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LINGUÍSTICA II EMENTA: Estuda da relação entre a Oralidade e a Escrita e da teoria do texto com objetivo de desenvolver no aluno aptidões, competências e habilidades linguístico- interacionais, igualmente fazer um estudo teórico e prático de textos dedicados à Linguística Aplicada ao Ensino de Língua Portuguesa. PONTOS TEÓRICOS: 1 FALA E ESCRITA. 1.1 Relações e disparidades; 1.2 Oralidade e Letramento; 1.3 Perspectivas de estudos da Oralidade e da Escrita. 2 ORGANIZAÇÃO TEXTUAL 2.1 Fundamentação teórica sobre texto; 2.2 Fatores da textualidade; 2.3 Coesão; 2.4 Coerência; 2.4.2 Elementos da coerência. 3 PRODUÇÃO TEXTUAL 3.1 Processo e estratégias da produção textual; 3.2 Análise de Gêneros Textuais. 4 LINGUISTICA APLICADA 4.1 Conceito/caracterização; 4.2 Língua, fala, linguagem e ensino de Língua Portuguesa ; 4.3 Linguística e ensino de Língua Portuguesa; 4.4 A Linguística e os PCN. REFERÊNCIAS ARAGÃO, M.S.S & OLIVEIRA, R.C, A Linguística e o Ensino de Português. Fortaleza, SEDUC, 2005. FÁVERO, L. L. Coesão e coerência textuais. 11. ed. São Paulo: Ática, 2009. v. 1. 104 p.

APOSTILA DE LINGUÍSTICA II

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LINGUÍSTICA II

EMENTA: Estuda da relação entre a Oralidade e a Escrita e da teoria do texto com objetivo de desenvolver no aluno aptidões, competências e habilidades linguístico-interacionais, igualmente fazer um estudo teórico e prático de textos dedicados à Linguística Aplicada ao Ensino de Língua Portuguesa.

PONTOS TEÓRICOS:

1 FALA E ESCRITA.1.1 Relações e disparidades;1.2 Oralidade e Letramento;1.3 Perspectivas de estudos da Oralidade e da Escrita.

2 ORGANIZAÇÃO TEXTUAL   2.1  Fundamentação teórica sobre texto;   2.2  Fatores da textualidade;   2.3  Coesão;   2.4  Coerência; 2.4.2 Elementos da coerência.

3 PRODUÇÃO TEXTUAL   3.1  Processo e estratégias da produção textual;   3.2  Análise de Gêneros Textuais.

4 LINGUISTICA APLICADA   4.1  Conceito/caracterização;   4.2  Língua, fala, linguagem e ensino de Língua Portuguesa ;   4.3  Linguística e ensino de Língua Portuguesa;   4.4  A Linguística e os PCN.

REFERÊNCIAS

ARAGÃO, M.S.S & OLIVEIRA, R.C, A Linguística e o Ensino de Português. Fortaleza, SEDUC, 2005.

FÁVERO, L. L. Coesão e coerência textuais. 11. ed. São Paulo: Ática, 2009. v. 1. 104 p.

FÁVERO, L. L.; Oralidade e escrita. 11. ed. São Paulo: Cortez, 2007. v. 1. 104 p.

FÁVERO, L. L.; AQUINO, Z. G. O.; ANDRADE, M. L. C. V. O. Oralidade e Escrita. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2003.

FÁVERO, L. L. A correção. In: C. A. Jubran; I.V. Koch. (Org.). Gramática do Português Falado. São Paulo: Humanitas, 2004.

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FÁVERO, L. L. O tópico discursivo. In: Dino Preti. (Org.). Análise de Textos Orais. 5 ed. São Paulo:, 2001.

KOCH. I.G.V, Desvendando os segredos do texto. 4a.. ed. São Paulo: Cortez, 2002. 

______,O Texto e A Construção do Sentido. Campinas, SP: Contexto, 1997. v. 2000. 124 p.

______,A Interação Pela Linguagem. SAO PAULO: CONTEXTO, 1992. 

______,Cognição, discurso e interação. São Paulo: Contexto, 1992. 

______, A Coesão Textual. SAO PAULO: CONTEXTO, 1989.

MARCUSCHI, L.A, Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola, Editorial, 2008.

