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DOENÇAS DE ORIGEM GENÉTICA: ANEMIA FALCIFORME

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DOENÇAS DE ORIGEM GENÉTICA: ANEMIA FALCIFORME

Neuzete Terezinha Daltoé1

Rose Meire Costa Brancalhão2

Resumo: As informações sobre avanços científicos e tecnológicos estão presentes no dia a dia da população, difundidos especialmente pela mídia. Porém, as mesmas são por vezes concisas demais, levando a um conhecimento parcelar da informação. No ambiente escolar, em especial, os alunos se mostram curiosos e confusos, e ao se perceber o abismo existente entre a informação e o fenômeno em questão, verifica-se a necessidade de um maior aprofundamento entre o saber coloquial e o científico. Mediante tal constatação, doenças de origem genética se apresentam como um assunto de interesse entre os alunos, pois muitas fazem parte de sua realidade vivencial. Estas doenças se encontram dentro do conteúdo estruturante “Mecanismos Biológicos”, nas Diretrizes Curriculares Estaduais de Biologia, e a anemia falciforme é uma das doenças estudadas. Neste sentido, foi desenvolvida a unidade didática “Doenças de Origem Genética: Anemia Falciforme”, que explora a origem, a causa e as consequências da doença e, também, como ela pode ser diagnosticada precocemente. A unidade foi analisada por professores da área, participantes do Grupo de Trabalho em Rede (GTR), que colocaram seu caráter de complementariedade de informações em relação ás presentes nos livros didáticos e também acharam válidos os exercícios propostos, pertinentes às aulas de Biologia. Assim, a unidade didática desenvolvida certamente se apresenta como uma importante ferramenta didática de auxílio nos processos de ensino e aprendizagem ao estudo de doenças genéticas.

Palavras-chave: Doença genética. Sangue. Oxigênio. Hemácia.

INTRODUÇÃO

A escola é um meio pelo qual os alunos tem acesso a temas que evidenciam o

saber e o bem-estar social, o que leva à formação de indivíduos capazes de pensar,

tornarem-se críticos e capazes de promoverem mudanças no ambiente em que estão

inseridos. A apresentação do conteúdo anemia falciforme para alunos propicia o

conhecimento sobre uma doença genética que acomete muitos brasileiros e aguça a

curiosidade em descobrir o que de fato ocorre no organismo de quem a apresenta. A

doença é pouco abordada e discutida no ambiente escolar e as informações contidas nos

livros didáticos são escassas, trazendo dúvidas para muitos professores, que se mostram

inseguros na sua explicação, e a isso soma-se a escassez de recursos didáticos de

qualidade que não trazem o tema com clareza.

O Ministério da Saúde ressalta que “ações educativas dirigidas à população são

1Professora do Colégio Estadual Padre Anchieta – Ensino Fundamental e Médio. Assis Chateaubriand/PR. E-mail:[email protected] 2Pesquisadora e Professora Doutora da Universidade Estadual do Oeste do Paraná –UNIOESTE – Ciências Biológicas, Cascavel/PR. E-mail: [email protected]

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importantes na prevenção da anemia falciforme” (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1996) , e a

escola é o ambiente ideal para que estas ações ocorram; entretanto, é necessário a

busca de informações claras e precisas, que integrem teoria e método, possibilitando a

ação concreta do sujeito com o objeto da aprendizagem. Conforme PIAGET (1985), “o

desenvolvimento cognitivo é um processo contínuo, que depende da ação do sujeito e de

sua interação com os objetos”. Se a educação tem por objetivo promover este

desenvolvimento, deve favorecer o crescimento do aluno por seus próprios meios,

oportunizando-lhe condições para que isso ocorra. Portanto, cabe ao professor

desenvolver novas práticas que permitam aos alunos um melhor aprendizado utilizando-

se de metodologias apropriadas, no sentido de fazer o aluno encontrar suas próprias

respostas e construir soluções para os problemas apresentados.

O ensino da Biologia ainda vem sendo realizado de maneira bastante teórica, com

poucas possibilidades de tornar o aprendizado satisfatório. Normalmente, não se percebe

muito o uso de novas metodologias, como as atividades lúdicas, especialmente na área

da Genética, tida pelos educandos como algo distante e complicado. A maior parte dos

livros didáticos utilizados apresenta seu conteúdo de forma bastante teórica, muitos não

abordam a anemia falciforme e, em alguns casos, a doença aparece apenas nos

conteúdos de química da célula, para referendar os aminoácidos, descaracterizando-a

como doença genética ( VASCONCELOS, S. & SOUTO, 2003).

A anemia falciforme deve ser trabalhada nas escolas de maneira mais atrativa aos

alunos, como por exemplo, através da ludicidade.

