Aula 01 Direito Administrativo

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Estado, Governo

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  • Direito Administrativo p/ Tcnico Judicirio.Teoria e exerccios comentados.

    Prof. Daniel Mesquita - Aula 01

    AULA 01: Estado e Administrao Pblica

    SUMRIO

    1. IN T R O D U O A U L A 01 2

    2. E S T A D O , G O V E R N O E A D M IN IS T R A O P B LIC A : C O N C E IT O S , E LE M E N T O S , P O D E R E S EO R G A N IZ A O . 2

    3. C O N C E IT O D O D IR E IT O A D M IN IS T R A T IV O . 10

    4. O B JE T O D O D IR E IT O A D M IN IS T R A T IV O 14

    5. F O N T E S D O D IR E IT O A D M IN IS T R A T IV O 15

    6. R E G IM E JU R D IC O -A D M IN IS T R A T IV O 18

    7. R E S U M O D A A U L A 21

    8. Q U E S T E S P A R A F IX A O 25

    9. R E F E R N C IA S 30

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    1. Introduo aula 01

    Nesta aula de Direito Administrativo para TRT-MG vamos abordar

    um tema importante da matria: "1 Direito administrativo. 1.1

    Conceito. jurdico-administrativo. 2.1 Conceito. 1.2 Objeto. 1.3 Fontes.

    2 Regime".

    No se esquea que, ao final, voc ter um resumo da aula e as

    questes tratadas ao longo dela. Use esses dois pontos da aula na

    vspera da prova!

    Programe-se para ler os resumos na semana que antecede a

    prova. Lembre-se: o planejamento fundamental.

    Sem mais delongas, vamos luta! Rumo aprovao!

    2. Estado, governo e administrao pblica: conceitos, elementos, poderes e organizao.

    Esse ponto introdutrio do estudo do direito administrativo pode

    ser cobrado em concursos, pois o ponto base onde se estrutura todo o

    direito administrativo. Por isso, no podemos ignor-lo.

    Vamos diferenciar, primeiramente, os conceitos de Estado, governo

    e administrao pblica.

    Estado um ente, um sujeito de direitos, que tem como

    elementos o povo, o territrio e a soberania.

    Na definio de Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino (2010, p. 13),

    "Estado pessoa jurdica territorial soberana, formada pelos elementos

    povo, territrio e governo soberano".

    Como ente, o Estado capaz de adquirir direitos e obrigaes.

    Alm disso, ele tem personalidade jurdica prpria, tanto internamente

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    (perante os agentes pblicos e os cidados) quanto no cenrio

    internacional (perante outros Estados).

    O povo, por sua vez, legitima a existncia do Estado, pois do

    povo que origina todo o poder representado pelo Estado. Isso est

    expressamente consignado no art. 1, pargrafo nico, da Constituio

    ("Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de

    representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituio)."

    Soberania o poder que tem o Estado de se administrar. Por causa

    da soberania, o Estado pode regular o seu funcionamento, as relaes

    privadas de seus cidados e as funes econmicas e sociais de seu

    povo. Em razo da soberania, o Estado edita leis que se aplicam ao seu

    territrio, sem se sujeitar a qualquer tipo de ingerncia de outros

    Estados.

    Por fim, o territrio a rea onde o Estado exerce sua soberania.

    Assim, j verificamos o conceito de Estado e os seus elementos

    (povo, territrio e soberania). Temos, portanto:

    ESTADO = POVO + TERRITRIO + SOBERANIA

    Os elementos (povo + territrio + soberania) do Estado no podem

    ser confundidos com suas funes. As funes estatais, normalmente

    denominadas "Poderes do Estado", so divididas em: legislativa,

    executiva e judiciria.

    Funes estatais = Poderes do Estado

    Legislativo

    Executivo

    Judicirio

    A ideia da existncia de funes estatais j era mencionada por

    Aristteles, na Grcia Antiga, mas foi Montesquieu, na obra "O EspritoProf. Daniel Mesquita WWW.eStrategiaCOnCUrSOS.COm.br 3 de 35Twitter: @danielmqt [email protected] Facebook: Daniel Mesquita

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    das Leis" (1784), quem esmiuou o tema e influenciou todas as

    Constituies modernas, a partir da Revoluo Francesa.

    A Constituio brasileira, na mesma linha, informa que as trs

    funes ou Poderes da Unio, "independentes e harmnicos entre si",

    so o Legislativo, o Executivo e o Judicirio. (art. 2)

    O Legislativo edita atos gerais, impostos de forma isonmica a

    todos. Esse Poder o que, por excelncia, representa a vontade do

    povo. o povo, por meio de um mandato conferido a seus

    representantes, quem edita as leis que limitaro at mesmo o exerccio

    das demais funes estatais.

    O Executivo atua por meio de atos especficos na gesto da coisa

    pblica, visando uma situao concreta, dentro dos limites previamente

    estabelecidos pela lei e agindo em prol do interesse pblico.

    O Judicirio, por fim, exerce a jurisdio (= dizer o direito). Isso

    quer dizer que dele a funo precpua de resolver os conflitos

    existentes entre os indivduos, entre estes e o Estado ou entre os entes

    que compem o Estado, bem como dele a funo de interpretar a lei

    para julgar os casos e aplicar o direito.

    A separao das funes estatais no quer dizer que haja uma

    diviso estanque, congelada, de poder entre o Executivo, o Legislativo e

    o Judicirio. O poder do Estado soberano, uno, indivisvel e emana do

    povo. Todos os Poderes so partes de um todo: a atividade do Estado.

    Por isso, a designao mais correta para essa repartio o vocbulo

    "funes" e no "Poderes"

    Alm disso, por vezes, um Poder exerce atividade tpica de outro.

    Esse fenmeno ser melhor estudado nas aulas de direito

    constitucional, mas no podemos deixar de mencionar o sistema de

    freios e contrapesos consagrado em nossa Constituio.

