43
Do Contrato Social Jean Jaques-Rousseau Carla Moura Danielle Cesnik Denise Aguiar Veridiana Aleixo

Contrato social 2

Embed Size (px)

Citation preview

Do Contrato Social

Jean Jaques-Rousseau

Carla MouraDanielle CesnikDenise AguiarVeridiana Aleixo

Livro I - CAPÍTULO IObjeto Deste Primeiro livro

O homem nasce livre.

Tal direito não advém da natureza.

CAPÍTULO IIDas Primeiras Sociedades

A mais antiga de todas as sociedades, e a única natural, é a da família.

Se continuam unidos, já não é de maneira natural.

É a família o primeiro modelo das sociedades políticas.

CAPÍTULO IIIDo Direito do mais Forte

O mais forte nunca é bastante forte para ser sempre o senhor.

A força é um poder físico.

A força é um ato de necessidade, e não de vontade.

CAPÍTULO IVDa Escravidão Um particular pode alienar sua liberdade e

converter-se em escravo de um senhor.

Assegura aos súditos a tranqüilidade civil.

Renunciar à liberdade é renunciar à qualidade de homem.

A guerra não é, pois, uma relação de homem para homem, mas uma relação de Estado para Estado.

Só se tem o direito de matar o inimigo quando não se pode escravizá-lo.

Um escravo feito na guerra ou um povo conquistado não tem nenhuma obrigação para com seu senhor.

As palavras escravidão e direito são contraditórias; excluem-se mutuamente.

CAPÍTULO V - De Como Sempre é Preciso Remontar a uma Primeira Convenção Sempre haverá grande diferença entre

submeter uma multidão e reger uma sociedade.

Antes de examinar o ato pelo qual um povo elege um rei, seria bom examinar o ato pelo qual um povo é um povo.

CAPÍTULO VIDo Pacto Social

"Encontrar uma forma de associação que defenda e proteja com toda a força comum a pessoa e os bens de cada associado, e pela qual cada um, unindo-se a todos, só obedeça, contudo, a si mesmo e permaneça tão livre quanto antes".

Pessoa pública, assim formada pela união de todas as demais,recebe o nome de Cidade.

Aos associados, eles recebem coletivamente o nome de povo.

Cidadãos, são os súditos, enquanto submetidos às leis do Estado.

CAPÍTULO VIIDo Soberano

Associação encerra um compromisso recíproco do público com os particulares

CAPÍTULO VIIIDo Estado Civil

O que o homem perde pelo contrato social é a liberdade natural.

O que com ele ganha é a liberdade civil e a propriedade de tudo o que possui.

CAPÍTULO IXDo Domínio Real O Estado, perante seus membros, é

senhor de todos os seus bens pelo contrato social

“Em vez de destruir a igualdade natural, o pacto fundamental substitui, ao contrário, por uma igualdade moral e legitima aquilo que a natureza poderia trazer de desigualdade física entre os homens, e, podendo ser desiguais em força ou em talento, todos se tornam iguais por convenção e de direito.”

LIVRO II - CAPÍTULO I A Soberania é Inalienável

A base do governo da sociedade vem da conciliação dos interesses particulares.

A soberania é o exercício da vontade geral, a qual é inalienável, já que o soberano só pode ser representado por si.

A condição da existência do povo e do soberano.

CAPÍTULO II A Soberania É Indivisível

A soberania é indivisível porque a vontade é geral ou não é.

Os políticos dividem a soberania em fins e objeto, em força e vontade, em poder executivo, e legislativo, ora confundindo as parte, ora separando-as, o que acaba causando erros.

CAPÍTULO III A Vontade Geral Pode Errar

A vontade geral pode se enganar, mas jamais ser corrompida.

A tendência é que a sociedade sempre siga em linha reta quanto a suas vontade, quanto isso não acontece, há a substituição da vontade geral pela particular.

Para o perfeito enunciado da vontade geral não pode haver sociedade parcial e todo o cidadão deve manifestar o próprio pensamento.

CAPÍTULO IV Dos Limites Do Poder Soberano

É necessário distinguir os direitos dos cidadãos e do soberano.

