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AULA 09 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – BANCO DO BRASIL PROFESSOR CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 1 Olá pessoal! Alerto vocês para essa aula de hoje. É uma aula muito complicada e cheia de conceitos importantes e necessários para a perfeita compreensão da aula subseqüente. As críticas ou sugestões poderão ser enviadas para: [email protected]. Prof. César Frade FEVEREIRO/2012

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Olá pessoal!

Alerto vocês para essa aula de hoje. É uma aula muito complicada e cheia de

conceitos importantes e necessários para a perfeita compreensão da aula

subseqüente.

As críticas ou sugestões poderão ser enviadas para:

[email protected].

Prof. César Frade FEVEREIRO/2012

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42. Companhia Aberta e Companhia Fechada

A Lei 6.404/76 regula o mercado de ações no Brasil e é, atualmente, o marco

regulatório principal das companhias abertas.

A Lei define que uma sociedade anônima terá o seu capital dividido em ações,

seja ela uma companhia aberta ou fechada. O artigo 10 da Lei 6.404/76 define

que:

“Art. 1º A companhia ou sociedade anônima terá o capital dividido em

ações, e a responsabilidade dos sócios ou acionistas será limitada ao

preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas.”

Este mesma Lei define uma companhia aberta e uma companhia fechada.

Uma companhia será considerada aberta se os valores mobiliários de sua

emissão forem admitidos à negociação no mercado de valores mobiliários.

Será fechada se esses valores não puderem ser negociados no mercado.

Importante ressaltar que somente os valores mobiliários registrados no órgão

fiscalizador competente – Comissão de Valores Mobiliários – podem ser

negociados no mercado de valores mobiliários, podendo ser nas bolsas ou em

balcão.

Cabe acrescentar que para se negociar um valor mobiliário publicamente há a

necessidade de registro prévio na CVM.

O artigo 4º e seus parágrafos define bem esse tema, conforme mostrado

abaixo:

“Art. 4o Para os efeitos desta Lei, a companhia é aberta ou fechada

conforme os valores mobiliários de sua emissão estejam ou

não admitidos à negociação no mercado de valores

mobiliários. (grifo meu)

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§ 1o Somente os valores mobiliários de emissão de companhia

registrada na Comissão de Valores Mobiliários podem ser

negociados no mercado de valores mobiliários. (grifo meu)

§ 2o Nenhuma distribuição pública de valores mobiliários será

efetivada no mercado sem prévio registro na Comissão de

Valores Mobiliários. (grifo meu)

§ 3o A Comissão de Valores Mobiliários poderá classificar as

companhias abertas em categorias, segundo as espécies e classes

dos valores mobiliários por ela emitidos negociados no mercado, e

especificará as normas sobre companhias abertas aplicáveis a cada

categoria.

§ 4o O registro de companhia aberta para negociação de ações no

mercado somente poderá ser cancelado se a companhia emissora de

ações, o acionista controlador ou a sociedade que a controle, direta

ou indiretamente, formular oferta pública para adquirir a totalidade

das ações em circulação no mercado, por preço justo, ao menos igual

ao valor de avaliação da companhia, apurado com base nos critérios,

adotados de forma isolada ou combinada, de patrimônio líquido

contábil, de patrimônio líquido avaliado a preço de mercado, de fluxo

de caixa descontado, de comparação por múltiplos, de cotação das

ações no mercado de valores mobiliários, ou com base em outro

critério aceito pela Comissão de Valores Mobiliários, assegurada a

revisão do valor da oferta, em conformidade com o disposto no art.

4o-A.

§ 5o Terminado o prazo da oferta pública fixado na regulamentação

expedida pela Comissão de Valores Mobiliários, se remanescerem em

circulação menos de 5% (cinco por cento) do total das ações emitidas

pela companhia, a assembléia-geral poderá deliberar o resgate

dessas ações pelo valor da oferta de que trata o § 4o, desde que

deposite em estabelecimento bancário autorizado pela Comissão de

Valores Mobiliários, à disposição dos seus titulares, o valor de

resgate, não se aplicando, nesse caso, o disposto no § 6o do art. 44.

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§ 6o O acionista controlador ou a sociedade controladora que adquirir

ações da companhia aberta sob seu controle que elevem sua

participação, direta ou indireta, em determinada espécie e classe de

ações à porcentagem que, segundo normas gerais expedidas pela

Comissão de Valores Mobiliários, impeça a liquidez de mercado das

ações remanescentes, será obrigado a fazer oferta pública, por preço

determinado nos termos do § 4o, para aquisição da totalidade das

ações remanescentes no mercado.”

O dicionário da BOVESPA1 informa que uma companhia aberta é uma:

“Companhia com valores mobiliários registrados na CVM, admitidos à

negociação no mercado de títulos e valores mobiliários, de bolsa ou

de balcão. (grifo meu)

A CVM pode classificar as companhias de capital aberto em

categorias, conforme as espécies e classes dos valores mobiliários por

ela emitidos, negociados nesses mercados.

A companhia aberta sujeita-se ao cumprimento de uma série de

normas quanto a:

a) natureza e periodicidade de informações a divulgar

b) forma e conteúdo dos relatórios de administração e demonstrações

financeiras

c) padrões contábeis, relatório e parecer de auditores independentes

d) informações prestadas por diretores e acionistas controladores,

relativos à compra, permuta ou venda de ações emitidas pela

companhia, sociedades controladas e controladoras

e) divulgação de deliberações de assembléia de acionistas, órgãos da

administração, fatos relevantes ocorridos nos negócios, que

possam influir de modo ponderável na decisão de comprar ou

vender ações, por parte de investidores.

Nota: companhias abertas existentes antes da edição da lei

10.303/2001 podem ter seu capital social com até dois terços de

ações preferenciais.”

1 Estou optando por colocar alguns conceitos que estão no dicionário da BOVESPA porque se por acaso cair alguma questão da Lei que você não teve a oportunidade de ler, esses conceitos podem dar uma dica tendo em vista o fato de que são um resumo do que há de mais importante.

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43. Debêntures

As debêntures são títulos que podem ser emitidos pelas companhias abertas

não financeiras e estão regulamentados na Lei 6.404/76.

Vamos imaginar uma situação em que uma empresa não-financeira necessita

de uma quantidade vultuosa de recursos, por exemplo, para construir um

estádio de futebol para a Copa de 2014 ou o Estádio Olímpico para 2016. Essa

empresa poderá captar um empréstimo via BNDES, poderá emitir ações para

captar recursos ou mesmo emitir debêntures.

