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Direito Civil SEÇÃO 4 SUA PETIÇÃO

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Direito Civil

SEÇÃO 4

SUA PETIÇÃO

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Seção 4

Direito Civil

Sua causa!

Caros alunos, é um prazer termos a oportunidade de, novamente, trazer algumas questões interessantes para dialogarmos a respeito da nossa demanda. Agora, chegamos ao momento da decisão de 1ª instância. Nesse ponto, acompanharemos os desdobramentos a partir da fase de instrução, e daremos a vocês a oportunidade de elaborar mais um recurso! Nesta seção, estudaremos qual a providência judicial deve a parte tomar a partir de uma decisão desfavorável, abordando a sua análise e de que forma a decisão deve ser atacada. Nesse ponto, é muito

Fonte: <www.novocpcbrasileiro.com.br/wp-content/uploads/2016/05/tjrj-495x300.jpg>. Acesso em: 24 out. 2017.

Figura 4.1 | Julgamento no tribunal

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NPJ - NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA

DIREITO CIVIL - SUA PETIÇÃO - SEÇÃO 4

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importante termos cuidado com a análise da decisão, ou seja, se cabe alguma providência para a correção do julgado antes de levá-lo para a 2ª instância. Estudaremos também os requisitos que a peça processual deve possuir e os cuidados necessários à sua implementação. Vamos começar?

Após a interposição do agravo de instrumento, da peça de comunicação da interposição e apresentação das contrarrazões de agravo por parte da agravada, a Câmara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo atribuiu efeito suspensivo ao recurso e, posteriormente, deu provimento ao recurso de agravo de instrumento, para reformar a decisão que havia indeferido a denunciação da lide. A referida decisão restou ementada da seguinte forma:

“EMENTA: DENUNCIAÇÃO DA LIDE FUNDADA EM CONTRATO DE SEGURO – EXIGÊNCIA DE JUNTADA DA APÓLICE ORIGINAL E DO CONTRATO DE SEGURO – DESNECESSIDADE – JUNTADA DA FOTOCÓPIA DA APÓLICE SUFICIENTE PARA COMPROVAÇÃO DO DIREITO DE REGRESSO. DENUNCIAÇÃO DA LIDE DEFERIDA. AGRAVO DE INSTRUMENTO PROVIDO.

1- Consoante o disposto no art. 758, do Código Civil, o Contrato de Seguro prova-se com a exibição da apólice ou do bilhete de seguro, sendo dispensável a juntada do instrumento contratual.

2- Considerando o disposto no art. 422, do Código de Processo Civil Brasileiro, as cópias reprográficas podem fazer provas de fatos ou coisas representadas, se houve conformidade com o documento original e se não houver impugnação da parte contrária.

3- A natureza de documento particular, somada à ausência de impugnação ou de elementos para questionar a fotocópia, tornam possível a exibição da apólice de seguro em cópia. – Excesso de formalidade – Agravo de Instrumento provido.”

Fonte: elaborada pelo autor.

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Após o trânsito em julgado e retorno do agravo à 1a instância, o juízo de 1º grau determinou a citação da Seguradora Trafegar S/A para contestar o feito. A seguradora concordou com a denunciação da lide e contestou os pedidos da autora, utilizando os mesmos fundamentos adotados pela empresa ré.

No despacho saneador, proferido com base no art. 357, do CPC/2015, o r. juízo determinou o saneamento da representação processual, bem como determinou a correção do valor da causa, providências que foram procedidas por parte da autora. Após, foi deferida a prova testemunhal e o depoimento pessoal dos representantes legais do autor.

Na audiência de instrução designada, foram ouvidos os representantes legais, bem como as testemunhas arroladas pela autora e ré. Em síntese, as testemunhas que se encontravam dentro do ônibus informaram que sentiram o ônibus perdendo o controle e derrapando, mas que o choque ocorreu após a paralisação dele. Por outro lado, as testemunhas que estavam de fora disseram que o veículo de propriedade da autora se descontrolou, o que causou uma manobra brusca do ônibus, vindo a ocorrer a colisão. Os peritos que atenderam ao acidente informaram, em depoimento, que, pela posição final dos veículos, a tendência era que o veículo da autora teria, no descontrole, invadido a contramão direcional e se chocado com o ônibus. No entanto, pela envergadura do ônibus, o veículo da autora foi desviado e arremessado no acostamento.

