Apostila de Matrizes e Determinantes

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Teoria e exercício sobre matrizes

Citation preview

  • 1

    Material Didtico Notas de Aula

    Viviane Carla Fortulan

  • 2

    I MATRIZES

    1. Definio: Matriz m x n uma tabela de m . n nmeros reais dispostos em m linhas (filas horizontais) e n colunas (filas verticais). Exemplos:

    1.

    240

    321A uma matriz 2 x 3;

    2.

    11

    04B uma matriz 2 x2;

    3.

    612

    1

    34 0

    2 0 1

    5 23

    C

    uma matriz 4 x 3.

    Como podemos notar nos exemplos 1, 2 e 3 respectivamente, uma matriz pode ser representada

    por colchetes, parnteses ou duas barras verticais.

    2. Representao de uma matriz:

    As matrizes costumam ser representadas por letras maisculas e seus elementos por letras

    minsculas, acompanhadas de dois ndices que indicam, respectivamente, a linha e a coluna

    ocupadas pelo elemento.

    Exemplo: Uma matriz A do tipo m x n representada por:

    mn3m2m1m

    n3333231

    n2232221

    n1131211

    aaaa

    a aaa

    a aaa

    a aaa

    A

    ou, abreviadamente, A= n x mij

    a , onde i e j representam, respectivamente, a linha e a coluna que o

    elemento ocupa,

    nj1

    mi1.

    Por exemplo, na matriz anterior, 23a o elemento da segunda linha com o da terceira

    coluna.

    Exemplo 1: Seja a matriz A= 2 x 2ij

    a , onde ji2a ij :

    Genericamente, temos: 2 x 22221

    1211

    aa

    aaA

    . Utilizando a regra de formao dos elementos

    dessa matriz, temos:

  • 3

    ji2a ij

    62)2(2a

    42)1(2a

    51)2(2a

    31)1(2a

    22

    12

    21

    11

    Assim, A=

    65

    43.

    3. Matrizes especiais:

    3.1 Matriz linha: toda matriz do tipo 1 x n, isto , com uma nica linha.

    Ex: 4x1

    1374A .

    3.2 Matriz coluna: toda matriz do tipo n x 1, isto , com uma nica coluna.

    Ex:

    1x30

    1

    4

    B

    .

    3.3 Matriz quadrada: toda matriz do tipo n x n, isto , com o mesmo nmero de linhas e

    colunas. Neste caso, dizemos que a matriz de ordem n.

    Ex:

    2x212

    7 4C

    3x33 7 2

    3 0

    0 14

    D

    Matriz de ordem 2 Matriz de ordem 3

    Seja A uma matriz quadrada de ordem n.

    Diagonal principal de uma matriz quadrada o conjunto de elementos dessa matriz, tais que

    i = j.

    Diagonal secundria de uma matriz quadrada o conjunto de elementos dessa matriz, tais

    que i + j = n + 1..

    Exemplo:

    675

    303

    5 21

    A3

  • 4

    Descrio da matriz:

    - O subscrito 3 indica a ordem da matriz; - A diagonal principal a diagonal formada pelos elementos 1, 0 e 6; - A diagonal secundria a diagonal formada pelos elementos 5, 0 e 5;

    - 11a = -1 elemento da diagonal principal, pois i = j = 1;

    - 31a = 5 elemento da diagonal secundria, pois i + j = n + 1 = 3 + 1.

    3.4 Matriz nula: toda matriz em que todos os elementos so nulos.

    Notao: n x mO

    Exemplo:

    000

    000O 3 x 2

    3.5 Matriz diagonal: toda matriz quadrada onde s os elementos da diagonal principal

    so diferentes de zero.

    Exemplo:

    10

    02A 2

    700

    030

    004

    B3 .

    3.6 Matriz identidade: toda matriz quadrada onde todos os elementos que no esto na

    diagonal principal so nulos e os da diagonal principal so iguais a 1.

    Notao: nI onde n indica a ordem da matriz identidade.

    Exemplo:

    10

    01I 2

    100

    010

    001

    I3

    ou :

    ji se 0,

    ji se ,1a ,aI ijij n

    3.7 Matriz transposta: Chamamos de matriz transposta de uma matriz A a matriz que

    obtida a partir de A, trocando-se ordenadamente suas linhas por colunas ou suas colunas por linhas.

    Notao: tA .

    Exemplo: Se

    121

    03 2 A ento tA =

    1 0

    23

    12

    Desse modo, se a matriz A do tipo m x n, tA do tipo n x m. Note que a primeira linha de

    A corresponde primeira coluna de tA e a segunda linha de A corresponde segunda coluna de tA .

  • 5

    3.8 Matriz simtrica: Uma matriz quadrada de ordem n simtrica quando A= tA .

    OBS: Se A = - tA , dizemos que a matriz A anti-simtrica.

    Exemplo: Se

    3x3541

    423

    132

    A

    3x3

    t

    541

    423

    132

    A

    3.9 Matriz oposta: Chamamos de matriz oposta de uma matriz A a matriz que obtida a

    partir de A, trocando-se o sinal de todas os seus elementos.

    Notao: - A

    Exemplo: Se

    1-4

    0 3A ento A =

    14

    03

    3.10 Igualdade de matrizes: Duas matrizes, A e B, do mesmo tipo m x n, so iguais se,

    todos os elementos que ocupam a mesma posio so idnticos.

    Notao: A = B.

    Exemplo: Se

    b1

    02A

    31

    c2B e A = B, ento c = 0 e b = 3

    Simbolicamente: ijij baBA para todo mi1 e todo ni1 .

    Resolver a primeira lista de exerccios

  • 6

    1 LISTA

    1-) *Escreva a matriz A= 3x2ij

    a , onde

    ija =2i+3j

    2-) Escreva a matriz B= 3x3ij

    b , onde ijb = j

    i.

    3-) Escreva a matriz C= 1x4ij

    c , onde

    jic 2ij .

    4-) * Escreva a matriz D= 3x1ij

    d , onde ijd = i

    j.

    5-) Escreva a matriz A= 3x4ij

    a , onde

    jise,1

    jise,2a ij

    6-) Escreva a matriz A= 3x3ij

    a , onde

    jise,0

    jise,jia ij

    7-) Escreva a matriz A= 3x2ij

    a , onde

    jise,ji

    jise,ji2a ij

    8-) *Chama-se trao de uma matriz quadrada a

    soma dos elementos da diagonal principal.

    Determine o trao de cada uma das matrizes A

    =

    101

    532

    102

    Be34

    21.

    9-) Dada a matriz A=

    41

    21, determinar:

    a-) a transposta de A

    b-) a oposta de A

    10-) *Dadas as matrizes A=

    3a

    21 e

    3b

    3xB , determinar a, b e x para que

    A=tB .

    11-) Determinar os valores de a e b, tais que:

    3a

    2b

    3b

    1a2

    12-) Determine x e y na igualdade:

    5

    9

    4

    5

    y

    xlog2

    3

    13-) Seja A= 3x2ij

    a , onde ija =i + j. Determine

    m, n e p em B=

    5p2m1n

    43nm a fim de

    que tenhamos A=B.

    14-) Determine a, b, x e y, tais que:

    .11

    23

    yx2ba

    yxba

    15-) Determine x e y, tais que:

    a-) .

    64

    5

    3

    x

    y

    xlog

    2

    2

    b-) .y2x51

    05

    71

    0y3x2

  • 7

    RESPOSTAS

    1-) A=

    13107

    1185

    2-) B=

    13

    12

    1

    23

    32

    31

    21

    3-) C=

    17

    10

    5

    2

    4-) D= 210

    5-) A=

    222

    222

    122

    112

    6-) A=

    600

    040

    002

    7-)

    165

    213A

    8-) trA = 4 e trB = 4

    9-) a-)

    42

    11A t b-) A=

    41

    21

    10-) a = 3, b = 2 e x = 1

    11-) a = 1 e b = 1

    12-) x = 81 e y= 3 13-) m = -2 n = 4 e p = -3

    14-) a = 2, b = 1, x = 1 e y = 1

    15-) a-) x = 8 e y = 5

    b-) x = 57 e y =

    1511

  • 8

    4. Adio de Matrizes:

    Dadas as matrizes A= n x mij

    a e B = n x mij

    b , chamamos de soma das matrizes A e B a matriz

    C = n x mij

    c , tal que ijijij bac , para todo mi1 e todo ni1 .

    Notao: A + B = C

    OBS: A + B existe se, e somente se, A e B so do mesmo tipo (m x n).

    Propriedades : A, B e C so matrizes do mesmo tipo (m x n), valem as seguintes

    propriedades:

    1) Associativa:

    (A + B) + C = A + (B + C)

    2) Comutativa

    A + B = B + A

    3) Elemento Neutro

    A + O = O + A = A

    onde O a matriz nula m x n.

    4) Elemento Oposto

    A + (-A) = (-A) + A = O

    Exemplos:

    1)

    90

    33

    2700

    1421

    2 0

    12

    70

    41

    2)

    10 1

    145

    2111 10

    10 13 32

    2 1- 1

    1 1 3

    11 0

    0 3 2

    5. Subtrao de Matrizes:

    Dadas as matrizes A= n x mij

    a e B= n x mij

    b , chamamos de diferena entre as matrizes A e B

    a soma de A com a matriz oposta de B

    Notao: A - B = A + (-B)

    OBS: A + B existe se, e somente se, A e B so do mesmo tipo (m x n).

