seiscen-tos e vinte e dois reais). Considera-se de baixa renda, a família inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) cuja renda mensal seja de até 2 (dois) salários mínimos.

O segurado que tenha contribuído com a alíquota reduzida e pretenda contar o tempo de contribuição correspondente para fins de obtenção da aposentadoria por tempo de contribuição ou da contagem recíproca do tempo de contribuição deverá fazer a complementação da contribuição.

Assim, a complementação mensal será realizada mediante recolhimento, sobre o valor correspondente ao limite mínimo mensal do salário de contribuição em vigor na competência a ser complementada, da diferença entre o percentual pago e o de 20% (vinte por cento), acrescido dos juros moratórios.

A contribuição complementar será exigida a qualquer tempo, sob pena de indeferimento do benefício.

Fundamentação:art. 21 da Lei nº 8.212/1991, com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 12.470/2011(conversão da MP nº 529/2011) e pelo art. 6º da Lei nº 12.507/2011;art. 2º da Portaria Interministerial MF/MPS nº 2/2012.

1.1 - Recolhimento trimestral do segurado facultati vo

É facultada a opção pelo recolhimento trimestral da contribuição social previdenciária ao segurado facultativo, cujo salário de contribuição correspondam ao valor de 1 (um) salário mínimo.

Para o recolhimento trimestral, deverão ser registrados, no campo "competência" do documento de arrecadação, o último mês do respectivo trimestre civil e o ano a que se referir, independentemente de serem 1 (uma), 2 (duas) ou 3 (três) competências, indicando-se:

a) 03 (zero três), correspondente à competência março, para o trimestre civil compreendendo os meses de janeiro, fevereiro e março;

b) 06 (zero seis), correspondente à competência junho, para o trimestre civil compreendendo os meses de abril, maio e junho;

c) 09 (zero nove), correspondente à competência setembro, para o trimestre civil compreendendo os meses de julho, agosto e setembro;

d) 12 (doze), correspondente à competência dezembro, para o trimestre civil compreendendo os meses de

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outubro, novembro e dezembro.

Para efetuar a contribuição trimestral é necessário observar as seguintes regras:

a) a contribuição trimestral deve ser recolhida até o dia 15 (quinze) do mês seguinte ao do encerramento de cada trimestre civil, prorrogando-se para o 1º (primeiro) dia útil subsequente, quando não houver expediente bancário no dia 15 (quinze);

b) no recolhimento de contribuições em atraso, incidirão os juros e a multa de mora a partir do 1º (primeiro) dia útil subsequente ao do vencimento do trimestre civil;

c) o segurado facultativo, após a inscrição, poderá optar pelo recolhimento trimestral;

d) quando a inscrição ocorrer no curso do trimestre civil, é permitido o recolhimento para a 2ª (segunda) e a 3ª (terceira) competências do trimestre. Fundamentação:art. 397 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009. 1.2 - Códigos da Guia da Previdência Social (GPS) Seguem os códigos da Guia da Previdência Social (GPS) relacionados ao segurado facultativo:

Código da GPS Descrição

1201 GRC Trabalhador Pessoa Física (Contribuinte Individual, Facultativo, Empregado Domésti-co, Segurado Especial) - DEBCAD (Preenchimento exclusivo pela Previdência Social)

1406 Facultativo Mensal - NIT/PIS/PASEP

1457 Facultativo Trimestral - NIT/PIS/PASEP

1473 Facultativo - Opção: Aposentadoria apenas por idade (art. 80 da LC 123 de 14.12.2006 ) - Recolhimento Mensal - NIT/PIS/PASEP

1490 Facultativo - Opção: Aposentadoria apenas por idade (art. 80 da LC 123 de 14.12.2006 ) - Recolhimento Trimestral - NIT/PIS/PASEP

1686 Facultativo - OptanteLc 123/2006 - Recolhimento Mensal - Compl.

1694 Facultativo - OptanteLc 123/2006 - Recolhimento Trimestral - Compl.

1759 Acréscimos Legais de Contribuinte Individual, Doméstico, Facultativo e Segurado Especial -Lei nº 8212/1991 - NIT/PIS/PASEP

1821 Facultativo/Exercente de Mandato Eletivo/Recolhimento Complementar

1830 Facultativo Baixa Renda - Recolhimento Mensal - Complemento Para Plano Simplificado da Previdência Social - PSPS - Lei nº 12.470/2011

1848 Facultativo Baixa Renda - Recolhimento Trimestral - Complemento Para Plano Simplificado da Previdência Social - PSPS - Lei nº 12.470/2011

1929 Facultativo Baixa Renda - Recolhimento Mensal - NIT/PIS/PASEP

1937 Facultativo Baixa Renda - Recolhimento Trimestral - NIT/PIS/PASEP

1945 Facultativo Baixa Renda - Recolhimento Mensal - Complemento

1953 Facultativo Baixa Renda - Recolhimento Trimestral - Complemento

Fundamentação: anexo I do Ato Declaratório Executivo CODAC nº 71/2011.

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1.1.7 – Segurados Especiais Deve contribuir obrigatoriamente na qualidade de segurado especial a pessoa física residente em imóvel rural ou em aglomerado urbano ou rural próximo a ele que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros, na condição de: I - produtor, seja proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro outorgados, comoda-tário ou arrendatário rurais, que explore atividade: a) agropecuária em área contínua ou não de até 4 (quatro) módulos fiscais; ou b) de seringueiro ou extrativista vegetal na coleta e extração, de modo sustentável, de recursos naturais renováveis e faça dessas atividades o principal meio de vida; II - pescador artesanal ou a este assemelhado, que faça da pesca profissão habitual ou principal meio de vida; e III - cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de 16 (dezesseis) anos de idade ou a este equiparado, do segurado de que tratam os incisos I e II, que, comprovadamente, tenham participação ativa nas ativi-dade rurais do grupo familiar. Obs: Entende-se como regime de economia familiar a atividade em que o trabalho dos membros da famí-lia é indispensável à própria subsistência e ao desenvolvimento socioeconômico do núcleo familiar e é exercido em condições de mútua dependência e colaboração, sem a utilização de empregados permanen-tes. Não descaracteriza a condição de segurado especial: I - a outorga, por meio de contrato escrito de parceria, meação ou comodato, de até 50% (cinquenta por cento) de imóvel rural cuja área total não seja superior a 4 (quatro) módulos fiscais, desde que outorgante e outorgado continuem a exercer a respectiva atividade, individualmente ou em regime de economia fami-liar; II - a exploração da atividade turística da propriedade rural, inclusive com hospedagem, por não mais de 120 (cento e vinte) dias ao ano; III - a participação em plano de previdência complementar instituído por entidade classista a que seja as-sociado, em razão da condição de trabalhador rural ou de produtor rural em regime de economia familiar; IV - ser beneficiário ou fazer parte de grupo familiar que tem algum componente que seja beneficiário de programa assistencial oficial de governo; V - a utilização pelo próprio grupo familiar, na exploração da atividade, de processo de beneficiamento ou industrialização artesanal, na forma do § 11 do art. 25 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991; e VI - a associação em cooperativa agropecuária. Obs: Não é segurado especial o membro de grupo familiar que possuir outra fonte de rendimento, exceto se decorrente de: I - benefício de pensão por morte, auxílio-acidente ou auxílio-reclusão, cujo valor não supere o do menor benefício de prestação continuada da Previdência Social; II - benefício previdenciário pela participação em plano de previdência complementar instituído nos termos do inciso III do § 7º; III - exercício de atividade remunerada em período de entressafra ou do defeso, não superior a 120 (cento e vinte) dias, corridos ou intercalados, no ano civil, observado o disposto no § 14; IV - exercício de mandato eletivo de dirigente sindical de organização da categoria de trabalhadores rurais; V - exercício de mandato de vereador do Município onde desenvolve a atividade rural, ou de dirigente de cooperativa rural constituída exclusivamente por segurados especiais, observado o disposto no § 14;

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VI - parceria ou meação outorgada na forma e condições estabelecidas no inciso I do § 7º; VII - atividade artesanal desenvolvida com matéria-prima produzida pelo respectivo grupo familiar, poden-do ser utilizada matéria-prima de outra origem, desde que a renda mensal obtida na atividade não exceda ao menor benefício de prestação continuada da Previdência Social; e VIII - atividade artística, desde que em valor mensal inferior ao menor benefício de prestação continuada da Previdência Social. 1.1.8 Empresa e Empregador Doméstico Considera-se empresa a firma individual ou sociedade que assume o risco de atividade econômica urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, bem como os órgãos e entidades da administração pública direta, indireta e fundacional. Equipara-se a empresa, para efeito de contribuição previdenciária: a) o contribuinte individual, em relação a segurado que lhe presta serviço; b) a cooperativa, a associação ou a entidade de qualquer natureza ou finalidade, inclusive o condomínio; c) a missão diplomática e a repartição consular de carreiras estrangeiras; d) o operador portuário e o órgão gestor de mão-de-obra de que trata a Lei nº 8.630/93; e e) o proprietário do imóvel, o incorporador ou o dono de obra de construção civil, quando pessoa física, em relação a segurado que lhe presta serviço. Considera-se empregador doméstico a pessoa, família ou entidade familiar que admite a seu serviço, sem finalidade lucrativa, um empregado doméstico.

2 CONTRIBUIÇÃO DO EMPREGADO, EMPREGADO DOMÉSTICO E TRABALHADOR AVULSO

Aplicação da correspondente alíquota (8%, 9% ou 11%) sobre o salário-de-contribuição mensal, de forma não cumulativa, observando-se a tabela vigente e respeitando-se o teto de contribuição.

Tabela de contribuição dos segurados empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso, para pagamento de remuneração a partir de Janeiro de 2013

Salário-de-contribuição (R$) Alíquota para fins de recolhimento ao INSS

(%)

até R$ 1.247,70 8,00 de R$ 1.247,71 até R$ 2.079,50 9,00 de R$ 2.079,51 até R$ 4.159,00 11,00

A contribuição é descontada diretamente da folha de salários, sendo de responsabilidade do empregador (ou tomador de serviços) o efetivo recolhimento à instituição bancária. Exercendo o trabalhador duas atividades como segurado empregado, estará sujeito à contribuição previ-denciária em cada uma delas, devendo, no entanto, ser observado o teto máximo de contribuição (11% de R$ 4.159,00, atualmente). Os comprovantes deverão ser mantidos e arquivados pelo prazo de 10 anos. Em relação à empregada doméstica que exercer atividades simultâneas, aplicar-se-á idêntico critério. Ca-

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da empregador doméstico terá que recolher em GPS distinta, utilizando o mesmo número de inscrição. O desconto desta contribuição sempre se presumirá feito, oportuna e legalmente, pela empresa e pelo empregador doméstico, não lhes sendo lícito alegar qualquer omissão para se eximir do recolhimento – Lei nº 8.212/91, art. 33, §5º. 2.1 – Fato Gerador e Base-de-Cálculo O fato gerador da contribuição ocorrerá quando for paga, devida ou creditada a remuneração do trabalha-dor (o que ocorrer primeiro), sendo este o mês de competência a ser aposto na Guia de Previdência Social – GPS, campo 04. A base-de-cálculo, valor sobre o qual incidirá a alíquota devida, será o salário-de-contribuição, observados os limites mínimo e máximo. 2.2 – Salário-de-Contribuição Entende-se por salário-de-contribuição, para os segurados empregado e trabalhador avulso, a remunera-ção auferida em uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos que lhe são pa-gos, devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma. Integram ainda o salário-de-contribuição do segurado empregado e trabalhador avulso o salário-maternidade, o terço constitucional de férias e o 13º salário, dentre outras parcelas de natureza salarial. Para o trabalhador doméstico o salário-de-contribuição será a remuneração registrada em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS. Quando a admissão, a dispensa, o afastamento ou a falta do empregado (inclusive o doméstico) ocorrer no curso do mês, o salário-de-contribuição deverá ser proporcional ao número de dias efetivamente traba-lhados (critério de proporcionalidade), como por exemplo: Exemplo: - empregado que recebe R$ 8,00 a hora trabalhada para jornada de 220 horas mensais e que possui 24 horas de falta injustificada - calculo das faltas injustificadas = R$ 8,00 x 24 horas = R$ 192,00 - remuneração mensal = R$ 8,00 x 220 horas = R$ 1.760,00 - salário-de-contribuição (base-de-cálculo do INSS) = R$ 1.760,00 – R$ 192,00 = R$ 1.568,00 - alíquota = 9% (conforme tabela) - valor da contribuição = R$ 141,12 Não integram o salário-de-contribuição, exclusivamente (§9º do art. 214 do Decreto 3.048/99): I - os benefícios da Previdência Social, nos termos e limites legais, salvo o salário-maternidade; II - as ajudas de custo e o adicional mensal percebidos pelo aeronauta, nos termos da Lei nº 5.929, de 30 de outubro de 1973; III - a parcela in natura recebida de acordo com os programas de alimentação aprovados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), nos termos da Lei nº 6.321, de 14 de abril de 1976; IV - as importâncias recebidas a título de férias indenizadas e respectivo adicional constitucional, inclusive o valor correspondente à dobra da remuneração de férias de que trata o art. 137 da CLT; V - as importâncias recebidas a título de: a) indenização compensatória de 40% (quarenta por cento) do montante depositado no FGTS, como pro-teção à relação de emprego contra despedida arbitrária ou sem justa causa, conforme disposto no inciso I do art. 10 do ADCT;

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b) indenização por tempo de serviço, anterior a 5 de outubro de 1988, do empregado não-optante pelo FGTS; c) indenização por dispensa sem justa causa de empregado nos contratos por prazo determinado, confor-me estabelecido no art. 479 da CLT; d) indenização do tempo de serviço do safrista, quando da expiração normal do contrato, conforme dispos-to no art. 14 da Lei nº 5.889, de 1973; e) incentivo à demissão; f) indenização por dispensa sem justa causa, no período de 30 (trinta) dias que antecede à correção sala-rial a que se refere o art. 9º da Lei nº 7.238, de 28 de outubro de 1984; g) indenizações previstas nos arts. 496 e 497 da CLT; h) abono de férias na forma dos arts. 143 e 144 da CLT; i) ganhos eventuais e abonos expressamente desvinculados do salário por força de lei; j) licença-prêmio indenizada; e k) outras indenizações, desde que expressamente previstas em lei; VI - a parcela recebida a título de vale-transporte na forma de legislação própria; VII - a ajuda de custo, em parcela única, recebida exclusivamente em decorrência de mudança de local de trabalho do empregado, na forma do art. 470 da CLT; VIII - as diárias para viagens, desde que não excedam a 50% (cinquenta por cento) da remuneração men-sal do empregado, ressalvado o disposto no inciso XXVIII; IX - a importância recebida pelo estagiário a título de bolsa ou outra forma de contra-prestação, quando paga nos termos da Lei nº 11.788, de 2008, e a bolsa de aprendizagem paga ao atleta não profissional em formação, nos termos da Lei nº 9.615, de 1998, com a redação dada pela Lei nº 10.672, de 2003; X - a participação do empregado nos lucros ou resultados da empresa, quando paga ou creditada de a-cordo com lei específica; XI - o abono do PIS ou o do Pasep; XII - os valores correspondentes ao transporte, à alimentação e à habitação fornecidos pela empresa ao empregado contratado para trabalhar em localidade distante de sua residência, em canteiro de obras ou em local que, por força da atividade, exija deslocamento e estada, observadas as normas de proteção estabelecidas pelo MTE; XIII - a importância paga ao segurado empregado, inclusive quando em gozo de licença remunerada, a título de complementação ao valor do auxílio-doença, desde que esse direito seja extensivo à totalidade dos empregados da empresa; XIV - as parcelas destinadas à assistência ao trabalhador da agroindústria canavieira de que trata o art. 36 da Lei nº 4.870, de 1º de dezembro de 1965; XV - o valor das contribuições efetivamente pago pela pessoa jurídica, relativo ao programa de previdência complementar privada, aberta ou fechada, desde que disponível à totalidade de seus empregados e diri-gentes, observados, no que couber, o disposto nos arts. 9º e 468 da CLT; XVI - o valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, próprio da empresa ou daquele a ela conveniado, inclusive o reembolso de despesas médico-hospitalares ou com medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos e outras similares, desde que a cobertura abranja a totalidade dos empre-gados e dirigentes da empresa;

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XVII - o valor correspondente a vestuário, a equipamentos e a outros acessórios fornecidos ao empregado e utilizados no local de trabalho para a prestação dos respectivos serviços; XVIII - o ressarcimento de despesas pelo uso de veículo do empregado, quando comprovadas; XIX - o valor relativo ao plano educacional que vise à educação básica, nos termos do art. 21 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e a cursos de capacitação e de qualificação profissionais vinculados às atividades desenvolvidas pela empresa, desde que não seja utilizado em substituição de parcela salari-al e desde que todos empregados e dirigentes tenham acesso a esse valor; XX - os valores recebidos em decorrência da cessão de direitos autorais; XXI - o valor da multa paga ao empregado em decorrência da mora no pagamento das parcelas constan-tes do instrumento de rescisão do contrato de trabalho, conforme disposto no § 8º do art. 477 da CLT; XXII - o reembolso creche pago em conformidade com a legislação trabalhista, observado o limite máximo de 6 (seis) anos da criança; XXIII - o reembolso babá, limitado ao menor salário-de-contribuição mensal conforme Tabela Social publi-cada periodicamente pelo MPS e condicionado à comprovação do registro na CTPS da empregada do pagamento da remuneração e do recolhimento da contribuição social previdenciária, pago em conformida-de com a legislação trabalhista, observado o limite máximo de 6 (seis) anos da criança; XXIV - o valor das contribuições efetivamente pago pela pessoa jurídica relativo ao prêmio de seguro de vida em grupo, desde que previsto em acordo ou convenção coletiva de trabalho e disponível à totalidade de seus empregados e dirigentes, observados, no que couber, o disposto nos arts. 9º e 468 da CLT; XXV - o valor despendido por entidade religiosa ou instituição de ensino vocacional com ministro de con-fissão religiosa, membro de instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa em face do seu mister religioso ou para sua subsistência, desde que fornecido em condições que independam da natureza e da quantidade do trabalho executado; XXVI - as importâncias referentes à bolsa de ensino, pesquisa e extensão pagas pelas instituições fede-rais de ensino superior, de pesquisa científica e tecnológica e pelas fundações de apoio, nos termos da Lei nº 8.958, de 20 de dezembro de 1994, conforme art. 7º do Decreto nº 5.205, de 14 de setembro de 2004; XXVII - a importância paga pela empresa a título de auxílio-funeral ou assistência à família em razão do óbito do segurado; XXVIII - as diárias para viagens, independentemente do valor, pagas aos servidores públicos federais o-cupantes exclusivamente de cargo em comissão; e XXIX - o ressarcimento de valores pagos a título de auxílio-moradia aos servidores públicos federais ocu-pantes exclusivamente de cargo em comissão. As parcelas acima referidas, quando pagas ou creditadas em desacordo com a legislação pertinente, inte-gram a base de cálculo da contribuição para todos os fins e efeitos, sem prejuízo da aplicação das comi-nações legais cabíveis. 2.3 – Décimo Terceiro Salário Determina a Lei nº 8.212/91, artigo 28, §7º integrar o salário de contribuição do segurado a gratificação natalina (13º salário), exceto para o cálculo de beneficio, na forma a ser estabelecida em regulamento. a) a contribuição deverá incidir sobre o valor bruto do 13º salário, sendo devida quando do pagamento ou crédito da última parcela. b) deverá ser calculada em separado e recolhida até o dia 20 do mês de dezembro, antecipando-se o ven-cimento para o dia útil imediatamente anterior se não houver expediente bancário no dia 20; c) relativamente aos trabalhadores que percebam salário variável, o recolhimento da contribuição decor-

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rente de eventual diferença da gratificação natalina (13º salário) deverá ser efetuado juntamente com a competência dezembro do mesmo ano - art. 216, § 25.

3 – CONTRIBUIÇÃO DEVIDA PELOS CONTRIBUINTES INDIVID UAIS E PELOS SEGURADOS FACULTATIVOS

O recolhimento das contribuições deverá se dar em GPS - Guia da Previdência Social, na alíquota de vinte por cento (20%), aplicada sobre o respectivo salário-de-contribuição, respeitados os limites mínimo (R$ 678,00) e máximo (R$ 4.159,00) estipulados pela Previdência Social. Considerar-se-á por salário-de-contribuição: a) para contribuintes individuais: a remuneração auferida em uma ou mais empresas ou pelo exercício de sua atividade por conta própria, durante o mês; b) para o segurado facultativo: o valor por ele declarado. Dedução Permitida A contar de 01/03/2002 o contribuinte individual que presta serviços a uma ou mais empresas pode dedu-zir da sua contribuição mensal 45% da contribuição da empresa contratante, sem qualquer prejuízo ao seu benefício futuro de aposentadoria. Como a empresa (pessoa jurídica tomadora dos serviços) deve contribuir à Previdência Social com 20% sobre toda remuneração que pagar a contribuinte individual (ainda que empresário) (art. 20, III, Lei nº 8.212/91), este contribuinte individual poderá deduzir de sua contribuição pessoal 45% destes 20% devi-dos pela pessoa jurídica, até o limite de 9% de seu próprio salário-de-contribuição. Observe-se o seguinte exemplo para compreensão do limite existente: - remuneração percebida na empresa = R$ 9.000,00 - contribuição ao INSS devida pela empresa = R$ 1.800,00 (20% de R$ 9.000,00) - dedução sem o limite imposto = R$ 810,00 (45% de R$ 1.800,00) - contribuição original devida pelo contribuinte individual = 20% do teto máximo = 20% de R$ 4.159,00 = R$ 831,80 - limite de dedução permitido = 9% do salário-de-contribuição = 9% de R$ 4.159,00 = R$ 374,31 - contribuição ao INSS a ser recolhida pelo contribuinte individual = R$ 831,80 - R$ 374,31 = R$ 457,49, ou seja, 11% de R$ 4.159,00. Para efeito desta dedução, considera-se contribuição declarada a informação prestada na GFIP - Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informação à Previdência Social ou declara-ção fornecida pela empresa ao segurado, onde conste, além de sua identificação completa, inclusive com o número no CNPJ, o nome e o número da inscrição do contribuinte individual, o valor da retribuição paga e o compromisso de que esse valor será incluído na citada GFIP e de que será efetuado o recolhimento da correspondente contribuição. Esta dedução também é permitida ao cooperado que prestar serviços a alguma empresa por intermédio de sua cooperativa de trabalho, cabendo a esta (cooperativa) fornecer-lhes comprovante de sua inclusão em GFIP ou recibo de pagamento. Responsabilidade pelo Recolhimento Desde 01/04/2003, por força da Medida Provisória nº 83, arts. 4º e 5º, de 12.12.2002 (DOU de 13.12.2002), convertida na Lei nº 10.666, de 08.05.2003 (DOU de 09.05.2003), a empresa se encontra obrigada a arrecadar a contribuição do segurado contribuinte individual (autônomos e empresários) a seu serviço, descontando-a da respectiva remuneração, devendo recolher o valor arrecadado juntamente com a contribuição a seu cargo até o dia 20 do mês seguinte ao da competência. Em face da dedução permitida aos contribuintes individuais a retenção a ser efetuada pela empresa con-tratante deverá se dar no percentual de 11% (onze por cento), incidente sobre o total da remuneração paga, devida ou creditada, a qualquer título, no decorrer do mês, ao segurado contribuinte individual, ob-servado o limite máximo do salário-de-contribuição.

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Quando o total da remuneração mensal, recebida pelo contribuinte individual por serviços prestados a uma ou mais empresas, for inferior ao limite mínimo do salário-de-contribuição (inferior ao salário mínimo vigen-te), o segurado deverá recolher diretamente a complementação da contribuição incidente sobre a diferen-ça entre o limite mínimo do salário-de-contribuição e a remuneração total recebida, aplicando sobre a par-cela complementar a alíquota de 20% (vinte por cento). Aplica-se esta obrigatoriedade de retenção à cooperativa de trabalho em relação à contribuição previden-ciária devida pelo seu cooperado contribuinte individual, devendo os 11% incidir sobre a quota a ele distri-buída relativa à prestação de serviço.

4 - CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA DO TRANSPORTADOR AU TÔNOMO Para o condutor autônomo de veículo rodoviário (inclusive o taxista) e para o auxiliar de condutor, em au-tomóvel cedido em regime de colaboração, o salário-de-contribuição a ser considerado para apuração da contribuição previdenciária corresponde, desde 09.07.2001 (Portaria nº 1.135, de 05.04.2001), a 20% do rendimento bruto auferido pelo frete, carreto ou transporte de passageiros, não se admitindo a dedução de valores relativos a gastos com combustível e manutenção do veículo, ainda que figure discriminada no documento parcela a este título. Este tratamento diferenciado se estende igualmente ao operador de máquinas e ao cooperado filiado a cooperativa de transportadores autônomos. Exemplo: • Serviço de frete prestado em 05.02.2012 • Valor bruto cobrado: R$ 1.000,00 • Salário-de-contribuição: R$ 1.000,00 x 20% = R$ 200,00 • Contribuição previdenciária: R$ 200,00 x 20% = R$ 40,00 Contribuição para o SEST e o SENAT Além da contribuição individual para a Previdência Social, o condutor autônomo de veículo rodoviário (in-clusive o taxista), o auxiliar de condutor autônomo, bem como o cooperado filiado a cooperativa de trans-portadores autônomos, estão sujeitos ao pagamento da contribuição para o Serviço Social do Transporte (SEST) e para o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (SENAT), prevista no art. 7º da Lei nº 8.706/93. Os percentuais devidos são 1,5% para o SEST e 1,0% para o SENAT, incidentes sobre o salário-de-contribuição do transportador, correspondente a 20% sobre o rendimento bruto auferido pelo frete ou car-reto - Portaria MPAS nº 1135/2001. Sendo o serviço prestado a pessoas físicas, a outro contribuinte individual equiparado a empresa, a mis-são diplomática ou a repartição consular de carreira estrangeira, caberá ao próprio contribuinte individual recolher as contribuições para o SEST e o SENAT, juntamente com sua contribuição previdenciária. Sendo o serviço prestado a pessoa jurídica ou cooperativa de trabalho, a contribuição para o SEST e o SENAT será descontada do trabalhador e recolhida ao INSS pelo tomador dos serviços, em GPS (§ 3º do artigo 2º do Decreto nº 1.007/93).

5 – CONTRIBUIÇÃO DAS EMPRESAS EM GERAL 5.1 - Contribuições sobre a Folha de Pagamento – Regra Geral A) Contribuição destinada à Seguridade Social - 20% sobre o total das remunerações pagas aos empregados e trabalhadores avulsos. - Instituições financeiras, empresas de seguro ou previdência complementar e similares: acréscimo de

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2,5%. B) Contribuição destinada ao financiamento da aposentadoria especial e benefícios por incapacidade - 1%, 2% ou 3% conforme o risco de acidente do trabalho seja considerado leve, médio ou grave. O enquadramento é de responsabilidade da própria empresa. Uma vez conhecida a atividade preponde-rante, deverá o empregador utilizar da “Relação de Atividades Preponderantes e Correspondentes Graus de Risco” (conforme a Classificação Nacional de Atividades Econômicas — CNAE), anexa ao Decreto nº 3.048/99 (Anexo V). Os percentuais são determinados conforme a atividade preponderante da empresa, ou seja, aquela que ocupa, na empresa, o maior número de segura-dos empregados e trabalhadores avulsos. - Existência de Agentes Nocivos: acréscimo progressivo, a partir das seguintes datas (Lei nº 9.732, de 11/12/1998): a) 01.04.99 = 4%, 3% ou 2% b) 01.09.99 = 8%, 6% ou 4% c) 01.03.2000 = 12%, 9% ou 6% Temos, atualmente, a seguinte tabela, já com os acréscimos:

Aposentadoria Especial Percentual de Contribuição 1% 2% 3%

15 anos 1 % 14% 15% 20 anos 1 % 11% 12% 25 anos 7% 8% 9%

Incidir o percentual com acréscimo somente sobre o total da folha de pagamento dos empregados que trabalham com agentes nocivos, com direito à aposentadoria especial. C) Contribuições arrecadadas pelo INSS para Terceiros Estas contribuições não se encontram previstas na legislação previdenciária (Lei nº 8.212/91), mas sim na legislação referente a cada uma das entidades terceiras, que atribui competência ao INSS para arrecadar, juntamente com as contribuições previdenciárias devidas pelo empregador, as contribuições a elas per-tencentes. O INSS, portanto, tem como atribuição fiscalizar e arrecadar as contribuições destinadas a "Terceiros", repassando-as mensalmente às entidades competentes, recebendo, por esse trabalho, 3,5% do montante bruto arrecadado, que são repassados à Seguridade Social (Decreto nº 3.048/99, art. 213, II c/c art. 274). As contribuições destinadas a estas entidades e fundos incidem sobre a mesma base-de-cálculo utilizada para o cálculo das contribuições devidas à Previdência Social Os percentuais relativos às contribuições de terceiros variam conforme o FPAS da empresa, devendo ser utilizada tabela divulgada pela Previdência Social. São considerados “Terceiros” as seguintes entidades: Salário-Educação; INCRA; SENAI; SESI; SENAC; SESC; SEBRAE; DPC; Fundo Aeroviário; SENAR; SEST; SENAT; SESCOOP. Contribuição Adicional ao SENAI As empresas sujeitas ao recolhimento da Contribuição Geral, cujo total de empregados, lotados em dife-rentes estabelecimentos ou dependências (filiais, escritórios, depósitos, etc.), qualquer que seja sua locali-zação, seja superior a 500 (número global), deverão efetuar o recolhimento da Contribuição Adicional ao SENAI – (Decreto-lei nº 4.048/42; Decreto-lei nº 6.246/44 e Decreto nº 60.466/67). A base de cálculo da referida contribuição será o montante da remuneração paga aos empregados de todos os estabelecimentos aos quais se refere o recolhimento, sobre a qual incidirá 0,2%, obtendo-se as-sim o valor correspondente a 20% de 1% da contribuição devida ao SENAI.

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O recolhimento é efetuado mensalmente, até o último dia útil do mês subseqüente ao do fato gerador, através de guia própria — ‘‘Guia de Recolhimento da Contribuição Adicional’’, no Banco do Brasil, prefe-rencialmente, ou Departamentos Regionais do SENAI ou Departamento Nacional. 5.2 – Contribuição sobre os pagamentos efetuados a contribuintes individuais - A partir de 01.03.2000 – Lei nº 9.876, de 26.11.1999: alíquota de 20%. - Instituições financeiras: acréscimo de 2,5%. Observações: I - As cooperativas de trabalho não se encontram sujeitas à contribuição de 20% sobre as importâncias por elas pagas, distribuídas ou creditadas aos respectivos cooperados, a título de remuneração ou retribuição que, por seu intermédio tenham prestado a empresas. II – Quando da contratação pelas empresas de serviços prestados por contribuinte individual transportador autônomo, relacionados portanto à frete, carreto ou transporte de passageiros, a contribuição de 20% de-verá incidir sobre 11,71% até a data de 08.07.2001 (Decreto 3048/99, art. 201, §4º c/c art. 267). A partir de 09.07.2001, a incidência será sobre a alíquota de 20% (Portaria nº 1135, de 05.04.2001). III – Entidades Religiosas e Instituições de Ensino Vocacional: as entidades religiosas e as instituições de ensino vocacional se encontram isentas da contribuição previdenciária sobre os valores distribuídos a seus ministros ou membros, sob a condição de que estes valores independam da natureza e da quantida-de do trabalho desenvolvido. Cooperativas de Produção Será devida pela cooperativa de produção a contribuição adicional de 12 (doze), 09 (nove) ou 06 (seis) pontos percentuais, incidente sobre a remuneração paga, devida ou creditada ao cooperado filiado, quan-do o exercício de atividade na cooperativa o sujeite a condições especiais que prejudiquem a sua saúde ou a sua integridade física e permita a concessão de aposentadoria especial após 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos de contribuição. Como o segurado cooperado, em relação à cooperativa para a qual presta serviços e para fins previdenci-ários, não é considerado "empregado" e sim "contribuinte individual", a cooperativa de produção, ao re-passar a remuneração devida a este cooperado já se encontra obrigada a contribuir com 20% aos cofres previdenciários, alíquota esta incidente exatamente sobre o valor total da remunera-ção distribuída. Isenção deste encargo existe somente para a cooperativa de trabalho, posto que é a em-presa contratante dos serviços que assume tal obrigação tributária. Assim, com o acréscimo instituído pela Medida Provisória nº 83, de 12.12.2002, convertida na Lei nº 10.666, de 08.05.2003, a cooperativa de produção deverá contribuir nos seguintes percentuais, caso o cooperado exerça atividade sujeito a riscos que propiciem aposentadoria especial: I - atividade exercida pelo cooperado que permita a concessão de aposentadoria especial após 15 anos de contribuição = 32% (20% originais + 12% de acréscimo). II - atividade exercida pelo cooperado que permita a concessão de aposentadoria especial após 20 anos de contribuição = 29% (20% originais + 9% de acréscimo) III - atividade exercida pelo cooperado que permita a concessão de aposentadoria especial após 25 anos de contribuição = 26% (20% originais + 6% de acréscimo). Obs.: A contribuição adicional deverá incidir somente sobre o valor da remuneração dos cooperados cuja exposição a agentes nocivos permita a concessão de aposentadoria especial. 5.3 – Contribuição sobre serviços prestados por cooperativas A Lei nº 9.876 (artigo 1º), publicada no Diário Oficial da União em 29.11.1999, ao alterar a Lei nº 8.212/91, acrescentou ao artigo 22 o inciso III trazendo uma nova contribuição previdenciária, de cunho obrigatório,

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às empresas contratantes de serviços através de Cooperativas de Trabalho. A partir de março/2000, as empresas estão obrigadas à contribuição previdenciária quando da contratação de serviços por intermédio de cooperativas de trabalho, prestados por cooperados, na alíquota de 15% sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, sendo admitido deduzir da base-de-cálculo os valores referentes a equipamentos e materiais utilizados nesta prestação de serviços (Decreto nº 3.048/99, art. 219, §§ 7º e 8º). Obs.: Cooperativas de serviços médicos e odontológicos – tratamento diferenciado – aplicação da Orien-tação Normativa nº 20, do Secretário da Previdência Social (DOU de 23.03.2000). Base-de-cálculo variá-vel (30% ou 60% da NF) conforme plano completo ou básico. Atualmente, as regras constam da IN SRP 03/2005, art. 289 e seguintes. A contribuição previdenciária a cargo da empresa, quando da contratação de serviços de transporte rodo-viário por intermédio de cooperativa de trabalho é de 15% (quinze por cento), incidentes sobre a parcela correspondente ao valor dos serviços que serão prestados pelos cooperados. O valor resultante da aplica-ção destes 15%, entretanto, não poderá ser inferior a 20% do valor bruto da nota fiscal ou fatura. (Portaria nº 1.135, de 05.04.2001).