No caso da emissão de debêntures, a empresa emite um título em que o

comprador desse título passa a ter direitos contra a empresa emissora, tanto

de receber seus recursos de volta quanto de obter uma remuneração sobre os

recursos emprestados.

Após a sua emissão, elas podem ser negociadas no pregão da BOVESPA como

se fossem ações.

A empresa que emitir debêntures estará dando ao titular da mesma direito de

crédito contra ela, podendo assegurar juros fixos ou variáveis, participação no

lucro da companhia e prêmio de reembolso.

Importante salientar que a Lei determina que somente a Assembléia-Geral

poderá tem competência para deliberar acerca da emissão de debêntures.

Importante salientar que o valor total da emissão das debêntures, exceto em

alguns casos que constam em Lei, não poderá ultrapassar o valor do capital

social da companhia. Esse é um limitador do montante a ser captado pela

empresa por meio da emissão de debêntures.

A Lei determina também que caso a empresa opte por emitir debêntures no

exterior, tal emissão somente poderá ser feita após prévia aprovação do Banco

Central.

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Vamos para a Lei 6.404/76, então. No capítulo de debêntures2, as informações

mais importantes são as seguintes:

“Art. 52. A companhia poderá emitir debêntures que conferirão aos

seus titulares direito de crédito contra ela, nas condições constantes

da escritura de emissão e, se houver, do certificado.

Art. 53. A companhia poderá efetuar mais de uma emissão de

debêntures, e cada emissão pode ser dividida em séries.

Parágrafo único. As debêntures da mesma série terão igual valor

nominal e conferirão a seus titulares os mesmos direitos.

Art. 54. A debênture terá valor nominal expresso em moeda nacional,

salvo nos casos de obrigação que, nos termos da legislação em vigor,

possa ter o pagamento estipulado em moeda estrangeira.

§ 1o A debênture poderá conter cláusula de correção monetária, com

base nos coeficientes fixados para correção de títulos da dívida

pública, na variação da taxa cambial ou em outros referenciais não

expressamente vedados em lei.

Art. 55. A época do vencimento da debênture deverá constar da

escritura de emissão e do certificado, podendo a companhia estipular

amortizações parciais de cada série, criar fundos de amortização e

reservar-se o direito de resgate antecipado, parcial ou total, dos

títulos da mesma série.

Art. 56. A debênture poderá assegurar ao seu titular juros,

fixos ou variáveis, participação no lucro da companhia e

prêmio de reembolso. (grifo meu)

Art. 57. A debênture poderá ser conversível em ações nas condições

constantes da escritura de emissão, que especificará:

2 Me reservei o direito de não copiar os artigos na íntegra e saltar alguns deles, os quais julgava ser de menor importância.

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I - as bases da conversão, seja em número de ações em que poderá

ser convertida cada debênture, seja como relação entre o valor

nominal da debênture e o preço de emissão das ações;

II - a espécie e a classe das ações em que poderá ser convertida;

III - o prazo ou época para o exercício do direito à conversão;

IV - as demais condições a que a conversão acaso fique sujeita.

§ 1º Os acionistas terão direito de preferência para subscrever a

emissão de debêntures com cláusula de conversibilidade em ações,

observado o disposto nos artigos 171 e 172.

Art. 59. A deliberação sobre emissão de debêntures é da

competência privativa da assembléia-geral, que deverá fixar,

observado o que a respeito dispuser o estatuto: (grifo meu)

I - o valor da emissão ou os critérios de determinação do seu limite, e

a sua divisão em séries, se for o caso;

II - o número e o valor nominal das debêntures;

III - as garantias reais ou a garantia flutuante, se houver;

IV - as condições da correção monetária, se houver;

V - a conversibilidade ou não em ações e as condições a serem

observadas na conversão;

VI - a época e as condições de vencimento, amortização ou resgate;

VII - a época e as condições do pagamento dos juros, da participação

nos lucros e do prêmio de reembolso, se houver;

VIII - o modo de subscrição ou colocação, e o tipo das debêntures.

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§ 1o Na companhia aberta, o conselho de administração poderá

deliberar sobre a emissão de debêntures simples, não conversíveis

em ações e sem garantia real, e a assembléia-geral pode delegar ao

conselho de administração a deliberação sobre as condições de que

tratam os incisos VI a VIII deste artigo e sobre a oportunidade da

emissão.

§ 2º A assembléia-geral pode deliberar que a emissão terá valor e

número de séries indeterminados, dentro de limites por ela fixados

com observância do disposto no artigo 60.

§ 3º A companhia não pode efetuar nova emissão antes de colocadas

todas as debêntures das séries de emissão anterior ou canceladas as

séries não colocadas, nem negociar nova série da mesma emissão

antes de colocada a anterior ou cancelado o saldo não colocado.

Art. 60. Excetuados os casos previstos em lei especial, o valor

total das emissões de debêntures não poderá ultrapassar o

capital social da companhia. (grifo meu)

§ 1º Esse limite pode ser excedido até alcançar:

a) 80% (oitenta por cento) do valor dos bens gravados, próprios ou

de terceiros, no caso de debêntures com garantia real;

b) 70% (setenta por cento) do valor contábil do ativo da companhia,

diminuído do montante das suas dívidas garantidas por direitos reais,

no caso de debêntures com garantia flutuante.

§ 2º O limite estabelecido na alínea a do § 1º poderá ser determinado

em relação à situação do patrimônio da companhia depois de

investido o produto da emissão; neste caso os recursos ficarão sob

controle do agente fiduciário dos debenturistas e serão entregues à

companhia, observados os limites do § 1º, à medida em que for

sendo aumentado o valor das garantias.

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§ 3º A Comissão de Valores Mobiliários poderá fixar outros

limites para emissões de debêntures negociadas em bolsa ou

no balcão, ou a serem distribuídas no mercado. (grifo meu)

Art. 62. Nenhuma emissão de debêntures será feita sem que tenham

sido satisfeitos os seguintes requisitos:

I - arquivamento, no registro do comércio, e publicação da ata da

assembléia-geral, ou do conselho de administração, que deliberou

sobre a emissão;

II - inscrição da escritura de emissão no registro do comércio;

III - constituição das garantias reais, se for o caso.

§ 1º Os administradores da companhia respondem pelas perdas e

danos causados à companhia ou a terceiros por infração deste artigo.

Art. 71. Os titulares de debêntures da mesma emissão ou série

podem, a qualquer tempo, reunir-se em assembléia a fim de deliberar

sobre matéria de interesse da comunhão dos debenturistas.