______,Da Fala para a Escrita: Atividades de Retextualização. 1ª. ed. São Paulo: Editora Cortez, 2001.

______,Análise da Conversação. 5ª. ed. São Paulo: Ática, 1999. 96 p.; REDATORES, E. (Org.) .

 ______, Linguística de Texto: O Que é e Como Se Faz. Recife: EDITORA DA UFPE, 1983.

MUSSALIN, Fernanda & Anna Christina BENTES (2001) (orgs.) Introdução à Linguistica: Domínios e Fronteiras. Volumes 1 e 2. São Paulo: Cortez Editora.

SAUSSURE, F. Curso de Linguística Geral. São Paulo, Cultrix, 1988.

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LÍNGUA ORAL E LÍNGUA ESCRITA

http://www.coladaweb.com/portugues/lingua-oral-e-lingua-escrita

Cada uma com suas propriedades, a Língua Oral e a Língua Escrita se completam. Os falantes não escrevem exatamente como falam, pois a fala apresenta como características uma maior liberdade no discurso, pois não necessita ser planejada; pode ser redundante; enfática; usando timbre, entonação e pausas de acordo com a retórica – estas características são representadas na língua escrita por meio de pontuações.

Necessita-se de contato direto com o falante para que haja linguagem oral, sendo a mesma espontânea e estando em constante renovação. Assim, como o falante não planeja, em seu discurso pode haver uma transgressão à norma culta.

A escrita, por vez, mantém contato indireto entre escritor e leitor. Sendo mais objetiva, necessita de grande atenção e obediência às normas gramaticais, assim, a escrita caracteriza-se por frases completas, bemelaboradas e revisadas, explícitas, vocabulário distinto e variado, clareza no diálogo e uso de sinônimos. Devido a estes traços esta é uma linguagem conservadora aos padrões estabelecidos pelas regras gramaticais.

Ambas as linguagens apresentam características distintas que variam de acordo com o indivíduo que a utiliza, portanto considerando que as mesmas sofrem influência da cultura e do meio social, não se podedeterminar que uma seja melhor que a outra, pois seria desconsiderar essas influências. No momento que cada indivíduo, com sua particularidade, consegue se comunicar a linguagem teve sua função exercida.

Linguagem Oral e Escrita - O erro

Atualmente, o domínio da língua, oral e escrita, é fundamental para a participação social efetiva, pois é por meio dela que o homem se comunica, tem acesso à informação, expressa e defende pontos de vista, divide ou constrói visões de mundo e produz novos conhecimentos.

Nesse sentido, ao ensiná-la a escola tem a responsabilidade de garantir a todos os seus alunos os saberes linguísticos, necessários ao exercício da cidadania, um direito de todos. Por isso, o ensino da língua portuguesa, tem sido o centro das discussões a fim melhorar a qualidade da educação no país.

Analisando o contexto histórico do ensino no Brasil, percebe-se que a pedagogia tradicional transmite muitas mensagens, como por exemplo, que o erro é vergonhoso precisando ser evitado a qualquer custo. Sob este ponto de vista, o aluno fica sem coragem de expressar seu pensamento, por medo de escrever ou falar de forma errada. A visão culposa do erro, na prática escolar,

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tem conduzido ao uso permanente do castigo como forma de correção e direção da aprendizagem, tornando a avaliação como base da decisão.

A ideia de erro surge no contexto da existência de um padrão considerado correto. A solução insatisfatória de um problema só pode ser considerada errada, a partir do momento que se tem uma forma considerada certa de resolvê-lo; uma conduta é considerada errada, na medida em que se tem uma definição de como seria considerada correta, e assim por diante.

“A tradição escolar, cuja crença é a de que se aprende pela repetição, concebe os erros como inadequações que as crianças cometem ao reproduzir o conteúdo que se ensinou.”(Kaufman et al; 1998, p. 46). Assim, todo o esforço do professor consiste em evitar que os erros ocorram e em corrigir aqueles que não puderam ser evitados.

Porém, de acordo com as novas práticas pedagógicas, o erro é visto como um indicador dos conhecimentos adquiridos ou em construção. Uma visão sadia do erro permite sua utilização de forma construtiva. Face a isto, quando tratamos de avaliação, impreterivelmente, precisamos enfrentar a questão do erro. Lidar com os erros dos aprendizes é, possivelmente, uma das maiores dificuldades dos professores. Superar essa dificuldade implica refletir a cerca do conceito que temos de erro.

Se o trabalho desenvolvido em sala de aula permitir as crianças escrever livremente, da forma como sabem, o resultado de suas escritas criará nelas próprias aflição e, consequentemente, a necessidade de superar os erros que cometem.