6 – CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA DA ASSOCIAÇÃO DESPO RTIVA

CLUBE DE FUTEBOL PROFISSIONAL A contribuição empresarial destinada à Seguridade Social – da associação desportiva que mantém equipe de futebol profissional corresponde a 5% (cinco por cento) da receita bruta decorrente: a) dos espetáculos desportivos de que participe no território nacional, em qualquer modalidade desportiva, inclusive jogos internacionais. b) de qualquer forma de patrocínio, licenciamento de uso de marcas e símbolos de publicidade ou propaganda e de transmissão dos espetáculos desportivos (contribuição devida a partir de 12/01/97). Com relação à contribuição incidente sobre a folha de pagamento, a associação desportiva que mantém equipe de futebol profissional é obrigada a: a) descontar e recolher a contribuição dos empregados, atletas ou não, bem como de trabalhado-res avulsos que lhe prestarem serviços; b) recolher a contribuição para Terceiros (4,5%); c) recolher a contribuição de 20%, incidente sobre o valor pago ou devido a contribuintes individu-ais que lhe prestarem serviços;

7 – CONTRIBUIÇÃO DO PRODUTOR RURAL 7.1 – Contribuição sobre a Folha de Pagamento Os produtores rurais estão obrigados à contribuição sobre a folha de pagamento somente para terceiros. A contribuição para o financiamento dos benefícios por incapacidade, bem como tam-bém a contribuição destinada ao financiamento da Seguridade Social, serão calculadas sobre o valor da comercialização dos produtos. Os percentuais relativos às contribuições para terceiros variam conforme o FPAS em que estiver enquadrado o produtor rural. São considerados “terceiros”, para os quais contribuem os produto-res rurais, os seguintes órgãos: Salário-Educação; INCRA; SENAR; SEST; SENAT. Exemplos: a) produtor rural pessoa jurídica: 2,7% (2,5% para o SE e 0,2% para o INCRA)

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b) produtor rural pessoa física: 2,7% (2,5% par o SE e 0,2% para o INCRA) 7.2 – Contribuição sobre os pagamentos efetuados a contribuintes individuais - Produtor Rural Pessoa Jurídica - Período de 01/05/1996 a 29/02/2000 - Lei Complementar nº 84/96: alíquota de 15% (regra geral). - A partir de 01/03/2000 – Lei nº 9.876, de 26.11.1999: alíquota de 20%. 7.3 – Contribuição sobre a Comercialização da Produção Rural A) Percentuais - Produtor rural pessoa física e segurado especial (Lei nº 9.528/97): Seguridade Social = 2,0% SAT = 0,1% SENAR = 0,2% Total = 2,3% - Produtor rural pessoa jurídica (Lei nº 8.870/94, art. 25): Seguridade Social = 2,5% SAT = 0,1% SENAR = 0,25% Total = 2,85% B) Responsabilidade pelo Recolhimento A contribuição incidente sobre a produção rural é sempre devida pelo produtor. A responsabilidade pelo recolhimento pode ser do próprio produtor ou do sub-rogado. - Produtor rural pessoa jurídica: a partir de 14/10/1996 (MP nº 1523) a responsabilidade pelo reco-lhimento será sempre do produtor rural, qualquer que seja seu adquirente. - Produtor rural pessoa física e segurado especial: responsabilidade pelo recolhimento somente quando comercializar a produção com adquirente domiciliado no exterior, diretamente com con-sumidor, no varejo ou quando do recebimento de prêmio do seguro da produção sinistrada. Nas demais hipóteses a responsabilidade será do adquirente, consignatário ou cooperativa, que ficam sub-rogados nas obrigações do produtor rural. Obs. 1: O adquirente ou consignatário pessoa física somente será responsável pelo recolhimento (na condição de sub-rogado) se tiver adquirido os produtos para revender a consumidor pessoa física, no varejo. Obs. 2: Com relação à comercialização da produção rural com o exterior, desde 12/12/2001 os valores auferidos pelos respectivos produtores não mais servirão de base-de-cálculo às contribui-ções previdenciárias (imunidade tributária conferida pela Emenda Constitucional nº 33, de 11/12/2001 (DOU de 12/12/2001). 7.3.1 – Base-de-Cálculo da Contribuição a) o valor da receita bruta, no caso da comercialização da produção e/ou dos respectivos subpro-dutos e resíduos; b) o valor do arremate da produção rural dada em garantia ou penhora; c) o preço de mercado da produção rural dada em pagamento, em permuta, em ressarcimento, em indenização e/ou compensação; d) o valor recebido como prêmio do seguro da produção sinistrada; Não integra a base de cálculo das contribuições do produtor rural pessoa física e do segurado

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especial, a partir de agosto/94: a) o produto vegetal destinado ao plantio e reflorestamento e o produto animal destinado à repro-dução ou criação pecuária ou granjeira, quando comercializados, entre si, por produtores rurais; b) o produto animal utilizado como cobaia para fins de pesquisas científicas no País; c) o produto vegetal destinado ao plantio e ao reflorestamento, vendidos pelo produtor rural a pes-soa ou entidade que, registrada no Ministério da Agricultura, do Abastecimento e da Reforma A-grária, dediquem-se ao comércio de sementes e mudas no País; d) o produto vegetal vendido por pessoa ou entidade que, registrada no Ministério da Agricultura, do Abastecimento e da Reforma Agrária, dedique-se ao comércio de sementes e mudas no País. Obs: I - Em 2007, através da Instrução Normativa MPS/SRP nº 20, de 11.01.2007, foi extinção a isen-ção do FUNRURAL, sobre os produtos vegetais, destinados ao plantio ou ao reflorestamento e o produto animal destinado à reprodução ou à criação pecuária ou granjeira, produzidas por produ-tor rural Pessoa Jurídica, permanecendo apenas em relação às Pessoas Físicas; II - Por outro lado, a matéria foi instituída, regulamentada e aplicada, através de Lei Ordinária e, somente ela, pode alterar, ampliar ou reduzir bases de contribuição, fato gerador, isenção, etc..... III - Desta forma, em 20/06/2008, foi editada o Lei nº 11.718/2008, que modificou a tributação de FUNRURAL, e revogou o § 4º do art. 25, da Lei nº 8.212/79, e, com isso, até mesmo as mudas passam a sofrer tributação. A Lei nova entrou em vigor após noventa dias, ou seja, 20/08. Texto Revogado: “ § 4º Não integra a base de cálculo dessa contribuição a produção rural destinada ao plantio ou reflorestamento, nem sobre o produto animal destinado a reprodução ou criação pecuária ou gran-jeira e a utilização como cobaias para fins de pesquisas científicas, quando vendido pelo próprio produtor e quem a utilize diretamente com essas finalidades, e no caso de produto vegetal, por pessoa ou entidade que, registrada no Ministério da Agricultura, do Abastecimento e da Reforma Agrária, se dedique ao comércio de sementes e mudas no País. (Parágrafo acrescentado pela Lei n º 8.540, de 22.12.92) “

8 – CONSÓRCIO DE PRODUTORES RURAIS Formado pela união de produtores rurais pessoas físicas, se equipara, para fins previdenciários, ao produtor rural pessoa física. Os consorciados deverão outorgar a um produtor rural (também consorciado) poderes para contra-tar, gerir e demitir trabalhadores para prestação de serviços, desde que estes sejam prestados exclusivamente a seus integrantes. O consórcio deverá ser matriculado no INSS (matrícula CEI) em nome do empregador a quem hajam sido outorgados os poderes, na forma do regulamento. Não obstante, os produtores rurais integrantes do consórcio serão responsáveis solidários em relação às obrigações previdenciárias. Sobre a remuneração paga ou devida a estes trabalhadores rurais pelo consórcio de empregado-res não será devida qualquer contribuição previdenciária. Cabe ao empregador observar, entretanto, que a contribuição previdenciária devida pelo trabalha-dor rural, a ser descontada e recolhida pelo consórcio, na qualidade de empregador, deverá per-manecer em caráter obrigatório, sem a existência de qualquer isenção.

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9. CONTRIBUIÇÃO SOBRE A RECEITA DE CONCURSOS DE PRO GNÓSTICOS Consideram-se concurso de prognósticos todo e qualquer concurso de sorteio de números ou quaisquer outros símbolos, loterias e apostas de qualquer natureza no âmbito federal, estadual, do Distrito Federal ou municipal, promovidos por órgãos do Poder Público ou por sociedades comer-ciais ou civis. Contribuição previdenciária: a) renda líquida dos concursos de prognósticos realizados pelos órgãos do Poder Público destina-da à Seguridade Social de sua esfera de governo, excetuando-se parcela destinada ao FIES (Fundo de Financiamento ao Estudante de Nível Superior); b) 5% sobre o movimento global de apostas no prado de corridas; e c) 5% sobre o movimento global de sorteio de números ou de quaisquer modalidades de símbolos.

10 . MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL – MEI

I - Contribuição previdenciária do MEI

O Microempreendedor Individual (MEI) poderá optar pelo Sistema de Recolhimento em Valores Fixos Mensais dos Tributos abrangidos pelo Simples Nacional (SIMEI).

Por meio do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS), o optante pelo SIMEI deverá reco-lher a contribuição previdenciária (INSS), na qualidade de empresário (contribuinte individual), conforme segue:

a) até a competência abril de 2011: 11% (onze por cento) do limite mínimo mensal do salário de contribui-ção;

b) a partir da competência maio de 2011: 5% (cinco por cento) do limite mínimo mensal do salário de con-tribuição.

Segue exemplo de contribuição previdenciária do MEI:

- Salário de contribuição (vigente em janeiro de 2012): R$ 678,00

- Alíquota a ser aplicada: 5% (cinco por cento)

- Contribuição previdenciária (INSS): R$ 31,10

Se o MEI quiser contar o tempo de contribuição correspondente para fins de obtenção da aposentadoria por tempo de contribuição ou da contagem recíproca do tempo de contribuição, deverá complementar a contribuição mensal mediante:

a) o recolhimento complementar da diferença entre o percentual pago e o de 20% (vinte por cento);

b) acrescido dos juros moratórios com base na taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Cus-tódia (SELIC).

Fundamentação:art. 21 da Lei nº 8.212/1991, alterado pelo art. 1º da Lei nº 12.470/2011(conversão da Medida Provisória nº 529/2011); "caput" e inciso IV do § 3º e § 15 do art. 18-A da Lei Complementar nº 123/2006, alterado pela Lei Complementar nº 128/2008eLei Complementar nº 139/2011;arts. 65, § 11 e200 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009, alterada pela Instrução Normativa RFB nº 1.238/2012;arts. 91, 92 e 94, § 5º da Resolução CGSN nº 94/2011;art. 2º da Portaria Interministerial MPS/MF nº

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407/2011(revogada);art. 2º da Portaria Interministerial MF/MPS nº 2/2012.

II - Recolhimento em atraso

Caso o pagamento da contribuição, por meio do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS), não seja realizado na data certa haverá cobrança de juros e multa.

A multa será de 0,33% por dia de atraso limitado a 20% (vinte por cento) e os juros serão calculados com base na taxa SELIC, sendo que para o primeiro mês de atraso os juros serão de 1% (um por cento).

Após o vencimento deverá ser gerado novo Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS), a-cessando-se novamente o endereço www.portaldoempreendedor.gov.br. A emissão do novo DAS já con-terá os valores da multa e dos juros, sem precisar fazer cálculos e não custa nada.

Fonte: Portal do Empreendedor Individual (MEI) - perguntas e respostas (http://www.portaldoempreendedor.gov.br/modulos/perguntas/imposto.htm).

III - Contratação do MEI

A contratação do Microempreendedor Individual (MEI) deve observar algumas regras, conforme é de-monstrado neste tópico.

III.1 - Pessoa jurídica contratante

O MEI não poderá realizar cessão ou locação de mão de obra. Todavia, essa vedação não se aplica à prestação de serviços de hidráulica, eletricidade, pintura, alvenaria, carpintaria e de manutenção ou reparo de veículos.

Cessão ou locação de mão de obra é a colocação à disposição da empresa contratante, em suas depen-dências ou nas de terceiros, de trabalhadores, inclusive o MEI, que realizem serviços contínuos relaciona-dos ou não com sua atividade fim, quaisquer que sejam a natureza e a forma de contratação.

Dependências de terceiros são aquelas indicadas pela empresa contratante, que não sejam as suas pró-prias e que não pertençam à empresa prestadora dos serviços.

Serviços contínuos são aqueles que constituem necessidade permanente da contratante, que se repetem periódica ou sistematicamente, ligados ou não a sua atividade fim, ainda que sua execução seja realizada de forma intermitente ou por diferentes trabalhadores.

Por colocação à disposição da empresa contratante, entende-se a cessão do trabalhador, em caráter não eventual, respeitados os limites do contrato.

Fundamentação:art. 18-B da Lei Complementar nº 123/2006, com redação dada pela Lei nº 139/2011;arts. 47e201 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009, com redação dada pelo art. 1º da Instrução Normativa RFB nº 1.027/2010;art. 104 da Resolução CGSN nº 94/2011.

III.1.1 - Prestação de serviços de hidráulica, elet ricidade, pintura, alvenaria, carpintaria e de manu -tenção ou reparo de veículos

A empresa contratante de serviços de hidráulica, eletricidade, pintura, alvenaria, carpintaria e de manuten-ção ou reparo de veículos, executados por intermédio do MEI deverá, com relação a essa contratação:

a) recolher a contribuição previdenciária de 20% (cota patronal) incidente sobre o total das remunerações pagas ou creditadas ao contribuinte individual que lhe prestem serviços;

b) recolher a contribuição de 2,5% (cota patronal) incidente sobre o total das remunerações pagas ou cre-ditadas a qualquer título ao contribuinte individua, quando os contratantes forem empresas, inclusive as constituídas sob a forma de cooperativa, exceto as cooperativas de crédito, que desenvolvam as ativida-des de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas,

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sociedades de crédito, de financiamento ou de investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras, distribuidoras de títulos ou de valores mobiliários, inclusive bolsa de mercadorias e de valores, empresas de arrendamento mercantil, empresas de seguros privados ou de capitalização, agentes autô-nomos de seguros privados ou de crédito e entidades de previdência privada abertas ou fechadas;

c) declarar à Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) e ao Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), por meio da GFIP, dados relacionados a fatos geradores, base de cálculo e valores devidos da contribuição previdenciária e outras informações de interesse do INSS ou do Conselho Curador do FGTS;

d) cumprir as demais obrigações acessórias relativas à contratação de contribuinte individual, como por exemplo, elaborar folha de pagamento das remunerações pagas ou creditadas a todos os segurados a seu serviço.

Importante frisar que a empresa que contratar o MEI para a realização de serviços de hidráulica, eletrici-dade, pintura, alvenaria, carpintaria e de manutenção ou reparo de veículos não deverá descontar a con-tribuição previdenciária de 11% (onze por cento) desse contribuinte.

Fundamentação:arts. 22 e 32 da Lei nº 8.212/1991;art. 2º, inciso I e § 6º e art. 18-B da Lei Complementar nº 123/2006, com redação dada pela Lei Complementar nº 139/2011; alterado pelo art. 2º da Resolução nº 67/2009;arts. 47,71, 72,198, 201,227 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009, com redação dada pela Instrução Normativa RFB nº 1.238/2012;art. 104 da Resolução CGSN nº 94/2011.

III.2 - Caracterização do vínculo empregatício

Quando presentes os elementos da relação de emprego, a contratante do MEI ou de trabalhador a serviço deste ficará sujeita a todas as obrigações dela decorrentes, inclusive trabalhistas, tributárias e previdenciá-rias.

Fundamentação:art. 18-B, § 2º da Lei Complementar nº 123/2006;art. 104, § 8º da Resolução CGSN nº 94/2011.

III.3 - MEI contratado como empregado doméstico

O empregador doméstico não poderá contratar MEI ou trabalhador a serviço deste, sob pena de ficar su-jeito a todas as obrigações dela decorrentes, inclusive trabalhistas, tributárias e previdenciárias.

Fundamentação:art. 24, parágrafo único da Lei nº 8.212/1991;art. 104, § 8º da Resolução CGSN nº 94/2011.

IV - Contratação de empregado pelo MEI

O MEI poderá contratar um único empregado que receba exclusivamente 1 (um) salário mínimo previsto em lei federal ou estadual ou o piso salarial da categoria profissional, definido em lei federal ou por con-venção coletiva da categoria.

Não serão considerados para fins do limite (um salário) ora citado os valores recebidos a título de horas extras e adicionais de insalubridade, periculosidade e por trabalho noturno, bem como os relacionados aos demais direitos constitucionais do trabalhador decorrentes da atividade laboral, inerentes à jornada ou condições do trabalho, e que incidem sobre o salário.

Por sua vez, a percepção de valores a título de gratificações, gorjetas, percentagens, abonos e demais remunerações de caráter variável implicará o descumprimento do limite ora mencionado.

Além disso, para fins de contratação de 1 (um) único empregado, o MEI:

a) deverá reter e recolher a contribuição previdenciária relativa ao segurado a seu serviço correspondente a 8% (oito por cento) até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao da competência, ou até o dia útil imedia-

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tamente anterior se não houver expediente bancário naquele dia;

b) é obrigado a prestar informações relativas ao segurado a seu serviço por meio do Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social (SEFIP);

c) está sujeito ao recolhimento da Contribuição Patronal Previdenciária (CPP) para a Seguridade Social, calculada à alíquota de 3% (três por cento) sobre a remuneração do empregado.

Segue quadro comparativo:

MEI sem empregado MEI com um empregado

R$ 33,90 (R$ 678,00 x 0,05)

- R$ 33,90 (R$ 678,00 x 5%) - da pessoa do segurado MEI;

- R$ 20,34 (R$ 678,00 x 3%) CPP do MEI;

- R$ 54,24 (R$ 678,00 x 8%) descontado do segurado empregado;

- envio da GFIP/SEFIP referente ao segurado a seu serviço.

Além disso, o Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN) pode determinar, com relação ao MEI, a forma, a periodicidade e o prazo:

a) de entrega à Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) de uma única declaração com dados rela-cionados a fatos geradores, base de cálculo e valores:

a.1) dos tributos relacionados ao MEI;

a.2) da contribuição para a Seguridade Social (INSS) descontada do empregado;

a.3) do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS);

a.4) outras informações de interesse do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e do Conselho Curador do FGTS.

b) do recolhimento dos tributos relacionados ao MEI, bem como do FGTS e da contribuição para a Seguri-dade Social descontada do empregado.

A entrega da declaração única substituirá, na forma regulamentada pelo CGSN, a obrigatoriedade de en-trega de todas as informações, formulários e declarações a que estão sujeitas as demais empresas ou equiparados que contratam empregados, inclusive as relativas ao recolhimento do FGTS, à Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e ao Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED).

Na hipótese de recolhimento do FGTS, deve-se assegurar a transferência dos recursos e dos elementos identificadores do recolhimento ao gestor desse fundo para crédito na conta vinculada do trabalhador.

Fundamentação: "caput" e § 2º do art. 21 da Lei nº 8.212/1991, com redação dada pela Lei nº 12.470/2011(conversão da MP nº 529/2011);arts. 13, 18-A, 18-Ce26, § 7º da Lei Complementar nº 123/2006, alterado pela Lei Complementar nº 128/2008eLei Complementar nº 139/2011;arts. 200 e 202 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009;art. 96 da Resolução CGSN nº 94/2011, com redação dada pela Resolução CGSN nº 98/2012;arts. 2º, 7º e anexo II da Portaria Interministerial MPS/MF nº 2/2012.

IV.1 - Afastamento de empregado

Para os casos de afastamento (previsto em lei) do único empregado do MEI, será permitida a contratação de outro empregado, inclusive por prazo determinado, até que cessem as condições do afastamento, na forma estabelecida pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

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Fundamentação: "caput" e § 2º do art. 18-C da Lei Complementar nº 123/2006, alterado pela Lei Comple-mentar nº 128/2008eLei Complementar nº 139/2011;art. 96 da Resolução CGSN nº 94/2011.

IV.2 - Depósito do Fundo de Garantia do Tempo de Se rviço (FGTS) e demais verbas trabalhistas

Todos os empregadores ficam obrigados a depositar, até o dia 7 (sete) de cada mês, em conta bancária vinculada, a importância correspondente a 8% (oito por cento) da remuneração paga ou devida, no mês anterior, a cada trabalhador.

Desse modo, o MEI que contratar empregado está obrigado a efetuar o depósito de Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) na conta vinculada deste trabalhador.

Vale frisar ainda, que esse empregado também fará jus aos demais direitos trabalhistas, tais como: 13º salário, férias, aviso prévio, descanso semanal remunerado (DSR), entre outros.

Fundamentação:art. 1º da Lei nº 605/1949; "caput" do art. 15 da Lei nº 8.036/1990.

V - GFIP/SEFIP

O MEI deve prestar informações relativas ao empregado a seu serviço por meio do Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social (SEFIP).

O arquivo NRA.SFP do SEFIP, referente ao recolhimento/declaração, deve ser transmitido pelo Conectivi-dade Social até o dia 7 (sete) do mês seguinte àquele em que a remuneração foi paga, creditada ou se tornou devida ao trabalhador e/ou tenha ocorrido outro fato gerador de contribuição ou informação à Pre-vidência Social. Caso não haja expediente bancário, a transmissão deve ser antecipada para o dia de expediente bancário imediatamente anterior.

O arquivo NRA.SFP, referente à competência 13, destinado exclusivamente à Previdência Social, deve ser transmitido até o dia 31 de janeiro do ano seguinte ao da referida competência.

Vale frisar que no caso de recolhimento ao FGTS o arquivo NRA.SFP deve ser transmitido com antece-dência mínima de dois dias úteis da data de recolhimento.

Fundamentação: item 6 do Capítulo I do Manual da GFIP para usuários do SEFIP 8.4, aprovado pela Ins-trução Normativa RFB nº 880/2008.

V.1 - Certificação digital

O MEI não estará obrigado ao uso da certificação digital para cumprimento de obrigações principais ou acessórias, bem como para recolhimento do FGTS.

Independentemente do disposto no parágrafo anterior, poderá ser exigida a utilização de códigos de aces-so para cumprimento das referidas obrigações.

Fundamentação:art. 2º, inciso I e § 6º,art. 26, § 7º da Lei Complementar nº 123/2006;arts. 102e140 da Resolução CGSN nº 94/2011.

V.2 - Empregado

O Microempreendedor Individual (MEI) optante pelo SIMEI que contratar empregado que receba exclusi-vamente 1 (um) salário mínimo previsto em lei federal ou estadual ou o piso salarial da categoria profissio-nal, definido em lei federal ou por convenção coletiva da categoria, deverá preencher o Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social (SEFIP) de acordo com as seguintes re-gras:

a) campo "SIMPLES" - informar a opção "não optante";

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b) no campo "Outras Entidades" - informar a opção "0000";

c) no campo - informar a opção "Alíquota RAT", "0,0";

d) na geração do arquivo a ser utilizado para importação da folha de pagamento - informar o código "2100" no campo "Cód. Pagamento GPS";

e) nos campos "Período Início" e "Período Fim" - informar a mesma competência da GFIP/SEFIP;

f) as contribuições deverão ser recolhidas em Guia da Previdência Social (GPS) com os códigos de paga-mento e valores apurados pelo SEFIP.

Deverá ser informada no campo "Compensação", para efeitos da geração correta de valores devidos em Guia da Previdência Social (GPS), a diferença de 20% (vinte por cento) para 3% (três por cento) relativa à Contribuição Patronal Previdenciária calculada sobre o salário pago ao empregado.

Segue exemplo:

- Salário pago ao empregado: R$ 678,00

- Contribuição previdenciária para os empregadores em geral: R$ 124,40 (R$ 678,00 x 20%)

- CPP do MEI: R$ 18,66 (R$ 678,00 x 3%)

- Valor a ser informado no campo "Compensação" da SEFIP: R$ 105,74 (17% de R$ 678,00)

Caso o valor de compensação exceda o limite de 30% (trinta por cento) demonstrado pelo SEFIP, esse valor deverá ser confirmado utilizando-se a opção "SIM".

O preenchimento dos demais campos deverá observar as regras contidas no Manual da GFIP para usuá-rios do SEFIP 8.4 aprovado pela Instrução Normativa RFB nº 880/2008.

Fundamentação: "caput" e inciso I do art. 22 da Lei nº 8.212/1991;art. 1º do Ato Declaratório Executivo CODAC nº 49/2009;art. 7º e anexo II da Portaria Interministerial MPS/MF nº 2/2012.

V.3 - Empresa contratante

As empresas devem observar as regras gerais de preenchimento do Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social (SEFIP).

Todavia, verificada a possibilidade de uma empresa contratar um MEI para prestar serviços de serviços de hidráulica, eletricidade, pintura, alvenaria, carpintaria e de manutenção ou reparo de veículos, a contratan-te deverá observar também, quando da prestação de informações no SEFIP, as seguintes regras:

a) o campo "OCORRÊNCIA" deverá ser preenchido com "05";

b) o campo "VALOR DESCONTADO DO SEGURADO" deverá ser preenchido com "0,0"."

Fundamentação:arts. 3º e 4º do Ato Declaratório Executivo CODAC nº 82/2009.

V.4 - Licença-maternidade

Durante o período de gozo de licença-maternidade pela empregada, de no máximo 120 (cento e vinte) dias, prorrogáveis por mais 15 (quinze) dias mediante atestado médico específico, e cujo pagamento é feito diretamente, pelo Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), deve ser informado na GFIP:

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a) código de ocorrência "05" na tela de cadastro da empregada gestante;

b) campo "Contribuição Descontada do Segurado", nos meses de afastamento e retorno da beneficiária do salário-maternidade, com o valor descontado pelo empregador/contribuinte, relativamente aos dias traba-lhados, e "zeros" nos meses em que o pagamento for integralmente efetuado pelo INSS;

c) nos demais campos observar as orientações contidas nos tópico V,V.1,V.2 e V.3 acima.

Fundamentação:art. 72, § 3º, da Lei nº 8.213/1991;arts. 71 e 71-A da Lei nº 8.213/1991;art. 93 do Decreto nº 3.048/1999;arts. 1º, 2º e 3º do Ato Declaratório Executivo CODAC nº 21/2012.

VI - Dispensa das obrigações acessórias - MEI que n ão possui empregado

O MEI que não contratar empregado está dispensado de:

a) declarar/enviar GFIP/SEFIP (Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e In-formações à Previdência Social/Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social), no que se refere à remuneração paga ou creditada decorrente do seu trabalho, salvo se presentes outras hipóteses de obrigatoriedade de prestação de informações, na forma estabelecida pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB);

b) apresentar a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS);

c) declarar ausência de fato gerador para a Caixa Econômica Federal para emissão da Certidão de Regu-laridade Fiscal perante o FGTS.

Fundamentação: "caput" e § 13 do art. 18-A da Lei Complementar nº 123/2006, alterado pela Lei Com-plementar nº 128/2008eLei Complementar nº 139/2011;art. 7º da Lei Complementar nº 139/2011;art. 1º do Ato Declaratório Executivo CODAC nº 49/2009;art. 99 da Resolução CGSN nº 94/2011.

VII - Benefícios previdenciários

O MEI fará jus aos seguintes benefícios previdenciários:

a.1) aposentadoria por idade: se mulher aos 60 anos, e se homem aos 65 anos de idade. Além da idade, é necessário contribuir durante 180 meses (15 anos);

a.2) aposentadoria por invalidez: sendo necessárias 12 (doze) contribuições mensais (período de carên-cia);

a.3) salário-maternidade: sendo necessárias 10 (dez) contribuições mensais (período de carência); a.3) auxílio-doença: sendo necessárias 12 (doze) contribuições mensais (período de carência). Por sua vez, a família do MEI terá direito aos seguintes benefícios: a) pensão por morte: sem carência; b) auxílio-reclusão: sem carência.

Fundamentação: "caput" e § 7º do art. 201 da Constituição Federal de 1988;arts. 25, 26,42, 48,59,71, 74 e 80 da Lei nº 8.213/1991;art. 56 do Decreto nº 3.048/1999;art. 1º da Portaria Interministerial nº 2.998/2001;art. 65, §§ 11 e 12 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009, com redação dada pela Instrução Normativa RFB nº 1.238/2012.

VII.1 - Aposentadoria por tempo de contribuição

O segurado que tenha contribuído com a alíquota de 11% (até a competência abril de 2011) ou 5% (a partir da competência maio de 2011) e que pretenda contar o correspondente tempo de contribuição para fins de obtenção da aposentadoria por tempo de contribuição ou da contagem recíproca do tempo de con-

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tribuição deverá complementar a contribuição do INSS.

Referida complementação mensal será realizada mediante recolhimento, sobre o valor correspondente ao limite mínimo mensal do salário de contribuição em vigor na competência a ser complementada, da dife-rença entre o percentual pago (11% ou 5%) e o de 20%, acrescido dos juros moratórios.

A contribuição complementar será exigida a qualquer tempo, sob pena de indeferimento do benefício.

Fundamentação:art. 21eart. 94 da Lei nº 8.212/1991, com redação dada pela Lei nº 12.470/2011(conversão da MP nº 529/2011) e pela Lei nº 12.507/2011;art. 5º, § 3º da Lei nº 9.430/1996.;art. 65, §§ 11 e 12 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009, com redação dada pela Instru-ção Normativa RFB nº 1.238/2012.

11. ARRECADAÇÃO E RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES – VENCIMENTO 11.1 - Empresas, Contribuintes Individuais, Segurados Facultativos e Empregadores Domésticos A – a empresa é obrigada a: a) arrecadar a contribuição do segurado empregado e do trabalhador avulso a seu serviço, des-contando-a da respectiva remuneração; b) recolher o produto arrecadado na forma da letra “a” acima e as contribuições a seu cargo inci-dentes sobre as remunerações pagas, devidas ou creditadas, a qualquer título, aos segurados empregado, contribuinte individual e trabalhador avulso a seu serviço, e sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de serviço, relativo a serviços que lhe tenha sido prestados por cooperados, por intermédio de cooperativas de trabalho, até o dia 20 (vinte) do mês seguinte àquele da emis-são da nota fiscal ou fatura, antecipando-se o vencimento para o dia útil anterior, quando não hou-ver expediente bancário no dia vinte (20); e c) recolher as contribuições provenientes do faturamento e do lucro, na forma e prazos definidos pela legislação tributária federal vigente. d) A contar de 1º de abril de 2003, se encontra a empresa obrigada a arrecadar a contribuição do segurado contribuinte individual (autônomos e empresários) a seu serviço, descontando-a da res-pectiva remuneração, e a recolher o valor arrecadado juntamente com a contribuição a seu cargo também até o dia dois do mês seguinte ao da competência. B – os segurados contribuinte individual e facultativo estão obrigados a recolher sua contribuição, por iniciativa própria, no dia quinze do mês seguinte àquele a que as contribuições se referirem, prorrogando-se o vencimento para o dia útil subseqüente quando não houver expediente bancário no dia quinze, facultada a opção pelo recolhimento trimestral. C – o empregador doméstico é obrigado a arrecadar a contribuição do segurado empregado do-méstico a seu serviço e recolhê-la, assim como a parcela a seu cargo, no dia 15 (quinze) do mês seguinte àquele a que as contribuições se referirem, prorrogando-se o vencimento para o dia útil imediatamente posterior, se não houver expediente bancário neste dia. Observe-se que durante o período da licença-maternidade da empregada doméstica caberá ao empregador apenas o reco-lhimento da contribuição a seu cargo. 11.2 - Contribuinte Individual e Segurado Facultativo - Recolhimento Trimestral - Possibilidade Os contribuintes individuais e o segurado facultativo que contribuem sobre o valor do salário míni-mo poderão optar pelo recolhimento trimestral das contribuições previdenciárias. Esta faculdade cabe também ao empregador doméstico, cujo empregado a seu serviço receba o equivalente ao salário mínimo.

