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Digesto Econômico

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Os Melhores dos Maiores - 2011 22 nov 2011

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    Ao editar, por meio de sua revista Digesto Econmico, o anu-rio Melhores dos Maiores, a Associao Comercial de So Paulo visou a um duplo objetivo: oferecer ao mercado um conjunto importante de informaes sobre as empresas

    mais destacadas e homenagear os empresrios como geradores de riqueza e por sua relevante contribuio ao desenvolvimento do Pas.

    Lanado em 2010, restrito ento apenas s empresas comerciais, o anurio se tornou mais abrangente neste ano, ao incluir outros seto-res de atividade, representando um amplo retrato do setor produtivo brasileiro. As empresas foram agrupadas pelos setores econmicos em que atuam, sendo o Prmio Melhores dos Maiores atribudo s mais bem colocadas no ranking com base na receita, alm de uma escolhida pela escola de negcios Insper (ex-Ibmec) pelo critrio de desempenho.

    As informaes foram fornecidas pela Boa Vista Servios (BVS), empresa controlada pela ACSP que passou a administrar o Servio Central de Proteo ao Crdito (SCPC) e oferece solues inteligentes para auxiliar o processo de tomada de decises de negcios de seus cerca de 1,2 milho de clientes diretos e indiretos em todos os segmentos da economia.

    O conjunto de empresas que compem este anurio foi responsvel, em 2010, por uma receita lquida superior a R$ 1,7 trilho e produziu um lucro lquido de R$ 197,6 bilhes. Essas companhias so donas de um patrimnio lquido de R$ 1,7 trilho e tm ativos totais de R$ 3,4 trilhes.

    Os dados apresentados foram baseados nos balanos divulgados neste ano e se referem aos resultados obtidos em 2010, um ano excepcional, em que o Brasil cresceu 7,5%, mesmo com todos os problemas que o setor produtivo enfrenta. Dentre tais problemas podem-se destacar a alta carga tributria e o excesso de burocracia. O governo vem batendo sucessivos recordes na arrecadao de impostos. O Impostmetro da Associao Comercial de So Paulo, em parceria com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributrio (IBPT), marcou no ano passado R$ 1,27 trilho em arrecada-o de impostos federais, estaduais e municipais. Neste ano, este nmero dever ultrapassar R$ 1,4 trilho, com aumento de quase 10%, enquanto o PIB dever crescer pouco mais de 3%.

    Estudo do IBPT mostrou que, aps 23 anos da Constituio Federal de 1988, foram editadas 4,35 milhes de normas (de 5 de outubro de 1988 at 5 de outubro de 2011), dos quais 275.094 normas tri-butrias, o que d uma ideia da enorme burocracia enfrentada pelas empresas, somente para poder pagar os tributos. O mesmo estudo estima que, para realizar o acompanhamento das modificaes da legislao, as empresas gastem R$ 43 bilhes por ano em funcionrios, sistemas e equipamentos aptos para gerir toda essa burocracia tributria, que, se no for cumprida, pode acarretar pesadas multas.

    A Associao Comercial de So Paulo, ao completar 117 anos de atuao na defesa da livre iniciati-va, pretende com esta publicao homenagear de forma especial as empresas que esto se destacando no mercado, mas deseja estender a homenagem a todos os empresrios brasileiros que, com coragem de correr riscos, dedicao ao trabalho e criatividade, vm ajudando a construir a grandeza do Brasil.

    Justa homenagem queles que geram a

    riqueza deste Pas

    Rogrio AmatoPresidente da Associao Comercial de So Paulo e da Federao

    das Associaes Comerciais do Estado de So Paulo

    Rogrio Amato

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    1 17 30

    Pode ter mais algum bebendo a sua gua.

    Gato na rede de gua prejudica todo mundo: pode contaminar a gua que vem tratada pela Sabesp, fazendo mal para a sade e aumentando a sua conta. Denuncie ligando para 181. A gua sua. Tome conta dela tambm.

    Denuncie.Ligue 181.

    13058-08-AFQ_Sabesp Maiores e Melhores 202x266mm.indd 1 11/11/11 6:27 PM

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    PresidenteRogrio Amato

    Superintendente InstitucionalMarcel Domingos Solimeo

    Superintendente de ComunicaoMoiss Rabinovici

    Projeto EspecialMelhores dos Maiores 2011

    EdioJaime Matos

    TextosAmundsen Limeira, Ana Borges, Anderson Gurgel, Clia

    Demarchi, Eurico Veiga Filho, Gleise de Castro, Hugo Cilo, Iolanda Nascimento, Jos Roberto Nassar (edio de textos), Klaus Kleber, Kleber de Almeida, Lea De Luca, Lizete Teles de Menezes, Lvia Andrade, Lucia Rebouas, Luciana Bruno, Ocimara Balmant, Paulo Bischof, Silvio Muto, Wagner Oliveira, Wellington Miyazaki

    Preparao de textos e RevisoMauro Barros

    Diagramao e ArteSandro Mantovani

    InfografiaDenise Ayres de Souza

    Diretor ResponsvelJoo de Scantimburgo

    Editor ChefeJos Guilherme Rodrigues Ferreira

    EditoresCarlos Ossamu e Domingos Zamagna

    Chefia de ReportagemJos Maria dos Santos

    Editor de FotografiaAlex Ribeiro

    Pesquisa de ImagemMirian Pimentel

    Editor de ArteJos Coelho

    Gerente Executiva e ComercialSonia Oliveira (Tel. 11-3244-3029)

    [email protected]

    Gerente de OperaesValter Pereira de Souza

    [email protected]

    ImpressoProl Editora Grfica Ltda.

    PATROCNIO:

    APOIO:

    REDAO, ADMINISTRAO E PUBLICIDADERua Boa Vista, 51, 6 andar CEP 01014-911

    PABX (11) 3244-3197 REDAO (11) 3244-3070FAX (11) 3244-3046

    www.dcomercio.com.br

    A ECONOMIAAs opinies sobre como o Pas enfrentar a crise internacional divergem. A certeza que hoje tem mais defesas

    AS EMPRESAS As perspectivas a curto prazo das mais importantes companhias brasileiras, depois de seu desempenho no excepcional ano de 2010

    AS 100 MAIORES POR REGIOSudeste continua hegemnico, mas j no o destino nico do capital, que viaja para outras regies

    AS 100 MAIORES POR ORIGEM DE CAPITALAs companhias privadas nacionais, estrangeiras e estatais dividem mais harmoniosamente os resultados

    10

    SUMRIO

    20

    27

    34

    OS SETORES

    AGRONEGCIOAgricultura .......................................... 47Alimentos ............................................. 54Bebidas e Fumo ................................... 62Cana, Acar e lcool ......................... 68Cooperativas ....................................... 74Pecuria ............................................... 76

    COMRCIO Atacado ............................................... 87Comrcio Exterior ................................. 99 Distribuidores de Carros, Motos e Utilitrios .............................. 104Distribuidores de Veculos e Autopeas ....................................... 112Farmcias e Perfumarias ..................... 116Franquias ........................................... 122Lojas de Departamentos e Eletrodomsticos, Roupas e Calados . 124Supermercados .................................. 130Varejo Geral ................................... 142

    INDSTRIA Autopeas .......................................... 156 Veculos e Material de Transporte ........ 160Borracha ............................................ 167Couro e Calados.............................. 170Eletrodomsticos ................................ 173

    Equipamentos Eltricos ....................... 177Material Eletrnico ............................. 180Farmacutica ..................................... 184Higiene e Limpeza .............................. 187 Madeira e Mveis .............................. 190Mecnica ........................................... 194 Minerao ......................................... 200 Minerais No Metlicos ...................... 209Metalurgia ......................................... 214Papel e Celulose ................................ 223Petrleo e Gs ................................... 228Qumica e Petroqumica ..................... 235Plsticos ............................................. 243Txtil .................................................. 247

    SERVIOS Associaes de Classe ........................ 259Comunicao .................................... 263Construo ........................................ 269Educao e Cultura ........................... 296Energia Eltrica .................................. 302Esportes e Entretenimento ................... 317Informtica e Tecnologia da Informao ................................... 320Telecomunicaes .............................. 326Logstica ............................................. 334Saneamento....................................... 344Sade ................................................ 349Turismo e Alimentao ....................... 356

    Superintendente de Comunicao

    Amundsen Limeira, Ana Borges, Anderson Gurgel, Clia

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    16 SETORES DA ECONOMIA;

    11 MIL CANDIDATOS

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    Alimentos e AgronegcioBUNGE

    CONHEA AS LDERES

    As companhias premiadas por se destacaremcomo as maiores em sua rea de atividade

    44

    lojAs de depArtAmentos e eletrodomsticos, roupAs e cAlAdosNOVA CASAS BAHIA

    127

    minerAoVALE206VeculosFIAT164

    AtAcAdoMAKRO96

    supermercAdosCARREFOUR

    138

    metAlurgiAARCELORMITTAL220

    serViosSABESP256

    distribuidores de cArros, motos e utilitriosSAGA

    108

    VArejo gerAlVAILOG146

    petrleo e gsPETROBRAS232

    energiA eltricAELETROPAULO314

    FArmciAs e perFumAriAsDROGASIL

    118

    indstriA em gerAlAMBEV153

    QumicA e petroQumicABASF

    240 telecomunicAesVIVO330

    FOTOS: DIVULGAO

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    ia Com cuidado, uma travessia tranquila

    As opinies sobre como o Pas enfrentar a crise internacional divergem. A certeza que hoje tem mais defesas

    Klaus Kleber

    No final do ano passado, quando tentavam prever a evoluo da economia brasileira, os analistas alertaram que o perodo seria, sim, excepcional, mas que a nao deveria estar preparada para crescimento moderado, mesmo que ainda positivo, em 2011. Era uma opinio virtualmente unnime que, afinal, se provou correta. Agora, a situao outra: os especialistas expressam ntidas divergncias quando olham para 2012. H os que conside-ram temerria a poltica econmica seguida pelo governo da presidente Dilma Rousseff, particularmente no que diz respeito taxa de juros e inflao, e os que apoiam ou, pelo menos, do o benefcio da dvida as medi-das tomadas como precauo a uma crise internacional claramente configurada.

    A primeira corrente se decepcionou quan-

    do o Comit de Poltica Monetria (Copom) do Banco Central (BC) reduziu a taxa bsica de juros de 12,5% para 12%, no fim de agosto, e mais recentemente, em outubro, para 11,5% ao ano. Prev-se que at o fim deste ano, a Selic possa baixar para 11%, tendo, provavel-mente, mais um corte de 0,5 ponto percentual no incio do ano que vem, ficando em 10,5%.

    Para os mais ortodoxos, isso significaria, nada mais, nada menos, do que o abandono do regime de metas de inflao. Como a infla-o acumulada nos 12 meses at setembro, medida pelo IPCA, estava em 7,31%, previa-se que ficasse bastante acima do limite superior da meta (6,5%) no fim deste ano. Nos lti-mos dias, no entanto, as projees dos ana-listas financeiros foram significativamente reduzidas. Segundo o Relatrio de Mercado (Focus) do BC, a inflao, medida pelo IPCA, ficaria em 6,54% em 2011; para o presidente

    Na Bolsa, compasso de espera at que o ambiente internacional se desanuvie

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    do Banco Central, Alexandre Tombini, em alguns dcimos a menos.

    Contudo, ape-sar dessa melho-ra, esses analistas lembram que 2012 comear com um aumento de 14%, aproximadamente, do salrio mnimo, o que os leva a con-cluir que a batalha contra a inflao em 2012 j est perdida, com graves repercusses em 2013. A seu ver, o BC baixou a guar-da, com srios ris-cos para a econo-mia. No pior cen-rio, poderia ocorrer at mesmo uma estagflao, uma vez que o ritmo de atividade perderia ainda mais embalo em razo direta da crise internacional em um ambiente de inflao desgover-nada. Alm disso, alguns temem que haja uma deterio-rao das contas externas, com uma elevao do dficit em transaes cor-rentes acima de 3% do Produto Interno Bruto (PIB).

    Mais moderados, se no mais otimistas quanto aos efeitos da crise externa, outros economistas, ditos independentes, conside-ram que o Copom jogou uma carta acertada ao baixar os juros como medida preventiva desacelerao das economias dos pases desenvolvidos. Para esse grupo, o Brasil pode evitar uma recesso, atenuando o impac-to sobre os nveis de emprego, por meio de

    um fortalecimen-to ainda maior do mercado inter-no. O combate inflao passaria a depender muito mais do controle das contas pbli-cas do que de uma poltica monetria de aperto.

