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OPERAÇÕES UNITÁRIAS III Aula 01 Prof. Henrique Cardias

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OPERAÇÕES UNITÁRIAS III

Aula 01

Prof. Henrique Cardias

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Objetivo da Disciplina

Geral: Apresentar ao estudante as principais operações unitárias baseadas na

transferência de massa entre fases, dando ênfase ao conceito de estágio de

equilíbrio e suas aplicação em diferentes processos industriais.

Específicos: Compreender a essência das Operações Unitárias que envolvem

transferência de massa entre fases e introduzir as ferramentas fundamentais ao

dimensionamento de equipamentos empregados nestas operações .

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Programa

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Programa

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Programa

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Programa

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Programa

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Programa

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Programa

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Bibliografia

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Calendário

Primeira Avaliação: 14 de abril

Segunda Avaliação: 28 de maio

Terceira Avaliação: 25 de junho

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PORTAL DIDÁTICO

Toda a gestão da disciplina será realizada pelo portal didático.

• Controle de frequência;

• Comunicação com a turma;

• Calendário das avaliações;

• Disponibilização de material (aulas, listas de exercícios, projetos,...);

• Registro de conteúdo ministrado;

• Etc.

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Mecanismos de avaliação

Em cada etapa haverá uma avaliação no formato tradicional (escrita). Outras

atividades serão realizadas ao longo da disciplina e terão um peso na nota de

cada etapa, dentre as quais:

• Resolução de problemas em grupo (sala de aula);

Grupos de 2 alunos, permitida a consulta, datas surpresas, limite de

tempo.

• Resolução de problemas com o auxílio de simuladores (fora do horário de

sala de aula);

Grupos de 4 alunos.

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CONCEITOS BÁSICOS

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Processo Químico:

Preparação

Reator

Purificação

Purificação e

preparação

Transformação Separação e

purificação

Produto

Outros

produtos

Reagentes que

não reagiram

Matérias

primas

OBS: num processo químico à escala industrial, o investimento em operações de

separação gira em torno de 50 % do investimento total.

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Processo de Separação:

• Para que ocorra uma separação tem de haver uma diferença numa

propriedade química ou física entre os componentes da corrente de

alimentação;

• Esta diferença é a força motriz responsável pela separação.

• Quando a força motriz é nula, o sistema encontra-se em um estado em que

não sofre espontaneamente qualquer mudança (equilíbrio).

As diferenças entre as condições em que o sistema se encontra e a de

equilíbrio determinam as forças motrizes dos fenômenos de transporte.

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Processo de Separação:

Forças motrizes e agentes de separação de algumas operações

Operação Força motriz Agente de separação

Destilação Pressão de vapor Calor

Absorção Solubilidade de um

gás num líquido

Líquido não volátil

(absorvente)

Extração

líquido-líquido

Distribuição do

soluto entre as fases

Líquido imiscível

(solvente)

Extração

sólido-líquido

Solubilidade do

soluto num líquido

Líquido imiscível

(solvente)

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Processo de Separação:

• As separações envolvem um processo não espontâneo, porque inverte o

processo de mistura.;

• A extensão da separação é limitada pelo equilíbrio termodinâmico;

• A velocidade de separação é limitada pela taxa de transferência de massa;

Dados de equilíbrio entre fases são indispensáveis para o cálculo

e projeto de equipamentos onde ocorrem operações que

envolvem transferência de massa.

Possibilidades:

• Obtenção experimental dos dados de equilíbrio;

• Predição termodinâmica dos dados de equilíbrio:

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Dados de equilíbrio necessários

Operação Unitária Dados

Destilação Líquido-Vapor

Extração (L/L) Líquido-Líquido

Absorção Líquido-Vapor

Lixiviação Sólido-Líquido

Adsorção Sólido-Líquido ou Sólido-Gás

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Modelos físicos para o estudo das operações unitárias:

Modelo do estágio de equilíbrio: A análise é baseada em um dispositivo no qual

duas correntes afluentes interagem até atingir o equilíbrio no instante em que

abandonam o dispositivo (estágio).

A solução do problema é geralmente feita por técnicas gráficas

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Modelos físicos para o estudo das operações unitárias:

Modelo da taxa de transferência: A análise é baseada na estimativa da taxa de

transferência entre duas correntes mantidas em contato contínuo. Esta taxa,

multiplicada pelo tempo de contato, fornece a quantidade de transferência que

pode ser atingida.

A solução do problema envolve a resolução de equações diferenciais

Qual abordagem escolher ?

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Mecanismos de Separação:

Separação por adição ou criação de fase

Se a mistura que constitui a corrente de alimentação for homogênea, promove-

se a criação de uma segunda fase com o objetivo de obter a separação. Esta

segunda fase pode ser:

• Criada pela transferência de energia ou redução da pressão;

• Criada pela Introdução de um agente externo de separação

(solvente);

Ex: Destilação, Absorção, Extração líquido-líquido, Evaporação, etc.

