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DIMENSÕES ESPIRITUAIS DA VIDA LEONARDO PAIXÃO CAMPOS DOS GOYTACAZES, RJ 2013

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  • DIMENSES

    ESPIRITUAIS DA VIDA

    LEONARDO PAIXO

    CAMPOS DOS GOYTACAZES, RJ 2013

  • LEONARDO PAIXO

    DIMENSES ESPIRITUAIS DA

    VIDA

    1. Edio

    Campos dos Goytacazes, RJ

    Edio do Autor

  • Dimenses Espirituais da Vida

    Copyright@2013 by Leonardo

    Paixo

    Paixo, Leonardo

    Dimenses Espirituais da

    Vida/Leonardo Paixo/Espritos Diversos.

    Campos dos Goytacazes, RJ, 1 edio,

    2013.

    1. Obras Psicografadas.

    2. Espiritismo

    I. Paixo, Leonardo II.

    Ttulo

    CDD 133.93

    Reviso Doutrinria

    Calunga (Esprito)

    Direitos Autorais reservados

    Proibida toda e qualquer reproduo conforme

    Lei 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998.

  • NDICE

    Prefcio

    1 Dimenses e Vida

    2 Luz e Sombra

    3 Iluso

    4 Mudana

    5 Auxlio da Luz

    6 Morte: Simples Passagem

    7 Inquietaes

    8 Domnio da Vida

    9 Prticas para o Domnio da Vida

    10 A Unidade

    Entrevista com o mdium Leonardo

    Paixo

  • DIMENSES ESPIRITUAIS DA

    VIDA

    Pensei em um livro que, de maneira prtica e bem objetiva pudesse colaborar com a compreenso dos fenmenos espirituais e desmistificar a morte bem como o contato com os mortos amados. Muitas so as pessoas que nos procuram para tirar suas dvidas, seja no Grupo em que trabalhamos, seja nos encontros que temos no dia-a-dia. Eis o porqu deste livro, que primeira vista poder parecer muito simples, mas que, a sua profundidade se revela, justamente, em sua aparente simplicidade.

  • Espero que ele possa auxiliar no s na compreenso dos diversos fenmenos medinicos to atraentes vista, mas, principalmente, auxiliar na mudana interior imprescindvel divina realizao.

    Leonardo Paixo.

  • I

    DIMENSES E VIDA

    A vida vivida por ns em trs dimenses: altura, largura e profundidade acrescida da dimenso tempo com o advento da Teoria da Relatividade de Einstein. Pensando estas dimenses em nvel de conscincia espiritual podemos nos perguntar:

    - Em que altura est nossa Alma?

    - Qual a largura de nossos interesses espirituais?

    - Qual a profundidade de nossa conscincia?

    - Que tempo temos dado Vida?

    Para responder a estas questes, que esto intimamente interligadas, preciso que faamos consideraes sobre cada um

  • destes itens: alma, interesses espirituais, conscincia, Vida.

    Alma

    O que a Alma? A Alma simplesmente um Esprito encarnado, resumindo, voc, sendo que vestindo um corpo, em algumas organizaes msticas como a Ordem Rosacruz AMORC, prefere-se o termo personalidade-Alma, pois encarnada, a Alma no est em sua individualidade plena j que est com as influncias do tempo em que se situa, so as influncias sociais, familiares, educacionais, religiosas.

    Podemos nos libertar destas influncias despertando o Eu Real que somos, deixando a priso das influncias negativas e harmonizarmo-nos com o Csmico e, ento, s ento, poderemos falar como Jesus: Eu e o Pai somos Um.

  • Interesses Espirituais

    Interesse espiritual no apenas ler livros sobre espiritismo, esoterismo, yoga, budismo ou de qualquer lder religioso com que simpatizemos. No. Vai, alm disso, muito alm, se sentir bem ao estar no Grupo Esprita, na Igreja, no Templo que voc frequenta e, onde quer que seja, para buscar a Deus, no este deus morto que te julga e decide a sua eternidade com um cu ou um inferno, mas o Deus que Vida e vive em ns. A pessoa que tem interesses espirituais no faz caridade com o pobre objetivo de ir para o Cu, ela faz o Bem porque o seu interesse mostrar Deus em ns. Em tudo que faz desde o trabalho ao lazer, o seu interesse este e nada mais. Da a abundncia favorecer tal criatura.

    Conscincia

    Conscincia o estar pleno de si. O inteligente sabe que existe. Como revelou Descartes: Cogito,

  • ergo sum (Penso, logo existo). Isto no conscincia, no apenas se saber existente em meio multido. Conscincia plenitude, o estado do saber de onde vim, porque estou aqui e para onde vou. No olhar a vida superficialmente com o raciocnio inteligente. Ser consciente se saber Uno com o Todo, o macro e o micro.

    Vida

    A Vida Deus e amar a vida amar a Deus Lon Tolsti

    Li esta frase pela primeira vez em minha adolescncia e, desde ento, ela vem me acompanhando a fim de que pudesse lhe descobrir o seu profundo sentido. Hoje sei que, mesmo precisando trabalhar para o po de cada dia, precisando estudar para no ser um alienado, a Vida muito, muito mais do que se matar para acumular bens, estudar para ganhar posio, tudo isto vir quando estivermos conscientes de nossa alma, de

  • nossos interesses e da Vida. Este segredo Jesus nos revelou dizendo que o Reino de Deus Vida em abundncia: Eu vim para que tenhais vida e Vida em abundncia. Ora, correr para ganhar dinheiro apenas e to-somente viver o no sentido da Vida.

    Dimenses Espirituais da Vida

    . A Vida uma teia em que todos nos encontramos enredados. Cada fio dessa teia representa uma dimenso. Temos a dimenso do orgulho, da vaidade, do rancor, do dio, enfim, dos sentimentos negativos que deixamos muitas vezes nos afligir. Tambm temos o lado oposto: a dimenso da humildade, da modstia, da indulgncia, do amor e todas as virtudes que dele advm.

    De acordo com o que nos acontece estaremos tecendo este ou aquele fio da teia de nossa vida. O problema maior

  • permanecermos grudados nas teias que no nos elevam.

    Se eu fico preso ao orgulho do s eu sei fazer, no enxergando que o outro tambm pode, vou ficar grudado, apegado a que todos reconheam a minha autossuficincia, quando autossuficincia verdadeira o reconhecer que fao o que posso, da advm a modstia. Assim com todos os outros sentimentos que ns j falamos.

    No se deixe levar pelo ego, ele te prende em coisas pequenas que no promovem o seu crescimento.

    Ego mente e mente no conscincia, porque a mente est muito atrelada ao raciocnio chamado lgico. A mente pode at te favorecer com algumas percepes psquicas, mas s, ela no te levar conscincia plena.

  • Voc vive em vrias dimenses, mas qual delas verdadeiramente te faz reconhecer Filho de Deus?

    A dimenso corpo s enxerga o visvel.

    A dimenso social deseja posio.

    A dimenso emocional deseja satisfao.

    A dimenso familiar deseja reconhecimento.

    A dimenso mente deseja reconhecimento.

    A dimenso espiritual deseja Deus.

    A dimenso conscincia sabe ser Plena.

    Vamos tecer a teia da conscincia e nos veremos livres para viver sem nos sentirmos escravos de nada e de ningum.

  • Liberte-se, Viva.

    Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertar Jesus (Joo, 8:32).

    Calunga

    (Mensagem psicografada no dia 05/01/2013 pelo mdium Leonardo Paixo).

  • II

    LUZ E SOMBRA

    Como vimos, vivemos num mundo onde a Luz tanto brilha quanto a Sombra a oculta. A mensagem de Calunga deixa isso bem claro quando fala dos sentimentos. Fazemos Luz quando nos preenchemos de Amor e Sabedoria, na grande verdade, no nos preenchemos, despertamos o que est latente em nosso Ser.

    Todos sabemos que as trevas so a ausncia da Luz, mas como pode a Luz estar ausente se ns somos parte dela? Afinal, a obra do Criador Perfeita e essa perfeio faz parte de ns, todas as qualidades que atribuimos ao Criador esto em ns, pois sendo Ele Luz ns tambm o somos. No entanto, o nosso desejo de vermos esta perfeio realizada na Terra o que faz com que nos rebelemos contra a Lei Divina e caminhemos a passos contrrios, buscando nos

  • colocar no mais alto pedestal para logo percebermos que, vivendo na sombra de nossa suposta autossuficincia, ficamos sem enxergar a harmonia que rege a vida e que a Sombra s nos faz atrasar os passos rumo Plenitude.

    Podemos perguntar: a Sombra ruim?

    Depende do ponto de vista em que nos inserirmos. Se a virmos como o Diabo, o obsessor, a causa de toda destruio que h no mundo, ento, a concluso que se chega de que ela um grande monstro e deve ser extinta.

    Se pensamos que a Sombra por ser apenas reflexo de nosso eu distorcido, diremos que ela no ruim, nem muito menos criao do mau, concordaremos com Santo Agostinho quando diz que o mau a ausncia do Bem. A Sombra revela a nossa personalidade presa iluso da satisfao de nossos desejos e, quando para isso

  • despertamos percebemos que o Seja feita a Vossa Vontade, da Orao do Pai Nosso, nos alerta para o fato de que quando estivermos livres do desejo, a nosa expresso a Vontade de Deus.

    A Sombra (neste sentido espiritual que estamos colocando) caminho de reconstruo. Reconstruo da Harmonia com o Universo. Por isso, no devemos temer a Sombra, ao contrrio, sejamos gratos por ela nos mostrar o caminho. Gratido o que devemos ter e no medo, porque o medo justamente o que pode vir a fortalec-la e ainda mais tempo nos deixar na caverna.

    Para este caminho de reconstruo, no basta sair da caverna e enxergar a Luz, preciso lev-la aos outros que tambm esto na caverna e tem medo de se ofuscarem com a Luz. Paulo, Apstolo, se ofuscou com a Luz do Cristo na estrada de Damasco e

  • isso o fez reconhecer que, enxergando, estava cego e, ao passar trs dias nas trevas de seus olhos materiais, olhou para si mesmo despertando a Luz Crstica e em sua Epstola aos Glatas, cap. 2, vers. 20, ele proclama: No mais eu vivo, mas o Cristo vive em mim.

    Verdadeiramente Paulo, agora, estava liberto, levando a Palavra para os que se acomodavam com a Sombra.

    A Sombra nos mantm no sono da iluso do qual precisamos despertar para realmente vivermos. Em um soneto, por ns psicografado, o Esprito Vincius de Moraes nos alerta:

    Despertar do Sono

    Nasce a alvorada em matinais encantos

    Em meio alegria de pssaros em canto

  • Renovando o suor e o calor de novo dia

    Na eterna bno do recomeo em alegria

    Na vida no mais o desencanto

    De encontros e desencontros em seu pranto

    Entre misrias e grandezas da alma [humana

    No mpeto feroz de animal em sanha...

    Vivei, vivei a vida em amor profundo

    Renovai as voltas em ntimo mundo

    Dizendo adeus s nsias do engano

  • Morte e Vida, Vida e Morte

    O Amanh o teu Norte

    Ao despertar da iluso do sono.

