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Ano I - Nº 1 Informativo Técnico Distribuição Gratuita Set / Out 2003 Entendendo o “estranho” código sem cores dos resistores SMD Se você ainda não sabe, SMD quer dizer Componente Montado em Superfície e são aquelas, quase microscópicas, pecinhas dos aparelhos atuais. Quem pretende continuar sendo técnico, não pode mais fugir delas. Os resistores SMD, em ge- ral, são pretinhos e têm o as- pecto mostrado na figura abai- xo. O que tem causado confu- são para alguns é a forma como a resistência dos dito cujos é indicada. Vamos tentar destri- nchar o assunto da melhor ma- neira. Costumam ser utilizados dois formatos, um com três dígi- tos e outro com quatro dígitos. O mais comum é o de três dígi- tos que corresponde a resisto- res de +/- 5% de tolerância. Neste caso os dois primei- ros dígitos corresponderão a “parte numérica” propriamente dita do valor, enquanto o último dígito corresponde ao fator pelo qual se deve multiplicar os dois primeiros. Vamos a um exemplo. Se você vê escrito 472 no resistor significa que o valor dele é 4700 ohms ou o popular 4 k 7. O fator multiplicativo obe- dece a seguinte tabela: º 3 o t i g í d r a c i l p i t l u m r o p 0 1 1 0 1 2 0 0 1 3 0 0 0 1 4 0 0 0 0 1 5 0 0 0 0 0 1 6 0 0 0 0 0 0 1 No caso de resistores entre 10 e 99 ohms pode ser que o fabricante utilize apenas dois dí- gitos. Assim, um resistor de 33 ohms aparecerá simplesmente como 33. Para valores entre 1 e 9,9 ohms você poderá encontrar um R entre os dígitos fazendo o pa- pel de vírgula. Você já deve es- tar acostumado com isto nos re- sistores de fio. Valores inferiores a 1 ohm podem aparecer com o R seguindo dois dígitos. Seria o caso de, por exemplo, 0,27 ohms que ficará R27. Há casos em que aperecem quatro dígitos em vez de três apenas. São resistores de 1% de tolerância e neste caso o quar- to dígito será o fator multiplica- tivo. Suponhamos que esteja es- crito no resistor o “número” 1023, este “valor” correponderá a 102 000 ohms. Um tipo especial que você poderá ver nestes resistores são os que veem marcados com 000 e significa zero ohm. Paulo Brites Visite nosso site www.avbrites.hpg.com.br Você precisa providenciar um ferro de solda de boa quali- dade e uma pinça bem fina. Aliás por falar em ferro de solda é bom você ficar atento a isto. Os novos componentes eletrônicos exigem ferros de sol- da de boa qualidade que não deixem vazar tensão para a pon- ta como costuma acontecer nos ferros mais baratos. Trabalhar com estes com- ponentes sejam eles resistores, capacitores ou transistores não deve lhe trazer nenhum infortú- nio e você precisa se acostumar porque é isso que terá daqui pra frente. Na verdade estes resisto- res de zero ohm são jumpers em formato SMD. Valor da corrente dos Protetores ICPN e ICPF Estes protetores são aqueles que aparecem em di- versos aparelhos com o for- mato de um transistor. Numa emergência sustitua-o por um fio de fusível do valor adequa- do conforme a tabela. F10 = N10 = 0,4 A F15 = N15 = 0,6 A F20 = N20 = 0,8 A F25 = N25 = 1,0 A F38 = N38 = 1,5 A F50 = N50 = 2,0 A F70 = N70 = 2,5 A Você também poderá en- contrar estes componentes no formato SMD. Tome cuidado para não confundí-los com re- sistores de zero ohm.

Boletim Set Out

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Page 1: Boletim Set Out

Ano I - Nº 1 Informativo Técnico Distribuição Gratuita Set / Out 2003

Entendendo o “estranho” código semcores dos resistores SMD

Se você ainda não sabe,SMD quer dizer ComponenteMontado em Superfície e sãoaquelas, quase microscópicas,pecinhas dos aparelhos atuais.

Quem pretende continuarsendo técnico, não pode maisfugir delas.

Os resistores SMD, em ge-ral, são pretinhos e têm o as-pecto mostrado na figura abai-xo.

O que tem causado confu-são para alguns é a forma comoa resistência dos dito cujos éindicada. Vamos tentar destri-nchar o assunto da melhor ma-neira.

Costumam ser utilizadosdois formatos, um com três dígi-tos e outro com quatro dígitos.O mais comum é o de três dígi-tos que corresponde a resisto-res de +/- 5% de tolerância.

Neste caso os dois primei-ros dígitos corresponderão a“parte numérica” propriamentedita do valor, enquanto o últimodígito corresponde ao fator peloqual se deve multiplicar os doisprimeiros.

Vamos a um exemplo. Sevocê vê escrito 472 no resistorsignifica que o valor dele é 4700ohms ou o popular 4 k 7.

O fator multiplicativo obe-dece a seguinte tabela:

º3otigíd

racilpitlumrop

0 1

1 01

2 001

3 0001

4 00001

5 000001

6 0000001

No caso de resistores entre10 e 99 ohms pode ser que ofabricante utilize apenas dois dí-gitos. Assim, um resistor de 33ohms aparecerá simplesmentecomo 33.

Para valores entre 1 e 9,9ohms você poderá encontrar umR entre os dígitos fazendo o pa-pel de vírgula. Você já deve es-tar acostumado com isto nos re-sistores de fio.

Valores inferiores a 1 ohmpodem aparecer com o R seguindodois dígitos. Seria o caso de, porexemplo, 0,27 ohms que ficaráR27.

Há casos em que aperecemquatro dígitos em vez de trêsapenas.

São resistores de 1% detolerância e neste caso o quar-to dígito será o fator multiplica-tivo.

Suponhamos que esteja es-crito no resistor o “número”1023, este “valor” correponderáa 102 000 ohms.

Um tipo especial que vocêpoderá ver nestes resistores sãoos que veem marcados com 000e significa zero ohm.

Paulo Brites

Visite nosso sitewww.avbrites.hpg.com.br

Você precisa providenciarum ferro de solda de boa quali-dade e uma pinça bem fina.

Aliás por falar em ferro desolda é bom você ficar atento aisto. Os novos componenteseletrônicos exigem ferros de sol-da de boa qualidade que nãodeixem vazar tensão para a pon-ta como costuma acontecer nosferros mais baratos.

Trabalhar com estes com-ponentes sejam eles resistores,capacitores ou transistores nãodeve lhe trazer nenhum infortú-nio e você precisa se acostumarporque é isso que terá daqui prafrente.

Na verdade estes resisto-res de zero ohm são jumpersem formato SMD.

Valor da corrente dosProtetores ICPN e ICPF

Estes protetores sãoaqueles que aparecem em di-versos aparelhos com o for-mato de um transistor. Numaemergência sustitua-o por umfio de fusível do valor adequa-do conforme a tabela.

F10 = N10 = 0,4 AF15 = N15 = 0,6 AF20 = N20 = 0,8 AF25 = N25 = 1,0 AF38 = N38 = 1,5 AF50 = N50 = 2,0 AF70 = N70 = 2,5 AVocê também poderá en-

contrar estes componentes noformato SMD. Tome cuidadopara não confundí-los com re-sistores de zero ohm.

Page 2: Boletim Set Out

Este aconteceu há alguns anosquando eu trabalhava numa au-torizada Toshiba.

Certo dia deu entrada na ofi-cina, um televisor Toshiba modelo2058 que estava na garantia defábrica e que apresentava umdefeito (vício !) aparentementesimples de ser solucionado. O sin-toma era aquele característicode alteração no capacitor internoda bobina de AFT, que é umafalha comum, praticamente, atodos os televisores que pos-suem este tipo de componente.Ao se acionar no menu do TV afunção de auto programação, omesmo realizava a busca doscanais, mostrando, durante aprocura, a imagem de cada umdos canais recebidos indicandoque as etapas responsáveis porfazer a variação de sintonia edetecção de vídeo estavamoperando corretamente. Entre-tanto, ao terminar a varredurade sintonia, nenhum canal pa-recia ter sido sintonizado. Comose tratava de um aparelho emgarantia de fábrica, foi provi-denciadao junto ao fabricante,uma nova bobina de AFT parasubstituir a do TV, já que osintoma era claramente (!) debobina defeituosa. Devo acres-centar que em casos onde vocêtenha condições de substituir abobina defeituosa por uma nova,idêntica a original, isto deveráser feito mas, em casos em quevocê não tenha meios de con-seguir uma bobina nova para asubstituição, pode-se tentar orecurso de retirar a bobina daplaca de circuito, com o devidocuidado e com muita atenção,quebrar o capacitor tubular ce-râmico existente no interior da

carcaça da bobina.Tenha cuidado para não arre-

bentar os fios do enrolamento dabobina.

Após a remoção do capacitor,recoloque a bobina na placa ten-do o cuidado de verificar entrequais terminais da bobina estavaligado o capacitor e solde pelaparte de baixo da placa (lado dassoldas) um capacitor cerâmicoentre estes terminais. O valordeste capacitor poderá variar deum televisor para o outro mas,normalmente, fica em torno de33pf. Em alguns casos, o simplesfato da colocação deste capa-citor já será suficiente paraestabilizar a sintonia do TV mas,em outros você terá de retocaro núcleo da bobina para conse-guir o ponto ideal da sintonia.

Com a chegada da bobina efeita a substituição da mesma,ao ligarmos os TV e acionarmosa auto programação, ao final,tivemos a “grata” surpresa deverificar que o sintoma continua-va o mesmo e observou-se umoutro detalhe, o áudio do te-levisor veio com seu nível nomáximo embora ao acionarmos ocontrole de volume, o mesmo a-tuasse corretamente e o volumeabaixase normalmente. Um outrodetalhe que chamou a atençãoera o de que embora ao final daauto programação nenhum canalpudesse ser sintonizado pelasteclas CH + e CH -, se digi-tássemos no teclado numérico onúmero de um determinado canal,o mesmo surgia limpo na tela eassim permanecia.

Um Defeito do “Outro Mundo”Colaboração de Fernando José

Expediente

Coordenação GeralPaulo Brites

Jornalista ResponsávelCarlos Dei

Registro MTB 15173Tiragem

6000 exemplaresO conteúdo das matériasaqui plubicadas é de respon-sabilidade de seus autores. [email protected]

Ao publicarmos este Bo-letim Técnico nossa intençãoé suprir uma lacuna na divul-gação de informações úteispara o técnico reparador deaparelhos eletrônicos de con-sumo.

No meu dia a dia com ostécnicos deste setor, observoa carência de informações queesta gente tem. Queremoscompartilhar da forma mais de-mocrática possível nossa ex-periência e nosso conheci-mento acumulado e daquelesque nos apoiam forncendo-nostambém suas realizações.

A realização do traba-lho é um sonho antigo que sóse tornou possivel graças aosempresários que estão apoi-ando nosso projeto.

Procure prestigiá-los paraque o trabalho continue.

A minha tarefa é escre-ver, a deles é viabilizar os re-cursos materiais, a sua é cri-ticar, sugerir, colaborar e apoiara utopia.

Sonhar não custa nada !

Paulo Brites

Editorial

LIVROS DO PAULO BRITES

Page 3: Boletim Set Out

Como os canais que eram sin-tonizados através do teclado nu-mérico do remoto surgiam nor-malmente na tela do TV mas,eram indicados no menu como“excluídos” ou “desativados”, tivea idéia de através do menu, ativarcada um dos canais manualmentee assim fiz. Para minha surpresae tristeza, ao terminar a progra-mação e retornar ao primeirocanal ativado, ele não estava maislá e também nenhum dos outrosque haviam sido ativados. Vol-tando a raciocinar (isto, às vezes,é necessário) cheguei a conclu-são que se o TV aceitava os co-mandos mas, não era capaz dememorizá-los, parecia bastanteprovável que a EEPROM estivessedanificada e decidi pela substi-tuição da mesma.

Uma curiosidade sobre este te-levisor, é que você não vai en-contrar a EEPROM ao lado do MI-CRO PROCESSADOR como é decostume na quase totalidade dostelevisores que utilizam estescomponentes. Neste aparelho,existe uma pequena placa decircuito encaixada ao lado daplaca principal, onde está locali-zado o amplificador de áudio doTV e é ali que está localizada aEEPROM.

Feita a troca, o aparelho foi li-gado e após a auto programação,finalmente, para nossa alegria,todos os canais foram sintoni-zados perfeitamente. A princípioestaria aqui encerrado mais umcaso e a EEPROM estaria conde-nada à lixeira da oficina mas,como nem tudo são flores ( já ouviisso em algum lugar ), o TV, nodia seguinte, ao ser ligado paraficar em teste ( coisa muitoimportante de ser feita após oreparo a fim de evitar aborreci-mentos com o cliente ), não mos-trava nenhum canal sintonizado

e o volume de som estava nomáximo outra vez, ou seja, “tudocomo d’antes no quartel deAbrantes”.

Nestes casos já me acostumeique quando tudo que se verificaestá bom, trocou-se o compo-nente que deveria ser o culpadoe o defeito insiste em continuar,a melhor coisa a fazer é esfriar acabeça, dar um tempo e reco-meçar outro dia.

Assim foi feito, deixei para odia seguinte a tentativa desolucionar o problema o que medaria tempo para conseguir al-guns materiais que poderiam, emúltima instância, ser necessáriospara espantar os fantasmas quepodiam estar habitando o TV, taiscomo crucifixo, água benta, salgrosso e dentes de alho.

Ainda bem que não foi neces-sário uasr esses “acessórios” jáque ao chegar no dia seguintecom a cabeça fria, comecei aanalisar todos os acontecimentosrelativos ao TV mal assombradoe conclui que se, após a trocada EEPROM, o dito cujo funci-onou perfeitamente durante todoo dia e só voltou a apresentar odefeito no dia seguinte quandofoi colocado na bancada de tes-tes. A única coisa que ocorreracom o TV entre estes dois even-tos, fora o transporte de umabancada para outra. Um aparelhoque apresenta defeito após otransporte, lembra uma coisamuito comum desde que os apa-relhos eletrônicos começaram aser produzidos em série: soldafria.

Dito e feito, após uma ins-peção minuciosa na placa ondeficava a EEPROM, localizei umasolda fria (quase gelada) numdos fios que interligavam estaplaca com a placa principal.

Ressoldado o fio solto (como osclientes adoram isto), o TVvoltou a funcionar perfeitamenteapós vários dias e foi finalmenteliberado. O tal fio era justamentea linha de +5volts que trazia aalimentação para a EEPROM eobviamente sem a tensão dealimentação, a EEPROM nãopoderia memorizar nenhum dadoque a ela fosse confiado.

Este até que não foi tão as-sombroso mas, espero que te-nha acrescentado algo mais aosseus conhecimentos como tam-bém acrescentou aos meus àépoca em que o fato ocorreu.

Até breve, se Deus quiser!

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R a p i d i n h aVocê pode utilizar uma

Lâmpada Neon para verificar seo Oscilador Horizontal está fun-cionando. Aproximando a lâm-pada do Fly Back ela deveráacender o que indica que o tran-sistor de saída horizontal estácomutando.

E´um teste bem simplesmas funciona.

Page 4: Boletim Set Out

O QUE IMPORTA MAIS: OS “MÚSCULOS” OU O “CÉREBRO”?

Volta e meia escuto algumtécnico dizendo que colocou umtransistor “mais forte” e mesmoassim, não adiantou nada, quei-mou do mesmo jeito.

A turma se habituou em“olhar” num transistor apenas acorrente máxima de coletor e atensão coletor-emissor que elesuporta e pronto. Alguns maiscuidadosos ainda dão uma certaatenção para a potência. Preo-cupação com o hfe já é coisapara técnicos bem avançados.

No tempo das fontes linea-res e dos televisores de tela pe-quena até que dava pra pararpor aí.

A coisa começou exigir maisquando entraram as fonteschaveadas. As atinguinhas erambem “mais mansas” e ainda davapra ir enrolando.

As telas aumentaram detamanho, os tubos foram fican-do cada vez mais planos e emcontra partida as deflexões ho-rizontais foram ficando mais crí-ticas.

E os monitores ? A freqüên-cia de deflexão foi subindo à me-dida que as resoluções foramaumentando. Já pensou nisto ?

Tudo isto criou novas exi-gências para os dois “sujeitos”que vão ter que aguentar o tran-co e são eles justamente o “pro-tagonistas” do título desta ma-téria.

Novos tempos passaramexigir que você passasse a sepreocupar também com parâme-tros dos transistores que no pas-sado ficavam por conta apenasdos projetistas: os tempos dechaveamento.

Os circuitos mecionadosutilizam o transistor como chaveo que significa que ora ele estarácortado (corrente de coletorzero) e ora ele estará saturado(corrente de coletor máxima con-forme o circuito exigir).

O problema é o tempo queo transistor leva para passar deum estado para outro. Ele nãocorta ou satura num estalar dededos e se o circuito for “rápi-

Paulo Brites

do” o transistor precisará operarnuma velocidade igual ou maior.

Em princípio, quem tem quesaber isto é quem está projetan-do o circuito e não você que iráapenas substituir o transistororiginal por outro original.

E cadê o original ? É aí queas coisas vão se complicar. Coma proliferação de produtos nomercado muitas vezes você nãoencontrará o tal original e teráque apelar para o famoso subs-tituto ou equivalente.

Neste momento você deve-rá começar a olhar as caracte-rísticas principais que são cor-rente, tensão e potência (“mús-culos”) mas, não se esqueça decomparar os tempos de chave-amento (“cérebro”). Não vá naconversa do lojista com aquelepapo de que “este é mais forte”.

Recorra aos data sheets dosfabricantes e faça as devidasanalises e comparações.

No meu livro “Fly Backs &Circuitos de Deflexão Horizontal”há informações interessantessobre este assunto. A propósito,vá no meu sitewww.avbrites.hpg.com.br e bai-xe uma errata deste livro.

E as tabelas de equivalên-cia ajudam ?

Nestes casos geralmentenão. Quem prepara estas tabe-las costuma se preocupar ape-nas com o os “músculos” (talvezquem faça as tabelas não tenhacérebro !!!).

Eu disse para você recorreraos data sheets dos fabricante

e você pode querer perguntar:onde encontrá-los ?

Exatamente no lugar ondese guardam todos os segredosdo mundo hoje em dia: - naInternet.

Os fabricantes de semicon-dutores não costumam escon-der o jogo como alguns fabrican-tes dos aparelhos que fazem umgrande mistério das informaçõestécnicas dos seus produtos evocê poderá baixar os tais datasheets na Internet.

Então lá vão alguns ende-reços pra você começar:

www. philips.semiconductors.com

www.allegromicro.com

www.fairchildsemi.com.

www.irf.com

www.sec.samsung.com

www.st.com

e quando não souber por ondecomeçar recorra ao “São Google”

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Siga estes conselhos(por enquanto são degraça, aproveite) e

talvez não tenha maisproblemas

relacionados com estescircuitos.

O som tá sem conserto ?

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Page 5: Boletim Set Out

Você tem Medo de TV Sony ?Eu já escrevi várias vezes

sobre a questão do reparo dasfontes dos televisores Sony mas,ainda continuo recebendo asmesmas perguntas e escutandoas mesmas ladainhas: “troquei ostransistores e eles queimaram denovo”, dizem-me, constantemen-te, os técnicos desesperadoscom o prejuízo.

O primeiro ponto a conside-rar no reparo destas fontes é,sem dúvida, a procedência dostransistores e a observação quevocê está utilizando o transistorcorreto para o modelo ou chassique você está tentando reparar.

Eles parecem que são to-dos iguais mas, não são. A ta-bela abaixo irá ajudá-lo nestaidentificação. Quanto à proce-

dência, o melhor é recorrer a u-ma autorizada Sony.

Uma vez tenha conseguidoos transistores corretos e con-fiáveis, não os troque imediata-mente sem antes verificar se nãohá nenhum componente em curtono secundário. Entre eles, dê es-pecial atenção para o transistorde saída horizontal e o fly back.A melhor opção é utilizar um HR

Se você tem dúvidas, o me-lhor é alimentar o TV com fontesexternas através de lâmpadasérie e verificar se está tudo emordem. Este procedimentoembora trabalhoso, reconheço,pode “salvar” o seu bolso.

Tendo decido por encarar afonte verifique os capacitores(quanto aos eletrolíticos a me-lhor opção é trocá-los) e não

deixe de examinar os ferrites dosdois transformadores , bem comoas soldas dos respectivos termi-nais (refaça-as).

Vencida esta etapa prelimi-nar, parta para a guerra e tro-que os bichinhos. Ligue o TV a-través de uma lâmpada série a-dequada e cruze os dedos (nãoque eu seja superticioso mas, di-zem que ajuda !).

Se você for um sujeito mui-to azarado poderá ter problemascom os VDR mas, se você andaagindo direitinho e está em diacom o Chefão lá de cima tudodeverá funcionar bem.

Desconheço uma maneirasimples e precisa de avaliar osVDRs mas, se eles idicarem re-sitência baixa torque-os. Eles sãoresistores variáveis com tensão(Voltage Depedent Resistor).

Se durante a fase de ob-servação a lâmpada série come-çar a dar umas piscadas fortes émelhor tirar os seus transistores(bem caros por sinal, quando sãooriginais mesmo)e despachar oTV para um técnico que não tenhalido esta matéria porque tudo in-dica que o tubo está querendoaprontar e aí ... olha os tran-sistores queimando de novo e sóresta sentar e chorar !

Como dica final guarde isto:

2SC4056 não substitui 2SC48332SC4833MNP pode sersubstituído por 2SC4834MNPmas, a recíproca não vale.

Paulo Brites

Quer saber mais ? Leia minha matéria na Revista Antenna 1188 eaproveite para corrigir a informação referente aos transistores2SC4833 e 4834 que saiu invertida.

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Page 6: Boletim Set Out

A Importância do Núcleo de Ferrite no Fly Back

Paulo Brites

Creio que ninguémdiscordará de que ao fazerestá ‘afirmativa’ pareço estarquerendo reinventar a roda.

Ora, se o núcleo de fer-rite não fosse importante elecertamente não estaria lá.

Agora, eu perguntoquem, em sã consciência, jáparou pensar neste assuntoquando o transistor de saídahorizontal está queimandoreincidentemente?

Este item me chamou aatenção recentemente quan-do eu fazia uma demonstra-ção da utilização do Provadorde Fly Backs da HR em umaturma de um dos meus cur-sos de reparação de monito-res.

Sempre que se trata doreparo de televisores ou mo-nitores um assunto que logovem a baila é o teste do flyback.

A HR possui dois instru-mentos bastante interessan-tes para avaliação de flybacks. São eles o simuladorTVDST e MONDST, 32 kHz. Aprincipal diferença entre osdois é a freqüência do oscila-dor que no caso de TV é daordem de 15 KHz e no moni-tor 32 kHz.

Estes dois simuladores a-lém de indicarem cinco pos-sibilidades de falha, ainda a-presentarão no display o va-lor da alta tensão gerada na

‘chupeta’ caso o fly back es-teja em bom estado.

Durante a demonstraçãonão prestei atenção e utilizeium fly back em que estavafaltando um pedaço do fer-rite.

Ao alimentar o simuladora alta tensão mostrada nodisplay foi de 53 kV.

Isto mesmo, cinqüenta etrês mil volts !

Assustei-me com o valore desliguei o simulador ime-diatamente.

Só aí é que observei queparte do ferrite tinha ‘desapa-recido’. Para que os alunosacreditassem na demonstra-ção peguei outro fly back iguale aí sim, medi 26 kV.

O ‘erro’ cometido teve oseu lado positivo pois, serviupara chamar a atenção decomo o núcleo é importante.

Agora imaginem aquelesfly backs baratinhos marca‘xing-lig’, será que podemosconfiar que o núcleo coloca-do tem as característicasmagnéticas corretas ?

Outra questão para aqual precisamos ficar atentosé para a distância do entre-ferro porque ela também iráinfluenciar nas tensõesgeradas.

Este fato fez me lembrardos antigos televisores Philcochassis CPH02 cujo grampode fixação do ferrite enferru-java e uma parte do núcleose desprendia.

Está aí, certamente, omotivo para a queima do sa-ída horizontal quando um pe-daço do núcleo se soltava.

Este pode ser mais umdetalhe a ser levado em contaquando você estiver tendoproblemas com o estágio Ho-rizontal.

Uma ponta para medidade alta tensão pode ser muitoútil na bancada do reparador.

Se você quiser sabermais sobre fly backs e está-gios de deflexão horizontalrecomendo uma leitura domeu livro sobre o assunto.

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Page 7: Boletim Set Out

Ano I - Nº 2 Informativo Técnico Distribuição Gratuita Nov / Dez 2003

O Técnico de TV e o Reparo de Monitores

Uma alternativa para os téc-nicos de TV é, sem dúvida, o re-paro de monitores de computador.

Estes profissionais levam umacerta vantagem sobre os chama-dos “técnicos” de computador, poisjá têm experiência em manuten-ção e conhecimento de circuitoscomuns ao TV e ao Monitor.

E por que eles ainda rejeitama idéia de se especializarem na re-paração de monitores ?

O principal motivo talvez es-teja relacionado com a falta deintimidade com o computador. Te-nho tentado mostrar a estes pro-fissionais a necessidade mais doque urgente de se “renderem” àinformática. Para quem já lida comaparelhos eletrônicos tais comoTVs é muito fácil se familiarizarcom computadores.

Pessoas sem nenhum conhe-cimento de eletrônica se arvorama montadores e “reparadores” decomputador e ganham a vida comesta atividade. E por que vocêque já é técnico de TV ainda temmedo de computador ?

Para aqueles que já estão“intimos” dos bits e bytes vamos aalgumas dicas para repararmonitores.

Por que o Led fica piscando eo monitor não acende?

A partir do Windows 95 os mo-nitores passaram a ter um pro-grama de gerenciamento de ener-gia que depende dos sinais desincronismo horizontal e verticalpara ativar completamente suasfontes.

A falta destes sinais fará comque o LED do painel do monitor fi-que piscando e a tela apaguequando ele não está ligado à CPUou a alguma “coisa” capaz de ge-rar estes sinais.

Não fique apavorado pensan-do que você vai gastar muito parater uma CPU só para testar moni-tores. Qualquer 486 que você en-contra atualmente até na lata dolixo pode lhe prestar um bom ser-viço como “gerador de sinais” paramonitores. Este micrinho, rejeita-do pela turma que só pensa emgigahertz (e, às vezes, nem sabeo que é isso) será muito útil nasua bancada. Você deverá “em-butir” no seu micro de bancada al-guns programas de teste que vocêencontra na Internet.

Antes de prosseguir vou lhedar dois conselhos, embora se digaque eles não se devam ser dadosinsisto em quebrar esta regra.

Não pegue o computador doseu filho, filha, esposa ou seja láquem for, para testar os monitoresque estiver consertando. Não mis-ture as coisas. A sua bancada nãotem nada a ver com a sua família.Outra dica importantíssima, JAMAISpegue a CPU do cliente e leve praoficina para testar o monitor. Vocêpoderá se meter em grandes con-fusões.

Uma outra idéia bem mais sim-ples e mais prática (e mais baratatambém) é utilizar um gerador desinais para monitor. Este geradornão tem nada a ver com o seu ge-rador de TV (se é que você temum).

E onde conseguir este gera-dor ?

Aqui no Brasil ele já é fabri-cado pela SONYTEL . A vantagemdo gerador sobre a CPU, além do

preço relativamente baixo, é o ta-manho e a simplicidade de opera-ção.

Numa pequena caixinha ali-mentada por quatro pilhas comunsou uma fonte externa de 9 voltsvocê terá R, G, B e Brancosaturados, Color Bar, “tabuleiro dedama” e tela quadriculada. Terá apossibilidade também de selecio-nar as três resoluções mais co-muns: 640 x 480, 800 x 600 e 1024x 768.

Outro equipamento útil parasua bancada de reparo de monito-res é um testador de cabos de si-nal (este você encontra na Áudio& Vídeo Brites).

Quando você receber um mo-nitor para reparo que mesmo ali-mentado com sinal, seja da CPUou do gerador Sonytel, ficar como LED do painel piscando e a telaapagada sugiro que teste o cabode sinal antes de abrir o monitor.

Você pode estar pensandocomo vai testar o cabo sem abriro monitor se, nos monitores atu-ais, ele sai lá de dentro. Não sedesespere, o testador de cabos daÁudio & Vídeo Brites faz isto rapi-dinho. Se você não tem o testa-dor, então abra o minitor e utilizeo método, bem mais trabalhoso, demedir a continuidade com oohmímetro.

No site www.avbrites.com.brvocê encontra a configuração des-te cabo.

Para cabos plugados externa-mente a opção mais rápida e tro-car o suspeito por um reconheci-damente bom.

Mas, o que o LED piscandotem a ver com o cabo de sinal ?Era isso que você queria pergun-tar ?

Eu já respondi lá atras, masnão custa repetir.

Os sinais de sincronismo hori-

www.avbrites.com.br

Paulo Brites

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6000 exemplaresO conteúdo das matériasaqui publicadas é de respon-sabilidade de seus autores. [email protected]

E o sonho continua ...

Nesta segunda edição donosso boletim estamos procu-rando incentivar o técnico re-parador de TV a abrir novoshorizontes trabalhando comequipamentos de informáticatais como monitores e impres-soras.

São possibilidades que nãodevem ser menosprezadas epor isso, apresentamos duasmatérias com este foco.

Começamos a receber oretorno dos técnicos interes-sados em não perder o bole-tim e querendo saber comofazer.

Por enquanto, não temoscomo atender a pedidos de as-sinatura nem tão pouco envi-ar pelo correio.

O Boletim nº 1 poderá serobtido em nosso site.

Fique de olho na loja ondevocê costuma encontrá-lo e sevocê for um cliente vip quemsabe o balconista não guardaum para você.

A próxima edição devechegar as lojas na segundaquinzena de fevereiro.

Paulo Brites

Editorial

zontal e vertical são utilizados (tam-bém) para reduzir as tensões das fon-tes do monitor e apagá-lo quando amáquina fica muito tempo ociosa.

Assim, se o cabo de sinal estiverpartido ou com certos pinos doconector quebrados, o monitor inter-pretará esta condição como ausên-cia de sinais de sincronismo.

Estes dois sinais passarão pelomicro controlador do monitor que porsua vez irá controlar as tensões dafonte.

Isto é chamado DPMS - DisplayPower Manager System ou em portu-guês Sistema de Gerenciamento deEnergia.

O DMPS opera em quatro níveis- on, stand by, suspend e off e estesníveis dependem da presença dos pul-sos de sincronismo horizontal e verti-cal.

Quem manda para o monitor ossinais de sincronismo é a placa devídeo que está na CPU. A placa devídeo por sua vez depende da placamãe.

Permitir que o monitor desligueou não quando o computador fica oci-oso é uma opção do usuário que podedefinir, através do comando degerenciamento de energia, após quan-to tempo de ociosidade, ou seja, semutilizar o computador, o monitor serádesligado. Há ainda a possibilidade dedefinir como não desligar nunca.

Este comando que o próprio usu-ário pode fazer só passou a serpossivel a partir do Windows 95.

Todavia, não basta o usuário ati-var o comando é preciso que omonitor esteja preparado para acei-tar esta condição e só os monitorespós 1994 (aproximadamente) contamcom DPMS.

O conjunto formado pelo siste-ma operacional (Windows), placa mãee placa de vídeo é que irá manipularos sinais de sincronismo e decorrido o“tempo de ociosidade”, que foi confi-gurado no computador, a placa devídeo comecará desl igando osincronismo horizontal, porém man-tendo o sincronismo vertical ativo

Esta condição é chamadastandby na qual algumas tensõesda fonte serão reduzidas.

Se dentro de aproximadamen-te 1 minuto, ninguém tocar nomouse ou no teclado a placa devídeo ativará o sincronismo hori-zontal e desligará o sincronismovertical.

Este segundo estágio é cha-mado suspenso e as fontes terãoas suas tensões mais reduzidas ain-da.

Novamente se dentro de maisalgum tempo não houver manipu-lação do mouse ou do teclado, aplaca de vídeo desligará os doissincronismo. Nesta condição omonitor é colocado no modo cha-mado desligado onde até a tensãode filamento será reduzida.

Por isso, ao ser tocado omouse ou teclado, o monitor de-mora mais a “voltar à vida”

Cada estágio do DPMS tem umnível diferente de economia deenergia cujos percentuais diferemum pouco de um monitor para ou-tro.

Você precebeu que ao atingiro último estágio do DPMS a ten-são de filamento também é redu-zida ?

Logo pode concluir-se que ofilamento não é alimentado atra-vés do fly back como na maioriados televisores.

Imagine que você está dian-te de um monitor com tela apaga-da.

Então lá vão algumas dicaspara resolver o problema.

1) Tem alta tensão ?Se a resposta for SIM verifi-

que se o filamento está aceso. Seestiver apagado verifique a ten-são de filamento que vem da fon-te. Caso esteja com zero volts oumuito baixa troque o capacitoreletrolitico da fonte na linha de 6,3volts e verifique o circuito entre afonte e o filamento.

2) Tem alta tensão e o fila-mento acende ?

Verifique o pino de entrada datensão de contraste no C.I de RGB.

Está tensão vem do Fly Backatravés do pino de ABL.

Verifique cuidadosamente to-dos os componentes neste cami-nho. Por enquanto é só, breve-mente tem mais.Sites para obter programas de teste: www.freepctech.com/

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Page 9: Boletim Set Out

Certo dia um cliente me ligousolicitando que eu fosse verificarum problema que estava ocorrendocom seu vídeo cassete quesegundo ele, “estava com medode escuro”.

Avisei-o (ao cliente, não aovídeo) que eu até iria à casa delepara dar um parecer superficialsobre o estranho problemareclamado, mas não faria o reparono local, pois é praticamenteimpossível o reparo de um VCR naresidência do cliente, a não ser emcasos do tipo “cabeça suja”.

Com o aval do cliente, para aretirada do equipamento caso fossenecessário, marquei um horário quefosse conveniente para ambos.

A propósito, você já viualguém dizer para o médico,dentista ou advogado a que horasdeseja ser atendido?

Ao chegar à casa do cliente,verifiquei que aparentemente o VCRapresentava um defeito mecânico,pois o mesmo rejeitavasistematicamente qualquer fita quefosse introduzida em seu box.

O curioso é que se abríssemosas cortinas ou acendêssemos asluzes da sala onde estava o VCRele funcionava perfeitamente.

Como provavelmente isto seriaapenas mais uma daquelas tristescoincidências, retirei o VCR para aoficina e no caminho fui pensandoquais poderiam ser as alternativaspara a solução daquele defeito.

Ao retornar à oficina com oVCR, coloquei o dito cujo nabancada e ao ligá-lo na tomada etentar introduzir uma fita no box amesma entrou e imediatamente foiejetada. Neste momento pudeobservar que o ícone do mostrador

que indica “fita dentro” (umpequeno retângulo no formato deuma fita cassete) estava acesoembora o box estivesse na posiçãoeject.

Antes que alguém queiramandar um e-mail para redaçãoperguntando, eu mesmo vou fazera pergunta e responder:

Com a luz da oficina acesa, oVCR funcionava?

Resposta: - Não, na oficinacom a luz acesa o equipamentonão repetia o comportamento(mau) apresentado na casa docliente, ou seja, continuava comdefeito.

Isto me levava a crer que oacontecido na casa do clientetinha sido realmente meracoincidência.

Neste momento passei aosprocedimentos de praxe namanutenção de qualquer VCR, ouseja, abrir o aparelho, fazer umainspeção visual e providenciar umarevisão mecânica já que +/- 75%dos defeitos em um VCR estãorelacionados a problemasmecânicos e não eletrônicos.

Assim foi feito. Após adesmontagem da mecânica,procurei a “famigerada chave demodo” que dá arrepios em muitos“colegas” quando a mesma tem queser removida de seu local para adevida “limpeza”. Um pontointeressante neste VCR (esquecide dizer que o vídeo era um SEMPX570) é que a chave de modo ébem diferente das queencontramos na maioria dos vídeoscassetes. Ao invés de ser rotativa,deslizante ou óptica como emalguns vídeos SHARP, nesteequipamento ela é formada porduas micro switchs com doisbraços plást icos que são

encaixados no mecanismo e quede acordo com o posicionamentodo mesmo abrem e fecham gerandoinformações do movimento domecanismo para o SYSCON do VCR.Embora este tipo de chave nãoapresente muitos problemas,apliquei um fluído de limpeza nasmesmas para evitar retornosfuturos, troquei a correia detração, lubrifiquei os pontosbásicos do mecanismo e remonteio mesmo sobre a PCI do VCR.

Ao ligar o vídeo ele passou afuncionar satisfatoriamente emtodos os testes que realizei. Sórestava colocar a tampa, osparafusos, ligar para o cliente epassar-lhe o orçamento. Para nãofugir a um dos itens das Leis de“Murphy” que diz que: - Se existiruma única chance de ocorrer algode errado ao término de um serviço,então certamente irá ocorrer algode errado – resolvi testar o VCRdepois de todo fechado.

Quando ligo novamente o VCRjá fechado, ele voltou a apresentaro mesmo defeito que era reclamadopelo cliente.

E agora?Estaria a tampa do VCR com

defeito?Antes de chamar o Padre

Quevedo para exorcizar os mausespíritos que podiam estarhabitando o vídeo, passei a utilizarum recurso muito útil na bancada,o “raciocínio”!

Na casa do cliente o VCR sófuncionava quando exposto à luzque entrava pela janela em frentea estante onde estava o dito cujoe também quando se acendiam asluzes que eram do tipo “Spot” eque iluminavam diretamente a talestante. Na bancada, sem atampa, a luz incidia diretamente

O Vídeo Que Tinha Medo de EscuroColaboração Fernando José

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Page 10: Boletim Set Out

O som tá sem conserto ?

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“Sumiu” o CI de Saída ? E aquele toca discos que“não funciona” no AIWA ?

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sobre o mecanismo do VCR. Apartir desta análise, só se podiatirar uma conclusão: - o problemaestava nos sensores do Box !!!!!!

Desmontando novamente oVCR e removendo o mecanismo domesmo, passei a observar maisatentamente a disposição dossensores que neste aparelho, sãomontados na PCI principal erecebem a luz infravermelhaproduzida pelo “led sensor” atravésde uma espécie de prisma deacrílico que desvia a luz do led quesobe em linha reta, tanto para aesquerda quanto para a direitaatingindo desta forma os dois fotostransistores receptores de luzinfravermelha.

Observando melhor o prismamontado no centro do mecanismo,constatei que o mesmo estavaembaçado, sem brilho . Apóspassar um pano umedecido comlimpa vidros, montei o mecanismonovamente no devido lugar ecoloquei a tampa.

Felizmente agora, ao colocara fita, a mesma era recolhida paradentro do vídeo e passava a sercarregada no mecanismo.

Uma solução simples para umdefeito bastante simples (depoisque se descobre o que é, hihihihi).

Fica aqui um lembrete:Observe bem o estado geral domecanismo dos vídeos cassetes,pois é bem provável que após uma

boa e atenta inspeção visual, vocêdê de cara com o problema.

Para finalizar, o vídeofuncionava na casa do cliente coma luz acesa ou com as cortinasabertas porque devido a posiçãoem que o mesmo ficava, ailuminação natural ou artificialincidia diretamente na parte frontaldo aparelho e acabava por passarpelas frestas da porta do box eatingia o prisma indo atingir ossensores do box.

A partir deste dia o vídeonunca mais teve medo do escuro!

Um abraço a todos e até apróxima edição (sem medo deescuro).

????

Ora, que venham os DVDs

O melhor investimento emmarketing que sua empresapode fazer é promover a reciclagem dos profissionaisda sua região para que elescontinuem trabalhando ecomprando em suas lojas. Faça um contato e nós ire-mos a sua cidade para umtreinamento de um dia. E´mais barato do que vocêpode imginar.Paulo Brites (21) 2233-6369

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Eles estão começando a ba-ter às oficinas e deixando algunstécnicos confusos quanto ao quefazer.

Não devemos esperar aqueleboom que aconteceu com os vídeocassetes nos anos oitenta e no-venta porque esta nova tecnologiade deixar pouco espaço para re-paração já que os fabricantes, emgeral, não fornecem peças de re-posição para forçar a compra deum modelo novo.

Entretanto, se o técnico forexperiente estiver atualizado nãosó com a tecnologia, mas tambémcom seus hábitos de trabalho esuas ferramentas poderá resolveralguns problemas.