O lúdico é uma forma de interação do estudante com o mundo, podendo utilizar-se de instrumentos que promovam a imaginação, a exploração, a curiosidade e o interesse, tais como jogos, brinquedos, modelos, exemplificações realizadas habitualmente pelo professor, entre outros. O lúdico permite uma maior interação entre os assuntos abordados e , quanto mais intensa for esta interação, maior será o nível de percepções e reestruturações cognitivas realizadas pelo estudante(PARANÁ, 2008, pg 77).

METODOLOGIA

A pesquisa aplicada se iniciou com o desenvolvimento da unidade didática

intitulada “Doenças de Origem Genética: Anemia Falciforme”, apresentando sua origem,

causas, consequências e diagnóstico. As informações teóricas da unidade foram obtidas

de referências na área de Ciências e Biologia, bem como sites e artigos científicos.

Na sequência dos trabalhos, a unidade produzida foi analisada por 13 (treze)

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professores de Biologia, advindos de escolas públicas de vários municípios do estado do

Paraná, Brasil, participantes do Grupo de Trabalho em Rede (GTR). O GTR é a interação

virtual entre o professor PDE e demais professores da rede pública estadual, sendo

formado através de inscrição prévia, on line, no site do Portal dia-a-dia educação

(www.diaadiaeducacao.pr.gov.br). A análise foi realizada durante o período de 19/03/2013

à 06/05/2013, onde foram verificados aspectos relativos á adequação teórica da unidade,

nível de ensino, relevância ou não e se utilizariam as atividades com seus alunos. Além

disso, houve o depoimento dos professores GTR que colocaram sua experiência didático-

pedagógica.

RESULTADOS

A unidade didática “Doenças de Origem Genética: Anemia Falciforme” é

apresentada na sequência e apresenta informações teóricas sobre a doença, que

embasam o desenvolvimento de uma série de atividades práticas propostas.

Doenças de Origem Genética: Anemia Falciforme

1. Características e Sintomas

O sangue humano é formado por células (hemácias, leucócitos e plaquetas) e pelo plasma. As hemácias, eritrócitos ou glóbulos vermelhos são células

redondas, anucleadas, cujo citoplasma é rico em hemoglobina, pigmento que dá a cor vermelha ao sangue. A hemoglobina e o ferro, presente em sua estrutura, são responsáveis por levar o oxigênio do pulmão para todo o corpo, possibilitando o

funcionamento metabólico adequado de seus órgãos. No pulmão, o oxigênio entra nas hemácias por difusão e cerca de 97% liga-se na

hemoglobina, cada molécula de hemoglobina combina-se com quatro moléculas de

oxigênio, formando a oxi-hemoglobina, enquanto 3% do O 2 é transportado de forma livre. O oxigênio é levado a todas as partes no organismo, através do fluxo sanguíneo, difundindo-se para os tecidos e penetrando também por difusão, no citoplasma celular. Neste meio interno, alcança as mitocôndrias e é utilizado na oxidação dos alimentos, objetivando a produção de energia que fica armazenada nas ligações químicas da molécula do ATP (adenosina trifosfato), processo conhecido como respiração celular.

Na doença genética Anemia Falciforme a hemoglobina apresenta sua estrutura

alterada e, como resultado, ela não se liga com o oxigênio de forma satisfatória. Esta

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hemoglobina alterada é conhecida como hemoglobina S (Hb S) e, na condição normal, hemoglobina A (Hb A). Hemácias com Hb S apresentam seu tempo de vida reduzido, de apenas 10 a 20 dias; contrastando com o das hemácias normais que é de cerca de 120 dias! (Atividade 01- Estrutura Química da Hemoglobina: Normal e Falciforme, Atividade 02- Morfologia das Hemácias: Normal e Falciforme). O apêndice 1 apresenta o gabarito de todas as atividades propostas.

As hemácias produzidas pelas pessoas com essa anemia, não são redondas, mas

apresentam o formato de foice. Isto ocorre devido ao fato de que quando as hemácias falciformes, chegam aos tecidos e liberam o oxigênio, a Hb S fica na forma desoxigenada e se polimeriza (ver Atividade 02), distorcendo a hemácia. Esta se torna rígida, adquirindo o formato de foice ou meia lua, cristalizando-se; com isso, não consegue passar adequadamente por veias de pequeno calibre, levando á formação de trombos. Neste caso, há a obstrução da circulação, podendo causar oclusão vascular e lesões em tecidos de diversos órgãos corpóreos, como o nervoso, rins, pulmões, fígado e baço, causando inchaço, dor, febre e alteração na pressão arterial do seu portador (Atividade 03- Circulação e Atividade 04- Vídeo Educacional: Anemia falciforme, doença hereditária).

