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Economia p/ EPPGG (Micro e Macro) Teoria e exercícios comentados Prof Heber Carvalho – Aula 00 Prof Heber Carvalho www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 92 AULA 01 – Agregados Macroeconômicos: as identidades macroeconômicas básicas, o sistema de Contas Nacionais. SUMÁRIO RESUMIDO PÁGINA 1.8.2. Investimento = poupança 02 1.9. Déficit público 03 1.10. Diferentes conceitos de produto 05 1.11. Mensurando o PIB 09 1.12. Excedente operacional bruto (EOB) 15 1.13. Carga tributária bruta e líquida 16 1.14. Problemas com o uso do PIB 17 1.15. O Sistema de Contas Nacionais (SCN) 20 1.16. Bizús e memento 27 1.17. Exercícios comentados 30 Lista de questões apresentadas na aula 74 Gabarito 92 Olá caros(as) amigos(as), Oficialmente, iniciamos hoje nosso curso de Economia para EPPGG. Se você está lendo esta aula, é porque certamente está acreditando em nosso trabalho realizado aqui no Estratégia Concursos, e sou profundamente grato por isto. Prometo não decepcioná-los. Ao fim do curso, vocês terão se tornado verdadeiros acertadores de questões de Macroeconomia, ok?! Agora, vamos falar da nossa aula. Continuaremos tratando sobre o assunto Contas Nacionais exatamente do ponto onde paramos na aula demonstrativa. Há tempos atrás, eu diria que esse assunto, com certeza, seria o mais importante do curso. No entanto, a ESAF vem mudando um pouco o seu perfil. No último concurso em que a ESAF cobrou Economia (STN – Área Econômico-Financeira), não caíram questões de Contas Nacionais, apesar de o tema estar previsto no edital. A Banca basicamente cobrou fundo a parte de teoria relacionada aos modelos econômicos. No entanto, é difícil saber exatamente se o padrão de cobrança ocorrido na STN será repetido, pois a prova da STN foi em um nível (bem) acima do normal, talvez até pelo fato de o concurso ser voltado para uma área “econômico- financeira”. Neste concurso de EPPGG, o padrão de dificuldade (com certeza) não deve ser igual ao da prova da STN. De qualquer forma, vamos nos prevenir, procurando abordar as especificidades cobradas pela

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AULA 01 – Agregados Macroeconômicos: as

identidades macroeconômicas básicas, o sistema de Contas Nacionais.

SUMÁRIO RESUMIDO PÁGINA

1.8.2. Investimento = poupança 02 1.9. Déficit público 03 1.10. Diferentes conceitos de produto 05 1.11. Mensurando o PIB 09 1.12. Excedente operacional bruto (EOB) 15 1.13. Carga tributária bruta e líquida 16 1.14. Problemas com o uso do PIB 17 1.15. O Sistema de Contas Nacionais (SCN) 20 1.16. Bizús e memento 27 1.17. Exercícios comentados 30 Lista de questões apresentadas na aula 74 Gabarito 92 Olá caros(as) amigos(as), Oficialmente, iniciamos hoje nosso curso de Economia para EPPGG. Se você está lendo esta aula, é porque certamente está acreditando em nosso trabalho realizado aqui no Estratégia Concursos, e sou profundamente grato por isto. Prometo não decepcioná-los. Ao fim do curso, vocês terão se tornado verdadeiros acertadores de questões de Macroeconomia, ok?!

Agora, vamos falar da nossa aula. Continuaremos tratando sobre o assunto Contas Nacionais exatamente do ponto onde paramos na aula demonstrativa. Há tempos atrás, eu diria que esse assunto, com certeza, seria o mais importante do curso. No entanto, a ESAF vem mudando um pouco o seu perfil.

No último concurso em que a ESAF cobrou Economia (STN – Área

Econômico-Financeira), não caíram questões de Contas Nacionais, apesar de o tema estar previsto no edital. A Banca basicamente cobrou fundo a parte de teoria relacionada aos modelos econômicos. No entanto, é difícil saber exatamente se o padrão de cobrança ocorrido na STN será repetido, pois a prova da STN foi em um nível (bem) acima do normal, talvez até pelo fato de o concurso ser voltado para uma área “econômico-financeira”.

Neste concurso de EPPGG, o padrão de dificuldade (com certeza)

não deve ser igual ao da prova da STN. De qualquer forma, vamos nos prevenir, procurando abordar as especificidades cobradas pela

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ESAF nos últimos concursos em que ela cobrou Economia: (STN/2013 – Área Econômico-Financeira; e MDIC/2012 – Área Contabilidade Nacional). Além disso, vamos comentar também, praticamente, quase todas as questões anteriores cobradas pela ESAF em anos anteriores para concurso da área de Gestão e área Fiscal. Nesta aula, por exemplo, comentarei 50 questões de Contas Nacionais, sendo mais de 30 somente da ESAF. Também acho importante salientar que a presente aula é a mais longa e também está entre as duas mais difíceis do curso. Isto acontece não porque o assunto seja difícil em si, mas sim porque é muita coisa, muito detalhe para decorar. É preciso estar atento e as coisas começam a se esclarecer apenas a partir de uma segunda lida e depois de fazer muitos exercícios. Desde já, acho importante alertá-los quanto a isto, ok?! E aí, todos prontos? Então, vamos aos estudos! 1.8.2. INVESTIMENTO=POUPANÇA

Numa economia fechada e sem governo (não tem G nem X–M na despesa agregada), a produção (P) de bens finais terá apenas duas utilizações: ou será consumida pelas famílias (consumo das famílias) ou será acumulada pelas empresas, como investimentos (sob a forma de bens de capital e/ou de variação de estoques). Assim:

P = C + I

Por outro lado, sabe-se que a renda (R) da economia tem duas

utilizações: ou é apropriada para consumo (C) ou vira poupança (S). Assim:

R = C + S

Como sabemos, produto=renda=despesa, logo, P será igual a R:

P = R C + I = C + S

I = S Portanto, sabemos que as poupanças realizadas pelas famílias é que

financiam os investimentos totais realizados pelas empresas. Se supusermos agora que estamos em uma economia completa (aberta e com governo), teremos as seguintes expressões, muito cobrada em provas:

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I = SP + SG + SEXT FBKF + ΔE = SP + SG + SEXT

Como SP+SG=SINT(poupança interna), podemos ainda definir assim:

I = SINT + SEXT FBKF + ΔE = SINT + SEXT

Assim, vemos que são as poupanças que financiam os

investimentos da economia. Parte desses investimentos é financiada pela poupança privada, parte pela poupança pública e parte pela poupança externa.

Os recursos das poupanças são convertidos em investimentos por

intermédio do sistema financeiro. A renda não consumida pelos agentes é aplicada na aquisição de ativos financeiros que rendem juros. As instituições financeiras, por sua vez, utilizam os recursos captados para emprestar às empresas, que podem efetuar esses investimentos.

No caso da poupança total (SP + SG + SEXT) ser maior que o

investimento total (FBKF + ΔE), temos capacidade de financiamento. Por outro lado, se investimentos totais são maiores que a poupança total, temos necessidade de financiamento. Assim:

S > I capacidade de financiamento, I > S necessidade de financiamento.

.... A partir daqui, continuamos o assunto da aula demonstrativa:

1. 9. DÉFICIT PÚBLICO (DP)

No item 1.3, consumo, nós vimos que os gastos do governo com

investimentos (despesas de capital) não são contabilizados como consumo do governo (G), mas sim como investimentos (I). Desta forma, além da divisão habitual do agregado investimento em FBKF e ΔE, podemos dividi-lo também em IP e IG (investimento privado e investimento público). Assim:

I = IP + IG ou

I = FBKF + ΔE O déficit público (ou déficit orçamentário), em contas nacionais, significa o excesso de investimentos públicos sobre a poupança pública. Então, como déficit público(DP)=IG–SG; I=SP+SG+SEXT e I=IP+IG, então:

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IP + IG = SP + SG + SEXT

IG – SG = SP – IP + SEXT DP = (SP – IP) + SEXT

Assim, pela ótica da contabilidade nacional, o déficit público é

financiado, em parte, pelo excesso de poupança privada sobre o investimento privado e, em outra parte, pela poupança externa (=déficit no balanço de pagamentos em transações correntes). Veja que chegamos a uma afirmação estranha, mas que é correta: o déficit público é financiado em uma parte pelo déficit do balanço de pagamento em transações correntes (Verdadeiro). Caiu na prova: 01. (ESAF – ACE/MDIC – Grupo 02_Contabilidade Nacional – 2012) - Em uma economia fechada e com o governo, os investimentos privados e públicos e os gastos correntes das administrac ões públicas devem ser financiados pela poupanca privada e pelas receitas líquidas do governo. Comentários: Questão difícil, cobrada em prova específica do MDIC (área 02). Em uma economia fechada e com o governo, teremos o seguinte, a partir da identidade macroeconômica entre investimento e poupança: IP + IG = SP + SG (1) Sabemos1 que SG = (II + ID + ORG) – (Transf + Sub + G) (2) Como RLG (receita líquida do governo) = II + ID + ORG – Transf – Sub Então, substituindo RLG em (2): SG = RLG – G Agora, substituímos SG em (1): IP + IG = SP + RLG – G IP + IG + G = SP + RLG A expressão acima nos mostra que os investimentos privados (IP) e públicos (IG) e os gastos correntes do governo (G) são financiados pela

                                                                                                                         1  Ver  aula  00,  página  20.  

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poupança privada (SP) e pelas receitas líquidas do governo (RLG). Portanto, está certa a assertiva. Gabarito: Certo 02. (ESAF – ACE/MDIC – Grupo 02_Contabilidade Nacional – 2012) - Em uma economia fechada e com o governo, mesmo que exista poupanc a pública positiva, existirá déficit orçamentário toda vez que a poupanc a pública for inferior ao investimento público. Comentários: Outra assertiva difícil! O déficit orçamentário (ou déficit público) é igual ao excesso de investimentos públicos (IG) sobre a poupança pública (SG). Assim: DP = IG – SG Então, se IG>SG, necessariamente, haverá um déficit público ou orçamentário, mesmo que o valor de SG seja positivo. Gabarito: Certo

1.10. DIFERENTES CONCEITOS DE PRODUTO

1.10.1. Produto INTERNO X NACIONAL Interno dá a ideia de interior, de algo que é produzido dentro de algo. Nacional dá a ideia de nação, de algo que é produzido por uma nação.

Pois bem, o produto interno é uma medição do produto que leva em conta aspectos geográficos, isto é, contabiliza tudo que é produzido dentro do país, no interior de suas fronteiras, não importando por quem seja.

O produto nacional é uma medição do produto que leva em conta

aspectos nacionais, isto é, contabiliza tudo que é produzido por nacionais, não importando se estão dentro ou fora do país.

O que difere um conceito do outro é a renda que se envia ao exterior e a renda que se recebe do exterior. Vale lembrar que renda significa soma de remunerações de fatores de produção. Por exemplo, aqui no Brasil, há inúmeras empresas cujos fatores de produção (capital,

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mão-de-obra, tecnologia) pertencem a outros países (Hyundai, Microsoft, Adidas, BMW, etc).

