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CADERNO PEDAGGICOSRIE: EDUCAO ESPECIAL
COMUNICAO ALTERNATIVA
E PARALISIA CEREBRAL:
recursos didticos e de expresso
ANA ZAPOROSZENKOGIZELI APARECIDA RIBEIRO DE ALENCAR
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAOSUPERINTENDNCIA DA EDUCAO
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGPROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
2008
INTRODUO........................................................................................................... 04
PARALISIA CEREBRAL.......................................................................................... 04
COMUNICAO....................................................................................................... 05
COMUNICAO ALTERNATIVA E AMPLIADA................................................ 06
CLASSIFICAO DOS SMBOLOS A SEREM UTILIZADOS............................ 06
ALUNOS QUE NECESSITAM DA C.A.A............................................................... 07
AVALIANDO O ALUNO......................................................................................... 08
DEFININDO O SISTEMA A SER UTILIZADO...................................................... 09
DISPOSIO DO SISTEMA DE COMUNICAO.............................................. 09
O QUE O SISTEMA DEVE COMUNICAR.............................................................. 11
LISTA DE ALGUMAS NECESSIDADES................................................................ 11
INICIANDO O TRABALHO COM C.A.A MATERIAIS NECESSRIOS.......... 12
SISTEMA DE COMUNICAO DE BAIXA TECNOLOGIA: CONFECCIONANDO CARTO PICTOGRFICO................................................ 13
Definindo a cor de fundo do carto pictogrfico......................................................... 13
PASSO A PASSO INICIANDO O TRABALHO................................................... 14
1 Comunicao simples um pictograma............................................................... 15
2 Escrevendo frases simples.....................................................................................
16
3 Escrevendo frases com sujeito ao................................................................... 17
4 Usando outras categorias para ler e escrever frases pictogrficas........................ 19
BENEFCIOS DA COMUNICAO ALTERNATIVA........................................... 21
PARA ALM DA COMUNICAO A ALFABETIZAO............................... 22
EM SNTESE.............................................................................................................. 26
REFERNCIAS......................................................................................................... 27
ANEXOS I - IMAGENS PARA INICIAR UM SISTEMA DE COMUNICAO................... 29II - FIGURAS COM NOMES E SLABAS SEPARADAS....................................... 87III - LETRAS E SLABAS PARA COMPOR O ALFABETO MVEL................... 95
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APRESENTAO
A proposta de desenvolver um caderno pedaggico sobre comunicao alternativa, voltada aos
professores que atuam com alunos paralisados cerebrais, surgiu mediante a dificuldade em se
encontrar materiais (imagens) condizentes com as necessidades dos alunos. Apesar da
existncia de inmeros programas/softwares disponveis no mercado, a realidade brasileira
no permite acesso e aquisio aos mesmos, devido ao alto custo.
Assim sendo, nos propomos a oferecer um material de baixa tecnologia, com intuito de
respaldar o trabalho pedaggico e minimizar as dificuldades da comunicao que possam se
fazer presentes em sala de aula.
Sob esse prisma, este livro foi organizado contemplando aspectos tericos com informaes
bsicas e necessrias para implementao do sistema de comunicao alternativa e ampliada.
Alm da fundamentao terica, o professor encontrar informaes sobre quais alunos
necessitam desse tipo de recurso e o passo a passo para confeccionar e implementar o
sistema.
Nosso desejo que muitos professores e alunos possam usufruir as informaes aqui descritas.
Gizeli Aparecida Ribeiro de Alencar
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COMUNICAO ALTERNATIVA E PARALISIA CEREBRAL: RECURSOS DIDTICOS E DE EXPRESSO
Ana Zaporoszenko1 Gizeli Aparecida Ribeiro de Alencar2
INTRODUO
O Brasil vive nesse momento a incluso. Como pode a escola regular atender aos alunos com
necessidades especiais que apresentam dificuldades motoras e de expresso? Sem dvida, h
uma estrutura que d condies a um atendimento adequado, permitindo ao aluno participar do
processo educativo, denominada Comunicao Alternativa e Ampliada.
Para que profissionais que atuam com alunos que apresentam dificuldades na comunicao
apresentamos uma proposta didtico-pedaggica, onde possvel elaborar materiais com vistas
subsidiar a comunicao e a alfabetizao por meio de recursos alternativos de comunicao.
O material tem por objetivo auxiliar professores de escolas regulares e/ou especiais em seu
trabalho pedaggico.
Para tanto, o texto a seguir, apresenta uma breve fundamentao terica sobre Paralisia
Cerebral e sobre Comunicao Alternativa e Ampliada, seguidas de sugestes didtico-
pedaggicas e ilustraes.