Apresentadas as alegações finais, o r. juízo prolatou a sentença. Em resumo, após fazer o relatório das alegações das partes e das ocorrências processuais, o juiz decidiu da seguinte forma:

“Vistos, etc.

CAIPIRA HORTALIÇAS LTDA. ME ajuizou a presente Ação de Indenização por Danos materiais com perdas e danos em face de VIAÇÃO METEORO LTDA. ao fundamento de que seu veículo teria sido abalroado pelo veículo da Ré, em acidente de trânsito. Segundo a narrativa da inicial, o seu veículo perdeu o controle,

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mas foi paralisado na sua faixa de trânsito, mas foi abalroado pelo veículo de propriedade da Ré, que teria invadido a contramão direcional. Pede a procedência dos pedidos, com a condenação em danos materiais com o conserto do seu veículo, na ordem de R$ 35.000,00 (trinta e cinco mil reais) lucros cessantes pela paralisação do veículo e danos emergentes, no importe de R$ 30.000,00 (trinta mil reais), e o pagamento de R$ 10.000,00 (dez mil reais), decorrentes de prejuízos com o locador e fornecedores.

A parte ré foi devidamente citada.

Audiência de conciliação ocorrida sem êxito. No prazo legal, a ré apresentou sua contestação, aduzindo, em síntese, preliminarmente, impugnação ao valor da causa e defeito de representação. No mérito, requereu a denunciação da lide da empresa Trafegar S/A para exercício do direito de regresso; que o laudo pericial, posição final dos veículos e as testemunhas que seriam ouvidas no momento oportuno demonstrariam a culpa exclusiva da autora, tendo em vista que foi o seu veículo quem invadiu a contramão direcional. Ademais, o tacógrafo do ônibus indicava que este estaria trafegando em velocidade compatível com a via. Por esses motivos, pediu a improcedência dos pedidos iniciais. Foi ajuizada ainda, na peça de defesa, reconvenção, no qual, baseado nos fatos narrados para a sua defesa, a reconvinte pede a procedência dos pedidos iniciais, para a condenação da Reconvinda no pagamento da quantia de R$ 22.000,00 (vinte e dois mil reais) referentes ao conserto de seu veículo.

A denunciação da lide havia sido indeferida, pelo fato de não ter sido juntada a apólice de seguro original e o contrato de seguro. Contudo, em razão do provimento do agravo de instrumento, a denunciação foi deferida, pelo que a seguradora ré foi citada, e apresentou sua contestação, na qual concordou com a denunciação e adotou os mesmos fundamentos da ré para negar a sua pretensão.

Após, foi proferido despacho saneador, deferindo a produção de provas orais. Audiência de instrução e julgamento realizada,

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com oitiva de testemunhas das partes. Encerrada a instrução, as partes apresentaram suas alegações finais.

PARTE DE FUNDAMENTAÇÃO DA SENTENÇA

DECIDO:

A análise do laudo pericial, somados aos depoimentos das testemunhas, indicam que, na verdade, ambos os motoristas dos veículos tiveram culpa no evento, pois, a partir dos esclarecimentos prestados, a manobra brusca do ônibus de propriedade da ré só veio a ocorrer em razão do veículo de propriedade da autora ter perdido a direção.

O depoimento da testemunha 1, qualificada na ata de audiência, demonstra que o veículo ônibus conseguiu parar primeiro, e foi atingido posteriormente. No entanto, o depoimento da testemunha, bem como dos peritos que cobriram o evento, indicavam que o veículo da autora teria invadido a contramão direcional, vindo a colidir no veículo da ré.

Considerando essas circunstâncias, ambos os motoristas infringiram o disposto nos artigos arts. 28, 29, inciso II e 34, do Código Brasileiro de trânsito.

No caso, faltou às partes a necessária diligência no cumprimento das normas de trânsito, sendo certo que a conduta de uma ocasionou o equívoco da outra.

A culpa da ré se revela à medida em que o descontrole da autora pode ter sido causado por sua manobra brusca, que também influenciou no acidente.

Por esse motivo, ocorreu a chamada culpa concorrente, devendo ambos serem responsáveis, parcialmente, pelo ressarcimento dos danos, a teor dos artigos 944 e 945, do Código Civil Brasileiro (BRASIL, 2015):

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Art. 944- A indenização mede-se pela extensão do dano.

Parágrafo único: Se houver excessiva desproporção entre

a gravidade da culpa e o dano, poderá o juiz reduzir,

equitativamente, a indenização.