    Vincius de Moraes

    (Soneto psicografado no dia 05/09/2011).

  • III

    ILUSO

    Se ns formos o que os amigos querem, alguns ficaro magoados; se ns

    formos dissimulados, algum vai perceber, ento, a melhor forma de ser

    ser voc mesmo.

    Frei Carlos Murion (Esprito)/mdium: Jos Medrado

    O alerta de Frei Carlos Murion nos leva a algumas reflexes: Que tipo de pessoa sou? Vivo me preocupando em agradar a todos, usando da arte da camuflagem dependendo das circunstncias a fim de ser aceito? Ou sou eu mesmo sem me preocupar com o que os outros pensam, dando ateno apenas minha conscincia?

    Se voc, que est lendo estas pginas, respondeu 2 opo, sinal de que, apesar dos obstculos que surgem sua frente, voc vence a todos porque sabe encarar a vida de frente e, portanto, sabe

  • ser alegre e feliz. Se voc ficou em dvida ou teve vergonha por se reconhecer como pessoa da 1 opo, sinto dizer, mas voc est iludido considerando que voc est se enganando ao achar que o que voc, em verdade, finge ser. E por que voc finge? Porque quer muito ser o que no , pensando assim agradar ao namorado, esposa, ao patro, famlia, aos amigos, etc. Mas, e quando acaba a farsa, como voc se sente? Se sente decepcionado, mal e irritado consigo mesmo. Apesar disto, isto sinal de que um alerta foi dado, pois a pior iluso aquela que nos deixa cegos a respeito do valor que nos damos e com ele toda gama de variedades que provm deste tolo orgulho: indiferena, calnia, preconceito, descortesia, inveja, rancor, etc.

    Como orador e mdium esprita temos nos deparado com diversas pessoas que conosco vem conversar, algumas nos pedindo

  • oraes, outras conselhos, e, grande nmero para falar de seus sofrimentos e culpando s pessoas de seu convvio ou aos espritos que ainda estagiam em zonas inferiores como responsveis pelos seus insucessos. Geralmente essas pessoas se do um valor de santificao, justificando atitudes indevidas visto que o seu objetivo ajudar ao prximo. A nos perguntamos; se o objetivo delas ajudar o prximo e se elas so to boas, por que virem a ns de forma angustiada? Se so to boas por que no compreendem que o outro est agindo desta ou daquela forma dentro de seu nvel de evoluo? Infelizmente o ser humano iludido sobre si prprio no analisa pelo prisma da empatia, somente da simpatia e, quando percebe o outro contrrio ao seu modo de ver e sentir, logo comeam as inmeras justificativas para que d incio indiferena, maledicncia envernizada, ao preconceito, etc. Este o caminho da iluso.

  • Sejamos ns mesmos e estimulemos o outro a tambm se libertar da priso do devo fazer assim porque a sociedade assim; se no fizer isto o que vo falar de mim?. No se culpe, se voc est agindo de acordo com a voz de sua conscincia, no h o que temer. Siga confiante e oua a voz interior que te fala e lehe siga os passos, deixamos de aprender e crescer ao no ouvirmos a voz de Deus em ns.

    Uma ltima reflexo para se evitar qualquer mal-entendido: ser voc mesmo no significa seguir com a sndrome de Gabriela: Eu nasci assim, eu cresci assim, eu sou sempre assim. A msica bonita, mas no para ser seguida ao pda letra, at porque msica feita para agradar aos ouvidos e passar uma mensagem, mas no uma doutrinao.

    Como Filhos de Deus somos Luz e sendo Luz, todo e qualquer

  • sentimento negativo sombra. Da se somos impacientes precisamos descobrir o poder da pacincia e todas as vantagens que disto advm e assim fazermos como todas as sombras qeu ainda vivem em ns. Alcanando a Unidade Divina seremos rastros de Luz por onde passarmos. Isto Ser.

  • IV

    MUDANA

    Para mudar sua situao, mude sua atitude. Solte suas ideias fixas. Altere

    suas fotos internas. Voc pode faz-lo. Voc criativo e poderoso.

    James Van Praagh mdium norte-americano.

    Voc deve estar pensando: Meu Deus, como difcil mudar! Sim, difcil, no vou falar que fcil. A mudana doi. Voc no quer deixar o mundo de fantasia em que vive. A mudana significa expor as feridas e ver suas cicatrizes. No entanto, s voc pode fazer isso. Voc criativo e poderoso.

    Qual o processo usar para auxiliar e facilitar a mudana?

    um processo muito simples e o seu sucesso s depender de voc.

  • A maioria das pessoas que desejam mudar a sua vivncia, no o conseguem e se martirizam por dois motivos: um o se concentrar no eu no consigo afirmao negativa. O outro o se concentrar no eu sou assim mesmo afirmao positiva. Nos dois casos o sentimento que envolve estas afirmaes um sentimento de indignao, por isso, se permanecer como se est at ento.

    Modifique seu pensamento para o plo positivo, diga sou paciente, sou humilde, sou Luz, diga isso com o sentimento de profunda alegria, sinta-se feliz e em paz ao afirmar e perceba a mudana fluindo em voc. Desse modo a mudana deixar de ser um parto doloroso para ser um momento mgico de sua vida.

    D ouvidos sua conscincia e para ouvir a sua conscincia aprenda que:

  • Para ouvir minha conscincia, tive de deixar de ouvir muitos amigos que no tinham a menor noo do que eu realmente preciso para crescer como esprito eterno.

    Para ouvir minha conscincia, tive de aprender a valorizar o que vale e o que no vale a pena ser valorizado sobre o que falam a meu respeito, e tambm acerca do trabalho que realizo em nome de Jesus.

    Para ouvir minha conscincia, aprendi que a mgoa muito til quando sabemos o limite entre os erros dos outros e o quanto ns tambm contribumos para seus erros nos ferirem.

    Para ouvir minha conscincia, aprendi que jamais vou agradar a todos.

    Para ouvir minha conscincia, aprendi tambm que no posso avanar sozinho.

  • Para ouvir minha conscincia, hoje entendo que a vaidade a mais grave doena dos mdiuns, mas que jamais ser erradicada sem a coragem de investig-la de frente (Wanderley Oliveira. Meus Desafios Perante a Maioridade do Espiritismo. Os Drages, do Esprito Maria Modesto Cravo. 3.ed. p. 27-28).

    Quo belos e teis so estes depoimentos do mdium Wanderley Oliveira! Quantas coisas temos de deixar de lado e quantas coisas precisamos compreender para uma mudana efetiva!

    O importante deixar a mudana fluir sem sentimento de indignao, de desvalorizao, fluir, como dissemos acima, com sentimento de felicidade e paz.

    S voc o responsvel por sua mudana e voc pode faz-lo. Voc criativo e poderoso.

  • V

    AUXLIO DA LUZ

    Muitas pessoas se perguntam qual o processo usado pelos espritos para nos auxiliar. Bom, para responder a este questionamento preciso que primeiro compreendamos um pouco os processos de comunicao que os espritos usam.

    Espritos se comunicam com os humanos desde os primrdios do mundo. A primeira forma de comunicao se deu atravs dos sonhos, foi assim que o homem primitivo foi tomando conscincia da vida aps a morte. A Bblia um repositrio de fatos medinicos desde o Antigo e o Novo Testamento, assim como outros livros da Sabedoria Antiga como o Bhagavagita, o Alcoro e livros diversos de filsofos antigos e contemporneos.

  • Allan Kardec foi um homem inspirado que percebeu que um novo movimento, uma revoluo estava a se fazer no mundo. Atravs de uma pesquisa aprofundada Allan Kardec classificou do seguinte modo os tipos de comunicao:

    Pneumatofonia: Voz dos espritos; comunicao oral dos espritos, sem o concurso da voz humana. Mais conhecido como voz direta.

    Pneumatografia: Escrita direta dos espritos sem o auxlio da mo de um mdium.

    Psicofonia: Comunicao dos espritos pela voz de um mdium falante. Impropriamente chamada de incorporao, este um termo errneo, pois, o esprito no entra no corpo de ningum.

    Psicografia: Escrita dos Espritos pela mo de um mdium. Ela pode ser mecnica (o esprito

  • toma da mo do mdium e este no tem conscincia do que escreve raros); semi-mecnica (o mdium toma conscincia medida que escreve muito comum) e intuitiva (a comunicao se d pelo pensamento. Kardec adverte que neste tipo de mediunidade difcil separar o que do mdium e o que do esprito,mas, no regra geral).

    Tiptologia: os espritos se comunicam atavs de pancadas e movimento de objetos.

    Materializao: atravs do ectoplasma (substncia que sai do organismo do mdium), os espritos modelam rostos, mos e at mesmo aparecem de corpo inteiro. um fenmeno muito desgastante para o mdium, com o tempo ele diminui at o tamanho de sua estatura, isso foi observado com o conhecido mdium Peixotinho.

    Vidncia ou Clarividncia: faculdade de ver os espritos.

  • Audio ou Clariaudincia: faculdade de ouvir os espritos.

    No Brasil, os tipos mais comuns de mdiuns so os audientes, videntes, falantes (ou psicfanos) e psicgrafos (escreventes). Este ltimo tipo ficou muito conhecido graas ao trabalho do conhecidssimo Chico Xavier. claro que h uma gama enorme de comunicaes medinicas e quem quiser estud-las a fundo aconselhamos que leia O Livro dos Mdiuns, de Allan Kardec e outros psiquistas como Lon Denis, Gabriel Delanne, Ernesto Bozzano, Alfred Erny, Charles Richet, William Stead, etc.

    Os espritos que gostam de ns aproveitam ocasies para nos enviarem sinais, da a importncia de ficarmos atentos aos detalhes que a vida nos mostra. Quando ns no entendemos os sinais que os Amigos Espirituais nos mostram, eles procuram se mostrar

  • ostensivamente e a que entra a figura do mdium.

    H 17 anos, uma senhora do Grupo que frequentamos desencarnou, logo fui convidado por uma mdium da Casa a irmos ao velrio, era um feriado e estava muito cansado, eu tinha trabalhado a tarde e a noite do dia anterior e o velrio era pela manh. Sa de casa para ir ao supermercado fazer pequenas compras quando, para minha surpresa, a voz do Guia se fez ouvir dizendo: A misso de todo mdium auxiliar o prximo.Voltei imediatamente para casa, troquei de roupa e segui para o cemitrio, em l chegando, cantamos alguns hinos e oramos eu e a mdium que nos havia chamado, impondo as mos sobre o corpo da recm-desencarnada, foi quando ouvimos bem perto de ns um barulho como se algo estivesse sendo cortado e a percebemos que os espritos precisavam de usar da energia fsica de mdiuns para, neste caso

  • especfico, facilitar o desprendimento do esprito ao corpo. Como vemos, mesmo na hora da morte somos auxiliados pelos amigos da Luz.