§ 1º A assembléia de debenturistas pode ser convocada pelo agente

fiduciário, pela companhia emissora, por debenturistas que

representem 10% (dez por cento), no mínimo, dos títulos em

circulação, e pela Comissão de Valores Mobiliários.

§ 2º Aplica-se à assembléia de debenturistas, no que couber, o

disposto nesta Lei sobre a assembléia-geral de acionistas.

§ 3º A assembléia se instalará, em primeira convocação, com a

presença de debenturistas que representem metade, no mínimo, das

debêntures em circulação, e, em segunda convocação, com qualquer

número.

§ 4º O agente fiduciário deverá comparecer à assembléia e prestar

aos debenturistas as informações que lhe forem solicitadas.

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§ 5º A escritura de emissão estabelecerá a maioria necessária, que

não será inferior à metade das debêntures em circulação, para

aprovar modificação nas condições das debêntures.

§ 6º Nas deliberações da assembléia, a cada debênture caberá um

voto.

Art. 73. Somente com a prévia aprovação do Banco Central do

Brasil as companhias brasileiras poderão emitir debêntures no

exterior com garantia real ou flutuante de bens situados no

País. (grifo meu)

§ 1º Os credores por obrigações contraídas no Brasil terão

preferência sobre os créditos por debêntures emitidas no exterior por

companhias estrangeiras autorizadas a funcionar no País, salvo se a

emissão tiver sido previamente autorizada pelo Banco Central do

Brasil e o seu produto aplicado em estabelecimento situado no

território nacional.

§ 2º Em qualquer caso, somente poderão ser remetidos para o

exterior o principal e os encargos de debêntures registradas

no Banco Central do Brasil. (grifo meu)

§ 3º A emissão de debêntures no estrangeiro, além de observar os

requisitos do artigo 62, requer a inscrição, no registro de imóveis, do

local da sede ou do estabelecimento, dos demais documentos

exigidos pelas leis do lugar da emissão, autenticadas de acordo com a

lei aplicável, legalizadas pelo consulado brasileiro no exterior e

acompanhados de tradução em vernáculo, feita por tradutor público

juramentado; e, no caso de companhia estrangeira, o arquivamento

no registro do comércio e publicação do ato que, de acordo com o

estatuto social e a lei do local da sede, tenha autorizado a emissão.

§ 4º A negociação, no mercado de capitais do Brasil, de

debêntures emitidas no estrangeiro, depende de prévia

autorização da Comissão de Valores Mobiliários”. (grifo meu)

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44. Operações com Ouro

As operações com ouro ocorrem, basicamente, dentro das grandes bolsas

mundiais, sendo que no Brasil sua transação é feita dentro da Bolsa de

Mercadorias & Futuros tanto com contratos futuros quanto com operações spot

(à vista).

Segundo Newlands Jr:

“As operações no mercado spot são realizadas na BM&F, com entrega

em 24 horas. Como se trata de operação em Bolsa, exige-se a

intermediação de uma corretora conveniada. Os volumes negociados

são transferidos automaticamente entre as contas dos clientes em

diferentes bancos, sem que o metal passe pelas mãos de quem

negocia.”

45. Underwriting

A palavra “underwriting” significa subscrição. Na verdade, quando um empresa

precisa lançar suas ações no mercado financeiro, na bolsa, ela deve procurar

uma corretora, uma distribuidora ou um banco de investimento para que este

possa auxiliá-la na tarefa.

Esses agentes especializados no mercado financeiro irão fazer com que haja

uma adequação da empresa às normas da CVM e auxiliar na distribuição dos

valores mobiliários quando do seu lançamento. Essa organização e auxílio da

operação é que é a subscrição da operação. Enquanto isso, os agentes são

chamados de subscritores (“underwriter”).

Segundo Newlands Jr:

“Por ser uma regra da Comissão de Valores Mobiliários – CVM,

nenhuma empresa pode vender diretamente suas ações no mercado

quando a emissão é pública. É necessária a intermediação de uma

instituição financeira por meio de uma operação de underwriting.”

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Essas operações podem ser feitas das mais diversas formas. Uma operação de

underwriting pode ser do tipo firme, melhores esforços ou stand-by.

Quando há um lançamento do tipo Garantia Firme, o underwriter da

operação, antes mesmo do lançamento, garante à empresa a venda da

totalidade da emissão. Caso, o subscritor não consiga colocar a totalidade no

mercado, ele terá adquirido o restante. Logo, o risco da empresa emissora é

bastante baixo, pois antes mesmo da emissão já sabe o valor que conseguirá

levantar.

Quando o lançamento for do tipo Melhores Esforços, o underwriter da

operação garante à empresa emissora que irá fazer o maior esforço possível

para efetuar a colocação da operação pela melhor taxa ou preço. No entanto,

não irá garantir nenhum valor previamente.

Quando o lançamento for do tipo Stand-By, a instituição subscritora se

compromete a colocar junto ao público o restante dos valores mobiliários em

determinado espaço de tempo e caso isso não ocorra, ela mesma irá adquirir

esses títulos.

Importante destacar que alguns autores colocam o bookbuilding como uma

forma de subscrição. Entretanto, quando há uma subscrição por melhores

esforços ou mesmo uma firme, o subscritor liga para todos os potenciais

compradores com o objetivo de anunciar a operação que irá fazer e levantar a

demanda existente para tal operação. Dessa forma, ele poderá determinar ou

avaliar, dependendo do caso, o valor de venda do título. Portanto, após ele

perguntar a quantidade demandada de cada investidor a um determinado

preço, o subscritor anota esse valor em um “caderno” e assim vai construindo

esse “caderno” de preço.

Segundo o dicionário da BOVESPA, as operações de Underwriting podem ser as

seguintes:

Underwriting Firme (straight): Subscrição em que a instituição

financeira subscreve integralmente a emissão para revendê-la

posteriormente ao público. Selecionando esta opção a empresa

assegura a entrada de recursos. O risco de mercado é do

intermediário financeiro.

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Underwriting de Melhores Esforços (Best efforts): Subscrição

em que a instituição financeira se compromete a realizar os melhores

esforços para a colocação junto ao mercado das sobras do

lançamento. Não há comprometimento por parte do intermediário

para a colocação efetiva de todas as ações. A empresa assume os

riscos da aceitação ou não das ações lançadas por parte do mercado.

Underwriting de standby: Subscrição em que a instituição

financeira se compromete a colocar as sobras junto ao público em

determinado espaço de tempo, após o qual ela mesmo subscreve o

total das ações não colocadas. Decorrido o prazo, o risco de mercado

é do intermediário financeiro.

