Aula 09 - Direito Administrativo - Aula 02.pdf

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    PACOTE DE TEORIA E EXERCCIOSMPE/RJ - TCNICO ADMINISTRATIVO

    DIREITO ADMINISTRATIVO

    Ol pessoal,

    Boa tarde. Quero, inicialmente, pedir minhas sinceras escusas em

    relao nossa primeira aula, vou corrigi-la, neste fim de semana, eposto na segunda, no final da tarde. Fiz uma confuso, de modo queentendi que o pacote seria de exerccios.

    Quanto s questes, em razo dos pedidos, vou restringi-las ao NCEe CESGRANRIO, que so bem mais prximas ao modelo da nossaBanca, em que pese, quando ver que o nmero bem reduzido, terque trazer de outras bancas, pois importante fixarmos a teoria comexerccios.

    Bem, nesta aula veremos o seguinte:

    AULA 02. 3. Atos Administrativos:

    elementos; atributos; classificaes;

    espcies; anulao, revogao e

    convalidao: pressupostos, competncia e

    efeitos;

    Ento, vamos ao que interessa, sem mais delongas.

    A teoria do ato administrativo talvez seja um dos pontos maisimportantes do estudo do Direito Administrativo. Assim, devemos,inicialmente, entender o que o ato administrativo e, para tanto,necessrio compreender como se d seu surgimento.

    Observe que no mundo h diversos fatos que consubstanciam arealizao de coisas, tal como andar, falar, chover, um raio, umaperto de mo etc, ou seja, alguns fatos surgem de condutashumanas e outros, independentemente dessa.

    Nesse universo, nem todos os fatos interessam ao Direito. Somenteser objeto de ateno os que tenham implicao jurdica, ou seja, osfatos mais importantes, aos quais se atribuem algum efeito ou

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    ATO ADMINISTRATIVO

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    DIREITO ADMINISTRATIVO

    conseqncia no mbito do Direito, de modo a fazer surgir, extinguir,modificar ou alterar direitos ou obrigaes.

    Assim, somente interessam os fatos que tm reflexo na ordemjurdica, denominando-sefatos jurdicos.

    Para o Prof. Celso Antnio Bandeira de Mello fato jurdico "qualquer acontecimento a que o Direito imputa e enquantoimputa efeitos jurdicos. O fato jurdico, portanto, pode ser umevento material ou uma conduta humana, voluntria ou involuntria,preordenada ou no a interferir na ordem jurdica".

    Com efeito, em relao aos fatos interessa-nos aqueles que tmalguma influncia no cotidiano da Administrao Pblica, ou seja, osdenominados fatos administrativos. Estes so considerados, emsentido amplo, como toda atividade material que tem, porobjetivo, efeitos prticos no interesse da AdministraoPblica.

    Dessa forma, os fatos administrativos podem ser voluntrios ou

    naturais. So voluntrios quando traduzem providncias desejadaspela Administrao, atravs de sua manifestao volitiva ou porcondutas administrativas que refletem aes ou comportamentosadministrativos. So naturais quando se originam de eventos danatureza que refletem na rbita administrativa.

    Podemos dizer, ento, que os fatos administrativos ou decorremde atos administrativos ou surgem de eventos naturais. Nestecaso teramos, por exemplo, a morte de um servidor. Naquele, a

    execuo material do ato administrativo (exemplo: a derrubada deconstruo irregular decorrente de uma determinaoadministrativa). Observe que o fato ser a execuo da determinao(ato administrativo), sendo, portanto, a derrubada da obra irregular.

    de se mencionar que, para a Profa. Maria Sylvia Zanella Di Pietro,os fatos que ocorrem no mbito da Administrao, mas no tmqualquer efeito jurdico, so fatos da Administrao, e a realizaomaterial de certas condutas pela Administrao estaria englobada

    dentre osatos da Administrao, sendo fato administrativo apenas

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    DIREITO ADMINISTRATIVO

    aqueles que decorrem de eventos naturais e tenha conseqncias ouproduzem efeitos jurdicos no mbito do Direito Administrativo.

    Assim, conforme lio da ilustre professora, os atos daAdministrao seria gnero, que teria as seguintes espcies:

    a) os atos de direito privado;b) os atos materiais da administrao;c) atos de conhecimento, opinio, juzo ou valor;d) os atos polticos;e) os contratos;f) os atos normativos; e,g) os atos administrativos propriamente ditos.

    O Prof. Bandeira de Mello, por outro lado, entende que dentre os atosda Administrao teremos os atos regidos pelo direito privado,atos materiais (cirurgia, pavimentao de rua etc) e atospolticos ou de governo.

    De todo modo, preciso esclarecer que nem todo ato praticadopela Administrao tido como ato administrativo, alguns soatos da Administrao, cuja expresso representa toda atividade,

    jurdica ou no jurdica, que tem nascimento a partir da

    Administrao Pblica, consoante dico de Cretella Jnior.

    Devemos observar, ainda, que o Poder Judicirio e o PoderLegislativo, no exerccio de suas funes tpicas, no praticam atosadministrativos, ou seja, praticam atos judiciais e legislativos,

    respectivamente.

    Por isso, nem todos os atos praticados pela Administrao secaracterizam como atos administrativos, alguns, por exemplo, soconsiderados atos privados, tal como a assinatura de um cheque, opagamento de uma fatura de telefone, a locao de um imvel, vistoque so atos regidos por regras de direito privado.

    Dessa forma, conforme conceitua Hely Lopes Meirelles, ato

    administrativo "toda manifestao unilateral de vontade da

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    Administrao Pblica que, agindo nessa qualidade, tenha porfim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar,extinguir e declarar direitos, ou impor obrigaes aos

    administrados ou a si prpria".

    Nesse sentido, arremata Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino,esclarecendo que "o ato administrativo uma manifestao devontade, de contedo jurdico, da Administrao Pblica; ofato administrativo, por seu turno, no provido de contedo

    jurdico, no tem por escopo a produo de efeitos jurdicos;configura a realizao material, a execuo prtica de umadeciso ou determinao da Administrao".

    SILNCIO ADMINISTRATIVO

    Questo interesse diz respeito ao silncio administrativo, ou seja, ainrcia, a omisso da Administrao pode ser considerada um ato ou um fato administrativo?

    Para o Prof. Bandeira de Mello as omisses da Administrao

    Pblica, ou seja, o silncio da Administrao, no se enquadracomo ato administrativo, sendo, portanto, um fatoadministrativo, conforme adverte:

    [...]Na verdade, o silncio no ato jurdico. Por isto,

    evidentemente, no pode ser ato administrativo. Este

    uma declarao jurdica. Quem se absteve de declarar,

    pois, silenciou, no declarou nada e por isto no

    praticou ato administrativo algum. Tal omisso um

    'fato jurico' e, in casu, um 'fato jurdicoadministrativo".

    [... ]

    Tambm o Prof. Carvalho Filho entende que "o silncio no revelaa prtica de ato administrativo, eis que inexiste manifestaoformal de vontade; no h, pois, qualquer declarao doagente sobre sua conduta. Ocorre, isto, sim um fato jurdicoadministrativo que, por isso mesmo, h de produzir efeitos na

    ordem jurdica".

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    Contudo, deve-se observar que h divergncia na doutrina acercadesse ponto. Para a profa. Di Pietro "at mesmo o silncio pode

    significar forma de manifestao de vontade, quando a leiassim o prev; normalmente ocorre quando a lei fixa umprazo, findo o qual o silncio da administrao significaconcordncia ou discordncia".

    ATRIBUTOS

    O ato administrativo tem caracterstica especial, de modo ento quegoza de atributos especiais. Assim, na viso clssica, teramos: apresuno de legalidade, a autoexecutoriedade e aimperatividade. Contudo, atualmente, temos destacado osseguintes atributos:

    Presuno de legitimidade e veracidadeAutoexecutoriedadeT ipicidadeI mperatividade

    Apresuno de legitimidade e veracidade o atributo segundo oqual todo ato administrativo proferido de acordo com oordenamento jurdico (legalidade) e so seus fundamentosverdadeiros. Trata-se de presuno relativa (iuris tantum), ou seja,admite-se prova em contrrio.

    Tal atributo que permite a imediata execuo dos atosadministrativos, ainda que defeituosos ou invlidos, enquanto no

    pronunciada sua nulidade.

    A imperatividade, tambm denominada por alguns decoercibilidade, a possibilidade que tem a Administrao de criarobrigaes ou impr restries, unilateralmente, aos administrados.Decorre do chamado poder extroverso do Estado, ou seja, poder derestringir direitos ou criar obrigaes para particulares.

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    Com efeito, podemos constatar que esse atributo somente estarpresente nos atos administrativos que criem obrigaes ou restries(atos de polcia, por exemplo), no estando em outros atos (emisso

    de certido), por no criarem qualquer obrigao.

    A autoexecutoriedade o poder que tem a Administrao deimediata e diretamente, executar seus atos, independentemente deordem judicial. Pode-se dividir tal atributo em exigibilidade eexecutoriedade.

    A exigibilidade seria a obrigao do particular em cumprir asdeterminaes da Administrao (coero indireta) e aexecutoriedade seria o poder de a Administrao fazer o particularcumprir suas obrigaes e em caso de no cumprimento ela mesmaadotar as medidas inerentes ao cumprimento do ato (coero direta).

    Assim, a multa administrativa no gozaria de executoriedade, eis quea Administrao no poderia se valer de sua fora para adentrar aesfera de patrimnio do administrativo, em caso de nocumprimento, a fim de se fazer cumprir. Por outro lado, exigvel na

    medida em que pode obrigar o administrado a cumpri-la por meiosindiretos, tal como bloqueio de documento de veculo, por exemplo.

    Por fim, tipicidade que o atributo no qual o ato administrativodeve corresponder s figuras estabelecidas previamente noordenamento jurdico, ou seja, o ato deve estar tipificado, deveconstar na lei como apto a produzir determinados efeitos.