De tempos em tempos, as filiais dessas multinacionais que estão

aqui instaladas enviam rendas para as suas matrizes localizadas no resto do mundo. De acordo com a metodologia do produto interno, essas rendas enviadas devem ser contabilizadas no produto, pois foram originadas por fatores de produção instalados em território brasileiro, dentro de nosso país. De acordo com a metodologia do produto nacional, tais rendas enviadas não devem ser contabilizadas no produto, pois foram originadas por fatores de produção de propriedade estrangeira (não nacional).

Agora imagine as inúmeras filiais da Petrobrás existentes na

América do Sul. De tempos em temos, essas filiais enviam parte de suas rendas para a matriz no Brasil. De acordo com a metodologia do produto interno, essas rendas recebidas não devem ser contabilizadas no produto, pois foram originadas fora das fronteiras do país. Já para a metodologia do produto nacional, tais rendas devem ser contabilizadas sim, pois foram originadas por fatores de produção de propriedade de nacionais.

Traduzindo estes conceitos algebricamente, temos que:

Produto nacional = Produto Interno – Renda enviada ao exterior (REE) + Renda recebida do exterior (RRE)

ou Produto Interno = Produto Nacional + REE – RRE

Ainda temos que: REE – RRE = RLEE (Renda líquida enviada ao exterior)

Assim:

Produto Interno = Produto Nacional + RLEE (1) ou

Produto Nacional = Produto Interno – RLEE Se a renda recebida for maior que a renda enviada, logicamente, a RLEE será negativa, ou ainda, teremos RLRE (renda líquida recebida do exterior) positiva. Pela equação (1), percebe-se que, caso o país mais envie renda ao exterior do que receba, terá o produto interno maior que o produto nacional. Este é o caso dos países em desenvolvimento ou subdesenvolvidos (Brasil, por exemplo), em que o número de empresas estrangeiras em solo nacional é maior que o número de empresas

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nacionais em solo estrangeiro. Por este motivo, nestes países, usa-se o produto interno como meio de aferição macroscópica da economia, pois ele refletirá de forma mais precisa e real a evolução da economia. Caso o país tenha mais empresas nacionais em solo estrangeiro do que empresas estrangeiras em solo nacional, terá o produto nacional maior que o produto interno (a RLEE será negativa). Este é o caso dos países mais desenvolvidos economicamente (EUA, Japão, Alemanha, etc).

1.10.2. Produto BRUTO X LÍQUIDO A produção de um país sofre um desgaste físico parcial dos bens produzidos. Esse desgaste é a depreciação. O produto líquido corresponde ao produto bruto MENOS a depreciação. Assim:

Produto líquido = Produto bruto – DEPRECIAÇÃO ou

Produto bruto = Produto líquido + DEPRECIAÇÃO Do ponto de vista técnico, o conceito mais correto a ser utilizado para análise é o produto líquido, no entanto, a depreciação é muito difícil de ser estimada. Por isso, utiliza-se normalmente o conceito bruto.

1.10.3. Produto a PREÇOS DE MERCADOPM X a CUSTOS DE FATORESCF

O produto a custos de fatores é aquele que mede a produção de bens e serviços considerando apenas os custos dos fatores de produção. No entanto, os bens e serviços produzidos na economia não são transacionados a este preço, pois há a intervenção do governo que, por meio dos impostos e dos subsídios, altera os preços dos custos de fatores. Assim, partindo do produto a custos de fatores, para chegarmos ao produto a preços de mercado, devemos somar os impostos indiretos e subtrair os subsídios.

Somamos os impostos indiretos pois eles aumentam os preços dos produtos; diminuímos os subsídios pois eles reduzem os preços dos produtos. Utilizamos os impostos indiretos em vez dos impostos diretos, pois são aqueles que incidem sobre a produção. De forma análoga, utilizamos os subsídios em vez das transferências, pois são aqueles que incidem sobre a produção com o objetivo de reduzir o preço dos bens e serviços finais. Traduzindo algebricamente, temos:

PRODUTOPM = PRODUTOCF + Impostos Indiretos – Subsídios ou

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PRODUTOCF = PRODUTOPM – Impostos Indiretos + Subsídios A medida regularmente utilizada é o produto a preços de mercado, por motivos óbvios (é o preço que se usa na prática: “preços de mercado”). Normalmente, o PIBPM será maior que o PIBCF pois é natural que os impostos indiretos sejam maiores que o montante de subsídios. Porém, nada impede que estes sejam maiores que aqueles fazendo com que o PIBCF seja maior que o PIBPM.

Exercício prático! Sabendo que a RLEE=50, Depreciação=25, Impostos Indiretos=30, Subsídios=10 e PIBPM=1000, calcule o PNLCF. Resolução: Bem, temos um PIBPM e devemos transformá-lo em PNLCF. Uma boa sugestão é fazer por partes, uma conversão de cada vez:

1) Conversão: Interno Nacional:

PIBPM = PNBPM + RLEE PNBPM = PIBPM – RLEE PNBPM = 1000 – 50 = 950

2) Conversão: Bruto Líquido: PNLPM = PNBPM – Depreciação PNLPM = 950 – 25 = 925

3) Conversão: Preços de mercado Custo de fatores PNLPM = PNLCF + II – Sub PNLCF = PNLPM – II + Sub PNLCF = 925 – 30 + 10 PNLCF = 905 (Resposta!) Ressalto que esta é apenas uma das inúmeras formas de se

resolver. Se você fez de outra maneira e atingiu o resultado, não se preocupe!

Nota Como produto=renda=despesa, temos que qualquer

conceito de produto será igual ao conceito de renda e/ou despesa equivalente. Por exemplo: RIB = PIB = DIB; RNLCF = PNLCF = DNLCF; DNBPM = PNBPM = RNBPM e assim por diante.

1.10.4. PIBPM

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Conforme vimos nos itens acima, o Brasil utiliza os conceitos Interno, Bruto e a Preços de Mercado. Assim, aquela medida que vemos nos noticiários televisivos e jornais como aferição da medida econômica do país é o PIBPM. É ele a “menina dos olhos” da equipe econômica, é o principal agregado macroeconômico da contabilidade nacional. Quando, em questões de prova, é mencionado de forma genérica o PIB (Produto interno bruto), está sendo falado, na verdade, sobre o PIBPM.

1.11. MENSURANDO O PIB Em virtude de sabermos que Produto=Renda=Despesa, podemos calcular o valor do PIB por três caminhos diferentes: pela ótica da despesa, pela ótica da renda e pela ótica do produto (três métodos apenas pela ótica do produto). Os resultados encontrados nas três óticas devem ser iguais.

1.11.1. ÓTICA DO PRODUTO Nós vimos que o produto é o valor dos bens e serviços finais produzidos em determinado período de tempo. Nessa aferição é essencial evitar a dupla contagem: não faria sentido somar todos os valores produzidos por todas as unidades produtivas do país. Deixe me explicar melhor: suponha 01 litro de leite produzido em uma fábrica qualquer. Esse leite produzido poderá virar leite condensado, que poderá virar uma calda de chocolate, que poderá virar uma cobertura de uma deliciosa torta vendida em uma padaria. No entanto, esse produto só pode ser contado uma vez no cálculo do produto de um país, caso contrário o produto do país será superestimado. O procedimento correto, neste caso, é contabilizar apenas a torta que foi vendida na padaria, isto é, o produto final.

Assim, para evitar a dupla contagem, só se inclui no produto o valor

dos bens e serviços finais durante o período em questão. Outro exemplo: suponha o petróleo que é extraído pela Petrobrás. O petróleo extraído para exportação é um bem final (pois seu estágio final será venda para o resto do mundo), logo entrará no cálculo do produto. Já o petróleo que é empregado como insumo para a fabricação de gasolina não é computado no produto, sendo tratado como consumo intermediário (foi consumido na produção de gasolina), desta forma, só a gasolina (produto final) é computada no produto do país. Ou se procede desta maneira (considerando apenas o bem final), ou se soma tudo o que foi produzido e se subtrai o consumo intermediário. As duas formas (só o produto final; e o total da produção menos o consumo intermediário) devem apresentar o mesmo resultado.

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Outra forma equivalente de aferir o produto obtém-se pelo conceito

de valor adicionado ou agregado. Denomina-se valor adicionado em determinada etapa de produção a diferença entre o valor bruto produzido nesta etapa e o consumo intermediário. Assim, temos o seguinte em relação às várias (três) formas pelas quais podemos calcular o produto de um país:

É o valor total dos bens e serviços finais produzidos no país

num determinado período de tempo.

O total dos valores brutos produzidos menos os consumos intermediários (CI) num determinado período de tempo. O total dos valores brutos produzidos é chamado de produção total (PT) ou valor bruto da produção (VBP).

A soma dos valores adicionados ou agregados (VA) num determinado período de tempo.

Sei que parece confuso, por isso, ilustraremos de forma numérica

essas três formas de se calcular o produto de um país. Imagine o seguinte exemplo: suponha um país, que possua uma fazenda que produza trigo no valor de R$ 150 (valor adicionado=R$ 150, uma vez que não há consumo intermediário nesta primeira etapa da produção). Essa fazenda vende toda a sua produção de trigo para uma fábrica de farinha de trigo, que, por sua vez, produz farinha de trigo no valor de R$ 350 (valor adicionado=R$ 200). Essa fábrica de farinha de trigo vende toda a sua produção para uma padaria que produz pães no valor de R$ 650 (valor adicionado=R$ 300). Calculemos o produto utilizando os três métodos:

Valor total

bruto (VTB) Consumo

intermediário (CI) Vlr adicionado

(VTB – CI) Fazenda (trigo) R$ 150 0 R$ 150 Fábrica(farinha) R$ 350 R$ 150 R$ 200 Padaria (pão) R$ 650 R$ 350 R$ 300

Total R$ 1.150 R$ 500 R$ 650

1) 1º método (bens e serviços e finais): será R$ 650, pois este é valor do bem final (o pão).

2) 2º método (VTB – Cons. Intermediário): será R$ 1.150 (VTB) MENOS R$ 500 (somatório dos CI). Assim, o produto será R$ 650.

3) 3º método (somatório dos valores adicionados): será R$ 150 (valor adicionado na 1ª etapa) mais R$ 200 (valor adicionado na

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segunda etapa) mais R$ 300 (valor adicionado na terceira etapa). Logo, o produto será R$ 650. Veja que o produto foi R$ 650 nos três métodos e não poderia ser

de forma diferente! Vale destacar que estes três métodos nos dão o resultado do PIB a custo de fatores. Segue então o resumo com as três maneiras de se calcular o PIBCF, sob a ótica do produto:

1) PIBCF = Soma dos bens e serviços finais produzidos 2) PIBCF = Valor bruto da produção – Consumo intermediário 3) PIBCF = Σ Valores agregados ou adicionados

Caso se queira chegar ao PIBPM, que é o conceito mais importante e

ao qual todos se referem quando se fala em “PIB” genericamente, basta acrescentar os impostos indiretos líquidos dos subsídios (uma vez que PIBPM = PIBCF + II – Sub). Desta forma, pela ótica do produto, as formulações, considerando o PIBPM, serão:

1) PIBPM = Soma dos bens e serviços finais produzidos + II – Sub 2) PIBPM = Valor bruto da produção – Consumo intermediário + II – Sub 3) PIBPM = Σ Valores agregados ou adicionados + II – Sub

1.11.2. Ótica da renda Pessoal, prepare o espírito, pois este é o item mais “decoreba” da aula. Em algumas partes, pedirei apenas para memorizar, pois demonstrar e explicar determinadas expressões levaria muitas páginas e tomaria muito tempo, apresentando uma relação esforço/benefício muito elevada. Também ressalto que veremos aqui apenas uma das duas formas de cálculo do PIBPM pela ótica da renda. A outra forma será vista no próximo item (1.12), onde veremos o que é excedente operacional bruto.