    Se o atual governo cumprir o que se prope em matria de austeridade fiscal, mesmo em um ano de eleies municipais como 2012, seria poss-vel conter a taxa de inflao no muito distante do centro da meta (4,5%), manter um nvel de cres-cimento razovel em face da con-juntura interna-cional. A taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) ficaria muito prxima da prevista para este ano (3,5%). Poderia tambm ser evi-tada uma dete-riorao maior do dficit em conta corrente do balan-o de pagamentos, p r i n c i p a l m e n t e

    com a tomada de medidas defensivas contra a concorrncia predatria de certos pases, especialmente da China.

    ESCUDO PROTETORA disposio do governo de conter os seus gastos constantemente posta em dvida. Um fato incontestvel que, com a reduo da taxa Selic, o governo diminui considera-

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    velmente os seus gastos com o pagamento de juros sobre a dvida pblica interna, cujo saldo era de R$ 1,72 trilho em setembro. Sendo 33% dessa dvida, ou seja, R$ 571 bilhes, atrelados Selic, uma reduo de 1% nessa taxa corresponde a uma poupana para o Tesouro Nacional de R$ 5,7 bilhes em 12 meses. Se a taxa bsica de juros cair para 10,5%, como j se antecipa, a poupana, por-tanto, seria de R$ 11,4 bilhes em 12 meses.

    Mesmo os mais cticos tm de admitir que o supervit primrio (no inclui as despesas de juros) do setor pblico, abrangendo os governos da Unio, dos estados e dos munic-pios, est sob controle, ao menos por enquan-to. Segundo dados do BC, o supervit primrio no acumulado de 12 meses at agosto foi de 3,65% do PIB, nvel bastante superior ao da meta para este ano, que de 3,1% do PIB.

    Outro fator essencial para anlise das perspectivas para 2012 a cotao do dlar em relao ao real. Se a moeda brasileira estiver sobrevalorizada, com uma cotao do dlar em R$ 1,65 ou abaixo, isso prejudica-ria seriamente as exportaes nacio-nais, especialmen-te as de produtos industrializados, obrigando o BC a intervir no merca-do para comprar divisas. Se, ao con-trrio, o real se des-valorizar rapida-mente, como ocor-reu em setembro quando foi cotado, por breve perodo, a R$ 1,91, as pres-ses inflacionrias ganhariam ainda mais fora, levan-do o BC a intervir no mercado, desta vez para vender divisas. Arriscadas como so as previ-ses, possvel que a cotao do dlar se mantenha em torno de R$ 1,75,

    em mdia, em 2012, como se verificou nas ltimas semanas de outubro, o que afastaria muitas preocupaes.

    O ministro da Fazenda, Guido Mantega, costuma afirmar que, se a crise da econo-mia internacional se aprofundar, o Brasil est mais bem protegido agora do que em 2008/2009. Ele nunca deixa de citar que o Pas agora dispe de US$ 351,81 bilhes de reservas (posio em 26 de outubro de 2011), em condies, portanto, de fazer face a um ataque especulativo ou a uma evaso de capi-tais mais pronunciada. Como se recorda, o Brasil, que, ao fim de 2008, tinha reservas de US$ 206,80 bilhes, sofreu em seguida as con-sequncias de uma evaso de capital, embora nunca estivesse estado vulnervel. As dis-ponibilidades cambiais do Pas caram para US$ 199,41 bilhes no incio de maro de 2009, mas a partir de ento voltaram a crescer.

    H possibilidade de que uma oscilao como aquela venha a ocorrer, mas, de fato, o Pas nunca contou com um escudo protetor to forte como agora para enfrentar as turbuln-

    cias internacionais. Apesar ou por causa da crise, a enxurrada de recursos exter-nos neste ano bateu todos os recordes. S em investimen-tos estrangeiros diretos (IED) ingres-saram no Pas, em setembro, US$ 6,32 bilhes, elevando o acumulado nos pri-meiros nove meses de 2011 a US$ 50,45 bilhes. As proje-es indicam que o total de IED possa se situar entre US$ 70 bilhes e US$ 75 bilhes, recorde absoluto na srie histrica.

    FATOR DECISIVOO volume de IED levantou suspeitas de que se trataria,

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    na realidade, de aplicaes especulativas disfaradas, de modo a evitar o recolhi-mento de IOF (6% para renda fixa e 2% para aes). Mas os anncios de investimentos estrangeiros no Brasil vieram a desmentir essa hiptese. Agora, por exemplo, chegou a vez dos caminhes, que at h pouco eram o pato feio da indstria automobilstica. As empresas que j fabricam caminhes e outros veculos comerciais no Pas eram s seis e podero chegar a 13, se se concretizarem os inves-timentos previstos nesse setor. Esse interesse no chega a surpreender, uma vez que h fila de espera de seis meses para os interessa-dos em comprar caminhes, o que um bom indicador da conjuntura. Pode ser que, com a desacelerao da demanda interna, a procura por esses veculos diminua, mas preciso considerar a preponderncia do transpor-te rodovirio no Brasil, bem como o fato de que a idade mdia dos caminhes que trafegam nas estradas nacio-nais de 22 anos.

    Dado o potencial de seu mercado, o Brasil deve con-tinuar atraente para inves-timentos externos, mas a expectativa que, em 2012, os IED tenham um recuo aprecivel, assim como as aplicaes financeiras exter-nas em ttulos do governo. A depender do volume dessa retrao, o balano de paga-mentos brasileiro pode ressentir-se.

    At agora tm sido os vultosos investimen-tos e aplicaes financeiras do exterior que tm coberto o dficit em transaes correntes (balana comercial, servios e transfern-cias unilaterais). Esse dficit, que estava em US$ 35,98 bilhes no perodo janeiro-setem-bro, pode ficar prximo de US$ 48 bilhes ao fim deste ano, representando 2,05% do

    PIB, um pouco acima do total ao fim de 2010 (US$ 47,36 bilhes).

    Para manter esse saldo negativo nesse patamar, a taxa de cmbio decisiva. Ou, em outros termos, ser preciso que a cotao do dlar seja suficientemente elevada para estimular as exportaes e conter o fluxo das importaes. Graas s cotaes excepcio-nais obtidas pelas commodities exportadas pelo Brasil, o Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior (MDIC) revisou, em junho, a meta para as exportaes, pro-jetando ento que elas atingiriam US$ 180 bilhes. Acontece que, j em setembro, as

    Para 2012, ainda difcil prever repetio do bom desempenho das commodities

    JOO DI PIETRO

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    Melhores dos Maiores de 2011.

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    vendas externas brasileira j tinham alcana-do US$ 189,99 bilhes. Nessa altura, no de modo algum irrealista a projeo de que, pela primeira vez na histria, as exportaes anu-ais brasileiras ultrapassem US$ 200 bilhes, ficando ao redor de U$ 250 bilhes.

    O problema, naturalmente, que as impor-taes tambm crescem rapidamente, tendo chegado a US$ 166,90 bilhes, podendo evo-luir para US$ 220 bilhes at dezem-bro. O supervit da balana, que at setembro era de US$ 23,03 bilhes, pode se aproximar de US$ 30 bilhes em 2011, o que representaria um excelente resulta-do, muito alm das previses feitas no incio deste ano.

    Repetir o feito em 2012 ser dif-cil. Em primeiro lugar, com a queda

    das cotaes das commodities, as a receitas dessas exportaes devem diminuir, embora tudo v depender, afinal, da demanda chine-sa. Pode ser que os preos das commodities agrcolas baixem menos do que os metais, garantindo ainda uma boa receita. A expecta-tiva de que o Brasil possa tambm aumen-tar as suas exportaes lquidas de petrleo em bruto. J as exportaes de manufa-

    turados, principal-mente para os mercados dos pa-ses em desenvolvi-mento, sero tanto mais problemticas quanto mais a taxa de cmbio se manti-ver desalinhada.

    ELEVAR INVESTIMENTOSUm supervit comercial da ordem de US$ 20 bilhes pode ser obtido no ano que vem, mas desde

    A farra dos carros importados, segundo maior item da pauta de importaes brasileiras em 2011, est prxima do fim

    RODRIGO LEAL/APPA

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    que as importaes mostrem uma desacele-rao. Pode ser que, com a demanda interna menos aquecida, caia tambm a procura por importados. As medidas de defesa comercial tomadas pelo governo devem ter influn-cia nesse sentido. Apesar das presses no mbito da Organizao Mundial do Comrcio (OMC), improvvel que o governo recue quanto elevao do IPI para 35% para ve-culos que no contenham, no mnimo, 65% de partes e peas fabricadas no Pas, a no ser para aqueles procedentes de pases com os quais o Brasil mantm acordos automotivos (Argentina, Uruguai e Mxico). H empre-srios que defendem que, para permitir a instalao de novas fbricas de caminhes, o governo admita que a taxa de nacionali-zao seja atingida de maneira escalonada por um certo prazo, e talvez o governo ceda nesse ponto. Mas, quanto a automveis de passageiros o segundo maior item da pauta de importaes brasileiras em 2011 , isso muito dificilmente ocorrer. A farra dos car-ros importados est prxima do fim.

    A propsito, vale notar que a taxa de cm-bio tem um efeito tambm sobre a conta de servios. Em setembro, por exemplo, diminu- ram as despesas de viagens internacionais em relao ao ms anterior, como consequn-cia direta da alta do dlar. E, mais importante, caram tambm no ms as remessas de lucros e dividendos, mostrando como o cmbio sobrevalorizado vinha facilitando as remes-sas pelas subsidirias de empresas multi-nacionais para as suas matrizes.

    Um dos maiores desafios do Brasil, nesta etapa de desenvolvimento, elevar a taxa de investimentos na economia, uma das mais baixas entre os pases emergen-tes, atualmente estimada em 19% do PIB. Essa taxa vem crescendo, embora no tanto como se deseja-ria, precisando

    ser complementada pela poupana externa. Estima-se que, para sustentar o desenvolvi-mento, o Pas precisaria elev-la a 25% do PIB, que ainda parece distante.

    Sob esse ponto de vista, as perspectivas no so alentadoras. O governo, no esforo de obter supervit primrio de bom tamanho, tem limitada capacidade de investimento. A parcela que sobra para isso direcionada para a infraestrutura, de que o Pas to carente. A participao do setor privado nos investimentos totais deveria, portanto, ser muito mais significativa.

    Se isso ser possvel com um crescimento relativamente baixo da economia, duvido-so. Um bom indicativo da situao atual a abertura de capital de empresas brasileiras. De acordo com dados da consultoria Ernst & Young Terco, a expectativa era de que 30 empresas realizassem IPOs (oferta inicial de aes, na sigla em ingls) no mercado brasi-leiro em 2011. At outubro, no entanto, esse nmero no passou de 11, e no se prev que aumente at o fim deste ano.

    lgico que isso depende diretamente do comportamento do mercado secundrio, isto , da evoluo das cotaes das aes de empresas cotadas na BM&FBovespa. Se a Bolsa estiver em alta, as condies tornam-se muito mais favorveis para que novas empre-sas abram o capital, como a experincia dos ltimos anos demonstrou.

    Com as gestes bem-sucedidas dos lde-res europeus para resolver a crise na zona

    do euro, a Bolsa ganhou um novo nimo, mas tudo pode no passar de uma onda. pre-ciso que, desanu-viado o ambiente internacional, o comportamento do mercado de aes possa ser mais encorajador para novos lanamentos de aes em 2012, com reflexos posi-tivos sobre o nvel nacional de inves-timento.

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    Amostragem d e um Brasil realAs perspectivas a curto prazo das mais importantes companhias

    brasileiras, depois de seu desempenho no excepcional ano de 2010

    A presente edio mostra um retra-to completo das empresas dos setores no financeiros do Brasil Agronegcio, Comrcio, Indstria

    e Servios. Para tra-lo foram reunidos seu desempenho recente, seus projetos e suas perspectivas. O desempenho evidenciado nos rankings compostos pela anlise dos resultados de cerca de dez mil empresas registrados em 2010, ano em que os neg-cios fluram com xito excepcional pratica-mente em todas as reas de atividade. As perspectivas so mostradas nos textos que acompanham aqueles rankings e que procu-ram mostrar o que os nmeros no podem traduzir: como cada setor est conduzindo os negcios neste ano de 2011 de crescimento mais modesto, porm ainda firme e, prin-cipalmente, como se prepara, com projetos e investimentos, para enfrentar o curto e o mdio prazos, num momento de natural temor pelo que a crise que ronda Europa e Estados Unidos possa trazer de negativo.