OBS: Outros mecanismos de separação: por membranas, por agente

sólido (adsorção, troca iônica), por campo externo ou gradiente (usadas

frequentemente em tecnologias biológicas, ex. eletroforese)

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Corrente paralela versus contracorrente:

Em um processo a corrente paralela, a força motriz vai diminuindo ao longo da

coluna, reduzindo deste modo a velocidade de transferência de massa. Logo,

para uma dada recuperação, os processos em contra-corrente são sempre mais

eficientes.

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Simulação de processos:

Desempenha um papel determinante em qualquer ação relativa a um processo

de separação;

Alguns simuladores comerciais:

• HYSYS

• WinSim

• UniSim

• Aspen

• ProSim

• Chemsep (gratuito) www.chemsep.org

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OPERAÇÕES ENVOLVENDO TRANSFERÊNCIA DE

CALOR E/OU MASSA

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Absorção:

Fases envolvidas: liquida e gasosa.

Princípio: Um soluto (ou vários) contido na fase gasosa é transferido (absorvido)

para fase líquida.

Exemplos:

- Absorção de amônia contida no ar com água;

- Absorção de SO2 contido em gases de combustão por absorção em

solução alcalina;

- Absorção de hidrogênio em óleos vegetais durante reações de

hidrogenação.

OBS 1: Dessorção (stripping) é o processo inverso da absorção.

OBS 2: Quando a fase líquida é a água e a fase gasosa é o ar, a operação de

absorção é chamada umidificação.

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Destilação:

Fases envolvidas: liquida e vapor.

Princípio: Separação baseada nas diferenças de volatilidade. Uma fase vapor

entra em contato com uma fase líquida, havendo transferência de massa entre as

fases. O efeito final é o aumento da concentração do constituinte mais volátil no

vapor e do menos volátil no líquido.

Exemplos:

- Separação etanol- água (produz um vapor rico em etanol);

- Separação amônia-água (produz um vapor rico em amônia);

- Refino do petróleo.

OBS 1: Operação mais amplamente usada na indústria química.

OBS 2: Na destilação as fases líquida e vapor possuem os mesmos componentes.

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Extração Líquido-Líquido:

Fases envolvidas: Duas fases líquidas.

Princípio: Um soluto (ou vários) contido em uma das fases líquidas é transferido

(extraído) para a outra fase líquida (solvente). O solvente deve ser praticamente

imiscível no “diluente” para que haja a formação de duas fases.

Exemplos:

- Extração de ácido acético contido na água por éter isopropílico;

- Extração de antibióticos contidos na água por solventes orgânicos;

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Lixiviação:

Fases envolvidas: liquida e sólida.

Princípio: Um soluto (ou vários) contido na fase sólida é transferido (extraído)

para fase líquida (solvente). A fase sólida deve estar preferencialmente

cominuída para aumentar o contato com o solvente. Usualmente o componente

desejável é solúvel e o restante do sólido é insolúvel.

Exemplos:

- Extração de óleos vegetais por solvente;

- Extração de sacarose contida na cana de açúcar por água;

- Extração de cobre contido em minérios por ácido sulfúrico.

OBS: Em virtude de uma das fases ser sólida (não escoa), esta operação requer

equipamentos especiais.

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Adsorção:

Fases envolvidas: fluida e sólida.

Princípio: Um soluto (ou vários) contido na fase fluida é adsorvido na superfície

ou nos poros de um sólido adsorvente.

Exemplos:

- Remoção de componentes orgânicos da água;

- Separação parafinas de correntes de hidrocarbonetos;

- Purificação do ar.

OBS: O conceito de adsorvente aplica-se usualmente a um sólido que mantém o

soluto na sua superfície pela ação de forças físicas.

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OPERAÇÕES EM ESTÁGIOS

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Estágio de equilíbrio (ideal): Seção de um equipamento onde entram em

contato duas fases diferentes. Durante o contato, ocorre uma transferência de

massa entre as fases. Considera-se que as fases efluentes estão em equilíbrio.

- Por meio de contato e separações sucessivas das diferentes fases, são

possíveis grandes modificações nas composições das fases;

- Em um equipamento industrial real, o tempo de contato entre as fases não é

suficiente para que a mistura efluente atinja o equilíbrio (Estágios real x ideal).

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Equipamentos para operações por estágios

• Devem promover de forma eficiente o contato entre as fases envolvidas na

separação;

• Sua configuração depende das características físicas das fases envolvidas;

• São tratados como sendo constituídos por um conjunto de estágios de

equilíbrio;

• Na prática, o contato entre as fases em cada andar de equilíbrio é geralmente

promovido através de “pratos” ou de uma dada altura de “recheios” colocados no

interior do equipamento.

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Exemplos: Coluna de pratos (destilação)

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Exemplos:

Vista aberta de uma coluna de

pratos valvuladas

coluna de pratos perfurados

com vertedor circular central

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Exemplos: Misturadores decantadores (extração líquido-líquido)

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Exemplos: Misturadores decantadores (extração líquido-líquido)