    Ajudando a se enxergar

    Em uma reunio de estudos sobre mediunidade, uma jovem comeou a falar a respeito de algumas dvidas que tinha e, ante que ela terminasse, de maneira intuitiva comecei a falar tudo o que ela estava sentindo e ela me olhou espantada e disse: Meu Deus! Verdadeiramente voc um bruxo. Dei uma risada e respondi: s vezes permitido lermos as pessoas. Os espritos bons promovem isto para auxiliar a que no tenhamos medo de nos olharmos de frente. Encare-se, no tenha medo de voc, quando voc se conhecer tudo vai mudar. A jovem hoje tem seguido a vida sem muitas angstias.

    Est dando certo?

  • comum ouvirmos expresses como: Minha vida est dando para trs; Tudo que eu fao d errado. Raras so as pessoas que param para raciocinar o porqu disto. Falamos acima que necessrio prestarmos ateno aos detalhes da vida. Se seu trabalho, seu estudo, seu relacionamento no est indo bem, preste ateno em como voc os est realizando e, mais, como voc os est pensando. Voc tem se concentrado apenas no No est dando certo? Se for isto, voc est atraindo para voc o fator no d certo, mude a direo do seu pensamento, renove sua atitude mental e luzes chegaro at voc para intuir novos rumos, que poder ser o de trocar de trabalho, terminar um relacionamento. No se assuste algum j disse que a nica coisa permanente a mudana. Por vezes insistimos em algo e no nesta posio que devemos estar, da decepes atrs de decepes. Um exemplo: frequentamos por alguns anos, a ttulo de colaborador,

  • determinados Grupos Espritas e, sempre, algo acontecia que fazia com que os dirigentes viessem a mim conversar. Pois bem, por falta de conhecimento dos processos medinicos e at mesmo desejo de que em sua Casa se mantivesse certo status quo, passei por situaes nada agradveis e, ao nos afastarmos de tais ambientes no dizemos que todos assim pensam -, ficamos sabendo daqueles que, num rano trazido de religies antigas, nos chamam de obsedado (pessoa influenciada por espritos negativos). a forma pela qual pessoas sem argumento usam para justificar que era melhor fulano ou cicrano realmente saissem do Centro. Infelizmente isto acontece e quando o chamado perturbado e/ou obsedado est fundamentado em seus conhecimentos. Bom, esta uma histria que temos visto se repetir com diversos mdiuns srios e dedicados por estes rinces do Brasil.

  • Perguntamos: vale a pena continuar em tais ambientes ou melhor fazermos ou encontrarmos aquele que nos acolher como colaboradores reais? No julguemos ningum e faamos o que consideramos ser certo, pois tolerncia e perdo no significam que temos de conivir com o erro. Assim no trabalho, nos estudos, nos relacionamentos conjugais, familiares, de amizade, etc.

    O trabalho dos Guias

    Os espritos Guias so os que tm uma viso ampla da vida, so os chefes da falange espiritual da qula fazemos parte. Eles nos orientam para o Bem e para o nosso bem. O trabalho deles, ainda que possam nos auxiliar em algum sentido material, o de nos mostrar o caminho a seguir para cumprirmos com o nosso avano na cvaminhada evolutiva.

    Guias verdadeiros no nos diro em que nmero de loteria ou

  • jogo de bicho marcar. No. Guias verdadeiros nos auxiliaro medida em que estivermos com os nossos canais abertos, ouvindo-os intuitivamente e agindo positivamente, culminando as nossas aes em bem para ns mesmos e para outros. Guias no so egostas e suas intuies no favorecem to-s o guiado, mas ensinam a ele o valor da fraternidade.

    Resumindo: o trabalho dos Guias o fazer avanar a espcie humana.

    Abrindo Canais

    Existem hoje muitos livros que falam sobre como despertar a intuio e como contatar os espritos. A intuio de fato uma potencialidade humana, j a capacidade de contatar os espritos de modo ostensivo, sommos de opinio que esta uma faculdade bem desenvolvida em algumas pessoas. O pesquisador Dr. Gilberto

  • Perez Cardoso afirma que, em 40 anos de pesquisa, ele s confirmou mediunidade ostensiva em poucas pessoas, dentre estas o j falecido mdium clarividente e clariaudiente Newton Boechat. Allan Kardec diz: (...) usualmente, assim s se qualificam (de mdiuns) aqueles em quem a faculdade medinica se mostra bem caracterizada e se traduz por efeitos patentes, de certa intensidade, o queento depende de uma organizao mais ou menos sensitiva (O Livro dos Mdiuns, cap. XIV item 159). Diante disto, no esperem que venhamos a dar frmulas mgicas para torn-lo mdium. O que iremos propor so meios que consideramos eficazes para aumentar a sensibilidade intuitiva, nada mais.

    1 Orao: a prtica de nossa ligao com Deus. Atravs da orao elevamos nossa conscincia a Planos Superiores e entramos em sintonia mais afinada com o Csmico.

  • Sobre a orao escreveu Louis-Claude de Saint-Martin, o Filsofo Desconhecido: A verdadeira orao filha do Amor. o esprito da cincia, germina no corao do homem como seu terreno natural. Transforma todos os infortnios em benesses porque filha do Amor, porque necessrio amar para orar, e necessrio ser sublime e virtuoso para amar.

    2 Meditao: meditar mudar o nvel de conscincia, o mdium Divaldo Pereira Franco tem insistido em suas palestras para que meditemos ao menos dez minutos pela manh e noite. Isto nos trar imenso bem-estar e ele no ser passageiro. Diz o Bhagavagita 6.18: Quando o yogi, pela prtica da yoga, disciplina as suas atividades mentais e se situa em transcendncia desprovido de todos os desejos matreriais diz-se que ele est bem estabelecido em yoga.

  • 3 Mantras: repetio de palavras sagradas. O Esprito Miramez, no livro Horizontes da Mente, psicografia de Joo Nunes Maia diz: Os mantras so autossugestes alcineas, capazes de nos tirar do caos, dando-nos momentos de felicidadde e abrindo caminhos para que possamos nos libertar dos fustigantes pensamentos de inferioridade. Mais frente ele nos falar da atuao de um mantra: Vejamos um mantra que ficou famoso pela sua composio sbia e pelo valor do seu sentido na vida dos que sofrem: Hei de vencer. Colocando esta frase na mente, sem hesitar, ela faz milagres, porque no s encoraja a alma nas lutas dirias, como estimula reaes qumicas no corpo fsico.

    Vemos assim como os mantras nos auxiliam. A religio catlica temno tero uma forma de mantra, muitos so os casos de santos que entraram em xtase ao

  • recitar o tero. Voc pode criar seu prprio mantra. Diga toda manh ou toda noite antes de deitar: Sou feliz porque sou Uno com Deus ou Veno porque amo. O que importa que no menciones neles coisas negativas e com a continuidade da prtica, vers que tudo em sua vida estar harmonizado.

    Praticando estes trs processos diariamente a abundncia do Universo fluir em voc. O canal da intuio positiva estar aberto facilitando assim o auxlio da Luz.

  • VI

    MORTE: SIMPLES MUDANA

    Voc tem medo da morte? No gosta de falar sobre o assunto? Infelizmente em nossa cultura ocidental, a morte vista como algo tenebroso, a forma pelqual ela representada faz juz a isto: um esprito de vestes negras carregando consigo uma foice. Em outras culturas, como a hindu, a morte no chorada, festejada como libertao do Esprito da priso da matria.

    Desde a nossa infncia fomos educados para vivermos a vida: estudarmos, passar em um concurso, conseguir um bom emprego, encontrar uma boa esposa ou um bom marido e, ao final, conseguirmos a merecida aposentadoria, tudo isto muito louvvel, mas onde a a educao para a morte? A religio nos d dois destinos: cu ou inferno. algo

  • nada consolador que envolve raciocnios bvios: Por que Deus permitiria que um ser espiritual por Ele criado com Ele passase alutar eternamente? Como uma me e um pai zelosos de seus filhos podero gozar de uma felicidade eterna se seus filhos poderiam estar em sofrimento eterno? Se um pai terreno luta para retirar seu filho da lama, Deus seria menos misericordioso, logo Ele a que atribuda a qualidade de Eterna Misericrdia? Podero argumentar que Deus tambm Justo e o , mas a Sua Justia e Misericrdia Eternas no podem ser medidas conforme a finita compreenso humana e esta finita compreenso, em relao a Deus, no entende um Deus que condena para sempre e o prprio Jesus disse: Nenhuma de minhas ovelhas se perder. O sentido desta frase justamente nos revelar a Esperana Eterna que Deus tem na Sua criatura.

  • Os ensinamentos do Espiritismo e de ordens ocultas como o Martinismo, a Rosa-Cruz, a Teosofia e vrias correntes espiritualistas, afirmam que ao morrer o corpo fsico a alma se liberta deste para reentrar no Mundo Espiritual de onde veio, a sua verdadeira morada e afirmam tambm que, em determinadas condies, os mortos amados retornam para nos mostrarem que esto vivos.

    Modos de contato

    Falamos no captulo anterior de vrias modalidades medinicas, mas, independente delas, se que assim me posso expressar, os mortos se fazem perceber de diversas maneiras: sonhos, intuio, sinais.

    Analisemos cada uma destas formas

    Sonhos

  • Quando uma pessoa querida se vai, h como que um intenso desejo intuitivo de se estar em contato com ela e quantas vezes ouvimos relatos de pessoas narrando sonhos que elas chamam de reais?

    Ao dormirmos, enquanto o nosso corpo descansa, o Esprito volta por alguns instantes Vida no Mundo Espiritual e a que os espritos desencarnados se aproveitam para entrar em contato direto conosco. Muitos sonhos com pessoas queridas trazendo mensagens com pedidos de ajuda a A, B ou C e tambm podem nos avisar sobre perigos em nossas vidas ou nos felicitarem por uma conquista ou pelo nosso aniversrio. Para mim, esta a melhor forma de comunicao pelo fato de ela ser direta, sem a necessidade de um intermedirio (mdium) epara a pessoa que passa pela experincia no h dvida da presena e do encontro

  • com o ente querido. um processo mais comum do que se imagina.

    Intuio

    A intuio pode dar a perceber a presena do morto amado mediante alguns fatos como: ter vontade de ir a um lugar que o esprito gostava de ir; uma lembrana repentina do ser que partiu; saudade inexplicvel de algum ou de algo sem compreendermos o porqu. Infelizmente muitos ainda consideram tais fatos simplesmente como aspectos psicolgicos que fazem parte do processo de quem perdeu um ente querido. No entanto, as pessoas que vivenciam estas experincias sentem que h algo a mais.

    Sinais

    Os espritos tambm se do a perceber por sinais que se traduzem por batidas, movimento de objetos, cheiros, uso de diversas

  • tecnologias, vises, msicas, animais.

    Os raps

    No raro encontrarmos espritos buscando chamar a ateno atavs de pancadas nas paredes, deslocamento de objetos como quadros, batidas em panelas, sons de mveis caindo. Nos assustamos com isso e, no entanto, pode ser apenas um esprito amigo a nos chamar a teno ou um esprito sofredor preso Terra a nos pedir preces, estes so os casos mais comuns.