O que cabe ao Estado. O pacto social estabelece a igualdade

entre todos, colocando-os em mesmas condições e os fazendo usufruir os mesmos direitos.

CAPÍTULO VDo Direito De Vida E Morte

O soberano se dispõe a cuidar da vida de seus súditos (dos particulares), enquanto esses se submetem a quando necessário morrer pelo Estado.

O cidadão ao requerer segurança, não pode agir contra a sociedade, pois poderá ser condenado.

CAPÍTULO VI Da Lei O pacto social apenas formou o corpo político; a

legislação é que dará vontade e movimento para garantir a conservação deste corpo.

Necessidade pela criação de leis, de sanções. Lei é geral e abstrata. A criação de leis é da competência de um

legislador, o qual redigira de visando o bem comum.

Republica é todo Estado regido por leis.

CAPÍTULO VII Do Legislador O legislador é um homem extraordinário

no Estado. É o criador da maquinaria política e social.

Cabe ao legislador apenas redigir a lei, e não executá-las.

CAPÍTULO VIII Do Povo

O sábio instituidor não começa redigindo leis boas em si mesmas, mas verifica antes se o povo,está apto a suportá-las.

Há para nações assim como para os homens um tempo de maturidade que é preciso aguardá-las antes de submetê-los a leis, ou então a obra o abortará.

As leis são criadas do povo, para o povo.

CAPÍTULO IX Continuação

Para uma melhor constituição do Estado, deve-se observar sua dimensão, pois há em todo o corpo político um Maximo de forca que não se pode ultrapassa, para que tal força não se afrouxe e acabe por tal administração suprema, esmagar tal Estado.

O governo deve manter certo equilíbrio, para que a própria sociedade não acabe por se esmagar sozinha, já que tende a certo extermínio, como no caso dos fracos serem engolidos.

CAPÍTULO X Continuação

Para uma boa manutenção do Estado deve observar a relação entre a dimensão territorial e o numero de população, embora não se tenha um numero exato para essa relação.

Outro fator que deve ser observado é o relevo, a posição geográfica, quanto a vizinhos, a mares, também quanta a fertilidade do solo.

CAPÍTULO XI Dos Diversos Sistemas De Legislação

A legislação deve se fundamentar nas relações da situação local com o caráter dos habitantes.

CAPÍTULO XII Divisão das Leis

Leis políticas Leis civis Leis criminais Costumes

LIVRO III , CAPÍTULO IDo Governo em Geral Toda ação livre tem duas causas :uma

moral, vontade que determina o ato, e outra física, que determina o poder que a executa.

O corpo político tem os mesmo móveis, na qual seriam a força e a vontade, esta sob o nome de poder legislativo e aquela sob o nome de poder executivo.

O que vem a ser o governo?

Um corpo intermediário estabelecido entre os súditos e o soberano, para permitir sua mútua correspondência, encarregado da execução das leis e da manutenção da liberdade, tanto civil como política.

CAPÍTULO IIDo princípio que Constitui as Diversas Formas de Governo Podemos distinguir na pessoa do magistrado três vontades

essencialmente distintas: primeiro, a vontade própria do indivíduo, que só tende ao seu

benefício particular; segundo, a vontade comum dos magistrados, que diz respeito

unicamente ao benefício do príncipe e se pode denominar vontade de corpo.

terceiro lugar, a vontade do povo ou a vontade soberana.

Numa legislação perfeita, a vontade particular ou individual deve ser nula.

CAPÍTULO IIIDivisão dos Governos

Pode ser dividida em :

Democracia Aristocracia Monarquia

CAPÍTULO IVDa Democracia Democracia pode abarcar todo o povo ou

restringir-se à metade dele. O soberano pode, em primeiro lugar,

confiar o governo a todo o povo ou à maior parte do povo, de modo que haja mais cidadãos magistrados que simples cidadãos particulares.

CAPÍTULO VDa Aristocracia Confina o governo nas mãos de um pequeno

número, de sorte que haja mais simples cidadãos que magistrados.

Nesse tipo de governo existe duas “pessoas” morais muito distintas:

Governo que é referente a todos os cidadãos; Soberano referente somente aos membros da

administração.