Art. 945- Se a vítima tiver concorrido culposamente para

o evento danoso, a sua indenização será fixada tendo-se

em conta a gravidade de sua culpa em confronto com a do

autor do dano.

Analisando a conduta de cada um, vislumbramos que o acidente ocorreu por 60% de culpa da empresa Autora e 40% de culpa da empresa ré.

Quanto ao pedido de danos materiais pelo conserto do veículo, deve a ré ressarcir à Autora o correspondente a 40% do valor do conserto, lançado no orçamento de menor valor (montante de R$ 35.000,00)

No que tange ao pedido de lucros cessantes, deve a ré ressarcir a autora no correspondente a 40% do valor lançado como lucro nos balanços, que deixou de auferir pela paralisação do veículo.

Por fim, julgo improcedente o pedido quanto aos prejuízos obtidos com o locador e demais, tendo em vista que os valores auferidos com o faturamento seriam responsáveis por tais prejuízos, pelo que se constituiria em bis in idem condenar a prejuízos que decorrem da falta de faturamento, que já foi devidamente apreciada nessa sentença.

Por outra senda, a ré ajuizou reconvenção, buscando o ressarcimento dos danos com o conserto do veículo. Considerando o percentual arbitrado acima e da prova dos danos causados em seu veículo, deve a autora/reconvinda pagar à ré/reconvinte a quantia de R$ 8.800,00 (oito mil e oitocentos reais), referentes ao conserto do ônibus da reconvinte, com base no art. 186 c/c art. 927 c/c 944 e 945, do Código Civil c/c art. 343,

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do Código de Processo Civil de 2.015, adotando para tanto os mesmos fundamentos acima.

PARTE DISPOSITIVA DA SENTENÇA

Considerando o exposto, julgo parcialmente procedentes os pedidos da Autora Caipira Hortaliças, para condenar a Ré Viação Meteoro Ltda. no pagamento da quantia de R$ 21.000,00 (vinte e um mil reais), correspondentes a 60% do valor do conserto do veículo, bem como da quantia de R$ 18.000,00 (dezoito mil reais), correspondente a 60% do valor dos lucros cessantes requeridos na exordial. Julgo improcedente o pedido de danos emergentes referentes aos fornecedores e locador do imóvel da autora. Os valores deverão ser corrigidos pela tabela da corregedoria de justiça e os juros moratórios de 1%, contados ambos a partir do fato danoso, a teor das súmulas 43 e 54, do Superior Tribunal de Justiça. Fixo os honorários em 20% sobre o valor atribuído à causa, devendo a autora arcar com 40% do valor e a Ré a arcar com 60% do valor, permitida a compensação, nos termos da súmula 306, do Superior Tribunal de Justiça. Custas processuais na mesma proporção, devendo a Autora arcar com 40% e a Ré a arcar com 60%.

Baseado nos mesmos fundamentos, e considerando o arbitramento de culpa concorrente, à proporção de 60% da Ré e 40% da autora, julgo parcialmente procedente o pedido da reconvenção, para condenar a autora reconvinda a ressarcir à ré-reconvinte o correspondente à quantia de 40% do valor, o que corresponde a R$ 8.800,00 (oito mil e oitocentos reais). Os valores correspondentes a esses percentuais deverão ser acrescidos de juros moratórios de 1% ao mês, contados da data de citação, e correção monetária pela tabela da corregedoria, que súmulas 43 e 54, do Superior Tribunal de Justiça. Condeno a reconvinte no pagamento de custas processuais em 60%. Fixo os honorários em 20% sobre o valor da causa, devendo a reconvinte arcar com o correspondente a 60% do valor e a ré a arcar com 40% do valor, permitida a compensação, nos termos da súmula 306, do Superior Tribunal de Justiça e honorários

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advocatícios de 20% (vinte por cento), incidentes sobre o valor devido a ela. Condeno a autora, igualmente, ao pagamento de 20% sobre o montante devido e custas processuais em 40%.

Autorizo, desde já, a compensação dos valores devidos entre as partes, devendo a que foi condenada no maior montante ressarcir a outra dos prejuízos.

Publique-se. Intime-se.

A decisão foi publicada no Diário Ofi cial do Estado de São Paulo no dia 5/11/2018, segunda-feira.