    Tivemos experincias com este tipo de fenmeno. Quando ainda me iniciava nos estudos espritas, escutei em meu quarto, enquanto lia um livro, uma pancada forte no mvel ao lado da cama. No me assustei, at que a pancada se fez ouvir mais vezes e mais forte, busquei ento investigar: olhei em baixo do mvel para ver se havia algum rato ou outro bicho

  • qualquer que estivesse fazendo tal barulho, pesquisei as paredes at que, ao nada encontrar, tive uma forte intuio de que poderia ser um esprito. Pedi, em pensamento, que se fosse um esprito pedindo preces que ele batesse uma vez aps eu bater uma vez (significando sim) e duas vezes (significando no), pois bem, bati no mvel e, para minha surpresa, veio a resposta: uma batida forte. Fiz a prece para o esprito e no mais ouvi batidas em meu quarto.

    A Assistida do Grupo

    Uma senhora assistida de um grupo onde relaizamos determinados trabalhos, certa vez nos procurou assustada, pois estava escutando toda noite, no mesmo horrio, batidas na cozinha, perguntei a ela sobre animais como gatos, ces e, especialmente ratos, j que a presena deles poderia estar provocando (eles seriam a causa) os barulhos. Ela disse que

  • no havia ces nem gatos e que ratos no havia, so raros na localidade em que mora. Pedi a ela que me desse seu nome e endereo para que eu orasse e a aconselhei a orar tambm, principalmente a realizar o Culto do Evangelho no Lar uma vez por semana em dia e horrio fixos. Passou-se uma semana e a senhora G. Veio at mim para falar que as batidas tinham cessado desde o dia em ela realizou o Culto do Lar.

    Movimento de Objetos

    Este um meio muito usado pelos espritos tambm. Foi atravs de pancadas e movimento de corpos inertes como uma mesa, que Allan Kardec voltou a sua ateno aos fenmenos espritas e assim que muitas pessoas comeam a se interessaar por tal assunto.

    Os espritos tambm usam deste meio para chamar a ateno para o fato de que eles esto no

  • local naquele momento. Espritos de entes queridos podem mexer em quadros com sua fotografia, balanar cortinas, fechar e abrir suavemente portas e janelas. Casos h que tais movimentos de objetos traduz a presena de espritos perturbadores. Quem (h muitas pessoas) que, ao sair para ir ao Grupo Esprita, Igreja ou para realizar alguma obra no Bem no perdeu a chave da casa? Este um caso em que espritos adversrios da Luz esto muito presentes e sorriem ao nos verem agitados, impacientes em busca de um pequeno objeto de valor para ns: a chave de nossa casa.

    Cheiros

    Vou relatar um fato interessante: uma ex-namorada que, ultimamente, est a cuidar de sua me doente, nos conta que, sempre que se preocupa com o estado espiritual de sua me, ela sente um cheiro de fumo (no do

  • cigarro, mas de cachimbo), um cheiro gostoso, diz ela, e o mesmo cheiro que o irmo de sua me usava ao fumar o cachimbo quando encarnado. assim que ela tem a certeza de que o seu tio est cuidando da irm, mesmo estando do Outro Lado.

    O Esprito Scheilla revela sua presena pelo cheiro de ter ou de rosas.

    O Esprito Guia da mdium Yvonne Pereira se fazia sentir pelo cheiro de violeta. Frederic Chopin pelo cheiro de violeta colhida em dia de chuva.

    Espritos negativos deixam cheiros desagradveis.

    Minha me certa vez sentiu um cheiro forte e desagradvel de cigarro, procurou pela casa se algum estava fumando, nada havia, cheguei em seguida e tambm percebi o cheiro forte. Minha me, muito catlica, me disse

  • que ia jogar gua benta pela casa e eu logo fiquei em orao, aps ela fazer o ritual de sua f, o cheiro desapareceu. A no foi s a gua benta que funcionou, mas a f, porm, temos de pensar que a gua como grande catalisador de energia tambm possa ter auxiliado a dispersar, por ter desativado, a energia negativa que estava no local. No necessrio o uso de nada externo para tal, falamos do fato, pois ele aconteceu, em casos tais uma orao o maior auxlo.

    Tecnologias

    Assim como no incio dos fenmenos espritas as mesas giravam, hoje os espritos usam de outros meios disponveis como rdios, telefones, Tvs, computadores, os espritos deixam registrados a sons e imagens. Existe no Brasil e no mundo pesquisadores dedicados a estes fenmenos chamados de

  • Transcomunicao Instrumental (TCI) ou Fenmenos Eletrnicos de Voz (FEV). Um filme muito interessante sobre isso Vozes do Alm.

    Outra forma de tecnologia usada pelos espritos a fotografia.

    Certa vez me foi mostrada a fotografia do ex-marido de uma amiga e ela me mostrou que, no copo em que o ex-marido estava a beber cerveja havia outra mo envolvendo a mo dele. Queationei se no podia ser uma falha da mquina a ter produzido tal resultado e ela me disse que, assim que a foto foi tirada ela viu isto, ela a guardou, disse ainda que sempre que o ex-marido bebia ela sentia algo diferente at porque a personalidade de seu ex-marido exclusivamente com ela mudava, alm de ela mesma perceber vultos pela casa e alguns efeitos fsicos como som de mveis caindo, etc.

  • No estamos ss, ento, sem brincadeiras, podemos atender ao telefone um dia e estarmos a falar com o Alm.

    Vises

    No somente quem mdium vidente pode enxergar os espritos. O mdium vidente assim distinguido por esta faculdade ser nele uma constante. Quando digo que uma pessoa que no seja o que se chama mdium vidente pode ver os espritos, digo em relao algumas circunstncias.

    Quantas pessoas j no viram vultos? Quantas j disseram ter visto este ou aquele parente j falecido? Os espritos qundo desejam podem se fazer visveis, para isto utilizando de parcela de energia tirada Natureza e de ns prprios o que se pode chamar de apario. Ao fazer a apario o esprito s pode ser visto e ouvido, mas no pode ser tocado, no uma materializao. Neste sentido

  • de apariao que digo no ser preciso ser mdium vidente para, em certos casos, se enxergar os espritos. Como sempre, isso depender do desejo e da vontade do esprito eno nossa.

    H um caso muito interessante contado por uma amiga nossa. Certa vez, ao estar em um grupo esprita, ela disse que uma senhora ao abrir o porto para dar passagem ao carro de seu companheiro como que se transfigurou no esprito de sua me, falando-nos sobre, dissemos, baseados em O Livro dos Mdiuns, de que este tipicamente um caso de transfigurao, onde o esprito se sobrepe ao corpo de um mdium sem que este nem mesmo perceba que est atuando neste momento. Ela disse que foi to real e to suave que ela no teve medo e, ao perguntar sua me se ela iria subir, logo sua me deu-lhe um sorriso e no mais se

  • fez aparecer, ao menos, naquele momento.

    Em tal fenmeno o esprito usa da energia do mdium e se mostra transposicionado ao corpo do encarnado facilitando por meio da energia animalizada a viso daquele a quem deseja aparecer.

    Msica

    A msica tem o poder de nos levar aos tempos passados, escutar msica reviver emoes e sensaes como tristeza, alegria, prazer, tambm recordar fatos que nos levaram a estas emoes e sensaes. Os espritos pelo canal da intuio fazem com que surja a lembrana de uma msica e que tenhamos vontade de ouvi-la, pois ela nos far lembrar o ente que partiu. Se acontecer de estarmos na via pblica e o esprito deseja revelar a sua presena, ele ir nos direcionar, ainda pelo canal da intuio, para que passemos por um local que pode ser uma loja de CdS

  • ou por uma rua em que haja rdio ao pblico e que esteja a tocar a sua msica.

    Considero esta uma forma muito expressiva dse contato, j que a msica propicia o aumento de nossa sensibilidade.

    Animais

    Os animais tem o potencial psquico de ver os espritos, eles tambm revelam para ns a presena dos espritos. Em reunies de Culto do Evangelho no Lar temos visto cachorros a ficarem quietos ou, de outra forma, olharem fixamente para um local onde aparentemente no h nada e latirem insistentemente. De outras vezes, quando, por exemplo, ao findar o Culto, vez por outra ocorre de eu incorporar algum esprito para transmitir uma mensagem, os ces se aproximam e, acontece de se postarem muito tranquilos. O esprito Incio Ferreira, percebendo que os cachorros iriam latir porque

  • ela estava com o cheiro dos gatos que tem no Mundo Espiritual, disse que iria retirar o cheio dos gatos e comeou a acariciar um co que no mais estava com expresso de ataque e logo ficou dcil recebendo os seus carinhos.

    Como vemos h muitas formas dos espritos contatarem conosco independente da presena especfica de um mdium. Pecebe-se assim tambm o quanto a nossa saudade amenizada com estes fatos e o quanto os nossos entes queridos desejam nos falar: no morri, estou aqui.

  • VII

    INQUIETAES

    Ao falarmos de morte, em geral, nos assalta um sentimento de inquietao ntima: o que ser de ns? Como ser que morreremos? Existe verdadeiramente um mundo Alm como falam vrios mdiuns e muitos espiritualistas?

    Sobre este sentimento inquietao deixemos falar aqui o Esprito Giordano Bruno atravs do mdium Alosio Silva:

    INQUIETAES NTIMAS

    s vezes somos envolvidos por pressentimentos ntimos, temos a sensao de que algo ruim vai acontecer conosco. Alm da sensao de insegurana que nos assalta o corao, uma tristeza grande passa a ser a nossa companheira. Por que isso nos acontece? o processo de intuio que est ativo, o ser sbio que existe na nossa intimidade nos

  • convida a analisar a nossa existncia, em especial, o que est ligado ao nosso pensamento e sentimento para que possamos rever alguns pontos, refazer outros e desta maneira errar menos para que as consequncias no sejam to dolorosas. Funciona como se fosse uma avaliao ntima da nossa realidade externa. O que se pode chamar de auto avaliao compulsria, ou seja, nos vemos obrigados a faz-la, pois se depender de ns vamos levando a vida como se fossemos inconsequentes. A existncia humana muito complexa, e preciso que paremos vez por outra para fazer uma avaliao. Parar, refletir, analisar cada atitude dentro de cada campo de atuao fundamental. A avaliao pode ser feita por setor como, por exemplo, o aspecto profissional. Como est a minha atuao? Como est a minha disciplina de horrio? E o relacionamento com os colegas? O cumprimento das tarefas pela qual

  • recebo para fazer esto sendo realizadas? E o relacionamento com aqueles a quem sou subordinado? Como estou me relacionando com aqueles que esto sobre o meu comando? Estas e outras so perguntas fundamentais que devemos fazer a ns mesmos no que se refere ao campo profissional. Podemos fazer de maneira rotineira, diariamente em horrio fixo seria o ideal, em caso de dificuldade pode ser feito semanalmente em dia e horrio fixo, ou mesmo uma vez por ms tambm em dia e horrio fixo. O importante de forma disciplinada parar para meditar a nossa vida cotidiana. Pode-se iniciar com uma orao e em seguida com um papel em branco escrever as perguntas, em seguida meditar demoradamente sobre cada uma delas at chegar ltima. Com esta rotina diria a vida aos poucos ficar sobre o nosso domnio, ou seja, um despertar de conscincia, fazendo com que ajamos com menos impulso possvel. A

  • impulsividade tem trazido malefcios de toda ordem ao ser humano. Crimes passionais poderiam ser evitados se agssemos menos por impulso e mais com conscincia. Um discpulo interroga Buda: Tu s um deus? ao que ele responde: no. Continua o jovem inquieto: Ento tu s um anjo? o discpulo recebe a mesma resposta: No. Ento por que fazes tantas maravilhas? Perguntou o discpulo, ao que o lder espiritual da ndia respondeu: porque estou desperto. Desperta voc mesmo ou ser forado a faz-lo atravs da sua conscincia ntima.

