28
CAPA_GUIA:EDITORIAL2.qxd 12/8/2009 14:30 Page 1

CAPA GUIA:EDITORIAL2.qxd 12/8/2009 14:30 Page 1camaradecultura.org/guia12.pdfcoqueiros, dunas, falésias e mar com água morna. Há praias para todos os gostos, tanto para quem só

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: CAPA GUIA:EDITORIAL2.qxd 12/8/2009 14:30 Page 1camaradecultura.org/guia12.pdfcoqueiros, dunas, falésias e mar com água morna. Há praias para todos os gostos, tanto para quem só

CAPA_GUIA:EDITORIAL2.qxd 12/8/2009 14:30 Page 1

Page 2: CAPA GUIA:EDITORIAL2.qxd 12/8/2009 14:30 Page 1camaradecultura.org/guia12.pdfcoqueiros, dunas, falésias e mar com água morna. Há praias para todos os gostos, tanto para quem só

2

Muito sol, muita beleza, muita história para contar.Assim é São Luís, a capital do Maranhão, um tesouroencravado no Nordeste. Terra de Alcione, Zeca

Baleiro, Ferreira Gullar, José Sarney. Terra de gente boa ehospitaleira. Nas páginas seguintes, você verá que não éexagero. Quem tiver o prazer de visitar São Luís se encantará!

A primeira sensação ao se chegar à cidade é a de entrar emum túnel do tempo. Estreitas ruas de pedra, ladeadas porsobrados ou casarões imponentes, boa parte deles com afachada recoberta por ricos azulejos portugueses. É comoandar pelos corredores de um museu ao ar livre, que remeteaos séculos XVII a XIX. Assim é o Centro Histórico de São Luís,uma região da cidade que possui um conjunto arquitetônicorico a ponto de ter recebido da Unesco o título de PatrimônioCultural da Humanidade.

Saindo do Centro Histórico, a viagem ao passado continua. Emoutros bairros, é possível encontrar monumentos que contam ahistória da capital maranhense. São palácios, igrejas e fontesque datam de até quatro séculos atrás, erguidos pelos colo-nizadores de São Luís: franceses, portugueses (principalmente)e holandeses. Muitos deles são verdadeiras obras de arte econservam, fielmente, as características da época antiga.

Um traço marcante da capital maranhense é enaltecer tudo o quefaz parte de sua história e, também, de suas tradições. Tradiçõesessas que foram deixadas por seus primeiros habitantes, os índios,assim como pelos negros escravos que trabalharam nas plan-tações de algodão, fase em que São Luís mais cresceu eco-nomicamente. Entre elas, estão o bumba-meu-boi, o Tambor deMina e o Tambor de Crioula. Sobretudo nos meses de junho ejulho, estas tradições incorporam-se às festas juninas emdezenas de arraiais pela cidade. É uma festa linda, de muitossons e cores. Assim como o carnaval, que tem como ponto fortea manifestação popular nas ruas, seja no carro alegóricoCasinha da Roça, que remete à vida rural, seja nos mascara-dos cordões e fofões.

Não se pode esquecer, porém, que São Luís é uma ilha. E quebela ilha! A natureza exuberante é outro grande atrativo dacidade. As praias possuem grandes faixas de areia,coqueiros, dunas, falésias e mar com água morna. Há praiaspara todos os gostos, tanto para quem só quer aproveitar ovisual tomando água de coco em um quiosque ouvindo reggae- ritmo que toma conta da cidade - como para os que prati-cam esportes, como surfe, windsurfe, kitesurfe e esportes avela. Para quem preferir lagoa, São Luís também ofereceessa opção. O Parque Estadual da Lagoa da Jansen é umaincrível área de lazer cercada por mata nativa, com quadras,ciclovias, teatro de arena, bares e restaurantes.

São Luís é isso e muito mais! É ir ao Ceprama admirar e com-prar o artesanato local, é sentar em um restaurante do CentroHistórico e comer arroz de cuxá com peixada ao leite decoco, é ver o sol se pôr em uma praia bem próxima ao Centro,é desfrutar de um ambiente acolhedor, bem cuidado e cati-vante. Não é à toa que a cidade também é chamada de Ilhado Amor. É mais ou menos isso o que se sente quando se estánesta terra abençoada.

Câmara de CulturaTelefax (21) 2487-4128

[email protected]

O Guia de Cultura - Maranhão não se responsabilizapelos conceitos e opiniões emitidos em matérias

e artigos assinados.

Agradecimentos a Flávia Carrijo, da Embratur, KeithAlmeida, da Secretaria Estadual de Turismo (Setur) eRodrigo Bauer do Carmo, do Ministério do Turismo.

O Guia Cultural - Maranhão é uma publicação da Câmara de Cultura

ÍNDICEHistóriaArquiteturaMonumentosPraias FestasCorredor cultural

46

10161822

A Escadariado Giz éladeada pelossobrados coloniais típicos dacapitalmaranhense

Ana Lúcia Prôa

Fot

o: M

aurí

cio

Mor

eira

/Em

brat

ur

Editorial

Regina Lima Diretora Executiva

Marta Souza Lima Diretora Adjunta

Ana Lúcia Prôa Jornalista e Editora

Mariana Simões Revisora

Sidney Ferreira Designer

Foto de Capa Divulgação/Embratur

Tiragem desta edição 20.000 exemplares

GUIA_MARANHAO:EDITORIAL2.qxd 12/8/2009 14:27 Page 2

Page 3: CAPA GUIA:EDITORIAL2.qxd 12/8/2009 14:30 Page 1camaradecultura.org/guia12.pdfcoqueiros, dunas, falésias e mar com água morna. Há praias para todos os gostos, tanto para quem só

3

Imagine uma região temperada poruma incrível mistura de índios, por-tugueses, franceses, holandeses e

africanos. Esta inusitada receitaacabou originando uma cidade comcaracterísticas ímpares, que se destacano cardápio turístico do Brasil. É SãoLuís, a capital do Maranhão, queencanta os visitantes que percebem, acada esquina, as influências étnicas eculturais de seus colonizadores. Umacidade com habitantes acolhedores,sempre dispostos a dividir com os turis-tas o que há de melhor em sua históriae em suas tradições.

E como é rica essa história! Tudocomeçou em 1612. A região localizadana ilha Upaon-Açu (Ilha Grande), entãoocupada por índios tupinambás, recebeufrotas francesas comandadas por Danielde La Touche, também conhecido comoLa Ravardière. Junto com ele vieramcerca de quinhentos compatriotas. Aintenção era desenvolver uma colôniafrancesa no Brasil. Para tanto, a primeiraatitude foi construir um forte, quechamaram de Saint Louis (São Luís). Erauma homenagem ao patrono da França,Luís IX, o monarca que se tornara santo,e ao rei francês da época, Luís XIII.

Fot

o: M

aurí

cio

Mor

eira

/Em

brat

ur

São LuísUma legítima cidade históricaÚnica cidade brasileirafundada por franceses, a capital do Maranhãoexibe seu rico passado em cada esquina,ressaltando para os visitantes a importânciaque teve - e tem - para a história do Brasil

As casas adornadas comazulejos vindos da Europa são

sinais vivos de quea capital do

Maranhão foi colonizada por

portugueses

As casas adornadas comazulejos vindos da Europa são

sinais vivos de quea capital do

Maranhão foi colonizada por

portugueses

História

GUIA_MARANHAO:EDITORIAL2.qxd 12/8/2009 14:27 Page 3

Page 4: CAPA GUIA:EDITORIAL2.qxd 12/8/2009 14:30 Page 1camaradecultura.org/guia12.pdfcoqueiros, dunas, falésias e mar com água morna. Há praias para todos os gostos, tanto para quem só

Em 8 de setembro de 1612, o forteficou pronto. Este dia é considerado adata da fundação de São Luís. Mas aalegria dos franceses durou pouco.Quando Portugal percebeu a ocupaçãodo território brasileiro, enviou tropaspara combatê-los. Embora La Ravardièree seus soldados tenham se unido aosíndios tupinambás para defender a terra,em novembro de 1615 os portuguesesexpulsaram de vez os franceses de SãoLuís. À frente do ato heroico estava ocomandante Jerônimo de Albuquerque,que se tornou o primeiro capitão-mor doMaranhão.