  • 9

    Exemplo:

    1)

    54

    22

    2704

    2013

    2 0

    2-1

    74

    0 3

    2-0

    2 1

    74

    0 3

    6. Multiplicao de um nmero real por uma matriz:

    Dados um nmero real x e uma matriz A do tipo m x n , o produto de x por A uma matriz

    do tipo m x n, obtida pela multiplicao de cada elemento de A por x.

    Notao: B = x.A

    OBS.: Cada elemento ijb de B tal que ijb = x ija

    Propriedades : Sendo A e B matrizes do mesmo tipo (m x n) e x e y nmeros reais

    quaisquer, valem as seguintes propriedades:

    1) Associativa:

    x.(y.A) = (x.y).A

    2) Distributiva de um nmero real em relao a adio de matrizes:

    x.(A+B) = x.A + x.B

    3) Distributiva de uma matriz em relao a soma de dois nmeros reais:

    (x + y).A = x.A + y.A

    4) Elemento Neutro: x.A = A, para x = 1, ou seja:

    1.A = A

    Exemplo:

    1)

    03

    216

    0.31.3

    7.32.3

    01

    72 .3

    7. Multiplicao de matrizes:

    O produto de uma matriz por outra no pode ser determinado atravs do produto dos seus

    respectivos elementos. A multiplicao de matrizes no anloga multiplicao de nmeros reais.

    Assim, o produto das matrizes A= p x mij

    a e B= n x pij

    b a matriz C= n x mij

    c , onde cada

    elemento ijc obtido atravs da soma dos produtos dos elementos correspondentes da i-sima linha

    de A pelos elementos da j-sima coluna de B.

  • 10

    OBS: Elementos correspondentes de matrizes do mesmo tipo m x n, so os elementos que

    ocupam a mesma posio nas duas matrizes. Exemplo: Sejam

    203

    461A e

    437

    205B . Os

    elementos 2b e 4a 1313 so elementos correspondentes.

    Decorrncia da definio:

    A matriz produto A.B existe apenas se o nmero de colunas da primeira matriz (A) igual

    ao nmero de linhas da segunda matriz (B).

    Assim: n x mn x pp x m B.AB e A Note que a matriz produto ter o nmero de linhas (m) do primeiro fator e o nmero de

    colunas (n) do segundo fator.

    Exemplos:

    1) Se 5 x 35 x 22 x 3 B.AB e A 2) Se produto existe no que B e A 3 x 21 x 4

    3) 1 x 41 x 22 x 4 B.AB e A

    Propriedades : Verificadas as condies de existncia, para a multiplicao de matrizes so

    vlidas as seguintes propriedades:

    1) Associativa:

    (A.B).C = A.(B.C)

    2) Distributiva em relao adio:

    a) A.(B+C) = A.B + A.C

    b) (A+B).C = A.C + B.C

    3) Elemento Neutro:

    A. nI = nI .A = A

    onde nI a matriz identidade de ordem n.

    Ateno: No valem as seguintes propriedades:

    1) Comutativa, pois, em geral, A.B B.A

    2) Sendo n x mO uma matriz nula, A.B = n x mO no implica, necessariamente, que A =

    n x mO ou B = n x mO .

  • 11

    Exemplos:

    1) Sendo A=

    14

    32 e B=

    43

    21, vamos determinar A.B e B.A e comparar os resultados

    Soluo:

    A.B =

    14

    32.

    43

    21

    coluna 1 e linha 1aaa

    11 = 2.1 + 3.3 = 2 + 9 = 11

    coluna 2 e linha 1aaa

    12 = 2.2 + 3.4 =4 + 12 = 16

    coluna 1 e linha 2aaa

    21 = 4.1 + 1.3 = 4 + 3 = 7

    coluna 2 e linha 2aaa

    22 = 4.2 + 1.4 = 8 + 4 = 12

    Assim:

    A.B =

    2 x 214

    32

    .

    2 x 243

    21

    =

    2 x 2127

    1611

    4834

    12492

    4.12.43.11.4

    4.32.23.31.2

    B.A =

    2 x 243

    21

    .

    2 x 214

    32

    =

    2 x 21322

    510

    49166

    2382

    1.43.34.42.3

    1.23.14.22.1

    Comparando os resultados, observamos que A.B B.A, ou seja, a propriedade comutativa para multiplicao de matrizes no vale.

    2) Seja A=3 x 2

    2 x 3

    402

    321 B e

    41

    10

    32

    , determine:

    a) A.B b) B.A

    Soluo:

    a) A.B =

    3 x 3

    3 x 2

    2 x 34.43.10.42.1)2.(41.1

    4.13.00.12.0 )2.(11.0

    4.33.20.32.2 )2.(31.2

    402

    321 .

    41

    10

    32

    =

    =

    3 x 33 x 31329

    40 2

    184 4

    16302)8(1

    40 00 )2(0

    126 04 )6(2

  • 12

    b) B.A = 2 x 2

    2 x 3

    3 x 24.4)1.(0)3.(2)1.(4)0.(0)2.(2

    )4.(3)1.(2)3.(1)1.(30.22.1

    41

    10

    32

    402

    321 .

    =

    =

    2 x 22 x 2108

    171

    1606)4(04

    1223)3(02

    Concluso: Verificamos que A.B B.A

    8. Matriz Inversa:

    Dada uma matriz A, quadrada, de ordem n, se existir uma matriz 'A , de mesma ordem, tal

    que A. 'A = 'A .A = nI , ento 'A matriz inversa de A. (Em outras palavras: Se A. 'A = 'A .A = nI ,

    isto implica que 'A a matriz inversa de A, e indicada por 1A ).

    Notao: 1A

    Exemplo: Sendo A =

    2 x 212

    21

    , vamos determinar a matriz inversa de A, se existir.

    Soluo:

    Existindo, a matriz inversa de mesma ordem de A.

    Como, para que exista inversa, necessrio que A. 'A = 'A .A = nI , vamos trabalhar em

    duas etapas:

    o

    1 Passo: Impomos a condio de que A. 'A = nI e determinamos 'A :

    A. 'A = nI 2 x 2

    12

    21

    .

    2 x 2dc

    ba

    =

    2 x 210

    01

    2 x 22 x 2

    2 x 22 x 2

    10

    01

    d2b-ca2

    d2b c2a

    10

    01

    1.d2.b-c.1a.2

    d.2b.1 c.2a.1

    A partir da igualdade de matrizes, resolvemos o sistema acima pelo mtodo da adio e chegamos

    :

  • 13

    5

    1a0

    5

    22a-

    0c2a-

    5

    2c 25c

    0c 2a-

    24c2a

    0ca2

    (-2) 1c2a

    __________________

    5

    2b1

    5

    12b-

    1d2b-

    5

    1d 15d

    1d 2b-

    04d2b

    1db2

    (-2) 0d2b

    __________________

    Assim temos:

    'A =.

    2 x 2dc

    ba

    =

    2 x 251

    52

    52

    51

    o

    2 Passo: Verificamos se 'A A = 2I :

    'A .A =

    2 x 251

    52

    52

    51

    .

    2 x 212

    21

    =

    2

    2 x 2

    2 x 22 x 2

    I

    10

    01

    550

    05

    5

    51

    54

    52

    52

    52

    52

    54

    51

    1.5

    12.5

    22.5

    11.5

    2

    1..5

    22.5

    1 2.5

    21.5

    1

  • 14

    Portanto temos uma matriz 'A , tal que: A. 'A = 'A .A = 2I

    Logo, 'A inversa de A e pode ser representada por:

    1A =

    2 x 251

    52

    52

    51

    .

    Resolver a segunda lista de exerccios

    2 LISTA

    1-) *Sendo A=

    3

    2

    1

    0

    4

    1 e B=

    124

    103,

    calcule:

    a-) A + B b-) A B c-) B A

    2-) Calcule x, y e z, tais que

    04

    z23

    17

    71

    1yx

    zx2.

    3-) Sendo A= 2x3ij

    a , onde ija =2i-j, e B= 2x3ijb , com ijb = ,ji

    2 calcule:

    a-) A B b-) B A c-) tBA

    4-) *Verifique experimentalmente que, se A e B so

    matrizes do mesmo tipo, ento ttt BABA . Sugesto: Considere A e B as matrizes

    encontradas no exerccio 3.

    5-) Sendo A=

    20

    02 e

    30

    03B , determinar as

    matrizes X e Y, tais que: X + Y = A + B e 2X Y = A B.

    6-) *Dadas as matrizes A=

    10

    32,

    23

    40B e

    C=

    180

    1415 calcule:

    a-) 3.(A B) + 3.(B C) + 3.(C A) b-) 2.(A - B) 3.(B C) 3.C c-) a matriz X, tal que

    3.(X A) + 2.B = 4.(X A + 2.C)

    7-) Sendo A=

    0

    3

    2

    e B=

    2

    0

    1

    , determine as matrizes

    X e Y, tais que 3X Y = 2A B e X + Y = A B

    8-) *Determine a relao existente entre as

    matrizes A=

    3

    1

    4

    0

    2

    3 e B=

    3

    4

    2

    1

    0

    3

    .