Dia desses um dos nossos alu-nos levou um Philips DVD607 quehavia ganho de um cliente pois a

autorizada passará um orçamentode “apenas” trezentos e cinqüen-ta reais !

O cliente inconformado resol-vera comprar outro aparelho deoutra marca (como se isto signifi-casse alguma coisa) e doará o“maldito” para o nosso aluno.

O sintoma era o mais comumcom os DVDs: congelamento deimagem após alguns minutos dereprodução.

Como estou consciente e te-nho provas de que o principalmen-te defeito dos aparelhos atuais re-side na má soldagem das placas(viva a alta tecnologia, assim agente pode continuar ganhandodinheiro) resolvi fazer uma “expe-riência” com o consentimento doatual dono.

Este ponto é importante. E´bom que se estabeleça uma cum-plicidade entre o técnico e o cli-ente caso alguma coisa dê errado.

Há anos venho resolvendo

problemas em placas com CIs SMDresoldando estes CIs com osoprador térmico HL-500 da Steinel.

Levei fé que resolveria maisuma vez um caso que para mimsoava como uma provável solda friae não teríamos que trocar a “pla-ca MPEG” como diagnosticara aautrorizada.

Providenciei então um cuida-doso reaqecimnento dos CIs MPEG,SSP e DSP com o auxilio do arquente do soprador.

E o que vocês acham queaconteceu ? Funcionou, é claro,senão não estaria contando estecaso aqui.

Os técnicos reparadores deprodutos eletrônicos parecem terentrado na onda dos técnicos decomputador que só sabem trocarplaca.

Se tivessem efetuado o repa-ro da PCI e cobrado menos o cli-

ente certamente teria aceitado.

?????????????????????????????????????

PAULO BRITES

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Page 11: Boletim Set Out

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Uma Ajuda para Verificar a Fonte dos Televisores CCE HPS 1402 e 2004Paulo Brites

A fonte destes televisores édo tipo paralelo, isolada da rede(o secundário) e muito parecidacom diversas fontes atuais.

Uma das características des-tas fontes é “se fingirem de mor-tas” (nenhuma tensão nos secun-dários) quando alguma carga estáconsumindo acima das especifica-ções da fonte.

Algumas delas, não é o casodesta, também ficam “mortinhas”quando lhe desligamos as cargas.

Um erro muitocomum que temsido cometido pelosreparadores é ficarprocurando defeitosna fonte e partir logopara troca do tran-sistor chaveador edo circuito integra-do responsável pelochaveamento domesmo.

O primeiro pas-so na fonte em ana-lise é desligar as car-gas o que pode serfeito faci lmentedesconectando osseguintes compo-nentes: R822, R823,R821 e L803, bem como o jumperJC-2.

Desligados este componentes,se o problema estiver em algum doscircuitos alimentados por estas li-nhas deveremos ter os 16 v (emcima de C831) e o +B (103 v paraHPS 1402 e 125 v para HPS 2004)normalizadas.

Entretanto, precisamos olhara questão por um outro ângulo. Sea fonte estiver com problema deestabilização é possível que astensões se normalizem ao desligar-mos as cargas, mas voltem a cairquando as religarmos.

Uma das maneiras de eliminaresta dúvida é alimentando comfontes externas. Já descrevi estemétodo em artigos meus na Revis-ta Antenna e nos meus cursos so-bre fontes chaveadas, portantonão vou repeti-lo aqui.

Se o uso das fontes externasfizer o televisor funcionar, então afonte está mesmo com defeito e éhora de partir para o ataque, masvá com calma, nada de sair tro-cando peças de qualquer maneira.

Se com as cargas desligadasa fonte continua “morta” o pro-blema certamente recai no primá-rio. A partida desta fonte é feitapela polarização inicial do pino 7do IC 801 (UC3842 B). A propósitoeste B é importante. Os compo-nentes responsáveis pela polariza-ção do IC801 e portanto, pela par-tida são: o resistor R 801, o zenerDZ801, o resistor R802 e os capa-citores C805 e C813 (verifique oESR ou na dúvida troque-os pornovos). Mas, não vá tirá-los da-quela sucata velha que é o mesmoque trocar seis por meia dúzia !

Se o Q801 estiver em curto émuito provável que o IC801 tam-bém tenha “dançado” e eu no seucaso trocaria os dois sem pesta-nejar.

Se a fonte está funcionando,mas de forma anormal podemos terduas situações: tensões acima ouabaixo do nominal. Nestes casosdevemos ter uma falha no circuitode regulação e os responsáveissão: o regulador IC 802, o fotoacoplador IC803 e ... não esqueça

de verif icar osresistores envolvidosna polarização dessescomponentes.

Se as tensõesestão abaixo do nor-mal o problema podevir do pino 6 dochopper T801. Exami-ne os componentesque vão ao pino 4 deIC801. Aliás os com-ponentes FR801 eD805 são responsá-veis pela sustentaçãoda fonte e se tiveremcom problema ela vaitentar partir e “mor-rer” em seguida.

O pino 3 de IC801é chamado sense e sua finalidadeé monitorar o consumo da fonteatravés dos componentes quesaem do dreno. Verifique todosestes resistores com muito cuida-do. Nunca confie em um capacitorcerâmico mesmo que seuohmímetro indique que ele nãoestá em curto ou com fuga. Quan-do você já estiver a ponto de ba-ter com a cabeça na parede, tro-que-os.

Meça os pinos 1 e 2 de IC801 que devem medir em torno de8 a 9 Volts. .

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Page 12: Boletim Set Out

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Se puder verifique com o os-ciloscópio se há variação de fre-qüência no pino 6. Havendo umavariação verifique todos os com-ponentes do pino 6 até o gate deQ801. Se o “pino estiver parado “

o jeito é trocar o IC 801.Jamais faça isso: - Não re-

tire, em hipótese alguma, o resistorR820 (círculo pontilhado no esque-ma). Este resistor é o responsávelpela polarização do circuito que

regula a fonte. Se você removê-lo(ou ele se alterar) as tensões vãopara o espaço !

Siga estas dicas e depois meconte se valeu a pena.

Tchau ... ?

Muitos técnicos de TV e somsão questionados pelos seusclientes sobre a possibilidade deleconsertar uma impressora jato detinta, que do “nada” parou defuncionar ou simplesmente passoua imprimir sem a mesma qualidadede antes aprsesentando manchas,falhas, borrões ou coisa do tipo.

Defeito comum e de soluçãosimples que você deixa de executare ganhar um “troquinho” a mais.

É estranho como a maioria dostécnicos que consertam muito bemum vídeo cassete com todosaqueles sensores e engrenagens,se assustam e recusam o consertode uma simples impressora jato detinta. É isso mesmo, simples !

O mecanismo de uma impressoraé tão simples que no máximo meiahora de briga o técnico põe ela“novinha em folha “ outra vez.Querem ver? Um defeito muito comum nasimpressoras HP da série 600 quedeixa o usuário apavorado, équando a impressão sai todaborrada, como na figura abaixo Relaxe, pois você não vaiprecisar nem mesmo desmontar aimpressora para resolver isto.

asta seguir algumas regrinhasbásicas e $alvar a grana do dia. Este defeito é causado pelo

acúmulo de poeira e outros resíduosna parte inferior do carro deimpressão que é aquela peça quesegura os cartuchos de tinta e semovimenta de um lado para ooutro. Para ter acesso ao carro deimpressão você deve l igar aimpressora, levantar a tampafrontal e aguardar que o carro pareno meio da impressora. Esteprocedimento é o mesmo para trocade cartucho. Assim que o carroparar, você deve desl igar aimpressora na tomada, pois sevocê desligar no painel o carrovoltará para a posição inicial. Retire os cartuchos comcuidado e com o auxílio decotonetes e água destilada, limpea parte inferior do carro deimpressão como mostra a figuraabaixo. Aproveite também para limparas extremidades dos cartuchos detinta. Só as extremidades, porquea parte da cabeça de impressão,por onde sai a tinta não se devepassar nada, pois corre-se o riscode danificar os injetores de tinta.

a impressora e imprimir uma páginade teste. Aí você pode meperguntar, mas e eu que ainda nãotenho um computador na oficina(ainda não ???) , como é que eufaço?

Muito simples, a maioria dasimpressoras têm auto-teste, queé um procedimento que permite aimpressão de uma página sem anecessidade de ter um computadorconectado a ela. No caso da HP série 600,basta que você ligue a impressorae depois pressione o botão do papelpor alguns segundos até você ouvirmovimento e ela imprimirá umapágina de teste através da qualvocê poderá avaliar o resultadodo seu trabalho. Se a impressora estiver muitosuja você deve tentar convencero cliente da necessidade de umamanutenção “mais profunda”. Se ele não aceitar talvez sejamelhor nem cobrar pelo servicinhoporque em breve o problema vaivoltar a acontecer (diga isto a ele)e aí ele vai acreditar em voccê. Gostou da moleza ? Temoutras que eu conto no próximoboletim.

Um Bom Negócio: - Conserto de Impressoras Jonas Marques

Feita a “higiene” bastarecolocar os cartuchos, ligar a

Colaboração

Figuras extraídas do site wwww.hp.com.br ?

continuação de “Uma Ajuda para Verifcar a Fonte dos Televisores CCE ....

Page 13: Boletim Set Out

Ano I - Nº 3 Informativo Técnico Distribuição Gratuita Jan / Fev 2004

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Retrabalhando Componentes SMD : - A evolução da “Tecnologia” Tupiniquim !Quem não ganha em dólares

tem que ser criativo para sobrevi-ver. Se você não pode compraruma Estação Hako, porque leva-ria um século para pagá-la, cobran-do a mixaria que cobra para repa-rar os sofisticados aparelhos atu-ais, tem mesmo é que improvisarse quiser continuar sobrevivendocomo técnico reparador.

Meu primeiro contato com es-tas “centopéias e pulgas eletrôni-cas” chamadas SMD (surfacemounted devices) foi em 1988.

Eu olhava para aqueles minús-culos (naquela época, hoje gigan-tescos) C.I.s e me perguntava:-será que um dia eu vou ter quetrocar um “bichinho” destes? Comose fará isto?

Logo surgiram algumas “téc-nicas”, hoje ultrapassadas, utili-zando mercúrio (altamente tóxico)e mais adiante a “barrinha” de baixafusão.

Utilizei muito tempo a talbarrinha e até a vendia e ensinavaa usá-la. Achava-me o máximo,até que um dia ... fui atender aum treinamento da LG em São Pauloe aí me “apresentaram” o SopradorTérmico HL 500 da Steinel. (vejafoto)

Ao ver como se podia retirarum SMD de “centos pinos” em cer-ca de 2 minutos pensei imediata-mente, vou comprar uma maravi-lha destas e não quero mais saberde “barrinhas”.

Ao término da aula partimospara a Santa Ifigênia, eu e maisdois amigos e cada um de nós saiuda loja como criança com seu brin-quedo novo debaixo do braço, fe-liz da vida.

De volta à minha oficina naCidade Maravilhosa avisei para os“meus” técnicos que a vida delesiria mudar para melhor. Pensaramlogo naquelas bobagens de aumen-to de salário e eu fui logo avisan-do: - Calma, nem só de pão vive ohomem, meus filhos ! A verdadei-ra mudança é que não haverá maisaquela lambança e trabalheira pararetirar e substituir um SMD.

Começamos juntos o treina-mento e aprimoramento da técni-ca em placas de sucata.

O primeiro passo é prepararum fluxo que ajudará a não dei-xar a solda se esparramar entreum terminal e outro provocandoaquele curto invisível de conse-qüências óbvias.

Se você está com dólares so-brando pode comprar um potinhode fluxo importado, caso contráriosiga a minha receita tupiniquim.

Um pouco de breu que vocêencontra em lojas de tintas dis-solvido em álcool isopropílico.

Triture o breu para que ele dis-solva mais rápido e vá adicionan-do álcool pouco a pouco até que amistura fique parecida com um xa-rope denso e quase viscoso.

Guarde a “poção mágica” numpote com tampa e quando come-

çar a endurecer adicione um pou-co mais de álcool.

Essa mistura não será neces-sária para a retirada do compo-nente, mas terá muita utilidadequando você quiser ressoldar oucolocar um novo C.I.

Comecemos praticando a téc-nica da ressoldagem. Arranje al-gumas placas inutilizadas que te-nham C.I.s SMD para praticar.

Pegue um pouquinho do fluxocom a ponta de uma chave de fen-da e espalhe ao redor do C.I.

Agora aproxime o soprador,que deve estar com o bico de 9mm, cerca de meio centímetro dospinos do C.I e vá circulando o jatode ar quente nas quatro arestasdo mesmo.

Quando você notar que a sol-da está começando a brilhar, paree deixe esfriar naturalmente.

A pergunta que logo vem à ca-beça é: - e se tiver muitos com-ponentes pequenos em torno doC.I, eles não vão pular ?

Provavelmente sim, e aí vocêprecisa ser habilidoso e tomar umpouco mais de cuidado.

Para evitar que os resistores,capacitores e transistores próxi-mos do C.I saiam literalmente vo-ando, proteja toda a área em vol-ta do C.I com fita crepe. Uma boaidéia é usar fita pra fraldas quevocê compra em farmácia ou su-permercado. Essas fitas têm mui-to mais aderência que as fitas cre-pe comuns.

Você deve estar querendoperguntar para que fazer esta ope-ração de reaquecer os terminaisdo C.I.

Este reaquecimento funciona

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como uma ressoldagem e já meajudou a resolver muitos casossem precisar trocar o C.I.

E´claro que se eu tivessetrocado o C.I. teria resolvido oproblema, não porque o C.I origi-nal estivesse com defeito e simporque ao trocá-lo eu fiz umanova solda. Você já havia pen-sado nisso ? Acho que muita gen-te por aí troca C.I à toa!

Se você está mesmo dispos-to a retirar o C.I., basta continu-ar mais um pouquinho com osoprador ligado e circulando o arquente em torno dos pinos domesmo que ele deverá se des-prender da placa.

Bem, eu grifei deverá por-que, às vezes, não é tão fácil as-sim já que o C.I pode estar cola-do à placa com uma forte colaque o calor não é capaz de dis-solver.

O problema do C.I colado

Nesse momento é preciso seresperto e perceber que o C.I nãoestá saindo e é melhor parar.

Algumas P.C.Is (placa de cir-cuito impresso) mesmo de fabri-cantes famosos são de má quali-dade e se o C.I estiver colado evocê persistir com o calor irá da-nificar as trilhas e notará que aplaca começa a encurvar-se.

Após “muitos anos de pes-quisa” e danificar algumas P.C.Is(cobaias, é claro !) eu desenvolviuma técnica para esses casos,mas que precisa ser executadacom o auxílio de outra pessoa(Talvez a sua esposa seja a es-calada !).

Primeiro consiga um fio de co-bre fino ou uma corda de violão(de aço) e passe por baixo dastrilhas de uma das arestas do C.I.Prenda uma das extremidades dofio em algum ponto próximo. Peçaao seu (ou sua!) ajudante para

segurar a outra extremidade do fiocom um alicate de bico e manter ofio paralelo a placa. Em seguidavocê começa a aplicar o sopradorsomente nesta aresta e pede queo ajudante vá puxando o fio para-lelamente à placa até que passeentre os pinos do C.I e as trilhas.

Terminada uma aresta reco-mece o processo nas outras atéque você observe que C.I está pre-so à placa apenas pela cola.

Certifique-se de que não hámais nenhum pino soldado. Colo-que uma chave de fenda fina numadas extremidades do C.I e apliqueuma pancada forte no cabo dachave. O C.I. se desprenderá daP.C.I. Mas, atenção, não tente fa-zer alavanca com a chave pararetirar o C.I pois ele poderá partir-se e aí a coisa vai se complicar.

Colocando um novo C.I.

Retirado o C.I. suspeito, façauma limpeza na P.C.I com álcoolisopropílico e estanhe as trilhas.

Para isso você deverá utilizar o flu-xo.

Eu utilizo a Estação Wellercom uma ponta chata (nada depontas fininhas) que é passada so-bre todas as trilhas com o cuidadode não deixar “calombos” de sol-da.

Em seguida soldo duas extre-midades em diagonal e confiro comuma lupa se o C.I. está correta-mente posicionado sobre as trilhas.Mais uma “dose” de fluxo sobre ospinos e o aquecimento com osoprador, mantendo o C.I pressio-nado sobre a placa com uma pinçaou chave de fenda.

Eu prefiro soldar com a Esta-ção da Weller passando o ferro emtodos os pinos de uma só vez.Mas, nada de usar “ferrinhos” de“dez real” !

O método aqui apresentadoexige habilidade e se você preten-de trabalhar com celulares ou mais“sensíveis” talvez seja melhor usaro soprador 6966C da Weller ... nomínimo, pois ele tem temperaturae vazão de ar controlada e é antiestática. O HL 500 é um “quebra-galho”, mas resolve.

Agora, equipe-se e ... mãos àobra. Trabalhar com SMDs é maisfácil do que com C.I.s convencio-nais. Acredite !

Veja fotos no meu site

E cá estamos nós como terceiro número de nossoBoletim Técnico. Nesta edi-ção, um novo patrocinador- DIMOPEL - juntou-se ao“time” dos que acreditamque ainda há futuro na re-paração de aparelhos ele-trônicos de consumo.

T rouxemos t ambémmais um colaborador. Nos-so ex-colega da Embratel,Mauricio, que já passou pelaGlobosat como engenheirode TV e hoje leciona na Uni-versidade Estácio de Sá, as-sina uma matéria sobre oimportante tema da TV Di-gital.

Agora, só falta você,leitor.

Escreva para nós e dêas suas sugestões.

O Boletim é seu .Nossa missão é apenas

juntar os pedacinhos.Ah! Não esqueça tam-

bém de prestigiar os patro-cinadores, senão o boletimacaba!

Paulo Brites

?

Page 15: Boletim Set Out

Estamos numa era de avan-ços tecnológicos e os televisorestambém não escaparão .

- Mas afinal, onde será feitaa principal mudança na TV?

Resposta: - No sistema detransmissão.

- Mas como? Os sinais de TVnão serão transmitidos e recebi-dos por uma antena ou por cabo,da mesma forma?

Resposta: - Mais ou menos...

Trocar um sistema de TV nãoé assim tão fácil pois envolve umasérie de dificuldades técnicas queprecisam ser superadas, e tambémaltos investimentos. Em nossoslares, usamos televisoressofisticados em termos deperformance e recursos, mas aindaanalógicos sob o ponto de vistado sinal de áudio e vídeo, poisoperam nos antigos sistemas NTSCe/ou PAL-M, embora já controladosdigitalmente. Os modernosaparelhos de TV, fazem uso de umadezena de facilidades adicionais,como o controle remoto,cinescópios com tela plana e/oudisplays de plasma, memória paracanais preferenciais, teletexto(closed caption), mensagenspessoais na tela, relógio, liga edesliga programável, mas aindacontinuam analógicos em suaforma básica de apresentar asimagens.

A DTV (Digital Television)nasceu da necessidade de ade-quação da transmissão local de TV(broadcast) para um formato di-gital. A nova concepção nastransmissões de TV, permitirá maisflexibilidade por parte das emisso-ras e mais opções para o espec-

Prepare-se, vem aí a TV Digital . . .tador, além de preparar terrenopara a compatibilidade com outrastecnologias, como por exemplo,receber imagens diretamente emcomputadores pessoais e telefo-nes celulares.

Na verdade, a geração deimagens em estúdio, desde a cap-tação pelas câmeras e microfones,passando pela edição, gravaçãoaté a inserção de efeitos especi-ais, já é inteiramente digital há al-guns anos, e foi realizadagradativamente pelas Emissoras deTV. A última etapa da mudançavai atingir o sistema de transmis-são para os receptores dos usuá-rios (broadcast), visando oferecerimagens melhores áudio mais per-feito possível. Os sistemasanalógicos (no caso do Brasil, oPAL-M e no caso dos EUA o NTSC)sairão de cena, após mais de 40anos de utilização comercial, dan-do lugar à transmissão em um sis-tema digital com compressão deimagens e áudio com vários ca-nais.

Assim, no sistema DTV, o si-nal recebido pela antena será emforma de bits, e não mais a tradi-cional portadora de RF em AM comníveis de preto e branco, comsync e sub portadora de croma.Entram em cena novos conceitos,como a compressão de sinal(MPEG-2), utilizada para diminuiro número de bits transmitidos. Comtudo isso, não haverá compatibili-dade direta do sistema DTV comos analógicos PAL e NTSC, a nãoser pelo uso de um conversor, cha-mado “setop-box”. Os equipamen-tos de DVD e os decoders de TVdigital DTH (Direct to Home) viasatélite pela Banda Ku (Sky,DirecTV e TecSat), são exemplosde aparelhos domésticos que mais

se aproximam desse modelo.

Para explicar melhor, numa li-gação básica de um videocassetteVHS (Video Home System), os si-nais são totalmente analógicosdesde a gravação/reprodução dafita, sendo assim reproduzidos comfacilidade pelo TV. No entanto, nosDVD, o armazenamento dos sinaisno disco óptico é feito digitalmen-te, a leitura pelo laser é digital, oprocessamento e descompressãodos sinais de vídeo e áudio sãodigitais (em MPEG-2) mas a saídados mesmos é convertida paraANALÓGICA, para poderem ser re-produzidos nos TVs atuais. Apa-relhos de DVDs mais sofisticadospossuem vários tipos de saídas desinais para o vídeo, sejam elas emVídeo Componentes (Y, R-Y, B-Y)ou S-Vídeo, que efetivamentemelhoram a qualidade das imagens,mas não deixam de ser sinaisanalógicos. No caso dos decodersdigitais de satélites, chamados IRD(Integrated Receivers Decoders)a transmissão do sinal de TV é di-gital, assim como sua recepçãopela antena, feita na faixa de fre-qüências de 11,2 à 12,7GHz. O LNB(Low Noise Booster) converte osinal de alta frequência para umafaixa mais baixa (950 à 1450MHz)para minimizar as perdas no cabocoaxial de descida até o decoder,geralmente montado ao lado do TV.O decoder IRD faz adescompressão do sinal no siste-ma MPEG-2 e entrega o sinal desaída para o TV, após a conver-são do mesmo para analógico, emPAL-M ou NTSC. É claro que a ima-gem obtida é sensivelmente me-lhor, isenta de fantasmas edistorções cromáticas, mas nãodeixa de ser analógica.

Os três atuais sistemas de DTV

Colaboração Maurício Adriano

Page 16: Boletim Set Out

para broadcast em utilização pelomundo são o ATSC (AdvancedTelevision System Comitee) de-senvolvido e já adotado nos EUA,o DVB-T (Terrestrial Digital VideoBroadcast) usado por vários paí-ses na Europa e o ISDB-T(Terrestrial Integrated ServicesDigital Broadcast) recentementedesenvolvido pelo Japão. Esses sis-temas usam três tipos distintos demodulações: a COFDM (CodedOrthogonal Frequency DivisionMultiplexing), a 8-VSB (8 LevelVestigial Side Band) e a BST-OFDM(Bandwidth SegmentedTransmission, Orthogonal FDM).Essas modernas técnicas de mo-dulação são completamente dife-rentes das modulações AM e FMque estamos acostumados a tra-balhar, pois tratam-se de proces-sos desenvolvidos para sinais digi-tais.

A semelhança dos três siste-mas DTV existentes resume-se autilização do sistema MPEG-2, queserve de base para a etapa decompressão dos sinais, adequan-do-os para uma taxa de bits redu-zida, conveniente a cada tipo detransmissão. O sistema MPEG-2 éempregado em vários outros equi-pamentos de vídeo, inclusive nopopular DVD.

O sistema ATSC desenvolvidonos EUA, utiliza a compressão devídeo MPEG-2 e para o áudio oDolby AC-3 (5+1 canais, compatí-vel com o MPEG-2), num canal de6MHz, com modulação tipo 8-VSB,na qual uma única portadora trans-porta toda a informação do canal.

O sistema DVB-T, empregacompressão de vídeo MPEG-2, masao contrário do ATSC, utiliza acodificação de áudio original doMPEG-2 (Layer-II) com 2 canais(estéreo), por razões de flexibili-dade. O DVB-T usa modulaçãoCOFDM, que emprega muitas por-tadoras separadas, cada uma de-las responsável por uma pequena

parte da informação total do sinal.De fato, esse sistema se adaptamais facilmente a diversas aplica-ções, operando em 7 ou 8MHz, viasatélite ou em CATV (CableTelevision).

O sistema ISDB-T, também emMPEG-2, usa uma faixa de 6MHzdividida em segmentos, cada umcom um tipo de sinal. Isso possibi-lita que receptores de menor faixae complexidade possam ter aces-so a versões degradadas do sinaloriginal, como por exemplo, recep-tores em automóveis, trens e te-lefones celulares. No sistema ISDB-T a modulação BST-OFDM, dividea faixa de 6MHz em 13 segmen-tos, com várias portadoras, bemdiferente da modulação 8-VSB usa-da no ATSC, que transmite comportadora única.

Os diferentes tipos de trans-missão alteram a performance ge-ral dos sistemas, já existindo con-trovérsias quanto as vantagens edesvantagens de cada sistemaDTV e o tipo de modulação dossinais. Por exemplo, o método demodulação COFDM, que já foi usa-do com sucesso em transmissõesde áudio digital DAB (Digital AudioBroadcast) antes de ser emprega-do em TV, se mostra mais adequa-do para uso terrestrial nas faixasUHF (canais 14 à 69) emfrequências até 800MHz. Uma desuas vantagens principais é a re-jeição as interferências demultipercurso (multipath) tornan-do-o menos sujeito a falhas emáreas de recepção desfavoráveise com reflexões de sinal. Outravantagem é que como usa muitasportadoras, elas são enviadas embaixa potência, diminuindo os cus-tos com os transmissores.

O Brasil ainda não escolheuseu sistema, embora já tenha rea-lizado inúmeros testes. Tudo indi-ca que se os estudos nessa áreacontinuarem avançando no Brasil,poderemos até desenvolver (ou

adaptar) um sistema digital a al-tura dos demais acima citados. Na-turalmente, a responsabilidade dadecisão é da Anatel.

Uma característica interessan-te da DTV é quanto a degradaçãodos sinais. Nos sistemasanalógicos, em locais de recepçãodifícil, a imagem se degrada aospoucos, aparecendo os fantasmas,o chuvisco, as distorções cromá-ticas, até a perda f inal dosincronismo, impossibilitando acaptação da imagem. Com o sinaldigital, em condições de recepçãodifíceis, o sinal é recebido com er-ros, aumentando a BER (Bit ErrorRate) e o FEC (Forward ErrorDetector) do decoder passa a tra-balhar mais para compensá-los,chegando até seu limite, quandoocorre bruscamente o congelamen-to e/ou a perda total do sinal. EmDTV, praticamente só temos duascondições de apreciar um sinal: -ou em perfeitas condições ou nãose vê nada. O limiar entre as duascondições é muito pequeno e umsimples desalinhamento na antenapode causar o bloqueio do sinal,na medida que aumenta a BER dosinal recebido.

É isso aí, leitor... O sistemaque vem por aí é coisa bem mo-derna e em nada se assemelha aoNTSC e PAL-M aos quais estamosacostumados. Conceitos já bemconhecidos no mundo da TVanalógica, como campos, quadros,subportadora de croma, 1H, fasede croma e sync horizontal, de-saparecerão em poucos anos.Quando os televisores realmentedigitais (os DTV) ficarem popula-res, os sistemas analógicos entra-rão em desuso e terminarão aban-donados. Com os verdadeiros DTV,não serão mais necessários os“setops”, pois o fluxo de sinal digi-tal MPEG-2 será internamentedecodificado pelo próprio DTV.Como resultado, teremos melhoresimagens, alta resolução, áudio dealta qualidade em Dolby,

1 ANO DE GARANTIA

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Page 17: Boletim Set Out

interatividade, etc. Esses televi-sores terão o funcionamento deseus circuitos totalmente diferen-te dos atuais, uma vez que nãomais precisarão de demoduladoresAM e FM, linhas de retardo, FI,demoduladores de croma, burst,nem usarão os circuitos amplifica-dores de vídeo que conhecemos(as telas planas de LCD não preci-sam de alta tensão). É claro queaté lá, surgirão novos tipos deequipamentos DVD, para seremacoplados diretamente ao DTV eficarão populares os PVR (PersonalVideo Recorders), uma nova ge-ração de gravadores de vídeo queregistram sinais digitais em harddisk, sem usar fitas.

Os técnicos de TV do futuroe as oficinas precisarão cada vezmais dos lap tops, softwares e me-nus do que dos multímetros eosciloscópios.

Naturalmente, queremos seros primeiros a abrir um DTV des-ses e estudar seus circuitos. En-quanto este dia não chega, va-mos nos familiarizando com as no-vas siglas e procurando entendero funcionamento dos sistemas,para não sermos “atropelados” peloavanço tecnológico e ficarmos paratrás. Por favor, mandem comentá-rios dizendo o que estão achando(usem o e-mail, claro, vocês es-tão na Idade do Homo Digitalis. OHomo Sapiens, que se cuide !)

Muitos técni-cos que consertamimpressoras sempreme procuram comuma dúvida que osfazem perder o

sono e os clientes: - o terrível“ERRO DESCONHECIDO” das im-pressoras EPSON jato de tinta.

Mas afinal de contas o que éisso que faz com que técnicos ex-perientes e habilidosos em desmon-tar e montar toda a mecânica deuma impressora, se desesperemcom o tal “erro desconhecido”?

As impressoras EPSON têm umcontador interno que guarda namemória a quantidade de tintausada nos ciclos de limpeza reali-zados na impressora. Essa tinta vaise depositando num reservatórioque tem um feltro como absorventee precisa ser substituído quandosua capacidade de absorção esti-ver esgotada.

Para resolver este “defeito”,você primeiro deve desmontar amáquina e substituir o feltro ab-sorvente de tinta (tem gente quelava, seca e reutiliza o feltro) edepois reseta a impressora. Exis-tem dois caminhos para o reset:pelo painel da máquina (quandoexistir naturalmente) ou porsoftware.

Nos modelos antigos como asSylus Color 400, 600 e outras domesmo tipo, você reconhece o sin-toma pelo painel: todos os leds pis-cam simultaneamente. Essa con-dição é também conhecida como“Solicitação de Manutenção”, evocê resolve também pelo painelda seguinte forma:

* Pressionar as teclas Load/Ejecte Cleaning enquanto liga a teclaPower;

* Enquanto o led Paper Outestiver piscando pressione a teclaCleaning.

* Após esse procedimento osLeds (papel, preto e colorido) acen-

dem por 1 segundo e está resolvi-do.

Para resetar as impressorasmais modernas, EPSON 480, C20,C42 etc, a solução é via software.Você deve baixar o programaSSCLG no endereço abaixo:

http://www.ssclg.com/epson.html

Utilize a opção “ResetProtection Counter” para zerar ocontador e assim, liberar o funcio-namento da impressora. O curioso é que muitos “técni-cos” condenam a placa lógica daimpressora, obrigando os seus cli-entes a comprarem uma impresso-ra nova, já que o preço de umaplaca nova é sempre muito eleva-do.

Em outra oportunidade fala-remos mais sobre este programaque oferece também outras fun-ções, facilitando muito a vida dostécnicos de manutenção e dosrecicladores de cartuchos daEPSON jato de tinta. ????????

As Impressoras Epson e o Erro Desconhecido

?

Colaboração Jonas Marques

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Page 18: Boletim Set Out

Em qualquer profissão acaba-mos interagindo com outras tan-tas pessoas que exercem a mes-ma profissão.

O relato a seguir ocorreu háalguns anos quando eu trabalhavanuma oficina autorizada, na seçãode manutenção de vídeo casse-tes. Comigo trabalhavam mais trêstécnicos desempenhando a mes-ma função (bons tempos aquelesem que eram necessários tantostécnicos de vídeo numa mesma ofi-cina).

Cada um de nós tinha suastarefas próprias durante o expedi-ente. Porém, sempre fui parceirodos colegas de trabalho e volta emeia procurava observar se alguémestava precisando de um “apoiomoral”. Numa dessas vezes, ob-servei que um dos colegas já es-tava há alguns dias com o mesmovídeo sobre a bancada. Era o co-nhecido Semp Toshiba X470, maspoderia ser um X47, X27, X270 ouum Sanyo VHR9403 ou ainda umSamsung X45BRII. E´tudo “farinhado mesmo saco”.

Esse vídeo apresenta uma fa-lha caracter íst ica que é ainoperância total permanecendo 2ou 3 Led's indicadores do sistemade cor acesos permanentementee com o display apagado. Tal de-feito é produzido, como todosvocês já sabem, pelo capacitorC14 de 470uf/16volts ou pelo C35,dependendo da marca e modelo dovídeo (o quê ... você não sabia ?).

Esse era justamente o sinto-ma apresentado pelo vídeo queatormentava o colega. Estranhan-do a demora na solução de um pro-blema tão comum e já conhecido,indaguei humildemente "o que quetá pegando ?"

Eu já isolei o defeito, respon-deu-me, está na placa da fonte,pois já substitui a fonte do vídeodefeituoso por outra de um apare-lho que estava funcionando (bonstempos quando as fontes dosvídeos eram destacáveis do apa-relho). Ao perguntar ao colega por-que ainda não havia resolvidoaquele problema simples, recebiuma resposta seca:

- "Simples uma vírgula, já meditodos os componentes da fonte enão achei nenhum deles com de-feito".

Tentando manter a harmonia,perguntei-lhe se já havia substi-tuído o famigerado C14 ou C35 e aresposta foi mais seca ainda:

"Já medi e está bom".

E você não trocou? Insisti.

"Trocar... porquê, se ele estámedindo OK ?"

"Já medi com o multímetroanalógico a carga e descarga ecomparei com um capacitor novoe também medi com o capacímetroe a capacitância está OK". Não voutrocar peças desnecessariamente.

Sugeri que, se ele quisesse,na hora do almoço eu daria umaolhada no aparelho para ele. Meiorelutante, ele acabou por aceitare mais relutante ainda, permitiu queeu substituísse o capacitor (por umdo meu estoque é claro) que se-gundo ele estava em perfeitascondições. O colega passou de re-lutante a boquiaberto quando apóstrocar o capacitor, o vídeo funcio-nou perfeitamente. Incrédulo, eleainda insistiu que deveria ser umasolda fria e me fez colocar de vol-ta o capacitor antigo e ligar nova-mente o vídeo. Só quando ele viuque com o capacitor original ovídeo não mais funcionava é quecomeçou a se convencer de que odefeito era realmente o capacitor

C14 (ou C35).Expliquei-lhe então, que os

capacitores (principalmente oseletrolíticos) apresentam, com otempo, certas alterações internasque não são passíveis de mediçãopelos instrumentos convencionais(hoje sabemos que estas altera-ções são em relação a ESR - re-sistência série equivalente).

Sabemos também que ela (aESR) pode ser medida por instru-mentos específicos, mas não pelamaioria dos capacímetros e muitomenos pelo velho teste da cargae descarga.

O efeito da ESR é mais co-mum nos eletrolíticos que são uti-lizados em circuitos onde a fre-qüência é elevada (fonteschaveadas e circuito horizontal) ouonde o capacitor fique sujeito aexcesso de calor.

Capacitores de baixa qualida-de tem uma tendência a possuí-rem uma ESR bastante elevadamesmo quando novos. Por isso dêpreferência a capacitores de mar-cas conhecidas.

Isso explica porque algumasvezes substituímos um capacitoreletrolítico que sabidamente é ocausador do problema e o defeitopermanece o mesmo ou volta a seapresentar dias depois. Ao substi-tuirmos novamente o capacitor porum de outra marca, o defeito de-saparece definitivamente.

E o meu amigo “São Tomé”?

Bem, depois dessa acho queele aprendeu que fazer o que al-guém nos diz que deve ser feito,mesmo que não nos pareça o maislógico, pode ser o mais conveni-ente.

Deixo aqui meus agradecimen-tos ao amigo Paulo Brites que in-troduziu entre os técnicos os con-ceitos práticos sobre a ESR e per-mitiu com isso que fosse possívelsolucionar de forma simples algunsproblemas que tiravam o sono demuitos de nós !

Agora só falta ele arranjar ummétodo para se medir a ESR.

P.S. - Ele acabou de me ligarpra dizer que este instrumento jáestá a caminho. Vou dar uma olha-da no site dele agora.Tchau... ??

O Capacitor Eletrolítico que está bom, mas está ruim !

Colaboração Fernando José

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Page 19: Boletim Set Out

Ano I - Nº 4 Informativo Técnico Distribuição Gratuita Mar / Abr 2004

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Sempre defendi que, nareparação de qualquer tipo deequipamento, deve-se optar pelatroca da peça defeituosa por outranova.

Nos áureos tempos, em quereparar vídeo cassetes era umaatividade lucrativa, eu não abriachaves de modo para limpar comotodo mundo sempre fez. Eu astrocava por outras novas.

Não que me julgue melhor queninguém, mas talvez tenha sidocontaminado pela maneira de agirdos americanos após trabalhar 15anos com eles.

Já faz algum tempo que tiveque começar a rever meusconceitos, por uma questão desobrevivência, já que os preçosdas peças foram se tornando cadavez mais elevados em relação aopreço do produto novo, enquantoo poder aquisitivo dos brasileirosdiminui a cada “invenção’ de umnovo plano econômico ou de umnovo imposto.

Voltando ao que interessa,vamos tratar, nesta matéria, dasfamigeradas unidades óticas quealguns preferem chamar de ópticas.

A falta de confiabilidade noproduto encontrado no mercado ea necessidade de baixar o preçof inal do conserto levaram acriatividade do técnico brasileiro à“dar um jeito”.

Há muito que venho ouvindoem minhas aulas os relatos da“operação lavagem de unidade”.

A “técnica” relatada, adespeito de algumas variações, jácomeça a aparecer também em

fóruns na Internet e consistebasicamente, segundo os“especialistas em lavagem deunidades”, em mergulhar a dita cujaem uma solução de sabão em póou detergente !

Ora, não é preciso ser umtécnico em ótica para duvidar queeste procedimento possa nosconduzir a um final feliz.

Todos os meus argumentoscostumam ser rechaçados pelosmembros da confraria dos lavadoresde unidade que garantemveementemente a validade eeficiência do método.

Adotando aquela velha e boaprática que diz que política, futebole religião não se discutem, eupassei a incluir a lavagem deunidades no rol dos assuntos sobreo qual não devemos polemizar edava sempre um jeito de mudar orumo da prosa.

Até que, não faz muito tempo,ao término de uma aula sobrereparação de Cds e DVDs , em quealguns dos presentes tinhampuxado o assunto da lavagem deunidade, fui procurado por um dospresentes para apresentar em “off”seus pontos de vista sobre o tema.

O rapaz disse-me que eratécnico em ótica e responsável emseu trabalho pela manutenção de

Paulo Britesbinóculos,lunetas e microscópios.

Para ele, também não faziasentido, aquela história de lavarunidades de CD e DVD com sabãoem pó ou detergente. Na hora,argumentou, pode ser até quefuncione, mas com o tempoteremos uma formação de fungose de partículas depositadas nosistema de lentes e de espelho daunidade que as tornarãoinoperantes.

Aqui vou abrir um parêntesepara ressaltar, em linhas gerais,quais os três tipos de problemasque uma unidade pode apresentar.

Alguns tipos de unidades,como as da família das KSS,costumam apresentar fadiga nosistema de sustentação da lenteobjetiva. Em outras palavras, alente fica caída no fundo e o driveda bobina de foco não conseguelevantá-la suficientemente parafazer a correção do foco.

Já descrevi uma “técnica” para“reabilitar” a suspensão com oauxílio do soprador térmico HL-500aplicado próximo à suspensão, pordois ou três segundos, de modo afazer o conjunto da lente objetivavoltar à horizontal.

Uma segunda possibilidade éo enfraquecimento do laser quedeixa de emitir a potêncianecessária. Quando o laserenfraquece a corrente costumaaumentar o que acaba produzindomais enfraquecimento do laser.

Na fase incial do“envelhecimento”, um ajustecriterioso da corrente de laser,através do trimpot da unidade,pode dar uma sobrevida à ditacuja. Tecnicamente esse ajustedeve ser acompanhado da medição

A Lavagem. Calma, não é de Dinheiro, é de Unidades Óticas

Page 20: Boletim Set Out

Expediente

Coordenação GeralPaulo Brites

Jornalista ResponsávelCarlos Dei

Registro MTB 15173Tiragem

6000 exemplaresO conteúdo das matériasaqui publicadas é de respon-sabilidade de seus autores. [email protected]

Editorial

Paulo Brites

da corrente e respectiva avaliaçãodo eye pattener (é isso que euquis dizer com criterioso). O quevejo por ai é o pessoal futucandoo trimpot sem ter a mínima noçãodo que está fazendo.