A partir do momento em que houve a publicação, o diretor da Expresso Meteoro S/A quer saber a medida processual hábil a ser oposta para corrigir o julgado e suprir as suas eventuais omissões.

Fundamentando!

A sentença prolatada pelo juízo traz mais um momento crucial para a demanda. Na sentença, tomam-se muitas decisões importantes, tais como a defi nição de legitimidade das partes (quando não decidida no despacho saneador, a teor do art. 139, IX, do CPC de 2015), os fatos e os fundamentos de direito, a análise de viabilidade dos pedidos elencados na inicial, os critérios de correção monetária e juros sobre eventual condenação e também a defi nição de condenação dos honorários de sucumbência e custas processuais.

A teor dos arts. 485 e 486, do Código de Processo Civil de 2015 (BRASIL, 2.015), a decisão do juiz poderá resolver ou não o mérito, dependendo das hipóteses elencadas naqueles dispositivos legais.

É na sentença que os pedidos das partes são, efetivamente, apreciados. Se houver concessão de tutela provisória ou de evidência, essa deverá ser confi rmada na decisão. Para nos auxiliar na avaliação da sentença, é importante analisar o disposto

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no art. 489 a 491, do Código de Processo Civil, para que seja avaliado se a sentença preencheu todos os requisitos exigidos em lei, a saber:

Fonte: elaborado pelo autor.

Figura 4.2 | Requisitos da sentença

O mesmo art. 489, parágrafo primeiro, do CPC de 2015, traz disposição importante tratando de defeitos da fundamentação da sentença, transcritos abaixo:

Quadro esquemático | Defeitos de fundamentação da sentença

DEFEITOS DE FUNDAMENTAÇÃO DA SENTENÇA (ART. 489,

§1º CPC)

Decisão “se limita à indicação, à reprodução ou à paráfrase

de ato normativo, sem explicar sua relação com a causa ou

a questão decidida”.Decisão emprega “conceitos jurídicos indeterminados, sem

explicar o motivo concreto de sua incidência no caso”.

Decisão “invoca motivos que se prestariam a justificar

qualquer outra decisão”.Decisão não enfrenta “todos os argumentos deduzidos

no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão

adotada pelo julgador”.

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Decisão se limita a invocar precedente ou enunciado de

súmula, sem identificar seus fundamentos determinantes

nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta

àqueles fundamentos;Decisão deixa de seguir enunciado de súmula,

jurisprudência ou precedente invocado pela parte,

sem demonstrar a existência de distinção no caso em

julgamento ou a superação do entendimento.Fonte: adaptado de art. 489, §1º CPC.

Portanto, é importantíssimo um olhar atento do advogado sobre a fundamentação e coerência da decisão, da possibilidade ou não de corrigir o julgado ainda em 1ª instância, com vistas ao aperfeiçoamento do julgado. Há questões que se enquadram em hipóteses que podem ser atacadas através de recurso próprio, previstos no Código de Processo Civil, que são importantes para, ao menos em parte, corrigir o julgado.

- DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 93, inciso IX, assim como o art. 11, do Código de Processo Civil de 2015 determinam que todas as decisões proferidas no âmbito processual estejam devidamente fundamentadas.

Tal princípio decorre, exatamente, do contraditório e devido processo legal, pois de nada adiantaria garantir às partes o exercício do contraditório, se o Poder Judiciário não apreciar as alegações ou dar-lhe fundamentação inadequada.

Portanto, quando ocorre algum vício que torne defeituosa essa manutenção, o Código de Processo Civil dispõe de um recurso cabível para tais hipóteses.

Os embargos de declaração têm como objeto proporcionar o esclarecimento do julgando, no sentido de integrar a decisão com o que a parte entende ter sido realizado de forma defeituosa.

Os embargos de declaração podem ser interpostos de qualquer decisão proferida no processo civil. Contudo, em

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se tratando de decisões sobre admissão ou inadmissão de Recurso especial ou Recurso extraordinário, os precedentes do Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal Federal indicam a sua inadmissibilidade. Outros, por questão de fungibilidade recursal, o recebem como agravo regimental, quando pertinente tal hipótese.

Embora se questione a sua natureza jurídica de recurso, por não haver remessa a instância superior, a maior parte da doutrina entende que os embargos de declaração são espécie recursal, seja porque encontra-se no capítulo de recursos no Código de Processo Civil, seja porque esse pode implicar em alteração do julgado.

