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PIODERMITES PIODERMITES KAZUE NARAHASHI KAZUE NARAHASHI

DERMATO - PIODERMITES

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Page 1: DERMATO - PIODERMITES

PIODERMITESPIODERMITES

KAZUE NARAHASHIKAZUE NARAHASHI

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PIODERMITES > CONCEITOPIODERMITES > CONCEITO

Infecões bacterianas da pele em geralInfecões bacterianas da pele em geralPatogenia Patogenia - primário- primário - secundário à infec.inicial de outro órgão- secundário à infec.inicial de outro órgão - podem ser supurativas,p/proliferação das- podem ser supurativas,p/proliferação das bactérias na pele, oubactérias na pele, ou - manifestações dehipersensibilidade a ag - manifestações dehipersensibilidade a ag bact. (as lesões não são supurativas)bact. (as lesões não são supurativas)

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PIODERMITESPIODERMITES MECANISMOS DE DEFESA DA PELEMECANISMOS DE DEFESA DA PELE Barreira mecânica celular, com renovação constante da Barreira mecânica celular, com renovação constante da

epidermeepiderme Baixo pH da pele (5,5)Baixo pH da pele (5,5) Secreção sebácea (ác graxos) > antibact.Secreção sebácea (ác graxos) > antibact. Relativa sequidão da pele > limita cresc.bact. Relativa sequidão da pele > limita cresc.bact.

principalmente de Gram – (>umidade > prolif.bact.)principalmente de Gram – (>umidade > prolif.bact.) Interferência bact.: efeito supressor de cepas bact.sobre Interferência bact.: efeito supressor de cepas bact.sobre

outras: S.aureus pela presença de S.epidermidis, outras: S.aureus pela presença de S.epidermidis, normalmente presente na pele.normalmente presente na pele.

Capacidade imunológica celular e/ou humoral do hosp.Capacidade imunológica celular e/ou humoral do hosp.

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PIODERMITESPIODERMITES

Na patogênese da infecção bacteriana da Na patogênese da infecção bacteriana da pele, devem ser considerados como pele, devem ser considerados como determinantes do comportamento clínico determinantes do comportamento clínico da infecção:da infecção:

- patogenicidade do microorganismo- patogenicidade do microorganismo

- a porta de entrada do germe- a porta de entrada do germe

- as respostas do hospedeiro à infecção- as respostas do hospedeiro à infecção

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PIODERMITESPIODERMITES EPIDEMIOLOGIAEPIDEMIOLOGIA A freq.varia de acordo c/divs.fatoresA freq.varia de acordo c/divs.fatores 7% da população7% da população Impetigo é mais comum no RN e 5-6 anosImpetigo é mais comum no RN e 5-6 anos Periporite atinge na 1ª. Infância.Periporite atinge na 1ª. Infância. Osteofoliculite de Bockhart é + na 2ª.infânciaOsteofoliculite de Bockhart é + na 2ª.infância Furunculose no adulto, antraz no idosoFurunculose no adulto, antraz no idoso Erisipela e sicose são mais comuns no adultoErisipela e sicose são mais comuns no adulto Hidroadenite no adolescente e adulto jovemHidroadenite no adolescente e adulto jovem O verão é a estação propícia p/pioderm. (calor e O verão é a estação propícia p/pioderm. (calor e

umidade).umidade).

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PIODERMITESPIODERMITES

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PIODERMITESPIODERMITES CONCEITO     CONCEITO     

Impetigo estafilocóccico  Impetigo estafilocóccico   As piodermites são infecções cutâneas As piodermites são infecções cutâneas

causadas por microrganismos Gram-causadas por microrganismos Gram-positivos (mais freqüentemente estão positivos (mais freqüentemente estão envolvidos os estreptococos e os envolvidos os estreptococos e os estafilococos, estes últimos integrantes estafilococos, estes últimos integrantes habituais da flora permanente da pele habituais da flora permanente da pele íntegra), agentes que determinam íntegra), agentes que determinam processos inflamatórios nas diversas processos inflamatórios nas diversas camadas do tegumento e dos anexos, camadas do tegumento e dos anexos, resultando em afecções dermatológicas resultando em afecções dermatológicas características.características.

As piodermites podem ser indicadores As piodermites podem ser indicadores de eventos superficiais isolados ou de de eventos superficiais isolados ou de processos generalizados de severidade processos generalizados de severidade variável, que estão associados a variável, que estão associados a deficiências da função imunitária (como deficiências da função imunitária (como nos casos de síndromes incomuns - nos casos de síndromes incomuns - Agamaglobulinemia congênita, Agamaglobulinemia congênita, síndromes de Chediak-Higashi e de síndromes de Chediak-Higashi e de Wiskott-Aldrich -, Dermatite atópica ou Wiskott-Aldrich -, Dermatite atópica ou Infecção pelo HIV-1).Infecção pelo HIV-1).

             

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PIODERMITES ESTAFILOCÓCICASPIODERMITES ESTAFILOCÓCICAS

CLASSIFICAÇÃOCLASSIFICAÇÃO

FOLICULITESFOLICULITES

Têm início no folículo piloso e Têm início no folículo piloso e apresentam-se sob as formas:apresentam-se sob as formas:

PrimáriasPrimárias - superficial, - superficial, representada pela  representada pela  

ostiofoliculiteostiofoliculite pustulosa superfical ou pustulosa superfical ou Impetigo de BockhartImpetigo de Bockhart

- - profunda,profunda, representada por representada por sicosesicose e e   hordéolohordéolo (terçol) (terçol)

Secundárias:Secundárias:  furunculosefurunculose  hidradenitehidradenite acne conglobata acne conglobata foliculite dissecante do couro  foliculite dissecante do couro  cabeludo cabeludo foliculite queloideana da nuca.  foliculite queloideana da nuca.

O agente causal mais freqüente das O agente causal mais freqüente das formas primárias é o formas primárias é o Staphylococcus Staphylococcus aureusaureus plasmocoagulase positivo. plasmocoagulase positivo.

Em condições de debilidade do Em condições de debilidade do hospedeiro, o processo pode ser hospedeiro, o processo pode ser desencadeado por outros desencadeado por outros microorganismos como os bacilos microorganismos como os bacilos coliformes e os estafilococos coliformes e os estafilococos plasmocoagulase negativos.plasmocoagulase negativos.

   OUTRAS PIODERMITES OUTRAS PIODERMITES

BACTERIANASBACTERIANAS • •  Impetigo  Impetigo EstafilocócicoEstafilocócico ou Neonatal ou Neonatal

• • Síndrome Síndrome EstafilocócicaEstafilocócica da Pele Escaldada da Pele Escaldada

• • Síndrome do Choque TóxicoSíndrome do Choque Tóxico

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PIODERMITES ESTAFILOCÓCICASPIODERMITES ESTAFILOCÓCICAS

FOLICULITES PRIMÁRIAS  FOLICULITES PRIMÁRIAS     Foliculite da barbaFoliculite da barba

OSTIOFOLICULITE, FOLICULITE OSTIOFOLICULITE, FOLICULITE PUSTULOSA SUPERFICIAL OU PUSTULOSA SUPERFICIAL OU  IMPETIGO DE BOCKHARDT  IMPETIGO DE BOCKHARDT

Agente causal habitual:Agente causal habitual: Staphylococcus Staphylococcus aureus. aureus.

Quadro clínico: surge pequena pústula Quadro clínico: surge pequena pústula folicular que sofre ruptura e dessecação folicular que sofre ruptura e dessecação para então formar crosta.  para então formar crosta.  

As lesões pustulosas têm paredes finas As lesões pustulosas têm paredes finas e frágeis e  centro branco-amarelado. e frágeis e  centro branco-amarelado. Aparecem agrupadas e curam-se em Aparecem agrupadas e curam-se em poucos dias. poucos dias.

As lesões da ostiofoliculite costumam As lesões da ostiofoliculite costumam ser numerosas e localizar-se, de ser numerosas e localizar-se, de preferência, na face (especialmente preferência, na face (especialmente região perioral), no couro cabeludo e nas região perioral), no couro cabeludo e nas extremidades. extremidades.

A foliculite superficial ou ostiofoliculite A foliculite superficial ou ostiofoliculite pode ser resultado de coçadura, picada pode ser resultado de coçadura, picada de inseto, irritação com erosão local ou de inseto, irritação com erosão local ou outros estímulos equivalentes. outros estímulos equivalentes. 

