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Apostila didática / Propedêutica e Cinesiologia do cotovelo – Profa. Isabel de C. N. Sacco / 2001 1 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE MEDICINA CURSO DE FISIOTERAPIA ANATOMIA TOPOGRÁFICA E DE SUPERFÍCIE AULA PRÁTICA CINESIOLOGIA e PROPEDÊUTICA DO COTOVELO Profa. ISABEL DE C. N. SACCO SÃO PAULO 2001

Cinesiologia Do Biceps

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Apostila didática / Propedêutica e Cinesiologia do cotovelo – Profa. Isabel de C. N. Sacco / 2001

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE MEDICINA

CURSO DE FISIOTERAPIA

ANATOMIA TOPOGRÁFICA E DE SUPERFÍCIE

AULA PRÁTICA CINESIOLOGIA e

PROPEDÊUTICA DO COTOVELO

Profa. ISABEL DE C. N. SACCO

SÃO PAULO 2001

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ANATOMIA TOPOGRÁFICA E DE SUPERFÍCIE

AULA PRÁTICA CINESIOLOGIA e PROPEDÊUTICA DO COTOVELO

Inspeção

Quando inspecionamos o membro superior ele deve estar estendido em posição anatômica (as palmas das

mãos voltadas anteriormente), os eixos do braço e antebraço formam no cotovelo um ângulo lateral chamado valgo

fisiológico do cotovelo. Um ângulo normal de valgo mede aproximadamente 5° nos homens e entre 10° e 15° nas

mulheres. Verificar sempre

1. Identificar as seguintes estruturas anatômicas no (a) atlas e (b) esqueleto:

• Braço - Úmero: diáfise, capítulo, fossa coronóide, tróclea, fossa olecraniana, epicôndilo lateral e medial. Bíceps

do braço, Tríceps do braço,

• Antebraço - Ulna: diáfise, processo olécrano, processo coronóide, chanfradura troclear, cabeça, chanfradura

radial, processo estilóide, nervo ulnar. Rádio: cabeça, colo, diáfise, tuberosidade do rádio, articulações rádio-

ulnares, tubérculo de Lister.

• Itens sublinhados, não palpáveis. Coloque-se em bipedestação ao lado do paciente e segure a face anterior de seu braço. Com a mão livre

circundando o bíceps, abduza e estenda o ombro até que o olécrano torne-se visível; em geral é necessário que o

paciente flexione o cotovelo a aproximadamente 90°.

2. Palpação óssea e de tecidos moles: identificar palpando em você e depois no colega:

• Epicôndilos lateral (ou epicôndilo extensor) e medial (ou epicôndilo flexor) do úmero, cf. posição anatômica:

proeminência óssea nas dilatações distais (côndilos) do úmero. Servem de fixação para muitos músculos

extensores ou flexores do punho e dedos, respectivamente.. O epicôndilo medial é bem grande e subcutâneo e

frequentemente fraturado na infância.

• Linha supracondiliana média do úmero: coloque sua mão acima do epicôndilo e palpe esta curta saliência óssea

que não é muito notável por estar recoberta pelos músculos flexores do punho. Ocasionalmente um pequeno

processo ósseo pode se desenvolver ao longo da linha supracondiliana média, aprisionando o nervo mediano, e

portanto causando sintomas de compressão do nervo.

• Linha supracondiliana lateral do úmero: é maior e mais definida do que a linha supracondiliana medial,

estendendo-se até quase a tuberosidade do deltóide.

• Processo do olécrano da ulna: “ponta do cotovelo”. Se o acompanharmos distalmente, seguimos a margem

dorsal da ulna e chega-se ao processo estilóide da ulna no punho. O olécrano é o maior processo da porção

proximal da ulna e permite grande mobilidade de flexão do cotovelo. O movimento de flexão faz com que o olécrano

saia da profundidade de sua fossa, tornando-se acessível a palpação. É recoberto pela bolsa olecraniana, tendão e

aponeurose do tríceps. Se mover os dedos medialmente a partir do processo do olécrano para dentro do sulco

entre ele e o epicôndilo medial, palpa-se o nervo ulnar como um cordão redondo.

• Fossa do olécrano: se encontra na porção distal da face posterior do úmero, recebe o olécrano durante a

extensão do cotovelo. Ela é preenchida por tecido adiposo e recoberta por uma porção do músculo e da

aponeurose do tríceps, o que torna difícil a sua palpação. A extensão parcial do cotovelo afrouxa o tríceps,

expondo à palpação parte da fossa olecraniana. Em extensão completa a palpação é impossível.