Os embargos de declaração, previstos nos arts. 1.022 e seguintes, do Código de Processo Civil, são cabíveis contra qualquer decisão judicial, para:

Quadro esquemático | Hipóteses de cabimento dos embargos de declaração

I- Esclarecer obscuridade ou eliminar contradição.

II- Suprir omissão do ponto ou questão sobre o qual o juiz

deveria se manifestar de ofício ou a requerimento da parte.

III- Corrigir erro material.

Fonte: arts. 1.022 e seguintes, do Código de Processo Civil.

Lembre-se de que os embargos de declaração devem ser deduzidos, precisamente, nas hipóteses previstas no dispositivo acima. Os embargos não se prestam à revisão de todo o julgado ou revolvimento de teses já apreciadas pelo julgador.

Portanto, a peça não envolve pedido e esclarecimento especificamente nas hipóteses de cabimento, o juízo pode negar seguimento aos embargos de declaração, o que causará grande prejuízo processual, pois a negativa de seguimento retira o efeito de interromper o prazo processual, impedindo assim a interposição do recurso que seria sucessivamente cabível, nas hipóteses destes terem sido rejeitados.

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Em primeiro lugar, é importante mencionar que o termo de qualquer decisão judicial abrange decisões interlocutórias, decisões monocráticas de indeferimento de recursos, acórdãos, desde que haja conteúdo decisório.

- HIPÓTESES DE CABIMENTO DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

A obscuridade, no entender de Neves (2017, p. 1756), seria “a falta de clareza e precisão da decisão, suficientes a não permitir a certeza jurídica a respeito das questões resolvidas”. Valladão (2016, p. 107) entende que a obscuridade ocorre quando a decisão é inteligível.

Quanto à omissão, Valladão (2016, p. 106) refere-se “à ausência de apreciação de ponto ou questão relevante a que o órgão jurisdicional deveria ter se manifestado” (destaques nossos).

Nesse sentido, o Código de Processo Civil, em seu artigo 1.022, busca definir o que se considera omissão:

HIPÓTESES DE OMISSÃO (ART. 1.022 CPC)

Decisão que “deixe de se manifestar sobre tese firmada

em julgamento de casos repetitivos ou em incidente

de assunção de competência aplicável ao caso sob

julgamento” (CPC, 2015, destaques nossos).

Decisão que “incorra em qualquer das condutas descritas

no art. 489, § 1°” (CPC, 2015, destaques nossos).Fonte: adaptado de art. 1022, CPC, 2015.

Seriam os casos em que o juiz deixou de apreciar alguma questão ocorrida durante o processo, restando a decisão incompleta.

No caso em exame, houve algum acontecimento processual que não foi objeto da decisão? Houve algum pedido não apreciado? É importante que você leia atentamente a decisão para verificar se houve tal situação.

A contradição, no entender de Neves (2017, p. 723, destaques nossos), ocorre quando existam “proposições inconciliáveis

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entre si, de forma que a afirmação de uma logicamente significará a negação de outra”. A contradição deve se referir ao teor da própria decisão, ou seja, não se refere às provas dos autos! Por fim, o erro material, o entender do mesmo autor, “é aquele facilmente perceptível e que não corresponda de forma evidente a vontade do órgão prolator” (NEVES, 2017, p. 1716, destaques nossos).

PONTO DE ATENÇÃO: A contradição se opera nos termos da

própria decisão. Deve-se avaliar se há algo contraditório entre

a parte do relatório ou fundamentação e a parte dispositiva.

Por fim, o erro material, que, no entender de Neves (2017, p. 1759), é aquele facilmente perceptível e que não corresponda de forma evidente a vontade do órgão prolator da decisão. Como exemplo, pode haver erro material quanto a dispositivos legais, nomes das partes, números ou problemas relacionados a publicação.

O erro material poderia, até mesmo, ser corrigido de ofício.

Os embargos podem também ser interpostos para efeito de pré-questionamento, ou seja, que o juiz ou turma se manifeste expressamente sobre dispositivo legal tido como violado. Ainda que os embargos sejam rejeitados, considerar-se-á o pré-questionamento.

Por fim, cabe lembrar que os embargos de declaração podem ter função atípica, qual seja, a de oportunizar efeito modificativo à decisão, em hipóteses excepcionais em que, o saneamento do vício apontado signifique alteração do resultado do julgamento. Seguindo tendência jurisprudencial, o Código de Processo Civil prevê essa possibilidade no art. 1.024, § 2º. Nessa hipótese, o juízo que será responsável pela decisão deverá conceder vista dos autos para garantia do exercício do contraditório à parte contrária, para manifestação, sob pena de nulidade.

