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A Brasil sustentável Crescimento econômico e potencial de consumo

Crescimento Economico e Potencial de Consumo

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Page 1: Crescimento Economico e Potencial de Consumo

A

Brasil sustentávelCrescimento econômico e potencial de consumo

Page 2: Crescimento Economico e Potencial de Consumo

BRASIL SUSTENTÁVEL CRESCIMENTO ECONÔMICO E POTENCIAL DE CONSUMOA

O papel utilizado nesta publicação é procedente de florestas gerenciadas de maneira socialmente justa, ambientalmente correta e economicamente viável. Reforçamos assim o nosso comprometimento com o desenvolvimento sustentável do planeta e com o futuro das comunidades nas quais atuamos.

Apresentação 3

Uma visão do percurso até 2030 4

Sob o signo da sustentabilidade 10

Mapa de oportunidades de consumo 20

Índice

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Esta é a segunda de uma série de cinco publicações que analisam os horizontes da economia brasileira para as próximas décadas, com atenção especial para os seus setores mais estratégicos, examinados tanto pela sua importância na geração da renda nacional como pelas oportunidades de negócios que representam ao longo do tempo. A abordagem dos temas leva em conta as potencialidades do Brasil em sua interação com o mercado mundial, delineando cenários até o ano de 2030. Os temas abordados são os seguintes:

Potencialidades do mercado habitacional; Crescimento econômico e potencial de consumo; Desafiosdomercadodeenergia; Perspectivas do Brasil na agroindústria; Horizontes da competitividade industrial.

Neste trabalho, são apresentados os principais resultados do modelo de cenários desenvolvido pela Fundação Getulio Vargas, a fim de permitir uma discussão fundamentada sobre as perspectivas da economia mundial. Trata-se de um conjunto de dados que abrange um universo de cem países, analisados não apenas em seu aspecto econômico, mas também em sua dinâmica demográfica, de qualidade de vida e de recursos humanos e naturais.

Uma visão aprofundada do comportamento dos principais fatores condicionantes do cenário global é requisito para projeções válidas do crescimento brasileiro. Este modelo é uma ferramenta capaz de fornecer informações que vão muito além dos dados gerais da economia, como o crescimento populacional e o do PIB. Com ele, é possível

estimar, por exemplo, a configuração das classes de renda e suas necessidades de consumo ao longo do tempo – informações fundamentais para o planejamento das empresas que atuam ou pretendem atuar no País.

Este trabalho, um esforço conjunto da Ernst & Young e da Fundação Getulio Vargas, procura também qualificar a concepção de desenvolvimento do Brasil para as próximas décadas. Mais importante do que questionar se o País crescerá muito ou pouco, é indagar se crescerá bem, ou seja, explorando ao máximo as suas possibilidades, numa trajetória sustentável de expansão de mercados e de negócios.

Crescer bem significa não só a ruptura com um passado ciclotímico de picos e retrocessos, mas também progressos significativos no desenvolvimento humano e no equacionamento das questões energética e ambiental. A intensidade em que esses avanços se darão envolve obviamente uma imponderabilidade que é própria do futuro e, por esse motivo, são apresentadas análises de fatores que podem favorecer ou retardar o processo.

Por fim, a modelagem estatística desenvolvida para este estudo traz uma feliz constatação. O Brasil já percorre a trilha estreita do crescimento equilibrado, e não é irrealista antever sua participação progressivamente qualificada no contexto global. Mais do que um desejo, é uma conseqüência de conquistas verificadas desde os anos 1990. O otimismo em relação ao País, portanto, transcende os limites da retórica e se apóia em fundamentos sólidos.

Apresentação

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BRASIL SUSTENTÁVEL CRESCIMENTO ECONÔMICO E POTENCIAL DE CONSUMO

Uma visão do percurso até 2030

O que esperar de um cenário

Ao apresentar um cenário mundial para as próximas duas décadas, é necessário dar uma noção clara da perspectiva analítica adotada e da finalidade a que ela se dedica. As previsões econômicas são famosas por suas fragilidades, particularmente num horizonte de tempo sujeito a uma série de fatores imponderáveis, não só no plano estritamente econômico, mas também no comportamental, tecnológico, político, geopolítico.

Há 20 anos, o conceito de internet soava quase como ficção científica – e quem hoje concebe a vida sem ela? Qual empreendedor, naquela época, teria uma nítida percepção das grandes oportunidades de negócio que surgiriam da conjunção de informática e entretenimento? E o que dizer da ampla disseminação da telefonia celular no Brasil? Quem imaginaria?

No final da década de 1980, causou alguma polêmica a idéia de “fim da história”. De acordo com os defensores dessa teoria, a história “acabaria” porque a dinâmica de conflitos entre

atores sociais teria chegado ao fim e, num futuro próximo, não existiriam mais guerras nem grandes disputas. Qual pessimista, numa perspectiva tão cor-de-rosa, arriscaria o prognóstico de que o século 21 começaria sob a nuvem pesada do terrorismo global?

Uma pergunta então se impõe. Para um lapso de tempo em que podem ocorrer tantas transformações, qual a validade de construir um cenário ou – num trabalho de composição de premissas e hipóteses – um conjunto de cenários?

A primeira consideração a ser feita é justamente a de que o cenário nos fornece elementos para pensar o futuro independentemente de fatores que não podemos prever. Assim, partindo de premissas razoáveis, pode-se afirmar com determinado grau de certeza que as coisas serão de tal maneira em tal ano. Essa confiabilidade é conferida pela capacidade explicativa do modelo estatístico adotado e pela validade dos seus pressupostos.

Em outras palavras, com base em séries históricas de variáveis interdependentes e de um conjunto de premissas, pode-se antever

4

Page 5: Crescimento Economico e Potencial de Consumo

ADesenvolvimento sustentável pressupõe, por

definição, o uso racional de recursos, em

detrimento de tecnologias e formas de produção

menos custosas, porém mais poluidoras.

de que maneira se comportarão elementos importantes darealidade “se” nenhuma grande alteração inesperada ocorrer. A modelagem estatística é concebida como uma usina de projeções. Adicionalmente, considera os fatores críticos que interferem nessas projeções e, portanto, traz implícita uma noção de riscos e potencialidades.

Exemplo: a evolução do PIB está condicionada às tendências demográficas, às premissas de comportamento do investimento, ao histórico de desempenho da economia e à perspectiva de evolução da produtividade. Ao mesmo tempo, a expansão da renda sofre a restrição do que a sociedade entende por utilização aceitável dos recursos naturais – não admitir o desmatamento indiscriminado para a expansão da fronteira agrícola ilustra essa idéia. O modelo de cenários simula como a interação desses fatores determinará a evolução dos salários, dos lucros, dos investimentos, do consumo e da distribuição de renda.

Neste trabalho, foram considerados os históricos de indicadores de cem países nos últimos 57 anos. Se o desempenho passado de uma economia não reflete

obrigatoriamente sua performance futura, o registro de seus números descredencia, por exemplo, que se projete um crescimento da renda muito acima ou muito abaixo da média histórica, se não houver uma razão forte para isso. Complementarmente, a observação da história de outros países, de fatos relevantes que marcaram a evolução de suas economias, permite formular premissas que orientam o desenho do cenário futuro para um dado país, ou de um conjunto de países.

Um aspecto fundamental da questão é que o modelo delineia a trajetória que dado país terá num horizonte de tempo mais amplo. Nesse aspecto, menos importante do que acertar na mosca qual será o PIB do país em 2030, é entender por que a economia tomará um rumo e não outro. É justamente pela capacidade de indicar tendências que os cenários se constituem em uma ferramenta valiosa para o planejamento.

A dupla sustentabilidade

A distinção entre crescimento e desenvolvimento é uma

referência consagrada para qualificar a produção econômica de uma sociedade. Há décadas, o desenvolvimento é visto como o crescimento que se reflete em avanços proporcionais na qualidade de vida da população, o que implica um bom nível de distribuição de renda e de oportunidades de ascensão social. Mais recentemente, o uso não-predatório dos recursos naturais passou a integrar o conjunto de fatores que caracterizam o desenvolvimento. Surgiu então o conceito de sustentabilidade.

Trata-se de um termo com dupla leitura. Desenvolvimento sustentável pressupõe, por definição, o uso racional de recursos, em detrimento de tecnologias e formas de produção menos custosas, porém mais poluidoras. Nesse aspecto, restringe as potencialidades de crescimento de um país. A China, por exemplo, não ostentaria os números de produção industrial que possui se tivesse uma política restritiva de emissões de gases. Ao mesmo tempo, o conceito expressa o crescimento que se sustenta no tempo, ou seja, uma trajetória sem percalços, capaz de assegurar certo ritmo de aumento do bem-estar ao longo dos anos,

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BRASIL SUSTENTÁVEL CRESCIMENTO ECONÔMICO E POTENCIAL DE CONSUMO

no contexto de uma sociedade equilibrada e comedida no consumo de recursos naturais.

O cenário de referência pressupõe um mundo em que haverá cada vez mais pressões por políticas sustentáveis, no duplo sentido descrito acima. Para o Brasil, esse contexto de sustentabilidade exige a não-adoção de políticas que podem gerar um crescimento maior, mas que implicam desequilíbrios econômicos e retrocessos no plano ambiental.

Dessa maneira, não é factível imaginar que o País volte a ter os números verificados na época do “milagre econômico”. No início dos anos 1970, os ganhos adicionais de produtividade eram significativamente maiores e, paralelamente, a indústria e a fronteira agrícola se expandiam sem restrição. Hoje, para a economia crescer 7% ao ano, como ocorreu no “milagre”, seria necessário um investimento de 38% do PIB – e o nível atual é de 21%.