Devemos atentar inicialmente que renda é o somatório das remunerações dos fatores de produção. Assim, renda2 = salários + lucros + juros + aluguéis. Cabe-nos agora descobrir de que renda estamos falando? Essa renda significa a renda nacional. Logo, renda nacional = salários + lucros + juros + aluguéis.

Por convenção, quando falamos em renda nacional, sem dizer se é

líquida ou bruta, ou se é a preços de mercado ou a custo de fatores, trata-se da renda nacional líquida e a custo de fatores (renda nacional = RNLCF). Assim sendo:

                                                                                                                         2  Excluímos  os  royalties  e  dividendos  por  motivos  didáticos.  

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Renda Nacional3 = RNLCF = PNLCF O mesmo raciocínio vale para a renda interna. Quando falamos renda interna, entende-se que é a renda interna líquida e a custo de fatores (renda interna = RILCF):

Renda Interna4 = RILCF = PILCF Segue o cálculo da Renda Nacional, que leva em conta as remunerações dos fatores de produção dos agentes da economia:

Renda Nacional = RNLCF = salários + juros + lucros + aluguéis Para fins de prova, especialmente para as questões da ESAF, acredito que a expressão aí de cima já seja suficiente para resolvermos questões tratando da mensuração da renda. No entanto, mesmo assim, irei passar outros conceitos a ela subjacentes, e que podem cair, pois estão no rol do sistema de contas nacionais do Brasil Seguem estes conceitos: Renda nacional disponível bruta (RNDB): a renda nacional disponível bruta é a renda nacional (RNLCF) acrescida dos impostos indiretos menos os subsídios, mais a depreciação, mais transferências correntes5 recebidas menos as transferências correntes enviadas ao exterior. Em outras palavras, e de modo mais resumido, a RNDB é a renda nacional bruta a preços de mercado (RNBPM) +/- transferências correntes enviadas/recebidas do resto do mundo. Sendo assim:

RNDB = RNBPM +/- transferências correntes do resto do mundo

Se as transferências forem recebidas, estarão com sinal positivo; se forem enviadas, estarão com sinal negativo. Nota 1 se a questão de prova falar em renda nacional, considere o conceito líquido e a custo de fatores, isto é, considere que renda nacional = RNLCF. O mesmo se aplica à renda interna, que é o mesmo que RILCF. No entanto, se a questão falar em renda nacional bruta (neste caso,

                                                                                                                         3  A  Renda  Nacional  corresponde  ao  total  da  remuneração  efetuada  pelas  unidades  produtivas  de  um  país  aos  proprietários  dos  fatores  de  produção,  como  contrapartida  pela  utilização  de  seus  serviços  para  efetivar  a  produção  nacional.  4  A  Renda  Interna  corresponde  ao  total  da  remuneração  efetuada  pelas  unidades  produtivas  de  um  país  aos  proprietários  dos  fatores  de  produção,  como  contrapartida  pela  utilização  de  seus  serviços  para  efetivar  a  produção  interna.  5   Transferências   correntes   são   transferências   sem   contrapartida,   não   significam   pagamento   de  fatores  de  produção,  bens  ou  serviços.  São  como  donativos.  

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existe a palavra bruta), considere o conceito a preços de mercado, isto é, considere que renda nacional bruta = RNBPM. O mesmo se aplica à renda interna bruta, que é o mesmo que RIBPM. Então, concluindo sobre estas duas convenções:

Se for falado apenas em renda interna ou nacional, estamos falando do conceito líquido e a custo de fatores.

Se for falado de renda interna bruta ou renda nacional bruta, estamos falando do conceito a preços de mercado. O motivo para isto é a convenção adotada pelo IBGE no sistema de contas nacionais.

Poupança bruta: no item 1.4.4, poupança interna, vimos que a poupança interna pode também ser chamada de poupança bruta do Brasil ou simplesmente poupança bruta. A poupança, por definição, é a renda não consumida. No entanto, em questões de prova, muitas vezes, precisamos de uma definição mais precisa, que é essa:

Poupança interna (SP + SG) = RNDB – Consumo final (consumo das famílias e do governo = CF + G)

Como poupança interna=poupança bruta=poupança bruta do Brasil, então:

Poupança bruta do Brasil = RNDB – CFINAL Renda pessoal disponível (RPD): este conceito pode ser memorizado através do raciocínio (não é tão decoreba). A RPD, pelo o que o próprio nome indica, é a renda que fica disponível para as pessoas. Então, RPD será a renda nacional (RNLCF) MENOS tudo aquilo que não sejam remunerações de fatores de produção de propriedade das pessoas (famílias) e/ou também MENOS tudo aquilo que reduz a disponibilidade de renda das pessoas. Assim: Renda pessoal disponível (RPD) = Renda nacional (RNLCF) – lucros retidos – impostos diretos sobre as pessoas + transferências às pessoas/famílias Os lucros retidos são os lucros que as empresas não distribuem às pessoas, portanto, não fazem parte da renda que é disponível para as pessoas (RPD), devendo, assim, ser excluídos do cálculo da RPD. Os impostos diretos que incidem sobre as pessoas/famílias também reduzem a renda que é disponível para as pessoas, devendo, assim, ser levados em conta no cálculo, com sinal de menos. Por último, as transferências às famílias aumentam a RPD, pois haverá mais renda disponível para as pessoas. Nota 2 Se os impostos diretos forem impostos diretos sobre as empresas (pessoas jurídicas), eles não reduzirão a RPD. O mesmo

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Oferta global demanda global

acontece com as transferências, se estas forem direcionadas às empresas (transferências a empresas), não aumentarão a RPD.

1.11.3. Ótica da despesa A despesa ou demanda agregada (DA) é o destino da produção, isto é, são os gastos dos agentes econômicos na aquisição da produção.

Na ótica da despesa, para calcular o PIBPM, devemos somar todas as despesas realizadas pelos agentes econômicos para que eles possam adquirir a produção. Nós já vimos que essa soma equivale a:

DA = C + I + G + X – M

Neste caso, a despesa agregada é o próprio PIBPM. Sendo assim, o

PIBPM, pela ótica da despesa será:

PIBPM = C + I + G + X – M Lembro também que o item G só engloba os gastos do governo com bens e serviços. Não englobam os gastos com investimentos (enquadrados em I) e os gastos com salários de servidores, uma vez que estes não são despesas com aquisição da produção da economia. A partir do PIB pela ótica da despesa, também podemos definir mais dois conceitos que: demanda e oferta global. A oferta global (ou oferta agregada, ou oferta final) significa todos os bens que são ofertados na economia. Para isso, basta somar ao PIB o valor das importações (oferta global = PIB + M). A demanda global (ou demanda final) será o outro lado da equação, sem a dedução das importações:

PIBPM + M = C + I + G + X Observação sobre os cálculos do produto sob as três óticas: as questões de provas, a priori, não informam sob qual ótica o candidato deve realizar o cálculo do produto. É ele próprio que deverá decidir, com base nos dados do enunciado sob qual ótica serão realizados seus cálculos. Por exemplo, se questão pedir o PIBPM e der os valores de C, I, G, X e M, é evidente que o concurseiro deverá utilizar a ótica da despesa. Se, por outro lado, a banca pedir o PIBPM e informar o valor total bruto da produção (VTB) e o consumo intermediário (CI), devemos utilizar, para este caso, a ótica do produto.

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1.12. O EXCEDENTE OPERACIONAL BRUTO (EOB) e o RENDIMENTO MISTO BRUTO (RMB)

O excedente operacional bruto (EOB) tem relação com que o seriam

os lucros do setor produtivo da economia representado pelas empresas, ou o seu excedente.

Nota: o excedente operacional bruto também pode ser chamado de rendimento operacional bruto (ROB).

O rendimento misto bruto (RMB) tem relação com o que seriam os

lucros do setor produtivo da economia representado pelos autônomos (pessoas física que trabalham como autônomos, ou seja, fazem parte do setor produtivo da economia). Outra nomenclatura usada para o RMB é rendimento de autônomos.

A formulação algébrica envolvendo os dois conceitos é:

EOB + RMB = PIBPM – Remuneração de empregados (RE) – Impostos sobre a produção e de importação + Subsídios à

produção Em suma, a expressão nos diz que os lucros do setor produtivo

(EOB – empresas, RMB – autônomos) é a renda/produto interna(o) bruta (RIBPM=PIBPM) MENOS as remunerações dos empregados MENOS os impostos sobre a produção e de importação MAIS os subsídios. Em outras palavras, é a produção/renda MENOS os itens que reduzem os lucros (remunerações de empregados e impostos sobre produção) MAIS os itens que aumentam os lucros (subsídios sobre a produção).

A remuneração de empregados (RE) inclui todos os encargos, de

todos os empregados que trabalham no país (sejam residentes ou não residentes). Ou seja, é uma conta que inclui, além dos salários, as contribuições sociais e demais tributos incidentes sobre a folha salarial ou decorrentes das relações de trabalho.

Cabe aqui uma observação muito importante sobre a fórmula (que

deve ser decorada!). O conceito de impostos sobre a produção e de importação não se confunde com o conceito apresentado no item 1.4.2, impostos sobre produtos. São conceitos diferentes:

Impostos sobre a produção ≠ Impostos sobre produtos Os impostos sobre produtos são aqueles que incidem sobre os

produtos de forma a alterar de forma direta os seus preços (ICMS, IPI e ISS). Já os impostos sobre a produção e a importação são mais amplos, incluem aqueles que têm como fato gerador a produção, mas que não

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alteram, pelo menos teoricamente, os preços dos produtos e serviços vendidos.

Como exemplo de impostos sobre a produção que não são

computados na conta impostos sobre produtos, temos os impostos incidentes sobre a mão-de-obra utilizada na produção de bens ou serviços (ISS sobre serviços de mão-de-obra, por exemplo) ou remunerações pagas e taxas incidentes sobre o exercício de atividades econômicas específicas6.

Assim, vê-se claramente que a conta impostos sobre

produção e de importação terá valor sempre maior que a conta impostos sobre produtos.

O mesmo raciocínio se aplica no caso dos subsídios. Temos os

subsídios sobre produtos e os subsídios à produção, este último sendo o conceito mais amplo (com valor maior) e que deve ser utilizado no cálculo do EOB e RMB.