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PIODERMITES ESTAFILOCÓCICASPIODERMITES ESTAFILOCÓCICAS

FOLICULITES PRIMÁRIAS  FOLICULITES PRIMÁRIAS     Tratamento da foliculite superficial:Tratamento da foliculite superficial:

1) lavar a região comprometida com água e sabonete comum duas a quatro 1) lavar a região comprometida com água e sabonete comum duas a quatro vezes ao dia; vezes ao dia;

A higiene local é muito importanteA higiene local é muito importantenesses casos!nesses casos!

2) antibióticos tópicos indicados: neomicina, clindamicina, eritromicina, 2) antibióticos tópicos indicados: neomicina, clindamicina, eritromicina, mucipirocina. mucipirocina.

3) antibioticoterapia sistêmica (indicada nos casos recalcitrantes): penicilina 3) antibioticoterapia sistêmica (indicada nos casos recalcitrantes): penicilina benzatina, eritromicina, doxiciclina, tetraciclina, azitromicina, ciprofloxacina, benzatina, eritromicina, doxiciclina, tetraciclina, azitromicina, ciprofloxacina, entre outros produtos, considerados os riscosentre outros produtos, considerados os riscos

Observação importante!Observação importante! No tratamento local das piodermites devem ser evitados os antissépticos No tratamento local das piodermites devem ser evitados os antissépticos

tópicos populares como merthiolate, mercurocromo, furacin e anasseptil.tópicos populares como merthiolate, mercurocromo, furacin e anasseptil.

Esses produtos são altamente sensibilizantes e provocam, com freqüência, Esses produtos são altamente sensibilizantes e provocam, com freqüência, dermatites de contato.dermatites de contato.

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PIODERMITES ESTAFILOCÓCICASPIODERMITES ESTAFILOCÓCICAS

FOLICULITES PRIMÁRIAS FOLICULITES PRIMÁRIAS PROFUNDAS PROFUNDAS

SICOSE DA BARBA SICOSE DA BARBA  (sicose (sicose    = foliculite supurativa das = foliculite supurativa das

regiões pilosas)regiões pilosas)

Agente causal:Agente causal: Staphylococcus aureus.Staphylococcus aureus.

As fossas nasais e a pele As fossas nasais e a pele colonizada são reservatórios colonizada são reservatórios de agentes causadores de de agentes causadores de sicose da barba.sicose da barba.

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PIODERMITES ESTAFILOCÓCICASPIODERMITES ESTAFILOCÓCICAS

FOLICULITES PRIMÁRIA PROFUNDA: FOLICULITES PRIMÁRIA PROFUNDA:   SICOSE DA BARBASICOSE DA BARBA     Quadro clínico: Pápulas e pústulas foliculares do tamanho de cabeça Quadro clínico: Pápulas e pústulas foliculares do tamanho de cabeça

de alfinete, centradas por pêlo facilmente removível. No início do de alfinete, centradas por pêlo facilmente removível. No início do quadro observa-se eritema, ardor e/ou prurido, geralmente no lábio quadro observa-se eritema, ardor e/ou prurido, geralmente no lábio superior.As pústulas costumam romper-se com o ato de lavar e superior.As pústulas costumam romper-se com o ato de lavar e barbear a região, quando então dá-se a inoculação direta das barbear a região, quando então dá-se a inoculação direta das bactérias. A área lesada eritematosa resultante passa a ser sítio de bactérias. A área lesada eritematosa resultante passa a ser sítio de nova infecção. As lesões tendem a cronificar-se e o processo de nova infecção. As lesões tendem a cronificar-se e o processo de crescimento do pêlo não fica prejudicado.   crescimento do pêlo não fica prejudicado.  

Há inflamação folicular e perifolicular crônica e recorrente.Há inflamação folicular e perifolicular crônica e recorrente. Nos casos mais intensos, a sicose da barba pode associar-se a Nos casos mais intensos, a sicose da barba pode associar-se a

blefarite marginal e conjuntivite. blefarite marginal e conjuntivite. As localizações mais comuns dessa foliculite profunda são: barba, As localizações mais comuns dessa foliculite profunda são: barba,

cílios, axilas, púbis e coxas. cílios, axilas, púbis e coxas. Diagnóstico Diferencial:Diagnóstico Diferencial: Tinha da barba, dermatite de contato, dermatite seborréica, lúpus Tinha da barba, dermatite de contato, dermatite seborréica, lúpus

eritematoso, pseudofoliculite da barba (mais comum em pacientes eritematoso, pseudofoliculite da barba (mais comum em pacientes negróides, quando muitos pêlos são  encravados) e sicose herpéticanegróides, quando muitos pêlos são  encravados) e sicose herpética

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PIODERMITES ESTAFILOCÓCICASPIODERMITES ESTAFILOCÓCICAS

Tratamento da sicose da barba:Tratamento da sicose da barba:

1) lavar a área comprometida com 1) lavar a área comprometida com água e sabonete duas vezes ao dia;água e sabonete duas vezes ao dia;

2) antibioticoterapia tópica: 2) antibioticoterapia tópica: mucipirocina, neomicina, mucipirocina, neomicina, clindamicina, eritromicina;clindamicina, eritromicina;

3) antibioticoterapia sistêmica (para 3) antibioticoterapia sistêmica (para os casos graves): eritromicina, os casos graves): eritromicina, cefalosporina, oxacilina, cloxacilina cefalosporina, oxacilina, cloxacilina ou dicloxacilina;ou dicloxacilina;

4) nas infecções agudas: 4) nas infecções agudas: compressas quentes com solução compressas quentes com solução de Bürow diluída a 1:20, duas vezes de Bürow diluída a 1:20, duas vezes ao dia, durante cinco a dez minutos ao dia, durante cinco a dez minutos por vez.por vez.  

Existe uma apresentação Existe uma apresentação especial da sicose da barba, especial da sicose da barba, que é denominada sicose que é denominada sicose lupóide, por sua semelhança lupóide, por sua semelhança com o chamado lupus vulgar. com o chamado lupus vulgar.

Caracteriza-se pela presença Caracteriza-se pela presença de placa atrófica central, sem de placa atrófica central, sem pêlos, que se estende pêlos, que se estende perifericamente, marginada perifericamente, marginada por pústulas e crostas. por pústulas e crostas.

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PIODERMITES ESTAFILOCÓCICASPIODERMITES ESTAFILOCÓCICAS

FOLICULITES PRIMÁRIAS FOLICULITES PRIMÁRIAS PROFUNDASPROFUNDAS

HORDÉOLO OU TERÇOL   HORDÉOLO OU TERÇOL           

Agente causal:Agente causal: Staphylococcus Staphylococcus aureusaureus

É uma infecção estafilocócica É uma infecção estafilocócica profunda dos cílios e glândulas profunda dos cílios e glândulas de Meibomius. de Meibomius.

O edema acentuado deve-se à O edema acentuado deve-se à frouxidão do tecido palpebral. frouxidão do tecido palpebral.

É comum entre indivíduos que É comum entre indivíduos que apresentam blefarite (infl.das apresentam blefarite (infl.das pálpebras), manifestação pálpebras), manifestação usualmente associada à usualmente associada à dermatite seborréicadermatite seborréica

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PIODERMITES ESTAFILOCÓCICASPIODERMITES ESTAFILOCÓCICAS

FOLICULITES SECUNDÁRIASFOLICULITES SECUNDÁRIAS

HIDRADENITEHIDRADENITE

Definição: infecção crônica Definição: infecção crônica supurativa das glândulas apócrinas, supurativa das glândulas apócrinas, em decorência da obstrução dos em decorência da obstrução dos ductos glandulares. ductos glandulares. Mais comum em mulheres, tem Mais comum em mulheres, tem início durante ou após a puberdade, início durante ou após a puberdade, uma vez que é esse o período em uma vez que é esse o período em que se desenvolvem as glândulas que se desenvolvem as glândulas apócrinas. apócrinas.

As axilas são as regiões mais As axilas são as regiões mais atingidas, mas outras áreas podem atingidas, mas outras áreas podem ser afetadas, tais como a aréola ser afetadas, tais como a aréola mamária, regiões inguinocrural mamária, regiões inguinocrural eanogenital.eanogenital.