Uma vez que a estrutura previdenciária brasileira não prioriza a formação de poupança de longo prazo, um adicional tão expressivo de investimento só seria possível com um aumento sem precedentes das despesas do governo ou com um volume improvável de investimento estrangeiro. Vale observar que a expansão de gastos públicos teria como conseqüência um forte desequilíbrio fiscal, que causaria, além de pressões inflacionárias, grande grau de incerteza na economia.

Um crescimento econômico de 7% ao ano representaria um aumento do consumo de energia elétrica de igual magnitude, mas não haveria capacidade para atender a essa demanda. No mercado de trabalho, a procura por mão-de-obra traria ganhos reais de salários de 6% ao ano, taxa muito superior à elevação da produtividade, ocasionando aumento da inflação. A aceleração acima dos limites teria como resultado desarranjos que comprometeriam a sustentabilidade do crescimento do País por anos, e, no balanço final, haveria muito mais perdas do que ganhos.

O exemplo acima procurou mostrar uma situação extrema. Porém, de forma geral, medidas que ignoram os fundamentos da gestão eficiente e equilibrada da economia têm como conseqüência desvios na rota do desenvolvimento. O cenário de referência aqui adotado pressupõe que o Brasil atingiu determinado nível de maturidade e não terá grandes problemas nesse aspecto.

Sem excessos, PIB crescerá 150%

O cenário de sustentabilidade da economia brasileira mostra a tendência de obtenção de resultados significativos no longo prazo, independentemente de reformas estruturais que potencializem o seu crescimento. O aperfeiçoamento do sistema tributário e a reforma da previdência, por exemplo,

ampliariam a capacidade de geração de renda, mas, mesmo sem esses fatores, o País conta com um alto potencial de evoluir em sua posição em relação ao contexto mundial, tanto pelo seu nível de renda, como pela expansão de seu mercado consumidor.

O desempenho e o aperfeiçoamento dos fundamentos econômicos dos últimos anos mostram que é possível sustentar uma taxa média de crescimento de 4% ao ano entre 2007 e 2030. A trajetória respeitaria uma média de 4,3% ao ano nos próximos dez anos e de 3,8% a partir de 2017. Assim, nesse período, o PIB brasileiro passará de US$ 963 bilhões para US$ 2,4 trilhões, um crescimento superior a 150%.

As condições para esse resultado são factíveis:

taxa média de investimento de 22,7%;

expansão da força de trabalho a 0,95% ao ano, índice equivalente ao padrão mundial, porém superior ao dos países desenvolvidos, de 0,1% ao ano;

aumento da escolaridade da mão-de-obra, que passará de 7,8 anos de instrução formal, em 2007, para 11,3 anos em 2030;

aumento médio da produtividade de 0,93% ao ano – número próximo aos dos países desenvolvidos (1,05% ao ano), mas inferior ao ritmo da China (1,37% ao ano), por exemplo.

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Page 7: Crescimento Economico e Potencial de Consumo

15.585,52

12.755,94

5.265,46

2.818,44

2.507,001.924,66

1.854,33

1.813,34

1.528,25

1.340,84

1.141,27

1.136,22

1.072,47

1.047,66

989,68

974,73

966,16

734,93

729,95

721,12

US$bilhões*

Estados Unidos

China

Índia

Japão

Alemanha

Grã-Bretanha

França

Brasil

Itália

Rússia

México

Espanha

Canadá

Coréia do Sul

Indonésia

Turquia

Austrália

Argentina

Filipinas

Tailândia

10º

11º

12º

13º

14º

15º

16º

17º

18º

19º

20º

2007

9.125,00

3.862,19

2.530,19

2.357,55

1.489,64

1.365,09

1.098,04

1.066,551.019,76

823,28

820,21

723,65

626,76

618,77

602,14

458,89

400,60

373,76

373,15

353,94

Estados Unidos

China

Índia

Japão

Brasil

Grã-Bretanha

México

Alemanha

França

Itália

Indonésia

Rússia

Coréia do Sul

Espanha

Canadá

Turquia

Filipinas

Paquistão

África do Sul

Austrália

10º

11º

12º

13º

14º

15º

16º

17º

18º

19º

20º

US$bilhões*

2030

mas próxima da média dos anos mais recentes;

crescimento de 3,5% ao ano da massa salarial, levando o Brasil, em 2030, à oitava posição entre as economias que mais pagam salários – hoje o País é a décima primeira; crescimento do consumo de 3,8% ao ano, o que levará o Brasil a ter o quinto maior mercado consumidor do mundo.

Um mercado promissor

O cenário de referência da economia brasileira projeta uma ampliação significativa do mercado de consumo no País, conseqüência de avanços importantes nos seguintes indicadores:

aumento da renda per capita de 3,1% ao ano, superior à taxa dos últimos 17 anos (1,3% ao ano),

Os 20 maiores mercados consumidores

Fonte: FGV(*) US$ de 2005 ajustados à Paridade do Poder de Compra.

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O crescimento e a distribuição de renda no período possibilitarão uma gradativa ascensão social das famílias com nível de renda mais baixo. É importante notar que a mobilidade é uma conseqüência da universalização da educação, das novas oportunidades de emprego, do aumento da produtividade da mão-de-obra e da maturação da estrutura etária e familiar.

Page 8: Crescimento Economico e Potencial de Consumo

BRASIL SUSTENTÁVEL CRESCIMENTO ECONÔMICO E POTENCIAL DE CONSUMO

Total 2007 1.410,6Total 2030 3.304,3Variação ao ano 3,8%

(%) ao ano

Mercado consumidor por ramos de produtoR$ bilhões

4,0% 3,6% 2,9% 4,4% 3,4% 3,8% 3,9%

2007

2030

379,2

942,5

296,7

676,0

195,5

378,7

140,2

376,8

116,2

249,1

119,1

283,4

163,7

397,8

Me

Renda total

22,1%

22,8%

18,2%

11,7%

5,0%

1,3%

18,8% 6,5%

15,0%

23,0%

22,7%

17,6%

10,6%

4,7%AAAmais de

R$ 32.000

AAde R$ 16.000 a R$ 32.000

Ade R$ 8.000a R$ 16.000

Bde R$ 4.000a R$ 8.000

Cde R$ 2.000a R$ 4.000

Dde R$ 1.000 a R$ 2.000

Eaté R$ 1.000

to

Famílias

55,3%

24,5%

12,9%

5,2%

1,7%

0,4%

0,0%

30,5%

28,9%

22,9%

11,6%

4,5%

1,4%

0,3%AAAmais de

R$ 32.000

AAde R$ 16.000 a R$ 32.000

Ade R$ 8.000a R$ 16.000

Bde R$ 4.000a R$ 8.000

Cde R$ 2.000a R$ 4.000

Dde R$ 1.000 a R$ 2.000

Eaté R$ 1.000

2007

2030

Habitação Serviços AlimentosSaúde,

educação

Bens de consumo

não-duráveis

Bens de consumoduráveis

Outros produtos e serviços

Distribuição de rendaPor classes de renda e por famílias

Fonte: FGV

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Page 9: Crescimento Economico e Potencial de Consumo

A base da pirâmide de renda terá um grande estreitamento. As famílias com recebimentos mensais até R$ 1.000, que representavam 55,3% da população em 2007, serão 30,5% em 2030 – a grande parte delas irá migrar para a faixa de renda entre R$ 1.000 a R$ 2.000. Mas a faixa que terá o maior crescimento no número de famílias é a imediatamente superior, de R$ 2.000 a R$ 4.000. Em 2007, 12,9% dos lares brasileiros tinham rendimentos nessa faixa e, em 2030, esse percentual saltará para 22,9%.

Haverá também uma proporção maior de famílias nos segmentos mais altos de renda, o que significa um alargamento do topo da pirâmide. Ao longo desse processo, será verificado um incremento importante no volume total de renda das faixas superiores a R$ 4.000 – de 36,2%, em 2007, para 55,6%, em 2030. Esses movimentos se consolidarão ao longo dos próximos 23 anos e terão como efeito uma relativamente rápida sofisticação da demanda das famílias brasileiras.

Oportunidades à vista

O processo de qualificação do mercado consumidor traz consigo um novo leque de oportunidades nos segmentos de negócio. As áreas de educação e saúde, por exemplo, terão uma taxa de crescimento anual de 4,4% até 2030. De maneira geral,

o crescimento da classe média acarretará uma correspondente expansão dos serviços.

Nos próximos 23 anos, haverá também um forte aumento dos gastos com habitação, que envolvem construção, reformas e despesas de condomínio. Esse mercado, que hoje movimenta R$ 379,2 bilhões por ano, chegará a R$ 942,5 bilhões em 2030, principalmente em razão do aumento de demanda das classes média e média alta.

As classes de renda mais baixa, por sua vez, vão sustentar em grande parte o crescimento de 2,9% ao ano do mercado de alimentos. Esse mesmo segmento social também capitaneará o crescimento das vendas debens não-duráveis, que duplicarão até 2030.

O cenário de referência possibilita obter um mapeamento detalhado da demanda de diversos ramos de atividade por classes de renda, como será mostrado mais detalhadamente no Mapa de Oportunidades (página 22). Na próxima parte serão apresentadas as condições gerais de desenvolvimento sustentável, para o mundo e para o Brasil.