    V-se ali o que faz o vigoroso agrone-gcio brasileiro, segundo maior exportador mundial no gnero, para se manter como a principal fora garantidora dos supervits

    da balana comercial. Ou os prognsticos do comrcio, otimistas, virtualmente todos fixados em porcentagens de crescimento dos negcios mais ambiciosas que os estimados 3,5% de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para este ano. H a indstria, sobre a qual cai mais fortemente o peso da desacelerao de negcios determi-nada pela necessidade de frear a economia diante da ameaa da inflao, mas que per-manece tona. E, finalmente, os servios a atual locomotiva, responsvel por 67,4% na formao do PIB e por 70% da mo de obra empregada no Pas,

    O contedo de Melhores dos Maiores 2011 se revela mais abrangente em relao a publicaes similares, por ter sido construdo a partir da anlise dos resultados de compa-nhias de qualquer porte, desde as gigantes de cada ramo s mdias e mesmo pequenas, pela prpria natureza mais geis na expan-so de negcios.

    A importncia do levantamento se compro-va pelos nmeros que resultaram dele. O con-junto das empresas foi responsvel, em 2010, por uma receita lquida superior a R$ 1,7 trilho e produziu um lucro lquido de

  • MELHORES DOS MAIORES 2011 | 21

    Amostragem d e um Brasil realR$ 197,6 bilhes. Essas companhias so donas de um patrimnio lquido de R$ 1,7 trilho e tm ativos totais de R$ 3,4 trilhes (ver a tabela Resumo da amostragem).

    Para reforar a ampli-tude da amostragem, aquelas quatro grandes reas de negcios esto divididas em subsetores: so seis no Agronegcio, nove no Comrcio, 19 na Indstria e 12 nos Servios. Cada um desses subsetores se ramifica, de forma que temos, ao final, os detalhes de nada menos que 246 segmentos de atividades. Dessa forma, a revista permite a consulta, a cada setor, de toda a cadeia de produo.

    Outro ponto a destacar so os rankings especiais. O primeiro deles o das 100 maio-res empresas de cada uma das cinco regies do Pas (500 no total, portanto). Outra relao a das 100 maiores por origem de capital: nacional, estrangeiro e estatal.

    Como reconhecimento pelo desempenho em 2010, a revista est premiando as empre-sas de 15 subsetores escolhidos pelo critrio de maior receita lquida (ver a relao na tabela As escolhidas). Para os segmentos do Varejo, coube ao Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper, ex-Ibmec), uma das mais respeitadas escolas e instituies na rea de economia e negcios do Pas, selecionar as dez companhias do ramo que apresentaram maior capacidade de criar valor.

    O levantamento de dados e a anli-se dos balanos para a elaborao dos rankings, bem como a fixao dos par-metros para fazer o trabalho (ver o qua-dro Critrios adotados), ficaram a cargo

    da Boa Vista Servios, a companhia que absor-veu a antiga Unidade de Negcios de Pessoa Jurdica (UNPJ) da Associao Comercial de So Paulo (ACSP). Esta j participara de projetos editoriais similares. Foi responsvel, por exem-plo, pelo levantamento e anlise de balanos e elaborao dos rankings nas duas ltimas edies da revista Balano Anual, em 2007 e 2009, publica-o descontinuada pelo fechamento da Editora Gazeta Mercantil, que a publicava.

    da Boa Vista Servios, a companhia que absor-veu a antiga Unidade de Negcios de Pessoa Jurdica (UNPJ) da Associao Comercial de So Paulo (ACSP). Esta j participara de projetos editoriais similares. Foi responsvel, por exem-plo, pelo levantamento e anlise de balanos e elaborao dos rankings DIGES

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    16 SETORES DA ECONOMIA;

    11 MIL CANDIDATOS

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    receita lquidaReceita bruta deduzida dos impostos

    incidentes sobre vendas e de devolues.

    evoluo real das receitas (ev. real %)

    Considera a variao do IGP-M. No caso de demonstraes contbeis elaboradas pela legislao societria, as receitas so ajustadas pela inflao mdia do perodo a que se referem.

    lucro/prejuzo operacionalValor declarado na demonstrao

    do resultado, excludo o resultado de equivalncia patrimonial.

    lucro/prejuzo lquidoValor declarado na demonstrao do

    resultado e reverso dos juros sobre o capital prprio.

    ativo totalValor declarado no balano patrimonial,

    reclassificando as duplicatas descontadas para o passivo.

    patrimnio lquidoValor declarado no balano patrimonial.

    ebitdaResultado operacional, excludos os

    valores das depreciaes e amortizaes, do resultado financeiro e do resultado da equivalncia patrimonial.

    critrios adotados

  • MELHORES DOS MAIORES 2011 | 25

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    necessidade de capital de giro (ncg)

    Ativos operacionais de curto prazo menos passivos operacionais de curto prazo.

    incidncia tributriaLucro/prejuzo lquido dividido

    pelo lucro/prejuzo operacional, em porcentagem. No clculo do quociente so consideradas apenas as empresas que apresentaram lucro, tanto operacional quanto lquido, durante o exerccio de 2010.

    margem de lucroLucro/prejuzo operacional dividido

    pela receita lquida, em porcentagem.

    giro dos ativosReceita lquida dividida pelo ativo

    total, em porcentagem.

    endividamentoAtivo total dividido pelo patrimnio

    lquido, em porcentagem. Foram consideradas as empresas cujo patrimnio lquido apresentado no balano patrimonial de 2010 teve valor positivo.

    retorno sobre capitalLucro/prejuzo dividido pelo

    patrimnio, em porcentagem. Foram excludas as empresas que apresentaram patrimnio lquido negativo no final do exerccio de 2010.

    critrios adotados

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    Com a seleo do peloto de frente dos neg-cios, formado pelas 500 maiores empresas do Brasil em receita lquida as 100 principais de cada regio , conforme os rankings publi-cados na presente edio, o Sudeste continua na liderana com larga margem, com 72,65% dos resultados. A sequncia tambm no oferece novidades pela ordem, Sul (13,54%), Nordeste (6,72%), Centro-Sul e finalmente o rarefeito Norte (2,29%).

    No total, essas 500 companhias fatura-ram, em 2010, R$ 1,18 trilho, o equivalente a 67,58% da receita de todas as empresas lista-das nesta edio.

    As percentagens de participao no sig-nificam, contudo, que apenas no Sudeste os negcios esto em movimento. Ao contrrio, h marcas bens visveis migrao do capital dos centros tradicionais, acelerada na segunda metade da dcada de 1990 fruto, em parte, da chamada guerra fiscal, mas cujo principal animador foi a estabiliza-o da economia.

    Os resultados de vultosos investimentos recentes so perceptveis no Nordeste, cuja economia tem cresci-do acima da mdia nacio-nal. Neste ano, por exem-plo, o Produto Interno Bruto (PIB) local dever se expandir em 5,06%, prev a consultoria pernambuca-na Datamtrica, ante aos 3,5% esperados pelo Banco Central (BC), ou entre 3,5% e 4%, conforme estima o Ministrio da Fazenda para toda a economia brasileira.

    Tambm o Centro-Oeste passa por visveis transformaes. a regio brasileira de maior crescimento populacional, na casa dos 20%, em relao mdia de 10% das demais, de acordo com o Censo 2010. O principal incentivo migrao a economia local, que tambm tem crescido a taxas superiores s do Brasil. Em 2008, ltimo dado consolidado disponvel, a expanso foi de 6%, ante 5,2% em nvel nacio-nal. A alavanca para o crescimento tem sido principalmente o campo. Neste ano, a renda agrcola do Centro-Sul tomar a liderana do Sul e deve chegar a R$ 53,9 bilhes, 42% a mais que em 2010, enquanto o Sul, com R$ 50,9 bilhes, ter crescido 7%.

    A irradiao desses resultados j se sente em outras reas. No consumo, por exem-plo. Segundo pesquisa da Kantar Worldpanel divulgada em maro deste ano, os morado-res do Centro-Oeste so os que mais gastam com uma cesta de 65 produtos que vai de

    alimentos a carros. Os desembolsos na regio aumentaram 18% em 2010, enquanto a mdia brasileira ficou em 10,4%.

    Situaes como as do Nordeste e do Centro-Sul tanto tm provocado a interiorizao de grandes marcas brasileiras quan-to tm contribudo para o nascimento de marcas locais ou o fortalecimen-to das existentes. um movimento que, mais frente, mudar bastan-te o ranking das maiores empresas do Pas.

    Muda o endereo do investimento

    Sudeste permanece hegemnico, mas j no o destino nico do capital, que viaja para outras regies

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    1 Petrobras 156.487.000 rJ2 br 55.045.731 rJ3 Vale 51.386.000 rJ4 IPIranga 36.311.714 rJ5 Carrefour 25.622.503 sP6 fIat s.a. 20.667.547 Mg7 WalMart 19.725.992 sP8 suPerM. Po de aCar 15.512.508 sP9 telefnICa sP 14.581.961 sP10 CargIll 14.267.632 sP11 tIM Celular 13.742.609 sP12 tMar 13.370.434 rJ13 aMbeV 12.742.200 sP14 Jbs 11.770.293 sP15 arCelorMIttal 11.555.073 Mg16 usIMInas 11.424.351 Mg17 brf brasIl foods 10.929.898 sP18 Claro 10.295.146 sP19 eMbratel 10.101.736 rJ20 Cosan Cl 10.061.116 rJ21 eletroPaulo 9.697.157 sP22 sabesP 9.230.370 sP23 Csn 8.604.360 rJ24 eMbraer 8.130.393 sP25 gerdau aos longos 7.866.041 rJ26 oI 7.169.445 rJ27 Vrg 6.979.447 rJ28 Cereal sul 6.928.819 sP29 CeMIg dIstrIb. 6.927.122 Mg30 noVa Casas bahIa 6.470.126 sP31 furnas 6.449.652 rJ32 saMarCo MInerao 6.234.332 Mg33 lIght eletrICIdade 6.097.103 rJ34 norberto odebreCht 5.748.129 sP35 WhIrlPool 5.666.301 sP36 natura 5.514.315 sP37 louIs dreyfus 5.391.376 sP38 souza Cruz 5.364.200 rJ39 CPfl 5.360.015 sP40 loJas aMerICanas 5.344.585 rJ41 Makro ataCadIsta 5.253.670 sP42 basf 5.194.009 sP43 CaMargo Corra Constrs. 4.911.292 sP44 Ponto frIo 4.557.788 rJ45 gerdau aoMInas 4.348.240 Mg46 transPetro 4.255.072 rJ47 MagazIne luIza 4.193.623 sP48 Votoran 4.171.150 sP49 aMIl 4.156.314 rJ50 CoMgs 4.095.343 sP51 aMbeV brasIl 4.095.317 sP

    52 Const. andrade gutIerrez 3.949.734 sP53 eCoPolo aMbIental 3.922.852 sP54 MarfrIg 3.900.258 sP55 b2W 3.803.907 sP56 klabIn 3.787.546 sP57 fIbrIa 3.763.814 sP58 CoCa-Cola sPal 3.703.886 sP59 CoPersuCar 3.677.336 sP60 bayer 3.671.970 sP61 Const. QueIroz galVo 3.645.233 rJ62 IVeCo 3.576.818 Mg63 herInger 3.521.473 es64 CeMIg gt 3.433.470 Mg65 elektro 3.368.855 sP66 Metron 3.253.547 es67 CoPasa Mg 3.226.745 Mg68 bunge fertIlIzantes 3.213.697 sP69 MInerVa 3.208.357 sP70 MMC 3.105.977 sP71 ferreIra 3.027.894 es72 sendas 3.009.317 rJ73 nextel teleCoMunICaes 2.974.685 sP74 Construtora oas 2.943.002 sP75 MartIns dIstrIbuIo 2.924.119 Mg76 Casas PernaMbuCanas sP 2.917.699 sP77 sIeMens 2.906.959 sP78 CesP 2.905.327 sP79 CbMM 2.902.786 Mg80 hyPerMarCas 2.886.460 sP81 Cedae 2.864.795 rJ82 delta Construes 2.827.995 rJ83 ultragaz 2.816.065 sP84 du Pont 2.777.339 sP85 aMPla 2.745.730 rJ86 arCelorMIttal Inox brasIl 2.737.540 Mg87 lIQuIgs dIstrIbuIdora 2.684.592 sP88 duratex 2.633.085 sP89 ProfarMa 2.625.471 rJ90 Cosan 2.583.094 sP91 Cba aluMnIo 2.577.590 sP92 CPfl PIratInInga 2.436.451 sP93 unIMed rIo 2.434.971 rJ94 Cosan s.a.aCar lCool 2.322.073 sP95 V&M 2.284.418 Mg96 bandeIrante energIa 2.259.256 sP97 estabeleCIMento unIfICado 2.247.128 rJ98 galVo engenharIa 2.241.539 sP99 doW 2.204.868 sP100 loJas rIaChuelo 2.190.137 sP TOTAL DAS 100 MAIORES 857.634.411