    PERFEIO, VALIDADE E EFICCIA

    Todos os atos jurdicos podem ser analisados sobre trs planos. Oplano da validade, o plano da eficcia e o plano da perfeio.

    perfeito o ato administrativo quando ele completa seu ciclo deformao, ou seja, quando completa todo o procedimento para suaemanao. vlido quando produzido de acordo com os ditamesnormativos. Enfim, eficazquando disponvel para produo de seusefeitos, ou seja, quando independe de qualquer evento ou condio.

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    Com efeito, possvel que o ato seja perfeito, invlido e eficaz, ouseja, que completo seu procedimento, tenha sido projetado com burlaao comando normativo, porm apto a produzir efeitos. Ex.: umservidor que fora nomeado para um cargo pblico, muito emboratenha sido aprovado no certame por meio de fraude.

    Poder ser perfeito, vlido, ineficaz, ou seja, quando completo seuciclo e em conformidade com as exigncias normativas, sendo queno produz efeitos por no ter alcanado a condio ou termo parainiciar a produo de seus efeitos.

    Exemplo disso a designao de servidor para ocupar o cargocomissionado de assessor, a partir da vacncia do cargo pelo servidorY no dia 31/12/2009, ou seja, o ato somente produzir seus efeitos

    com o advento do termo (termo evento futuro e certo), ou, emoutro exemplo, fica exonerado o servidor da funo quando forpromovido por merecimento. Veja que no se sabe quando ser oservidor promovido, portanto se trata de uma condio (condio evento futuro e incerto).

    Pode, ainda, o ato ser perfeito, invlido e ineficaz, quando o ato, emque pese estar completo seu procedimento, ele no fora emanadosegundo as orientaes normativas e tambm no est apto produo de efeitos, por depender de termo ou condio.

    No devemos, portanto, confundir perfeio, validade e eficcia, namedida em que estaremos em planos distintos de avaliao do ato.

    Ademais, o ato administrativo pendente quando, muito embora sejaperfeito, ainda no produz seus efeitos, isso porque est sujeito acondio ou termo. Condio evento futuro e incerto. Termo

    evento futuro e certo. Portanto, o ato pendente ato perfeito.

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    H ainda os atos denominados consumados, ou seja, aquele que jproduziu todos os seus efeitos.

    REQUISITOS E ELEMENTOS

    Com base na Lei n 4.717/65 (Lei de Ao Popular) possvel extrairos requisitos ou elementos do ato administrativo, sendo:Competncia, Finalidade, Forma, Motivo e Objeto.

    a) Competncia

    Competncia o poder conferido por lei a um determinado agentepblico para desempenho de certas atribuies.

    A competncia sempredecorre de lei, sendo portanto um dever seuexerccio, ou seja, dever-poder, visto que o agente no cabeescolher exercit-la ou no, devendo atuar sempre e quando fordeterminado por lei.

    Diante disso, podemos dizer que a competncia possui as seguintescaractersticas:

    o Seu exerccio obrigatrio (dever-poder)

    o irrenuncivel, no se admite que o agente renuncie,abdique, ou seja, abra mo de sua competncia.

    o intransfervel, ou seja, no poder o agente pblico

    transferir para outrem o que lhe fora conferido por lei.

    o inderrogvel, ou seja, no se modifica pela vontade doagente, da Administrao ou de terceiros. Somente a leipode modific-la.

    o imprescritvel, significando dizer que no importa emperda de sua competncia o simples fato de no t-laexercido, o agente pblico por certo perodo.

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    Nestes termos dispe o art. 11 da Lei n 9.784/99 (Lei do ProcessoAdministrativo) que "a competncia irrenuncivel e se exerce pelosrgos administrativos a que foi atribuda como prpria, salvo os

    casos de delegao e avocao legalmente admitidos".

    Todavia, possvel ao agente pblico delegar, parcial etemporariamente, suas atribuies, se e quando a lei permitir, demodo que nesta situao ele poder revogar a delegao aqualquer tempo, no se tratando, portanto, de renncia outransferncia de sua competncia.

    Delegao a transmisso de poderes para que outrem realizecertos atos pelo agente delegante. E, avocar chamar para si certospoderes de outro agente.

    Com efeito, no vedada a delegao e avocao de competncias.Todavia, devero ser exercidas nos limites e termos permitidos porlei.

    Assim, devemos observar que a regra a possibilidade de

    delegao, conforme dispe a Lei n 9.784/99, na medida em que,conforme estabelece o art. 13, somente vedada a delegao de:a) edio de atos de carter normativo; b) a deciso derecursos administrativos; c) as matrias de competnciasexclusivas do rgo ou autoridade.

    Diante disso, pode-se concluir que a delegao pode ocorrer quando:a) no existir impedimento legal; b) houver conveninciaadministrativa em razo de circunstncias de ndole tcnica, social,

    econmica, jurdica ou territorial. No poder, no entanto, ser total,deve ser apenas de parcela da competncia e tem que sertemporria, ou seja, feita por prazo determinado.

    importante mencionar que a delegao poder ser feita para rgoou agentes que estejam subordinados autoridade delegante, comotambm poder ser feita quando no exista subordinao hierrquica.Significa dizer que o delegado, ou seja, aquele que recebe adelegao, rgo ou agente, no precisa ser necessariamente

    subordinado ao delegante.

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    O ato de delegao, conforme determina a Lei, dever conter amatria e os poderes transferidos, os limites da atuao do delegado,

    a durao e os objetivos da delegao e o recurso cabvel, podendoconter ressalva de exerccio de atribuies delegada.

    Assim, os atos praticados pelo delegado, no exerccio da delegao,devero constar tal fato, ou seja, que age na qualidade de delegado,de modo que os atos que praticar nessa condio devero serconsiderados editados pelo delegado.

    Por fim, o ato de delegao poder a qualquer momento serrevogado pelo delegante, devendo, tanto este ato como o daprpria delegao ser publicado no meio oficial.

    A avocao, por outro lado, a possibilidade de um superiorhierrquico chamar para si o exerccio, temporrio e excepcional, departe de competncias conferidas a um subordinado.

    Portanto, sempre temporria e se dar por motivos relevantes

    devidamente justificados, no podendo ocorrer quando se tratar decompetncia exclusiva do subordinado.

    Dessa forma, a Lei n 4.417/65 (Lei de Ao Popular - LAP) diz queso nulos os atos praticados com vcio de incompetncia, e quea incompetncia caracteriza-se quando o ato no se incluir nasatribuies legais.

    Com efeito, quando tratamos de competncia, somos levados a

    verificar o denominado abuso de poder, ou seja, o uso anormal dopoder.

    O uso do poder a utilizao normal das prerrogativas pblicas,abuso de poder , conforme lio de Jos dos Santos Carvalho Filho"a conduta ilegtima do administrador, quando atua fora dos objetivosexpressa e implicitamente traados na lei".

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    Diante disso, podemos perceber duas formas de vcio quanto ao usodo poder, sendo oexcesso de poder e o desvio de poder (desviode finalidade).

    Ocorre o excesso de poder quando o agente atua fora ou alm doslimites da competncia que lhe foi atribuda. O desvio de poder oude finalidade ocorre quando o agente, muito embora sejacompetente, atua em descompasso com a finalidade estabelecida emlei para a prtica de certo ato.

    Como disse, o desvio de poder tambm conhecido como desvio definalidade, ou seja, conduta do agente pblico que d finalidade aoato administrativo diverso daquela prevista na lei. Exemplo dosuperior que, no sentido de punir, perseguir, o subordinado, remove-o para comarca distinta da sua sede.

    Tanto quando h excesso de poder ou desvio de poder, diz-se quehouve abuso de poder. Assim, agindo o agente, comete ato ilcitoadministrativo (alm de ilcito penal, Lei n 4.898/65), visto que oabuso de poder afronta o princpio da legalidade, sujeitando-se,

    portanto, ao controle administrativo (autotutela) ou judicial(mandado de segurana, por exemplo).

    Ademais, podemos citar outros vcios relacionados competncia,por exemplo a chamada usurpao de poder ou de funo e oexerccio da funo de fato.

    Ausurpao de funoacontece quando um indivduo se faz passarpelo agente pblico competente para a realizao de certas

    atribuies. Por exemplo: pessoa que se faz passar por um carteiro afim de cometer ilcitos. Um agente da ABIN que se faz passar por umDelegado de Polcia a fim de obter documentos constantes deinqurito policial etc.

    J oexerccio da funo de fatose d quando o agente investidoem cargo, emprego ou funo, muito embora exista algumairregularidade que torna esse ato ilegal. Aqui ns teramos a chamadateoria do servidor de fato, ou seja, de um agente que de fato

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    exerceu as atribuies ou competncias administrativas comose de direito fosse um servidor.

    Nesse caso, deve ser aplicada a teoria da aparncia, de modo aconsiderar os atos praticados por tal agente como vlidos ou pelomenos seus efeitos, eis que no seria dado ao cidado (administrado)imaginar que tal agente no era um servidor legalmente investidonas atribuies do cargo.

    O vcio de competncia poder ensejar a declarao denulidade do ato. No entanto, em certos casos, tal como o doexerccio da funo de fato, admite-se sua convalidao.

    No entanto, se o vcio acerca da competncia diz respeito matria,ou seja, se uma autoridade dispe sobre matria que no est afeta sua competncia ou ainda se matria de competncia exclusiva,no h possibilidade de convalidao. De outro lado, se acompetncia diz respeito to-somente pessoa, desde que no setrate de competncia exclusiva, mas o ato foi praticado no rgocorrespondente, haver a possibilidade de convalidao.

    Podemos, ento, dizer que a competncia ser sempre umelemento ou requisito vinculado, ou seja, sempre definida porlei.

    b) Finalidade

    A finalidade outro requisito ou elemento do ato administrativo e dizrespeito ao fim perseguido pelo ato, ou seja, qual o seu objetivo.