PARALISIA CEREBRAL
A Paralisia Cerebral de acordo com a literatura especializada entendida como resultante de
uma leso ou mau desenvolvimento do crebro, de carter no progressivo, porm permanente
e existindo desde a infncia. A deficincia motora se expressa em padres anormais de postura
e movimentos, associados tnus postural anormal. A leso que atinge o crebro quando
imaturo interfere no desenvolvimento motor da criana (BOBATH, 1979).
Assim sendo, a leso cerebral pode comprometer a locomoo, postura, movimento, uso das
mos, a linguagem entre outras atividades. Dito de outra forma, os movimentos podem ser
reduzidos, pode ocorrer a espasticidade, falta de marcha e a linguagem pode no existir ou ser
deficitria. A cognio, por sua vez, nem sempre est comprometida, porm em alguns casos,
a leso do sistema motor pode afetar o crebro, originando a deficincia mental.
Algumas crianas com paralisia cerebral podem apresentar, tambm, problemas visuais tais
como: estrabismo, hipermetropia, catarata, corioretinite, fibroplasia; problemas auditivos;
distrbios perceptivos motores e tteis, mas, nem sempre esses quadros esto presentes
1 Professora PDE2 Professora Orientadora - Universidade Estadual de Maring/ UEM
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conjuntamente. Alm do atendimento pedaggico adequado essas crianas necessitam de
acompanhamento constante da rea da sade.
A avaliao, tanto educacional quanto da rea da sade, deve ser cuidadosa, pois a criana
quando impossibilitada de se expressar, pode no responder adequadamente aos testes
realizados por professores, psicopedagogos, psiclogos, fonoaudilogos, dentre outros
profissionais.
COMUNICAO
Segundo Nunes (2002), a comunicao uma necessidade bsica entre os homens. Faz-se
necessria nas relaes, constituindo-se num aspecto fundamental para sobrevivncia. A
criana, desde seu nascimento faz uso do choro, do riso para expressar suas vontades. Aprende
a falar aos poucos, utilizando-se de gestos e postura, assim mantendo contato com os demais e
se tornando ativa em seu meio.
Com efeito, a comunicao refere-se a comportamentos sinalizadores que ocorrem na
interao de duas ou mais pessoas e que proporcionam uma forma de criar significados entre
elas (BRYYEN; JOICE, 1985, apud NUNES, 1992).
A linguagem por sua vez, entendida como um sistema composto por smbolos arbitrrios,
construdos e convencionados socialmente e governado por regras, que representam idias
sobre o mundo e serve primariamente ao propsito da comunicao (BLOOM; LAHEY, 1978
apud NUNES, 1992).
A fala, nesse sentido, apenas um dos veculos possveis da linguagem, ainda que seja, de
longe, o mais freqentemente usado. A lngua de sinais, a escrita, o sistema Bliss so
exemplos de outras formas alternativas linguagem oral (McCORMICK; SCHIEFELBUSCH,
1984, apud NUNES, 1992).
Cumpre frisar que a capacidade de usar linguagem torna-se crtica no s para a aquisio dos
demais sistemas simblicos leitura, escrita e matemtica mas tambm para o
desenvolvimento de habilidades de relacionamento interpessoal. Quando a criana no
desenvolve a linguagem oral sob as contingncias naturais de sua educao, muitos aspectos
de sua vida so adversamente afetados (WARREN; KAISER, 1988; SCHUMAKER;
SHERMAN, 1978 apud NUNES, 1992).
Sem poder se expressar, fica reduzido suas manifestaes e minimiza-se o seu universo,
ficando restrito e individualizado, sendo que nessa condio no tem como explorar,
socializar-se e buscar novas experincias.
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COMUNICAO ALTERNATIVA E AMPLIADA
O termo Comunicao Alternativa e Ampliada (C.A.A.), de acordo Glennem (1997),
definido por outras formas de comunicao alm da modalidade oral, como o uso de gestos,
lngua de sinais, expresses faciais, o uso de pranchas de alfabeto, smbolos pictogrficos,
uso de sistemas sofisticados de computador com voz sintetizada, dentre outros.
Dessa forma, a comunicao considerada alternativa quando o indivduo no apresenta
outra forma de comunicao e, considerada ampliada quando o indivduo possui alguma
forma de comunicao, mas essa no suficiente para manter elos comunicativos e estabelecer
trocas sociais.
Vrios so os sistemas de CAA disponveis no mercado. Os profissionais da educao e sade
podem optar por recursos de baixa tecnologia ou recursos de alta tecnologia.
Os Recursos de Baixa Tecnologia referem-se a recursos mais acessveis que possibilitam a
comunicao quando inexiste a linguagem oral, podendo ser representados atravs de gestos
manuais, expresses faciais, cdigo Morse e signos grficos como a escrita, desenhos,
gravuras, fotografias. Podem ser tambm utilizados o Sistema de Smbolos Bliss, Pictogram
Ideogram Communication System PIC, Picture Communication Symbols PCS.