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PIODERMITES ESTAFILOCÓCICASPIODERMITES ESTAFILOCÓCICAS

HIDRADENITEHIDRADENITE

A irritação cutânea por desodorantes e antiperspirantes, a raspagem dos A irritação cutânea por desodorantes e antiperspirantes, a raspagem dos pelos, a depilação mecânica ou com cremes depilatórios e as roupas justas pelos, a depilação mecânica ou com cremes depilatórios e as roupas justas podem atuar como fatores importantes na causa de obstrução dos ductos podem atuar como fatores importantes na causa de obstrução dos ductos glandulares apócrinos. Doenças como a anemia, o diabetes e a obesidade glandulares apócrinos. Doenças como a anemia, o diabetes e a obesidade podem ser predisponentes.podem ser predisponentes.

Manifestações clínicas:Manifestações clínicas:

A lesão inicial é uma pápula, que evolui para nódulo profundo, inflamatório e A lesão inicial é uma pápula, que evolui para nódulo profundo, inflamatório e muito doloroso. Há piora no período pré-menstrual. muito doloroso. Há piora no período pré-menstrual. Após a lesão inicial podem surgir outras, formando um rosário de nódulos Após a lesão inicial podem surgir outras, formando um rosário de nódulos dolorosos. As lesões podem romper-se e eliminar material denso, purulento. dolorosos. As lesões podem romper-se e eliminar material denso, purulento.

A hidradenite deve ser diferenciada do furúnculo, que é superficial, e das A hidradenite deve ser diferenciada do furúnculo, que é superficial, e das doenças linfadenopáticas fistulizantes, como a tuberculose, actinomicose, doenças linfadenopáticas fistulizantes, como a tuberculose, actinomicose, linfogranuloma venéreo e fístulas de origem variada, principalmente na linfogranuloma venéreo e fístulas de origem variada, principalmente na região anorretal. região anorretal.

O tratamento consiste de eliminação das possíveis causas predisponentes, O tratamento consiste de eliminação das possíveis causas predisponentes, antibioticoterapia, drenagem dos abscessos e cirurgia, principalmente nos antibioticoterapia, drenagem dos abscessos e cirurgia, principalmente nos casos crônicos com fibrose.casos crônicos com fibrose.

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PIODERMITES ESTAFILOCÓCICASPIODERMITES ESTAFILOCÓCICAS

FOLICULITES FOLICULITES SECUNDÁRIASSECUNDÁRIAS

- FOLICULITE - FOLICULITE DISSECANTE DO COURO DISSECANTE DO COURO CABELUDOCABELUDO

Forma crônica e grave > Forma crônica e grave > cicatrizes alopécicas, cicatrizes alopécicas, formação de fístulas e formação de fístulas e abscessos, usualmente por abscessos, usualmente por S.aureus. Afecção rara.S.aureus. Afecção rara.

- ACNE CONGLOBATA = - ACNE CONGLOBATA = variante de foliculite variante de foliculite secundária.secundária.

- FOLICULITE DECALVANTE- FOLICULITE DECALVANTE Forma rara de foliculite, crônico, Forma rara de foliculite, crônico,

geralmente produzida geralmente produzida p/S.aureus > destruição de p/S.aureus > destruição de folículos > alopécia cicatricial. folículos > alopécia cicatricial.

- - FOLICULITE QUELOIDIANA DA FOLICULITE QUELOIDIANA DA NUCANUCA

Localização típica na nuca. Localização típica na nuca. Pústulas confluem e levam à Pústulas confluem e levam à formação de fístulas e fibrose formação de fístulas e fibrose de aspecto queloidiano. Quadro de aspecto queloidiano. Quadro crônico, rebelde e peculiar do crônico, rebelde e peculiar do homem adulto, melanodérmico. homem adulto, melanodérmico. S.aureus, raramente Gr-S.aureus, raramente Gr-

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PIODERMITES ESTAFILOCÓCICASPIODERMITES ESTAFILOCÓCICAS

FOLICULITES SECUNDÁRIAS FOLICULITES SECUNDÁRIAS

ABSCESSOABSCESSO

Coleção volumosa e Coleção volumosa e profunda de pús que pode profunda de pús que pode acometer qualquer órgão.acometer qualquer órgão.

Na pele desenvolve-se a Na pele desenvolve-se a partir de foliculite profunda partir de foliculite profunda ou traumatismos ao redor de ou traumatismos ao redor de corpos estranhos ou de corpos estranhos ou de infecções mais profundas.infecções mais profundas.

  Pode drenar na pele como Pode drenar na pele como coleção purulenta, mas coleção purulenta, mas geralmente apresenta-se geralmente apresenta-se como nódulocomo nódulo

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PIODERMITES ESTAFILOCÓCICASPIODERMITES ESTAFILOCÓCICAS

FOLICULITES SECUNDÁRIASFOLICULITES SECUNDÁRIAS

FURÚNCULOFURÚNCULO

FURUNCULOSEFURUNCULOSE

Conceito: abscesso estafilocócico Conceito: abscesso estafilocócico perifolicular, circunscrito, perifolicular, circunscrito, arredondado, agudo, doloroso, com arredondado, agudo, doloroso, com maior supuração central na área em maior supuração central na área em que forma-se tecido necrótico, que é que forma-se tecido necrótico, que é eliminado depois de um período eliminado depois de um período variável de dias. A massa necrótica variável de dias. A massa necrótica eliminada é denominada eliminada é denominada carnegão.carnegão. Chama-se Chama-se ANTRAZ ANTRAZ o agrupamento de o agrupamento de dois ou mais furúnculos. dois ou mais furúnculos.

A localização mais comum dos A localização mais comum dos furúnculos é o nariz, axilas e regiao furúnculos é o nariz, axilas e regiao glútea.glútea.

Agente causal: Agente causal: Staphylococcus Staphylococcus aureusaureus. .

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PIODERMITES ESTAFILOCÓCICASPIODERMITES ESTAFILOCÓCICAS

FURUNCULOSEFURUNCULOSE

Fatores predisponentes: Fatores predisponentes: alcoolismo, má-nutrição, alcoolismo, má-nutrição, discrasias sangüíneas, discrasias sangüíneas, diabetes, distúrbios da função diabetes, distúrbios da função neutrofílica, dermatite atópica, neutrofílica, dermatite atópica, infecção com imunossupressão infecção com imunossupressão induzida pelo HIV-1, induzida pelo HIV-1, imunossupressão iatrogênica, imunossupressão iatrogênica, estado de portador nas fossas estado de portador nas fossas nasais, contaminação das áreas nasais, contaminação das áreas intertriginosas (dobras) e intertriginosas (dobras) e perianal.perianal.

  

Furunculose crônica: acontece por Furunculose crônica: acontece por autoinoculaçào, sendo que os focos autoinoculaçào, sendo que os focos emissores de estafilococos são as emissores de estafilococos são as fossas nasais e/ou as regiões inguinais. fossas nasais e/ou as regiões inguinais. Dá-se a disseminação familiar entre Dá-se a disseminação familiar entre indivíduos com pele colonizada. indivíduos com pele colonizada.

A furunculose hospitalar pode A furunculose hospitalar pode determinar microepidemias e seu determinar microepidemias e seu controle inclui a lavagem rigorosa e controle inclui a lavagem rigorosa e constante das mãos com clorexidine a constante das mãos com clorexidine a 4%.4%.

Tratamento:Tratamento:

1) compressas mornas/calor úmido; 1) compressas mornas/calor úmido;

2) antibioticoterapia sistêmica com 2) antibioticoterapia sistêmica com penicilina resistente à penicilinase penicilina resistente à penicilinase (oxacilina, cloxacilina, dicloxacilina), (oxacilina, cloxacilina, dicloxacilina), eritromicina, cefalosporina; eritromicina, cefalosporina;

3) drenagem cirúrgica dos abscessos.3) drenagem cirúrgica dos abscessos.