    Com efeito, todo e qualquer ato administrativo tem por objetivo, porfim, atender ao interesse pblico.

    Essa finalidade est sempre, expressa ou implicitamente,estabelecida na lei, de modo que a finalidade sempre elementovinculado.

    A violao aos fins legais, como vimos, importa em vcio que acarretaa nulidade do ato administrativo, por abuso de poder, denominado

    desvio de poder ou desvio de finalidade.

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    Os atos praticados com desvio de finalidade, ou seja, com ofensa finalidade, so, em regra, para atender a sentimento pessoal do

    agente, que utiliza de seu poder, sua competncia, para buscar asatisfao de seus desejos, violando a finalidade do ato.

    c) Forma

    A forma o meio pelo qual se exterioriza a vontade daAdministrao, ou seja, consiste na realizao do ato segundo osprocedimentos ou solenidades descritas na norma. como sematerializa o ato administrativo.

    A doutrina clssica tem entendido que se trata tambm de umelemento vinculado, pois a lei determina como o ato deva serpraticado. Assim, em princpio, todo ato administrativo seria formal,adotando-se, como regra, a forma escrita.

    No entanto, nos termos do art. 22 da Lei n 9.784/99, eentendimento doutrinrio mais moderno, ao qual aderimos, nem

    sempre a forma est prevista em lei, ou seja, s vezes ela livre.

    Explico. Muito embora a Lei n 9.784/99 determine que os atos doprocesso administrativo sejam realizados por escrito, o citado artigoestabelece que "os atos do processo administrativo no dependem deforma determinada seno quando a lei expressamente a exigir".

    Assim, possvel percebemos que a forma ser livre, salvo quando alei expressamente a estabelecer. Teramos, portanto, o chamado

    princpio do formalismo moderado.

    Entretanto, quando a lei estabelecer que a forma seja da essncia doato, este somente ser vlido se observar tal determinao, nosendo possvel a sua convalidao por vcio dessa natureza.

    De mais a mais, importante destacar que poderemos ter atosadministrativos exteriorizados no s pela forma escrita, mas pormeio verbal, por gestos ou mmica, at mesmo por meio de

    equipamentos ou sinais.

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    d) Motivo

    Motivo o fundamento de fato e de direito que serve de suporte aoato administrativo, ou seja, como bem destacado por Hely LopesMeirelles, motivo ou causa, " a situao de direito ou de fatoque determina ou autoriza a realizao do ato administrativo".

    preciso, no entanto, diferenciarmos motivo e motivao. Amotivao, conforme leciona Celso Bandeira de Mello, integra aformalizao do ato, sendo a exteriorizao, exposio, dosfundamentos de fato e de direito que deram suporte a prtica do ato,ou seja, a demonstrao ou exposio dos motivos.

    controvertido, doutrinariamente, acerca da obrigatoriedade de serexpor a motivao do ato administrativo, sendo obrigatria paraalguns (Celso Antnio, Di Pietro) e no obrigatria para outros (Josdos Santos). H, ainda, o entendimento no sentido de que amotivao seria obrigatria nos atos vinculados e dispensada paraatos discricionrios.

    Deve-se ressaltar, no entanto, que todo administrativo tem ummotivo, porm nem todos tm motivao.

    Com efeito, alguns atos administrativos no precisam ser motivados,ou seja, no carecem da exposio de seus motivos, tal como ocaso da nomeao e exonerao de cargo comissionado, por serdeclarado de livre nomeao e exonerao.

    Assim, a regra os atos administrativos serem motivados. Todavia,existem atos administrativos que no carecem de motivao. Nesseaspecto, a Lei n 9.784/99, exigiu expressamente a motivao dealguns atos, conforme art. 50, que assim determina;

    Art. 50. Os atos administrativos devero ser motivados,

    com indicao dos fatos e dos fundamentos jurdicos,

    quando:

    I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;

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    II - imponham ou agravem deveres, encargos ou

    sanes;

    III - decidam processos administrativos de concurso ou

    seleo pblica;

    IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de

    processo licitatrio;

    V - decidam recursos administrativos;

    VI - decorram de reexame de ofcio;

    VII - deixem de aplicar jurisprudncia firmada sobre a

    questo ou discrepem de pareceres, laudos, propostas

    e relatrios oficiais;

    VIII - importem anulao, revogao, suspenso ou

    convalidao de ato administrativo.

    Desse modo, pode-se perceber que nem todos os atosadministrativos devero ser motivados. No entanto, salutar que aAdministrao Pblica, em razo do princpio da transparncia,corolrio da publicidade, adote como regra a motivao de seus atos.

    Assim, quando a motivao for obrigatria, trata-se de exigncia que

    diz respeito forma, de modo que sua ausncia nulifica o ato, sendovcio insanvel, pois no se admite a motivao posterior na medidaem que ela deve ser contempornea ao ato praticado.

    Diante disso, vale comentar a denominada Teoria dos MotivosDeterminantes. Para esta teoria os motivos que deram suporte prtica do ato integram a sua validade, de maneira que se os motivosforem falsos ou inexistentes o ato estaria viciado, sendo inquinado denulidade.

    Tal teoria aplica-se a qualquer ato, mesmo para aqueles que no seexige motivao, mas se declarou o motivo, est vinculado aodeclarado.

    Essa teoria funda-se no princpio de que o motivo do atoadministrativo deve sempre guardar correlao com a situao defato apresentada, ou seja, que deu ensejo ao surgimento do ato.

    e) Objeto

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    Os atos administrativos so classificados de diversas formas. Assim,teremos quanto liberdade de atuao, o ato administrativo poderservinculado ou discricionrio.

    Ato vinculado aquele em que a lei fixa todos os requisitos de suarealizao, no havendo margem de liberdade para atuao doagente pblico, de modo a proceder avaliao da convenincia eoportunidade da prtica do ato. Ex. licena paternidade, eis que aonascer o filho do servidor este, automaticamente, sara em licena.

    O ato discricionrio aquele em que h margem de liberdade paraatuao do agente pblico, cabendo-lhe decidir acerca daconvenincia e oportunidade em se praticar o ato. Exemplo:concesso de frias que poder ser de acordo com a convenincia eoportunidade da administrao.

    Quanto manifestao de vontade, o ato administrativo poder sersimples, complexo ecomposto.

    Ato simples o que decorre da manifestao de vontade de um nico

    rgo, colegiado (comisso disciplinar) ou singular (ato do chefe).Este ato estar completo com a emanao de vontade desse rgo,no dependendo de qualquer outra manifestao para serconsiderado perfeito e eficaz.

    Ato complexo o que decorre de manifestao de vontade de dois oumais rgos, que se somam formando um nico ato.

    Importante destacar que o ato s se considera formado quando h as

    duas manifestaes, uma delas apenas insuficiente para darexistncia ao ato, somente com a juno das duas que estarformado. Nesse sentido, se d como exemplo o ato de aposentadoriade servidor. Sendo esse o entendimento, majoritrio, no mbito doSTJ e do STF.

    E, por fim, ato composto aquele que resulta da manifestao de ums rgo, mas cuja produo dos efeitos depende de outro ato de umoutro rgo que o aprove. Ex. nomeao de Ministro do Tribunal

    Superior. Uma vez nomeado, dever ser sabatinado pelo Senado e se

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    aprovado poder tomar posse no cargo. Aqui temos dois atos, sendoque um o principal e o outro o acessrio ou secundrio.

    Podemos, ainda, classificar os atos administrativos quanto ao seudestinatrio, sendo gerais ou individuais. Gerais so aqueles queno possuem destinatrios determinados, so abstratos e impessoais,ou seja, buscam atingir a todos que se enquadrem na mesmasituao, indistintamente.

    Os individuais possuem destinatrios determinados, certos, ou seja,faz previso de uma situao concreta, cuja beneficirio determinado.

    Assim, resolues e portarias so exemplos de atos gerais e noindividuais.

    Classificam-se tambm os atos administrativos no tocante aos seusefeitos, quando teremos:ato constitutivo, extintivo, declaratrio,alienativo, modificativo ou abdicativo.

    Fao uma ressalva para tomarem muito cuidado com esse ponto, poisa doutrina no uniforme acerca da definio dada nessaclassificao, havendo forte divergncia entre os principais autoresbrasileiros. Mas, de forma geral, vamos adotar o seguinte:

    O ato constitutivo aquele que cria uma nova situao jurdica paraseu destinatrio. Tem-se a criao de uma situao jurdica nova. Ex.nomeao de servidor, promoo do servidor, concesso de licenaetc.

    Ato extintivo ou desconstitutivo aquele que pe fim, extingue,situaes jurdicas existentes. Ex.: demisso, cassao deautorizao.

    Ato modificativo o ato que tem por fim alterar situaes jexistentes, sem, contudo, suprimi-las.

    Parte da doutrina entende que o ato constitutivo englobaria tambm

    os modificativos e extintos, conforme o entendimento da Profa. Di

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    Pietro, segundo o qual o ato constitutivo aquele pelo qual aAdministrao cria, modifica ou extingue um direito ou uma situao

    do administrado.

    Ato declaratrio aquele que declara uma situao preexistente,visado preservar o direito declarado. Trata-se de mera certificao defato ocorrido. Ex: certido, atestado, homologao, anulao eapostilamento.

    A Profa. Di Pietro entende que declaratrio seria o ato que reconheceum direito que j existia antes do ato. Ex: uma iseno, admisso,licena etc.

    Ato alienativo o ato que trata de transferncia de bens ou direitosde um titular a outro. Por isso, tambm considerado atomodificativo.

    Ato abdicativo so os atos por meio o administrado abre mo, abdicade um determinado direito.

    A Profa. Di Pietro ainda cita os atos enunciativos, nos quais aAdministrao apenas atesta, reconhece determinado fato ou emitejuzo de conhecimento ou opinio, separando-o dos declaratrios,como exemplo as certides, declaraes, pareceres etc.