Os smbolos utilizados nesses sistemas podem ser trabalhados em pranchas, painis, carteiras
ou outra forma acessvel a quem utilize.
Os recursos de Alta Tecnologia oferecem sistemas de comunicao mais sofisticados, com
utilizao do computador. So eles: Bliss-Comp, PIC-Comp, PCS-Comp ImagoAnaVox,
Comunique, dentre outros.
CLASSIFICAO DOS SMBOLOS A SEREM UTILIZADOS
Os smbolos so as formas de representao de objetos, pessoas, aes, relaes e conceitos.
So utilizados para expor o pensamento. Podem ser acsticos, grficos, gestuais, expresses
faciais, movimentos corporais, tteis.
A classificao dos smbolos pode tambm ser diferenciada entre comunicao assistida ou
no assistida( LLOYD, QUIST e WINDSOR, 1990, apud NUNES 2002).
Para a comunicao no assistida, no so necessrios smbolos na reproduo do
pensamento, apenas o corpo do indivduo. J na comunicao assistida, o indivduo necessita
de materiais como objetos, palavras escritas, fotografias e outros para se comunicar.
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A comunicao assistida ainda entendida como esttica e permanente. Na comunicao
esttica e permanente podem ser usados objetos, cdigo Morse, figuras diversas. smbolos
Bliss, PIC, alfabeto escrito, Braille, podendo ser explorados de forma dinmica, seja por meio
de mmica, voz digitalizada, lngua de sinais ou computador.
Cada cultura percebe o significado dos smbolos atravs de sua iconicidade, podendo ser
estabelecidos como translcidos, transparentes ou opacos. Os smbolos translcidos esto
relacionados a referentes especficos ou ideogrficos (conceito), sendo colocados em forma de
smbolos pictogrficos. Os transparentes, por sua vez, so colocados em forma de miniaturas
de objetos, fotografias, pictogrficos, de maneira que mantenham semelhana fsica ao objeto
que se referem. J os smbolos opacos necessitam de ensino, pois no so claros, ou seja, no
legvel, podendo ser representados por convenes sociais, referindo-se a objetos ou a
conceitos (NUNES, 2002).
ALUNOS QUE NECESSITAM DE C.A.A.
A C.A.A. pode ser utilizada junto populao de paralisados cerebrais, pessoas com
deficincia mental e autistas. Contudo, a Comunicao Alternativa aqui apresentada pretende
atender a todos as deficincias, j que o material visual alm de subsidiar as questes
lingsticas, pode tambm contribuir para a aquisio de conhecimentos de forma geral, pois o
educando com necessidades especiais trabalhado adequadamente pode compreender o mundo
que o cerceia.
Assim, a populao que necessita de formas alternativas de comunicao, de acordo com
Nunes (2002) pode integrar um dos seguintes grupos:
1. Linguagem expressiva;
2. Linguagem de apoio;
3. Linguagem alternativa.
O primeiro grupo refere-se aos indivduos que compreendem a linguagem oral, tendo
dificuldades na fala por apresentarem problemas fono-articulatrios, devendo recorrer a outras
formas de comunicao.
J no segundo grupo esto os indivduos com atraso no desenvolvimento da fala, que
apresentam dificuldades, como paralisados cerebrais, portadores de Sndrome de Down e
outros, que pode utilizar-se de recursos alternativos de comunicao temporariamente, apenas
para alcanarem-na.
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O grupo da linguagem alternativa engloba indivduos com grande defasagem na comunicao,
como autistas, pessoas com deficincia mental severa, surdos. Nesses casos se faz necessria a
comunicao alternativa para subsidiar essa dificuldade.
AVALIANDO O ALUNO
notrio que crianas, adolescentes e adultos com necessidades de CAA apresentam nveis de
competncia lingstica diversificados. necessrio conhecer o aluno antes de introduzir um
sistema de CAA, o qual deve ser elaborado com base numa avaliao para o aluno estabelecer
elos comunicativos.
Assim, o professor junto equipe pedaggica, quando houver, dever avaliar o aluno e a
situao na qual o sistema ser utilizado para determinar o que ser mais til e funcional,
verificando aspectos tais como:
Competncias lingsticas: Verificar a capacidade de comunicao em diferentes
contextos com diferentes pessoas;
Formas de expresso: Verificar como o aluno se expressa e se compreende o
que os outros expressam.
Ex. O aluno entende tudo o que voc fala?
Ele puxa pela mo e leva at o objeto/lugar de interesse, emite sons, usa
determinados lugares para expressar alguma necessidade?
Lembre-se: difcil obter uma idia clara do nvel de compreenso. H muitos
exemplos em que se atribui um elevado nvel de compreenso a crianas/jovens,
na realidade, quando so avaliados, demonstram no compreender as palavras,
mas sim os gestos que as acompanham ou outros dados especficos da situao.