Mais e mais portugueses, então,começaram a ser enviados para essasimpática região litorânea, a fim decolonizá-la. Um dos objetivos da inicia-tiva, como não poderia deixar de ser,era econômico: na região, subordinada

à Coroa portuguesa, destacavam-se alavoura de cana e a produção de açú-car, o cultivo de tabaco, a pecuária,para exportação de couro, e a coletade cacau. E quem trabalhava nessasatividades eram os escravos indígenas- a escravidão foi permitida na regiãoaté 1680 - e, depois, os africanos.

Em 1641, São Luís conquistou o títu-lo de vila, mas, em contrapartida, teveque enfrentar um novo problema: JonCornellizon Lichthardt e mais dois milholandeses atacaram a cidade e apri-sionaram o governo português. Por trêsanos, eles dominaram São Luís, semtrazer qualquer progresso. Pelo con-trário, a região decaiu em váriossetores. Até que, em 1644, os por-tugueses conseguiram expulsar osholandeses. Após esse episódio, o gover-no colonial decidiu fundar o estado doGrão-Pará e Maranhão, que era inde-pendente do resto do país. Foi apenasem 1679, que são Luís, oficialmente,tornou-se cidade. Dois séculos depois,em 1997, em decorrência de todo essepassado histórico marcante (que per-manece vivo no conjunto arquitetônicodos séculos XVII a XIX), São Luís foitombada pela Unesco como PatrimônioCultural da Humanidade.

UM LOCAL PRIVILEGIADOAlém de sua riqueza cultural, São

Luís ainda possui outro mérito. Como acidade fica apenas dois graus abaixo

da linha do Equador, é aquecida pelosol o ano todo. O clima, portanto, étropical, quente e úmido, com temperatu-ra mínima, a maior parte do ano, entre20 e 25 graus. Mas, em dias quentes, ostermômetros chegam a marcar mais de30 graus. Outra característica do climade São Luís é a divisão em duasestações: a seca, de julho a dezembro, ea chuvosa, de janeiro a junho.

Além do ótimo clima, os visitantesda região apreciam a temperatura daságuas que banham a ilha: sempreamena, bastante convidativa para umbom mergulho. Ilha? Sim, São Luís éuma ilha (daí o fato de os índiostupinambás a chamarem, inicialmente,de Ilha Grande). Ela é uma das trêscapitais brasileiras situadas em ilhas -as outras são Florianópolis e Vitória.São 827 km² de beleza e muitahistória para contar.

Não é à toa que, de uma cidadecomo essa, saíram grandes expoentesda cultura brasileira. Os cantoresAlcione e Zeca Baleiro são filhos deSão Luís. O carnavalesco JoãozinhoTrinta também. E o número de escritorese poetas não tem fim: Aluísio deAzevedo, Artur Azevedo, Humberto deCampos, Coelho Neto, Graça Aranha,Gonçalves Dias, Ferreira Gullar, JosuéMontello e muitos outros. São Luís é umacidade que transpira beleza, arte,poesia. Um cantinho realmente privile-giado do Brasil.

ATENAS BRASILEIRA - Deve-se à grande efervescência artística e cultural que existia e aindaexiste na cidade. No final do século XIX, quando oMaranhão vivia uma época áurea no comércio de algodão, muitos filhos de famílias ricas da regiãoeram enviados para estudar em Portugal,Inglaterra e França e, ao voltarem, escolhiam SãoLuís ou Rio de Janeiro para morar. Além disso, acidade é berço de um sem-número de escritores eintelectuais.

CIDADE DOS AZULEJOS - Graças à arquitetura e decoração das fachadas de antigos casarões com azulejosvindos da Europa.

ILHA DO AMOR - Devido à grande quantidade de poetasna cidade e ao clima de romantismo criado pela poesia.

JAMAICA BRASILEIRA - Nos anos 1970, o reggae chegoucom força no Maranhão e até hoje é um ritmo marcante emSão Luís.

MUITOS NOMES PARA UMA CIDADE QUERIDA SÃO LUÍS POSSUI TANTAS PARTICULARIDADES, QUE ACABOU GANHANDO, CARINHOSAMENTE, DIVERSOS EPÍTETOS AO LONGO DA HISTÓRIA. CONFIRA:

História

4

GUIA_MARANHAO:EDITORIAL2.qxd 12/8/2009 14:27 Page 4

Page 5: CAPA GUIA:EDITORIAL2.qxd 12/8/2009 14:30 Page 1camaradecultura.org/guia12.pdfcoqueiros, dunas, falésias e mar com água morna. Há praias para todos os gostos, tanto para quem só

Caminhar pelo Centro Histórico de São Luís,Patrimônio Cultural da Humanidade, é voltar notempo, para a época áurea dos casarios coloniais

Arquitetura

Um museu ao ar livre

Fot

o: W

erne

r Z

otz/

Em

brat

ur

5

GUIA_MARANHAO:EDITORIAL2.qxd 12/8/2009 14:27 Page 5

Page 6: CAPA GUIA:EDITORIAL2.qxd 12/8/2009 14:30 Page 1camaradecultura.org/guia12.pdfcoqueiros, dunas, falésias e mar com água morna. Há praias para todos os gostos, tanto para quem só

6

A Escadaria do Giz possui uma beleza toda especial: éformada por 35 largos degraus em pedra de cantariae ladeada pelos característicos sobrados coloniais

Arquitetura

Fot

o: W

erne

r Z

otz/

Em

brat

ur

Em todo o mundo, existem 644 loca-lidades que receberam da Unesco otítulo de Patrimônio Cultural da

Humanidade. Dessas, apenas dez ficamno Brasil. Uma delas é o Centro Históricode São Luís. E não é para menos. Trata-sedo maior e mais valioso conjunto dearquitetura colonial do século XIX, deorigem portuguesa, na América Latina.Seu acervo arquitetônico contém mais de3.500 edificações datadas dos séculosXVII a XIX, distribuídas por mais de 107mil metros de área urbana tombada peloPatrimônio Histórico Nacional.

Em cerca de vinte quadras, vemossobrados com mirantes, portais,sacadas de ferro e janelas e portas emarco. Tudo isso ao longo de ruas depedra de cantaria, calçadas de pedrade lioz, praças, becos e escadarias. Ànoite, as ruas ainda ganham uma ilumi-nação especial. Há também igrejas,palacetes, fontes e monumentos quemantêm a arquitetura original, reme-tendo ao passado e resgatando umpouco da história de São Luís.

Um aspecto importantíssimo doCentro Histórico é que boa parte dasfachadas dos sobrados é revestida deriquíssimos azulejos portugueses. Esta foia saída encontrada pelos colonizadoreseuropeus para adaptar as construçõesem estilo colonial português ao climaquente e úmido do local. A solução eraimpermeabilizar as fachadas de taipacom esses azulejos, que hoje represen-tam mais uma atração nesse ver-dadeiro museu a céu aberto que é SãoLuís.

Em um passeio a pé pelo CentroHistórico - que pode levar um dia inteiroou mais -, os visitantes têm o prazer deir degustando aos pouquinhos cadadetalhe desse casario. Passo a passo,esbarram em verdadeiras obras de arteda arquitetura, que atualmente abrigamhotéis, pequenas lojas, mercados, restau-rantes, casas de cultura, museus, oficinasde artesanato e residências.

UMA FAMOSA RUA CHAMADA PORTUGAL

Como se já não bastasse a colonizaçãode São Luís ter sido predominantementeportuguesa - já que os holandeses sóficaram na região por três anos -, a cidadeainda possui uma famosa rua que vemreforçar a sua história: a rua Portugal, nobairro de Praia Grande. Inicialmente,chamava-se rua do Trapiche, e foi por

volta de 1906 que recebeu o nome quetem até hoje, devido a homenagensprestadas à visita da corveta À Pátria, daReal Marinha Portuguesa.

A rua Portugal ostenta sobrados degrande beleza, que são a marca de umaépoca de desenvolvimento e riqueza daeconomia maranhense, quando houvegrande crescimento na exportação dealgodão, em meados do século XIX.