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Page 10: Crescimento Economico e Potencial de Consumo

BRASIL SUSTENTÁVEL CRESCIMENTO ECONÔMICO E POTENCIAL DE CONSUMO

Sob o signo da sustentabilidade

não têm hoje alguma espécie de interdependência global, e seria cômodo supor um aprofundamento contínuo das inter-relações em âmbito mundial. Contudo, preferiu-se adotar uma linha de análise que prevê não necessariamente uma expansão acentuada, mas a consolidação em um nível elevado de interdependência. Essa perspectiva é orientada pela constatação de que se trata de um processo sujeito a marchas e contramarchas.

Do ponto de vista estritamente econômico, a globalização nada mais é que um movimento de especialização e de divisão do trabalho além das fronteiras nacionais. Dessa perspectiva, é algo muito positivo, em benefício da produtividade e das vantagens comparativas. A história econômica após a Segunda Guerra Mundial, em particular a partir da década de 1990, mostra que os movimentos dos fluxos de comércio cresceram a uma taxa significativamente superior ao incremento do PIB mundial – 6,3% ao ano contra 2,8% ao ano, respectivamente. Essa diferença é ainda maior se considerados os fluxos de capital, que expandiram

Globalização e incertezas

Para a elaboração do cenário de referência, adotou-se

uma premissa conservadora em relação à globalização, um elemento determinante na análise das relações econômicas, tanto mundial quanto localmente. São raros os mercados que

Fonte: FGV (*) A preços de 2000. IDE: Investimento Direto Estrangeiro, aquisições de participações em empresas superiores a 10% do capital. Portfólio: Investimentos em ações, inferiores a 10% do capital das empresas.

Fluxos mundiais de mercadorias, serviços e capitais

19902005US$ bilhões*

Mercadoriase serviços

Capitais(IDE e portfólio)

Expansão (Variação ao ano) 6,3% 12,7%

3.459,3

8.602,4

683,7

4.102,8

10

Page 11: Crescimento Economico e Potencial de Consumo

A

no contexto de mercados altamente interligados.

Feitas as ressalvas acima, não parece exagero supor que o atual estágio de globalização é relativamente estável e, caso não se aprofunde, deverá no mínimo permanecer como está.

As considerações sobre a economia global são importantes para o cenário de referência porque:

a expansão do comércio e o livre trânsito de recursos são fatores determinantes do crescimento econômico em escala mundial;

a interdependência econômica ocasiona uma permeabilidade de valores, ou seja, o trânsito comercial e de serviços tem implícita uma dimensão cultural que fomenta o consenso do que são procedimentos internacionalmente corretos; a globalização tende a favorecer os países que têm uma parcela significativa de seu vigor econômico condicionada pelo comércio exterior, caso do Brasil e de seus principais parceiros, como os Estados Unidos e a China.

A globalização tende a favorecer os países

que têm uma parcela significativa de seu vigor

econômico condicionada pelo comércio exterior,

caso do Brasil e de seus principais parceiros.

a uma velocidade muito superior (12,7% ao ano). O avanço além-fronteiras dos mercados financeiros aumentou a eficiência alocativa das poupanças mundiais, que se tornaram livres para buscar as melhores oportunidades no mercado – por conseqüência, o livre trânsito de fundos aumentou a produtividade do capital em escala global.

Embora a globalização siga em ritmo forte, há fatores capazes de contê-la e mesmo promover retrocessos. É importante considerar que:

ao mesmo tempo em que premia a eficiência, a globalização provoca uma concentração de renda e afeta profundamente mercados locais, gerando resistências e tensões permanentes. Os impasses nas negociações sobre os acordos mundiais de comércio são um exemplo emblemático disso;

conflitos, mesmo em escala regional, podem comprometer substancialmente importantes fluxos de comércio e de capitais;

não se pode avaliar com segurança os efeitos de uma profunda crise financeira mundial

Page 12: Crescimento Economico e Potencial de Consumo

BRASIL SUSTENTÁVEL CRESCIMENTO ECONÔMICO E POTENCIAL DE CONSUMO

Fontes de progresso e conflito

As dimensões geopolítica e demográfica são essenciais para qualificar o processo de globalização e as perspectivas de crescimento e sustentabilidade. Dentro dos limites desta análise, é importante destacar algumas grandes tendências:

a Ásia e a Oceania, em grande medida alavancadas pelo desempenho econômico chinês, aumentarão expressivamente sua importância mundial, ostentando um crescimento médio da renda de 4,8% ao ano, superior ao verificado na América do Sul (3,5%), nos Estados Unidos (2,7%) e, sobretudo, na Europa (1,7%). A população asiática crescerá menos do que a média mundial;

os Estados Unidos, mesmo com um crescimento do PIB comparativamente menor, continuarão sendo a maior e uma das mais pujantes economias do mundo, com altas taxas de produtividade e de remuneração do capital;

o Oriente Médio preservará sua condição de região estratégica, merecedora de particular atenção em razão de suas reservas de petróleo e do alto potencial de conflitos entre países e grupos religiosos ou étnicos;

a América do Sul ganhará importância relativa em

razão de seu crescimento econômico maior que o da média mundial, em especial o brasileiro, e da valorização de suas reservas energéticas (petróleo, gás, biodiesel e etanol);

a África Subsaariana terá a mais alta taxa de crescimento populacional do planeta (2,1%). Nesse contexto, o crescimento econômico acima da média mundial (3,8% contra 3,5%) não será suficiente para obter avanços superlativos de qualidade de vida;

o crescimento econômico vigoroso de países em desenvolvimento com grande peso populacional – como o Brasil, o México e a Índia – será elemento importante de diminuição dos fluxos migratórios para as áreas mais desenvolvidas;

das cem economias analisadas, o número de países com alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) chegará a 59 em 2030, contra 37 em 2005. A melhora do indicador reflete a elevação da renda per capita, dos níveis educacionais e também da expectativa de vida em nível mundial.

Desenvolvimento qualificado

O crescimento global nos próximos 23 anos está em grande medida condicionado ao desempenho dos Estados

12

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Unidos e dos países em desenvolvimento, sobretudo a China, a Índia e o Brasil. Em razão disso, o PIB mundial deverá sofrer uma expansão mais forte no período 2007-2017, a uma taxa de 3,9% ao ano. No período posterior, sofrerá uma desaceleração pela perda de ímpeto da China, que sairá de uma média de 7,9%, no primeiro período, para 5,5%, entre 2017 e 2030. A Índia sofrerá uma diminuição de ritmo proporcionalmente maior, de 4,4% para 2,6%. Os Estados Unidos, em contrapartida, sofrerão uma aceleração, de 2,5% para 2,8%.

A Europa apresentará taxas de crescimento menores, de 2,1% e 1,4%, respectivamente. Os melhores desempenhos serão de Grã-Bretanha (1,9% e 1,5%) e Espanha (2,2% e 1,5%). A Rússia sofrerá uma forte queda em seu ritmo de desenvolvimento (de 3,2% para 0,7%) em conseqüência da queda progressiva de produtividade e da diminuição significativa de sua força de trabalho, ocasionadas por um processo de redução populacional observado desde os anos 1990.

Os fatores gerais que condicionam o crescimento são os mesmos consagrados pela teoria econômica:

respeito à propriedade e um ambiente de confiança para realizar negócios;

competição nos mercados e integração econômica mundial;

qualidade das instituições ligadas ao funcionamento da economia;

aplicação de políticas econômicas eficientes e estabilizadoras.

Um elemento que se agrega aos princípios gerais mencionados acima é a questão ambiental, que se expressa por uma demanda crescente por sistemas produtivos que contemplem a sustentabilidade, mesmo que isso implique perda de eficiência. Nesse contexto, a utilização de insumos proporcionalmente mais caros – papel reciclado, por exemplo – justifica-se por expressar um posicionamento ambientalmente responsável da companhia que o adota. A despesa adicional, que acarreta uma perda imediata de eficiência ao aumentar os custos, é justificada por uma política mais ampla de relacionamento com clientes e parceiros.

A implantação de tecnologias mais eficientes e sustentáveis, de acordo com o histórico de desenvolvimento capitalista, deve se dar primeiramente nos países desenvolvidos, que dispõem de alto investimento em pesquisa e desenvolvimento e sofrem uma pressão mais intensa por avanços nessa área. Esse processo seguirá com considerável defasagem nos países em desenvolvimento, em especial na China.

No horizonte das próximas duas décadas, é previsível o aumento da pressão por processos ambientalmente

corretos, num mundo que assiste à crescente escassez de água e terras agriculturáveis. Entre os elementos que desenham os projetos de sustentabilidade, o padrão de consumo energético ocupa um papel central, pois condiciona fortemente tanto a intensidade do crescimento econômico como a interação da sociedade com o ambiente.