A KSS 240 é um exemplo emque as coisas se complicam, já queexistem três trimpots na unidade.E aí ? Futucar qual deles, vocêsaberia me dizer ?

Para um aprofundamentonessa questão recomendo aosinteressados a leitura do meu livro“Como Ganhar DinheiroConsertando CD Players”.

Finalmente, temos o problemada “sujeira” e dos fungos nosistema ótico da unidade. Alimpeza da lente objetiva por cima,com cotonete l igeiramenteembebido em álcool isopropílico ,resolve os casos mais simples, masnão é capaz de remover os fungose a poeirada que estão lá pordentro.

Retornando a questão dalavagem das unidades, no primeiromomento, após as ponderações domeu aluno, chegamos a conclusãoque o uso de álcool absoluto ouetanol poderia resolver, caso afalha estivesse ocorrendo porconta do último motivo aquiapontado, ou seja, “sujeira” efungos.

Cheguei a apresentar no JornalÍcone uma matéria com estasobservações à guisa de contribuircom os técnicos para a melhoriados seus métodos de trabalho oude “lavagem”.

Recentemente recebi um e-mail do meu aluno relatando asexperiências que ele fez apósaquela aula e os resultados queobteve.

Uma coisa f icou

“cientificamente” comprovada: ouso de detergente, sabão em póou substâncias deste tipo mostrou-se catastrófico (palavras dele)pois, após algum tempo surgiammais fungos por conta dos resíduosdeixados por essas substâncias.

O primeiro passo, para umatentativa de recuperação daunidade, consiste em aplicar, como auxilio de uma seringa de injeção,alguns jatos de álcool absolutoou na, falta deste, o álcoolisopropílico, já bastante conhecidodos técnicos.

O álcool isopropílico tem umtempo de evaporação maior que oabsoluto e deixa mais resíduosentretanto o resultado, no caso dasunidades óticas, foi similar.

Os jatos não devem ser muitofortes para evitar o deslocamentodo prisma.

Entretanto, vale lembrar, esseprocedimento só deverá serimplementado após a verificaçãodo estado da suspensão da lentee da corrente da unidade, pois seestes dois parâmetros estiveremfora de controle a “lavagem” daunidade resultará em perda detempo.

Os casos mais renitentespodem ser resolvidos com sabãoótico que se assemelha a umproduto vendido nos supermercados como “limpa vidros”.Não devemos utilizar, entretanto,l impa vidros que contenhamcorantes ou aromatizantes.

No Rio de Janeiro você poderácomprar sabão ótico por um preçobem acessível na Lentactus (21-2255-0336) que é vendido comosabão para lentes de contato.

Se utilizar o sabão ótico ou olimpa vidros, faça depois umaúltima lavagem com o álcool para

Começamos este boletim como propósito de publ icá- lobimetralmente e chegamos ao nú-mero 4 cumprindo a promessa.

Não tem sido fáci l mas,contiunuamos insistindo por quesem luta não há chance de vitó-ria.

Muitos têm pedido assinaturado boletim. Por enquanto não pos-so atender a este pedido poisisto, implicaria numa infra estrutu-ra que não disponho no momen-to.

A cada edição tenho que re-compor o quadro de patrocinado-res o que causou o atraso desta.Espero que com o tempo os em-presários se conscientizem que in-vestir neste tipo de trabalaho osajudará a manter ativo os seusnegócios, porque se o técnico nãoconsegue se atualizar acaba de-sistindo da profissão e ai ... é me-nos um comprador na loja..

A você leitor, lembro mais umavez, cabe prestigiar os anuncian-tes destes boletim para que elesse sintam encorajados a continu-ar investindo no trabalho.

Afinal, vivemos num mundo ca-pitalista do “toma lá dá cá”, não émesmo ?

Page 21: Boletim Set Out

O Técnico de Impressoras e os Cartuchos “Recicrados”

?

Colaboração Jonas Marques

Bons temposaqueles em que asimpressoras jatode tinta custavamo olho da cara e oscartuchos tinham

o preço justo, adequado arealidade nacional. Isso mesmo, umcartucho novo e original da HP(tinta + cabeça) por exemplo, nãopassava de R$45,00 e a maioriados usuários podia comprá-losregularmente.

O tempo passou e aconteceuo inverso. O preço das impressorasbaixou radicalmente mas, o dosc a r t u c h o s . . . s u b i uassustadoramente, fazendo comque a compra da impressora sejamais fácil que a compra doscartuchos.

Mas o que isso tem a ver comos técnicos de impressoras? Euexplico:

Com o preço das impressorasem baixa, o valor dos consertostambém teve que acompanhar a

queda, mas o pior é ter queconsertar e dar garantia emimpressoras cujos usuários, pordesconhecimento ou por“economia”, utilizam cartuchos“recicrados” através de métodosbizarros e tintas “genéricas”.

Que ninguém pense que soucontra a reciclagem de cartuchos,muito pelo contrário, pois assim euestaria a favor do fabricante e nãodo usuário. Mas quando vejoimpressoras chegando na oficinatotalmente “inundadas” por tintaque vazou de cartuchos“recicrados” pelo camelô daesquina ou pelo próprio usuário,sem nenhum cuidado ouconhecimento sobre o assunto, ficopensando, será que valeu a penaa tão sonhada economia?

Um aluno outro dia, me falouque no açougue perto da casa deletambém “recicra” cartucho. Jápensou se a moda pega e osfeirantes e quitandeiros tambémresolvem dar uma “recicradinha”nos seus cartuchos? Se bem que

depois que inventaram a tal deFeira de Informática acho que jáestá valendo tudo.

Reciclagem de cartuchos écoisa séria, e só deve ser realizadapor quem tenha, pelo menos,conhecimento sobre impressoras eobviamente sobre as técnicas deremanufaturamento de cartuchos.Quando a tinta vaza sobre ocircuito eletrônico da impressoraninguém quer se responsabilizar porisso.

Ah! E essa estória de tintagenérica é conversa fiada, pois oscartuchos têm característicasdiferentes e a tinta de um podenão funcionar bem no outro. Massai muito mais barato comprar umbarril de tinta “genérica” e sair“recicrando” por aí.

Até a próxima e não entregueo seu cartucho para reciclar emqualquer lugar, afinal um açouguenão é o local mais indicado...

?

eliminar resíduos.

Chegando aqui você percebeque hoje eu estou mais maleávelque há uns vinte anos e começo aaceitar essas “terapias”alternativas. Só não vale quererlevar a unidade para uma sessãode Tai Chi Chuan ou de Yoga.

Faça as suas experiências eveja os resultados, mas não digapara o cliente que você trocou aunidade e nem cobre por uma novapra não ter problemas mais tardee ficar com nariz de Pinóquio. Senão der certo o jeito é trocarmesmo. O problema é encontrar

uma “unidade honesta”.

No caso das KSS a correntede laser original vem impressa naetiqueta da unidade onde o pessoaldas lojas costuma colocar o seloda garantia !!! Cabe a você irensinando a eles que aquelenumerozinho não é a data defabricação ou palpite para a MegaSena e sim, a corrente do laser eé muito importante, para o técnico,conhecê-lo.

Se uma unidade “nova”apresentar uma corrente muitomaior que a marcada naquelaetiqueta, pode desistir, ela está

fora de especificação.

Uma boa comprovação após a“lavagem” seria ver a qualidade doeye pattern com o auxílio doosciloscópio.

O método aqui descrito vale,obviamente, para unidades de DVDe CD ROM.

Os distribuidores de Unidadesnão vão ficar muito felizes comesta matéria mas, a minhasugestão é que passem a venderprodutos de qualidade.

Page 22: Boletim Set Out

1 ANO DE GARANTIA

Rua Ministro Antônio Carlos Magalhães, 152 Galpão 06Portão Lauro Freitas, Bahia, BrasilCEP 42700-000 (71) 379- [email protected]

Este éum daquelescasos quepoderíamoschamar de“sobrenatural”dentro doramo da

reparação de equipamentoseletrônicos. Todos nós sabemosque alguns equipamentos, comonós, ao se tornarem “meiovelhinhos”, começam a apresentarpanes totalmente desconhecidas eaté um tanto “inexplicáveis”.

Na verdade, tudo é umaquestão de entender ofuncionamento do circuito.

Todavia, equipamentos danova geração, onde devido àsnovas tecnologias empregadas, àsvezes, ainda não muito dominadas,estão apresentando defeitos queaté então seriam consideradosimpossíveis de ocorrerem.

Desta vez o “fantasma”atacou um LG modelo CP29K30.

A queixa do cliente era de que,após algum tempo defuncionamento normal, de um diapara o outro (é sempre assim, coma gente também, antes de morrerestávamos vivos !), resolveu quenão iria mais funcionar e, ao serligado, apresentava um estalidonos alto falantes enquanto o ledindicador de stand by , piscavarapidamente.

O técnico de atendimentoexterno (este é um inconvenientedos TVs “monstrinhos” ) foi até aresidência do cliente e ao abrir oaparelho, “descobriu” que assimque o TV era ligado, as tensõesdo secundário da fonte apareciampor alguns instantes e após o talestalido nos alto falantes, taistensões prat icamente

desapareciam. Como em várioscasos semelhantes, o vilão énormalmente o fly back (TSH), otécnico resolveu desligar o coletordo transistor de saída horizontal,e constatou que as tensões dosecundário estabilizavam.

Parecia estar mais do que nacara que o fly back era mesmo ovilão e ... ele partiu para a trocado “infeliz”.

Como não teria a menor graçaacabar com a história aqui, é óbvioque o TV continuou com defeitoapós a substituição do fly back(por outro original, é claro) e otécnico nesta hora começou aentrar em desespero,principalmente devido a platéiapresente na sala da residênciaonde estava o televisor. Na ânsiade localizar e sanar o problema doTV (e ser aplaudido, e não vaiado),ele apelou para a substituição dotransistor de saída horizontal quepoderia estar medindo OK, masapresentar algum tipo de falhaquando submetido a umadeterminada freqüência ou a umatensão mais elevada (este aliás éum fato bem mais comum do quese possa pensar).

Feita a troca do transistor, éclaro que ... nada mudou. Como oreferido televisor possui umamontagem onde parte do circuitoestá localizado numa placa maior(PCI principal) e outra parte (ondeestá o ONE CHIP) é montada numasub placa, começa a f icarproblemático “manobrar” esteconjunto numa estante estreita eum tanto cambaleante.

Enquanto eram apenas vaias(os tomates e os ovos ainda nãoestavam sendo atirados) o técnicode externa resolveu sugerir aretirada do aparelho para a oficina.

Lá, numa bancada decente,

verificou-se que realmente asvoltagens do secundário da fonteestavam OK (com exceção da linhade 9 volts que só existe quandose tira o TV da condição de standby para PWR ON e que neste casochegava apenas a cerca de 6 Voltse caía a zero imediatamente,enquanto o coletor do saídahorizontal permanecia desligado.

Entretanto, quandoacionávamos a tecla power dopainel do TV ou do controle remoto,o micro liberava o nível de “PWRON” e este por sua vez liberava avoltagem que alimentaria o H VCCou H START do ONE CHIP. Só quequase imediatamente, o pino doPWR ON do micro voltava para acondição PWR OFF. Começamos apensar na possibilidade do circuitode proteção estar detectandoalguma falha nos circuitos onde omesmo é ligado e por isso, estardesligando o TV. O problema é queneste chassi, como também emoutros deste e de outrosfabricantes, o circuito de proteçãonão pode ser desabilitado paratentarmos forçar o funcionamentodo TV (coisa que fazíamos emvários televisores mais antigos).Neste equipamento, o circuito deproteção necessita de umadeterminada polarização paramanter o TV funcionando e estapolarização será alterada se existiralgum defeito no circuito ou se nósdesligarmos intencionalmente ocircuito de proteção. E aí, mesmoque o aparelho esteja bom, ele irádesligar logo após ter sido ligado.Isto eqüivale a dizer simplesmenteque, não podemos desligar aproteção para tentarmos forçar oTV a funcionar e assim, detectaronde estaria o defeito do circuito.“Esquecendo” então, a idéia dedesabilitar a proteção, forçamos oTV a ligar sem o comando vindodo micro (PWR ON), retirando-se

Televisor LG 29 K 30 não liga ... Onde está o “fantasma” ?Colaboração Fernando José

Page 23: Boletim Set Out

Tenho recebido muitos e-mailssolicitando matérias e “dicas” so-bre o reparo de DVDs por isso, voucomeçar a tratar do tema nesteboletim.

Quem já abriu um DVD deveter percebido que ele se dividebasicamente em duas partes: a PCIprincipal e o conjunto ou bloco daunidade ótica. Alguns deles têm afonte, chaveada, é claro, em umaPCI separada.

Os defeitos mais reclamadossão o congelamento de imagem ou,nos casos mais radicais, não fa-zem nenhuma leitura.

Não fazer nenhuma leituranão deve ser confundido com in-compatibilidade de área entre oDVD máquina e o DVD mídia. (Vejano site www.avbrites.com.br es-clarecimentos sobre isto, casovocê não saiba o que significa).

Em linhas gerais, o princípio defuncionamento dos DVDs não di-fere muito do funcionamento dosCDs exceto pelo fato do feixe delaser ser “mais fino”, o que exigemais precisão da unidade ótica.

O motor de spindle ou motordo disco tem que ter mais estabili-dade de rotação e por isso utilizageradores de efeito Hall similarmen-te aos motores de capstan e drumdos vídeo cassetes.

Se a máquina se recusa a lerDVDs mas, é capaz de ler CDs,isto pode indicar problemas na uni-dade ótica e o tira-dúvida devecomeçar pela troca da unidade. Asóticas de DVDs trabalham comounidades de três feixes quandoestão lendo CDs e como um feixe

quando leêm DVDs, por isso o CDpode tocar e o DVD não.

Você deve ter se assustadoquando eu disse pra começar tro-cando a unidade para tirar a dúvi-da e querendo argumentar que elassão muito caras, no que eu con-cordo mas, não tem outro jeito.

Acontece que a maioria dosdefeitos em que a máquina se re-cusa a ler a mídia está relacionadocom a unidade ou, pior ainda, coma placa MPEG. Para o técnico au-tônomo que tem pouco volume deserviço fica complicado, eu reco-nheço.

Um outro problema que afligeos DVDs é a temperatura. Todasas máquinas são totalmente fecha-das e parecem que esqueceram deaviasar aos projetistas lá fora quea temperatura ambiente no Brasilpassa, muitas vezes, do 30º C eque as as pessoas que compramum DVD, nem sempre tem ar con-dicionado em casa.

Nos caso de congelamento deimagem, principalmente, o proble-ma pode estar relacionado à tem-peratura .

Tente deixar a máquina aber-ta e com ventilação forçada paraver se resolve.

A questão da solda fria é ou-tra que não deve ser descartada.Já resolvi alguns casos com aresoldagem dos CI.s da PCI princi-pal. Mas não se meta a fazer istose você não tem ferramenta ade-quada (veja matéria sobre o as-sunto no boletim nr.3) e não sesentir capacitado.

Finalizando esta abordageminicial lembro que a reparação deDVDs, quando economicamente

viável , não deve trazer grandesproblemas para quem já está bemfamiliarizado com o reparo de CDPlayers.

Entretanto se você ainda levasurras homéricas para consertarCDs, o melhor conselho e ficar lon-ge dos DVD até aprender definiti-vamente a reparar o “irmão maisvelho”. ?

O Reparo dos DVDs: - Por Onde Começar ? Paulo Brites

Page 24: Boletim Set Out

Gerador de RGB e SINC p/ MonitoresEquipamento portátil indicado para testes em monitoresVGA e SVGA oferecendo telas para convergência, foco,padrões RGB, barras coloridas e ainda a opção loop. Alimentado por 4 pilhas ou fonte externa.Temos ainda equipamentos para testes em periféricosDistribuidores RGB (Vídeo Splitter)Simulador de Linha. (11) 6916-5604 [email protected] (11) 6916-5604

SONYTEL

www.sonytel.com.br

o Q858 e ligando o TV na tomadapara ver o que acontecia. Paranosso “espanto”, praticamentenada ocorreu que já não estivesseocorrendo antes, ou seja, o TVcontinuou a desligar logo após tersido ligado.

Neste momento, os deusesda eletrônica ouviram nossaspreces, chegou à oficina um TVidêntico e que, vivam os deuses,estava funcionando, precisandoapenas de alguns ajustes.

Para tentar isolar rapidamentea área do problema, retiramos aPCI principal do TV problemático,e colocamos nele a PCI do TV bom.

Aí, nos espantamos mais aindaao ver que tudo continuava comoantes, ou seja, o TV continuavanão ligando !

Só para tirar todas as dúvidas(ou aumentá-las) a PCI do TVdefeituoso foi colocada no outroTV que funcionou perfeitamente.

Mas, os deuses constinuaramcolaborando e fomos chamados aresidência de um cliente queestava com um TV do mesmomodelo que ficava sem o vermelhoquando aquecia.

Para facilitar a operação nacasa do cliente, levamos o chassicompleto do TV defeituoso, nãocom o intuito de depenar oaparelho mas, sim com a intençãode agilizar o processo de reparoem domicílio. Como, neste novocaso, as suspeitas passavam agirar em torno da PCI do TRCoptamos por substituí-la. Paranossa surpresa, o TV que estavasem vermelho, agora não ligoumais. Antes de entrar emdesespero, desfizemos a “..” quetínhamos feito, ou seja, retiramosa PCI do TRC que havia sidoinstalada no TV que estava semvermelho e recolocamos a PCIoriginal do TV e o mesmo voltou a

funcionar “perfeitamente” (sem overmelho é lógico).

Sem querer, naquele momento,tentar aprofundar onde estaria oproblema do TV que não ligava, umacoisa já parecia certa, a encrencaparecia estar na PCI do TRC. Maso que estaria causando esta pane?

Inicialmente soltamos o pinode alimentação do C.I. amplificadorde RGB (STV 5111) e por meracuriosidade, medimos a resistênciaentre este pino e o terra da PCI e... adivinhem o que foi indicadopelo multímetro? Isto mesmo, zeroohm ! Então, era isso, este C.Iestava com sua entrada dealimentação em curto em relaçãoa sua linha de terra. Para quenão restasse qualquer dúvida,resolvemos ligar novamente a PCIdo TRC do TV que estavainoperante no TV que funcionavasem vermelho, só que desta vezcom o pino de alimentação do C.Ide RGB desligado e, para a nossaalegria, desta vez o TV funcionou(com a tela branca com linhas deretorno, é claro). Descoberto oelemento defeituoso, ficava apergunta:- por que o C.I do RGBem curto impedia o televisor deligar?

A primeira idéia seria pensarque devido ao curto circuito entreo pino de +B e o GND, a proteçãoseria ativada no micro desligandoo TV.

Só que analisando o esquema,observamos que o +B que estavasendo curto circuitado para oterra, era gerado no TSH e comoo circuito horizontal não chegavaa funcionar como poderia serdetectada uma falha no mesmoantes que ele inic iasse seufuncionamento? Poderíamos dizerque a falha estaria sendodetectada pelas linhas de SDA eSCL ? Mas estas linhas não vão àPCI do TRC !

Analisando melhor a situaçãodo componente defeituoso,constatamos em mediçõesôhmicas, que o “tamanho” do curtocircuito interno era maior do queapenas entre o pino de VCC e oGND. Havia baixa resistência entrequase todos os pinos do C.I.. Apartir daí, concluímos que o TV nãoiniciava seu funcionamento porquea tensão de 9 volts que é aplicadaao pino VCC low do C.I. RGBtambém estava sendo aterrada ecom isto impedia o funcionamentodo circuito de H START. Ora comeste circuito inoperante, o TVficava sem saída de osciladorhorizontal e com um consumoexcessivo na linha de 9 volts,impedindo deste modo ofuncionamento do televisor.

Finalmente podemos, maisuma vez, concluir que não existemdefeitos sobrenaturais (você nãoacredita nisto, não é mesmo ?) esim uma falta maior de atenção nasanálises feitas pelos técnicos (nocaso eu), pois obviamente setivéssemos observado maisatentamente a linha de 9 volts,teríamos verificado que ela alémde alimentar o H VCC ou H START,também alimentava o C.I.amplificador RGB que era oresponsável por não deixar o TVsair de stand by.

Por isso volto a dizer, e aquieu também visto a carapuça, queé fundamental para o técnico fazeruma análise minuciosa do esquemado equipamento e comparar asmedições encontradas no circuitocom as indicações do esquema,embora hoje em dia, váriosfabricantes não incluam muitasinformações nos esquemas dosaparelhos.

Faz falta também a analise defuncionamento do circuito coisaque os fabricantes, na maioria dasvezes, não fornecem mais, nemmesmo para a sua rede autorizadaou quando fornecem a redação éextremamente confusa.

A razão disto é simples, ostextos são traduzidos por pessoasque não sabem redigir ou nãoconhecem nada de eletrônica.

Esperamos que as páginasdeste boletim possam ajudarnossos colegas menos aquinhoadoscom a facilidade em conseguirinformações. ?????????????????????????????

Page 25: Boletim Set Out

Ano I - Nº 5 Informativo Técnico Distribuição Gratuita Mai / Jun 2004

www.avbrites.com.br

Reparo de DVDs: novo desafio para os técnicos

Os técnicos andam um tantoalvoroçados com o reparo dosDVDs e a maior quantidade de e-mails que tenho recebidoatualmente é pedindo dicas sobreeste assunto.

No boletim 4 já fiz algumasconsiderações sobre o tema e sevocê não teve oportunidade de lera matéria recomendo-lhe que ofaça. Para isto é só ir no sitewww.avbrites.com.br e “baixar” odito cujo.

Neste número vou passaralgumas informações mais técnicase quem sabe, alguns defeitos dotipo carta marcada, ainda poderãoaparecer por aqui.

A falha mais comum dos DVDsé o congelamento da imagem.

O primeiro passo nesses casosé verificar se o problema ocorrecom qualquer mídia ou comalguma(s) especifica(s).

Mesmo que o cliente alegueque a mídia que trava ou congelana máquina dele, não trava na doamigo, ainda assim precisamossaber se as máquinas sãoexatamente iguais, isto é, mesmamarca e mesmo modelo.

Para saber mais sobre essaquestão sugiro que você leia oartigo que publiquei no Jornal Íconee que está disponível na seção dedicas do meu site.

Uma vez determinado que oproblema está mesmo na máquinao jeito é partir para “a guerra” e“bem armado”.

Observe se o problema nãoestá relacionado com aquecimento.Deixe a máquina funcionar aberta

por algum tempo ou com umarefrigeração forçada por umpequeno ventilador.

Paradoxalmente o“congelamento” da imagem podeestar ocorrendo por aquecimentodo principal C.I dos DVDs: o“poderoso” MPEG.

Se esta experiência nãoconduziu à solução, o próximopasso antes de se preocupar emconseguir esquemas e manuais quepouco ou quase nada irão lheajudar ou, o que é pior ainda,começar a futucar as frágeis PCIsdo DVD, a melhor opção é trocara unidade ótica.

Uma boa parte desse tipo defalha está relacionada à dita cujaainda que ela seja capaz de tocarCDs de áudio.

Nem sempre o problema estána ótica propriamente mas, porexemplo, o motor de spindle (motordo disco) do qual é exigido umfuncionamento mais preciso do quenos CDs deve, também, ser bemavaliado.

O segundo vilão para esse tipode falha é, como eu disse, o“poderoso” C.I. denominado MPEGe, como ele não costuma servendido, o jeito seria trocar todaa PCI o que está fora decogitação.

Nesta altura o conserto jáestaria ficando mais caro que a

compra de duas máquinas novas.

Supondo que você chegou àconclusão que a fa lha estárelacionada a PCI do MPEG vocêpoderá realizar algunsprocedimentos para tentar salvá-la mas, o cliente deve ser avisadodas conseqüências para que vocênão se envolva num grandeproblema caso o “bichinho” resolvaparar de vez.

O primeiro procedimento seriaressoldar os C.I.s usando,preferencialmente, o sopradortérmico HL-500 da Steinel (vermatéria no boletim 3).

Se o DVD que você estátentando reparar for um GradienteD10 verifique, quer dizer troque, aPCI do Servo que nesse modeloparece ter se mostrado ser uma“campeã “ de falhas (olha umacarta marcada aí).

Um ponto importante emqualquer DVD é a presença de umoscilador de 27 MHz responsávelpela digitalização dos sinais.

Falhas nesse circuitoacarretarão diversos problemascomo: não faz nenhuma leitura,congela a imagem ou produz efeitomosaico.

Localize o cristal de 27 MHz eressolde-o bem, assim como ocircuito onde ele está ligado.

A verificação da presençadesse sinal só poderá ser feita como auxíl io do osciloscópioentretanto, às vezes, ao colocara ponteira do osci loscópio ooscilador pára pela carga que esteproduziu e aí temos um problemaassim: se ficar o bicho come, secorrer o bicho pega.

E´ complicado mesmo. Ofabricante deveria (???) informar

Paulo Brites

Page 26: Boletim Set Out

Expediente

Coordenação GeralPaulo Brites

Jornalista ResponsávelCarlos Dei

Registro MTB 15173Tiragem

8000 exemplaresO conteúdo das matériasaqui publicadas é de respon-sabilidade de seus autores. [email protected]

Editorial

Paulo Brites

no seu manual de serviço(há!há!há!) o melhor ponto parafazer essa verificação, já que essafreqüência é primordial para ocorreto funcionamento do DVD.

Outra questão importante nofuncionamento do DVD estárelacionada às fontes dealimentação dos diversos C.I.s.

Verifique antes os valores dastensões com um voltímetro digitalde boa qualidade. Mesmo que osvalores DC medidos estejamaparentemente corretos podemoster problemas causados por ruídosespúrios chegando aos pinos dealimentação dos C.I. Identifiqueesses pinos (aí você vai precisardo esquema) e localize pequenoscapacitores SMD que podem estarligados a eles. Providencie a resoldagem destes capacitores comum ferro de solda de boa qualidade.

Acredite que pequenoscapacitores da ordem de 10 nFjunto aos pinos de entrada dealimentação dos C.I.s podem serfundamentais para eliminação deruídos espúrios provenientes dafonte. Nunca os menospreze.

O reparo de DVDs e no futurodos televisores digitais exige queo técnico reveja seus métodos detrabalho começando pela utilizaçãode uma estação de solda como aWTCPN da Weller e sejaextremamente cuidadoso quanto aESD.

O segundo passo é um bomconhecimento de eletrônica digitalque pelo que percebo é poucofamiliar a maioria dos reparadores.

Não adianta ter em mãos oesquema de um equipamento se otécnico não sabe distinguir um C.Ique trabalha com níveis TLL deoutro que opera como um CMOSou interpretar o resultado na saída

de uma porta lógica.

Então vamos começar aestudar e parar de ficar querendoconsertar apenas procurando nosforums e nos “livros de receitas”pela peça que se deve trocar pararesolver o problema sem saber oque se está realmente fazendo.

?

Estávamos guardando a sur-presa para o aniversário do Bo-letim mas, não teve jeito, tive-mos que antecipá-la. O boletim“tomou” o fermento do bolo co-memorativo antes da hora epassou para 8000 exemplares.

Agora vamos ter que arran-jar outra surpresa. “Azar” onosso. Sorte sua que ganha umpresente antes e outro depois.Também, quem manda caprichar,as pessoas gostam e pedemmais.

Já viram que tem um novopatrocinador “na área”: a Hardy.Eles viram o boletim, gostarame disseram, não queremos ficarde fora.

Tá legal. Se é pra anunciarque vende peças decentes agente arranja um espaço.

O mercado está carente depeças que funcionem, não émesmo?

Os fly backs nós já resolve-mos com a ajuda da HR. Agorasó falta o resto.

Page 27: Boletim Set Out

Códigos de erro nos aparelhos de som PanasonicSA-AK XX E SC-AK XX

CÓDIGOSINTOMA CAUSA

H01 CASSETE NÃO FUNCIONA CORRETAMENTE FALHA NAS CHAVES DE DETECÇÃO

H02NÃO GRAVA OU GRAVA MESMO C/PROTEÇÃO NA

FITA

FALHA NACHAVE DE PROTEÇÃO DE

APAGAMENTO

H03NÃO TOCA FITA. MOTOR DO CASSETE OPERA

MESMO SEM FITAFALHA NA CHAVE DE DETECÇÃO DE FITA

F01QUANDO A TECLA PLAY É PRESSIONADA ELA

AVANÇA E PÁRA EM SEGUIDA

MICRO NÃO DETECTA PULSO DO CARRETEL(IC

HALL)

F02 TPS (TAPE PROGRAM SEARCH) NÃO FUNCIONA FLHA NO SINAL TPS

F15QUANDO CD É ACIONA DO DEMORA MAIS DE 8

SEGUNDOS PARA TOCAR

FALHA NO SWITCH DE DETECÇÃO DA POSIÇÃO

DA UNIDADE

F16 CHAVE DO MECANISMO DO CD VERIFICAR CONTATO DA CHAVE

F25 GAVETA FECHA IMEDIATAMENTE FALHA NA CHAVE DE DETECÇÃO DE GAVETA

F26 CD NÃO TOCAFALHA NO SISTEMA DE CONTROLE OU DO

SERVO

F27 CD NÃO TOCAFALHA NA CHAVE DE DETECÇÃO DO NÚMERO DO

DISCO

F28 CD NÃO TOCAPROBLEMAS NO MECANISMO DE

CARREGAMENTO

F61QUANDO O POWER É ACIONADO ELE DESLIGA

IMEDIATAMENTE

O CIRCUITO "DC DECT' DO MICRO DETETOU UMA

ANOMALIA

F75 NO DISC O MICRO NÃO FUNCIONA NA FUNÇÃO CD

Esses aparelhos de som daPanasonic apresentam Códigos deErro no display para ajudar o repa-rador a identificar a área da falha.

O Modo Diagnóstico pode serobtido da seguinte maneira:

1) Ligar o aparelho através datecla Power:

2) Pressionar a tecla TAPE eem seguida a tecla STOP manten-do-a pressionada por 2 segundos,pressione a tecla FF (sem soltar atecla STOP) até aparecer nodisplay a letra T indicando que estáno Modo Teste.

Após a correção da falha se-lecione a função CLEAR para queos códigos de erros sejam apaga-dos da memória.

O código mais comum é o F61e diversas são as causas para queele apareça.

O micro tem um pino denomi-nado DC DECT que ao detectaruma variação na tensão de refe-rência de 5 Volts envia para odisplay o código F61.

Alguns micros podem ter doispinos de monitoração: DCDET1 eDCDET2.

Um curto circuito ou consumoalém do normal que produza quedade tensão nas fontes fará com quea tensão do pino DCDET caia abai-xo de 5 Volts. Nesse momento omicro providencia o desligamentodo equipamento e envia o códigoF61 para o display.

Na maioria das vezes a falha éprovocada pela etapa de saída.

A maneira mais rápida de veri-ficar essa falha é desligandototalmene o STK.

Um mecanismo preso que pro-voque sobrecarga da fonte cuasaráerro F61.

Se mesmo após a desativaçãodo C.I de saída e a comprovaçãode que as fontes estão corretaso código F61 continuar aparecen-do, procure ver se algum compo-nente defeituoso não está enga-nando o pino DCDET do micro e co-locando um nível inferior a 5 Voltsnele.

O erro F61 é uma espéciede “erro fatal” do Windows.Qualquer distúrbio e lá vem o“erro fatal” !

O micro possui ainda um pinoidentificado por CDRST responsá-vel pelo reset dos comandos do CD.

Se esse pino não alcançar 5Volts num lapso de tempo pré de-terminado, o display apresentará ocódigo F75.

A tabela ao lado ajudará a en-tender os outros erros

Paulo Brites

?

Page 28: Boletim Set Out

“No Disc “ Nem sempre a culpa é da unidade ótica !

Embora não seja a “minhapraia”, algumas vezes me aventuroa botar a mão num equipamentode áudio e numa dessas vezes,surgiu aquele problema,aparentemente fácil, que acabougerando essa estória.

Para os veteranos nosconsertos de CD a coisa pode sertrivial mas, para os novatos oudesenturmados no assunto (comoeu) o relato a seguir poderá sermuito útil.

O sintoma inicial era aqueleclássico, ou seja, não fazia aleitura de nenhum CD e exibia aconhecida mensagem “No Disc”.

Feita a limpeza da lente comcotonete e álcool isopropílico comode praxe e observado que havia omovimento de sobe e desce trêsvezes da lente na busca do foco,continuávamos na mesma.

Conclui, precipitadamente, quesó restava o óbvio ululante, ouseja, partir para a troca daunidade ótica (no caso, uma KSS210A) .

Parti para a troca semesquecer de dois pontosimportantíssimos que são:1) retiraro lacre da unidade 2) ressoldar osterminais de conexão do motor dabandeja do CD, o que é muitocomum ocorrer (ou vai dizer quenunca aconteceu com você ?)liguei o equipamento, coloquei umCD na bandeja e ... foi aqueladecepção pois, o CD nemameaçou girar.

O primeiro pensamento, que já

se tornou comum, foi julgar que aunidade ótica nova também estavaruim, embora o revendedor queme fornece unidades, até agora,tenha sido confiável, em setratando de unidades óticas , tudopode acontecer .

Solicitei ao cidadão, a trocada unidade o que foi feito no diaseguinte.

Coloquei a segunda unidadenova no lugar e ... nada mudou!O CD continuava inerte na bandeja

Como duas unidades novas eruins seria muita sorte (para nãodizer o contrário), comecei apensar em outros problemas quepoderiam ter ocorrido no monta edesmonta do mecanismo.

Observando atentamente ageringonça, num determinadomomento, notei que embora tivessecolocado a unidade no meio docurso a mesma não havia sedeslocado, como manda a “regra”,para a sua posição obrigatóriapróxima ao centro do disco.

Achei que era hora de me atera essa questão e após váriostestes verifiquei que em nenhummomento o motor sled , aquele quemovimenta a unidade, girava.Seria um problema no servo domotor sled ?

Como a posição da PCI do CDnão oferece facilidade para serealizar medições, utilizei-me doexpediente de soldar alguns fiosrígidos nos pontos mais críticospara possibilitar a verificação dastensões e formas de onda.

Ao verificar a polarização domotor sled, descobri que o mesmo

estava sendo al imentadonormalmente embora,permanecesse parado.

Parecia então, que o problemaestava solucionado.

Retirei o motor do lugar eapliquei ao mesmo umaalimentação externa com o auxíliode uma fonte ajustável reguladapara 2 volts e o mesmo continuouparado (a voltagem que alimentatanto este motor, assim como omotor do disco (spindle) érelativamente baixa). Rodando oeixo do motor com a mão, o mesmocomeçou a girar mas, comdificuldade, indicando que estavaruim.

Como não dispunha de ummotor desses para reposição,lancei mão de um recurso queutilizamos muito na manutenção desecretárias eletrônicas.

Tal recurso consiste emcolocar o motor “de molho” dentrode um recipiente cheio de benzinaretificada misturada com WD 40 ououtro tipo de fluído lubrificante edesengripante. Mas, você deverácolocar o motor ligado dentro desta“poçao mágica”.

Isso mesmo, o motor deve sermergulhado ligado, pois o seumovimento de rotação irá ajudaráa limpar as escovas e lubrificar abucha do eixo.

Manter o motor nesse ritmodurante mais ou menos uma hora,será mais do que suficiente paraque, em 90% dos casos, ele sejarecuperado totalmente.

E, realmente, após a re-instalação do motor em seu devido

Colaboração Fernando José

Page 29: Boletim Set Out

1 ANO DE GARANTIA

Rua Ministro Antônio Carlos Magalhães, 152 Galpão 06Portão Lauro Freitas, Bahia, BrasilCEP 42700-000 (71) 379- [email protected]

lugar, a unidade passou a semovimentar normalmente e realizara leitura corretamente.

Como é que eu dei um moledesses ?

Desse caso devemos tirar alição de que é mais do que

necessário utilizarmos sentidosnaturais (visão, olfato e audição)no dia a dia da bancada, pois essessentidos podem nos auxil iarenormemente na solução deproblemas em vários equipamentoseletrônicos.

Uma boa observação visual

podia ter evitado a compra de umaunidade nova e demorado tantotempo para resolver um problematão simples.

Até a próxima edição!

?

Uma questão que, geralmen-te, aflige os técnicos reparadoresde TV é tirar a dúvida se o tunerou seletronic está realmentedefeituso.

E´ claro que esta duvida sódeverá permanecer após ser cons-tado que as tensões de 33, 12 e5 Volts estão CORRETíSSIMAS.

Se for um desses tuners mo-dernos pendurado no barramentoI2C precisamos ter certeza da pre-sença dos sinais SDA e SCL. Seaté aí tudo parece estar em or-dem, uma boa idéia seria substi-tuir a saída de FI proveniente dotuner “oficial” do TV por uma ou-tra verdadeiramente confiável

E como iremos conseguir estatal FI sem gastar muito ?

Muito fácil.

Você deve ter, com certeza,abandonado na sua oficina, umTV daqueles antigões com um

gerador de FI. E´só alimentar oseletor jurássico e “criar” uma ten-são de AGC e já temos a FI “articial”para colocar no lugar da “outra”.

Abra o caminho entre a FI quevem do tuner do TV e injete a“nova” FI. Se a imagem aparecer lána telinha você já sabe onde estáo defeito.

E se não aparecer ? Calma,não saia por ai trocando o y/c junglesem mais nem menos.

Nesse caso até a EEPROM podeser culpada. Mas, isto é assunto praoutro dia.

Também não troque a EEPROMpor enquanto. Dê uma boa geral noscomponente externos penduradosno C.I y/c jungle que tenham a vercom toda a parte de demodulação.

Construindo um “Gerador” de FI com a sucataSeletor de Canais (era assim quese chamava antigamente) mecâni-co e que funcionavam sem “frescu-ras” de data e clock e outra firulascomo os atuais.

Então, já está pronto o seu

Neste espaço pretendemos apresentar Idéias práticas, úteis e baratas que au-xiliem o reparador no seu dia a dia da oficina. Se você tiver algum “Ovo de Colombo”manda pra gente. Se nossa equipe gostar da idéia ela será publicada no Boletim evocê ainda ganhará um brinde.

Para isso, é muito útil termosà mão o diagrama com os blocosinternos do C.I, álias, uma coisaque eu percebo que os técnicosnão tem o hábito de analisar.

E agora, é só juntar esse “po-deroso” gerador de FI tupiniquimcom o gerador de barras da Sonytele você tem tudo que precisava.

Daqui pra frente, se não con-seguir consertar é melhor chamarum técnico !

Paulo Brites

?

Realizamos treinamentos no rio de janeiro e

em outras cidades.

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Page 30: Boletim Set Out

Era uma vez uma impressora que não puxava o papelColaboração Jonas Marques

E m b o r apossa pareceróbvio e muitosaté irão dizerque já sabemdisto tudo, éimpressionantever que na hora

“H” muita gente boa entra pelocano e paga aquele mico comocostumam dizer por aí.

Dia desses, um colega técnicome ligou perguntando onde poderiacomprar a placa lógica da suaimpressora jato de tinta HP660Cque, segundo ele, não acionava omotor do papel e por isso, aimpressora não fazia ocarregamento do papel.

Perguntei como ele chegara aesta brilhante conclusão, pois namaioria das vezes a placa éinocente quando ocorre uma falhadesse tipo. A resposta veio rápidae grosseira: - “Ora, eu medi astensões no motor e elas não sealteram. Depois eu usei umosciloscópio pra monitorar os sinaise nada acontece, portanto a placaestá bichada.”

Tentando evitar que o colegagastasse uma grana na placadesnecessariamente, continuei meexpondo as “gentilezas” do técnico,fazendo algumas perguntas paradetectar o problema real e acharuma solução mais acertada.Perguntei sobre o comportamentoda impressora (os sintomas) e elerespondeu já irritado: - “Já disse,ela não puxa o papel, eu mandoimprimir e ela nem tenta puxar opapel” .

Sem querer, o colega deu a

dica: - se ela nem tenta puxar opapel é porque ela não quer mesmocarregar o papel, ou seja, existeum problema antes docarregamento. Aí eu me arrisqueinovamente e perguntei: - você játestou os cartuchos?