GUIA_MARANHAO:EDITORIAL2.qxd 12/8/2009 14:27 Page 6

Page 7: CAPA GUIA:EDITORIAL2.qxd 12/8/2009 14:30 Page 1camaradecultura.org/guia12.pdfcoqueiros, dunas, falésias e mar com água morna. Há praias para todos os gostos, tanto para quem só

7

Fot

o: E

dito

ra P

eixe

/Em

brat

ur

Detalhes do casario da ruaPortugal, no Centro Históricode São Luís, com sobrados efachadas adornadas por azulejos portugueses. É oretrato urbano do século XIX,com casarões imponentes esacadas protegidas por gradesde ferro cheias de detalhes. Asruas são de pedras de cantariae as calçadas, de pedras de lioz

GUIA_MARANHAO:EDITORIAL2.qxd 12/8/2009 14:27 Page 7

Page 8: CAPA GUIA:EDITORIAL2.qxd 12/8/2009 14:30 Page 1camaradecultura.org/guia12.pdfcoqueiros, dunas, falésias e mar com água morna. Há praias para todos os gostos, tanto para quem só

8

Um aspecto importantíssimo do

Centro Histórico é que boa parte das

fachadas dos sobrados é revestida

de riquíssimos azulejos portugueses

Fot

o: M

aurí

cio

Mor

eira

/Em

brat

ur

Arquitetura

Os sobrados históricos possuemfachadas adornadas com os famososazulejos portugueses e, em um verdadeiroretrato urbano do passado, a rua exibecasarões imponentes e sacadas protegidaspor grades de ferro cheias de detalhes.

O mais interessante é que, aoandar pela rua Portugal, em plenoséculo XXI, temos a impressão de entrarem um túnel do tempo. Seu acervoarquitetônico está intocado, permitindoao visitante um legítimo mergulho no pas-sado. Parece que a vida dos anos 1800ainda está lá, pulsando. Mas uma pitadade modernidade convive pacificamentecom o local. Em seus primórdios, a ruaPortugal concentrava as firmas maisimportantes de São Luís. Hoje, ainda abri-ga estabelecimentos comerciais (sobretu-do pequenas lojas de artesanato),órgãos públicos e prédios famosos, comoo Museu de Artes Visuais. Uma outracuriosidade é que, no número 199, foiinstalado o primeiro elevador da cidade,em um sobrado com quatro andares per-tencente à Martins Irmãos.

Fazendo esquina com a rua Portugal,está a rua da Estrela (ou rua CândidoMendes). É uma das principais do CentroHistórico de São Luís e possui muitos dosmais belos sobrados azulejados dacidade. Atravessa toda a extensão doCentro Histórico, em um declive acentua-

do até chegar à Praça do Comércio. Éum passeio igualmente imperdível!

ESCADARIA QUE É UMA VERDADEIRA OBRA-PRIMA

Continuando a caminhada pelo CentroHistórico, uma imponente escadaria chamaa atenção: a Escadaria do Giz, localiza-da ao final da rua do Giz, que tambémé uma das mais marcantes da região.Acredita-se que essa rua tenha esse nomeporque, no passado, teria sido cobertapor uma escorregadia argila branca.

A Escadaria do Giz possui umabeleza toda especial: é formada por 35largos degraus em pedra de cantaria eladeada pelos característicos sobradoscoloniais. Tanto que muitos pintores járetrataram essa rua em seus quadros,eternizando a majestosa paisagem dasfachadas dos prédios coloniais ao longode toda a ladeira, que forma um ver-dadeiro corredor cultural. No número 59dessa rua, encontra-se um ótimo exemplode conservação das antigas edificações.Um belo sobrado traz a seguinteinscrição em sua fachada: "Fez edificaresta propriedade o capitão AntonioJoze de Souza no anno de 1800".

A importância do local é tamanha,que nessa rua estão localizadas institu-ições significativas para São Luís, comoo Centro de Cultura Popular DomingosVieira Filho, o Museu do Folclore e ArtePopular, o Centro de Pesquisa deHistória Natural e Arqueológica doMaranhão e a sede do Instituto doPatrimônio Histórico e Artístico Nacional(Iphan), órgão responsável por cuidarde todo esse acervo arquitetônico ecultural. Na rua do Giz, encontram-sebons bares e restaurantes e, para osboêmios, a praça da Seresta. Nadamelhor do que se sentar nessa praçadurante a noite, admirando o casariocom sua iluminação especial, deixando-se envolver pelo clima que remete, comfacilidade, aos séculos XVII a XIX.

GUIA_MARANHAO:EDITORIAL2.qxd 12/8/2009 14:27 Page 8

Page 9: CAPA GUIA:EDITORIAL2.qxd 12/8/2009 14:30 Page 1camaradecultura.org/guia12.pdfcoqueiros, dunas, falésias e mar com água morna. Há praias para todos os gostos, tanto para quem só

Na rua do Giz, encontram-se a

escadaria que levao mesmo nome e

belos sobrados que preservam o passado

da capital maranhense

GUIA_MARANHAO:EDITORIAL2.qxd 12/8/2009 14:27 Page 9

Page 10: CAPA GUIA:EDITORIAL2.qxd 12/8/2009 14:30 Page 1camaradecultura.org/guia12.pdfcoqueiros, dunas, falésias e mar com água morna. Há praias para todos os gostos, tanto para quem só

10

Palácios, igrejas,museus e fontesretratam a influência defranceses, portuguesese holandeses. São Luíssaiu ganhando, e hojeapresenta um rico acervo artístico e arquitetônico

A história contada em cada monumentoA história contada em cada monumentoAlém das ruas do Centro Histórico, São Luís transpira o passado por meio

das várias obras arquitetônicas espalhadas pela cidade. São monumen-tos que se traduzem em teatros, palácios, igrejas e mesmo fontes, que,

embora pareçam pequenas, escondem acontecimentos importantes. Aliás, cadauma dessas edificações vem acompanhada de pedacinhos da história de São Luísque deixam os visitantes fascinados.

O Teatro Arthur Azevedo é um deles. O segundo mais antigo do Brasil,começou a ser construído em 1815 por intermédio de dois comerciantes por-tugueses. Mas os padres carmelitas paralisaram a obra no meio do caminho. Elesnão aceitavam a ideia de se construir um edifício profano próximo ao Conventodo Carmo, considerado um local sagrado. Para driblar os religiosos, a frente doteatro (que era voltada para o Largo do Carmo) foi invertida, posicionando-sena rua do Sol. Assim, foi inaugurado apenas em 1817, com o nome de Teatro daUnião. Em 1852, passou a se chamar Teatro São Luís e somente em 1922 rece-beu o nome atual.

Fot

o: W

erne

r Z

otz/

Em

brat

ur

Monumentos

GUIA_MARANHAO:EDITORIAL2.qxd 12/8/2009 14:27 Page 10

Page 11: CAPA GUIA:EDITORIAL2.qxd 12/8/2009 14:30 Page 1camaradecultura.org/guia12.pdfcoqueiros, dunas, falésias e mar com água morna. Há praias para todos os gostos, tanto para quem só

11

ooBaseado no chamado teatro de

plateia italiano, em formato de fer-radura, funcionou como cinema entre1940 e 1966, e, abandonado, acabouem ruínas. Em 1989, quando apenas afachada em arquitetura clássica resis-tia, foi demolido e totalmente restaura-do pelo governo do estado de acordocomo o projeto original. E, em 1993, foireinaugurado em grande estilo, comuma programação que incluía a sopra-no Montserrat Caballé. Após a refor-ma, o Teatro Arthur Azevedo ressurgiucom força total e tornou-se o primeiroteatro multimídia do país, equipado

com aparelhos de som, iluminação evídeo de última geração.

PALÁCIOS LEMBRAM UMA ÉPOCA SUNTUOSA

Os visitantes também encontram emSão Luís belos exemplos de suntuosi-dade, expostos em seus palácios. OPalácio dos Leões, por exemplo, quehoje é o edifício-sede do governo doestado, é um dos maiores símbolos dacultura maranhense. Sua história con-funde-se com a própria fundação dacidade, uma vez que foi construído nolugar do forte erguido pelos francesesem 1612. Do antigo forte, só restaramdois baluartes, São Cosme e Damião,que permanecem no Palácio dos Leões.

Em 1766, o governador do Maranhão,Joaquim de Melo e Póvoas, mandoudemolir a antiga sede do governo e aliconstruiu o palácio, em estilo neoclássico.Em 1857, a edificação passou por nova

reforma e a entrada principal do prédio,que era lateral, foi deslocada para ocentro do palácio.