13

Page 14: Crescimento Economico e Potencial de Consumo

BRASIL SUSTENTÁVEL CRESCIMENTO ECONÔMICO E POTENCIAL DE CONSUMOA

O envelhecimento da população mundial

1950 1970 1990 2010

Fonte: Nações Unidas

20

32

44

56

68

80

26,9

47,9

Expectativa de vidaIdade médiaEm anos

Mapa-múndi doCRESCIMENTO

2,7% 0,6%

Nafta 53.840

4,0% 0,9%

Brasil 20.214

1,7% -0,2%

Europa 34.847

2,4% 1,4%

Oriente Médio e norte da África 8.895

4,8% 0,8%

Ásia e Oceania 17.314

3,8% 2,6%

África Subsaariana 2.984

2,9% 1,7%

América Central e Caribe 5.438

3,5% 1,1%

América do Sul16.764

Estados Unidos 65.208 2,7% 0,5%México 23.295 4,0% 1,0%

País

Argentina 24.601 2,8% 0,9%Chile 23.368 3,5% 0,6%Venezuela 11.510 3,1% 1,4%

País

Japão 42.113 0,8% -0,8%China 32.379 6,5% 0,1%Coréia 44.572 2,7% -0,4%Índia 6.213 3,4% 1,5%Austrália 52.188 2,9% 0,5%

País

Grã-Bretanha 46.968 1,7% 0,1%França 41.844 1,6% 0,0%Portugal 26.353 1,1% -0,3%Espanha 40.542 1,8% -0,1%Alemanha 39.642 1,0% -0,6%Rússia 20.766 1,8% -0,9%

País

PIB per capita em 2030*

Crescimento econômico entre 2007 e 2030 (variação ao ano)

Crescimento da força de trabalho entre 2007 e 2030 (variação ao ano)

3,5% 0,9%

Mundo18.892

2030

Estados Unidos 23.896,02 366,46China 11.994,18 1.461,42Japão 5.662,94 118,48Alemanha 3.627,78 79,56Grã-Bretanha 3.416,00 66,21França 3.209,14 66,71Itália 2.531,08 57,63Brasil 2.398,35 233,56México 2.068,97 128,09Índia 2.004,30 1.507,09Canadá 1.916,46 39,15Espanha 1.813,15 46,89

Coréia do Sul 1.600,74 48,51Austrália 1.497,22 25,31Rússia 1.271,19 124,42Turquia 922,43 92,56Holanda 872,01 17,17

África do Sul 612,83 53,33Indonésia 605,27 280,00Suécia 570,93 10,02Mundo* 82.291,49 7.338,50

As 20 maiores economias em 2030

PIB(bilhões**)

População(milhões de habitantes)

Fonte: FGV

(*) Os valores de “Mundo” referem-se à soma do PIB das cem economias consideradas neste estudo. (**) Em US$ de 2005.

10º

11º

12º

13º

14º

15º

16º

17º

18º

19º

20º

35,1

73,6

Page 15: Crescimento Economico e Potencial de Consumo

A

O envelhecimento da população mundial

1950 1970 1990 2010

Fonte: Nações Unidas

20

32

44

56

68

80

26,9

47,9

Expectativa de vidaIdade médiaEm anos

Mapa-múndi doCRESCIMENTO

2,7% 0,6%

Nafta 53.840

4,0% 0,9%

Brasil 20.214

1,7% -0,2%

Europa 34.847

2,4% 1,4%

Oriente Médio e norte da África 8.895

4,8% 0,8%

Ásia e Oceania 17.314

3,8% 2,6%

África Subsaariana 2.984

2,9% 1,7%

América Central e Caribe 5.438

3,5% 1,1%

América do Sul16.764

Estados Unidos 65.208 2,7% 0,5%México 23.295 4,0% 1,0%

País

Argentina 24.601 2,8% 0,9%Chile 23.368 3,5% 0,6%Venezuela 11.510 3,1% 1,4%

País

Japão 42.113 0,8% -0,8%China 32.379 6,5% 0,1%Coréia 44.572 2,7% -0,4%Índia 6.213 3,4% 1,5%Austrália 52.188 2,9% 0,5%

País

Grã-Bretanha 46.968 1,7% 0,1%França 41.844 1,6% 0,0%Portugal 26.353 1,1% -0,3%Espanha 40.542 1,8% -0,1%Alemanha 39.642 1,0% -0,6%Rússia 20.766 1,8% -0,9%

País

PIB per capita em 2030*

Crescimento econômico entre 2007 e 2030 (variação ao ano)

Crescimento da força de trabalho entre 2007 e 2030 (variação ao ano)

3,5% 0,9%

Mundo18.892

2030

Estados Unidos 23.896,02 366,46China 11.994,18 1.461,42Japão 5.662,94 118,48Alemanha 3.627,78 79,56Grã-Bretanha 3.416,00 66,21França 3.209,14 66,71Itália 2.531,08 57,63Brasil 2.398,35 233,56México 2.068,97 128,09Índia 2.004,30 1.507,09Canadá 1.916,46 39,15Espanha 1.813,15 46,89

Coréia do Sul 1.600,74 48,51Austrália 1.497,22 25,31Rússia 1.271,19 124,42Turquia 922,43 92,56Holanda 872,01 17,17

África do Sul 612,83 53,33Indonésia 605,27 280,00Suécia 570,93 10,02Mundo* 82.291,49 7.338,50

As 20 maiores economias em 2030

PIB(bilhões**)

População(milhões de habitantes)

Fonte: FGV

(*) Os valores de “Mundo” referem-se à soma do PIB das cem economias consideradas neste estudo. (**) Em US$ de 2005.

10º

11º

12º

13º

14º

15º

16º

17º

18º

19º

20º

35,1

73,6

Fonte: FGV (*) US$ de 2005 ajustados à Paridade do Poder de Compra.

Page 16: Crescimento Economico e Potencial de Consumo

BRASIL SUSTENTÁVEL CRESCIMENTO ECONÔMICO E POTENCIAL DE CONSUMO

Um novo mix energético

O cenário de referência pressupõe que a oferta internacional de energia sofrerá transformações substanciais em médio e longo prazos. A elevação dos preços do petróleo viabilizará novas áreas de produção, a extração de combustíveis líquidos de recursos petrolíferos não-convencionais e a implementação de alternativas energéticas. Os países em desenvolvimento aumentarão sua participação no consumo energético global, e a oferta de energia deverá incluir uma parcela importante de biocombustíveis e de energia nuclear.

No entanto é preciso levar em conta um amplo leque de fatores que introduzem incertezas a respeito do comportamento dos mercados energéticos no percurso até 2030. O cenário baseou-se em dois fatores críticos para o mercado de energia: a) a proporção dos fluxos internacionais de energia e b) a introdução competitiva de fontes alternativas. A oferta e a demanda futuras resultam de hipóteses sobre a evolução e a articulação desses fatores.

É preciso considerar que a obtenção de um mix competitivo de fontes energéticas possibilita maior segurança de disponibilidade do insumo e contribui para a sustentabilidade de escolhas. Paralelamente, a ampliação dos fluxos de comércio e a concorrência mundial ensejam a redução dos custos energéticos, uma maior pressão para reduzir a emissão de gases causadores do efeito estufa e a introdução de novas tecnologias para a produção de energia.

Um cenário energético sustentável encontra-se em uma posição de equilíbrio entre um cenário restritivo, mais fechado às trocas internacionais e limitado no acesso à diversidade energética, e um cenário de abertura, com uma posição mais agressiva perante a concorrência internacional, até mesmo aceitando alternativas descoladas do compromisso ambiental.

No cenário de referência, haverá uma reordenação nas proporções das fontes de energia disponíveis na matriz global e na do Brasil, considerando a sustentabilidade das escolhas em termos de

competitividade econômica, disponibilidade física de recursos e impactos ambientais. A evolução da demanda de energia estará relacionada à composição de uma oferta que atenda a critérios de segurança, restrição gradual de emissões e introdução de medidas de eficiência energética.

A projeção do player Brasil

As projeções para a economia mundial mostram um significativo aumento de importância do Brasil, fruto de uma trajetória

Fonte: FGV(*) Ordenados pelo PIB em 2030. (**) Os valores de “Mundo” referem-se à soma do PIB das cem economias consideradas neste estudo. (***) US$ bilhões de 2005.

O retorno do capital das 20 maiores economias em 2030

Estados UnidosChinaJapãoAlemanhaGrã-BretanhaFrançaItáliaBrasilMéxicoÍndiaCanadáEspanhaCoréia do SulAustráliaRússiaTurquia

HolandaÁfrica do SulIndonésiaSuéciaMundo**

49.873,539.159,520.224,010.871,4

6.839,97.545,66.943,9

6.280,65.357,26.215,04.466,15.404,06.482,44.499,55.432,32.557,02.194,21.522,01.956,01.221,6

221.834,46

28,1%19,9%

16,0%19,1%

29,1%24,4%

20,7%24,2%23,6%22,5%24,7%

19,2%14,1%

18,6%14,3%

22,2%22,5%24,8%

20,9%26,4%

22,2%

10º

11º

12º

13º

14º

15º

16º

17º

18º

19º

20º

Estoque de capital***País*

Retorno do capital

16

Page 17: Crescimento Economico e Potencial de Consumo

de crescimento constante e da estabilidade. O País terá um crescimento de 4% ao ano entre 2007 e 2030, levando-o a saltar da décima para a oitava posição entre as maiores economias do mundo.

Na evolução dos países emergentes, é importante pontuar que a China se tornará a segunda maior economia já em 2017 e que, nas próximas duas décadas, o México e a Índia ultrapassarão a Espanha e o Canadá, situando-se logo abaixo do Brasil.

O crescimento da renda per capita brasileira, de 3% ao ano entre 2007 e 2030, será bem acima da média mundial de 1,7%, o que levará esse indicador a dobrar em 23 anos. O volume da massa de salários chegará a US$ 880,3 bilhões em 2030, em razão de seu crescimento à taxa de 3,5% ao ano, tornando-se o oitavo maior do mundo. Crescimento semelhante ao da massa de salários brasileira será verificado no México – tal ritmo deve ser superado somente pelo ímpeto sem compromisso com a sustentabilidade da economia chinesa.