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Observe-se que a referida opção é de livre iniciativa do segurado e/ou empregador doméstico, independendo, assim, de autorização do INSS. Para o recolhimento trimestral, o contribuinte deverá respeitar o trimestre civil, registrando no campo “4 – Competência” da Guia da Previdência Social – GPS – o último mês do respectivo pe-ríodo. O recolhimento das contribuições deverá ocorrer no dia 15 (quinze) do mês seguinte ao do término do respectivo trimestre civil. Não havendo expediente bancário no dia 15, o recolhimento deverá ser prorrogado para o primeiro dia útil imediatamente posterior. 11.3 - GPS - Guia da Previdência Social - Contribuição de Valor Inferior a R$ 10,00 - Recolhimento - A partir de 01/12/2000: vedada a utilização de GPS de valor inferior a R$ 29,00. (Resolução nº 39/2000, da Diretoria Colegiada do INSS). A contribuição previdenciária devida que, no período de apuração resultar valor inferior a R$ 29,00 (vinte e nove reais), deverá ser adicionada à contribuição ou importância correspondente nos perí-odos subseqüentes, até que o total seja igual ou superior a R$ 29,00 (vinte e nove reais), quando então deverá ser recolhida no prazo de vencimento estabelecido pela legislação para este último período de apuração. No final de 2011, a RFB editou as seguintes instruções, via site oficial: O valor mínimo para arrecadação de Contribuições Previdenciárias junto aos agentes arrecadadores é de R$ 10,00. O contribuinte que eventualmente possuir recolhimento inferior a R$ 10,00 deverá acumular este valor com os próximos recolhimentos até que a soma atinja este mínimo, para então proceder ao recolhimento, utilizando a última competência como base de informação no campo 4 da GPS. 11.4 . Recolhimento Fora do Prazo – Acréscimos Legais As contribuições Previdenciárias em geral, não recolhidas em suas respectivas épocas próprias, sujeitam-se aos seguintes acréscimos legais: Juros - Juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia - SE-LIC, para títulos federais, acumulada mensalmente, calculados a partir do primeiro dia do mês subsequente ao vencimento do prazo até o mês anterior ao do pagamento e de 1% (um por cento) no mês do pagamento. Multa - Calculada à taxa de 0,33% (trinta e três centésimos por cento), por dia de atraso. A multa será calculada a partir do primeiro dia subsequente ao do vencimento do prazo previsto para o pagamento do tributo ou da contribuição até o dia em que ocorrer o seu pagamento. O percentual de multa a ser aplicado fica limitado a 20% (vinte por cento). As regras acima estão de acordo com o art. 24 da MP nº 449/2008, de 03.12.2008, convertida na Lei nº 11.941/2009, que deu nova redação ao art. 35 da Lei nº 8.212/91.

12. CONSULTA TRIBUTÁRIA À RFB – MATÉRIA PREVIDENCI ÁRIA Conforme autorizado pela legislação que estabelece o Processo Administrativo Fiscal (Decreto nº 70.235/1972, arts. 46 e seguintes), o contribuinte poderá formular consulta sobre dispositivos da legislação tributária aplicáveis a fato determinado. No âmbito previdenciário, desde 1º.06.2007, com o advento da Receita Federal do Brasil (RFB), tais processos de consulta estão a ela submetidos. Neste trabalho analisaremos os procedimentos plicáveis à formulação de consulta à RFB, bem como seus efeitos

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A consulta quanto à interpretação da legislação tributária previdenciária, nos termos da Instrução Normativa RFB nº 740/2007 , formulada por escrito, é o instrumento que o contribuinte possui para dirimir dúvidas referentes a determinado dispositivo da legislação tributária, relacionado com sua atividade. A consulta deve circunscrever-se a fato determinado, descrevendo suficientemente o seu objeto e indicando as informações necessárias à elucidação da matéria. Na petição devem ser indicados os dispositivos da legislação que ensejaram a apresentação da consulta,cuja interpretação se requer, bem como a descrição minuciosa e precisa dos fatos.

13. FAP – FATOR ACIDENTÁRIO DE PREVENÇÃO Através do Decreto nº 6.957/2009 publicado no DOU de 10.09.2009, o governo ratificou a resolu-ção do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) ao definir a nova metodologia do Fator Acidentário de Prevenção (FAP), que será utilizado a partir de janeiro de 2010 para calcular as alíquotas da tarifação individual por empresa do Seguro Acidente. O decreto, além de regulamentar as Resoluções 1.308 e 1309/2009, aprovadas pelo CNPS em maio deste ano, traz a relação das subclasses econômicas – a partir da lista da Classificação Na-cional de Atividades Econômicas -, com o respectivo percentual de contribuição (1%, 2% e 3%) de cada atividade econômica. É sobre esses percentuais que será calculado o FAP, a partir do ano que vem. Índices - O Ministério da Previdência Social tem até o próximo dia 30 para disponibilizar em seu portal na internet os índices de frequência, gravidade e custo de toda a acidentalidade registrada nos anos de 2007 e 2008 das 1.301 subclasses ou atividades econômicas. Cada empresa terá uma senha de acesso a essas informações, para poder verificar a sua situa-ção em relação à atividade econômica a que pertence, e também fazer o cálculo da alíquota ao seguro acidente. Além do novo fator, cada empresa poderá consultar a quantidade de acidentes e doenças do trabalho, de auxílios-doença acidentários e de aposentadorias por invalidez e de pen-são por morte. A base de dados está sendo preparada pela Dataprev e pela Receita Federal. O que é - O fator acidentário é um multiplicador a ser aplicado às alíquotas de 1%, 2% ou 3% da tarifação coletiva por subclasse econômica, incidentes sobre a folha de salários das empresas para custear aposentadorias especiais e benefícios decorrentes de acidentes de trabalho. A nova metodologia irá conceder redução da taxa para as empresas que registrarem queda no índice de acidentalidade e doenças ocupacionais. Por sua vez, as que apresentarem maior núme-ro de acidentes e ocorrências mais graves terão aumento no valor da contribuição. O FAP varia de 0,5 a 2 pontos, o que significa que a alíquota de contribuição da empresa pode ser reduzida à metade ou dobrar. O aumento ou a redução do valor da alíquota passará a depender do cálculo da quantidade, frequência, gravidade e do custo dos acidentes em cada empresa. Novos critérios - A nova metodologia, para o cálculo do fator acidentário, leva em consideração a acidentalidade total da empresa, com a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) e todos os nexos técnicos sem CAT, incluído todo o Nexo Técnico Epidemiológico (NTEP) a partir de abril de 2007. O fator acidentário atribui pesos diferentes para as acidentalidades. A pensão por morte e a apo-sentadoria por invalidez, por exemplo, têm peso maior – cada uma com pesos diferenciados – que os registros de auxílio-doença e auxílio-acidente. Outra mudança é a criação da trava de mortalidade e de invalidez. As empresas com óbitos ou invalidez permanente não receberão os bônus do FAP. Mas se houver investimento comprovado em melhoria na segurança do trabalho, com acompanhamento do sindicato dos trabalhadores e dos empregadores, a bonifica ção poderá ser mantida.

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O cálculo também considera a taxa de rotatividade de empregados. O índice médio de cada em-presa será calculado tendo como parâmetro a média dos dois últimos anos, sempre utilizando o mínimo do número de demissões ou admissões. Quando a taxa ultrapassar 75%, as empresas não serão beneficiadas com a redução do FAP, salvo se ocorrer demissões voluntárias e o térmi-no de obra, desde que as empresas tenham observado as normas de Saúde e Segurança do Tra-balho. A atribuição de pesos diferenciados para morte e invalidez segue indicações de Normas Técnicas Brasileiras. Além disso, a experiência internacional mostra que os procedimentos adotados visam prevenir ou reduzir, prioritariamente, acidentes com morte e invalidez. Bônus - Em 2010, primeiro ano de implantação das novas regras, as empresas que investiram em medidas de segurança e saúde – redução do número de acidentes ou doenças do trabalho - terão bonificação integral no cálculo da contribuição, referente ao valor total da contribuição que seria devida no período. Já as empresas que não investiram em saúde e segurança terão a cobrança de 75% do valor total devido. Os índices máximos de pagamento para o grau leve de 1% será de 1,75%; para o grau médio de 2%, será de 3,5% e, para o risco grave de 3%, será de 5,25%. A partir de 2011, com o fim da redução de 25%, os tetos vão para 2%, 4% e 6%. O FAP vai variar anualmente. Será calculado sempre sobre os dois últimos anos de todo o históri-co de acidentalidade e de registros acidentários da Previdência Social, por empresa. O fator vai incidir sobre as alíquotas de cerca de um milhão de empresas – que são divididas em 1.301 sub-classes da Classificação Nacional de Atividade Econômica (CNAE 2.0). A nova metodologia, po-rém, não trará qualquer alteração na contribuição das pequenas e microempresas, já que elas recolhem os tributos pelo sistema simplificado, o Simples Nacional.

Parte II

RETENÇÕES PREVIDENCIÁRIAS

1. CONTRATOS DE CESSÃO DE MÃO-DE-OBRA E EMPREITADA 1.1. Legislação de Referência Lei nº 9.711/98 IN/RFB nº 971/2009 IN/RFB nº 900/2008 IN/RFB nº 938/2009 1.2. Introdução A empresa contratante de serviços prestados mediante cessão de mão-de-obra ou empreitada, inclusive em regime de trabalho temporário, a partir da competência fevereiro de 1999, deverá reter 11% (onze por cento) do valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços e recolher à Previdência Social a importância retida, em documento de arrecadação iden-tificado com a denominação social e o CNPJ da empresa contratada, observado o disposto no art. 79 e no art. 145. Para tais fins, a empresa contratada deverá emitir nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços específica para os serviços prestados em condições especiais pelos segurados ou dis-criminar o valor desses na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços.

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1.3. Cessão de Mão-de-Obra - Conceito Cessão de mão-de-obra é a colocação à disposição da empresa contratante, em suas dependên-cias ou nas de terceiros, de trabalhadores que realizem serviços contínuos, relacionados ou não com sua atividade fim, quaisquer que sejam a natureza e a forma de contratação, inclusive por meio de trabalho temporário na forma da Lei nº 6.019, de 1974. Dependências de terceiros são aquelas indicadas pela empresa contratante, que não sejam as suas próprias e que não pertençam à empresa prestadora dos serviços. Serviços contínuos são aqueles que constituem necessidade permanente da contratante, que se repetem periódica ou sistematicamente, ligados ou não a sua atividade fim, ainda que sua execu-ção seja realizada de forma intermitente ou por diferentes trabalhadores. Por colocação à disposição da empresa contratante, entende-se a cessão do traba-lhador, em caráter não eventual, respeitados os limites do contrato. 1.4. Empreitada - Conceito Empreitada é a execução, contratualmente estabelecida, de tarefa, de obra ou de serviço, por preço ajustado, com ou sem fornecimento de material ou uso de equipamentos, que podem ou não ser utilizados, realizada nas dependências da empresa contratante, nas de terceiros ou nas da empresa contratada, tendo como objeto um resultado pretendido. 1.5. Fato Gerador da Retenção

Cessãode Mão-de-Obra ou Empreitada

Estarão sujeitos à retenção, se contratados mediante cessão de mão-de-obra ou empreitada, ob-servado o disposto no art. 117, os serviços de: I - limpeza, conservação ou zeladoria, que se constituam em varrição, lavagem, enceramento ou em outros serviços destinados a manter a higiene, o asseio ou a conservação de praias, jardins, rodovias, monumentos, edificações, instalações, dependências, logradouros, vias públicas, pátios ou de áreas de uso comum; II - vigilância ou segurança, que tenham por finalidade a garantia da integridade física de pessoas ou a preservação de bens patrimoniais; III - construção civil, que envolvam a construção, a demolição, a reforma ou o acréscimo de edifi-cações ou de qualquer benfeitoria agregada ao solo ou ao subsolo ou obras complementares que se integrem a esse conjunto, tais como a reparação de jardins ou de passeios, a colocação de grades ou de instrumentos de recreação, de urbanização ou de sinalização de rodovias ou de vias públicas; IV - natureza rural, que se constituam em desmatamento, lenhamento, aração ou gradeamento, capina, colocação ou reparação de cercas, irrigação, adubação, controle de pragas ou de ervas daninhas, plantio, colheita, lavagem, limpeza, manejo de animais, tosquia, inseminação, castra-ção, marcação, ordenhamento e embalagem ou extração de produtos de origem animal ou vege-tal; V - digitação, que compreendam a inserção de dados em meio informatizado por operação de teclados ou de similares; VI - preparação de dados para processamento, executados com vistas a viabilizar ou a facilitar o processamento de informações, tais como o escaneamento manual ou a leitura ótica.

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Os serviços de vigilância ou segurança prestados por meio de monitoramento eletrônico não estão sujeitos à retenção.

Cessão de Mão-de-Obra Estarão sujeitos à retenção, se contratados mediante cessão de mão-de-obra, observado o dis-posto no art. 118, os serviços de: I - acabamento, que envolvam a conclusão, o preparo final ou a incorporação das últimas partes ou dos componentes de produtos, para o fim de colocá-los em condição de uso; II - embalagem, relacionados com o preparo de produtos ou de mercadorias visando à preserva-ção ou à conservação de suas características para transporte ou guarda; III - acondicionamento, compreendendo os serviços envolvidos no processo de colocação ordena-da dos produtos quando do seu armazenamento ou transporte, a exemplo de sua colocação em paletes, empilhamento, amarração, dentre outros; IV - cobrança, que objetivem o recebimento de quaisquer valores devidos à empresa contratante, ainda que executados periodicamente; V - coleta ou reciclagem de lixo ou de resíduos, que envolvam a busca, o transporte, a separação, o tratamento ou a transformação de materiais inservíveis ou resultantes de processos produtivos, exceto quando realizados com a utilização de equipamentos tipo contêineres ou caçambas esta-cionárias; VI - copa, que envolvam a preparação, o manuseio e a distribuição de todo ou de qualquer produto alimentício; VII - hotelaria, que concorram para o atendimento ao hóspede em hotel, pousada, paciente em hospital, clínica ou em outros estabelecimentos do gênero; VIII - corte ou ligação de serviços públicos, que tenham como objetivo a interrupção ou a conexão do fornecimento de água, de esgoto, de energia elétrica, de gás ou de telecomunicações; IX - distribuição, que se constituam em entrega, em locais predeterminados, ainda que em via pública, de bebidas, de alimentos, de discos, de panfletos, de periódicos, de jornais, de revistas ou de amostras, dentre outros produtos, mesmo que distribuídos no mesmo período a vários contra-tantes; X - treinamento e ensino, assim considerados como o conjunto de serviços envolvidos na trans-missão de conhecimentos para a instrução ou para a capacitação de pessoas; XI - entrega de contas e de documentos, que tenham como finalidade fazer chegar ao destinatário documentos diversos tais como, conta de água, conta de energia elétrica, conta de telefone, boleto de cobrança, cartão de crédito, mala direta ou similares; XII - ligação de medidores, que tenham por objeto a instalação de equipamentos destinados a aferir o consumo ou a utilização de determinado produto ou serviço; XIII - leitura de medidores, aqueles executados, periodicamente, para a coleta das informações aferidas por esses equipamentos, tais como a velocidade (radar), o consumo de água, de gás ou de energia elétrica; XIV - manutenção de instalações, de máquinas ou de equipamentos, quando indispensáveis ao seu funcionamento regular e permanente e desde que mantida equipe à disposição da contratan-te; XV - montagem, que envolvam a reunião sistemática, conforme disposição predeterminada em processo industrial ou artesanal, das peças de um dispositivo, de um mecanismo ou de qualquer objeto, de modo que possa funcionar ou atingir o fim a que se destina;

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XVI - operação de máquinas, de equipamentos e de veículos relacionados com a sua movimenta-ção ou funcionamento, envolvendo serviços do tipo manobra de veículo, operação de guindaste, painel eletroeletrônico, trator, colheitadeira, moenda, empilhadeira ou caminhão fora-de-estrada; XVII - operação de pedágio ou de terminal de transporte, que envolvam a manutenção, a conser-vação, a limpeza ou o aparelhamento de terminal de passageiros terrestre, aéreo ou aquático, de rodovia, de via pública, e que envolvam serviços prestados diretamente aos usuários; XVIII - operação de transporte de passageiros, inclusive nos casos de concessão ou de subcon-cessão, envolvendo o deslocamento de pessoas por meio terrestre, aquático ou aéreo; XIX - portaria, recepção ou ascensorista, realizados com vistas ao ordenamento ou ao controle do trânsito de pessoas em locais de acesso público ou à distribuição de encomendas ou de documen-tos; XX - recepção, triagem ou movimentação, relacionados ao recebimento, à contagem, à conferên-cia, à seleção ou ao remanejamento de materiais; XXI - promoção de vendas ou de eventos, que tenham por finalidade colocar em evidência as qua-lidades de produtos ou a realização de shows, de feiras, de convenções, de rodeios, de festas ou de jogos; XXII - secretaria e expediente, quando relacionados com o desempenho de rotinas administrati-vas; XXIII - saúde, quando prestados por empresas da área da saúde e direcionados ao atendimento de pacientes, tendo em vista avaliar, recuperar, manter ou melhorar o estado físico, mental ou emocional desses pacientes; XXIV - telefonia ou de telemarketing, que envolvam a operação de centrais ou de aparelhos tele-fônicos ou de teleatendimento. É exaustiva as relações dos serviços mencionados, no entanto, a pormenorização das tarefas compreendidas em cada um dos serviços, é exemplificativa. 1.6. Empresas optantes pelo SIMPLES Importante alteração adveio com a publicação da IN/SRP nº 938/2009 – DOU de 18.05.2009 e que diz respeito as empresas optantes pelo SIMPLES Nacional, de que trata a Lei Complementar nº 123/2006, que alterou artigos da IN/SRP nº 03/2005, que regulamenta dentre outros, os procedi-mentos relativos às Retenções de INSS sobre os contratos de cessão de mão-de-obra e de em-preitada, inclusive quando empresas optantes pelo referido SIMPLES Nacional. Afim de demonstrar tal alteração, transcrevemos abaixo, os artigos da nova Instrução Normativa que aplicam-se ao a estas modificações: “ Art. 274-C. As ME e EPP optantes pelo Simples Nacional que prestarem serviços mediante ces-são de mão de obra ou empreitada não estão sujeitas à retenção referida no art. 31 da Lei nº 8.212, de 1991, sobre o valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços emitidos, excetuada: (Redação dada pela Instrução Normativa RFB nº 938, de 15 de maio de 2009) I - a ME ou a EPP tributada na forma dos Anexos IV e V da Lei Complementar nº 123, de 2006, para os fatos geradores ocorridos até 31 de dezembro de 2008; e (Incluído pela Instrução Norma-tiva RFB nº 938, de 15 de maio de 2009) II - a ME ou a EPP tributada na forma do Anexo IV da Lei Complementar nº 123, de 2006, para os fatos geradores ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2009. (Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 938, de 15 de maio de 2009) § 1º A aplicação dos incisos I e II do caput se restringe às atividades elencadas nos §§ 2º e 3º do

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art. 219 do RPS, e, no que couberem, às disposições do Capítulo IX do Título II desta Instrução Normativa. (Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 938, de 15 de maio de 2009) § 2º A ME ou a EPP que exerça atividades tributadas na forma do anexo III, até 31 de dezembro de 2008, e tributadas na forma dos anexos III e V, a partir de 1º de janeiro de 2009, todos da Lei Complementar nº 123, de 2006, estará sujeita à exclusão do Simples Nacional na hipótese de prestação de serviços mediante cessão ou locação de mão-de-obra, em face do disposto no inciso XII do art. 17 e no § 5º-H do art. 18 da referida Lei Complementar. (Incluído pela Instrução Norma-tiva RFB nº 938, de 15 de maio de 2009)” Vale dizer que a partir de 01/01/2009 estão sujeitas a incidência do INSS a razão de 11% sobre cessão de mão-de-obra, apenas as empresas tributadas na forma do Anexo IV, tais como, as que exploram as atividades de: 1) construção de imóveis e obras de engenharia em geral, inclusive sob a forma de subempreita-da, execução de projetos e serviços de paisagismo, bem como decoração de interiores; 2) serviço de vigilância, limpeza ou conservação. 1.7. Cooperativas de Trabalho e Outras Entidades A entidade beneficente de assistência social em gozo de isenção, a empresa optante pelo SIM-PLES, o sindicato da categoria de trabalhadores avulsos, o órgão gestor de mão-de-obra (OGMO), o operador portuário e a cooperativa de trabalho, quando forem contratantes de serviços mediante cessão de mão-de-obra ou empreitada, estão obrigados a efetuar a retenção sobre o valor da nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços e ao recolhimento da importância retida em nome da empresa contratada. 1.8. Dispensa da Retenção A contratante fica dispensada de efetuar a retenção, e a contratada, de registrar o destaque da retenção na nota fiscal, na fatura ou no recibo, quando: I - o valor correspondente a 11% (onze por cento) dos serviços contidos em cada nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços for inferior ao limite mínimo estabelecido pela RFB para reco-lhimento em documento de arrecadação; II - a contratada não possuir empregados, o serviço for prestado pessoalmente pelo titular ou sócio e o seu faturamento do mês anterior for igual ou inferior a 2 (duas) vezes o limite máximo do salá-rio-de-contribuição, cumulativamente (atualmente R$ 7.379,32); III - a contratação envolver somente serviços profissionais relativos ao exercício de profissão regu-lamentada por legislação federal, ou serviços de treinamento e ensino definidos no inciso X do art. 118, desde que prestados pessoalmente pelos sócios, sem o concurso de empregados ou de ou-tros contribuintes individuais. Para comprovação dos requisitos previstos no item II, a contratada apresentará à tomadora decla-ração assinada por seu representante legal, sob as penas da lei, de que não possui empregados e o seu faturamento no mês anterior foi igual ou inferior a 2 (duas) vezes o limite máximo do salário-de-contribuição. Para comprovação dos requisitos previstos no item III, a contratada apresentará à tomadora decla-ração assinada por seu representante legal, sob as penas da lei, de que o serviço foi prestado por sócio da empresa, no exercício de profissão regulamentada, ou, se for o caso, por profissional da área de treinamento e ensino, e sem o concurso de empregados ou contribuintes individuais, ou consignará o fato na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços. São serviços profissionais regulamentados pela legislação federal, dentre outros, os prestados por administradores, advogados, aeronautas, aeroviários, agenciadores de propaganda, agrônomos, arquitetos, arquivistas, assistentes sociais, atuários, auxiliares de laboratório, bibliotecários, biólo-

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gos, biomédicos, cirurgiões dentistas, contabilistas, economistas domésticos, economistas, enfer-meiros, engenheiros, estatísticos, farmacêuticos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fono-audiólogos, geógrafos, geólogos, guias de turismo, jornalistas profissionais, leiloeiros rurais, leilo-eiros, massagistas, médicos, meteorologistas, nutricionistas, psicólogos, publicitários, químicos, radialistas, secretárias, taquígrafos, técnicos de arquivos, técnicos em biblioteconomia, técnicos em radiologia e tecnólogos. 1.9 Destaque da Retenção Quando da emissão da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços, a contratada deverá destacar o valor da retenção com o título de "RETENÇÃO PARA A PREVIDÊNCIA SOCI-AL", observado o disposto no art. 126. O destaque do valor retido deverá ser identificado logo após a descrição dos serviços prestados, apenas para produzir efeito como parcela dedutível no ato da quitação da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços, sem alteração do valor bruto da nota, da fatura ou do recibo de prestação de serviços. A falta do destaque do valor da retenção, constitui infração administrativa, sujeitando o infrator, às penalidades na Lei nº 8.212, de 1991. 1.10 Apuração da Base de Cálculo da Retenção Os valores de materiais ou de equipamentos, próprios ou de terceiros, exceto os equipamentos manuais, fornecidos pela contratada, discriminados no contrato e na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, não integram a base de cálculo da retenção, desde que compro-vados. Considera-se discriminação no contrato os valores nele consignados, relativos a material ou equi-pamentos, ou os previstos em planilha à parte, desde que esta seja parte integrante do contrato mediante cláusula nele expressa. O valor do material fornecido ao contratante ou o de locação de equipamento de terceiros, utiliza-do na execução do serviço, não poderá ser superior ao valor de aquisição ou de locação para fins de apuração da base de cálculo da retenção. Os valores de materiais ou de equipamentos, próprios ou de terceiros, exceto os equipamentos manuais, cujo fornecimento pela contratada esteja apenas previsto em contrato, desde que discri-minados na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, não integram a base de cálculo da retenção, devendo o valor desta corresponder no mínimo a: I - 50% do valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços; II - 30% do valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços para os ser-viços de transporte passageiros, cujas despesas de combustível e de manutenção dos veículos corram por conta da contratada; III - 65% quando se referir à limpeza hospitalar e oitenta por cento, quando se referir às demais limpezas, aplicados sobre o valor bruto da nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços. Se a utilização de equipamento for inerente à execução dos serviços contratados, mas não estiver prevista em contrato, a base de cálculo da retenção corresponderá, no mínimo, a cinqüenta por cento do valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços, desde que haja a discriminação de valores nestes documentos, observando-se, no caso da prestação de serviços na área da construção civil, os percentuais abaixo relacionados: I - pavimentação asfáltica: 10%; II - terraplenagem, aterro sanitário e dragagem: 15%;

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III - obras de arte (pontes ou viadutos): 45%; IV - drenagem: 50%; V - demais serviços realizados com a utilização de equipamentos, exceto manuais: 35% Quando na mesma nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços constar a execução de mais de um dos serviços referidos nas alíneas I a V acima, cujos valores não constem individual-mente discriminados na nota fiscal, na fatura, ou no recibo, deverá ser aplicado o percentual cor-respondente a cada tipo de serviço conforme disposto em contrato, ou o percentual maior, se o contrato não permitir identificar o valor de cada serviço. Não existindo previsão contratual de fornecimento de material ou utilização de equipamento, e o uso deste equipamento não for inerente ao serviço, mesmo havendo discriminação de valores na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, a base de cálculo da retenção será o valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços, exceto no caso do ser-viço de transporte de passageiros, onde a base de cálculo da retenção corresponderá 30% do valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços. Na falta de discriminação de valores na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de servi-ços, a base de cálculo da retenção será o seu valor bruto, ainda que exista previsão contratual para o fornecimento de material ou utilização de equipamento, com ou sem discriminação de valo-res em contrato. 1.11 Deduções da Base de Cálculo Poderão ser deduzidas da base de cálculo da retenção as parcelas que estiverem discriminadas na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, que correspondam: I - ao custo da alimentação in natura fornecida pela contratada, de acordo com os programas de alimentação aprovados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), conforme Lei nº 6.321, de 1976; II - ao fornecimento de vale-transporte de conformidade com a legislação própria. O valor relativo à taxa de administração ou de agenciamento, ainda que figure discriminado na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, não poderá ser objeto de dedução da base de cálculo da retenção, inclusive no caso de serviços prestados por trabalhadores temporá-rios. Na hipótese da empresa contratada emitir duas notas fiscais, faturas ou recibos, relativos ao mesmo serviço, uma contendo o valor correspondente à taxa de administração ou de agenciamen-to e a outra o valor da remuneração dos trabalhadores utilizados na prestação do serviço, a reten-ção incidirá sobre o valor de cada uma dessas notas, faturas ou recibos. 1.12 Recolhimento do Valor Retido A importância retida deverá ser recolhida pela empresa contratante até o dia 20 (vinte) do mês seguinte ao da emissão da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços, antecipan-do-se esse prazo para o dia útil imediatamente anterior quando não houver expediente bancário naquele dia, informando, no campo identificador do documento de arrecadação, o CNPJ do esta-belecimento da empresa contratada ou a matrícula CEI da obra de construção civil, conforme o caso e, no campo nome ou denominação social, a denominação social desta, seguida da denomi-nação social da empresa contratante. Quando para um mesmo estabelecimento da contratada forem emitidas mais de uma nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços, na mesma competência, a contratante deverá efetuar o recolhimento dos valores retidos num único documento de arrecadação. A falta de recolhimento, no prazo legal, das importâncias retidas configura, em tese, crime contra a

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Previdência Social previsto no art. 168-A do Código Penal, introduzido pela Lei nº 9.983, de 14 de julho de 2000, ensejando a emissão de Representação Fiscal para Fins Penais (RFFP). A empresa contratada poderá consolidar, num único documento de arrecadação, por competência e por estabelecimento, as contribuições incidentes sobre a remuneração de todos os segurados envolvidos na prestação de serviços e dos segurados alocados no setor administrativo, bem como, se for o caso, a contribuição social previdenciária incidente sobre o valor pago a cooperativa de trabalho relativa à prestação de serviços de cooperados, compensando os valores retidos com as contribuições devidas à Previdência Social por qualquer de seus estabelecimentos. Havendo subcontratação poderão ser deduzidos do valor da retenção a ser efetuada pela contra-tante os valores retidos da subcontratada e comprovadamente recolhidos pela contratada, desde que todos os documentos envolvidos se refiram à mesma competência e ao mesmo serviço. Para esse fim, a contratada deverá destacar na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de ser-viços as retenções da seguinte forma: I - retenção para a Previdência Social: informar o valor correspondente a onze por cento do valor bruto dos serviços; II - dedução de valores retidos de subcontratadas: informar o valor total correspondente aos valo-res retidos e recolhidos relativos aos serviços subcontratados; III - valor retido para a Previdência Social: informar o valor correspondente à diferença entre a retenção, apurada, e a dedução efetuada , que indicará o valor a ser efetivamente retido pela con-tratante . 1.13 Compensação da Retenção ( Conforme IN/RFB nº 1.300, de 20.11.2012) O valor retido deve ser compensado pela empresa contratada com as contribuições devidas à Previdência Social.

A empresa prestadora de serviços que sofreu retenção no ato da quitação da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços, poderá compensar o valor retido quando do recolhimento das contribui-ções previdenciárias, inclusive as devidas em decorrência do décimo terceiro salário, desde que a reten-ção esteja:

I - declarada em GFIP na competência da emissão da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços, pelo estabelecimento responsável pela cessão de mão de obra ou pela execução da empreitada total; e

II - destacada na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços ou que a contratante tenha efetuado o recolhimento desse valor.

A compensação da retenção poderá ser efetuada somente com as contribuições previdenciárias, não po-dendo absorver contribuições destinadas a outras entidades ou fundos, as quais deverão ser recolhidas integralmente pelo sujeito passivo.

Para fins de compensação da importância retida, será considerada como competência da retenção o mês da emissão da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços.

O saldo remanescente em favor do sujeito passivo poderá ser compensado nas competências subsequen-tes, devendo ser declarada em GFIP na competência de sua efetivação, ou objeto de restituição.

Se, depois da compensação efetuada pelo estabelecimento que sofreu a retenção, restar saldo, o valor deste poderá ser compensado por qualquer outro estabelecimento da empresa cedente da mão de obra, inclusive nos casos de obra de construção civil mediante empreitada total, na mesma competência ou em competências subsequentes.

A compensação de valores eventualmente retidos sobre nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de ser-viços emitido pelo consórcio, e recolhidos em nome e no CNPJ das empresas consorciadas, poderá ser efetuada por essas empresas, proporcionalmente à participação de cada uma delas.

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No caso de recolhimento efetuado em nome do consórcio, a compensação poderá ser efetuada somente pelas consorciadas, respeitada a participação de cada uma, na forma do respectivo ato constitutivo, e depois da retificação da GPS.

1.14 Obrigações da Empresa Contratada A empresa contratada deverá elaborar: I - folhas de pagamento distintas e o respectivo resumo geral, para cada estabelecimento ou obra de construção civil da empresa contratante, relacionando todos os segurados alocados na presta-ção de serviços, na forma prevista no inciso III do art. 47; II - GFIP com as informações relativas aos tomadores de serviços, para cada estabelecimento da empresa contratante ou cada obra de construção civil, utilizando o código de recolhimento próprio da atividade, conforme normas previstas no Manual da GFIP; e III - demonstrativo mensal por contratante e por contrato, assinado pelo seu representante legal, contendo: a) a denominação social e o CNPJ da contratante, ou a matrícula CEI da obra de construção civil, conforme o caso; b) o número e a data de emissão da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços; c) o valor bruto, o valor retido e o valor líquido recebido relativo à nota fiscal, à fatura ou ao recibo de prestação de serviços; e d) a totalização dos valores e sua consolidação por obra de construção civil ou por estabelecimen-to da contratante, conforme o caso. Aplica-se o acima à empresa prestadora de serviços por intermédio de consórcio, em relação à sua participação no empreendimento, ainda que o faturamento se dê em nome do consórcio, ob-servados os procedimentos previstos neste Capítulo em relação à retenção e ao seu recolhimento. A empresa contratada fica dispensada de elaborar folha de pagamento e GFIP com informações distintas por estabelecimento ou obra de construção civil em que realizar tarefa ou prestar servi-ços, quando, comprovadamente, utilizar os mesmos segurados para atender a várias empresas contratantes, alternadamente, no mesmo período, inviabilizando a individualização da remunera-ção desses segurados por tarefa ou por serviço contratado. São considerados serviços prestados alternadamente, aqueles em que a tarefa ou o serviço con-tratado seja executado por trabalhador ou equipe de trabalho em vários estabelecimentos ou vá-rias obras de uma mesma contratante ou de vários contratantes, por etapas, numa mesma compe-tência, e que envolvam os serviços que não compõem o Custo Unitário Básico (CUB). A contratada, legalmente obrigada a manter escrituração contábil formalizada, está obrigada a registrar, mensalmente, em contas individualizadas, todos os fatos geradores de contribuições sociais, inclusive a retenção sobre o valor da prestação de serviços. O lançamento da retenção na escrituração contábil, deverá discriminar: I - o valor bruto dos serviços; II - o valor da retenção; e III - o valor líquido a receber. Na contabilidade em que houver lançamento pela soma total das notas fiscais, das faturas ou dos recibos de prestação de serviços e pela soma total da retenção, por mês, por contratante, a em-presa contratada deverá manter em registros auxiliares a discriminação desses valores, por con-tratante.