46. Mercado de Câmbio

Antes de começarmos a falar sobre mercado de câmbio é fundamental que

consigamos entender o que significa câmbio. Eu, particularmente, gosto muito

de um exemplo que coloco em sala e, praticamente, retira todos os mitos

acerca desse mercado.

Quando você vai a um mercado e verifica que a batata está custando R$2,00,

o que aquilo significa? Significa que um quilo de batata pode ser trocado por

R$2,00, concorda?

Então. No câmbio é a mesma coisa. Quando eu te digo que a taxa de câmbio

está custando R$2,00, isso significa que você pode trocar R$2,00 por US$1,00

ao invés de um quilo de batata. Isso que acabei de explicar se chama taxa de

câmbio. No entanto, câmbio é a troca de uma moeda por outra qualquer. O

preço dessa troca é a taxa de câmbio.

Segundo o dicionário de Finanças da BOVESPA, câmbio é:

“relação entre valores de duas ou mais moedas nacionais.”

O normativo vigente do CMN define que o mercado de câmbio brasileiro

compreende as operações de compra e de venda de moeda estrangeira e as

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operações com ouro-instrumento cambial, realizadas com instituições

autorizadas pelo Banco Central do Brasil a operar no mercado de câmbio, bem

como as operações em moeda nacional entre residentes, domiciliados ou com

sede no País e residentes, domiciliados ou com sede no exterior.

Cabe ressaltar que as taxas de câmbio praticadas no mercado de câmbio

brasileiro são livremente negociadas entre os agentes e seus clientes e são

amplamente divulgadas pela imprensa. O Banco Central divulga as taxas de

câmbio praticadas no mercado interbancário, não fazendo, atualmente,

nenhum tipo de fixação desta.

46.1. Instituições Autorizadas a Operar

O Conselho Monetário Nacional, em seu normativo, elenca quais as instituições

estão autorizadas a operar em câmbio e que tipos de operação cada uma delas

pode fazer.

As autorizações para a prática de operações no mercado de câmbio podem ser

concedidas pelo Banco Central do Brasil a

• bancos múltiplos;

• bancos comerciais;

• caixas econômicas;

• bancos de investimento;

• bancos de desenvolvimento;

• bancos de câmbio;

• sociedades de crédito, financiamento e investimento;

• sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários;

• sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários; e

• sociedades corretoras de câmbio.

É importante destacar que desde 2009 as agências de turismo e os hotéis não

podem negociar no mercado de câmbio.

Os agentes autorizados a operar no mercado de câmbio podem realizar as

seguintes operações:

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I - bancos, exceto de desenvolvimento, e a Caixa Econômica Federal: todas as

operações previstas para o mercado de câmbio;

II - bancos de desenvolvimento: operações específicas autorizadas pelo Banco

Central do Brasil;

III - sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades

corretoras de títulos e valores mobiliários, sociedades distribuidoras de títulos

e valores mobiliários e sociedades corretoras de câmbio:

a) compra e venda de moeda estrangeira em cheques vinculados a

transferências unilaterais;

b) compra e venda de moeda estrangeira em espécie, cheques e cheques de

viagem relativos a viagens internacionais;

c) operações de câmbio simplificado de exportação e de importação e

transferências do e para o exterior, de natureza financeira, não sujeitas ou

vinculadas a registro no Banco Central do Brasil, até o limite de US$ 50.000,00

(cinqüenta mil dólares dos Estados Unidos) ou seu equivalente em outras

moedas; e

d) operações no mercado interbancário, arbitragens no País e, por meio de

banco autorizado a operar no mercado de câmbio, arbitragem com o exterior;

46.2. Operações Básicas

As operações básicas no mercado de câmbio devem ser registradas por meio

de contrato de câmbio pois desta forma o Banco Central tem condições de

saber como estão sendo cursadas as operações.

Normativo do CMN dispõe que:

“Art. 80 – As pessoas físicas e as pessoas jurídicas podem comprar e

vender moeda estrangeira ou realizar transferências internacionais

em reais, de qualquer natureza, sem limitação de valor, sendo

contraparte na operação agente autorizado a operar no mercado de

câmbio, observada a legalidade da transação, tendo como base a

fundamentação econômica e as responsabilidades definidas na

respectiva documentação.

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§ 1º O disposto no caput compreende as compras e as vendas de

moeda estrangeira, por pessoas físicas ou jurídicas, residentes,

domiciliadas ou com sede no País, para fins de constituição de

disponibilidades no exterior e do seu retorno.

§ 2° As transferências financeiras relativas às aplicações no exterior

por instituições financeiras e demais instituições autorizadas a

funcionar pelo Banco Central do Brasil devem observar a

regulamentação específica.

§ 3º Os fundos de investimento podem efetuar transferências do e

para o exterior relacionadas às suas aplicações fora do País,

obedecida a regulamentação editada pela Comissão de Valores

Mobiliários e as regras cambiais editadas pelo Banco Central do

Brasil.

§ 4° As transferências financeiras relativas a aplicações no exterior

por entidades de previdência complementar devem observar a

regulamentação específica

§ 5º Sem prejuízo do dever de identificação dos clientes de que trata

o artigo 18 desta Resolução, nas operações de compra e de venda de

moeda estrangeira até US$ 3.000,00 (três mil dólares dos Estados

Unidos), ou do seu equivalente em outras moedas, é dispensada a

apresentação da documentação referente aos negócios jurídicos

subjacentes às operações de câmbio.”

46.3. Contratos de Câmbio

O contrato de câmbio é o documento que formaliza a operação de compra ou

de venda de moeda estrangeira.

Nele deverão constar informações sobre a moeda estrangeira transacionada, a

taxa de câmbio contratada, o valor correspondente em moeda nacional e os

nomes do comprador e do vendedor. Os contratos de câmbio devem ser,

obrigatoriamente, registrados no Sisbacen pelo agente autorizado a operar no

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mercado de câmbio. Tal fato permite ao Banco Central o acompanhamento de

todas as operações cursadas nesse mercado.

Nas operações de compra ou de venda de moeda estrangeira de até US$ 3 mil,

ou seu equivalente em outras moedas estrangeiras, não é obrigatória a

utilização do contrato de câmbio, mas o agente do mercado de câmbio deve

identificar seu cliente e registrar a operação no Sisbacen.

46.4. SISCOMEX

O Sistema Integrado de Comércio Exterior - SISCOMEX, instituído pelo Decreto

n° 660, de 25.9.92, é a sistemática administrativa do comércio exterior

brasileiro, que integra as atividades afins da Secretaria de Comércio Exterior -

SECEX, da Secretaria da Receita Federal - SRF e do Banco Central do Brasil -

BACEN, no registro, acompanhamento e controle das diferentes etapas das

operações de exportação.