    A funo legislativa, por exemplo, pode ser exercida, nos casos

    definidos na Constituio, por meio de medidas provisrias editadas

    pelo chefe do Executivo. O Poder Judicirio, do mesmo modo, possui

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    instrumentos para sanar a omisso do Legislativo, como a ADI por

    omisso e o mandado de injuno (foi o que decidido pelo STF nos MI

    670, MI 708 e MI 712) Tambm o Poder Judicirio pode, em hipteses

    excepcionais, interferir no mrito administrativo, ou seja, interferir nas

    razes de convenincia e oportunidade que levaram o Executivo a

    praticar determinado ato.

    Assim, nenhuma das funes "exclusiva", mas sim "precpua" de

    cada um dos Poderes. Por isso, se diz que a separao das funes no

    Brasil "flexvel", pois cada um dos Poderes detm atribuies tpicas e

    atpicas (estas, em tese, seriam de outro Poder).

    Alm disso, no sistema de freios e contrapesos, as funes

    promovem uma mtua fiscalizao umas das outras (o Poder Legislativo

    fiscaliza atos dos Poder Executivo, por meio dos Tribunais de Contas, o

    Poder Judicirio avalia a legalidade e os procedimentos adotados pelo

    Legislativo, o Executivo nomeia os juzes dos tribunais de segunda

    instncia e de instncia superior etc.).

    Seguindo no estudo do Estado, percebemos que a sua

    organizao promovida por sua Constituio, que, normalmente, a

    lei maior de um Estado. esse texto quem define como se da a

    organizao poltica, a diviso dos territrios, a forma de governo, a

    forma de Estado, a delimitao das atribuies de cada funo (Poder),

    os direitos individuais que limitam a atividade do Estado perante o

    indivduo etc.

    Para que voc no se perca, bom mencionarmos que o Brasil

    adota o federalismo como forma de Estado e a repblica como forma de

    governo.

    E o que seria governo, ento?

    Leandro Zannoni, na obra Direito Administrativo, Srie Advocacia

    Pblica, afirma que governo elemento do Estado e o define como "a

    atividade poltica organizada do Estado, possuindo ampla

    discricionariedade, sob responsabilidade constitucional e poltica" (p.

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    71). Podemos complementar esse conceito com a afirmao de

    Meirelles (1998, p. 64-65) de que "governo a expresso poltica de

    comando, de iniciativa, de fixao de objetivos do Estado e de

    manuteno da ordem jurdica vigente".

    No ignoramos - e voc tambm no - que tanto o conceito de

    Estado como o de governo podem ser definidos sob diversos enfoques.

    O primeiro, por vezes, apresentado sob o critrio sociolgico, poltico,

    constitucional etc. O segundo, muitas das vezes, subdividido em

    sentido formal (conjunto de rgos), em sentido material (funes que

    exerce) e em sentido operacional (conduo poltica).

    Contudo, como esse no um tema muito cobrado em provas,

    apresentamos apenas o enfoque constitucional do conceito de Estado e

    o sentido operacional de governo.

    Agora que voc j sabe os conceitos de Estado e de governo,

    vamos agora para o conceito de Administrao Pblica.

    A Administrao Pblica pode ser definida em seu sentido amplo e

    em seu sentido estrito.

    Em sentido amplo, na lio de Di Pietro (2009, p. 54), a

    Administrao Pblica se subdivide em rgos governamentais e rgos

    administrativos (sentido subjetivo) e funo poltica e administrativa

    (sentido objetivo).

    Em sentido estrito, a Administrao Pblica subdividida nas

    pessoas jurdicas, rgos e agentes pblicos que exercem funes

    administrativas (sentido subjetivo) e na atividade exercida por esses

    entes (sentido objetivo).

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    Administrao Pblica

    sentido amplo sentido estrito

    sentido subjetivo rgos

    governamentais e

    rgos administrativos

    pessoas jurdicas,

    rgos e agentes

    pblicos

    sentido objetivo funo poltica e

    administrativa

    atividade exercida por

    esses entes

    Se voc entender que em sentido subjetivo o enfoque dado

    naqueles que realizam as funes e que em sentido objetivo se observa

    a prpria funo exercida, fica fcil decorar o quadro acima.

    A Administrao Pblica em sentido subjetivo (designada por

    Vicente Paulo e Marcelo Alexendrino como Administrao Pblica em

    sentido formal ou orgnico).

    Em sentido objetivo (= material ou funcional), a Administrao

    Pblica definida, por Di Pietro (2009, p. 57), como "a atividade

    concreta e imediata que o Estado desenvolve, sob regime jurdico total

    ou parcialmente pblico, para a consecuo dos interesses coletivos".

    Essas atividades (ou funes) exercidas pelas pessoas jurdicas,

    rgos e agentes da Administrao podem ser separadas em trs

    grupos: fomento, polcia administrativa e servio pblico.

    Fomento a atividade administrativa que incentiva o

    desenvolvimento daqueles que exercem funes de utilidade ou de

    interesse pblico. Quando a Administrao concede auxlio financeiro a

    um produtor rural ou a uma ONG ela est exercendo a atividade de

    fomento.

    Alm dessa forma de fomento, a Administrao tambm pode

    conceder financiamentos sob condies especiais, favores fiscais ou

    destinar imveis desapropriados a entidades sem fins lucrativos.

    A atividade de polcia administrativa, por sua vez, so os atos da

    Administrao que limitam interesses individuais em prol do interesseProf. Daniel Mesquita WWW.eStrategiaCOnCUrSOS.COm.br 7 de 35Twitter: @danielmqt [email protected] Facebook: Daniel Mesquita

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    coletivo. Esse tema ser melhor explorado na aula relativa aos poderes

    da administrao, quando falaremos sobre o poder de polcia.