    ESPCIES

    No tocante s espcies de atos administrativos temos o seguinte:

    a) atos normativos: so atos gerais e abstratos que visam explicitar amaneira correta da aplicao da norma no mbito administrativo.(Ex. regulamentos, decretos, resolues administrativas, instruesnormativas, deliberaes e portarias de contedo geral).

    b) atos ordinatrios: so os atos emanados da hierarquiaadministrativa que estabelecem ordem, organizao e ofuncionamento da Administrao, bem como da conduta funcional deseus agentes. (Exemplo: circulares, avisos, portarias, ordens de

    servios, ofcios e despachos).

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    c) atos negociais: so atos administrativos contendo uma declaraode vontade da Administrao coincidente com a pretenso do

    particular, ou seja, so declaraes de vontade da Administrao quegeram efeitos pretendidos pelo interessado. (Ex: Licena,autorizao, permisso, aprovao, visto, homologao).

    d) atos enunciativos: so os atos que atestam, certificam, enunciamou declaram um fato ou situao, bem como transmitem opinio daAdministrao sobre determinado assunto. Todavia, no soemanaes da manifestao unilateral de vontade da Administrao,tampouco vinculativos. (Ex: certides, atestados, pareceresopinativos)

    e) atos punitivos: so atos que contm imposio de sano,penalidade queles que vinculados Administrao infringiramalguma disposio legal ou contratual, ou seja, so atos que tm afinalidade de punir ou reprimir infraes administrativas. (Ex:advertncia, demisso, multa contratual)

    EXTINO

    O ato administrativo pode ser extinto por diversos motivos, seja o atoeficaz ou ineficaz, podendo ocorrer sua extino de forma natural oupor vcio que o inquine de ilegalidade ou ilegitimidade, podendo,ademais, ser retirado por razes de mrito administrativo.

    Assim, com suporte nessa lio, podemos apresentar as seguintesformas de extino do ato administrativo:

    Extino natural Extino subjetiva Extino objetiva Retirada Renncia

    A extino natural, ou seja, a extino por ter o ato administrativocumprido seus efeitos ocorrer quando:

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    a) o ato esgotou seu contedo jurdico, ou seja, quando j surtiutodos os seus efeitos (ex. viagem realizada a servio, frias gozadas);

    b) houve a execuo material, isto , quando o ato alcanou seuobjetivo, de modo que a providncia que havia sido determinada foraexecutada (a execuo de uma ordem de demolio de um prdio);

    c) por implemento de condio resolutiva ou termo final. Noprimeiro caso quando se d um evento futuro e incerto elencado peloato como fator extintivo de seus efeitos (ex.: um servidor queassume um cargo comissionado, sob a condio de permanecer atque seja feito novo concurso e o aprovado venha assumir o cargonaquele setor). No segundo, quando ocorrer um evento futuro e certodescrito como fator de extino do ato (Ex.: concedo licenacapacitao para o servidor a ser exercida at o ms de maio).

    A extino subjetiva, ou seja, por desaparecimento do sujeitoocorre quando desaparece o sujeito beneficirio do ato (falecimentodo servidor que obteve autorizao para realizar certo curso, ou docandidato nomeado para cargo pblico, ou, ainda, falncia da

    sociedade que recebeu alvar de funcionamento, por exemplo),

    Aextino objetiva ocorre quando h o desaparecimento do prprioobjeto do ato. Exemplo: destruio pelas chuvas de imvel queestava invadindo rea pblica e, por isso, seria derrubado pelaAdministrao).

    De outro lado, haver a extino do ato administrativo pela retiradanos casos de: revogao, anulao, cassao, caducidade,

    contraposio.

    D-se a cassao quando as condies ou requisitos que foramestabelecidos para a prtica do ato restaram desatendidas pelobeneficirio, quando deveriam ser observadas a fim de que pudessecontinuar desfrutando dos benefcios decorrentes do ato. (autorizaopara porte de arma, contudo, posteriormente, o agente sofreucondenao criminal, restando, portanto, as condies estabelecidaspara tal autorizao desatendidas, de maneira que incidir o poder de

    cassar a autorizao anteriormente dada).

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    A caducidade ocorre porque sobreveio norma que no se permitemais os efeitos do ato antes autorizado. Trata-se, portanto, de norma

    superveniente contrria que permitia a prtica do ato. Exemplo demudana de locais que eram destinados a espetculos em virtude denova lei de zoneamento. Assim, aqueles que tinham autorizao pararealizar espetculo em tal local, assim, o ato caducou, de modo que

    j no poder mais se apresentar ali.

    A contraposio diz respeito prtica de novo ato administrativo,cuja competncia diversa do que gerou o ato anterior, porm ocontedo ditado em contradio ao daquele. Ex. Um superiorhierrquico de um setor X concede dirias para um subordinadorealizar um curso oferecido pela Administrao. No entanto, aps aautorizao, a autoridade desse rgo baixa uma portariadeterminando que no ser autorizada a realizao de cursos fora dasede.

    Por fim, a renncia, como causa de extino do ato, ocorrerquando houver a rejeio pelo prprio beneficirio da situao

    jurdica que lhe era favorvel, decorrente do ato administrativopraticado, tal como no caso de renncia promoo, renncia remoo a pedido etc.

    A doutrina, ademais, denomina invalidao a extino do atoadministrativo pela Administrao por motivos de ilegalidade ou demrito, ou seja, seria a extino por anulao do ato ou porrevogao.

    Particularmente no gosto de utilizar o termo invalidao, pois nosprovoca um pensamento contrrio validade, e da que o ato invlidoseria ilegal. Mas, essa expresso utilizada, com freqncia, paratratar das duas situaes, ou seja, da anulao e da revogao.

    REVOGAO

    A revogao a extino do ato administrativo por no mais secoadunar com os interesses perseguidos pela Administrao na

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    consecuo do interesse pblico. Trata-se de reavaliao dos critriosde convenincia e oportunidade na manuteno do ato.

    Com efeito, verificando-se que o ato no atende mais os anseioscoletivos, tornando-se inconveniente ou mesmo inoportuno, surgepara a Administrao a possibilidade de retir-lo do mundo jurdicopor fora de revogao, praticando um novo ato nesse sentido.

    Assim, diz-se que a revogao expressa quando o novo ato dizperemptoriamente que fica revogado o ato anterior, e implcita outcita quando o novo ato trata do mesmo contedo disposto no atoanterior.

    bom ressaltar que o competente para revogar a mesmaautoridade que praticou o ato a ser revogado, tendo por objeto, emregra, um ato vlido, pois na revogao no se discute a legalidade elegitimidade do ato, apenas se este atende aos anseios dacoletividade no sentido de ser oportuno ou conveniente.

    importante ressaltar que a revogao do ato administrativo

    opera-se sempre de forma exclusiva pela AdministraoPblica, de modo que os outros poderes no podem revogar atoemanado pelo juzo de mrito administrativo, ressalvado, por bvio,se o ato administrativo emanou de suas funes atpicas.

    Significa dizer que o Poder Judicirio no detm competnciapara revogar ato administrativo de outro poder, podendo,contudo, revogar seus prprios atos administrativos, quando agindona funo administrativa.

    A revogao tem por fundamento o poder discricionrio da autoridadeadministrativa em praticar o ato. Assim, se tem poder para pratic-losegundo a convenincia e oportunidade, tambm ter o poder dereavaliar tal juzo em momentos futuros.

    Por se tratar, portanto, de poder que incide sobre ato vlido, arevogao dever operar apenas para frente, de modo queseus efeitos so ex nunc, ou seja, futuros - dali para frente,

    no alcanado as relaes pretritas.

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    Desse modo, os efeitos pretritos do ato so mantidos at aincidncia do ato revogador, quando a partir de ento no se

    verificar mais a incidncia do ato revogado.

    Existem, no entanto, situaes que no admite revogao, quedenominamos de limites revogao. Assim, so insuscetveis derevogao:

    a) Atos que a lei declare irrevogveis, eis que o princpio dalegalidade deve ser observado pela Administrao, de modo que se alei diz que no se permite a revogao no surge para aAdministrao a possibilidade de avaliao da convenincia eoportunidade no tocante manuteno do ato.

    b) Atos consumados, ou seja, os atos que j exauriram seusefeitos. que por terem alcanado seu objetivo e concretizado seusefeitos, no se pode modificar aquilo que no produz mais efeitoalgum. (Ex.: ato que concede frias, doravante, ante a necessidadedo servio, se quer revog-la, porm essa j foi usufruda)

    c) Direito adquirido, conforme a proteo constitucional (art. 5,inc. XXXVI, CF/88) de que a lei no retroagir para violar o direitoadquirido. Assim, se a lei no pode violar o direito adquirido, menosainda o ato administrativo, por isso, no pode ser revogado o direitoadquirido.

    d) Atos vinculados na medida em que em tais atos no se realiza aavaliao de convenincia e oportunidade, ou seja, no h margem

    de discricionariedade, visto que os elementos motivo e objeto estodispostos na lei, ou seja, o mrito determinado pela lei (mritolegal).

    e) Meros atos administrativos, ou seja, os atos administrativosque simplesmente enunciam determinadas situaes de fato ou dedireito (certides, pareceres, atestados etc). Por bvio, tais atos nopodem ser revogados, porque apenas informam ou certificam dadofato, j ocorrido.

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    f) Atos integrantes de procedimento administrativo uma vezque ao se praticar o ato futuro, ocorreu a precluso do ato passado,tendo em vista a relao de sucesso entre os atos.

    ANULAO

    Outrossim, no tocante aos vcios incidentes sobre a legalidade oulegitimidade, passa-se pelo estudo da anulao do ato. Anulao,portanto, a extino do ato administrativo por razes deilegalidade, ou seja, por estar o ato em desconformidade com asdeterminaes constantes do ordenamento jurdico.