As vantagens do Brasil, do México e da China estão diretamente relacionadas ao nível de produtividade dessas economias. Elas fazem parte do pequeno grupo de países que acompanhará a evolução de produtividade dos desenvolvidos. Nesse aspecto, é relevante o aumento da escolaridade da mão-de-obra brasileira, que, em 2030, chegará ao patamar de instrução atual dos trabalhadores de países desenvolvidos, superando os 11 anos completos de estudo. Trata-se

de um indicador semelhante ao da Coréia do Sul atual, porém inferior ao norte-americano, que é hoje de 12,5 anos. Os níveis educacionais tendem a convergir mundialmente, mas, mesmo considerando esse aspecto, a evolução do Brasil denota um grande progresso.

As mudanças de perfil socioeconômico ocorrerão num contexto de queda do investimento médio mundial, decorrente em grande medida do envelhecimento da população – fator que leva a uma queda do nível geral de poupança em razão dos gastos crescentes de previdência e de assistência médica. Isso ocorrerá de maneira mais pronunciada nos países da Europa e do Nafta, o que mudará significativamente a distribuição do estoque de capital instalado no mundo, com aumento da participação dos países em desenvolvimento.

Hoje, os países da União Européia e os Estados Unidos detêm 60% de todo o capital instalado no globo, entendido como máquinas, equipamentos e edificações em geral, inclusive residenciais. Esse percentual irá se reduzir a 49% em 2030, em razão de um ritmo mais forte de acumulação dos países em desenvolvimento. O Brasil, por exemplo, detém hoje 2% dos estoques de ativos reais do mundo, mas até 2030 essa participação chegará a aproximadamente 3%.

Um dado promissor para o País é que o retorno dos investimentos de capital se manterá mais elevado em comparação com os demais emergentes. O alto nível de investimentos na China e na Índia estreitará o horizonte de oportunidades de negócios nesses países até 2030, enquanto o Brasil e o México oferecerão melhores possibilidades de retorno.

Fonte: FGV

A evolução da escolaridade no Brasil

Anos de instrução formal

População economicamente ativa

População total

2005 2010 2015 2020 2025 2030

4,6

5,15,6

6,26,8

7,5

8,2

8,9

9,6

10,4

11,3

7,5

17

Page 18: Crescimento Economico e Potencial de Consumo

BRASIL SUSTENTÁVEL CRESCIMENTO ECONÔMICO E POTENCIAL DE CONSUMO

Premissas para um país melhor

As conquistas de política econômica desde os anos 1990 possibilitaram a criação de fundamentos que dão sustentação a um crescimento relativamente elevado para os próximos 23 anos. Porém, há um potencial de crescimento econômico bem maior, cuja realização está condicionada à adoção de algumas políticas específicas – e factíveis – nos próximos anos. Elas teriam forte influência sobre o investimento, a produtividade e o conseqüente crescimento econômico. Em linhas gerais, os fatores que podem melhorar o desempenho brasileiro são:

Trabalho e previdência: dois aspectos merecem atenção. Primeiro, a desoneração da folha de pagamentos das empresas, que, além de reduzir o custo trabalhista, com reflexos sobre a produtividade, teria impacto direto na redução da informalidade. Segundo, o tratamento adequado das questões previdenciárias. Hoje, o Brasil gasta aproximadamente 13% do PIB em aposentadorias e pensões, carga equivalente à de países como a França e a Áustria. O crescimento dos gastos previdenciários nos próximos anos restringirá a formação de poupança e, portanto, o investimento.

Carga e reforma tributária: de maneira geral, não se trata de reduzir a arrecadação tributária em termos absolutos, tendo em

vista que, para voltar a investir em infra-estrutura e ampliar a educação, os governos necessitarão de recursos. Trata- se de aumentá-la a um ritmo mais lento, abaixo do crescimento do produto, de tal sorte que a carga tributária regrida de forma gradativa, ao contrário do que vem ocorrendo. Nesse contexto, uma estrutura mais simplificada de impostos tornaria o ambiente mais propício para os negócios, o que é fator determinante para os investimentos.

Infra-estrutura: a recuperação do investimento no País passa pelo avanço da regulação no setor e pela retomada dos investimentos públicos. O instrumento das Parcerias Público-Privadas (PPPs) abriu uma porta para a entrada de recursos no setor. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) aponta para a disponibilidade de um volume maior de recursos para as áreas de infra-estrutura até 2010. Contudo, vários aspectos da regulação – como o ambiental – e a dificuldade de mobilização dos recursos públicos retardam os investimentos.

Habitação: o investimento em moradias ainda representa uma parcela pequena do PIB comparativamente ao de outros países, apesar dos avanços recentes no setor. O Brasil se ressente da falta de uma política habitacional, sobretudo para a população de baixa renda. A retomada mais vigorosa do crédito imobiliário, por sua vez, depende da redução gradativa

das taxas de juros, de aprimoramentos nos mecanismos de financiamento e da redução dos riscos de crédito.

Desburocratização e simplificação: uma Justiça mais ágil e a diminuição da malha burocrática nos três níveis de governo operariam, de forma geral, a favor do crescimento econômico, ao estabelecer um contexto mais favorável e seguro para os negócios.

Educação: alcançada a universalização no ensino fundamental, o País tem condições de avançar de forma gradativa na busca do atendimento de metas mais ousadas para o ensino médio e para a qualidade da educação em geral. Isso elevaria o nível de eficiência da economia brasileira e ampliaria a mobilidade social.

Tecnologia: outro fator que restringe o crescimento brasileiro é a baixa produtividade, que está diretamente associada à política tecnológica. Os gastos em P&D ainda são incipientes no Brasil, e o aumento do orçamento público para pesquisa básica e aplicada seria um caminho natural. Uma estratégia complementar consiste na adoção de incentivos à internalização de tecnologias por meio do investimento estrangeiro.

Avanços nas áreas listadas acima possibilitariam um horizonte mais promissor de crescimento sustentado para o País nos próximos 23 anos. Estima-se que um conjunto realista de mudanças

18

Page 19: Crescimento Economico e Potencial de Consumo

aumentaria consideravelmente o investimento nas áreas de energia, transportes, saneamento e habitação, com reflexos em toda a economia. A taxa média de investimento alcançaria 24% do PIB no percurso até 2030, 1,3 ponto percentual acima da taxa considerada no cenário de referência e 3 pontos percentuais superior à taxa de investimento de 2007.

Além disso, um avanço mais acentuado na educação, elevando

O Brasil em dois cenários

a projeção de escolaridade média da força de trabalho de 11,3 para 12,5 anos em 2030, teria efeitos diretos sobre a eficiência da economia brasileira, diminuindo a distância que hoje existe em relação à fronteira tecnológica mundial.

A expansão mais acentuada do investimento e da produtividade eleva as projeções de crescimento. A taxa média de expansão do PIB, entre 2007 e 2030, passaria de 4,0% para 4,6%, com efeitos

significativos sobre a evolução da renda per capita, cujo crescimento seria de 3,8% ao ano, valor superior aos projetados para as economias sul-coreana e chilena. Nesse cenário, o Brasil ultrapassaria o Uruguai em termos de desenvolvimento humano, aproximando-se dos patamares que serão alcançados por Chile, Argentina e México. A taxa de crescimento do consumo se elevaria para 4% ao ano, levando o Brasil a se aproximar mais rapidamente do Japão, o quarto maior mercado consumidor em 2030.

Fonte: FGV(*) Valores a preço de 2005.

2007 a 2030 Cenário de referência

Cenário com avanços

Cenário de referência

Cenário com avanços

Indicadores 1990-2007

2007

2030

Investimento (%) PIB 19,0% 22,7% 24,0%

Aumento da produtividade 0,1% 0,9% 1,1%

Crescimento econômico (%) ao ano 2,8% 4,0% 4,6%

Expansão do mercado consumidor (%) ao ano 2,5% 3,8% 4,0%

Indicadores

PIB em US$ bilhões* 962,9 2.398,4 2.718,2

PIB per capita em US$* 5.092 10.269 11.638

19

Page 20: Crescimento Economico e Potencial de Consumo

BRASIL SUSTENTÁVEL CRESCIMENTO ECONÔMICO E POTENCIAL DE CONSUMO

2007

R$ bilhões* %

2030

R$ bilhões* %

1,9%

3,3%

4,4%

5,2%

6,7%

8,9%

3,8%

200,4

286,7

326,6

281,3

192,5

101,1

21,9

1.410,5

14,2%

20,3%

23,2%

19,9%

13,6%

7,2%

1,6%

100,0%

até R$ 1.000

de R$ 1.000 a R$ 2.000

de R$ 2.000 a R$ 4.000

de R$ 4.000 a R$ 8.000

de R$ 8.000 a R$ 16.000

de R$ 16.000 a R$ 32.000

mais de R$ 32.000

Total

Classes de renda familiar

193,1

440,0

693,4

749,7

620,9

451,9

155,2

3.304,2

5,8%

13,3%

21,0%

22,7%

18,8%

13,7%

4,7%

100,0%

% ao ano

-0,2%

Mapa de oportunidades de consumo

O cenário de referência, como foi mostrado ao longo deste trabalho, fica no meio-termo entre o otimismo e o pessimismo e procura a cada passo aceitar como válida a proposição mais provável, escolhida em grande medida pelo histórico de cada variável. Esse modelo indica uma mudança profunda do perfil da sociedade brasileira, que verá o estreitamento de sua pirâmide social, com o crescimento das classes de renda intermediária.

Isso significa que as empresas que atuam ou pretendem atuar no mercado brasileiro têm de se amoldar a um horizonte de negócios em transformação. Esse dinamismo se expressa em uma taxa de crescimento médio do mercado consumidor de 3,8% até 2030.

Em valores absolutos, esse mercado saltará de um total de vendas de R$ 1,41 trilhão em 2007 para R$ 3,30 trilhões em 2030 – ou seja, mais que dobrará no período.