    9-)* Sendo a matriz A=

    320

    y43

    c32

    simtrica,

    determine c e y.

    10-) Sendo A= 2x2ij

    a , onde ija =2i-j, e

    B= 2x2ij

    b , com ijb = ij , determine X tal

    que 3A + 2X = 3B.

    11-) *Sendo A=

    23

    12 e

    11

    10B ,

    calcule as matrizes X e Y no sistema

    AY2X3

    BY3X2.

    12-) Sendo A=

    112

    010

    321

    e B=-2A,

    determine a matriz X, tal que B2

    1A3X2

    13-) Dadas as matrizes A= 4x6ij

    a , tal que

    ija = i - j, B= 5x4ijb , tal que com ijb = ij e C = AB, determine o elemento

    42c .

    14-) *Sendo A=

    21

    22, calcule

    22 I5A4A .

    15-) Determine a matriz X, tal que

    tAB.AA2X , sendo A=

    10

    12 e

  • 15

    16-) *Dadas as matrizes

    A=

    531

    531

    531

    B,

    431

    541

    532

    3x3

    e

    C=

    321

    431

    422

    . Calcule:

    a-) A.B

    b-) B.A

    c-) A.C

    d-) C.A

    17-) (UFPA) A matriz A= 3x3ij

    a definida de tal

    modo que

    jise,0

    jise,)1(a

    ji

    ij . Ento, A igual a:

    a-)

    011

    101

    110 b-)

    101

    011

    001 c-)

    011

    101

    110

    d-)

    100

    010

    001 e-)

    011

    101

    110

    18-) (PUC-SP) Dadas as matrizes A= ija e B= ijb , quadradas de ordem 2, com

    j3i4bej4i3a ijij , se C=A + B, ento

    2C igual a:

    a-)

    10

    01 b-)

    10

    01 c-)

    01

    10 d-)

    01

    10 e-)

    11

    11

    B=

    01

    21.

    19-) *Verifique se B=

    2x231

    32

    21 0

    inversa

    de A=

    34

    02

    20-) *Determinar, se existir, 1A em cada

    caso:

    a-) A=

    10

    01 b-) A=

    12

    32.

    11

    01

    21-) Sendo A=

    43

    21, calcule 11A .

    22-) As matrizes A, B e C so invertveis e de

    mesma ordem 2. Sendo B. 21 IA e C.B =

    A, determine C e 1C .

    23-)* (MACK) A uma matriz mxn e B

    uma matriz mxp. A afirmao falsa :

    a-) A + B existe se, e somente se, n = p

    b-) A=tA implica m = n ( tA = transposta de

    A)

    c-) A.B existe se, e somente se, n = p

    d-) A. tB existe se, e somente se, n = p

    e-) tA .B sempre existe

  • 16

    Respostas

    1) a)

    2

    3

    3

    0

    8

    4 b)

    4

    1

    1

    0

    0

    2 c)

    4

    1

    1

    0

    0

    2

    2) x=2, y=-9 e z=-7

    3) a)

    7

    4

    3

    5

    2

    1 b)

    7

    4

    3

    5

    2

    1 c)

    15

    15

    8

    8

    3

    3

    4) -------------

    5) X=

    34

    34

    0

    0 e Y=

    311

    311

    0

    0

    6) a)

    00

    00 b)

    815

    144 c)

    1396

    101118

    7) X=

    1

    2

    49 e Y=

    1

    1

    43

    8) A= tB

    9) c=0 e y=2

    10) X=

    3623

    23

    11) X=

    54

    511

    51

    56

    e Y=

    51

    59

    51

    54

    12) X=

    112

    010

    321

    13) 2

    14)

    98

    169

    15) X=

    33

    13

    16) a)

    000

    000

    000 b)

    000

    000

    000 c) AC= A d) CA= C

    17) alternativa a) 18) alternativa b) 19) Sim, B inversa de A

    20) a)

    10

    01 b)

    85

    81

    83

    81

    21) A inversa da inversa de uma matriz A a prpria matriz A.

    22) C= 21 IC

    23) Alternativa c)

  • 17

    II DETERMINANTES

    Definio: Determinante um nmero associado a uma matriz quadrada.

    Aplicaes dos determinantes na matemtica:

    - Clculo da matriz inversa; - Resoluo de alguns tipos de sistemas de equaes lineares; - Clculo da rea de um tringulo, quando so conhecidas as coordenadas dos vrtices.

    1. Determinante de primeira ordem

    Dada uma matriz quadrada de a

    1 ordem M= 11a , chamamos de determinante associado matriz M o nmero real

    11a .

    Notao: det M ou 11a = 11a

    Exemplos:

    1. 55ou 5Mdet5M 11

    2. 33-ou 3Mdet3M 12

    2. Determinante de segunda ordem

    Dada a matriz M=

    2221

    1211

    aa

    aa, de ordem 2, por definio, temos que o determinante

    associado a essa matriz, ou seja, o determinante de a

    2 ordem dado por:

    211222112221

    1211aaaa

    aa

    aaMdet

    Assim:

    21122211 aaaaMdet

    Exemplo: Sendo M=

    54

    32, ento:

    det M= 21210435254

    32

    Logo: det M = -2

    Concluso: O determinante de uma matriz de ordem 2 dado pela diferena entre o produto

    dos elementos da diagonal principal e o produto dos elementos da diagonal secundria.

  • 18

    3. Menor Complementar

    Chamamos de menor complementar relativo ao elemento ija de uma matriz M, quadrada e

    de ordem n > 1, o determinante ijMC , de ordem n 1, associado matriz obtida de M quando

    suprimos a linha e a coluna que passam por ija .

    Exemplo 1: Dada a matriz M=

    2221

    1211

    aa

    aa, de ordem 2, para determinarmos o menor

    complementar relativo ao elemento 11a ( 11MC ), retiramos a linha 1 e a coluna 1;

    MC = menor complementar

    2221

    1211

    aa

    aa, logo, 222211 aaMC

    Da mesma forma temos que o MC relativo ao elemento 12a dado por:

    2221

    1211

    aa

    aa, logo, 212112 aaMC e assim por diante.

    Exemplo 2: Dada a matriz M=

    333231

    232221

    131211

    aaa

    aaa

    aaa

    , de ordem 3, vamos determinar:

    a) 11MC

    b) 12MC

    c) 13MC

    d) 21MC

    Soluo:

    OBS.: Vamos denotar menor complementar por MC

    a) retirando a linha 1 e a coluna 1 da matriz dada acima

    333231

    232221

    131211

    aaa

    aaa

    aaa

    , temos que:

    11MC = 322333223332

    2322aaaa

    aa

    aa

    b) retirando a linha 1 e a coluna 2 da matriz dada acima, temos que:

    12MC =

    3331

    2321

    aa

    aa= 31233321 aaaa

    c) retirando a linha 1 e a coluna 3 da matriz dada acima, temos que:

  • 19

    13MC =

    3231

    2221

    aa

    aa= 31223221 aaaa

    d) retirando a linha 2 e a coluna 1 da matriz dada acima, temos que:

    21MC =

    3332

    1312

    aa

    aa= 32133312 aaaa

    4. Cofator

    Chamamos de cofator (ou complemento algbrico) relativo ao elemento ija de uma matriz

    quadrada de ordem n o nmero ijA , tal que ijji

    ij MC)1(A .

    Exemplo 1: Dada M=

    2221

    1211

    aa

    aa, os cofatores relativos a todos os elementos da matriz M

    so:

    22222

    MC

    22

    11

    11 aa)1(a)1(A

    11

    ;

    21213

    MC

    21

    21

    12 aa)1(a)1(A

    12

    ;

    12123

    MC

    12

    12

    21 aa)1(a)1(A

    21

    ;

    11114

    MC

    11

    22

    22 aa)1(a)1(A

    22

    .

    Assim, podemos tambm determinar a matriz dos cofatores (que ser denotada por A )

    como sendo:

    1112

    2122

    2221

    1211

    a a

    aa

    AA

    AAA

    Exemplo 2: Sendo M=

    333231

    232221

    131211

    aaa

    aaa

    aaa

    , vamos calcular os cofatores 312322 A e A ,A :

    31133311311333114

    3331

    131122

    22 aaaa)1(aaaa)1(aa

    aa)1(A

    ;

    31123211311232115

    3231

    121132

    23 aaaa)1(aaaa)1(aa

    aa)1(A

    ;

    22132312221323124

    2322

    131213

    31 aaaa)1(aaaa)1(aa

    aa)1(A

    .

  • 20

    5. Matriz Adjunta

    A matriz transposta da matriz dos cofatores de uma matriz A chamada adjunta de A.

    Assim: tAadjA

    6. Teorema de Laplace

    Definio: O determinante de uma matriz quadrada 2m aMm x mij

    pode ser obtido

    pela soma dos produtos dos elementos de uma fila qualquer (linha ou coluna) da matriz M pelos

    respectivos cofatores.

    Assim, fixando mj1 que tal,Nj , temos:

    m

    1i

    ijijAaMdet

    onde,

    m

    1i

    o somatrio de todos os termos de ndice i, variando de 1 at m, Nm e ijA o

    cofator ij.