Page 21: DERMATO - PIODERMITES

PIODERMITES ESTAFILOCÓCICASPIODERMITES ESTAFILOCÓCICAS

Nos casos de furunculose crônica recidivante: Nos casos de furunculose crônica recidivante:

1) deve ser prevenida a autoinoculação;1) deve ser prevenida a autoinoculação; 2) a assepsia local deve ser feita com água e sabão (pode ser 2) a assepsia local deve ser feita com água e sabão (pode ser

usado sabonete antibacteriano) e clorexidine, com atenção usado sabonete antibacteriano) e clorexidine, com atenção especial para a lavagem das regiões das axilas e inguinal; especial para a lavagem das regiões das axilas e inguinal;

3) deve ser feita lavagem diária das roupas de uso pessoal e de 3) deve ser feita lavagem diária das roupas de uso pessoal e de cama; cama;

4) deve-se proceder à lavagem freqüente das mãos; 4) deve-se proceder à lavagem freqüente das mãos; 5) está indicada antibioticoterapia tópica das narinas dos 5) está indicada antibioticoterapia tópica das narinas dos

pacientes e de seus familiares duas vezes ao dia, durante pelo pacientes e de seus familiares duas vezes ao dia, durante pelo menos quatro semanas; menos quatro semanas;

6) está indicada antibioticoterapia sistêmica para o paciente: 6) está indicada antibioticoterapia sistêmica para o paciente: cloxacilina, 1g/dia durante 15 dias.cloxacilina, 1g/dia durante 15 dias.Erradicação da condição de portador nasal: Erradicação da condição de portador nasal: Rifampicina 600mg+cloxacilina 500mg 4 vezes ao dia, durante Rifampicina 600mg+cloxacilina 500mg 4 vezes ao dia, durante 10 dias ou Clindamicina 150mg/dia, durante três meses.10 dias ou Clindamicina 150mg/dia, durante três meses.     

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PIODERMITES ESTAFILOCÓCICASPIODERMITES ESTAFILOCÓCICAS

     OUTRAS PIODERMITES OUTRAS PIODERMITES

BACTERIANASBACTERIANAS   IMPETIGO IMPETIGO

ESTAFILOCÓCICO OU ESTAFILOCÓCICO OU NEONATALNEONATAL

  

Agente causal: Agente causal: Staphylococcus aureus Staphylococcus aureus coagulase-positivo tipo 2 ou coagulase-positivo tipo 2 ou fagotipo 71. fagotipo 71.   

Page 23: DERMATO - PIODERMITES

PIODERMITES ESTAFILOCÓCICASPIODERMITES ESTAFILOCÓCICAS

OUTRAS PIODERMITES BACT.OUTRAS PIODERMITES BACT. IMPETIGO ESTAFILOCÓCICO OU IMPETIGO ESTAFILOCÓCICO OU

NEONATALNEONATAL

Quadro clínico: atinge recém-Quadro clínico: atinge recém-nascidos, principalmente nos dias nascidos, principalmente nos dias quentes. É caracterizado pela quentes. É caracterizado pela presença de bolhas frágeis e presença de bolhas frágeis e amplas, sugerindo o aspecto das amplas, sugerindo o aspecto das bolhas do pênfigo foliáceo ("fogo bolhas do pênfigo foliáceo ("fogo selvagem"). Quando se rompem, selvagem"). Quando se rompem, tais bolhas deixam crostas tais bolhas deixam crostas circinadas e exsudativas (impetigo circinadas e exsudativas (impetigo circinado). circinado).

Localização preferencial: face, Localização preferencial: face, seguindo-se as mãos e áreas não seguindo-se as mãos e áreas não cobertas dos recém-nascidos.cobertas dos recém-nascidos.

Nos adultos costuma atingir axilas, Nos adultos costuma atingir axilas, mãos e virilhasmãos e virilhas

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PIODERMITES ESTAFILOCÓCICASPIODERMITES ESTAFILOCÓCICAS

OUTRAS PIODERMITES BACTERIANASOUTRAS PIODERMITES BACTERIANAS

  IMPETIGO ESTAFILOCÓCICO OU NEONATALIMPETIGO ESTAFILOCÓCICO OU NEONATAL

  Complicações: Os sintomas e sinais sistêmicos da Complicações: Os sintomas e sinais sistêmicos da criança são fraqueza, febre tardia, diarréia com fezes criança são fraqueza, febre tardia, diarréia com fezes esverdeadas. Podem desenvolver-se rapidamente esverdeadas. Podem desenvolver-se rapidamente bacteremia, pneumonia e meningite, resultando, não raro, bacteremia, pneumonia e meningite, resultando, não raro, em morte. O tipo neonatal é extremamente contagioso, em morte. O tipo neonatal é extremamente contagioso, ameaçando berçários e tendo início geralmente entre os ameaçando berçários e tendo início geralmente entre os 4o. e 10o. dias de vida da criança.4o. e 10o. dias de vida da criança.

Tratamento: Assepsia rigorosa, antibioticoterapia Tratamento: Assepsia rigorosa, antibioticoterapia sistêmica.  sistêmica. 

  

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PIODERMITES ESTAFILOCÓCICASPIODERMITES ESTAFILOCÓCICAS

OUTRAS PIODERMITES BACTERIANASOUTRAS PIODERMITES BACTERIANAS    SÍNDROME ESTAFILOCÓCICA DA PELE SÍNDROME ESTAFILOCÓCICA DA PELE

ESCALCADAESCALCADA

Síndrome da pele escaldada (Síndrome da pele escaldada (SSSSSSSS)*, )*, doença de Ritter ou dermatite esfoliativa doença de Ritter ou dermatite esfoliativa neonatal neonatal Staphylococcal Scalded Skin Staphylococcal Scalded Skin SyndromeSyndrome   Síndrome estafilocócica da pele Síndrome estafilocócica da pele escaldada escaldada

    Agente causal: Agente causal: Staphylococcus aureus Staphylococcus aureus

tipo 2 ou fagotipo 71.tipo 2 ou fagotipo 71.

A toxina estafilocócica é responsável A toxina estafilocócica é responsável pela esfoliação e epidermólise, causando pela esfoliação e epidermólise, causando comprometimento à distância. O foco de comprometimento à distância. O foco de infecção é distal na faringe, nariz, ouvido infecção é distal na faringe, nariz, ouvido ou conjuntiva. Pode também ocorrer a ou conjuntiva. Pode também ocorrer a partir de septicemia ou infecção cutânea. partir de septicemia ou infecção cutânea.

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PIODERMITES ESTAFILOCÓCICASPIODERMITES ESTAFILOCÓCICAS

OUTRAS PIODERMITES BACTERIANASOUTRAS PIODERMITES BACTERIANAS  SÍNDROME SÍNDROME

ESTAFILOCÓCICA DA PELE ESCALCADA ESTAFILOCÓCICA DA PELE ESCALCADA Quadro clínico e Diagnóstico Diferencial: dermatose generalizada, Quadro clínico e Diagnóstico Diferencial: dermatose generalizada, esfoliativa, com destacamento ou clivagem da pele em camadas, lesões esfoliativa, com destacamento ou clivagem da pele em camadas, lesões confluentes, estado febril. O início é abrupto, com febre, confluentes, estado febril. O início é abrupto, com febre, hipersensibilidade da pele e eritema das regiões do pescoço, axilas e hipersensibilidade da pele e eritema das regiões do pescoço, axilas e regiões inguinais. A esfoliação aparece em prazo de horas ou dias, regiões inguinais. A esfoliação aparece em prazo de horas ou dias, depois do início dos sintomas e sinais já mencionados. São poupadas depois do início dos sintomas e sinais já mencionados. São poupadas palmas e plantas, além das mucosas. O sinal de Nikolsky é positivo. palmas e plantas, além das mucosas. O sinal de Nikolsky é positivo.       A idade mais atingida é a dos recém-nascidos e crianças. Rara entre A idade mais atingida é a dos recém-nascidos e crianças. Rara entre adultos, pode acometer indivíduos com distúrbio imunitário.adultos, pode acometer indivíduos com distúrbio imunitário.

Deve ser feito diagnóstico diferencial entre SSSS e NET (Necrólise Deve ser feito diagnóstico diferencial entre SSSS e NET (Necrólise Epidérmica Tóxica).Epidérmica Tóxica).

Na SSSS a ruptura da bolha processa-se logo abaixo da camada Na SSSS a ruptura da bolha processa-se logo abaixo da camada granulosa, enquanto que na NET, que é induzida por drogas, a ruptura granulosa, enquanto que na NET, que é induzida por drogas, a ruptura localiza-se na junção dermoepidérmica. localiza-se na junção dermoepidérmica.