Formas no verbal auxiliam na compreenso da linguagem oral.
Habilidades:
1. Fsicas: Avaliar a acuidade auditiva e visual, habilidades motoras (preenso
manual, flexo e extenso dos membros superiores), habilidades perceptivas,
dentre outras;
2. Emocionais: Com quem o sistema ser utilizado? pais, professores, amigos;
3. Cognitivas local onde o sistema ser utilizado, verificar nvel de
escolaridade, compreenso, por parte dos alunos dos acontecimentos
cotidianos;
Competncias de autonomia pessoal;
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Nvel geral de conhecimento;
Problemas de comportamento.
DEFININDO O SISTEMA A SER UTILIZADO
O professor dever optar por um sistema de CAA considerando as condies de uso pelo
aluno conforme avaliao realizada.
Aps avaliao o professor decidir qual ser o melhor recurso a ser utilizado:
sistema de baixa tecnologia composto por fotografias, figuras, desenho;
sistema composto por objetos concretos em miniaturas;
sistema composto por sistemas gestuais;
sistema de alta tecnologia (pictogrficos, ideogrficos ou aleatrios sistemas
PIC, computadorizado, Bliss, entre outros);
sistemas combinados;
far-se- uso da ortografia?
Tanto a avaliao quanto a escolha do recurso a ser utilizado, de suma importncia, pois
evidenciar as habilidades j existentes no aluno bem como seu potencial de uso.
DISPOSIO DO SISTEMA DE COMUNICAO
O artefato onde o professor dispe o sistema de comunicao denominado Prancha de
Comunicao. As Pranchas de Comunicao podem ser construdas com materiais simples, ou
seja, cadernos, lbuns, quadro de pregas, flanelgrafo, painel de alumnio para fixar cartes
com ims, pastas, coletes, aventais, livros, fichrios tipo pasta-arquivo, cavalete de pintura,
cartes fixos em chaveiros, dentre outros. (JOHNSON, 1998). Nelas possvel expor figuras,
nmeros, smbolos, letras, palavras. As pranchas devem ser personalizadas de acordo com as
possibilidades de ao do aluno, ou seja, sua condio motora (ALENCAR, 2002).
Exemplos de pranchas de comunicao:
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Figura 1: Pasta porta carto de crdito com o smbolos
Figura 2: Painel de alumnio para fixar cartes com ims
Figura 3: Imagem capturada no site: www.comunicacaoalternativa.com.br
Figura 4: Imagens do programa Boardmaker para compor sistema de comunicao na carteira do aluno
ou na cadeira de rodas
Figura 5: Prancha de comunicao para atividades matinais (pode ser colocado em pastas)
Figura 6: Imagem do programa Boardmaker
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Os cartes que compem o sistema de comunicao devem ficar em local de fcil acesso ao
aluno, por exemplo, na carteira, em caixas de sapato, na mesa do professor, dentre outros.
O QUE O SISTEMA DEVE COMUNICAR
Aps a avaliao, o professor dever identificar as necessidades bsicas e reais dos alunos
quanto a suas necessidades comunicativas mais imediatas para num momento posterior
ampli-lo.
Recomenda-se que o professor elabore uma lista para registrar as necessidades comunicativas
de seu aluno. Aps a identificao das necessidades bsicas o professor dever selecionar
imagens, juntamente com o aluno, quando for possvel, para compor o sistema. As imagens
(fotos; recortes de revistas, encartes, jornais, desenhos) selecionadas devem retratar o objeto,
ou seja, o aluno tem que reconhecer nela (imagem) o que de fato quer expressar e/ou
comunicar.
LISTA DE ALGUMAS NECESSIDADES
Alimentao Arroz Feijo Polenta Carne moda Frango Lingia Salsicha Sopa Salada Cenoura Berinjela Chuchu Repolho Abobrinha Couve Salada de batatas
Frutas Laranja Banana Maa Mamo Manga Uva Ameixa Abacate Abacaxi Pra Morango
Lanche Suco Refrigerante Po Leite Ch Iogurte Bolacha Bolo Chips Canjica Sagu
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Sala de aula
Nomes Agenda Cantar Ouvir msica Aula de expresso corporal Recorte e colagem Desenhar Estudar Aula de educao fsica Aula de informtica Aula de artes Ir ao banheiro Beber gua
Higiene Pessoal Escovar os
dentes Tomar
banho Colocar
sapatos Tirar
sapatos Chinelos Camiseta Blusa Cala Short Tnis Sandlia Meia Cueca Calcinha Suti Pentear
cabelos Shampoo Condiciona
dor Desodorante Toalha de
banho Batom Esmalte Absorvente Sabonete Bolsa
Diversos/Outras necessidades
lanchar almoar brincar
Cabe ao professor como dito anteriormente, identificar que imagens so prioritrias ao seu
aluno e ir acrescentando lista sugerida acima, sempre que necessrio.