    As 100 maiores empresas do SUDESTE

    cLASS. EMPRESA/SEDE REcEITA LQUIDA - R$ MIL UF cLASS. EMPRESA/SEDE REcEITA LQUIDA - R$ MIL UF

  • MELHORES DOS MAIORES 2011 | 29

    1 VIVo 14.653.824 Pr2 bunge alIMentos 14.527.173 sC3 sadIa 11.034.004 sC4 refaP 9.231.472 rs5 renault do brasIl 6.131.142 Pr6 CoPel dIstrIbuIo 3.890.081 Pr7 CelesC 3.888.854 sC8 Weg 3.463.440 sC9 yCatu engenharIa 3.395.206 sC10 gerdau aos 3.265.640 rs11 traCtebel energIa 3.141.168 sC12 eleCtrolux brasIl 3.093.361 Pr13 getnet 2.831.929 rs14 seara 2.771.892 sC15 loJas renner 2.726.604 rs16 kraft foods 2.440.078 Pr17 PosItIVo InforMtICa 2.328.135 Pr18 rge 2.125.171 rs19 zaffarI/Porto alegre 1.899.871 rs20 aes sul 1.866.037 rs21 yara brasIl 1.817.187 rs22 suPer Muffato 1.712.323 Pr23 doux frangosul 1.661.163 rs24 CoPel gerao transMIsso 1.621.145 Pr25 randon Parts. 1.619.302 rs26 CoCa-Cola sPaIPa 1.615.474 Pr27 Corsan 1.576.992 rs28 suPerMerCados angelonI 1.519.732 sC29 sanePar 1.480.274 Pr30 Condor suPer Center 1.438.186 Pr31 tIgre 1.435.058 sC32 bIanChInI 1.356.469 rs33 MarCoPolo 1.342.147 rs34 CoCa-Cola VonPar 1.282.704 rs35 dIMed 1.187.800 rs36 loJas ColoMbo 1.145.261 rs37 ClaMo 1.103.961 Pr38 gerdau aos 1.088.337 rs39 all-aMrICa latIna logstICa 1.030.830 Pr40 herIng 1.012.845 sC41 Petrleo IPIranga/ref. 961.948 rs42 yokI 920.940 Pr43 InnoVa 887.908 rs44 beIra rIo 775.887 rs45 arauCo do brasIl 765.865 Pr46 VIPal 748.122 rs47 Ceee 738.519 rs48 eletrosul 723.906 sC49 Paran eQuIPaMentos 709.853 Pr50 all aMrICa latIna logstICa - sP 708.168 Pr51 oleoPlan 695.385 rs

    52 Cta ContInental 683.443 rs53 JosaPar 670.746 rs54 serVoPa 667.906 Pr55 MIlenIa 667.139 Pr56 gIassI & CIa. 660.411 sC57 terra netWorks 619.341 rs58 tnt MerCrIo 605.497 rs59 sChulz 592.913 sC60 agrale 577.998 rs61 sInosCar 572.451 rs62 zero hora 570.584 rs63 steMaC 570.138 rs64 florena 568.446 Pr65 slC agrCola 567.791 rs66 Whb fundIo 555.647 Pr67 hosPItal n. s. ConCeIo 531.515 rs68 berneCk 525.677 Pr69 nrdICa 511.960 Pr70 CeCrIsa 498.680 sC71 Intelbrs 497.160 sC72 PuC rs 496.190 rs73 loJas salfer 490.180 sC74 Casan 489.036 sC75 Portobello 481.288 sC76 bsbIos 474.174 rs77 aa frIgelar s.a. 470.237 rs78 fras-le 469.417 rs79 guerra 467.704 rs80 PuC Pr 467.115 Pr81 PaMPlona 466.566 sC82 traMontIna CutelarIa 459.676 rs83 tonIolo busnello 456.493 rs84 sC gs 453.307 sC85 MIlI 442.706 Pr86 Celulose IranI 439.294 rs87 forJas taurus 434.882 rs88 CaCIQue Caf solVel 432.614 Pr89 ferraMentas geraIs 429.471 rs90 latIno aMerICana 427.462 sC91 CIMento ItaMb 423.123 Pr92 o botICrIo 422.819 Pr93 rodonorte ConCes. rodoVIrIas 412.065 Pr94 elIane 408.174 sC95 MedabIl 406.437 rs96 sulgs 397.944 rs97 ProVIdnCIa 397.505 Pr98 ouro Verde transPorte 394.764 Pr99 tuPer 388.437 sC100 CdC brasIl 384.349 Pr

    TOTAL DAS 100 MAIORES 159.887.645

    As 100 maiores empresas do

    SULcLASS. EMPRESA/SEDE REcEITA LQUIDA - R$ MIL UF cLASS. EMPRESA/SEDE REcEITA LQUIDA - R$ MIL UF

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    io

    1 ale 6.967.580 rn2 Chesf 5.150.548 Pe3 Coelba 4.394.324 ba4 suzano PaPel e Celulose 4.244.727 ba5 CelPe 2.860.067 Pe6 suPerMerCado g barbosa 2.491.178 se7 farMCIa Pague Menos 1.806.096 Ce8 grendene 1.604.507 Ce9 VotorantIM CIMentos 1.577.774 Pe10 M dIas branCo 1.487.407 Ce11 M & g 1.322.966 Pe12 eMbasa 1.300.993 ba13 usIna Caet 1.179.937 al14 J MaCdo 1.179.632 Ce15 oxIteno ne 1.178.715 ba16 CeMar 1.147.502 Ma17 estaleIro atlntICo sul 1.095.548 Pe18 PrIMo sChInCarIol ne 1.069.397 ba19 bahIags 986.952 ba20 Cosern 969.179 rn21 CarValho MerCadao 912.971 PI22 VICunha 901.995 Ce23 eIt 880.854 Ce24 CePIsa 870.855 PI25 CorurIPe 862.179 al26 guararaPes 808.295 rn27 WInd PoWer 795.084 Pe28 VeraCel 778.204 ba29 gdk 753.616 ba30 santa Clara alIMentos 749.206 Ce31 aVIPal ne 726.291 ba32 energIsa Paraba 724.227 Pb33 belgo bekaert 699.665 ba34 ferbasa 691.498 ba35 CoPertradIng 691.172 al36 ello PuMa 687.397 Pe37 CoMPesa 678.292 Pe38 Ceal 625.554 al39 bahIa sPeCIalty 614.212 ba40 energIsa 568.464 se41 terMoPernaMbuCo 568.217 Pe42 MarCosa 564.184 Ce43 deten 563.468 ba44 esMalteC 561.806 Ce45 VIa sul/fIat 558.439 Pe46 CageCe 500.976 Ce47 Cgtf 487.793 Ce48 Moura 486.269 Pe49 PetrobahIa 482.401 ba50 ebal baIana alIMentos 475.850 ba51 nordesto 461.837 rn

    52 sertaneJa 458.395 ba53 PrIMo sChInCarIol ne 449.909 Ma54 CoPergs 443.995 Pe55 ale CoMbustVeIs 441.862 rn56 unIleVer sorVetes 440.956 Pe57 WhIte MartIns ne 417.076 Pe58 nufarM 407.759 Ce59 Caraba 401.014 ba60 VIPal nordeste 397.414 ba61 ManatI 387.497 ba62 santana drogarIa 357.332 ba63 hosPItal so rafael 343.555 ba64 CagePa 338.513 Pb65 euroVIa 334.129 Pe66 Construtora MarQuIse 317.502 Ce67 M&g 305.466 Pe68 Caern 301.726 rn69 fluxo assessorIa 296.010 Pe70 PetroVIa 290.155 Pe71 nC energIa 289.883 Pe72 ItaPebI 288.225 ba73 rayMundo da fonte 287.032 Pe74 CIV 286.789 Pe75 sertenge 285.370 ba76 suCesso 279.024 PI77 bahIa PesCa 276.979 ba78 soCoCo 273.557 al79 MoInho Cearense 264.703 Ce80 alIMentos fartura 256.755 Ce81 edn estIreno 255.939 ba82 Cear/Mb 254.778 Ce83 dafruta 254.373 Pe84 trIfIl sCala 248.760 ba85 norsergel 247.045 Ma86 sansuy 246.538 ba87 bonanza suPerMerCados 246.505 Pe88 teQuIMar 241.052 ba89 tbM 235.846 Ce90 Cegs 235.416 Ce91 edson QueIroz 234.817 Ce92 deso 233.681 se93 atakareJo 233.392 ba94 VIena 232.653 Ma95 agesPIsa 230.738 PI96 Cresauto 223.640 ba97 usIna santo antonIo 222.929 al98 IlPIsa 222.857 al99 suPerMerCado da faMlIa 222.749 Pe100 frIgotIl 222.625 Ma TOTAL DAS 100 MAIORES 79.411.215

    As 100 maiores empresas do NORDESTE

    cLASS. EMPRESA/SEDE REcEITA LQUIDA - R$ MIL UF cLASS. EMPRESA/SEDE REcEITA LQUIDA - R$ MIL UF

  • MELHORES DOS MAIORES 2011 | 31

    1 brasIl teleCoM 8.373.022 df2 Caoa 3.545.856 go3 eletronorte 3.430.390 df4 Infraero 2.908.309 df5 eMgea 2.748.959 df6 Celg dIstrIbuIo 2.163.746 go7 CeMat 1.956.588 Mt8 CaraMuru alIMentos 1.788.648 go9 Claro Centro-oeste 1.659.707 df10 serPro 1.442.122 df11 terraCaP 1.322.680 df12 enersul 1.157.009 Ms13 ferronorte ferroVIas 1.092.708 Mt14 Ceb 1.025.652 df15 saneago 876.531 go16 Caesb 865.439 df17 saga go 842.733 go18 fuJIoka 739.442 go19 lbr lCteos 693.132 go20 dataPreV 618.723 df21 VIa 581.100 df22 serV. soCIal autnoMo 580.630 df23 far 576.812 df24 estao transMIssora 571.856 df25 suPerMaIa 413.880 df26 dIsbraVe/braslIa 410.966 df27 Jorlan VeCulos 409.134 df28 brasal refrIgerantes 403.355 df29 suPerMerCado Modelo 392.763 Mt30 Conab 373.992 df31 Cdsa 373.198 go32 PolIteC InforMtICa 349.638 df33 eMsa 346.778 go34 suCIa 345.074 go35 brasIl teleCoM Call 321.989 df36 nutrIza 305.960 go37 alfa eMPreendIMentos 303.285 df38 MInerao serra grande 298.574 go39 CPrM 289.453 df40 saMa MInerao 279.505 go41 teuto 274.402 go42 goVesa 271.067 go43 barralCool 267.987 Mt44 autotraC 262.963 df45 Maeda 254.014 go46 uCb 243.819 go47 serra da borda 240.059 Mt48 atP teCnologIa 226.687 df49 Centro-oeste raes 225.255 go50 Jalles MaChado 224.554 go51 Proforte 223.458 go

    52 sanesul 212.335 Ms53 brasfrIgo 212.255 go54 Vale do Verdo 211.542 go55 renosa 210.815 Mt56 santana txtIl 195.319 Mt57 agra 190.109 Mt58 JardIM Mangueral 183.132 df59 CasseMs 181.282 Ms60 slaVIero/braslIa 178.079 df61 CorreIo brazIlIense 177.939 df62 hosPItal santa lCIa 176.902 df63 rodobens CaMInhes 172.964 Mt64 hIPer MoreIra 171.832 go65 drogarIa do rosrIo 166.641 df66 VIa eMPreendIMentos 164.794 df67 Mb engenharIa 162.065 go68 anadIesel 154.741 go69 teCar df 154.349 df70 usInaVI 153.439 Ms71 lInCe VeCulos 152.195 go72 guas guarIroba 148.048 Ms73 abV 144.438 Ms74 uruCuM 144.221 Ms75 Ponte de Pedra 137.880 Mt76 tonon bIoenergIa 136.461 Ms77 hosPItal santa luzIa 135.042 df78 Cast InforMtICa 132.295 df79 eldorado 127.885 Ms80 troPICal bIoegergIa 126.857 go81 hosPItal santa helena 121.573 df82 CoruMb 117.204 df83 ItIQuIra 116.244 Mt84 alCoolVale 113.825 Ms85 suPerMerCado bIg boM 111.216 Ms86 usIna PanoraMa 110.853 go87 V anhanguera 108.250 go88 dan hebert Construtora 104.241 df89 del Moro aurora suPerMerCados 101.013 Mt90 geolab 100.203 go91 Ceb laJeado 96.747 df92 dIsbral 96.599 go93 lInha Vede energIa 95.822 df94 saneCaP 94.064 Mt95 Msgs 93.853 Ms96 Caenge 93.779 df97 tMe 93.430 Mt98 Jornal o PoPular 91.425 go99 agroMon 90.252 Mt100 Pr brazIlIan 90.054 go