É fundamental ver os erros das crianças como indicações a cerca do nível de conhecimento que elas possuem sobre a língua escrita. Desse modo, o educador terá] condições de planejar atividades que venham ajudar o aluno a superar suas limitações temporárias e, assim, progredir cognitivamente. Tais atividades envolveriam o ensino lúdico da ortografia, os trabalhos individuais e grupais, utilização de diferentes tipos de recursos didáticos e do próprio meio.

Receber o erro como processo de construção do conhecimento não significa ignorá-lo, aguardando que o aluno o perceba sozinho, e sim gerar situações problematizadoras e instigantes, que levam o aluno a reformular hipóteses e confrontar saberes.

REFERÊNCIAS

MEC (Ministério da Educação) Parâmetros Curriculares Nacionais. Língua Portuguesa. Brasília, MEC.1998.SANTOS, Leonor Werneck dos. Oralidade e escrita nos PCN de língua portuguesa. Disponível em http://www.filologia.org.br/viiisenefil/08.html. Acessado em três de dezembro de dois mil e dez às dezessete e treze.MARTELOTTA, M.E. (Org.) et al. Manual de Linguística. São Paulo: Contexto, 2008.

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CAVÉQUIA. Márcia Paganini. Alfabetização/Márcia Paganini Cavéquia. São Paulo:Scipione, 2004. – (A escola é nossa)CÓCCO. Maria Fernandes. ALP: Alfabetização, análise, linguagem e pensamento: um trabalho de linguagem numa proposta socioconstrutivista/Maria Fernandes Cócco, Marco Antônio Hailer. São Paulo: FTD, 1995.STEINLE. Marlizette Cristina Bonafini et al. Instrumentação do trabalho pedagógico nos anos iniciais do Ensino Fundamental/ Marlizette Cristina Bonafini Steinle; Elaine Teixeira França; Érica Ramos Moimaz; Ana Maria de Souza Valle Teixeira; Sandra Regina dos Reis Rampazzo; Edilaine Vagula. Londrina: Editora UNOPAR, 2008.

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“UM GERENTE DE VENDAS RECEBEU O SEGUINTE FAX DE UM DOS SEUS NOVOS VENDEDORES:

SEO GOMIS,‘O CRIENTE DE BELZONTE PIDIU MAIS CUATRUCENTA PESSA. FAZ FAVORTOMÁ AS PROVIDENSSA.ABRASSO, NIRSO.’

APROXIMADAMENTE UMA HORA DEPOIS, RECEBEU OUTRO:'SEO GOMIS,OS RELATÓRIO DI VENDA VAI XEGÁ ATRAZADO PROQUE TÔ FEXANDO UMASVENDA. TEMO QUE MANDÁ TREIS MIR PESSA. AMANHÃ TÁ XEGANO.'ABRASSO, NIRSO.'NO DIA SEGUINTE:'SEO GOMIS,NUM XEGUEI PUCAUSA DE QUE VENDI MAIS DEIS MIR EM BERABA. TÔ INDOPRA BRAZILHA.

NO OUTRO:'SEO GOMIS,BRAZILHA FEXÔ 20 MIL. VÔ PRA FROLINÒPOLIS E DI LÁ PRA SUM PAULONO VINHÃO DAS CETE HORA.’ASSIM FOI O MÊS INTEIRO.O GERENTE, MUITO PREOCUPADO COM A IMAGEM DA EMPRESA, POR CONTA DO PORTUGUÊIS DO NIRSO, LEVOU AO PRESIDENTE AS MENSAGENS QUE RECEBEU DO VENDEDOR.O PRESIDENTE ESCUTOU ATENTAMENTE O GERENTE E DISSE:'-DEIXA COMIGO, QUE EU TOMAREI AS PROVIDÊNCIAS NECESSÁRIAS'.

E TOMOU. REDIGIU DE PRÓPRIO PUNHO UM AVISO E O AFIXOU NO MURAL DA EMPRESA, JUNTAMENTE COM AS MENSAGENS DE FAX DO VENDEDOR:

‘A PARTI DE OJE NOIS TUDO VAMO FAZÊ FEITO O NIRSO. SI PRIOCUPÁ MENOS EM ISCREVÊ SERTO , MOD VENDÊ MAIZ.' ACINADO,O PRIZIDENTI. “”

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