2. Origem das Hemácias

As hemácias normais apresentam um tempo de vida de cerca de 120 dias,

conforme colocado anteriormente, e, devido ao seu esgotamento metabólico e

degenerativo, são removidas e destruídas intracelularmente em células do sistema

mononuclear-fagocitário, localizadas especialmente no baço, fígado e medula óssea.

Assim, é fundamental que novas hemácias sejam produzidas na mesma proporção em

que são perdidas.

A produção de novas hemácias (eritropoiese) ocorre na medula óssea, a partir

de células progenitoras nucleadas, os proeritroblastos, que se dividem por mitose e

passam por um processo de diferenciação celular3 convertendo-se em eritroblastos,

formadores de hemoglobina e, finalmente, quando perdem o núcleo, formam as hemácias.

A eritropoiese dura em torno de 5 a 8 dias e, além de perderem o núcleo, as

células perdem também grande parte das organelas citoplasmáticas. Com isso, liberam

espaço no citoplasma para o acúmulo de grande quantidade de hemoglobina, necessária

á oxigenação adequada dos tecidos. 3Inicia-se com a transformação das células mãe monopotenciais especificas em precursores imaturos dos eritroblastos.

Page 6: DOENÇAS DE ORIGEM GENÉTICA: ANEMIA FALCIFORME

3. Genética

A anemia falciforme é a mais comum das alterações hematológicas hereditárias. A

formação da hemoglobina é determinada por um par de genes no cromossomo 11, que no

caso da Hb S sofre mutação no nucleotídeo adenina (GAG) por timina (GTG). Como

resultado, há a tradução de uma cadeia beta da hemoglobina alterada, com a substituição

do ácido glutâmico pela valina. Esta substituição ocasiona alteração na sequência de

aminoácidos.

A transmissão do gene alterado ocorre da seguinte forma: todos recebemos de

nossos pais um par de genes da globina beta4 e, conforme colocado anteriormente, a

hemoglobina normal é chamada de A (Hb A), logo, os indivíduos normais são chamados

de AA, pois recebem dois genes normais. Quando o indivíduo recebe um gene A e outro S

(mutado), torna-se portador do traço falciforme, sendo heterozigoto, ele não apresentará a

doença, o genótipo será AS. Porém, se receber de ambos os pais um gene da

hemoglobina com a mutação, o indivíduo terá anemia falciforme e seu genótipo será SS

(Atividade 05- Herança Genética).

4. Tratamento e Diagnóstico

Não há um tratamento específico, nem mesmo cura para a doença, já que o

problema se encontra nos genes! Quando a anemia falciforme é descoberta no bebê,

através do teste do pezinho, o médico fará um acompanhamento adequado, sendo

assistido também por enfermeiros, assistentes sociais, nutricionistas, psicólogos e

dentistas, que fornecem orientações como o uso de medicamentos contra infecções

bacterianas, comuns em crianças com anemia falciforme, de forma a possibilitar uma

melhor qualidade de vida. Os pacientes devem ser acompanhados por toda a vida,

evitando complicações crônicas da doença, como úlceras nas pernas, cálculos na

vesícula, alterações pulmonares e cardíacas, entre outras.

O diagnóstico pode ser realizado através de exames, como o teste do pezinho, um

exame laboratorial simples que é realizado 48 horas após o nascimento (para não haver

influência do metabolismo materno nos resultados) e é feito com a análise do sangue,

obtido do calcanhar do bebê (local com muitas ramificações de vasos sanguíneos). A

coleta é rápida (picada com uma agulha) e, no Brasil, é gratuita e obrigatória, sendo 4 Uma das quatro globinas que compõem o tetrâmero da hemoglobina.

Page 7: DOENÇAS DE ORIGEM GENÉTICA: ANEMIA FALCIFORME

realizada pelo Sistema Único de Saúde. Vale lembrar que tão importante quanto realizar o

exame, é a mãe levar o bebê até o pediatra para que ele faça a análise adequada!

O teste do pezinho é capaz de diagnosticar e prevenir outras doenças metabólicas,

genéticas e infecciosas, como a Fenilcetonúria5, Hipotiroidismo Congênito6 e Fibrose

Cística7. Existem ainda outros exames capazes de diagnosticar a anemia falciforme,

como a avaliação de hemonoglobinopatias (capazes de identificar, separar e quantificar

os diferentes tipos de hemoglobina), a análise do DNA (investiga alterações e mutações

nos genes que produzem a hemoglobina), o hemograma (que examina as células em

circulação), o esfregaço de sangue (analisa a morfologia celular e anota as

anormalidades) e o exame de ferro (que inclui a ferritina, capaz de transportar ferro e a

saturação da transferrina8).