    TOTAL DAS 100 MAIORES 56.750.108

    As 100 maiores empresas do

    CENTRO-OESTEcLASS. EMPRESA/SEDE REcEITA LQUIDA - R$ MIL UF cLASS. EMPRESA/SEDE REcEITA LQUIDA - R$ MIL UF

  • 32 | MELHORES DOS MAIORES 2011

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    1 alunorte 2.650.976 Pa2 sabb 2.465.734 aM3 CelPa 2.110.961 Pa4 albrs 1.652.854 Pa5 y yaMada 1.229.939 Pa6 seMP toshIba aM 1.225.535 aM7 arosuCo 1.065.783 aM8 VIdeolar 794.963 aM9 WhIrlPool aM 741.663 aM10 rIo do norte 653.680 Pa11 Ceron 600.477 ro12 CeltIns 580.569 to13 VIVara 578.112 aM14 IMIfarMa 540.670 Pa15 Cra 385.236 Pa16 bIC aMaznIa 370.806 aM17 t loureIro 366.999 aM18 CoCa-Cola CoMPar 316.783 Pa19 shoWa 313.133 aM20 IMerys rIo CaPIM 286.641 Pa21 Pst eletrnICa 262.062 aM22 ItautInga 242.837 aM23 guas do aMazonas 236.421 aM24 CeMaz 227.752 aM25 WhIte MartIns norte 220.772 Pa26 aMCor aM 205.816 aM27 elCoteQ aM 200.154 aM28 InVestCo 190.500 to29 ItaItuba 183.388 Pa30 faCePa 178.511 Pa31 teChnos aM 177.659 aM32 CaloI norte 174.432 aM33 CosanPa 170.082 Pa34 CIbrasa 161.691 Pa35 Cea 155.050 aP36 sat-bras 148.805 aM37 herMasa 147.438 aM38 saneatIns 142.218 to39 CadaM 141.656 Pa40 agroPalMa 137.828 Pa41 estaCon 135.570 Pa42 PeMaza norte 135.222 aM43 Par PIgMentos 131.267 Pa44 bVenergIa 127.256 rr45 Manauaura 126.603 aM46 alubar Cabos 124.380 Pa47 gera geradora 123.984 aM48 hIlIa 108.560 Pa49 estaleIro rIo MaguarI 103.125 Pa50 taboCa 101.540 aM51 Inst. norte brasIleIra 100.211 Pa

    52 adVentIsta norte bras 100.113 Pa53 aMazonas energIa 99.431 aM54 seCulus aM 99.347 aM55 CerPa 94.365 Pa56 IMPortadora ferragens 90.917 Pa57 eMater Pa 84.982 Pa58 Pastore aM 84.767 aM59 duMont saab 79.516 aM60 Caerd 78.139 ro61 Weg aM 73.102 aM62 Cna aM 72.820 aM63 doCas Par 71.947 Pa64 PlaCIbrs - df 69.204 aM65 soCoCo aM 69.069 Pa66 aMCel 64.607 aP67 ProdaM aM 59.863 aM68 Castanhal 58.879 Pa69 CoPag 56.499 aM70 Curu energIa 55.704 Pa71 Quartetto suPerMerCado 54.483 to72 traMontIna norte 53.596 Pa73 frIzaM 53.326 aM74 unIMed PalMas 52.594 to75 a W faber Castell aM 52.574 aM76 hosPItal MetroPolItano 52.004 Pa77 naCIonal asfalto 51.464 to78 Whb do brasIl 50.509 aM79 orsa da aMaznIa 49.550 aM80 suPerMerCado aMaznIa 49.500 Pa81 teC toy 48.282 aM82 CaPItal 46.259 aM83 Par rayMundo fonte 45.867 Pa84 a luzItana 44.775 ro85 Melt MetaIs e lIgas 44.629 ro86 PagrIsa 43.885 Pa87 orsa florestal 41.069 Pa88 traMontIna belM 39.800 Pa89 Caer 37.422 rr90 alubar 36.721 Pa91 aMrICataMPas aM 35.727 aM92 rede suPerMerCados Valor 35.314 Pa93 Cohab Para 32.812 Pa94 arMazM brasIl 32.153 aP95 brasCoMP 31.127 Pa96 ConstruaMeC 30.407 Pa97 Portugual auto serVIos 28.459 Pa98 burItI energIa 27.893 Pa99 CIsPer aM 25.684 aM100 Porto franCo 25.138 to

    TOTAL DAS 100 MAIORES 26.670.599

    As 100 maiores empresas do NORTE

    cLASS. EMPRESA/SEDE REcEITA LQUIDA - R$ MIL UF cLASS. EMPRESA/SEDE REcEITA LQUIDA - R$ MIL UF

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  • 34 | MELHORES DOS MAIORES 2011

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    Quando olhadas do lado da origem de capital, as 100 maiores empresas privadas nacionais, as estrangeiras e as estatais mostram uma diviso mais harmoniosa de resultados. No conjunto, foram responsveis, em 2010, por receitas lquidas de R$ 1,02 trilho, o equivalente a 58,5% do total da amostragem. As privadas nacionais ficaram frente, com 37,65%, seguidas das estrangeiras, com 32,65% e das estatais, com 29,7%. Examinadas isoladamente, apenas as estatais mostram algum desequilbrio interno, por concentrao: a lder a Petrobras, cuja receita superior soma das demais 99 listadas, isto , crava 51,6% do total. No caso das privadas nacionais, a Vale, primeira colo-cada, tem 13,2% na mesma comparao.

    O desempenho de todas as companhias, no importa a origem, neste ano tem acompanhado as previses, feitas no final do ano passado, de que a expanso em 2011 seria firme, porm moderada. Embora ainda sem pessimismo, as empresas nacionais so cautelosas ao falar no prximo ano em especial aquelas cujos resul-tados dependem mais das operaes com o exterior devido segunda vaga da crise inter-nacional que ameaa as economias desenvolvidas.

    A crise, a propsito, tem sido um incentivo a mais para aguar o apeti-te das companhias estran-geiras pelo Brasil, cuja imagem de porto seguro correu mundo depois da turbulncia de 2008-2009. Ao fechar as contas exter-nas do ms de setem-bro passado, o Banco Central (BC) contabiliza-va o ingresso lquido de

    US$ 50,5 bilhes de investimento estrangeiro direto (IED) no Brasil de janeiro at ento.

    Ainda segundo o BC, a maior parte do IED registrado neste ano, US$ 40,1 bilhes, ou 79,4% dos ingressos totais, destinada compra de participao em empresas. A quantia quase que o dobro dos US$ 20,3 bilhes destinados ao mesmo fim ingressados no mesmo perodo do ano passado. No ano passado j se percebia essa tendncia. De acordo com a Associao Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), a compra de empresas bra-sileiras por estrangeiras somou R$ 56,9 bilhes, 30,8% do volume total das 143 operaes de fuses, aquisies e reestruturaes societrias que movimentaram R$ 184,8 bilhes. Nos dois anos anteriores, 2008 e 2009, predominaram as aquisies entre empresas brasileiras 74,5% e 72,1% do valor dos negcios realizados.

    As empresas oficiais mantm-se acomodadas na condio de perna mais curta do trip privadas- estrangeiras-estatais. Apesar do corte de R$ 50,7 bilhes de reais que o governo federal anunciou no primeiro trimestre, as 73 empresas federais

    (66 do setor produtivo e sete do setor financeiro) man-tiveram sua inteno de investir R$ 107,3 bilhes em 2011. Das empresas do setor produtivo, 28 pertencem ao grupo Petrobras e 15, ao grupo Eletrobras. De acor-do com o Departamento de Coordenao e Governana das Empresas Estatais do Ministrio do Planejamento (Dest/MP), 93,17% dos recursos sairo dos caixas das prprias companhias.

    Um trip bem equilibrado

    As companhias privadas nacionais, estrangeiras e estatais dividem mais harmoniosamente os resultados

  • MELHORES DOS MAIORES 2011 | 35

    1 Vale - RJ 51.386.0002 IpIRanga - RJ 36.311.7143 SupeRm. po de acaR - Sp 15.512.5084 TmaR - RJ 13.370.4345 ambeV - Sp 12.742.2006 JbS - Sp 11.770.2937 uSImInaS - mg 11.424.3518 SadIa - Sc 11.034.0049 bRF bRaSIl FoodS - Sp 10.929.89810 coSan cl - RJ 10.061.11611 cSn - RJ 8.604.36012 bRaSIl Telecom - dF 8.373.02213 embRaeR - Sp 8.130.39314 geRdau aoS longoS - RJ 7.866.04115 oI - RJ 7.169.44516 VRg - RJ 6.979.44717 ale - Rn 6.967.58018 ceReal Sul - Sp 6.928.81919 cemIg dISTRIb. - mg 6.927.12220 noVa caSa bahIa - Sp 6.470.12621 SamaRco mIneRao - mg 6.234.33222 noRbeRTo odebRechT - RJ 5.748.12923 naTuRa - Sp 5.514.31524 cpFl - Sp 5.360.01525 loJaS ameRIcanaS - RJ 5.344.58526 camaRgo coRRa conSTRS. - Sp 4.911.29227 ponTo FRIo - RJ 4.557.78828 coelba - ba 4.394.32429 geRdau aomInaS - mg 4.348.24030 Suzano papel e celuloSe - ba 4.244.72731 magazIne luIza - Sp 4.193.62332 VoToRan - Sp 4.171.15033 amIl - RJ 4.156.31434 ambeV bRaSIl - Sp 4.095.31735 conST. andRade guTIeRRez - mg 3.949.73436 ecopolo ambIenTal - Sp 3.922.85237 maRFRIg - Sp 3.900.25838 celeSc - Sc 3.888.85439 b2W - Sp 3.803.90740 KlabIn - Sp 3.787.54641 FIbRIa - Sp 3.763.81442 copeRSucaR - Sp 3.677.33643 conST. QueIRoz galVo - RJ 3.645.23344 IVeco - mg 3.576.81845 caoa - go 3.545.85646 heRIngeR - eS 3.521.47347 Weg - Sc 3.463.44048 YcaTu engenhaRIa - Sc 3.395.20649 geRdau aoS - RS 3.265.64050 meTRon - eS 3.253.54751 mIneRVa - Sp 3.208.357

    52 mmc - Sp 3.105.97753 FeRReIRa - eS 3.027.89454 SendaS - RJ 3.009.31755 conSTRuToRa oaS - Sp 2.943.00256 maRTInS dISTRIbuIo - mg 2.924.11957 caSaS peRnambucanaS Sp - Sp 2.917.69958 cbmm - mg 2.902.78659 hYpeRmaRcaS - Sp 2.886.46060 celpe - pe 2.860.06761 delTa conSTRueS - RJ 2.827.99562 ulTRagaz - Sp 2.816.06563 SeaRa - Sc 2.771.89264 emgea - dF 2.748.95965 alunoRTe - pa 2.650.97666 duRaTex - Sp 2.633.08567 pRoFaRma - RJ 2.625.47168 coSan - Sp 2.583.09469 cba alumnIo - Sp 2.577.59070 SupeRmeRcado g baRboSa - Se 2.491.17871 cpFl pIRaTInInga - Sp 2.436.45172 unImed RIo - RJ 2.434.97173 poSITIVo InFoRmTIca - pR 2.328.13574 coSan S.a. aucaR lcool - Sp 2.322.07375 eSTabelecImenTo unIFIcado - RJ 2.247.12876 galVo engenhaRIa - Sp 2.241.53977 loJaS RIachuelo - Sp 2.190.13778 Tnl conTax - RJ 2.164.73379 Rge - RS 2.125.17180 celpa - pa 2.110.96181 pRezunIc - RJ 2.101.91682 bReTaS SupeRmeRcadoS - mg 2.100.46783 edIToRa abRIl - Sp 2.013.05084 dRogaSIl - Sp 2.005.21685 dRogaRIa Sp - Sp 1.975.78386 cemaT - mT 1.956.58887 neT SeRVIoS - Sp 1.946.41788 amIl Sade - Sp 1.906.70189 noble - Sp 1.901.08790 zaFFaRI/poRTo alegRe - RS 1.899.87191 bRaSIl Telecom - dF 1.893.94892 QuaTToR - Sp 1.892.88393 localIza - mg 1.870.32594 VoToRanTIm SIdeRgIa - Sp 1.864.69095 FaRmcIa pague menoS - ce 1.806.09696 epa - Sp 1.796.40497 dRoga RaIa - Sp 1.793.89398 caRamuRu alImenToS - go 1.788.64899 namISa - mg 1.787.078100 coTIa VITRIa - eS 1.764.739