    Diferentemente da revogao, a anulao tanto poder ser declaradapela Administrao, em decorrncia de seu poder de autotutela,consoante a dico das Smulas 346 e 473 do Supremo TribunalFederal e artigo 54 da Lei n 9.784/99, quanto pelo Poder Judiciriopor fora do controle judicial, nos termos do art. 5, inc. XXXV, daConstituio/1988.

    A anulao do ato pode ocorrer por motivo de ilegitimidade ou

    ilegalidade, por isso, os seus efeitos so retroativos, de maneira afulminar o ato desde o seu nascedouro, ou seja, efeitosex tunc.

    No entanto, conforme a Lei n 9.784/99 (Lei Processo Administrativo)os atos que apresentarem defeitos sanveis, podero serconvalidados, nos termos do art. 55 que assim dispe: "em decisona qual se evidencie no acarretarem leso ao interessepblico nem prejuzo a terceiro, os atos que apresentaremdefeitos sanveis podero ser convalidados pela prpria

    Administrao".

    Portanto, conforme ministra Jos dos Santos Carvalho Filho, "regrageral deve ser a da nulidade, considerando-se assim graves os vciosque inquinam o ato, e somente por exceo, pode dar-se aconvalidao de ato viciado, tido como anulvel".

    CONVALIDAO

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    A convalidao ou saneamento o ato administrativo pelo qual sesupre o vcio do ato ilegal, de modo a valid-lo com efeitosretroativos, ou seja, ab initio. Com efeito, de acordo com a Lei n

    9.784/99, podemos dizer que h duas hipteses em que se permite aconvalidao:

    a) Pelo decurso de prazo (decadncia)b) Por ato da Administrao

    Nesse sentido, observem as disposies contidas nos arts. 54 e 55 daLei n 9.784/99:

    Art. 54. O direito da Administrao de anular os atos

    administrativos de que decorram efeitos favorveis

    para os destinatrios decai em cinco anos, contados da

    data em que foram praticados, salvo comprovada m-

    f.

    Art. 55. Em deciso na qual se evidencie no

    acarretarem leso ao interesse pblico nem prejuzo a

    terceiro, os atos que apresentarem defeitos sanveis

    podero ser convalidados pela prpria Administrao.

    Assim, na primeira hiptese, ou seja, pelo decurso de prazo, qualquervcio existente em ato administrativo, uma vez alcanado o prazodecadencial de cinco anos, e beneficirio esteja de boa-f ficarconvalidado.

    Por isso, importante destacar que se o terceiro, beneficirio do ato,estiver de m-f, o ato no se convalida pelo decurso do prazo, ou

    seja, no haver a incidncia do prazo para anulao.

    Outrossim, na segunda hiptese, convalidao por ato administrativo,ou seja, deciso administrativa, entende-se que se trata de atodiscricionrio, pois a Administrao poder convalidar ou no.Significa que temos um ato nulo, porm o vcio considervelsanvel.

    Nesta ltima hiptese, podemos dizer que aderiu o Direito

    Administrativo, a partir da Lei n 9.784/99, teoria dualista dos atos

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    jurdicos, ou seja, existncia de ato jurdico nulo e anulvel. Soanulveis os atos passveis de saneamento e nulos os que no seconvalidam.

    Todavia, preciso compreender um pouco mais isso. No verdadeque temos atos nulos e anulveis, nos mesmos moldes do CdigoCivil. L temos atos que a Lei diz serem nulos e atos que a lei dizserem anulveis. Acabamos de ver que mesmo diante de atos nulos,pode haver a convalidao por fora do tempo.

    Ento o que permitiu a Lei n 9.784/99 que mesmo diante do atonulo, possa ser corrigido o vcio, pois este sanvel. Por isso, eusempre entendi que estamos diante de uma teoria dualista mitigadaou especial.

    importante, ento, dizer que nem todos os atos so passveis deconvalidao. Com efeito, no se admite a convalidao acerca doselementos finalidade, motivo e objeto.

    Podem ser convalidados os vcios relativos competncia quando

    inerente ao sujeito, ou seja, ato praticado por sujeito incompetente,desde que no seja competncia exclusiva ou determinada pelamatria, quando se d aratificao,por exemplo.

    A ratificao o ato pelo qual a Administrao decide sanar um atoinvlido suprindo a ilegalidade existente.

    Pode ocorrer a reforma que um ato administrativo que aproveitaparte do ato anterior, suprimindo a parte contaminada (invlida),

    mantendo a sua parte vlida.

    Fala-se ainda na converso. Com efeito, conforme explica VicentePaulo, "a converso consiste em um ato privativo daadministrao pblica mediante o qual ela aproveita um atonulo de uma determinada espcie transformando-o,retroativamente, em um ato vlido de outra categoria, pelamodificao de seu enquadramento legal".

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    Por fim, poder ser convalidado o vcio de forma, se esta no for daessncia do ato. Como? Caso a forma seja imprescindvel, sem ela oato no ser vlido.

    Dito isso, vamos s questes.

    1. (TCNICO ADMINISTRATIVO - ANP - CESGRANRIO/2008)Considerando o conceito de ato administrativo, analise asafirmaes a seguir.

    I - aceitvel considerar que a competncia do rgo, para a prticado ato administrativo, um dos pressupostos necessrios para a suavalidade.II - razovel acompanhar parte da doutrina que assente naexistncia de atos da administrao e atos administrativos, sendoestes ltimos tipicamente estatais.III - A competncia, para prtica de atos administrativos emprocessos, irrenuncivel e se exerce pelos rgos administrativos aatribuda como prpria, sendo excepcional a sua delegao.

    IV - Os atos do processo administrativo no dependem de formadeterminada seno a lei expressamente a exigir.V - razovel considerar como invlidos os atos totalmentevinculados produzidos por funcionrio em estado de loucura, mesmoque a deciso tomada haja sido idntica quela que a leiantecipadamente impunha como a nica admissvel.

    Esto corretas APENAS as afirmaesa) I, II e IVb) I, IV e V

    c) II, III e IVd) I, II, III e IVe) I, II, III e V

    Comentrio:

    A assertiva I est correta. A competncia um dos pressupostos(requisitos ou elementos) necessrios a validade do ato.

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    QUESTES COMENTADAS

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    A assertiva II est correta. De fato, percebemos que h atos daadministrao e atos administrativos, sendo que os atos

    administrativos so tipicamente estatais.

    A assertiva III estaria errada. Podemos dizer sim que a competncia,para prtica de atos administrativos em processos, irrenuncivel ese exerce pelos rgos administrativos a atribuda como prpria.Todavia, a delegao j no pode ser considerada comoexcepcional. Porm, a banca considerou tal assertiva como correta.

    A assertiva IV est correta. Os atos do processo administrativo nodependem de forma determinada seno quando a lei expressamentea exigir, conforme previsto no art. 22 da Lei n 9.784/99.

    A assertiva V est errada. Muito embora o agente neste caso no sejacapaz, devemos lembrar que enquanto no declarada suaincapacidade exercer todos os atos de sua competncia, sobretudoquando se tratar de ato vinculado, mormente quando produzido deacordo com a regra de regncia.

    Desse modo, a alternativa correta seria a "A". Porm, como disse, abanca considerou a alternativa "D".

    Gabarito: "D".

    2. (TCNICO ADMINISTRATIVO - ANP - CESGRANRIO/2008)ao ato administrativo, apresentam-se as afirmaes abaixo.

    I - Alguns atos administrativos requerem a produo de motivaoespecfica.II - Um ato administrativo deve ser anulado conspurcado em sualegalidade.III - Todos os atos administrativos possuem presuno delegitimidade.IV- Os atos administrativos anulados podem ser convalidados,observadas as restries especficas.

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    V - Um ato administrativo pode ser revogado por convenincia eoportunidade da administrao pblica, sem restries.Esto corretas APENAS as afirmaes

    a) I, II e IVb) I, IV e Vc) II, III e IVd) I, II, III e IVe) I, II, III e V

    Comentrios:

    A assertiva I est correta. De fato, alguns atos administrativosrequerem a produo de motivao especfica, tal como os descritosno art. 50 da Lei n 9.784/99.

    A assertiva II est correta. Quando um ato administrativo estivermaculado (conspurcado) em sua legalidade, ele dever ser anulado.

    A assertiva III est correta. Todos os atos administrativos possuem oatributo da presuno de legitimidade.

    A assertiva IV est correta. Os atos administrativos com vcio denulidade podem ser convalidados, observadas as restriesespecficas, por ato da administrao ou por decurso de prazo.

    A assertiva V est errada. O ato vinculado no pode ser revogado,por exemplo. E, mesmo os discricionrios, se j exaurido, no podermais ser revogado etc.

    Gabarito: "D".

    3. (TCNICO - BACEN - CESGRANRIO/2010) Fernando,assessor jurdico de um rgo pblico federal, foi questionadoa respeito da possibilidade de a Administrao Pblicainterditar atividades ilegais e inutilizar gneros imprpriospara o consumo, independente de ordem judicial. Essa

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    prerrogativa decorre do atributo dos atos administrativosidentificado pora) autoexecutoriedade.

    b) presuno de legitimidade.c) presuno de efetividade.d) supremacia do interesse pblico.e) discricionariedade.

    Comentrios:O atributo do ato administrativo que permite Administrao Pblicaexecutar seus atos independentemente de autorizao ou ordem

    judicial a autoexecutoriedade.

    Gabarito: "A".

    4. (DELEGADO DE POLCIA - PC/DF - NCE-UFRJ/2005) Emrelao aos elementos constitutivos do ato administrativo, correto afirmar:

    a) a competncia o elemento do ato administrativo em que pode

    ser encontrado maior discricionariedade para a AdministraoPblica;b) o elemento motivo tambm chamado de motivao;c) os atos administrativos, como regra, podem ser praticados de umaforma livre, desde que a lei no exija determinada solenidade comosendo essencial;d) o elemento motivo corresponde s razes de fato e de direito queservem de fundamento para o ato administrativo;e) o vcio de competncia no admite qualquer tipo de sanatria

    Comentrios:

    A alternativa "a" est errada. A competncia absolutamentevinculada, ou seja, sempre est prevista em lei.