INICIANDO O TRABALHO COM C.A.A. MATERIAIS NECESSRIOS
Neste texto, abordaremos os recursos compreendidos como baixa tecnologia, ou seja,
confeco de cartes pictogrficos utilizando imagens fotogrficas para ilustrao e imagens
de cliparts.
Materiais necessrios para elaborao do sistema:
Tesoura, cola, cola quente;
Imagens (Figuras de programas computadorizados, fotografias, gravuras de revistas,
jornais, encartes, desenhos, desenhos estilizados, smbolos diversos, palavras, etc.);
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Papel carto e/ou cartolina;
Contact ou fita adesiva de PVC transparente;
Velcro/alfinete ou im;
Fraselgrafo (Painel forrado c/ feltro, emborrachado (EVA) ou revestido de papel pardo
disposto em pregas);
Caixa de sapatos (pra guardar os cartes);
Mquina fotogrfica digital (armazenar imagens em CDs);
SISTEMA DE COMUNICAO DE BAIXA TECNOLOGIA: CONFECCIONANDO O
CARTO PICTOGRFICO
Confeccionar um carto, de 10cmx8cm (sugesto) ou de acordo com as necessidades motoras
apresentadas pelo aluno. Aps a confeco do carto, o professor dever colar ao centro a
imagem selecionada referente a uma das necessidades comunicativas do aluno.
Figura 7: Exemplo de carto pictogrfico: Beber gua
Definindo a cor de fundo do carto pictogrfico
A cor de fundo do carto dever ser definida pelo professor, de preferncia por categorias,
como no exemplo que se segue:
- carto vermelho - substantivos;
- carto verde verbos;
- carto azul adjetivos;
- carto branco artigos;
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- carto amarelo estrias; e assim sucessivamente.
Brinquedos Eu quero
Triste Edson quer ovoFigura 8: Exemplos de cartes com fundos de cores estipuladas, como sugesto. Formao de sentenas
No incio do trabalho o professor ir utilizar apenas um carto (substantivos) para ensinar o
aluno a expressar sua necessidade imediata. As outras categorias so utilizadas no momento
em que o professor comea a trabalhar a elaborao de sentenas, ou seja, o aluno ir
gradativamente ser ensinado a elaborar frases mais complexas com o sistema de comunicao.
Contudo, isso s possvel quando ele j domina o uso do sistema para se expressar.
O PASSO A PASSO - INICIANDO O TRABALHO
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Aps o levantamento das necessidades comunicativas apresentadas pelo aluno, o professor
dever trabalhar o reconhecimento das imagens selecionadas.
Reconhecimento O professor mostra ao aluno dois cartes e solicita uma imagem especfica.
O aluno dever sinalizar qual essa imagem por meio de apontamentos com as mos, com o
olhar, com os ps, ou outro recurso de acessibilidade. Recomenda-se num primeiro momento o
uso de dois cartes para que o aluno d a resposta, garantindo assim um percentual de 50% de
acerto. Cumpre ressaltar que uma boa parcela dos alunos com alguma deficincia apresenta
um histrico de fracasso e de baixa estima, o que justifica esse cuidado inicial com a
quantidade de cartes dispostos. Esse reconhecimento de imagens deve ser gradativo e
medida que o aluno se apropria do conceito expresso no carto pictogrfico, o professor
poder dispor um nmero maior. Esse processo de reconhecimento deve ser feito sempre que
se introduz uma nova imagem.
Funcionalidade - Para que o sistema seja eficaz o aluno tem que perceber que ele de fato
funciona. Assim sendo, quando o aluno, por exemplo, desejar ir ao banheiro, s poder ir se
sinalizar na prancha de comunicao seu desejo.
Estratgias - O professor dever englobar um conjunto de estratgias estruturadas de
comunicao visando permitir que os elos comunicativos aconteam a partir dos smbolos
presentes no sistema de comunicao alternativa. Uma das estratgias eficaz de ensino do
sistema de CAA o ensino naturalstico o qual preconiza que:
1 - O ensino deve ocorrer no contexto das interaes verbais normais da
criana/jovem;
2 - As habilidades de linguagem e comunicao sejam ensinadas nas atividades
rotineiras do ambiente natural da criana/jovem;
3 - As tentativas de ensino estejam dispersas ao longo das interaes da
criana/jovem com seu ambiente;
4 - O interesse e a inteno imediata da criana/jovem devem ser o fio condutor de
todo o ensino;
5 - Devem ser utilizados reforadores funcionais pela prpria criana/jovem;
6 O ensino da forma e do contedo da linguagem deve ocorrer no contexto e uso
normal desta. (NUNES, 1992 apud ALENCAR, 2002).