5. Anemia Falciforme no Brasil

A anemia falciforme teve sua origem na África, objetivando a proteção das pessoas

que lá habitavam, ocorreu em muitas pessoas uma mutação genética nas hemácias, para

livrá-las da malária (doença muito comum em clima tropical, causada pelo Plasmodium e

que é transmitida pela picada de mosquitos do gênero Anopheles). As pessoas passaram

a produzir hemácias com Hb S e, as hemácias modificadas, evitavam que os protozoários

se multiplicassem em seu interior.

De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil, por ter recebido grande número de

africanos e por apresentar uma vasta mistura de raças, tem um grande número de

pessoas com anemia falciforme, principalmente em afrodescendente. Dados levantados

com o teste do pezinho, demonstram que nascem por ano cerca de 3.500 crianças com

anemia falciforme, e outras 200.000 com o traço falciforme! Os estados com maior

prevalência da doença são: Bahia, Rio de Janeiro e Minas Gerias. Na Bahia, uma criança

para cada 650 nascimentos apresenta a anemia falciforme, e a cada 17 crianças que

nascem, uma tem traço falciforme. No Rio de Janeiro, a cada 1.200 nascimentos, uma

tem a doença, e a cada 21 nascimentos, uma tem o traço falciforme. Em Minas Gerais, a

cada 1.400 crianças nascidas, uma tem anemia falciforme e a cada 23 crianças, uma tem

o traço falciforme (Atividade 08- Viagem pelo sangue).

5 Distúrbio metabólico no qual os aminoácidos presentes no leite podem prejudicar o bebê, causando retardo mental. 6Falta do hormônio produzido na glândula tireoide, causando deficiência mental e retardo de crescimento. 7Doença genética que causa problemas respiratórios e gastrointestinais crônicos. 8 Medem diferentes aspectos do uso e do armazenamento de ferro no organismo.

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ATIVIDADE 01 - ESTRUTURA QUÍMICA DA HEMOGLOBINA: NORMAL FALCIFORME

Objetivos: Conhecer a estrutura da hemoglobina A (normal) e a da hemoglobina S,

responsável pela anemia falciforme.

Materiais: Desenhos da hemoglobina, papel, tesoura e cola

Método:

1. Organizar a sala em duplas.

2. Cada dupla deverá montar a estrutura da Hb A e Hb S, para tanto recortar as cadeias

polipeptídicas (figura 1), aproximá-las e organizar o tretâmero na Hb A e Hb S, sabendo-

se que as 2 cadeias alfas se posicionam inferiormente e as 2 beta superiormente.

3. Fazer as devidas identificações Hb A (para normal) e Hb S (para falciforme).

4. Símbolos utilizados: Ω grupamento heme  

 

FIGURA 1

α    1  (alfa)  

α    2  (alfa)  

β    1  (beta)  

β    2  (beta)  

β    1  (beta  falciforme)  

β    1  (beta  falciforme)  

Ω   Ω  

Ω  

Ω  

Ω  

Ω  

Ω  

Ω  Ω  

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Comentários:

A molécula da hemoglobina (Hb A) é um tetrâmero e cada subunidade compõem-se de uma

cadeia polipeptídica, a globina, e um grupo prostético, o heme, um pigmento contendo ferro que

combina com o oxigênio e confere à molécula sua capacidade de transportar oxigênio. Na

hemoglobina normal as cadeias de globina são designadas a ou α e b ou β. As quatro cadeias são

dobradas e acomodadas juntas para formar um tetrâmero globular. As cadeias a e b são

codificadas por genes em lóci distintos: Lócus α, no cromossomo 16; Lócus β, no cromossomo 11.

Disponível em: http://www.portalsaofrancisco. com.br/alfa/genetica/genetica-14.php .

Page 10: DOENÇAS DE ORIGEM GENÉTICA: ANEMIA FALCIFORME

ATIVIDADE 02 - MORFOLOGIA DAS HEMÁCIAS: NORMAL E FALCIFORME Objetivos: Conhecer a morfologia das hemácias normal e falciforme; identificar o tipo de

Hb pertencente a cada hemácia; e analisar a forma de organização citoplasmática desta

molécula.

Materiais: Desenhos das hemácias e hemoglobinas normal e falciforme. Papel, tesoura e

cola.

Método:

1. Organizar a sala em duplas e reproduzir os desenhos, um por grupo.

2. Recortar as moléculas de Hb S e A, figuras 1 e 2, respectivamente, e colar no

citoplasma da hemácia normal e no da falciforme. Na montagem observar que a Hb S

forma estruturas poliméricas.

.

Figura 1 – Moléculas de hemoglobina falciforme (Hb S), reproduzir em quantidade suficiente para preencher o citoplasma das hemácias.

Ω  

Ω   Ω  Ω  

Ω  

Ω   Ω  Ω  

Ω  

Ω   Ω  Ω  

Figura 2 – Moléculas de hemoglobina normais (Hb A), reproduzir em quantidade suficiente para preencher o citoplasma da hemácia.