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- PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE

Tempestividade

Os embargos de declaração podem ser interpostos no prazo de 5 (cinco) dias, contados da intimação da decisão prolatada, e é dirigido ao mesmo juízo responsável pela decisão, e independem de pagamento de custas processuais, a teor do art. 1.023, do Código de Processo Civil de 2015.

Regularidade formal

Os embargos de declaração, a teor do art. 1.023, do Código de Processo Civil de 2015, devem ser manejados alegando as hipóteses de erro, obscuridade, contradição ou omissão. Se a parte invocar argumentos sem inseri-los nessas hipóteses, o recurso não deverá ser conhecido.

PONTO DE ATENÇÃO: Os embargos de declaração podem

ser acolhidos ou rejeitados, se o juízo entender não ter

ocorrido o vício previsto no Código de Processo Civil.

Contudo, se os embargos de declaração forem deduzidos

sem invocar uma das hipóteses previstas em lei, o juízo pode

negar seguimento, o que impede a interposição de outros

recursos eventualmente cabíveis.

Outra questão importante é que, caso sejam interpretados como protelatórios, ou seja, destinados apenas prolongar desnecessariamente o processo, poderá haver a condenação em multa processual em até 2% sobre o valor da causa atualizado.

A interposição dos embargos de declaração ocasiona efeito de interromper os prazos para a interposição de outros recursos.

Todavia, é necessário advertir que os embargos de declaração, em regra, não têm o condão de suspender os efeitos das decisões! O artigo 1.026 do Código de Processo Civil (BRASIL, 2015) é claro nesse sentido. Portanto, a decisão, em tese, já produz a sua eficácia, salvo se houver suspensão de eficácia declarada pelo juiz ou relator, situação essa que deve ser

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expressa. Portanto, se os embargos forem interpostos de uma decisão liminar ao qual a parte esteja sujeita a prazo para cumprimento, a interposição dos embargos de declaração não altera o prazo para o seu cumprimento.

PONTO DE ATENÇÃO: Os embargos de declaração apenas

interrompem o prazo para interposição de outros recursos.

Em regra, não suspende a eficácia de decisões judiciais.

Por fim, caso sejam manejados embargos protelatórios, a multa pode ser majorada a até 10%, e não caberá a interposição de novos embargos caso haja reiteração por duas vezes.

BIBLIOGRAFIA

BRASIL, Lei 13.105, de 16 de março de 2015. Código de Processo Civil. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm>. Acesso em: 12 set. 2017.

NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Novo Código de Processo Civil comentado artigo por artigo. 2 ed. Salvador: Ed. Jus Podivm, 2017.

VALLADÃO, Luiz Fernando Nogueira. Recursos e procedimentos nos tribunais no novo Código de Processo Civil. Belo Horizonte: Ed. D’Plácido, 2016.

PRIMEIRA FASE!

QUESTÃO 1- O recurso de embargos de declaração tem por objetivo aperfeiçoar a decisão que possua algum defeito de fundamentação, nas hipóteses estritas previstas no Código de Processo Civil. A interposição de embargos fora das hipóteses previstas em lei implicará em sua inadmissão.

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Considerando o enunciado acima, marque a alternativa CORRETA:

A) Os embargos de declaração não se prestam a modificar total ou parcialmente o resultado do julgamento.

B) Ocorre omissão quando a decisão deixa de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos.

C) Erro material consiste no defeito de fundamentação que ocasione a obscuridade do julgado.

D) A contradição pode ser demonstrada a partir da decisão e da manifestação das partes no processo.

E) Não ocorre omissão quando a decisão deixa de se manifestar a respeito de incidente de assunção de competência.

RESPOSTA CORRETA: Letra B.

A resposta correta é aquela que afirma considerar omissão, passível de interposição de embargos de declaração, quando a decisão deixar de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de caso repetitivo, tendo em vista o disposto no art. 1.022, parágrafo único, do Código de Processo Civil, que dispõe:

Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:

I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;

II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;

III - corrigir erro material.

Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que:

I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao

caso sob julgamento.

Portanto, por se tratar de hipótese prevista em lei, conclui-se ser verdadeira tal assertiva.