1 Comunicao simples um pictograma
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Nessa primeira etapa do trabalho o professor dever introduzir um nmero reduzido de cartes
pictogrficos que compem o sistema de comunicao. O primeiro passo o reconhecimento
da imagem impressa (smbolo) no carto pictogrfico.
Exemplo:
O professor apresenta dois cartes:
Figura 9: Duas figuras para que o aluno aponte uma
Em seguida o professor solicita ao aluno que aponte o carto referente ao suco (o tipo de ao
solicitada depender das condies motoras da criana podendo ser apontar para dar a
resposta, piscar, pegar o carto, dentre outras).
Durante essa fase de ensino o professor dever introduzir os cartes pictogrficos, como nas
demais fases, gradativamente. Aps a fase de reconhecimento das imagens o professor dever
criar condies para que a criana faa uso do sistema para se comunicar. Assim, as pranchas
de comunicao, bem como o sistema, devero estar dispostas de forma que o aluno possa ter
acesso a ele sempre que desejar comunicar algo.
Exemplo: Se o aluno deseja ir ao banheiro, o mesmo dever sinalizar (avisar o professor) por
meio do sistema (cartes pictogrficos) sua necessidade. Para tanto, dever apontar/pegar o
carto e coloc-lo no quadro de alumnio/fraselgrafo/quadro de pregas. Cumpre frisar que o
feedback positivo dado pelo professor de fundamental importncia. S aps essa ao o
professor permite que o aluno se retire para satisfazer sua necessidade, garantindo assim que o
sistema de comunicao seja funcional.
2 Escrevendo frases simples
Findada essa etapa, o aluno j ter domnio sobre o sistema. O professor poder ento solicitar
para que o aluno escreva e leia frases no quadro de comunicao. O aluno dever ir at o
16
sistema, onde ter um nmero significativo de cartes pictogrficos e localizar o solicitado.
Em seguida dever fix-lo no quadro.
Exemplo 1: Pegue para mim e leve at o painel o pictograma OUVIR MSICA
OUVIR MSICA
O aluno ir selecionar o pictograma e fix-lo no painel. Em seguida, a professora dever solicitar ao mesmo que leia o que escreveu, respeitando e elogiando seus esforos de verbalizao.
Figura 10: Cartes variados Figura 11: Apontar uma figura
Esse procedimento ir contribuir posteriormente na elaborao de frases mais complexas que
sero exemplificadas mais adiante.
3 Escrevendo frases com sujeito-ao
Nessa etapa o professor dever introduzir uma segunda categoria, aqui denominado sujeito-
ao, para que o aluno perceba a construo de sentenas e comece a ampliar suas funes
comunicativas.
O que outrora era expresso com apenas um carto passar a ser feito com dois. Exemplo:
Quando o aluno quer expressar seu desejo de beber gua, ele o faz por meio do carto gua.
Percebe-se que na maioria das solicitaes ns pedimos para que algo seja realizado ou
17
satisfeito. Assim sendo, o professor dever dispor de uma imagem que simbolize o desejo
quero o qual ser subentendido como eu quero nessa etapa da interveno.
EU QUERO
BICICLETA
EU QUERO ANDAR DE BICICLETA.
Figura 12: desejos
O professor dever deixar o carto eu quero fixo no quadro e solicitar ao aluno que escreva
uma frase, como por exemplo, eu quero comer bolo.
O carto eu quero apontado pelo professor e o aluno dever colocar ao lado o carto bolo.
18
Figura 13: O professor mostra o carto Figura 14: O aluno completa com seu desejoNum segundo momento o professor ir dispor esse carto pictogrfico, sujeito-ao, junto ao
sistema e reiniciar as atividades de elaborao de frase. O aluno comear a perceber que para
formar a frase solicitada ele necessitar de dois cartes, no nosso exemplo um carto de cor
verde e outro vermelho. Nessa etapa, alm da funo comunicativa, o professor poder intervir
nos aspectos referentes noo espacial e lateralidade apresentada pelo aluno.
Figura 15: Disposio da frase pelo aluno (substantivo + verbo).Ao solicitar que o aluno tea a leitura do que escreveu com os cartes ele poder balbuciar e apontar para o verbo primeiro e depois para o substantivo, o que evidenciar que ele no errou, mas que necessita ser orientado nas questes referentes lateralidade (escrita da direita para esquerda).Forma de leitura da frase pelo aluno (verbo + substantivo)
A forma como o aluno dispe os cartes para formar a frase no significa que o mesmo no
entendeu o solicitado ou deu uma resposta inadequada. Muitas vezes a lacuna refere-se a
noes de lateralidade, a forma como uma escrita convencional, por exemplo, se configura, ou
seja, da direita para esquerda. A estratgia de solicitar a leitura da atividade realizada por ele,
iniciada na fase anterior escrevendo frases simples torna-se primordial, pois possibilita
identificar se h erros de interpretao ou de noo de lateralidade.