    Giordano Bruno

    (Mensagem psicografada no dia 08/04/2013 pelo mdium Alosio Silva Fundador e Atual Presidente da Sociedade Guarapari de Estudos Espritas esta mensagem consta do livro Inquietaes ntimas, do Esprito Giordano Bruno/Alosio Silva).

  • Para viver em paz preciso saber controlar pensamentos e sentimentos, a inquietao no mais existir quando voc compreender que voc domina a sua vida.

    Silencie - quanto mais quietude ntima, melhor a razo funcionar e a intuio se far revelando-te o bom senso nas palavras e nos atos.

  • VIII

    DOMNIO DA VIDA

    Para bem lidarmos com experincias da vida como inquietude, depresso, relacionamento familiar, profissional, morte, doena, faz-se necessrio que tenhamos o controle, o domnio de nossa vida.

    Voc poder pensar, argumentando: Mas, no Deus que controla a vida? Sim, Ele tudo controla, porm, dentro deste controle Ele vem nos mostrando que a liberdade a ns concedida primordial para aprendermos, assim que vemos no mundo animal o Ser se desenvolvendo com as experincias de busca de alimentos, convivncia em grupo, ataque e defesa. O filsofo espiritualista Pietro Ubaldi, diz que o homem no mais est em uma luta fsica fome e sexo -, mas que, com o dsenvolvimento do intelecto que trouxe a tecnologia facilitando a

  • vida, o homem se encontra agora em uma luta nervosa e psquica.

    Fala-se muito da correria do dia-a-dia, de como o tempo parece correr tanto e o quanto ns no conseguimos cumprir no dia todas as tarefas que deveramos realizar e ficamos perplexos com isto e a agitao, o nervosismo, o estresse, parecem dominar o ritmo de nossas vidas. O relgio a marcar as horas no mesmo compasso todos os dias, se apresenta aos nossos olhos como inimigo cruel a sempre nos dizer: venci.

    preciso fazer uma reflexo: O que nos leva a no termos perfeito controle de nossas vidas? E aqui vai uma resposta simples e profunda: Porque no estamos despertos. E por conta deste no despertar nos deixamos seduzir pelas diversas ditaduras que a mdia (a quem damos o poder) tem realizado: ditaduraas da beleza, da moda, das msicas, enfim, somos

  • (porque nos deixamos ser) comandados pelo exterior.

    Uma boa maneira de apreciarmos isto em festas, seja de aniversrio ou casamento, e neste caso a mulher a que mais se revela como ser dominado pela exterioridade, desde as que se apresentam com vestidos de ltima moda quelas que, pelos cantos, comentam umas com as outras sobre esta ou aquela est vestida deste ou daquele jeito. A hipocrisia e a falsidade mostradas nas cenas das novelas se repetem perfeitamente na vida real, alis, como j bem colocado, a arte imita a vida. claro que h mulheres que assim no agem e homens que sabem dar um perfeito show comm estas atitudes, falamos aqui de fatos perfeitamente observveis e que exemplificam o quanto o ser humano por no estar seguro consigo mesmo deseja expressar segurana desejando controlar o outro.

  • Quando passarmos a perceber o outro como um Ser em evoluo, passando pelas experincias necessrias ao seu crescimento, seremos bons conselheiros porque deste modo no seremos crticos. Para percebermos o outro como ser em evoluo preciso nos sentirmos verdadeiramente espritos.

    O Esprito Calunga em mensagem psicofnica (falada) atravs de ns disse: As rdeas do cavalo esto em nossas mos. O controle da vida nosso. Cabe a ns a deciso do freiar e do avanar.

    Um exemplo sobre este freio e avano est no relacionamento homem-mulher. Sempre se fala da necessidade de renncia que tanto o homem como a mulher devem ter no relacionamento conjugal. Particularmente discordo do fato de que deva haver renncia, o relacionamento deve ser algo

  • prazeiroso e a palavra renncia traz o sentimento de se deixar de fazer o que se deseja para ceder com sacrifcio de uma das partes ao outro. Muito diferente o respeito ao espao do outro, mas s haver este respeito se verdadeiramente respeitarmos nossos limites e passarmos a compreender assim o limite do outro. Assim saberemos a hora de freiar e a de avanar. Quantas discusses se do porque quando uma das partes, por exemplo, ao chegar do trabalho e desabafar acontecimentos, ao invs de ser apenas ouvida passa a ouvir julgamentos e comentrios a respeito da sua atitude? Neste momento a pessoa quer apenas ser ouvida e, em outra oportunidade, aps reflexo, ela pedir (ou no) opinio sobre o caso.

    Em um relacionamento a dois o respeito fator preponderante para que duas almas venham a verdadeiramente comungarem em um mesmo diapaso.

  • Diante destas situaes fica a pergunta: o que fazer para ter o domnio da vida? Uma das palavras-chave para se ter o domnio da vida disciplina e disciplina leva pacincia e fazer cada ato de uma vez.

    Disciplina excelente ferramenta para o domnio da vida. Disciplina a alavanca principal do sucesso.

    Uma grande prova do valor da disciplina a cultura oriental. Se no fosse pela disciplina que conduz tambm perseverana, os japoneses no teriam reconstrudo o seu pas em to puco tempo aps os horrores da 2 Grande Guerra. Portanto, quando tudo ao seu redor parecer um grande caos, pare, reflita e aja, organizando-se e, em breve, surgir sua frente um caminho onde os obstculos eram apenas o reflexo de sua prpria desorganizao mental.

  • IX

    PRTICAS PARA ALCANAR O DOMNIO DA VIDA

    Abordaremos neste captulo algumas prticas que, realizadas, muito auxiliaro para a conquista do to almejado domnio da vida.

    Concentrao

    Na correria dos dias atuais pode parecer impossvel o conseguir se concentrar, mas, paradoxalmente, a falta de concentrao tem sido grande responsvel pelos desacertos que ocorrem em nossas vidas. E, como a falta de concentrao leva a esquecimento, indisciplina e, ao fracasso em objetivos almejados, temos a partir da a pessoa frustrada, triste e desmotivada.

    A concentrao uma arte e como toda arte, ela pode ser desenvolvida atravs de exerccios simples:

  • - Quando voc estiver pela rua a passear, olhe para a vitrine de uma loja e fixe bem a sua ateno para os elementos que ela contm, depois, afaste-se e, sem olhar a vitrine, tente visualizar cada objeto que observou;

    - Ao ouvir uma msica, busque distinguir cada instrumento que est sendo tocado. Observe isto o principal o tempo em que conseguiu ficar concentrado na msica;

    - Ao comer perceba o sabor de cada alimento. Alimentos compostos devem tentar ser distinguidos a fim de identificarmos o sabor de cada um separadamente. Ao fazer isto, alm de estar se exercitando para concentrao, voc vai perceber o quanto um paladar apurado te levar a prazeirosas sensaes. O comer devagar uma questo tanto de sade fsica quanto de sade emocional. A 1 nos proporciona os

  • nutrientes necessrios ordem do corpo e a 2 satisfao psicolgica, no deixando assim que venhamos a sofrer de ansiedade to caracterstica em nossos dias do comer depressa pela falta de tempo e, por isso mesmo, de comer mal;

    - Ao fazer um passeio e passar por um jardim, sente um pouco e busque se concentrar no cheiro de cada planta;

    - Pegue uma pedra no quintal de sua casa mesmo ou um objeto qualquer, feche os olhos e busque perceber o formato que a pedra ou o objeto tem.

    Realizando estes exerccios diariamente ou, no momento oportuno, voc perceber que a sua ateno e a sua capacidade de resoluo de problemas estaro ampliados, com isto, voc perceber tambm os objetivos conquistados.

  • Contemplao

    Enquanto a concentrao dirige nossa ateno ao estmulo de nossos sentidos, a contemplao subjetiva, dirigindo a nossa conscincia razo, memria e imaginao. H ordens monsticas na Igreja Catlica que so chamadas contemplativas, porque o seu objetivo dar novas formas s ideias j existentes na conscincia.

    Quando adolescente, fazia exerccios de contemplao usando um livro pequeno, mas de muita inspirao: Imitao de Cristo. Mas, h muitas outras fontes de contemplao e a Natureza com seu manancial de diversidade uma delas.

    Ao realizar a contemplao voc ir perceber um mundo de ideias que surgiro daquilo que j se sabia, mas que no se conhecia uma nova forma de se realizar, de se falar e de agir.

  • Exerccios de Contemplao:

    - Realize uma leitura rpida, um versculo da Bblia ou um trecho de um livro interessante, uma frase que te chamou a ateno e fixe o pensamento no que leu, buscando por algunss minutos perceber as ideias que surgem decorrentes do trecho lido;

    - Leia uma passagem do Evangelho e entre na cena, coloque-se presente, sentindo e participando, o conhecimento interno se te far e no a superficial interpretao da razo apenas;

    - Olhe o Cu estrelado e contemple-o, ativando a imaginao voc vai perceber xomo a sua razo e a sua memria se conjugaro fazendo voc perceber lembranas do passasdo e, ao mesmo tempo te fazendo ter tambm belas inspiraes;

  • -Visite uma galeria de arte, contemple e beba toda a beleza e harmonia que l existem.

    Voc ter a sua sensibilidade ampliada. Importante: no crie algo e coloque nas telas, mas seja impactado pelo que v;

    A contemplao um deixar-se impregnar e invadir pelo mistrio contemplado. O prprio mistrio tem a sua fora. Deixar que o evangelho nos molde e no querer interpret-lo. Por isso se requer mais simplicidade, humildade e passividade. a atitude de deixar-se ensinar. O ritmo das contemplaes lento. No se devem buscar logo aplicaes para a vida. Ficar atento s moes... As consolaes que brotarem... As desolaes que surgirem... Acolhendo e demorando-me nas consolaes e descartando as desolaes.(Padre Jos Roque Jungus, SJ Do site:

  • http://www.clfc.puc-rio.br/evc/2_d1.html).

    Assim eu ouvi contar:

    Em certa ocasio o Abenoado estava vivendo na regio dos Kurus, onde havia uma cidade chamada Kammasadhamma .

    Ali ele se dirigiu aos monges assim: Monges Venervel Senhor, responderam eles. O Abenoado disse:

    Monges, este o caminho direto para a purificao dos seres, para a superao do sofrimento e da lamentao, para o desaparecimento da dor e da tristeza, para aquisio do verdadeiro mtodo, para a realizao do Nirvana os quatro fundamentos da ateno plena.