  

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PIODERMITES ESTAFILOCÓCICASPIODERMITES ESTAFILOCÓCICAS

OUTRAS PIODERMITES BACTERIANAS:OUTRAS PIODERMITES BACTERIANAS:    SÍNDROME ESTAFILOCÓCICA DA PELE SÍNDROME ESTAFILOCÓCICA DA PELE

ESCALCADA ESCALCADA      Tratamento: Tratamento: 1) antibioticoterapia sistêmica: penicilina 1) antibioticoterapia sistêmica: penicilina

resistente à penicilinase (oxacilina, resistente à penicilinase (oxacilina, cloxacilina, dicloxacilina) e eritromicina;cloxacilina, dicloxacilina) e eritromicina;

2) reposição hidreletrolítica;2) reposição hidreletrolítica; 3) outras medidas gerais de suporte.3) outras medidas gerais de suporte. Observações: contraindicado uso de Observações: contraindicado uso de

esteróides. Bom prognóstico.esteróides. Bom prognóstico.

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PIODERMITES ESTAFILOCÓCICASPIODERMITES ESTAFILOCÓCICAS

OUTRAS PIODERMITES BACTERIANAS:OUTRAS PIODERMITES BACTERIANAS:   SÍNDROME DO CHOQUE TÓXICOSÍNDROME DO CHOQUE TÓXICO   Agente causal: Grupos de Agente causal: Grupos de Staphylococcus aureus Staphylococcus aureus

produtores de toxina.O quadro pode, produtores de toxina.O quadro pode, ocasionalmente, ser determinado pelo ocasionalmente, ser determinado pelo Streptococcus.Streptococcus.

Grupo populacional atingido: mulheres jovens, do Grupo populacional atingido: mulheres jovens, do 1o. ao 6o. dia da menstruação, representam cerca de 1o. ao 6o. dia da menstruação, representam cerca de 90% dos casos.90% dos casos.

A maioria delas tem histórico de uso de tampões A maioria delas tem histórico de uso de tampões absorventes e/ou esponjas anticoncepcionais. absorventes e/ou esponjas anticoncepcionais.

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PIODERMITES ESTAFILOCÓCICASPIODERMITES ESTAFILOCÓCICAS

OUTRAS PIODERMITES BACT.OUTRAS PIODERMITES BACT.

SÍNDROME DO CHOQUE TÓXICOSÍNDROME DO CHOQUE TÓXICO

Quadro clínico: febre maior ou igual a Quadro clínico: febre maior ou igual a 38,9o.C, erupção eritemato-maculosa 38,9o.C, erupção eritemato-maculosa generalizada, descamação das palmas e generalizada, descamação das palmas e plantas entre uma e duas semanas após plantas entre uma e duas semanas após o início do quadro. Podem ocorrer o início do quadro. Podem ocorrer hiperemia das mucosas, hipotensão e hiperemia das mucosas, hipotensão e comprometimento de outros sistemas: comprometimento de outros sistemas: gastrointestinal (vômitos, diarréia), gastrointestinal (vômitos, diarréia), muscular (aumento da creatinina, muscular (aumento da creatinina, mialgias), renal (piúria sem infecção, mialgias), renal (piúria sem infecção, uréia e creatinina elevadas), uréia e creatinina elevadas), hematológico (plaquetopenia), SNC hematológico (plaquetopenia), SNC (desorientação).(desorientação).

Os testes de laboratório devem ser Os testes de laboratório devem ser negativos sorológicos para tifo negativos sorológicos para tifo exantemático , leptospirose, rubéola; exantemático , leptospirose, rubéola; cultura de sangue, urina e líquido cultura de sangue, urina e líquido cefalorraquidiano. cefalorraquidiano.

Diagnóstico diferencial: exantemas virais, Diagnóstico diferencial: exantemas virais, doença de Kawasaki, escarlatina, erupções por doença de Kawasaki, escarlatina, erupções por drogas, lupus eritematoso sistêmico, NET e drogas, lupus eritematoso sistêmico, NET e SSSS.SSSS.

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PIODERMITES ESTAFILOCÓCICASPIODERMITES ESTAFILOCÓCICAS

SÍNDROME DO CHOQUE TÓXICOSÍNDROME DO CHOQUE TÓXICO

Tratamento:Tratamento:

1) antibioticoterapia sistêmica: 1,0 a 1,5 g 1) antibioticoterapia sistêmica: 1,0 a 1,5 g nafcilina IV 4/4h;nafcilina IV 4/4h;

2) reposição hidreletrolítica e 2) reposição hidreletrolítica e

3) drenagem do local infectado3) drenagem do local infectado

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PIODERMITES ESTREPTOCÓCICASPIODERMITES ESTREPTOCÓCICAS

PIODERMITE PIODERMITE ESTREPTOCÓCICASESTREPTOCÓCICAS

A piodermite estreptocócica (ou A piodermite estreptocócica (ou estreptodermia) é provocada pelo estreptodermia) é provocada pelo Streptococcus pyogenesStreptococcus pyogenes, , estreptococo beta-hemolítico do estreptococo beta-hemolítico do grupo A de Lancefield.grupo A de Lancefield.

ConceitoConceito

A doença estreptocócica primária A doença estreptocócica primária é caracterizada pela presença de é caracterizada pela presença de máculas eritematosas com cerca máculas eritematosas com cerca de 2mm que evoluem para de 2mm que evoluem para vesículas ou bolhas efêmeras; vesículas ou bolhas efêmeras; estas se rompem e formam estas se rompem e formam exsudato seco, com crostas exsudato seco, com crostas espessas amareladas que podem espessas amareladas que podem ser facilmente removidasser facilmente removidas

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PIODERMITES ESTREPTOCÓCICASPIODERMITES ESTREPTOCÓCICAS

O estreptococo pode O estreptococo pode também causar também causar panarício ou doença panarício ou doença estreptocócica estreptocócica periungueal.periungueal.

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PIODERMITES ESTREPTOCÓCICASPIODERMITES ESTREPTOCÓCICAS

CELULITECELULITE ConceitoConceito

É uma inflamação supurativa causada por É uma inflamação supurativa causada por StreptococcusStreptococcus pyogenes,pyogenes,  que envolve  que envolve principalmente o tecido subcutâneo. A diferença entre a celulite  e a erisipela  é que principalmente o tecido subcutâneo. A diferença entre a celulite  e a erisipela  é que na celulite as bordas não são tão definidas quanto na erisipela e as recidivas são na celulite as bordas não são tão definidas quanto na erisipela e as recidivas são raras. O aspecto é semelhante, de men intensidade. raras. O aspecto é semelhante, de men intensidade.

  Quadro clínicoQuadro clínico

Inicialmente ocorre eritema local, que rapidamente evolui para infiltração Inicialmente ocorre eritema local, que rapidamente evolui para infiltração depressível da área. Pode haver rompimento do tecido, com eliminação de pus e depressível da área. Pode haver rompimento do tecido, com eliminação de pus e material necrótico. Quando se apresenta como abscesso, há tendência à material necrótico. Quando se apresenta como abscesso, há tendência à circunscrição e supuração, quando se apresenta como flegmão, há tendência à circunscrição e supuração, quando se apresenta como flegmão, há tendência à difusão do processo. As complicações da celulite incluem gangrena, abscesso difusão do processo. As complicações da celulite incluem gangrena, abscesso metastático e septicemia. metastático e septicemia.

Observação: Não tem relação com a lipodistrofia ginóide, popularmente Observação: Não tem relação com a lipodistrofia ginóide, popularmente denominada celulite e que diz respeito a distúrbio da distribuição de gordura, denominada celulite e que diz respeito a distúrbio da distribuição de gordura, comum nas mulheres.comum nas mulheres.

TratamentoTratamento

É sempre sistêmico, com o emprego de penicilina, cefazolina ou vancomicina.É sempre sistêmico, com o emprego de penicilina, cefazolina ou vancomicina.    

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PIODERMITES ESTREPTOCÓCICASPIODERMITES ESTREPTOCÓCICAS

ECTIMAECTIMA É uma dermatite estreptocócica de É uma dermatite estreptocócica de

caráter erosivo e ulcerativo que caráter erosivo e ulcerativo que ocorre geralmente em condições de ocorre geralmente em condições de higiene precária ou como resposta higiene precária ou como resposta a microtraumatismos e se manifesta a microtraumatismos e se manifesta como úlceras múltiplas bacterianas, como úlceras múltiplas bacterianas, revestidas por crostas e localizadas revestidas por crostas e localizadas predominantemente nas pernas. predominantemente nas pernas. O estreptococo envolvido também é O estreptococo envolvido também é o beta-homolítico do grupo A e a o beta-homolítico do grupo A e a infecção é favorecida por trauma, infecção é favorecida por trauma, coçagem, manipulação da lesão coçagem, manipulação da lesão inicial e má -higiene.inicial e má -higiene.