A partir de 1993, com a criação do SISCOMEX, todo o processamento

administrativo relativo às exportações foi informatizado. As operações

passaram a ser registradas via Sistema e analisadas "on line" pelos órgãos que

atuam em comércio exterior, tanto os chamados órgãos "gestores" (SECEX,

SRF e BACEN) como os órgãos "anuentes", que atuam apenas em algumas

operações específicas (Ministério da Saúde, Departamento da Polícia Federal,

Comando do Exército etc.).

Na concepção e no desenvolvimento do Sistema, foram harmonizados

conceitos, códigos e nomenclaturas, tornando possível a adoção de um fluxo

único de informações, tratado pela via informatizada, que permite a eliminação

de diversos documentos utilizados no processamento das operações.

O sistema de registro de exportações totalmente informatizado permitiu um

enorme ganho em agilização, confiabilidade, rápido acesso a informações

estatísticas, redução de custos etc.

O acesso ao SISCOMEX IMPORTAÇÃO é feito por meio de conexão com o

Serpro a fim de que as operações que necessitam de Licenciamento de

Importação possam ser efetuadas.

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O SISCOMEX tem sido constantemente aprimorado, tendo incorporado o

Módulo Drawback Eletrônico, em novembro de 2001.

46.5. Remessas de Câmbio

A pessoa interessada em fazer uma remessa de moeda estrangeira para o

exterior deve se dirigir a uma instituição autorizada pelo Banco Central do

Brasil a operar no mercado de câmbio ou uma empresa conveniada e

apresentar a documentação necessária para a remessa. Caberá ao agente

informar a taxa de câmbio praticada, as tarifas que serão cobradas pela

operação e os procedimentos adicionais necessários.

A empresa conveniada referida pode ser uma instituição financeira ou uma

pessoa jurídica qualquer, contratada por uma instituição do sistema financeiro

autorizada a operar no mercado de câmbio especificamente para efetuar esse

tipo de transação.

As empresas conveniadas financeiras podem realizar operações cujo valor, por

operação, não exceda a US$ 3 mil e que sejam relativas a turismo

internacional e a transferências unilaterais, como, por exemplo, manutenção

de residentes, doações, aposentadorias e pensões, indenizações e multas,

patrimônio.

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EXERCÍCIOS PROPOSTOS

Questão 95

(NCE – CVM – Analista – 2008) – Nos termos da Lei nº 6404 de 15 de

dezembro de 1976, a companhia ou sociedade anônima terá o capital dividido

em ações e a responsabilidade dos sócios ou acionistas está limitada ao

seguinte parâmetro:

a) valor do patrimônio líquido da companhia;

b) valor de mercado das suas ações;

c) preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas;

d) sua participação no capital social da sociedade;

e) valor econômico da companhia.

Questão 96

(NCE – CVM – Analista – 2008) – A legislação societária brasileira define a

companhia aberta como aquela que:

a) possui mais de dois acionistas e o seu capital social está dividido em ações

ordinárias e preferenciais;

b) os valores mobiliários de sua emissão estejam admitidos à negociação no

mercado de valores mobiliários;

c) publica seus atos societários e demonstrativos financeiros em jornal de

grande circulação;

d) possui uma carteira de investimento diversificada em valores mobiliários;

e) do seu quadro societário podem participar acionistas estrangeiros.

Questão 97

(Cesgranrio – BB – Escriturário – 2010) – As Companhias ou Sociedades

Anônimas podem ser classificadas como abertas ou fechadas. São classificadas

como abertas quando

a) seu passivo está atrelado a opções de mercado futuro.

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b) seus principais ativos são ações de outras companhias de capital aberto.

c) sua estrutura de capital permite a entrada de sócios estrangeiros.

d) suas ações são negociadas na Bolsa de Valores ou no mercado balcão.

e) suas ações são propriedade dos sócios fundadores e não estão à venda.

Questão 98

(NCE – CVM – Agente – 2005) – Considerando-se uma empresa regida pela Lei

6404/76 e alterações posteriores, analise as afirmativas a seguir:

I – As ações ordinárias da companhia fechada e as ações preferenciais da

companhia aberta e fechada podem ser apenas de uma única classe.

II – Uma companhia é aberta ou fechada conforme os valores mobiliários de

sua emissão estejam ou não admitidos à negociação no mercado de valores

mobiliários.

III – O número de ações preferenciais sem direito a voto, ou sujeitas a

restrição no exercício desse direito, não pode ultrapassar 70% (setenta por

cento) do total das ações emitidas.

A(s) afirmativa(s) correta(s) é/são somente:

a) II;

b) I e II;

c) I e III;

d) II e III;

e) I, II e III.

Questão 99

(NCE – CVM – Agente – 2005) – As sociedades anônimas são:

a) pessoas jurídicas de direito privado, de natureza mercantil, em que o capital

não se divide em ações, de livre negociabilidade, limitando-se a

responsabilidade dos subscritores ou acionistas ao preço de emissão das ações

por eles subscritas ou adquiridas;

b) pessoas jurídicas de direito público em que o capital não se divide em

ações;

c) pessoas jurídicas de direito privado, de natureza mercantil, em que o capital

se divide em ações de livre negociabilidade, limitando-se a responsabilidade

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dos subscritores ou acionistas ao preço de emissão das ações por eles

subscritas ou adquiridas;

d) associações de empresas ou conglomerados que têm por finalidade compor

determinadas companhias;

e) pessoas jurídicas de direito privado, de natureza mercantil, em que o capital

se divide por cotas, de livre negociabilidade, limitando-se a responsabilidade

dos subscritores ou acionistas ao preço de emissão das ações por eles

subscritas ou adquiridas.

Questão 100

(NCE – CVM – Agente – 2005) – As debêntures são:

a) ativos lançados no mercado financeiro sem autorização da Comissão de

Valores Mobiliários – CVM, que conferem aos seus detentores o direito de

crédito contra a empresa, nos termos da escritura de emissão e do certificado,

conforme art. 52 da Lei 6404/76;

b) títulos de dívida de médio ou longo prazos, emitidos pelas sociedades

anônimas não-financeiras de capital aberto, que conferem aos seus detentores

o direito de crédito contra a empresa, nos termos da escritura de emissão e do

certificado, conforme art. 52 da Lei 6404/76;

c) emitidas pelas companhias fechadas com prévia autorização do Banco

Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, que conferem aos

seus detentores o direito de crédito contra a empresa, nos termos da escritura

de emissão e do certificado, conforme art. 52 da Lei 6404/76;

d) títulos cuja emissão no mercado independe de deliberação da assembléia

geral;

e) títulos que não podem ser recomprados pelo emissor.