Ora, e pra que eu ia testar oscartuchos se o problema é com opapel, mesmo porque os cartuchosestão cheios, eu mandei recarregaroutro dia. Afinal, você sabe ou nãosabe onde vende a placa lógica?

Diante de tamanha convicção,eu desisti da prosa e passei a ele otelefone da loja da placa mas,antes joguei a dica para ver se elepegava e aqui vai pra vocêtambém.

“Lembre-se, quando vocêlevanta a tampa da impressora ocarro pára no meio mas, quandovocê abaixa a tampa o carro temque voltar para o lado direito (irpara o kit de limpeza). Casocontrário, temos um problema como reconhecimento do cartucho”.

Ele desligou e, à tarde ligounovamente, já mais calmo equerendo saber mais sobre essaestória de cartuchos, pois para“desencargo” de consciência elehavia testado os cartuchos dele naimpressora do vizinho e, para suasurpresa, a outra impressoramostrou os mesmos sintomas dasua, ou seja, também não carregouo papel, mostrando que se ocartucho está “queimado” aimpressora não vai trabalhar mesmo.

Muita gente confunde falta detinta com cartucho “queimado”. Oscartuchos da HP, Lexmark, e outrosque trazem a cabeça de impressãojunto com o reservatório de tinta,podem queimar o circuito e impedir

que a impressora inicie o processode carregamento de papel, poisenquanto ela não sair do “estadode erro” nada mais acontece.

Lembre-se de que se aimpressora tenta carregar o papele falha, pode estar ocorrendo umproblema mecânico qualquer, masse ela nem tenta, temos outroproblema para resolver primeiro.

Da próxima vez, teste oscartuchos primeiro antes de culpara pobre da placa lógica.

Até o próximo encontro ...?

A “coisa” tá preta ?A coisa geralmente começa

com a demora em aparecer a ima-gem e vai piorando progressiva-mente até que, para assistir o Jor-nal Nacional, é preciso ligar o TVàs 8 da manhã !

A partir de 1992 a Sony intro-duziu o conceito de Ik nos seus y/c jungle. Trata-se de um pulso co-lhido no circuito do CRT e que vai aum determinado pino do y/c com afinalidade de promover o constan-te equilibrio das saídas RGB.

Quando o tubo fica um pouco“idoso” este equilibrio não conse-gue mais ser obtido e aí vem a so-lução drástica: cortar as saídasRGB com a consequente tela pre-ta ou demora em aprecer a ima-gem. Se você aumentar umpouquinho a tensão G2 e a ima-gem surgir o problema pode estarrelacionado ao tubo bichado.

Verifique tudo que há entre ocaminho da PCI do CRT até a en-trada do Ik se não encontrar ne-nhum componente defeituoso, otubo já era !

?

Page 31: Boletim Set Out

Ano I - Nº 6 Informativo Técnico Distribuição Gratuita Jul/Ago 2004

A Philips e o “PT”A Philips e o “PT”A Philips e o “PT”A Philips e o “PT”A Philips e o “PT”Paulo Brites

Tenho observado a confusãoque os técnicos têm feito com os“novos” televisores Philips quetrazem a sigla PT na referência domodelo.

Pra início de conversa, elesnão são tão novos assim, poiscomeçaram a surgir em 1998.

Outro ponto importantíssimo,que a maioria dos técnicos nãopresta atenção, é que nem todosos PTs são iguais (nem na Philipsnem na política).

Estou organizando umtreinamento para outubro sobreestes chassis mas, é preciso quefique claro que o participante jádeverá ter alguns conhecimentosgerais sobre televisores microcontrolados de um modo geral.

Televisores micro controladosjá estão no mercado há mais dedez anos e ainda encontro técnicosque não têm a mínima idéia de comoeles funcionam.

Voltando aos “PTs”, até ondeeu consegui descobrir, existem maisde 60 modelos distribuídos em, pelomenos, 7 chassis diferentes,sendo que cada um deles aindaconta com algumas variações quesão importantes conhecer na horada reparação (se podem complicar,pra que simplificar, não é mesmo?).

Em linhas gerais esses chassissão:L7, L9, L01, L02, A8, A10 eL03.1L.

Não tente encontrar umalógica ou uma cronologia porquevocê não vai chegar a nenhumaconclusão, como eu também nãocheguei.

Por uma questão de espaço,

não posso colocar aqui uma tabelacom todos os modelos e osrespectivos chassis, mas não fiquetriste, se você visitar o sitewww.avbrites.com.br encontraráessa tabela e ... a cores.

Sendo assim, é fundamentalque você se conscientize de que oprimeiro passo é identificar a qualchassi o aparelho que você estáquerendo consertar pertence paraa partir daí traçar o diagnóstico.

Por exemplo, você está defrente com um 14 PT 110 A quecorresponde ao chassis L7-L.Passemos para o 21 PT 230 A e jáestamos no chassis L7 PLUS.

Se você pensa que estasalterações não são significativasentão, posso lhe dizer que este éo primeiro ponto a ser esclarecidopara que você entenda porqueestá levando surra para consertaresses aparelhos.

O chassis L7-L utiliza comoBIMOS o TDA 8361ou 62, enquantoo L7 Plus passou a utilizar umaversão mais nova de BIMOS, o TDA8374.

Você ainda não se convenceuda importância em saber adiferença entre as duas versões dochassis L7? Então, lá vai: procureo menu de alinhamento no 14 PT110.

Você seria capaz de responderporque o modelo que utiliza o TDA8361 não tem menu de alinhamento(SAM) e o outro modelo que utilizao TDA 8374 tem o SAM , além doSDM?

Senão sabe, então já passouda hora de aprender mas, nem tudoestá perdido. Se você fizer o meucurso de televisores modernos

ainda haverá uma salvação!Outro ponto interessante a ser

observado é que aquele velhométodo de “consertando TV pelaimagem” não funciona mais, já quequalquer “desavença” interna queocorra no circuito do TV, o “todopoderoso” micro colocará o ditocujo em proteção e o desligará.

Mas, não se desespere. Osengenheiros da Philips arranjaramum jeitinho de “mostrar” o que estápor trás da “tela preta”: são oscódigos de erro.

A Philips, em todos os chassisque utilizam a sigla PT no modelo,fornece dois procedimentos para ocódigo de erro: piscadinhas do ledde stand by ou um número na telaquando o TV é colocado em SDM.

Pra quem “ainda” não sabe oque é SDM (não confundir comSMD) esta sigla significa ServiceDefault Menu que uma espécie deMenu de Serviço para forneceralguns dados sobre o aparelho bemcomo os bits de opção e o códigode erro.

E o SAM que citamos linhasatrás? Essa sigla significa ServiceMenu Alignment e este sim, é omenu que permite executar osajustes que antigamente eramfeitos pelos “saudosos” trimpotsque causavam a alegria dostécnicos futucadores outrimpoteiros como eu costumochamá-los.

Voltando ao código de erro, sevocê está com um aparelho na suabancada que não liga ou desligaimediatamente após ser ligado eele pertence a “família PT”, aprimeira coisa a fazer depois deidentificar a que chassis elepertence, é “correr atrás” da tabela

www.avbrites.com.br

Page 32: Boletim Set Out

Expediente

Coordenação GeralPaulo Brites

Jornalista ResponsávelCarlos Dei

Registro MTB 15173Tiragem

8000 exemplares

O conteúdo das matérias aqui

publicadas é de responsabilidade

de seus autores.

[email protected]

de código de erros.O número de piscadinhas do

LED ou a mensagem que aparecena tela pode lhe fornecer umainformação importante e lhe dizerpor onde começar.

Embora cada chassis tenha asua tabela elas guardam umasemelhança entre si sendo quequanto mais novo o chassis maioro número de erros que édisponibilizado.

Vejamos um exemplo para ochassis L9.1A

Suponhamos que você entreno SDM e apareça a seguinteinscrição: ERRO 5600000. Essechassis tem a possibilidade dearmazenar no buffer de erros até7 falhas ocorridas no TV. Elas vãosendo escritas da esquerda para adireita e quando a sétima falha formemorizada a primeira será apagada(à esquerda) caso uma nova falhavenha a ocorrer.

No nosso exemplo, a primeirafalha foi a de número 6.Posteriormente ocorreu uma novafalha, a de número 5.

Na tabela de código de errosdo chassis L9.1A descobriremosque ERRO 6 significa falha nobarramento I2C do BIMOS.

E´ importante que vocêentenda que isso não significa quedevemos trocar o C.I pois, até umasolda fria poderia produzir essafalha. O erro 6 lhe diz que aencrenca está na comunicação dobarramento I2C com o BIMOS.

Vejamos agora o que o manualno diz a respeito do ERRO 5= Errode Inicialização do BiMos (POR bit):

“O Registro de Inicialização deBiMos está corrompido ou a linhaI2C do BIMOS está sempre em nívelbaixo ou não há alimentação no

pino 12 do BIMOS. Esse errocostuma ser detectado durante ainicialização e não deixará oaparelho começar a funcionar”.

A analise atenta dessainformação poderá levar aencontrar rapidamente a falha quepode estar sendo provocada, porexemplo, por um capacitorcerâmico defeituoso numa daslinhas do barramento I2C.

Tudo que foi exposto aqui tempor finalidade principal mostrar aotécnico a indispensávelnecessidade de atualização emtreinamentos que lhe passemrealmente informações relevantese que ajudem a desenvolver acapacidade de analise a qual elesnão foram acostumados.

Insisto sempre em duasquestões: 1) antes de começar atentar consertar qualquer coisaprecisamos saber como a “coisa”funciona; 2) a era do troca peçassem saber porque ... acabou.

Precisamos aprender uma novamaneira de consertar os aparelhoseletrônicos e ela passaobrigatoriamente peloentendimento prévio do circuito.Sem saber como o circuito funcionanão há como fazer um diagnósticoda falha e sem esse diagnóstico eo conhecimento das linhasprincipais do projeto não há comotraçar uma estratégia de busca domotivo da falha.

O exemplo dado com os doischassis “PT” aqui mostrado teve aintenção de chamar a sua atençãopara essa questão.

Daqui pra frente, quando vocêolhar para um “PT” não esqueçade ver a que “chassis” ele pertence(na Philips e na política !)

ΩΩΩΩΩ

EditorialEditorialEditorialEditorialEditorial

Paulo Brites

Olha mais um “fermento” nonosso boletim. Agora ele estácom 8 páginas!

Sabe por que isso foi possí-vel? Dois parceiros novos se jun-taram a nós:

A Sabys de Curitiba e oTarzan de São José dos Cam-pos.

Outra novidade é um novocolaborador, nosso amigo MaxDurend que se junta ao time daÁudio & Vídeo Brites e inaugurasua seção falando do importan-te tema do uso da Internet.

O resto você já sabe mas,nunca é demais pedir paraprestigiar as empresas queapoiam nosso trabalho porquequem sai ganhando mesmo évocê.

Devagarinho estamos fazen-do a “inclusão do técnico repa-rador” e com custo zero para ele.

Com imaginação e trabalhotudo é possivel.

Os nossos políticos deviampensar assim!

Page 33: Boletim Set Out

Quem já se deixou seduzirpelos encantos da Internet, sabemuito bem que a mesma é umafonte inesgotável de informações.E, para nós profissionais daeletrônica, é mais uma oportunidadede nos mantermos atualizados e,sem dúvida nenhuma, obtermosinformações preciosas sobrecomponentes eletrônicos,produtos, serviços e,principalmente, novas tecnologias.

Eu, como internautainveterado, há muito já descobricomo usar a Internet para obteras mais variadas informações e, acada dia que eu passo“navegando”, aprendo mais umanovidade. É claro que ninguém temtempo de sobra para ficar“pendurado” dia e noite nocomputador para descobrir“coisas” importantes. Isso ocorrenaturalmente, à medida que se“navega” cada vez mais pelomundo virtual ou o chamado “cyberespaço”. Sendo assim, resolviescrever umas poucas linhas,dando algumas dicas de comovocê, principiante ou “velho-de-guerra”, pode chegar rapidamentea informação que deseja sem ficar“navegando sem rumo” pelo mundovirtual. Espero com isso, que eupossa ajudá-lo a achar aquelainformação sobre aquele CIdesconhecido daquele aparelho quejá está aberto há muito temposobre sua bancada só esperandovocê saber o que tem dentro dele.

Muito bem, depois destaspalavras de incentivo (será ?),você resolveu usar defenitivamente

Obtendo informações de componentes eletrônicos Obtendo informações de componentes eletrônicos Obtendo informações de componentes eletrônicos Obtendo informações de componentes eletrônicos Obtendo informações de componentes eletrônicos

“quase de gr“quase de gr“quase de gr“quase de gr“quase de graça” !aça” !aça” !aça” !aça” !seu computador como umaferramenta para lhe ajudar a acharo que você necessita. Você entãose inscreveu em um provedor,instalou seu programa navegador(Browser), se conectou e está naInternet ! Mas, e agora ? Como vouachar o que eu preciso ? Calma !Vamos, por partes (como já dizia ovelho Jack, o estripador ) !

A primeira coisa que devemosentender é que: muitos fabricantesde componentes eletrônicos (aliás,não só fabricantes de componentesmas, também outros), possuempáginas na internet (o quechamamos de SITES). E, o que éo melhor disso tudo, é que essesfabricantes disponibilizam paradownload (cópia) informaçõessobre seus produtos, na forma decatálogos, databooks oudatasheets. Esses documentosno formato de arquivos eletrônicospodem ser facilmente “copiados”para seu HD para serem lidos ouimpressos em papel. Esseprocesso de cópia do arquivo dosite para o seu HD, é chamado dedownload (também conhecido nalinguagem do “computês”, como“baixar” ).

Normalmente, estesdocumentos eletrônicos ou arquivosestão num formato quedenominamos de PDF. Observeque, todo arquivo de dados em seucomputador possui um nome e umaextensão, sendo que é essaextensão que identifica o tipo dearquivo e o associa a algumprograma que deverá estarinstalado em seu computador paraque o arquivo possa ser lido oueditado. No caso de documentoseletrônicos na Internet, tornou-se

praticamente um padrão, aextensão PDF, que significa(Portable Document File). Parase acessar este formato de arquivo,utilizamos um programa que nospermite abrir-los, lê-los e imprimí-los. Este programa é o ADOBEACROBAT READER, sendo omesmo distribuído livremente pelaInternet, ou seja, pode ser“baixado” e instalado no seucomputador sem que se pague nadapara utilizá-lo. Mas, onde eu achoeste programa ? Muito símples:podemos baixá-lo diretamente dosite do seu fabricante que é aempresa ADOBE, (http://www.adobe.com ou http://www.adobe.com.br ) ou ainda, nospróprios sites(www.avbrites.com.br) em que seestá baixando o arquivo desejado,visto que, muitos deles,disponibilizam o programa também.Outra dica interessante é que comoesse formato se tornou um padrãona distribuição eletrônica dedocumentos, a maioria das revistasde informática que encontramos embancas de jornais, trazendo CDROM’s de brinde, nos dão, dentreoutros utilitários, o ADOBEACROBAT READER. Basta instalá-lo e pronto.

Uma vez que já sabemos comoler estes arquivos de documentoseletrônicos, resta-nos descobrircomo acharmos o que queremos.Esta é, sem dúvida, a parte maistrabalhosa, porém vou dar-lhesalgumas dicas que, certamente irãofacilitar sua pesquisa.

A primeira dica é a seguinte:imagine que você está procurandoa folha de dados (datasheet) deum determinado componente e

Colaboração Max Durend

Page 34: Boletim Set Out

sabe que o mesmo é fabricado pelaempresa VISHAY (você identificouo logotipo ou viu escrito o nomeno componente). A primeiratentativa que podemos fazer édigitar na barra de localização doseu programa navegador(Browser): o endereço http://www.vishay.com. Certamente, namaioria das vezes, esta tentativatermina em bons resultados, ouseja, você acha o site dofabricante. Mas porque eu sugeriisto ? Muito símples: quase sempre,o endereço do site de umdeterminado fabricante é o próprionome do fabricante (Prático, não?). Observe que precisamos utilizarnuma primeira tentativa: http://www. (ponto) <nome da empresa>(ponto) com. Numa segundatentativa, podemos utilizar http://<nome da empresa> (ponto) com.

Claro, pode ser que, em algunscasos, não seja simplesmente isso,e sendo assim, precisamos mudarnossa estratégia. Podemosutilizar sites de busca ou procura(Search Engines). Mas o que sãoestes sites ? Bem, existemempresas que atuam na Internetcujo propósito é formar umagigantesca base de dados comendereços de sites que contenhamdeterminados assuntos. Assim, aoacessarmos esses sites de procura,teremos um espaço onde podemosdigitar palavras-chave (nomespróprios, tópicos, assuntos, etc.)e, em seguida mandarmos o sitebuscar endereços em que hajaocorrência do que desejamos. Porexemplo: podemos acessar um sitede procura genérica, tal como oALTAVISTA, e digitarmos no espaçoapropriado a palavra VISHAY, emandamos o mesmo pesquisar.Como resposta teremos umalistagem onde haja a ocorrência dapalavra VISHAY e, certamentenesta listagem, aparecerá oendereço do site deste fabricante.

Claro que isso exige que você leiatodos os tópicos listados vendo oresultado que mais se encaixa nassuas necessidades.

Existem vários sites depesquisa pela a Internet, na suagrande maioria, de pesquisagenérica, ou seja, não éexclusivamente para assuntosrelacionados a uma determinadaárea, como por exemplo, eletrônica.Porém, existem alguns endereçosde páginas de pesquisa que sãoespecializadas em eletrônica (queé o nosso assunto em questão).Esses “procuradores”,normalmente nos dão resultadosmais precisos e mais rápidos.Existem também, páginas ou sitescontendo links (enderços clicáveiscom o mouse) direto para a grandemaioria dos fabricantes decomponentes eletrônicos. Mais afrente, irei listar alguns endereçosde sites úteis para a pesquisa deassuntos relacionados à eletrônica.

Muito bem, eu consegui chegarao site do fabricante, mas comovou achar a informação que euestou procurando (por exemplo, odatasheet de um determinadocomponente) ? Procure localizarno site um caminho ou link parasecções intituladas como:Products, Catalog Datashets ouTechnical Information.Certamente um destes caminhos iráchegar à secção dos produtos e,finalmente, ao datasheet oudatabook do componente desejado.Muitos fabricantes colocam emsuas páginas um pesquisador(search) onde digitamos o códigodo componente (part) cujainformação desejamos, erápidamente ele é localizado dentrodo site. Porém, normalmente, sógrandes fabricantes utilizam essametodologia, pois geralmentepossuem sites extensos commuitas páginas ou secções. Leiasempre o texto das páginas a fim

de se localizar. Outra dica é quequando o site disponibilizadocumentos em PDF, geralmenteisso estará indicado textualmente,ou com a presença dos seguintessíbolos:

Existem outros formatos alémdo PDF em que podermos encontrararquivos de informações técnicas?A resposta é: sim! Em alguns casos,estes arquivos poderá estar emformato DOC, o que necessitaráter instalado em seu computador oprograma Microsoft WORD que fazparte do OFFICE). Podemos tertambém outros formatos gráficostais como GIF, TIF e JPG. Estesformatos correspondem a arquivosde imagens como, por exemplo, umarquivo que “escaneado”.

Para SE visualizar arquivosgráficos (figuras) existem diversosprogramas que podem ser baixadosna própria Interner. Alguns delessão de uso grátis (freeware) outrossão do tipo shareware, ou seja,usa-se por um tempo e depois segostarmos teremos que comprar alicença.

Eu, particularmente, utilizoo programa ACDSee que, além deser um ótimo visualizador gráficopossui alguns recursos degerenciamento de arquivos muitointeressantes. Este programa é dotipo shareware e, portanto,devemos comprar uma licença deuso. Para maiores informações epara fazer o download do programavá diretamente a página dofabricante em:

http://www.acdsystems.com Outro formato quase quepadrão na Internet é o ZIP .

Um arquivo neste formato,significa que o mesmo foi

Page 35: Boletim Set Out

comprimido para que seu tamanhoem bytes, kilobytes ou megabytesfique menor e, portanto, maisrápido para ser baixado, ou seja,um arquivo “zipado” precisa ser“deszipado” ou descomprimidodespois de baixado, para que sepossa restaurar o arquivo ao seuformato original e, assim, abrí-locom o programa adequado.

Para comprimir e descomprimirarquivos no meu dia-a-dia, euutilizo um programa sharewaremuito símples, e que também podeser obtido na própria internet: oWINZIP. Para maiores informaçõese baixar uma cópia do programa,vá ao site ou homepage do prórpiofabricante: http://www.winzip.com

Bem, para finalizar vou listaralguns links muito interessantes queutilizo constantemente para acharinformações diversas nas minhasandanças pela internet. Aí vai:

http://www.altavista.comhttp://www.google.comhttp://www.aonde.com.brhttp://www.cade.com.brhttp://yahoo.com.brh t t p : / / w w w . e e m . c o m

(diversos fabricantes decomponentes eletrônicos)

h t t p : / / w w w . x s 4 a l l . n e /~ganswijk/chipdir/ndex.htm

(diversas informações sobreC.I.s)

http://www.epanorama.net

(super página de links para assun-tos relacionados à eletrônica).

Impr Impr Impr Impr Impressoressoressoressoressoras:as:as:as:as:

A importância da limpeza do eixo A importância da limpeza do eixo A importância da limpeza do eixo A importância da limpeza do eixo A importância da limpeza do eixo

Recebo muitos pedidos deajuda de alunos e técnicos sobredefeitos em impressoras, que osdeixaram desnorteados quanto aresolução dos problemas.

Problemas do tipo:A impressora liga, faz barulho

no motor e fica piscadoALTERNADAMENTE os leds dopainel.

A impressora pára no meio daimpressão e fica piscando os leds.E por aí vai...

Quando desconfiam que oproblema está relacionado com oeixo, tratam logo de ir deitandoóleo ou graxa no mecanismo ecomo não resolvem o problema,condenam a placa lógica semnenhuma cerimônia.

O problema é tão sério que jáencontrei impressoras“lubrificadas” até com óleo de soja.

Outra prática comum utilizadapelos técnicos apressados é aaplicação de “WDs” e outroslubrificantes para “amaciar” otrajeto do carro de impressão quetravou devido a sujeira no eixo.

Ora se temos acúmulo desujeira (poeira e outros resíduos)na superfície do eixo o que temosa fazer primeiramente é limpa-lo.

Deixe a preguiça de lado eretire o eixo do mecanismo. Mascuidado, a maioria das impressorastem um pré-ajuste nas buchas queprendem o eixo nas laterais, e quevocê deve marcar para recoloca-lono mesmo ponto.

Uma vez retirado o eixo, eledeve ser limpo com álcoolisopropílico “dubom” e não obatizado. Tem loja que vende álcoolcomum dizendo que é isopropílico.Não caia nessa. Limpe até o eixoficar brilhando, não se esquecendodas buchas do carro de impressão.Afinal não adianta nada limpar o eixose a outra parte do conjunto nãoestiver revisada.

Experimente manualmente omovimento do carro de impressãopelo eixo e só pare de limpar quandoo movimento estiver “macio” esilencioso, caso contrário continuelimpando.

Nas impressoras Epson(Matriciais e Jato de Tinta) existeum feltro na parte inferior do carroque faz contato com a superfíciedo eixo. É ali que devem sercolocadas as gotas de óleo fino quevão lubrificar o eixo.

Já nas HPs pode-se colocaralgumas gotas de óleo fino numaflanela e espalhar uma fina camadana superfície do eixo. Lembre-se deque qualquer excesso deixará o óleoescorrido, com aspecto ruim e todaa poeira do ambiente vai “agarrar”no mecanismo.

Temos que aceitar os fatos.Limpeza do eixo é coisa séria e nãoaceita paliativos. Muito “técnicobom” já perdeu clientes tentando“economizar” com óleo de soja.

Até a próxima.

Colaboração

Jonas Marques

ΩΩΩΩΩ

ΩΩΩΩΩAté o próximo encontro.

RecifeRecifeRecifeRecifeRecifeA CI Eletrônica e HR do Brasil promoverão a palestraConserto de Televisores Modernos com Paulo Brites

em 26 de setembro. Informações: (81) 3305-3710/3716/3717

VAGAS LIMITADAS

Page 36: Boletim Set Out

Este caso ocorreu com umamigo dia desses e creio que o fatopoderá ser útil e chamar a suaatenção de que nem sempredevemos acreditar piamente no quevemos.

É claro que não estou dizendoque não se deva esquecer aquelainspeção visual que é de praxe edeve ser feita em qualquerequipamento que chega as nossasmãos. A inspeção visual éfundamental e em vários casos ésuficiente para se encontrar odefeito do equipamento.

O que quero dizer é que vocênão deve confiar cegamente no queestá desenhado ou escrito em silkscreen na PCI do equipamento pois,é possível que ocorram erros deimpressão e que se não foremobservados, podem levar aoproblema com que esse meuamigo se deparou.

O equipamento era umTV CCE mas, poderia ser deoutra marca qualquer. O ditocujo era o HPS 2015 (já meioantiguinho por sinal) eestava, como é de costumenesses aparelhos, com o TSHou Fly Back danificado (ainspeção visual foi mais doque suficiente para revelar isso,pois, havia um “belo” buraco emsua lateral que, nesse caso, nãoera de bala perdida.

Além do dano no TSH, haviatambém um capacitor eletrolíticovizinho a ele, totalmenteenegrecido (e não era por fuligem).O referido capacitor era o C456,filtro da tensão de 24 volts queera obtida a partir do pino 6 doTSH, atravessando um fusistor de

1 Ohm (R420), sendo aplicada aum diodo retificador rápido (D404)e finalmente filtrada pelo talcapacitor eletrolítico de ondeseguia através de uma bobina(L403) para alimentar o C.I. deSaída Vertical (IC301). Como ocapacitor apresentava além deuma péssima aparência, umacapacitância bem abaixo do seuvalor nominal (a ESR então, nemse fala! ), o técnico resolveusubstituí-lo por um novinho emfolha, bem como o TSH, é obvio.

Ao ligar a chave power doTV, ocorreu que embora a AltaTensão fosse gerada, não havia luzna tela. Excitada a G2 através dopotenciômetro de screen no TSH,surgiu uma linha horizontal na tela.Ao verificar a alimentação do C.I.de Saída Vertical, o colegaconstatou que não existianenhuma tensão presente no pino

de entrada de +B e verificando oscomponentes ligados a esta linha,constatou-se que o fusistor que eraligado ao pino 6 do TSH estavaaberto. Feita a substituição doresistor, ao ligar novamente o TV... cheiro de fumaça no ar!!!!

O fusistor recém trocadoacabava de virar carvão. Issolevava a crer, numa primeiraanalise, que o C.I de Saída Verticaldeveria estar em curto o que, até

certo ponto parecia fazer sentido,porque o furo no corpo de TSHoriginal apontava quase quediretamente para o dissipador decalor deste C.I. Sem pensar emmais algum tipo de problema, ocolega passou a troca do referidoC.I e dos capacitores eletrolíticosvizinhos a ele, pois nós sabemos(ou deveríamos saber) queeletrolíticos em circuitos de saídavertical são tão críticos quanto emuma fonte chaveada. Realizada atroca, ligou o aparelho e para ain......felicidade do meu amigo,novamente o resistor virou pó (decarvão) .

Começava ai o calvário do meuamigo. Sugeri a ele que desligassea bobina (L403) para verificar se oexcesso de corrente (que é o quefazia o resistor torrar) era produzidopelo circuito vertical ou por um doscomponentes ligados diretamente

ao resistor. Para minha surpresa,ele me liga em seguida dizendoque mesmo com a bobina soltao resistor super aquecia e ele jáhavia substituído o capacitor eo diodo embora os doisestivessem medindo OK. Analisando o circuitoenvolvido no problema,observamos que não existemmuitas opções para o que estavaocorrendo. O colega voltou asubstituir TSH por “desencargode consciência” como se diz por

aí. De nada adiantou, o resistorinsitia em torrar.

Levantei a hipótese de existirum curto no impresso (que poderiaestar carbonizado) ou ele tercolocado algum componenteinvertido. Ele me garantiu, “de pésjuntos”, que não havia colocadonada invertido, mais que iriaverificar novamente.

Meia hora depois, triiiiiiim ...

Não vNão vNão vNão vNão vale o que está escrito !ale o que está escrito !ale o que está escrito !ale o que está escrito !ale o que está escrito !

ColaboraçãoColaboraçãoColaboraçãoColaboraçãoColaboração

F F F F Fernando Joséernando Joséernando Joséernando Joséernando José

Page 37: Boletim Set Out

era ele!- Matei o defeito, me disse ele

com aquela euforia característicade que ganha na loteria:- “odesenho do capacitor eletrolíticoestava errado na PCI”, ou seja, aindicação do lado negativo estavano furo da PCI que correspondiaao positivo e vice e versa.

Moral da história: - Nemsempre “vale o que está escrito”como dizem os “corretoreszoológicos” ou, “no popular”, osbicheiros!

Durante muito tempo nosacostumamos com a nomenclaturajaponesa para transistores quecomeça com 2S seguido das letrasA, B, C ou D e do número queidentifica um determinadotransistor.

Há algum tempo começamosa ver transistores em que o 2S éomitido e aparece apenas a letraseguida do número.

Esta confusão começou aaumentar com a entrada nomercado dos semicondutores defabricantes coreanos e chineses.

Todos os transistoresjaponeses têm seu códigoregistrado no EIAJ – ElectronicIndustry Association of Japan. eeste código passa a ser depropriedade exclusiva de quem oregistrou.

Assim, se a Toshiba registrao 2SD 1555 no EIAJ este códigopassa a pertencer a ela e se outraindustria fabricar um transistorcom os mesmos parâmetros teráque designá-lo apenas por D1555.

Mas a confusão não pára aí.Com a entrada dos fabricantescoreanos como a Samsung e aKEC eles passaram a utilizar osprefixos KS e KT. Entretanto, àsvezes, por “falta de espaço” nocorpo do transistor, podeaparecer gravado apenas D1414,por exemplo, e não se tratar deum 2SD 1414 e sim de um KTD1414. Para aumentar a confusão,na maioria das vezes, (ou talvezsempre) os dois são transistorescompletamente diferentes.

Como sair dessa ?Uma dica que talvez ajude é

verificar a logomarca do fabricantee aí se você descobrir que é umfabricante coreano “desconfie” quepode tratar-se de KS ou KT.

Na hora de comprar todocuidado é pouco porque, é claroque, poucos lojistas ou balconistadevem ter conhecimento dessasinformações.

Toda esta trapalhada talvezajude a explicar porque, muitasvezes, você compra um transistorque supostamente teria umapolarização ou uma determinadadisposição dos terminais e ao colocarno circuito fica pior do que antes.

O mínimo que você deve fazerdaqui pra frente é conferir se, pelomenos, a polarização é a mesma (NPNou PNP) e se os terminais base,coletor e emissor estão no lugarcorreto, além de procurar saber setrata de 2S, KT ou KS.

No caso de aprecer apenas umJ ou um K significa que estamosdiante de FET cuja “resgistro” originale 2SJ, 2SK ou 3SK.

Outra questão para a qual vocêprecisa estar atento são oschamados “tansistores digitais” cujanomeclatura começa com DT e aípodemo ter DTA, DTB, DTC, DTD ouDTE seguido de um número de trêsalgarismos.

A maioria deles costuma seapresentar com envólucro SMD.

A avaliação desses transitsorespela escala ôhmica não funcionaporque eles trazem “embutido”alguns resistores para polarização.

Cuidado com o código do trCuidado com o código do trCuidado com o código do trCuidado com o código do trCuidado com o código do transistoransistoransistoransistoransistor

Paulo Brites

Associação ComerAssociação ComerAssociação ComerAssociação ComerAssociação Comercial de Sercial de Sercial de Sercial de Sercial de Sergipegipegipegipegipepromove treinamento em televisores moder-nos e fontes chaveadas com Paulo Brites

para os técnicos de Aracaju. Nos dias dias 14 e 15 de agosto, 64 técnicos da região tiveram uma oportunida-de de reciclar seus conhecimentos.

Ao término do evento o palestrantesorteou entre os participantes alguns de seuslivros, cinco CD ROM “The Book” ofertadospela HR e um gerador de barras para TVofertado pela Sonytel.

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Page 38: Boletim Set Out

Neste espaço pretendemos apresentar idéias práticas, úteis e baratas que auxiliem oreparador no seu dia a dia da oficina. Se você tiver algum “Ovo de Colmbro” mandapra gente. Se nossa equipe gostar da idéia ela será publicada no Boletim e você aindaganhará um brinde.

Usando a PUsando a PUsando a PUsando a PUsando a Ponta Lógica da Minipa paronta Lógica da Minipa paronta Lógica da Minipa paronta Lógica da Minipa paronta Lógica da Minipa para analisar o barra analisar o barra analisar o barra analisar o barra analisar o barramento Iamento Iamento Iamento Iamento I22222CCCCC

Paulo Brites

Nos anos 80 começava o boomda eletrônica digital e a “pontalógica” entrava na moda.

Um equipamento simples ebarato que permitia avaliar, com oauxílio de LEDS, se um circuitológico estava funcionando ou nãocorretamente.

Caiu de moda, assim como autilíssima lâmpada série.

Dia desses comecei a pensarno assunto, durante as aulas deTV, como uma solução simplespara avaliar, sem o osciloscópio, seo barramento I2C estava “vivo”

De repente encontro em umaloja uma ponta lógica da Minipa cujopreço, em torno de vinte reais, ébastante convidativo.

Ela tanto verifica circuitosCMOS como TTL. No nosso casoos níveis lógicos do barramento sãoTTL e portanto, devemos colocara chavinha nesta posição.

A alimentação para a ponta, 5Volts, é tirada do próprio TV. Bastaligar um clips no terra e outro numponto de 5 Volts que pode sercolhido no pino de Vcc da EEPROM.

Temos três LEDs indicativos:Vermelho = nível alto, Verde = nívelbaixo e Amarelo = pulso.

A seguir encostamos a pontana linha correspondente ao SCL eao SDA.

Para que o barramento estejafuncionando devemos ter os trêsLEDS piscando em cada linha.

Se o LED amarelo não acendeindica que o barramento está

parado.Ai é só olhar os LEDS vermelho

e verde. O que estiver acesoindicará que a linha está “presa”naquele nível, alto (vermelho) oubaixo (verde).

Se o LED verde acende (e oLED amarelo não pisca) então alinha está em curto. Se o LEDvermelho acende (e também o LEDamarelo não pisca) a linha não estáem curto, mas não está havendotransferência de dados e por issoo aparelho não irá funcionar.

Se você já fez o meu curso deTV moderna sabe do que estoufalando.

Embora esta verificação nãoseja a “palavra final” ela já nosajuda a identificar se o barramentoestá “vivo ou morto” e se tiver“morto” aí está a causa do defeito,porque defunto não fala ...não émesmo!

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ipa

- MP

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Page 39: Boletim Set Out

Ano II - Nº 7 Informativo Técnico Distribuição Gratuita Set/Out 2004

www.avbrites.com.br

Gasolina adulterada, remédiosfalsificados, CDs piratas, roupas,tênis, enfim hoje em dia está cadavez mais difícil saber o que é ver-dadeiro e o que é falso.

A grande questão é que osprodutos citados aparecem namídia pelo impacto que causam.Talvez os jornalistas nemdesconfiem que existe um outromercado onde afalsificação competefortemente com oproduto original.

Pois bem, ossemicondutores utilizadosem aparelhos eletrônicosestão cada vez maispresentes nesta lista.

A falsificação decomponentes eletrônicosnão é coisa recente. Opessoal da velha guardacertamente se lembra do BU208 edo 2N3055 só para citar algunsexemplos.

A questão é que o problemaestá atingindo níveis alarmantes.

Até mesmo os técnicos queestão “na estrada” há algum tempoainda levam surras imensas ecustam a acreditar que o motivoestá, muitas das vezes, relacionadoà peça “novinha em folha” que elecomprou numa loja e não no camelôda esquina.

Os próprios fabricantes deequipamentos eletrônicos, se nãotiverem um extremo cuidado naescolha de seus fornecedores,podem ser ludibriados pela máfia dafalsificação.

E´ bem verdade que algumasfalsificações são tão grosseiras que

qualquer pessoa, com um mínimode prática no ramo, é capaz dereconhecer imediatamente. Outrasporém, são “fabricadas” por“indústrias” sofisticadas todas elasinstaladas na China.

E´ o que afirma JamesCarbone, num excelente artigopublicado na revistaPurchasing.com de julho de 2004.No mesmo artigo Carbone cita umadeclaração de Chuck Magee, vice-

presidente executivo da AmericanII, uma distribuidora independentede St.Petersburg, onde Magee diztextualmente: “todas as peçasfalsificadas não são provenientesdo Japão, Honk Kong, Singapura ouTaiwan. A “terra natal” das peçasfalsificadas é a China”.

Vale a pena conferir a matériaque você encontrará no endereçowww.manufacturing.net/pur/article/CA436087.html

Outra matéria bastanteinteressante sobre peçasfalsificadas foi preparada peloengenheiro Rumberto Gómes Medae você encontrará em:

http://www.yoreparo.com/articulos/electronica/transistores-falsificados.html

Lá você verá fotos

comparativas (falsos e verdadeiros)de diversos transistores de áudioque é a especialidade doengenheiro Meda.

A audácia dos falsificadores decomponentes eletrônicos é tãogrande que chegam a oferecer“seus produtos” na Internet.

Não acredita? Então vá noendereço http://www.made-in-c h i n a . c o m / o f f e r s / b r o w s e /viewthread/123125/Tk4OTIwM/

7095/00/00/mic/mic/Transistor.html.

Lá você encontraráa seguinte “mensagempublicitária” : -“ We canproduce transistor indifferent qualitysstandard percustomer´s requests”.

Trocando emmiúdos eles estãoinformando que “podemproduzir transistores

com diferentes padrões dequalidade de acordo com pedido docomprador”.

Há diversos “tipos” defalsificação mas, o importante éestar consciente de que estaspeças não funcionam corretamentee ainda podem levar a outrosdefeitos mais graves.

Dependendo da peça e daaplicação pode ser até que funcionena hora mas, na semana seguintevocê recebe o aparelho de voltacom o cliente fazendo cara feia edizendo “está com o mesmodefeito”. Pior ainda, quando vocêconstata que está com maisdefeitos!

O falsificador, obviamente, nãoestá preocupado se vai funcionarou não, a ele o que interessa é o

PPPPPeças falsificadas: é mais sério do que veças falsificadas: é mais sério do que veças falsificadas: é mais sério do que veças falsificadas: é mais sério do que veças falsificadas: é mais sério do que você imaginaocê imaginaocê imaginaocê imaginaocê imaginaPaulo Brites

fotos do site de Rumberto Gómes Meda

Page 40: Boletim Set Out

Expediente

Coordenação GeralPaulo Brites

Jornalista ResponsávelCarlos Dei

Registro MTB 15173Tiragem

10.000 exemplaresO conteúdo das matérias aquipublicadas é de responsabilidadede seus autores. [email protected]

EditorialEditorialEditorialEditorialEditorial

Paulo Brites

quanto irá faturar.Infelizmente muitos lojistas

não percebem este problema ounão se interessam por ele. Emalgumas lojas chegam a ter a carade pau de vender dois “tipos” deprodutos e, se o clientequestionar, o balconista talvezinforme qual é o original e qual é ofalso.

E você acha que dá paraconfiar numa loja deste tipo?

Como técnico, você temtambém uma granderesponsabilidade neste assunto edeve escolher cuidadosamente oque compra e onde compra. Selocalizar o problema em umadeterminada loja leveprimeiramente a questão ao lojista,preferencialmente ao proprietárioou gerente porque eles tambémpodem estar sendo enganados pelofornecedor. Se o lojista forcompromissado com a qualidade,certamente tomará providências eo atenderá.

Como foi dito lá atrás, hádiversos tipos de falsificação.Analisemos alguns deles, à guisade curiosidade.

Suponhamos que ao términoda fabricação “oficial”, um lote dedeterminado transistor ou circuitointegrado, apresente-se fora dasespecificações corretas e portanto,deva ser rejeitado.

O correto seria destruir estescomponentes, você não acha?

Mas, “por alguma razão”, elesacabam indo parar numa “indústriae s p e c i a l i z a d a ” e m“remanufaturamento” onderecebem o “rótulo” da peça que omercado está comprando mais, nãoimporta o que “tem lá dentro”.