Em razão do crescimento econômico e da mobilidade social, as taxas de crescimento do consumo são maiores nas classes de maior poder aquisitivo, justamente as com maior expansão nos próximos 23 anos. A participação das despesas de consumo das famílias com mais de R$ 8 mil de renda mensal no total do consumo passará de 22,4%, em 2007, para 37,2% em 2030. A participação das famílias com renda mensal até R$ 2 mil no volume total diminuirá 15 pontos percentuais nos próximos anos em virtude da migração para as classes de renda mais elevada.

O consumo por classes de renda

Fonte: FGV(*) A preços de 2007.

A maturação do mercado consumidor brasileiro ocasionará mudanças significativas no perfil do consumo. Cairá a parcela da despesa familiar com bens de consumo não-duráveis, como alimentos, fumo e bebidas, combustíveis e transportes em geral. Em contrapartida, crescem de forma expressiva as despesas com habitação, saúde e educação.

Tomando como referência as famílias com renda entre R$ 4 mil e R$ 8 mil, nota-se que a evolução da renda total dessa classe terá efeitos maiores no consumo de produtos do segmento de higiene pessoal e limpeza e de serviços de saúde, do que na demanda por mercadorias dos ramos de vestuário e bebidas.

A visualização das mudanças do perfil de consumo fica mais

20

Page 21: Crescimento Economico e Potencial de Consumo

A

O consumo por ramo de produto

fácil com a comparação da configuração atual em contraste com as projeções para 2030, conforme “Mapa de Oportunidades”(página 22). As diferenças nos dois períodos do consumo, em cada linha de produto e classe social, mapeiam as possibilidades de novos negócios na economia brasileira. Em linhas gerais, é importante destacar os seguintes pontos:

uma nova parcela do mercado consumidor, no montante de R$ 1,893 trilhão, surgirá até

2030. Esse valor se somará ao R$ 1,41 trilhão atual; as classes de renda familiar entre R$ 4 mil e R$ 16 mil serão responsáveis por 47,5% desse adicional, ou R$ 896,8 bilhões a mais de consumo;

26,7% do acréscimo de consumo virá com o aumento das despesas com habitação e 12,4%, com serviços de utilidade pública;

o aumento da renda e a mobilidade social no país redefinirão o mercado de alimentos, com altas contribuições de comida industrializada e de alimentação fora de casa;

será muito pequena a participação do mercado de alimentos in natura no crescimento do mercado consumidor;

os mercados de veículos e combustíveis contribuirão com 6,1% do incremento de consumo, participação menor do que a verificada nos últimos dez anos, de 8,5%.

As alterações no perfil da sociedade brasileira

serão profundas. O País verá o estreitamento

da pirâmide social, com o crescimento das

classes de renda intermediária.

Alimentos in naturaAlimentos beneficiadosBebidasFumoVestuárioMateriais de construçãoEnergia, gás, saneamento e lixoCombustíveisHabitaçãoUtilidades domésticasVeículosHigiene pessoal e limpezaSaúdeEducação e culturaAlojamento e alimentaçãoComunicaçõesTransportesServiços financeirosServiços geraisServiços associativos e domésticosTotal

50,5269,9

30,328,0

138,0113,4397,8

63,5829,2143,1140,3

47,6221,3155,5180,1

6,5186,0131,3

24,8147,1

3.304,2

1,5%8,2%0,9%0,8%4,2%3,4%

12,0%1,9%

25,2%4,3%4,2%1,4%6,7%4,7%5,5%0,2%5,6%4,0%0,8%4,5%

100,0%

28,5134,4

16,815,869,955,9

163,830,2

323,461,357,716,081,758,580,1

3,290,548,8

9,864,2

1.410,5

2,0%9,5%1,2%1,1%5,0%4,0%

11,7%2,1%

22,9%4,3%4,1%1,1%5,8%4,1%5,7%0,2%6,4%3,5%0,7%4,6%

100,0%

2007

R$ bilhões* %

2030

R$ bilhões* %Ramos de produtos % ao ano2,5%

3,1%2,6%

2,5%3,0%3,1%

3,9%3,3%

4,2%3,8%3,9%

4,8%4,4%

4,3%3,6%

3,1%3,2%

4,4%4,1%

3,7%3,8%

Fonte: FGV(*) A preços de 2007.

Page 22: Crescimento Economico e Potencial de Consumo

BRASIL SUSTENTÁVEL CRESCIMENTO ECONÔMICO E POTENCIAL DE CONSUMOA

a expansão do mercado até 2030

Classes de renda familiar

Mapa de oportunidades:

-0,27

-1,29

-0,13

-0,13

-0,37

-0,26

-0,75

-0,33

-1,63

-0,41

-0,22

-0,16

-0,45

-0,09

-0,30

-0,03

-0,29

-0,12

-0,04

-0,05

-7,32

-1,2%

-1,0%

-0,9%

-1,0%

-0,5%

-0,4%

-0,3%

-1,0%

-0,3%

-0,5%

-0,3%

-0,5%

-0,3%

-0,1%

-0,3%

-0,9%

-0,3%

-0,1%

-0,3%

-0,1%

-0,4%

Até R$ 1.000

4,06

20,09

2,16

2,45

8,44

6,18

17,98

4,92

33,27

8,03

4,17

3,05

9,57

3,29

7,80

0,51

9,36

3,10

1,13

3,71

153,27

18,5%

14,8%

16,0%

20,1%

12,4%

10,8%

7,7%

14,8%

6,6%

9,8%

5,1%

9,7%

6,9%

3,4%

7,8%

15,4%

9,8%

3,8%

7,6%

4,5%

8,1%

de R$ 1.000 a R$ 2.000

6,86

37,21

3,97

3,78

18,58

14,72

35,56

9,04

81,65

18,95

15,48

7,17

26,14

15,32

20,11

0,99

23,63

11,71

2,80

13,14

366,81

31,2%

27,5%

29,3%

31,0%

27,3%

25,6%

15,2%

27,1%

16,1%

23,2%

18,7%

22,7%

18,7%

15,8%

20,1%

29,9%

24,7%

14,2%

18,7%

15,8%

19,4%

de R$ 2.000 a R$ 4.000

5,64

34,36

3,51

3,39

18,58

15,18

47,92

8,41

105,20

21,49

24,54

8,43

36,00

30,83

26,98

0,76

28,49

19,88

3,93

24,88

468,40

25,7%

25,4%

25,9%

27,8%

27,3%

26,4%

20,5%

25,3%

20,8%

26,3%

29,7%

26,7%

25,8%

31,8%

27,0%

23,1%

29,8%

24,1%

26,2%

30,0%

24,7%

de R$ 4.000 a R$ 8.000

3,63

25,11

2,42

1,90

13,31

14,57

44,96

6,15

121,51

15,80

20,61

6,70

31,06

24,96

24,44

0,45

22,18

23,60

3,36

21,70

428,42

16,5%

18,5%

17,9%

15,6%

19,6%

25,4%

19,2%

18,5%

24,0%

19,3%

24,9%

21,2%

22,2%

25,7%

24,4%

13,8%

23,2%

28,6%

22,4%

26,1%

22,6%

de R$ 8.000 a R$ 16.000

1,91

16,27

1,31

0,75

7,84

6,50

56,91

4,08

110,06

12,42

13,93

4,62

32,02

17,04

16,81

0,58

9,67

18,82

2,84

16,40

350,78

8,7%

12,0%

9,6%

6,2%

11,5%

11,3%

24,3%

12,2%

21,8%

15,2%

16,9%

14,6%

22,9%

17,6%

16,8%

17,7%

10,1%

22,8%

18,9%

19,7%

18,5%

de R$ 16.000 a R$ 32.000

0,15

3,76

0,31

0,04

1,68

0,58

31,41

1,04

55,73

5,45

4,08

1,78

5,30

5,61

4,14

0,03

2,44

5,56

0,98

3,27

133,34

0,7%

2,8%

2,3%

0,3%

2,5%

1,0%

13,4%

3,1%

11,0%

6,7%

4,9%

5,6%

3,8%

5,8%

4,1%

1,0%

2,6%

6,7%

6,5%

3,9%

7,0%

mais de R$ 32.000

22,0

135,5

13,6

12,2

68,1

57,5

234,0

33,3

505,8

81,7

82,6

31,6

139,6

97,0

100,0

3,3

95,5

82,5

15,0

83,1

1.893,9

1,2%

7,2%

0,7%

0,6%

3,6%

3,0%

12,4%

1,8%

26,7%

4,3%

4,4%

1,7%

7,4%

5,1%

5,3%

0,2%

5,0%

4,4%

0,8%

4,4%

100,0%

Total

Será muito pequena a participação do mercado de alimentos in natura no crescimento do mercado consumidor

26,7% do acréscimo de consumo virá com o aumento das despesas com habitação e 12,4%, com serviços de utilidade pública

Alimentos in natura

Alimentos beneficiados

Bebidas

Fumo

Vestuário

Materiais de construção

Energia, gás, saneamento e lixo

Combustíveis

Habitação

Utilidades domésticas

Veículos

Higiene pessoal e limpeza

Saúde

Educação e cultura

Alojamento e alimentação

Comunicações

Transportes

Serviços financeiros

Serviços gerais

Serviços associativos e domésticos

Total

Ramos de produtos

O aumento da renda e a mobilidade social no país redefinirão o mercado de alimentos, com altas contribuições de comida industrializada e de alimentação fora de casa

Os mercados de veículos e combustíveis contribuirão juntos com

6,1% do incremento de consumo, participação menor do que a verificada nos últimos dez anos, de 8,5%

Uma nova parcela do mercado consumidor, no montante de

R$ 1,893 trilhão, surgirá até 2030. Esse valor se somará ao R$ 1,41 trilhão atual

As classes de renda familiar entre R$ 4 mil e R$ 16 mil serão responsáveis por 47,5% desse adicional, ou R$ 896,8 bilhões a mais de consumo

R$*

Contribuição**

$

%

$ % $ % $ % $ % $ % $ % $ %$ % ***

Fonte: FGV. (*) Em R$ milhões a preços de 2007. (**) Contribuição para o crescimento de cada ramo de produto. (***) Contribuição de cada ramo de produto para o crescimento do consumo total.