    Exemplo : Calcular com o auxlio do Teorema de Laplace, os seguintes determinantes:

    a)

    3 2 0 1

    1 1 13

    0 2 0 0

    14 3 2

    D b)

    6 5 0

    2 1 2

    43 2

    D 21

    Soluo:

    a)

    6 5 0

    2 1 2

    43 2

    D1

    Aplicando Laplace na coluna 1, temos:

    2 1

    43(-1)0

    6 5

    43(-1))2(

    65

    21(-1)2D

    31

    31

    21

    21

    11

    11

    CofatorA

    13

    a

    CofatorA

    12

    a

    )11cofator(A

    11

    a

    1

    06 5

    432

    65

    212D1

    2(38)2(-4)20)2(1810)-2(6D1

    68768D1

  • 21

    b) Como trs dos quatro elementos da a

    2 linha so nulos, convm aplicar Laplace nessa

    linha.

    3 2 0 1

    1 1 13

    0 2 0 0

    14 3 2

    D 2

    3 0 1

    1 13

    13 2

    )1(200D

    23MCD

    32

    2

    OBS.: Ento podemos rescrever 2D como:

    (I) D2D 2

    Agora precisamos calcular o valor de D para substituirmos em (I) Para isso aplicamos

    Laplace na a

    3 linha (mais conveniente, pois um dos elementos nulo), e obtemos:

    3331 MC

    33

    MC

    13

    1-3

    3 2)1(3

    1 1-

    1-3 )1(1D

    332)11(3)2(1)92(3)13(1D

    35D

    Finalmente, substituindo esse valor em (I), obtemos:

    -2(-35)DD2D 22

    70D 2

    7. Regra de Sarrus

    Dispositivo prtico para calcular o determinante de a

    3 ordem.

    Exemplo 1: Calcular o seguinte determinante atravs da Regra de Sarrus.

    D=

    333231

    232221

    131211

    aaa

    aaa

    aaa

  • 22

    Soluo:

    a

    1 Passo: Repetir a duas primeiras colunas ao lado da a

    3 :

    32

    22

    12

    31

    21

    11

    333231

    232221

    131211

    a

    a

    a

    a

    a

    a

    aaa

    aaa

    aaa

    a

    2 Passo: Encontrar a soma do produto dos elementos da diagonal principal com os dois

    produtos obtidos com os elementos das paralelas a essa diagonal.

    OBS.: A soma deve ser precedida do sinal positivo, ou seja:

    322113312312332211 aaaaaaaaa

    a

    3 Passo: Encontrar a soma do produto dos elementos da diagonal secundria com os dois

    produtos obtidos com os elementos das paralelas a essa diagonal.

    OBS.: A soma deve ser precedida do sinal negativo, ou seja:

    332112322311312213 aaaaaaaaa

    Assim:

    332112322311312213 aaaaaaaaaD 322113312312332211 aaaaaaaaa

    OBS.: Se desenvolvssemos esse mesmo determinante de a

    3 ordem com o auxlio do

    teorema de Laplace, veramos que as expresses so idnticas, pois representam o mesmo nmero

    real.

    Exemplo 2: Calcular o valor dos seguintes determinantes:

    a)

    0 1 1 0

    0 1 - 0 1

    2 1 0 0

    1 0 1- 2

    D b)

    1 2 3

    2 1 4

    13 2

    D 21

    Soluo:

    a)

    47242381821283

    2

    1

    3

    3-

    4

    2

    1 2 3

    2 1 4

    13 2

    D1

  • 23

    b)

    0 1 1 0

    0 1 - 0 1

    2 1 0 0

    1 0 1- 2

    D 2

    Aplicando Laplace na a

    2 linha, temos:

    ''2

    '2 D

    42

    D

    32

    2

    1 1 0

    1-0 1

    0 12

    )1(2

    0 1 0

    0 0 1

    1 12

    )1(100D

    ''

    2

    '

    22 D2D)1(D

    - Clculo de '2D : Como, na a

    2 linha, dois elementos so nulos, conveniente aplicar

    Laplace; assim:

    1)10(101

    11)1(1D 12'2

    - Clculo de ''2D : Utilizando a Regra de Sarrus, temos:

    ''2D

    1

    0

    1-

    0

    1

    2

    1 1 0

    1- 0 1

    0 1- 2

    3)000()120(

    Portanto,

    5D

    61)3(2)1(1D

    D2D)1(D

    2

    2

    ''

    2

    '

    22

  • 24

    8. Matriz de Vandermonde

    Chamamos de matriz de Vandermonde toda matriz quadrada de ordem 2n , com a seguinte forma:

    1n

    n

    1n

    2

    1n

    1

    3

    n

    3

    2

    3

    1

    2

    n

    2

    2

    2

    1

    n21

    a aa

    a a a

    a a a

    a a a

    1 1 1

    V

    Observe que cada coluna dessa matriz formada por potncias de mesma base com

    expoentes inteiros, que variam de 0 at n-1.

    O determinante da matriz de Vandermonde dado por:

    1n1nn142434132312 aaaaaaaaaaaaaaaaVdet

    Exemplo: Calcular o determinante da matriz

    1694

    432

    111

    M

    Soluo:

    Como podemos escrever a matriz M na forma:

    222

    111

    432

    432

    111

    M

    Ento dizemos que a matriz M uma Matriz de Vandermonde com 4a e 3a ,2a 321 .

    Assim,

    2211243423aaaaaaMdet 132312

  • 25

    PROPRIEDADES DOS DETERMINANTES:

    (de matriz quadrada de ordem n)

    As propriedades a seguir so relativas a determinantes associados a matrizes quadradas de

    ordem n. Estas propriedades, muitas vezes nos permite simplificar os clculos.

    P1-) Quando todos os elementos de uma fila (linha ou coluna) so nulos, o determinante dessa

    matriz nulo.

    Exemplos:

    1-) 0

    391218

    3123

    0000

    7894

    2-) 0

    701

    302

    1503

    P2-) Se duas filas paralelas de uma matriz so iguais, ento seu determinante nulo.

    Exemplo:

    1-) 0

    3479

    5352

    8924

    5352

    pois, L1 = L3

    P3-) Se duas filas paralelas de uma matriz so proporcionais, ento o seu determinante nulo.

    Exemplo:

    1-) 0

    623

    412

    241

    pois C3 = 2C1

    P4-) Se os elementos de uma fila de uma matriz so combinaes lineares dos elementos

    correspondentes de filas paralelas, ento o seu determinante nulo.

    Exemplos:

    1-) 0

    523

    642

    431

    pois C1 + C2 = C3 2-) 0

    5107

    321

    143

    pois 2L1 + L2 = L3

    OBS.: Definio de combinao linear:

    Um vetor v uma combinao linear dos vetores v1, v2, ... ,vk, se existem escalares a1, a2, ... ,ak tal

    que:

    v= a1. v1+...+ ak. vk

  • 26

    P5-) Teorema de Jacobi: O determinante de uma matriz no se altera quando somamos aos

    elementos de uma fila uma combinao linear dos elementos correspondentes de filas paralelas.

    Exemplo:

    1-) 9

    342

    212

    321

    Substituindo a 1 coluna pela soma dessa mesma coluna com o dobro da 2, temos:

    9

    3410

    214

    325

    34242

    21212

    32221

    2C2 C1

    P6-) O determinante de uma matriz e o de sua transposta so iguais.

    Exemplo:

    Det A = 9

    342

    212

    321

    Det At = 9

    323

    412

    221

    P7-) Multiplicando por um nmero real todos os elementos de uma fila em uma matriz, o

    determinante dessa matriz fica multiplicado por esse nmero.

    Exemplos:

    1-) 4

    123

    112

    321

    Multiplicando C1 por 2, temos: 842126

    114

    322

    2-) 145

    102

    473

    0105

    Multiplicando L1 por 5

    1, temos: 29145

    5

    1

    102

    473

    021

    P8-) Quando trocamos as posies de duas filas paralelas, o determinante de uma matriz muda de

    sinal.

    Exemplo:

    4

    123

    112

    321

  • 27

    Trocando as posies de L1 e L2, por exemplo, temos:

    4

    123

    321

    112

    P9-) Quando, em uma matriz, os elementos acima ou abaixo da diagonal principal so todos nulos, o

    determinante igual ao produto dos elementos dessa diagonal.

    Exemplos:

    1-) cba

    cfe

    0bd

    00a

    2-) zyx

    z00

    iy0

    hgx

    P10-) Quando, em uma matriz, os elementos acima ou abaixo da diagonal secundria so todos

    nulos, o determinante igual ao produto dos elementos dessa diagonal, multiplicado por 2

    1nn

    1

    .

    Exemplos:

    1-) baxb

    a0 2-) cba

    zyc

    xb0

    a00

    P11-) Para A e B matrizes quadradas de mesma ordem n, temos:

    Observao: Como A A-1 = I, na propriedade acima, temos:

    Exemplo:

    Se A = ,43

    12B =

    22

    01 e AB =

    811

    24, ento:

    2510

    BdetAdetABdet

    det (AB) = det A det B

    det (A-1

    ) = Adet

    1

  • 28

    P12-) Se k , ento det (kA) = kn detA.