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1.15 Obrigações da Empresa Contratante A empresa contratante fica obrigada a manter em arquivo, por empresa contratada, em ordem cronológica, durante o prazo de dez anos, as notas fiscais, as faturas ou os recibos de prestação de serviços, as correspondentes GFIP e, se for o caso,as cópias dos demais documentos relacio-nados direta ou indiretamente com os serviços prestados . A contratante, legalmente obrigada a manter escrituração contábil formalizada, está obrigada a registrar, mensalmente, em contas individualizadas, todos os fatos geradores de contribuições sociais, inclusive a retenção sobre o valor dos serviços contratados. O lançamento da retenção na escrituração contábil deverá discriminar: I - o valor bruto dos serviços; II - o valor da retenção; III - o valor líquido a pagar. Na contabilidade em que houver lançamento pela soma total das notas fiscais, faturas ou recibos de prestação de serviços e pela soma total da retenção, por mês, por contratada, a empresa con-tratante deverá manter em registros auxiliares a discriminação desses valores, individualizados por contratada. A empresa contratante legalmente dispensada da apresentação da escrituração contábil deverá elaborar demonstrativo mensal, assinado pelo seu representante legal, relativo a cada contrato, contendo as seguintes informações: I - a denominação social e o CNPJ da contratada; II - o número e a data da emissão da nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços; III - o valor bruto, a retenção e o valor liquido pago relativo à nota fiscal, fatura ou recibo de presta-ção de serviços; IV - a totalização dos valores e sua consolidação por obra de construção civil e por estabelecimen-to da contratada, conforme o caso. 1.16 Retenção na Construção Civil Na construção civil, sujeita-se à retenção aqui comentada: I - a prestação de serviços mediante contrato de empreitada parcial, conforme definição contida na alínea “b” do inciso XXVII, do artigo 322, da IN/SRF nº 971/2009; II - a prestação de serviços mediante contrato de subempreitada, conforme definição contida no inciso XXVIII, do artigo 322,da IN/SRF nº 971/2009; III - a prestação de serviços tais como os discriminados no Anexo VII,da IN/SRF nº 971/2009, constante do item 1.17 adiante; IV - a reforma de pequeno valor, conforme definida no artigo 322,da IN/SRF nº 971/2009. Não se sujeita à retenção, a prestação de serviços de: I - administração, fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras; II - assessoria ou consultoria técnicas; III - controle de qualidade de materiais; IV - fornecimento de concreto usinado, de massa asfáltica ou de argamassa usinada ou prepara-

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da; V - jateamento ou hidrojateamento; VI - perfuração de poço artesiano; VII - elaboração de projeto da construção civil; VIII - ensaios geotécnicos de campo ou de laboratório (sondagens de solo, provas de carga, en-saios de resistência, amostragens, testes em laboratório de solos ou outros serviços afins); IX - serviços de topografia; X - instalação de antena coletiva; XI - instalação de aparelhos de ar condicionado, de refrigeração, de ventilação, de aquecimento, de calefação ou de exaustão; XII - instalação de sistemas de ar condicionado, de refrigeração, de ventilação, de aquecimento, de calefação ou de exaustão, quando a venda for realizada com emissão apenas da nota fiscal de venda mercantil; XIII - instalação de estrutura metálica, de equipamento ou de material, quando a venda for realiza-da com emissão apenas da nota fiscal de venda mercantil; XIV- locação de caçamba; XV - locação de máquinas, de ferramentas, de equipamentos ou de outros utensílios sem forneci-mento de mão-de-obra; XVI - fundações especiais. Quando na prestação dos serviços relacionados nos incisos X e XIII do caput, houver emissão de nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços relativa à mão-de-obra utilizada na instalação do material ou do equipamento vendido, os valores desses serviços integrarão a base de cálculo da retenção. Havendo, para a mesma obra, contratação de serviço relacionado acima e, simultaneamente, o fornecimento de mão-de-obra para execução de outro serviço sujeito à retenção, aplicar-se-á a retenção apenas a este serviço, desde que o valor de cada serviço esteja discriminado em contra-to. Não havendo discriminação no contrato, aplicar-se-á a retenção a todos os serviços contratados. 1.17 – Anexo VII da IN 971/2009 – Construção Civil – Discriminação

ANEXO VII DISCRIMINAÇÃO DE OBRAS E SERVIÇOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL (Conforme Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE)

41 - CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS 41.2 - CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS 41.20-4 CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS 4120-4/00 CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS (OBRA) Esta Subclasse compreende: - a construção de edifícios residenciais de qualquer tipo: - casas e residências unifamiliares; - edifícios residenciais multifamiliares, incluindo edifícios de grande altura (arranha-céus); - a construção de edifícios comerciais de qualquer tipo: - consultórios e clínicas médicas; - escolas; - escritórios comerciais; - hospitais; - hotéis, motéis e outros tipos de alojamento; - lojas, galerias e centros comerciais; - restaurantes e outros estabelecimentos similares; - shopping centers; - a construção de edifícios destinados a outros usos específicos: - armazéns e depósitos; - edifícios garagem, inclusive garagens subterrâneas; - edifícios para uso agropecuário; - estações para trens e metropolitanos; - estádios esportivos e quadras cobertas;

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- igrejas e outras construções para fins religiosos (templos); - instalações para embarque e desembarque de passageiros (em aeroportos, rodoviárias, portos, etc.); - penitenciárias e presídios; - postos de combustível; - a construção de edifícios industriais (fábricas, oficinas, galpões industriais, etc); - as reformas, manutenções correntes, complementações e alterações de edifícios de qualquer natureza já existentes; - a montagem de edifícios e casas pré-moldadas ou pré-fabricadas de qualquer material, de natu-reza permanente ou temporária, quando não realizadas pelo próprio fabricante. Esta Subclasse não compreende: - a fabricação e a montagem de casas de madeira (1622-6/01), de concreto (2330-3/04) ou de estrutura metálica (3321-0/00), pré-moldadas ou pré-fabricadas, quando realizadas pelo próprio fabricante - a fabricação de estruturas metálicas (2511-0/00); - a realização de empreendimentos imobiliários, residenciais ou não, provendo recursos financei-ros, técnicos e materiais para a sua execução e posterior venda (incorporação imobiliária) (4110-7/00); - as obras de instalações elétricas (4321-5/00), hidráulicas, sanitárias e de gás (4322-3/01), etc; - os serviços de acabamento da construção (43.30-4); - a execução de edifícios industriais e outros por contrato de construção por administração (4399-1/01); - os serviços especializados de arquitetura (projetos arquitetônicos, urbanísticos e paisagísticos); (7111-1/00) - os serviços especializados de engenharia (concepção de projetos estruturais e de instalações, supervisão e gerenciamento de projetos de construção) (7112-0/00). 42 - OBRAS DE INFRA-ESTRUTURA 42.1 - CONSTRUÇÃO DE RODOVIAS, FERROVIAS, OBRAS URBANAS E OBRAS-DE-ARTE ESPECIAIS 42.11-1 CONSTRUÇÃO DE RODOVIAS E FERROVIAS 4211-1/01 CONSTRUÇÃO DE RODOVIAS E FERROVIAS (OBRA) Esta Subclasse compreende: - a construção e recuperação de autoestradas, rodovias e outras vias não-urbanas para passagem de veículos; - a construção e recuperação de vias férreas de superfície ou subterrâneas, inclusive para metro-politanos (preparação do leito, colocação dos trilhos, etc.); - a construção e recuperação de pistas de aeroportos; - a pavimentação de autoestradas, rodovias e outras vias não-urbanas; pontes, viadutos e túneis, inclusive em pistas de aeroportos; - a instalação de barreiras acústicas; - a construção de praças de pedágio. Esta Subclasse não compreende: - a construção de terminais rodoviários e estações para trens metropolitanos (4120-4/00); - a sinalização com pintura em rodovias e aeroportos (4211-1/02); - a construção de obras-de-arte especiais (4212-0/00); - a construção de obras de urbanização (ruas, praças e calçadas), inclusive a pavimentação des-sas vias (4213-8/00); - a construção de gasodutos, oleodutos e minerodutos (4223-5/00); - a instalação de sistemas de iluminação e sinalização luminosa em vias públicas, rodovias, ferro-vias, portos e aeroportos (4329-1/04); - os serviços especializados de arquitetura (projetos arquitetônicos, urbanísticos e paisagísticos) (7111-1/00); - os serviços especializados de engenharia (concepção de projetos estruturais e de instalações, supervisão e gerenciamento de projetos de construção) (7112-0/00). 4211-1/02 PINTURA PARA SINALIZAÇÃO EM PISTAS RODOVIÁRIAS E AEROPORTOS (SER-VIÇO) Esta Subclasse compreende: - a sinalização com pintura em rodovias e aeroportos; - a instalação de placas de sinalização de tráfego e semelhantes. Esta Subclasse não compreende: - a fabricação de placas e de painéis luminosos de sinalização de tráfego e semelhantes (32.99-0); - a sinalização com pintura em vias urbanas, ruas e locais para estacionamento de veículos (4213-8/00);

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- a instalação de sistemas de iluminação e sinalização luminosa em vias públicas, rodovias, ferro-vias, portos e aeroportos (4329-1/04). 42.12-0 CONSTRUÇÃO DE OBRAS-DE-ARTE ESPECIAIS 4212-0/00 CONSTRUÇÃO DE OBRAS-DE-ARTE ESPECIAIS (OBRA) Esta Subclasse compreende: - a construção e recuperação de pontes, viadutos, elevados, passarelas, etc; - a construção de túneis (urbanos, em rodovias, ferrovias, metropolitanos). Esta Subclasse não compreende: - a construção de rodovias, vias férreas e pistas de aeroportos (4211-1/01); - a construção de obras de urbanização (ruas, praças e calçadas), inclusive a pavimentação des-sas vias (4213-8/00); - as obras portuárias, marítimas e fluviais (4291-0/00); - as obras de montagem industrial (4292-8/02); - os serviços especializados de arquitetura (projetos arquitetônicos, urbanísticos e paisagísticos) (7111-1/00); - os serviços especializados de engenharia (concepção de projetos estruturais e de instalações, supervisão e gerenciamento de projetos de construção) (7112-0/00); - os serviços de paisagismo (8130-3/00). 42.13-8 OBRAS DE URBANIZAÇÃO - RUAS, PRAÇAS E CALÇADAS 4213-8/00 OBRAS DE URBANIZAÇÃO - RUAS, PRAÇAS E CALÇADAS (OBRA) Esta Subclasse compreende: - a construção de vias urbanas, ruas e locais para estacionamento de veículos; - a construção de praças e calçadas para pedestres; - os trabalhos de superfície e pavimentação em vias urbanas, ruas, praças e calçadas; - a sinalização com pintura em vias urbanas, ruas e locais para estacionamento de veículos. Esta Subclasse não compreende: - a fabricação de placas e de painéis luminosos, a sinalização de tráfego e semelhantes (3299-0/04); - a construção de rodovias, vias férreas e pistas de aeroportos (4211-1/01); - a construção de obras-de-arte especiais (4212-0/00); - a instalação de sistemas e equipamentos de iluminação pública e sinalização em vias urbanas, ruas, praças e calçadas (4329-¼); - os serviços especializados de arquitetura (projetos arquitetônicos, urbanísticos e paisagísticos) (7111-1/00); - os serviços especializados de engenharia (concepção de projetos estruturais e de instalações, supervisão e gerenciamento de projetos de construção) (7112-0/00); - os serviços de paisagismo (8130-3/00). 42.2 - OBRAS DE INFRA-ESTRUTURA PARA ENERGIA ELÉTRICA, TELECOMUNICAÇÕES, ÁGUA, ESGOTO E TRANSPORTE POR PRODUTOS POR OUTROS 42.21-9 OBRAS PARA GERAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA E PARA TELE-COMUNICAÇÕES 4221-9/01 CONSTRUÇÃO DE BARRAGENS E REPRESAS PARA GERAÇÃO DE ENERGIA E-LÉTRICA (OBRA) Esta Subclasse compreende: - a construção de barragens e represas para geração de energia elétrica. Esta Subclasse não compreende: - a construção de usinas, estações e subestações hidrelétricas, eólicas, nucleares, termoelétricas, etc. (4221-9/02). 4221-9/02 CONSTRUÇÃO DE ESTAÇÕES E REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉ-TRICA (OBRA) Esta Subclasse compreende: - a construção de usinas, estações e subestações hidrelétricas, eólicas, nucleares, termoelétricas, etc; - a construção de redes de transmissão e distribuição de energia elétrica, inclusive o serviço de eletrificação rural; - a construção de redes de eletrificação para ferrovias e metropolitanos. Esta Subclasse não compreende: - a manutenção de redes de eletricidade quando executada por empresas de produção e distribui-ção de energia elétrica (grupo 35.1). 4221-9/03 MANUTENÇÃO DE REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA (SERVIÇO) Esta Subclasse compreende: - a manutenção de redes de distribuição de energia elétrica, quando executada por empresa não-produtora ou distribuidora de energia elétrica.

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Esta Subclasse não compreende: - a manutenção de redes de eletricidade, quando executada por empresas de produção e distribu-ição de energia elétrica (grupo 35.1). 4221-9/04 CONSTRUÇÃO DE ESTAÇÕES E REDES DE TELECOMUNICAÇÕES (OBRA) Esta Subclasse compreende: - as obras para implantação de serviços de telecomunicações: - construção de redes de longa e média distância de telecomunicações; - a execução de projetos de instalações para estações de telefonia e centrais telefônicas. Esta Subclasse não compreende: - a instalação de cabos submarinos (4291-0/00); - a manutenção de conexões operacionais à rede de telecomunicações em prédios residenciais, comerciais, industriais, etc. (6190-6/99). 4221-9/05 MANUTENÇÃO DE ESTAÇÕES E REDES DE TELECOMUNICAÇÕES (SERVIÇO) Esta Subclasse compreende: - a manutenção de estações e redes de longa e média distância de telecomunicações. Esta Subclasse não compreende: - a manutenção de conexões operacionais à rede de telecomunicações em prédios residenciais, comerciais, industriais, etc. (6190-6/99); - a instalação e reparação de sistemas de telecomunicações, como, por exemplo, estações telefô-nicas (9512-6/00). 42.22-7 CONSTRUÇÃO DE REDES DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA, COLETA DE ESGOTO E CONSTRUÇÕES CORRELATAS 4222-7/01 CONSTRUÇÃO DE REDES DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA, COLETA DE ESGOTO E CONSTRUÇÕES CORRELATAS, EXCETO OBRAS DE IRRIGAÇÃO Esta Subclasse compreende: - a construção de sistemas para o abastecimento de água tratada: reservatórios de distribuição, estações elevatórias de bombeamento, linhas principais de adução de longa e média distância e redes de distribuição de água (OBRA); - a construção de redes de coleta de esgoto, inclusive de interceptores (OBRA); - a construção de estações de tratamento de esgoto (ETE)(OBRA); - a construção de estações de bombeamento de esgoto (OBRA); - a construção de galerias pluviais (OBRA); - a manutenção de redes de abastecimento de água tratada (SERVIÇO); - a manutenção de redes de coleta e de sistemas de tratamento de esgoto (SERVIÇO). Esta Subclasse não compreende: - as obras de irrigação (4222-7/02); - a perfuração de poços de água (4399-1/05); - a construção de emissários submarinos (4291-0/00); - as obras de drenagem (4319-3/00); - os serviços especializados de engenharia (concepção de projetos estruturais e de instalações, supervisão e gerenciamento de projetos de construção) (7112-0/00). 4222-7/02 OBRAS DE IRRIGAÇÃO (SERVIÇO) Esta Subclasse compreende: - as obras de irrigação (canais). Esta Subclasse não compreende: - a perfuração de poços de água (4399-1/05); - as obras de drenagem (4319-3/00). 42.23-5 CONSTRUÇÃO DE REDES DE TRANSPORTES POR DUTOS, EXCETO PARA ÁGUA E ESGOTO 4223-5/00 CONSTRUÇÃO DE REDES DE TRANSPORTES POR DUTOS, EXCETO PARA ÁGUA E ESGOTO (OBRA) Esta Subclasse compreende: - a construção de redes de transporte por dutos: oleodutos, gasodutos, minerodutos. Esta Subclasse não compreende: - a construção de linhas principais de adução de longa e de média distâncias e redes de distribui-ção de água (4222-7/01). - a construção de redes de coleta de esgoto, inclusive de interceptores (4222-7/01) 42.9 - CONSTRUÇÃO DE OUTRAS OBRAS DE INFRAESTRUTURA 42.91-0 OBRAS PORTUÁRIAS, MARÍTIMAS E FLUVIAIS 4291-0/00 OBRAS PORTUÁRIAS, MARÍTIMAS E FLUVIAIS Esta Subclasse compreende: - as obras marítimas e fluviais, tais como: - construção de instalações portuárias (OBRA);

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- construção de portos e marinas (OBRA); - construção de eclusas e canais de navegação (vias navegáveis)(OBRA); - enrocamentos (SERVIÇO); - obras de dragagem (SERVIÇO); - aterro hidráulico (SERVIÇO); - barragens, represas e diques, exceto para energia elétrica (OBRA); - a construção de emissários submarinos (OBRA); - a instalação de cabos submarinos (SERVIÇO). Esta Subclasse não compreende: - a construção de instalações para embarque e desembarque de passageiros (aeroportos, rodoviá-rias, portos, etc.) (4120-4/00); - as obras de drenagem (4319-3/00). 42.92-8 MONTAGEM DE INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS E DE ESTRUTURAS METÁLICAS 42.92-8/01 MONTAGEM DE ESTRUTURAS METÁLICAS (SERVIÇO) Esta Subclasse compreende: - a montagem de estruturas metálicas permanentes; - os serviços de soldagem de estruturas metálicas. Esta Subclasse não compreende: - a montagem de estruturas metálicas quando executada pelo próprio fabricante (2521-7/00); - a montagem e instalação de máquinas e equipamentos industriais (3321-0/00); - a montagem e desmontagem de andaimes, plataformas, fôrmas para concreto, escoramentos e outras estruturas temporárias (4399-1/02). 4292-8/02 OBRAS DE MONTAGEM INDUSTRIAL (SERVIÇO) Esta Subclasse compreende: - as obras de montagem de instalações industriais (tubulações, redes de facilidades), tais como: - refinarias; - plantas de indústrias químicas. Esta Subclasse não compreende: - a montagem e instalação de máquinas e equipamentos industriais (3321-0/00); - a montagem e desmontagem de andaimes, plataformas, fôrmas para concreto, escoramentos e outras estruturas temporárias (4399-1/02). 42.99-5 OBRAS DE ENGENHARIA CIVIL NÃO ESPECIFICADAS ANTERIORMENTE 42.99-5/01 CONSTRUÇÃO DE INSTALAÇÕES ESPORTIVAS E RECREATIVAS (OBRA) Esta Subclasse compreende: - a construção de instalações esportivas e recreativas, tais como pistas de competição, quadras esportivas, piscinas olímpicas e outras construções similares. Esta Subclasse não compreende: a construção de estádios esportivos e quadras cobertas (4120-4/00). 4299-5/99 OUTRAS OBRAS DE ENGENHARIA CIVIL NÃO ESPECIFICADAS ANTERIORMENTE (OBRA) Esta Subclasse compreende: - a construção de estruturas com tirantes; - as obras de contenção; - a construção de cortinas de proteção de encostas e muros de arrimo; - a subdivisão de terras com benfeitorias (p. ex., construção de vias, serviços de infra-estrutura, etc.). Esta Subclasse não compreende: - os serviços especializados de engenharia (concepção de projetos estruturais e de instalações, supervisão e gerenciamento de projetos de construção) (7112-0/00). 43 - SERVIÇOS ESPECIALIZADOS PARA CONSTRUÇÃO 43.1 - DEMOLIÇÃO E PREPARAÇÃO DO TERRENO 43.11-8 DEMOLIÇÃO E PREPARAÇÃO DE CANTEIROS DE OBRAS 4311-8/01 DEMOLIÇÃO DE EDIFÍCIOS E OUTRAS ESTRUTURAS (OBRA) Esta Subclasse compreende: - o desmonte e demolição de estruturas previamente existentes (manual, mecanizada ou através de implosão). Esta Subclasse não compreende: - a descontaminação do solo (3900-5/00); - a preparação de canteiro e limpeza de terreno (4311-8/02); - as obras de terraplenagem e escavações diversas para construção civil (4313-4/00); - os derrocamentos (desmonte de rochas) (4313-4/00); - a demarcação dos locais para construção (4319-3/00); - a execução de fundações para edifícios e outras obras de engenharia civil (4391-6/00).

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4311-8/02 PREPARAÇÃO DE CANTEIRO E LIMPEZA DE TERRENO (SERVIÇO) Esta Subclasse compreende: - a preparação de canteiros de obras e limpeza do terreno. Esta Subclasse não compreende: - a descontaminação do solo (3900-5/00); - a demolição de edifícios (4311-8/01); - as obras de terraplenagem e escavações diversas para construção civil (4313-4/00); - os derrocamentos (desmonte de rochas) (4313-4/00); - a demarcação dos locais para construção (4319-3/00); - a execução de fundações para edifícios e outras obras de engenharia civil (4391-6/00). 43.12-6 PERFURAÇÕES E SONDAGENS 4312-6/00 PERFURAÇÕES E SONDAGENS (SERVIÇO) Esta Subclasse compreende: - as sondagens destinadas à construção; - as perfurações e furos para investigação do solo e núcleo para fins de construção, com propósi-tos geofísicos, geológicos e similares. Esta Subclasse não compreende: - a exploração de campo de produção de petróleo e gás natural que inclua as investigações geofí-sicas, geológicas e sísmicas (0600-0/01); - a perfuração de poços para exploração de petróleo e gás natural, incluídas as investigações geo-físicas, geológicas e sísmicas, quando realizada pela própria empresa (0600-0/01), ou quando realizada por terceiros (0910-6/00); - a execução de fundações para edifícios e outras obras de engenharia civil (4391-6/00); - a perfuração e abertura de poços de água (4399-1/05); - as atividades de prospecção geológica (7119-7/02). 43.13-4 OBRAS DE TERRAPLENAGEM 4313-4/00 OBRAS DE TERRAPLENAGEM (SERVIÇO) Esta Subclasse compreende: - o conjunto de operações de escavação, transporte, depósito e compactação de terras, necessá-rias à realização de uma obra - a execução de escavações diversas para construção civil; - os derrocamentos (desmonte de rochas); - o nivelamento para a execução de obras viárias e de aeroportos; - a destruição de rochas através de explosivos; - o aluguel, com operador, de máquinas e equipamentos destinados aos serviços de terraplena-gem. Esta Subclasse não compreende: - a escavação de minas para fins de extração (divisões 05, 07 e 08); - as obras de drenagem (4319-3/00); - a execução de fundações para edifícios e outras obras de engenharia civil (4391-6/00). 43.19-3 SERVIÇOS DE PREPARAÇÃO DO TERRENO NÃO ESPECIFICADOS ANTERIORMEN-TE 4319-3/00 SERVIÇOS DE PREPARAÇÃO DO TERRENO NÃO ESPECIFICADOS ANTERIOR-MENTE (SERVIÇO) Esta Subclasse compreende: - a drenagem do solo destinado à construção; - a demarcação dos locais para construção; - o rebaixamento de lençóis freáticos; - a preparação de locais para mineração; - a remoção de material inerte e outros tipos de refugo de locais de mineração, exceto os locais de extração de petróleo e gás natural; - os nivelamentos diversos para construção civil, exceto para execução de obras viárias e de ae-roportos; - a drenagem de terrenos agrícolas ou florestais. Esta Subclasse não compreende: - a perfuração de poços para exploração de petróleo e gás natural, incluídas as investigações geo-físicas, geológicas e sísmicas, quando realizada pela própria empresa (0600-0/01), ou quando realizada por terceiros (0910-6/00); - a descontaminação do solo (3900-5/00); - a preparação de canteiro e limpeza de terreno (4311-8/02); - a execução de escavações diversas para a construção (4313-4/00); - o nivelamento para execução de obras viárias e de aeroportos (4313-4/00); - a execução de fundações para edifícios e outras obras de engenharia civil (4391-6/00); - a perfuração e abertura de poços de água (4399-1/05).

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43.2 - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS, HIDRÁULICAS E OUTRAS INSTALAÇÕES EM CONSTRU-ÇÕES 43.21-5 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 4321-5/00 INSTALAÇÃO E MANUTENÇÃO ELÉTRICA (SERVIÇO) Esta Subclasse compreende: - a instalação, alteração, manutenção e reparo em todos os tipos de construções de; - sistemas de eletricidade (cabos de qualquer tensão, fiação, materiais elétricos, etc.); - cabos para instalações telefônicas e de comunicações; - cabos para redes de informática e televisão a cabo, inclusive por fibra óptica; - antenas coletivas e parabólicas; - pára-raios; - sistemas de iluminação; - sistemas de alarme contra incêndio; - sistemas de alarme contra roubo; - sistemas de controle eletrônico e automação predial; - a instalação de equipamentos elétricos para aquecimento. Esta Subclasse não compreende: - a instalação de elevadores, escadas e esteiras rolantes de fabricação própria (28.22-4); - a instalação, manutenção e reparação de elevadores, escadas e esteiras rolantes, exceto de fabricação própria (4329-1/03); - a construção de redes de transmissão e distribuição de energia elétrica, inclusive o serviço de eletrificação rural (4221-9/02); - as obras para implantação de serviços de telecomunicações (construção e manutenção de redes de longa e média distância de telecomunicações) (4221-9/04); - a instalação de sistemas de aquecimento (coletor solar, gás e óleo), exceto elétricos (4322-3/01); - a instalação de sistema de prevenção contra incêndio (4322-3/03); - a montagem ou instalação de sistemas e equipamentos de iluminação e sinalização em vias públicas, portos e aeroportos (4329-¼); - o monitoramento, inclusive por meio remoto, de sistemas de alarme de segurança e incêndio eletrônicos, inclusive a sua instalação e manutenção (8020-0/00). 43.22-3 - INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS, DE SISTEMAS DE VENTILAÇÃO E REFRIGERAÇÃO 4322-3/01 - INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS, SANITÁRIAS E DE GÁS (SERVIÇO) Esta Subclasse compreende: - a instalação, alteração, manutenção e reparo em todos os tipos de construções de; - sistemas de aquecimento (coletor solar, gás e óleo), exceto elétricos; - equipamentos hidráulicos e sanitários; - ligações de gás; - tubulações de vapor; - a instalação, alteração, manutenção e reparo de rede para distribuição de gases e fluídos diver-sos (p. ex., oxigênio nos hospitais). Esta Subclasse não compreende: - a instalação e manutenção de sistemas de refrigeração central, exceto industrial, quando realiza-das pelo fabricante (2824-1/02); - a instalação e manutenção de coletores solares de energia quando realizadas pelo fabricante (2829-1/99); - as instalações de equipamentos elétricos para aquecimento (4321-5/00). 4322-3/02 INSTALAÇÃO E MANUTENÇÃO DE SISTEMAS CENTRAIS DE AR CONDICIONADO, DE VENTILAÇÃO E REFRIGERAÇÃO (SERVIÇO) Esta Subclasse compreende: - a instalação, alteração, manutenção e reparo em todos os tipos de construções de; - sistemas de refrigeração central, quando não realizados pelo fabricante; - sistemas de ventilação mecânica controlada, inclusive exaustores; - a instalação de sistemas de aquecimento (coletor solar, gás e óleo), exceto elétricos. Esta Subclasse não compreende: - a instalação e manutenção de sistemas de refrigeração central, exceto industrial, quando realiza-das pelo fabricante (2824-1/02). 4322-3/03 INSTALAÇÕES DE SISTEMA DE PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIO (SERVIÇO) Esta Subclasse compreende: - a instalação, alteração, manutenção e reparo, em todos os tipos de construções, de sistemas de prevenção contra incêndio. Esta Subclasse não compreende: - o monitoramento, inclusive por meio remoto, de sistemas de alarme de segurança e incêndio eletrônicos, inclusive a sua instalação e manutenção (8020-0/00).

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4329-1 OBRAS DE INSTALAÇÕES EM CONSTRUÇÕES NÃO ESPECIFICADAS ANTERIOR-MENTE 4329-1/01 INSTALAÇÃO DE PAINÉIS PUBLICITÁRIOS (SERVIÇO) Esta Subclasse compreende: - a instalação de: - anúncios e letreiros luminosos; - outdoors; - placas e painéis de identificação. Esta Subclasse não compreende: - a fabricação de painéis e letreiros luminosos (3299-0/04); - a colocação de anúncios e propagandas em outdoors (7312-2/00); - o agenciamento de espaços para publicidade, exceto em veículos de comunicação (7312-2/00). 4329-1/02 INSTALAÇÃO DE EQUIPAMENTOS PARA ORIENTAÇÃO À NAVEGAÇÃO MARÍTIMA FLUVIAL E LACUSTRE (SERVIÇO) Esta Subclasse compreende: - a instalação de equipamentos para orientação à navegação marítima, fluvial e lacustre. 4329-1/03 INSTALAÇÃO, MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DE ELEVADORES, ESCADAS E ES-TEIRAS ROLANTES, EXCETO DE FABRICAÇÃO PRÓPRIA (SERVIÇO) Esta Subclasse compreende: - a montagem, instalação e reparação de equipamentos incorporados às construções, como ele-vadores, escadas e esteiras rolantes, portas automáticas e giratórias, etc., por unidades especiali-zadas, exceto quando realizada pelo próprio fabricante. Esta Subclasse não compreende: - a instalação, manutenção e reparação de elevadores, escadas e esteiras rolantes para transpor-te e elevação de pessoas de fabricação própria (2822-4/01). 4329-1/04 MONTAGEM E INSTALAÇÃO DE SISTEMAS E EQUIPAMENTOS DE ILUMINAÇÃO E SINALIZAÇÃO EM VIAS PÚBLICAS, PORTOS E AEROPORTOS (SERVIÇO) Esta Subclasse compreende: - a montagem ou instalação de sistemas de iluminação e sinalização em vias públicas, rodovias, ferrovias, portos e aeroportos - a iluminação urbana e semáforos; - a iluminação de pistas de decolagem. Esta Subclasse não compreende: - a fabricação de placas e de painéis luminosos, a sinalização de tráfego e semelhantes (3299-0/04); - a sinalização com pintura em rodovias e aeroportos (4211-1/02). 4329-1/05 TRATAMENTOS TÉRMICOS, ACÚSTICOS OU DE VIBRAÇÃO (SERVIÇO) Esta Subclasse compreende: - os serviços de tratamento térmico, acústico ou de vibração. 4329-1/99 OUTRAS OBRAS DE INSTALAÇÕES EM CONSTRUÇÕES NÃO ESPECIFICADAS ANTERIORMENTE (SERVIÇO) Esta Subclasse compreende: - a instalação de sistemas de limpeza por vácuo; - o revestimento de tubulações. Esta Subclasse não compreende: - a instalação de máquinas industriais (grupo 33.2); - a instalação de sistemas de refrigeração e de aquecimento não-elétricos (4322-3/01); - a impermeabilização em edifícios e outras obras de engenharia civil (4330-4/01); - a instalação de esquadrias de metal ou madeira (4330-4/02); - a instalação de toldos e persianas (4330-4/99). 43.3 - OBRAS DE ACABAMENTO 43.30-4 OBRAS DE ACABAMENTO 4330-4/01 IMPERMEABILIZAÇÃO EM OBRAS DE ENGENHARIA CIVIL (SERVIÇO) Esta Subclasse compreende: - a impermeabilização em edifícios e outras obras de engenharia civil. Esta Subclasse não compreende: - a aplicação de revestimentos e de resinas em interiores e exteriores (4330-4/05). 4330-4/02 INSTALAÇÃO DE PORTAS, JANELAS, TETOS, DIVISÓRIAS E ARMÁRIOS EMBUTI-DOS DE QUALQUER MATERIAL (SERVIÇO) Esta Subclasse compreende: - a instalação de esquadrias de metal, madeira ou qualquer outro material, quando não realizada pelo fabricante; - a instalação de portas, janelas, alisares de portas e janelas, cozinhas equipadas, escadas, equi-

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pamentos para lojas comerciais e similares, em madeira e outros materiais, quando não realizada pelo fabricante; - a execução de trabalhos em madeira em interiores, quando não realizada pelo fabricante; - a instalação ou montagem de estandes para feiras e eventos diversos quando não integrada à atividade de criação. Esta Subclasse não compreende: - a fabricação de esquadrias e forros de madeira (1622-6/02); - a instalação de esquadrias e forros de madeira, quando realizada pelo fabricante (1622-6/02); - a fabricação de esquadrias metálicas (2512-8/00); - a instalação de esquadrias de metal, quando realizada pelo fabricante (2512-8/00); - a montagem de estandes para feiras e eventos diversos quando integrada à atividade de criação (7319-0/01). 4330-4/03 OBRAS DE ACABAMENTO EM GESSO E ESTUQUE (SERVIÇO) Esta Subclasse compreende: - os serviços de acabamento em gesso e estuque. Esta Subclasse não compreende: - a impermeabilização em edifícios e outras obras de engenharia civil (4330-4/01); - a limpeza especializada de exteriores de edifícios (4399-1/99); - a atividade de decoração de interiores (7410-2/02); - a limpeza geral de interiores de edifícios e outras estruturas (8121-4/00). 4330-4/04 SERVIÇOS DE PINTURA DE EDIFÍCIOS EM GERAL (SERVIÇO) Esta Subclasse compreende: - os serviços de pintura, interior e exterior, em edificações de qualquer tipo; - os serviços de pintura em obras de engenharia civil. Esta Subclasse não compreende: - a sinalização com pintura em rodovias e aeroportos (4211-½); - a sinalização com pintura em vias urbanas, ruas e locais para estacionamento de veículos (4213-8/00); - os serviços de acabamento em gesso e estuque (4330-4/03); - a colocação de papéis de parede (4330-4/05); - a aplicação de revestimentos e de resinas em interiores e exteriores (4330-4/05). 4330-4/05 APLICAÇÃO DE REVESTIMENTOS E DE RESINAS EM INTERIORES E EXTERIO-RES (SERVIÇO) Esta Subclasse compreende: - a colocação de revestimentos de cerâmica, azulejo, mármore, granito, pedras e outros materiais em paredes e pisos, tanto no interior quanto no exterior de edificações; - a colocação de tacos, carpetes e outros materiais de revestimento de pisos; - a calafetagem, raspagem, polimento e aplicação de resinas em pisos; - a colocação de papéis de parede. Esta Subclasse não compreende: - a impermeabilização em obras de engenharia civil (4330-4/01); - os serviços de limpeza de fachada, com jateamento de areia e semelhante (4399-1/99) 4330-4/99 OUTRAS OBRAS DE ACABAMENTO DA CONSTRUÇÃO (SERVIÇO) Esta Subclasse compreende: - os serviços de chapisco, emboço e reboco; - a instalação de toldos e persianas; - a instalação de piscinas pré-fabricadas, quando não realizada pelo fabricante; - a colocação de vidros, cristais e espelhos; - outras atividades de acabamento em edificações, não especificadas anteriormente. Esta Subclasse não compreende: - a impermeabilização em edifícios e outras obras de engenharia civil (4330-4/01); - as obras de alvenaria (4399-1/03); - a limpeza especializada de exteriores de edifícios (4399-1/99); - a atividade de decoração de interiores (7410-2/02); - a limpeza geral de interiores de edifícios e outras estruturas (8121-4/00). 43.9 - OUTROS SERVIÇOS ESPECIALIZADOS PARA CONSTRUÇÃO 43.91-6 OBRAS DE FUNDAÇÕES 4391-6/00 OBRAS DE FUNDAÇÕES Esta Subclasse compreende: - a execução de fundações diversas para edifícios e outras obras de engenharia civil, inclusive a cravação de estacas (OBRA); - a execução de reforço de fundações para edifícios e outras obras de engenharia civil (OBRA); - o aluguel, com operador, de equipamentos para execução de fundações (SERVIÇO).