O Palácio dos Leões encontra-se emuma localização privilegiada, à beira-mar, e possui um rico acervo degravuras e obras de arte. Isso semfalar na própria arquitetura do local,que merece ser apreciada nos mínimosdetalhes.

Outro exemplo de grandiosidade éo Palácio La Ravardière, construído em1689. Em seus primeiros tempos, nelefuncionavam a Casa da Câmara e acadeia. Mas o prédio passou porvárias reformas e somente mais tarderecebeu o nome atual, em homenagemao fundador de São Luís, Daniel de LaTouche, também conhecido como LaRavardière. No largo do palácio,vemos até hoje o busto de La Touche.Atualmente, esta é a sede da prefeitu-ra municipal.

Fot

o: M

aurí

cio

Mor

eira

/Em

brat

ur

O Teatro Arthur Azevedo datade 1817 e é o segundo mais

antigo do Brasil. Sua fachada éem arquitetura clássica

Vista aérea doPalácio dos Leões.

Atual sede do governo do Estado,

possui um rico acervo de gravuras

e outras obras de arte

GUIA_MARANHAO:EDITORIAL2.qxd 12/8/2009 14:27 Page 11

Page 12: CAPA GUIA:EDITORIAL2.qxd 12/8/2009 14:30 Page 1camaradecultura.org/guia12.pdfcoqueiros, dunas, falésias e mar com água morna. Há praias para todos os gostos, tanto para quem só

12

Tanto o Palácio dos Leões quanto oPalácio La Ravadière estão aber-tos à visitação. Como em um pas-

seio pelos mais importantes palácios daEuropa, os visitantes podem conhecerseus luxuosos aposentos que contêmmóveis, esculturas e pinturas belíssimas.

Além desses, vale a pena conheceroutros palácios. O Palácio Episcopal, porexemplo, foi construído em 1627 paraabrigar o colégio e a Capela de NossaSenhora da Luz. Mais tarde, os jesuítasforam expulsos do local, que passou aser residência dos bispos. Porém, por seencontrar em ruínas, foi abandonado em1850. A partir de 1869, foi reedificado,mantendo no rés-do-chão vestígios dediversos arcos e nichos. Abriga, hoje, asede do arcebispado.

Outra visita interessante é aoPalacete Gentil Braga, que data dofinal do século XVIII. Típico exemplar desobrado colonial, possui porão e miranteem um estilo raro de dois pavimentos.Por sua suntuosidade e imponência,quando o visitante francês Paul Adam se

viu diante de seus ricos azulejos, disseboquiaberto: "La petite ville aux palaisde porcelaine" ("A pequena cidade depalácios de porcelana"). Além de suabeleza arquitetônica, o palacete temimportância histórica: nele morou oescritor Gentil Braga, que, no mirante,inspirou-se para escrever sua grandeobra, Entre o céu e a terra.

FÉ E ARTE EM UM SÓ LUGARComo toda cidade histórica, São Luís

não poderia deixar de ter belas igrejas.A mais imponente é a Igreja da SéNossa Senhora da Vitória, catedral doestado. Foi construída em 1629, porordem do terceiro capitão-mor DiogoMachado da Costa, com o intuito dereforçar a fé dos moradores da cidadediante de um surto de varíola. Seu nomeé uma homenagem à santa protetorados portugueses. Conta-se que, em1615, a vitória dos lusitanos (que eramminoria) sobre os franceses deveu-se auma aparição de Nossa Senhora, quetransformou areia em pólvora.

A Igreja da Sé foi reconstruídadiversas vezes até 1922, quandoassumiu o aspecto neoclássico. Em seuinterior, destaca-se o altar-mor talhadoem ouro pelo português Manuel Mansos,datado do século XVIII. Consideradouma relíquia da arte barroca brasileira,foi tombado pelo Patrimônio HistóricoNacional. Outro destaque é a pinturado forro da capela-mor, de 1954, deautoria de João de Deus.

A Igreja de Nossa Senhora doCarmo também está intimamente liga-da aos primórdios da história de SãoLuís. Em 1643, época em que a cidadeestava dominada pelos holandeses,servia de abrigo para alguns por-tugueses que organizavam a resistên-cia, transformando o local em uma for-taleza. Embora tenha sofrido muitasmodificações em sua arquitetura inter-na, continua atraindo visitantes, que seencantam, por exemplo, com suaescadaria em pedra de cantaria.

Outra que demonstra suntuosidadeé a Igreja Matriz, construída no século F

oto:

Div

ulga

ção/

Sec

reta

ria d

e Tu

rism

o do

Mar

anhã

o

Existem várias igrejas em São Luís, cada uma com histórias curiosas e uma arquitetura peculiar

Monumentos

GUIA_MARANHAO:EDITORIAL2.qxd 12/8/2009 14:27 Page 12

Page 13: CAPA GUIA:EDITORIAL2.qxd 12/8/2009 14:30 Page 1camaradecultura.org/guia12.pdfcoqueiros, dunas, falésias e mar com água morna. Há praias para todos os gostos, tanto para quem só

13

XIX. Apresenta uma escadaria depedras irregulares retiradas dos rios,que se eleva até a entrada da igreja.E, para um mergulho em diferentes esti-los arquitetônicos, há a Igreja de NossaSenhora de Santana e a Igreja deNossa Senhora dos Remédios. Aprimeira, do século XVIII, possui um esti-lo predominantemente neoclássico, mascom motivos barrocos. Seus atrativosespeciais são os azulejos portuguesesmuito bem conservados, que formamum belíssimo painel. Já a de NossaSenhora dos Remédios é a única igrejade São Luís com influências do estilogótico. Construída em 1719, fica napraça Gonçalves Dias, de onde se temuma das vistas mais bonitas da cidade.

Há mais quatro igrejas históricas:São Pantaleão, São João Batista, SantoAntônio e Nossa Senhora do Rosáriodos Pretos. Cada uma delas possuihistórias curiosas e uma arquiteturapeculiar. Vale a pena visitar todas, depreferência na companhia de um guia,

Fot

o: W

erne

r Z

otz/

Em

brat

ur

Fot

o: D

ivul

gaçã

o/S

ecre

taria

de

Turis

mo

do M

aran

hão

Na foto maior, a Igreja da Sé, construída em 1629.Em estilo neoclássico, possui relíquias como a pintura do forro da capela-mor (à esquerda), feita, em 1954, por João de Deus. Ao lado, uma das carrancas em estilo colonial português da Fonte das Pedras

que irá explicar cada detalhe dessesmonumentos de fé e história da capitalmaranhense.

PEQUENAS FONTES, GRANDES HISTÓRIAS

A história de São Luís também écontada em pequenos detalhes à dis-posição dos visitantes: suas fontes. AFonte das Pedras é uma delas.Construída em torno de 1615, é a maisantiga da cidade. Em 31 de outubrodaquele ano, Jerônimo de Albuquerqueteria expulsado da cidade LaRavardière à beira dessa nascente,onde o francês estava acampado comsuas tropas. Anos mais tarde, a Fontedas Pedras abasteceria os holandeses,no período em que dominaram a cidade.Está localizada em um espaço amplo earborizado, e ainda mantém as carac-terísticas de sua construção original,como frontão de alvenaria, calçamento,galerias subterrâneas, bicas e carran-cas em estilo colonial português.

Já a Fonte do Ribeirão foi erguidaem 1796, a mando de d. FernandoAntônio de Noronha, para atender ànecessidade de saneamento e melhoriada água para o consumo. A água jorrade cinco carrancas esculpidas empedra, com biqueiras de bronze, esegue para as galerias subterrâneas, eo pátio é revestido de pedras de can-taria. Esta fonte é cercada de mistériose lendas. Uma delas diz que, nas gale-rias, existe uma serpente encantadaque percorre todo o Centro Histórico. Acabeça estaria localizada na Fonte doRibeirão, a barriga, na Igreja doCarmo, e a cauda, na Igreja de SãoPantaleão. A serpente estaria crescen-do e, assim que a cauda encontrasse acabeça, destruiria a cidade. Tomaraque esta história não passe mesmo delenda, porque o mundo não pode ficarsem este Patrimônio Cultural daHumanidade - São Luís.