    Exemplo:

    Sendo k=3, A = 54

    12e kA =

    1512

    36, temos:

    623

    n

    54

    AdetkAkdet

    P13-) det (A+B) detA + detB

    9. Regra de Chi

    A regra de Chi mais uma tcnica que facilita muito o clculo do determinante de uma

    matriz quadrada de ordem n ( 2n ). Essa regra nos permite passar de uma matriz de ordem n para outra de ordem n-1, de igual

    determinante.

    Exemplos:

    1) Vamos calcular o determinante associado matriz

    642

    315

    432

    A com o auxlio da

    regra de Chi:

    Passo 1: Para podermos aplicar essa regra, a matriz deve ter pelo menos um de seus

    elementos igual a 1. Assim fixando um desses elementos, retiramos a linha e a coluna onde ele se

    encontra.

    642

    315

    432

    Passo 2: Em seguida subtramos do elemento restante o produto dos dois correspondentes

    que foram eliminados (um da linha e outro da coluna).

    618

    513

    )12(6)20(2

    )9(4)15(2

    )34(6)45(2

    )33(4)35(2

    Passo 3: Multiplicamos o determinante assim obtido por ji1 , onde i representa a linha e j

    a coluna retiradas (neste caso, a

    2 linha e a

    2 coluna).

  • 29

    12Adet

    9078)1(618

    513)1(Adet 422

    10. Inverso de matrizes com o auxlio da teoria dos determinantes

    A inversa de uma matriz quadrada de ordem n pode ser calculada pela aplicao do seguinte

    teorema:

    A matriz inversa 1A de uma matriz A (quadrada de ordem n) existe se, e somente se,

    0Adet e dada por:

    adjAAdet

    1A 1

    OBS.: adj A a matriz transposta da matriz dos cofatores: adj A = tA

    Exemplos:

    1) Verificar se a matriz

    31

    0 6A admite inversa

    Soluo:

    A matriz A admite inversa se, e somente se, 0Adet . Assim, como:

    0183-1

    0 6Adet , existe a matriz inversa de

    2) Calcular x para que exista a inversa da matriz

    x1 2

    01x

    233

    A

    Soluo:

    Verificar se existe a matriz inversa de A ( 0AdetA -1 )

    Ento:

    1

    1

    3

    2

    x

    3

    x1 2

    01x

    233

    04x3x

    x3042x03x-

    2

    2

  • 30

    Assim, -1 xe 3

    4xA 1-

    3) Calcular, se existir, a inversa da matriz

    41

    32A com o auxlio da frmula

    adjAAdet

    1A 1

    Soluo:

    Passo 1: Calcular o determinante de A para ver se existe inversa.

    538)1(342Adet

    Como 1A05

    Passo 2: Calcular os cofatores dos elementos de A.

    44)1( 1111 A

    11)1( 2112 A

    33)1( 1221 A

    22)1( 2222 A

    Assim, a matriz dos cofatores dada por:

    2- 3

    1 4 A

    Passo 3: Clculo da matriz adjunta de A.:

    2-1

    34 adjAAadjA

    t

    Passo 4: Clculo da matriz inversa de A ( 1A ):

    2 -1

    34

    5

    1

    det

    1 11 AadjAA

    A

    :

    52

    51

    53

    54

    1A

  • 31

    3 LISTA

    1) Calcular o valor dos determinantes das seguintes matrizes:

    a) A=

    83

    3,021

    b) A= .jia onde ,a ij2x2ij

    2) *Calcular o valor de Rx na igualdade

    3x4

    3x3

    =0

    3) *O conjunto soluo de 1x

    11

    1x

    11

    11

    x1

    :

    a) 1x|Rx b){0;1} c){1} d){-1} e) {0}

    4) Determinar a matriz formada pelos cofatores dos elementos da matriz

    A=

    2 2 1

    0 1 4

    1 23

    .

    5) Dada a matriz A=

    31

    32

    32

    32

    31

    32

    32

    32

    31

    .

    Calcule A , conhecida como matriz dos cofatores, e a matriz adjunta de A.

    6) *Calcule os seguintes determinantes, aplicando o Teorema de Laplace:

    a)

    987

    654

    321

    b)

    0010

    1000

    2002

    3110

    7) O determinante

    0 300

    x 2 10

    0 x 21

    10 x0

    representa o polinmio:

    a) 1x 2

    b) 1x 2

    c) 1x32

    d) )1x(3 2

    e) )1x)(1x(3

    8) (Fuvest SP) O determinante da matriz

    ab

    ba, onde

    xxxx ee2b e eea2 igual a:

    a) 1 b) 1 c) xe d)

    xe e) 0

    9) Utilizando a regra de Sarrus, calcule:

    081

    112

    15,03,0

    321

    20

    10) *Sendo A=

    231

    210

    032

    , calcule:

    a) det A

    b) det tA

    11) *Calcular x na igualdade 0

    3x1

    31x

    101

    12) Calcular x na igualdade

    0

    9x6x4x

    3x2x

    111

    22

    13) *Sendo A=

    164278

    11694

    1432

    1111

    , calcular

    det A.

    14) *Utilizando as propriedades dos determinantes, calcule os determinantes

    justificando os valores obtidos:

    a)

    152

    311

    243

    b)

    1302

    2804

    4903

    5102

  • 32

    c)

    3201

    81264

    3124

    4632

    d)

    5000

    3400

    9230

    5421

    e)

    431

    220

    100

    17218

    134

    892

    097

    022

    043

    54827

    723428

    184255

    15) (MACK-SP) Se

    4x

    b1

    y3

    2a,

    A=

    yx

    ba e B =

    tA , ento det(A.B) vale:

    a) 8 b) 4 c) 2 d) 2 e) 4

    16) *(FAAP-SP) Dada a matriz A=

    30

    21,

    calcule o determinante da matriz inversa de A.

    17) Determine, se existir, a inversa de cada uma

    das matrizes:

    a) A=

    23

    10 b) B=

    207

    135

    064

    Respostas

    1) a) 3 b) 1 c) 1 2) x= -4 ou x=1

    3) alternativa c)

    4)

    541

    476

    782

    A

    5)

    31

    32

    32

    32

    31

    32

    32

    32

    31

    A e

    adjA= tA

    31

    32

    32

    32

    31

    32

    32

    32

    31

    -

    -

    6) a) 0 b) 2 7) alternativa d) 8) alternativa a)

    9) 12

    5

    10) a) 2 b) 2 11) x=1 ou x=-4

    12) x=2 ou x=5

    13) 600

    14) a) 0 b) 0 c) 0 d) 60 e) 2 15) alternativa b)

    16) 3

    1

    17) a)

    01A 3

    132

    1

    b)

    11

    B

    21

    212

    214

    141

    71

    72

    71

    1

  • 33

    III SISTEMAS LINEARES

    1 Equao linear

    Toda equao da forma:

    bxaxaxa nn 2211

    onde naaa ,,, 21 so nmeros reais que recebem o nome de coeficientes das incgnitas

    nxxx ,, 21 e b um nmero real chamado termo independente.

    OBS: Quando b = 0, a equao recebe o nome de linear homognea.

    Exemplos:

    Equaes Lineares Equaes No-Lineares

    1) 3x 2y + 4z = 7

    1) xy 3z + t = 8

    2) x + y 3z - 7 t = 0 (homognea) 2) x2 - 4y = 3t - 4

    3) 2x + 4z = 3t y + 4 3) x - y + z = 7

    2 Sistema Linear

    Definio: Um conjunto de equaes lineares da forma:

    mnmnmmm

    nn

    nn

    bxaxaxaxa

    bxaxaxaxa

    bxaxaxaxa

    332211

    22323222121

    11313212111

    um sistema linear de m equaes e n incgnitas.

    2.1 Soluo do Sistema Linear

    Chamamos de soluo do sistema a n-upla de nmeros reais ordenados nrrr ,,, 21 que , simplesmente, soluo de todas equaes do sistema.

    2.2 Matrizes associadas a um Sistema Linear

    2.2.1 Matriz incompleta

    a matriz A, formada pelos coeficientes da incgnitas do sistema.

  • 34

    Exemplos:

    Seja o sistema:

    42

    74

    032

    zyx

    zyx

    zyx

    Matriz incompleta:

    A=

    1 12

    1 14

    132

    2.2.2 Matriz Completa

    a matriz B, que obtemos ao acrescentarmos matriz incompleta uma ltima coluna formada

    pelos termos independentes das equaes do sistema. Assim a matriz completa referente ao sistema

    anterior :

    B =

    4

    7

    0

    1

    1

    1-

    1

    1

    3

    2-

    4

    2

    2.3 Sistemas Homogneos Um sistema homogneo quando os termos independentes de todas as equaes so nulos.

    Exemplo:

    0 3 2

    034

    0 23

    yx

    zyx

    zyx

    2.3.1 Solues de um Sistema Homogneo

    A n-upla (0, 0, 0, ..., 0) sempre soluo de um sistema linear homogneo com n incgnitas e

    recebe o nome de soluo trivial. Quando existem, as demais solues so chamadas no-triviais.

    2.4 Classificao de um sistema linear quanto ao nmero de solues

    possvel

    solues) (infinitas adoindetermin

    nica) (soluo odeterminad

    impossvel (no tem soluo)

    Exemplos:

    1.