    Por fim, servio pblico, na lio de Di Pietro (2009, p. 55), "toda

    atividade que a Administrao Pblica executa, direta ou indiretamente,

    para satisfazer necessidade coletiva, sob regime jurdico

    predominantemente pblico".

    Outros doutrinadores incluem a regulao (atividade permanente

    de edio de atos normativos e concretos sobre atividades pblicas e

    privadas, de modo a implementar polticas de governo) e a interveno

    (direta = atuao do Estado no domnio econmico; e indireta =

    regulamentao e fiscalizao de atividades privadas) como funes da

    Administrao Pblica.

    Todas essas funes tm por finalidade executar as polticas de

    governo, exercer a funo administrativa em prol do interesse pblico,

    promover a ordem econmica, urbanstica, financeira etc., promover

    servios pblicos essenciais e incentivar as atividades privadas de

    interesse social.

    ESTADO GOVERNO ADM. PBLICA

    um ente, um

    sujeito de direitos,

    que tem como

    elementos o

    povo, o territrio e

    a soberania.

    a expresso poltica

    de comando, de

    iniciativa, de fixao

    de objetivos do

    Estado e de

    manuteno da

    ordem jurdica

    vigente

    A atividade (sentido

    objetivo) que o Estado

    desenvolve, sob regime

    pblico, para a realizao

    dos interesses coletivos,

    por meio (sentido

    subjetivo) das pessoas

    jurdicas, rgos e agentes

    pblicos.

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  • EstratgiaC O N C U R S O S * " *

    Questes de concurso

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    1. (FGV - TJMA/2013 - Analista Judicirio I) Com relao ao

    sentido da expresso Administrao Pblica, analise as afirmativas a

    seguir.

    I. Administrao Pblica, em sentido formal, relaciona-se pessoa

    que executa atividades da administrao.

    II. Administrao Pblica, em sentido material, relaciona-se

    atividade administrativa desempenhada pelo Estado.

    III. Administrao Pblica, em sentido subjetivo, relaciona-se s

    pessoas jurdicas que executam a Administrao Pblica em sentido

    objetivo, s atividades de execuo desempenhadas pelo Estado.

    Assinale:

    (A) se somente a afirmativa I estiver correta.

    (B) se somente a afirmativa III estiver correta.

    (C) se somente as afirmativas I e a III estiverem corretas.

    (D) se somente as afirmativas II e a III estiverem corretas.

    (E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

    Esto todas de acordo com o que mostrei a vocs, meus caros.

    Resposta: E

    2. (FGV - 2012- Biblioteca Nacional- Assistente Administrativo)

    Administrao Pblica o conjunto

    harmnico de princpios jurdicos que regem os rgos, os agentes e as

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    atividades pblicas tendentes a realizar concreta, direta e imediatament

    e os fins desejados pelo Estado. Assinale a afirmativa que indica os dois

    sentidos em que se divide o conceito de Administrao Pblica.

    (A) Objetivo e funcional.

    (B) Material e funcional.

    (C) Objetivo e subjetivo.

    (D) Subjetivo e orgnico.

    Relembrando: Administrao Pblica - "A atividade (sentido

    objetivo) que o Estado desenvolve, sob regime pblico, para a

    realizao dos interesses coletivos, por meio (sentido subjetivo) das

    pessoas jurdicas, rgos e agentes pblicos."

    Resposta: C

    3. Conceito do Direito Administrativo.

    Esse ponto introdutrio do estudo do direito administrativo pode

    ser cobrado em seu concurso, pois o ponto base onde se estrutura

    todo o direito administrativo. Por isso, no podemos ignor-lo.

    O direito administrativo tem origem na Revoluo Francesa,

    quando surgiu o Estado de Direito.

    A partir da surgiram dois sistemas do direito administrativo

    no mundo: sistema europeu-continental e o sistema anglo-

    americano (common law).

    O primeiro sistema teve origem na Frana e focado,

    essencialmente, em reger as relaes entre cidados e Administrao,

    fixando prerrogativas e deveres Administrao, bem como

    consagrando garantias individuais em face do poder pblico. Nele h a

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    dualidade de jurisdio, ou seja, no s o Poder Judicirio quem d a

    ltima palavra em uma disputa, h tambm a jurisdio administrativa,

    exercida pelo Conselho de Estado.

    E o outro sistema, o anglo-americano, em qu consistiria?

    O sistema anglo-americano, por sua vez, deixa para o mbito do

    direito privado as relaes entre Estado e cidados. A jurisdio una,

    exercida exclusivamente pelo Poder Judicirio.

    No Brasil, embora a influncia seja mais forte do sistema

    europeu-continental, adota-se a jurisdio una.

    Mas ser que no h qualquer exceo jurisdio una no

    Brasil?

    , meu caro concursando sagaz, voc j ouviu dizer que h

    excees. E h mesmo!

    FALOU EM EXCEO: ABRA O OLHO!!!

    Em hipteses excepcionais exige-se o prvio esgotamento das

    instncias administrativas para se ingressar no Poder Judicirio.

    Na Constituio, o art. 217, 1, informa que o Poder Judicirio

    s admitir aes relativas disciplina e s competies desportivas

    aps esgotarem-se as instncias da justia desportiva, regulada em lei.

    Entretanto, a justia desportiva tem o prazo mximo de sessenta dias,

    contados da instaurao do processo, para proferir deciso final.

    Outra hiptese excepcional a prevista na smula n 02/STJ.

    Para que haja o interesse na impetrao do habeas data, o indivduo

    deve esgotar as instncias administrativas antes da impetrao ("no

    cabe o Habeas Data - CF art.5, LXXII, "a"- se no houve recusa de

    informaes por parte da autoridade administrativa").