Ω  

Ω   Ω  Ω  

Ω  

Ω   Ω  Ω  

Ω  

Ω   Ω  Ω  

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Ω  

Ω   Ω  Ω  

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A – Hemácia normal

B – Hemácia falciforme

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ATIVIDADE 03 - CIRCULAÇÃO DAS HEMÁCIAS, NORMAL E FALCIFORME, NO VASO SANGUÍNEO

Objetivos: Verificar a circulação das hemácias normais e falciformes nos vasos

sanguíneos.

Materiais: Desenhos das hemácias, normal e falciforme e dos vasos sanguíneos. Papel,

tesoura e cola.

Método:

1. Cada aluno irá recortar as hemácias, tanto normal (figura 1), quanto falciforme

(figura 2), e colá-las no interior dos vasos sanguíneos de pessoas normais (figura 3) e com

anemia (figura 4), de forma a simular a circulação sanguínea normal, bem como a de um

paciente com a anemia falciforme.

2. Lembrando que o indivíduo com anemia falciforme apresenta hemácias com

morfologia normal (no momento em que se encontra oxigenada) e hemácias falciformes

(devido ao fato delas irem se desoxigenando). - Obs.: O aluno pode se utilizar de outros materiais, como TNT ou EVA, para fazer as

hemácias normais e falciformes.

Figura 1:   Figura 2:

Page 13: DOENÇAS DE ORIGEM GENÉTICA: ANEMIA FALCIFORME

Figura 3: Vaso sanguíneo com hemácias normais.

Figura 4: Vaso sanguíneo com hemácias falciformes.

Page 14: DOENÇAS DE ORIGEM GENÉTICA: ANEMIA FALCIFORME

ATIVIDADE 04 - VÍDEO EDUCACIONAL Objetivos: Compreender como ocorre o processo de captação do oxigênio

pela hemoglobina, e observar o papel das hemácias na respiração celular.

Materiais: Computador com acesso a Internet e o endereço eletrônico. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=FBXcJN1ETa4>. Acesso em: 02 dez. 2012. (Autoria: Paulo Cesar Naoum e Aliá F. M. Naoum). Método:

1. Assistir ao vídeo: Anemia Falciforme, com duração de cinco minutos e vinte

nove segundos, que apresenta a formação da molécula de hemoglobina normal e a

falciforme e como elas atuam no transporte do oxigênio, e ainda os sintomas de

uma pessoa com a doença.

2. Organizar a sala em grupos de no máximo 5 alunos.

3. Os grupos farão um resumo de cada uma das partes do vídeo, e irão fazer um

desenho por grupo: hemoglobina S; hemoglobina A; trombos; circulação com

hemácias normais; circulação com hemácias falciformes.

4. Após, um representante do grupo fará a apresentação do resumo para os

colegas de sala.

5. O professor pode tembem solicitar que os grupos elaborem charges de

determinadas sequências apresentadas no vídeo.

ATIVIDADE 05 – PROBLEMAS E QUESTÕES Objetivos: Compreender como podem ser os casos de anemia falciforme,

envolvendo princípios da hereditariedade.

Material: Texto-Problemas.

Método: Ler, interpretar e resolver os problemas.

1. A cadeia normal da β-globina da hemoglobina humana é codificada pelo alelo

A. Na anemia falciforme, a cadeia da β-globina encontra-se alterada em

decorrência de um alelo mutado S. Um casal em que ambos são normais para

a doença, porém portadores do traço falcêmico, tiveram um filho com a anemia

falciforme. Qual o genótipo do casal e do filho?

2. A anemia falciforme é uma doença de origem genética, e que atinge os

afrodescendentes. Como poderão ser os próximos filhos de um casal normal e

que já tiveram um filho com a doença?

3. Em uma família, os cônjuges são normais para anemia falciforme, porém o

Page 15: DOENÇAS DE ORIGEM GENÉTICA: ANEMIA FALCIFORME

pai da esposa, apresentava a doença, bem como o avô paterno do homem.

Esse casal teve um filho com a doença. Faça um heredograma representando

essa família e colorindo os casos em que a doença aparece.

4. O que leva um indivíduo a ter a anemia falciforme (herança genética)?

5. Por que a anemia falciforme teve sua origem na África?

6. Diferencie um indivíduo portador do traço falcêmico de um indivíduo doente:

7. Existe cura para a anemia falciforme? E o que pode ser feito com o indivíduo doente?

8. Quais os constituintes do sangue?

9. Que tipos de sintomas uma pessoa com anemia falciforme pode apresentar? E por que eles ocorrem?

10. No Brasil, o teste do pezinho é realizado gratuitamente. Qual o objetivo desse teste e o que ele avalia?

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ATIVIDADE 06- CRUZADINHA Objetivo:. Reforçar a utilização de palavras-chave sobre a anemia falciforme. Materiais: Texto e cruzadinha.. Método: Ler o texto abaixo e completar na cruzadinha, as palavras em negrito.