CAPÍTULO VIDa Monarquia Um poder reunido nas mãos uma pessoa

natural, de um homem real, que sozinho tenha o direito de dispor dele segundo as leis. É o que se denomina um monarca ou um rei.

Há então uma distância enorme entre o príncipe e o povo, e o Estado carece de ligação.

Para formá-la, são necessárias ordens intermediárias: precisa-se dos príncipes, dos grandes e da nobreza para representá-las.

CAPÍTULO VIIDos Governos Mistos Para ser exato, não existe governo simples. É

necessário que um chefe único tenha magistrados subalternos; é necessário que um governo popular tenha um chefe. Assim, na divisão do poder executivo há sempre gradação do grande para o pequeno número.

Nesse divide-se o governo para enfraquecê-lo, ao passo que as formas mistas conferem uma força média.

CAPÍTULO VIIINem Toda Forma de GovernoConvém a Todos os Países Causas naturais permitem indicar a forma

de governo à qual a força do clima conduz.

O tipo de povo que ocupa cada espaço territorial.

Países quentes têm menos necessidade de habitantes que os países frios.

CAPÍTULO IXDos Indícios de um Bom Governo

Para o autor isso vai variar em cada civilização , pois cada uma prioriza um tipo de comportamento do Estado e de suas ações.

CAPÍTULO XDo Abuso do Governo e de Sua Tendência a Degenerar O caso da dissolução do Estado pode ocorrer de duas

maneiras: Primeiro: quando o príncipe já não administra o Estado

de acordo com as leis e usurpa o poder soberano. Segundo: quando os membros do governo usurpam

separadamente o poder que só devem exercer em conjunto.

Quando o Estado se dissolve, o abuso do governo, seja ele qual for, toma o nome comum de anarquia.

CAPÍTULO XIDa Morte do Corpo Político O corpo político, assim como o corpo do

homem, começa a morrer desde que nasce e traz em si mesmo as causas de sua destruição.

Para o autor o Estado mais bem constituído, terá maior duração que o outro, se nenhum acidente imprevisto determinar sua perda antes do tempo.

CAPÍTULO XIIComo se Mantêm a Autoridade Soberana

Não tendo outra força além do poder legislativo, o soberano só age por meio das leis; mesmo estas sendo atos da vontade geral, o soberano só pode agir quando o povo se encontra reunido.

CAPÍTULO XIVContinuação No momento em que o povo se encontra

legitimamente reunido,cessa qualquer suspende-se o poder executivo e a pessoa do último cidadão é tão sagrada e inviolável quanto a do primeiro magistrado.

CAPÍTULO XVDos Deputados ou Representantes Os deputados do povo não podem ser os seus

representantes. Eles são simples comissários.

A idéia dos representantes é moderna: ela nos vem do governo feudal.

Sendo a lei apenas a declaração da vontade geral, torna-se claro que, no poder legislativo, o povo não pode ser representado; mas pode e deve sê-lo no poder executivo, que nada mais é que a força aplicada à lei.

CAPÍTULO XVIA Instituirão do Governo nãoé um Contrato Nesse capitulo se conclui que o contrato não

poderia constituir nem uma lei nem um ato de soberania e que, por conseguinte, seria

ilegítimo. Vê-se ainda que as partes contratantes estariam

sujeitas entre si apenas à lei da natureza, sem nenhuma garantia de seus compromissos recíprocos, o que repugna de todos os modos ao estado civil.

CAPÍTULO XVIIDa Instituição do Governo O ato pelo qual o governo é instituído é

composto de dois requisitos: Estabelecimento da lei o qual o soberano

estatui que haverá um corpo de governo estabelecido sob esta ou aquela forma.

A execução , no qual o povo nomeia chefes que se incumbirão do governo estabelecido.

CAPÍTULO XVIIIMeio de Prevenir as Usurpaçõesdo Governo

Resulta desses esclarecimentos, que o ato que institui o governo não é um contrato, mas uma lei, que os depositários do poder executivo não são os senhores do povo, mas seus oficiais e que este pode nomeá-los ou destituí-los quando lhe aprouver.