    A alternativa "b" est errada. No se confunde o elemento motivo(fundamento de fato e de direito) com a motivao, que aexposio, exteriorizao, do motivo.

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    A alternativa "c" est errada. Em regra, os atos administrativosdevem observar a forma prescrita em lei. Contudo, no se anular o

    ato por vcio de forma se est no for exigida como essencial ao ato.

    A alternativa "d" est correta. De fato, o motivo corresponde srazes de fato e de direito que servem de fundamento para o atoadministrativo.

    A alternativa "e" est errada. O vcio de competncia poder serconvalidado quando no se tratar de competncia exclusiva oudefinida pela matria, tal como no caso do servidor de fato e no casoda ratificao.

    Gabarito: "D".

    5. (TCNICO ADMINISTRATIVO - MPE/RJ - NCE-UFRJ/2007)Ainda que no exista uma unanimidade doutrinria quanto aoselementos do ato administrativo, a lei que regula a ao

    popular disciplina a questo ao referir-se aos elementos cujaausncia provoca a invalidao do ato administrativo. Nessesentido, o elemento que representa o crculo definido em leidentro do qual podem os agentes exercer legitimamente suaatividade :

    a) forma;b) objeto;c) competncia;d) motivo;

    e) finalidade.

    Comentrios:

    Verificamos que os elementos ou requisitos do ato administrativopodem ser extrados da Lei n 4.717/65, Lei da Ao Popular. Comefeito, o elemento que estabelece a legitimidade para que os agentesexeram suas atividades definido como competncia.

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    Gabarito: "C".

    6. (ANALISTA JUDICIRIO - TJ/RO - CESGRANRIO/2008) Soelementos do ato administrativo:a) vinculao e discricionariedade.b) competncia, forma e vinculao.c) competncia, forma, objeto, finalidade e motivo.d) presuno de legitimidade e heteroexecutoriedade.e) presuno de legalidade, economicidade, eficincia econtrolabilidade.

    Comentrios:

    Os requisitos ou elementos do ato administrativo, de acordo com aLei n 4.717/65, so: Competncia, Finalidade, Forma, Motivo eObjeto.

    Gabarito: "C".

    7. (ANALISTA ADMINISTRATIVO - ANP - CESGRANRIO/2008)Em relao aos atos administrativos, so feitas as afirmaesabaixo.I - Os atos de carter normativo podero ser delegados, de acordocom a convenincia do dirigente do rgo.II - Os atos decisrios de rgos colegiados devero constar de ataou termo escrito, sendo permitido efetuar sua reproduo mecnica,desde que no sejam prejudicados direitos dos interessados.

    III - No caso de deciso sobre concursos pblicos, tais atos poderoser motivados, com indicao dos fatos e fundamentos jurdicos.IV- Contra decises administrativas cabe recurso, que deve serdirigido inicialmente autoridade prolatora do ato.

    Esto corretas APENAS as afirmaes:a) I e II.b) I e III.c) I e IV.

    d) II e IV.

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    e) III e IV.

    Comentrios:

    A assertiva I est errada. De acordo com o art. 13 da Lei n 9.784/99no poder ser objeto de delegao: a) os atos de carter normativo;b) deciso de recurso administrativo; c) atos de competnciaexclusiva.

    A assertiva II est correta. As deliberaes, ou seja, os atosdecisrios de rgos colegiados, devero constar de ata ou termo

    escrito, sendo permitido efetuar sua reproduo mecnica, desde queno sejam prejudicados direitos dos interessados.

    A assertiva III est errada. No caso de deciso sobre concursospblicos a motivao obrigatria.

    A assertiva IV est correta. Contra decises administrativas caberecurso, que deve ser dirigido inicialmente autoridade prolatora doato, para que possa fazer juzo de reconsiderao. Caso no

    reconsidere dever enviar para a autoridade superior competente.

    Gabarito: "D".

    8. (TCNICO JUDICIRIO - TJ/RO - CESGRANRIO/2008) Arespeito de atos administrativos, analise as assertivas abaixo.I - So elementos dos atos administrativos: a competncia, a forma,o motivo, o objeto e a finalidade.

    II - So atributos dos atos administrativos: presuno de legalidade elegitimidade, coercitividade ou imperatividade e auto-executoriedade.III - Esto sujeitos a controle judicial os atos discricionrios e os atosvinculados, inclusive no que tange ao mrito administrativo.(So) correta(s) APENAS a(s) afirmativa(s)a) I.b) II.

    c) I e II.

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    d) I e III.e) II e III.

    Comentrios:

    A assertiva I est correta. De acordo com a Lei n 4.717/65, temoscomo elementos dos atos administrativos: a competncia, a forma, omotivo, o objeto e a finalidade.

    A assertiva II est correta. De fato, na viso clssica, dentre osatributos dos atos administrativos temos: presuno de legalidade e

    legitimidade, coercitividade ou imperatividade e auto-executoriedade. Lembre-se, no entanto, que modernamente,sobretudo baseado nas lies da Prof. Di Pietro, Digenes Gasparini,dentre outros, ainda teramos a Tipicidade.

    A assertiva III est errada. O mrito do ato administrativo, quer dizero juzo de convenincia e oportunidade no ato discricionrio no estsujeito a controle judicial.

    Ressalto, mais uma vez, que a definio do mrito, ou seja, dizer sealgo conveniente e oportuno que no pode ser objeto de controle

    judicial. Porm, os limites dessa deciso podem ser objeto decontrole pelo Judicirio, quando extrapolar os limites da razoabilidadeou proporcionalidade, ou seja, a prpria legalidade.

    Gabarito: "C".

    9. (ANALISTA ADMINISTRATIVO - MPE/RJ - NCE-UFRJ/2007)Os atos administrativos so classificados para efeito de seusestudos. Nesse sentido, alguns critrios so sistematizadospela doutrina, entre eles o critrio da liberdade de ao doAdministrador Pblico. Esse critrio abrange:a) atos gerais e atos individuais;b) atos simples, atos compostos e atos complexos;c) atos de imprio e atos de gesto;

    d) atos vinculados e atos discricionrios;

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    e) atos eficazes e atos ineficazes.

    Comentrios:

    Quanto liberdade de atuao os atos administrativos so vinculadosou discricionrios. Como vimos do vinculado o agente no possuiqualquer margem de liberdade, a lei estabelece todos os requisitos ouelementos do ato. No discricionrio h margem para decidir acerca daconvenincia e oportunidade para a prtica do ato.

    Gabarito: "D".

    10. (ANALISTA - BACEN - CESGRANRIO/2010) Luzia, apsvrios anos de servio pblico, aposentou-se no cargo deanalista de sistemas de uma autarquia federal. O ato deaposentadoria e a respectiva fixao de proventos forampublicados no Dirio Oficial, em novembro de 2006. Em marode 2008, Luzia recebeu uma notificao do Departamento deRecursos Humanos da autarquia onde trabalhava, dando-lhe

    cincia de questionamentos formulados pelo Tribunal deContas da Unio a respeito do ato de aposentadoria e fixandoprazo para, caso quisesse, apresentar manifestao. A posturado Departamento de Recursos Humanos da autarquia, nessahiptese, encontra-se

    a) correta, pois a aposentadoria um ato administrativo complexo,que somente se aperfeioa com o registro no Tribunal de Contas.b) correta, pois a aposentadoria, embora seja ato administrativosimples, tem sua eficcia condicionada ao prvio registro no Tribunal

    de Contas.c) correta, pois o prazo decadencial para exerccio da autotutela pelaAdministrao Pblica Federal de dez anos, a contar da publicaodo ato no Dirio Oficial.

    d) incorreta, pois a aposentadoria j se formalizou e, portanto,eventual controle interno ou externo exercido aps seuaperfeioamento revela-se intempestivo.e) incorreta, pois a aposentadoria um ato administrativo simples,que no se submete a controle externo.

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    Comentrios:

    Como vimos, o ato de aposentadoria , majoritariamente,considerado complexo, de modo que s se considera perfeito eacabado aps o crivo do Tribunal de Contas da Unio.

    Assim, o Tribunal de Contas teria o prazo de cinco anos para avaliar alegalidade do ato, sob pena de decair esse direito, sobretudo emrazo da segurana jurdica.

    De todo modo tal atuao est correta, pois a aposentadoria um atoadministrativo complexo, que somente se aperfeioa com o registrono Tribunal de Contas.

    Gabarito: "A".

    11. (ANALISTA ADMINISTRATIVO - MPE/RJ - NCE-UFRJ/2007) Quando se est diante de um ato administrativo

    oriundo de um rgo colegiado, e que representa a vontademajoritria dos seus componentes, o mesmo se materializapor meio de:

    a) decreto;b) deliberao;c) resoluo conjunta;d) portaria conjunta;e) ordem de servio.

    Comentrios:

    Vejamos a definio de cada um desses atos, antes de marcarmos aalternativa correta.

    Decreto ato proveniente da manifestao de vontade do chefe doExecutivo (Federal, Estadual ou municipal). Pode ser de duasespcies, o regulamentares ou de execuo (art. 84, IV, CF/88) e osautnomos.

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    Os decretos executivos ou regulamentares so utilizados para darregulamentar ou dar fiel aplicao lei. Os autnomos so destinados

    a atender o comando da Constituio no que diz respeito organizao da Administrao, desde que no crie ou extinga rgosou aumente despesa, ou para a extino de cargos pblicos vagos(art. 84, inc. VI)

    Deliberao ato oriundo de rgos colegiados, representando avontade majoritria (ato simples coletivo), ou seja, espcie de atoadministrativo normativo ou decisrio praticado por rgo colegiado.

    Resoluo ato normativo ou individual emanado de uma autoridadesuperior. conjunta quando editada por mais de um rgo ouautoridade.