Questão 101

(Fundação Carlos Chagas – BB – Escriturário – 2010) – As debêntures,

segundo a Lei no 6.404/76, são títulos nominativos ou escriturais emitidos por

sociedades por ações. Asseguram ao seu titular direito de crédito contra a

companhia emissora e

a) devem ser registradas para negociação em Bolsa de Valores.

b) podem ser emitidas por bancos de investimento.

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c) são adquiridas por investidores no mercado internacional.

d) podem ser emitidas pelo prazo máximo de 360 dias.

e) têm as suas garantias, se houver, especificadas na escritura de emissão.

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EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

Questão 95

(NCE – CVM – Analista – 2008) – Nos termos da Lei nº 6404 de 15 de

dezembro de 1976, a companhia ou sociedade anônima terá o capital dividido

em ações e a responsabilidade dos sócios ou acionistas está limitada ao

seguinte parâmetro:

a) valor do patrimônio líquido da companhia;

b) valor de mercado das suas ações;

c) preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas;

d) sua participação no capital social da sociedade;

e) valor econômico da companhia.

Resolução:

Observe que a grande maioria das questões acerca da Lei 6.404/76 trazem a

literalidade da lei. Eu sei que a Lei não é pequena, na verdade, ela é enorme,

mas uma leitura “na diagonal” pode ser algo interessante.

Muitas vezes de nada adiantará eu ficar aqui descrevendo alguns itens acerca

da Lei pois existem 300 artigos nela. O examinador pode escolher um de forma

aleatória e colocar na prova. É claro que existem alguns mais importantes e

com a aula irei repassando a vocês.

Essa questão nada mais é do que o artigo 1 da Lei, conforme exposto abaixo:

“Art. 1º A companhia ou sociedade anônima terá o capital dividido em

ações, e a responsabilidade dos sócios ou acionistas será limitada ao

preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas.”

Dessa forma, o gabarito da questão é a letra C.

Gabarito: C

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Questão 96

(NCE – CVM – Analista – 2008) – A legislação societária brasileira define a

companhia aberta como aquela que:

a) possui mais de dois acionistas e o seu capital social está dividido em ações

ordinárias e preferenciais;

b) os valores mobiliários de sua emissão estejam admitidos à negociação no

mercado de valores mobiliários;

c) publica seus atos societários e demonstrativos financeiros em jornal de

grande circulação;

d) possui uma carteira de investimento diversificada em valores mobiliários;

e) do seu quadro societário podem participar acionistas estrangeiros.

Resolução:

A própria Lei 6.404/76 mostra as definições de companhia aberta e companhia

fechada.

Uma companhia será considerada aberta se os valores mobiliários de sua

emissão forem admitidos à negociação no mercado de valores mobiliários.

Será fechada se esses valores não puderem ser negociados no mercado.

Importante ressaltar que somente os valores mobiliários registrados no órgão

fiscalizador competente – Comissão de Valores Mobiliários – podem ser

negociados no mercado de valores mobiliários, podendo ser nas bolsas ou em

balcão.

E para que seja feita uma distribuição pública, ou seja, para que as ações ou

qualquer outro valor mobiliário de emissão de uma companhia aberta seja

vendido ao público, há a necessidade de registro prévio na CVM.

O artigo 4º e seus parágrafos define bem esse tema, conforme mostrado

abaixo:

“Art. 4o Para os efeitos desta Lei, a companhia é aberta ou fechada

conforme os valores mobiliários de sua emissão estejam ou

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não admitidos à negociação no mercado de valores

mobiliários. (grifo meu)

§ 1o Somente os valores mobiliários de emissão de companhia

registrada na Comissão de Valores Mobiliários podem ser

negociados no mercado de valores mobiliários. (grifo meu)

§ 2o Nenhuma distribuição pública de valores mobiliários será

efetivada no mercado sem prévio registro na Comissão de

Valores Mobiliários. (grifo meu)

§ 3o A Comissão de Valores Mobiliários poderá classificar as

companhias abertas em categorias, segundo as espécies e classes

dos valores mobiliários por ela emitidos negociados no mercado, e

especificará as normas sobre companhias abertas aplicáveis a cada

categoria.

§ 4o O registro de companhia aberta para negociação de ações no

mercado somente poderá ser cancelado se a companhia emissora de

ações, o acionista controlador ou a sociedade que a controle, direta

ou indiretamente, formular oferta pública para adquirir a totalidade

das ações em circulação no mercado, por preço justo, ao menos igual

ao valor de avaliação da companhia, apurado com base nos critérios,

adotados de forma isolada ou combinada, de patrimônio líquido

contábil, de patrimônio líquido avaliado a preço de mercado, de fluxo

de caixa descontado, de comparação por múltiplos, de cotação das

ações no mercado de valores mobiliários, ou com base em outro

critério aceito pela Comissão de Valores Mobiliários, assegurada a

revisão do valor da oferta, em conformidade com o disposto no art.

4o-A.

§ 5o Terminado o prazo da oferta pública fixado na regulamentação

expedida pela Comissão de Valores Mobiliários, se remanescerem em

circulação menos de 5% (cinco por cento) do total das ações emitidas

pela companhia, a assembléia-geral poderá deliberar o resgate

dessas ações pelo valor da oferta de que trata o § 4o, desde que

deposite em estabelecimento bancário autorizado pela Comissão de

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Valores Mobiliários, à disposição dos seus titulares, o valor de

resgate, não se aplicando, nesse caso, o disposto no § 6o do art. 44.

§ 6o O acionista controlador ou a sociedade controladora que adquirir

ações da companhia aberta sob seu controle que elevem sua

participação, direta ou indireta, em determinada espécie e classe de

ações à porcentagem que, segundo normas gerais expedidas pela

Comissão de Valores Mobiliários, impeça a liquidez de mercado das

ações remanescentes, será obrigado a fazer oferta pública, por preço

determinado nos termos do § 4o, para aquisição da totalidade das

ações remanescentes no mercado.”

O dicionário da BOVESPA3 informa que uma companhia aberta é uma:

“Companhia com valores mobiliários registrados na CVM, admitidos à

negociação no mercado de títulos e valores mobiliários, de bolsa ou

de balcão. (grifo meu)

A CVM pode classificar as companhias de capital aberto em

categorias, conforme as espécies e classes dos valores mobiliários por

ela emitidos, negociados nesses mercados.