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PIODERMITES ESTREPTOCÓCICASPIODERMITES ESTREPTOCÓCICAS

TratamentoTratamento

1) lavagem da área comprometida com água e 1) lavagem da área comprometida com água e sabão duas a quatro vezes ao dia; sabão duas a quatro vezes ao dia;

2) tratamento tópico com creme de mucipirocina 2) tratamento tópico com creme de mucipirocina ou spray de rifocina, duas vezes ao dia; ou spray de rifocina, duas vezes ao dia;

3) antibioticoterapia sistêmica: oxacilina ou 3) antibioticoterapia sistêmica: oxacilina ou eritromicina.eritromicina.

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PIODERMITES ESTREPTOCÓCICASPIODERMITES ESTREPTOCÓCICAS

ERISIPELAERISIPELA ConceitoConceito É uma forma de celulite superficial É uma forma de celulite superficial

estreptocócica e o agente causal é estreptocócica e o agente causal é o estreptococo beta-hemolítico do o estreptococo beta-hemolítico do grupo A de Lancefield. Ocorre grupo A de Lancefield. Ocorre habitualmente na face e nos habitualmente na face e nos membros inferiores. A infecção é membros inferiores. A infecção é universal e não tem maior universal e não tem maior prevalência em determinado grupo prevalência em determinado grupo etário. É muito comum em obesos, etário. É muito comum em obesos, diabéticos, com insuficiência diabéticos, com insuficiência circulatória de extremidades. circulatória de extremidades.

A penetração do estreptococo para A penetração do estreptococo para produzir erisipela ocorre por produzir erisipela ocorre por soluções de continuidade da pele soluções de continuidade da pele (fissuras, escoriação, intertrigo, (fissuras, escoriação, intertrigo, lesões micotizadas e com lesões micotizadas e com maceração maceração

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PIODERMITES ESTREPTOCÓCICAS PIODERMITES ESTREPTOCÓCICAS > ERISIPELAS> ERISIPELAS

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PIODERMITES ESTREPTOCÓCICAS PIODERMITES ESTREPTOCÓCICAS > ERISIPELA > ERISIPELA

Quadro clínicoQuadro clínico O processo de instalação do O processo de instalação do

estreptococo e a evolução da estreptococo e a evolução da infecção são rápidos e coexistem infecção são rápidos e coexistem sinais e sintomas gerais de sinais e sintomas gerais de infecção, principalmente com febre infecção, principalmente com febre e calafrios. A área comprometida e calafrios. A área comprometida torna-se eritemato-edematosa, torna-se eritemato-edematosa, quente e dolorosa. Podem surgir quente e dolorosa. Podem surgir bolhas (erisipela bolhosa). A zona bolhas (erisipela bolhosa). A zona afetada apresenta borda nítida e afetada apresenta borda nítida e esta avança conforme a progressão esta avança conforme a progressão da doença. Existe adenite satélite. da doença. Existe adenite satélite. Podem ocorrer surtos repetidos Podem ocorrer surtos repetidos numa mesma região (erisipela numa mesma região (erisipela recidivante). recidivante).

O linfedema ou mesmo o quadro de O linfedema ou mesmo o quadro de elefantíase podem ocorrer como elefantíase podem ocorrer como conseqüência dos surtos repetidos conseqüência dos surtos repetidos de erisipela. de erisipela.    

ERISIPELAERISIPELA TratamentoTratamento 1) repouso absoluto no leito, 1) repouso absoluto no leito,

principalmente quando o processo principalmente quando o processo acomete o membro inferior; acomete o membro inferior;

2) antibioticoterapia: a droga de escolha é 2) antibioticoterapia: a droga de escolha é a penicilina e a dose é variável de acordo a penicilina e a dose é variável de acordo com a intensidade do quadro. Pode ser com a intensidade do quadro. Pode ser associada sulfa de eliminação lenta associada sulfa de eliminação lenta (sulfadimetoxina) após a fase aguda, para (sulfadimetoxina) após a fase aguda, para evitar a recaída, é conveniente administrar evitar a recaída, é conveniente administrar penicilina durante três ou quatro penicilina durante três ou quatro semanas, sob a forma de penicilina de semanas, sob a forma de penicilina de eliminação lenta (Penicilina Benzatina eliminação lenta (Penicilina Benzatina 1.200.000 UI uma vez por semana ou 1.200.000 UI uma vez por semana ou sulfadimetoxina, o equivalente de 0,5 a 1,0 sulfadimetoxina, o equivalente de 0,5 a 1,0 g/dia). g/dia).

3) nos casos de erisipela do membro 3) nos casos de erisipela do membro inferior é necessário que o doente inferior é necessário que o doente mantenha os pés elevados à noite e , se mantenha os pés elevados à noite e , se houver edema vespertino, deve usar por houver edema vespertino, deve usar por algum tempo meia elástica. Em caso de algum tempo meia elástica. Em caso de alergia à penicilina ou à sulfa, empregar alergia à penicilina ou à sulfa, empregar outros antibiótoticos, tais como outros antibiótoticos, tais como eritromicina.eritromicina.

Page 39: DERMATO - PIODERMITES

PIODERMITES ESTREPTOCÓCICASPIODERMITES ESTREPTOCÓCICAS

O quadro extremo e O quadro extremo e dramático de dramático de elephantiasis nostras é elephantiasis nostras é consequente a consequente a numerosos surtos de numerosos surtos de erisipela em pacientes erisipela em pacientes com vulnerabilidade com vulnerabilidade vascular congênita ou vascular congênita ou familiar.familiar.

    Elefantíase das pernas Elefantíase das pernas por surtos repetidos de por surtos repetidos de erisipela  erisipela  

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PIODERMITES ESTREPTOCÓCICASPIODERMITES ESTREPTOCÓCICAS

Os estreptococos podem produzir quadros dermatológicos variados. Os mais Os estreptococos podem produzir quadros dermatológicos variados. Os mais importantes são as  piodermites cutâneas, sendo mais superficial o impetigo importantes são as  piodermites cutâneas, sendo mais superficial o impetigo estreptocócico. Mais profundos são as celulites, a erisipela e a ectima. A estreptocócico. Mais profundos são as celulites, a erisipela e a ectima. A escarlatina é uma das doenças exantemáticas incluída neste segmento.escarlatina é uma das doenças exantemáticas incluída neste segmento.

O O Streptococcus pyogenesStreptococcus pyogenes causa muitas doenças humanas e em animais. A causa muitas doenças humanas e em animais. A fonte de infecção humana pode ser um portador sadio ou paciente que sofre de fonte de infecção humana pode ser um portador sadio ou paciente que sofre de infecção estreptocócica, especialmente das vias aéreas superiores. Crianças são infecção estreptocócica, especialmente das vias aéreas superiores. Crianças são mais propensas a transmitir a infecção que os adultos. Portadores mais propensas a transmitir a infecção que os adultos. Portadores convalescentes parecem ser mais transmissores de infecção que os portadores convalescentes parecem ser mais transmissores de infecção que os portadores crônicos. crônicos.

A infecção estreptocócica costuma transmitir-se por gotículas de secreção que A infecção estreptocócica costuma transmitir-se por gotículas de secreção que se espalham desde as vias aéreas para o ar ambiente por espirros, tosse ou se espalham desde as vias aéreas para o ar ambiente por espirros, tosse ou escarro. A transmissão pode também dar-se indiretamente por fômites ou poeira.escarro. A transmissão pode também dar-se indiretamente por fômites ou poeira.

O surgimento da infecção estreptocócica depende da virulência da bactéria e da O surgimento da infecção estreptocócica depende da virulência da bactéria e da resistência do hospedeiro. Quando a imunidade antibacteriana é alta o resistência do hospedeiro. Quando a imunidade antibacteriana é alta o estreptococo pode falhar em instalar-se ou ou pode ficar confinado à superficie estreptococo pode falhar em instalar-se ou ou pode ficar confinado à superficie da pele ou da mucosa do hospedeiro. Quando a resistência antibacteriana é baixa da pele ou da mucosa do hospedeiro. Quando a resistência antibacteriana é baixa ou o estreptococo é altamente virulento, a invasão bacteriana pode determinar ou o estreptococo é altamente virulento, a invasão bacteriana pode determinar tonsilite ou impetigo e a penetração profunda pode causar linfadenite e tonsilite ou impetigo e a penetração profunda pode causar linfadenite e septicemia. Se os microrganismos invasores produzem grandes quantidades de septicemia. Se os microrganismos invasores produzem grandes quantidades de toxina eritrogênica e a imunidade antitoxina é baixa também, surge a escarlatina.toxina eritrogênica e a imunidade antitoxina é baixa também, surge a escarlatina.