    12

    8

    yx

    yx

    Tem soluo nica: o par ordenado (3, 5). Portanto o sistema possvel e determinado.

  • 35

    2.

    1622

    8

    yx

    yx

    Tem infinitas solues: algumas so dadas pelos pares ordenados: (0, 8), (1, 7), (2, 6), (3, 5), (4,

    4), (5, 3),. Portanto o sistema possvel e indeterminado.

    3.

    10

    10

    yx

    yx

    4. No tem um par ordenado que satisfaz simultaneamente as equaes. Portanto o sistema

    impossvel.

    2.5 Sistema Normal

    Um sistema normal quando tem o mesmo nmero de equaes (m) e de incgnitas (n) e o

    determinante da matriz incompleta associada ao sistema diferente de zero, ou seja, se m = n e det

    A 0, o sistema normal.

    OBS.: Todo sistema normal possvel e determinado e portanto tem soluo nica.

    Exemplo: Determinar Rk , de modo que o sistema

    5

    3

    kyx

    ykx seja normal.

    Soluo: Para o sistema ser normal temos que observar duas condies: m=n e detA 0

    1 condio: m = 2 e n = 2 nm

    No sistema, o nmero de equaes (m = 2) igual ao nmero de incgnitas (n = 2)

    2 condio: det A 0

    det A = 1011

    12 kk

    k

    k

    Logo, o sistema normal para qualquer k real diferente de 1 e de 1.

  • 36

    2.6 Regra de Cramer

    Todo sistema normal tem uma nica soluo dada por D

    Dx ii , onde ni , 3, ,2 ,1 , D= detA

    o determinante da matriz incompleta associada ao sistema e iD o determinante obtido atravs da

    substituio, na matriz incompleta, da coluna i pela coluna formada pelos termos independentes.

    Exemplo: Resolver com o auxlio da Regra de Cramer, os seguintes sistemas:

    a)

    332

    72

    yx

    yx

    Soluo:

    Temos: m = n = 2 (1 condio) e condio) (2 082632

    1 2

    D

    Portanto, como o sistema normal, podemos utilizar a Regra de Cramer para resolv-lo.

    1 Passo: Calcular yx DD e

    - Substituindo, na matriz incompleta

    32

    1 2, a coluna

    1c pela coluna formada pelos termos

    independentes, encontramos:

    2432133

    1 7

    xD

    - - Substituindo, agora, 2c pela coluna dos termos independentes, encontramos:

    814632

    72yD

    2 Passo: Encontrar x e y:

    Assim:

    18

    8

    38

    24

    D

    Dy

    D

    Dx

    y

    x

    Logo, (x, y) = (3, 1) a soluo do sistema dado.

  • 37

    b)

    2222

    9222

    7222

    11

    1

    zyx

    zyx

    zyx

    ou

    22.22.22

    9222.2

    7222

    11

    1

    zyx

    zyx

    zyx

    Soluo:

    Da maneira como apresentado o sistema no linear. Assim, para torn-lo linear, fazemos as

    substituies:

    cba yx z2 e 2,2 , obtendo:

    222

    92

    7

    cba

    cba

    cba

    Agora temos um sistema linear com 3 equaes e 3 incgnitas (m = n) e determinante da matriz

    incompleta diferente de zero, veja:

    01037412421

    2

    1

    1

    1

    2

    1

    2 21

    11 2

    1 1 1

    D

    1 Passo: Calcular cD e , ba DD substituindo as colunas 1, 2 e 3, respectivamente, pelos

    termos independentes:

    406341821418142

    2

    1

    1

    2

    9

    7

    2 22

    11 9

    1 1 7

    aD

    20153547182829

    2

    9

    7

    1

    2

    1

    2 2 1

    19 2

    1 7 1

    bD

    1017728924187

    2

    1

    1

    1

    2

    1

    2 21

    9 1 2

    7 1 1

    cD

    Portanto, por Cramer vem:

    410

    40

    D

    Da a 2

    10

    20

    D

    Db b 1

    10

    10

    D

    Dc c

    Voltando a transformao feita anteriormente (afinal queremos os valores de x, y e z) temos:

  • 38

    222422 2 xa xxx

    122222 1 yb yyy

    022122 0 zc zzz

    Logo, (x, y, z) = (2, 1, 0) a soluo do sistema dado.

    c)

    03

    0 2

    043

    zyx

    zyx

    zyx

    Soluo:

    Temos m = n = 3 e 029643891

    3

    1-

    4

    1

    2

    3

    1-3 1

    11- 2

    1 4 3

    D

    Portanto, como o sistema normal, apresentando uma nica soluo e, alm do mais, o sistema

    homogneo, esta soluo nica ser a soluo trivial (0, 0, 0).

    Logo, (x, y, z) = (0, 0, 0).

  • 39

    2.7 Discusso de um Sistema Linear

    Para discutir um sistema linear de n equaes e n incgnitas, calculamos o determinante D

    da matriz incompleta. Assim, se

    0D Sistema possvel e determinado (SPD), ou seja tem soluo nica.

    0D Sistema pode ser possvel e indeterminado (SPI) (ter infinitas solues) ou impossvel (SI) (no ter soluo).

    Observaes:

    1) Se o 0D , o sistema ser SPD e portanto teremos uma nica soluo para o problema. 2) Se o 0D , sistema poder ser SPI ou SI. Para identificarmos de ele SPI ou SI

    teremos que encontrar todos os iD s para saber se o sistema possvel e indeterminado

    ou impossvel. De que forma?

    Se todos os iD forem iguais a 0, teremos um SPI

    Se pelo menos um iD diferente de zero, teremos um SI.

    Exemplos:

    1)

    623

    432

    3

    zyx

    zyx

    zyx

    Temos:

    m = n = 3

    03

    2 13

    11 2

    1 11

    D

    Logo, o sistema possvel e determinado, apresentando soluo nica.

    2)

    0233

    43 2

    1 2

    zyx

    zyx

    zyx

    Temos:

    m = n = 3

    0

    2-33

    312

    1 21

    D

  • 40

    035

    2-30

    314

    1 21

    xD

    Sendo D = 0 e 0xD , o sistema impossvel, no apresentando soluo.

    3)

    134

    2 2

    12 3

    zyx

    zyx

    zyx

    Temos:

    m = n = 3

    0

    341

    112

    2 31

    D

    0

    341

    112

    2 31

    xD

    0

    311

    12-2

    2 1 1

    yD

    0

    1-41

    212

    1 31

    zD

    Logo temos, D = 0, 0xD , 0yD , 0zD . Portanto, o sistema possvel e

    indeterminado, apresentando infinitas solues.

  • 41

    2.8 Sistemas equivalentes

    Dois sistemas so equivalentes quando possuem o mesmo conjunto soluo.

    Exemplo: Sendo

    832

    3 1

    yx

    yxS e

    52

    3 2

    yx

    yxS

    o par ordenado (x, y) = (1, 2) satisfaz ambos e nico. Logo, 21 e SS so equivalentes: . ~ 21 SS

    2.8.1 Propriedades dos sistemas equivalentes

    1) Trocando de posio as equaes de um sistema, obtemos um outro sistema equivalente.

    Exemplo:

    Sendo:

    Izyx

    III zy

    II - zx

    S

    III z y

    II - zx

    Izyx

    S

    )(12

    )(2

    )(3

    e

    )(2

    )(3

    )(12

    21

    temos, . ~ 21 SS

    2) Multiplicando uma ou mais equaes de um sistema por um nmero k, k *R , obtemos um sistema equivalente ao anterior.

    Exemplo:

    Dado

    IIyx

    IyxS

    0

    32 1 , multiplicando a equao (II) por 3, obtemos:

    03 3

    32

    3)0 (

    32 22

    yx

    yxS

    yx

    yxS

    Assim, temos . ~ 21 SS

    3) Adicionando a uma das equaes de um sistema o produto de outra equao desse mesmo

    sistema por um nmero k, k *R , obtemos um sistema equivalente ao anterior.

    Exemplo:

    Dado

    IIyx

    IyxS

    1

    42 1 , substituindo neste sistema a equao (II) pela soma da equao (I),

    multiplicada por (-1), com a equao (II), obtemos:

    -33y-

    1

    42

    1

    )1()42 ('

    1

    '

    1

    yx

    yx

    Syx

    yxS

  • 42

    Logo:

    33

    42 2

    y

    yxS

    Assim, , pois (x, y) = (2, 1) soluo de ambos os sistemas.

    2.9 Sistemas escalonados

    A tcnica de escalonar um sistema linear muito mais utilizada, pois com essa tcnica

    podemos encontrar solues para sistemas que no tenham o mesmo nmero de equaes e

    incgnitas (o que no permitido na Regra de Cramer). Alm disso, quando queremos resolver

    sistemas lineares cujo nmero de equaes (e de incgnitas) excede trs, no conveniente utilizar

    a Regra de Cramer, por se tornar muito trabalhosa. Por exemplo, um sistema com quatro equaes e

    quatro incgnitas requer o clculo de cinco determinantes de 4 ordem. Neste caso, usamos a

    tcnica de escalonamento, que facilita a resoluo e a discusso de um sistema.