A companhia aberta sujeita-se ao cumprimento de uma série de

normas quanto a:

f) natureza e periodicidade de informações a divulgar

g) forma e conteúdo dos relatórios de administração e demonstrações

financeiras

h) padrões contábeis, relatório e parecer de auditores independentes

i) informações prestadas por diretores e acionistas controladores,

relativos à compra, permuta ou venda de ações emitidas pela

companhia, sociedades controladas e controladoras

j) divulgação de deliberações de assembléia de acionistas, órgãos da

administração, fatos relevantes ocorridos nos negócios, que

possam influir de modo ponderável na decisão de comprar ou

vender ações, por parte de investidores.

3 Estou optando por colocar alguns conceitos que estão no dicionário da BOVESPA porque se por acaso cair alguma questão da Lei que você não teve a oportunidade de ler, esses conceitos podem dar uma dica tendo em vista o fato de que são um resumo do que há de mais importante.

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Nota: companhias abertas existentes antes da edição da lei

10.303/2001 podem ter seu capital social com até dois terços de

ações preferenciais.”

Existem inúmeras instruções CVM acerca das companhias abertas, a grande

maioria disciplinando os mais diversos itens dispostos pela Lei 6.404/76.

Concluímos, diante de tudo que foi exposto acima, que o gabarito é a letra B.

Gabarito: B

Questão 97

(Cesgranrio – BB – Escriturário – 2010) – As Companhias ou Sociedades

Anônimas podem ser classificadas como abertas ou fechadas. São classificadas

como abertas quando

a) seu passivo está atrelado a opções de mercado futuro.

b) seus principais ativos são ações de outras companhias de capital aberto.

c) sua estrutura de capital permite a entrada de sócios estrangeiros.

d) suas ações são negociadas na Bolsa de Valores ou no mercado balcão.

e) suas ações são propriedade dos sócios fundadores e não estão à venda.

Resolução:

A legislação em vigor determina que uma companhia será considerada aberta

se os valores mobiliários de sua emissão estiverem admitidos à negociação no

mercado de valores mobiliários. Veja o trecho abaixo:

“Art. 4o Para os efeitos desta Lei, a companhia é aberta ou fechada

conforme os valores mobiliários de sua emissão estejam ou não

admitidos à negociação no mercado de valores mobiliários.

§ 1o Somente os valores mobiliários de emissão de companhia

registrada na Comissão de Valores Mobiliários podem ser negociados

no mercado de valores mobiliários.”

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Portanto, se essas ações puderem ser negociadas nas bolsas ou no mercado de

balcão (mercado de valores mobiliários), essa companhia será considerada

aberta. O gabarito é a letra D.

Gabarito: D

Questão 98

(NCE – CVM – Agente – 2005) – Considerando-se uma empresa regida pela Lei

6404/76 e alterações posteriores, analise as afirmativas a seguir:

I – As ações ordinárias da companhia fechada e as ações preferenciais da

companhia aberta e fechada podem ser apenas de uma única classe.

II – Uma companhia é aberta ou fechada conforme os valores mobiliários de

sua emissão estejam ou não admitidos à negociação no mercado de valores

mobiliários.

III – O número de ações preferenciais sem direito a voto, ou sujeitas a

restrição no exercício desse direito, não pode ultrapassar 70% (setenta por

cento) do total das ações emitidas.

A(s) afirmativa(s) correta(s) é/são somente:

a) II;

b) I e II;

c) I e III;

d) II e III;

e) I, II e III.

Resolução:

Essa questão “parece” que está com seus itens retirados da Lei. É claro que

com a Lei do lado fica simples encontrar o que é verdadeiro e o que é falso.

Vamos lá, prosseguir em nossas análises.

A Lei prevê a existência de três tipos de ações, quais sejam: ordinárias,

preferenciais ou de fruição. Informa ainda, literalmente, que as ações

ordinárias de uma companhia fechada e as preferenciais de uma companhia

aberta ou fechada poderão der de uma ou mais classe. Observe o texto legal

abaixo citado.

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“Art. 15. As ações, conforme a natureza dos direitos ou vantagens

que confiram a seus titulares, são ordinárias, preferenciais, ou de

fruição.

§ 1º As ações ordinárias da companhia fechada e as ações

preferenciais da companhia aberta e fechada poderão ser de

uma ou mais classes. (grifo meu)

§ 2o O número de ações preferenciais sem direito a voto, ou sujeitas

a restrição no exercício desse direito, não pode ultrapassar 50%

(cinqüenta por cento) do total das ações emitidas.”

Dessa forma, observamos que o item I está correto.

A própria Lei 6.404/76 define o que é considerada companhia aberta ou

fechada. Segundo determinação legal, consideraremos companhia aberta as

empresas cujos valores mobiliários de sua emissão possam vir a ser

negociados no mercado de valores mobiliários. Ou seja, empresas cujas ações

podem ser livremente negociadas na Bolsa ou no mercado de balcão.

As fechadas são aquelas cujos valores mobiliários não podem ser negociados

no mercado de valores mobiliários. Importante frisar que somente valores

mobiliários registrados na CVM podem ser negociados no mercado de valores

mobiliários. Abaixo, fragmento da Lei que versa a esse respeito.

“Art. 4o Para os efeitos desta Lei, a companhia é aberta ou fechada

conforme os valores mobiliários de sua emissão estejam ou não

admitidos à negociação no mercado de valores mobiliários.”

Dessa forma, vemos que o item II da questão é verdadeiro.

Vamos tentar entender o que o item III nos diz. O parágrafo 2º do artigo 15 da

Lei 6.404/76, transcrito acima, diz que:

“§ 2o O número de ações preferenciais sem direito a voto, ou sujeitas

a restrição no exercício desse direito, não pode ultrapassar 50%

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(cinqüenta por cento) do total das ações emitidas. (Redação dada

pela Lei nº 10.303, de 2001).” (grifo meu)

Quando observamos o que está escrito e comparamos com a afirmação da

questão, vamos que há uma coincidência do texto com exceção do quantitativo

do total de ações. Observe que a prova em questão é datada de 2005 e a

mudança neste parágrafo ocorreu em 2001. Logo, não podemos falar que esse

não era o texto legal em 2005, concordam?

Dessa forma, se pensarmos no texto literal e é isso que acho que vocês

deveriam fazer, marcaríamos o item III como sendo falso, pois o correto é que

o número de ações preferenciais não pode ultrapassar o valor de 50% do total

das ações emitidas. Enquanto a questão fala que não pode ultrapassar o valor

de 70%.