Page 41: DERMATO - PIODERMITES

A sensibilização ao A sensibilização ao StreptococcusStreptococcus pyogenespyogenes pode causar febre pode causar febre reumática e glomerulonefrite. reumática e glomerulonefrite. StreptococcusStreptococcus viridansviridans é a maior causa de é a maior causa de endocardite bacteriana e estreptococos anaeróbios têm importante papel endocardite bacteriana e estreptococos anaeróbios têm importante papel

nos casos de septicemia pós cirúrgica e puerperal.  nos casos de septicemia pós cirúrgica e puerperal.  

Page 42: DERMATO - PIODERMITES

PIODERMITES > ÚLCERAS EM PIODERMITES > ÚLCERAS EM MEMBROS INFERIORESMEMBROS INFERIORES

Page 43: DERMATO - PIODERMITES

Piodermites > pé diabéticoPiodermites > pé diabético

Page 44: DERMATO - PIODERMITES

Piodermites > pé diabéticoPiodermites > pé diabético

Page 45: DERMATO - PIODERMITES

Piodermites > pé diabéticoPiodermites > pé diabético

Page 46: DERMATO - PIODERMITES

Classificação do pé diabéticoClassificação do pé diabético(Consenso Internacional de Pé diabético, 2007)(Consenso Internacional de Pé diabético, 2007)

GRAU GRAU 11

Sem sintomas e sem sinais de infecçãoSem sintomas e sem sinais de infecção

GRAU GRAU 22

Lesão envolvendo somente a pele, sem acometimento de tecidos profundos Lesão envolvendo somente a pele, sem acometimento de tecidos profundos e e sem sinais sistêmicos, com pelo menos 2 dos seguintes sinais:sem sinais sistêmicos, com pelo menos 2 dos seguintes sinais:

Calor localCalor local Eritema até 2 cm em volta da úlceraEritema até 2 cm em volta da úlcera Dor à palpação ou espontâneaDor à palpação ou espontânea Edema local ou induraçãoEdema local ou induração Secreção purulentaSecreção purulenta Afastar outras causas de inflamação da pele (trauma, gota, estase Afastar outras causas de inflamação da pele (trauma, gota, estase venosa...)venosa...)

Page 47: DERMATO - PIODERMITES

Classificação do pé diabéticoClassificação do pé diabético(Consenso Internacional de Pé diabético, 2007)(Consenso Internacional de Pé diabético, 2007)

GRAU GRAU 33

Eritema maior que 2 cm mais um dos achados do grau 2Eritema maior que 2 cm mais um dos achados do grau 2 Infecção em estruturas mais profundas que a pele e o subcutâneo, ( taisInfecção em estruturas mais profundas que a pele e o subcutâneo, ( tais como abscessos profundos, osteomielite, artrite, miosite ou fasciíte)como abscessos profundos, osteomielite, artrite, miosite ou fasciíte) Não deve haver reação inflamatória sistêmicaNão deve haver reação inflamatória sistêmica

GRAU GRAU 44

Qualquer infecção no pé com resposta inflamatória sistêmica, com aQualquer infecção no pé com resposta inflamatória sistêmica, com a presença de 2 das seguintes manifestações:presença de 2 das seguintes manifestações:

febre ou hipotermiafebre ou hipotermia taquicardiataquicardia taquipnéiataquipnéia Pa CO2 < 32 mm HgPa CO2 < 32 mm Hg Leucocitose ou leucopenia e desvio para a esquerdaLeucocitose ou leucopenia e desvio para a esquerda

Page 48: DERMATO - PIODERMITES

Principais fatores envolvidos na gênese das Principais fatores envolvidos na gênese das infecções do pé diabéticoinfecções do pé diabético

Patogenia multifatorialPatogenia multifatorial Neuropatia periféricaNeuropatia periférica Motora Motora Sensitiva Sensitiva Autonômica Autonômica

IsquemiaIsquemia Doença arterial periférica macrovascularDoença arterial periférica macrovascular Doença microvascular estrutural e funcionalDoença microvascular estrutural e funcional

InfecçãoInfecção Mais conseqüência do que causaMais conseqüência do que causa Alterações imunes no diabetes. Hiperglicemia e acidoseAlterações imunes no diabetes. Hiperglicemia e acidose

Page 49: DERMATO - PIODERMITES

Avaliação diagnósticaAvaliação diagnóstica Inventário cuidadoso da lesão e classificação do casoInventário cuidadoso da lesão e classificação do caso

Exame clínico detalhadoExame clínico detalhado Radiografia convencionalRadiografia convencional UltrassonografiaUltrassonografia CTCT RessonânciaRessonância Avaliação da extensão e profundidade das lesõesAvaliação da extensão e profundidade das lesões Osteomielite freqüente nos casos mais gravesOsteomielite freqüente nos casos mais graves

Page 50: DERMATO - PIODERMITES

Avaliação diagnósticaAvaliação diagnóstica Diagnóstico microbiológico da infecçãoDiagnóstico microbiológico da infecção

Limpeza da úlcera com solução estéril. Raspado da base da úlcera.Limpeza da úlcera com solução estéril. Raspado da base da úlcera. O O swabswab da secreção não é material confiável da secreção não é material confiável Se houver coleções fechadas puncionar.Se houver coleções fechadas puncionar. Colher material de coleções profundas durante o debridamentoColher material de coleções profundas durante o debridamento Colher material de osso liquefeito durante o debridamentoColher material de osso liquefeito durante o debridamento Se possível e houver suspeita de osteomielite biópsia óssea e culturaSe possível e houver suspeita de osteomielite biópsia óssea e cultura Hemoculturas nos casos febris e nos mais gravesHemoculturas nos casos febris e nos mais graves UrinoculturaUrinocultura

Page 51: DERMATO - PIODERMITES

Avaliação diagnósticaAvaliação diagnóstica

Avaliação da presença da neuropatia periféricaAvaliação da presença da neuropatia periférica

Avaliação da presença de doença vascular Avaliação da presença de doença vascular periféricaperiférica

História e exame clínico. História e exame clínico. Doppler arterialDoppler arterial Angiografia com CT ou RMAngiografia com CT ou RM ArteriografiaArteriografia

Page 52: DERMATO - PIODERMITES

Avaliação diagnósticaAvaliação diagnóstica

Avaliação sistêmica do paciente e do diabetesAvaliação sistêmica do paciente e do diabetes

RetinopatiaRetinopatia NefropatiaNefropatia Doença cardiovascularDoença cardiovascular Hipertensão arterialHipertensão arterial GotaGota Estado nutricionalEstado nutricional OutrosOutros

Page 53: DERMATO - PIODERMITES

CONDUTA TERAPÊUTICACONDUTA TERAPÊUTICA

Controle do diabetes. Controle do diabetes. Repouso . Aliviar a carga mecânica sobre as lesõesRepouso . Aliviar a carga mecânica sobre as lesões Realizar o debridamento cirúrgico da lesão idealmente após:Realizar o debridamento cirúrgico da lesão idealmente após: Participação do cirurgião geral e outros se necessárioParticipação do cirurgião geral e outros se necessário Inventário minucioso da lesãoInventário minucioso da lesão Avaliação vascular periféricaAvaliação vascular periférica Planejar coleta de material para microbiologiaPlanejar coleta de material para microbiologia Planejar os curativos posteriores com o cirurgiãoPlanejar os curativos posteriores com o cirurgião Acompanhar com medidas ou fotos Acompanhar com medidas ou fotos Não há comprovação da ação de antibióticos tópicos nas lesõesNão há comprovação da ação de antibióticos tópicos nas lesões