    Mais recentemente, o art. 7, 1, da Lei 11.417/06, que

    disciplina a Smula Vinculante, determina o exaurimento da via

    administrativa para que seja cabvel a reclamao ao STF (na

    reclamao o STF dir se houve ou no violao, pela Administrao, do

    texto da smula vinculante). Vale a transcrio do dispositivo:

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    Art. 7o Da deciso judicial ou do ato administrativo que contrariar enunciado de smula vinculante, negar-lhe vigncia ou aplic-lo indevidamente caber reclamao ao Supremo Tribunal Federal, sem prejuzo dos recursos ou outros meios admissveis de impugnao. 1o Contra omisso ou ato da administrao pblica, o uso da reclamao s ser admitido aps esgotamento das vias administrativas.

    Por fim, a lei que regula o mandado de segurana (Lei

    12.016/09) determina que no ser concedido o mandado de segurana

    quando se tratar de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito

    suspensivo, independentemente de cauo.

    Desse modo, as excees jurisdio uma no Brasil podem ser

    resumidas da seguinte forma:

    aes relativas disciplina e s competies desportivas;

    impetrao do habeas data (prvio esgotamento das

    instncias administrativas);

    reclamao ao STF afirmando violao smula vinculante

    pela Administrao (prvio exaurimento da via

    administrativa);

    mandado de segurana (no cabe se for possvel recurso

    administrativo com efeito suspensivo, sem cauo).

    Chegamos, aqui, ao momento de abordarmos os conceitos de

    direito administrativo. Infelizmente, no existe apenas um conceito,

    mas vrios. Cada um segundo uma escola ou um critrio distinto. Para

    o seu concurso, bom que voc saiba o conceito de pelo menos trs

    escolas ou critrios. Vamos a eles:

    a) Escola do servio pblico: Nesse ponto o Direito

    Administrativo est associado ao servio pblico, no distinguindo a

    atividade jurdica do Estado e o servio pblico que atividade material.

    Esse critrio nasceu na Frana, tendo como um dos seus ideologistas

    Duguit que afirma que o direito pblico se resume s regras de

    organizao e gesto dos servios pblicos. Porm ntido que o

    servio pblico no abrange todo o contedo do Direito Administrativo.

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    b) Critrio do Poder Executivo: Concentra toda a atividade

    administrativa como disciplina exclusiva do Poder Executivo. O que

    compreensivelmente questionvel, levando-se em conta que todos os

    demais Poderes podem exercer atividade Administrativa.

    c) Critrio das relaes jurdico-administrativas: Alguns

    autores afirmam que o Direito Administrativo o conjunto de normas

    que norteiam o enlace entre a Administrao e os administrados. O que

    inadmissvel j que outros ramos do direito disciplinam essa relao, e

    no mais o Direito administrativo trata de outros assuntos.

    d) Critrio teleolgico: O Direito Administrativo analisado por

    este ponto de vista seria o sistema de regras, normas jurdicas que

    orientam a atividade do Estado para o cumprimento de seus fins. Essa

    corrente foi aceita por diversos doutrinadores, entre eles Oswaldo

    Aranha que definiu o direito Administrativo como "ordenamento jurdico

    da atividade do Estado-poder, enquanto tal, ou de quem faa as suas

    vezes, de criao de utilidade pblica, de maneira direta e imediata." O

    questionamento desse critrio est na sua abrangncia, como se ele

    tivesse passado do ponto.

    e) Critrio negativo ou residual: De acordo com essa

    corrente, o Direito Administrativo tem por objeto as atividades

    desenvolvidas para a consecuo dos fins estatais, excludas a

    legislao e a jurisdio ou somente esta. Di Pietro (2009, p. 46).

    f) Critrio da Administrao Pblica: O Direito

    Administrativo seria a juno de todos os princpios que ordenam a

    Administrao Pblica, no que concerne s suas entidades, aos rgos,

    aos agentes e s atividades para realizar o que o Estado almeja.

    Professor isso cai em concurso? Pode ter certeza que sim! Se

    voc quiser focar em alguns, foque nas definies apresentadas nos

    itens (a), (d), (e) e (f).

    E qual a conceituao admitida hoje pela doutrina brasileira?

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    O conceito de Direito Administrativo depender do critrio

    adotado por cada doutrinador.

    Leandro Zannoni define "Em sentido amplo, Direito

    Administrativo o ramo do direito pblico interno que visa a satisfazer

    os interesses da coletividade de forma direta e concreta."

    Di Pietro, por sua vez, conceitua o direito administrativo

    como o ramo do direito Pblico que tem por objeto os rgos,

    agentes e pessoas jurdicas administrativas que integram a

    Administrao Pblica, a atividade jurdica no contenciosa que

    exerce e os bens de que se utiliza para a consecuo de seus

    fins, de natureza pblica."

    Como se v, o conceito mais admitido pela doutrina brasileira

    tem inspirao no critrio da Administrao Pblica.

    4. Objeto do Direito Administrativo

    O principal objeto do direito administrativo a regulao da funo

    administrativa. Essa funo administrativa envolve vrios aspetos.

    E quais aspectos seriam esses, que formam o objeto do direito

    administrativo? So os seguintes:

    Aspecto subjetivo: aqui o direito administrativo estuda os

    rgos, as entidades | os agentes pblicos;

    Aspecto jurdico: aqui o direito administrativo avalia as

    prerrogativas da Administrao e as sujeies jurdicas.

    Aspecto material: o enfoque aqui a atividade

    administrativa, executada pelo aparelho do Estado (ou quem

    dele receba delegao para o exerccio de atribuies

    pblicas), abrangendo as atividades de prestao de servio

    pblico, fomento, poder de polcia e interveno no domnio

    econmico e na propriedade privada.

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    Prof. Daniel Mesquita - Aula 01

    Voc j sabe, ento, que o direito administrativo estuda a funo

    administrativa, que envolve os aspectos subjetivos, jurdicos e

    materiais.