H

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A anemia falciforme é uma doença genética e hereditária, predominante em negros, mas que pode manifestar-se também em brancos. Ela se caracteriza por uma alteração nos glóbulos vermelhos, que perdem a forma arredondada e elástica, adquirem o aspecto de uma foice (daí o nome falciforme) e endurecem, o que dificulta a passagem de sangue em vasos de pequeno calibre e a oxidação dos tecidos. As hemácias falciformes contém um tipo de hemoglobina, a hemoglobina S, que se cristaliza na falta de oxigênio, formando trombos que bloqueiam o fluxo de sangue, porque não tem a maleabilidade da hemácia normal (VARELLA Disponível em: <http://drauziovarella.com.br/doencas-e- sintomas/anemia-falciforme>. Acesso em: 10 ago. 2012).

).

Page 17: DOENÇAS DE ORIGEM GENÉTICA: ANEMIA FALCIFORME

DOENÇA FOICE MUTAÇÃO FILHOS HEREDITÁRIA GLÓBULOS DESCENDENTES ANEMIA FALCIFORME OXIGENAÇÃO TECIDOS DORES SANGUE TRATAMENTO DIAGNÓSTICO HEMOGLOBINA HEMÁCIA ACOMPANHAMENTO GENÉTICO SANGUÍNEO

ATIVIDADE 07- CAÇA PALAVRAS

Objetivo: Utilizar termos relacionados à anemia falciforme..

Materiais: Caça palavras.

Método: Procurar no caça palavras, a seguinte relação de palavras:

F

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ATIVIDADE 08- VIAGEM PELO SANGUE Objetivo: Transmitir o conteúdo sobre o sangue de uma forma com que o aluno obtenha

conhecimento sem que os nomes das células sanguíneas se tornem decorativos.

Materiais:

- Dado

Objetos pequenos para servir de peões (borrachas, clipes, tampas de caneta)

Etiqueta.

Método:

1- Formar grupos de 4 pessoas para jogar;

2- No grupo, cada aluno deve escolher o nome de uma célula sanguínea;

3- Escrever o nome nas etiquetas;

4- Depois, colar as etiquetas no objeto que será utilizado como peão no jogo;

5- Posicionar os peões na casa “Início”;

6- Jogar o dado e o aluno que tirar o número maior, começará a rodada;

7- Quando pararem em uma casa com informações, leiam em voz alta. Também

respondam em voz alta quando houver questões;

8- Se acertarem a questão, avancem uma casa. Se errarem, voltem duas casas;

9- Vence o aluno que chegar primeiro à casa “Final”.

Page 19: DOENÇAS DE ORIGEM GENÉTICA: ANEMIA FALCIFORME
Page 20: DOENÇAS DE ORIGEM GENÉTICA: ANEMIA FALCIFORME

Na análise da contribuição teórica da unidade os professores GTR, na sua grande

maioria (83%), colocaram os aspectos positivos referentes aos conhecimentos básicos

sobre a anemia falciforme. Ressaltaram sua importância para o desenvolvimento das

atividades propostas na própria unidade.

Professor 1:

“O Material Didático foi apresentado de forma criativa, mostrando como é possível repassar para o aluno um conteúdo de maneira bastante interativa, sem complicações. Gostei muito dos textos que ela apresentou como subsídios para a realização das atividades, os quais possibilitaram que o educando tivesse contato com a abordagem teórica para depois associá-la á prática. Achei muito interessante o aprofundamento proposto pela professora e as práticas citadas. Nunca tinha visto nada referente ao assunto. Espero aplicá-lo. Quantas atividades práticas e dinâmicas para aplicá-las em sala de aula! Você foi criativa e soube focalizar o tema de modo que o assunto se tornou cativante e de fácil assimilação. Seus alunos aprenderam brincando e se divertindo. Certamente farei uso deste rico material didático em minhas aulas”. (grifo nosso).

Da mesma forma, a unidade foi analisada como adequada ao nível de ensino, as

atividades propostas relevantes e que as utilizariam com seus alunos nas aulas. Segue

alguns relatos de professores.

As dificuldades apontadas pelos professores GTR (17%), que não se utilizariam da

unidade, foram a falta de tempo para o seu preparo, a carga horária a ser cumprida; além

disso, o relato de um professor apontou que as informações da unidade se apresentaram

em linguagem inadequada ao entendimento de seus alunos.

Muitos professores apontaram a dificuldade relacionada ao número de aulas

semanais, as quais são em número insuficiente para desenvolver atividades diferenciadas.