Um teste básico que podeajudar a descobrir se a peça foi“carimbada” é passar acetona pura(comprada em casa de produtos

químicos). A maioria das peçascarimbadas não resiste a esteteste. Para algumas bastaesfregar com um pouquinho desaliva e já era ...

Numa falsificação mais“especializada” e que exige um“sofisticado nível deprofissionalismo” um transistor oucircuito integrado bem baratinho éencapsulado e carimbado como umtipo mais caro e mais procurado.

Numa dessas, às vezes, o“falsificador profissional” se distraie acaba “transformando” umtransistor PNP em NPN ou viceversa. Pode ocorrer também que aposição dos terminais(base,emissor e coletor) do “novoproduto” não coincida com asposições do original. Mas, que faltade profissionalismo destefalsificador, você não acha?!

Muitos profissionais acabam seiludindo com o preço e comprandoo mais barato com a alegação deque se não fizerem assim o preçodo serviço sobe e o cliente nãoaceita.

E de que adianta comprarbarato se não vai funcionar ou oaparelho vai voltar em seguida com“o mesmo defeito” ou com maisdefeitos ainda.

Se você é técnico e comprauma peça mesmo desconfiando queé falsa, preocupado apenas com opreço então, você deve gostar desofrer, porque a principal vítima vaiser você.

Examine cuidadosamentetodos os detalhes da peça. Levea original defeituosa com você,marque-a para não se confundir ecompare cuidadosamente, usandouma lupa, com a que estão lheoferecendo. Isto é o mínimo quevocê pode fazer. Se o preçoestiver muito baixo, desconfie.

Veja a seguir algumas

Parabéns pra você nesta dataquerida ....

O Boletim Técnico da Áudio &Vídeo Brites completou um anoem setembro e como todo bebêque teve boa gestação ele foicrescendo um pouqinho a cadaperíodo do seu primeiro ano devida. Nasceu com 6000 exem-plares, passou para 8000 e ago-ra já está com 10000. Ah! eletambém “engordou” e passou de6 para 8 páginas de informaçõesvaliosas para os técnicos desteimenso Brasil.

O boletim deu um pouqinhomais de trabalho desta vez epor isso, saiu atrasado. Viabilizara edição com 10 mil exemplaresdependia de conseguir novasparcerias qua acabaram não seconcretizando e prejudicou nos-so cronograma.

Tivemos que redimensionar ascotas e na última a EsquematecaVitória topou investir mais umpouquinho.

Valeu Piva!Continuamos procurando

empresarios de visão que quei-ram ajudar a manter esta obra.

Page 41: Boletim Set Out

sugestões de pontos que devemser observados na hora da compra.

1. Coloração do invólucro. Porexemplo, o 2SA 1943 da Toshibaoriginal é preto mas, você podeencontrá-los no mercado na corverde (talvez fique preto depoisque queimar!).

2. Formato, tamanho eposição das letras

3. Tamanho físico docomponente, bem como o peso.

4. Aspecto da parte metálicade contato com o dissipador.

5. Tamanho e espessura dosterminais.

Procure comprar sempre nasmesmas lojas e com o mesmobalconista para que se estabeleçaum pacto de confiança entre vocêe ele.

Os lojistas alegam que nãopodem trocar peças com marca desolda pois pode ter havido má fépor parte do comprador, no que elesnão deixam de ter razão já que nemtodos os nossos colegas são“santos” e nós sabemos disso.

Entretanto, se você é umcliente habitual e se o lojista forsério, certamente dará crédito às

suas ponderações.Ajude a divulgar esta matéria.

Faça cópia dela e dê para os seusclientes para que eles tambémtomem conhecimento do queacontece e passem a entenderporque pode haver tanta diferençade preço entre um orçamento eoutro.

Fazendo isto você estarácontribuindo para garantir a suaprofissão que além de ameaçadapela tecnologia do descartável sevê ameaçada pela máfia dosfalsificadores internacionais.

Por outro lado os lojistasprecisam ser parceiros dos técnicosporque senão chegará o dia em quenão haverá mais técnicos e elesnão terão para quem vender.

Se o barco fizer água, seja láquem for o culpado pelo furo, todosmorrerão afogados.

Lojista inteligente nãovende peça falsificada porquenão quer perder os clientes.

Técnico inteligente tambémnão usa peça falsificada, pelamesma razão, não quer perderos clientes.

ΩΩΩΩΩ

Algumas Idéias para Consertar Televisores Modernos com Paulo Brites na CI Eletronica em Recife no dia 26 de setembro.

Técnico recebendo o certificadodas mãos de Paulo Brites

Gerador de Barras ofertado pelaSonytel sendo entregue ao

ganhador do sorteio

InéditoCurso de Reparação deFontes Chaveadas pela

Internet comPaulo Brites

Próxima Turma7 de dezembroE´ curso mesmo!

Você recebe as aulas,estuda, responde as

avaliações e tira dúvidaspor e-mailConfira em

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As letrinhas nos capacitoresAs letrinhas nos capacitoresAs letrinhas nos capacitoresAs letrinhas nos capacitoresAs letrinhas nos capacitores

Muitos técnicos ainda ficam con-fusos ao se depararem com algumasletrinhas que aparecem nos códigosdos capacitores, geralemnte,cerâmicos e poliester.

Por exemplo, você sabe o que sig-nifica 103J. Eu já vi, acredite, gentedizendo que o J é Joule!

Capacitância em Joules????Pois bem. 103 significa 10000pF

(10 seguido de 3 zeros)e o J é atolerância que neste caso é de +/-5%.

Veja na tabela ao lado o signifi-cado das outras letras.

Letra indicativa da tolerância

tolerância

B +/- 0,1 %C +/- 0,25 %D +/- 0,5 %E +/- 0,5 %F +/- 1%G +/- 2%H +/- 3%J +/- 5%K +/- 10%M +/- 20%N +/- 0,05%Z -20% a 80%

Paulo Brites

Page 42: Boletim Set Out

Sem dúvida aimpressora que fezo seu nome nosúltimos anos foi avalente matricialLX 300 da EPSON.

Numa época em que todo mundodizia que as impressoras matriciaisiriam todas parar num museu, emuitos fabricantes encerravam afabricação dos seus modelos, aEPSON lançou a LX-300.

Era o ano de 1994!Enquanto os usuários

domésticos e os escritórioscomeçavam a aposentar suasimpressoras “queixo duro” ecompravam as Jato de Tinta quecomeçavam a baixar de preço, ocomércio em geral iniciava ainformatização dos seus sistemasde vendas. Com isso opreenchimento das notas fiscaispassava a ser tarefa dasimpressoras.

Mas como todos já sabem:notas fiscais têm muitas vias eimpressora jato de tinta sóimprimem uma via de cada vez. Elá se foram todos à comprarimpressoras matriciais novamente.

Juntou-se a queda naprodução de impressoras matriciais,que já estavam fora de moda coma crescente necessidade deimprimir multi-vias.

Resultado: enquanto o preçodas jato de tinta despencava, odas matriciais subia,principalmente, pela diminuição daconcorrência.

Para se ter uma idéia,enquanto uma Jato de tinta comumna época custava R$ 850,00, umaEpson LX-300 custava apenas R$240,00. Mas isso durou pouco. Coma procura acentuada por matriciaisa história mudou.

Hoje, uma Jato de Tintasimples custa em torno de R$300,00. Mas quem precisa de umamatricial, tem que comprar a LX-300 que é vendida até hoje, mascom preço “atualizado” para R$950,00.

E o que isso tem a ver com aEPROM da impressora?

Eu explico: - com o alto preçodas matriciais novas e tambémmotivado pelo preço dos cartuchosda jato de tinta, muita gente estátirando do baú escondido lá noporão, impressoras matriciaisantigas para tentar economizar“algum”.

A surpresa acontece quandotentam ligar uma LX-300 antiga numsistema Windows 95, 98 ousuperior. Na hora de imprimir elasse desligam como se não quisessemtrabalhar nestes sistemas.

Qual o mistério?Erro no código da programação

da EPROM na placa lógica daimpressora

Trocando em míudos: - aEPROM da impressora funciona demaneira idêntica a EPROM docomputador. Ela guarda rotinas deteste e funcionamento que vêmgravadas pelo fabricante damáquina.

Uma impressora é umcomputador dedicado aoprocessamento e controle dosmecanismos em um sistema deimpressão para transferir dadospara o papel.

No caso da LX-300, osprimeiros modelos fabricados porvolta de 1994/95 tinham problemasno código dessas rotinas que foramatualizadas (consertadas) nosmodelos mais novos, por isso nãoapresentam problemas.

Os problemas não ocorrem noDOS e sim a partir do Win95. Aindaexistem muitas impressoras LX-300

antigas funcionando com EPROMs“problemáticas” em sistemascomerciais baseados no DOS. Oproblema só vai aparecer quandoo usuário levar a impressora paratrabalhar em sistemas Win9x.

E´ como ter que atualizar odriver de um dispositivo que antesfuncionava mas, passa apresentarproblemas quando ligado a umsistema mais novo. Na LX-300 ocaso é mais grave, pois aincompatibilidade é causada pelasrotinas gravadas na EPROM e porisso, apenas a atualização do drivernão resolve. Somente a troca daEPROM por outra atualizadaacabará com os transtornos dedesligamento indevido.

Dica para sair do sufocoSe você está distante dos

centros comerciais, e encomendaruma EPROM nova levaria maistempo do que seu cliente podeesperar, faça o seguinte:

Corte os pinos 14 (AutoFeed)e 36 (Select) do cabo paralelo daimpressora (se ele for do tipodesmontável) ou se o cabo nãodesmontar, corte os pinos na partetraseira do conector paralelo daprópria impressora para acabar como “conflito” que causa odesligamento.

Lembrando que isto é umasolução “quebra-galho” e que ocorreto é colocar uma EPROM novana impressora.

A EPRA EPRA EPRA EPRA EPROM da Epson LX 300OM da Epson LX 300OM da Epson LX 300OM da Epson LX 300OM da Epson LX 300 Colaboração

Jonas Marques

Quer saber mais? Visite www.techprinter.eti.br

ΩΩΩΩΩ

Page 43: Boletim Set Out

Este caso ocorreu comigo hápoucos dias.

Fui chamado para “descascarum pepino” em uma oficina e aochagar lá me deparei com um TVPhilco da chamada linhaPlatinum(estes que já são da épocada Itautec). Era um PCS 2956N eneste ponto devemos abrir umparêntese para comentar que sedeve dar sempre importância asletras que acompanham o númerocorrespondente ao modelo.

No caso deste TV, o “N” nofinal indica que o modelo utiliza umchassis diferente do mesmo modelo“PCS 2956” que não possui o “N”.

Para esclarecimentos,PCS2956 utiliza o CP01LR01 e oPCS2956N, o CP01LR02 que emborasejam aparentemente iguais,apresentam diferençasprincipalmente no que diz respeitoao circuito driver horizontal. Estejaatento!!!!

Voltando ao problema do TV, omesmo havia sido retirado pelocliente de uma outra oficina ondeo pobre coitado(o TV) havia ficadopor dois longos meses sem que oproblema fosse solucionado e que,segundo o cliente, era “apenas”não liga!

Realmente, o TV não ligava eao fazer uma inspeção visuallocalizei rapidamente o fusível derede interrompido. Isto levava aacreditar que deferia haver umcurto circuito em algum lugar eapós verificar que não eram osdiodos retificadores, parti para osaída horizontal (Q701) por razõesóbvias. Não deu outra, o tal doQ701 estava igual a um fusível(quando o fusível está bom), ouseja, dava continuidade entretodos os terminais. Aqui devemos

lembrar para ter especial atençãocom a qualidade destecomponente pois, são eles os maisfalsificados já que estão na listados componentes mais vendidosnas lojas de material eletrônico.

Como existem suspeitosdiretos pela queima de umtransistor de saída horizontal, fuide armas em punho a caça deles,os capacitores de largura eencontrei 3(C728, 729 e 736) comcapacitâncias bem abaixo do valor.Neste caso, como são capacitoresde poliéster, a ESR não é levadaem conta e a verificação com ocapacímetro foi mais do quesuficiente para mostrar queestavam abaixo do valor nominal.

Feitas as trocas, é claro queo TV continuou igualmenteinoperante embora as tensões dealimentação oriundas da fonteestivessem corretas. Como o leddo stand by acendia ao ligarmos oTV na tomada e apagava quandoacionávamos a tecla power evoltava a acender em menos de 5segundos, isto indicava que omicro controlador havia colocadoo TV novamente em stand by.

Comecei a verificar aoperação do circuito osciladorhorizontal pois, se estivesseinoperante, iria causar o sintomaapresentado.

Verificando o pino dealimentação do oscilador horizontal(H VCC) do IC501, pude observarque os 8 VDC apareciam nomomento em que a tecla powerera acionada e logo em seguidadesapareceia.

Passei a mão em mais umaarma do técnico contra a Legiãodos Defeitos (o Osciloscópio) e fuiverificar se durante o curto espaçode tempo em que o osciladorhorizontal era alimentado, surgia

o pulso horizontal no pino de H OUTdo IC501. Constatei que não haviapulsos naquele pino e como o IC501já havia, no mínimo, sidoressoldado, resolvi substituí-lo eai sim o pulso horizontal começoua ser gerado embora isto nãoimpedisse que o TV desligasse 5segundos após ter sido ligado.

Com o pulso horizontalpresente, outro suspeito razoávelera o transistor driver horizontalque neste televisor e realizado porQ 702 e Q 703.

Como tem sido comumencontrar estes transistores commedição correta e mesmo assim ocircuito horizontal não funcionar,parti para a substituição dosmesmos (vide os televisores da CCEe da SHARP).

Substituindo os dito cujos,nada de novo. O TV continuavainoperante.

Lembrei então do circuito deproteção que teoricamente deveser ativado por excesso de +B dafonte, excesso de MAT ou correntede feixe. Só que no caso doreferido TV, a fonte estava OK, eo TV não chagava a gerar MAT eobviamente a proteção nãopoderia estar desligando o TV porexcesso de MAT já que nãochagava a gerar a mesma.

Como já tropecei comaparelhos que tinham sua proteçãoativada sem que a MAT fossegerada e também com fonte OK,comecei a examinar este circuito.

A proteção deste TV se divideem duas partes, sendo uma paradesativar o TV caso a fonte de+130VDC suba além do previsto(Q923) e outra para detectaraumento da MAT e/ou da correntede feixe (Q706 e 707).

Resolvi desativar cada umadas proteções para tentar chegar

A proteção que protegia demaisA proteção que protegia demaisA proteção que protegia demaisA proteção que protegia demaisA proteção que protegia demaisColaboraçãoColaboraçãoColaboraçãoColaboraçãoColaboração F F F F Fernando Joséernando Joséernando Joséernando Joséernando José

Page 44: Boletim Set Out

ao problema e comecei pelo Q923.Devo lembrar que qualquer

tentativa de desativar um circuitode proteção, deve ser cercada decertos cuidados, sendo oprincipal deles a utilização dalâmpada em série para evitardanos a outras partes docircuito.

Assim foi feito.Desliguei o Q923 e liguei oTV através da lâmpada emsérie e para minha surpresa(e alegria)o TV funcionounormalmente sem apresentarnenhum tipo de anomalia.

Mantive o aparelholigado na série por umas duas horase como não apresentou nenhumafalha, resolvi conecta-lodiretamente a rede elétrica e o

mesmo continuou operandoperfeitamente.

Verificando atentamente o

Q923 (um BF423) acabeidescobrindo que o mesmoapresentava uma “minúscula” fugaentre coletor e emissor que só era

visível na maior escala domultímetro(RX10K).

Fica a observação: Emequipamentos quedeveriam a princípioestar operando maisnão o fazem,verifique sempre ocircuito de proteção,pois ele pode setornar tão zeloso quenão deixa o aparelhose quer ligar. Lembre-se também que nãoé só o televisor queapresenta umcircuito de proteção.

Os systems de áudio também têmcircuitos detectores de falhas quetornam o aparelho totalmenteinoperante.

Fique esperto e até a próxima!ΩΩΩΩΩ

Criados na década de 90devido, principalmente, anecessidade de uma maiordensidade de componentes emespaços físicos cada vez menores,os chamados “transistores digitais”podem ser encontrados em grandevariedade de equipamentoseletrônicos de consumo e de usoindustrial. Porém, ainda temgente por aí que não entendeucomo são construídos e para queservem estes dispositivos dentrode um circuito eletrônico.

O termo “transistor digital” éutilizado para designar um transistorque possui no mesmo invólucroresistores de polarização. Estesresistores colocam o transistorfuncionando nos pontos de cortee saturação, ou seja, atuam comouma chave que só deve assumir

dois estados: ligada (transistorsaturado) ou desligada (transistorno corte). Esta condição defuncionamento em dois estadospermite que este dispositivo sejautilizado em uma grande quantidadede aplicações que vão desdechaveamento de pequenas cargas,tais como relé eled’s atép r o m o v e rinversão deníveis lógicos emdeterminadosponto docircuito.

Na figura01, temos osd i a g r a m a sinternos de um transistor digitalNPN e outro PNP. Em alguns casos,estes transistores podem serrepresentados como uma portalógica inversora.

Os valores de R1 e R2 sãotipicamente de 47 k ohms porémisso não é regra geral. Paraconhecermos o arranjo interno dosresistores com seus respectivosvalores precisamos consultar odatasheet correspondente aotransistor sobre análise. Um

detalhe importante é que estearranjo interno também podeutilizar um único resistor na basedo transistor. Podemos ainda,ter vários transistores em um único

T T T T Trrrrransistoransistoransistoransistoransistores Digitais:es Digitais:es Digitais:es Digitais:es Digitais: O que são O que são O que são O que são O que são, como funcionam e como testá-los, como funcionam e como testá-los, como funcionam e como testá-los, como funcionam e como testá-los, como funcionam e como testá-los

ColaboraçãoMax Durend

Page 45: Boletim Set Out

invólucro. Eles costumam serchamdos de transistor aarrays quevocê na figura 02

Conforme já citamos, estestransistores só podem atuar nosestados de corte e saturação ou

seja, ligando e desligando umacarga ou chaveando pontos docircuitos. Na figura 03 temosilustrado uma aplicação para estes

arranjos, primeiramente utilizandoum transistor com resistoresexternos e a seguir, utilizando otransistor digital. Observe aeconomia de espaço obtida serásignificativa mesmo que sejamapenas dois resistores para se“pendurar” por for do transistor.

No lugar do LED poderíamos terum relé utilizado para acionar outrascargas de maior corrente ouchavear entradas de sinais.Observe a figura 04, onde temosambos os tipos de transistoresdigitais acionando relés.

Outra aplicação para otransistor digital seria na inversãode sinais digitais, ou seja, entranível lógico 1 (+5 Volts) e sai nívellógico 0 (~ 0 volts) e vice-versa.Observe a figura 05.

Nela temos o circuito querealiza esta operação lógica. Noteque no lugar do LED temos somenteum resistor de coletor. Quando o

transistor está com a entrada em0 volts, o mesmo encontra-se noestado de corte. Com isso, acorrente de coletor é zero o que

não produznenhuma quedade tensão sobreeste resistor.Assim, os +5Volts presentesna linha de +Vcce s t a r ã opresentes noterminal decoletor dotransistor, o que

corresponde ao nível lógico 1. Aoaplicarmos +5 volts na entrada dotransistor, este entrará emsaturação. Neste estado, aresistência dinâmica entre emissore coletor diminui drasticamente,fazendo com que o terminal OUTdo transistor fique, praticamente,curto-circuitado com o terminalGND. Desta forma, a tensão noextremo inferior do resistor (pontode saída) fica próxima de 0 Volts,o que corresponde ao nível lógico0. Temos, portanto, uma portainversora ou porta NOT.

COMO SABER SE OTRANSISTOR ESTÁ OUNÃO DEFEITUOSO SEMTIRA’-LO DO CIRCUITO ?

Testar um transistordigital se torna uma tarefamais trabalhosa do quetestar um transistor bipolarconvencional pelo fato determos, embutido nomesmo invólucro,resistores que podem ser de

diversos valores e nas mais variadascombinações. Assim, ao sesuspeitar da “integridade” de umtransistor digital, podemos tomardois rumos: tentar soltá-lo docircuito para testá-lo com oohmímetro ou analisar ocomportamento do mesmo dentrodo circuito de forma dinâmica. Eu,particularmente não sugiro aprimeira opção, por dois grandesmotivos: 1) estes componnentesão normalmente SMD, 2) nãoobteremos a leitura usual dasjunções com o ohmímetro, devidoaos resistores internos associadosas mesmas. Então, a melhor opçãoserá analisá-los dentro do circuito.Mas não se apavore pois essatarefa é relativamente simples.Vamos pegar como exemplo o

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circuito da figura 06. Nele temos

um dos pinos de saída do microcontrolador atuando na entrada deum transistor digital para que omesmo acione um relé. Paracertificar-se que o transistorencontra-se em perfeitofuncionamento faça o seguinte:

1. Abra a linha referente aopino do microprocessador deixandoa entrada do transistor desligadado restante do circuito.

2 . I n t e r l i g u emomentanemanete, com umpedacinho de fio, o + Vcc domicroprocessador à base dotransistor. Isso deverá fazer o reléarmar. Ao desfazer a “ligaçãoprovisória” o relé deverá desarmar.

3.Caso esta situação nãoocorra podemos concluir duascoisas: ou o transistor encontra-se danificado ou o transistor podeser do tipo PNP fazendo o relé seracionado por nível lógico 0.

Para eliminar esta dúvidainterligue a entrada do transistorcom o terra do circuito; se o relé

armar, este transistor está bom eé do tipo PNP. Caso contrário, émuito provável que o transistoresteja aberto.

Tomando como base o mesmocircuito da figura 06, podemosanalisar outra situação que poderiaocorrer:- o relé poderia estar sendoacionado o tempo todo. Nestecaso, poderíamos suspeitar de duaspossíveis falhas: ou o transistorestá em curto ou temos um nívellógico constante na entrada dotransistor mantendo-o sempreconduzindo. Para tirarmos adúvida, basta fazermos o seguinteprocedimento: 1) abra a linhareferente a entrada do transistor,ou seja, desligue este terminal docircuito. 2) observe o que ocorre.Se o relé desarmar, provavelmente,o problema era causado por umaexcitação constante no terminal deentrada do transistor, ou seja, omesmo não está em curto circuito.Porém, se ao desligarmos a entradado transistor o relé continuarenergizado, certamente o transistorencontra-se em curto (certamente,entre emissor e coletor).

Viu como è facil!CONSTRUINDO UM TRANSISTOR

DIGITALA grande economia de espaço

gerada pela utilização destestransistores também éconseqüência dos mesmos seremnormalmente, encapsulados emSMD (montagem de superfície).Porém, o que aparentemente é uma

vantagem para o fabricante, émuitas vezes, uma dor de cabeçapara o reparador. E, certamente,a maior dor de cabeça é encontrarcomponentes SMD no mercado decomponentes eletrônicos. Mas nãodesanime pois como vimos, estestransistores só trabalham ligandoe desligando, ou seja, no corte ena saturação. Fazer um transistorde uso geral, tal como um BC547ou outro similar, operar neste doisestados é relativamente simples.Basta que você “construa” umtransistor digital com componentesexternos. Com um pouco dehabilidade, você será capaz desubstituir o transistor original porum arranjo “feito à mão” quecertamente, funcionará tão bemquanto o “produto industrial”.Somente uma observação éimportante, verifique sempre odatasheet do transistor originalpara se certificar que ao substituí-lo por um BC “genérico” você o fezdentro dos limites de tensão,corrente e hfe necessários aofuncionamento do circuito.

Para concluir sugerimos quevocê visite o site www.rohm.comonde enconrará os data sheets detransistores com prefixos DTA, DTB.DTC e DTD bastante comunsatualmente. Outro site bastanteinteressante é , sem dúvida,www.semicon.toshiba.co.jp/eng/para transisotres com prefixo RN.

Na página da Áudio & VídeoBrites - www.avbrites.com.br,você encontrará mais alguns linkspara fabricantes de outrostransistores digitais usuais. Estestransistores, algumas vezes, nãosão identificados como transistoresdigitais, mas sim, por siglas, taiscomo: RET (Resistor EquippedTransistor) e BRT (Built-in ResistorTransistor). Assim, ao acessar ossites procure por estas siglas e,certamente, você achará osdatasheets destes dispositivos.

Espero ter contribuído paraajudar no trabalho daqueles que,de uma forma ou de outra, estãosempre esbarrando com estesdispositivos e ainda se sentiamconfusos e sem saber o que fazer.

Abraços, e até a próximaedição!

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Ano II - Nº 8 Informativo Técnico Distribuição Gratuita Nov/Dez 2004

www.avbrites.com.br

Paulo Brites

Nos dias de hoje é impossívelimaginar um ortopedista que nãouse a radiografia, um cardiologistasem eletrocardiograma ouginecologista sem ultra sonografia.

Estas são apenas algumascontribuições da engenharia quetornaram a medicina tão avançada!

O ortopedista do passadotinha que se valer das apalpadelaspara avaliar a fratura, enquantoo cardiologista só tinha a seudispor o estetoscópio e omedidor de pressão arterial. Osobstetras, ou melhor, asparteiras então, nem se fala.

Os técnicos de TV“primitivos”, do tempo da pedralascada, usavam a saliva paradescobrir se um resistor estava“aberto” e a chave de fenda parasaber se um capacitor estava ounão “com carga”.

Ainda hoje tem técnicoconfuso quando a dúvida pairasobre o fly back ou LOT(LineOutput Transformer) , comopreferem chamar os europeus.Bem, aí, pensam eles, o jeito épartir para a troca.

E´também neste momento queas coisas podem começar a sair docontrole. Ao recorrer ao comérciolocal, o técnico que, em geral, éum mão de porco, parte para omais barato. O “corajoso”, sim porque tem que ser muito corajosopara colocar um fly back Ching Lingnum Sony de 29 polegadas (porexemplo), acaba ficando com duasdúvidas em vez de uma.

Outros mais ingênuos,acreditam que agora realmente oproblema deve estar em outra partedo circuito já que, o fly back original

e suspeito, foi trocado por umnovinho que custou, o “absurdo”de, “quinze real” e o vendedorgarantiu que era “dubom” . Só restaentão, “pensa” ele, partir para otroca-troca desenfreado de peçasoriginais, muitas vezes, por peçasfalsificadas. Aí a situação já podeter ficado totalmente fora decontrole e o bolso ficando cada vezmais vazio. A almejadaremuneração, obtida pelo

pagamento do reparo, já setransformou em um prejuízoirrecuperável.

Imagine se este técnico fosseum cardiologista! Coitado dopaciente (teria que ter muitapaciência mesmo).

Quando a suspeita recai sobreo fly back, a atitude mais acertadaé testá-lo, a menos que sedisponha de um outro original quenos permita efetuar a troca e fazero teste definitivo e infalível.

Mas como testar um fly backde uma forma que não pairenenhuma suspeita, sem ser pelatroca por outro verdadeiramenteconfiável?

Para início de conversa eudefendo a tese de que não existemtestes 100% confiáveis. Até umresistor, que apresenta noohmímetro o valor nominal, podevir a apresentar uma alteraraçãono seu valor quando submetido a“correntes e ddps de verdade”.

No caso dos fly backs a coisanão é diferente e eu até arriscariadizer que o nível de incerteza podeser um pouquinho maior.

Há alguns anos quandocomecei a trabalhar com osprodutos HR descobri ossimuladores que eles têm paratestar fly backs, passei a utilizá-los e conclui, na prática, que elesapresentam uma eficiência maiorque 95%, o que, para este tipode componente, é muito bom.

Aliás, isto me foi confirmadopelo engenheiro da HRresponsável pelo projeto.

Considerando-se acomplexidade desta peça, amargem de erro até que ébastante pequena.

O principal problema que osimulador poderá não detectar é

uma perda de isolamento que sóocorra acima de 3000 Volts (maisou menos). Casos raros, masexistem e, eu mesmo, até já medeparei com um deles.

Neste momento, não tem jeito,esgotadas todas as fichas, vocêprecisa ter absoluta confiança nosseus métodos de análise e partirmesmo para a troca do fly backsuspeito por um confiável

A utilização dos simuladores émuito simples.

Pera aí... Eu dissesimuladores? Sim, isto mesmo noplural, pois são dois modelosdiferentes: o STVDST-01 para flybacks de televisores e o SMON DST

Será que é o Fly BSerá que é o Fly BSerá que é o Fly BSerá que é o Fly BSerá que é o Fly Back ?ack ?ack ?ack ?ack ?

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ExpedienteCoordenação Geral

Paulo BritesJornalista Responsável

Carlos DeiRegistro MTB 15173

Tiragem10.000 exemplares

O conteúdo das matérias aquipublicadas é de responsabilidadede seus autores. [email protected]

EditorialEditorialEditorialEditorialEditorial

Paulo Brites

(21) 2233-6369

32KHz para fly backs demonitores.

Talvez você queira perguntar:-por que isto?

Muito simples, as freqüênciasde deflexão horizontal sãodiferentes e esta informação jádeve ter acendido uma luzvermelha no seu cérebro e o levado

a concluir porque os fly backs demonitores são mais críticos que osde TV.

Voltando aos simuladores, oprimeiro passo para utilizá-los éobter a configuração interna dosenrolamentos a fim de identificaros pinos de alimentação, coletor,ABL e todos os pinos que sãoligados à terra. Isto quase semprepode ser obtido através do CD ROM“The Book” da HR ou pela Internet.Entre na páginawww.avbrites.com.br e lá vocêencontrará um link para a páginada HR. Usando esta facilidade vocêpoderá obter o esquema do fly backque você quer testar como no

exemplo mostrado aqui. Você verátambém como interligá-lo aosimulador e qual a leitura quedeverá obter se ele estiver bom.

E caso ele esteja defeituoso,como ficaremos sabendo?

O simulador apresenta cincocódigos de defeito.

Desta forma, se houver uma

falha, um led vermelho no painelacenderá e o respectivo número dodefeito aparecerá no display decristal liquido.

As falhas possíveis são:1 = Curto Circuito entre os

enrolamentos;2 = MAT baixa (peça não

conectada);3 = Deformação do pulso;4 = Curto circuito no primário;5 = Curto circuito direto da

alimentação.E´interesante chamar a

atenção do usuário para o códigode defeito 2. A chupeta do fly backdeve estar conectada aoinstrumento. Se esta conexão não

Salve 2005! O ano da vira-da! Afinal já não era sem tem-po, não é mesmo?

Indicadores da economiaapontam nesta direção. Eu es-tou animado, e você?

Estou começando com o pédireito. Palestra em São Paulologo no início do ano, isto sig-nifica que vamos ter um anode muito trabalho mas, commuito dinheiro no bolso e saú-de pra dar e vender.

Mais aparelhos entrandonas oficinas, mais peças sen-do vendidas, mais treinamen-tos pelo Brasil e aí todo mundosai ganhando.

Se você conserta mais,você compra mais e os patro-cinadores do nosso Boletimcontinuam acreditando e in-vestindo em você.

Não dá pra desistir nemesmorrecer, afinal - nós somosbrasileiros e não desistimosnunca!

Feliz 2005, para todos nós.

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for feita teremos indicação de erro2. Outro ponto importante é quantoa conexão de todos os pinos deterra bem como o pino do ABL.Se uma dessas conexõestabém não for realizadapodemos ter uma falsaindicação com código 2.

Se o técnico possuir umosciloscópio, instrumentoindispensável nos dias de hoje,poderá ligá-lo ao simulador eobservar o aspecto da formade onda que aparecerá nocoletor do transistor de saídahorizontal.

Esta observação pode serútil e ajudar a decifrar algunsmistérios quer seja deestrtanhos sintomas na tela ou detransistores de saída horizontal(originais , é claro) esquentandoe queimando sem causa aparente.

Um exemplo do oscilogramareferente ao defeito 3 é mostradona figura obtida no osciliscópio

ligado ao simulador.E´ bom deixar claro que você

não é obrigado a utilizar osimulador com o osciloscópio, este

apenas lhe dará uma uma informaçãoa mais.

Finalmente resta dizer que poderdiagnosticar uma falha de flyback com, no mínimo, 95% deacerto utilizando estessimuladores é muitoimportante pois evita-se acompra de fly backsdesnecessariamente e faz-seum orçamento com maisprecisão.

Sei que muitos alegarãoque é um investimentorelativamente alto mas, tenhodito e repetido diversas vezesque a reparação de aparelhoseletrônicos não é mais coisapara amadores e hobista.

Não há mais espaço para“técnicos de fim de semana” !

EEEEEururururureeeeeka! Acka! Acka! Acka! Acka! Achehehehehei mi mi mi mi mais um ais um ais um ais um ais um ttttteeeeesssssourourourourouro no no no no na Ina Ina Ina Ina Inttttteeeeerrrrrnenenenenettttt

Antigamente existiam meiadúzia de fabricante decomponentes eletrônicos que porsua vez fabricavam meia dúzia decomponentes.

Hoje existem, no mínimo,centenas de fabricantes quefabricam, peças novas a cadasegundo.

Neste rítmo fica difícilsabermos tudo que existe e termanual para tudo.

Ainda bem que inventaram aInternet, mas é preciso saber usá-la. Aqui vão algumas regrinhaspara ajudá-lo a encontrar ascaracterísticas daquele CI“estranho”.

O primeiro passo, talvez sejaidentificar o fabricante mas, comofazer isto se não está escrito napeça?

Está sim, você é que não viu.Toda empresa hoje tem umaespécie de símbolo que a identificachamado LOGO MARCA ousimplesmente LOGO. Assim, quandouma criancinha de três anos vêaquele M de perna comprida gritalogo “MACDONI”. Isto mesmo, elaainda nem fala direito mas járeconhece o lugar onde ela ganhaum brinquedinho quando a mamãepaga uma nota por hamburger e

uma Coca Cola (que elageralmente cospe na primeira vezporque é muito ruim).

Embora as LOGOS dasempresas de componenteseletrônicos não tenham a “força”de certas logos, elas lhe ajudarãoa descobrir quem fabricou aquela“lacraia preta” que está lheatormentando por não saber o queela faz nem o quetem lá dentro.

Basta ir emwww.dialelec.comou emwww.avbrites.com.bre você poderábaixar uma relaçãoem PDF com todoseles

Com a relaçãoaberta na suatelinha você veránão apenas a LOGO,mas também oendereço eletrônicoda empresa, sevocê posicionar ocursor, com oauxílio do mouse,ao lado do nome daempresa.

Se, nestemomento vocêestiver conectado àInternet, bastaclicar, mantendo a

Paulo Brites

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tecla “control” pressionada e irá parao site do fabricante que vocêselecionou.

Não posso garantir que semprevocê irá encontrar a informação queprocura mas, certamente é oprimeiro lugar onde devemos começara procurar.

Boa Sorte!

Page 50: Boletim Set Out

ColaboraçãoJonas Marques

Existem ocorrências queatrapalham muito a vida dosusuários e técnicos menospreparados -são os famosos“defeitos esquisitos”. Aqueles paraos quais não parece haver uma“explicação lógica”.

Podemos ter uma impressoraimprimindo caracteres estranhos oupáginas em branco. Encontramosoutra que imprime letras gigantesou pára de imprimir no meio dapágina e fica piscando. E parapiorar, tudo isso ocorre de maneiraintermitente.

Neste caso temos que usar ométodo da eliminação. Procureimprimir o auto teste, se aimpressora permitir ... é claro!

Digo isto porque algumasimpressoras mais novas não temnenhuma tecla no painel. Aliás, quepainel?

Muita gente boa confundeauto teste com o teste do Windowso que, é bom que se esclareça,não é a mesma coisa. Auto teste éo teste que a própria impressoraproduz sem nenhuma intervençãodo micro.

Mas, voltando ao nossoproblema, se no auto teste elaimprime normal, devemos desconfiarde problemas no software do micro.

É bem verdade quepoderíamos ter problemas decomunicação também. O cabo decomunicação ou a interfaceparalela danificada parcialmentepoderiam resultar em algo parecido,mas é pouco provável.

O grande vilão nestes casos,em geral, é o driver de impressão.Mas o que é driver e por que aimpressora precisa dele?

O driver na informática é ointérprete entre a linguagem de umdispositivo, com o SistemaOperacional – S.O (Windows, Linuxetc).

Resumindo: todo dispositivoligado ao computador precisa deum programa para “traduzir” asconversas entre ele e o S.O. Esendo ele um programa, podecorromper-se devido a falhas nosistema, vírus, problemas na redeelétrica e etc.

Mas e se o usuário-técnico dizque já re instalou o driver váriasvezes e o problema persiste. O quefazer então.

Esse é o grande erro. Reinstalar um driver que pode estardefeituoso não vai melhorar as

coisas. O ideal é desinstalar odriver problemático e instalar umdriver novo.

Onde conseguir um drivernovo?

No site do fabricante daimpressora.

Se a sua impressora é umaEpson vá direto ao fabricante emwww.suporte-epson.com.br.

Se for uma HP use http://welcome.hp.com/country/br/pt/support.html.

Aproveite para baixar tambémo manual do usuário que você jáperdeu há muito tempo, achandoque não iria precisar mais dele.

Baixando o driver direto dofabricante da impressora você tema certeza de estar com o programamais atualizado possível e livre devírus e outras pragas que aparecempor aí.

Da próxima vez que aimpressora ficar “estranha”, antesde sair desmontando a máquina,atualize o Driver de Impressão. Éde graça e não tem contra-indicação.

Até...www.techprinter.eti.br

A imporA imporA imporA imporA importância do tância do tância do tância do tância do drivdrivdrivdrivdrivererererer de impr de impr de impr de impr de impressãoessãoessãoessãoessão

ΩΩΩΩΩ

Page 51: Boletim Set Out

Estamos na época dareciclagem e da recuperação(quando possível).

A dificuldade faz o homem, dizo ditado.

Comprar peças “decentes”tem se tornado um problema sériono nosso país Tupiniquim, quer pelopreço, quer por não encontrá-las.A criatividade do técnico brasileiro(quem não tem cão caça comgato) tem mostrado que certaspeças mecânicas, após um bomtrabalho de “revitalização”, ficammelhores do que os kits Tabajaraque estão à venda por ai a fora.

Baseado neste tema, vourelatar uma solução que me foipassada por um outro colega,também técnico, a fim desolucionar uma falha, que parececrônica, em alguns modelos deSystem AIWA.

Primeiramente devo ressaltarque a falha aqui relatada só seráencontrada nos modelos AIWA detrês CD´s que possuam o gabinetetotalmente plástico (incluindo alémdo painel frontal, a tampa superior,as tampas laterais e a tampatraseira).

Os modelos que possuemtampa e traseira metálicas, nãoapresentam este problema querelatarei a seguir.

O caso começou com umdaqueles telefonemas de final deexpediente, no qual o clientesolicitava um atendimento parasolucionar um “probleminha simples”que estava acontecendo com o seu(dele) System AIWA. E´ “só”, diziaele, a bandeja que se recusa a

fechar a não ser que eu dê umaajudinha empurrando-a com a mão.

Após aquelas pacientesexplicações de que não seriapossível solucionar o problema doequipamento em domicilio,marcamos para retirar o aparelhoe levá-lo para oficina.

Como havia sido relatado, agaveta realmente não fechavasozinha, necessitando de umempurrãozinho para que serecolhesse ao seu lugar.

A idéia que todos os técnicos,provavelmente, teriam seria amesma que eu tive - a correia quemovimenta o conjunto da bandejadevia estar um pouco folgada e porisso a bandeja não era recolhidaquando se acionava a tecla OPEN/CLOSE. Fácil de mais para serverdade!

Feita a troca das correias (ébom substituir todas), limpeza elubrificação do mecanismo, acioneia tecla OPEN/CLOSE para aabertura da gaveta e, até ai, tudobem. Mas, ao acionar novamentea tecla para o fechamento dagaveta, foi aquela costumeiradecepção trazida pela lei deMurphy (se existe uma chance emmil de dar alguma coisa errada, vaidar alguma coisa errada), ou seja,a gaveta novamente não recolheusozinha como deveria e foi precisoaquela ajudinha!

Olha daqui, olha dali, observeique a bandeja ao sair do interiordo equipamento, inclinava-seligeiramente para baixo.

E realmente era isto queestava ocorrendo, pois ao invés deempurrar a bandeja para dentro,eu apenas a suspendi cerca de

um milímetro e a mesma recolheu-se sem o menor problema.

O diagnóstico estava feito,faltava encontrar o remédio paracurar a “doença”

Passei a pensar que , oubandeja ou alguma coisa em seutrajeto estivesse empenada.