19
4 Usando outras categorias para ler e escrever frases pictogrficas
Finalmente o professor poder introduzir outras categorias ao sistema de comunicao e em
suas atividades pedaggicas. Parte-se do principio que nessa fase o aluno j tem compreenso
do processo de escrita e leitura por meio do sistema. Assim sendo, o professor poder
introduzir, sempre gradativamente, outros verbos, adjetivos, artigos e nomes prprios (dos
alunos) para melhor estruturar as frases comunicativas dos alunos.
A(ARTIGO)
BICICLETA
QUADRADO AZUL
A BICICLETA AZUL
Exemplos:
Figura 16: Rafael est doente.
20
Figura 17: Eu quero beber gua
Os cartes com nfase em negaes devem ser introduzidos por ltimo para que a criana tenha uma melhor compreenso.
Figura 18: No quero beber gua no quero ir ao banheiro
As possibilidades de escrita e comunicao a partir desse momento so inmeras e depender
do nmero de imagens disponveis no sistema. A partir dos procedimentos acima descritos o
professor poder expandi-lo para alm da sala de aula, podendo utiliz-lo no refeitrio, nos
momentos de alimentao, para enviar recados, para auxiliar nos elos comunicativos, no
ambiente familiar e social de forma geral.
21
O sistema a ser utilizado em ambientes fora da escola deve passar por adaptaes, atendendo
as necessidades comunicativas de seus usurios e tambm seu manuseio. Dessa forma, as
imagens utilizadas no sistema em sala de aula devem ser as mesmas no sistema utilizado fora
dela. O local para armazenar as imagens do sistema poder ser pasta de plstico destinada a
cartes de crdito, cartes em miniatura para serem fixados em uma argola/chaveiro, dentre
outras possibilidades. O que no pode e no deve ser negligenciado so as condies motoras
apresentadas pelo usurio ao se pensar um sistema adaptado para uso em outros locais.
Com intuito de auxiliar o professor na elaborao do seu sistema de comunicao, o anexo I
composto por imagens (fotos digitais e cliparts) que podero ser recortadas e usadas.
BENEFCIOS DA COMUNICAO ALTERNATIVA E AMPLIADA NA
AQUISIO DE CONHECIMENTOS
Para alm da funo comunicativa o sistema auxilia o desenvolvimento das habilidades
motoras, cognitivas e afetivas. Ao trabalhar com o sistema de comunicao, o professor pode e
deve dar nfase nas habilidades motoras tais como: lateralidade (homolateral, lateralidade
cruzada); estruturao e organizao espacial; tnus, postura e equilbrio e coordenao
dinmica manual. No que diz respeito as habilidades cognitivas, aspectos referentes a
percepo, ateno, memria (imediata, recente ou mediata, remota, visual, auditiva e viso
motora), raciocnio, conceituao, linguagem e alfabetizao tambm so contemplados.
Concomitantemente a esse processo, o sistema, devido a sua estrutura contribui para melhorar
a auto-estima da criana possibilitando a participao nas atividades, pois outrora ficava fora
do processo educativo e social.
PARA ALM DA COMUNICAO A ALFABETIZAO
O estmulo visual, como evidenciado at aqui, auxilia no s a comunicao como tambm
possibilita a aquisio de novos conhecimentos. Apresentamos a seguir algumas sugestes
para uso do sistema de comunicao alternativa nas atividades pedaggicas referentes ao
incio da fase de alfabetizao. O professor tem a liberdade de tratar esse aspecto de acordo
com os seus pressupostos tericos, as sugestes configuram-se apenas como recursos para o
ensino da leitura e escrita. Dessa forma, poder iniciar seu trabalho por palavras, por letras,
por slabas, dentre outras possibilidades.
Exemplos:
22
Figura 19: Imagem capturada no site: www.comunicacaoalterntiva.com.br
Figura 20: Imagem capturada no site: www.comunicacaoalterntiva.com.br
23
Figura 21: Imagem capturada no site: www.comunicacaoalterntiva.com.br
Figura 22: Material confeccionado com EVA. As imagens utilizadas so de jogos de memria
Cumpre frisar que no que tange as questes de alfabetizao o professor poder realizar
atividades tais como:
Pareamentos: Pictograma x pictograma; Pictograma x palavra Pictograma x slabas Palavra x palavra;
Suporte para explorao de textos; Instrumento para interpretao de texto; Oferecer ao aluno um material para encaixar as slabas Retirar estmulo visual escrito e solicitar que escreva a palavra correspondente
ao pictograma apresentado.
Outra sugesto deixar espao no carto pictogrfico para que o aluno possa inserir a escrita
da imagem. Nesse espao dever ter velcro ou im para que as slabas possam ser fixadas.
