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CRIMINOLOGIA

CRIMINOLOGIA. Vamos relembrar algumas ideias das aulas anteriores antes de falar sobre a Escola Clássica

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CRIMINOLOGIACRIMINOLOGIA

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Vamos relembrar algumas ideias das aulas anteriores antes de falar sobre

a Escola Clássica

Vamos relembrar algumas ideias das aulas anteriores antes de falar sobre

a Escola Clássica

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CRIMINOLOGIA

•Estuda o fato e suas variáveis. Tem

como base a pesquisa científica, que

revelará ao seu estudioso uma

determinada fonte de experiência. É

uma ciência do "ser".

CRIMINOLOGIA

•Estuda o fato e suas variáveis. Tem

como base a pesquisa científica, que

revelará ao seu estudioso uma

determinada fonte de experiência. É

uma ciência do "ser".

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METODOLOGIA DE ESTUDO

método de estudo criminológico é

experimental e dedutivo. Possui

caráter científico e busca a análise

da validade, mediante a

exploração de um método

quantitativo ou qualitativo

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DIREITO PENAL

crime é um fato

típico, ilícito e

culpável. é

petrificado,

imutável.

Crime CRIMINOLOGIA È um fenômeno social,

dotado de mutabilidade

determinada por diversos

fatores, tais como o tempo e

o lugar no qual foi

praticado.

É dinâmico, uma vez que pode

ser alterado no decorrer de

um período histórico.

Crime

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VIOLÊNCIA E CRIME

Crime é uma espécie de violência, o que não significa que são

sinônimos. Muitas espécies de violência, tais como a miséria e a

privação,

não são tipificadas.

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CONTROLE SOCIAL

CONTROLE SOCIAL INFORMAL.

É exercido pela própria família

e coletividade (vizinhos, local

de trabalho, estudo, lazer e

espaços religiosos). Funciona

como um freio de censura,

para que a pessoa não

pratique infração penal.

Quanto menor a comunidade,

maior a sua eficiência.

CONTROLE SOCIAL FORMAL.

Realizado pelo Estado, por

intermédio de seus órgãos

encarregados de fiscalizar e

promover a tutela (Poder

Judiciário, Ministério Público,

Polícia Judiciária ; Secretarias e

Ministérios).

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ESPÉCIES DE CONTROLE SOCIAL FORMAL.

O ESTADO DISPÕE, SINTETICAMENTE, DE TRÊS MEIOS DE CONTROLE SOCIAL FORMAL:

1.administrativo, 2.civil e 3.penal. O primeiro é o mais brando, enquanto que o último é o mais rigoroso, em razão da resposta aplicada. Desta forma, a intervenção penal, para não ser balizada, somente deve existir em último caso.

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Escola Clássica Escola

Clássica

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PERÍODO HUMANITÁRIO SÉC XVIII

Com o fim do absolutismo, (alguém deve ter

poder absoluto) o período humanitário nasceu com a finalidade de afastar o arbítrio do Estado e, dentre outros aspectos, a crueldade e a falta de segurança jurídica na aplicação e execução das penas. É neste período que se desenvolve a Escola Clássica do Direito Penal.

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ESCOLA CLÁSSICA.

EXPOENTES. Cesare Bonesana (Marquês de Beccaria), na

área filosófica, Francesco Carrara, na seara jurídico-penal.

O grande marco da Escola é a obra Dos Delitos e das Penas, escrita por Beccaria.

Importante!A Criminologia não surgiu neste período, mas o seu estudo é importante, para que se verifiquem as causas de seu nascimento.

Importante!A Criminologia não surgiu neste período, mas o seu estudo é importante, para que se verifiquem as causas de seu nascimento.

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Escola Clássica

BECCARIABECCARIA

Defendeu que as leis deviam ser escritas clara. No contexto de sua época, é válido o que afirmou acerca da proibição imposta ao magistrado de interpretar a lei para dar a pena.

Defendeu que as leis deviam ser escritas clara. No contexto de sua época, é válido o que afirmou acerca da proibição imposta ao magistrado de interpretar a lei para dar a pena.

Combateu a tortura e se posicionou de forma contrária à pena de morte, argumentando com base no contrato social e sinalizando a troca por prisão perpétua. Sustentou que a pena deve ser proporcional ao crime praticado e que o processo deve ser célere (rápido)

Combateu a tortura e se posicionou de forma contrária à pena de morte, argumentando com base no contrato social e sinalizando a troca por prisão perpétua. Sustentou que a pena deve ser proporcional ao crime praticado e que o processo deve ser célere (rápido)

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CESARE BECCARIA CESARE BECCARIA

Fincou os fundamentos ideológicos que fizeram vingar, até os dias modernos, as bases do Direito Penal, inclusive fazendo constar na Declaração dos Direitos do Homem os princípios da humanidade e solidariedade com que ele entendia que as penas deveriam ser ministradas.