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QUESTÃO 2- A empresa Logan Máquinas Industriais recebeu uma intimação do deferimento de uma tutela provisória, por parte do juízo da Comarca de São Paulo/SP, para que entregue o bem previsto em contrato firmado com a empresa Cargo Motores Ltda., no prazo de 48 horas, sob pena de multa diária de R$ 400,00. Contudo, percebeu-se que a referida decisão não possui qualquer fundamentação jurídica em seu escopo.

Baseado no enunciado e nos conhecimentos, marque a alternativa CORRETA:

a) A empresa Logan poderá interpor embargos de declaração, no prazo de 5 dias, e não necessita cumprir a decisão no prazo assinalado, em virtude da interposição do recurso.

b) A empresa Logan poderá interpor embargos de declaração, no prazo de 15 dias, e não necessita cumprir a decisão no prazo assinalado em virtude da interposição do recurso.

c) A empresa Logan poderá interpor embargos de declaração, no prazo de 5 dias, mas necessita cumprir a decisão no prazo assinalado, sob pena de multa, independentemente da interposição do recurso.

d) A empresa Logan poderá interpor embargos de declaração, no prazo de 15 dias, mas necessita cumprir a decisão no prazo assinalado, sob pena de multa, independentemente da interposição do recurso.

e) Não cabe o recurso de embargos de declaração na hipótese acima.

RESPOSTA CORRETA: letra c.

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A resposta correta é a de que a parte pode interpor os embargos de declaração para suprir a omissão, no prazo de 5 dias, mas deve cumprir voluntariamente a decisão, sob pena de multa diária. A questão aborda dois pontos: o prazo recursal dos embargos de declaração e os efeitos de sua interposição.

Dispõe o art. 1.023, do Código de Processo Civil, que os embargos de declaração devem ser interpostos no prazo de 5 dias. Registre-se que se trata do único recurso cujo prazo não é de 15 dias no CPC.

A outra questão que diz respeito aos efeitos dos Embargos de Declaração, encontra-se prevista no art. 1.026, do Código de Processo Civil, que dispõe:

Art. 1.026. Os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo e interrompem o prazo para a interposição de recurso.

§ 1o A efi cácia da decisão monocrática ou colegiada poderá ser suspensa pelo respectivo juiz ou relator se demonstrada a probabilidade de provimento do recurso ou, sendo relevante a fundamentação, se houver risco de dano grave ou de

difícil reparação.

Portanto, apenas em hipótese excepcional, pode ser concedido o efeito suspensivo à decisão, motivo pelo qual, no caso, a simples interposição do recurso não induz, necessariamente, à concessão do efeito suspensivo.

Vamos peticionar!

Feitas as considerações, no caso concreto, você deve verifi car a pertinência desse recurso. Houve contradição, omissão, obscuridade ou erro material na decisão? Existe efeito prático em fazer um recurso dirigido ao mesmo juízo?

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Inicialmente, você deve definir qual o recurso cabível à espécie. Quanto ao direcionamento da peça processual, esse recurso é dirigido ao mesmo juízo prolator da decisão. Deve-se ressaltar a tempestividade do recurso, de modo a justificar o pressuposto recursal.

No caso concreto, qual(is) da(s) hipótese(s) descrita(s) em lei (art. 1.022 do CPC de 2015) poderia(m) ser alegada(s)? Não se esqueça de descrever na peça qual hipótese refere seu pedido de declaração. É importante que, quando pertinente, você identifique trechos da decisão que seriam dignos de sanear. Se houver contradição, é importante transcrever os trechos que se contradizem, como forma de identificar esse requisito. Na obscuridade, a transcrição do trecho e a apresentação de dúvida de interpretação são essenciais. No caso de omissão, deve essa se encaixar nos ditames do parágrafo único do art. 1.022 do Código de Processo Civil (BRASIL, 2015). Em seguida, deve haver a construção de argumentos que indiquem a contradição, omissão, obscuridade ou erro material.

No caso concreto, é importante avaliar se o juízo apreciou todos os pedidos das partes, especialmente, a questão de intervenção de terceiros ou outra situação alegada. Outra questão seria a de conferir se a parte dispositiva encontra-se em consonância com a fundamentação apresentada. Se houver alguma dissonância, pode ter ocorrido uma das hipóteses previstas. Por fim, você deve pedir que o juízo acolha o recurso, para declarar a decisão, de modo a realizar os devidos esclarecimentos e, se for o caso, até modificar o conteúdo do julgado.

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