Ademais, usando a fórmula do EOB e RMB, chegamos também ao

PIBPM pela ótica da renda (segunda forma de cálculo):

PIBPM = EOB + RMB + Remuneração de empregados + Impostos sobre produção e de importação – Subsídios à produção

1.13. CARGA TRIBUTÁRIA BRUTA e LÍQUIDA

A carga tributária bruta (CTB) mede a proporção entre a receita tributária (impostos indiretos e diretos) e o PIBPM. Em outras palavras, ela mede qual o percentual da produção do país que serve para financiar os gastos do governo. Algebricamente:

𝐶𝑇𝐵   𝑒𝑚  % =  Receita  tributária  do  governo

PIBpm =  Impostos  indiretos+ impostos  diretos

PIBpm

Destacamos que o conceito de CTB é expresso em medidas percentuais. Por exemplo, se a receita tributária do governo é R$ 1 milhão e o PIB é R$ 5 milhões, a CTB será 1/5=0,2; o que corresponde dizer que a CTB é de 20%. A carga tributária líquida (CTL) exclui da receita tributária do governo as transferências e os subsídios:

                                                                                                                         6  Exemplo  retirado  das  notas  metodológicas  da  nova  série  do  SCN  (Sistema  de  Contas  Nacionais)  do  IBGE,  em  conformidade  com  o  System  of  National  Accounts  (SNA),  1993,  manual  das  Organizações  das  Nações  Unidas  –  ONU.  

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𝐶𝑇𝐿  (𝑒𝑚  %) =  Receita  tributária− Transferências− Subsídios

PIBpm

1.14. PROBLEMAS COM O USO DO PIB

O PIB não leva em conta a saúde de nossos filhos, a qualidade de sua educação ou a alegria de suas diversões. Não inclui a beleza de nossa poesia ou a intensidade de nossos casamentos, a inteligência de nossos debates públicos ou a integridade de nossas autoridades públicas. Não mede nem a nossa coragem, nem a nossa sabedoria, nem a nossa dedicação ao país. Mede todas as coisas, em resumo, exceto aquilo que faz com que a vida valha a pena.

- Robert Kennedy, em discurso quando concorria à presidência em 1968.

O PIB, apesar de bastante difundido, não é um instrumento perfeito para medir a produção e a renda correntes, assim como a Renda per capita (ou PIB per capita) não é um instrumento perfeito de avaliação do bem estar da população. Assim, não devemos confundir o PIB com desenvolvimento e/ou bem-estar, ele é apenas mais um índice. O fato de termos PIBs per capita elevados não implica obrigatoriamente bem-estar ou desenvolvimento, indica apenas riqueza material (de bens). Vejamos os motivos:

• O PIB ignora em seu cômputo muitas transações não monetárias, como, por exemplo: trabalho do lar, prestações de favores, alimentação no domicílio, agricultura de subsistência, etc. Em suma, atividades produtivas que não envolvem transações de mercado, nem são precificadas, não entram no cálculo do PIB. A não-inclusão destas atividades pode levar a situações bastante esdrúxulas. Por exemplo, se uma madame se apaixona e se casa com seu motorista e, após o casamento, seu marido trabalhe para ela por amor e não por dinheiro, haverá redução do PIB, pois o salário que era pago ao motorista sumirá das estatísticas. Como disse certa vez o economista inglês Arthur Pigou: “Quem casa com a própria empregada diminui a renda nacional”.

• O PIB, pela inviabilidade de cálculo, não registra a economia

clandestina (informal e/ou ilegal). Pela própria natureza dessas atividades, é impossível os institutos econômicos conseguirem aferir economicamente com alguma precisão essas atividades. Sendo assim, não fazem parte do PIB.

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• O PIB não considera os custos sociais (externalidades), efeitos colaterais ou males da produção. Entre essas ocorrências não registradas, temos os danos ambientais (o vazamento de óleo que ocorreu no Golfo do México causado pela British Petroleum em 2010 não é computado no PIB), desastres naturais (terremotos, furacões, enchentes e outros desastres também não são registrados no PIB), emissão de gases poluentes, etc.

• O PIB não leva em conta a distribuição de renda da sociedade. Por

exemplo, os países árabes têm elevada renda per capita, porém o número de pobres é elevadíssimo. Isto ocorre porque os ricos são excessivamente ricos e detêm a maior parte da renda.

• O PIB exclui o lazer como um bem valorizado pelas pessoas, assim

como o desconforto associado à produção de bens de serviços, como custo para o ser humano. Por tal motivo, ele não é um meio eficiente de medição do bem-estar econômico. Um país pode ter R$ 30.000,00 de renda per capita anual, com uma média de 30 horas de trabalho semanais; enquanto outro pode ter os mesmos R$ 30.000,00, porém com uma média de 50 horas de trabalho semanais. O PIB ou renda per capita é igual nos dois países, mas o bem-estar é melhor no primeiro caso.

Nos casos acima, expusemos situações que acontecem na

economia, mas que não entram no cálculo no PIB, pela inviabilidade da inclusão. No entanto, existe um caso interessante, em que ocorre o contrário. Nele, não há desembolso ou transação monetária, mas a atividade é sim levada em conta no cálculo no PIB. É o caso de domicílios ocupados por seus proprietários. Quando uma pessoa tem um imóvel, ela pode auferir alguma renda com o aluguel do mesmo. No entanto, quando o proprietário vive em seu imóvel (na “casa própria”), ele deixa de ganhar este dinheiro, caso o alugasse.

Este valor de aluguel que o proprietário deixa de receber ao ocupar

seu próprio imóvel é computado no PIB. Neste caso, em virtude não haver desembolso monetário, são imputados valores de aluguel semelhantes aos que são praticados no mercado. Tais valores entram no cálculo do PIB, mesmo que os proprietários dos imóveis não paguem a si mesmos.

Apesar destes problemas de medição, o PIB provê uma medida

razoavelmente precisa do produto de mercado de uma sociedade, bem como da taxa de variação desse produto. Apesar de não ser uma medida de felicidade e bem-estar dos cidadãos, é bastante útil como ferramenta no auxílio às tomadas de decisões no âmbito da política econômica.

Caiu na prova:

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03. (ESAF – ACE/MDIC – Grupo 02_Contabilidade Nacional – 2012) - Assinale a alternativa incorreta: a) Em domicílios ocupados por seus proprietários, são imputados valores de aluguel equivalentes aos valores exercidos no mercado para compor a atividade aluguel de imóveis nas tabelas de recursos e usos. b) Pagamentos de salários e outras remunerações dos funcionários públicos, assim como gastos com bens e serviços do governo, entram no cálculo da renda nacional. c) Serviços pessoais e domésticos – tais como preparo de refeições, educação e cuidados com as crianças, limpeza e as reparações e manutenção dos bens de consumo duráveis e habitação –, realizados por membros da família para seu próprio consumo final, são excluídos da medição da produção. d) Com o objetivo de realizar a transformação das importações medidas a preços CIF para preços FOB, foi criada uma coluna de Ajuste CIF/FOB na Tabela de Recursos e Usos. e) Ao comprar um automóvel usado em uma revendedora, o consumidor está contribuindo para elevar o Produto Interno Bruto (PIB), uma vez que representa um aumento do consumo de bens duráveis. Comentários: A alternativa incorreta é a letra E, pois a compra de bens usados não entra no cálculo do PIB. Afinal, o PIB é o valor dos bens e serviços finais produzidos durante determinado período de tempo (não leva em conta bens produzidos em períodos passados). Segue uma passagem da aula 00, página 12:

“O produto inclui somente a produção em determinado período de tempo: o produto, em 2012, inclui somente os bens e serviços produzidos durante esse ano. Em 2011, apenas os bens e serviços produzidos durante aquele ano e assim por diante. Em particular, o produto da economia não inclui o valor de bens usados. Se você comprar um livro de Macroeconomia em uma livraria, a compra será incluída no produto.”

Ou seja, um bem usado é computado no PIB daquele ano em que foi produzido. Se, mais tarde, alguém compra esse bem usado (produzido em ano anterior), ele não integra mais o cálculo do PIB. PS: neste curso, não estudaremos em detalhes a tabela de usos e recursos, nem as diferenças dos critérios CIF e FOB e suas consequências na contabilização dentro do Sistema de Contas Nacionais. Apesar de fazer parte do edital do MDIC (área Contabilidade Nacional), não é objetivo para quem está estudando para outros concursos (como é o nosso caso).

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Gabarito: E

1.15. O SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS (SCN)

Pessoal, neste item, coloco, de modo resumido, o sistema de contas nacionais (SCN) com tudo aquilo que aprendemos na aula. Tudo que está exposto no SCN já foi apresentado durante o texto da aula, na forma de conceitos e fórmulas. Assim, as contas nacionais que ora seguem são apenas a título de “curiosidade”, como forma de confirmação da teoria apresentada na aula. Julgo interessante apenas você se tomar ciência do que cada conta trata, pois uma questão de prova pode fazer perguntas teóricas do tipo: a conta de capital é a conta que registra a capacidade ou necessidade de financiamento (gabarito: certo); a conta de produção registra o consumo intermediário da economia (gabarito: certo); e assim por diante.

Ressalto que os valores utilizados foram retirados do SCN da

economia brasileira no ano-calendário de 2003 e já seguem a nova metodologia do IBGE, em conformidade com o manual do SNA (System Nacional Accounts) da ONU. Na coluna da direita, temos os recursos (origens) e na coluna da esquerda os usos (aplicações). Estão apresentadas três contas principais: conta de produção, conta de renda e conta de acumulação (de capital).

Conta 1 – Conta de produção – R$ 1.000.000 (valores correntes)

Usos Operações e saldos Recursos 1. Produção 3.026.167

1.630.563 2. Consumo intermediário 3. Impostos sobre produtos 160.578 3.1. Imposto de importação 8.084 3.2. Demais impostos sobre produtos 152.493

0 4. Subsídios sobre produtos 1.556.182 5. Produto Interno Bruto

Primeiro, ressalte-se que o PIB de que trata a conta é o PIBPM. Esta

conta evidencia o PIBPM pela ótica do produto, item 1.11.1:

PIBCF = Produção – CI como PIBPM = PIBCF + II – Sub, então: PIBPM = Produção – CI + Impostos s/ produtos – Subsídios s/ produtos 5 = 1 – 2 + 3 – 4

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Conta 2 – Conta da renda – R$ 1.000.000 (valores correntes)

2.1. Conta de distribuição primária da renda 2.1.1. Conta de geração da renda

Usos Operações e saldos Recursos 5. Produto Interno Bruto 1.556.182

554.149 6. Remuneração dos empregados 266.968 7. Impostos sobre a produção e de importação - 3.617 8. Subsídios à produção (-)

738.683 9. EOB + RMB Primeiro, note que o saldo de impostos sobre a produção e de importação, item 7, é diferente (maior) que o saldo de impostos sobre produtos, item 3. O mesmo acontece em relação aos itens 8 e 4. Esta conta evidencia o PIBPM pela ótica da renda, utilizando o EOB e RMB (vimos no item 1.12 da aula): PIBPM = EOB + RMB + RE + Impostos s/ prod. e imp. – Sub. à produção 5 = 6 + 7 + 8 + 9

Conta 2 – Conta da renda – R$ 1.000.000 (valores correntes) 2.1. Conta de distribuição primária da renda

2.1.2. Conta de alocação da renda Usos Operações e saldos Recursos

9. EOB + RMB 738.683 6. Remuneração dos empregados 554.149 7. Impostos sobre a produção e de importação 266.968 8. Subsídios à produção (-) - 3.617

66.384 10. Rendas de propriedade enviadas e recebidas do resto do mundo (RLEE) 10.902