Fincou os fundamentos ideológicos que fizeram vingar, até os dias modernos, as bases do Direito Penal, inclusive fazendo constar na Declaração dos Direitos do Homem os princípios da humanidade e solidariedade com que ele entendia que as penas deveriam ser ministradas.

defendia que o juiz deveria se ater à aplicação da pena prevista na lei, o que antecede aos conceitos de Carrara, que via o delito como um ente jurídico, uma violação à ordem jurídica.

defendia que o juiz deveria se ater à aplicação da pena prevista na lei, o que antecede aos conceitos de Carrara, que via o delito como um ente jurídico, uma violação à ordem jurídica.

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A ESCOLA CLÁSSICAA ESCOLA CLÁSSICA

o delito era uma infração à lei, ao pacto social que estava na

base do Estado e do direito. Os clássicos não se preocuparam

com a etiologia do delito. Sustentavam que o crime era

consequência da vontade livre e consciente do autor. A

pena era o castigo justo pelo comportamento reprovável,

voluntário e consciente.

o delito era uma infração à lei, ao pacto social que estava na

base do Estado e do direito. Os clássicos não se preocuparam

com a etiologia do delito. Sustentavam que o crime era

consequência da vontade livre e consciente do autor. A

pena era o castigo justo pelo comportamento reprovável,

voluntário e consciente.

No entanto, em uma época em que se admitia a pena de morte e a tortura, a Escola Clássica debateu pela humanização das penas.

A Escola Clássica teve como precursor Cesare BECCARIA e como partidários Francesco CARRARA, e outros

No entanto, em uma época em que se admitia a pena de morte e a tortura, a Escola Clássica debateu pela humanização das penas.

A Escola Clássica teve como precursor Cesare BECCARIA e como partidários Francesco CARRARA, e outros

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PRINCÍPIOS ESCOLA CLASSICA

PRINCÍPIOS ESCOLA CLASSICA

Pena PenaÉ retributiva, aflitiva, intimidativa e expiatória,

um mal tem que ser pago com outro mal.

É retributiva, aflitiva, intimidativa e expiatória,

um mal tem que ser pago com outro mal.

PREOCUPAÇÃOPREOCUPAÇÃOa legalidade e a justiça, principalmente a

penal.

a legalidade e a justiça, principalmente a

penal.

MEDIDA DA PENAMEDIDA DA PENAA gravidade dos elementos, material e moral, é que determina a proporção da pena, precisa ser proporcional ao crime

A gravidade dos elementos, material e moral, é que determina a proporção da pena, precisa ser proporcional ao crime

O JUIZO JUIZ não deve ser mais do que a boca que pronuncia a Lei - expressão da leinão deve ser mais do que a boca que pronuncia a Lei - expressão da lei

MÉTODOMÉTODODedutivo. Parte de relações singulares e

determinações lógicas para chegar à construção integral do sistema jurídico

Dedutivo. Parte de relações singulares e determinações lógicas para chegar à

construção integral do sistema jurídico

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DELITODELITOÉ um entidade jurídica que deve estar contida

na lei promulgada, tornada pública para que

todos sintam ameaça da pena

proporcionalmente retributiva, também

contida na lei.

É um entidade jurídica que deve estar contida

na lei promulgada, tornada pública para que

todos sintam ameaça da pena

proporcionalmente retributiva, também

contida na lei.

DELINGUENTEDELINGUENTEÉ um componente indistinto na sociedade igual a qualquer ser humano, não havendo falar-se em diferença de caráter.

É um componente indistinto na sociedade igual a qualquer ser humano, não havendo falar-se em diferença de caráter.

FATORES CRIMINÓGENOS

FATORES CRIMINÓGENOS

Não existe. O homem não é impelido ao crime por fatores de ordem física, ambiental, biológica ou social.

Não existe. O homem não é impelido ao crime por fatores de ordem física, ambiental, biológica ou social.

ARBÍTRIOARBÍTRIOO homem é dotado de livre arbítrio, isto é, dotado de inteligência e consciências livres

e em condições de discernir e escolher o bem ou o mal. Se se torna criminoso é

porque quer.

O homem é dotado de livre arbítrio, isto é, dotado de inteligência e consciências livres

e em condições de discernir e escolher o bem ou o mal. Se se torna criminoso é

porque quer.