    5. Fontes do Direito Administrativo

    As fontes do direito administrativo so:

    Lei (em sentido amplo) - a principal fonte do direito

    administrativo (fonte primria). Aqui, quando falamos "lei", nos

    referimos a todo arcabouo legislativo ao dispor do direito

    administrativo: Constituio, leis ordinrias, leis complementares,

    decretos, portarias e outros atos normativos.

    A doutrina, ou seja, os ensinamentos dos tericos e estudiosos

    do direito administrativo, encontrados nos textos, artigos e livros

    tambm so fontes.

    A jurisprudncia, que quer dizer o conjunto de decises dos

    tribunais, a terceira fonte do direito administrativo. Recentemente, foi

    includa a smula vinculante entre as fontes do direito administrativo,

    decorrente da jurisprudncia do Supremo Tribunal Federal.

    Os costumes, ou seja, a praxe administrativa e social, surgem a

    partir de regras criadas pela prpria sociedade, que os consideram

    obrigatrias e que no estB) escritas. So importantes quando

    influenciam na lei e jurisprudncia e so considerados fonte do Direito

    Administrativo.

    Por fim, os princpios gerais de direito so importantes fontes do

    direito administrativo, pois deles extramos, por exemplo, o postulado

    da ampla defesa e contraditrio (aplicvel aos procedimentos na

    Administrao).

    Assim, para que fique bem claro, apresentamos o seguinte

    quadro:

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    jurdica a uma pessoa fsica ou jurdica. O fenmeno envolve sempre duas pessoas distintas (dois sujeitos aptos a adquirir direitos e contrair obrigao em nome prprio); no plo que faz a transferncia haver sempre uma pessoa jurdica, no plo que recebe poder haver uma pessoa fsica ou jurdica. So trs as formas de descentralizao: por outorga, por delegao e por descentralizao geogrfica ou territorial.

    BIZU:

    desCOncentrao = = >Criao de Orgos

    desCENtralizao = = >Criao de ENtidades

    Gabarito: Letra "a".

    4. (FCC - 2011 - TRE-PE - Analista Judicirio - rea Judiciria)

    No que concerne s fontes do Direito Administrativo, correto

    afirmar que:

    a) o costume no considerado fonte do Direito Administrativo.

    b) uma das caractersticas da jurisprudncia o seu

    universalismo, ou seja, enquanto a doutrina tende a nacionalizar-se, a

    jurisprudncia tende a universalizar-se.

    c) embora no influa na elaborao das leis, a doutrina exerce

    papel fundamental apenas nas decises contenciosas, ordenando,

    assim, o prprio Direito Administrativo.

    d) tanto a Constituio Federal como a lei em sentido estrito

    constituem fontes primrias do Direito Administrativo.

    e) tendo em vista a relevncia jurdica da jurisprudncia, ela

    sempre obriga a Administrao Pblica.

    Lei (em sentido amplo) - a principal fonte do direito

    administrativo (fonte primria). Aqui, quando falamos "lei", nos

    referimos a todo arcabouo legislativo ao dispor do direito

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    administrativo: Constituio, leis ordinrias, leis complementares,

    decretos, portarias e outros atos normativos.

    Gabarito: Letra "d".

    5. (FCC - 2007 - MPU - Analista - Oramento) A reiterao dos

    julgamentos num mesmo sentido, influenciando a construo do Direito,

    sendo tambm fonte do Direito Administrativo, diz respeito

    a) jurisprudncia.

    b) doutrina.

    c) prtica costumeira.

    d) analogia.

    e) lei.

    A jurisprudncia, que quer dizer o conjunto de decises dos

    tribunais, a terceira fonte do direito administrativo. Recentemente, foi

    includa a smula vinculante entre as fontes do direito administrativo,

    decorrente da jurisprudncia do Supremo Tribunal Federal.

    Gabarito: Letra "a"

    6. Regime jurdico-administrativo

    o conjunto harmnico de regras e princpios que guardam

    correlao lgica entre si e compem o Direito Administrativo.

    No Direito Administrativo, a Administrao Pblica est vinculada

    s normas e aos princpios. Assim, se existe uma lei regulando

    determinado tema, essa lei deve ser aplicada pelo agente pblico. Se

    no houver uma lei especfica para a situao, ele deve se valer dos

    princpios da Administrao Pblica para resolver a situao.

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    A palavra "princpio" vem do latim "principium", que significa

    incio, comeo, origem das coisas. Para Celso Antnio Bandeira de Mello

    (2000, p.747-48), "Princpio [...] , por definio, mandamento nuclear

    de um sistema, verdadeiro alicerce dele, disposio fundamental que se

    irradia sobre diferentes normas compondo-lhes o esprito e servindo de

    critrio para sua exata compreenso e inteligncia exatamente por

    definir a lgica e a racionalidade do sistema normativo, no que lhe

    confere a tnica e lhe d sentido harmnico".

    Ao contrrio das normas, que possuem estrutura fechada, pois

    informam o que nelas est escrito, de forma objetiva, os princpios

    possuem uma estrutura aberta, admitindo maior abstrao e

    pluralidade de interpretaes.

    Voc ver ao longo de nosso curso que o Direito Administrativo

    no se estrutura a partir de um cdigo desse ramo do direito, uma vez

    que no h um conjunto sistematizado de normas como o Cdigo Civil

    para disciplinar a atividade administrativa. O que h so diversas leis e

    alguns princpios que orientam essa atividade.

    Voc observar, ainda, que todas as leis e princpios do direito

    administrativo fundamentam-se em dois princpios basilares: a

    supremacia do interesse pblico sobre o particular e a indisponibilidade

    do interesse pblico. Esses princpios so chamados de basilares porque

    orientam no s a atividade do administrador pblico, mas tambm do

    Poder Legislativo ao editar as leis do regime jurdico-administrativo.

    Todos os princpios que se incluem listados no Regime Jurdico

    guardam coerncia lgica com os demais princpios e por isso, muitas

    vezes, possvel que diversos deles sejam aplicados a mesma situao

    concreta. Na maioria das vezes, ele confluem, ou seja, um corrobora

    com o outro e todos podem ser aplicados ao mesmo tempo.