GUIA_MARANHAO:EDITORIAL2.qxd 12/8/2009 14:27 Page 13

Page 14: CAPA GUIA:EDITORIAL2.qxd 12/8/2009 14:30 Page 1camaradecultura.org/guia12.pdfcoqueiros, dunas, falésias e mar com água morna. Há praias para todos os gostos, tanto para quem só

GUIA_MARANHAO:EDITORIAL2.qxd 12/8/2009 14:28 Page 14

Page 15: CAPA GUIA:EDITORIAL2.qxd 12/8/2009 14:30 Page 1camaradecultura.org/guia12.pdfcoqueiros, dunas, falésias e mar com água morna. Há praias para todos os gostos, tanto para quem só

GUIA_MARANHAO:EDITORIAL2.qxd 12/8/2009 14:28 Page 15

Page 16: CAPA GUIA:EDITORIAL2.qxd 12/8/2009 14:30 Page 1camaradecultura.org/guia12.pdfcoqueiros, dunas, falésias e mar com água morna. Há praias para todos os gostos, tanto para quem só

16

Fot

o: W

erne

r Z

otz/

Em

brat

ur

As belezas de São Luís não se resumem ao seu admirável conjunto arquitetônico. A nat ur

Um lugar de prai aSe fosse apenas para visitar os casarios

antigos e monumentos, já valeria a penao passeio até São Luís. Só que a cidade

tem muito mais. Afinal, é uma ilha. E, como tal,oferece aos turistas praias muito bonitas, comágua morna e sol o ano todo. Além disso, anatureza foi generosa e guarneceu a regiãocom uma lagoa, que hoje é um movimentadocomplexo de lazer ao ar livre.

Uma característica impressionante do marde São Luís é a mudança drástica das marés.A capital maranhense é um dos lugares domundo onde há maior diferença de nível entremaré alta e maré baixa: oito metros! Apenasna baía de Saint Michel, na França, existeuma diferença maior. Assim, duas vezes aodia, o mar da ilha parece desaparecer. Poralgumas horas, é possível caminhar por cente-nas de metros de areia molhada, salpicadapor poças, onde antes havia água salgada.

Praias

GUIA_MARANHAO:EDITORIAL2.qxd 12/8/2009 14:28 Page 16

Page 17: CAPA GUIA:EDITORIAL2.qxd 12/8/2009 14:30 Page 1camaradecultura.org/guia12.pdfcoqueiros, dunas, falésias e mar com água morna. Há praias para todos os gostos, tanto para quem só

17

PARA TODOS OS GOSTOSASSIM COMO QUALQUER REGIÃO LITORÂNEA,SÃO LUÍS POSSUI PRAIAS COM CARACTERÍSTICASDISTINTAS E PARA GOSTOS E PRÁTICAS DIFERENTES. CONHEÇA ALGUMAS:

PRAIA DA GUIA - A 2,5 quilômetros do Centro, éuma praia deserta, com dunas de vegetação rasteirae coqueiros. Oferece vista panorâmica de todo oCentro Histórico.

PRAIA DA PONTA D'AREIA - Localizada a quatro quilômetros do Centro, é uma das mais procuradas pelos turistas. Tem águas tranquilas,propícias a esportes náuticos. Nela, encontram-se o Iate Clube e o Forte de Santo Antônio. Possuigrandes prédios residenciais, hotéis, restaurantes e badalados clubes de reggae à beira-mar que agitam os finais de semana.

PRAIA DE SÃO MARCOS - A sete quilômetros doCentro, destaca-se por suas ondas fortes. Apresentaareia amarela e fina, formando dunas. Bastante frequentada por jovens e amantes do surfe, possuibares em toda a sua extensão e animação noturna.Nela se encontram as ruínas do Forte São Marcos.

PRAIA DO CALHAU - Situada a nove quilômetrosdo Centro. Considerada uma das mais bonitas dacidade, é uma praia tranquila, com ondas fracas,areia amarela e fina, dunas cobertas por vegetaçãoe pequenos morros. No verão, costuma sediar diversos campeonatos. Há muitas casas de veraneio,bons bares, restaurantes, sorveterias, hotéis eciclovia.

PRAIA DO OLHO D’ÁGUA - A 13 quilômetros do Centro, possui morros, falésias, dunas, vegetaçãorasteira e larga faixa de areia branca. De janeiro ajunho, apresenta ondas e dunas que chegam a atingirdez metros de altura; de julho a dezembro, seus ventos fortes a tornam perfeita para esportes a vela.É bastante procurada para a prática de pesca demolinete e windcar. Considerada uma das mais bonitas de São Luís, dispõe de vários bares e restaurantes, sempre ao som de reggae.

PRAIA DO MEIO - Fica a 18,5 quilômetros doCentro, entre as praias do Olho D'água e deAraçagy (município de Paço do Lumiar). Possui águas límpidas, com ondas fortes no verão, areias amareladas e batidas, pedras na areia, dunas,coqueiros e ventos fortes. Ótima para a prática de windsurfe, kitesurfe e voos de ultraleve.

AGITO E BELEZA NA LAGOA DA JANSENConhecer o Parque Estadual da Lagoa da Jansen - localizado entrea Praia da Ponta D'Areia e o bairro São Francisco - é um pas-seio imperdível para quem visita São Luís. Não é para menos.Criado em 26 de junho de 1988, oferece, em seis mil metrosquadrados de área, restaurantes, quadras poliesportivas,ciclovias, pistas para cooper e teatro de arena. Tudo isso emmeio a uma variedade incrível de espécies da fauna e da florada mata nativa.

O local mais concorrido desse parque é o Mirante da Lagoa,de onde se tem uma visão panorâmica de parte da cidade deSão Luís. Mas, à noite, ir para a orla da Lagoa da Jansen tam-bém é uma boa pedida. Ela se transforma em um lugar idealpara diversão, com bares, pizzarias e boates. E para quemgosta mesmo de um agito, é bom saber que bem perto da Lagoada Jansen fica a parte moderna da cidade, com luxuosos prédiosresidenciais, excelentes hotéis e o São Luís Shopping, com cine-mas, restaurantes e grandes lojas de departamentos.

Fot

o: M

aurí

cio

Mor

eira

/Em

brat

ur

at ureza exuberante é outro atrativo da região

A Praia da Ponta d'Areia éuma das mais procuradaspelos turistas. À beira de

suas águas tranquilas, há bons restaurantes

e badalados clubes de reggae. Ao fundo, vê-se a

Lagoa da Jansen, que também aparece em

detalhe na foto abaixo

i a e lagoa

GUIA_MARANHAO:EDITORIAL2.qxd 12/8/2009 14:28 Page 17

Page 18: CAPA GUIA:EDITORIAL2.qxd 12/8/2009 14:30 Page 1camaradecultura.org/guia12.pdfcoqueiros, dunas, falésias e mar com água morna. Há praias para todos os gostos, tanto para quem só

São Luís é uma festa! Anualmente, a cidade realiza comemorações que esbanjam alegria, cores e sons, como o folclórico bumba-meu-boie um carnaval com características muito próprias

Fot

o: D

ivul

gaçã

o/E

mbr

atur

Alegria, ale

GUIA_MARANHAO:EDITORIAL2.qxd 12/8/2009 14:28 Page 18

Page 19: CAPA GUIA:EDITORIAL2.qxd 12/8/2009 14:30 Page 1camaradecultura.org/guia12.pdfcoqueiros, dunas, falésias e mar com água morna. Há praias para todos os gostos, tanto para quem só

19

Acapital maranhense conserva diversas tradiçõesfolclóricas, que foram herdadas de índios enegros. São manifestações muito marcantes, que

se traduzem em grandes festas. O bumba-meu-boi é amais conhecida. Mas há também o Tambor de Crioula, oCacuriá e o Tambor de Mina - todas no período das fes-tas juninas. Em meio a elas, estão as festas religiosas,como a Paixão de Cristo e o Divino Espírito Santo, alémde uma festa tida como profana, mas que faz a alegriado povo: o carnaval.

JUNHO É MÊS DE BUMBA-MEU-BOIA festa junina de São Luís é a mais popular da região

e, certamente, uma das mais grandiosas do Brasil. Aindamais porque, nas tradicionais comemorações de SantoAntônio (13 de junho), São João (24), São Pedro (29) eSão Marçal (30), o famoso símbolo maranhense, obumba-meu-boi, entra em cena. Nessa época do ano,São Luís fica tomada por arraiais, que contam com a pre-sença maciça da população e dos turistas.