Se eu não estivesse no Brasil,talvez pudesse comprar umabandeja nova e original por algumabagatela e pronto.

Parei de sonhar e me dediqueià tarefa de arranjar uma solução.

Após ter passado uns dois diasverificando detalhadamente (pelomenos eu achava que sim) oaparelho, nada consegui observarque fosse responsável pelo desnívelda bandeja ao se aberta.

Como diz um ditado popular,“quem tem padrinho, não morrepagão” só que no meu caso foi“quem tem amigo técnico, nãomorre sem solução”.

Em conversa com um colega,acabei por comentar sobre o“fatídico” equipamento e, para meuespanto, ele me relatou que jáhavia tido este tipo de problemaem alguns AIWA e “inventara” ummodo de solucionar a falha sem terque substituir o conjunto dabandeja já que não era fácilencontrar uma nova para comprar.

A primeira coisa a se observaré que há dois ressaltos (que maisparecem lombadas) por onde passaa bandeja e que são osresponsáveis pelo problema.

Eles acabam, com o tempo,apresentanado um pequeno, masimportante desgaste devido aoatrito da bandeja sobre eles.Desgaste este que aumenta a área

ColaboraçãoColaboraçãoColaboraçãoColaboraçãoColaboração F F F F Fernando Joséernando Joséernando Joséernando Joséernando José

DDDDDe técnico em eletrônica e mecânicoe técnico em eletrônica e mecânicoe técnico em eletrônica e mecânicoe técnico em eletrônica e mecânicoe técnico em eletrônica e mecânico,,,,, todo mundo tem um pouco todo mundo tem um pouco todo mundo tem um pouco todo mundo tem um pouco todo mundo tem um pouco...............

Page 52: Boletim Set Out

de contato da parte inferior dabandeja com os tais ressaltos,dificultando conseqüentemente oretorno da bandeja.

A solução tupiniquim requercontudo, uma certa dose dehabilidade manual, pois teremos quedesbastar cuidadosamente umacerta área dos ressaltos onde serãocolocadas e coladas duas pequenassecções de um canudinho similaràqueles dos sprays como WD 40ou coisas do gênero.

A idéia é reduzir a área deatrito da parte fixa com a partemóvel da bandeja do CD e dessemodo permitir o deslizamento maissuave durante o recolhimento daparte móvel da bandeja.

Devo ressaltar novamente queeste procedimento só é válido paraequipamentos que possuem ogabinete totalmente plástico, poisnaqueles com gabinete de tampametálica, a parte fixa da bandejaapresenta diferenças (prováveis

correções de projeto) no localonde se deve fazer a “cirurgiaplástica” (literalmente, porque abandeja é de plástico) e nelesnão ocorre o defeito da bandejanão ser recolhida, pelo menos, pelomesmo motivo.

Está ai mais uma solução paranós ganharmos o nosso dinheirinhohonestamente, ou alguémcontestaria que não?

O técnico não deve, nempode, ser encarado como um merotrocador de peças e sim comoalguém que encontra soluções paraos problemas e os resolve.

Qualquer pessoa, inclusive opróprio cliente, poderia terdescoberto o problema eencontrado uma solução. Depoisde pronto tudo fica fácil!

E´bom que se enfatize queesta não é a melhor solução, poiso correto seria providenciarmos atroca do conjunto danificado porum novinho em folha. Mas, como

já foi dito, isto não vale aqui noBrasil, porque simplesmente ouvocê não o encontra para comprarou o preço é proibitivo.

O que os fabricantes queremé que o cliente compre um novoequipamento e aí ficamos nós,técnicos teimosos, “arrajando”soluções.

Casos como estes só nos dãoduas escolhas: ou se “inventa” oudiz-se para o cliente ficarempurrando a bandeja com odedinho (enquanto funcionar)!

NOTA DA REDAÇÃO: Era nossaintenção publicar algumas fotosque ajudassem a esclarecer comofazer a “cirurgia” entretanto, oautor não conseguir nos enviá-lasa tempo e para não atrasar mais aedição deixamos para divulgarposteriormente estas fotos emnosso site.

ΩΩΩΩΩ

Idéia P Idéia P Idéia P Idéia P Idéia Prática: rática: rática: rática: rática: Um PUm PUm PUm PUm Pesquisador de Sinais Fácil de Montaresquisador de Sinais Fácil de Montaresquisador de Sinais Fácil de Montaresquisador de Sinais Fácil de Montaresquisador de Sinais Fácil de Montar

Vcc = 9 V

ColaboraçãoColaboraçãoColaboraçãoColaboraçãoColaboração Prof.Max Durend Prof.Max Durend Prof.Max Durend Prof.Max Durend Prof.Max Durend

Page 53: Boletim Set Out

Tenho observado a“ingenuidade” de alguns colegas deprofissão passando vergonha nafrente dos clientes, pela pressa emdiagnosticar o defeito e/ou pelafalta da instrumentação adequada.

Outro dia, na oficina de umamigo ele me mostrou um monitorSamsung CQB4147 popularmenteconhecido com Sync Master 3NEjá manjado pela maioria dostécnicos e que havia voltado coma mesma reclamação do cliente:-a imagem está “embaralhada”segundo a definição do própriousuário.

Segundo a explicação doamigo, na oficina o monitor passavao dia todo ligado com o estagiáriojogando Paciência (o joguinho decartas do Windows) e nada dedefeito. Era só o cliente levar o“infeliz” para casa e voltavafurioso(e com razão!) reclamandoque continuava com o mesmodefeito.

Perguntei ao amigo por que omonitor não estava sendo testadona resolução de 800x600 já queesse é, praticamente, um padrãopara a Internet hoje em dia e éutilizado pela maioria dos usuários.

Ele desconversou e disse quenão precisava, afinal ele sempretestara os monitores daquela formae sempre deu certo! Falou comtanta autoridade que nessa hora émelhor a gente ficar quieto.

O caso do meu amigo é muitocomum, pois as coisas dão certoaté darem errado.

Acontece que os monitorestem um circuito chamado detetor

ColaboraçãoJonas Marques

de modo que é o responsável poridentificar a resolução do vídeoenviada pela placa de vídeo docomputador e fazer as devidascorreções nas freqüências desincronismo horizontal e verticalque o tornem compatível com aresolução escolhida.

Um problema nesta etapacompromete a reprodução daimagem em resoluções mais altas.Não podendo identificar umaresolução mais alta (800x600) omonitor mostra a tal imagem“embaralhada” que o cliente, comtoda razão , reclamou.

No caso do Samsung CQB4147antes de sair trocando o IC 201(SL606) que costuma ser caro eraro de encontrar, verifique oscomponentes em volta dele emespecial o D202 (1N4148) que édanado pra arranjar encrenca nestecircuito. Na dúvida, mesmopassando no teste troque assimmesmo, pois é comum ele pisar nabola assim que aquecer umpouquinho.

Repare que este diodo éresponsável pela tensão de

alimentação do detetor de modo(IC201) produzindo uma queda de

ReparReparReparReparReparando Monitorando Monitorando Monitorando Monitorando Monitores: Cuidado com a res: Cuidado com a res: Cuidado com a res: Cuidado com a res: Cuidado com a resoluçãoesoluçãoesoluçãoesoluçãoesolução0,6 V a partir do regulador 7805.

Moral da história: técnico semum Gerador de Padrões VGA ou umcomputador para teste com umaboa placa de vídeo capaz de gerartodas as resoluções, fica igual aomeu amigo acreditando em bruxase assombrações.

Como diz o Brites, reparaçãonão é assunto para hobistas de fimde semana!

Até ... ΩΩΩΩΩ

Page 54: Boletim Set Out

DDDDDescomplicando o teste de Fescomplicando o teste de Fescomplicando o teste de Fescomplicando o teste de Fescomplicando o teste de Fets e Mosfetsets e Mosfetsets e Mosfetsets e Mosfetsets e Mosfets

Embora os Fets e Mosfets jáestejam há muito tempo nomercado ainda existe uma certaconfusão, por parte dos técnicos,em saber como testá-los.

O teste com a escala ôhmicado multímetro é possível mas, àsv e z e s ,a p r e s e n t aa l g u m a sdificuldadesem função dascaracterísticasd oinstrumento.

P a r aauxiliar a sanardefinitivamente(ou quase)este problemaeu tenhosugerido eutilizado ump e q u e n oc i r c u i t oo s c i l a d o rb i e s t á v e lc o n s t r u í d ocom um CMOS muito fácil de serencontrado no mercado, o CD 4093.

Este circuito já foiapresentado como parte de umamatéria que fiz para a Revista

Antenna 1188 mas, muita gentereclamou da falta do desenho daplaquinha de circuito impresso paramontagem.

Com o intuíto de levar esteutilíssimo recurso ao maior númeropossível de técnicos estoupublicando aqui não só o circuitobem como o desenho para a

execução da placa.A utilização do mesmo é

bastante simples. Você liga osterminais porta, dreno e supridouro

Paulo Brites

ΩΩΩΩΩ

como indicado na figura.Se o transistor estiver bom,

somente um dos leds começará apiscar. O verde para canal N ou overmelho para canal P. Em seguidapressiona-se a chave de toque e oled que estava apagado começaráa piscar também.

E se você não souber quaissão os terminaisde porta, drenoe supridouro?

Não sep r e o c u p e .Ligue dequalquer jeito.O procedimentodescrito sóo c o r r e r áquando aligação estivercorreta (se ot r a n s i s t o restiver bom, éclaro!)

S ã oapenas seispossibilidadesportanto, nãovai ser difícild e s c o b r i r

também quais são os terminais.O arquivo em tamanho real

para execução da placa estarádisponível em www.avbrites.com.br.

Agora, é só montar ocircuitinho e usar.

Um dos meus alunos teve umaidéia genial, acomodou a trapizongadentro do seu multímetro quepassou também a incorporar umtestador de Fets e Mosfets.

Page 55: Boletim Set Out

Ano II - Nº 9 Informativo Técnico Distribuição Gratuita Jan/Fev 2005

www.avbrites.com.br

Paulo Brites

Este é um “defeito” que,embora já ocorra há algum tempo,ainda deixa muito técnico confusoe perdendo muito tempo e, o queé pior, às vezes, sem resolver oproblema.

A razão da surra é uma só:falta de atualização técnica equerer consertar os aparelhos dehoje com os conceitos de ontem.

Pera aí, eu disse “hoje”? Poissaibam que o motivo destafalha fica por conta de uma“invenção” da Sony dos idosde 1992.

Chiii! O pessoal andadesatualizado mesmo, hein.São “só” treze aninhos dedefasagem!

Terminado o puxão deorelha clássico, vamos aoque interessa.

Quando um CRT (ou,no popular, tubo)envelhece, os canhões dovermelho, verde e azulcomeçam a fornecercorrentes desequalizadas oque o que faz a imagem“puxar” para uma cor.

O velho é “bom” ajustedos drivers de RGB equalizava owhite balance ou escala de cinza,como dizem os técnicos, e davapara “empurrar” o problema por umtempo.

Pois bem, qual foi a idéia dosengenheiros da Sony?

Eles pensaram em arranjar umjeito para que este “ajuste”pudesse ser feitoautomaticamente.

Para fazer isto primeiro o y/cjungle deveria receber uma amostra

deste desequilíbrio das correntesdos cátodos dos três canhões.

De posse desta amostra o C.Ise encarregaria de reajustar osganhos dos seus amplificadores deRGB para que as cores voltassemao “normal”.

Implementada esta idéia no C.Io equilíbrio ficaria garantido por umbom tempo e com isto um boaqualidade das cores.

Esta amostra recebeu o nomede “Ik” (kathode current) e porconseguinte o pino do y/c jungleque irá recebê-la tem o mesmonome.

A amostra vai ser coletada naplaca de RGB e levada ao C.I quedeverá providenciar a correção.

Acontece que esta correçãonão é infinita, ou seja, chega umdia que a gente “espreme” o CRT enão sai mais nada, não é mesmo?

Pois bem, sabe o que o y/c

jungle faz no dia que não conseguemais corrigir o white balance? Bem,ele parte para o radicalismo e cortaas três saídas de RGB.

E qual será a conseqüênciadesta ação?

Se você disse “a tela ficapreta”, parabéns, você “adivinhou”!

Então quando a tela do Sonyfica preta eu tenho que trocar otubo (e gastar os “tubos”)?

Calma, não seja tãoradical como o C.I!

Como diziaSheakespeare, “existemmais coisas entre o Céu ea Terra que a nossa vãfilosofia pode entender”.Vamos a elas.

“No meio do caminhotinha uma pedra” (CarlosDrumond de Andrade), oumelhor, tem algunscomponentes que podemdar defeito e enganar o C.I.fazendo-o “pensar” que oCRT já era.

O caso mais conhecidoé o dos modelos em que oacoplamento entre a Ikproveniente da placa do

CRT e o pino do y/c jungle é feitopor um capacitor eletrolítico de,geralmente, 0,47 ou 1 uF.

E aí, um belo dia (belo mesmo,porque neste dia você vai faturar...se tiver lido esta matéria) assim,como o cachorro é o maior amigodo homem, o eletrolítico é o maioramigo do técnico, você já deveestar imaginando o que acontece.

Não fique tão alegrinho porquepode aparecer um Pit Bull na suafrente. O capacitor não é o único

O TV Sony com tela prO TV Sony com tela prO TV Sony com tela prO TV Sony com tela prO TV Sony com tela preta,eta,eta,eta,eta, uma dúvida de muitos técnicos uma dúvida de muitos técnicos uma dúvida de muitos técnicos uma dúvida de muitos técnicos uma dúvida de muitos técnicos

pinoIkpino Ik

Page 56: Boletim Set Out

ExpedienteCoordenação Geral

Paulo BritesJornalista Responsável

Carlos DeiRegistro MTB 15173

Tiragem10.000 exemplares

O conteúdo das matérias aquipublicadas é de responsabilidadede seus autores.

[email protected]

EditorialEditorialEditorialEditorialEditorial

(21) 2233-6369

vilão nesta estória. Qualquer coisano caminho da Ik saindo do CRT echegando ao pino do y/c pode fazera “tela ficar preta” e porque nãolembrar, é claro, o próprio CRTtambém.

Enganando o bobo na cascado ovo (como diz meu filho,quando eu “dou mole”)

Você pode usar um “artifício”para “enganar” o C.I e descobrirse o tubo está pela hora da morte,o que provavelmente deverá estaracontecendo se o seu TV Sony comtela preta já estiver fazendo jusao Estatuto do Idoso, que no casodos televisores, hoje em dia, (semdescriminação de marca) é a partirdo 10 anos de vida (tudo isso, commuita sorte).

Na figuraao lado estás e n d omostrada uma“armadilha”sugerida pelaprópria Sonypara vocêdesativar afunção Ik noC.I edescobrir oque estáacontecendo.

E s t ecircuito, com um outro “formato”que utiliza diodos 1N4007 no lugarfos resisotres de 1 kΩ,Ω,Ω,Ω,Ω, já rolou naInternet e muita gente copiou ecolocou em livros e revistastécnicas (até eu mesmo, só queeu divulguei a origem, os outrosnão).

Entretanto, a versão que euapresento aqui é “oficial, pois está

num boletim da Sony que eu recebi“numa mensagem telepática” epasso a divulgar na tentativa deajudar os técnicos a continuar naprofissão.

E´ sempre bom lembrar quesem informação não há cidadaniae portanto, quem sonegainformação não está com nada.

Cabe ressaltar que se otelevisor for da linha Wega osresistores devem ser montadosjunto aos pinos do IC 301 que é oy/c jungle.

Que fique bem claro que acolocação destes resistores nãosignifica corrigir o problema e simlhe dar a oportunidade de avaliar oque realmente está acontecendo.

Finalmente cabechamar a atenção dosmenos experientespara que antes de“pensar” que a telapreta está ocorrendopor conta da Ik deve-se estar certo de trêspontos fundamentais:

1) há alta tensão?

2) a tensão da G2(scrren) está normal ?

3) o filamentoestá alimentado eaceso ?

Se estas condições severificaram positivamente então,há a possibilidade do problema estarocorrendo por causa da correnteIk. Um teste que pode ajudar nestecaso é aumentar ligeiramente atensão da G2 e ver se a imagemaparece. Se aparecer então oproblema deve estar mesmorelacionado a Ik. ΩΩΩΩΩ

1

2

3

4

5

6

7

8

9

Ik

GND

GND

R

G

B

1 kOhm

1 kOhm

1 kOhm

3 resistores

de 1 kOhm

cada um

Tivemos um pequeno atraso naedição deste bimestre mas, a cau-sa é justa.

Já estávamos com a ediçãoquase fechada quando aparece-ram, de repente, três empresáriosque haviam descoberto o boletime se interessaram em divulgar suasempresas.

Não podíamos deixar passaresta oportunidade. Ampliar a redede anunciantes é fundamental paracontinuar o trabalho e manter adistribuição do boletim gratuita.

Queremos aumentar o númerode páginas para poder oferecermais informação. Porém, mais pá-ginas, implicam em mais custos ecomo “não existe almoço grátis”,quem vai pagar a conta?

Contamos agora com o Pauloda Eletrônica Xavantes oferecen-do as “figurinhas difíceis” da LG eda Ciclotron.

O Flávio da Schindler Tecnolo-gia apresenta o seu software degerenciamento de oficinas que éhomologado pelas grandes mar-cas.

Finalmente, “invadimos o nor-deste” com o Fernando da Carpalá em Natal vendendo os instru-mentos da Minipa e da Sonytel.

A publicidade não é só boapara quem faz, mas tábém paraquem a recebe que passa conhe-cer novas opções.

Boa leitura.

Paulo Brites

Reparação de Monitores 2 de abril - 3 sábados Impressoras Matriciais 2 de abril - 4 sábados Fontes Chaveadas 23 de maio - 2ª e 4ª Impressoras Laser 7 de maio - 4 sábados Curso Via Internet Fontes Chaveadas Inicio 9 de maio www.avbrites.com.br

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Page 57: Boletim Set Out

O cliente liga e diz:- Preciso que

alguém venha até a minharesidência para consertar omeu televisor, pois ele nãoquer desligar!!!!!!!

Esta solicitação é,convenhamos, bastante estranha,pois é comum se reclamar que oTV não liga, não fala, não temimagem, está fechando a imagem,mas um TV que não desliga ... eraa primeira vez.

Como de costume, ocliente não sabia indicarqual era a marca e omodelo do aparelho, oumelhor, sabia sim: “amarca é SONIC”!

Lá vai o técnicopensando num daquelesChing Lin Made inParaguai porém, láchegando observou queera um Panasonic 21V50que alguma mãozinha seencarregou de sumir comas quatro primeiras letrasdo logotipo frontal.

Menos mal, se nãofosse o defeitoconstatado pelo técnicoexatamente igual ao queo cliente havia descrito, ou seja, otelevisor funcionava normalmente,mas quando se acionava a teclapower no remoto ou no painel,apenas o som desaparecia,permanecendo a imagem normal natela.

Como não sabia ao certo qualtelevisor que iría ser encontradopela frente, o técnico optou pornão levar nenhum esquema para acasa do cliente, até porqueatualmente mesmo que você leveo esquema correto, será pouco

provável que se possa reparar oequipamento em domicílio, pois osaparelhos atuais com seusgabinetes plásticos quasemaleáveis, não permitem que sepossa abrir o televisor em cimade uma mesinha de centro da salae a melhor solução é verificar areclamação e, a partir daí,providenciar a retirada do aparelhopara a bancada da oficina ondese terá o espaço e osinstrumentos necessário pararealizar o diagnóstico preciso doproblema do dito cujo.

Assim foi feito e, já nabancada, com o esquema ao lado,começou-se a pesquisa doproblema inusitado. Observou-seque ao se desligar (ou pelo menostentar fazer isto) o somdesaparecia e também oscaracteres e os comandos, tantodo painel quanto do remoto, nãoeram obedecidos pelo televisor. Senovamente acionássemos opower, o televisor continuava comimagem e som além de todos oscomandos voltarem a ser

obedecidos.Aqueles, já iniciados na arte

de reparar televisores e outrosequipamentos eletro-eletrônicos commicro controlador, certamenteconcordariam em aceitar que o microdevia estar gerando o comandopower on/power off, pois se assimnão fosse, o som também nãodesapareceria quando se acionassea tecla power e os comandostambém não deixariam de responder.Para constatar a veracidade destaconclusão, mediu-se a tensão nopino 6 do micro que mudava de nível

lógico indicando que omicro “fazia” o desejadoon/off de acordo com oesquema (e tem genteque diz que não precisade esquema paratrabalhar, devem servidentes). Seguindoesta linha de raciocínio,concluiu-se que quemdeveria estar mantendoo televisor ligado sópoderia ser a tensão deHVCC ou HSTART quenão deveria estar sendoinibida pelo comandopower (off). Realmente,ao medirmos a tensão nopino 45 do one chip,constatou-se que a

mesma não desaparecia quando eraacionado o power off e obviamenteera esta a causa para manter oaparelho com imagem.

Mas quem estaria deixando atensão chegar ao pino HVCC semobedecer ao comando do todopoderoso micro controlador?

Voltando ao esquema,observamos que o comando poweron/off seguia para a fonte dealimentação e acionava ou desligavaum relé(RL001). Este relé eraresponsável por alimentar ou não de

A imagem que vinha do além!A imagem que vinha do além!A imagem que vinha do além!A imagem que vinha do além!A imagem que vinha do além!ColaboraçãoColaboraçãoColaboraçãoColaboraçãoColaboração F F F F Fernando Joséernando Joséernando Joséernando Joséernando José

e-mail:

Page 58: Boletim Set Out

acordo com a situação (power on/off) a fonte principal do televisor.Esta fonte, uma vez alimentada,fornecia alimentação para todos osestágios do equipamento, inclusiveo HVCC. Verificando a alimentaçãoda bobina do relé, observou-se quea mesma aparecia quando era dadoo comando power on e desapareciaquando surgia o power off,exatamente como deveria ocorrer.

Mas por que então o televisornão desligava?

Analisando o circuito nãorestava outra conclusão, o relé erao culpado (até que enfim desta veznão era o mordomo)!

E como se chegou a estaconclusão?

Simples (se você estiver como esquema e conseguir entender omesmo), os contatos do reléestavam definitivamente “soldados”(uma inspeção visual nos mostrou

isto) e deste modo, mesmo com ocorte na alimentação da bobina dorelé, ele continuava a levar aalimentação para a fonte principaldo aparelho e assim, ainda que omicro “mandasse” o televisordesligar, a alimentação continuavaa chegar ao HVCC e aos demaiscircuitos do TV e por isso (e nãopor uma “ordem do além!)contnuávamos com a imagem natela.

Mas, pera aí, por que o som eos caracteres desapareciam?

Ora, porque o micro quandomudava o nível de tensão no pino6, que corresponde ao comandopower, desabilitava internamenteo gerador de caracteres (OSD) jáque ninguém vai conseguir vercaracteres em um televisor semimagem e também não vai quererescutar o som e por isso, ele serácortado pelo mute que é

automaticamente acionado ao sedesligar o TV para evitar aqueleboom no alto falante quando sedesliga o som.

Um ponto importante a seobservar em relação ao problemaconstatado, é que é perfeitamentepossível se localizar o causador dedeterminados defeitos, sem ficarlevantando e trocando peça porpeça do circuito do aparelho. Bastapara tal, que se entenda como ocircuito funciona e obviamente seesteja de posse do esquemaelétrico do aparelho, pois sem omesmo realmente fica muito difícilseguirmos o caminho de um sinalou informação.

Na figura podemos visualizar aetapa da fonte onde se localiza oreferido relé.

Mais um para a coleção de“defeitos do outro mundo”! ΩΩΩΩΩ

Palestra de Paulo Brites realizada em 15 de Ja-neiro em Sâo Paulo.

Uma realização da Esquemateca Vitória que con-tou com o apoio da HR do Brasil, Sonytel e JornalÍcone.

Nas fotos vemos dois técnicos recebendo os brin-des ofertados pelos patrocinadores.

Foram mais de 100 técnicos que tiveram a opor-tunidade de reciclar seus conhecimentos.

MelhorMelhorMelhorMelhorMelhorando o Tando o Tando o Tando o Tando o Testador de Mosfetsestador de Mosfetsestador de Mosfetsestador de Mosfetsestador de MosfetsPara melhorar o desempenho do circuito fizemosuma pequena modificação acrescentado doisresistores como se vê no destaque abaixo. O “novo”circuito e placa de circuito impresso estão no site.

Page 59: Boletim Set Out

ColaboraçãoJonas Marques

Tem muita gente boa por aíaposentando as velhas e excelen-tes impressoras HP Série 600 quan-do elas passam a não ligar mais.Aperta-se tecla POWER e ... elanão liga.

O sujeito logo pensa:Ihhh! queimou a placa, já era,

vou ter que comprar uma impres-sora nova!.

Pensando bem, afinal ela já eramuito velhinha. Em se tratando deinformática é assim, passou de 5anos (ou seria 1 ano?) já virou peçade museu.

E lá vai o sujeito todo felizaproveitar a promoção daquela lojafamosa que vende impressoras a199,00 (não confunda com a lojade 1,99).

A propaganda é bem feita, aembalagem mais bonita ainda e aimpressão é fotográfica. Tudo issopor aquele precinho. Não dá mes-mo pra resistir.

Chegando em casa, ao abrir opacote, a primeira surpresa (nãoseria decepção?): - Embora a im-pressora tenha espaço para se co-locar os dois cartuchos, na emba-lagem só vem o colorido. E aí, vocêdescobre pelo manual (se você ler,é claro!) que ela imprime o pretopela mistura das tintas coloridas,e que o cartucho de tinta preta éopcional(cadê a defesa do consu-midor?).

Ao fazer a primeira impressão,outra descoberta: - Toda aquelatralha hi-tech não passa de umagrande carroça, pois leva umtempão para imprimir alguma coi-sa.

Buscando o motivo de tantalerdeza da máquina, outra desco-berta (também pelo manual): - sevocê quiser maior desempenho temque comprar o cartucho de tintapreta. Afinal ninguém faz milagrenão é mesmo ou como diz o Brites- “não existe almoço grátis”.

Mas aí, é tarde demais, o seufilho já mandou imprimir aquela fotodo cachorro, e ... mais uma des-coberta: - A quantidade de tintado cartucho colorido é reduzida,apenas para demonstração, diz ofabricante (cadê a defesa do con-sumidor?)

Bom, você não quer estragaro seu dia, não é mesmo? Já queestá na chuva e como dizia o fa-lecido “filósofo” Vicente Mateus “épara se queimar”. Vai a uma lojadisposto a comprar o cartucho pre-to que dará maior desempenho e ocolorido que já acabou no meio dafoto do cachorro.

Agora, já de volta em casa,com aquele ar de quem entrou pelocano, e também no cheque espe-cial para comprar os cartuchos quecustaram quase o preço da impres-sora, você faz mais uma terrívelconstatação.

Como você não leu as letrasmiúdas na embalagem da impres-sora, descobre agora, tarde de-

mais, que mesmo com o tal docartucho preto instalado, a má-quina ainda demora muito para co-meçar a imprimir alguma coisa, ouseja, como diria “aquele ex-presi-dente, a carroça melhorou, masainda é uma carroça.

Ocorre que algumas “impres-soras de promoção” têm poucacapacidade de processamento dosdados e delegam ao micro a maio-ria das funções que normalmenteseriam feitas por elas. Como oseu micro já está velhinho, tempouca memória, pouco espaço noHD ... você já sabe o final da es-tória.

Toda essa novela tem ape-nas a intenção de alertar que ain-da vale a pena, e muito, conser-tar a sua HP Série 600, pois namaioria das vezes quando a im-pressora não liga, o defeito estáno próprio painel e que qualquertécnico de impressoras pode trocá-lo aí mesmo no seu escritório ouresidência por uma quantia (peça+ mão de obra) bem inferior aovalor do seu cartucho de alto de-sempenho que você acabou decomprar.

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Page 60: Boletim Set Out

Começo dizendo que a sigla ESRsignifica Equivalent SerieResistance que, em bom português,nada mais é que Resistência emSérie Equivalente.

Quem acompanha o meutrabalho de divulgação técnica jásabe o que isto significa e qual aimportância deste parâmetro nosdias de hoje para a manutençãode equipamentos eletrônicos.

Entretanto, a despeito de eujá ter escrito e falado sobre estetema várias vezes, percebo quepara muita gente ele ainda énovidade.

Por isso, volto a repeti-loneste boletim que, graças a visãoempreendedora de diversosempresários do setor, atinge acada dia um número maior detécnicos do Brasil.

A ESR é um importanteparâmetro que está relacionado aoscapacitores eletrolíticos e que têmse tornado, sem dúvida, um grandevilão no funcionamento, ou melhor,mau funcionamento, dosequipamentos eletrônicos atuais.

Descobri este conceito há maisde 8 anos e notei como eraimportante aprofundarconhecimentos sobre ele.

Como disse Eienstein “não sepode resolver um problema novocom o mesmo conceito antigo queo criou”. Esta idéia tem tudo a vercom o momento atual da tecnologiae em particular com os eletrolíticos.

Temos hoje, cada vez mais,eletrolíticos submetidos a tensõespulsantes de alta freqüência.

Só para citar duas situaçõesem que isto acontece, temos asfontes chaveadas e as fontesoriundas da retificação da deflexãohorizontal.

Quando um capacitoreletrolítico é construído, diversasresistências indesejáveis seformam como pode ser visto nafigura 1.

E´ o conjunto destasresistências que recebe adenominação de ESR.

Sendo assim um capacitoreletrolítico pode ser representadopelo circuito equivalente da fig.2.

E´ bom ficar bem claro desdejá que o resistor colocado em série

com o capacitor na figura 2 nãofoi colocado ali de propósito e osbons fabricantes de eletrolíticostentam torná-la a menor possível.

Em outras palavras quantomenor a ESR melhor é o capacitor.

Quando um capacitor ésubmetido a uma tensão variávelciclicamente temos que levar emconta o conceito de reatância

capacitiva (Xc).Lembremos que a reatância

capacitiva é calculada por 1/2 πππππ fC e é expressa em ohms.

Observando esta expressãopodemos tirar duas conclusões:

1)Quanto maior a freqüência,menor a reatância capacitiva;

2) Quanto maior acapacitância, menor a reatânciacapacitiva.

Se temos uma resistência emsérie (ESR) com o capacitorpassamos a ter uma impedância (Z)como resultado final.

Por outro lado, o conjuntooferecerá também uma defasagemà tensão que estiver sendoaplicada.

E é exatamente por causa dasfreqüências mais altas a que oscapacitores eletrolíticos passarama ser submetidos que a ESR passoua ter uma relevância que não tinhaantigamente.

Assim, se a ESR começar a seaproximar do valor da reatânciacapacitiva a impedância oferecidapelo capacitor irá mudar.

Se você está entendendo tudodireitinho já deve estar imaginandoque a qualidade do capacitoreletrolíticos passa a ser fatorpreponderante no funcionamentodos circuitos.

Mas, isto não é tudo.Supondo que o fabricante

utilizou um capacitor de boaqualidade e que o aparelho vinhafuncionando bem, então por que umbelo dia ele parou de funcionar e seafirma que a culpa pode estar noeletrolítico?

Uma segunda dúvida muitocomum é, por que se mede oeletrolítico no capacímetro e esteindica que a capacitância estácorreta, mas mesmo assim o

ESR : VESR : VESR : VESR : VESR : Você ainda não sabe o que é isto ?ocê ainda não sabe o que é isto ?ocê ainda não sabe o que é isto ?ocê ainda não sabe o que é isto ?ocê ainda não sabe o que é isto ?Paulo Brites

fig.2

fig.1

Page 61: Boletim Set Out

circuito não funciona?Esta são duas questões

relevantes que precisam seentendidas pelos técnicos.

A resposta à primeira perguntaé: A ESR AUMENTA DE VALOR AMEDIDA QUE O CAPACITOR VAIENVELHECENDO.

Quanto a segunda pergunta,temos: CAPACÍMETROS, emgeral, NÃO LEVAM EM CONTA AESR E POR ISSO, NOS DÃO UMAMEDIDA POUCOREPRESENTATIVA PARAELETROLÍTICOS EM CERTOSCIRCUITOS.

Como sair dessa?Você já deve estar percebendo

que o ideal seria possuir ummedidor de ESR. Infelizmente estetipo de instrumento não éencontrado aqui no Brasil.

Por outro lado, sabe-se quefalhas provocadas por ESR alta sãomuitas vezes difíceis dediagnosticar, logo a melhor soluçãoé TROCAR os capacitoreseletrolíticos principalmente paraaparelhos com mais de 7 anos devida (mesmo com pouco uso).

Espero ter esclarecido alguns“mistérios do além” com esta

matéria e também ter colocado“minhocas na sua cabeça”.

No próximo boletim voucontinuar tratando deste assuntocom um pouco mais deprofundidade.

Na Internet encontra-se muitomaterial sobre o tema, mas vale apena lembrar que a maioria eminglês. Aliás quem não se dispusera estudar a língua “deles”´cada diavai ter mais dificuldade paraconsertar alguma coisa eletrônica.

See you next time!

Bobinas descontinuadas Bobinas descontinuadas Bobinas descontinuadas Bobinas descontinuadas Bobinas descontinuadasColaboraçãoColaboraçãoColaboraçãoColaboraçãoColaboração Nilton Cazuca Nilton Cazuca Nilton Cazuca Nilton Cazuca Nilton Cazuca

O companheiro Nilton Cazucada cidade de Santos nos envioualguns valores de capacitores en-contrados em bobinas de AFT,VCO e etc que ele garimpou naInternet.

Estas bobinas não são maisencontradas no comércio e, ge-

ΩΩΩΩΩ

acraM sissahC oãçnuF ogidóC roticapaC sbO

spilihP OTCIF

18732 Fp86 aleramA

spilihP OTC IF Fp001 edreV

spilihP OTC IF Fp28 ahlemreV

spilihP 3101LG41 TFA 00025 Fp28 -

prahS G moS.teD 142 Fp86 -

prahS H TFA 102T fP28 -

prahS sosreviD TFA=2120

109/8000Fp33 -

prahS sosreviD TFA=3220

507/8000Fp33 -

prahS 21R02 TFA 402T fP51 -

ihsibusitiM 1502CT moSteD Fp86 -

oclihP 2592SCP TFA 102RT Fp28 -

yeriK 0202 TFA 301L Fp65 -

yeriK 0202 OCV 401L Fp65

ralmente, a falha está nocapacitor interno. Trocando-o, oaparelho pode voltar a funcionar.

Parabéns, ao nosso amigo ea “alma caridosa” que teve o tra-balho de listar estes valores.

Com auxílo deles vocês po-derão salvar alguns aparelhosabandonados por falta da bobi-na, deixar o cliente feliz e aindafaturar uma graninha honesta-mente. ΩΩΩΩΩ

Page 62: Boletim Set Out

Você não mora noRio, mas gostaria defazer os cursos da

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1) Deixar o TV em stand by 2) Pressione Volume + no TV mais de 2 segundos e sem soltar a tecla retire o cabo da rede da tomada 3) Solte a tecla Volume 4) Conecte o cabo de força na tomada e ligue o aparelho

você sabia?você sabia?você sabia?você sabia?você sabia?

TV Mitisubishi

TRAVADA 1) Deixe o TV em stand by 2) Pressione simultaneamente as teclas Canal +, Canal -, Volume + e Volume - 3) Pronto, o TV ligará e estará destravado. Tão fácil que nem doeu !

RapidinhaRapidinhaRapidinhaRapidinhaRapidinha 22222 Pode ser chassis Anubis

ou GR-6. O aparelho entra nomodo demonstração apresentan-do uma tela preta e sem ima-gem, mas com caracteres. O TVnão obdece a nenhuma opera-ção do controle remoto.

Para destravar deve-seapertar simultaneâmente no apa-relho as teclas CH + e VOL - ouvice versa dependendo do mo-delo. O aparelho irá desligar so-zinho. Ao religar as funções es-tarão funcionando, mas teremosque refazer a sintonia.

TV Philips 29 GX ????

RapidinhaRapidinhaRapidinhaRapidinhaRapidinha 11111

Mande a sua descoberta! Mande a sua descoberta! Mande a sua descoberta! Mande a sua descoberta! Mande a sua descoberta!compartilhe com oscompartilhe com oscompartilhe com oscompartilhe com oscompartilhe com os

colegas colegas colegas colegas colegas

Page 63: Boletim Set Out

Ano II - Nº 10 Informativo Técnico Distribuição Gratuita Mar/Abr 2005

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Paulo Brites

Qual é o mistério da fonte do monitor Itautec?Qual é o mistério da fonte do monitor Itautec?Qual é o mistério da fonte do monitor Itautec?Qual é o mistério da fonte do monitor Itautec?Qual é o mistério da fonte do monitor Itautec?

Nos cursos de reparação demonitores que costumo realizaruma pergunta que sempre apareceé sobre este monitor e a dúvidados técnicos é: por que ele temduas fontes?

Ora, parece que quase todomundo acha que este monitor temduas fontes só porque ele utilizadois UC3842 e este C.I.,geralmente, é usado nas fontes.Quem já está familiarizado commonitores está tambémacostumado a vê-lo em diversosmonitores, mas ele não é de usoexclusivo deles. Muitas fontes detelevisores também o utilizam.

Aqui cabe um parêntese parachamar a atenção quanto aosprefixos e sufixos que aparecemneste C.I. Você poderá encontrá-lo como UC, UPC, DBL e KA o queidentifica apenas o fabricante. E´preciso estar atento tambémquanto ao número, pois existe o3842 e o 3882 e embora os pinostenham as mesma funções um nãosubstitui outro. Entretanto, o maisimportante não é o prefixo (letrasiniciais) e sim o sufixo, ou seja, aas letras que aparecem depois donúmero. Você encontrará asseguintes versões: A, B, N, AN, APe até onde sei o B não substitui osoutros.

Antes de estudarmos estafonte vamos dar uma olhada nodiagrama em blocos do C.I na fig.1.

Este CI é fabricado também emversões com 8 ou 14 pinos, emboraa mais comum de se encontrar sejaa de 8 pinos. Na fig. 1 os pinosque estão entre parêntesescorrespondem a versão de 14 pinos. fig. 1 - Diagrama em bloco do UC 3842

Analisemos primeiramentealguns pontos importantes quecertamente serão úteis no reparonão só desta, mas de outras fontesque utlizem este C.I. Para simplificarvou me referir apenas aos pinos forados parênteses que são os daversão de 8 pinos.

Poderíamos dizer que o pino7 é o mais importante por ser o deinicialização ou partida do C.I. Atensão neste pino varia um poucoconforme a versão, mas podemostomá-la na ordem de 16 Voltsaproximadamente.

A monitoração da tensãodeste pino, com um voltímetroanalógico, nos dará uma indicaçãodo que está acontencendo com afonte. Se a tensão estiver estávela fonte estará funcionando. Se nãohá tensão nenhuma neste pino,então a fonte não estáconseguindo partir e a primeiraprovidência é examinar o resistorque vem do capacitor de filtro eestá ligado a ele. Provavelmenteestará aberto ou muito alterado.

Pode ocorrer ainda deobservarmos uma “oscilação” noponteiro do voltímetro o que indicaque a fonte está tentanto partir,mas não está conseguindo. Nestecaso é possível que alguma cargaligada ao secundário esteja emcurto e por isso a fonte nãoconsegue sustentar as tensões desaída.

Outra questão importante aser observada é quando vocêencontra o MOSFET chaveador quevai ligado ao pino 3 do C.I em curto.

Sabe qual é a minha sugestão:- não troque apenas o transistor,mas também o próprio C.I. Antesporém, providencie a troca doscapacitores eletroliticos do primárioe, deixe de ser preguiçoso, medindotodos os resistores e diodos da“área” como medida de precaução.

Como não estamos tratandodo conserto de fontes chaveadaspropriamente dito não vou meaprofundar mais no assunto, poisele não é objetivo principal damatéria e eu suponho que você já

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ExpedienteCoordenação Geral

Paulo BritesJornalista Responsável

Carlos DeiRegistro MTB 15173

Tiragem10.000 exemplares

O conteúdo das matérias aquipublicadas é de responsabilidadede seus autores.

[email protected]

EditorialEditorialEditorialEditorialEditorial

(21) 2233-6369

ΩΩΩΩΩ

Paulo Brites

seja um expert no reparo destasencrencas. Se não é, deveria fazero meu curso sobre o assunto(presencial ou via Internet).