Page 54: DERMATO - PIODERMITES

CONDUTA TERAPÊUTICACONDUTA TERAPÊUTICA

Controle do edemaControle do edema Profilaxia do tétanoProfilaxia do tétano Controle dos problemas associadosControle dos problemas associados Tratamento antimicrobiano após coleta de material confiávelTratamento antimicrobiano após coleta de material confiável Iniciar esquema imediato empiricamente, principalmente nos Iniciar esquema imediato empiricamente, principalmente nos

gravesgraves Deve ser dirigido para os microorganismos mais comunsDeve ser dirigido para os microorganismos mais comuns Internação deve ser indicada nos graus 3 e 4Internação deve ser indicada nos graus 3 e 4 Avaliar a capacidade de adesão ao tratamento nos graus 1 Avaliar a capacidade de adesão ao tratamento nos graus 1

e 2e 2

Page 55: DERMATO - PIODERMITES

CONDUTA TERAPÊTICA CONDUTA TERAPÊTICA PRINCIPAIS ESQUEMAS EMPÍRICOSPRINCIPAIS ESQUEMAS EMPÍRICOS

Casos grau 2, evolução recente, sem uso prévio de antibióticosCasos grau 2, evolução recente, sem uso prévio de antibióticos

S. aureus, S. pyogenesS. aureus, S. pyogenes

Cefalexina, amoxi-clavulanato, clindamicina, oxacilina, cefalotinaCefalexina, amoxi-clavulanato, clindamicina, oxacilina, cefalotina

Considerar a possibilidade do MRSA de hospital e da comunidadeConsiderar a possibilidade do MRSA de hospital e da comunidade

Vancomicina, teicoplanina, linezolida; TMP + SMZ; clindamicinaVancomicina, teicoplanina, linezolida; TMP + SMZ; clindamicina

Page 56: DERMATO - PIODERMITES

CONDUTA TERAPÊTICA CONDUTA TERAPÊTICA PRINCIPAIS ESQUEMAS EMPÍRICOSPRINCIPAIS ESQUEMAS EMPÍRICOS

Graus 3 e 4Graus 3 e 4 S. aureus, S. pyogenes, bacilos gram negativos e anaeróbiosS. aureus, S. pyogenes, bacilos gram negativos e anaeróbios Amoxicilina + clavulanato ou Ampicilina + sulbactam Amoxicilina + clavulanato ou Ampicilina + sulbactam Clindamicina + ciprofloxacino (moxifloxacino ou levofloxacino)Clindamicina + ciprofloxacino (moxifloxacino ou levofloxacino) Clindamicina + cetazidima (ceftriaxona, cefepima)Clindamicina + cetazidima (ceftriaxona, cefepima) Clindamicina + ciprofloxacino + vancomicinaClindamicina + ciprofloxacino + vancomicina Piperacilina + tazobactam (+ vancomicina)Piperacilina + tazobactam (+ vancomicina) Ticarcilina + clavulanato (+ vancomicina)Ticarcilina + clavulanato (+ vancomicina) Imipeném ( + vancomicina)Imipeném ( + vancomicina) A questão dos aminoglicosídeos e do metronidazolA questão dos aminoglicosídeos e do metronidazol

Page 57: DERMATO - PIODERMITES
Page 58: DERMATO - PIODERMITES

PIODERMITESPIODERMITES PERGUNTAS E RESPOSTAS PERGUNTAS E RESPOSTAS

1. Quais os fatores que contribuem para o desencadeamento das piodermites?1. Quais os fatores que contribuem para o desencadeamento das piodermites?

R:R: Irritação local, pressão, fricção, hiperidrose, dermatites crônicas pruriginosas, Irritação local, pressão, fricção, hiperidrose, dermatites crônicas pruriginosas, dermatofitoses, traumas (tais como o ato de barbear-se) propiciam a penetração dos dermatofitoses, traumas (tais como o ato de barbear-se) propiciam a penetração dos agentes causais, atuando como porta de entrada. Cerca de 20% dos adultos são agentes causais, atuando como porta de entrada. Cerca de 20% dos adultos são propensos às piodermites estafilocócicas porque têm propensos às piodermites estafilocócicas porque têm Staphylococcus aureusStaphylococcus aureus na flora na flora natural dos orifícios nasais. natural dos orifícios nasais.

2. Que é hidradenite? 2. Que é hidradenite?

R:R: É uma infecção crônica supurativa das glândulas apócrinas, conseqüente à É uma infecção crônica supurativa das glândulas apócrinas, conseqüente à obstrução dos ductos glandulares. Tem início após a puberdade e é mais comum em obstrução dos ductos glandulares. Tem início após a puberdade e é mais comum em mulheres. Podem ser comprometidas as axilas, aréolas mamárias, genitais externos, mulheres. Podem ser comprometidas as axilas, aréolas mamárias, genitais externos, regiões inguinocrural e perianal. O quadro de hidradenite é encontrado em regiões inguinocrural e perianal. O quadro de hidradenite é encontrado em associação com a acne vulgar ou conglobata. Agentes cosméticos, desodorantes ou associação com a acne vulgar ou conglobata. Agentes cosméticos, desodorantes ou antiperspirantes, depilação e roupas justas podem atuar como fatores importantes na antiperspirantes, depilação e roupas justas podem atuar como fatores importantes na gênese da obstrução. Diabetes, obesidade e anemia podem ser causas gênese da obstrução. Diabetes, obesidade e anemia podem ser causas predisponentes. predisponentes.

Page 59: DERMATO - PIODERMITES

PIODERMITESPIODERMITES

. Qual a diferença entre ostiofoliculite e impetigo bolhoso neonatal?. Qual a diferença entre ostiofoliculite e impetigo bolhoso neonatal?

R: R: Ostiofoliculite, impetigo de Ostiofoliculite, impetigo de BockhardtBockhardt ou foliculite pustulosa superficial caracteriza- ou foliculite pustulosa superficial caracteriza-se pelo aparecimento de pequena pústula folicular, a partir da qual, após ruptura e se pelo aparecimento de pequena pústula folicular, a partir da qual, após ruptura e dessecação, origina crosta. As lesões pustulosas têm paredes finas e frágeis, com dessecação, origina crosta. As lesões pustulosas têm paredes finas e frágeis, com centro branco-amarelado. Aparecem agrupadas e curam-se em poucos dias. As centro branco-amarelado. Aparecem agrupadas e curam-se em poucos dias. As lesões são numerosas e localizam-se, preferentemente, na face (especialmente lesões são numerosas e localizam-se, preferentemente, na face (especialmente região perioral), no couro cabeludo e nas extremidades. Pode ser resultado de região perioral), no couro cabeludo e nas extremidades. Pode ser resultado de coçadura, picada de inseto, irritação com erosão local ou outros estímulos coçadura, picada de inseto, irritação com erosão local ou outros estímulos equivalentes. O impetigo estafilocócico, bolhoso ou neonatal atinge recém-nascidos, equivalentes. O impetigo estafilocócico, bolhoso ou neonatal atinge recém-nascidos, principalmente nos dias quentes. É caracterizado pela presença de bolhas frágeis e principalmente nos dias quentes. É caracterizado pela presença de bolhas frágeis e amplas, sugerindo o aspecto das bolhas do pênfigo foliáceo ("fogo selvagem"). amplas, sugerindo o aspecto das bolhas do pênfigo foliáceo ("fogo selvagem"). Quando se rompem, tais bolhas deixam crostas circinadas e exsudativas (impetigo Quando se rompem, tais bolhas deixam crostas circinadas e exsudativas (impetigo circinado). As lesões localizam-se principalmente na face, mãos e áreas não circinado). As lesões localizam-se principalmente na face, mãos e áreas não cobertas dos recém-nascidos. Nos adultos costuma atingir axilas, mãos e virilhas. cobertas dos recém-nascidos. Nos adultos costuma atingir axilas, mãos e virilhas. As complicações incluem sintomas e sinais sistêmicos na criança (fraqueza, febre, As complicações incluem sintomas e sinais sistêmicos na criança (fraqueza, febre, diarréia com fezes esverdeadas). Podem desenvolver-se rapidamente bacteremia, diarréia com fezes esverdeadas). Podem desenvolver-se rapidamente bacteremia, pneumonia e meningite e morte. O impetigo neonatal é extremamente contagioso, pneumonia e meningite e morte. O impetigo neonatal é extremamente contagioso, ameaçando berçários e tendo início ameaçando berçários e tendo início geralmente entre os 4o. e 10o. dias de vida da criança geralmente entre os 4o. e 10o. dias de vida da criança