As festas juninas maranhenses têm fogueira,quadrilha, barraquinhas e curau, como em qualquer lugardo Brasil. Mas quem brilha nessa data é mesmo o bumba-meu-boi, a mais importante manifestação folclórica doMaranhão. Esta tradição afro-indígena surgiu noNordeste no final do século XVIII e foi, aos poucos, incor-porada pelas comunidades rurais. No Maranhão, esseprocesso de assimilação conduziu a um espetáculo degrande riqueza teatral e musical, repleto de alegria,cores e dança. Nele, é contada a história de Catirina,uma escrava que convence seu homem, o nego Chico, amatar o boi mais bonito da fazenda para satisfazer seudesejo de grávida: comer língua de boi. Quando o donoda fazenda descobre, manda que os índios prendam ocriminoso. Nego Chico, então, chama um curandeiro, queconsegue fazer o boi voltar a viver. O fazendeiro perdoao negro e tudo termina em uma grande e animada festa.

Nesta representação, o personagem principal é, obvia-mente, o boi: um homem se esconde sob uma armaçãoleve, coberta por um tecido colorido. Os outros perso-nagens são o fazendeiro, o marido, a mulher grávida, asíndias, os vaqueiros, os mutucas e o público, que se posi-ciona em torno da encenação não apenas para assistir,mas também para participar. Há ainda os dançantes que,trajando ricas e coloridas vestimentas de veludo ador-nadas com fitas multicores, dão um movimento todo espe-cial à festa. Tudo isso é acompanhado pela música exe-cutada por instrumentos e ritmos diversos, como a matra-ca e a zabumba.

Fot

o: D

ivul

gaçã

o/M

inis

tério

do

Turis

mo

e gria!Ruas tomadas por

trajes típicos, muitascores e grande

animação! É assim quefica São Luís durante as

comemorações de suatradição popular, como o

bumba-meu-boi

Festas

GUIA_MARANHAO:EDITORIAL2.qxd 12/8/2009 14:28 Page 19

Page 20: CAPA GUIA:EDITORIAL2.qxd 12/8/2009 14:30 Page 1camaradecultura.org/guia12.pdfcoqueiros, dunas, falésias e mar com água morna. Há praias para todos os gostos, tanto para quem só

20

Somente em São Luís, apresentam-sea cada ano mais de cem "bumba-meu-boi", nos meses de junho e julho. Masum dos momentos mais empolgantesacontece no dia de São Pedro: todos osgrupos de bumba-meu-boi que brincamna ilha vão até a capela de São Pedroprestar homenagens ao santo. No mêsde outubro, em Maracanã, zona ruralde São Luís, o bumba-meu-boi volta aalegrar na tradicional Festa da Juçara.Há meio século, maranhenses e turistasse reúnem para se deliciar da juçara(açaí) com camarão seco e farinha, aomesmo tempo em que assistem aos gru-pos folclóricos.

Ainda durante as festas juninas,ocorre outra manifestação marcanteem São Luís: o Tambor de Crioula. Éuma dança afro-brasileira na qual sóparticipam mulheres, caracterizadapela presença da umbigada (punga).Em uma roda, ao som de três tamboresfeitos de troncos, uma mulher de cadavez se dirige ao centro realizando

movimentos voluptuosos, terminando coma punga: batida no abdômen de outraparticipante, para que esta assuma aevolução no centro da roda. Em junho, hátambém o cacuriá - dança feita empares com formação em círculo, acom-panhada por instrumentos de percussão- e o Tambor de Mina, espécie de cultoreligioso de origem africana, criado noséculo XIX, marcado por tambores e umbailado cheio de beleza e magia.

UM CARNAVAL COMO NÃO SE VÊ IGUAL

Quem pensa que carnaval bom noNordeste é apenas em Salvador eOlinda está muito enganado. Emfevereiro, São Luís faz uma festa linda,que não deixa nada a desejar diantedos outros estados nordestinos. Só queo carnaval da capital maranhense pos-sui características próprias. São mani-festações diversificadas de ritmos,danças, coreografias e a participaçãoespontânea da população, que se

desloca pelos circuitos organizados nocentro de São Luís e nos bairros dacapital.

Há os blocos tradicionais, que secaracterizam por imensos tambores - oscontratempos - e um samba bastantecadenciado e romântico. Também exis-tem blocos alternativos que tocammarchinhas e músicas típicas de car-naval, arrastando multidões, animadaspor uma banda em cima de um trioelétrico, com músicas compostas porbandas com nomes inusitados: Máquinade Descascar Alho, Vagabundos doJegue, Jegue Folia, Siri Kumkãimbra eEsbandalhada. Outra brincadeira típi-ca de São Luís é o chamado blocoorganizado: grupos de vinte a trintapessoas se fantasiam com roupas iguaise competem em um desfile oficial.

O mais interessante no carnaval deSão Luís, porém, são as manifestaçõespopulares que invadem as ruas. Saemgrupos conhecidos como Tribos deÍndios (meninos e adolescentes vestidos

As festas juninas maranhenses têm fogueira, quadrilha, barraquinhas e curau,como em qualquer lugar do Brasil. Mas quem brilha nessa data é mesmo obumba-meu-boi, a mais importante manifestação folclórica do Maranhão

Fot

o: E

dito

ra P

eixe

/Em

brat

ur

Festas

GUIA_MARANHAO:EDITORIAL2.qxd 12/8/2009 14:28 Page 20

Page 21: CAPA GUIA:EDITORIAL2.qxd 12/8/2009 14:30 Page 1camaradecultura.org/guia12.pdfcoqueiros, dunas, falésias e mar com água morna. Há praias para todos os gostos, tanto para quem só

21

como índios americanos, quedançam ao som de uma batucadamarcada por retintas e tam-

bores), o Tambor de Crioula, aCasinha da Roça (carroalegórico todo recoberto depalha reproduzindo um case-bre rural, com Tambor deCrioula tocando e dançando euma mulher na carroceria

peneirando arroz junto a outrostipos maranhenses), o Cordão de

Ursos (dois cordões de homens emulheres, jovens e crianças, se fan-tasiam de caboclos, índios, soldados,curandeiros, médicos, veterinários,baianas e ciganas) e os Cordões eFofões (figuras típicas do carnavalmaranhense, que se vestem commacacões estampados e máscarasde pano ou borracha, com feiçõesassustadoras). É uma festa conta-giante, que não deixa os visitantesficarem parados!

FESTAS RELIGIOSAS TAMBÉMATRAEM MUITA GENTE

A FÉ É UM PONTO ALTO ENTRE O POVO MARANHENSE.POR ISSO, CERTAS DATAS NÃO PASSAM EM BRANCO NO CALENDÁRIO DE SÃO LUÍS, QUE REALIZA BELAS COMEMORAÇÕES NAS SEGUINTES FESTAS RELIGIOSAS:

PAIXÃO DE CRISTO - Há 25 anos, é encenada no bairrodo Anjo da Guarda. O espetáculo é realizado em umteatro ao ar livre, tendo como fundo uma muralha depedras com setenta torres, com sete metros cada uma, ondeestão instalados nove palcos em que se narra cada parteda vida de Jesus Cristo. São 1.200 pessoas envolvidas,entre atores, figurantes, produtores e técnicos. A cada ano,um público de cerca de cem mil pessoas aplaude oespetáculo.

DIVINO ESPÍRITO SANTO - Esta festa é realizada emmaio, no Domingo de Pentecostes. Relembra a descida doEspírito Santo sobre os apóstolos e é muito valorizada nosterreiros de Mina de São Luís.