Page 23: Crescimento Economico e Potencial de Consumo

a expansão do mercado até 2030

Classes de renda familiar

Mapa de oportunidades:

-0,27

-1,29

-0,13

-0,13

-0,37

-0,26

-0,75

-0,33

-1,63

-0,41

-0,22

-0,16

-0,45

-0,09

-0,30

-0,03

-0,29

-0,12

-0,04

-0,05

-7,32

-1,2%

-1,0%

-0,9%

-1,0%

-0,5%

-0,4%

-0,3%

-1,0%

-0,3%

-0,5%

-0,3%

-0,5%

-0,3%

-0,1%

-0,3%

-0,9%

-0,3%

-0,1%

-0,3%

-0,1%

-0,4%

Até R$ 1.000

4,06

20,09

2,16

2,45

8,44

6,18

17,98

4,92

33,27

8,03

4,17

3,05

9,57

3,29

7,80

0,51

9,36

3,10

1,13

3,71

153,27

18,5%

14,8%

16,0%

20,1%

12,4%

10,8%

7,7%

14,8%

6,6%

9,8%

5,1%

9,7%

6,9%

3,4%

7,8%

15,4%

9,8%

3,8%

7,6%

4,5%

8,1%

de R$ 1.000 a R$ 2.000

6,86

37,21

3,97

3,78

18,58

14,72

35,56

9,04

81,65

18,95

15,48

7,17

26,14

15,32

20,11

0,99

23,63

11,71

2,80

13,14

366,81

31,2%

27,5%

29,3%

31,0%

27,3%

25,6%

15,2%

27,1%

16,1%

23,2%

18,7%

22,7%

18,7%

15,8%

20,1%

29,9%

24,7%

14,2%

18,7%

15,8%

19,4%

de R$ 2.000 a R$ 4.000

5,64

34,36

3,51

3,39

18,58

15,18

47,92

8,41

105,20

21,49

24,54

8,43

36,00

30,83

26,98

0,76

28,49

19,88

3,93

24,88

468,40

25,7%

25,4%

25,9%

27,8%

27,3%

26,4%

20,5%

25,3%

20,8%

26,3%

29,7%

26,7%

25,8%

31,8%

27,0%

23,1%

29,8%

24,1%

26,2%

30,0%

24,7%

de R$ 4.000 a R$ 8.000

3,63

25,11

2,42

1,90

13,31

14,57

44,96

6,15

121,51

15,80

20,61

6,70

31,06

24,96

24,44

0,45

22,18

23,60

3,36

21,70

428,42

16,5%

18,5%

17,9%

15,6%

19,6%

25,4%

19,2%

18,5%

24,0%

19,3%

24,9%

21,2%

22,2%

25,7%

24,4%

13,8%

23,2%

28,6%

22,4%

26,1%

22,6%

de R$ 8.000 a R$ 16.000

1,91

16,27

1,31

0,75

7,84

6,50

56,91

4,08

110,06

12,42

13,93

4,62

32,02

17,04

16,81

0,58

9,67

18,82

2,84

16,40

350,78

8,7%

12,0%

9,6%

6,2%

11,5%

11,3%

24,3%

12,2%

21,8%

15,2%

16,9%

14,6%

22,9%

17,6%

16,8%

17,7%

10,1%

22,8%

18,9%

19,7%

18,5%

de R$ 16.000 a R$ 32.000

0,15

3,76

0,31

0,04

1,68

0,58

31,41

1,04

55,73

5,45

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1,78

5,30

5,61

4,14

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133,34

0,7%

2,8%

2,3%

0,3%

2,5%

1,0%

13,4%

3,1%

11,0%

6,7%

4,9%

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4,1%

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2,6%

6,7%

6,5%

3,9%

7,0%

mais de R$ 32.000

22,0

135,5

13,6

12,2

68,1

57,5

234,0

33,3

505,8

81,7

82,6

31,6

139,6

97,0

100,0

3,3

95,5

82,5

15,0

83,1

1.893,9

1,2%

7,2%

0,7%

0,6%

3,6%

3,0%

12,4%

1,8%

26,7%

4,3%

4,4%

1,7%

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5,1%

5,3%

0,2%

5,0%

4,4%

0,8%

4,4%

100,0%

Total

Será muito pequena a participação do mercado de alimentos in natura no crescimento do mercado consumidor

26,7% do acréscimo de consumo virá com o aumento das despesas com habitação e 12,4%, com serviços de utilidade pública

Alimentos in natura

Alimentos beneficiados

Bebidas

Fumo

Vestuário

Materiais de construção

Energia, gás, saneamento e lixo

Combustíveis

Habitação

Utilidades domésticas

Veículos

Higiene pessoal e limpeza

Saúde

Educação e cultura

Alojamento e alimentação

Comunicações

Transportes

Serviços financeiros

Serviços gerais

Serviços associativos e domésticos

Total

Ramos de produtos

O aumento da renda e a mobilidade social no país redefinirão o mercado de alimentos, com altas contribuições de comida industrializada e de alimentação fora de casa

Os mercados de veículos e combustíveis contribuirão juntos com

6,1% do incremento de consumo, participação menor do que a verificada nos últimos dez anos, de 8,5%

Uma nova parcela do mercado consumidor, no montante de

R$ 1,893 trilhão, surgirá até 2030. Esse valor se somará ao R$ 1,41 trilhão atual

As classes de renda familiar entre R$ 4 mil e R$ 16 mil serão responsáveis por 47,5% desse adicional, ou R$ 896,8 bilhões a mais de consumo

R$*

Contribuição**

$

%

$ % $ % $ % $ % $ % $ % $ %$ % ***

23

Page 24: Crescimento Economico e Potencial de Consumo

BRASIL SUSTENTÁVEL CRESCIMENTO ECONÔMICO E POTENCIAL DE CONSUMO

A evolução da distribuição de renda e a dinâmica demográfica nos próximos 23 anos também trarão mudanças na composição regional do mercado consumidor. As despesas com consumo nas

regiões Sul e Sudeste, que hoje representam respectivamente 16,4% e 53,3% do consumo nacional, crescerão a taxas menores que a média nacional. Como conseqüência, haverá um aumento da participação

O consumo por região

2007

R$ bilhões* %

2030

R$ bilhões* %

4,3%

4,0%

3,7%

3,5%

3,8%

3,8%

81,7

231,5

751,5

231,7

114,3

1.410,7

5,8%

16,4%

53,3 %

16,4%

8,1%

100,0%

Norte

Nordeste

Sudeste

Sul

Centro-Oeste

Brasil

Regiões

216,0

576,8

1.733,8

507,4

270,3

3.304,3

6,5%

17,5%

52,5%

15,4%

8,2%

100,0%

% ao ano

Fonte: FGV(*) A preços de 2007.

das demais regiões. Pode-se dizer que o esperado crescimento da renda e do consumo nas regiões menos desenvolvidas em âmbito global até 2030 também deve se reproduzir no plano nacional.

24

Page 25: Crescimento Economico e Potencial de Consumo

A Ernst & Youngque você conhece…

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A Ernst & Young é líder global em auditoria, impostos, transações corporativas e assessoria em gestão de riscos. Nos 140 países em que atuamos fazemos a diferença ajudando colaboradores, clientes e as comunidades com as quais interagimos a atingir todo o seu potencial. Também fazemos a diferença auxiliando empresas em seus ciclos de crescimento, por meio de assessoria em processos para IPO e negócios com fundos gestores de private equity e venture capital.

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Auditoria interna• Nossos serviços de auditoria interna auxiliam as organizações a avaliar a eficiência de sua gestão e a zelar pela confiabilidade das informações prestadas a gestores, acionistas e ao mercado. Com uma visão mais objetiva, os serviços de auditoria interna da Ernst & Young contribuem para a formação de um ambiente de gestão e controles mais confiável e transparente.

Riscos em segurança da informação • O uso da tecnologia traz oportunidades, mas também altos riscos. Oferecemos assistência na avaliação e implantação de processos de governança, gestão de riscos em TI e segurança da informação.

Riscos em marketing e publicidade• A Ernst & Young identifica e avalia oportunidades de melhoria em todas as etapas relacionadas ao processo de marketing e publicidade de um anunciante ou de uma agência de publicidade, bem como gerencia os riscos inerentes a esses processos.

Prevenção e investigação de fraudes• Identificamos desde fraudes contábeis e desvio de ativos até operações mais complexas, como superfaturamento, corrupção e conduta imprópria. Atuamos ainda nas áreas de computação forense e serviços de disputa.

Riscos atuariais• A retenção de talentos é fator crítico para o sucesso de uma empresa. A Ernst & Young oferece serviços de assessoria para modelagem, avaliação e implantação de programas de benefícios, como planos de aposentadoria, saúde e incentivos salariais.

Riscos financeiros• Atuamos na identificação, monitoramento e mensuração de riscos de mercado, de crédito e riscos operacionais; na gestão de ativos e passivos e em capital econômico. Temos capacitação técnica e amplo conhecimento dos mais variados setores industriais.