1.501.032 11. Renda Nacional Bruta Conforme vimos em uma nota do item 1.11.2, a renda nacional bruta é o mesmo que RNBPM. Outra observação se refere ao fato de o item 10 se refere à RLEE, onde REE = 66.384 e RRE = 10.902, assim, a RLEE = 66.384 – 10.902 = 55.482. Esta conta evidencia a transformação do item 5 (PIBPM) em item 11 (RNBPM): PIBPM = EOB + RMB + RE + Impostos s/ prod. e imp. – Sub. à produção Ao mesmo tempo, PIBPM = RNBPM + RLEE, assim: RNBPM = PIBPM – RLEE 11 = 9 + 6 + 7 + 8 – 10

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Conta 2 – Conta da renda – R$ 1.000.000 (valores correntes)

2.2. Conta de distribuição secundária da renda Usos Operações e saldos Recursos

11. Renda Nacional Bruta 1.501.032

941 12. Transferências correntes enviadas e recebidas do resto do mundo 9.694

1.509.785 13. Renda disponível bruta A renda (nacional) disponível bruta (RNDB) é a RNB +/- transferências correntes. No caso acima, as transferências recebidas foram maiores que as enviadas, portanto, a RDNB é maior que a RNB. RNDB = RNB +/- transferências correntes enviadas e/ou recebidas 13 = 11 + 12

Conta 2 – Conta da renda – R$ 1.000.000 (valores correntes) 2.3. Conta de uso da renda

Usos Operações e saldos Recursos 13. Renda Disponível Bruta 1.509.785

1.192.613 14. Despesa de consumo final 317.172 15. Poupança bruta

Conforme no item 1.11.2 da aula, o item 14 da tabela é o consumo final (C + G). A poupança bruta (do Brasil) é a RNDB menos o consumo final. Assim: Poupança bruta do Brasil = RNDB – CFINAL

15 = 13 – 14 Conta 3 – Conta de acumulação – R$1.000.000 (valores correntes)

3.1. Conta de capital Usos Operações e saldos Recursos

15. Poupança bruta 317.172 276.741 16. Formação bruta de capital fixo (FBKF) 30.750 17. Variação de estoques (ΔE)

112 18. Transferências de capital enviadas e recebidas do resto do mundo (SEXT) 1.624

11.193 19. Capacidade (+) ou necessidade (-) de financiamento

A conta trata da identidade investimento=poupança. O item 18 é a SEXT. No caso acima, a SEXT vale 1624 – 112 = 1512. Portanto, a SEXT é positiva, indicando que houve transferências de capital enviadas ao resto do mundo (conforme sabemos, se o resto do mundo recebeu capital, então, recebeu poupança externa). A poupança bruta é o mesmo que

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poupança interna, que, por sua vez, é a soma da poupança privada e do governo. Assim, a conta diz que: 19 = 15 – 16 – 17 + 18 Capacidade de financiamento = Poupança bruta – FBKF – ΔE + SEXT

Capacidade de financiamento = Poupança interna + SEXT – I Capacidade de financiamento = S – I

Falamos em capacidade de financiamento, pois o saldo de (S – I) foi positivo, no valor de 11.193, uma vez que S é maior que I. Se I fosse maior que S, falaríamos em necessidade de financiamento. Adendo: As tabelas de recursos e usos (TRU) e as Contas Econômicas Integradas (CEI) Nota: o texto a seguir não está tão didático, a meu ver. No entanto, neste trecho da aula, eu preferi reproduzir quase que literalmente o que consta nas notas metodológicas do IBGE. Uma questão sobre isso, se cair, certamente, será teórica e estará embasada nas notas do IBGE, que é o órgão responsável pela estrutura do SCN. Assim, mesmo que não entenda muito bem algumas passagens, procure ler pelo menos uma vez o que vem a seguir sobre as TRU e sobre as CEI. É apenas para dar uma visão geral sobre o assunto. Se cair alguma questão, acredito que não deva ser nada aprofundado em relação a isso (porque se for, quase ninguém acerta ;-). a) as TRU As TRU se dividem em duas tabelas. A tabela I corresponde aos recursos de bens e serviços, isto é, donde vêm os bens e serviços. A tabela II é a de usos de bens e serviços, isto é, para onde vão os bens e serviços.

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A tabela de recursos de bens e serviços, tabela I, discrimina a origem dos produtos em nacional e importado. Veja que os bens e serviços têm basicamente duas origens: uma é a produção da economia, outra são as importações. O primeiro quadrante (A) apresenta a oferta global a preços de mercado e a preços básicos, as margens de comércio e transporte e os impostos e subsídios associados a cada produto. A produção das atividades especificadas por produto forma o segundo quadrante (A1) desta tabela. Por fim, no terceiro quadrante (A2) são apresentadas, em uma coluna, as importações e, em outra, as operações de produtos sem emissão de câmbio.

A tabela de usos de bens e serviços, tabela II, apresenta o equilíbrio entre oferta e demanda, assim como as estruturas de custos das atividades econômicas detalhadas por produto. No primeiro quadrante (A) repete-se o vetor da oferta total, a preços do consumidor. O quadrante B1 apresenta os insumos utilizados na produção de cada atividade. O quadrante seguinte (B2) apresenta os bens e serviços que se destinam à demanda final: consumo final das famílias e das administrações publicas, formação bruta de capital fixo, variações de estoques e as exportações (é a demanda global). O último quadrante (C) mostra os demais custos de produção - remuneração dos empregados e os impostos, líquidos de subsídios, sobre a produção, que não incidem diretamente sobre o produto -, finalizando com o rendimento misto bruto e o excedente

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operacional bruto. Como informação complementar, é apresentado o total de pessoal ocupado em cada atividade.

O principal objetivo das tabelas de recursos e usos é a análise dos fluxos de bens e serviços e dos aspectos básicos do processo de produção - estrutura de insumos e estrutura de produção de produtos por atividade e a geração da renda. Resultam, portanto, dois elementos fundamentais na sua construção: atividades (conjuntos de agentes do processo de produção) e produtos (conjunto de bens e serviços).

A unidade básica considerada na análise do processo de produção é a unidade produtiva (estabelecimento ou unidade local), definida como o local físico onde se realiza uma única atividade econômica. As atividades são compostas a partir da agregação de estabelecimentos com estruturas relativamente homogêneas de consumo e produção. Em alguns casos a unidade de produção coincide com a empresa; quando, no entanto, esta tem uma produção diversificada é desmembrada em estabelecimentos, podendo cada qual ser classificado numa atividade distinta.

Por outro lado, mesmo desenvolvendo uma única atividade, os estabelecimentos podem produzir acessoriamente, por necessidade de ordem técnica ou questões de mercado, produtos típicos de outras atividades; neste caso, os estabelecimentos são classificados em função de sua produção principal, resultando, assim, uma produção secundária de produtos não-característicos de sua atividade principal. b) as CEI O SCN apresenta, por setor institucional, as contas correntes e a conta de acumulação, primeiro segmento das contas financeiras. A visão de conjunto da economia é fornecida pelas Contas Econômicas Integradas - CEI onde, numa única tabela, são dispostas, em colunas, as contas dos setores institucionais, do resto do mundo e de bens e serviços. Inclui, também, uma coluna para a soma dos setores institucionais, isto é, o total da economia onde os macro agregados são diretamente visíveis. Nas linhas figuram as operações, saldos e alguns agregados, descritos na coluna central da tabela.

As contas do resto do mundo são apresentadas do ponto de vista do resto do mundo. Cabe a observação que na montagem da tabela síntese as colunas de bens e serviços são colunas especiais, funcionando como uma conta espelho da conta dos setores institucionais. No lado dos usos (esquerdo) aparece a oferta de bens e serviços enquanto no de recursos (direito) aparece a demanda de bens e serviços.

O esquema apresentado a seguir mostra a desagregação das contas, por operação, para cada setor institucional.

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A conta de produção mostra o resultado do processo de produção - valor de produção, consumo intermediário e seu saldo o valor adicionado.

A conta de distribuição primária da renda subdivide-se em duas subcontas: a conta de geração da renda e a conta de alocação da renda primária. As rendas primárias são rendas recebidas pelas unidades institucionais por sua participação no processo produtivo ou pela posse de ativos necessários à produção.

A conta de geração da renda mostra como se distribui o valor adicionado entre os fatores de produção trabalho e capital e as administrações públicas. Esta conta registra, do ponto de vista dos produtores, as operações de distribuição diretamente ligadas ao processo e produção.

A conta de alocação da renda registra a parte restante da distribuição primária da renda, ou seja, as rendas de propriedade a pagar e a receber, bem como a remuneração dos empregados e os impostos, líquidos dos subsídios, a receber respectivamente pelas famílias e administrações públicas. Esta conta centra-se nas unidades institucionais residentes como recebedoras de rendas primárias mais do que como produtores cujas atividades geram rendas primárias.

A conta de distribuição secundária da renda mostra a passagem do saldo da renda primária de um setor para renda disponível, após o recebimento e pagamento de transferências correntes, exclusive as transferências sociais em espécie. Essa redistribuição representa a segunda fase no processo de distribuição da renda.

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A conta de redistribuição da renda em espécie leva à fase seguinte do processo de redistribuição da renda. Mostra como a renda disponível das famílias, das instituições sem fins lucrativos a serviço das famílias e das administrações públicas se transforma em renda disponível ajustada, pela receita e pagamento de transferências sociais em espécie. As empresas financeiras e não-financeiras não estão envolvidas nesse processo, por não receberem transferências em espécie.

A conta de uso renda desdobra-se em conta de uso da renda disponível e conta de uso da renda disponível ajustada pelo valor das transferências em espécie, de forma a explicitar a despesa de consumo e o consumo efetivo dos setores. A primeira tem como objetivo mostrar como as famílias, as instituições sem fins lucrativos e as administrações públicas alocam sua renda disponível em consumo e poupança. Parte-se da renda disponível e as despesas de consumo aparecem sendo realizadas pelos setores que efetivamente despenderam os recursos. As despesas de consumo individual das administrações públicas e das instituições privadas sem fins lucrativos são as relativas às transferências sociais em espécie para as famílias.

A conta de uso da renda disponível ajustada parte da renda disponível ajustada, onde as transferências sociais foram recebidas pelas famílias das administrações públicas e das instituições privadas sem fins lucrativos. Assim, o consumo das famílias está acrescido das transferências sociais em espécie a fim de se registrar o consumo final efetivo.

Deve-se notar que a poupança, saldo da conta de uso da renda, não se altera em função de seu desdobramento. Sendo a poupança o saldo final das operações correntes constitui, naturalmente, o ponto de partida da contas de acumulação. A conta de capital, primeira deste conjunto, registra as operações relativas às aquisições de ativos não-financeiros e às transferências de capital que implicam em redistribuição de riqueza; seu saldo é a capacidade/necessidade líquida de financiamento.

As operações entre residentes e não-residentes, chamadas de operações externas da economia, são agrupadas na conta do resto do mundo.

1.16. BIZÚS E MEMENTO

Pessoal, sei que o assunto é bastante extenso e é muita informação para memorizar. Posso dizer que contas nacionais não é um assunto difícil, mas é um assunto “enjoado”, exigindo paciência e perseverança.