Outro grupo apontou que as horas atividades eram insuficientes para o preparo

das aulas, isso foi verificado antes do mês de agosto, a partir de então, as horas

atividades passaram a ser de 30%, o que poderá contribuir com o aprendizado do

educando, visto que os professores poderão dedicar mais tempo no preparo das

atividades, utilizando metodologias inovadoras, capazes de motivar mais o aluno, o que

representará ganho na aprendizagem.

Alguns professores destacaram a importância do material proposto na unidade

didática, apontando para o ganho que as aulas ganharam, dizendo ainda que nunca

haviam visto o assunto ser apresentado de forma interessante e abrangente nos livros

didáticos, e que a unidade representou ganho para os mesmos. Professor 2:

“ Eu nunca tinha visto nenhuma prática referente á anemia falciforme e achei realmente muito bom o material. As práticas são simples e podem ser feitas na sala

Page 21: DOENÇAS DE ORIGEM GENÉTICA: ANEMIA FALCIFORME

Professor 3:

de aula. Vou copiar e aplicá-las com certeza. Quando falo em anemia falciforme para meus alunos, percebo que a maioria entende o pouco que transmito até porque tem pouco material no livro didático. As práticas propostas pela professora podem enriquecer em muito as nossas aulas. Só sinto que nos falte tempo para aplicar todas elas”. (grifo nosso). “O material é criativo, interativo e sem complicações. É deste tipo de material que precisamos para tornar nossas aulas mais interessantes. Observa-se a superficialidade com que os livros didáticos tratam determinados assuntos, mas imaginem se todos esses assuntos fossem tratados nos livros didáticos de forma aprofundada, teríamos verdadeiros tratados de Biologia. Cabe aos professores serem criativos, como a professora , e complementarem estes conteúdos. Gostei muito do material que você elaborou, ele aborda todos os conhecimentos necessários aos alunos para terem um entendimento mais aprofundado sobre o assunto em questão. As atividades são bem embasadas e diversificadas, tornando-se atrativas e interessantes para os alunos. Assim que tiver oportunidade, vou utilizá-las com meus alunos.”(grifo nosso).

Professor 4:

Professor 5:

Professor 6:

Professor 7:

Professor 8:

Professor 9:

Professor 10:

“A didática proposta no material está de encontro aos anseios da geração de educandos de nossa realidade, onde não esperam apenas o repasse dos conteúdos, mas que eles se tornem apreendidos de uma forma agradável, divertida e estimule o seu raciocínio. O material contribuirá muito para a diversificação da discussão deste conteúdo em sala de aula.”

“A qualidade do material didático proposto, o aprofundamento e as práticas são muito interessantes de serem aplicados em sala de aula com os alunos. Tenho certeza de que obterão ótimos resultados após serem aplicados.”

“Analisando seu material didático percebi que você teve uma preocupação em estar disponibilizando atividades diversificadas as quais gostei muito e penso em aplica- los em minhas turmas no momento oportuno. Vejo que os livros didáticos tratam o conteúdo anemia falciforme de forma muito superficial e praticamente não trazem atividade direcionada ao tema.”

“É de grande importância, nós professores, aplicarmos um bom plano de aula, abusando de materiais didáticos e aulas práticas. O aprendizado se torna de fácil compreensão, memorização e interessante.”

“Achei muito interessante seu material, pois o grande desafio do educador é tornar o ensino de Biologia prazeroso e instigante, sendo capaz de desenvolver no aluno o conhecimento científico.”

“O material apresenta textos aprofundados sobre o tema, com linguagem de difícil compreensão e outros com linguagem de fácil compreensão, isso se analisados sob o ponto de vista das escolas públicas do Paraná. Cabe ao professor “dosar” o conteúdo conforme o grau de conhecimento apresentado pelos alunos que receberão as informações.”

“Trabalho esse tema com os alunos tanto no conteúdo de genética quanto no conteúdo de seleção natural, porém nunca utilizei esses recursos lúdicos apresentados na proposta, achei-os muito interessante pois são claros e de fácil aplicação” (grifo nosso).

Page 22: DOENÇAS DE ORIGEM GENÉTICA: ANEMIA FALCIFORME

Não adianta passar a página de um livro se sua compreensão não foi alcançada. Impõe, pelo contrário, a insistência na busca de seu desvelamento. A compreensão de um texto não é algo que se recebe de presente. Exige trabalho paciente de quem por ele se sente problematizado (FREIRE, 1981, p. 10).

Em relação às atividades propostas, fo i ve r i f i cada a amp la aceitação por

parte dos professores GTR, que demonstraram interesse em utilizá-las em suas aulas;

uma vez que, segundo os próprios professores, se apresentam adequadas ao ensino de

genética e cujos conhecimentos certamente irão contribuir para uma aprendizagem

significativa.