    Entretanto, em algumas situaes esses princpios entram em

    conflito e fica bastante difcil decidir qual deles deve ser aplicado em

    detrimento do outro. Nessas situaes difceis, entra em cena a Teoria

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    das Ponderaes. Ela foi desenvolvida para auxiliar e guiar a atuao

    do aplicador do Direito para que faa a melhor escolha quando estiver

    diante de uma situao como essa. Ela largamente aplicada no

    apenas em Direito Administrativo, por isso, importante que vocs a

    conheam.

    Em Direito, sabemos que, ao aplicarmos uma regra, essa exclui as

    demais que se contrapem a ela. No caso do princpio, a aplicao de

    um deles no exclui automaticamente a aplicao de outro. Por isso,

    quem vai aplicar o direito situao ftica deve eleger, dentre o leque

    de princpios disponvel, qual princpio protege o interesse mais

    importante, que merece maior proteo em face do caso concreto.

    Vamos ver uma caso em que o Supremo Tribunal Federal aplicou

    essa teoria:

    EMENTA: ATO ADMINISTRATIVO. Terras pblicas estaduais.

    Concesso de domnio para fins de colonizao. rea superiores a

    dez mil hectares. Falta de autorizao prvia do Senado Federal.

    Ofensa ao art. 156, 2, da Constituio Federal de 1946,

    incidente data dos negcios jurdicos translativos de domnio.

    Inconstitucionalidade reconhecida. Nulidade no pronunciada.

    Atos celebrados h 53 anos. Boa-f e confiana legtima dos

    adquirentes de lotes. Colonizao que implicou, ao longo do

    tempo, criao de cidades, fixao de famlias, construo de

    hospitais, estradas, aeroportos, residncias, estabelecimentos

    comerciais, industriais e de servios, etc.. Situao factual

    consolidada. Impossibilidade jurdica de anulao dos negcios,

    diante das consequncias desastrosas que, do ponto de vista

    pessoal e socioeconmico, acarretaria. Aplicao dos princpios da

    segurana jurdica e da proteo confiana legtima, como

    resultado da ponderao de valores constitucionais. Ao julgada

    improcedente, perante a singularidade do caso. (...) (ACO 79)

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    Nesse caso, uma ocupao urbana se consolidou contrariando de

    forma expressa uma exigncia da Constituio de 1946. Diante do

    grande lapso de tempo decorrido entre o vcio do ato administrativo

    apontado e a situao atual, considerando o crescimento de cidades na

    rea, no houve a declarao de nulidade do ato administrativo.

    Foi feita, portanto, uma ponderao entre o princpio da

    legalidade, de um lado, e o da segurana jurdica, de outro, concluindo

    o Tribunal pela manuteno da situao ftica.

    Viram, essa teoria no precisa ser conhecida com grande

    profundidade, basta que vocs tenham conscincia de que ela existe

    qual seu preceito bsico, qual seja, ponderar entre princpios

    dissonantes aquele que encontra melhor aplicabilidade diante do caso

    concreto.

    7. Resumo da aula

    Meu caro, se voc ler esse resumo na semana que antecede a

    prova, voc vai refrescar o seu crebro e toda a matria apresentada

    nessa aula vir como um raio na hora de responder as questes do

    concurso. Siga essa dica e sucesb o!

    Agora, se voc no estudou nossa aula e acha que vai passar lendo

    s esse ponto da aula: boa sorte.

    Vimos em nossa aula que os elementos do Estado so POVO +

    TERRITRIO + SOBERANIA.

    As funes estatais (ou Poderes do Estado) so: Legislativo,

    Executivo e Judicirio.

    Pelo sistema de freios e contrapesos, verificamos que um Poder

    exerce atividade tpica de outro e se fiscalizam mutuamente.

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    Decore o seguinte quadro resumo:

    ESTADO GOVERNO ADM. PBLICA

    um ente, um

    sujeito de direitos,

    que tem como

    elementos o

    povo, o territrio e

    a soberania.

    a expresso poltica

    de comando, de

    iniciativa, de fixao

    de objetivos do

    Estado e de

    manuteno da

    ordem jurdica

    vigente

    A atividade (sentido

    objetivo) que o Estado

    desenvolve, sob regime

    pblico, para a realizao

    dos interesses coletivos,

    por meio (sentido

    subjetivo) das pessoas

    jurdicas, rgos e agentes

    pblicos.

    Vimos em nossa aula que a definio mais aceita de direito

    administrativo (critrio do direito administrativo como Administrao

    Pblica) : normas e princpios que regulam os rgos, entes e

    agentes pblicos, que atuam sob regime de direito pblico para realizar

    concreta e diretamente os fins desejados pelo Estado.

    O direito administrativo tem origem na Revoluo Francesa,

    quando surgiu o Estado de Direito.

    A partir da surgiram dois sistemas do direito administrativo

    no mundo: sistema europeu-continental e o sistema anglo-

    americano (common law).

    SISTEMA Francs Esse sistema focado, essencialmente, em

    reger as relaes entre cidados e Administrao, fixando prerrogativas

    e deveres Administrao, bem como consagrando garantias

    individuais em face do poder pblico.

    Nele h a dualidade de jurisdio, ou seja, no s o Poder

    Judicirio quem d a ltima palavra em uma disputa, h tambm a

    jurisdio administrativa, exercida pelo Conselho de Estado.

    Di Pietro destaca a inovao em dois pontos:Prof. Daniel Mesquita WWW.eStrategiaCOnCUrSOS.COm.br 22 de 35Twitter: @danielmqt [email protected] Facebook: Daniel Mesquita

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    Quanto a definio da competncia da jurisdio

    administrativa pelo critrio do servio pblico.