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RESPONSABILIDADE

RESPONSABILIDADE

A responsabilidade penal tem por

fundamento a responsabilidade moral que

advém da imputabilidade moral que deriva,

por sua vez, do livre arbítrio

A responsabilidade penal tem por

fundamento a responsabilidade moral que

advém da imputabilidade moral que deriva,

por sua vez, do livre arbítrio

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POSTULADOS FUNDAMENTAIS DE BECCARIA

1 – somente leis podem fixar penas para os crimes

2 – somente os magistrados poderão julgar os delinquentes

3 – a atrocidade se opõe ao bem publico

4 – os juízes não podem interpretar leis penais

5 – deverá existir proporção entre os delitos e as penas

6 – a finalidade das penas não é atormentar os culpados mas sim impedir que este agrida de novo a sociedade, e por consequência destrua a todos

7 – as acusações não devem ser secretas

8 – a tortura do acusado durante o processo não deve ser praticada

1 – somente leis podem fixar penas para os crimes

2 – somente os magistrados poderão julgar os delinquentes

3 – a atrocidade se opõe ao bem publico

4 – os juízes não podem interpretar leis penais

5 – deverá existir proporção entre os delitos e as penas

6 – a finalidade das penas não é atormentar os culpados mas sim impedir que este agrida de novo a sociedade, e por consequência destrua a todos

7 – as acusações não devem ser secretas

8 – a tortura do acusado durante o processo não deve ser praticada

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OS POSTULADOS DE BECCARIA9 – o réu não deve ser considerado culpado antes da sentença

condenatória. 10 – não se deve exigir do réu juramento

11 – A prisão preventiva não é sanção, mas apenas o meio de assegurar a pessoa do presumível culpado e, portanto deve ser a mais leve possível

12 – as penas devem ser iguais para todas as pessoas

13 – o roubo é filho da miséria e do desespero

14 – As penas devem ser moderadas

15 – A sociedade não tem o direito de aplicar a pena de morte

16 – As penas não serão justas se a sociedade não houver empregado meios de prevenir os delitos

17 – a prevenção dos delitos é muito mais util que a repressão penal.

9 – o réu não deve ser considerado culpado antes da sentença condenatória. 10 – não se deve exigir do réu juramento

11 – A prisão preventiva não é sanção, mas apenas o meio de assegurar a pessoa do presumível culpado e, portanto deve ser a mais leve possível

12 – as penas devem ser iguais para todas as pessoas

13 – o roubo é filho da miséria e do desespero

14 – As penas devem ser moderadas

15 – A sociedade não tem o direito de aplicar a pena de morte

16 – As penas não serão justas se a sociedade não houver empregado meios de prevenir os delitos

17 – a prevenção dos delitos é muito mais util que a repressão penal.

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1.Escola Clássica (século XVIII): 2.Escola Positiva (século XIX):

o criminoso era visto como alguém que possuía livre arbítrio. A sua vontade não era sujeita a qualquer tipo de influência. Desta forma, não sofria qualquer tipo de influência, seja no âmbito interno (psicológica), seja do ponto de vista externo (meio social). O criminoso nunca sofrerá qualquer tipo de influência (interna e/ou externa).

com o nascimento da Criminologia, o criminosopassa a ser estudado sob outro foco, e passa a ser admitida a influênciainterna e/ou externa, dependendo do caso concreto. O criminoso sempre sofrerá algum tipo de influência(interna e/ou externa).

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Os postulados da Escola Clássica foram vitoriosos e consagrados nas legislações do mundo todo. A humanização do direito e do processo penal já eram uma realidade.

Por esta razão, outras preocupações vieram a tona, dentre elas, a de estudar o criminoso, as causas do crime e formas de preveni-lo e reprimi-lo. Neste período, foi criada a Escola Positiva.

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Escola Clássica Escola positivista

Conceito de crime É um ente jurídico. Para Carrara, é a infração da lei do Estado, promulgada para proteger a segurança dos cidadãos, resultante de um ato externo do homem, positivo ou negativo, moralmente imputável e politicamente danoso;

É um fenômeno social.

Finalidade da pena

Não há preocupação com a ressocialização do criminoso;

Ressocializadora.

Método Dedutivo. Experimental

Possibilidade do criminoso sofrer influência

Não admite. Crença no livre arbítrio, o criminoso não pode sofrer influência interna ou externa

Admite influência interna e/ouexterna.

Responsabilidade

penal

Fundamento na responsabilidade moral. não se preocupa especificamente com o homem criminoso

Fundamento na responsabilidadesocial.