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Figura 23: Imagem de carto com velcro e/ou im para fixar escrita.
Outros exemplos:
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CASA
Pictograma com palavras escrita. Atividade
solicitada = fixar palavra igual
CAMA
Pictograma com palavra. Atividade solicitada = fixar slabas referente a palavra
Pictograma sem a escrita. Atividade = fixar slabas para compor a palavra
Pictograma sem a escrita. Atividade = fixar a
palavra
TELEFONE
TESOURA
EM SNTESE:
1 - imprescindvel a sondagem constante das necessidades bsicas relativas a gostos,
sentimentos, desejos, preferncias pessoais e sociais, alm do vocabulrio por eles
compreendido e expressado.
2 - Escolha e criao conjunta (professor & aluno) dos smbolos que contemplem tais
necessidades.
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3 - Utilizao dos smbolos em atividades ldicas e pedaggicas.
Utilizar o sistema para satisfao das necessidades bsicas rotineiras.
Utilizar o sistema de forma a complementar atividades pedaggicas.
O espao fsico da sala de aula deve ser estruturado de maneira que os alunos possam se
locomover com segurana. Os cartes pictogrficos que compem o sistema ficam dispostos
em caixas distribudas por cores para serem manuseados de acordo com a necessidade
momentnea de cada um. O quadro com velcro deve ser fixado a uma altura acessvel a todos,
para que os alunos ao us-lo partilhem sua expresso comunicativa no s com a professora,
mas com os demais colegas (ALENCAR, 2002).
REFERNCIAS
ALENCAR, G. A. R. O direito de comunicar, por que no? Comunicao Alternativa e ampliada a pessoas com necessidades educacionais especiais no contexto de sala de aula. Dissertao de Mestrado defendida no Programa de Ps-Graduao em Educao da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. 2002.
ALMEIDA, M. A. Definio de retardo mental, 1994. Texto mimeografado.
BOBATH, K. A deficincia motora em pacientes com paralisia cerebral. So Paulo: Manole, 1979.
CALADO, I. A utilizao educativa das imagens. Porto: Editora Porto, 1994
CAPOVILLA, F. C. et al. Imagovox: porta-voz eletrnico para pacientes neurolgicos. In: JORNADA USP-SUCESU-SP DE INFORMTICA E TELECOMUNICAES, 1., So Paulo, 1993. Anais... S. Paulo: USP, 1993. p. 443-448.
DIMBLEBY, R.; BURTON, G. Mais do que palavras: uma introduo teoria da comunicao. 2. ed. So Paulo: Summus, 1985.
EPSTEIN, I. O Signo. 7. ed. So Paulo: tica, 2000.
FAGUNDES, A. J. Descrio, definio e registro de comportamento. S. Paulo: EDICON, 1985.
GLENNEN, S. L. (1997) Introduction to augmentative and alternative communication. Em S.L. Glennen & D. DeCoste (Eds). The handbook of augmentative and alternative communication, (pp. 3-20). San Diego, Singular.
KIRK; GALLAGHER. Educao da criana excepcional. So Paulo: Martins Fontes, 2000.
27
NUNES, L. R. Mtodos naturalsticos para o ensino da linguagem funcional em indivduos com necessidades especiais. In: ALENCAR, E. (Ed.). Novas contribuies da Psicologia aos processos de ensino e aprendizagem. S. Paulo: Cortez, 1992. p. 71-96.
NUNES, L. R. Linguagem e comunicao alternativa. 2002.Tese (Professor Titular)-Faculdade de Educao da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2002.
OLIVEIRA, M. K. Vygotsky aprendizado e desenvolvimento: um processo scio-histrico. 4. ed. So Paulo: Scipione, 2001.
STAINBACK, S.; STAINBACK, W. Incluso: um guia para educadores. Porto Alegre:ArtMed, 1999.
TUPY, T. M.; PRAVETTONI, G. E se falta a palavra, qual comunicao, qual linguagem? Discurso sobre Comunicao Alternativa. So Paulo: Memnon EdiesCientficas, 1999.
VON TETZCHNER, S. Enunciado de mltiplos smbolos no desenvolvimento da linguagem grfica. In: NUNES, L. R. (Org.). Comunicao alternativa para indivduos com deficincia. Rio de Janeiro: EDUERJ. No prelo.
VON TETZCHNER, S.; MARTINSEN, H. Introduo comunicao aumentativa e alternativa. Porto: Editora Porto, 2000.
ANEXOS
ANEXO I
IMAGENS PARA INICIAR UM SISTEMA DE COMUNICAO
Imagens de uso de C.A.A
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Obs.: Nos anexos h mais imagens da rotina do aluno e outras, no sendo
possvel exibi-los aqui devido ao tamanho do documento.
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Sala de aula