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Quando estudei este assunto pela primeira vez, principalmente nas questões de cálculo, costumava ficar um pouco perdido com as informações. Eu via aquele amontoado de números no enunciado e não sabia em que fórmula ou conceito utilizá-los. Pois bem, a minha dica é a seguinte: memorize as principais fórmulas (as que eu coloquei no memento do final da aula). Assim, ao se deparar com a questão, adote os seguintes passos:

1º: veja qual o agregado pedido pela questão e veja em qual

fórmula ele está (para ver em qual fórmula ele está, você acessará a sua memória na hora da prova, portanto, é importante memorizar as fórmulas do memento).

2º: tente trabalhar com os dados que estão na fórmula do item que

a questão pede. Se for possível terminar a questão, termine-a. Se estiver faltando algum dado, prossiga. Você deverá voltar ao passo 1 para tentar achar esse dado faltante (ver em qual fórmula ele está e utilizar os dados da questão).

3º: faltando algum dado, veja em que outra fórmula você poderá

descobrir o valor deste item faltante, e assim por diante. Para ver o método, veja especialmente a resolução das questões

14 e 18. Faça muitos exercícios de contas nacionais, pois eles farão com que

seja praticamente impossível você errar alguma questão desse assunto na hora da prova.

Segue agora o memento de conceitos e fórmulas, graduadas de

acordo com o nível, do mais básico para o mais avançado. As fórmulas do nível I são conceitos básicos, inerentes ao próprio aprendizado de contas nacionais. Assim, são expressões que podem ser decoradas através da simples leitura da aula.

As fórmulas do nível II são as principais, dentre aquelas exigidas

nas questões de cálculos (é claro que, preliminarmente, você deve saber os conceitos abarcados no nível I). As fórmulas do nível III são mais difíceis de serem encontradas em questões de prova, mas, se cair alguma delas na prova, será uma daquelas questões que servirão para diferenciar os candidatos.

Segue um recado especial àqueles que prestam provas da ESAF (é

o caso de vocês, que estão se preparando para o concurso de Auditor da Receita!). Para a ESAF, os níveis I e II do memento são garantia de um excelente rendimento em questões sobre contas nacionais.

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Para finalizar, espero que tenham gostado da aula. Depois do memento, coloquei muitos exercícios para treinamento, essenciais para “pegar” o jeito, quando tratamos de contas nacionais.

Até a próxima, abraços e bons estudos! Heber Carvalho [email protected] MEMENTO DE FÓRMULAS – CONTAS NACIONAIS

Fórmulas nível I: (1) Poupança pública=o que governo ganha MENOS o que ele gasta:

SG = II + ID + ORG – trans – sub – G (2) SEXT = - T (3) Poupança interna ou poupança bruta = SP + SG (4) I = FBKF + ΔE (5) IL = IB – dep (6) Poupança líquida = poupança bruta MENOS depreciação (7) CFINAL = C + G (8) AI = C + I + G (9) Produto=Renda=Despesa (10) Investimento = Poupança (11) Interno = Nacional + RLEE (12) Líquido = Bruto – depreciação (13) Preços de mercado = custos de fatores + II – Sub (14) Renda nacional = RNLCF (15) Renda interna = RILCF (16) Renda nacional bruta = RNBPM (17) Renda interna bruta = RIBPM (18) DIB = PIB = RIB = PIBPM

Fórmulas nível II (importantíssimas para as questões da ESAF!): (1) DP = (SP – IP) + SEXT (2) SEXT = (M – X) + RLEE +/- TU (3) PIBCF = VBP – CI (4) PIBPM = C + I + G + X – M (5) FBKF + ΔE = SP + SG + SEXT (6) EOB + RMB = PIBPM – RE – Imp s/ prod e imp + Sub à prod

Fórmulas nível III: (1) Renda nacional = salários + juros + lucros + aluguéis (2) RNDB (renda nacional disponível bruta) = Renda disponível bruta

= RNBPM +/- transferências correntes do resto do mundo (3) Renda pessoal disponível (RPD) = Renda nacional (RNLCF) –

impostos diretos – lucros retidos + transferências às pessoas (4) Poupança bruta (poupança interna) = RNDB - CFINAL

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EXERCÍCIOS COMENTADOS

04. (ESAF – ACE/MDIC – 2012) - Considere os seguintes dados presentes na “Conta de Alocação da Renda” do Sistema de Contas Nacionais, em unidades monetárias: Renda Nacional Bruta: 3.175 Excedente Operacional Bruto e Rendimento Misto Bruto (total): 1.336 Remuneração dos Empregados: 1.414 Impostos sobre a Produção e a Importação: 496 Subsídios à Produção: 6 Rendas de Propriedades Enviadas ao Resto do Mundo: 83 Com base nessas informações, é correto afirmar que, em unidades monetárias, as “Rendas de Propriedade Recebidas do Resto do Mundo” foram iguais a: a) 101. b) 24. c) 18. d) 65. e) 97. Comentários: As rendas de propriedades recebidas do resto do mundo são a nossa RRE (renda recebida do exterior). As rendas de propriedade enviadas ao resto do mundo (REE) líquidas das rendas de propriedades recebidas do resto do mundo nos indicam o valor da RLEE (renda líquida enviada ao exterior). Assim, RLEE = Rendas de propriedades enviadas – Rendas de propriedades recebidas RLEE = 83 – Rendas de propriedades recebidas (1) Ou seja, para resolvermos nosso problema, precisamos encontrar o valor da RLEE. Sabemos que é a RLEE que difere os conceitos de PIB e PNB. Portanto: PIB = PNB + RLEE (2) O valor do PNB foi dado pela questão e vale: PNB = 3.175 Nota: lembre que Produto Nacional Bruto (PNB) é igual à Renda Nacional Bruta (RNB), PNB=RNB, uma vez produto é igual à renda.

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Agora, colocando o valor da RLEE (1) e do PNB na expressão (2), temos: PIB = 3.175 + 83 – Rendas de propriedades recebidas (3) Neste momento, nosso problema passa a ser a descoberta do valor do PIB. Pelos dados do problema, podemos utilizar a expressão do EOB aprendida no item 1.12 da aula: EOB + RMB = PIB – Rem. Empreg. – Imp. s/ prod. + Sub. s/ prod. 1.336 = PIB – 1.414 – 496 + 6 PIB = 3.240 Agora, finalmente, basta substituir o valor do PIB na expressão (3) e chegaremos ao final do problema (ufa!): PIB = 3.175 + 83 – Rendas de propriedades recebidas 3.240 = 3.175 + 83 – Rendas de propriedades recebidas Rendas de propriedades recebidas = 18 Gabarito: C 05. (ESAF – ACE/MDIC – 2012) - Considere os seguintes dados presentes no Sistema de Contas Nacionais em unidades monetárias: Salários: 681 Contribuic ões Sociais Diversas: 141 Contribuic ões Sociais Imputadas: 38 Rendimento Misto Bruto: 201 Rendimento Operacional Bruto: 755 Imposto sobre a Produc ão e Importacão: 335 Para que, em unidades monetárias, o Produto Interno Bruto da Economia seja de 2.147, os “subsídios à produc ão e importac ão” e a “remunerac ão dos empregados” deverão ser (em unidades monetárias) respectivamente: a) 38 e 822. b) 4 e 860. c) 8 e 681. d) zero e 681. e) 22 e 898. Comentários: A expressão do EOB (ou Rendimento Operacional Bruto) é:

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EOB + RMB = PIB – Rem. Empreg. – Imp. s/ prod. + Sub. s/ prod. 755 + 201 = 2.147 – Rem. Empreg. – 335 + Sub. s/ prod. Rem. Empreg. – Sub. s/ prod. = 856 (1) Observe que a única alternativa que obedece à expressão (1) é a letra B. No entanto, poderíamos calcular a remuneração dos empregados, sabendo que ela inclui o salário dos empregados e todas as contribuições dele decorrentes. Assim: Rem. Empreg. = 681 + 141 + 38 Rem. Empreg. = 860 Se substituirmos o valor da remuneração dos empregados na expressão (1), encontramos o valor dos subsídios (Sub=4). Gabarito: B 06. (ESAF – ACE/MDIC – Grupo 02_Contabilidade Nacional - 2012) - Com as informações retiradas no Sistema de Contas Nacionais, listadas abaixo, é possível obter os valores do Produto Interno Bruto (PIB) e da Renda Nacional Bruta (RNB) de um determinado País.

É correto afirmar que os valores do PIB e da RNB são, respectivamente, iguais a: a) PIB = 2.500,00 e RNB = 2.200,00 b) PIB = 1.960,00 e RNB = 1.760,00 c) PIB = 1.800,00 e RNB = 1.500,00 d) PIB = 1.880,00 e RNB = 1.600,00 e) PIB = 1.960,00 e RNB = 1.660,00

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Comentários: Com os dados apresentados, é bem simples descobrirmos o valor do PIB: EOB + RMB = PIB – Rem. Empreg. – Imp. s/ prod. + Sub. s/ prod. 1.180 = PIB – 500 – 200 + 80 PIB = 1.800 Por aí, já acertávamos a questão. Mas, vamos calcular o valor da RNB (ou PNB, já que produto=renda). Sabemos que: PIB = PNB + RLEE PIB = RNB + (REE – RRE) 1.800 = RNB + (600 – 300) RNB = 1.500 Gabarito: C 07. (ESAF – ACE/MDIC – Grupo 02_Contabilidade Nacional - 2012) - Um Analista de Comércio Exterior inicia um estudo para verificar o valor monetário da Poupanc a Bruta do País X, no ano de 2011. Para realizar esse estudo, o Analista retira do Sistema de Contas Nacionais do País X os seguintes elementos das Contas Econômicas Integradas (CEI) e os respectivos valores monetários, apresentados abaixo:

Após esse levantamento, o Analista de Comércio Exterior poderá afirmar que a Poupanc a Bruta no País X, em 2011, foi de: a) $ 0,00 (zero). b) $ 1.500,00. c) $ 1.300,00. d) $ 1.220,00. e) $ 220,00.

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Comentários: Outra questão difícil! Para resolvermos esta questão, necessitamos da identidade segundo a qual poupança é igual investimento. No entanto, devemos notar que há necessidade de financiamento, o que indica que o investimento é maior que a poupança, exatamente no valor de $ 800,00. Assim: I = S + 800 (FBKf + ΔE) = SP + SG + SEXT + 800 PS: Onde poupança bruta é (SP+SG), e SEXT é igual às transferências enviadas menos as recebidas. 400 + 200 = SBRUTA + (50 – 150) + 800 SBRUTA = -100 Ou seja, não há resposta! A questão foi anulada. Gabarito: Anulada 08. (ESAF – ACE/MDIC – Grupo 02_Contabilidade Nacional - 2012) - Os agregados do Sistema de Contas Nacionais são indicadores de síntese e grandezas-chave para os objetivos da análise macroeconômica e para comparações no espaço e no tempo. De acordo com o conceito de agregados adotado pelo IBGE, apresentado nas Contas Econômicas Integradas para uma economia aberta, é correto afirmar que: a) a Demanda Total da Economia é igual ao somatório do consumo intermediário, da despesa de consumo final, da formação bruta de capital fixo, da variação de estoque, das exportac ões de bens e servic os menos o valor das importacões de bens e servicos. b) o Produto Interno Bruto medido pela ótica da renda é igual à remuneração dos empregados mais o total dos impostos (líquidos de subsídios) sobre a produção e importação mais o rendimento misto bruto mais o excedente operacional bruto. c) a Renda Nacional Bruta é igual ao PIB menos as rendas primárias a pagar, líquidas das rendas primárias a receber, das unidades não residentes (Resto do Mundo). d) o Saldo do Balanc o de Pagamentos em transacão corrente é igual ao saldo externo da conta de operac ões correntes com o Resto do Mundo registrado com o sinal trocado. e) o Produto Interno Bruto medido pela ótica da produc ão é igual ao valor da produc ão menos o consumo intermediário mais os impostos, líquidos de subsídios, sobre produtos não incluídos no valor da produc ão.