    Portaria ato administrativo no qual as autoridades competentesdeterminam providncias de carter administrativo, visando aestabelecer normas de servio ou de organizao do rgo(procedimental), bem como definir situaes funcionais e medidas de

    ordem disciplinar. Conjunta quando edita por mais de uma autoridadeou rgo cuidado de situao comum a esses.

    Ordem de servio ato administrativo que estabelece instruesespecficas a respeito de normas de servio ou de administrao depessoal.

    Gabarito: "B".

    12. (ASSISTENTE EM CINCIA E TECNOLOGIA - CAPES -CESGRANRIO/2008) Sabendo que os atos administrativospodem ser classificados, quanto sua formao, em atosunilaterais e atos bilaterais, conforme sejam formados peladeclarao jurdica de uma s parte ou por acordo de vontadesentre as partes, tem-se como exemplo tpico de ato bilateral aa) imposio de multa.b) outorga de uma comenda.

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    c) concesso de servio pblico.d) autorizao para porte de arma.e) expedio de alvar de licena para edificar.

    Comentrios:

    Essa classificao em atos unilaterais e bilaterais no muito usual,at porque parte da doutrina entende que o ato administrativo sempre uma manifestao unilateral de vontade.

    De toda sorte, so atos unilaterais a imposio de multa, a outorga

    de uma comenda, a autorizao para porte de arma e a expedio dealvar de licena para edificar. Pois, nesses casos, o ato realizadopela prpria administrao, no dependendo, para produzir efeitos,da soma da vontade do particular.

    Assim, a concesso de servio pblico, por se tratar de contratoadministrativo, que considerado ato bilateral, pois para se formarprecisa da vontade da outra parte.

    Gabarito: "C".

    13. (DELEGADO DE POLCIA - PC/DF - NCE-UFRJ/2005)Sobre as diversas formas de extino e controle de um atoadministrativo, analise as afirmativas:

    I. Denomina-se contraposio a extino de um ato administrativoem razo da prtica de um novo ato com efeitos opostos ao atoanterior.

    II. Como regra, todos os tipos de atos administrativos, vinculados oudiscricionrios, admitem revogao por critrios de convenincia eoportunidade.

    III. O Tribunal de Contas, no mbito de sua atuao, pode controlaratos administrativos praticados por outro Poder./so afirmativa(s) verdadeira(s) somente:a) I e II;b) I e III;

    c) II e III;

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    d) I, II e III;e) nenhuma.

    Comentrios:

    A assertiva I est correta. A contraposio ocorre quanto um ato secontrape a ato anterior, ou seja, ocorre a extino de um atoadministrativo em razo da prtica de um novo ato com efeitosopostos ao ato anterior.

    A assertiva II est errada. Somente os atos discricionrios admitem a

    revogao, porque se trata de juzo de convenincia e oportunidade.

    A assertiva III est correta. O Tribunal de Contas, no mbito de suaatuao, pode controlar atos administrativos praticados por outroPoder, sobretudo no que diz respeito aos critrios de legalidade,economicidade e eficincia, conforme art. 70 e seguintes da CF/88.

    Gabarito: "B".

    14. (TCNICO JUDICIRIO - TJ/RO - CESGRANRIO/2008)No exerccio da autotutela, a Administrao Pblica tem a(o)a) faculdade de revogar seus atos por razes de convenincia eoportunidade, mas precisa ir ao Poder Judicirio para anul-los.b) faculdade de anular seus prprios atos, eivados de ilegalidade,mas precisa ir ao Poder Judicirio para revog-los.c) faculdade de anular seus atos por s de legitimidade e de revog-los, eivados de nulidade.

    d) dever de anular seus prprios atos, eivados de ilegalidade, e poderevog-los, por razes de convenincia e oportunidade.e) dever de revogar seus atos por razes de convenincia eoportunidade, mas precisa ir ao Poder Judicirio para anul-loseivados de ilegalidade.

    Comentrios:

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    O princpio da autotutela estabelece que a Administrao tem o deverde anular seus prprios atos, eivados de ilegalidade, e pode revog-los, por razes de convenincia e oportunidade.

    No caso da anulao trata-se de dever na medida em que aAdministrao no pode permitir a perpetuao de ato ilegal.

    Contudo, preciso que entendamos que poder a Administrao,conforme arts. 54 e 55 da Lei n 9.784/99, convalidar o ato comvcio, seja pela convalidao por ato da Administrao, seja em razodo decurso de tempo.

    Gabarito: "D".

    15. (ADVOGADO - PETROBRS - CESGRANRIO/2008) "AAdministrao Pblica pode declarar a nulidade de seusprprios atos." (Smula n 346 do Supremo Tribunal Federal)Que princpio da Administrao Pblica reflete a smula acimatranscrita?

    a) Supremacia do interesse pblicob) Auto-executoriedadec) Impessoalidaded) Razoabilidadee) Autotutela

    Comentrios:

    Conforme observamos, a Smula 346, 473, do STF, estabelecem o

    poder que a Administrao para anular seus prprios atos quandoilegais ou revog-los por razes de convenincia e oportunidade, ouseja, trata-se do princpio da autotutela.

    Nesse sentido, estabelece a Lei n 9.784/99, art. 54, que"O direitoda Administrao de anular os atos administrativos de quedecorram efeitos favorveis para os destinatrios decai emcinco anos, contados da data em que foram praticados, salvocomprovada m-f".

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    Gabarito: "E".

    16. (PROFISSIONAL JNIOR - PETROBRS -CESGRANRIO/2010) Em mbito federal, o direito daAdministrao Pblica de anular os atos administrativos quedecorram efeitos favorveis para os destinatrios

    a) no se submete a prazo decadencial, em decorrncia do princpioda legalidade.b) decai em dez anos, contados da data da cincia do vcio de

    legalidade, salvo comprovada m-f.c) decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados,salvo comprovada m-f.d) decai em trs anos, contados da data em que foram praticados,salvo comprovada m-f.e) prescreve em cinco anos aps o trmino do exerccio de mandato,cargo em comisso ou funo de confiana.

    Comentrios:

    De acordo com o art. 54 da Lei n 9.784/99, "O direito daAdministrao de anular os atos administrativos de quedecorram efeitos favorveis para os destinatrios decai emcinco anos, contados da data em que foram praticados, salvocomprovada m-f".

    Gabarito: "C".

    17. (ANALISTA - BACEN - CESGRANRIO/2010) O Presidentede uma autarquia federal pretende anular atos administrativospraticados de boa-f h mais de quinze anos. Considerandoque esses atos administrativos vm produzindo, desde ento,efeitos jurdicos favorveis aos seus destinatrios, qual ofundamento a ser invocado para impedir tal posturaadministrativa?

    a) Irrevogabilidade dos atos administrativos praticados de boa-f.

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    b) Prescritibilidade do controle jurisdicional sobre atosadministrativos, em virtude do princpio da segurana jurdica.c) Precluso administrativa de dois anos para exerccio daprerrogativa de revogao de atos administrativos praticados de boa-f e dos quais decorram efeitos favorveis aos seus destinatrios.

    d) Sanatria dos atos administrativos praticados de boa-f e dosquais decorram efeitos favorveis aos seus destinatrios, aps odecurso de dez anos, contados da data de sua publicao no rgooficial.

    e) Prazo decadencial de cinco anos para a anulao dos atosadministrativos praticados de boa-f e dos quais decorram efeitos

    favorveis aos seus destinatrios.

    Comentrios:

    Mais uma, observe que a Lei n 9.784/99, art. 54, prescreve que "Odireito da Administrao de anular os atos administrativos de quedecorram efeitos favorveis para os destinatrios decai em cincoanos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovadam-f".

    Trata-se da convalidao pelo decurso de tempo, isto convalidaotcita. Assim, alcanado o prazo decadencial de cinco anos para aanulao dos atos administrativos praticados de boa-f e dos quaisdecorram efeitos favorveis aos seus destinatrios, a Administraodever manter tais efeitos.

    Gabarito: "E".

    18. (ANALISTA ADMINISTRATIVO - MPE/RJ - NCE-UFRJ/2007) A situao jurdica pela qual o administrado ou aprpria Administrao perdem o direito de formular pedidosou firmar manifestaes em virtude de no o terem feito noprazo adequado configura:a) coisa julgada administrativa;b) decadncia administrativa;

    c) trnsito em julgado;

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    d) Reformatio in Pejus;e) prescrio administrativa.

    Comentrios:

    Acoisa julgada administrativa, conforme lio de Carvalho Filho,"a situao jurdica pela qual determinada deciso firmada pelaAdministrao no mais pode ser modificada".

    A decadncia administrativa o transcurso do prazo para que aAdministrao exercite seu direito, tal como no caso do direito de

    anular, que decai em cinco anos. Ou seja, a perda do direito pelono uso em razo do transcurso de certo prazo.

    O trnsito em julgado instituto de direito processual que, emsuma, significa que determinada deciso no mais passvel derecurso, ou seja, que no pode ser mais objeto de recurso. Por isso,transitou em julgado.

    Reformatio in Pejus princpio no qual se estabelece a proibio de

    reforma de uma deciso em prejuzo (non reformatio in pejus) aorecorrente em razo de recurso por ele interposto.

    Como assim? Imagine que voc entra com um recurso de uma provadiscursiva de concurso, da no resultado sua nota vem pior do queantes da interposio do recurso. Isso a reformatio in pejus.Cuidado, pois no h vedao, no mbito administrativo, dareformatio in pejus (art. 64, nico, da Lei n 9.784/99)

    Prescrio administrativa a perda do direito de agir, por parte daAdministrao, por no o ter feito no prazo estabelecido. Ou,conforme Carvalho Filho, a situao jurdica pela qual oadministrado ou a prpria Administrao perdem o direito deformular pedidos ou firmar manifestaes em virtude de no oterem feito no prazo adequado

    Gabarito: "E".