Como tenho um viés matemático e de raciocínio lógico, não posso admitir que

a questão III esteja errada. Porque algo que não pode ultrapassar 50%

também não pode ultrapassar nada além de 50%, logo, não pode ultrapassar

70%. Estão me entendendo?

Se eu falo que um goleiro de futebol do meu time não pode ser aceito na

“peneira” se for menor do que 1,80m, ele também não poderia ser aceito se

fosse menor que 1,70m. Me entendenram? Qualquer subconjunto que for

escolhido nos limites excluídos, também deverá ser excluído. Logo, há espaço

para uma discussão enorme nesse item.

Infelizmente a prova que encontrei na internet me diz que o gabarito é a letra

C, mas não foi possível encontrar o gabarito definitivo. Provei com as

explicações acima que o gabarito seria B ou E, mas nunca C. Provavelmente

houve um erro do site que peguei a prova ou da instituição em seu gabarito

preliminar.

Agora vocês querem saber se eu marcaria B ou E, concordam? Apesar da

lógica me mandar marcar a letra E, eu marcaria B pois praticamente todas as

questões desse tipo são “copiadas” da Lei e essa não é diferente. Sendo assim,

é muito improvável que o examinador quando fez a questão tenha alterado o

50% para 70% com o intuito de tentar te enganar na forma lógica da questão.

Ele apenas mudou um número que a tornou, para ele, falsa.

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Podem falar o que quiser, sei que muitos não vão concordar com meus

argumentos e outros não irão concordar com a minha decisão de marcar a

letra B, mas apesar de a questão levar a uma discussão imensa (que espero

que não precisemos fazê-la no fórum, pois deixei claras as duas posições

possíveis), DUVIDO que qualquer banca examinadora anularia a questão pelos

motivos que coloquei.

DUVIDO também que uma banca como a ESAF ou o CESPE deixem passar na

prova uma questão como essa. Acho que eles, nunca levariam tal questão que

poderia ser facilmente questionada, em relação à sua lógica, para a prova.

Gabarito: B ou E

Questão 99

(NCE – CVM – Agente – 2005) – As sociedades anônimas são:

a) pessoas jurídicas de direito privado, de natureza mercantil, em que o capital

não se divide em ações, de livre negociabilidade, limitando-se a

responsabilidade dos subscritores ou acionistas ao preço de emissão das ações

por eles subscritas ou adquiridas;

b) pessoas jurídicas de direito público em que o capital não se divide em

ações;

c) pessoas jurídicas de direito privado, de natureza mercantil, em que o capital

se divide em ações de livre negociabilidade, limitando-se a responsabilidade

dos subscritores ou acionistas ao preço de emissão das ações por eles

subscritas ou adquiridas;

d) associações de empresas ou conglomerados que têm por finalidade compor

determinadas companhias;

e) pessoas jurídicas de direito privado, de natureza mercantil, em que o capital

se divide por cotas, de livre negociabilidade, limitando-se a responsabilidade

dos subscritores ou acionistas ao preço de emissão das ações por eles

subscritas ou adquiridas.

Resolução:

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Novamente a questão nos leva à literalidade da Lei 6.404/76 acrescendo que

as S.A. são pessoas jurídicas de Direito Privado (e isso vocês aprendem em

Direito Administrativo ou Empresarial e devem saber mais do que eu sobre o

assunto). A Lei dispõe em seu artigo 1º que:

“Art. 1º A companhia ou sociedade anônima terá o capital dividido em

ações, e a responsabilidade dos sócios ou acionistas será limitada ao

preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas.”

Com isso, vemos que o gabarito é a letra C.

Gabarito: C

Questão 100

(NCE – CVM – Agente – 2005) – As debêntures são:

a) ativos lançados no mercado financeiro sem autorização da Comissão de

Valores Mobiliários – CVM, que conferem aos seus detentores o direito de

crédito contra a empresa, nos termos da escritura de emissão e do certificado,

conforme art. 52 da Lei 6404/76;

b) títulos de dívida de médio ou longo prazos, emitidos pelas sociedades

anônimas não-financeiras de capital aberto, que conferem aos seus detentores

o direito de crédito contra a empresa, nos termos da escritura de emissão e do

certificado, conforme art. 52 da Lei 6404/76;

c) emitidas pelas companhias fechadas com prévia autorização do Banco

Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, que conferem aos

seus detentores o direito de crédito contra a empresa, nos termos da escritura

de emissão e do certificado, conforme art. 52 da Lei 6404/76;

d) títulos cuja emissão no mercado independe de deliberação da assembléia

geral;

e) títulos que não podem ser recomprados pelo emissor.

Resolução:

As debêntures são títulos que podem ser emitidos por companhias abertas

desde que não sejam instituições financeiras. Há uma pressão grande por

parte das instituições financeiras para que elas passem a poder emitir

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debêntures e dessa forma, consigam alongar suas dívidas. Atualmente, elas

emitem Certificado de Depósito Bancário – CDB para captação de recursos,

mas os prazos utilizados no mercado são bem menores que aqueles que

poderiam ser conseguidos com as debêntures.

Vamos para a Lei 6.404/76, então. No capítulo de debêntures4, as informações

mais importantes são as seguintes:

“Art. 52. A companhia poderá emitir debêntures que conferirão aos

seus titulares direito de crédito contra ela, nas condições constantes

da escritura de emissão e, se houver, do certificado.

Sendo assim, o gabarito da questão é a letra B.

Gabarito: B

Questão 101

(Fundação Carlos Chagas – BB – Escriturário – 2010) – As debêntures,

segundo a Lei no 6.404/76, são títulos nominativos ou escriturais emitidos por

sociedades por ações. Asseguram ao seu titular direito de crédito contra a

companhia emissora e

a) devem ser registradas para negociação em Bolsa de Valores.

b) podem ser emitidas por bancos de investimento.

c) são adquiridas por investidores no mercado internacional.

d) podem ser emitidas pelo prazo máximo de 360 dias.

e) têm as suas garantias, se houver, especificadas na escritura de emissão.

Resolução:

Vimos anteriormente os itens mais importantes da Lei 6.404/76 acerca das

debêntures. Sendo assim, só nos resta responder a questão sem tecer maiores

comentários a respeito. Elas têm suas garantias especificadas na escritura da

emissão.

4 Me reservei o direito de não copiar os artigos na íntegra e saltar alguns deles, os quais julgava ser de menor importância.

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Sendo assim, o gabarito é a letra E.

Gabarito: E

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GABARITO

95- C 96- B 97- D 98- C 99- C

100- B 101- E

E aí pessoal,

Grande abraço a vocês e até a próxima aula.

César Frade

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