  • E quais so os quatro? Aqui, monges, um monge permanece contemplando o corpo como corpo. Ardente, plenamente atento e consciente, havendo deixado de lado a cobia e a tristeza em relao ao mundo. Ele permanece contemplando as sensaes como sensaes. Ardente, plenamente atento e consciente, havendo deixado de lado a cobia e a tristeza em relao ao mundo. Ele permanece contemplando a mente como mente. Ardente, plenamente atento e consciente, havendo deixado de lado a cobia e a tristeza em relao ao mundo. Ele permanece contemplando os fenmenos como fenmenos, ardente, plenamente atento e consciente, havendo deixado de lado a cobia e a tristeza em

  • relao ao mundo. (Sattiphatna Sutra, in: Majihima Nikaia Discursos Mdios de Buda).

    Visualizao

    A visualizao uma tcnica que h milnios usada pelos msticos. H livros diversos que ensinam a como realizar a visualizao. No vou entrar aqui no mrito de cada uma delas, pois que, conforme a intensidade do desejo de quem as usa, elas podero produzir excelentes resultados. A visualizao excelente poder mental, infelizmente pouco ou quase nada usado por ns. Quantas vezes voc ficou com o pensamento fixo em um vestido, em um carro ou mesmo em algum (homem ou mulher desimpedidos) e que voc

  • muito desejou? E, por quantas vezes voc se frustrou por no ter os seus desejos concretizados? A visualizao tcnica que lhe permitir a realizao do que voc quiser, lembrando porm, que os seus desejos s se realizaro se estiverem nos padres Csmicos, portanto, no pense em atos desonestos como o tirar uma esposa do marido ou o contrrio e nem em ganhar dinheiro quando o outro ser lesado. O Universo harmonia e o que no harmnico ele no realiza, da a lei de ao e reao funcionar equilibrando o ritmo universal.

    Visualizar criar e criar realizar. Visualizando voc sente, sentindo voc mentaliza, mentalizando voc age e agir

  • realizar. A visualizao uma tima mostra do quanto o pensamento criador. Apresentaremos uma tcnica simples deste poder criador:

    1 Escolha um desejo nico, a visualizao de vrios desejos ao mesmo tempo resulta infrutfera;

    2 Pense nas razes do seu desejo, se ele egosta e s satisfar o seu bem-estar; voc pode visualizar coisas para si, mas elas devero auxiliar outros tambm;

    3 Sente-se confortavelmente com as costas eretas, mos sobre as coxas e ps ligeiramente separados;

    4 Respire profundamente e visualize de forma intensa o que

  • voc deseja. Visualize ao ponto de seu entusiasmo e suas emoes se acionarem. Importante: visualize o desejo como se ele j tivesse se concretizada, viva a situao, no visualize com esperana de o desejo se realizar, isto revela a sua confiana nas leis espirituais;

    5 E, para finalizar, aps voc ter vivenciado a sua visualizao, inspire profundamente pelo nariz, retenha o ar nos pulmes por alguns instantes, expire lentamente tambm pelo nariz e diga: se da vontade do Csmico, est feito! ou se quiser use: se da vontade de Deus, assim ou, ainda, seja feita a Vossa Vontade. Importante: depois esquea completamente do seu desejo, uma boa forma de isto

  • conseguir retomar as suas tarefas e ter a certeza interior que voc ter o seu desejo realizado. Visualizando voc perceber a sua inspirao e intuio fluindo bem neste perodo.

    A visualizao de um desejo se transforma em uma forma-pensamento. Tudo aquilo que desejamos intensamente passvel de se materializar, porm, um desejo egostico por estar fora dos padres de equilbrio que lei universal, dificilmente se realizar, pois a Inteligncia Divina a Lei do Universo -, no compreende o egosmo pelo simples fato de Ela no ser egosta.

    Uma pergunta que fica : Quanto tempo leva para a

  • realizao de um desejo? Ora, isso depende de muitos fatores: para construir uma casa, isso no se faz em poucos dias, da, dependendo do que se deseja o tempo pode ser de anos, mas, poder se dar de um desejo se concretizar em alguns poucos meses ou at em poucos dias. Tenho uma amiga que h muito tempo por ela me apaixonei e sentia nela alguma receptividade neste campo afetivo. No conseguindo, por timidez, me declarar a ela e, sabendo que o meu desejo faria bem aos dois e no s a mim, visualizei a seguinte cena: eu e ela conversando em um banco de jardim e carinhosamente nos beijando. Visualizei isto por uma semana e, na semana seguinte ela me enviou um e-mail, marcando para ns conversarmos e marcou

  • exatamente em uma praa com um belo jardim e, enfim, aconteceu o to esperado momento. Quando as condies precisas para a realizao do desejo esto reunidas, ele se concretiza. Sendo tico e til ao nosso desenvolvimento espiritual, podemos ter certeza que conseguiremos pela visualizao o que desejarmos.

    No pense nas condies financeiras, quando for este o caso para a realizao de um desejo, aguarde, visualize e a Lei Universal decidir, enviando a voc os mecanismos precisos para tal: a promoo no emprego, o passar em um concurso, obter facilidades de pagamento, recebimento de uma herana inesperada, o auxlio

  • espontneo de um amigo ou de algum que confia em seu projeto, etc, Deus tem vrias formas de agir e no cabe a ns dizer a Ele o que fazer.

    Faa o exerccio dirio de visualizar paz no mundo. Veja e viva entre pessoas que se abraam e se compreendem, pessoas que sorriem, ao encerrar sua visualizao, inspirando pelo nariz, retendo o ar e expirando tambm pelo nariz, diga: a vontade de Deus! Fazer isto todos os dias dar a sua contribuio pela paz no mundo, to necessitado nestes tempos de transio de uma Era para outra, alm de revelar em voc o amor universal.

    Meditao

  • Antes de apresentarmos a tcnica (uma delas) de meditao, vejamos o que diz o Lama Anagarika Govinda no livro Meditao Criadora:

    O corao, a fora central da meditao, a inspirao. Mas, como a inspirao uma faculdade espontnea (interpretada tambm como arrebatamento), no poderia ser criada por comando, mas somente provocando em ns interesse ou admirao. Antes de podermos ser inspirados, preciso ento prepararmos o terreno, criarmos a disposio, tornarmos o esprito receptivo, e isso pressupe duas condies: por um lado, relaxao, tranquilidade, paz, harmonia e, por outro lado, alguma coisa que proporcione direo e

  • concentrao mente, ou ento um objeto visvel de contemplao que seja suficientemente atraente para prender a ateno daquele que medita. A beleza da natureza ou de um poema, uma prece comovente como um cntico devocional, a lembrana ou a imagem de uma personalidade carismtica ou de um ser iluminado, tudo isso convida meditao. Outros bons elementos de preparao so a msica, o incenso, as flores e as velas, ou ainda o ritual pelo qual essas coisas so ofertadas num templo ou diante de uma altar (como era costume em todas as famlias tibetanas, assim como na maior parte das famlias indianas budistas ou hindus). Em suma, os elementos de beleza e de devoo so aquilo que mais induz meditao. Esses dois elementos

  • esto reunidos nos tankhas tibetanos, e isto pode explicar o estranho fascnio que eles exercem no esprito moderno e mais particularmente nas pessoas que se interessam pelos valores espirituais e pelas prticas de meditao. Para as pessoas de tendncia devocional, a prpria prece abre caminho para a meditao; na verdade a prece, no sentido mais profundo, como direo do corao, uma forma de meditao. Tudo aquilo que amamos torna-se facilmente objeto de contemplao, porque no h necessidade de esforo e o indivduo segue a tendncia natural de sua cabea e de seu corao.

    No obstante, mesmo pesquisas intelectuais, a anlise de

  • ideias e fenmenos de nossa vida comum e de seus problemas, pode servir como ponto de partida para nossa meditao, embora persista o perigo de permanecermos no nvel intelectual, de nos contentarmos com solues racionais, em lugar de nos elevarmos ao nvel da experincia direta, na qual o problema se dissolve. Seja como for, nos estgios iniciais da meditao, a faculdade de pensar to importante quanto qualquer dos outros fatores que intervm no processo da meditao. Isto se evidencia nos dois primeiros fatores da mais antiga definio da meditao budista: vitarka, o pensamento inicial e vichra, o pensamento sustentado; em outras palavras, pensar e refletir, os dois aspectos do pensamento discursivo.

  • Isso d direo, coerncia e concentrao nossa conscincia, cujo fluxo no podemos sustar mudando constantemente de pensamento, de sentimento, impresso, imagem; s podemos canalizar esse fluxo, limit-lo, dirigi-lo, dando-lhe uma forte motivao, um ponto central de interesse e de abstrao. Pensar e refletir, portanto, so apenas o comeo; levam a um estado de conscincia intuitivo onde termina o processo de pensamento e da reflexo, para ser ento substitudo por algum tipo de viso mais profunda ou de experincia direta. O primeiro passo nesse sentido a experincia da infinidade do espao, em que a conscincia perde seus limites, a qual leva experincia da infinidade da conscincia. Essa experincia de

  • expanso e liberdade ilimitadas conduz realizao de Shnyat, que os primeiros textos em pli descreveram como a esfera de no-coisidade (nanchyatana). Para alm disso, as palavras no podem mais descrever a experincia real daquele que medita, que ento descrito como tendo alcanado o estado de nem percepo, nem ausncia de percepo, o domnio do limite ltimo de percepo, porque a distino entre aquele que tem a experincia e o objeto desapareceu; sujeito e objeto foi um s, a unificao perfeita (samdhi) foi realizada.

    Meditando:

  • - Escolha um lugar calmo e tranquilo, pode ser o seu quarto. Diminua a luminosidade. Se quiser coloque msica instrumental (h vrias lojas que dispem de CDs para a prtica da meditao);

    - Sente-se com as costas bem retas, palmas das mos sobree as coxas e ps bem apoiados n o cho e ligeiramente separados;

    - Feche os olhos e, durante cerca de 1 minuto, inspire e expire profundamente pelo nariz, sem interrupo, diferente do que expomos para a visualizao, no retenha o ar entre uma inspirao e expirao, realize-as sequencialmente, naturalmente;

    - Aps o minuto de respiraes profundas, concentre-

  • se no objeto de sua meditao. Repita, por exemplo, mentalmente uma pergunta para a qual voc deseja uma resposta ou se concentre em um problema para o qual deseja soluo, resumindo-o, sendo bem claro e conciso. Voc poder meditar querendo apenas estar em um momento de paz, ento basta se concentrar mantendo atitude tranquila e receptiva;

    - Aps alguns minutos de concentrao no objeto de sua meditao, fique agora em estado de absoluta passividade. Se entregue a um sentimento de perfeita unio com o Universo, com o Csmico; o estado de passividade o que nos permite transferir ao

  • Universo a nossa pergunta e, assim obtermos a resposta;

    - Quando sentir o desejo de encerrar a meditao volte devagar conscincia objetiva, movendo e sentindo ps, pernas, mos, braos, pescoo e, por fim, abra os olhos e retorne s suas atividades.