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    19. (ANALISTA ADMINISTRATIVO - MPE/RJ - NCE-UFRJ/2007) Ratificao, reforma ou converso so meios de:a) conformao de atos administrativos instrumentais;b) desfazimento de atos administrativos nulos;c) convalidao de atos administrativos viciados;d) revogao de atos administrativos anulados;e) anulao de atos administrativos revigorados.

    Comentrios:

    Ratificao, reforma ou converso so meios de convalidao de atoadministrativo viciado.

    A ratificao ocorre quando se corrige o defeito do ato invlido,tornando-o vlido. Na reforma um ato administrativo subtrai parte doanterior invlido e mantm a parte vlida. Na converso, procede-sea um ato novo corrigindo a natureza do ato anterior, antes invlida,para uma forma vlida.

    Gabarito: "C".

    20. (DELEGADO DE POLCIA - PC/DF - NCE-UFRJ/2005) Oato administrativo motivado poder ser controlado atravs daverificao da compatibilidade das razes de fatoapresentadas pela Administrao Pblica com a realidade edas razes de direito com a lei. O fundamento para o controledo ato administrativo na hiptese acima retratada :

    a) teoria dos motivos determinantes;b) principio da razoabilidade;c) principio da discricionariedade;d) conceitos legais indeterminados;e) desvio de poder.

    Comentrios:

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    Segundo a teoria dos motivos determinantes o ato administrativoest vinculado aos motivos que deram suporte sua prtica,integrando sua validade, de maneira que se os motivos forem falsos

    ou inexistentes o ato estaria viciado, sendo inquinado de nulidade.

    Gabarito: "A".

    21. (ENGENHEIRO CIVIL - CAPES - CESGRANRIO/2008) Ocontrole judicial dos atos administrativos se estende investigao de sua

    I - motivao;II - finalidade;III - causa.Est(o) correto(s) o(s) item(ns)a) I, apenas.b) II, apenas.c) I e III, apenas.d) II e III, apenas.e) I, II e III.

    Comentrios:

    O item I est correto. Observamos que a motivao do ato pode serobjeto de controle judicial, sobretudo tudo quando obrigatria, bemcomo nos casos em que a Administrao a explicita.

    O item II tambm est correto. A finalidade alm de ser requisito ouelemento vinculado, deve ser aferida em toda a atuao

    administrativa, no sentido de que sempre voltada a satisfazer, arealizar, o interesse pblico. Portanto, pode e deve ser objeto deinvestigao no controle judicial.

    E, finalmente, o item III tambm passvel de controle peloJudicirio. Com efeito, a causa, que para alguns faz parte doselementos do ato administrativo, seria a necessria correlao lgicaentre o motivo do ato e seu contedo, em observncia finalidadepblica.

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    Gabarito: "E".

    22. (DELEGADO DE POLCIA - PC/DF - NCE-UFRJ/2005) Emrelao ao controle judicial do ato administrativo, analise asafirmativas a seguir:I. O Poder Judicirio no pode controlar o uso correto dadiscricionariedade administrativa.II. O controle judicial dos atos administrativos praticados pelo PoderExecutivo pode ser exercido de ofcio ou mediante provocao do

    interessado.III. Quando houver na lei a previso de recurso administrativo, aparte interessada somente poder acionar o Poder Judicirio aps oprvio esgotamento da esfera administrativa./so afirmativa(s) verdadeira(s) somente:

    a) I;b) II;c) III;d) I e II;

    e) nenhuma

    Comentrios:

    A assertiva I est correta. Como j ressaltado, o Poder Judicirio nopode controlar o uso correto da discricionariedade administrativa, ouseja, o Poder Judicirio no substituir o Administrador para decidir oque conveniente e oportuno para a Administrao.

    A assertiva II est errada. O controle judicial somente se realizamediante provocao.

    A assertiva III est errada. No , em regra, necessrio oesgotamento das instncias administrativas para levar a causa apreciao judicial. Lembre-se que a lei da excluir da apreciao doPoder Judicirio leso ou ameaa a direito.

    Gabarito: "A".

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    Ento, isso a.Por hoje s. Firmes nos estudos, e vamos em frente. Fiquemcom Deus e grande abrao,

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    1. (TCNICO ADMINISTRATIVO - ANP - CESGRANRIO/2008)Considerando o conceito de ato administrativo, analise as

    afirmaes a seguir.I - aceitvel considerar que a competncia do rgo, para a prticado ato administrativo, um dos pressupostos necessrios para a suavalidade.II - razovel acompanhar parte da doutrina ente na existncia deatos da administrao e atos administrativos, sendo estes ltimostipicamente estatais.III - A competncia, para prtica de atos administrativos emprocessos, irrenuncivel e se exerce pelos rgos administrativos a

    atribuda como prpria, sendo excepcional a sua delegao.IV - Os atos do processo administrativo no dependem de formadeterminada seno a lei expressamente a exigir.V - razovel considerar como invlidos os atos totalmentevinculados produzidos por funcionrio em estado de loucura, mesmoque a deciso tomada haja sido idntica quela que a leiantecipadamente impunha como a nica admissvel.

    Esto corretas APENAS as afirmaesa) I, II e IVb) I, IV e Vc) II, III e IVd) I, II, III e IVe) I, II, III e V

    2. (TCNICO ADMINISTRATIVO - ANP - CESGRANRIO/2008)ao ato administrativo, apresentam-se as afirmaes abaixo.I - Alguns atos administrativos requerem a produo de motivao

    especfica.

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    II - Um ato administrativo deve ser anulado conspurcado em sualegalidade.III - Todos os atos administrativos possuem presuno de

    legitimidade.IV- Os atos administrativos anulados podem ser convalidados,observadas as restries especficas.V - Um ato administrativo pode ser revogado por convenincia eoportunidade da administrao pblica, sem restries.Esto corretas APENAS as afirmaes

    a) I, II e IVb) I, IV e Vc) II, III e IVd) I, II, III e IVe) I, II, III e V

    3. (TCNICO - BACEN - CESGRANRIO/2010) Fernando,assessor jurdico de um rgo pblico federal, foi questionadoa respeito da possibilidade de a Administrao Pblicainterditar atividades ilegais e inutilizar gneros imprpriospara o consumo, independente de ordem judicial. Essa

    prerrogativa decorre do atributo dos atos administrativosidentificado por

    a) autoexecutoriedade.b) presuno de legitimidade.c) presuno de efetividade.d) supremacia do interesse pblico.e) discricionariedade.

    4. (DELEGADO DE POLCIA - PC/DF - NCE-UFRJ/2005) Em

    relao aos elementos constitutivos do ato administrativo, correto afirmar:a) a competncia o elemento do ato administrativo em e serencontrado maior discricionariedade para a Administrao Pblica;b) o elemento motivo tambm chamado de motivao;c) os atos administrativos, como regra, podem ser praticados deuma forma livre, desde ei no exija determinada solenidade comosendo essencial;

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    d) o elemento motivo corresponde s razes de fato e de direito vemde fundamento para o ato administrativo;e) o vcio de competncia no admite r tipo de sanatria.

    5. (TCNICO ADMINISTRATIVO - MPE/RJ - NCE-UFRJ/2007)Ainda que no exista uma unanimidade doutrinria quanto aoselementos do ato administrativo, a lei que regula a aopopular disciplina a questo ao referir-se aos elementos cujaausncia provoca a invalidao do ato administrativo. Nessesentido, o elemento que representa o crculo definido em leidentro do qual podem os agentes exercer legitimamente suaatividade :

    a) forma;b) objeto;c) competncia;d) motivo;e) finalidade.

    6. (ANALISTA JUDICIRIO - TJ/RO - CESGRANRIO/2008) Soelementos do ato administrativo:

    a) vinculao e discricionariedade.b) competncia, forma e vinculao.c) competncia, forma, objeto, finalidade e motivo.d) presuno de legitimidade e heteroexecutoriedade.e) presuno de legalidade, economicidade, eficincia econtrolabilidade.

    7. (ANALISTA ADMINISTRATIVO - ANP - CESGRANRIO/2008)Em relao aos atos administrativos, so feitas as afirmaes

    abaixo.I - Os atos de carter normativo podero ser delegados, de acordocom a convenincia do dirigente do rgo.II - Os atos decisrios de rgos colegiados devero constar de ataou termo escrito, sendo permitido efetuar sua reproduo mecnica,desde que no sejam prejudicados direitos dos interessados.III - No caso de deciso sobre concursos pblicos, tais atos poderoser motivados, com indicao dos fatos e fundamentos jurdicos.

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    IV- Contra decises administrativas cabe recurso, que deve serdirigido inicialmente autoridade prolatora do ato.Esto corretas APENAS as afirmaes:

    a) I e II.b) I e III.c) I e IV.d) II e IV.e) III e IV.

    8. (TCNICO JUDICIRIO - TJ/RO - CESGRANRIO/2008) Arespeito de atos administrativos, analise as assertivas abaixo.

    I - So elementos dos atos administrativos: a competncia, a forma,o motivo, o objeto e a finalidade.II - So atributos dos atos administrativos: presuno de legalidade elegitimidade, coercitividade ou imperatividade e auto-executoriedade.III - Esto sujeitos a controle judicial os atos discricionrios e os atosvinculados, inclusive no que tange ao mrito administrativo.(So) correta(s) APENAS a(s) afirmativa(s)a) I.

    b) II.c) I e II.d) I e III.e) II e III

    9. (ANALISTA ADMINISTRATIVO - MPE/RJ - NCE-UFRJ/2007)Os atos administrativos so classificados para efeito de seusestudos. Nesse sentido, alguns critrios so sistematizadospela doutrina, entre eles o critrio da liberdade de ao do

    Administrador Pblico. Esse critrio abrange:a) atos gerais e atos individuais;b) atos simples, atos compostos e atos complexos;c) atos de imprio e atos de gesto;d) atos vinculados e atos discricionrios;e) atos eficazes e atos ineficazes.

    10. (ANALISTA - BACEN - CESGRANRIO/2010) Luzia, aps

    vrios anos de servio pblico, aposentou-se no cargo de

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