    Quanto a resoluo da questo tendo como base os

    princpios autnomos, diferente do adotado pelo Cdigo

    Civil na relao entre particulares.

    O sistema Ingls integrante do common law. Esse direito

    baseia-se nos costumes, no uso e decises das Cortes de Justia.

    Tanto na Inglaterra quanto nos EUA, o Poder Judicirio controla

    a Administrao Pblica, da mesma forma como controla as relaes

    entre particulares. Na Inglaterra o princpio que rege tal controle o do

    rule of law.

    No Brasil, embora a influncia seja mais forte do sistema

    europeu-continental, adota-se a jurisdio una.

    Mas ser que no h qualquer exceo jurisdio una no

    Brasil?

    , meu caro concursando sagaz, voc j ouviu dizer que h

    excees. E h mesmo!

    FALOU EM EXCEO: ABRA O OLHO!!!

    Em hipteses excepcionais exige-se o prvio esgotamento das

    instncias administrativas para se ingressar no Poder Judicirio.

    As excees jurisdio una no Brasil podem ser resumidas da

    seguinte forma:

    Aes relativas disciplina e s competies desportivas;

    Impetrao do habeas data (prvio esgotamento das

    instncias administrativas);

    Reclamao ao STF afirmando violao smula vinculante

    pela Administrao (prvio exaurimento da via

    administrativa);

    Mandado de segurana (no cabe se for possvel recurso

    administrativo com efeito suspensivo, sem cauo).

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    Para a sua prova, bom que voc saiba o conceito de pelo

    menos trs escolas ou critrios. Vamos a eles:

    a) Escola do servio pblico: Nesse ponto o Direito

    Administrativo est associado ao servio pblico, no

    distinguindo a atividade jurdica do Estado e o servio pblico

    que atividade material. Esse critrio nasceu na Frana,

    tendo como um dos seus ideologistas Duguit que afirma que

    o direito pblico se resume s regras de organizao e gesto

    dos servios pblicos. Porm ntido que o servio pblico

    no abrange todo o contedo do Direito Administrativo.

    b) Critrio teleolgico: O Direito Administrativo analisado por

    este ponto de vista seria o sistema de regras, normas jurdicas que

    orientam a atividade do Estado para o cumprimento de seus fins. Essa

    corrente foi aceita por diversos doutrinadores, entre eles Oswaldo

    Aranha que definiu o direito Administrativo como "ordenamento jurdico

    da atividade do Estado-poder, enquanto tal, ou de quem faa as suas

    vezes, de criao de utilidade pblica, de maneira direta e imediata." O

    questionamento desse critrio est na sua abrangncia, como se ele

    tivesse passado do ponto.

    c) Critrio negativo ou residual: De acordo com essa

    corrente, o Direito Administrativo tem por objeto as atividades

    desenvolvidas para a consecuo dos fins estatais, excludas a

    legislao e a jurisdio ou somente esta. Di Pietro (2009, p. 46).

    d) Critrio da Administrao Pblica: O Direito

    Administrativo seria a juno de todos os princpios que ordenam a

    Administrao Pblica, no que concerne s suas entidades, aos rgos,

    aos agentes e s atividades para realizar o que o Estado almeja.

    Leandro Zannoni define "Em sentido amplo, Direito

    Administrativo o ramo do direito pblico interno que visa a satisfazer

    os interesses da coletividade de forma direta e concreta."

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    1) (FGV - TJMA/2013 - Analista Judicirio I) Com relao ao

    sentido da expresso Administrao Pblica, analise as afirmativas a

    seguir.

    I. Administrao Pblica, em sentido formal, relaciona-se pessoa

    que executa atividades da administrao.

    II. Administrao Pblica, em sentido material, relaciona-se

    atividade administrativa desempenhada pelo Estado.

    III. Administrao Pblica, em sentido subjetivo, relaciona-se s

    pessoas jurdicas que executam a Administrao Pblica em sentido

    objetivo, s atividades de execuo desempenhadas pelo Estado.

    Assinale:

    (A) se somente a afirmativa I estiver correta.

    (B) se somente a afirmativa III estiver correta.

    (C) se somente as afirmativas I e a III estiverem corretas.

    (D) se somente as afirmativas II e a III estiverem corretas.

    (E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

    2) (FGV - 2012- Biblioteca Nacional- Assistente Administrativo)

    Administrao Pblica o conjunto

    harmnico de princpios jurdicos que regem os rgos, os agentes e as

    atividades pblicas tendentes a realizar concreta, direta e imediatament

    e os fins desejados pelo Estado. Assinale a afirmativa que indica os dois

    sentidos em que se divide o conceito de Administrao Pblica.

    (A) Objetivo e funcional.

    (B) Material e funcional.

    (C) Objetivo e subjetivo.

    (D) Subjetivo e orgnico.

    3) (FGV - 2011 - OAB - Exame de Ordem Unificado - III)

    correto afirmar que a desconcentrao administrativa ocorre quando um

    ente poltico

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    a) cria, mediante lei, rgos internos em sua prpria estrutura

    para organizar a gesto administrativa.

    b) cria, por lei especfica, uma nova pessoa jurdica de direito

    pblico para auxiliar a administrao pblica direta.

    c) autoriza a criao, por lei e por prazo indeterminado, de uma

    nova pessoa jurdica de direito privado para auxiliar a administrao

    pblica.

    d) contrata, mediante concesso de servio pblico, por prazo

    determinado, uma pessoa jurdica de direito pblico ou privado para

    desempenhar uma atividade tpica da administrao pblica.