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Esta Subclasse não compreende: - a perfuração de poços para exploração de petróleo e gás natural, incluídas as investigações geo-físicas, geológicas e sísmicas, quando realizada pela própria empresa (0600-0/01), ou quando realizada por terceiros (0910-6/00); - as sondagens destinadas à construção civil (4312-6/00); - as obras de terraplenagem (4313-4/00); - o rebaixamento de lençóis freáticos e a drenagem do solo destinado à construção (4319-3/00); - a perfuração e abertura de poços de água (4399-1/05); - as atividades de prospecção geológica (7119-7/02). 43.99-1 SERVIÇOS ESPECIALIZADOS PARA CONSTRUÇÃO NÃO ESPECIFICADOS ANTERI-ORMENTE 4399-1/01 ADMINISTRAÇÃO DE OBRAS (SERVIÇO) Esta Subclasse compreende: - as atividades de gerenciamento e execução de obras através de contrato de construção por ad-ministração; - as atividades de direção e a responsabilidade técnica da obra. Esta Subclasse não compreende: - a execução de obras por empreitada ou subempreitada (divisões 41 ou 42); - a incorporação de empreendimentos imobiliários (4110-7/00); - os serviços especializados de engenharia (concepção de projetos estruturais e de instalações, supervisão, fiscalização e gerenciamento de projetos de construção) (7112-0/00). 4399-1/02 MONTAGEM E DESMONTAGEM DE ANDAIMES E OUTRAS ESTRUTURAS TEM-PORÁRIAS (SERVIÇO) Esta Subclasse compreende: - a montagem e desmontagem de plataformas de trabalho e andaimes, exceto o aluguel de an-daimes e plataformas de trabalho - a montagem e desmontagem de fôrmas para concreto e esco-ramentos; - a montagem e desmontagem de estruturas temporárias. Esta Subclasse não compreende: - a montagem e instalação de máquinas e equipamentos industriais (divisão 33); - o aluguel de andaimes e plataformas de trabalho sem montagem e desmontagem (7732-2/02); - a montagem e desmontagem de estruturas metálicas permanentes por conta de terceiros (4292-8/01). 4399-1/03 OBRAS DE ALVENARIA (OBRA) Esta Subclasse compreende: - as obras de alvenaria. Esta Subclasse não compreende: - os serviços de chapisco, emboço e reboco (4330-4/99). 4399-1/04 SERVIÇOS DE OPERAÇÃO E FORNECIMENTO DE EQUIPAMENTOS PARA TRANSPORTE E ELEVAÇÃO DE CARGAS E PESSOAS PARA USO EM OBRAS (SERVIÇO) Esta Subclasse compreende: - o aluguel com operador ou os serviços de operação e fornecimento de equipamentos para trans-porte e elevação de cargas e pessoas para uso em obras, tais como; - elevadores de obras; - empilhadeiras; - guindastes e gruas. Esta Subclasse não compreende: - a execução de obras por empreitada ou subempreitada (divisões 41 ou 42); - o aluguel de máquinas e equipamentos para construção sem operador (7732-2/01); - o aluguel de andaimes e plataformas de trabalho sem montagem e desmontagem (7732-2/02). 4399-1/05 PERFURAÇÃO E CONSTRUÇÃO DE POÇOS DE ÁGUA (OBRA) Esta Subclasse compreende: - a perfuração e construção de poços de água. 4399-1/99 SERVIÇOS ESPECIALIZADOS PARA CONSTRUÇÃO NÃO ESPECIFICADOS ANTE-RIORMENTE Esta Subclasse compreende: - a construção de fornos industriais (OBRA); - a construção de partes de edifícios, tais como: telhados, coberturas, chaminés, lareiras, churras-queiras, etc. (OBRA); - os serviços de limpeza de fachadas, com jateamento de areia, vapor e semelhantes (SERVIÇO). Esta Subclasse não compreende: - a execução de obras por empreitada ou subempreitada (divisões 41 ou 42); - as obras de montagem industrial (4292-8/02); - a impermeabilização em edifícios e outras obras de engenharia civil (4330-4/01);

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- o aluguel de máquinas e equipamentos para construção sem operador (7732-2/01); - o aluguel de andaimes e plataformas de trabalho sem montagem e desmontagem (7732-2/02). 1.18 Inaplicabilidade da Retenção Previdenciária Não se aplica o instituto da retenção: I - à contratação de serviços prestados por trabalhadores avulsos por intermédio de sindicato da categoria ou de órgão gestor de mão-de-obra (OGMO); II - à empreitada total, quando a empresa construtora assume a responsabilidade direta e total por obra de construção civil ou repasse o contrato integralmente a outra construtora, aplicando-se, neste caso, o instituto da solidariedade. III - à contratação de entidade beneficente de assistência social isenta de contribuições sociais; IV - ao contribuinte individual equiparado à empresa, à pessoa física, à missão diplomática e à repartição consular de carreira estrangeira; V - à contratação de serviços de transporte de cargas, a partir de 10 de junho de 2003, data da publicação no Diário Oficial da União do Decreto nº 4.729, de 9 de junho de 2003. VI - à empreitada realizada nas dependências da contratada. Havendo decisão judicial que vede a aplicação da retenção, observar-se-á o seguinte: I - na hipótese de a decisão judicial se referir a empresa contratada mediante cessão de mão-de-obra ou empreitada, não sujeita à aplicação do instituto da responsabilidade solidária, as contribui-ções previdenciárias incidentes sobre a remuneração da mão-deobra utilizada na prestação de serviços serão exigidas da contratada; II - se a decisão judicial se referir a empresa contratada mediante empreitada total na construção civil, sendo a ação impetrada contra o uso, pela contratante, da faculdade de elisão da responsabi-lidade solidária através da retenção de 11% sobre o valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do re-cibo de prestação de serviços contra ela emitida, hipótese em que é configurada a previsão legal do instituto da responsabilidade solidária prevista no inciso VI do art. 30 da Lei nº 8.212, de 1991, a contratante deverá observar o disposto nos arts. 197 e 199 da IN/INSS nº 100/2003, no que couber, para fins de elisão da sua responsabilidade. III - cópia da GFIP específica para o tomador, conforme disposições constantes no Manual da GFIP. Na situação acima, quando a contratada pertencer à circunscrição de outra Gerência-Executiva, deverá ser emitido subsídio fiscal para a Gerência-Executiva circunscricionante do estabelecimen-to centralizador da empresa contratada, ainda que a decisão judicial não determine que se aplique o instituto da responsabilidade solidária.

2. RETENÇÃO DE 11% SOBRE A REMUNERAÇÃO DO CONTRIBUI NTE INDIVIDUAL - Contribuinte Individual: definição Segurado obrigatório da Previdência que recebe remuneração por atividade prestada tanto para pessoa física quanto à jurídica. São os antigos autônomos e sócios de empresa. - Extinção da Escala de Salário-base O art. 9º da Lei 10.666/2003, tornou extinta a partir de abril de 2003 a escala transitória de salário-base, utilizada para fins de enquadramento e fixação do salário-de-contribuição dos contribuintes individual e facultativo filiados ao Regime Geral de Previdência Social, estabelecida pela Lei nº 9.876, de 26 de novembro de 1999.

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- Retenção de 11% sobre os valores pagos ao contribuinte individual A contar de 1º de abril de 2003, por força da Medida Provisória nº 83 , arts. 4º e 5º, de 12.12.2002 (DOU de 13.12.2002), convertida na Lei nº 10.666 , de 08.05.2003 (DOU de 09.05.2003), e regu-lamentada pela Instrução Normativa nº 89 , de 11.06.2003 - DOU de 13.06.2003, ficará a empre-sa obrigada a arrecadar a contribuição do segurado contribuinte individual (autônomos e empresá-rios) a seu serviço, descontando-a da respectiva remuneração, e a recolher o valor arrecadado juntamente com a contribuição a seu cargo, até o dia vinte (20) do mês seguinte ao da competên-cia. - Remuneração mensal total inferior ao limite mínimo do salário de contribuição Quando o total da remuneração mensal, recebida pelo contribuinte individual por serviços presta-dos a uma ou mais empresas, for inferior ao limite mínimo do salário-de-contribuição (inferior ao salário mínimo vigente), o segurado deverá recolher diretamente a complementação da contribui-ção incidente sobre a diferença entre o limite mínimo do salário-de-contribuição e a remuneração total recebida, aplicando sobre a parcela complementar a alíquota de 20%. - Contribuição retida quando a tomadora for entidade filantrópica e empresa optante pelo Simples A contribuição a ser descontada do contribuinte individual contratado por entidade beneficente de assistência social isenta das contribuições sociais patronais corresponde a 20% da remuneração a ele paga ou creditada, observado o limite máximo do salário-de-contribuição. A retenção previdenciária do contribuinte individual deverá ser observada também pelas empresas optantes pelo SIMPLES, que será de 11%. - Base de cálculo quando transportador autônomo Para o condutor autônomo de veículo rodoviário e para o auxiliar de condutor, em automóvel cedi-do em regime de colaboração, o salário-de-contribuição a ser considerado para apuração da con-tribuição previdenciária corresponde, a partir de 09.07.2001 (Portaria nº 1.135 , de 05.04.2001), a 20% do rendimento bruto auferido pelo frete, carreto ou transporte de passageiros. - Prestação de serviço concomitante e prestação de serviço a pessoa física a) O segurado contribuinte individual que prestar serviço à empresa e, concomitantemente, exer-cer atividade como segurado empregado, empregado doméstico ou trabalhador avulso deverá, quando o total das remunerações atingir o limite máximo do salário-de-contribuição, apresentar para as empresas em que prestar serviços como segurado contribuinte individual, o comprovante de pagamento como segurado empregado, empregado doméstico ou trabalhador avulso, referente à competência anterior à da prestação de serviços ou declaração da empresa onde é empregado de que já é descontado sobre o limite máximo. b) O contribuinte individual que, no mesmo mês, prestar serviços a empresas e, concomitantemen-te, a pessoas físicas ou exercer atividade por conta própria deverá, para fins de observância do limite máximo de salário-de-contribuição, recolher a contribuição incidente sobre a remuneração recebida de pessoas físicas ou pelo exercício de atividade por conta própria somente se a remu-neração recebida ou creditada das empresas não atingir o referido limite. - Dispensa da Retenção O contribuinte individual equiparado a empresa, o produtor rural pessoa física, a missão diplomáti-ca e a repartição consular de carreira estrangeira, não se encontram obrigados a proceder a re-tenção previdenciária dos contribuintes individuais que lhes prestarem serviços. - Contribuinte individual aposentado, síndico e ministro de confissão religiosa Aposentado o aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social que voltar a exercer atividade abrangida

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por este regime é segurado obrigatório em relação a essa atividade, ficando sujeito às contribui-ções previdenciárias (§ 1º, art. 9º do Decreto 3.048/99). Síndico A taxa de condomínio isenta para o síndico é tratada como remuneração para os fins previdenciá-rios. Assim, a contribuição previdenciária a cargo do Condomínio, bem como a retenção de 11%, deverão incidir sobre o valor da taxa isenta. Caberá ao próprio síndico reembolsar ao condomínio o valor correspondente ao desconto. Ministro De acordo com o parágrafo 16 do art. 214 do Decreto nº 3.048/1999, não se considera remunera-ção direta ou indireta os valores despendidos pelas entidades religiosas e instituições de ensino vocacional com ministro de confissão religiosa, membros de instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa em face do seu mister religioso ou para sua subsistência, des-de que fornecidos em condições que independam da natureza e da quantidade do trabalho execu-tado. Comprovante de Pagamento A empresa que remunerar contribuinte individual deverá fornecer a este um comprovante de pa-gamento pelo serviço prestado consignando, além dos valores da remuneração e do desconto feito a título de contribuição previdenciária, a sua identificação completa, inclusive com o número no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) e o número de inscrição do contribuinte individual no Instituto Nacional do Seguro Social - INSS. Forma de Recolhimento A contribuição retida do contribuinte individual deverá ser recolhida juntamente com as demais contribuições da empresa, na mesma GPS.

PARTE III

CÓDIGOS DE RECOLHIMENTO E TABELAS DE CONTRIBUIÇÃO

1. CÓDIGOS DE RECOLHIMENTO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO CODAC Nº 98, DE 15 DE DE ZEMBRO DE 2009 - DOU 16.12.2009

Dispõe sobre a divulgação de códigos de receita para recolhimento das contribuições sociais destinadas à Previdência Social e das destinadas às outras entidades ou fundos, recolhidas por meio de Guia da Previ-dência Social.

O COORDENADOR-GERAL DE ARRECADAÇÃO E COBRANÇA, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do art. 290 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Por-taria MF Nº 125, de 4 de março de 2009, e tendo em vista o disposto na Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, na Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, na Lei nº 8.870, de 15 de abril de 1994, na Lei nº 10.666, de 8 de maio de 2003, na Lei nº 11.457, de 16 de março de 2007, e no Decreto nº 3.048, de 6 de maio de

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1999, declara:

Art. 1º As contribuições sociais administradas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) destina-das à Previdência Social e as destinadas às outras entidades ou fundos deverão ser recolhidas por meio de Guia da Previdência Social (GPS), utilizando os códigos de receita constantes do Anexo Único a este Ato Declaratório Executivo.

Art. 2º Este Ato Declaratório Executivo entra em vigor na data de sua publicação.

MARCELO DE ALBUQUERQUE LINS

ANEXO ÚNICO

Item Código de

Receita (GPS)

Especificação da Receita

1 1007 Contribuinte Individual - Recolhimento Mensal NIT/PIS/PASEP 2 1058 Contribuinte Individual - Recolhimento Mensal NIT/PIS/PASEP - DAS/MEI(DARF) 3 1104 Contribuinte Individual - Recolhimento Trimestral - NIT/PIS/PASEP

4 1120 Contribuinte Individual - Recolhimento Mensal - Com dedução de 45% (Lei nº 9.876/99) - NIT/PIS/PASEP

5 1147 Contribuinte Individual - Recolhimento Trimestral - Com dedução de 45% (Lei nº 9.876/99) - NIT/PIS/PASEP

6 1163 Contribuinte Individual (autônomo que não presta serviço à empresa) - Opção: Apo-sentadoria apenas por idade (art. 80 da LC 123 de 14/12/2006) - Recolhimento Men-sal - NIT/PIS/PASEP

7 1180 Contribuinte Individual (autônomo que não presta serviço à empresa) - Opção: Apo-sentadoria apenas por idade (art. 80 da LC 123 de 14/12/2006) - Recolhimento Tri-mestral - NIT/PIS/PASEP

8 1198 CI Optante LC 123 Trimestral Compl

9 1201 GRC Trabalhador Pessoa Física (Contribuinte Individual, Facultativo, Empregado Doméstico, Segurado Especial) - DEBCAD (Preenchimento exclusivo pela Previdên-cia Social)

10 1228 CI Trimestral Rural 11 1236 CI Optante LC 123 Mensal Rural 12 1244 CI Optante LC 123 Mensal Rural Complementacão 13 1252 CI Optante LC 123 Trimestral Rural 14 1260 CI Optante LC 123 Trimestral Rural Complementacão 15 1287 CI Mensal - Rural 16 1295 CI Optante LC 123 Mensal Compl 17 1406 Facultativo Mensal - NIT/PIS/PASEP 18 1457 Facultativo Trimestral - NIT/PIS/PASEP

19 1473 Facultativo - Opção: Aposentadoria apenas por idade (art. 80 da LC 123 de 14/12/2006) - Recolhimento Mensal - NIT/PIS/PASEP

20 1490 Facultativo - Opção: Aposentadoria apenas por idade (art. 80 da LC 123 de 14/12/2006) - Recolhimento Trimestral - NIT/PIS/PASEP

21 1503 Segurado Especial Mensal - NIT/PIS/PASEP 22 1554 Segurado Especial Trimestral - NIT/PIS/PASEP 23 1600 Empregado Doméstico Mensal - NIT/PIS/PASEP 24 1619 Empr. Domest. Patronal 12% Mensal Afast/Sal. Maternidade

25 1651 Empregado Doméstico Trimestral - NIT/PIS/PASEP - (que recebe até um salário mínimo)

26 1678 Empr. Domest. Patronal 12% Trimestral Afast/Sal. Maternidade 27 1686 Facultativo - Optante Lc 123/2006. Recolhimento Mensal - Compl. 28 1694 Facultativo - Optante Lc 123/2006. Recolhimento Trimestral - Compl. 29 1708 Reclamatória Trabalhista - NIT/PIS/PASEP

30 1759 Acréscimos Legais de Contribuinte Individual, Doméstico, Facultativo e Segurado Especial - Lei nº 8212/91. NIT/PIS/PASEP

31 1805 CI com Direito a Dedução Mensal - Rural 32 1813 CI com Direito a Dedução Trimestral - Rural 33 1821 Facultativo/Exercente de Mandato Eletivo/Recolhimento Complementar 34 2003 Simples - CNPJ

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35 2011 Empresas Optantes pelo Simples - CNPJ - Recolhimento sobre Aquisição de Produto Rural de Produtor Rural Pessoa Física

36 2020 Empresas Optantes pelo Simples - CNPJ - Recolhimento sobre Contratação de Transportador Rodoviário Autônomo

37 2100 Empresas em Geral - CNPJ

38 2119 Empresas em Geral - CNPJ - Pagamento exclusivo para Outras Entidades (SESC, SESI, SENAI, etc.)

39 2127 Cooperativa de trabalho - CNPJ - Contribuição descontada do cooperado - Lei nº 10.666/2003

40 2143 Empresas em Geral - CNPJ - Pagamento Exclusivo de empresas conveniadas com o FNDE - Competências anteriores a 01/2007 (Dec. 6.003/2006)

41 2208 Empresas em Geral - CEI

42 2216 Empresas em Geral - CEI - Pagamento exclusivo para Outras Entidades (SESC, SESI, SENAI, etc.)

43 2240 Empresas em Geral - CEI - Pagamento Exclusivo de empresas conveniadas com o FNDE para competências anteriores a 01/2007 (Dec. 6.003/2006)

44 2305 Filantrópicas com Isenção - CNPJ 45 2321 Filantrópicas com Isenção - CEI 46 2402 Órgãos do Poder Público - CNPJ 47 2429 Órgãos do Poder Público - CEI

48 2437 Órgãos do Poder Público - CNPJ - Recolhimento sobre Aquisição de Produto Rural do Produtor Rural Pessoa Física

49 2445 Órgão do Poder Público - CNPJ - Recolhimento sobre Contratação de Transportador Rodoviário Autônomo

50 2500

Associação Desportiva que Mantém Equipe de Futebol Profissional - Receita Bruta a Título de Patrocínio, Licenciamento de Uso de Marcas e Símbolos, Publicidade, Pro-paganda e Transmissão de Espetáculo - CNPJ - Retenção e recolhimento efetuado por empresa patrocinadora em seu próprio nome

51 2550 Associação Desportiva que Mantém Equipe de Futebol Profissional - Receita Bruta de Espetáculos Desportivos - CNPJ - Retenção e recolhimento efetuado por entidade promotora do espetáculo (Federação ou Confederação), em seu próprio nome

52 2607 Comercialização da Produção Rural - CNPJ

53 2615 Comercialização da Produção Rural - CNPJ- Pagamento exclusivo para Outras Enti-dades (SENAR)

54 2631 Contribuição Retida sobre a NF/Fatura da Empresa Prestadora de Serviço - CNPJ

55 2640 Contribuição Retida sobre NF/Fatura da Prestadora de Serviço - CNPJ - Uso Exclusi-vo do Órgão do Poder Público - Administração Direta, Autarquia e Fundação Federal, Estadual, do Distrito Federal ou Municipal (contratante do serviço).

56 2658 Contribuição Retida sobre a NF/Fatura da Empresa Prestadora de Serviço - CEI

57 2682 Contribuição Retida sobre NF/Fatura da Prestadora de Serviço - CEI (Uso Exclusivo do Órgão do Poder Público - Administração Direta, Autarquia e Fundação Federal, Estadual, do Distrito Federal ou Municipal (contratante do serviço).

58 2704 Comercialização da Produção Rural - CEI

59 2712 Comercialização da Produção Rural - CEI - Pagamento exclusivo para Outras Entida-des (SENAR)

60 2801 Reclamatória Trabalhista - CEI

61 2810 Reclamatória Trabalhista - CEI - Pagamento exclusivo para Outras Entidades (SESC, SESI, SENAI, etc).

62 2852 Acordo Perante Comissão de Conciliação Prévia, Dissídio ou Acordo Coletivo e Con-venção Coletiva - CEI

63 2879 Acordo Perante Comissão de Conciliação Prévia, Dissídio ou Acordo Coletivo e Con-venção Coletiva - CEI - Pagamento exclusivo para Outras Entidades (SESC, SESI, SENAI, etc).

64 2909 Reclamatória Trabalhista - CNPJ

65 2917 Reclamatória Trabalhista - CNPJ Pagamento exclusivo para Outras Entidades (SESC, SESI, SENAI, etc.)

66 2950 Acordo Perante Comissão de Conciliação Prévia, Dissídio ou Acordo Coletivo e Con-venção Coletiva - CNPJ

67 2976 Acordo Perante Comissão de Conciliação Prévia, Dissídio ou Acordo Coletivo e Con-venção Coletiva - CNPJ - Pagamento exclusivo para Outras Entidades (SESC, SESI, SENAI, etc.)

68 3000 ACAL - CNPJ 69 3107 ACAL - CEI

70 3204 GRC Contribuição de Empresa Normal - DEBCAD (Preenchimento exclusivo pelo órgão emissor)

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Atualização em Previdência Social – Contribuições e Retenções e Desoneração da Folha de Pagamentos 59

71 4006 Pagamento de Débito - DEBCAD (Preenchimento exclusivo pelo órgão emissor) 72 4103 Pagamento de Débito - CNPJ (Preenchimento exclusivo pelo órgão emissor)

73 4200 Pagamento de Débito Administrativo - Número do Título de Cobrança (Preenchimento exclusivo pelo órgão emissor)

74 4308 Pagamento de Parcelamento Administrativo - Número do Título de Cobrança (Preen-chimento exclusivo pelo órgão emissor)

75 4316 Pagamento de Parcelamento de Clube de Futebol - CNPJ - (5% da Receita Bruta destinada ao Clube de Futebol) - Art. 2º da Lei nº 8.641/1993

76 4324 Parcelamento Super Simpes - Lei Complementar nº 123/07. Título de Cobrança 77 4332 Parcelamento Timemania 78 4340 Parcelamento IES

79 4359 Parcelamento Super Simples - Lei Complementar nº 123/07. Título de Cobrança (PLC 128)

80 4715 Depósito Recursal FNDE ADM 81 4731 Depósito Recursal FNDE ADM

82 4995 Depósito Recursal Extrajudicial - Número do Título de Cobrança - Pagamento exclu-sivo na Caixa Econômica (CBC=104)

83 5037 Recuperação de Despesas de Exercícios Anteriores - CNPJ - Uso exclusivo no SIAF

84 5045 Repasse da Secretaria do Tesouro Nacional - STN - das Contribuições Previdenciá-rias Relativas ao SIMPLES - CNPJ - Uso exclusivo no SIAFI

85 5053 Custas Judiciais - Sucumbência - CNPJ - Uso exclusivo no SIAFI

86 5061 Repasse da Secretaria do Tesouro Nacional - STN - das Receitas Provenientes da CPMF Relativas aos Recolhimentos de Contribuições Previdenciárias - CNPJ - Uso exclusivo no SIAFI

87 5070 Repasse da Secretaria do Tesouro Nacional - STN - das Contribuições Previdenciá-rias Relativas ao SIMPLES/PAES - CNPJ - Uso exclusivo no SIAFI

88 5088 Contribuição da Rede Hospitalar Repassada pelo Fundo Nacional de Saúde - CNPJ -Uso exclusivo no SIAFI

89 5096 Multas Contratuais - CNPJ - Uso exclusivo no SIAFI ou via STN0018, por determina-ção expressa do INSS

90 5100 REFIS - Repasse de Contribuições Previdenciárias Efetuado pela STN de Parcela sobre Faturamento - CNPJ - Uso exclusivo no SIAFI

91 5118 REFIS - Repasse de Contribuições Previdenciárias Efetuado pela STN de Parcela Fixa - CNPJ - Uso exclusivo no SIAFI

92 5126 FIES - Repasse de Contribuições Previdenciárias Efetuadas pela STN Referente à Conversão de Títulos - CNPJ - Uso exclusivo no SIAFI

93 5134 CDP - Repasse de Contribuições Previdenciárias Efetuado pela STN Referente à Conversão de Títulos - CNPJ - Uso exclusivo no SIAFI

94 6009 Pagamento de Dívida Ativa Débito - Referência (Preenchimento exclusivo pelo órgão emissor)

95 6106 Pagamento de Dívida Ativa Parcelamento - Referência (Preenchimento exclusivo pelo órgão emissor)

96 6203 Pagamento de Dívida Ativa Ação Judicial - Referência (Preenchimento exclusivo pelo órgão emissor)

97 6300 Pagamento de Dívida Ativa Cobrança Amigável - Referência (Preenchimento exclusi-vo pelo órgão emissor)

98 6408 Conversão em receita de depósito judicial - casos anteriores à Lei nº 9.703/98. CNPJ 99 6432 Conversão em Receita de Depósito Judicial - Casos Anteriores à Lei nº 9.703/98. CEI

100 6440 Conversão em Receita de Depósito Judicial - Casos Anteriores à Lei nº 9.703/98. DEBCAD

101 6459 Conversão em Receita de Depósito Judicial - Casos Anteriores à Lei nº 9.703/98. NB

102 6467 Conversão em Receita de Depósito Judicial - Casos Anteriores à Lei nº 9.703/98. NIT/PIS/PASEP

103 6475 Depósito Recursal FNDE PRO 104 6483 Depósito Recursal FNDE PRO

105 6505 COMPREV - Pagamento de Dívida Ativa - Parcelamento de Regime Próprio de Previ-dência Social RPPS - Órgão do Poder Público - Referência

106 6513 COMPREV - Pagamento de Dívida Ativa - Não Parcelada de Regime Próprio de Pre-vidência Social RPPS - Órgão do Poder Público - Referência

107 6602 Levantamento Recebimento de Sucumbência/Honorário Advocatício - Divida Ativa -CNPJ

108 6610 Levantamento Recebimento de Sucumbência/Honorário Advocatício - Divida Ativa -CPF

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Atualização em Previdência Social – Contribuições e Retenções e Desoneração da Folha de Pagamentos 60

109 6629 Levantamento Recebimento de Sucumbência/Honorário Advocatício - Divida Ativa -CEI

11 0 6670 Reembolso de 1% do FNDE - Dívida Ativa - CNPJ 111 6700 Devolução/Restituição ao INSS de Valores Pagos por Precatórios e RPV - CNPJ 11 2 6718 Devolução/Restituição ao INSS de Valores Pagos por Precatórios e RPV - CPF 11 3 6742 Valores Devidos por Prefeituras ao INSS Referente a Precatórios e RPV - CNPJ 11 4 6750 Valores Devidos por Prefeituras ao INSS Referente a Precatórios e RPV - CPF

11 5 7307 COMPREV - Recolhimento Efetuado por RPPS - Órgão do Poder Público -CNPJ

11 6 7315 COMPREV - Recolhimento Efetuado por RPPS - Órgão do Poder Público -Estoque - CNPJ

11 7 8001 Financiamento Imobiliário - Referência (Preenchimento exclusivo pelo órgão emissor)

11 8 8109 Aluguéis - Referência (Preenchimento exclusivo pelo órgão emissor)

11 9 8133 Condomínio a Título de Reembolso - Referência (Preenchimento exclusivo pelo órgão emissor)

120 8141 Parcelamento de Financiamento Imobiliário - Referência (Preenchimento exclusivo pelo órgão emissor)

121 8150 Parcelamento de Aluguéis - Referência (Preenchimento exclusivo pelo órgão emissor) 122 8168 Taxa de Ocupação - Referência (Preenchimento exclusivo pelo órgão emissor)

123 8176 Impostos e Taxas a Título de Reembolso - Referência (Preenchimento exclusivo pelo órgão emissor)

124 8206 Alienação de Bens Imóveis - Referência (Preenchimento exclusivo pelo órgão emis-sor)

125 8214 Alienação de Bens Imóveis - CNPJ 126 8222 Alienação de Bens Imóveis - CPF

127 8257 Alienação de Bens Móveis - Referência (Preenchimento exclusivo pelo órgão emis-sor)

128 8303 Aluguéis de Bens de Uso Especial - CNPJ 129 8311 Aluguéis de Bens de Uso Especial - CPF 130 8346 Aluguéis de Bens Dominicais - CNPJ 131 8354 Aluguéis de Bens Dominicais - CPF 132 8362 Taxa de Ocupação de Bens Dominicais - CNPJ 133 8370 Taxa de Ocupação de Bens Dominicais - CPF 134 8400 Parcelamento de Aluguéis de Bens de Uso Especial - CNPJ 135 8419 Parcelamento de Aluguéis de Bens de Uso Especial - CPF 136 8443 Parcelamento de Aluguéis de Bens Dominicais - CNPJ 137 8451 Parcelamento de Aluguéis de Bens Dominicais - CPF 138 8605 Dividendos - Patrimônio - CNPJ 139 8907 Recuperação de Despesas de Exercícios Anteriores - CNPJ 140 8915 Recuperação de Despesas de Exercícios Anteriores - CPF 141 8940 Multas Contratuais - CNPJ 142 8958 Multas Contratuais - CPF 143 9008 Benefício - NB (Preenchimento exclusivo pelo órgão emissor)

144 9016 Devolução de Pagamento de Benefício Referente a Depósito Judicial Efetuado pelo INSS - NB (Preenchimento exclusivo pelo órgão emissor)

145 9105 Devolução de Benefícios não Pagos - CONVÊNIOS - CNPJ 146 9113 Devolução de Benefícios não Pagos - CONVÊNIOS - NB 147 9202 Devolução de Benefícios não Pagos - ACORDOS INTERNACIONAIS - CNPJ 148 9210 Devolução de Benefícios não Pagos - ACORDOS INTERNACIONAIS - NB 149 9601 Recebimento de Valores Referentes a Penas Alternativas FRGPS - CNPJ 150 9610 Recebimento de Valores Referentes a Penas Alternativas FRGPS - CPF

2. VALORES E TABELAS DE RECOLHIMENTO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

PORTARIA INTERMINISTERIAL MPS/MF Nº 15, DE 10 DE JA NEIRO DE 2013 DOU DE 11/01/2013

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Dispõe sobre o reajuste dos benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e dos de-mais valores constantes do Regulamento da Previdência Social (RPS). OS MINISTROS DE ESTADO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL E DA F AZENDA, INTERINO, no uso da atribu-ição que lhes confere o inciso II do parágrafo único do art. 87 da Constituição, e tendo em vista o disposto na Emenda Constitucional nº 20, de 15 de dezembro de 1998; na Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003; na Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991; no art. 41- A da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991; na Lei nº 12.382, de 25 de fevereiro de 2011; no Decreto nº 7.872, de 26 de dezembro de 2012; e no Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999, Resol-vem: Art. 1º Os benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) serão reajustados, a partir de 1º de janeiro de 2013, em 6, 20% (seis inteiros e vinte décimos por cento). § 1º Os benefícios a que se refere o caput com data de início a partir de 1º de fevereiro de 2012 serão reajustados de acordo com os percentuais indicados no Anexo I desta Portaria. § 2º Para os benefícios majorados por força da elevação do salário-mínimo para R$ 678,00 (seiscentos e setenta e oito reais), o referido aumento deverá ser descontado quando da aplicação do reajuste de que tratam o caput e o § 1º. § 3º Aplica-se o disposto neste artigo às pensões especiais pagas às vítimas da síndrome da talidomida e aos portadores de hanseníase de que trata a Lei nº 11.520, de 18 de setembro de 2007. Art. 2º A partir de 1º de janeiro de 2013, o salário-de- benefício e o salário-de-contribuição não poderão ser inferiores a R$ 678,00 (seiscentos e setenta e oito reais), nem superiores a R$ 4.159,00 (quatro mil cento e cinquenta e nove reais). Art. 3º A partir de 1º de janeiro de 2013: I - não terão valores inferiores a R$ 678,00 (seiscentos e setenta e oito reais), os benefícios: a) de prestação continuada pagos pelo INSS correspondentes a aposentadorias, auxílio-doença, auxílio-reclusão (valor global) e pensão por morte (valor global); b) de aposentadorias dos aeronautas, concedidas com base na Lei nº 3.501, de 21 de dezembro de 1958; e c) de pensão especial paga às vítimas da síndrome da talidomida; II - os valores dos benefícios concedidos ao pescador, ao mestre de rede e ao patrão de pesca com as vantagens da Lei nº 1.756, de 5 de dezembro de 1952, deverão corresponder, respectivamente, a 1 (uma), 2 (duas) e 3 (três) vezes o valor de R$ 678,00 (seiscentos e setenta e oito reais), acrescidos de 20% (vinte por cento); III - o benefício devido aos seringueiros e seus dependentes, concedido com base na Lei nº 7.986, de 28 de dezembro de 1989, terá valor igual a R$ 1.356,00 (um mil, trezentos e cinquenta e seis reais); IV - é de 678,00 (seiscentos e setenta e oito reais), o valor dos seguintes benefícios assistenciais pagos pela Previdência Social: a) pensão especial paga aos dependentes das vítimas de hemodiálise da cidade de Caruaru no Estado de Pernambuco; b) amparo social ao idoso e à pessoa portadora de deficiência; e c) renda mensal vitalícia. Art. 4º O valor da cota do salário-família por filho ou equiparado de qualquer condição, até 14 (quatorze) anos de idade, ou inválido de qualquer idade, a partir de 1º de janeiro de 2013, é de: I - R$ 33,16 (trinta e três reais e dezesseis centavos) para o segurado com remuneração mensal não su-perior a R$ 646,55 (seiscentos e quarenta e seis reais e cinquenta e cinco centavos); II - R$ 23,36 (vinte e três reais e trinta e seis centavos) para o segurado com remuneração mensal superi-or a R$ 646,55 (seiscentos e quarenta e seis reais e cinquenta e cinco centavos) e igual ou inferior a R$ 971,78 (novecentos e setenta e um reais e setenta e oito centavos).