Fot

o: E

dito

ra P

eixe

/Em

brat

ur

Fot

o:D

ivul

gaçã

o/M

inis

tério

do

Turis

mo

O carnaval é outro marcoem São Luís, diferente de qualquer outro do

Nordeste. Entre os foliõesque vão às ruas, estão os mascarados Cordões

e Fofões

GUIA_MARANHAO:EDITORIAL2.qxd 12/8/2009 14:29 Page 21

Page 22: CAPA GUIA:EDITORIAL2.qxd 12/8/2009 14:30 Page 1camaradecultura.org/guia12.pdfcoqueiros, dunas, falésias e mar com água morna. Há praias para todos os gostos, tanto para quem só

Além do Ceprama,é possível comprarprodutos do artesanato maranhense em lojas no Centro Histórico de São Luís

GUIA_MARANHAO:EDITORIAL2.qxd 12/8/2009 14:29 Page 22

Page 23: CAPA GUIA:EDITORIAL2.qxd 12/8/2009 14:30 Page 1camaradecultura.org/guia12.pdfcoqueiros, dunas, falésias e mar com água morna. Há praias para todos os gostos, tanto para quem só

ArtesanatoCEPRAMA - CENTRO DE COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS ARTESANAIS - É o mais importante núcleo dedistribuição de artesanato do Maranhão. Funciona em umcasarão de aproximadamente 3 mil m² - onde funcionava a Companhia de Fiação e Tecelagem deCânhamo - e comercializa artesanato das mais diversas formas. Durante os períodos de carnaval e festas juninas,serve de palco para apresentações folclóricas. De segundaa sábado, das 9 às 19 horas; domingo, das 9 às 13 horas.Rua de São Pantaleão, 1.232, Madre Deus - tel.: (98) 3232-2187.

MuseusCAFUA DAS MERCÊS (MUSEU DO NEGRO) - Pequenosobrado em estilo colonial com fachada uniforme e doispavimentos. Seu aspecto sóbrio retrata a tirania dos temposda escravatura. No pátio interno, cercado por altos muros,existe uma réplica do pelourinho. Situado em um bairro outrora tradicional pelas grandes casas comerciais, foi umdos locais onde eram depositados os escravos que desembarcavam em São Luís para serem leiloados. Hoje abriga um museu de referência da cultura negra, compeças de arte de origem africana e instrumentos musicais.De segunda a sexta, das 9 às 18 horas.Rua Jacinto Maia, 54, Centro.

CASA DE NHOZINHO - Foi criada em homenagem a umimportante artesão que fabricava brinquedos. Fica em umaedificação monumental localizada na rua Portugal, comfachada recoberta por azulejos portugueses. O sobrado écomposto por quatro pavimentos que se completam por umbeiral. Um dos mais importantes exemplares da arquiteturacolonial portuguesa do Centro Histórico de São Luís. Alémde retratar o cotidiano do maranhense, exibe artesanatoindígena, cerâmica e utensílios de pesca. De terça a domingo, das 9 às 19 horas.Rua Portugal, 185, Praia Grande - tel.: (98) 3218-9951.

CASA DO MARANHÃO - Um belíssimo exemplar decasario colonial português adaptado para o atendimentoao turista, equipado com lojas de artesanato, restaurante,posto de informação etc. De terça a sexta, das 9 às 19horas; sábados, domingos e feriados, das 9 às 18 horas.Rua do Trapiche, s/nº, Centro - tel.: (98) 3218-9954.

CENTRO DE CULTURA POPULAR DOMINGOS VIEIRAFILHO - Sediado em um sobrado colonial de três pavimentos,mantém um grande acervo com peças de diversas manifes-

tações culturais (bumba-meu-boi, tambor de crioula, carnaval,dança do coco) e religiosas (Tambor de Mina, Festa doDivino) do estado. Além disso, possui objetos da cultura indígena e artesanato. De terça a sábado, das 9 às 19 horas.Rua do Giz, 221, Centro - tel.: (98) 3231-1557.

CENTRO DE PESQUISA DE HISTÓRIA NATURAL EARQUEOLÓGICA DO MARANHÃO - Fósseis de animais eplantas, e vestígios e achados de materiais provenientes da presença humana compõem um painel ilustrativo da pré-história maranhense. De segunda a sexta, das 8 às 11 horas e das 14 às 16 horas.Rua do Giz, 59, Centro - tel.: (98) 3221-3105.

CONVENTO DAS MERCÊS - FUNDAÇÃO DA MEMÓRIAREPUBLICANA - Construído em 1654 e inaugurado peloPadre Antônio Vieira para funcionar como sede do antigoConvento da Ordem dos Mercedários, hoje abriga aFundação da Memória Republicana, com documentos e objetos do ex-presidente José Sarney.Segunda-feira, das 14 às 18 horas; de terça a sexta, das 8 às 12 horas; sábados, das 14 às 18 horas.Rua da Palma, 502, Centro - tel.: (98) 221-5557.

FUNDACÃO DILÚ MELLO - Instalada em um belo casarãode 1858, imóvel que pertenceu a dona Ana Jansen, abrigao Memorial Dilú Mello, grande artista maranhense quededicou sua vida à arte, sobretudo à musica. De terça a sexta, das 9 às 16 horas.Rua Beco Escuro, 9, Centro - tel.: (98) 3221-5469.

MUSEU DE ARTE SACRA - Possui acervos dos séculos XVIIIe XIX nos estilos maneirista, rococó, barroco e neoclássico. Funciona em um sobrado de grande valorarquitetônico construído no século XIX, com dois pavimentos e um mirante. Tem sua fachada revestida deazulejos antigos de diferentes estilos. De terça a sexta, das 9 às 18h45; sábados, domingos e feriados,das 14 às 18 horas.Rua 13 de Maio, 500, Centro - tel.: (98) 3221-4537.

MUSEU DE ARTES VISUAIS - O acervo é constituído porcoleções de pinturas, esculturas e azulejaria dos séculosXVIII a XX, de origem portuguesa, alemã, francesa e espanhola. Abriga, também, a coleção do maranhenseArthur Azevedo. Instalado em um casarão colonial revestidode azulejos portugueses, com três pavimentos e um mirante,na mais importante rua do Centro Histórico. De terça asexta, das 9 às 18h45; sábados, domingos e feriados, das 14 às 18 horas.Rua Portugal, 273, Praia Grande - tel.: (98) 3218-9938.F

oto:

Wer

ner

Zot

z/E

mbr

atur

23

Corredor cultural

GUIA_MARANHAO:EDITORIAL2.qxd 12/8/2009 14:29 Page 23

Page 24: CAPA GUIA:EDITORIAL2.qxd 12/8/2009 14:30 Page 1camaradecultura.org/guia12.pdfcoqueiros, dunas, falésias e mar com água morna. Há praias para todos os gostos, tanto para quem só

trabalhada. De segunda a sexta, a partir das 9 horas; sábado, a partir das 13 horas.Rua da Estrela, 562, Centro - tel.: (98) 3231-9075.

TeatrosCENTRO DE CRIATIVIDADE ODYLO COSTA FILHO -Promove exposições periódicas de artes plásticas e showsde música e dança. Oferece também oficinas de arte e artesanato. Possui área para teatro e cinema com capacidade para 120 pessoas.Rampa do Comércio, 200, Praia Grande, Centro - tel.: (98) 3231-4058.

COMPANHIA CIRCENSE DE BONECOS - Instalada em um antigo casarão colonial, a Companhia Circense realiza espetáculos teatrais com bonecos, apresentações de mímica, circo e música, além de divertidos shows infantis.Beco do Catraeiros, s/nº, Praia Grande, Centro -tel.: (98) 3231-7737.

Fot

o:W

erne

r Z

otz/

Em

brat

ur

24

MUSEU DO FOLCLORE E ARTE POPULAR - Exposiçõespermanentes de instrumentos, indumentárias e adereços das principais manifestações folclóricas do estado, comdestaque para o bumba-meu-boi. Funciona no casarão(também histórico) do Centro de Cultura Popular DomingosVieira Filho. De terça a sábado (inclusive feriados), das 9 às 19 horas.Rua do Giz, 221, Centro - tel.: (98) 3231-1557.

MUSEU HISTÓRICO E ARTÍSTICO DO MARANHÃO(MHAM) - Funcionando em um sobrado construído em1836, destaca-se pela reconstituição da decoração típicados sobrados do século XIX, com móveis, objetos e obras de arte. Também possui galeria de arte e anfiteatro. De terça a sexta, das 9 às 18h45; sábados, domingos eferiados, das 14 às 18 horas.Rua do Sol, 302, Centro - tel.: (98) 3221-4537.