    4) (FCC - 2011 - TRE-PE - Analista Judicirio - rea Judiciria)

    No que concerne s fontes do Direito Administrativo, correto

    afirmar que:

    a) o costume no considerado fonte do Direito Administrativo.

    b) uma das caractersticas da jurisprudncia o seu universalismo,

    ou seja, enquanto a doutrina tende a nacionalizar-se, a jurisprudncia

    tende a universalizar-se.

    c) embora no influa na elaborao das leis, a doutrina exerce

    papel fundamental apenas nas decises contenciosas, ordenando,

    assim, o prprio Direito Administrativo.

    d) tanto a Constituio Federal como a lei em sentido estrito

    constituem fontes primrias do Direito Administrativo.

    e) tendo em vista a relevncia jurdica da jurisprudncia, ela

    sempre obriga a Administrao Pblica.

    5) (FCC - 2007 - MPU - Analista - Oramento) A reiterao dos

    julgamentos num mesmo sentido, influenciando a construo do Direito,

    sendo tambm fonte do Direito Administrativo, diz respeito

    a) jurisprudncia.

    b) doutrina.

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  • c) prtica costumeira.

    d) analogia.

    e) lei.

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    6) (FCC- 2014- Prefeitura de Recife - Procurador) No que diz

    respeito ao regime jurdico administrativo, considere as seguintes

    afirmaes:

    I. H, neste tipo de regime, traos de autoridade, de

    supremacia da Administrao, sendo possvel, inclusive, que nele se

    restrinja o exerccio de liberdades individuais.

    II. As chamadas prerrogativas pblicas, para que sejam

    vlidas, devem vir respaldadas em princpios constitucionais explcitos

    na Constituio Federal.

    III. Via de regra, tambm integram o regime jurdico

    administrativo de um municpio as leis, os decretos, os regulamentos e

    as portarias do Estado em que ele se localiza.

    IV. tendncia da maioria da doutrina administrativista

    contempornea no mais falar em "restries" ou "sujeies" como

    trao caracterstico do regime jurdico administrativo, em razo dessas

    expresses poderem levar falsa concluso de que as atividades da

    Administrao que visam a beneficiar a coletividade podem estar

    sujeitas a limites. Est correto o que se afirma APENAS em

    a) IV.

    b) I

    c) I e III.

    d) II e IV.

    e) I, II e III.

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    7) (FCC- 2014- TCE-RS Auditor Pblico Externo - Engenharia

    Civil)Os princpios que regem a Administrao pblica

    a) so aqueles que constam expressamente do texto legal, no se

    reconhecendo princpios implcitos, aplicando-se tanto Administrao

    direta quanto indireta.

    b) podem ser expressos ou implcitos, os primeiros aplicando-se

    prioritariamente em relao aos segundos, ambos se dirigindo apenas

    Administrao direta.

    c) so prevalentes em relao s leis que regem a Administrao

    pblica, em razo de seu contedo ser mais relevante.

    d) dirigem-se indistintamente Administrao direta e s

    autarquias, aplicando-se seja quando forem expressos, seja quando

    implcitos.

    e) aplicam-se Administrao direta, indireta e aos contratados

    em regular licitao, seja quando forem expressos, seja quando

    implcitos.

    8) (VUNESP - 2012 - SPTrans - Advogado Pleno - Trabalhista)

    "Os bens e interesses pblicos no pertencem Administrao nem a

    seus agentes. Cabe-lhes apenas geri-los, conserv-los e por eles velar

    em prol da coletividade, esta sim a verdadeira titular dos direitos e

    interesses pblicos." (Jos dos Santos Carvalho Filho in Manual de

    Direito Administrativo)

    A conceituao acima reproduzida trata de um dos princpios do

    direito administrativo. Assinale a alternativa que contm um princpio

    que corretamente representa essa conceituao doutrinria.

    a) Autotutela.

    b) Eficincia.

    c) Indisponibilidade.

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    d) Proteo confiana

    e) Precauo.

    9) (ESAF/AFC/CGU/2006) A primordial fonte formal do Direito

    Administrativo no Brasil :

    a) a lei.

    b) a doutrina.

    c) a jurisprudncia.

    d) os costumes.

    e) o vade-mcum.

    Gabarito:

    1) E2) C3) A4) D5) A6) B7) D8) C9) A

    9. RefernciasALEXANDRINO, Marcelo. PAULO, Vicente. Direito Administrativo

    Descomplicado. 18a Ed., So Paulo, Mtodo, 2010.

    BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos. Interveno no VI Frum da

    Reforma do Estado. Rio de Janeiro, 1. de outubro de 2007.

    CAETANO, Marcelo. Princpios Fundamentais de Direito

    Administrativo. Ed. Forense, Rio de Janeiro, 1977.

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    CARVALHO FILHO, Jos dos Santos. Manual de Direito

    Administrativo, 13a Ed., Lumen Juris Editora, Rio de Janeiro, 2005.

    DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 22a Ed.

    Editora Atlas, So Paulo, 2009.

    GASPARINI, Diogenes. Direito Administrativo, 13a Ed., Editora

    Saraiva, So Paulo, 2008.

    MARINELA, Fernanda. Direito Administrativo, Tomo I, 3a Edio,

    Salvador, 2007, Jus Podivm.

    MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro, 23a

    ed., So Paulo: Malheiros Editores, 1998.

    MELLO, Celso Antnio Bandeira de. Curso de Direito

    Administrativo, 27a Ed., Malheiros Editores, So Paulo, 2010.

    TALAMINI, Daniele Coutinho. Revogao do Ato Administrativo,

    Malheiros Editores, 2002.

    SILVA, Jos Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo -

    24a edio, So Paulo: Malheiros Editores, 2005.

    ZANCANER, Weida. Da Convalidao e da Invalidao dos Atos

    Administrativos, 3a Ed., So Paulo, Malheiros Editores, 2008.ZANNONI, Leandro. Direito Administrativo - Srie Advocacia

    Pblica, Vol. 3, Ed. Forense, Rio de Janeiro, Ed. Mtodo, So Paulo,

    2011.

    Informativos de jurisprudncia do Supremo Tribunal Federal, em

    www.stf.jus.br, e do Superior Tribunal de Justia, em www.stj.jus.br.

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