As ações correspondentes aos objetivos realizam-se em diversos níveis de elaboração do conhecimento. Há várias classificações desses níveis: informação, compreensão, aplicação, análise, síntese, avaliação. Em todos esses (e outros níveis) realizam-se a leitura e o diálogo do aluno com os textos, o professor, os colegas, o conhecimento (RANGEL, 2010, p.13).

CONCLUSÃO OU CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante dos relatos apresentados pelos professores participantes, foi realmente

possível constatar que o conteúdo de Genética ainda se apresenta como algo distante e

de difícil compreensão. As informações nos livros didáticos são consideradas escassas,

o que nos faz repensar sobre sua qualidade e necessidade de materiais auxiliares, como

a unidade didática desenvolvida.

Page 23: DOENÇAS DE ORIGEM GENÉTICA: ANEMIA FALCIFORME

REFERÊNCIAS

AMABIS, J.M.; MARTHO, G.R. Biologia das células. São Paulo : Moderna, 2004.

BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de atenção à saúde. Departamento de Atenção Especializada. Braisilia : Editora MS, 2007.

FREIRE, P.: Ação cultural para a liberdade. 1981. (5ª ed. Editora Paz e Terra).

LOPES, S.; ROSSO, S. Biologia. São Paulo: Saraiva, 2006. (Vol. Único).

PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes curriculares de biologia para o ensino médio. Curitiba, 2008.

PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes curriculares de ciências para o ensino médio. Curitiba, 2008.

PORTAL Dia a Dia Educação. Cariótipo feminino. Disponível em: <http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/mylinks/viewcat.php? cid=5&letter=C&min=40&orderby=titleA&show=10>. Acesso em: 15 nov. 2012.

PROJETO PITANGUÁ. Ciências. São Paulo : Moderna, 2011.

RANGEL, M. Métodos de ensino para a aprendizagem e a dinamização das aulas . ed. Papirus, 2010.

SILVA, C.; SASSON, J.S. Biologia. São Paulo : Saraiva, 2005.

VASCONCELLOS, S. & SOUTO, E. O livro didático no ensino fundamental. São Paulo, 2003.

SITES CONSULTADOS

DRAUZIO VARELLA. Disponível em: <http://drauziovarella.com.br/doencas-e- sintomas/anemia-falciforme>. Acesso em: 10 ago. 2012.

EBAH. Sangue e hematopoiese. Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAARPYAA/sangue- hematopoiese>. Acesso em: 11 nov. 2012.

MISODOR. Série vermelha do sangue. Disponível em: <http://misodor.com/SERIE%20VERMELHA.php>. Acesso em: 11 nov. 2012.

NETO, G.C.G; PITOMBEIRA, M. S. Aspectos moleculares da anemia falciforme. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676- 24442003000100011>. Acesso em: 07 nov. 2012.

PORTAL SÃO FRANCISCO. Hematopoiese. Disponível em: <http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/hematopoiese/ hematopoiese.php>. Acesso em: 08 nov. 2012.

YOUTUBE. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=FBXcJN1ETa4>. Acesso em: 29 out. 2012. (Autoria: Paulo Cesar Naoum e Aliá F. M. Naoum).

Page 24: DOENÇAS DE ORIGEM GENÉTICA: ANEMIA FALCIFORME

APÊNDICE 1

GABARITO DA ATIVIDADE 1

GABARITO DA ATIVIDADE 2

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Page 25: DOENÇAS DE ORIGEM GENÉTICA: ANEMIA FALCIFORME

ATIVIDADE 3

GABARITO DA ATIVIDADE 05

1 Genótipo casal= AS X AS. Filho= SS

2 AA AS AS SS Terão 75% de chance de serem normais e 25% com anemia falciforme

3

4. Se ele for filho de ambos os pais com traço falcemico, poderá vir a ter a doença, ou, se um dos pais tiver a doença e o outro for portador do traço, ela também poderá ocorrer.

5. Uma maneira que o organismo encontrou na Evolução para se defender da malária, mudando o formato da hemácia, de circular para o de foice. Ocorreu na África.

6. O indivíduo portador terá o genótipo AS, enquanto que o indivíduo doente terá o genótipo SS. 7. Não há cura, porém, existe um acompanhamento dos casos, o que confere ao

doente uma melhor qualidade de vida. 8. Plasma, hemácias, leucócitos e plaquetas 9. Inchaço nos membros, dor, febre, entre outras 10. Ele tem por objetivo previnir doenças como a fenilcetonúria e outras, entre elas a

anemia falciforme

Page 26: DOENÇAS DE ORIGEM GENÉTICA: ANEMIA FALCIFORME

GABARITO DA ATIVIDADE 06

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GABARITO DA ATIVIDADE 08

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