    A resposta que desejamos pode no vir na hora, mas pode e ocorre de ela ser dada por uma intuio muito forte no decorrer dos dias ou mesmo atravs dos sonhos.

    Como voc viu a meditao rene em si a concentrao, a contemplao e a visualizao e todas elas so prticas que nos despertam um excelente canal com a Conscincia Csmica a intuio.

  • Realizar estes exerccios despertar a nossa potencialidade de espritos e equilibrar o material e o espiritual, acarretando para ns uma Vida Plena e Feliz.

  • X

    A UNIDADE

    Este o captulo que d fechamento s nossas reflexes e exposies. Ao falarmos de espiritualidade, no podemos deixar de fazer uma reflexo sobre unidade.

    A palavra religio, de origem latina (religare), significa em essncia religar a criatura ao Seu Criador, mas, o que vemos na maioria dos religiosos o esforo para colocar a religio que pratica como a verdade.

    Como seres vivendo experincias o mundo das formas, percebemos a multiplicidade delas e tomamos conscincia da dualidade

  • que existe no universo, o filsofo taosta Lao Ts ao tomar esta conscincia d-nos mximas para equilibrarmos as energias yin e yang. Mas, se o Universo uno, por que ento h duas energias? No, no h duas energias, o que h so manifestaes de uma s energia a se manifestar de modos diversos.

    O princpio da dualidade est em todas as religies: Ahura-Mazda x Arim; Deus x Diabo; Anjos x Demnios; Espritos Superiores x Espritos Inferiores; Mentor Espiritual x Obsessor; Bem x Mal.

    Este princpio da dualidade vem mostrar a ns atravs dos mitos, o quanto ns prprios nos manifestamos ora de um modo, ora

  • de outro. Quando estamos irritados, raivosos, impacientes, tristes, somos quais demnios, esprito inferior, obsessor e, quando estamos pacientes, benevolentes, alegres, compreensivos, somos quais anjos, mentores espirituais, distribuindo o Bem. Portanto, a religio pensada apenas em sua estrutura formal no nos levar religao com o Criador.

    Swami Vivekananda (12/01/1861-04/07/1902), monge, iogue e filsofo hindu, afirma:

    Para tornar-se religioso, comece sem nenhuma religio, faa sua prpria escalada, perceba e contemple os fatos por si mesmo. Quando proceder assim, ento, e s ento, ter uma religio. Antes

  • disso, voc no melhor que os ateus, talvez seja at pior, porque o ateu sincero. Ele se levanta e declara: - Nada sei sobre isso enquanto os outros tambm no sabem, mas vo adiante batendo no peito: - Somos pessoas muito religiosas. Que religio eles professam, ningum sabe; engoliram alguma histria da carochinha e os sacerdotes pediam que nela acreditassem.

    E pode um homem jamais ter pisado numa igreja ou mesquita; jamais ter realizado um ritual; se ele sente Deus em seu interior e, dessa forma, ergue-se acima das vaidades mundanas, esse homem um santo, um bem-aventurado, d-lhe o nome que quiser.

  • Ampliando estas afirmaes de Vivekananda, temos a resposta de Krishnamurti questo O que Religio?:

    A crena no religio. E a autoridade, que as igrejas, que as religies organizadas assumem, isso no religio. Nisso h todo um senso de obedincia, conformidade, aceitao, a diviso hierrquica da vida.

    A diviso entre o protestante e o catlico, do hindu e do muulmano, isso no religio. Ento, quando voc nega tudo isso, o que significa que voc no mais hindu, no mais catlico, no pertence mais a alguma perspectiva sectria, ento sua mente questiona: o que a verdadeira

  • religio? Ela no vem a partir de rituais, dos mestres, dos salvadores, no atravs disso. Portanto, na mente, isso causa essa inteligncia, porque se v que no isso.

    Ento, o que religio? Religio ... no o que eu penso, mas religio ... o senso de compreenso da totalidade da existncia, onde no h diviso entre voc e eu. Assim, se existe essa qualidade da bondade, que virtude, virtude real, no essa falsa virtude da sociedade, virtude real, ento a mente pode ir alm e descobrir a verdadeira meditao, o verdadeiro, profundo, tranquilo silncio, e descobrir se h essa tal de realidade.

  • E, portanto, uma mente religiosa uma mente que est constantemente desperta, sensvel, atenta, para que ela possa ir alm de si prpria, a uma dimenso absolutamente sem o tempo.

    Ao acabar de escrever as palavras de Krishnamurti, percebi uma presena espiritual e uma leve vibrao na mo direita, perguntei em pensamento: Calunga voc? E ele me respondeu: Sim, filho, estou aqui. Entendi que ele queria se expressar pela escrita e, ento, peguei outros papeis e de mente passiva deixei a escrita fluir e ela fluiu rpida como ocorre no processo psicogrfico:

  • PARA REFLETIR

    A Vida uma s, as experincias que devemos passar que so vrias, a que entra a lei dos renascimentos ou reencarnao.

    Religio formal s uma manifestao de parcela da Verdade Integral, que no est aqui ou ali, mas dentro de voc.

    Por que voc tem uma religio? Para dar satisfao sociedade? Para apenas dizer que tem?

    Voc acha mesmo que Deus est preocupado com isto e se divide assim?

  • Quanta pobreza de pensamento!

    Quanta mesquinhez no humano, demasiadamente humano!

    Seja qual for a doutrina que voc seguir, qual a sua filosofia de vida, isto apenas movimento da experincia do evolver espiritual, apenas isto.

    Criador e criatura no esto separados, as experincias nos deixam pensar assim, mas somos Um.

    No h dualidade em Deus, Ele Uno e ns somos Unos nEle e com Ele.

    Compreender isso despertar a sabedoria e despertar a sabedoria

  • tambm viver o amor, por compreendermos que o outro tambm reflete a face de Deus, seja este outro homem, mulher, ateu, religioso, homossexual, estrangeiro...

    Enfim, quando entendemos que tudo se faz para o crescimento do Ser, o que para ns antes era diviso, passa a ser apenas etapa de um processo maior.

    Pare e reflita, sentindo a energia divina fluir em voc.

    Calunga

    (Mensagem psicografada no dia 21/05/2013 pelo mdium Leonardo Paixo).

  • Os textos de Vivekananda, Krishnamurti e Calunga, nos levam reflexo, mas para verdadeiramente compreendermos a Unidade, se faz necessrio vivenci-la e o que nos ajudar a ter esta vivncia a meditao.

    Seguindo a tcnica simples que demos no captulo anterior, faa a seguinte pergunta: Se tudo se reduz Unidade, o que a Unidade? Qualquer resposta que venha sua mente so reflexos do ego, no h palavras para responder a isto, alcanando o nvel real de meditao voc viver a experincia da Comunho Csmica, da Unidade, no h palavras para descrev-la, justamente devido sua caracterstica transcendente,

  • Viv-la se libertar das formas e se perceber tambm Ser.

    Tenha uma Vida Plena e Feliz!

    NAMAST

  • ENTREVISTA COM O ORADOR E ESCRITOR LEONARDO PAIXO

    1. Como se tornou esprita?

    - Desiludido com os dogmas da Igreja Catlica (tradicioanlista), dela me afastei e, aps ler filsofos como Dostoiewski e Lon Tolstoi, aos 16 anos ao passar por uma banca de livros espritas adquiri O Livro dos Espritos e o li em uma madrugada.

    2. Quais as faculdades medinicas de que portador?

    - Psicografia, psicofonia, audio, projeo astral, psicometria, receitista, conselheira, clarissensibilidade e tenho raros episdios de vidncia.

  • Em relao conselheira, Yvonne Pereira e Julinho (Jlio Czar Grandi Ribeiro) diziam que a Casa Esprita deveria estar aberta 24 horas por dia com mdiuns conselheiros atendendo aos necessitados da Alma.

    3. Qual Grupo, Casa ou Centro voc frequenta?

    - Hoje estou em um crculo de estudos domsticos que foi denominado pelos Espritos por Grupo Esprita Semeadores da Paz.

    4. Quais as suas atividades no Grupo?

    - Atendimento Fraterno, estudo, psicografia de Benfeitores e/ou de entes queridos e vez ou outra

  • receiturio medinico. H tarefas na caridade material: uma vez por semana distribumos lanche aos carentes.

    5. Alm destas atividades voc tambm mantm atividades pela internet, fale-nos delas.

    - Sim, mantenho os blogs scienciaespirita.blogspot.com.br, onde coloco textos meus e de outros, preferencialmente sobre pesquisas no campo da fenomenologia esprita, alm de mensagens por ns psicografadas que consideramos como de interesse geral, o formiga-paixao.blogspot.com.br, onde posto as trovas, sonetos e poemas do Esprito Eurcledes Formiga, fiz este blog a pedido do prprio, fiquei temeroso de incio, pois o Baccelli tem um blog do mesmo esprito: formiga-baccelli.zip.net, mas, por

  • inspirao percebi que o Bem o bem em qualquer parte e no h a nenhum plgio obra do Baccelli que, atravs de e-mails muito tem nos incentivado tarefa medinica tanto quanto nossos amigos em comum Geraldo Lemos Neto (Geraldinho) e Antnio Baracat, de Belo Horizonte, MG.

    6. Estes blogs so bem acessados?

    - As estatsticas que eles trazem mostram que alm do Brasil, a Alemanha, a Rssia, os Estados Unidos, a Noruega, a Grcia so pases nos quais eles so visualizados.

    7. Como os blogs chegaram ao conhecimento destes pases?

  • - Acessando a revista eletrnica O Consolador, h uma pgina sobre o movimento esprita internacional e os respectivos e-mails de Federaes, Unies, Grupos, ento passei a cada nova postagem enviar e-mails para l e tambm para os amigos. preciso ser ousado na divulgao do Bem. Mas, deixo claro que quem no quiser receber tais mensagens basta me enviar um e-mail dizendo e no mais as enviamos.

    8. E para ser mdium, tambm necessrio ser ousado?

    - O mdium Carlos Antnio Baccelli em seu livro autobiogrfico A Trajetria de um Mdium diz que "o mdium para ser mdium precisa ser ousado".

  • 9. Como se d essa ousadia?

    - Como h dirigentes que, muitas vezes, at com boa inteno, buscam podar o mdium quando percebem que este tem asas para voar mais alto, muitos mdiuns permanecem em uma inquietude interna, pensativos e, no raro, pesarosos da incompreenso dos homens.

    10. O que voc recomenda a estes mdiuns?

    - O que o mdium Wanderley Oliveira aconselha: num primeiro momento obedecer, obedincia direo da Casa que frequenta, at que, ele venha a alcanar sua autonomia. A obedincia se faz necessria para o exerccio da humildade, a propsito o Esprito Andr Luiz no livro Os Mensageiros,

  • cap. 35 coloca: "H gente que fala bastante de humildade, mas no capaz de um nico gesto de obedincia". O Wanderley e eu mesmo, passamos cerca de duas dcadas obedecendo.