    Dado um sistema linear:

    mnmnmmm

    nn

    nn

    bxaxaxaxa

    bxaxaxaxa

    bxaxaxaxa

    S

    332211

    22323222121

    11313212111

    onde existe pelo menos um coeficiente no-nulo em cada equao, dizemos que S est escalonado

    se o nmero de coeficientes nulos antes do primeiro coeficiente no-nulo aumenta de equao para

    equao.

    Exemplos:

    32

    6 3)1 1

    y

    yxS

    -54z

    2 32

    9 z 4

    )2 2 zy

    yx

    S

    0z 4

    8542)3 3

    y

    zyxS

    73

    422

    1232

    )4 4

    t

    tzy

    tzyx

    S

    2.9.1 Procedimentos para escalonar um sistema

    1) Fixamos como 1 equao uma das que possuam o coeficiente da 1 incgnita diferente de zero.

    2) Utilizando as propriedades de sistemas equivalentes, anulamos todos os coeficientes da 1 incgnita das demais equaes.

    3) Anulamos todos os coeficientes da 2 incgnita a partir da 3 equao. 4) Repetimos o processo com as demais incgnitas, at que o sistema se torne escalonado.

    Exemplos:

  • 43

    1) Vamos escalonar o sistema

    2z 2y- x

    0 423x

    5 z 2

    zy

    yx

    1 passo: Anulamos todos os coeficientes da 1 incgnita a partir da 2 equao, aplicando as

    propriedades:

    Trocamos de posio a 1 e a 3 equaes:

    5 z 2

    0 423x

    2z 2y- x

    yx

    zy

    Trocamos a 2 equao pela soma do produto da 1 equao por (-3) com a 2 equao:

    5 2

    678

    22

    5 z 2

    0423

    3-)22 (

    zyx

    zy

    zyx-

    yx

    zyx

    zy-x

    Trocamos a 3 equao pela soma do produto da 1 equao por (-2) com a 3 equao:

    1 z 3

    678

    22

    5 z 2

    6- 78

    2-)22(

    y

    zy

    zyx-

    yx

    zy

    zyx-

    2 passo: Anulamos os coeficientes da 2 incgnita, a partir da 3 equao:

    Trocamos a 3 equao pela soma do produto da 2 equao por

    8

    3 com a 3 equao:

    67 8

    2 2

    1 3

    6)- 78(

    22

    8 26

    813

    83

    z

    zy

    zyx-

    zy

    zy

    zyx-

    Agora, como o sistema est escalonado, podemos resolv-lo:

    28

    26

    8

    13 zz

    Substituindo este valor em 678 zy , vem:

    1886278 yyy

    Substituindo, agora, 22 em 2 e1 zyxzy , vem:

  • 44

    22212 xx

    Portanto, o sistema possvel e determinado, admitindo uma nica soluo que dada por: (x, y, z)

    = (2, 1, 2).

    2) Vamos escalonar o sistema

    22 3

    12

    32

    z - yx

    z yx

    zy x

    1 passo: Anulamos todos os coeficientes da 1 incgnita a partir da 2 equao, aplicando as

    propriedades:

    Trocamos a 2 equao pela soma do produto da 1 equao por (-2) com a 2 equao:

    2 2z 3

    5 5

    32

    2 2z 3

    1 2

    2-)32 (

    yx

    zy

    zyx-

    yx

    zyx

    zy-x

    Trocamos a 3 equao pela soma do produto da 1 equao por (-3) com a 3 equao:

    7- z 5

    5 5

    32

    2 2z 3

    5- 5

    3-)3 2 (

    y

    zy

    zyx-

    yx

    zy

    zyx-

    2 passo: Anulamos os coeficientes da 2 incgnita, a partir da 3 equao:

    Trocamos a 3 equao pela soma do produto da 2 equao por 1 com a 3 equao:

    2- 0

    5 5

    3 2

    7- 5

    15)- 5(

    3 2

    zy

    zyx-

    zy

    zy

    zyx-

    Dessa forma fica escalonado. Como no existe valor real de z, tal que 20 z , o sistema impossvel e portanto no tem soluo.

    3) Vamos escalonar o sistema

    322

    1 22

    6

    t zy- x

    tz yx

    t zy x

    1 passo: Anulamos todos os coeficientes da 1 incgnita a partir da 2 equao:

    Trocamos a 2 equao pela soma do produto da 1 equao por (-2) com a 2 equao:

  • 45

    3- 2 2

    13- 3 4

    6

    3- 2 2

    1- 2 2

    2-)6 (

    tzyx

    tzy

    t z yx

    tzyx

    tzyx

    t z yx

    Trocamos a 3 equao pela soma do produto da 1 equao por (-1) com a 3 equao:

    9- 3 0 3

    13- 3 4

    6

    3- 2 2

    13- 3 4

    1- 6

    tzy

    tzy

    t z yx

    tzyx

    tzy

    t z yx

    2 passo: Anulamos os coeficientes da 2 incgnita, a partir da 3 equao:

    Trocamos a 3 equao pela soma do produto da 2 equao por 3 com a 3 equao:

    30 612

    13- 3 4

    6

    9- 3 0 3

    3-13)- 3 4 (

    6

    tz

    tzy

    t z yx

    tzy

    tzy

    t z yx

    O sistema est escalonado. Entretanto, o nmero de equaes (m) menor que o nmero de

    incgnitas (n). Assim, o sistema possvel e indeterminado, admitindo infinitas solues. A

    diferena entre o nmero de incgnitas (n) e o nmero de equaes (m) de um sistema nessas

    condies chamada grau de indeterminao (GI):

    Para resolvermos um sistema indeterminado, procedemos do seguinte modo:

    Consideramos o sistema em sua forma escalonada:

    30 612

    13- 3 4

    6

    tz

    tzy

    t z yx

    Calcular o grau de indeterminao do sistema nessas condies:

    GI = n m = 4 3 = 1

    Como o grau de indeterminao 1, atribumos a uma das incgnitas um valor , supostamente conhecido, e resolvemos o sistema em funo desse valor.

    Fazendo t e substituindo esse valor na 3 equao, obtemos:

    2

    5

    12

    6306301230612

    zzzz

    mnGI

  • 46

    Conhecidos z e t, substitumos esses valores na 2 equao 1334 tzy :

    3

    310131332101332

    54

    y

    yyyy

    Conhecidos z e t e y, substitumos esses valores na 1 equao 6 tzyx :

    2

    1

    1212112122562262

    53

    x

    xxxx

    Assim, a soluo do sistema dada por:

    ,

    2

    5,3,

    2

    1S ,

    sendo R .

    Para cada valor que seja atribudo a , encontraremos uma qudrupla que soluo para o sistema.

    OBS.: Se GI >1, ento daremos valores , , a todas as incgnitas livres (que no iniciam

    equaes).

  • 47

    4 LISTA

    1) Verifique se os sistemas abaixo so normais:

    a)

    4z2yx

    5z2y3x2

    1zyx

    b)

    19z6y6x

    17z7y4x

    6zy3x

    c)

    9y4x3

    0zyx

    8zy3x2

    2) Determine os valores de kR, para que os sistemas sejam normais:

    a)

    0kzyx2

    0z3kyx

    0z2kyx

    b)

    k31y2x)1k(

    k2y4x)1k(

    c)

    1z9y4xk

    7z3y2kx

    1zyx

    2

    3) *Resolva os seguintes sistemas lineares:

    a)

    4y3x2

    5yx3 b)

    0zyx2

    5z4yx3

    9z3y2x

    c)

    1

    3x5

    2y7

    y3

    x21

    4) *Determine para quais valores de k o sistema

    2kyx2

    3y2x :

    a) possvel e determinado; b) possvel e indeterminado; c) impossvel.

    5) (UFPR) O sistema de equaes

    QPzyx4

    6zyx

    10z3yx7

    :

    a) Impossvel, se P -1 e Q 8. b) Indeterminado, se P -1 e Q 8. c) Indeterminado, se P -1 e Q=8. d) Impossvel, se P=-1 e Q 8. e) Impossvel, se P -1 e Q=8.

    6) *Escalone, classifique e resolva os sistemas abaixo:

    a)

    2yx5

    1y3x b)

    0zyx4

    62

    zyx2

    c)

    8z3yx3

    5z2y2x

    9zy3x2

    d)

    6zy4x3

    4z2y3x2

    2zyx

    e)

    1

    3x4

    1y5

    y2

    x21 f)

    34y3x5

    3yx3

    7y4x

    7) *(Fatec-SP) Dois casais foram a um barzinho. O primeiro pagou R$ 5,40 por 2 latas de

    refrigerante e uma poro de batatas fritas. O

    segundo pagou R$ 9,60 por 3 latas de

    refrigerante e 2 pores de batatas fritas.

    Nesse local e nesse dia, a diferena entre o

    preo de uma poro de batas fritas e o preo

    de uma lata de refrigerante era de:

    a)R$2,00 b)R$1,80 c)R$1,75

    d)R$1,50 e)R$1,20

    8) *(Unifor-CE)Um pacote tem 48 balas: algumas de hortel e as demais de laranja. Se

    a tera parte do dobro do nmero de balas de

    hortel excede a metade do de laranjas em 4

    unidades, ento nesse pacote h:

    a) igual nmero de balas dos dois tipos b) duas balas de hortel a mais que de

    laranja

    c) 20 balas de hortel d) 26 balas de laranja e) duas balas de laranja a mais que de

    hortel

    9) *(UCDB-MT) O sistema

    02572

    06104

    022

    022

    zyx

    zyx

    zyx

    zyx

    :

    a) impossvel b) homogneo c) determinado d) indeterminado com uma varivel arbitrria. e) Indeterminado com duas variveis arbitrrias.