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§ 1º Para fins do disposto neste artigo, considera-se remuneração mensal do segurado o valor total do respectivo salário-de-contribuição, ainda que resultante da soma dos salários-de-contribuição correspon-dentes a atividades simultâneas. § 2º O direito à cota do salário-família é definido em razão da remuneração que seria devida ao emprega-do no mês, independentemente do número de dias efetivamente trabalhados. § 3º Todas as importâncias que integram o salário-de-contribuição serão consideradas como parte inte-grante da remuneração do mês, exceto o décimo terceiro salário e o adicional de férias previsto no inciso XVII do art. 7º da Constituição, para efeito de definição do direito à cota do salário-família. § 4º A cota do salário-família é devida proporcionalmente aos dias trabalhados nos meses de admissão e demissão do empregado. Art. 5º O auxílio-reclusão, a partir de 1º de janeiro de 2013, será devido aos dependentes do segurado cujo salário-de-contribuição seja igual ou inferior a R$ 971,78 (novecentos e setenta e um reais e setenta e oito centavos), independentemente da quantidade de contratos e de atividades exercidas. § 1º Se o segurado, embora mantendo essa qualidade, não estiver em atividade no mês da reclusão, ou nos meses anteriores, será considerado como remuneração o seu último salário-de-contribuição. § 2º Para fins do disposto no § 1º, o limite máximo do valor da remuneração para verificação do direito ao benefício será o vigente no mês a que corresponder o salário-de-contribuição considerado. Art. 6º A partir de 1º de janeiro de 2013, será incorporada à renda mensal dos benefícios de prestação continuada pagos pelo INSS, com data de início no período de 1º janeiro de 2012 a 31 de dezembro de 2012, a diferença percentual entre a média dos salários-de-contribuição considerados no cálculo do salá-rio-de-benefício e o limite máximo em vigor no período, exclusivamente nos casos em que a referida dife-rença resultar positiva, observado o disposto no § 1º do art. 1º e o limite de R$ 4.159,00 (quatro mil cento e cinquenta e nove reais). Art. 7º A contribuição dos segurados empregado, inclusive o doméstico e do trabalhador avulso, relativa-mente aos fatos geradores que ocorrerem a partir da competência janeiro de 2013, será calculada median-te a aplicação da correspondente alíquota, de forma não cumulativa, sobre o salário-de-contribuição men-sal, de acordo com a tabela constante do Anexo II desta Portaria. Art. 8º A partir de 1º de janeiro de 2013: I - o valor a ser multiplicado pelo número total de pontos indicadores da natureza do grau de dependência resultante da deformidade física, para fins de definição da renda mensal inicial da pensão especial devida às vítimas da síndrome da talidomida, é de R$ 320,71 (trezentos e vinte reais e setenta e um centavos); II - o valor da diária paga ao segurado ou dependente pelo deslocamento, por determinação do INSS, para submeter-se a exame médico-pericial ou processo de reabilitação profissional, em localidade diversa da de sua residência, é de R$ 69,51 (sessenta e nove reais e cinquenta e um centavos); III - o valor da multa pelo descumprimento das obrigações, indicadas no: a) caput do art. 287 do Regulamento da Previdência Social (RPS), varia de R$ 225,94 (duzentos e vinte e cinco reais e noventa e quatro centavos) a R$ 22.595,20 (vinte e dois mil quinhentos e noventa e cinco reais e vinte centavos); b) inciso I do parágrafo único do art. 287 do RPS, é de R$ 50.211,53 (cinquenta mil duzentos e onze reais e cinquenta e três centavos); e c) inciso II do parágrafo único do art. 287 do RPS, é de R$ 251.057,64 (duzentos e cinquenta e um mil cinquenta e sete reais e sessenta e quatro centavos); IV - o valor da multa pela infração a qualquer dispositivo do RPS, para a qual não haja penalidade expres-samente cominada no art. 283 do RPS, varia, conforme a gravidade da infração, de R$ 1.717,38 (um mil setecentos e dezessete reais e trinta e oito centavos) a R$ 171.736,10 (cento e setenta e um mil setecen-tos e trinta e seis reais e dez centavos);

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Atualização em Previdência Social – Contribuições e Retenções e Desoneração da Folha de Pagamentos 63

V - o valor da multa indicada no inciso II do art. 283 do RPS é de R$ 17.173,58 (dezessete mil cento e setenta e três reais e cinquenta e oito centavos); VI - é exigida Certidão Negativa de Débito (CND) da empresa na alienação ou oneração, a qualquer título, de bem móvel incorporado ao seu ativo permanente de valor superior a R$ 42.933,60 (quarenta e dois mil novecentos e trinta e três reais e sessenta centavos); e VII - o valor de que trata o § 3º do art. 337-A do Código Penal, aprovado pelo Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940, é de R$ 3.671,73 (três mil seiscentos e setenta e um reais e setenta e três centa-vos). Parágrafo único. O valor das demandas judiciais de que trata o art. 128 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, é limitado em R$ 40.680,00 (quarenta mil, seiscentos e oitenta reais), a partir de 1º de janeiro de 2013. Art. 9º A partir de 1º de janeiro de 2013, o pagamento mensal de benefícios de valor superior a R$ 83.180,00 (oitenta e três mil cento e oitenta reais) deverá ser autorizado expressamente pelo Gerente-Executivo do INSS, observada a análise da Divisão ou Serviço de Benefícios. Parágrafo único. Os benefícios de valor inferior ao limite estipulado no caput, quando do reconhecimento do direito da concessão, revisão e manutenção de benefícios serão supervisionados pelas Agências da Previdência Social e Divisões ou Serviços de Benefícios, sob critérios aleatórios pré-estabelecidos pela Presidência do INSS. Art. 10. A Secretaria da Receita Federal do Brasil, o INSS e a Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (Dataprev) adotarão as providências necessárias ao cumprimento do disposto nesta Portaria. Art. 11. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos financeiros a partir de 1º de janeiro de 2013. Art. 12. Fica revogada a Portaria Interministerial MPS/MF nº 11, de 8 de janeiro de 2013. GARIBALDI ALVES FILHO Ministro de Estado da Previdência Social NELSON HENRIQUE BARBOSA FILHO Ministro de Estado da Fazenda Interino

ANEXO I FATOR DE REAJUSTE DOS BENEFÍCIOS

CONCEDIDOS DE ACORDO COM AS RESPECTIVAS DATAS DE INÍCIO, APLICÁVEL A PARTIR DE JANEIRO DE 2013

DATA DE INÍCIO DO BENEFÍCIO REAJUSTE (%)

Até janeiro de 2012 6,20

em fevereiro de 2012 5,66

em março de 2012 5,25

em abril de 2012 5,06

em maio de 2012 4,39

em junho de 2012 3,82

em julho de 2012 3,55

em agosto de 2012 3,11

em setembro de 2012 2,65

em outubro de 2012 2,00

em novembro de 2012 1,28

em dezembro de 2012 0,74

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ANEXO II

TABELA DE CONTRIBUIÇÃO DOS SEGURADOS EMPREGADO, EMP REGADO DOMÉSTICO E TRA-BALHADOR AVULSO, PARA PAGAMENTO DE REMUNERAÇÃO A

PARTIR DE 1º DE JANEIRO DE 2013.

SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO (R$)

ALÍQUOTA PARA FINS DE RECOLHIMENTO AO INSS

até 1.247,70 8%

de 1.247,71 até 2.079,50 9%

de 2.079,51 até 4.159,00 11 %

Parte IV

DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTOS

Sumário Introdução .................................................................................................................................. 65 1 - Empresas em geral .............................................................................................................. 66 2 - Substituição das contribuições previdenciárias patronais ...................................................... 67 2.1 - Base de cálculo da receita bruta ........................................................................................ 68 3 - TI, TIC, call center, circuitos integrados, setor hoteleiro, transporte rodoviário de passageiros, manutenção de aeronaves, motores e equipamentos correlatos, transporte aéreo, marítimo e por navegação de carga e passageiros .......................................................... 69 3.1 - Prestação exclusiva de serviços ........................................................................................ 70 3.2 - Atividades concomitantes .................................................................................................. 71 3.3 - Regras específicas para aplicação da desoneração - Exclusiva e concomitante ................ 71 3.3.1 - Serviços de Tecnologia da Informação (TI), Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), call center, concepção, desenvolvimento ou projeto de circuitos integrados, do setor hoteleiro e de transporte rodoviário coletivo de passageiros ........................ 71 3.3.2 - Serviços de representante, distribuidor ou revendedor de programas de computador ..... 72 3.3.3 - Serviços de manutenção e reparação de aeoranaves, de transporte aéreo, marítimo e por navegação de carga e passageiros .................................................................................... 72 3.4 - Aplicação concomitante de benefícios - Lei nº 12.546/2011 e Lei nº 11.774/2008 – Impossibilidade ........................................................................................................................... 73 4 - Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI) ............................... 73 4.1 - Industrialização e industrialização por encomenda ............................................................. 73 4.2 - Regras a serem observadas até 31.7.2012 ........................................................................ 73 4.2.1 - Fabricantes de vestuários e seus acessórios, artigos têxteis, calçados, chapéus e couros - De 1º.12.2011 até 31.7.2012 ...................................................................................... 73 4.2.2 - Fabricantes de couros, grampos, colchetes, ilhoses, botões, bolas infláveis, dentre outros - De 1º.4.2012 até 31.7.2012 ................................................................................. 74 4.3 - Regras a serem observadas de 1º.8.2012 a 31.12.2014 .................................................... 74 4.4 - Regras a serem observadas de 1º.1.2013 a 31.12.2014 .................................................... 74 4.5 - Atividades concomitantes .................................................................................................. 74 4.6 - Regras específicas para aplicação da desoneração - Exclusiva e concomitante ................ 75 4.7 - Fabricantes de automóveis, caminhões, tratores, dentre outros ......................................... 76 4.8 – Nova MP nª 601/2012 – Construção Civil, Comércio Varejista e Outros ............................. 76 4.9 – Lei nº 12.794 – DOU 03.04.2013 – Novas Alterações ........................................................ 85 4.10 – Medida Provisória nº 612 – DOU 04.04.2013 - Edição Extra - Novas Alterações .............. 86 5 - Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social (SEFIP) .. 90 5.1 - Atividades concomitantes .................................................................................................. 90 5.2 - Competência 13 ................................................................................................................ 91 6 - Contribuição previdenciária patronal (CPP) sobre o 13º salário ............................................. 91 7 - Retenção de 3,5% - Serviços prestados mediante cessão de mão de obra ........................... 92

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Atualização em Previdência Social – Contribuições e Retenções e Desoneração da Folha de Pagamentos 65

8 - Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF) ................................................... 92 9 - Guia da Previdência Social (GPS) ........................................................................................ 92 10 - Obrigações acessórias previdenciárias ............................................................................... 93 11 - Escrituração Fiscal Digital das Contribuições incidentes sobre a Receita (EFD-Contribuições) ................................................................................................................... 94 12 - Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF) .......................................... 94 13 - Comissão Tripartite de Acompanhamento e Avaliação da Desoneração da Folha de Pagamentos (CTDF) .................................................................................................... 94 14 - Empresas optantes pelo Simples Nacional ......................................................................... 95

Introdução A Medida Provisória nº 540/2011, que instituiu o Plano Brasil Maior (PBM), convertida na Lei nº 12.546/2011, determinou, dentre outras regras, a substituição da contribuição patronal previdenciária (CPP) de 20% (vinte por cento) pela contribuição sobre a receita bruta auferida por determinados grupos de empresas. Referida substituição também é popularmente conhecida como "desoneração da folha de pagamento". Em 4.04.2012 foi publicada a Medida Provisória nº 563/2012, que alterou a redação da Lei nº 12.546/2011, em relação: a) às alíquotas sobre a receita bruta, que foram reduzidas de: a.1) 2,5% para 2,0%; a.2) 1,5% para 1,0%; b) à ampliação do rol de produtos abrangidos, com base na Tabela de Incidência do Imposto sobre Produ-tos Industrializados (TIPI). Em 23.04.2012, a MP nº 563/2012 teve seu anexo retificado, alterando mais uma vez o rol de produtos abrangidos pela medida. Posteriormente, em 18.09.2012 foi publicada a Lei nº 12.715/2012 (conversão da MP nº 563/2012), confe-rindo novas regras na desoneração, a saber: a) ampliação do rol de serviços, bem como dos produtos abrangidos, com base na Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI); b) retenção de 3,5% a ser aplicada na prestação de serviços mediante cessão de obra para as empresas prestadoras de serviços que estão desoneradas; c) casos de não aplicação da desoneração; d) definição de receita bruta e exclusões para efeitos de base de cálculo do INSS patronal; e) aplicação dos conceitos de industrialização e industrialização por encomenda para enquadramento das empresas fabricantes; f) cálculo do INSS para fins de pagamento do 13º salário. Após, tivemos a publicação da Medida Provisória nº 582/2012, em 21.09.2012, que alterou a redação da Lei nº 12.546/2011, em relação: a) à ampliação do rol de produtos abrangidos, com base na Tabela de Incidência do Imposto sobre Produ-tos Industrializados (TIPI). b) à adequação do cálculo proporcional a ser aplicado no caso de empresas que se dedicam a outras atividades, além das que estiverem desoneradas. Por fim, tivemos a publicação do Decreto nº 7.828/2012 que regulamentou, dentre outras, as regras da incidência da contribuição previdenciária sobre a receita. 1 - Empresas em geral Em regra, as empresas possuem os seguintes encargos previdenciários (INSS patronal), incidentes sobre sua folha de pagamento:

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a) 20% (vinte por cento) sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a for-ma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa; b) 20% (vinte por cento) sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, a qualquer título, no decor-rer do mês, aos segurados contribuintes individuais que lhes prestam serviços (fatos geradores ocorridos a partir de 1º de março de 2000); c) para o financiamento da aposentadoria especial, e daqueles concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho (GIIL-RAT, RAT ou SAT), sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, no decorrer do mês, aos segurados empregados e trabalha-dores avulsos: c.1) 1% para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes do trabalho seja conside-rado leve; c.2) 2% para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado médio; c.3) 3% para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado grave; d) recolhimento destinado para outras entidades (terceiros) - a alíquota será fixada de acordo com o en-quadramento do Fundo de Previdência e Assistência Social (FPAS), que deverá ser realizado pela empre-sa levando em consideração sua atividade ; e) 15% (quinze por cento) sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, relativa-mente a serviços que lhe são prestados por cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho. Exercendo o segurado atividade em condições especiais que possam ensejar aposentadoria especial, é devida pela empresa ou equiparada a contribuição adicional (para fatos geradores ocorridos a partir de 1º de março de 2000), conforme segue: - 15 (quinze) anos - 12% (doze por cento); - 20 (vinte) anos - 9% (nove por cento); - 25 (vinte e cinco) anos - 6% (seis por cento). 2 - Substituição das contribuições previdenciárias patronais Com intuito de possibilitar maior competitividade para alguns setores da economia, foi publicada a Lei nº 12.546/2011 e alterações posteriores, que disciplina o Plano Brasil Maior (PBM). Dentre as várias regras impostas por esse Plano, foi determinado que parte da contribuição previdenciária patronal deve ser substituída pelo recolhimento incidente sobre a receita auferida pelas empresas. Assim, durante um prazo determinado, serão substituídas as seguintes contribuições devidas pelas em-presas, destinadas à Previdência Social: a) 20% (vinte por cento) sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a for-ma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa; b) 20% (vinte por cento) sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, a qualquer título, no decor-rer do mês, aos segurados contribuintes individuais que lhes prestam serviços, para fatos geradores ocor-ridos a partir de 1º de março de 2000. A substituição tratada na Lei nº 12.546/2011 não abrange as contribuições destinadas a ou-tras entidades (terceiros), ao GIIL-RAT (1%, 2% ou 3%) e em decorrência da contratação de

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cooperativas de trabalho. As contribuições incidentes sobre a receita bruta, instituídas a título de substituição, têm cará-ter impositivo aos contribuintes que exerçam as atividades contempladas pela desoneração. Por sua vez, as empresas que se dedicam exclusivamente às atividades desoneradas, nos meses em que não auferirem receita, não recolherão as contribuições previstas nos incisos I e III do caput do art. 22 da Lei nº 8.212/1991 (20%). Além disso, as contribuições instituídas a título de substituição, deverão ser apuradas e pagas de forma centralizada, pelo estabelecimento matriz da pessoa jurídica. 2.1 - Base de cálculo da receita bruta Para fins de aplicação da substituição da contribuição patronal previdenciária (CPP) de 20% (vinte por cento) pela contribuição sobre a receita bruta auferida por determinados grupos de empresas, deverão ser observados: a) a receita bruta deve ser considerada sem o ajuste de que trata o inciso VIII do art. 183 da Lei nº 6.404/1976, que prevê: Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios (...) VIII - os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. (...) b) exclui-se da base de cálculo das contribuições a receita bruta de exportações. Ainda, para determinação da base de cálculo, podem ser excluídos da receita bruta: a) as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos; b) o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), se incluído na receita bruta; c) o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), quando cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador dos serviços na condição de substituto tributário. A Receita Federal do Brasil (RFB) divulgou Processo de Consulta sobre o assunto, conforme transcrição abaixo: "Processo de Consulta nº 105, de 2 de outubro de 2012 SRRF: 6ª Região Fiscal (MG) ASSUNTO: Contribuições Sociais Previdenciárias EMENTA: Contribuição Substitutiva - Empresas que exercem outras atividades além daquelas submetidas ao regime substitutivo - Base de Cálculo - Regime de Competência. 1. O regime substitutivo previsto no art. 8º da Lei nº 12.546, de 2011, é de caráter obrigatório às empresas ali descritas e aos produtos relacionados no Anexo da referida Lei.

2. A empresa que exerce, conjuntamente, atividade sujeita à contribuição substitutiva prevista no artigo 8º da Lei nº 12.546, de 2011, e outras atividades não submetidas à substituição, deve recolher: a) a contribuição sobre a receita bruta em relação aos produtos que industrializa e que se acham submeti-dos ao referido regime; b) a contribuição previdenciária incidente sobre a folha de pagamento prevista no art. 22, incisos I e III, da Lei nº 8.212, de 1991, mediante aplicação de redutor resultante da razão entre a receita bruta das ativida-des não sujeitas ao regime substitutivo e a receita bruta total, utilizando, para apuração dessa razão, o somatório das receitas de todos os estabelecimentos da empresa (matriz e filiais).

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3. A base de cálculo da contribuição substitutiva prevista nos artigos 7º e 8º da Lei nº 12.546, de 2011, é a receita bruta, considerada sem o ajuste de que trata o inciso VIII do art. 183 da Lei nº 6.404, de 1976, e com exclusão apenas das vendas canceladas, dos descontos incondicionais concedidos, da receita bruta de exportações, do IPI, se incluído na receita bruta, e do ICMS, quando cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador dos serviços na condição de substituto tributário. 4. A apuração da contribuição substitutiva para as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real deve observar o regime de competência, não se lhes aplicando, para fins de reconhecimento de receitas, o comando contido no art. 407 do Regulamento do Imposto de Renda (Decreto nº 3.000/99). 5. No regime misto, aplicável às empresas que exercem, conjuntamente, atividades sujeitas ao regime substitutivo prevista nos artigos 7º e 8º da Lei nº 12.546, de 2011, e outras atividades não submetidas ao referido regime, o recolhimento da contribuição sobre a folha de pagamento deve ser feito em Guia da Previdência Social - GPS, por estabelecimento da empresa, com utilização do redutor previsto no § 1º do art. 9º da referida Lei. 6. A contribuição substitutiva incidente sobre a receita bruta deve ser recolhida em DARF, de forma centra-lizada pelo estabelecimento matriz. DISPOSITIVOS LEGAIS: nº 750, de 1993, art. 9º; Resolução CFC nº 1.282, de 2010, art. 3º. Constituição Federal de 1988, art. 150, § 6º e art. 195, § 13; Código Tributário Nacional, art. 97; Medida Provisória nº 540, de 2011, arts. 8º e 9º; Medida Provisória nº 563, de 2012, art. 45; Lei nº 12.546, de 2011, arts. 8º e 9º; Lei nº 12.715, de 2012, arts. 55, 56, 78 e 79; Lei nº 8.212, de 1991, art. 22, I e III e art. 28, § 7º; Lei nº 6.404, de 1976, arts. 177 e 187; Regulamento do Imposto de Renda (Decreto nº 3.000, de 1999), art. 407; Ato Declaratório Executivo Codac nº 86, de 2011, art. 1º; Ato Declaratório Executivo Codac nº 93, de 2011, arts. 3º, 4º, 5º e 6º; Ato Declaratório Executivo Codac nº 47, de 2012, art. 1º; Instrução Normativa RFB nº 1.110, de 2010, art. 6º; Resolução CFC MÁRIO HERMES SOARES RABELO Chefe Por outro lado, segundo divulgação da RFB em seu site - FAQ do EFD-Contribuições, resposta nº 98, serão excluídas da base de cálculo, dentre outras, as seguintes receitas: Base de Cálculo – Exclusão - Receitas não decorrentes da venda de serviços ou de produtos industrializados pelas empresas. - Receitas Operacionais e Não Operacionais, tais como: - Receitas provenientes de aluguéis; - Aplicações Financeiras; - Venda de Ativo Imobilizado; - Outras http://www1.receita.fazenda.gov.br/faq/efd-contribuicoes.htm Fundamentação: art. 9º da Lei nº 12.546/2011, com redação alterada pela Lei nº 12.715/2012; incisos I e II do art. 5º do Decreto nº 7.828/2012; Processo de Consulta RFB nº 105/2012. 3 - TI, TIC, call center, circuitos integrados, set or hoteleiro, transporte rodoviário de passageiros, manutenção de aeronaves, motores e equipamentos cor relatos, transporte aéreo, marítimo e por navegação de carga e passageiros As empresas que prestam serviços de Tecnologia da Informação (TI); Tecnologia da Informação e Comu-nicação (TIC); call center; concepção, desenvolvimento ou projeto de circuitos integrados; setor hoteleiro; transporte rodoviário coletivo de passageiros; manutenção e reparação de aeronaves, motores, compo-nentes e equipamentos correlatos; transporte aéreo, marítimo e por navegação de carga e passageiros, gozam de tratamento diferenciado em relação à contribuição previdenciária patronal (CPP). Neste sentido, consideram-se serviços de TI e TIC: a) análise e desenvolvimento de sistemas; b) programação; c) processamento de dados e congêneres;

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d) elaboração de programas de computadores, inclusive de jogos eletrônicos; e) licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação; f) assessoria e consultoria em informática; g) suporte técnico em informática, inclusive instalação, configuração e manutenção de programas de com-putação e bancos de dados; h) planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas. Fundamentação: "caput", §§ 4º e 5º do art. 14 da Lei nº 11.774/2008; arts. 7º e 8º da Lei nº 12.546/2011, com redação alterada pela Lei nº 12.715/2012; art. 2º do Decreto nº 7.828/2012; "caput", §§ 3º e 4º do art. 201-D do Decreto nº 3.048/1999, inserido pelo Decreto nº 6.945/2009. 3.1 - Prestação exclusiva de serviços Em substituição à contribuição previdenciária patronal (CPP) de 20% (vinte por cento), as empresas que prestam os serviços a seguir, deverão efetuar a seguinte contribuição:

Prestação exclusiva de serviços

Tipo de serviço Período Alíquota Base de cálculo

TI e TIC

1º.12.2011 até 31.7.2012

2,5%

sobre o valor da receita bruta, excluídas as ven-das canceladas e os descontos incondicio-nais concedidos

1º.8.2012 a 31.12.2014 2,0%

sobre o valor da receita bruta, excluídas as ven-das canceladas e os descontos incondicio-nais concedidos

Call center

1º.4.2012 até 31.7.2012

2,5%

sobre o valor da receita bruta, excluídas as ven-das canceladas e os descontos incondicio-nais concedidos

1º.8.2012 a 31.12.2014

2,0%

sobre o valor da receita bruta, excluídas as ven-das canceladas e os descontos incondicio-nais concedidos

Concepção, desenvolvimento ou projeto de circuitos integrados

1º.8.2012 a 31.12.2014

2,0%

sobre o valor da receita bruta, excluídas as ven-das canceladas e os descontos incondicio-nais concedidos

Setor hoteleiro (empresas enquadradas na subclasse 5510-8/01 da Classifica-ção Nacional de Atividades Econômicas (CNAE 2.0).

1º.8.2012 a 31.12.2014 2,0%

sobre o valor da receita bruta, excluídas as ven-das canceladas e os descontos incondicio-nais concedidos

Transporte rodoviário coletivo de pas-sageiros, com itinerário fixo, municipal, intermunicipal em região metropolitana, intermunicipal, interestadual e interna-cional enquadradas nas classes 4921-3 e 4922-1 da CNAE 2.0.

1º.1.2013 a 31.12.2014

2,0%

sobre o valor da receita bruta, excluídas as ven-das canceladas e os descontos incondicio-nais concedidos

Manutenção e reparação de aeronaves, 1º.1.2013 a 1,0% sobre o valor da receita

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motores, componentes e equipamentos correlatos

31.12.2014 bruta, excluídas as ven-das canceladas e os descontos incondicio-nais concedidos

Transporte aéreo de carga e transporte aéreo de passageiros regular

1º.1.2013 a 31.12.2014

1,0%

sobre o valor da receita bruta, excluídas as ven-das canceladas e os descontos incondicio-nais concedidos

Transporte marítimo de carga e passa-geiros na navegação de cabotagem; transporte marítimo de carga e passa-geiro na navegação de longo curso

1º.1.2013 a 31.12.2014

1,0%

sobre o valor da receita bruta, excluídas as ven-das canceladas e os descontos incondicio-nais concedidos

Transporte por navegação interior de carga; de transporte por navegação interior de passageiros em linhas regu-lares e navegação de apoio marítimo e de apoio portuário

1º.1.2013 a 31.12.2014

1,0%

sobre o valor da receita bruta, excluídas as ven-das canceladas e os descontos incondicio-nais concedidos

Fundamentação: art. 183 da Lei nº 6.404/1976; art. 14, §§ 4º e 5º da Lei nº 11.774/2008; arts. 7º, 8º e 9º da Lei nº 12.546/2011, alterada pela Lei nº 12.715/2012; "caput" e §§ 2º ao 5º do art. 2º do Decreto nº 7.828/2012. 3.2 - Atividades concomitantes No caso de empresas que prestam os serviços relacionados no tópico III e que se dediquem a outras ati-vidades (além das desoneradas), o cálculo da contribuição obedecerá as seguintes regras:

Atividades concomitantes

Período Contribuição

1º.4.2012 a 31.7.2012

a) 2,5% sobre o valor da receita bruta (serviços de TI e TIC previstos no tópico III e de call center), excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos;

b) INSS patronal de 20% (empregados e autônomos) previsto nos incisos I e III do art. 22 da Lei nº 8.212/1991, reduzindo-se o valor da contribuição a recolher ao percentual resultante da razão entre a receita bruta de ativida-des não relacionadas (não desoneradas) e a receita bruta total.

1º.8.2012 a 31.12.2014

a) 2,0% sobre o valor da receita bruta (serviços de concepção, desenvolvi-mento ou projeto de circuitos integrados, e do setor hoteleiro), excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos;

b) INSS patronal de 20% (empregados e autônomos) previsto nos incisos I e III do art. 22 da Lei nº 8.212/1991, reduzindo-se o valor da contribuição a recolher ao percentual resultante da razão entre a receita bruta de ativida-des não relacionadas (não desoneradas) e a receita bruta total.

1º.1.2013 a 31.12.2014

a) 2,0% sobre o valor da receita bruta (serviços de transporte rodoviário coletivo de passageiros), excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos;

b) INSS patronal de 20% (empregados e autônomos) previsto nos incisos I e III do art. 22 da Lei nº 8.212/1991, reduzindo-se o valor da contribuição a recolher ao percentual resultante da razão entre a receita bruta de ativida-des não relacionadas (não desoneradas) e a receita bruta total.

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1º.1.2013 a 31.12.2014

a) 1,0% sobre o valor da receita bruta (serviços de manutenção e reparação de aeronaves, motores e equipamentos correlatos; transporte aéreo, marí-timo e por navegação de carga e passageiros), excluídas as vendas cance-ladas e os descontos incondicionais concedidos;

b) INSS patronal de 20% (empregados e autônomos) previsto nos incisos I e III do art. 22 da Lei nº 8.212/1991, reduzindo-se o valor da contribuição a recolher ao percentual resultante da razão entre a receita bruta de ativida-des não relacionadas (não desoneradas) e a receita bruta total.