    11. Em que constitui esta obedincia?

    - Em seguir o que se convencionou chamar de "normas da Casa", o que um contrassenso, pois a Casa Esprita deve simplesmente ter por base o Evangelho do Cristo luz do que consta na Codificao Kardequiana. Um exemplo pessoal: colaborando em uma determinada Casa Esprita, mesmo trabalhando na que iniciei, fui "delicadamente" convidado a "silenciar" a mediunidade por um ano e assim o fiz, mas somente l, permaneci dando mensagens nos eventos que

  • participo. Retornando s reunies medinicas, ocorreu o fato de, ao mesmo tempo em que um esprito sofredor se comunicava, Espritos trovadores escreviam as suas trovas. Por ignorncia dos dirigentes tanto da reunio quanto da Casa, fui acusado de "irregularidade" (risos) e, quando o Presidente da Casa conversou comigo, simplesmente lhe devolvi as chaves da respectiva Casa, das quais possua cpias, pois realizava estudos l e percebi que, de fato, o que se desejava era, atravs desta forma, verdadeiramente me afastar dos trabalhos. Por este ou aquele motivo eu estava "atrapalhando".

    12. Mas, no se pensou que tal fenmeno, um tanto quanto raro, no vem a demonstrar a

  • independncia de individualidades a influenciar o mdium?

    - Mas, como os respectivos dirigentes pensarem por este prisma, se entendiam (ou ainda entendem) que o esprito entra no corpo do mdium e no tinham (ou no tm) a compreenso de que o que h uma influncia atravs do perisprito do mdium? Um dos dirigentes chegou a dizer: Por que os Espritos no aguardaram a sua vez? (risos). muita falta de estudo, pois fenmenos assim ocorriam com Peixotinho que, ao mesmo tempo em que doutrinava, psicografava, tambm com o Julinho que psicografava dois espritos ao mesmo tempo, com a mo direita e a esquerda e tambm um terceiro pela psicofonia, a mdium Leonore Piper que tambm psicografava dois espritos com a

  • mo direita um e com a esquerda outro.

    Porm, se estudassem, perceberiam o erro em que incorriam, mas, como j disse por fatos que no me confortam recordar, o motivo real era o meu afastamento.

    13. Voc corajoso em suas colocaes.

    - No vejo assim, apenas sou sincero ao expor meu pensamento. E, de conscincia tranquila, pois no desejo reconhecimento, pois aprendi que este de Jesus, digo o que a mais pura expresso da verdade, nada mais.

    14. Voc diria que ser mdium sofrer?

  • - Por qu? A mediunidade quando colocada em prol do Bem, ela te traz muita felicidade. Consolar, instruir, fazer ver aos vivos que os seus "mortos" queridos no so mortos, vivem, dar alvio a um enfermo, ser instrumento do Alto, d paz e nos deixa em estado que deveria ser permanente, de compaixo.

    15. Voc orador inspirado, quando comeou nesta atividade especfica?

    - Tambm muito cedo. Estava um dia na reunio pblica do GE Malvina Navega em Goytacazes, bairro de nossa cidade de Campos, RJ, que h muito tempo era um distrito e, como o orador da noite no aparecera e os membros da Casa me conhecendo por um estudioso e frequentador do GE

  • Luiz Gonzaga (havia apenas um ano que l estava), me convidaram a substituir o orador e, sem pensar aceitei. Subindo tribuna muito nervoso - de que eu ia falar? -, quando a palavra me foi passada falei fluentemente por 1 hora, at hoje no me recordo do que disse, at hoje no me recordo do que disse, s sei que o resultado foi u convite para eu falar em um momento festivo da Casa, mas, no me preparei confiando na inspirao e recebi a lio dos Espritos: "Se queres nossa ajuda, ajuda-te: estude e ns te inspiraremos". At hoje no mais deixei de estudar.

    16. Voc fala s na cidade de Campos ou tambm viaja para esta tarefa?

    - Falo muito nas Casas da cidade de campos que me convidam

  • carinhosamente e tambm nas regies prximas. J fui Juiz de Fora e, recentemente, estive em Guarapari falando na Sociedade Guarapari de Estudos Espritas fundada pelo Orador e Mdium Alosio Silva e tenho propostas para ir ao Rio de Janeiro e Ub - MG. Onde me chamarem irei com o maior prazer.

    17. E a mediunidade, tambm aflorou cedo?

    - Sim, aos 17 anos ao ser colocado pelo ento Presidente do GE Luiz Gonzaga, o j desencarnado Nilton Rangel, mesa, manifestei um tremor na mo direita e recebi uma mensagem de meu av, pai de meu pai que eu no conheci em vida. Da em diante, outras faculdades comearam a se manifestar.

  • 18. Voc, hoje, tem realizado o trabalho de transmitir as chamadas "cartas consoladoras". Como isto?

    - J recebia mensagens de entes queridos, em geral na intimidade e para pessoas prximas, at que em um Seminrio no dia 18/11/2012 com os amigos Clio Faria e Sarah Bastos Vieira, de Guarapari - ES, estando disposio para a psicografia em pblico, recebi mensagens de entes queridos para pessoas com as quais eu no tinha proximidade e com o detalhe de as assinaturas dos "mortos" corresponderem que tinham em vida. E, a cada dois meses, na 2 quarta feira, o GE Luiz Gonzaga realizava-se aps a palestra uma sesso de irradiao, onde ficava disposio para a psicofonia e a psicografia orientadoras, vindo a

  • tambm as "cartas consoladoras" - trabalho hoje infelizmente no mais realizado por motivos que no nos cabe aqui relatar , mas me considero ainda sendo trabalhado pelos Bons Espritos para a realizao desta tarefa to gratificante porque muito consoladora, mais vezes no ms, diante das dificuldades que passei, j foi dado um grande passo. Agora trabalhar e confiar. No posso esquecer aqui de deixar a minha gratido aos mdiuns Clio Faria, Guarapari-Es e sua esposa Sarah Bastos Vieira; Geraldo Lemos Neto e Antnio Baracat, ambos de Belo Horizonte-MG; Carlos Antnio Baccelli, Uberaba, MG, Rogrio H. Leite, Taubat, - SP e aos mdiuns de nossa cidade de Campos, RJ, como Marlene e Silene do GE Cantinho Fraterno e da Casa de Caridade Jesus Peregrino e de D.

  • Hlia do Lar de Dbora, por sempre nos estimularem ao trabalho e nos orientarem quando preciso.

    19. Alm do fenmeno que voc relatou de receber comunicaes espirituais ao mesmo tempo, voc tambm j recebeu uma psicografia especular.

    - Sim, mas foi apenas uma frase de nosso Guia Espiritual, o Alberto. A frase foi a seguinte: "Ele (o Cristo) a luz de Deus em ns". Com Chico Xavier e Divaldo Franco, o fenmeno foi mais expressivo porque duplo: alm de escreverem mensagens de forma especular, elas esto em idiomas desconhecidos dos mdiuns, fenmeno cunhado com o nome de xenoglossia, pelo sbio psiquista Dr. Charles Richet.

  • 20. Tambm j se deu com voc a xenoglossia, isto , o falar ou escrever em idioma desconhecido?

    - Sim. J falei e escrevi em ingls, francs e alemo, no ingls foram realizados dilogos com entidades sofredoras e no francs e no alemo, apenas falei, ou melhor, os Espritos falaram como o Dr. Joseph Gleber pequenas frases em alemo. O Alberto, nosso Guia j escreveu uma pgina em ingls e o Esprito Miramez, por vezes, se expressa em espanhol.

    21. Quais os seus autores preferidos?

    - Entre os espritas: Allan Kardec, Chico Xavier, Yvonne Pereira, Joo Nunes Maia, Carlos Baccelli,

  • Hermnio Miranda, Clvis Tavares, Newton Boechat e Carlos Bernardo Loureiro.

    Entre os espiritualistas: Ramats, Deepack Chopra, o Dalai Lama, James Van Praagh e Pietro Ubaldi.

    Entre os de literatura: Clarice Lispector, Aldous Huxley, Lon Tolstoi, Dostoiewski, Vincius de Moraes, os de Fsica Terica, de Michio Kaku e muitos outros. No Brasil temos excelentes escritores e poetas.

    22. No muita coisa?

    - Sim , porm, leio desde a infncia e, durante a faculdade (Normal Superior), foi prazeroso ter de ler vrios autores clssicos. Ainda bem que eu gosto, seno...(risos).

  • 23. Como voc v o Movimento Esprita Atual?

    - Dividido. Como assim? Voc vai perguntar e eu explico. O Movimento Esprita est dividido em "elitizado" que adora formalidades, que dogmatiza e diz o que e o que no Espiritismo e quem so os mdiuns e as obras confiveis, quando h mdiuns e at espritos escrevendo apenas para verem suas obras comercializadas e, alguns esto nas Federaes. O outro o Movimento "informal e simples" tal qual o que realizaram Chico Xavier, Yvonne Pereira, Eurpedes Barsanulfo, Jlio Czar Grandi Ribeiro, Maria Modesto Cravo, Spartaco Ghilardi, Celso de Almeida Afonso, este movimento o que fazem hoje os espritas e mdiuns que no desejam

  • holofotes, que no tm pretenso alguma e estes por este mesmo fato no aparecem.

    24. Fale mais sobre este Movimento "informal e simples"?

    - o Movimento do Espiritismo naturalmente alegre e em que o auxlio se faz a qualquer hora, com disciplina sim, mas a disciplina do Amor. o Espiritismo em que a mediunidade no institucionalizada, em que mdiuns e espritos no so controlados e trabalham livremente, sem as peias do dogmatismo que s enxerga o seu prprio umbigo. Ao observarmos como eram realizadas as sesses do Grupo Esprita da Prece, vemos o quanto elas eram simples e como Chico incentivava aos mdiuns iniciantes e os orientando a permanecer na

  • disciplina com Jesus e Kardec. necessrio preservarmos esta simplicidade e para isto no se faz preciso a adeso a nenhum rgo unificador.

    25. Qual a sua mensagem final?

    - Que os espritas de agora, neste perodo da maioridade das ideias espritas, no se preocupem em apenas zelar por uma "pureza doutrinria" em detrimento da fraternidade, da afetividade. Sigamos, espritas e espiritualistas trabalhando pelo nosso crescimento espiritual despreocupados em vigiar ao outro. Pureza doutrinria no formalidade e sim o atendimento fraterno, carinhoso, para com os necessitados de corpo e alma que nos procuram (o mdium est agora em um estado de profunda emoo, quase chora) e diz: "O Esprito

  • Maria Modesto Cravo est aqui e diz que: "O servio de humanizao na Seara urgente. Procurar a disciplina no exterior no deve representar atitudes de arrogncia que trazem a doena da iluso da autossuficincia. Precisamos caminhar tal quais os servidores da Casa do Caminho, orientando e servindo sem condies, reavivando desta forma a simplicidade crist.

    No nos iludamos, no somos campees da virtude e, se temos alguma misso, a de, atravs do trabalho cristo, olharmos para ns e vermos que, assim como os que auxiliamos, somos quais pirilampos que, simbolicamente, vivem a oscilar entre a sombra e a Luz.

    Confiemos".

    No preciso dizer mais nada. Agora pegar na vassoura, como diz o Dr. Incio Ferreira e trabalhar.