Por razões que não vou de-talhar aqui, a alimentação do flyback de um monitor não costumaser feita diretamente do + B da fon-te. E´aí então, que entra o tal cir-cuito conversor DC-DC que aSamsung também chama de HVregulator.

Cada fabricante arranja o seujeito de fazer o conversor DC-DC eneste nosso caso a Itautec (ouquem projetou o monitor para eles)utilizou mais um UC 3842 para estaoutra função.

Fazendo desta forma a fontede alimentação ficou desobrigadade alimentar o fly back que passoua ser alimentado pelo “segundo “UC 3842 que aparece no bloco pon-tilhado.

Certamente o que logo lhevem a cabeça é intercambiar osC.I.s para saber se algum delesestá defeituoso. Se fizer, faça-opor sua conta e risco e não diga aninguém que eu sugeri isto. O mé-todo de conserto troca-troca podeacabar levando-o a ter dois C.Isqueimados em vez de um.

Como proceder então?Considerando que os circuitos

são independentes você poderáanalisá-los separadamente, desli-gando a alimentação do fly back

ou o transistor de saída horizontale verificar o conversor DC-DC.

A fonte propriamente dita for-nece 12 Volts através de T703para o C.I U501 (TDA 9103) que éo processador de vertical e hori-zontal (fig.3 na pág. seguinte).

O T703 por sua vez échaveado por T707 sendo que esteserá cortado ou saturado pelo co-mando PW_SAVE vindo do microcontrolador U101.

Para sabermos onde está acausa do monitor não estar ligan-do podemos proceder da seguintemaneira: 1) ligamos o monitor àuma Lâmpada Série de potênciaentre 2 a 3 vezes o consumo domonitor: 2) aterramos o coletor deT 707, liberando assim os 12 Voltspara U 501.

Se a etapa de deflexão hori-zontal e o conversor DC-DC esti-verem funcionando surgirá a altatensão. Neste caso a suspeita re-cai sobre U101 ou a EEPROM.

Para verificarmos se o defeitoé da deflexão horizontal (fly back,transistor de saída horizontal e cia)podemos desativar a alimentaçãodo fly back proveniente doconverssor DC-DC e alimentá-locom uma fonte externa. Sempreatravés da Lâmpada Série, é cla-ro.

Daqui pra frente passe a ob-servar em outros monitores comoé feito o conversor DC-DC e paratirar a dúvida alimente o fly backatravés de uma fonte externa.

Comece observando que naparte de baixo da figura 2 (páginaseguinte) há um retângulo ponti-lhado identificado como conversorDC-DC.

Se você não sabe o que estecircuito faz num monitor, a primei-ra coisa que eu posso lhe dizer éque já passou da hora de fazer omeu curso de reparação demonitores.

Caros leitores, desta vez, admi-to, passei dos limites. O atraso daedição 10 foi muito grande. Não temsido fácil. Estou precisando conseguirum dia igual ao daquele banco, com30 Horas.

Mas, apesar das dificuldadesestamos colocando o “bloco na rua”.

Espero que gostem das matériase mandem sugestões, na medida dopossível irei atendendo-as.

Observem que tem gente novaanunciando. Se você está precisandoresolver um problema de cisnescópioprocure o nosso amigo Mendes lá daNipovídeo. Ele é cobra no assunto.

Continuem prestigiando nossosanunciantes porque são eles que aju-dam a tornar este trabalho possível.

Até breve.

REPARAÇÃO DE MONITORESpara Técnicos de TV

CURSO PRESENCIAL

com PAULO BRITES

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ColaboraçãoJonas Marques

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É isso mesmo, árvore de natal,você não leu errado. Mas, o queuma coisa tem a ver com a outra?Eu explico.

Muitos técnicos apressados ecomprometidos apenas com a granarápida, volta e meia enfrentam oseu maior pesadelo: o prejuízorápido.

Todo mundo já ouviu falar quea manutenção do eixo é muitoimportante por isso não vamostratar do assunto em si, mas deum efeito pouco conhecido dostécnicos de impressoras: O “EfeitoÁrvore de Natal”.

Não importa se o técnicoapressado despejou óleo decozinha ou “pomada japonesa” noeixo com a intenção de lubrifica-lo, isso por si já é um “crimehediondo” (que agora passou a teruma pena mais branda), mas o piorainda está por vir.

Para espalhar a “graxa” nasuperfície do eixo ele arrasta o carrorapidamente em movimentoslaterais. Se você é um técnico“ligado” já percebeu (ou deveria terpercebido) que se existe umsistema para movimentar o carro evocê o está movimentando na“marra” significa que o sistema estásendo afetado de alguma forma.

Simplificando:- ao movimentaro carro você está fazendo o motorgirar velozmente para um lado epara o outro e sem querer

(querendo) você criou um dínamoque gerou e “injetou” tensãoelétrica na placa lógica.

Nas impressoras de 80 colunaso efeito é minimizado pelo poucoespaço para o movimento, mas nasde 132 colunas é uma festa paraos elétrons (um verdadeiro bailefunk), pois quando o incautomovimenta o carro de um lado parao outro, produz um giro constanteno motor que por sua vez produziráuma excelente “usina elétrica” demeter inveja a Furnas ou Itaipu.

Foi numa dessas que oajudante da oficina falou pro meuamigo técnico: puxa estaimpressora parece uma árvore denatal de tantas luzinhas queacendem e o estranho é que elanem ligada está.

Isso é que eu chamo de umprejuízo rápido, pois bastou algunssegundos de pisca-pisca para terque comprar uma placa lógica nova.

Já sei que tem gente que vaidizer que tudo isto é bobagem eque sempre fez assim e nuncaqueimou nada.

Mas ninguém precisa ser umespecialista para confirmar isto,basta lembrar das bicicletasantigas aquelas que tinham pára-lama e farol que acendiam graças

ao pequeno dínamo que eramovimentado pela transmissão daroda da bicicleta. Quanto maisrápido se pedalava mais intensaa luz do farol.

Na impressora é parecido.Quanto mais rápido se movimentao carro manualmente, maisintenso é o brilho das luzinhas dopainel.

Se o amigo “técnico” não querabrir mão dos seus procedimentos“rápidos”, pelo menos desligue oconector do motor para que elenão fique “injetando” tensão nasua placa lógica, pois afinal“Árvores de Natal” são montadasem dezembro e sob a supervisãode Papai Noel.

Quer saber mais sobreimpressoras?

Visite o sitewww.techprinter.eti.br

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Continuando a falar de ESR Continuando a falar de ESR Continuando a falar de ESR Continuando a falar de ESR Continuando a falar de ESRPaulo Brites

No boletim 9 prometi que con-tinuaria a tratar deste importantetema que é a ESR.

Noto que o assunto ainda édesconhecido da maioria dos téc-nico aqui no Brasil e pude observaratravés do meu Curso de Repara-ção de Fontes Chaveada pelaInternet que existem algumas con-fusões e “crenças” que precisamser melhor esclarecidas.

Muitos ainda acreditam no ve-lho método da carga/descarga como auxílo de um ohmímetro analógicocomo uma forma definitiva de ava-liar capacitores. Outros acham queo capacímetro é a última palavra.Pois bem, vamos levantar algumaspolêmicas.

Quem já é veterano no ramode raparos, deve ter concuído queem termos de componentes ele-trônicos um teste só pode ser con-siderado definitivo se mostrar queo componente está defeituoso.

Em muitos casos enquanto oteste nos indica que o componen-te está perfeito o que temos é ape-nas uma dúvida.

Para os principiantes isto soacomo uma aberração. Dia desses,observei como os olhos de um alu-no-principiante ficaram arregala-dos, quando eu falei isso duranteuma aula de reparo de monitores.

O caso dos capacitores tal-vez seja um dos mais polêmicos edramáticos.

Se o capacitor já estiver comuma ESR extramamente elevada oohmímetro vai “demonstrar” a “in-capacidade” deste capacitor secarregar e até aí podemos concor-dar que o teste foi positivo.

O que acontece é que paracircuitos que operam em freqüên-cias relativamente altas como as

fontes chaveadas, por exemplo,basta que tenhamos, às vezes,uma ESR de, digamos, 10 ohmsquando o normal talvez fosse me-nos que 1 ohm, para que o circui-to se comporte mal por conta destecapacitor “mau caráter”.

Para que não fique nenhumadúvida, não tome os valores doexemplo acima como definitivos.Trata-se apenas de uma ilustra-ção.

A ESR depende basicamentede três fatores: 1) capacitância2) tensão de trabalho 3) qualida-de do capacitor.

Outro ponto polêmico: a qua-lidade do material vendido atual-mente chega, em alguns casos, aser estarrecedora.

Abro um parenteses no assun-to para falar de uma situação queme deixou engasgado até hoje.Pedi aos alunos de uma turma deeletrônica básica que comprassemalguns componentes para realiza-rem algumas práticas na aula.Constava da lista um cabo de for-ça. Confesso que fiquei assustadoquando vi o que eles trouxeram. Otal cabo força tinha meia dízia defiapos de fio mais finos que fio decabelo de nenem. E´um crime ven-der um material destes. E nínguémfaz nada. Onde está o Inmetro?Quando pegar fogo na casa de al-guém e passar na reportagem doFantástico, tomarão “providênci-as”.

Voltando ao nosso tema, paraavaliarmos a ESR precisamos fa-zer com que a reatância capacitivado capacitor se manifeste e istosó ocorre quando ele é submetidoa uma “corrente” alternada. A ESRcostuma ser especificada pelos fa-bricantes para uma freqüência de100 KHz. Percebeu, então porqueo ohmímetro não ajuda? Na ver-dade para medirmos a ESR preci-

saríamos ter um ohmímetro que fun-cionasse em AC e não em DC comoos ohmímertros convencionais.

Há muito tempo pesquisando naInternet encontrei algumas idéiasinteressantes e dentre elas sugiroa que está em: http://octopus.freeyellow.com/esr.html e vou descrevê-la paraaqueles que ainda não sabem in-glês. Tive a oportunidade de fazeralguns experimentos e me pareceuuma maneira interessante de avaliareletrolíticos, com o auxílio de umosciloscópio e um gerador de ondaquadrada em 100 KHz que pode serimprovisado com o circuito da figuraabaixo sugerido por Stephen M.Power no site citado. Se você pos-sui um gerador de funções, nadacontra, use-o.

O gerador será aplicado ao cir-cuito mostrado a seguir onde seráligado o capacitor sob teste em pa-ralelo com os resistores R3 ou R4.Na figura vemos também como de-verá ser ligado o osciloscopio. An-tes de colocar o capacitor a ser tes-tado devemos verificar o valor picoa pico da onda quadrada noosciloscópio em acoplamento AC.Anotamos este valor que deverá serda ordem de 50 mV a 100 mV e cha-maremos Vaberto. Em seguida colo-camos as pontas de prova sobre ocapacitor a ser avalidado.

Aqui cabe uma ressalva, esteteste pode e deve ser realizado como capacitor no circuito.

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Na prática, tive a oportunida-de de verificar que quando umcapacitor está com a ESR elevadaele é capaz de reverter esta situ-ação se for aquecido. Aí talvez es-teja um fato que ajude a explicarporque o capacitor mede bom forada placa. Daí a ressalva anterior,ou seja, vamos testar o capacitorno seu “habitat”.

Dando continuidade ao proce-dimento vamos a segunda parte docircuito da nossa giga de teste.

Façamos alguns comentários.Os diodos D1/D2 e D3/D4 servemapenas como proteção caso vocêtenha esquecido de descarregar oscapacitores. Aliás, eu não disse,mas espero que você tenha per-cebido, que é para testar ocapacitor no local, mas com oaparelho desligado, é claro!

E o que irá acontecer?Ao colocarmos as pontas de

teste sobre o capacitor suspeitodevemos observar qual a altera-ção no valor pico a pico da ondano oscilósópio. Chamemos estevalor de Vcap.

No circuito proposto R3 é 10Ohms e R4 = 2,5 Ohms. Se a cha-ve for fechada teremos uma resis-

tência equivalente de 2 Ohms.A relação entre Vaberto (Va)

e Vcap (Vc) dependerá da ESR docapacitor e usando-se a Lei deOhms chegaremos a uma pequenafórmula que nos dará um valoraproximado da ESR.

Para facilitar a sua vida voumostrar esta fórmula pronta. Naverdade teremos duas fórmulas, ouseja, uma para R3 sozinho (10ohms) e outra pra R3 em paralelocom R4 (2 Ohms, use quatroresistores de 10 Ohms em paralelopara obter 2,5 Ohms em R4).

Com 10 ohms: ESR = 10 x (Vc/Va) Com 2 ohms : ESR = 2 x (Vc/Va)

Como avaliar o resultado?Uma medida não significará

nada se não a compararmos comum valor esperado.

Neste momento você deve es-tar querendo perguntar: sim eudescobri o valor da ESR, mas comosaber se ela é aceitável ou não?

No ESR Meter de Dick Smit éapresentada uma tabela de valo-res médios de ESR para algunscapacitores que eu estou colocan-do ao lado para que você utilizecomo referência.

E importante que você obser-ve que quanto menor a ESR me-lhor. O valor ideal seria zeroOhms

Daqui pra frente é uma ques-tão de praticar e ir tirando suaspróprias conclusões. O”desconfiômetro” junto com o bomsenso são duas ferramentas impor-tantes para o técnico reparador.Aprenda a usá-las.

V/C 01 61 52 53 36 061 052

Fu1 5 4 8 01 02

Fu,2,2 5,2 3 4 8 01

Fu7,4 6 3 2 6 6

Fu01 6,1 5,1 7,1 2 3 6

Fu22 3 3 2 1 8,0 5,1 3

Fu74 1 2 1 1 8,0 1 3

Fu001 8,0 8,0 5,0 5,0 3,0 3,0 1

Fu022 3,0 4,0 2,0 2,0 81,0 52,0 5,0

Fu074 51,0 2,0 52,0 1,0 210 2,0 3,0

Fu0001 1,0 1,0 1,0 40,0 40,0 40,0

Fu0074 80,0 50,0 50,0 30,0 30,0

FuK01 40,0 30,0 30,0 30,0

Valores médios de ESR

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Page 69: Boletim Set Out

São TSão TSão TSão TSão Tomé e a Eletrônica: - é promé e a Eletrônica: - é promé e a Eletrônica: - é promé e a Eletrônica: - é promé e a Eletrônica: - é preciso veciso veciso veciso veciso ver parer parer parer parer para cra cra cra cra crerererererColaboraçãoColaboraçãoColaboraçãoColaboraçãoColaboração F F F F Fernando Joséernando Joséernando Joséernando Joséernando José

Em se tratando de umequipamento eletrônico, o técnicodeve sempre imaginar todas aspossibilidades em relação a umdeterminado defeito, embora devainiciar a pesquisa pelas coisas maisóbvias e normalmente mais simples.

Vou narrar a seguir, um fatoque vivenciei há alguns anos (oumelhor muitos) e espero que elespossam servir de alerta para osiniciantes e também para aquelesjá iniciados, mas continuam atrabalhar como iniciantes.

O fato ocorreu no tempo emque o chassis KL7 da Philips eraum equipamento novo (istorealmente já faz um bom tempo esinceramente o aparelho emquestão não deixou nenhumasaudade, mas o que importa aqui éo fato e não o equipamento).

Certa dia, chega um amigo queestava se iniciando em eletrônicae pergunta o que poderia causar afalta de som no referido televisor.

Disse-lhe que além do altofalante, os transistores, o CI de Fide Som e a alimentação do circuitodeveriam ser verificados (isto, aliás,não mudou até hoje).

Ele me respondeu, como todomundo faz, que já havia verificadotudo isso e inclusive, emdesespero, havia conseguido umaoutra placa de som de um aparelhoque estava funcionando e o TVcontinuou mudo (bons tempos emque podíamos trocar placas de umTV para isolar o defeito).

Pensando em fazer a minhaboa ação do dia, embora nunca

tenha sido escoteiro, falei para ocolega que se ele trouxesse otelevisor eu poderia tentar ajudá-lo.

Falei isso já pensando noestado em que deveria estar a PCIdo televisor após ele ter verificado“todos” os componentesliteralmente, mas para meuespanto e felicidade, o aprendizde feiticeiro tinha aprendido asoldar e dessoldar corretamente(coisa que alguns que se dizemexperts não aprenderam a fazeraté hoje e insistem em usar ferrosde solda de um e noventa e novecom solda de camelô).

Embora ele jurasse que játinha verificado tudo, fiz o que émais sensato nessas horas, ouseja, esquecer tudo que foi feitoe falado e começar pelo começo.

Sabe-se que se umequipamento que deveriareproduzir sons, não está fazendoisso, a primeira coisa a ser feita éverificar a integridade da bobina

móvel do alto falante.Fazendo exatamente o descrito

acima, desconectei um dos terminaisdo alto falante e constatei semmaiores dificuldades que a bobina domesmo se encontrava aberta.

A cara de espanto, misturadacom felicidade, do colega eraindescritível.

Poxa, disse ele, eu medi maisde 10 vezes o alto falante porquetodo mundo a quem eu perguntavasobre o defeito dizia que deveria sera bobina do alto falante aberta. Oproblema é que você soltou o altofalante para medir e eu medi comele ligado.

Ai temos um erro primário(embora a culpa seja do secundário,desculpem o trocadilho) e que muitagente, que “se acha” boa, comete.

É assunto da sala de aula deeletrônica básica, que nunca se devemedir um componente com o mesmototalmente conectado ao circuito,e foi exatamente o que aconteceucom o meu amigo, ele mediu narealidade, o circuito em paralelo como alto falante e teve a falsaimpressão de que a bobina estavadando continuidade, mais esqueceuque quando um alto falante estábom, ele emite um ruído quando abobina móvel é percorrida por umacorrente elétrica (no caso, acorrente produzida pelas pilhas domultímetro).

O detalhe é que meu colegainsistia em trabalhar com ummultiteste digital, pois disseram paraele que o digital é muito mais precisodo que o analógico.

Pode até ser para algumasmedidas, mas, por exemplo, naavaliação de um alto falante, omultímetro analógico iria fazer o altofalante produzir ruído se estivessebom, mesmo que não o tivéssemosdesconectado do circuito. Já omultímetro digital, na maioria doscasos, não é capaz de proporcionareste ruído na medição, pois a grandemaioria destes instrumentos entregaaos terminais de saída (pontas deprova) uma corrente tão baixa, quenão será capaz de fazer com que abobina do alto falante produza umcampo que faça o cone semovimentar e produzir ruídos.

Uma outra situação que temocorrido muito, embora o amigo Paulo

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cor do invólucro de plásticobastante alterada e que foramdeixados lá no circuitosimplesmente porque passaram nostestes de carga e descarga e docapacímetro, mas foi esquecido umparâmetro que há muito tempo jádeveria ter entrado há muito temponos currículos escolares deeletrônica: - a ESR, já tão faladaaqui neste boletim em outrasoportunidades.

Já faz alguns anos (uns 20)passei a adotar o seguinte critério:- após abrir o aparelho e fazer ainspeção visual obrigatória, colocona lista ... , os capacitoreseletrolíticos que me parecerem comestar com cara feia, para substituí-los sumariamente.

Isto tem apresentadoresultados satisfatórios em pelomenos cerca de 90% dos casos.

Devo ressaltar que você nãodeve olhar de forma suspeitaapenas para os capacitores

Brites já tenha alertado para estefato inúmeras vezes, é em relaçãoaos equipamentos com fonteschaveadas e que volta e meia,alguém vem com aquela afirmativajá manjada; - já verifiquei tudo enão encontrei o defeito.

É comum, quando alguém nostraz um equipamento que já foipraticamente necropsiado pelotécnico, verificarmos que tudo foirealmente medido, mas trocarcomponentes suspeitos, nempensar. Afinal de contas, por quevou trocar (e gastar dinheiro a toa)trocando um componente que estábom ?

E ai vão algumas dicas paraos neófitos e aqueles que nãoseguem São Tomé (é preciso verpara crer).

Capacitores eletrolíticos(sempre eles) com a capa plásticaencolhida (ou com as calçasarriadas como costumo dizer), coma cabeça arredondada, ou com a

eletrolíticos (senão daqui a poucovão lhe acusar de racismoeletrônico), mas também devem irpara a lista ... os resistores queapresentam uma mudança em suacoloração (principalmente os demetalfilme) devem ser olhados comatenção, assim como oscapacitores de poliéster queestiverem com a coloraçãoalterada devem ser verificados esubstituídos se necessário (ocapacímetro geralmente funcionanestes casos).

Espero que estes comentáriospossam esclarecer alguns pontosnão só para os iniciantes no mundoda reparação de aparelhoseletrônicos, mas também para aturma da velha guarda acostumadacom outros conceitos.

Os tempos são outros, porisso problemas novos exigemsoluções novas.

Até o próximo encontro.ΩΩΩΩΩ

Estou vendendo sucata a preço de banana!

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Liga pra mim e marca umhorário para avaliar.

Tudo MUITO BARATOpara desocupar lugar.

Paulo Brites(21) 2233-6369após às 15 horas

Os “estrOs “estrOs “estrOs “estrOs “estranhos” códigos dos eletroliticos SMDanhos” códigos dos eletroliticos SMDanhos” códigos dos eletroliticos SMDanhos” códigos dos eletroliticos SMDanhos” códigos dos eletroliticos SMD

Esta tabela foi obtida atravésda Internet no boletim “TheSpeaker” de maio publicado pelaNESDA-Ohio - USA. Certamenteserá muito útil na ajuda da identi-

ficação dos valores destas ”cria-turas” cada vez mais presentes nasPCIs atuais.Fonte: www.iwaynet.net/~nesda/speaker.html

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Ano II - Nº 11 Informativo Técnico Distribuição Gratuita Mai/Jun 2005

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Paulo Brites

Desmistificando as EEPROMs ou Um novo jeito de Consertar TVs

Já não deve ser novidade paravocê que todos os equipamentoseletrônicos hoje utilizam umamemória conhecida como EEPROM.

Estas memórias tambémchamadas não voláteis, a cada dia,assumem uma importância maior.

Embora, teoricamente, elasnão devessem perder os dados,pois não são voláteis, na práticanão é o que seobserva.

Por razõesdiversas (picos da redeelétrica, descargasatmosféricas fortes,por exemplo) elaspodem ter seus dadoscorrompidos o que nãos i g n i f i c a ,necessa r i amen te ,estarem defeituosas.

Entretanto, acorrupção de dados deuma memória é umapraga (não só dasmemórias, não émesmo) que tem deixado ostécnicos, principalmente os de TV,confusos e fazendo muita bobagemà cata de C.Is ou outroscomponentes defeituosos, àsvezes, equivocadamente.

Como assim? O que tem a veros dados “bagunçados” de umaEEPROM com o fato de um TV nãoligar, ou estar sem vídeo, porexemplo.

Embora a probrezinha daEEPROM não seja a única culpadapor estas mazelas, cada vez mais,me convenço que é pela integridadedos dados da dita cuja quedevemos, muitas vezes, começar

a procurar a causa de certasfalhas.

Elas compõem, junto com asolda fria nas PCIs e a ESR doseletrolíticos, a lista dos trêsprincipais defeitos “invisíveis” daera de alta tecnologia dos aparelhosvendidos como perfeitos.

São memórias tipo I2C que secomunicam diretamente com o“todo poderoso” micro controlador

do aparelho. Acontece que na vidacomo na eletrônica um chefe (omicro controlador) não é ninguémsem uma secretária (a EEPROM) equando a secretária, digo aEEPROM, fica “irada”, você já viuo que acontece.

O ditado que diz – não enxergaum palmo adiante do nariz – aqui épura verdade. Levou-se muitotempo para perceber a utilidade deum “sistema” que nos permitisseler a agenda, ou melhor, os dadosda “secretária”. Mais ainda, podeser muito útil poder apagar osdados “ruins” que estão numaEEPROM corrompida e portanto,

não são mais compatíveis com omicro e regravar novos dadoscorretos ou válidos para ele.

Pois bem, estas coisas quepareciam só ser possíveis no“laboratório do Dexter” (versãomoderna do Prof. Pardal dos meustempos) agora, já estão ao alcancede qualquer mortal como eu ouvocê. Um programa decomputador bem amigável chamado

Pony Prog faz isso numpiscar de olhos.

Além do programavocê vai precisar de umadaptador para ligar aEEPROM ao computador.Nada complicado, umpequeno circuito quevocê liga na COM1 doseu micro.Criando uma rotina de

trabalhoInicialmente você

retira a EEPROM suspeitado aparelho, coloca nagiga que está ligada nocomputador, inicia o Pony

Prog e manda-o ler a memória. Sea dita cuja estiver mesmo bichada,o programa retornará com umamensagem informando que nãopode efetuar a leitura. Se amemória estiver boa, aparecerá natela uma tabela cheia de númerose letras como no exemplo dapágina seguinte. Trata-se doconteúdo da memória emhexadecimal.

Entretanto, o simples fato deconseguirmos ler a memória aindanão a torna “inocente” do problemaque o aparelho está apresentando,porque os dados podem estarcorrompidos.

giga para gravar EEPROMligada a um Note Book

Page 72: Boletim Set Out

ExpedienteCoordenação Geral

Paulo BritesJornalista Responsável

Carlos DeiRegistro MTB 15173

Tiragem10.000 exemplares

O conteúdo das matérias aquipublicadas é de responsabilidadede seus autores.

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EditorialEditorialEditorialEditorialEditorial

(21) 2233-6369

Paulo Brites

E agora, como você vai saberse “rolou um mensalão” e a memóriase corrompeu? Será que você vaiprecisar de uma CPI?

Aqui existem duaspossibilidades: ou você tem no seucomputador o arquivo de dadoscorretos correspondente aoaparelho que está sendoexaminado, provavelmente doadopor alguma alma caridosa, ou vaiter que arranjar uma EEPROM domesmo aparelho e que esteja empleno funcionamento.

No caso da segunda hipótesevocê deve tirá-la do aparelho (comum ferro de solda decente) ler osdados desta EEPROM “honesta”com o Pony Prog e salvá-los noseu computador numa pasta coma marca e modelo do aparelho.

Não transfira, simplesmente, aEEPROM boa de um aparelho paraoutro, pois isto pode ser perigosocaso, por alguma razão, o micrograve nela dados inadequados.

A seguir faça o seguinte,pegue uma EEPROM,preferencialmente virgem, e gravenela os dados do arquivo correto.Coloque esta EEPROM no TV (ouvídeo, dvd, seja lá o que for) eveja se o aparelho funciona.

Aí sim, se o defeito aindapersistir, você deverá procurar porum componente defeituoso.

Porque às vezes a EEPROM domercado paralelo funciona e

às vezes não?A memória que você compra

no mercado paralelo está virgem(ou deveria estar), ou seja, se vocêcolocar esta memória na giga emandar fazer uma leitura, deveráencontrar FF em todas as posiçõesda tabela.

Se aparecer algum dígito, emqualquer lugar, diferente de FFindica que esta memória não é mais“moça”.

Alguns micros, principalmenteos mais antigos, ao “perceberem”que uma memória virgem foicolocada no circuito, seencarregam de carregar nela algunsdados “preliminares” oriundos daROM dele para inicializar o sistema.E´ uma espécie de “programa deboot” que permite que o sistemadê a partida.

Entretanto, existem micros quenão têm este “programa de boot”e por isso, você tem que colocaruma EEPROM que já contenhadados gravados, compatíveis comaquele modelo e aquela marca paraque o micro comece a funcionar e,por conseguinte, deixe que oaparelho funcione.

E´ ai que entra a “lenda” querola por aí de que certos aparelhossó funcionam com a memória

Tabela com o contéudo de uma EEPROM

Começo este editorial pedin-do desculpas aos leitores e par-ceiros anunciantes.

Infelizmente não conseguicumprir a promessa de não atra-sar a edição.

Diversas mudanças profissi-onais que estão ocorrendo naminha vida tem diminuído meutempo para me dedicar a estaatividade que faço como hobby.

Não pretendo abandoná-la.Estou consciente de quantoeste material é importante paraos colegas e como diz Saint-Exupéry no Pequeno Príncipe(meu livro de cabeceira): “ ésresponsável por aqueles que ca-tivas”.

Mais uma vez reitero aos lei-tores a importância de apoia-rem os parceiros para que a obrapossa continuar. Não é só a mimque você deve agradecer mas,principalmente aos anunciantesdeixando claro a eles o quãoimportante este material é paravocê e pedindo para que conti-nuem investindo.

O emnpresário que investenas inciativas que garantem ofuturo do técnico garante opróprio futuro.

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comprada na autorizada. Ora sófunciona com a memória daautorizada porque “alguém” jágravou nela os dados necessáriosmas, se você tiver o arquivocopiado anteriormente de umaEEPROM de um TV funcionando e oPony Prog você mesmo poderáfazer isto.

Compre a memória na lojinhada esquina, verifique se ela estámesmo virgem (tudo em FF) egrave nela os dados que vocêquer. O resto é estória dacarochinha de quem ouviu o galocantar mas, não sabe onde o galoestá.

E os códigos das EEPROMs:qual o mistério?

A maioria das EEPROMsutilizadas hoje pertence à famíliaconhecida como 24 C XX. Aqui oXX pode ser 01, 02,04, 08 ou 16.Este número corresponde aotamanho, ou melhor, capacidade dearmazenamento da memória. Parasimplificar sua vida faça umestoque de 24 C 08 que vai atendera maioria dos casos. Não há contraindicação de colocar uma 24C08 nolugar onde havia uma 24 C 01; oque não se pode fazer é ao

contrário, por razões óbvias.Outra questão que tem causadoconfusão é quando no lugar do Caparece um W e você nãoencontra para comprar a memóriaque você precisa.

Vamos desfazer outra lenda.A letra W quer dizer que a memóriaé write protect (proteção deescrita). Não entendeu?

Calma. Eu vou explicar. O pino7 da EEPROM assume esta função.Assim se ele estiver ligado ao Vcca EEPROM não aceitará ser regravada. Observe que nostelevisores este pino está sempreligado à terra para permitir aregravação por parte do microsempre que for necessário. Naprática observa-se que a Wfunciona no lugar da C mas, aocontrário não.

O conserto do futuro (ou dopresente)

Um cliente o chama paraconsertar um televisor de 29polegadas que está com os canaistravados, ou com mensagensestranhas na tela ou até mesmonão liga.

Pegue uma EEPROM virgemgrave nela os dados do referido

televisor e leve-a para a casa docliente. Feitas as inspeções visuaisde praxe e não constatando nadavisivelmente comprometido, partapara a troca da memória. Quem sabeé seu dia de sorte e você leu estamatéria, então dinheiro no bolso epassar bem!

Se você quiser impressionar maisainda o seu cliente, leve para a casadele um note book com todos osarquivos e uma memória virgem. Sesuspeitar que o problema possa estarocorrendo por conta de corrupçãode dados da EEPROM, grave a suana hora, substitua-a no TV e depoise só correr para o abraço.

Se você acha que eu estouexagerando, guarde este artigo ere leia-o daqui a alguns anos, 3 ou4, talvez.

Não vai demorar muito e vocêprecisará definitivamente de umcomputador, para consertartelevisores. Aliás, passe numa oficinamecânica e pergunte como elesfazem para ajustar um carro hoje!

ΩΩΩΩΩ

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Mais uma vez estamos aqui acomentar este fato que já é pordemais conhecido de toda a classedos Técnicos Reparadores: - oscomponentes falsificados, que acada dia são derramados em nossocomércio. O alerta de agora é emrelação ao transistor de saídahorizontal utilizado em um televisorSony 29 polegadas (oscomponentes específicos destesequipamentos se tornaram um dosalvos prediletos dos bucaneiros doséculo XXI).

O transistor é o 2SC 5426 queé utilizado no TV KV29T76.

O acontecido nos fez perderhoras em uma pesquisa de defeitoque não levou a nada, a não ser adescoberta de que havíamos caídono golpe do componente falsificado.

Este TV chegou a oficina semfuncionar e foi constatado que oreferido transistor estava em curto.Foi verificado também que otransformador driver horizontal seencontrava com solda fria; umafalha “padrão” nestes modelos eque acaba por fazer com que otransistor de saída horizontal sedanifique, principalmente, se ocliente insistir em ficar religando otelevisor a cada vez que o mesmodesliga pela atuação do circuito deproteção devido a falta do pulsohorizontal que deve retornar daetapa de deflexão para informarque tudo está em ordem com ohorizontal.

Feita a ressoldagem nospontos devidos, realizamos a trocado transistor e o TV voltou a operarsatisfatoriamente.

Todo técnico sabe (ou deveriasaber) o quanto é importantemanter o equipamento em teste

antes de liberá-lo para o cliente.Este procedimento poderá evitarmuitas dores de cabeça.

Após cerca de 20 minutos doequipamento funcionando, eis quede repente o mesmo desliga e serecusa a ligar novamente,passando a indicar que o circuitode proteção estava entrando emação.

Verificamos que sedesconectássemos o coletor dotransistor de saída horizontal, atensão que o alimentava e queantes estava baixa, senormalizava.

Observamos também, que erapossível ouvir durante algunssegundos, o “apito” característicodo oscilador horizontal emfuncionamento (coisa queinfelizmente nem todos conseguemouvir) o que nos indicava que oproblema estaria mesmo na etapade deflexão.

Para tirar a prova dos noveem relação à presença do sinaldo oscilador horizontal, lançamosmão do osciloscópio para verificara forma de onda presente noterminal de base do transistor desaída horizontal. Lá estava elalépida e fagueira com amplitude e

forma perfeitas. Se você não temum osciloscópio, não fique tão tristeassim, poderá utilizar a ponta deprova lógica da Minipa para verificarse existe sinal vindo do driver parao saída horizontal ou poderá ainda,caso não tenha também a pontalógica, lançar mão de um velhorecurso que é utilizar a entradaOUTPUT de seu multímetro analógicocom o mesmo na escala ACV paraverificar a existência ou não do sinal.Devemos salientar que os doisúltimos métodos, são apenas nointuito de se verificar a presença ounão de um sinal mas, não poderemosnunca avaliar deste modo a forma eamplitude do mesmo o que, diga-sede passagem, às vezes, éfundamental para uma conclusão.

Fizemos então uma “varredura”na etapa de deflexão, inclusive coma substituição daquelescomponentes que não nos permitemuma fácil avaliação de suascaracterísticas (leia-se o flyback ea bobina defletora) e não obtivemosnenhum sucesso a não ser descobrirque não eram eles os causadores dodefeito. No caso do teste da bobinadefletora, foi conectada uma idênticaa original no conector da PCI dotelevisor sem retirar a bobina originaldo TRC. Retiramos a chupeta do TRCpara evitar danos ao fósforo da telacaso o televisor gerasse alta tensão.Este é um procedimento quejamais deverá ser esquecido.

Após umas 4 horas ininterruptasde trabalho no equipamento,decidimos substituir o transistor novoque continuava em “perfeitas”condições segundo as mediçõesrealizadas no multímetro analógico.

Para a nossa surpresa,satisfação e também revolta, apósa troca do transistor novo por umoutro retirado de um equipamentoque estava funcionando, o televisor

DDDDDesvesvesvesvesventurenturenturenturenturas de um técnico no mundo da piras de um técnico no mundo da piras de um técnico no mundo da piras de um técnico no mundo da piras de um técnico no mundo da piratariaatariaatariaatariaataria Colaboração

Fernando José

Page 75: Boletim Set Out

que estávamos reparando passoua funcionar corretamente,indicando que o problema estava“simplesmente” no transistor quehavíamos comprado e que serecusava a continuar funcionandoapós alguns minutos, embora suasjunções continuassem em perfeitoestado.

Moral da estória: o taltransistor não tinha ascaracterísticas elétricas quedeveria ter.

Certamente ou era um refugode produção que são vendidosinescrupulosamente para ospiratas ou era mesmo umafalsificação grosseira.

Anote mais essa nocaderninho e fujam das lojas quevendem muito barato!

Certos tipos de peças sópodem mesmo ser comprados narede autorizada. ΩΩΩΩΩ

TDA 8361 - - - - - Ainda tem gente com dúvidaAinda tem gente com dúvidaAinda tem gente com dúvidaAinda tem gente com dúvidaAinda tem gente com dúvidaEmbora seja um C.I. “antigo”

e de produção descontinuada eleainda aparece em muito aparelhosde TV e deixa muitos técnicos(até veteranos) confusos.

A principal dúvida está ligadao fato de existirem 3 versões paraele conhecidas por: 3 Y, 4Y e 5 Y.Não há uma informação precisanos data sheets da Philips comrelação as diferenças (pelo me-nos eu nunca encontrei).

Foi num Boletim Técnico daCCE (e ainda tem gente que falamal deles) que eu encontrei umaexplicação para o “mistério”. Emresumo, a diferença está na po-larização do oscilador de croma.Para fazer a substituição da ver-são 3 pela 4 ou vice versa preci-samos alterar o valor do resistor

ΩΩΩΩΩ

Dica no Philips - Chassis L01Dica no Philips - Chassis L01Dica no Philips - Chassis L01Dica no Philips - Chassis L01Dica no Philips - Chassis L01

O circuito excitador horizontal destes aparelhos é realizado por umpar de transistores BC337-25 e BC327-25 em simetria complementar.Troque estes dois transistores mesmo que eles estejam medindocomo bons.Observe o “traço” 25 que corresponde ao Hfe dos transistores.Por precaução troque também o capacitor entre coletor e emissordo NPN (BC337-25).

ligado ao pino 35. Se você utilizara versão 5 não precisa alterar nada.

Para versão 3 deve-se utilizarum resistor de 47 kOhms e paraversão 4 colocamos 8 k 2 Ohms.

Está “família” de C.I.s é com-posta por TDA 8360, 8361 e 8362.

Pode-se colocar o TDA 8360no lugar do 8361 mas, a entradade AV ficará inoperante e o TV sófuncionará em PAL-M. Já o TDA8362 não pode ser substituído di-retamente porque tem algumas di-ferenças na posição dos pinos.

Finalmente, tome cuidado, poisparece existir muita falsificaçãodeste C.I por aí!

Para não perder o Boletim faça assinatura

AparAparAparAparAparelho desliga de relho desliga de relho desliga de relho desliga de relho desliga de repenteepenteepenteepenteepente

Page 76: Boletim Set Out

ColaboraçãoJonas Marques

PPPPPrrrrrecisando de uma bobina desmagnetizadorecisando de uma bobina desmagnetizadorecisando de uma bobina desmagnetizadorecisando de uma bobina desmagnetizadorecisando de uma bobina desmagnetizadora?a?a?a?a?

Imagine você no $ufoco e derepente aparece na sua oficina umcliente trazendo debaixo do braçoum monitor de vídeo ou um televisorcom a tela toda manchada porquefoi esquecido junto a uma caixa desom (aquela do pancadão) e agora,as cores teimavam em se manter“rebeldes” na tela.

O sujeito está com pressa ecom o dinheiro na mão, pois precisado aparelho já. Aí você pensa: -Ah! se eu tivesse uma bobinadesmagnetizadora, rapidinhoresolveria o problema do meucliente (e o meu $também$, él ó g i c o . . . ) .Para isso apresentamos umasolução de improviso mas, quefunciona.

Pegue “emprestada” de um TVgrande (acima de 20 polegadas) abobina desmagnetizadora e dobre-a fazendo um “8”, junte os doiscírculos obtidos e prenda-os comfita isolante.Mas ela não pode nem deve serligada diretamente à correnteelétrica da tomada. Você deve ligá-la através de uma lâmpada série. Éclaro que você tem uma lâmpadasérie em sua oficina, não tem?Selecione a(s) lâmpada(s) para omelhor rendimento da bobina e parafacilitar a operação dedesmagnetização, coloque um

interruptordo tipousado paracampainhaem série noc i r c u i t ocomo naf i g u r amos t r adaabaixo.

S evocê nãotem umabobina deTV como foisuger ido ,experimente outra. Eu já testei comuma bobina de um monitor de 14polegadas ligada a uma lâmpada de150 W em série e funcionoup e r f e i t a m e n t e .Se você é novato na profissão deveestar se perguntando: por que abobina original do monitor ou do TVnão retira a manchaautomaticamente e no circuito nãoencontramos nenhuma lâmpada?

Justamente por não ter umalâmpada em série para “segurar” acorrente, o processo tem que sermuito rápido e por isso, não é capazde retirar as manchas maispersistentes. (Parece até comercialde sabão em pó....)

No sistema original o circuitoutiliza um PTC – Resistor comCoeficiente Positivo de Temperaturaque aumenta a sua resistência àmedida que é aquecido pela correnteelétrica. Sendo assim, só atua por

poucos segundos, até porque ocampo magnético que ela produzfaz tremer toda a tela e não deveaparecer quando o tubo já estiveraquecido mostrando a imagempois, o usuário acharia aquiloestranho.