Segue demonstrativo de cálculo: - Folha de pagamento mensal da empresa (total): R$ 2.000,00 (empregados, avulsos e autônomos) - INSS patronal: R$ 2.000,00 x 20% (INSS) = R$ 400,00 - Receita bruta (TI e TIC): R$ 6.000,00 - Receita bruta (atividade não relacionada): R$ 4.000,00 - Receita bruta total: R$ 10.000,00 - Razão entre receita de atividade não relacionada e a receita bruta total da empresa: R$ 4.000,00 ÷ R$ 10.000,00 = 0,4 - Valor proporcional da contribuição devida pelas atividades não relacionadas: R$ 400,00 x 0,4 = R$ 160,00 - Valor da contribuição devida apenas pela atividade de TI e TIC: R$ 6.000,00 x 2,0% = R$ 120,00 Para as empresas que exercem atividades concomitantes, deverão ser observados: a) nos meses em que não auferirem receita relativa às atividades desoneradas, as empresas deverão recolher as contribuições previstas nos incisos I e III do caput do art. 22 da Lei nº 8.212/1991 (20% patro-nal) sobre a totalidade da folha de pagamentos, não sendo aplicado cálculo proporcional (concomitante). b) nos meses em que não auferirem receita relativa a atividades não abrangidas pela desoneração, as empresas deverão recolher a contribuição instituída a título de substituição (1% ou 2%, conforme o caso, sobre a receita), não sendo aplicado o cálculo proporcional (concomitante). Fundamentação: art. 22, inciso I e III da Lei nº 8.212/1991; art. 14, §§ 4º e 5º da Lei nº 11.774/2008; arts. 7º, 8º e 9º da Lei nº 12.546/2011, alterada pela Lei nº 12.715/2012 e pela Medida Provisória nº 582/2012; "caput", §§ 1º e 2º e incisos I e II do art. 6º do Decreto nº 7.828/2012. 3.3 - Regras específicas para aplicação da desonera ção - Exclusiva e concomitante Para fins de aplicação do cálculo concomitante, para as empresas prestadoras de serviços que se dedi-cam à outras atividades (além das desoneradas), foram estabelecidas regras específicas, conforme de-monstrado a seguir. 3.3.1 - Serviços de Tecnologia da Informação (TI), Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), call center, concepção, desenvolvimento ou projeto de circuitos integrados, do setor hoteleiro e de transporte rodoviário coletivo de passageiros As empresas que prestam serviços de Tecnologia da Informação (TI), Tecnologia da Informação e Comu-nicação (TIC), call center, concepção, desenvolvimento ou projeto de circuitos integrados, do setor hotelei-ro e as de transporte rodoviário coletivo de passageiros, e que se dedicam a outras atividades (não con-templadas pela desoneração) deverão observar as seguintes regras para aplicação da desoneração da folha de pagamento, de forma exclusiva ou concomitante:

Situação Aplicação da desonera-ção - Sem concomitân-

cia

Aplicação da desone-ração - Cálculo conco-

mitante

Receita bruta decorrente da ativida-de não desonerada igual ou inferior a 5% da receita bruta total

X

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Atualização em Previdência Social – Contribuições e Retenções e Desoneração da Folha de Pagamentos 72

Receita bruta decorrente da ativida-de não desonerada superior a 5% da receita bruta total

X

As regras ora apresentadas foram conferidas pela Lei nº 12.715/2012, publicada em 18.9.2012. Fundamentação: "caput" e incisos I, II e III do art. 7º e §§ 5º e 6º do art. 9º da Lei nº 12.546/2011, com redação dada pela Lei nº 12.715/2012; §§ 3º e 4º do art. 6º do Decreto nº 7.828/2012. 3.3.2 - Serviços de representante, distribuidor ou revendedor de programas de computador As regras de desoneração da folha de pagamento, previstas no art. 7º da Lei nº 12.546/2011 e alterações, não se aplica a empresas que exerçam as atividades de representante, distribuidor ou revendedor de pro-gramas de computador, cuja receita bruta decorrente dessas atividades seja igual ou superior a 95% (no-venta e cinco por cento) da receita bruta total. Referida regra foi conferida pela Lei nº 12.715/2012, publicada em 18.09.2012. Antes da pu-blicação da mencionada Lei, as empresas que exerciam exclusivamente as atividades de representante, distribuidor ou revendedor de programas de computador não estavam abrangi-das pela desoneração da folha de pagamento. Fundamentação: § 2º do art. 7º da Lei nº 12.546/2011, com redação alterada pela Lei nº 12.715/2012; inciso II do art. 2º do Decreto nº 7.828/2012. 3.3.3 - Serviços de manutenção e reparação de aeora naves, de transporte aéreo, marítimo e por navegação de carga e passageiros As empresas que prestam serviços de manutenção e reparação de aeronaves, motores, componentes e equipamentos correlatos; de transporte aéreo de carga; de transporte aéreo de passageiros regular; de transporte marítimo de carga na navegação de cabotagem; de transporte marítimo de passageiros na na-vegação de cabotagem; de transporte marítimo de carga na navegação de longo curso; de transporte ma-rítimo de passageiros na navegação de longo curso; de transporte por navegação interior de carga; de transporte por navegação interior de passageiros em linhas regulares; e de navegação de apoio marítimo e de apoio portuário, e que se dedicam a outras atividades (não contempladas pela desoneração), deve-rão observar as seguintes regras para aplicação ou não da desoneração da folha de pagamento, de forma exclusiva ou concomitante:

Situação Aplicação da de-soneração - Sem concomitância

Aplicação da de-soneração - Cál-culo concomitan-

te

Não aplicação da desoneração da folha de paga-

mento

Receita bruta decorrente da atividade não desone-rada igual ou inferior a 5% da receita bruta total

X

Receita bruta decorrente da atividade não desone-rada superior a 5% da receita bruta total

X

Receita bruta decorrente das atividades não deso-neradas, igual ou superi-or a 95% da receita bruta total

X

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Atualização em Previdência Social – Contribuições e Retenções e Desoneração da Folha de Pagamentos 73

As regras ora apresentadas foram conferidas pela Lei nº 12.715/2012, publicada em 18.9.2012. Fundamentação: § 1º, II, "a" e § 3º do art. 8º; §§ 5º e 6º do art. 9º da Lei nº 12.546/2011, com redação alterada pela Lei nº 12.715/2012; §§ 3º e 4º do art. 6º do Decreto nº 7.828/2012. 3.4 - Aplicação concomitante de benefícios - Lei nº 12.546/2011 e Lei nº 11.774/2008 - Impossibilida-de Até 31.12.2014, as empresas que prestam serviços de TI, TIC, call center e concepção, desenvolvimento ou projeto de circuitos integrados não farão jus às reduções previstas na Lei nº 11.774/2008. Fundamentação: art. 7º, § 1º da Lei nº 12.546/2011; art. 14, "caput" da Lei nº 11.774/2008; § 6º do art. 2º do Decreto nº 7.828/2012. 4 - Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI) Os fabricantes dos produtos mencionados neste tópico, conforme classificação na Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI), fazem jus à substituição da contribuição previdenciária patronal (CPP), conforme é demonstrado a seguir. 4.1 - Industrialização e industrialização por encom enda A desoneração da folha de pagamento aplica-se apenas em relação aos produtos industrializados pela empresa. Entretanto, para fins de aplicação da desoneração, devem ser considerados os conceitos de industrializa-ção e de industrialização por encomenda previstos na legislação do Imposto sobre Produtos Industrializa-dos (IPI). Nos casos em que a industrialização for efetuada parcialmente por encomenda, as regras da desoneração aplicam-se também às empresas executoras, desde que de suas operações resulte produto relacionado como desonerado. Fundamentação: § 2º do art. 8º da Lei nº 12.546/2011, com redação alterada pela Lei nº 12.715/2012; §§ 5º, 6º e 7º do art. 3º do Decreto nº 7.828/2012. 4.2 - Regras a serem observadas até 31.7.2012 A Medida Provisória nº 563 de 3.4.2012 (DOU 4.4.2012) alterou a Lei nº 12.546 de 14.12.2011 (DOU 15.12.2011). Assim, as regras contidas na redação original da Lei nº 12.546/2011, permaneceram em vigor até o dia 31.7.2012, conforme demonstrado a seguir. 4.2.1 - Fabricantes de vestuários e seus acessórios , artigos têxteis, calçados, chapéus e couros - De 1º.12.2011 até 31.7.2012 De 1º de dezembro de 2011 até 31 de julho de 2012, devem contribuir sobre o valor da receita bruta, ex-cluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos, à alíquota de 1,5% (um inteiro e cinco décimos por cento), em substituição à contribuição previdenciária patronal (CPP) de 20% (vinte por cento), as empresas que fabriquem os produtos com as as Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) mencionadas da Lei. As NCMs 94.01 a 94.03 vigoraram apenas de 1º de dezembro de 2011 até 31 de março de 2012. Fundamentação: art. 183 da Lei nº 6.404/1976; Decreto nº 6.006/2006; arts. 8º, incisos I, II e III, 9º e 52 da Lei nº 12.546/2011; incisos I e II do art. 3º do Decreto nº 7.828/2012. 4.2.2 - Fabricantes de couros, grampos, colchetes, ilhoses, botões, bolas infláveis, dentre outros - De 1º.4.2012 até 31.7.2012

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De 1º de abril de 2012 até 31 de julho de 2012, devem contribuir sobre o valor da receita bruta, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos, à alíquota de 1,5% (um inteiro e cinco décimos por cento), em substituição à contribuição previdenciária patronal (CPP) de 20% (vinte por cento), as empresas que fabriquem os produtos com as Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) listadas no dispositivo legal. Fundamentação: art. 183 da Lei nº 6.404/1976; Decreto nº 6.006/2006; art. 8º, incisos IV e V, "caput" e art. 52, § 3º da Lei nº 12.546/2011; § 1º do art. 3º do Decreto nº 7.828/2012. 4.3 - Regras a serem observadas de 1º.8.2012 a 31.1 2.2014 De 1º.8.2012 até 31.12.2014, as empresas fabricantes dos produtos mencionados na legislação, (confor-me classificados na TIPI), deverão contribuir com 1% (um por cento) sobre o valor da receita bruta, excluí-das as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos. Fundamentação: art. 8º da Lei nº 12.546/2012, com redação alterada pela Lei nº 12.715/2012; § 2º, inciso I do art. 3º e anexo I do Decreto nº 7.828/2012. 4.4 - Regras a serem observadas de 1º.1.2013 a 31.1 2.2014 De 1º.1.2013 até 31.12.2014, as empresas fabricantes dos produtos mencionados na legislação, (confor-me classificados na TIPI), deverão contribuir com 1% (um por cento) sobre o valor da receita bruta, excluí-das as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos: Fundamentação: art. 8º da Lei nº 12.546/2012, com redação alterada pela Lei nº 12.715/2012 e pela Me-dida Provisória nº 582/2012; § 3º do art. 3º e anexo I do Decreto nº 7.828/2012. 4.5 - Atividades concomitantes No caso de empresas que se dediquem à fabricação de outros produtos, além dos previstos nos subtópi-cos IV.2, IV.3 e IV.4 deste Roteiro, o cálculo da contribuição obedecerá:

Atividades concomitantes

Período Contribuição

1º.12.2011 a 31.7.2012

a) 1,5% sobre o valor da receita bruta (fabricantes de vestuários e seus acessórios, artigos têxteis, calçados, chapéus e couros, previstos no subtó-pico IV.2.1), excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos;

b) INSS patronal de 20% (empregados e autônomos) previsto nos incisos I e III do art. 22 da Lei nº 8.212/1991, reduzindo-se o valor da contribuição a recolher ao percentual resultante da razão entre a receita bruta de ativida-des não relacionadas (não desoneradas) e a receita bruta total.

1º.4.2012 a 31.7.2012

a) 1,5% sobre o valor da receita bruta (fabricantes de couros, grampos, colchetes, ilhoses, botões, bolas infláveis, previstos no subtópico IV.2.2), excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos;

b) INSS patronal de 20% (empregados e autônomos) previsto nos incisos I e III do art. 22 da Lei nº 8.212/1991, reduzindo-se o valor da contribuição a recolher ao percentual resultante da razão entre a receita bruta de ativida-des não relacionadas (não desoneradas) e a receita bruta total.

1º.8.2012 a 31.12.2014

a) 1,% sobre o valor da receita bruta (fabricantes dos produtos elencados no tópico IV.3), excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicio-nais concedidos;

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b) INSS patronal de 20% (empregados e autônomos) previsto nos incisos I e III do art. 22 da Lei nº 8.212/1991, reduzindo-se o valor da contribuição a recolher ao percentual resultante da razão entre a receita bruta de ativida-des não relacionadas (não desoneradas) e a receita bruta total

1º.1.2013 a 31.12.2014

a) 1,% sobre o valor da receita bruta (abricantes dos produtos elencados no tópico IV.4), excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos;

b) INSS patronal de 20% (empregados e autônomos) previsto nos incisos I e III do art. 22 da Lei nº 8.212/1991, reduzindo-se o valor da contribuição a recolher ao percentual resultante da razão entre a receita bruta de ativida-des não relacionadas (não desoneradas) e a receita bruta total

Segue demonstrativo de cálculo: - Folha de pagamento mensal da empresa (total): R$ 2.000,00 (empregados, avulsos e autônomos) - INSS patronal: R$ 2.000,00 x 20% (INSS) = R$ 400,00 - Receita bruta (fabricante): R$ 6.000,00 - Receita bruta (atividade não relacionada): R$ 4.000,00 - Receita bruta total: R$ 10.000,00 - Razão entre receita de atividade não relacionada e a receita bruta total da empresa: R$ 4.000,00 ÷ R$ 10.000,00 = 0,4 - Valor proporcional da contribuição devida pelas atividades não relacionadas: R$ 400,00 x 0,4 = R$ 160,00 - Valor da contribuição devida apenas pela atividade de fabricação: R$ 6.000,00 x 1,0% (atualmente) = R$ 60,00 O cálculo acima representa apenas um exemplo, baseado em entendimento, o que não im-pede a existência de posicionamento diverso ao exposto. Para as empresas que exercem atividades concomitantes, deverão ser observados: a) nos meses em que não auferirem receita relativa às atividades desoneradas, as empresas deverão recolher as contribuições previstas nos incisos I e III do caput do art. 22 da Lei nº 8.212/1991 (20% patronal) sobre a totalidade da folha de pagamentos, não sendo aplicado cálculo proporcional (concomitante). b) nos meses em que não auferirem receita relativa a atividades não abrangidas pela desone-ração, as empresas deverão recolher a contribuição instituída a título de substituição (1% ou 2%, conforme o caso, sobre a receita), não sendo aplicado o cálculo proporcional (concomi-tante). Fundamentação: art. 22, inciso I e III da Lei nº 8.212/1991; arts. 7º, 8º e 9º da Lei nº 12.546/2011, alterada pela Lei nº 12.715/2012 e pela Medida Provisória nº 582/2012; caput", §§ 1º e 2º e incisos I e II do art. 6º do Decreto nº 7.828/2012. 4.6 - Regras específicas para aplicação da desonera ção - Exclusiva e concomitante Para fins de aplicação do cálculo concomitante, para as empresas fabricantes de alguns produtos da TIPI, que se dedicam à outras atividades e/ou fabricação de outros produtos (além daqueles desonerados), foram estabelecidas regras específicas, conforme demonstrado a seguir.

Situação Aplicação da de-soneração - Sem concomitância

Aplicação da desoneração - Cálculo conco-

mitante

Não aplicação da desoneração da folha de pa-

gamento

Receita bruta decorrente da X

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atividade/produto não deso-nerada igual ou inferior a 5% da receita bruta total

Receita bruta decorrente da atividade/produto não deso-nerada superior a 5% da receita bruta total

X

Receita bruta decorrente das atividades/produtos não desoneradas, igual ou supe-rior a 95% da receita bruta total

X

4.7 - Fabricantes de automóveis, caminhões, tratore s, dentre outros As regras da desoneração da folha de pagamento, previstas no art. 8º da Lei nº 12.546/2011 e alterações posteriores não se aplicam aos fabricantes de automóveis, comerciais leves (camionetas, picapes, utilitá-rios, vans e furgões), caminhões e chassis com motor para caminhões, chassis com motor para ônibus, caminhões- tratores, tratores agrícolas e colheitadeiras agrícolas autopropelidas. 4.8 – Nova MP nª 601/2012 – Construção Civil, Comér cio Varejista e Outros Foi ampliado o rol de empresas que terão, de 1º.4.2013 a 31.12.2014, a Contribuição Previdenciária Pa-tronal (CPP) de 20% substituída pela Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB). Dentre os setores incluídos destacam-se: a) as empresas que prestam serviços de suporte técnico em informática e o ramo de construção civil (gru-pos 412, 432, 433 e 439 da CNAE 2.0) - alíquota de 2% sobre o valor da receita bruta; b) as empresas de varejo e de manutenção e reparação de embarcações - alíquota de 1% sobre o valor da receita bruta; c) os fabricantes de ligas de cobre, à base de cobre-zinco (latão); tubos de cobre, não aletados nem ra-nhurados; artefatos de higiene ou de toucador, e suas partes; outras fechaduras, ferrolhos; dentre outros - alíquota de 1% sobre o valor da receita bruta. Também foram estabelecidos os seguintes procedimentos: a) retenção de 3,5% a ser aplicada na prestação de serviços mediante cessão de obra para as empresas que prestam serviços de: a.1) manutenção e reparação de aeronaves, motores, componentes e equipamentos correlatos; ]a.2) transporte aéreo de carga e de passageiros regular; a.3) transporte marítimo de carga e passageiros na navegação de cabotagem; a.4) transporte marítimo de carga e passageiros na navegação de longo curso; a.5) transporte por navegação interior de carga de passageiros em linhas regulares; a.6) de transporte por navegação interior; a.7) de navegação de apoio marítimo e de apoio portuário; a.8) de manutenção e reparação de embarcações; a.9) de varejo que exercem as atividades listadas no Anexo II da Lei nº 12.546/2011, de 1º.4.2013 a 31.12.2014; b) foram excluídas da base de cálculo da CPRB a receita bruta de exportações e decorrentes de transpor-te internacional de carga; c) CPRB não se aplica às empresas aéreas internacionais de bandeira estrangeira de países que estabe-leçam, em regime de reciprocidade de tratamento, isenção tributária às receitas geradas por empresas aéreas brasileiras; d) exclusão de alguns setores para fins da CPRB (alteração do anexo único da Lei nº 12.546/2011), tais

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como: aparelhos e tubos de raios X; preparações opacificantes para exames radiográficos; máquinas au-tomáticas para processamento de dados, portáteis. Texto da MP: MP 601/12 - MP - Medida Provisória nº 601 de 28.12.2012 - D.O.U.: 28.12.2012 - Edição Extra Altera as Leis nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011, para prorrogar o Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras - Reintegra, e para desonerar a folha de pagamen-tos dos setores da construção civil e varejista; nº 11.774, de 17 de setembro de 2008, que reduz as alíquo-tas das contribuições de que tratam os incisos I e III do caput do art.22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991; nº 10.931, de 2 de agosto de 2004, que dispõe sobre o patrimônio de afetação de incorporações imobiliárias; nº 12.431, de 24 de junho de 2011; e nº 9.718, de 27 de novembro de 1998, para permitir às pessoas jurídicas da rede de arrecadação de receitas federais deduzir o valor da remuneração dos servi-ços de arrecadação da base de cálculo da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Co-fins; e dá outras providências.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 62 da Constituição, adota a seguinte Medida Provisória, com força de lei: Art. 1ºA Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011, passa a vigorar com as seguintes alterações: "Artigo 3ºO Reintegra será aplicado às exportações realizadas até 31 de dezembro de 2013." (NR) "Artigo 7º(...) (...) IV - as empresas do setor de construção civil, enquadradas nos grupos 412, 432, 433 e 439 da CNAE 2.0. (...)" (NR) "Artigo 8º Até 31 de dezembro de 2014, contribuirão sobre o valor da receita bruta, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos, à alíquota de um por cento, em substituição às contribuições previstas nos incisos I e III do art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, as empresas que fabricam os produtos classificados na Tipi, aprovada pelo Decreto nº 7.660, de 23 de dezembro de 2011, nos códigos referidos no Anexo I . § 1º (...) (...) II - (...) (...) c) às empresas aéreas internacionais de bandeira estrangeira de países que estabeleçam, em regime de reciprocidade de tratamento, isenção tributária às receitas geradas por empresas aéreas brasileiras. (...) § 3º (...) (...) XI - de manutenção e reparação de embarcações; XII - de varejo que exercem as atividades listadas no Anexo II. § 4º A partir de 1º de janeiro de 2013, ficam incluídos no Anexo I referido no caput os produtos classificados nos seguintes códigos da Tipi: (...)

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§ 5º No caso de contratação de empresas para a execução dos serviços referidos no § 3º, mediante cessão de mão de obra, na forma definida pelo art. 31 da Lei nº 8.212, de 1991, a empresa contratante deverá reter 3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento) do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços." (NR) "Artigo 9º(...) (...) II - exclui-se da base de cálculo das contribuições a receita bruta: a) de exportações; e b) decorrente de transporte internacional de carga; (...)" (NR) Art. 2ºO Anexo único `a Lei nº 12.546, de 2011, passa a ser denominado Anexo I e passa a vigorar: I - acrescido dos produtos classificados nos códigos da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados - TIPI, aprovada pelo Decreto nº 7.660, de 23 de dezembro de 2011, constantes do Anexo I a esta Medida Provisória; e II - subtraído dos produtos classificados nos códigos 3006.30.11, 3006.30.19, 7207.11.10, 7208.52.00, 7208.54.00, 7214.10.90, 7214.99.10, 7228.30.00, 7228.50.00, 8471.30, 9022.14.13 e 9022.30.00 da TIPI. Art. 3º A Lei nº 11.774, de 17 de setembro de 2008, passa a vigorar com as seguintes alterações: "Artigo 14(...) (...) § 4º (...) (...) VII - suporte técnico em informática, inclusive instalação, configuração e manutenção de programas de computação e bancos de dados, bem como serviços de suporte técnico em equipamentos de informática em geral; e (...)" (NR) Art. 4ºALei nº 10.931, de 2 de agosto de 2004, passa a vigorar com as seguintes alterações: "Artigo 4ºPara cada incorporação submetida ao regime especial de tributação, a incorporadora ficará sujeita ao pagamento equivalente a quatro por cento da receita mensal recebida, o qual corresponderá ao pagamento mensal unificado do seguinte imposto e contribuições: (...)" (NR) "Artigo 8ºPara fins de repartição de receita tributária e do disposto no § 2º do art. 4º, o percentual de quatro por cento de que trata o caput do art. 4º será considerado: I - 1,71% (um inteiro e setenta e um centésimos por cento) como Cofins II - 0,37% (trinta e sete centésimos por cento) como Contribuição para o PIS/Pasep; III - 1,26% (um inteiro e vinte e seis centésimos por cento) como IRPJ; e IV - 0,66% (sessenta e seis centésimos por cento) como CSLL. (...)" (NR) Art. 5ºALei nº 12.431, de 24 de junho de 2011, passa a vigorar com as seguintes alterações:

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"Artigo 1ºFica reduzida a zero a alíquota do imposto sobre a renda incidente sobre os rendimentos definidos nos termos alínea "a" do § 2º do art. 81 da Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995, quando pagos, creditados, entregues ou remetidos a beneficiário residente ou domiciliado no exterior, exceto em país que não tribute a renda ou que a tribute à alíquota máxima inferior a vinte por cento, produzidos por: I - títulos ou valores mobiliários adquiridos a partir de 1º de janeiro de 2011, objeto de distribuição pública, de emissão de pessoas jurídicas de direito privado não classificadas como instituições financeiras; ou II - fundos de investimento em direitos creditórios constituídos sob a forma de condomínio fechado, regulamentados pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM, cujo originador ou cedente da carteira de direitos creditórios não seja instituição financeira. § 1º Para fins do disposto no inciso I do caput, os títulos ou valores mobiliários deverão ser remunerados por taxa de juros pré-fixada, vinculada a índice de preço ou à taxa referencial - TR, vedada a pactuação total ou parcial de taxa de juros pósfixada, e ainda, cumulativamente, apresentar: I - prazo médio ponderado superior a 4 (quatro) anos; II - vedação à recompra do título ou valor mobiliário pelo emissor ou parte a ele relacionada nos 2 (dois) primeiros anos após a sua emissão e à liquidação antecipada por meio de resgate ou pré-pagamento, salvo na forma a ser regulamentada pelo Conselho Monetário Nacional; III - inexistência de compromisso de revenda assumido pelo comprador; IV - prazo de pagamento periódico de rendimentos, se existente, com intervalos de, no mínimo, 180 (cento e oitenta) dias; V - comprovação de que o título ou valor mobiliário esteja registrado em sistema de registro devidamente autorizado pelo Banco Central do Brasil ou pela CVM, nas suas respectivas áreas de competência; e VI - procedimento simplificado que demonstre o compromisso de alocar os recursos captados no pagamento futuro ou no reembolso de gastos, despesas ou dívidas relacionados aos projetos de investimento, inclusive os voltados à pesquisa, desenvolvimento e inovação. § 1º-A Para fins do disposto no inciso II do caput, a rentabilidade esperada das cotas de emissão dos fundos de investimento em direitos creditórios deverá ser referenciada em taxa de juros pré-fixada, vinculada a índice de preço ou à TR, observados, cumulativamente, os seguintes requisitos: I - o fundo deve possuir prazo de duração mínimo de seis anos; II - vedação ao pagamento total ou parcial do principal das cotas nos dois primeiros anos a partir da data de encerramento da oferta pública de distribuição de cotas constitutivas do patrimônio inicial do fundo, exceto nas hipóteses de liquidação antecipada do fundo, previstas em seu regulamento; III - vedação à aquisição de cotas pelo originador ou cedente ou por partes a eles relacionadas, exceto quando se tratar de cotas cuja classe se subordine às demais para efeito de amortização e resgate; IV - prazo de amortização parcial de cotas, inclusive as provenientes de rendimentos incorporados, caso existente, com intervalos de, no mínimo, cento e oitenta dias; V - comprovação de que as cotas estejam admitidas a negociação em mercado organizado de valores mobiliários, ou registrados em sistema de registro devidamente autorizado pelo Banco Central do Brasil ou pela CVM, nas suas respectivas áreas de competência; VI - procedimento simplificado que demonstre o objetivo de alocar os recursos obtidos com a operação em projetos de investimento, inclusive os voltados à pesquisa, desenvolvimento e inovação; e VII - presença obrigatória no contrato de cessão, no regulamento e no prospecto, se houver, na forma a ser regulamentada pela CVM: a) do objetivo do projeto ou projetos beneficiados; b) do prazo estimado para início e encerramento ou, para os projetos em andamento, a descrição da fase em que se encontram e a estimativa do seu encerramento;

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c) do volume estimado dos recursos financeiros necessários para a realização do projeto ou projetos não iniciados ou para a conclusão dos já iniciados; e d) do percentual que se estima captar com a venda dos direitos creditórios, frente às necessidades de recursos financeiros dos projetos beneficiados. VIII - percentual mínimo de oitenta e cinco por cento de patrimônio líquido representado por direitos creditórios, e a parcela restante por títulos públicos federais, operações compromissadas lastreadas em títulos públicos federais ou cotas de fundos de investimento que invistam em títulos públicos federais. § 1º-B Para fins do disposto no inciso I do caput, os certificados de recebíveis imobiliários deverão ser remunerados por taxa de juros pré-fixada, vinculada a índice de preço ou à TR, vedada a pactuação total ou parcial de taxa de juros pós-fixada, e ainda, cumulativamente, apresentar os seguintes requisitos: I - prazo médio ponderado superior a quatro anos, na data de sua emissão; II - vedação à recompra dos certificados de recebíveis imobiliários pelo emissor ou parte a ele relacionada e o cedente ou originador nos dois primeiros anos após a sua emissão e à liquidação antecipada por meio de resgate ou pré-pagamento, salvo na forma a ser regulamentada pelo Conselho Monetário Nacional; III - inexistência de compromisso de revenda assumido pelo comprador; IV - prazo de pagamento periódico de rendimentos, se existente, com intervalos de, no mínimo, cento e oitenta dias; V - comprovação de que os certificados de recebíveis imobiliários estejam registrados em sistema de registro, devidamente autorizado pelo Banco Central do Brasil ou pela CVM, nas respectivas áreas de competência; e VI - procedimento simplificado que demonstre o compromisso de alocar os recursos captados no pagamento futuro ou no reembolso de gastos, despesas ou dívidas relacionados a projetos de investimento, inclusive os voltados à pesquisa, desenvolvimento e inovação. § 1º-C O procedimento simplificado previsto nos incisos VI dos §§ 1º , 1º -A e 1º -B deve demonstrar que os gastos, despesas ou dívidas passíveis de reembolso ocorreram em prazo igual ou inferior a vinte e quatro meses da data de encerramento da oferta pública. § 1º -D Para fins do disposto neste artigo, os fundos de investimento em direitos creditórios e os certificados de recebíveis imobiliários podem ser constituídos para adquirir recebíveis de um único cedente ou devedor ou de empresas pertencentes ao mesmo grupo econômico. § 2º O Conselho Monetário Nacional definirá a fórmula de cômputo do prazo médio a que se refere o inciso I dos §§ 1º e 1º -B, e o procedimento simplificado a que se referem os incisos VI dos §§ 1º , 1º -A e 1º -B. (...) § 4º (...) (...) II - às cotas de fundos de investimento exclusivos para investidores não residentes que possuam no mínimo oitenta e cinco por cento do valor do patrimônio líquido do fundo aplicado em títulos de que trata o inciso I do caput . § 4º-A O percentual mínimo a que se refere o inciso II do § 40 poderá ser de, no mínimo, sessenta e sete por cento do valor do patrimônio líquido do fundo aplicado em títulos de que trata o inciso I do caput no prazo de dois anos contado da data de encerramento da oferta pública de distribuição de cotas constitutivas do patrimônio inicial do fundo. (...) § 8º (...)

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(...) II - o cedente, no caso de certificados de recebíveis imobiliários e de cotas de fundo de investimento em direitos creditórios. (...) "(NR) "Artigo 2ºNo caso de debêntures emitidas por sociedade de propósito específico, constituída sob a forma de sociedade por ações, e de cotas de emissão de fundo de investimento em direitos creditórios, constituídos sob a forma de condomínio fechado, relacionados à captação de recursos com vistas em implementar projetos de investimento na área de infraestrutura, ou de produção econômica intensiva em pesquisa, desenvolvimento e inovação, considerados como prioritários na forma regulamentada pelo Poder Executivo federal, os rendimentos auferidos por pessoas físicas ou jurídicas residentes ou domiciliadas no País sujeitam-se à incidência do imposto sobre a renda, exclusivamente na fonte, às seguintes alíquotas: (...) § 1º O disposto neste artigo aplica-se somente aos ativos que atendam ao disposto nos §§ 1º, 1º -A, 1º -B e 2º do art. 1º, emitidos entre a data da publicação da regulamentação mencionada no § 2º do art. 1º e a data de 31 de dezembro de 2015. § 1º-A As debêntures objeto de distribuição pública, emitidas por concessionária, permissionária, autorizatária ou arrendatária, constituídas sob a forma de sociedade por ações, para captar recursos com vistas em implementar projetos de investimento na área de infraestrutura, ou de produção econômica intensiva em pesquisa, desenvolvimento e inovação, considerados como prioritários na forma regulamentada pelo Poder Executivo federal também fazem jus aos benefícios dispostos no caput, respeitado o disposto no (...) § 5º Ficam sujeitos à multa equivalente a vinte por cento do valor captado na forma deste artigo não alocado no projeto de investimento, a ser aplicada pela Secretaria da Receita Federal do Brasil do Ministério da Fazenda : I - o emissor dos títulos e valores mobiliários; ou II - o cedente, no caso de fundos de investimento em direitos creditórios. (...) "(NR) "Artigo 3º(...) (...) § 1º-A O percentual mínimo a que se refere o caput poderá ser de, no mínimo, sessenta e sete por cento do valor do patrimônio líquido do fundo aplicado nos ativos no prazo de dois anos contado da data de encerramento da oferta pública de distribuição de cotas constitutivas do patrimônio inicial do fundo ou, no caso de fundos abertos, da data da primeira integralização de cotas. (...) "(NR) Art. 6ºA Lei nº 9.718, de 27 de novembro de 1998, passa a vigorar com as seguintes alterações: "Artigo 3º(...) (...) § 10. As pessoas jurídicas integrantes da Rede Arrecadadora de Receitas Federais - Rarf poderão excluir da base de cálculo da Cofins o valor auferido em cada período de apuração como remuneração dos serviços de arrecadação de receitas federais, dividido pela alíquota referida no art. 18 da Lei nº 10.684, de 30 de maio de 2003.

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§ 11. Caso não seja possível fazer a exclusão de que trata o § 10 na base de cálculo da Cofins referente ao período em que auferida remuneração, o montante excedente poderá ser excluído da base de cálculo da Cofins dos períodos subsequentes. § 12. A Secretaria da Receita Federal do Brasil do Ministério da Fazenda disciplinará o disposto nos §§ 10 e 11, inclusive quanto à definição do valor auferido como remuneração dos serviços de arrecadação de receitas federais." (NR) Art. 7ºEsta Medida Provisória entra em vigor: I - na data de sua publicação, em relação ao art. 1º, nas partes em que altera o art. 3º da Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011, em que inclui a alínea "c" no inciso II do §1º do art. 8º da Lei nº 12.546, de 2011, e na parte em que altera o inciso II do caput do art. 9º, da Lei nº 12.546, de 2011, e em relação ao art. 5º; II - na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 1º de janeiro de 2013, em relação aos arts. 4º e 6º; e III - a partir do primeiro dia do quarto mês subsequente ao de sua publicação, em relação aos demais dispositivos.

Brasília, 28 de dezembro de 2012; 191º da Independência e 124º da República. DILMA ROUSSEFF Guido Mantega Fernando Damata Pimentel Marco Antonio Raupp

ANEXO I

(Acréscimo ao Anexo I à Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011)

NCM

39.23 (exceto 3923.30.00 Ex.01)

4009.41.00

4 8 11 . 4 9

4823.40.00

6810.19.00

6810.91.00

69.07

69.08

7307.19.10

7307.19.90

7307.23.00

7323.93.00

73.26

7403.21.00

7407.21.10

7407.21.20

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7409.21.00

7411.10.10

7411.21.10

74.12

7418.20.00

76.15

8301.40.00

8301.60.00

8301.70.00

8302.10.00

8302.41.00

8307.90.00

8308.90.10

8308.90.90

8450.90.90

8471.60.80

8481.80.11

8481.80.19

8481.80.91

8481.90.10

8482.10.90

8482.20.10

8482.20.90

8482.40.00

8482.50.10

8482.91.19

8482.99.10

8504.40.40

8507.30.11

8507.30.19

8507.30.90

8507.40.00

8507.50.00

8507.60.00

8507.90.20

8526.91.00

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8533.21.10

8533.21.90

8533.29.00

8533.31.10

8534.00.1

8534.00.20

8534.00.3

8534.00.5

8544.20.00

8607.19.11

8607.29.00

9029.90.90

9032.89.90

ANEXO II

(Anexo II à Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011)

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Lojas de departamentos ou magazines, enquadradas na Subclasse CNAE 4713-0/01

Comércio varejista de materiais de construção, enquadrado na Sub-

Comércio varejista de materiais de construção em geral, enquadrado na Subclasse CNAE 4744-0/99

Comércio varejista especializado de equipamentos e suprimentos de informática, enquadrado na Classe CNAE 4751-2

Comércio varejista especializado de equipamentos de telefonia e comunicação, enquadrado na Classe CNAE 4752-1

Comércio varejista especializado de eletrodomésticos e equipamentos de áudio e vídeo, enquadrado na Classe CNAE 4753-9

Comércio varejista de móveis, enquadrado na Subclasse CNAE 4754-7/01

Comércio varejista especializado de tecidos e artigos de cama, mesa e banho, enquadrado na Classe CNAE 4755-5

Comércio varejista de outros artigos de uso doméstico, enquadrado na Classe CNAE 4759-8

Comércio varejista de livros, jornais, revistas e papelaria, enquadrado na Classe CNAE 4761-0

Comércio varejista de discos, CDs, DVDs e fitas, enquadrado na Classe CNAE 4762-8

Comércio varejista de brinquedos e artigos recreativos, enquadrado na Subclasse CNAE 4763-6/01

Comércio varejista de artigos esportivos, enquadrado na Subclasse CNAE 4763-6/02

Comércio varejista de produtos farmacêuticos, sem manipulação de fórmulas, enquadrado na Subclasse CNAE 4771-7/01

Comércio varejista de cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal, enquadrado na Classe CNAE 4772-5

Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios, enquadrado na Classe CNAE 4781-4

Comércio varejista de calçados e artigos de viagem, enquadrado na Classe CNAE 4782-2

Comércio varejista de produtos saneantes domissanitários, enquadrado na Subclasse CNAE 4789-0/05

Comércio varejista de artigos fotográficos e para filmagem, enquadrado na Subclasse CNAE 4789-0/08

Observação: As Classes e Subclasses CNAE referidas neste Anexos correspondem àquelas relacionadas na Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE 2.0. 4.9 – Lei nº 12.794 – DOU 03.04.2013 – Novas Altera ções Com a publicação do DOU de 03.04.2013, da Lei n 12.794, nova alteração é implementada nas regras da Desoneração da Folha de Pagamentos, dentre as quais: 1 - Alteração do rol de empresas que terão a Contribuição Previdenciária Patronal (CPP) de 20% substituída pela Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB); 2 - Adequado o cálculo do INSS para as atividades concomitantes. Neste contexto, foram estabelecidas as seguintes regras, válidas a partir de 1º.1.2013: a) inclusão de segmentos beneficiados pela desoneração da folha de pagamento - alíquota de 1% sobre o valor da receita bruta para as empresas que fabricam carnes e miudezas refrigeradas; tintas e vernizes; produtos de beleza; tijolos, vidros, ferros e parafusos; determinados aparelhos elétricos e telefônicos; instrumentos e aparelhos para medicina, dentre outros, conforme classificação na Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI);

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b) exclusão de alguns segmentos beneficiados pela desoneração da folha de pagamento - empresas que fabricam resíduos de garrafões, garrafas, frascos; fios, cabos e outros condutores para tensão não superior a 1.000 V não munidos de peças de conexão, conforme classificação na Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI); c) adequação do cálculo do INSS das empresas que se dedicam a outras atividades (concomitantes).