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Oferta global demanda global

Comentários: a) Incorreta. A demanda total (ou demanda global) é o somatório da despesa de consumo final (C + G), do investimento (FBKF + ΔE) e das exportac ões de bens e servic os menos o valor das importac ões de bens e servicos. Ou seja, não possui o consumo intermediário.

PIBPM + M = C + I + G + X b) Correta. Conforme vimos no item 1.12: EOB + RMB = PIB – Rem. Empreg. – Imp. s/ prod. + Sub. s/ prod. Isolando o PIB, temos: PIB = Rem. Empreg. + Imp. s/ prod. – Sub. s/ prod. + EOB + RMB c) Incorreta. A renda nacional bruta (RNB ou PNB) é igual ao PIB menos as rendas enviadas ao exterior (REE) mais as rendas recebidas do exterior (RRE): PIB = PNB + RLEE PNB = PIB – RLEE PNB = PIB – REE + RRE d) Incorreta. O saldo do Balanc o de Pagamentos em transac ão corrente é igual à poupança externa registrada com o sinal trocado. O saldo externo da conta de operac ões correntes com o Resto do Mundo possui o mesmo sinal do saldo do BP em transação corrente (pois não observa aquela lógica de adotar o resto do mundo como referência). e) Incorreta. O Produto Interno Bruto (quando não fala nada, consideramos o PIB a preços de mercado) medido pela ótica da produc ão é igual ao valor da produc ão menos o consumo intermediário mais os impostos, líquidos de subsídios, sobre produtos incluídos no valor da produc ão. Gabarito: B 09. (ESAF – ACE/MDIC – Grupo 02_Contabilidade Nacional - 2012) - Em uma economia hipotética, são analisados 4 setores institucionais. O quadro abaixo apresenta algumas informac ões retiradas das Contas Economicas Integradas dessa economia.

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Considerando que o quarto setor institucional dessa economia hipotética é constituído pelas administracões públicas, é correto afirmar que: a) o déficit corrente das Administracões Públicas é 48.000,00. b) o setor institucional das Administrac ões Públicas é responsável por 20% das despesas de consumo final da economia. c) a despesa de consumo final das Administrac ões Públicas é deficitária em 48.000,00. d) a despesa de consumo final supera a renda disponível bruta das Administrac ões Públicas em 58.000,00. e) nenhum setor institucional possui um valor de despesa de consumo final maior do que o setor institucional das Administracões Públicas. Comentários: A questão parece bem difícil, mas com um pouco de calma, podemos resolvê-la tranquilamente. O enunciado diz que há quatro setores institucionais. O quadro apresenta 03 setores. Desta forma, o 4o. setor (Administração Pública) é o que falta. Exemplo: o total da renda disponível bruta é 940.000; no entanto, a soma dos 03 setores apresentados no quadro é 806.000 (122.000 + 14.000 + 670.000). Assim, a renda disponível bruta da Administração Pública é o valor que falta para os 806.000 completar os 940.000. Ou seja, Renda disponível bruta da Administração Pública = 134.000 Seguindo o mesmo raciocínio, o total da poupança bruta (poupança privada mais poupança pública) é igual a 150.000. A poupança privada é a soma da poupança das empresas (122.000 + 7.000) e das famílias (79.000). Assim, a poupança privada é 208.000. Desta forma: Poupança bruta = Poupança privada + poupança pública

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150.000 = 208.000 + Poupança pública Poupança pública = -58.000 (incorreta a letra A) No item 1.11.2, vimos que: Poupança bruta = RNDB – CFINAL 150.000 = 940.000 – CFINAL CFINAL = 790.000 Compilando os dados por setor: 1) Economia total Os dados da economia total (incluindo os quatro setores do enunciado) são: Renda disponível bruta = 940.000 Poupança bruta = 150.000 Consumo final = 940.000 – 150.000 = 790.000 2) Setor privado Agora, os dados do setor privado (empresas financeiras e não financeiras e famílias): Renda disponível bruta = 120.000 + 14.000 + 670.000 = 804.000 Poupança bruta = 122.000 + 7.000 + 79.000 = 208.000 Consumo final = 804.000 – 208.000 = 596.000 3) Administração pública Agora, os dados da Administração Pública: Renda disponível bruta = 134.000 Poupança bruta = -58.000 Consumo final = 134.000 – (-58.000) = 192.000 ...... De posse dos dados, vamos finalmente analisar as alternativas: a) Incorreta. O déficit corrente da administração pública é 58.000 (uma vez que poupança bruta da Adm Pub = -58.000). b) Incorreta. O consumo final da economia é 790.000; o consumo final da administração pública é 192.000. Portanto, representa 24,3% (e não 20% como diz a assertiva).

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c) Incorreta. A despesa de consumo final da administração pública é 192.000. d) Correta. A despesa de consumo final (192.000) supera a renda disponível bruta das administrações públicas (134.000) em 58.000 (é exatamente o valor deficitário da poupança pública, já que poupança bruta = RDB – CFINAL). e) Incorreta. O consumo final das famílias é igual 591.000 (670.000 – 79.000). Portanto, bem maior que o consumo da administração pública (192.000). Gabarito: D 10. (ESAF – AFPS - 2002) - Considere uma economia hipotética que só produza um bem final: pão. Suponha as seguintes atividades e transações num determinado período de tempo: o setor S produziu sementes no valor de 200 e vendeu para o setor T; o setor T produziu trigo no valor de 1.500, vendeu uma parcela equivalente a 1.000 para o setor F e estocou o restante; o setor F produziu farinha no valor de 1.300; o setor P produziu pães no valor de 1.600 e vendeu-os aos consumidores finais. Com base nessas informações, o produto agregado dessa economia foi, no período, de a)1.600 b) 2.100 c) 3.000 d) 4.600 e) 3.600 COMENTÁRIOS: A questão pode ser resolvida usando os três métodos para se apurar o PIB pela ótica do produto: a) Usando o valor adicionado: primeiro o setor S produziu 200, o setor T adicionou 1.300, o setor F adicionou 300, o setor P adicionou 300. Então temos: 200+1.300+300+300 = 2.100 b) Somando o total do produção e excluindo o consumo intermediário: -Total da produção: 200 + 1500 + 1300 + 1600 = 4600 -Consumo intermediário: o setor T consumiu 200 para produzir 1500, o setor F consumiu 1.000 para produzir 1.300 e o setor P consumiu 1.300 para produzir 1.600. Então temos os consumos intermediários: 200 + 1000 + 1300 = 2.500 -Produto agregado = VBP – consumo intermediário= 4600 - 2500 = 2100

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c) Somando apenas os bens finais (que sobraram ou que foram comercializados no estágio final): 1600 (vendido ao consumidor final) + 500 (estoque do setor T que não foi vendido) = 2.100 GABARITO: B 11. (ESAF - INSS/AUDITOR – 2002) Considere os seguintes dados: poupança líquida =100; depreciação = 5; variação de estoques = 50. Com base nessas informações e considerando uma economia fechada e sem governo, a formação bruta de capital fixo e a poupança bruta total são, respectivamente: a) 100 e 105 b) 55 e 105 c) 50 e 100 d) 50 e 105 e) 50 e 50 COMENTÁRIOS: Poupança líquida = poupança bruta MENOS depreciação Sliq=Sbrt – Dep 100=Sbrt – 5 Sbrt= 105 Temos também que S=I 105=FBKf + 50 FBKf=55 GABARITO: B 12. (ESAF - APO/MPOG – 2003) Considere os seguintes dados para uma economia hipotética: exportações de bens e serviços não-fatores = 100; importações de bens e serviços não fatores = 50; déficit no balanço de pagamentos em transações correntes = 10. Com base nas identidades macroeconômicas básicas para uma economia aberta e com governo, podemos afirmar que essa economia apresentou: a) renda líquida enviada ao exterior igual a 60. b) renda líquida recebida do exterior igual a 60. c) renda líquida enviada ao exterior igual a 40. d) renda líquida recebida do exterior igual a 40. e) renda líquida enviada ao exterior igual a 50. COMENTÁRIOS: SEXT = - T SEXT = 10 SEXT = (M – X) + RLEE

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+10 = 50 – 100 + RLEE RLEE = 60 GABARITO: A 13. (ESAF - APO/MPOG – 2003) Considere os seguintes dados: Variação de estoques = 20 Formação Bruta de Capital Fixo = 100 Poupança Líquida do Setor Privado = 50 Depreciação = 5 Saldo do Governo em conta-corrente = 50 Com base nas identidades macroeconômicas básicas para uma economia aberta e com governo, podemos afirmar que essa economia apresentou no balanço em transações correntes a) Saldo nulo b) Superávit de 15 c) Déficit de 25 d) Superávit de 25 e) Déficit de 15 COMENTÁRIOS: Sliq=Sbrt – dep Sbrt = 55 (lembre-se: trabalhamos o conceito bruto de poupança nas fórmulas) S=I Sp + Sg + Sext = FBKf + ΔE 55 + 50 + Sext = 100 + 20 Sext=15 (poupança externa positiva significa déficit no balanço de pagamentos em transações correntes) GABARITO: E 14. (ESAF - AFRFB – 2005) - Considere os seguintes dados, extraídos de um sistema de contas nacionais – conta de bens e serviços – que segue a metodologia adotada atualmente no Brasil (em unidades monetárias): Produção total: 1.323; Importação de bens e serviços: 69; Impostos sobre produtos: 84; Consumo final: 630; Formação bruta de capital fixo: 150; Variação de estoques: 12; Exportações de bens e serviços: 56. Com base nessas informações, o consumo intermediário dessa economia foi a) 700 b) 600 c) 550 d) 650 e) 628

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COMENTÁRIOS: Vamos seguir os passos que estão no bizú do item 1.15: 1º: veja o agregado pela questão e veja em qual fórmula ele está (para ver em qual fórmula ele está, você acessará a sua memória na hora da prova, portanto, é importante memorizar as fórmulas do memento). A questão pede o CI. A fórmula que apresenta o CI é a seguinte: PIBCF = PRODUÇÃO TOTAL – CI (1) 2º: tente trabalhar com os dados que estão na fórmula do item que a questão pede. Se for possível terminar a questão termine. Se estiver faltando algum dado, prossiga. PIBCF = 1323 – CI (ainda não é possível calcular o CI, necessitamos do valor do PIBCF) 3º: faltando algum dado, veja em que outra fórmula você poderá descobrir o valor deste item faltante, e assim por diante. Nossa missão agora é calcular o PIBCF. Assim, devemos ver qual outra(s) fórmula(s) que você poderá usar os dados apresentados pela questão e assim achar o valor que você precisa (o PIBCF). A questão nos forneceu CFINAL (C+G), M, X, FBKF e ΔE. Assim, podemos calcular o PIBPM pela ótica da despesa. Lembrando que (FBKF + ΔE) = I = 150 + 12 = 162. PIBPM = C + I + G + X – M PIBPM = 630 + 162 + 56 – 69 PIBPM = 779 A questão também nos informou os impostos sobre produtos (II). Agora, transformamos o PIBPM em PIBCF, que é o valor que nós necessitamos para voltarmos à equação (1), que está no primeiro passo, e matarmos a questão (como a questão não nos forneceu o valor dos Subsídios, consideramos seu valor como sendo igual a ZERO). PIBPM = PIBCF + II – Sub PIBCF = 779 – 84 PIBCF = 695 Voltando à equação da 1ª etapa: PIBcf= Prod. Total – consumo intermediário 695 = 1.323 – consumo intermediário Cons. Intermd.= 628