• Cabeça do rádio: ponto imediatamente distal ao epicôndilo lateral. Quando o cotovelo está completamente

estendido, palpa-se a circunferência da cabeça do rádio quando executamos pronação e supinação do antebraço.

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Com o cotovelo flexionado, realizando os mesmo movimentos de supinação e pronação de antebraço, identifica-se

também facilmente a cabeça do rádio.

• Eixo de rotação dos movimentos de flexão e extensão: Apreender o cotovelo de lado a lado ligeiramente

distalmente aos epicôndilos lateral e medial do úmero (facilmente palpáveis através da pele).

• Ventres do bíceps do braço e Tendão do bíceps do braço: o tendão e o músculo se tornam mais evidentes à

palpação se o paciente tentar fazer flexão de cotovelo com resistência. O tendão é uma estrutura longa e estirada,

sobressairá medialmente ao músculo bráquio-radial. O ventre é palpado quando o cotovelo está fletido.

• Artéria braquial: o pulso pode ser sentido medialmente ao tendão do bíceps.

• Tríceps do braço: como seu nome indica ele tem três porções: longa, lateral e medial. A porção longa cruza a

articulação glenoumeral bem como a do cotovelo. Mantenha o paciente apoiado em uma mesa como se estivesse

utilizando uma bengala assim ele se mostrará saliente na face posterior do braço. A porção longa é subcutânea e

repousa sobre a porção póstero-medial do braço. A porção lateral se encontra na face póstero-lateral do braço e

pode ser palpada através da mesma manobra para a porção longa. A porção medial ou profunda se encontra

abaixo da porção longa.

• Bráquio-radial: se origina da crista supracondiliana lateral do úmero. Peça ao paciente para cerrar o punho em

posição neutra empurrando debaixo para cima o tampo de uma mesa. Ele será facilmente visualizado na face

antero-lateral do braço.

3. No esqueleto e, posteriormente, em você:

(a) Executar flexão de cotovelo com antebraço supinado e observar a posição paralela entre o rádio e a ulna. Executar

flexão de cotovelo com antebraço pronado e observar a posição cruzada entre os ossos.

(b) Mantendo o cotovelo flexionado a 90o e braço junto do corpo, pronar e supinar o antebraço palpando a cabeça do

rádio.

(c) Fazer pronação com o cotovelo fixo a 90o . Depois estender o cotovelo e elevar o braço até a altura dos ombros e

continuar a virar as palmas das mãos na direção de pronação e a seguir de supinação até seu limite. Observar o

movimento aumentado que resulta da rotação do ombro (aprox. 360o). Repita a supinação e pronação com os

cotovelos flexionados novamente para verificar a diferença de movimentação.

4. Identificar os eixos de flexão-extensão e supinação-pronação do antebraço

5. Determinar quem são os músculos: flexores, extensoresde cotovelo e pronadores e supinadores de antebraço.

6. Executar flexão, extensão, supinação e pronação PASSIVAS e verificar os tecidos que limitam e a amplitude do

movimento.

7. Verificar a força de supinação do bíceps do braço com o braço ao lado do corpo e o cotovelo em 90o de flexão.

8. Verificar a força de supinação do bíceps do braço quando este estiver na sua posição mais curta: flexão de ombro,

flexão de cotovelo e supinação.

4. Em grupos de 4 pessoas, preencher as tabelas com as informações solicitadas;

• FLEXÃO DE COTOVELO COM RESISTÊNCIA

Articulação do Cotovelo

Movimento Articular Músculo Ativo Ação Muscular DESCIDA

SUBIDA

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• PUXAR E EMPURRAR UMA MESA PARA PRÓXIMO DE SEU CORPO EM PRONAÇÃO

Articulação do cotovelo

Movimento Articular Músculo Ativo Ação muscular PUXAR

EMPURRAR

• APERTAR UM PARAFUSO COM CHAVE DE FENDA

Articulação do cotovelo

Movimento Articular Músculo Ativo Ação muscular

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Cotovelo: vista posterior Fossa olecraniana

Cotovelo: vista Lateral Olécrano e epicôndilos lateral e medial: triângulo

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Depressão posterior e medial ao grupo de Posterior medialmente: nervo ulnar extensores do punho onde repousa a cabeça do rádio

Ligamento colateral medial do cotovelo Braquial (+ extensor curto e longo do carpo)

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Fossa cubital: pronador redondo (medial) e Tendão do bíceps do braço na fossa cubital

Braquiorradial (lateral)

Nervo Mediano