Com a nossa bobina externapodemos atuar mais intensamentee acelerar o processo fazendomovimentos circulares diante datela, o que permite este tempo“extra” na utilização da bobinaimprovisada é justamente alâmpada em série que como foiexplicado antes, provoca umaqueda na corrente impedindo a“fritura” da nossa ferramentaq u e b r a - g a l h o .Por medida de segurança inicie suaexperiência utilizando uma lâmpadade 150W e se o resultado não forsatisfatório troque-a por uma depotência menor até chegar a um

valor ideal que irá depender dasua tensão de rede (127 ou 220V)e da bobina utilizada.

Embora seja uma solução umpouco quebra galho, resolve e issoé o que interessa, não e mesmo?

V i s i t ewww.techprinter.eti.br e vocêachará coisas muito úteis.

Até a próxima edição.ΩΩΩΩΩ

Page 77: Boletim Set Out

O mercado está cheio deprodutos ditos similares, desdeiogurtes a osciloscópios. Mas seráque quando a diferença de preço étentadora a qualidade e asespecificações são as mesmas?

Tenho insistido neste assuntono que diz respeito a ferros de soldae desta vez vou falar um poucosobre os multímetros digitias. Numapróxima oportunidade falarei dosanalógicos.

Você acha que um multímetrodigital, por exemplo, “do Paraguai”é a mesma coisa que um outro demarca consagrada? Cuidado, vocêpode estar perdendo tempo nasolução de defeitos por estarfazendo uma medição com uminstrumento baratinho que está lhedando uma leitura equivocada.

Veja-se, por exemplo, aquestão dos resistores. Está setornando cada vez mais comumencontrarmos valores inferiores a5 ohms nos aparelhos.Curiosamente, encontramosmultímetros digitais oferecendoescalas capazes de medir 2000Mohms. E para que elas servem?Eu diria que para nada, porqueraramente encontramos resistoressuperiores a 470 kOhms nosaparelhos de hoje. Alguém poderiaargumentar, para medir isolamentonas placas.

Para os nossos casos,qualquer multímetro que meça 20MOhms seria suficiente para isso.

E´ bom lembrar que não só aqualidade do multímetro que éimportante mas, também a dasponteiras de teste.

Ponteiras baratinhas e, emgeral, de má qualidade logocomeçam a apresentar resistênciaporque os fios vão partindointernamente e, de repente, semvocê perceber só resta um “fiozinhode cabelo” dando continuidade.

Aqui vale uma dica importante.Habitue-se a verificar regularmentea resistência oferecida pelaponteira.

Coloque o instrumento namenor escala ôhmica e ligue umaponteira à outra. A resistênciadeverá ser zero Ohm. Na prática

costumamos encontrar um valor daordem de décimos de Ohms mas,que não deve passar de 1 Ohm.

Se desconfiar, troque asponteiras ou ligue um pedaço defio de um borne a outro. Se aindaassim a resistência ultrapassar 1Ohm a coisa está feia.

E possível que haja um malcontato na chave seletora.

Multímetros de baixa qualidadecostumam apresentar esteproblema com pouco tempo de uso.Eis aí uma das razões porque unssão tão caros e outros, que têmas mesmas escalas, são tãobaratinhos.

Cuidado com a buzininhaEu estou me referindo aquela

função utilizada para medircontinuidade que emite um sinalsonoro.

Sem dúvida este recurso podeser de grande utilidade quando seprecisa verificar a continuidade detrilhas ou fios.

Todavia, é preciso estar atentopara o fato de que esta buzininhairá tocar mesmo que a resistênciaentre os pontos medidos seja daordem de 70 Ohms.

Imagine que você utilize estaopção para verificar o estado dassuas ponteiras de teste.

Ao encostá-las uma na outra,a buzininha irá tocar mesmo que aresistência oferecida por elas seja,digamos, de 10 Ohms o que já éum absurdo e prejudicará qualquermedida que você venha fazer.Escolhendo um multímetroEsta é uma pergunta que sempreme fazem, quer sejam os novatos

ou os veteranos.Para respondê-la eu precisaria

primeiro saber quanto você está afim de gastar.

Bem, se é apenas vinte reais,então pergunte a outro.

Dia desses resolvi sair emcampo para ver o que havia nomercado que valesse a penarecomendar.

Na minha “pesquisa” depareicom dois instrumentos que mepareceram interessantes e sobre osquais vou falar a seguir. São eles:o Minipa ET-2082 A e o Wavetek/Meterman 27 XT. Existem outrasótimas opções, sem dúvida, masprocurei trabalhar com a realidadefinanceira da maioria dos nossoscolegas, daí a minha escolha.

O primeiro mais baratinho, andapela casa dos cento e trinta reaise segundo um pouquinho mais carocusta pouco mais que trezentos.Infelizmente, como diz, o ditado,não se consegue colocar todos osproveitos num único saco, ealgumas funções interessantes deum, ficam “faltando” no outro.Sugestão, se a grana estiversobrando (você recebe mensalão?)compre os dois.

Uma função importante queexiste nos dois e que os técnicosnunca pensaram em utilizar é a deindutímetro, ou seja, a que mede aindutância de uma bobina.

Qual a vantagem ouutilidade de se medir aindutância?

Tenho dito que esta medidapassou a ser relevante,principalmente, por causa das

Diga-me qual o teu Multímetro e eu te dirDiga-me qual o teu Multímetro e eu te dirDiga-me qual o teu Multímetro e eu te dirDiga-me qual o teu Multímetro e eu te dirDiga-me qual o teu Multímetro e eu te direi que Técnico és!ei que Técnico és!ei que Técnico és!ei que Técnico és!ei que Técnico és!Paulo Brites

Page 78: Boletim Set Out

bobinas defletoras. Aliás, elasnunca deram tanto defeito comoatualmente, não é mesmo?

Para complicar mais ainda ascoisas, elas agora vêm coladas notubo o que dificulta ou atéimpossibilita o velho método desubstituir a original suspeita poroutra que você sabe que está boa.Medir as resistências e compará-las com a da outra bobinasabidamente boa quase sempre nãoirá adiantar de nada porquebastaria que uma ou duas espirasestivessem em curto para estararmada a confusão e o aparelhodesarmando por proteção, porexemplo.

E, é obvio que a diferençaôhmica provocada por algumasespirinhas em curto não serádenunciada pelo ohmímetro.

E o efeito da maldita cola queos fabricantes insistem em colocarmesmo sabendo (será que nãosabem?) que um dia ela irá provocaralteração na indutância? E o efeitoda umidade, e da maresia?

Nada disto se manifesta comoalteração de resistência mas,certamente comprometerá aindutância.

Percebeu como um indutímetropode ser útil numa hora dessas?

Você deve estar pensando (oudeveria) e se eu não tiver outraigual para comparar as medidas deindutância de que vai adiantarmedir? Os fabricantes não informamos valores nos esquemas.

A minha sugestão é que daquipara frente você meça sempre asindutâncias das defletoras dosaparelhos que lhe cair nas mãos eanote no esquema ou no seucaderninho de “informaçõestécnicas”. Na hora do sufoco é sórecorrer a ele e tirar a dúvida. Destaforma você poderá condenar ounão uma defletora com um métodocientifico e não apenas com “euestou desconfiado ...”

27 XT versus ET 2082A: oque um tem e o outro não tem

Se você comprar o Waveteklevará um freqüencímetro de até20 MHz, já o Minipa você só medeaté 10 MHz. Dá pro gasto!

Os dois possuem indutímetrocom cinco escalas que vão de 2mH (útil para a defletora horizontal)até 20 H. O 27 XT leva a vantagemde ter duas opções de bornes paraas medidas de C e L.

Esta é, a meu ver uma ”falha”

do Minipa que só conta comterminais em formato de ranhuradificultando a colocação decapacitores ou indutores grandes.Fica aqui uma sugestão para aMinipa, fornecer ponteiras especiaispara colocação nestes bornes. Umcusto ínfimo que irá, sem dúvida,valorizar o instrumento.

O capacímetro do ET 2082 Avai até 200 uF, enquanto o do 27XT mede até 2000 uF.

Estou convencido que amedida de capacitância se revelamais importante para capacitoresde cerâmica e poliester cujascapacitâncias não ultrapassam 1uF. Valores maiores pertencem aoseletrolíticos, onde o maisimportante, antes de tudo, é aESR, portanto não precisamos, emprimeiro plano, nos preocuparmoscom capacímetros com escalasmuito altas. A grande maioria doseletrolíticos nos “nossos” circuitosnão passa mesmo dos 200 uF.

A propóssito quando umfabricante no Brasil vai se interessarem nos oferecer um instrumentoespecífico que meça a ESRutilizandio 100 kHz e por um preçoque caiba no nosso bolso? Até naArgentina tem.

Voltando à Terra e parando desonhar, constatei que ambos osinstrumentos contam com funçãopara medir diodos que podemosusar como primeira verificaçãotambém para transistores bipolares.

Aqui, cabe uma observaçãopara os novatos. Não confieplenamente na medição oferecidapor esta função a menos que elaindique que o componente estádefeituoso (aberto ou em curto).Certas fugas não são detectadaspor estafunção.

O 27XTtem escalasespecificaspara medidade níveislógicos TTL eCMOS que oMinipa nãotem. Tratodisso noutravez.

E mcompensaçãoo ET 2082 Amede Hfeenquanto o

“concorrente” não.Uma função que me agradou

muito no Minipa foi a determômetro.

Você pode achar que estaopção é irrelevante já que você nãoé médico, não é mesmo.

Aqui vem outra sugestãoinusitada que tenho dado nos meuscursos: medir a temperatura dostransistores de saída horizontal eanotá-la no esquema. Quando vocêdesconfiar que um destestransistores está se comportandocomo uma “frigideira para fritarovo” você poderá tirar a dúvidamedindo a temperatura do mesmo,sem queimar o dedo, e comparar aleitura obtida com a que você temanotada para o mesmo aparelho!

Garanto que você jamais haviapensado nisto, pois então passe apensar.

Tenho certeza que asquestões levantadas aquiassustarão os técnicos da velhaguarda que não se reciclaram eainda são adeptos do cuspômetropara avaliar resistores abertos e dofaiscômetro para testareletrolíticos de fontes.

Posso consolá-los dizendo-lhes que ainda existem muitas KL7e 389 por aí que são o xodó dosdonos e eles poderão continuarsobrevivendo do conserto delasmas, por favor não cheguem pertode aparelhos que utilizam UOC ecomponentes SMD. Ponha umaplaca na porta avisando: - OficinaEletrônica Geriátrica - aqui o TVIdoso tem vez. Se seu aparelho émoderno, procure um técnicoatualizado!

Quem avisa amigo é.ΩΩΩΩΩ

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Ano II - Nº 12 Informativo Técnico Distribuição Gratuíta 2005

www.avbrites.com.br

Paulo Brites

1

Chiii! ... o STK queimou de nov Chiii! ... o STK queimou de nov Chiii! ... o STK queimou de nov Chiii! ... o STK queimou de nov Chiii! ... o STK queimou de novo! Po! Po! Po! Po! Por quê?or quê?or quê?or quê?or quê?

A grande maioria dos microsystems atualmente utilizam comoestágio de saída um circuito inte-grado que incorpora em uma únicaunidade os dois canais. Um dosprincipaisfabricantesdestes C.I.sé a Sanyoque os de-nomina porSTK segui-do de al-guns núme-ros como4142 XX ou405-XX.

A listaé enorme e não dá para mencioná-la aqui, mas certamente você co-nhece vários deles.

O XX costuma aparecer comoalgarismos romanos I até V ou umnúmero de dois algarismos e estaidentificação se refere a tensão dealimentação e a potência de saí-da.

A primeira questão para a qualo técnico precisa estar atento éque por estes C.I.s serem muitoutilizados são também muito falsi-ficados. Logo, o primeiro passo,na hora de fazer a substituiçãodeste componente é saber ondeestá comprando para ter certezaque não está levando gato por le-bre. Insisto nesta questão porquetem muito “técnico” por aí preocu-pado exclusivamente com preçoachando que todas as peças sãoiguais. Já tratei do assunto sobrefalsificação de peças no boletim nº7 e não vou repetí-lo aqui.

Entretanto é importante que

o profissional (não estou me refe-rindo a curiosos e trocadores depeça) esteja realmente certo desua capacidade técnica e não saiareclamando sem ter razão. E é so-bre alguns pontos a serem obser-vados na substituição de um C.I

de saída de áudio quequero tratar nestamatéria. As questõesque serão levantadasaqui valem para ou-tros C.I.s de potên-cia de áudio e nãoapenas os STK.

Por que um C.I.queima?

Basicamente po-demos pensar queexistem três razões

que levam um componente a quei-mar:

1) “chegou o seu dia”, 2)mal uso ou 3) falha de compo-nentes periféricos.

A opção 1 eu costumo deixarem último plano e, até que se pro-ve me contrário, prefiro pensar quedeve ter havido uma razão consis-tente para o “probrezinho termorrido”. Se-guindo esteracíocínio sugi-ro que vocênão parta ime-d i a t a m e n t epara a troca doC.I sem realizaralgumas obser-vações prelimi-nares.

A primeiradelas deve serOBRIGATORI-AMENTE a inspeção cuidadosa dascaixas acústicas ou mais especifi-

camente de seus alto falantes.Jamais repare um defeito

de saída de som queimada semque o cliente lhe forneça as cai-xas.

Comece pela verificação da re-sistência ôhmica do conjunto. Ovalor medido deve ser muito próxi-mo da impedância mencionada naetiqueta da caixa. Se estiver maisde 10% abaixo desconfie, abra acaixa e verifique cuidadosamenteos alto falantes um a um.

Talvez seja útil saber como afalha ocorreu. Se foi durante umafestinha, tente descobrir se “al-guém” (geralmente aquele amigoque entende de tudo) não andoupendurando um monte de caixaspara “aumentar” o som. Certamen-te, aí está o motivo da queima doC.I de saída. A impedância do con-junto de caixas fiicou tão baixaaté o C.I não agëntar mais.

Você verificou a fonte?Vencidas estas etapas, o pas-

so número 2 está relacionado atensão de alimentação que estásendo aplicada ao C.I. Lembre-seque a fonte de alimentação do es-

tágio desaída écompostaexclusiva-mente dec i r c u i t o sretificado-res de ondacompleta ecapacitoresde filtro. Am a i o r i adestes C.Istrabalham

com fontes simétricas.Como estas fontes não são

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(21) 8247-1726

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estabilizadas o valor DC obtido semo C.I no circuito deverá ser umpouco maior que o especificadono esquema. Ah, você não temesquema ou ele é tão ruim que nemindica os valores das tensões? Masvocê precisa saber qual a tensãomáxima que o C.I suporta. Esta éuma informação fundamental (vocêé técnico ou trocador de peças?).

Como saber qual o valor dealimentação que o C.I suporta?

Procurando o data sheet domesmo na Internet.

Aqui vão alguns endereçosonde tenho encontrado muita coi-sa: //katalog.elektroda.net,www.alldatasheet.com.br ewww.tarzancomponentes.com.brpara você começar.

Em algumas regiões do Brasila rede elétrica costuma apresen-tar tensões acima do especificadoe a situação fica pior quando a redeé 220 V.

Imagine que o fabricante, paratirar o máximo de potência do C.Ide saída, alimentou-o com a ten-são máxima que ele suporta e aí,pra complicar mais as coisas, arede está 10 V mais alta do que oespecificado, por exemplo. Opobrezinho do C.I não vai agüen-tar, principalmente se ficar ligadopor muito tempo e com volumemuito alto.

Talvez seja até necessáriovocê ir à residência do cliente paramedir a rede elétrica.

O C.I não trabalha sozinhoO terceiro passo é verificar os

componetes periféricos ligados aoC.I. Comece verificando como opino GND está ligado. Em algunscasos, como nos Sony, por exem-plo este pino é ligado à terra atra-vés de um resistor de baixo valor.Se este resistor abrir o C.I ficarásem referencial de terra e, certa-mente, vai queimar. Se você en-controu o resistor aberto, estadeve ter sido a causa da “desgra-ça”.

Ligação do pino de GND

Se você não encontrou esteresistor no circuito ou ele não es-tava aberto então deve continuara “caça as bruxas” antes de tro-car o C.I.

Alguns equipamentos bemprojetados possuem um sensor detemperatura que é realizado por umPTC instalado junto ao C.I. O PTCé um resistor de coeficiente posi-tivo de temperatura o que siginificaque sua resistência deve aumen-tar quando a temperatura a quefor submetido aumentar.

Se o equipamento que vocêestá consertando tem PTC (ouNTC) não deixe de verificá-lo.

Lembro-me que há muitosanos consertei um Model 166 daGradiente (bons tempos) que in-sistia em queimar os transistoresde saída do mesmo canal. Depoisde muitos testes e verificaçõesdescobri que o sensor de tempe-ratura “não estava nem aí” na horaque o “bicho pegava” e ... babaupara transistores de saída originaise caros.

Daí em diante nunca mais con-fiei em PTCs e NTCs. Retiro-os docircuito, “penduro” o ohmímetroanalógico no bichinho e aqueço-ocom o ferro de solda. Se for umNTC a resistência tem que come-çar a cair, se for um PTC tem quecomeçar a subir. Deixo o compo-nente submetido à “tortura” esfri-ar e vejo se a resistência voltouao valor inicial. Se não houver va-riação de resistência é sinal queele está defeituoso e DEVE ser tro-cado por OUTRO IGUAL.

Desta vez foi díficil, pareciaaté que o Boletim não iria sairmais.

Pois é, 2005 foi um ano demuitas mudanças na minha vidae de uma hora para outra me vienvolvido numa espiral de com-promissos.

Mas finalmente ele está aí fe-chando o ano com matérias que,acredito, serão de grandeutildade para os leitores.

Coloquei uma seção nova quevai ficar por conta do meu ami-go Washington da Tarzan Com-ponentes de São José dos Cam-pos.

Em princípio, alguns poderãoachar que o tema não é perti-nente a um boletim de assuntostécnicos como este, entretantopermitam-me discordar.

O técnico ou lojista que ad-ministra seu próprio negócio pre-cisa estar atento às mudançasde perfil dos consumidores sequiser continuar “na área”. Pre-cisa aprender a saber fazer a di-ferença.

E agora boa leitura e até2006 com esperanças renova-das.

Lembre-se, nós somos bra-sileiros e não desistimos nunca!

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Ainda não acabou ...Não é seu dia de sorte e você

ainda não encontrou uma causaplausível para o C.I. ter ido para omundo dos mortos. Pois bem, exis-tem alguns filtros formado por ma-lhas RC ligados às entradas esquer-da e direita do C.I. Você não devedeixar de verificá-los e até mesmotrocá-los, pricipalmente se oscapacitores deste filtros foremeletrolíticos.

Terminada a operação “pentefino” em torno do STK (ou outroque esteja fazendo o papel de sa-ída) vamos para a troca do C.I.

Vamos com calma porque apressa é amiga do prejuizo

A primeira coisa a fazer é des-carregar os eletrolíticos da fontee, por precaução, os“maiorezinhos” que estiverem “naárea”. Mas nada de produzir aque-las centelhas de festa de São Joãocom a chave de fenda fechandocurto nos terminais doseletrolíticos. Isto era no tempo dasválvulas.

Agora que os capacitores es-tão descarregados e não haveráriscos do C.I receber picos de ten-são indesejáveis, retire a pastatérmica velha do dissipador e co-loque pasta nova. Esta operaçãoé muito importante e não deve seromitida.

Encaixado o C.I na PCI, apa-rafusado ou preso no dissipador damesma forma que ele veio de fá-brica, está na hora de soldá-lo,mas lembre-se com solda de boaqualidade.

A solda não deve ficar foscanem igual a umas bolotas de chum-bo derretido a menos que você es-teja trabalhando com solda de quin-ta e ferro de solda de um e noven-ta e nove.

Mas o anjo da guarda do téc-nico é a lâmpada série que, nestecaso, precisa ser de 150 wattsno mínimo.

Com as duas caixas “boas”instaladas, uma em cada canal,volume reduzido (pra não levarsusto) ... olfato apurado e ...fogo. Funcionou? Calma não vásair correndo pra chamar o clien-te e colocar logo a grana no bol-so.

O primeiro passo agora é me-dir as alimentações nos pinos doC.I e ver se estão dentro do es-pecificado no esquema ou no datasheet. Se estiverem, já é um bomcomeço. Entretanto, se estivermais alta desligue logo, antes queseja tarde (o anjo da guarda podeestar ocupado).

Considerando que a alimen-tação do C.I está dentro do per-mitido vamos aumentar o som de-vagarinho e de preferência tocan-do música cilvilizada. Vá com cal-ma e observe três coisas:distorção, calor excessivo no STKou periféricos e brilho intenso dalâmpada série. Este último denun-cia que a corrente está muito altae a causa deve ser procurada an-tes que seja tarde. Aqui vale atédesconfiar do C.I, isto se vocêjurar que fez tudo direitinho comoeu disse antes (lembre-se aqui ju-rar em falso é mais do que peca-do, é prejuízo!).

Se tudo está indo bem, deixeo aparelho ligado um bom tempo,dê um “castigo” no volume,pricipalmente se for som utilizadopor adolescente vale até tocaraqueles funks do pancadão. Fa-zer o quê? Tem gosto pra tudo.

O teste tecnicamente corretoTestar o som pelo ouvido, às

vezes, engana. O procedimentomais correto é útilizar oosciloscópio e verificar se não hádistorção na saída.

Para isso, algumas providên-cias são necessárias. A primeira

Chegou a hora da verdade:vamos ligar o aparelhoMuita calma nesta hora e para

quem acredita vale a pena acen-der uma vela pro anjo da guarda.

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delas é utlizar cargas resistivas, coma impedância igual a especificadapelo fabricante, no lugar de alto fa-lantes.

Este procedimento permitirá quevocê aumente o volume sem correro risco de furar seus tímpanos e osdos vizinhos!

O segundo passo é utilizar comofonte de sinal uma senóide de 1 KHZe nível pico a pico compatível com oequipamento.

Agora monitore com oosciloscópio o sinal que está apare-cendo sob as cargas e vá aumen-tando o volume lentamente até quea senóide comece a clipar. Vocêterá atingido a potência máxima,que poderá ser calculada medindo ovalor de pico da senóide na carga,elevando ao quadrado e dividindopelo valor da resistência de carga.Esta é a potência RMS que obvia-mente é muito inferior ao tal doPMPO (potência máxima paraotários!).

Seguindo estas regrinhas, aísim, você pode até argumentar queo C.I queimou porque era falso.

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ColaboraçãoFernando José

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O fato ocorreu com um amigoe, como sempre, acabei tendo quesocorre-lo pois, o pobre já estavaa se descabelar (embora nãotivesse mais cabelos).

O caso ocorreu em um TVSony KV2970T. O referido aparelhohavia chegado à oficina do colegasem funcionar e como já era de seesperar, os transistores da fonteestavam em curto e o aspecto geraldas PCI´s não era dos melhores.Como todo equipamento de beiramar, o mesmo estava já bastantecomprometido pela ação damaresia.

Após a compra dostransistores originais, que vocêencontra com confiabilidade plenaem autorizadas Sony, a fonte dotelevisor foi posta para funcionar(utilizando-se, é claro, a famosalâmpada série). Verificado que otransistor de saída horizontal seencontrava em perfeitas condiçõeso colega passou a parte maisemocionante:- ligar todo oconjunto para ver o resultado. Oaparelho funcionou perfeitamentemas, como já mencioneianteriormente, a maresia estavapor todos os lados e fatalmenteisto iria causar um retorno doequipamento em pouco tempo.

E se você, como o meucolega, não quiser que issoaconteça deve fazer o que ele fez.Retirou todos as partes quepoderiam ser comprometidas peloacúmulo de água durante oprocesso de lavagem (sim eu disselavagem) de todas as placas doTV que é o que se deve fazer numcaso destes. Retirado o fly back(e não fleibeque como alguns

dizem), o PTC, conectores,transformadores, chaves, e tuner- “hora do banho” das PCI´scom VEJA Multiuso e águacorrente. Após esta seção de“salão de beleza” incluindo asecagem minuciosa com o secadorde cabelos (não esqueça dedevolvê-lo para esposa pra nãoarrumar encrenca) a aparência daPCI tinha melhoradosensivelmente. Terminada a“faxina” o colega passou aremontagem das partes quehaviam sido retiradas.

Foi aí que as coisascomeçaram a complicar para o lado

dele. Após ter sido completada amontagem, ao ligar o televisor, omesmo apresentou o seguintesintoma (que não existia antes dalavagem das PCI´s): a imagemaparecia normal, com cor,contraste e som perfeitos e apósalguns segundos, saia de sintoniae voltava a ficar normal. Esteacontecimento era seguido de umruído de comutação que aparecianos alto falantes. E não foi só isso,tem mais: ao se tentar fazer a autoprogramação, nenhum canal eramemorizado.

Após exaustivas pesquisas esem chegar a nenhuma conclusão,meu amigo solicitou-me uma ajuda(afinal, amigo é para essas coisas)e lá fui eu para a oficina dele. Aoobservar o sintoma, lembrei-me de

algo parecidoque me ocorreraem um modelosimilar.

Como nãotenho memóriade elefante,recorri aocaderninho deanotações e láverifiquei queeste sintomapoderia ser um

capacitor de filtro da linha de 33volts que estava com um de seusterminais quebrado (o defeito queeu havia anotado também ocorreraem um TV de área de praia).

Para a infelicidade geral do meuamigo, o referido capacitor e todosos outros próximos estavam em boascondições. Novamente voltamosaquela situação onde devemosutilizar um grande dom que Deus nosdeu (embora me pareça que algunsnão ficaram na fila no dia em queestavam distribuindo este dom), oraciocínio!

Peguei o esquema (queinfelizmente alguns ainda teimam emdizer que não tem utilidade) e passeia fazer uma análise do circuito.

Já que o televisor nãomemorizava os canais (coisa aliásdifícil de ocorrer nos Sony), passeia monitorar as tensões que eramaplicadas aos vários terminais dotuner e que estavam ligados dealguma maneira a sintonia. Verifiqueique a linha Seria Data (SDA) ficavapermanentemente variando suavoltagem o que parecia indicar, agrosso modo, que deveria estarocorrendo troca de dados entre otuner e o micro.

As tensões de +B estavamnormais, mas ao chegar ao pinorelativo ao AFT, verifiquei que avoltagem era muito baixa (quasezero volt).

Como você sabe (ou “deveriasaber”), a tensão de AFT éresponsável por informar ao microque a sintonia do canal está corretaé a partir desta informação que omicro, através do barramento I2C,pára de “mandar” o tuner procuraroutro canal. A tensão de AFT muitobaixa explicava porque ao fazer aauto programação, nenhum canalera sintonizado embora todos fossemvistos na tela durante o processode busca (aliás isto está muito bemexplicado no novo livro do meu amigoPaulo Brites). O diagnóstico estavafeito, faltava descobrir porque atensão estava baixa. Verificando oesquema desta parte do aparelho,observei que existiam apenas doisresistores SMD ligados ao pino doAFT. Com um certo cuidado, retireio primeiro e infelizmente ele estavabom. Passei para o segundo resistore ao colocar a lupa de pala, para

Na horNa horNa horNa horNa hora de soldar ou ra de soldar ou ra de soldar ou ra de soldar ou ra de soldar ou ressoldaressoldaressoldaressoldaressoldar, todo cuidado é pouco!, todo cuidado é pouco!, todo cuidado é pouco!, todo cuidado é pouco!, todo cuidado é pouco!

Page 83: Boletim Set Out

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O mais utilizado nas fontes é o

tipo “pente” e justamente o maisdifícil de encontrar por estar forade linha de produção. Quando é

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não deixar que o mesmo escapassepara o infinito durante adessoldagem, acabei por medeparar com a seguinte situação:- o colega ao recolocar o tunerdeixou alguns pequenos, porémfatais respingos de soldaespalhados na região do tuner(provavelmente restos de solda domomento da dessoldagem domesmo). Um destes “estilhaços”estava curto circuitando osterminais do R104 e justamenteesta alteração do seu valor ôhmicoera a responsável pela falhaapresentada.

Para terminar fica aobservação de que não adiantaum ótimo sugador de solda e um

ótimo ferro de soldar se você nãorealizar após a dessoldagem e asoldagem de um componente, umalimpeza criteriosa da PCI. Pequenosrespingos de solda que ficamgrudados na placa ou aqueles quecaem de dentro do próprio sugador,podem e vão lhe causar muitasdores de cabeça.

Fique esperto e se você(como eu) já não está maisconseguindo ler uma bula deremédio (eu disse ler, porqueentender a bula do remédio é outracoisa) está mais do que na horade providenciar um óculos e talvezpara ajudar mais um pouco, umalupa de pala (ferramenta utilizadapelos relojoeiros)!

Tá difícil de achar o TDA 4601? Eis aqui a soluçãoTá difícil de achar o TDA 4601? Eis aqui a soluçãoTá difícil de achar o TDA 4601? Eis aqui a soluçãoTá difícil de achar o TDA 4601? Eis aqui a soluçãoTá difícil de achar o TDA 4601? Eis aqui a solução.....

Este C.I é um controlador defonte chaveada utilizadoprincipalamente em televisoresGoldstar (hoje LG) e CCE.

Há muito que ele sumiu domercado ou quando se encontrao preço é um tanto “salgado”.

Ele é fabricado em doisencapsulamentos: SIP9 (conheci-do como pente) e DIP9+9 (conhe-cido como deitado).

encontrado, como foi dito o preçoé um “pouquinho” alto e ainda tem-se que levar em conta que o tran-sistor chaveador associado a ele,geralmente o 2SC4430, tambémestará em curto. Suponhamos queo técnico encontre o C.I e resolvapagar o preço, corre o risco de co-locar um transistor falsificado e aílá vai o TDA para lata de lixo e odinheiro pro ralo.

Vamos entãoa algumas dicaspara ajudá-lo aresolver este pro-blema.

A primeiradelas é observara pinagem dosdois C.I que apa-rece na figura aolado. Chega-se aconclusão quepoderemos utili-zar o C.I “deita-do” no lugar do

pente fazendo algumas adapta-ções. Note que do pino 10 a 18 do“deitado” é tudo GND.

Destrua o C.I queimado pararetirar-lhe a aleta de dissipação. Aseguir retrabalhe os pinos do C.Ideitado com o auxílo de uma alica-te de bico como mostrado nas fo-tos da página seguinte. Os próximopasso é estanhar a aleta de dissi-pação e soldá-la ao C.I aberto.

Paulo Brites

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Feita a adaptação você po-derá colocar o C.I. retrabalhado noTV tendo o cuidado de colocar pas-ta térmica (nova) e verificar se ocorpo do C.I. ficou bem encostadono dissipador. Antes de aparafu-sar a aleta de dissipação (itemobrigatório) observe se nenhumpino entre 1 e 9 ficou encostandono dissipador já que este está li-gado ao terra quente.

Garantindo o sucessoAntes de ligar o TV vamos dar

um olhada no esquema.Para garantir o sucesso você

deverá trocar, “sem dó nempiadade”, os capacitoreseletrolíticos que estão nas posiçõesmarcadas com o círculo na figuraao lado. Use capacitores de boaqualidade, respeitando rigorosa-mente a tensão de trabalho dosoriginais e, se possível, dê prefe-rência a capacitores de 105º C.

Uma proteção extraAcrescente um diodo Zener de

18 V/1W entre o pino 9 do C.I. e oterra do primário da fonte comomostrado na figura ao lado. Este

18 V

Colocar Zener

diodo entrará em curto, protegen-do o C.I, caso a tensão da redesuba momentaneamente.

Serviço completoEu, no seu lugar, deixaria de

ser mão de porco e trocaria todosos eletrolíticos (são apenas 6) do

secundário desta fonte.Mais uma coisinha antes de ligar

Uma segunda causa provávelpara o C.I e transistor chaveadordesta fonte queimar é por sobre-carga provocada por curto da eta-pa horizontal: transistor de saída,fly back e companhia. A primeira ésobretensão da rede ou oscapacitores menciondos com ESRelevada. Portanto, verifique o es-tágio de deflexão horizontal antesligar e se tudo estiver em odem ...fogo, usando uma lâmpada série, éclaro com a potência adequada.

Antes de terminar vale lembrarque também existem TDA4601 “dei-tados” falsificados!

Seguindo estas regrinhas, aschances de não ter exito no servi-ço são quase nulas, a menos quevocê seja um técnico azarado (euparticularemente não acredito nis-so)!

Feira Comp e HR do Brasil promo-veram nos dias 28 e 29 de outubro uma reciclalgemem reparação de televisores com Paulo Brites emFeira de Santana. O evento foi relaizado na PousadaCentral onde compareceram 115 técnicos da região.Se você perdeu este não fique triste, os patrocina-

dores jáestão pensandonuma outra jor-nada em Salvadorpara abril de2006.Fique de olho nos i t ewww.avbrites.com.brpara não ficar defora..

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Page 85: Boletim Set Out

Washington Rodrigues(sócio da Tarzan Componetes

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Hoje, muito se fala na máximade que o cliente tem sempre razão,que o cliente é o rei, que o clienteé quem manda. Não restam dúvidasem dizermos que os clientes sãosim o motivo da nossa existênciapois, se não existissem clientes,não existiriam empresas,concordam?

O varejo de serviços, ou seja,empresas que prestam serviçospara consumidores finais, como asoficinas de consertos de tv, som,vídeo e agora também de dvd, éum segmento que cada vez maiscresce.

Esta importante influência dasempresas varejistas de serviçosdeve-se a razões como ocrescimento industrial, que porconseqüência gera o crescimentodas cidades onde as indústrias sealocaram, que geram maiormovimentação na economia daregião e que geram compras etambém consertos. Percebam quetudo isso é uma rede, onde uminfluencia o outro!

O que muitos donos deempresas ainda não se atentaram,é para o fato de que os clientestambém mudaram, ficaram maisexigentes. Pensam mais, antes deinvestir o seu dinheiro na compraou na manutenção de seusprodutos. Antes não, os clienteseram vistos da seguinte forma,pelas empresas: “Quer? Quer. Senão quiser tem outro que quer”.

Essa realidade já era. Hoje osclientes sabem o que querem. Seas empresas não se atentarem, nãodurarão por muito tempo. Porexemplo, as oficinas não buscavamos aparelhos na casa do cliente.Hoje isso é praticamenteobrigatório. Imaginem um clientecom um televisor de 50 polegadas.Pense no transtorno que o clienteterá, caso ele mesmo tenha quelevar o aparelho até a oficina? Eaquele cliente que não tem tempo,por trabalhar o dia inteiro, a quehoras ele levará o aparelho na suaoficina? Com certeza ele preferirápagar um pouco mais, pelaprestação de um “serviçocompleto”, do que ter transtornoscomo estes.

Por isso prestar um bomserviço é primordial nos dias dehoje. Se preparar para isso exigiráinvestimentos financeiros emtreinamentos, em equipamentos eaté mesmo em reformas econstruções. Adiante apresentareia vocês algumas dicas básicas eque não exigirão um altoinvestimento para você se prepararpara este novo mundo. Vejam.

1. Prometa somente o quevocê pode cumprir; não dê prazosque você sabe que não poderácumprir.

2. Ética e Verdade: sejahonesto com o seu cliente. Se oaparelho não tiver problemas,

avise-o, não queira aplicar a “Leide Gerson”, seu cliente nunca operdoará.

3. Conheça os produtos comos quais você trabalha; estude alinha de produtos e acessórios quevocê pretende vender ou consertarCaso contrário, você viverábatendo cabeça por não saber oque está fazendo ou com o queestá trabalhando.

4. Seja um consultor do seucliente; conhecendo bem a área emque você trabalha, você terácondições de oferecer sempre amelhor solução para eles.

5. Agregue valor a prestaçãode serviços da sua empresa; crieserviços que ajudem e façam comque o seu cliente prefira você. Porexemplo, retirada e entrega deaparelhos.

6. Inove sempre: crie soluçõespara seus clientes. Dê facilidadenos pagamentos. Empresas que nãooperam com cartões de crédito aesta altura do campeonato estãofora do século 21. Crie promoções,dê brindes aos seus clientes;pensem em como fidelizá-los. Penseem como faze-los lembrar da suaempresa, antes de levar o aparelhopara o concorrente.

7. Pós-conserto: ligue para oseu cliente, alguns dias depois quevocê entregou o aparelho.Pergunte se está tudo bem com oaparelho, se não houve problemasposteriores, se ele está satisfeitocom o seu serviço.

Lembrem-se sempre: - aprimeira impressão é a que fica.Muitas vezes o cliente não lhe daráuma segunda chance. A maiorpunição que um cliente pode dar auma empresa é nunca maisaparecer lá. Se ainda não sairfalando mal, o que é pior. Nãodespreze a força da propagandaboca a boca e esteja certo deque a propaganda negativa parecesurtir mais efeito que a positiva.Pense nisso!

Os pontos levantados aquitambém se aplicam ao profissionalautonômo.

Na próxima edição,apresentarei os motivos pelosquais muitas empresas não têm omovimento que o concorrente tem.

Qualidade no VQualidade no VQualidade no VQualidade no VQualidade no Varararararejo de Serejo de Serejo de Serejo de Serejo de Serviçoviçoviçoviçoviço

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ColaboraçãoJonas Marques

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Está certo que o padrão DIVXnão é mais novidade - Quem temcomputador com Internet e gostade cinema já deve conhecer a novatecnologia de vídeo. Afinal é oassunto preferido de quemcostuma baixar filmes por conta dagrande rede – “digrátis”.

A novidade mesmo é que agorajá estão nas lojas DVD Players quereconhecem o tal sistema e podemrodar no televisor de sua sala osfilmes que você pegou pelaInternet. E aí, é só assistir com afamília.

O novo formato de vídeo quetambém é conhecido como MP4 ouMPEG4 está causando o mesmoalvoroço dos primeiros tempos doMP3 com relação ao áudio. E aquié bom que se explique que osucesso que estes padrõesprovocaram se deve principalmentea taxa de compressão que elesalcançam.

No padrão MP3 (Áudio) pode-se gravar coleções inteiras – váriosálbuns – em um único CD com umaqualidade bem próxima do padrãooriginal.

O mesmo ocorre com o DIVX –MP4 em relação ao Vídeo – mascom uma compressão da ordem de110:1 permitindo que se grave oconteúdo de um DVD em torno de7GB em um CD comum com até 700MB ou então gravar vários filmesno mesmo DVD.

Você jádeve estarpensandoque ums i s t e m aassim faria afesta dospiratas eque todomundo vaif i c a rc o p i a n d ofilmes nocomputadore trocandocom osamigos e coisa e tal...

Então mais uma vez vai sobrarpara o técnico de reparação, poiscom o novo padrão se popularizandovamos ter novamente aquela frasese repetindo na boca do seu cliente:

– O aparelho não está bom,pois não está rodando o filme queeu peguei com o meu amigo e omeu DVD é aquele que diz que

TOCA-TUDO!E é bom que se saiba – tá cheio

de DVD toca-tudo na praça que nãotoca-nada. Mas pelo menos custou

bem baratinho e nós sabemos queos milagres não existem, não émesmo? – pelo menos naeletrônica.

Procure pelo selo DIVXestampado no gabinete para tercerteza que o aparelho podereproduzir este padrão, pois só avontade do proprietário não é osuficiente. É aconselhável que setenha na oficina CDs e DVDsgravados no padrão DIVX – MPEG4para testar os aparelhos e nãoficar na dependência de discostrazidos pelo cliente.

Não tem nada pior para areputação de um técnico do quever o aparelho em teste recusaro disco que o cliente trouxe decasa (foi gravado pelo cunhadodele) e não ter outro sabidamentebom para tirar a teima.

Lembre-se: se o DVD Playerfor do tipo que “toca” DIVX entãoteste também o aparelho com umdisco deste padrão, pois assim ocliente saberá que se os discosdele não funcionam é porque eletem que trocar de fornecedor(camelô – 3 por R$ 10,00!).

Fique de olho na marca oumelhor no selo (DIVX) pois elechegou para ficar.

Até a próxima e visite nossapágina www.techprinter.eti.br

O padrão DIVX – do computador parO padrão DIVX – do computador parO padrão DIVX – do computador parO padrão DIVX – do computador parO padrão DIVX – do computador para o seu televisora o seu televisora o seu televisora o seu televisora o seu televisor...............

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