    10) (Cefet-PR) Para a festa do Natal, uma crche necessitava de 120 brinquedos. Recebeu uma

  • 48

    doao de R$370,00. Esperava-se comprar

    carrinhos a R$2,00 cada, bonecas a R$3,00 e

    bolas a R$3,50. Se o nmero de bolas deveria

    ser igual ao nmero de bonecas e carrinhos

    juntos, a soluo seria comprar:

    a) 60 bonecas, 30carrinhos e 30 bolas b) 20 bonecas, 40carrinhos e 60 bolas c) 30 bonecas, 30carrinhos e 60 bolas d) 25 bonecas, 45carrinhos e 70 bolas e) 40 bonecas, 20carrinhos e 60 bolas

    11) (Unificado- RJ) Para que valores de k existe

    uma nica matriz

    y

    x, tal que

    ?0

    0

    1

    21

    y

    x

    k

    k

    a) k -1 b) k=-2

    c) k=-2 ou k=1

    d) k -2 e k 1 e) k 2 e k -1

    12) (UF-AL) O sistema

    1

    32

    ybx

    yax, nas

    variveis reais x e y, :

    a) possvel e determinado, a, bR. b) possvel e indeterminado se a = 2b.

    c) possvel e determinado se a 2b. a, bR. d) possvel e indeterminado se a = -2b. e) impossvel se a = -2b.

    13) *(F. M. Tringulo Mineiro-MG) Em trs mesas de uma lanchonete o consumo ocorreu

    da seguinte forma:

    Mesa Hambrguer Refrigerante Poro de

    fritas

    1 4 2 2

    2 6 8 3

    3 2 3 1

    A conta da 1 mesa foi R$18,00 e da 2 mesa

    R$30,00. Com esses dados:

    a) possvel calcular a conta da 3 mesa e apenas o preo unitrio do refrigerante.

    b) possvel calcular a conta da 3 mesa, mas nenhum dos preos unitrios dos trs

    componentes do lanche.

    c) possvel calcular a conta da 3 mesa e alm disso, saber exatamente os preos unitrios de

    todos os componentes do lanche.

    d) no possvel calcular a conta da 3 mesa, pois deveriam ser fornecidos os preos

    unitrios dos componentes do lanche.

    e) impossvel calcular a conta da 3 mesa e os preos unitrios dos componentes do lanche,

    pois deve ter havido um erro na conta da 1 ou

    da 2 mesa.

    Respostas

    1) a) Sim b) Sim c) No

    2) a) S={kR | k2

    111}

    b) S={kR | k3

    1 }

    c) S={kR | k 2 e k 3} 3) a) S={(1, 2)} b) S={(2, -1, -3)}

    c)S={(-4, -3)}

    4) a) k 4 b) k R c) k = 4

    5) alternativa d)

    6) a) possvel e determinado; S=

    14

    3,

    14

    5

    b)possvel e indeterminado;

    S=

    R p/ ,4 ,

    4

    4

    c) possvel e determinado; S= 1 ,2,1 d)possvel e indeterminado;

    S= R p/ ,4 ,52

    e) possvel e determinado; S=

    2 ,

    2

    3

    f) sistema impossvel; S=

    7) alternativa b)

    8) alternativa a)

    9) alternativa c)

    10) alternativa e)

    11) alternativa e)

    12)alternativa e)

    13) alternativa a)

  • 49

    LISTA EXTRA DE SISTEMAS LINEARES

    1-) Resolva os sistemas abaixo e classifique-os como SPS, SPI ou SI.

    a-)

    12274

    5432

    432

    zyx

    zyx

    zyx

    b-)

    13427

    5423

    432

    xzy

    zxy

    zyx

    c-)

    12962

    5642

    432

    zyx

    zyx

    zyx

    d-)

    11464573221342134

    670213457322134

    7866213421345732

    zyx

    zyx

    zyx

    e-)

    16537

    4375

    0753

    12753

    wzyx

    wzyx

    wzyx

    wzyx

    f-)

    0

    5

    4

    2

    zyx

    yx

    zy

    zx

    g-)

    26

    0222

    12

    yx

    tzyx

    tzyx

    2-) Determine para que valores de m e n o sistema

    nmzyx

    zyx

    zyx

    3

    42

    132

    seja:

    a-) Indeterminado

    b-) impossvel

    Respostas

    1-) a-) SI (0 = -1) b-) SPI S={(x, y, z) = ,103,172 }

    c-) SI (0 = -3) d-) SPD S={(x, y, z) = (1, -1, 2)}

    e-) SPD S={(x, y, z, w) = (1, -1, 0, 2)} f-) SI (0 = -11/2)

    g-) S={(x, y, z, t) =

    ,

    27

    51,

    27

    410,

    27

    246}

    2-) a-) m = 2 e n = 5

    b-) m = 2 e n 5

    IV - APLICAES DE SISTEMAS LINEARES

    Exemplos

    1) Trs irmos, Paula, Jlia e Andr, ao confrontarem suas contas de telefone celular, ficaram curiosos em saber quanto custou um minuto de cada tipo de ligao realizada. As rrs contas

    apresentaram ligaes para telefones fixos e mveis (celulares) e ligaes internacionais para

    Buenos Aires, onde moram seus primos.

    A tabela informa o tempo (em minutos) das ligaes que cada um efetuou e o valor

    correspondente da conta, j descontado o preo da assinatura.

  • 50

    Fixo Mvel Internacional

    (Buenos Aires)

    Valor

    Paula 10 min 6 min 2 min 12,20

    Jlia 14 min 4 min 3 min 13,40

    Andr 8 min 5 min 5 min 14,70 Vamos denominar x, y e z os preos do minuto de ligao para telefones fixos, para telefones mveis e

    para Buenos Aires, respectivamente.

    Desta forma,

    A conta de Paula dada por: 10x + 6y + 2z = 12,20

    A conta de Jlia dada por: 14x + 4y + 3z = 13,40

    A conta de Andr dada por: 8x + 5y + 5z = 14,70 As trs equaes acima constituem um exemplo de aplicao de sistema linear.

    2) (EU-RJ) Observe a tabela de compras realizadas por Mariana:

    Loja Produtos Preo unitrio

    (R$)

    Despesa (R$)

    A Caneta 3,00 50,00

    Lapiseira 5,00

    B Caderno 4,00 44,00

    Corretor 2,00

    Sabendo que ela adquiriu a mesma quantidade de canetas e cadernos, alm do maior nmero possvel de

    lapiseiras, o nmero de corretores comprados foi igual a:

    a) 11 b) 12 c) 13 d) 14

    3) (PUC) Alfeu, Bento e Cintia foram a uma certa loja e cada qual comprou camisas escolhidas entre trs tipos, gastando nessa compra os totais de R$134,00, R$ 115,00 e R$ 48,00,

    respectivamente.

    Sejam as matrizes:

    z

    y

    x

    XeA

    012

    501

    430

    tais que:

    os elementos de cada linha de A correspondem s quantidades dos trs tipos de camisas compradas por Alfeu (1 linha), Bento (2 linha) e Cntia (3 linha);

    os elementos de cada coluna de A Correspondem s quantidades de um mesmo tipo de camisa;

    os elementos de X correspondem aos preos unitrios, em reais, de cada tipo de camisa. Nessas condies, o total a ser pago pela compra de uma unidade de cada tipo de camisa :

    a) R$53,00 b) R$55,00 c) R$57,00 d) R$62,00 e) R$65,00

    4) (Vunesp-SP) Um orfanato recebeu uma certa quantidade x de brinquedos para ser distribuda entre as crianas. Se cada criana receber trs brinquedos, sobraro 70 brinquedos para serem

    distribudos; mas, para que cada criana possa receber cinco brinquedos, sero necessrios mais

    40 brinquedos. O nmero de crianas do orfanato e a quantidade x de brinquedos que o orfanato

    recebeu so, respectivamente:

    a) 50 e 290 b) 55 e 235 c) 55 e 220 d) 60 e 250 e) 65 e 265

  • 51

    5) (U.F. Uberlndia-MG) Gumercindo decidiu dividir sua fazenda de 30 alqueires entre seus dois filhos Joo e Jos. Essa diviso seria diteramente proporcional produo que cada filho

    conseguisse em uma plantao de soja. Eles produziram juntos 1,5 tonelada de soja, sendo que

    Jos produziu 250 kg a mais que Joo. Como foi dividida a Fazenda?

    6) Ao ser indagado sobre o valor do pedgio, um caixa respondeu: Quando passaram 2 carros de passeio e 3 nibus, arrecadou-se a quantia de R$26,00; quando passaram 2 nibus e 5

    caminhes, a quantia arrecadada foi de R$47,00, e quando passaram 6 carros de passeio e 4

    caminhes, arrecadou-se a quantia de R$52,00. Qual foi o valor do pedgio para cada tipo de veculo citado?