4.10 – Medida Provisória nº 612 – DOU 04.04.2013 - Edição Extra - Novas Alterações Por meio da Medida Provisória nº 612/2013, publicada na edição extra do Diário Oficial da União de 05.04.2013), foram promovidas diversas alterações na legislação tributária, dentre as quais observa-se inúmeras na Desoneração da folha de pagamento - INSS patronal sobre a receita bruta, quais sejam: - Ampliação do rol de setores beneficiados; - Enquadramento pelo CNAE principal; - Definição de empresa; - Exclusão de produtos. A alteração da Lei nº 12.546/2011 ampliando o rol de empresas que terão, a Contribuição Previdenciária Patronal (CPP) de 20% substituída pela Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB). Neste contexto, foram estabelecidas as seguintes regras: a) de 5.4.2013 a 31.12.2014 -a alíquota de 1% sobre a receita bruta - para os fabricantes de suportes para camas (somiês); b) de 1º.8.2013 a 31.12.2014 - alíquota de 1% sobre o valor da receita bruta - para os fabricantes de ab-sorventes e tampões higiênicos, cueiros e fraldas para bebês e artigos higiênicos semelhantes, de qual-quer matéria; c) de 1º.1.2014 a 31.12.2014 c.1) alíquota de 2% sobre o valor da receita bruta - para as empresas de transporte rodoviário coletivo de passageiros (CNAE 4929-9), ferroviário de passageiros (CNAE 4912-4/01 e 4912-4/02), metroferroviário de passageiros (CNAE 4912-4/03); c.2) alíquota de 2% sobre o valor da receita bruta - para as empresas que prestam os serviços de pesqui-sa e desenvolvimento em engenharia, tecnologia em microondas de potência e de projetos aeroespaciais, empresas de manutenção e reparação de veículos militares, equipamentos militares, equipamentos aero-espaciais e de foguetes, empresas de instalação de sensores e sistemas de armas, maquinários e equi-pamentos de emprego militar; c.3) alíquota de 2% sobre o valor da receita bruta - para as empresas de construção de obras de infraes-trutura (CNAE 421, 422, 429 e 431), de engenharia e arquitetura (CNAE 711), de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (CNAE 3311-2, 3312-1, 3313-9, 3314-7, 3319-8, 3321-0 e 3329-5); c.4) alíquota de 1% sobre o valor da receita bruta - para empresas que realizam operações de carga, des-carga e armazenagem de contâineres em portos organizados (CNAE 5212-5 e 5231-1), de transporte aé-reo de passageiros e de carga não regular (táxi-aéreo) (CNAE 5112-9), de transporte rodoviário de cargas (CNAE 4930-2), de agenciamento marítimo de navios (CNAE 5232-0), de transporte por navegação de travessia (CNAE 5091-2), de prestação de serviços de infraestrutura aeroportuária (CNAE 5240-1), de transporte ferroviário de cargas (CNAE 4911-6), jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e ima-gens (CNAE 1811-3, 5811-5, 5812-3, 5813-1,5822-1, 5823-9, 6010-1, 6021-7 e 6319-4); c.5) alíquota de 1% sobre o valor da receita bruta - para as empresas que fabricam armas e munições (com exceção revólveres, pistolas e cartuchos), latas para acondicionar produtos alimentícios, acessórios para tubos, recipientes tubulares flexíveis, e recipientes tubulares para aerossóis, com capacidade inferior ou igual a 700 cm³; cápsulas de coroa; aparelhos de radiodetecção e de radiossondagem (radar); apare-lhos de radionavegação; aparelhos de radiotelecomando; instrumentos, aparelhos e modelos, concebidos para demonstração; vassouras e escovas constituídas por pequenos ramos ou outras matérias vegetais reunidas em feixes, com ou sem cabo; pincéis e escovas, para artistas, pincéis de escrever e pincéis se-melhantes para aplicação de produtos cosméticos; rolos, conforme classificação na Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI), dentre outros.

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Também foram estabelecidos os seguintes procedimentos: a) empresas do setor de construção civil (CNAE 412, 432, 433 e 439), recolherão a Contribuição Previ-denciária sobre a Receita Bruta (CPRB) somente para as obras matriculadas no Cadastro Específico do INSS (CEI) partir de 1º.4.2013, em relação às obras matriculadas no CEI até 31.3.2013, o recolhimento do INSS continuará sobre a folha de pagamento, até o término da obra, devendo a receita bruta proveniente destas obras serem excluídas da base de cálculo da CPRB; b) definição de empresa para fins da desoneração da folha de pagamento; c) quando determinado o enquadramento da empresa na desoneração da folha de pagamento pelo CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) este deverá ocorrer com o CNAE principal da empre-sa; d) empresa enquadrada pelo CNAE principal recolherá a CPRB sobre a totalidade de seu faturamento, independente de obter receitas de outras atividades; e) exclusão de alguns produtos para fins CPRB (alteração do anexo I da Lei nº 12.546/2011), tais como, ligas de cobre a base de cobre-zinco (latão); barras e perfis a base de cobre-zinco (latão); chapas e tiras a base de cobre-zinco (latão), de espessura superior a 0,15 mm, em rolos; tubos de cobre refinado não ale-tados nem ranhurados; tubos de cobre, a base de cobre-zinco (latão) não aletados nem ranhurados; aces-sórios para tubos (por exemplo, uniões, cotovelos, luvas), de cobre, a partir de 1.8.2013, sendo opcional a exclusão do recolhimento de forma substitutiva (CPRB) entre 1º.4.2013 a 31.7.2013.

Abaixo transcrevemos os artigos da MP 612, que alteram a legislação da Desoneração da Folha de Pa-gamentos.

Medida Provisória nº 612, de 02.04.2013 – DOU 02.04 .2013 – Edição Extra

..................................................................................................................................................... Art. 25. A Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011, passa a vigorar com as seguintes alterações: "Artigo 7º (...) (...) V - as empresas de transporte rodoviário coletivo de passageiros por fretamento e turismo municipal, in-termunicipal em região metropolitana, intermunicipal, interestadual e internacional, enquadradas na classe 4929-9 da CNAE 2.0; VI - as empresas de transporte ferroviário de passageiros, enquadradas nas subclasses 4912-4/01 e 4912-4/02 da CNAE 2.0; VII - as empresas de transporte metroferroviário de passageiros, enquadradas na subclasse 4912-4/03 da CNAE 2.0; VIII - as empresas que prestam os serviços classificados na Nomenclatura Brasileira de Serviços - NBS, instituída pelo Decreto nº 7.708, de 2 de abril de 2012, nos códigos 1.1201.25.00, 1.1403.29.10, 1.2001.33.00, 1.2001.39.12, 1.2001.54.00, 1.2003.60.00 e 1.2003.70.00; IX - as empresas de construção de obras de infraestrutura, enquadradas nos grupos 421, 422, 429 e 431 da CNAE 2.0; X - as empresas de engenharia e arquitetura enquadradas no grupo 711 da CNAE 2.0; e XI - as empresas de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos enquadrados nas classes 3311-2, 3312-1, 3313-9, 3314-7, 3319-8, 3321-0 e 3329-5 da CNAE 2.0. (...) § 7º Serão aplicadas às empresas referidas no inciso IV do caput as seguintes regras:

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I - para as obras matriculadas no Cadastro Específico do INSS - CEI a partir do dia 1º de abril de 2013, o recolhimento da contribuição previdenciária ocorrerá na forma do caput, até o seu término; II - para as obras matriculadas no Cadastro Específico do INSS - CEI até o dia 31 de março de 2013, o recolhimento da contribuição previdenciária ocorrerá na forma dos incisos I e III do caput do art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991, até o seu término; e III - no cálculo da contribuição incidente sobre a receita bruta, serão excluídas da base de cálculo, obser-vado o disposto no art. 9º, as receitas provenientes das obras a que se refere o inciso II." (NR) "Artigo 8º (...) (...) § 3º (...) (...) XIII - empresas que realizam operações de carga, descarga e armazenagem de contâineres em portos organizados, enquadrados nas classes 5212-5 e 5231-1 da CNAE 2.0; XIV - de transporte aéreo de passageiros e de carga não regular (táxi-aéreo), nos termos da Lei nº 7.565, de 19 de dezembro de 1986, enquadradas na classe 5112-9 da CNAE 2.0; XV - de transporte rodoviário de cargas, enquadradas na classe 4930-2 da CNAE 2.0; XVI - de agenciamento marítimo de navios, enquadradas na classe 5232-0 da CNAE 2.0; XVII - de transporte por navegação de travessia, enquadradas na classe 5091-2 da CNAE 2.0; XVIII - de prestação de serviços de infraestrutura aeroportuária, enquadradas na classe 5240-1 da CNAE 2.0; XIX - de transporte ferroviário de cargas, enquadradas na classe 4911-6 da CNAE 2.0; e XX - jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens de que trata a Lei nº 10.610, de 20 de dezembro de 2002, enquadradas nas classes 1811-3, 5811-5, 5812-3, 5813-1, 5822-1, 5823-9, 6010-1, 6021-7 e 6319-4 da CNAE 2.0. (...) § 6º Consideram-se empresas jornalísticas, para os fins do inciso XX do § 3º, aquelas que têm a seu cargo a edição de jornais, revistas, boletins e periódicos, ou a distribuição de noticiário por qualquer plataforma, inclusive em portais de conteúdo da Internet." (NR) "Artigo 9º (...) (...) VII - para os fins da contribuição prevista no caput dos arts. 7º e 8º, considera-se empresa a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil, devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso. (...) § 9º As empresas para as quais a substituição da contribuição previdenciária sobre a folha de pagamento pela contribuição sobre a receita bruta estiver vinculada ao seu enquadramento no CNAE deverão consi-derar apenas o CNAE relativo a sua atividade principal, assim considerada aquela de maior receita auferi-da ou esperada, não lhes sendo aplicado o disposto no § 1º.

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§ 10. Para fins do disposto no § 9º, a base de cálculo da contribuição a que se referem o caput do art. 7º e o caput do art. 8º será a receita bruta da empresa relativa a todas as suas atividades." (NR) Art. 26. O Anexo I à Lei nº 12.546, de 2011, passa a vigorar: I - acrescido dos produtos classificados nos códigos da TIPI: a) Capítulo 93, exceto 93.02.00.00, 9306.2 e 9306.30.00; b) 1301.90.90; c) 7310.21.90; d) 7323.99.00; e) 7507.20.00; f) 7612.10.00; g) 7612.90.11; h) 8309.10.00; i) 8526.10.00; j) 8526.91.00; k) 8526.92.00; l) 9023.00.00; m) 9603.10.00; n) 9603.29.00; o) 9603.30.00; p) 9603.40.10; q) 9603.40.90; r) 9603.50.00; s) 9603.90.00; t) 9404.10.00; e u) 9619.00.00; e II - subtraído dos produtos classificados nos códigos 7403.21.00, 7407.21.10, 7407.21.20, 7409.21.00, 7411.10.10, 7411.21.10 e 74.12. §1º As empresas que fabricam os produtos relacionados no inciso II do caput poderão antecipar para 1º de abril de 2013 sua exclusão da tributação substitutiva prevista no art. 8º da Lei nº 12.546, de 14 de dezem-bro de 2011. §2º A antecipação de que trata o § 1º será exercida de forma irretratável mediante o recolhimento, até o prazo de vencimento, da contribuição previdenciária prevista nos incisos I e III do caput do art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, relativa a abril de 2013. Art. 27. A Lei nº 9.718, de 27 de novembro de 1998, passa a vigorar com as seguintes alterações: " Artigo 13. A pessoa jurídica cuja receita bruta total, no anocalendário anterior, tenha sido igual ou inferior a R$ 72.000.000,00 (setenta e dois milhões de reais), ou a R$ 6.000.000,00 (seis milhões de reais) multi-plicado pelo número de meses de atividade do ano-calendário anterior, quando inferior a doze meses, poderá optar pelo regime de tributação com base no lucro presumido. (...)" (NR) "Artigo 14. (...) I - cuja receita total, no ano-calendário anterior seja superior ao limite de R$ 72.000.000,00 (setenta e dois milhões de reais), ou proporcional ao número de meses do período, quando inferior a doze meses; (...)" (NR) Art. 28. Esta Medida Provisória entra em vigor: I - a partir do primeiro dia do quarto mês subsequente ao da publicação desta Medida Provisória, em rela-ção: a) ao art. 18; b) ao art. 19; e

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c) à alínea "u" do inciso I do caput do art. 26; e d) ao inciso II do caput do art. 26; II - a partir de 1º de janeiro de 2014 em relação: a) aos incisos V a XI do caput do art. 7º da Lei nº 12.546, de 2011, acrescentados pelo art. 25 desta Medi-da Provisória; b) aos incisos de XIII a XX do § 3º e ao § 6º, do art. 8º da Lei nº 12.546, de 2011, acrescentados pelo art. 25 desta Medida Provisória; c) às alíneas de "a" a "s" do inciso I do caput do art. 26; e d) ao art. 27; e III - na data de sua publicação para os demais dispositivos, produzindo efeitos quanto ao art. 22 a partir da entrada em vigor da Lei nº 12.783, de 11 de janeiro de 2013. Art. 29. Fica revogado o inciso VI do caput do art. 1º da Lei nº 9.074, de 7 de julho de 1995, resguardados os direitos contratuais dos atuais concessionários e permissionários, na data de publicação desta Medida Provisória. Brasília, 4 de abril de 2013; 192º da Independência e 125º da República. DILMA ROUSSEFF GUIDO MANTEGA FERNANDO DAMATA PIMENTEL LUIZ ANTÔNIO RODRIGUES ELIAS 5 - Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Infor mações à Previdência Social (SEFIP) Para fins de aplicação da substituição da contribuição previdenciária (CPP), as empresas que exercem as atividades mencionadas nos subtópicos III e IV deste Roteiro, conforme suas respectivas vigências, deve-rão prestar as seguintes informações no SEFIP: a) os valores de contribuição previdenciária patronal calculados pelo SEFIP e demonstrados no "Compro-vante de Declaração das Contribuições a Recolher à Previdência Social" nas linhas "Empregados/Avulsos" e "Contribuintes Individuais" abaixo do título Empresa deverão ser somados e lançados no Campo "Com-pensação"; b) a Guia da Previdência Social (GPS) gerada pelo SEFIP deverá ser desprezada, devendo ser preenchi-da GPS com os valores efetivamente devidos sobre os fatos geradores declarados em Guia de Recolhi-mento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (GFIP); c) os relatórios gerados pelo SEFIP "Relatório de Valor de Retenção", "Relatório de Compensações" e "Relatório de Reembolso" devem ser desprezados e mantidos demonstrativos de origem do crédito para fins de fiscalização e/ou pedido de reembolso/restituição/compensação. Foi mantida a orientação prevista no Ato Declaratório Executivo CODAC nº 82/2009, em rela-ção às contribuições destinadas a outras entidades e fundos para as empresas de TI e TIC que exportam serviços para o mercado externo. Fundamentação: arts. 7º e 8º da Lei nº 12.546/2011, com redação dada pelo art. 45 da Medida Provisória nº 563/2012, arts. 1º e 3º do Ato Declaratório Executivo COSAR nº 93/2011. 5.1 - Atividades concomitantes Para fins de aplicação da redução da contribuição previdenciária, as empresas que se exercem outras atividades, além das mencionadas nos subtópicos III e IV, conforme suas respectivas vigências, deverão observar, as seguintes regras em relação ao preenchimento do SEFIP: a) a diferença relativa à contribuição previdenciária patronal (CPP) entre o valor calculado pelo SEFIP (demonstrados no "Comprovante de Declaração das Contribuições a Recolher à Previdência Social" nas linhas "Empregados/Avulsos" e "Contribuintes Individuais" abaixo do título Empresa) e o valor apurado

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com base no seguinte cálculo declarado na linha "b" dos subtópicos III.2 e IV.5 deste Roteiro, deverá ser informada no campo "Compensação"; b) a Guia da Previdência Social (GPS) gerada pelo SEFIP deverá ser desprezada, devendo ser preenchi-da GPS com os valores efetivamente devidos sobre os fatos geradores declarados em GFIP; c) os relatórios gerados pelo SEFIP "Relatório de Valor de Retenção", "Relatório de Compensações" e "Relatório de Reembolso" devem ser desprezados e mantido demonstrativos de origem do crédito para fins de fiscalização e/ou pedido de reembolso/restituição/compensação. Fundamentação: arts. 7º, 8º e 9º da Lei nº 12.546/2011; com redação dada pelo art. 45 da Medida Provi-sória nº 563/2012; arts. 2º e 4º do Ato Declaratório Executivo COSAR nº 93/2011. 5.2 - Competência 13 As empresas que gozam da substituição da contribuição previdenciária patronal (CPP) deverão lançar no SEFIP: a) em relação ao 13º (décimo terceiro) salário declarado na competência 13 (treze): a.1) no campo "Compensação" - a diferença entre o valor calculado pelo SEFIP e o valor apurado pela empresa. Fundamentação: art. 6º Ato Declaratório Executivo COSAR nº 93/2011; arts. 1º e 2º do Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 42/2011. 6 - Contribuição previdenciária patronal (CPP) sobr e o 13º salário Para o ano de 2011, foram estabelecidas regras específicas no tocante a contribuição previdenciária sobre o 13º salário. Foi definido que a contribuição previdenciária sobre o 13º salário a cargo da empresa, que naquele ano estava substituída por contribuição sobre o valor da receita bruta, não incidiria sobre o valor de 1/12 (um doze avos) do décimo terceiro salário de segurados empregados e trabalhadores avulsos referente à competência dezembro de 2011. Em se tratando de empresas que se dedicavam a outras atividades, além da fabricação dos produtos classificados na TIPI era necessário: a) aplicar a alíquota de 20% (vinte por cento), sobre o valor de 1/12 (um doze avos) do 13º salário de se-gurados empregados e trabalhadores avulsos, referente à competência dezembro de 2011, reduzindo-se o valor da contribuição a recolher do percentual resultante da razão entre: a.1) a receita bruta de atividades não relacionadas à fabricação dos produtos mencionados; a.2) a receita bruta total relativa ao mês de dezembro de 2011. Sobre o saldo do valor do 13º terceiro salário relativo às competências anteriores a dezembro de 2011, incidiu a contribuição previdenciária patronal (CPP) de 20% (vinte por cento), sem considerar a receita bruta auferida pela empresa. Com a publicação da Medida Provisória nº 563/2012, foi definido que relativamente aos períodos em que a empresa não contribuir na forma instituída pelos arts. 7º e 8º da Lei nº 12.546/2011 (substituição do INSS patronal pela receita bruta), as contribuições previdenciárias patronais, previstas no art. 22 da Lei nº 8.212/1991 incidirão sobre o décimo terceiro salário, aplicadas de forma proporcional. Por sua vez, com a publicação da Lei nº 12.715/2012 foi definido que, para fins de cálculo da razão, nos casos de atividades concomitantes, aplicada ao 13º (décimo terceiro) salário, será considerada a receita bruta acumulada nos 12 (doze) meses anteriores ao mês de dezembro de cada ano-calendário. Fundamentação: art. 22 da Lei nº 8.212/1991; arts. 7º, 8º e art. 9º, § 3º da Lei nº 12.546/2011, com reda-ção alterada pela Medida Provisória nº 563/2012; art. 9º, § 4º da Lei nº 12.546/2011, com redação dada pela Lei nº 12.715/2012; art. 7º do Decreto nº 7.828/2012; arts. 1º e 2º do Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 42/2011.

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7 - Retenção de 3,5% - Serviços prestados mediante cessão de mão de obra No caso de contratação de empresas para a execução dos serviços referidos a seguir, mediante cessão de mão de obra, a empresa contratante deverá reter 3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento) do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços: a) empresas que prestam os serviços de tecnologia da informação (TI), tecnologia da informação e comu-nicação (TIC), call center e atividades de concepção, desenvolvimento ou projeto de circuitos integrados; b) empresas do setor hoteleiro enquadradas na subclasse 5510-8/01 da Classificação Nacional de Ativi-dades Econômicas (CNAE) 2.0; c) empresas de transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo, municipal, intermunicipal em região metropolitana, intermunicipal, interestadual e internacional enquadradas nas classes 4921-3 e 4922-1 da CNAE 2.0. Esta regra entrou em vigor em agosto de 2012, com exceção das empresas de transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo, municipal, intermunicipal em região metropolitana, intermunicipal, interestadual e internacional, enquadradas nas classes 4921-3 e 4922-1 da CNAE 2.0, que entrarão nas regras da desoneração a partir de 1º.1.2013. Fundamentação: art. 31 da Lei nº 8.212/1991; §§ 4º e 5º do art. 14 da Lei nº 11.774/2008; arts. 7º, "caput" e § 6º, da Lei nº 12.546/2011, com redação dada pela Lei nº 12.715/2012; art. 78 da Lei nº 12.715/2012; § 3º, inciso III do art. 2º do Decreto nº 7.828/2012. 8 - Documento de Arrecadação de Receitas Federais ( DARF) As empresas beneficiadas com a substituição da contribuição previdenciária patronal (CPP) deverão: a) arrecadar as contribuições a seu cargo até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao da competência, ou até o dia útil imediatamente anterior se não houver expediente bancário naquele dia; b) utilizar o Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF) com um dos seguintes códigos:

Código Descrição 2985 Contribuição Previdenciária Sobre Receita Bruta - Serviços 2991 Contribuição Previdenciária Sobre Receita Bruta - Indústria 3202 R D Ativa - Contribuição Previdenciária Sobre a Receita Bruta

Fundamentação: "caput" e alínea "b" do inciso I do art. 30 da Lei nº 8.212/1991; art. 9º, inciso III da Lei nº 12.546/2011; art. 1º do Ato Declaratório Executivo CODAC nº 86/2011, com redação dada pelo Ato Decla-ratório Executivo CODAC nº 47/2012; art. 5º do Ato Declaratório Executivo COSAR nº 93/2011. 9 - Guia da Previdência Social (GPS) A empresa é obrigada: a) a arrecadar a contribuição previdenciária do trabalhador a seu serviço, mediante desconto na remune-ração paga, devida ou creditada a este segurado; b) recolher o produto arrecadado juntamente com as contribuições a seu cargo (não abrangidas pela subs-tituição prevista na Lei 12.546/2011) até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao da competência, ou até o dia útil imediatamente anterior se não houver expediente bancário naquele dia. As contribuições sociais administradas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) destinadas à Previdência Social e as destinadas às outras entidades ou fundos deverão ser recolhidas por meio de Guia da Previdência Social (GPS), utilizando os códigos de receita constantes no Ato Declaratório Execu-tivo CODAC nº 71/2011. Fundamentação: "caput" e alínea "b" do inciso I do art. 30 da Lei nº 8.212/1991; art. 1º do Ato Declaratório Executivo CODAC nº 71/2011.

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10 - Obrigações acessórias previdenciárias As empresas beneficiadas pela substituição previstas na Lei nº 12.546/2011 continuam sujeitas ao cum-primento das demais obrigações previstas na legislação previdenciária. Desse modo, a empresa sem prejuízo do cumprimento de outras obrigações acessórias previstas na legis-lação previdenciária, está obrigada a: a) inscrever, no Regime Geral da Previdência Social (RGPS), os segurados empregados a seu serviço; b) inscrever, quando pessoa jurídica, como contribuintes individuais no RGPS, a partir de 1º de abril de 2003, as pessoas físicas contratadas sem vínculo empregatício e os sócios cooperados, no caso de coo-perativas de trabalho e de produção, se ainda não inscritos; c) elaborar folha de pagamento mensal da remuneração paga, devida ou creditada a todos os segurados a seu serviço, de forma coletiva por estabelecimento, por obra de construção civil e por tomador de serviços, com a correspondente totalização e resumo geral, nela constando: c.1) discriminados, o nome de cada segurado e respectivo cargo, função ou serviço prestado; c.2) agrupados, por categoria, os segurados empregado, trabalhador avulso e contribuinte individual; c.3) identificados, os nomes das seguradas em gozo de salário-maternidade; c.4) destacadas, as parcelas integrantes e as não integrantes da remuneração e os descontos legais; c.5) indicado, o número de cotas de salário-família atribuídas a cada segurado empregado ou trabalhador avulso; d) lançar mensalmente em títulos próprios de sua contabilidade, de forma discriminada, os fatos geradores de todas as contribuições sociais a cargo da empresa, as contribuições sociais previdenciárias desconta-das dos segurados, as decorrentes de subrogação, as retenções e os totais recolhidos; e) fornecer ao contribuinte individual que lhes presta serviços, comprovante do pagamento de remunera-ção, consignando a identificação completa da empresa, inclusive com o seu número no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), o número de inscrição do segurado no RGPS, o valor da remuneração paga, o desconto da contribuição efetuado e o compromisso de que a remuneração paga será informada na Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social (GFIP) e a contribuição correspon-dente será recolhida; f) prestar à Receita Federal do Brasil (RFB) todas as informações cadastrais, financeiras e contábeis de interesse dos mesmos, na forma por eles estabelecida, bem como os esclarecimentos necessários à fisca-lização; g) exibir à fiscalização da RFB, quando intimada para tal, todos os documentos e livros com as formalida-des legais intrínsecas e extrínsecas, relacionados com as contribuições sociais; h) informar mensalmente, em GFIP emitida por estabelecimento da empresa, com informações distintas por tomador de serviço e por obra de construção civil, os dados cadastrais, os fatos geradores, a base de cálculo e os valores devidos das contribuições sociais e outras informações de interesse da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), na forma estabelecida no Manual da GFIP; i) matricular-se no cadastro do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), dentro do prazo de 30 (trinta) dias contados da data do início de suas atividades, quando não inscrita no CNPJ; j) matricular no cadastro do INSS obra de construção civil executada sob sua responsabilidade, dentro do prazo de 30 (trinta) dias contados do início da execução; k) comunicar ao INSS o acidente de trabalho ocorrido com segurado empregado e trabalhador avulso, até o 1º (primeiro) dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato; l) elaborar e manter atualizado Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho (LTCAT) com refe-rência aos agentes nocivos existentes no ambiente de trabalho de seus trabalhadores; m) elaborar e manter atualizado Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) abrangendo as atividades

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desenvolvidas por trabalhador exposto a agente nocivo existente no ambiente de trabalho e fornecer ao trabalhador, quando da rescisão do contrato de trabalho, cópia autêntica deste documento; n) elaborar e manter atualizadas as seguintes demonstrações ambientais quando exigíveis em razão da atividade da empresa: nº1) Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), que visa à preservação da saúde e da inte-gridade dos trabalhadores, por meio da antecipação, do reconhecimento, da avaliação e do consequente controle da ocorrência de riscos ambientais, sendo sua abrangência e profundidade dependentes das características dos riscos e das necessidades de controle, devendo ser elaborado e implementado pela empresa, por estabelecimento, nos termos da NR 9, do MTE; nº2) Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), que deverá ser elaborado e imple-mentado pela empresa ou pelo estabelecimento, a partir do PPRA, PGR e PCMAT, com o caráter de pro-mover a prevenção, o rastreamento e o diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao traba-lho, inclusive aqueles de natureza subclínica, além da constatação da existência de casos de doenças profissionais ou de danos irreversíveis à saúde dos trabalhadores, nos termos da NR 7 do MTE. Fundamentação: art. 9º, inciso V da Lei nº 12.546/2011; art. 47, "caput" e incisos I a IV do art. 291, ambos da Instrução Normativa RFB nº 971/2009; art. 32 da Lei nº 8.212/1991; art. 22 da Lei nº 8.213/1991 e capí-tulo I, item 5 do Manual da GFIP/SEFIP, para usuários da versão 8.4, aprovado pela Instrução Normativa RFB nº 880/2008; Norma Regulamentadora nº 9; Norma Regulamentadora nº 7. 11 - Escrituração Fiscal Digital das Contribuições incidentes sobre a Receita (EFD-Contribuições) A Escrituração Fiscal Digital da Contribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) - (EFD-PIS/Cofins), passou a denominar-se Escrituração Fiscal Digital das Contribuições incidentes sobre a Receita (EFD-Contribuições), a qual obedecerá ao disposto na Instrução Normativa RFB nº 1.252/2012, devendo ser observada pelos contribuintes da: a) Contribuição para o PIS/Pasep; b) Cofins; c) Contribuição previdenciária incidente sobre a receita bruta. Fundamentação: art. 7º da Lei nº 12.546/2011; art. 2º da Instrução Normativa RFB nº 1.252/2012; Ato Declaratório Executivo nº 20/2012. 12 - Declaração de Débitos e Créditos Tributários F ederais (DCTF) A DCTF também deverá conter informações relacionadas à Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB). Fundamentação: arts. 7º da Lei nº 12.546/2011; art. 6º da Instrução Normativa RFB nº 1.110/2010, altera-da pela Instrução Normativa RFB nº 1.258/2012; Ato Declaratório Executivo nº 99/2011. 13 - Comissão Tripartite de Acompanhamento e Avalia ção da Desoneração da Folha de Pagamen-tos (CTDF) Foi instituída a Comissão Tripartite de Acompanhamento e Avaliação da Desoneração da Folha de Paga-mentos (CTDF), formada por representantes do Governo Federal, dos trabalhadores e empresários. A Comissão desenvolverá as atividades de acompanhamento e avaliação da efetividade da desoneração tributária da folha de pagamentos nos setores beneficiados, com base nos seus impactos econômicos, podendo considerar a geração de emprego e renda, a formalização do trabalhador, a competitividade, a arrecadação tributária, o desenvolvimento setorial, a capacitação e a inovação tecnológica. A CTDF terá caráter temporário, em consonância ao período de vigência da desoneração tributária da folha de pagamentos. Fundamentação: art. 10 da Lei nº 12.546/2011; arts. 1º e 2º do Decreto nº 7.711/2012.

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14 - Empresas optantes pelo Simples Nacional As regras da desoneração da folha de pagamento não se aplicam para as empresas optantes pelo Sim-ples Nacional, pois estas já usufruem de outra substituição do INSS patronal, conforme enquadramento nos anexos da Lei Complementar nº 123/2006. Caso a empresa tenha interesse em usufruir da desoneração da folha de pagamento, deverá solicitar sua exclusão do Simples Nacional. A Receita Federal do Brasil (RFB) confirma referido posicionamento através do Processo de Consulta nº 70/2012: Processo de Consulta nº 70/12 Órgão: Superintendência Regional da Receita Federal - SRRF / 6a. Região Fiscal Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias. Ementa: CONTRIBUIÇÃO SUBSTITUTIVA. EMPRESAS OPTANTES PELO SIMPLES NACIONAL. NÃO APLICAÇÃO. 1. Às empresas optantes pelo Simples Nacional, cujos segmentos tenham sido contempla-dos pelo art. 7º da Medida Provisória nº 540, de 2011, e pelo art. 7º da Lei nº 12.546, de 2011, não se aplica o regime substitutivo de desoneração da folha de salários. 2. Havendo interesse da pessoa jurídica de recolher as contribuições na forma do regime substitutivo, ela deverá solicitar sua exclusão do Simples Nacional, considerando que não é possível a utilização de regime misto, com incidência, concomitante, da Lei Complementar nº 123, de 2006, e das normas que regulam o regime substitutivo de desoneração da folha de pagamento. DISPOSITIVOS LEGAIS: Constituição Federal de 1988, art. 195, § 13; Medida Provisória nº 540, de 2011, art. 7º; Medida Provisória nº 563, de 2012, art. 45; Lei nº 12.546, de 2011, art. 7º; Lei nº 8.212, de 1991, art. 22, I e III; Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18; Resolução Comitê Gestor do Simples Nacional nº 94, de 2011, art. 16. MÁRIO HERMES SOARES CAMPOS – Chefe Data da Decisão: 27.06.2012 02.07.2012) – 1068449 Optantes do SIMPLES Anexo IV - Contribuições Sociai s Previdenciárias –Solução de Consulta nº 35/2013 EMENTA: CONTRIBUIÇÃO SUBSTITUTIVA. EMPRESAS OPTANTES PELO SIMPLES NACIONAL. A-NEXOS I E III. NÃO CABIMENTO. 1. Às empresas optantes pelo Simples Nacional tributadas na forma dos Anexos I e III da Lei Complementar nº 123, de 2006, não se aplica a contribuição previdenciária subs-titutiva incidente sobre a receita bruta prevista na Lei nº 12.546, de 2011. 2. Essa contribuição, porém, é devida pelas microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional que recolhem com fundamento no § 5º-C do art. 18 da Lei Complementar nº 123, de 2006 (Anexo IV), desde que a ativi-dade exercida esteja inserida entre aquelas alcançadas pela contribuição substitutiva e sejam atendidos os limites e as condições impostos pela Lei nº 12.546, de 2011, para sua incidência. Reforma da Solução de Consulta SRRF06/Disit nº 70/2012. Fundamentação: arts. 7º e 8º da Lei nº 12.546/2011, alterados pela Lei nº 12.715/2012; Processo de Con-sulta RFB nº 70/2012.