    ToTal das 100 maiores 384.594.538

    As 100 maiores empresas privadas

    NACIONAISclass. emPresa/sede receiTa lQUida - r$ mil class. emPresa/sede receiTa lQUida - r$ mil

    AS 100 m

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    TAL As 100 maiores

    empresas ESTRANGEIRAS

    class. emPresa/sede receiTa lQUida - r$ mil Procedncia

    1 caRReFouR - Sp 25.622.503 FRana2 FIaT S.a. - mg 20.667.547 ITlIa3 WalmaRT - Sp 19.725.992 eSTadoS unIdoS4 VIVo - pR 14.653.824 poRTugal5 TeleFnIca Sp - Sp 14.581.961 eSpanha6 bunge alImenToS - Sc 14.527.173 holanda7 caRgIll - Sp 14.267.632 eSTadoS unIdoS8 TIm celulaR - Sp 13.742.609 ITlIa9 aRceloRmITTal - mg 11.555.073 ndIa10 claRo - Sp 10.295.146 mxIco11 embRaTel - RJ 10.101.736 eSTadoS unIdoS12 eleTRopaulo - Sp 9.697.157 eSTadoS unIdoS13 RenaulT do bRaSIl - pR 6.131.142 FRana14 lIghT eleTRIcIdade - RJ 6.097.103 FRana15 WhIRlpool - Sp 5.666.301 eSTadoS unIdoS16 louIS dReYFuS - Sp 5.391.376 FRana17 Souza cRuz - RJ 5.364.200 InglaTeRRa18 maKRo aTacadISTa - Sp 5.253.670 holanda19 baSF - Sp 5.194.009 alemanha20 comgS - Sp 4.095.343 InglaTeRRa21 coca-cola Spal - Sp 3.703.886 panam22 baYeR - Sp 3.671.970 alemanha23 eleKTRo - Sp 3.368.855 eSTadoS unIdoS24 bunge FeRTIlIzanTeS - Sp 3.213.697 holanda25 TRacTebel eneRgIa - Sc 3.141.168 FRana26 elecTRolux bRaSIl - pR 3.093.361 SucIa27 nexTel TelecomS - Sp 2.974.685 eSTadoS unIdoS28 SIemenS - Sp 2.906.959 alemanha29 du ponT - Sp 2.777.339 eSTadoS unIdoS30 ampla - RJ 2.745.730 eSpanha31 aRceloRmITTal Inox bRaSIl - mg 2.737.540 ndIa32 Sabb - am 2.465.734 holanda/InglaTeRRa33 KRaFT FoodS - pR 2.440.078 eSTadoS unIdoS34 V&m - mg 2.284.418 FRana35 bandeIRanTe eneRgIa - Sp 2.259.256 poRTugal36 doW - Sp 2.204.868 eSTadoS unIdoS37 aTenTo - Sp 2.102.712 eSpanha38 Roche - Sp 2.023.081 canad39 moSaIc - Sp 1.950.029 eSTadoS unIdoS40 alcoa - mg 1.901.483 eSTadoS unIdoS41 noVaRTIS - Sp 1.887.071 Sua42 aeS Sul - RS 1.866.037 eSTadoS unIdoS43 YaRa bRaSIl - RS 1.817.187 noRuega44 ceg - RJ 1.783.690 eSpanha45 aeS TIeT - Sp 1.747.032 eSTadoS unIdoS46 goIaSFeRTIl - Sp 1.715.214 holanda47 doux FRangoSul - RS 1.661.163 FRana48 claRo cenTRo oeSTe - dF 1.659.707 mxIco49 gR - Sp 1.598.899 FRana/InglaTeRRa50 cenIbRa - mg 1.536.575 Japo51 belgo beKaeRT - mg 1.490.178 luxembuRgo

    52 eRIcSSon - Sp 1.483.555 SucIa53 aoS VIllaReS - Sp 1.456.412 eSpanha54 cImInaS - Sp 1.320.213 Sua55 aTlaS SchIndleR - Sp 1.226.569 Sua56 chocolaTeS gaRoTo - eS 1.173.225 Sua57 eneRSul - mS 1.157.009 poRTugal58 cemaR - ma 1.147.502 eSTadoS unIdoS59 claRIanT - Sp 1.091.927 Sua60 KInRoSS bRaSIl - mg 1.049.801 canad61 pRoSeguR bRaSIl - mg 1.043.005 eSpanha62 InnoVa - RS 887.908 aRgenTIna63 conFab - Sp 882.805 aRgenTIna64 magneTI maRellI coFap - Sp 878.005 ITlIa65 duKe eneRgY - Sp 862.303 eSTadoS unIdoS66 uSIna guaRanI - Sp 835.436 FRana67 TeKSId - mg 828.553 ITlIa68 pRYSmIan eneRgIa caboS - Sp 828.340 ITlIa69 TangaR - eS 815.885 Sua70 cpm bRaxIS - Sp 792.513 alemanha71 noRTe FlumInenSe - RJ 791.805 FRana72 bombRIl - Sp 790.042 ITlIa73 SolVaY Indupa - Sp 758.687 aRgenTIna74 WhIRlpool am - am 741.663 eSTadoS unIdoS75 eneRTRade - Sp 741.414 poRTugal76 alcaTel lucenT - Sp 716.896 FRana77 oWenS lllInoIS - Sp 704.470 holanda78 belgo beKaeRT - ba 699.665 luxembuRgo79 eSTaleIRo mau - RJ 695.654 cIngapuRa80 bRooKFIeld - RJ 686.544 canad81 mIlenIa - pR 667.139 ISRael82 ThYSSenKRupp - Sp 636.704 alemanha83 eScelSa - eS 624.511 poRTugal84 TeRRa neTWoRKS - RS 619.341 eSpanha85 bahIa SpecIalTY - ba 614.212 FInlndIa86 coml alImenToS caRReFouR - Sp 598.765 FRana87 a Telecom - Sp 596.381 eSpanha88 deTen - ba 563.468 eSpanha89 peTRonaS lubRIFIcanTeS - mg 560.868 ITlIa90 laFaRge bRaSIl - RJ 542.940 FRana91 odonTopReV - Sp 531.857 uSa/blgIca/luxembuRgo92 TechInT - Sp 528.738 aRgenTIna93 ppe - Sp 509.194 ITlIa94 ValId - RJ 502.120 eSTadoS unIdoS95 ed & F man - RJ 501.492 InglaTeRRa96 eSTeVe - eS 500.611 Sua97 SaInT-gobaIn VIdRoS bRa - Sp 490.912 FRana98 cgTF - ce 487.793 eSpanha99 STaR one - RJ 486.193 eSTadoS unIdoS100 mobITel - Sp 475.359 poRTugal

    ToTal das 100 maiores 333.487.503

    class. emPresa/sede receiTa lQUida - r$ mil Procedncia

  • 38 | MELHORES DOS MAIORES 2011

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    1 peTRobRaS - RJ 156.487.0002 bR - RJ 55.045.7313 ReFap - RS 9.231.4724 SabeSp - Sp 9.230.3705 FuRnaS - RJ 6.449.6526 cheSF - pe 5.150.5487 TRanSpeTRo - RJ 4.255.0728 copel dISTRIbuIo - pR 3.890.0819 cemIg gT - mg 3.433.47010 eleTRonoRTe - dF 3.430.39011 copaSa mg - mg 3.226.74512 InFRaeRo - dF 2.908.30913 ceSp - Sp 2.905.32714 cedae - RJ 2.864.79515 lIQuIgS dISTRIbuIdoRa - Sp 2.684.59216 celg d - go 2.163.74617 cmb - RJ 2.095.91918 cTeep - Sp 1.735.19019 eleTRonucleaR - RJ 1.671.95120 copel geRao TRaSmISSo - pR 1.621.14521 coRSan - RS 1.576.99222 SanepaR - pR 1.480.27423 SeRpRo - dF 1.442.12224 meTR Sp - Sp 1.331.05725 TeRRacap - dF 1.322.68026 cpTm - Sp 1.318.98027 bahIagS - ba 986.95228 Saneago - go 876.53129 cepISa - pI 870.85530 caeSb - dF 865.43931 comluRb - RJ 795.50832 ceee - RS 738.51933 eleTRoSul - Sc 723.90634 Tbg - RJ 722.43435 compeSa - pe 678.29236 ceal - al 625.55437 daTapReV - dF 618.72338 codeSp - Sp 603.87539 gaSmIg - mg 571.50740 TeRmoRIo - RJ 570.83341 hoSpITal n. S. conceIo - RS 531.51542 cagece - ce 500.97643 caSan - Sc 489.03644 pRodeSp - Sp 466.00245 SanaSa - Sp 461.59646 copeRgS - pe 443.99547 ceSan - eS 408.09648 TeleFnIca daTa - Sp 408.08249 SulgS - RS 397.94450 bRaSIl bIodIeSel - Sp 394.79251 SpTRanS - Sp 376.544

    52 conab - dF 373.99253 mgS mInaS geRaIS - mg 366.18454 cobRa TecnologIa - RJ 344.68855 cagepa - pb 338.51356 Inb - RJ 321.61957 ceTeSb - Sp 317.92858 caeRn - Rn 301.72659 cpRm - dF 289.45360 ImeSp - Sp 286.96261 bahIa peSca - ba 276.97962 compagS - pR 266.72363 nuclep - RJ 240.87464 cegS - ce 235.41665 deSo - Se 233.68166 ageSpISa - pI 230.73867 epagRI - Sc 226.24068 codemIg - mg 220.21669 SaneSul - mS 212.33570 docaS RJ - RJ 205.22171 cgTee - RS 199.30172 emaTeR mg - mg 194.58473 pRoguaRu - Sp 172.39374 coSanpa - pa 170.08275 pRodam So paulo - Sp 166.92776 pRodemge - mg 162.33377 pRoceRgS - RS 158.88078 cea - ap 155.05079 SeRcomTel - pR 144.32080 emae- Sp 142.78181 SaneaTInS - To 142.21882 Valec - ma 140.83983 algS - al 134.87884 paRQue anhembI - Sp 128.91285 cRISTo RedenToR - RS 127.54986 bVeneRgIa - RR 127.25687 IpT - Sp 126.27588 deRSa - Sp 123.44889 ceTRel - ba 120.55790 poTIgS - Rn 118.48191 copel Telecom - pR 117.78492 coRumb - dF 117.20493 cbTu - RJ 115.28894 celepaR - pR 114.36095 codaSp - Sp 109.69096 cdhu-eST.unIF. - Sp 109.16297 pbgS - pb 106.75798 uRbam - Sp 104.83199 ebda - ba 101.616100 pRocempa - RS 100.820 ToTal das 100 maiores 303.309.782

    As 100 maiores empresas ESTATAIS

    class. emPresa/sede receiTa lQUida - r$ mil class. emPresa/sede receiTa lQUida - r$ mil

  • MELHORES DOS MAIORES 2011 | 39

    Cotaes internacionais excelentes ajudam a garantir o supervit na balana comercial brasileira

    AGRONEGCIO

  • 40 | MELHORES DOS MAIORES 2011

    AGRO

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    CIO

    Mais uma vez o agronegcio ser o esteio mais forte do comrcio exterior brasileiro, consolidando--se como o segundo maior expor-

    tador de produtos do gnero do planeta, atrs dos Estados Unidos ou primeiro, se forem levadas em conta as vendas lquidas, isto , descontadas as importaes. Com embarques no valor de US$ 88,3 bilhes no perodo de 12 meses encerrado em setembro, cresceu 24,8% em relao ao mesmo perodo do ano anterior; mantido o ritmo atual, pode fechar 2011 com US$ 95 bilhes, ultrapas-sando com folga o recorde registrado no ano passado, de US$ 76,4 bilhes.

    A boa notcia para as contas externas do Pas fica melhor, por se tratar de um setor par-cimonioso em importaes. No ano passado, mesmo aumentando 35,2% em relao a 2010, somaram US$ 13,4 bilhes, deixando, portanto, um saldo positivo de US$ 63 bilhes, mais do que suficiente para cobrir o dficit em outras reas e permitir que a balana comercial total fechasse com US$ 20 bilhes positivos.