Governança corporativa• Auxiliamos as organizações na adaptação e no desenvolvimento de modelos de governança para o atendimento dos rigorosos padrões de gestão de controles internos exigidos pelo atual mercado globalizado.

Riscos em contratos • As relações contratuais são um importante foco de riscos. Oferecemos assessoria na avaliação de contratos para confirmar a realização de serviços contratados e os resultados apresentados, além de identificar oportunidades de recuperação de receitas e gastos.

Auditoria e assessoria em sustentabilidade• As questões ambientais ganham cada vez mais importância no mundo corporativo. Nesse sentido, fazemos auditoria de relatórios não-financeiros, prestamos assessoria em sustentabilidade, em negociações de créditos de carbono e em gestão de riscos para meio ambiente e saúde.

Gestão de riscosNo cenário globalizado, as empresas que conseguem administrar seus riscos e adaptar-se com rapidez às necessidades do mercado são capazes de gerar valor para os acionistas, sustentar seu crescimento, melhorar sua imagem e ampliar a vantagem sobre a concorrência. A Ernst & Young auxilia seus clientes a identificar, avaliar, monitorar e mitigar diferentes tipos de riscos.

Transações corporativas são operações geralmente complexas que podem proporcionar ganhos elevados ou grandes prejuízos. O segredo do sucesso está em saber alinhar a estratégia do negócio às necessidades da organização. Para crescerem de forma sustentada, as empresas que atuam no cenário global concentram cada vez mais sua estratégia na realização de transações corporativas, como fusões, aquisições e joint-ventures.

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Markets

Para auxiliar na administração dos aspectos tributários de sua empresa, a Ernst & Young conta com profissionais preparados para identificar oportunidades e implementar estratégias em âmbitos nacional e internacional com o objetivo de otimizar o impacto dos impostos sobre os negócios. Temos resposta tanto para consultas do dia-a-dia sobre impostos diretos, indiretos e contribuições como para questões complexas que envolvam investimentos nacionais e estrangeiros.

A área de Strategic GrowthMarkets conta com uma equipe multidisciplinar para auxiliar empresas com altas taxas de crescimento ou grande potencial de se tornarem líderes de mercado.Oferecemos a essas empresas assessoria em negócios com fundos gestores de private equities e venture capital. Com o conhecimento gerado pelo nosso Centro de Inteligência em IPO, também oferecemos a empresas em processo de abertura de capital assessoria em todas as etapas, da avaliação do negócio à comunicação com o mercado e à assessoria no pós-IPO.

Gestão de processos• Auxiliamos as empresas no aprimoramento de processos de forma alinhada aos seus desafios estratégicos. Atuamos ainda em gestão de projetos e assessoria em processos de inovação, mudança e gestão do conhecimento.

AuditoriaOs investimentos que fazemos em tecnologia, conhecimento e capacitação de nossos profissionais são importantes diferenciais. Certificamos demonstrações financeiras e acompanhamos a elaboração de relatórios de controles internos, contribuindo assim para o aumento da transparência nas operações de empresas no mundo todo. Os profissionais de Auditoria da Ernst & Young também estão preparados para auxiliar no cumprimento de novas exigências regulatórias, como a aplicação da Lei 11.638 e a adoção das normas internacionais de contabilidade (IFRS). Com grande experiência em processos de migração às normas na Europa, nossa equipe de IFRS se destaca pela aplicação prática dos conceitos e conhecimento aprofundado das diferenças entre as normas internacionais e brasileiras.

Real estate • No mercado imobiliário, a Ernst & Young presta assessoria na definição e implementação de estratégias de investimento, gestão e desinvestimento. Damos assistência tanto a proprietários de imóveis quanto a usuários, operadores, investidores e construtoras. Estratégia financeira

• Nossa equipe de estratégia financeira executa trabalhos de viabilidade econômico-financeira e auxilia na definição do perfil de dívida mais adequado. Também auxiliamos no desenvolvimento de planejamentos estratégicos e business plan.

Fusões e aquisições• Prestamos assessoria em serviços de due diligence nas áreas financeira, contábil, tributária e trabalhista em conexão com processos de aquisição ou venda de participação acionária, fusão, cisão ou reestruração societária.

Project finance• O sucesso na implementação de um projeto que demande forte capitalização é determinado pelo conhecimento do cenário econômico e do mercado financeiro.

Avaliações e modelagem de negócios• Prestamos serviços de avaliações de negócios para atendimento a normas US Gaap, BR Gaap e IFRS e também em ofertas públicas de ações. Adicionalmente, avaliamos ativos fixos e intangíveis e elaboramos modelos de negócios.

Assessoria a expatriadosA Ernst & Young presta assessoria fiscal, trabalhista e previdenciária para empresas com programas de mobilidade global ou regional ou com remuneração baseada em programas de stock options. Por meio de um atendimento personalizado, assessoramos todo o processo de transferência e permanência de estrangeiros no Brasil e de brasileiros no exterior.

Assessoria tributáriaNa implementação de projetos locais ou internacionais, a Ernst & Young auxilia as empresas a identificar alternativas e novos caminhos tributários que lhes permitam alinhar suas estratégias às principais necessidades do negócio.

Gestão tributáriaAuxiliamos na avaliação e no aperfeiçoamento das operações tributárias. Analisamos as práticas adotadas e os riscos embutidos e orientamos sobre como redesenhar os processos da área fiscal. Atuamos ainda na adequação ao Sistema Público de Escrituração Digital (Sped). Dessa forma, buscamos contribuir para ampliar o grau de eficiência da área fiscal de sua empresa.

Impostos internacionais• Com uma rede global de profissionais, auxiliamos os clientes a estruturar investimentos e desenvolver procedimentos de controle que lhes permitam cumprir as obrigações tributárias no Brasil e no exterior. Interpretamos tratados bilaterais, identificamos alternativas para minimizar o efeito da carga tributária.

Impostos indiretos• Auxiliamos as empresas no cumprimento das obrigações relacionadas a impostos indiretos e ao gerenciamento dos riscos desse processo. Prestamos serviços nas áreas de comércio exterior, apresentando alternativas para elevar a competitividade dos produtos brasileiros no exterior, e de vendas ou serviços, com análise de modelos para minimizar o impacto tributário sobre os negócios.

Cumprimento das obrigações• Ajudamos a identificar alternativas para a redução de riscos e contingências fiscais. Prestamos assessoria na revisão e preparação de declarações, cálculos e estimativas fiscais, além de analisar assuntos tributários rotineiros.

Preços de transferência• Nossos profissionais estão preparados para auxiliar sua empresa no entendimento de regulamentos e obrigações fiscais existentes em transações internacionais de diversas naturezas.

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Projeto e Direção Editorial: Mitizy Olive Kupermann

Coordenação editorial: Rejane Rodrigues (MTB 22.837)

Projeto Gráfico: Milena Tavares Teves

Infográficos: Infografe

Revisão: Beatriz Marchesini

Nossos escritórios

São Paulo (SP) Condomínio São Luiz Av. Presidente Juscelino Kubitschek, 1830 5º ao 8º andares CEP 04543-900 Tel.: (11) 2112-5200 Campinas (SP) Av. Dr. Carlos Grimaldi, 1701 3º andar / sala 3A – CEP 13091-908 Tel.: (19) 2117-6450 Rio de Janeiro (RJ) Praia de Botafogo, 300 13º andar – CEP 22250-040 Tel.: (21) 2109-1400

Curitiba (PR) Al. Dr. Carlos de Carvalho, 555 17º andarCEP 80430-180 Tel.: (41) 2103-5200

Blumenau (SC) R. Dr. Amadeu da Luz, 100 8º andar / sala 801CEP 89010-160 Tel.: (47) 2123-7600 Porto Alegre (RS) R. Mostardeiro, 322 10º andarCEP 90430-000 Tel.: (51) 2104-2050

Belo Horizonte (MG) R. Paraíba, 1000 10º andarCEP 30130-141 Tel.: (31) 3055-7750 Salvador (BA) Edifício Guimarães Trade Av. Tancredo Neves, 118917º andar CEP 41820-021Tel.: (71) 3496-3500 Recife (PE) R. Antônio Lumack do Monte, 128 14º andar CEP 51020-350 Tel.: (81) 3092-8300

Equipe FGV

Coordenação Técnica e Desenvolvimento de Conteúdo: FGV Projetos

Diretor do Projeto: César Cunha Campos

Supervisor: Ricardo Simonsen

Coordenador: Fernando Garcia (responsável pelo modelo de cenários)

Corpo Técnico: Edney Cielici Dias (redação, pesquisa e consultoria editorial), Ana Maria Castelo (pesquisa setor imobiliário), Otávio Mielnik (pesquisa setor energia), Robson Ribeiro Gonçalves (pesquisa agroindústria), Jorge de Oliveira Pires (pesquisa de competitividade industrial), Ana Lélia Magnabosco (pesquisa de indicadores)

Esta é uma publicação do Departamento de Comunicação e Gestão da Marca da Ernst & Young Brasil. A reprodução deste conteúdo, na totalidade ou em parte, é permitida desde que citada a fonte.

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BRASIL SUSTENTÁVEL CRESCIMENTO ECONÔMICO E POTENCIAL DE CONSUMOA

Sobre a Ernst & YoungA Ernst & Young é líder global em auditoria, impostos, transações corporativas e assessoria em gestão de riscos. Nos 140 países em que atuamos, fazemos a diferença ajudando colaboradores, clientes e as comunidades com as quais interagimos a atingir todo o seu potencial.

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