SOLAR DOS VASCONCELOS - MEMORIAL DO CENTROHISTÓRICO - Notável exemplar da arquitetura colonialportuguesa. Sobrado com balcão central curvo em cantaria

GUIA_MARANHAO:EDITORIAL2.qxd 12/8/2009 14:29 Page 24

Page 25: CAPA GUIA:EDITORIAL2.qxd 12/8/2009 14:30 Page 1camaradecultura.org/guia12.pdfcoqueiros, dunas, falésias e mar com água morna. Há praias para todos os gostos, tanto para quem só

TEATRO ALCIONE NAZARÉ - Integra o Centro deCriatividade Odylo Costa Filho e, instalado em um conjunto de edificações centenárias, é palco de inúmerosespetáculos musicais e de dança.Rampa do Comércio, 200, Praia Grande, Centro - tel.: (98) 3231-4058.

TEATRO ARTHUR AZEVEDO - Uma das mais importantes eluxuosas casas de espetáculos do país, inaugurado em1817. Impecavelmente restaurado pelo governo do estadoem 1993, foi reinaugurado como o primeiro teatro multimí-dia do Brasil, equipado com aparelhos de som, iluminaçãoe vídeo de última geração. Tem capacidade para 750 pessoas, possui bar e loja de souvenirs.Rua do Sol, 180, Centro - tel.: (98) 3218-9900.

TEATRO JOÃO DO VALE - Espaço alternativo em quemuitas vezes são descobertos novos talentos musicais, poéticos e dramáticos.Rua da Estrela, 283, Praia Grande, Centro - tel.: (98)3218-9957.

MonumentosFONTE DA PEDRAS - Serviu de base para a tropa deJerônimo de Albuquerque durante a expulsão dos fundadores franceses em 1615. É cercada de árvores ebancos.Rua Antônio Rayol, 363.

FONTE DO RIBEIRÃO - Construída em 1796 para abastecer a cidade, tem o pátio revestido com pedras decantaria. Suas janelas gradeadas dão acesso às galerias subterrâneas que passam pelo Centro Histórico.Largo do Ribeirão, s/nº.

PALÁCIOS DOS LEÕES - Atual sede do governo do estado.Sua estrutura foi construída no final do século XVIII e passoupor inúmeras reformas, até assumir o estilo neoclássico.Avenida D. Pedro II, s/nº - tel.: (98) 232-1633.

PALÁCIO EPISCOPAL - Construído em 1627 para abrigaro colégio e a Capela de Nossa Senhora da Luz. Em ruínas,foi reedificado em 1869, mantendo no rés-do-chão vestígios de diversos arcos e nichos. Aberto à visitação desegunda a sexta, das 8 às 17 horas.Praça Pedro II, Centro.

PALACETE GENTIL BRAGA - Típico sobrado colonial azulejado que data do final de século XVIII, possui porão e mirante em um estilo raro de dois pavimentos.Rua Grande, 782, Centro.

PALÁCIO LA RAVARDIÈRE - Construído em 1689, é aatual sede da prefeitura municipal. No largo do palácioestá um busto de Daniel de La Touche, ou La Ravardière, o fundador da cidade.Avenida D. Pedro II, s/nº.

SOLAR SÃO LUÍS - Construído na segunda metade do século XIX, é considerado o maior prédio em azulejos dopaís (tem três pavimentos). Teve seu interior destruído porum incêndio e permaneceu abandonado até ser adquirido e restaurado pela Caixa Econômica Federal, que neleinstalou uma agência.Rua de Nazaré, Centro

IgrejasIGREJA DA SÉ (OU IGREJA MATRIZ) - É a CatedralMetropolitana de São Luís, construída no século XVII pelosportugueses. Considerada uma relíquia da arte barrocabrasileira, foi tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional.Praça Pedro II, Centro - tel.: (98) 3222-7380.

A Associação TeatroArthur Azevedo é

um anexo do mais importante teatro

de São Luís. Sua arquiteturatambém possui

características doséculo XIX

25

Corredor cultural

GUIA_MARANHAO:EDITORIAL2.qxd 12/8/2009 14:29 Page 25

Page 26: CAPA GUIA:EDITORIAL2.qxd 12/8/2009 14:30 Page 1camaradecultura.org/guia12.pdfcoqueiros, dunas, falésias e mar com água morna. Há praias para todos os gostos, tanto para quem só

IGREJA DE SÃO PANTALEÃO - Construída no século XVIII,conhecida no passado por possuir a "roda" ou "casa dosexcluídos" para receber e abrigar crianças abandonadas.Rua de São Pantaleão, s/nº, Centro.

IGREJA DO DESTERRO - Considerado o primeiro temploconstruído no estado, em 1614, foi demolido na invasãoholandesa e reconstruído pelos moradores.Largo do Desterro, s/nº.

IGREJA E CONVENTO NOSSA SENHORA DO CARMO -Serviu de abrigo para portugueses durante a expulsão dosholandeses, em 1643. Pertencia à ordem dos carmelitas edepois passou para os capuchinhos. Sua escadaria é empedra de cantaria.Largo do Carmo, Praça João Lisboa.

IGREJA E SOLAR DE SANTO ANTÔNIO - Em estilomanuelino, data de 1625. Sua primeira construção se deupelos frades franciscanos e, posteriormente, passou a sechamar Capela Senhor do Bom Jesus dos Navegantes,quando o padre Antonio Vieira celebrou o Sermão aosPeixes, em 1654, criticando a rica sociedade de São Luís.Em 1867, foi reinaugurada com uma arquitetura mais atual.Praça Antônio Lobo, s/nº, Centro.

O Palácio dos Leões é uma dasriquezas arquitetônicas da cidade epossui um belo acervo de gravuras eobras de arte. Atual sede do governodo estado, está aberto à visitação

Fot

o: W

erne

r Z

otz/

Em

brat

ur

26

IGREJA DE NOSSA SENHORA DO CARMO - Um dos principais pontos turísticos do Estado, por servir de local deresistência durante a expulsão dos holandeses, em 1643.Apresenta hoje pouco de sua construção original, devido ainúmeras modificações sofridas ao longo do tempo.Praça João Lisboa, 350, Centro - tel.: (98) 3222-6104.

IGREJA DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DOS PRETOS -Erguida no século XVIII, boa parte com a ajuda de devotos de todo o estado e dos clérigos da IrmandadeNossa Senhora do Rosário dos Pretos.Rua do Egito, s/nº, Centro.

IGREJA DE NOSSA SENHORA DOS REMÉDIOS -Construída em 1719, em estilo gótico.Praça Gonçalves Dias, s/nº, Centro - tel.: (98) 222-8773.

IGREJA DE SANTANA - Datada de 1790, destaca-se pelosazulejos portugueses.Rua de Santana, s/nº, Centro.

IGREJA DE SÃO JOÃO BATISTA - Datada de 1665, abriga os restos mortais de Joaquim Silvério dos Reis, dela-tor da Inconfidência Mineira. Fachada em estilo neoclássico.Rua 13 de Maio, s/nº, Centro.

Corredor cultural

GUIA_MARANHAO:EDITORIAL2.qxd 12/8/2009 14:29 Page 26

Page 27: CAPA GUIA:EDITORIAL2.qxd 12/8/2009 14:30 Page 1camaradecultura.org/guia12.pdfcoqueiros, dunas, falésias e mar com água morna. Há praias para todos os gostos, tanto para quem só

GUIA_MARANHAO:EDITORIAL2.qxd 12/8/2009 14:29 Page 27

Page 28: CAPA GUIA:EDITORIAL2.qxd 12/8/2009 14:30 Page 1camaradecultura.org/guia12.pdfcoqueiros, dunas, falésias e mar com água morna. Há praias para todos os gostos, tanto para quem só

www.eletrobras.com

Q U E M P R O C U R A O S E L O P R O C E L E N C O N T R A S E M P R E A M E S M A M A R C A .A mesma empresa que gera e transmite a maior parte

da energia do Brasil está por trás do Procel – Programa

Nacional de Conservação de Energia Elétrica. Há mais

de 20 anos, a Eletrobrás coordena esta iniciativa que vem

ajudando milhões de brasileiros a evitar o desperdício.

Não por acaso, ficou mais fácil encontrar produtos

que economizam a energia do país e o seu dinheiro

ao mesmo tempo. São geladeiras, lâmpadas,

ares-condicionados, entre outros. Afinal, além de energia,

a Eletrobrás continua levando economia a todo o Brasil.

GUIA_MARANHAO:EDITORIAL2.qxd 12/8/2009 14:29 Page 28