    Sustentam esses nmeros as cotaes excepcio-nais obtidas pelas commodities no mercado mundial. Mas no s isso. Os embarques tm aumentado e, principalmente, no seriam alcan-ados se o setor no estivesse em franca expanso.

    Pelos ltimos dados disponveis, de agosto, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), sabe-se que a safra de gros da safra 2010/2011 bater recorde e deve chegar a 161,5 milhes de toneladas. A previso do faturamento bruto das 20 principais lavou-ras do Brasil esta baseada em informaes da safra at setembro de R$ 205 bilhes, 12,1% a mais do que no ano passado, quando foi R$ 182,8 bilhes.

    Na agricultura, concordam os especialistas, com exceo do arroz, cultura que no tem interessado os produtores devido ao desest-mulo da baixa remunerao e da baixa do con-sumo por mudanas nos hbitos alimentares do consumidor, 2011 um ano excelente. As culturas principais soja, milho, caf, algodo tiveram uma das melhores safras, seno a melhor, com rentabilidade recorde para quase todas as regies produtoras, afirmam.

    LEITE EM EQUILBRIOPara a cana se espera uma reduo de ativi-

    dade. Neste ano, as usinas do Centro-Sul do Pas, que concentram perto de 90% da produo brasileira, devero moer menos que os 557 milhes de toneladas da safra passada, de 490 milhes a 500 milhes, segundo a mais recente esti-mativa da Unio da Indstria de Cana-de-Acar (Unica).

    Outra vez, a garantia do supervit

    Avano nas vendas externas foi favorecido por cotaes excepcionais. Mas no seria possvel sem a expanso de todos os segmentos

  • 42 | MELHORES DOS MAIORES 2011

    AGRO

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    Entre o incio da safra 2011/12, em maro ou abril deste ano, dependendo da regio, e a primeira quinzena de outubro, haviam proces-sado 436,5 milhes de toneladas. Essa freada um reflexo dos problemas iniciados com a crise financeira internacional de 2008/09. Os produtores, desestimulados pela perda de ren-tabilidade, no renovaram os canaviais e com isso perderam produtividade. Na sequncia, em 2010 enfrentaram uma estiagem prolonga-da no segundo semestre, seguida de excesso de chuvas. Os de So Paulo ainda sofreram com duas geadas ocorridas em julho e agosto. Esses desastres provocam perda no teor de acares.

    Nos clculos de Antnio de Pdua Rodrigues, diretor-tcnico da Unica, a produo de acar dever ficar ao redor de 31 milhes de toneladas, 7,5% abai-xo dos 33,5 milhes de toneladas da safra pas-sada; a de etanol, entre 20 bilhes a 25 bilhes de litros, em queda mais pronunciada (16% a 18%) em relao aos 24,5 bilhes anteriores. A oferta menor trar con-sequncias para os mercados consumidores domstico e internacional, j que o Brasil responde por um quarto da produo mun-dial e por metade das exportaes globais de acar, alm de ser o segundo maior pro-dutor de etanol.

    Na pecuria de corte e de leite, o Brasil tende a manter crescimento no restante deste ano e tambm ao longo de 2012. As exportaes de carne bovina, importante item da pauta de exportao, devero render perto de US$ 5 bilhes em 2011. Do lado da produo de leite, a rentabilidade dever atingir ndices ainda positivos, mas ligeira-mente inferiores aos de 2010, devido ao cres-cimento dos custos operacionais mdios, em torno de 40%, enquanto os preos recebidos pelos produtores aumentaram, em mdia, de 15% a 20%. A produo dever avanar de 2% a 2,5%, para 31,5 bilhes a 31,7 bilhes de litros. A demanda domstica, tanto em 2011 quanto em 2012 e nos anos seguintes cres-

    cer de 3,5% a 4% mdia que vem sendo mantida desde 2000, de acordo com Rafael Ribeiro de Lima Filho, da Scot Consultoria. Oferta e demanda continuam equilibradas, sem previso de excedentes relevantes, o que dever manter os preos ligeiramente sob presso, favorecendo os produtores.

    ALIMENTAO MAIS FARTAA situao confortvel em que se encontra a produo do campo brasileiro se estende s indstrias que gravitam no entorno: alimen-tos, bebidas e fumo. O primeiro segmento o mais bem aquinhoado. A Associao

    Brasileira das Indstrias da Alimentao (Abia) acredita que fechar este ano com um crescimento de 5% no volume fsico comercializado e de 7,5% reais descontada a infla-o no faturamento. Para 2012, a expectativa de que o crescimento continue. A intensidade depender do cenrio internacional.

    O ramo de bebidas, que, como a indstria alimentcia, dos prin-

    cipais beneficiados com a incorporao de classes de baixa renda classe mdia, tambm no tem do que se queixar. No primeiro semestre deste ano, as vendas de bebidas alcolicas registraram uma alta de 1,6% e as de no alcolicas, de 3%, segundo pesquisa da Nielsen. So marcas modes-tas, mas a indstria estava preparada para conviver com elas. Afinal veio de um ano de 2010 de consumo altamente aquecido, graas Copa do Mundo.

    J o ramo de tabaco, que retrara 1,5% no ano passado em relao a 2009, retomou posio. Ainda segundo a Nielsen, no primei-ro semestre de 2011, o consumo de cigarros cresceu 2,6% sobre o primeiro semestre de 2010, embora tenha ocorrido um aumento de preo de quase 2% em relao quele mesmo perodo. Nas exportaes, no entanto, o Brasil continua na liderana, tendo embarcado no ano passado US$ 2,73 bilhes, 1,4% do total das exportaes brasileiras.

    A indstria alimentcia estima crescer 7,5% reais; a de bebidas mais moderada, pois sabe que no repetir 2010, ano de Copa

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    A contratao de Pedro Parente, ex-ministro da Casa Civil do governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC), para ser o primeiro presidente da companhia no Pas, no incio do ano passado, foi o ponto de partida para as profundas mudan-as nas operaes da Bunge Brasil. A misso recebida por ele: injetar sinergia na empresa. A primeira providncia foi unificar os negcios, dispersos em quatro frentes: Bunge Alimentos (leos, margarinas e produtos destinados panificao), Bunge Fertilizantes, Bunge Agronegcio (que comercializa gros, caroo de algodo, girassol e acar) e Bunge Acar e Bioenergia (acar, etanol e bioenergia). Com o redesenho, as companhias se tornaram divises e o diretor de cada uma se reporta diretamente a Parente. Claro que tnhamos certa integrao, mas no como agora, quando est tudo debaixo do mesmo guarda-chuva, conta Adalgiso Telles, diretor de assuntos institucionais e sustentabi-lidade da companhia. Hoje, o mesmo funcion-rio que compra gros responsvel por oferecer fertilizante ao cliente.

    Para completar a racionalizao, as diretorias de todas as divises, espalhadas por estados dife-rentes, foram centralizadas em So Paulo. Na

    esfera administrativa, isso possibilitou imediata-mente a eliminao de funes superpostas. Isto , a companhia passou a ter uma nica rea de Recursos Humanos, um nico setor financeiro, etc. onde antes havia quatro. A renovao do quadro de funcionrios foi grande: dos 23 mil empregados atuais, 14 mil tm menos de dois anos de casa, a idade do incio da reforma com a qual a companhia est conseguindo uma eco-nomia anual de US$ 120 milhes.

    A operao de enxugamento chegou tambm aos ativos. Ainda em 2010 o grupo decidiu que, no setor de fertilizantes, seus negcios deveriam se limitar s misturadoras, varejo e distribuio de produtos. Por isso, vendeu Vale, por US$ 3,8 bilhes, a Bunge Participaes e Investimentos (BPI), empresa com interesse na prospeco de fosfato. O motivo foi simples: nessa atividade o retorno comea depois de nove anos; nas demais a gerao mais rpida.

    Na verdade, h duas dcadas a Bunge vem focando no que chama agronegcio expandido. Nos anos de 1970, do milagre econmico, che-gou a ter empresas em ramos estranhos a seu negcio principal imobilirio, informtica e financeiro , afinada pregao da poca: diver-

    Sintonia com onegcio principal

    Voltado para o que chama agronegcio expandido, o grupo anuncia novos investimentos no setor sucroalcooleiro

  • MELHORES DOS MAIORES 2011 | 45

    sificao de portflio. Com a abertura econmica dos anos de 1990, resolveu voltar s origens. Em 2006, aproveitando a expertise adquirida como trading de gros, passou a comercializar acar. No ano seguinte, deu sua primeira tacada no setor sucroalcooleiro comprando a usina Santa Juliana, em Minas Gerais. Da em diante, no parou mais sua expanso no segmento, hoje tido como um dos mais promissores.

    ENERGIA O ALVOEm 2008, a empresa comprou a usina Monte Verde, no Mato Grosso do Sul. Um ano depois, comeou o projeto greenfield da usina de Pedro Afonso, em Tocantins, inaugurada em julho deste ano. Mas a deciso mais ousada, que colo-cou a Bunge como a terceira maior esmagadora de cana do Pas atrs da Cosan, com 63 milhes de toneladas, e do grupo Louis Dreyfus, com aproximadamente 40 milhes de toneladas , foi a compra de cinco usinas do grupo Moema por US$ 1,5 bilho em 2010. Com esse investimento, hoje a Bunge tem uma capacidade de processa-mento de mais de 20 milhes de toneladas. As usinas so flex; o que determina se vamos pro-duzir acar ou etanol o mercado, diz Telles.TELLES: Pessoas querem comer mais e melhor, o que bom

    FOTOS: DIVULGAO/BUNGE

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    NGE Mas o foco da Bunge vai muito alm do

    acar e etanol. O grupo est mirando tam-bm no mercado de energia. Atualmente o grupo gera 250 GWh e consome 700 GWh por ano. Quer atingir a autossuficincia energtica at 2013 e chegar a 2016 produ-zindo 1.500 GWh/ano, e ento vender o excedente. S na unidade de Pedro Afonso foram investidos US$ 20 milhes em cogera-o para produo de 180 GWh ano, capaci-dade suficiente para abastecer uma cidade de 300 mil habitantes, diz Telles

    H cinco anos no setor sucroalcooleiro, j aprendeu suas peculiaridades. A cana-de- acar muito diferente das outras commodi-ties, o plantio no pode estar a mais de 60 quilmetros da usina, por-que o custo logstico invia-biliza a operao, diz Telles. Por isso, mais da metade dos US$ 2,5 bilhes que a empresa pretende investir no perodo 2012/ 2016 ir para a rea agrco-la: plantio e maquinrio.

    Para a Bunge, terra no um ativo interessante. No entanto, para no cor-rer o risco de desabasteci-mento, tem sempre uma parte de rea prpria, que varia de 40% a 60%, depen-dendo da regio em que est a usina. Agora, tem pela frente o parecer da Advocacia Geral da Unio (AGU), de agosto do ano passado, que limitou a compra de terras por empresas controladas por estrangeiros. Se no tivermos condies de fornecer para manter a usina funcionando, no compensa investir em greenfields, diz Telles. A usina de Pedro Afonso s se viabilizou porque as terras tinham sido adquiridas bem antes da lei, diz ele. L, uma regio tradicio-nal de soja, tivemos que comear com 100% de rea prpria para o plantio de cana, diz o diretor. A situao bem diferente do que acontece nas usinas Moema, em que a oferta bem maior.

    O fato que o Brasil a grande estrela da Bunge global e responde por uma fatia entre 40% e 60% do faturamento do grupo. Prova

    disso que Alberto Weisser, um brasileiro, o presidente mundial da companhia. No ano passado, a receita lquida da Bunge Brasil foi de R$ 14,5 bilhes. Neste ano, entre janeiro e agos-to, ela se destacou como a terceira maior exportadora do Brasil, atrs apenas da Vale e da Petrobras, segundo informaes do Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior (MDIC).

    ALINHAMENTO GLOBALQuanto ao fechamento de 2011 e a 2012, Telles faz vrias ponderaes. Embora a demanda por commodities agrcolas esteja aquecida, o diretor salienta que o maior importador do Brasil a China. Por enquanto eles

    no foram impactados com a crise nos EUA e Europa, mas qualquer efeito l nos prejudi-ca aqui, diz. O petr-leo outro elemento que pode mexer com o mercado: se o preo cai, as pessoas passam a preferir a gasolina e o etanol tambm cai. Como consequncia, os Estados Unidos podem deslocar a produo de milho, hoje voltada ao biocombustvel, para o consumo, derrubando o preo da commodity. Por outro lado, a popu-lao mundial no

    para de crescer e o poder aquisitivo nos pases emergentes aumenta dia aps dia. Com a melhoria das condies de vida, as pessoas querem comer mais e melhor, o que muito bom, finaliza o diretor.

    Com todas essas frentes onde operar, a Bunge Brasil no d por encerrado o ciclo de mudanas iniciado em 2010. O desafio agora afinar a cultura da unidade do Pas no qual desembarcou h 106 anos da Bunge global, um grupo fundado em Amsterd em 1818, hoje com sede em Nova York. Essa etapa est em andamento: j foi criado um programa com intuito de discutir viso, misso e valores, a fim de chegar ao alinhamento desejado.

    (LA)

    O prximo mercado a ser desbravado o de energia. O grupo pretende ser autossuficiente em 2012 e, trs anos depois, comear a vender a produo excedente

  • MELHORES DOS MAIORES 2011 | 47

    EURICO VEIGA FILHO

    Se o clima mantiver o bom comportamento observado nas duas ltimas safras, a agricultu-ra brasileira chegar ao final do ciclo iniciado neste segundo semestre sem grandes sustos e at com algum lucro. Na mdia, o produtor antecipou a compra de insumos a custos relati-vamente mais baixos e conseguiu negociar parte da produo esperada sob condies igualmente mais favorveis.

    O salto nas entregas de fertilizantes ao con-sumidor final neste ano, segundo dados da Associao Nacional para a Difuso de Adubos e Corretivos (Anda), parece confirmar uma deci-so de ampliao dos cultivos no ciclo 2011/12, especialmente para soja, milho e algodo, a renovao de parcela maior dos canaviais e a antecipao de compras num perodo em que os custos e o dlar ainda no haviam decolado. Entre janeiro e agosto deste ano, a indstria de fertilizantes entregou ao mercado 17,053 milhes de toneladas, volu-me recorde, 25,6% acima do mesmo perodo de 2010. O desempenho at aqui proje-ta um volume recorde para o ano: a Anda fala em ven-das de 26,5 milhes de tone-ladas, 8% acima do recorde anterior, de 24,609 milhes de toneladas em 2007.

    Em seu primeiro levan-tamento de inteno de plantio da safra 2011/12, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)

    assumiu uma posio nitidamente conserva-dora considerando o rendimento mdio obti-do pelo campo dos ltimos cinco anos, cerca de 4% a 5% , ao projetar um ligeiro avano da rea plantada na comparao com o ano agr-cola encerrado em julho passado, algo entre 1% e 3%, e queda entre 1,5% e 3,7% para a pro-duo esperada, variando entre o piso de 157 milhes de toneladas e o teto de 160,6 milhes de toneladas, em relao a 162,96 milhes de toneladas colhidas na safra passada.

    Considerando os principais gros e culturas de inverno, a rea destinada ao cultivo na safra em andamento dever variar entre 50,430 milhes e 51,358 milhes de hectares, com a soja e o milho concentrando perto de 77% do total e avano mais acelerado para a segunda cultura. A primeira safra de milho, cultivada no vero brasileiro, dever ocupar um espao entre

    4% e 7% maior e a da soja mais 3,5%. Esses nmeros, reconhece a Conab, so ainda bastante prelimina-res e devero ter ajustes mais frente.

    Por enquanto, observa Marcos Rubin, analista de mercado da Agroconsult, a perspectiva continua sendo de uma safra ainda muito boa em termos histricos. Com exceo do arroz, cul-tura que tem minguado em todo o Pas devido baixa remunerao para o produ-tor e de mudanas nos hbitos alimentares do con-sumidor, 2011 um exce-lente ano, afirma Rubin.

    Sem recorde, pormcom lucro mantido

    Produtores antecipam a compra de insumos e a venda de parte da safra a ser colhida em 2012 em momento favorvel

    AGRICU

    LTURA

  • 48 | MELHORES DOS MAIORES 2011

    AGRICULTURA

    Soja, milho, caf, algodo e at mesmo a cana tiveram uma das melhores safras, seno a melhor, com rentabilidade recorde para quase todas as regies produtoras, avalia.

    Descontados os custos de desembolso gas-tos diretos com mo de obra, sementes, defensi-vos, fertilizantes, excludas as despesas com arredamento e depreciao , a rentabilidade da soja nas regies de cerrado variou de R$ 800 a R$ 1,1 mil por hectare. Na regio Sul, favorecida por um sistema de logstica mais azeitado e menos custoso, essa rentabilidade chegou perto de R$ 1,3 mil. Uma rara combinao de safras recordes para diversas cul-turas, a exemplo da soja, com 75,3 milhes de tone-ladas colhidas, preos ele-vados, nveis de produtivi-dade bastante positivos e custos bem comportados, analisa Rubin, explica os resultados que o campo colheu neste ano.

    Numa comparao, os produtores de soja de Mato Grosso viram sua rentabili-dade por hectare crescer 70% na safra passada, de R$ 470 em 2009/10 para R$ 800 em 2010/11. No Paran, a rentabilidade dos sojicultores pulou de R$ 800 para R$ 1,3 mil. Os resultados favoreceram tambm os produtores de milho e de algodo, com rentabilidade mais ele-vada para quem investiu em tecnologia para ganhar ndices de produtividade mais altos.

    No ciclo 2009/10, as culturas mais tecnifica-das do Paran j haviam oferecido rentabilidade confortvel, na faixa de R$ 800 por hectare ou pouca coisa abaixo disso. Mas o ganho saltou para mais de R$ 2 mil na safra recm-concluda, levando-se em conta, no caso, plantios de vero. Na safrinha, o milho alcanou uma rentabilida-de de R$ 600. Mato Grosso e Bahia, que respon-deram neste ano, pela ordem, por 48% e 32% da safra brasileira de algodo em pluma, foram igualmente favorecidos pela onda de valoriza-o das commodities, que colocou os preos da fibra nos nveis mais altos da srie histrica, e pelo salto na rea cultivada e, portanto, da pro-

    duo. A rentabilidade da cultura no primeiro estado simplesmente dobrou, saindo de R$ 1,2 mil para R$ 2,4 mil, diante de um crescimento de 83% na Bahia, onde o ganho por hectare avanou de R$ 1,8 mil para R$ 3,3 mil.

    Sem alteraes ainda mais drsticas na conjuntura econmica mundial, a tendncia de um cenrio promissor tambm para a safra que comea a ser plantada agora. A queda observada para os preos dos gros em setem-bro foi compensada pela desvalorizao do real em relao ao dlar, mantendo os preos atrativos quando aferidos na moeda brasilei-

    ra. Medido em reais, o ndice de commodities agropecurias elaborado pelo Banco Central (BC) mostra uma elevao de 8,8% em setembro, na comparao com o ms imediatamente anterior, e alta de 27,6% em 12 meses.

    Adicionalmente, acres-centa Rubin, o produtor enfrentou um ambiente mais favorvel para nego-ciar a compra de insumos e a venda de uma parcela da safra a ser colhida em 2012. A relao de troca para um pacote de insu-mos suficiente para o plantio de um hectare, nos clculos da Agroconsult, apresenta nmeros mais

    favorveis. O produtor chegou a gastar o equiva-lente a 27 sacas de soja para a compra de ferti-lizantes, defensivos e sementes na safra 2010/11 e desembolsou o correspondente a 23 sacas no ciclo atual, numa queda de quase 15%.

    A expanso das lavouras, quando ocorrer, dever se dar sobre reas j incorporadas ao processo de produo, j que o mercado de ter-ras no registrava grande movimentao de compras s vsperas do incio do plantio. O mercado (de terras) tem se mantido relativa-mente sustentado, por conta da valorizao dos preos dos gros nos primeiros meses de 2011 e por um retorno mais forte dos investimentos em reas de cana, destinados renovao dos canaviais, afirma Jacqueline Bierhals, gerente de agroenergia da Informa Economics FNP.

    Uma combinao de safras recordes, preos elevados, nveis de produtividade positivos e custos bem comportados explica os bons resultados colhidos neste ano

  • AGRICULTURA Demonstrao De resultaDo Balano patrimonial inDicaDores econmico-Financeiros receita receita lucro/ lucro/ ativo patrimnio eBitDa necessiDaDe inciDncia margem giro Dos enDiviD. retorno lquiDa lquiDa prejuzo prejuzo total lquiDo De capital triButria De lucro ativos soBre evoluo operacional lquiDo De giro capitalclass. empresa/seDe r$ mil real % r$ mil r$ mil r$ mil r$ mil r$ mil r$ mil % % % % %

    (*) a empresa no publicou ou no enviou balano; foram utilizados os dados de 2009. (**) o balano publicado em outra data que no dezembro. nD - no disponvel

    MELHORES DOS MAIORES 2011 | 49

    CAF 1 marsel - es ( * ) 87.000 26,7 65.165 65.165 1.268.171 1.212.843 65.926 -14.328 100,0 74,9 6,9 104,6 5,42 ipanema agrcola - mg 25.337 -16,8 -2.222 -3.020 149.170 96.579 -2.861 19.308 nD -8,8 17,0 154,5 -3,13 agronol - Ba ( * ) 9.173 1,5 170 -3.231 118.216 80.393 2.205 2.345 nD 1,9 7,8 147,1 -4,04 transagro - mg 6.722 2,7 1.166 1.411 12.111 5.820 2.105 -384 121,0 17,4 55,5 208,1 24,25 unicaF - es 5.745 8,4 -466 -470 21.231 16.805 -363 4.205 nD -8,1 27,1 126,3 -2,86 savannah - Ba ( * ) 1.743 -26,4 -1.286 -188 8.239 3.211 -278 -237 nD -73,8 21,2 256,6 -5,97 agropecuria carrilho - sp ( * ) 150 141 160 5.374 5.372 137 12 113,8 93,9 2,8 100,1 3,08 Boa vista Ba - Ba ( * ) 113 47,7 -149 -162 2.746 2.150 -157 -380 nD -132,6 4,1 127,7 -7,59 Firmeza - ro ( * ) 87 -77,4 142 151 19.488 5.464 203 6 106,4 163,2 0,5 356,7 2,810 Faz guariroBa - sp 51 -1,6 -3.331 -3.588 27.390 19.143 -2.653 87 nD -6.561,9 0,2 143,1 -18,711 Bom jarDim parts - sp 49 69,0 11 8 2.465 2.440 -58 72,7 23,4 2,0 101,0 0,3ACUMULADO DO SUBSETOR (11) 136.169 2,1 59.341 56.238 1.634.602 1.450.221 64.206 10.634 106,4 1,9 6,9 143,1 -2,8

    CEREAIS E GROS 1 slc agrcola - rs 567.791 90,5 38.874 62.368 2.430.073 1.874.993 111.576 269.824 160,4 6,9 23,4 129,6 3,32 agrcola Xingu - sp ( * ) 190.633 175,9 -90.801 -54.543 737.610 -14.179 27.577 67.272 nD -47,6 25,8 nD nD3 rio corrente - sp 96.325 12,3 10.597 10.597 317.295 258.415 31.918 5.579 100,0 11,0 30,4 122,8 4,14 agromon - mt ( * ) 90.252 -19.559 -7.176 530.968 318.874 -1.486 99.935 nD -21,7 17,0 166,5 -2,35 moinho regio - mt ( * ) 85.346 253,8 2.460 1.772 42.413 5.019 4.915 15.636 72,0 2,9 201,2 845,0 35,36 itamarati norte - mt 79.012 5,5 39.948 27.518 185.354 43.701 51.957 -1.782 68,9 50,6 42,6 424,1 63,07 planorte - mt ( * ) 78.093 45,8 9.968 6.784 196.586 85.354 20.325 43.820 68,1 12,8 39,7 230,3 8,08 agrinvest Brasil ltDa - sp 76.533 -25.993 -25.857 167.311 56.089 -24.313 28.996 nD -34,0 45,7 298,3 -46,19 FazenDa parnaBa - ma ( * ) 67.414 49,1 1.078 962 160.525 54.613 10.157 42.806 89,2 1,6 42,0 293,9 1,810 4 irmos - rs 42.043 -0,4 4.792 3.563 238.104 143.540 7.337 9.615 74,4 11,4 17,7 165,9 2,511 aBc a&p - mg 40.413 41,0 6.466 4.192 224.928 147.160 7.875 2.918 64,8 16,0 18,0 152,9 2,912 granja Bretanhas - rs ( * ) 32.122 20,9 1.492 1.486 144.969 84.695 8.446 14.569 99,6 4,6 22,2 171,2 1,813 cotricampo - rs ( * ) 30.000 9,0 nD nD nD nD nD14 agro elDoraDo - sp 28.548 5,2 -733 -