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GABARITO: E 15. (ESAF - AFRFB - 2005) - Considere as seguintes informações para uma economia hipotética (em unidades monetárias): investimento bruto total: 700; depreciação: 30; déficit do balanço de pagamentos em transações correntes: 100; saldo do governo em conta corrente: 400. Com base nessas informações e considerando as identidades macroeconômicas básicas decorrentes de um sistema de contas nacionais, é correto afirmar que a poupança líquida do setor privado foi igual a: a) 170 b) 200 c) 140 d) 210 e) 120 COMENTÁRIOS: I = S 700 = Sp + Sext + Sg 700 = Sp + 100 + 400 Sp=200 Sliq = Sp – dep Sliq = 200 – 30 Sliq = 170 GABARITO: A 16. (ESAF - AFC/STN – 2005) Com relação ao conceito de produto agregado, é incorreto afirmar que: a) o produto agregado a preços de mercado é necessariamente maior do que o produto agregado a custo de fatores. b) o produto agregado pode ser considerado como uma “variável fluxo”. c) é possível uma elevação do produto agregado nominal junto com uma queda do produto agregado real. d) o produto agregado pode ser entendido como a renda agregada da economia. e) o produto interno produto pode ser menor que o produto nacional produto. COMENTÁRIOS: Normalmente o PIBpm é maior que o PIBcf, pois os impostos indiretos, em regra, são maiores que os subsídios. No entanto, pode haver situações em que os subsídios à produção podem exceder os impostos indiretos (sobre a produção), neste caso o PIBcf será maior que o PIBpm. A assertiva A está errada devido à palavra necessariamente, incorretamente empregada.

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Nota na aula 02, veremos por que a alternativa C está correta. GABARITO: A 17. (ESAF - AFPS/INSS – 2002) Levando-se em conta a identidade macroeconômica “poupança = investimento”, numa economia aberta e com governo, e considerando D = déficit público, Sg =poupança pública, Ig = investimento público, Spr = poupança privada, Ipr =investimento privado, Sext = poupança externa. É correto afirmar que: a) D = Sg – Ig + Spr – Ipr b) D = Sext b) D = Spr + Ipr + Sext d) D = Sg – Ig e) D = Spr – Ipr + Sext COMENTÁRIOS: O déficit público ocorre quando os gastos com investimentos superam a poupança pública: DP = Ig – Sg Nós sabemos que o Investimento é igual à Poupança: I=S Ip + Ig = Sp + Sg + Sext Ig – Sg = (Sp – Ip) + Sext logo, temos: DP = (Sp – Ip) + Sext GABARITO: E 18. (ESAF - AFC/STN – 2008) Considere os seguintes dados, em unidades monetárias, referentes a uma economia hipotética: Consumo do Governo: 200 Transferências realizadas pelo Governo: 100 Subsídios: 20 Impostos Diretos: 300 Impostos Indiretos: 400 Outras Receitas Correntes do Governo: 120 Exportações de bens e serviços: 100 Importações de bens e serviços: 200 Renda Líquida Enviada ao Exterior: 100 Variação de Estoques: 100 Poupança Bruta do Setor Privado: 200 Com base nessas informações, e considerando as identidades macroeconômicas básicas, é correto afirmar que a formação bruta de capital fixo é igual a: a) 950 b) 900

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c) 700 d) 750 e) 800 COMENTÁRIOS: 1º passo - colocar a fórmula em que temos o agregado pedido pela questão: I = S FBKf + ΔE = Sp + Sg + Sext (1) ΔE = 100 Sp=200 Para encontrar FBKF, precisamos achar Sg e Sext. 2º passo - Sg = o que o governo ganha MENOS o que ele gasta Sg = (300 + 400 + 120) – (200 + 100 + 20) Sg = 500 Sext = (M – X) + RLEE +/- TU (TU foi omitida, então TU=0) Sext = 200 – 100 + 100 = 200 Substituindo os valores em (1): FBKf + 100 = 200 + 500 + 200 FBKf = 800 GABARITO: E 19. (ESAF - AFRF – 2002) Considere um sistema de contas nacionais para uma economia aberta sem governo. Suponha: Importações de bens e serviços não fatores = 100; Renda líquida enviada ao exterior = 50; Renda nacional líquida = 1.000; Depreciação = 5; Exportações de bens e serviços não fatores = 200; Consumo pessoal = 500; Variação de estoques = 80. Com base nessas informações, é correto afirmar que a formação bruta de capital fixo é igual a: a) 375 b) 275 c) 430 d) 330 e) 150 COMENTÁRIOS:

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RNL = 1000 e Dep=5 RNL = RNB – dep (1) RNB = RNL + dep RNB = 1000 + 5 = 1005 RIB = RNB + RLEE (2) RIB= 1005 + 50 = 1055 RIB = DIB = PIB (renda interna bruta=despesa interna bruta=produto interno bruto) PIB = C + I + G + X – M (G=0, já que a economia é sem governo) 1055 = 500 + I + 200 – 100 I = 455 FBKf + ΔE = 455 (ΔE) FBKf + 80 = 455 FBkf = 375 GABARITO: A 20. (ESAF - AFRF – 2002) - No ano de 2000, a conta de produção do sistema de contas nacionais no Brasil apresentou os seguintes dados (em R$ 1.000.000): Produção: 1.979.057; Consumo Intermediário: 1.011.751; Impostos sobre produtos: 119.394; Imposto sobre importação: 8.430; Produto Interno Bruto: 1.086.700. Com base nestas informações, o item da conta "demais impostos sobre produtos" foi de: a) 839.482 b) 74.949 c) 110.964 d) 128.364 e) 66.519 COMENTÁRIOS: Os impostos sobre produtos se subdividem em impostos sobre importação e demais impostos sobre produtos (ver item 1.4.2 da aula). Assim:

Impostos sobre produtos = impostos s/ importação + demais impostos sobre produtos

Para confirmar, veja a conta 1 (conta de produção) do sistema de contas nacionais apresentado no item 1.15 da aula. Observe que o item 3 (impostos sobre produtos) é subdividido nos itens 3.1 e 3.2 (impostos s/ importação e demais impostos sobre produtos). Desta forma, percebe-se que, para quem sabia tal fato, a questão era extremamente simples, pois temos os dados suficientes para achar o resultado logo, de modo bem rápido:

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Impostos s/ produtos = impostos s/ importação + demais impostos s/ produtos 119394 = 8430 + demais impostos s/ produtos Demais impostos s/produtos = 110964 GABARITO: C 21. (ESAF - EPPGG/MPOG – 2008) Considere os seguintes dados para uma economia hipotética: Investimento privado: 200; Poupança privada: 100; Poupança do governo: 50; Déficit em transações correntes: 100 Com base nestas informações e considerando as identidades macroeconômicas básicas, pode-se afirmar que o investimento público e o déficit público são, respectivamente, a) zero e 50. b) 50 e 50. c) 50 e zero. d) zero e zero. e) 50 e 100. COMENTÁRIOS: I=S Ip + Ig = Sp + Sp + Sext 200 + Ig = 100 + 50 + 100 Ig= 50 DP=Ig – Sg=50 – 50=0 Ou DP = (Sp – Ig) + Sext = (100 – 200) + 100=0 GABARITO: C 22. (ESAF - EPPGG/MPOG – 2008) Considere os seguintes dados, extraídos de um sistema de contas nacionais de uma economia hipotética: Exportações de bens e serviços não fatores: 100; Importações de bens e serviços não fatores: 200; Renda líquida enviada ao exterior: 50; Variação de estoques: 50; Formação bruta de capital fixo: 260; Depreciação: 10; Saldo do governo em conta corrente: 50 Com base nestas informações, é correto afirmar que a poupança externa e a poupança líquida do setor privado são, respectivamente:

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a) 50 e 50. b) 100 e 150. c) 50 e 100. d) 100 e 50. e) 150 e 100. COMENTÁRIOS: Poupança externa=Sext= (M – X) + RLEE +/- TU Sext = 200 – 100 + 50 = 150 I = FBKf + ΔE = 260 + 50 = 310 Sg=50 S=I Sp + Sp + Sext = I Sp + 50 + 150 = 310 Sp= 110 Poupança líquida do setor privado= Sp – dep Poupança líquida do setor privado= 110 – 10= 100 GABARITO: E 23. (ESAF - Analista SEFAZ/SEP-SP – 2009) - O objetivo da Contabilidade Nacional é fornecer uma aferição macroscópica do desempenho real de uma economia em determinado período de tempo: quanto ela produz, quanto consome, quanto investe, como o investimento é financiado, quais as remunerações dos fatores de produção. Assim, baseado nos conceitos de Contas Nacionais, não se pode dizer que: a) a Renda Nacional é igual ao Produto Nacional Líquido, a preço de mercado. b) o Investimento corresponde ao acréscimo de estoque físico de capital, compreendendo a formação de capital fixo mais a variação de estoques. c) a Renda Disponível do Setor Público corresponde ao total da arrecadação fiscal, deduzidos os subsídios e as transferências ao setor privado. d) a diferença entre a renda líquida enviada ao exterior e o saldo das importações e exportações de bens e serviços não-fatores é chamada de Poupança Externa (Se). e) o Produto afere o valor total da produção da economia em determinado período de tempo. COMENTÁRIOS: a) Incorreta. Renda Nacional = Renda Nacional Líquida a custo de fatores = Produto Nacional líquido a custo de fatores b) Correto. I = FBKF + ΔE

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c) Correto. Este conceito, propositadamente, não foi passado na aula pois não observei nenhuma questão de prova em que ele fosse necessário ao acerto da questão. De qualquer forma, segue o conceito: renda disponível do setor público = II + ID – trans – sub d) Sext = (M – X) + RLEE +/- TU Ao meu ver a assertiva está errada, pois a poupança externa é diferença entre o saldo das importações e exportações MAIS (e não a diferença!) a renda líquida enviada ao exterior. No entanto, a banca considerou a assertiva correta. Se você estivesse fazendo o concurso, entretanto, deveria marcar a assertiva A como incorreta, pois o seu erro é muito mais flagrante que o erro da assertiva D. Esta é uma situação bastante comum em provas: temos que marcar a mais errada, ou a mais certa, dependendo do solicitado pela questão. e) correto. GABARITO: A 24. (ESAF - Analista administrativo/Economia – ANA – 2009) Considerando os conceitos básicos e as identidades fundamentais utilizados na análise macroeconômica, é incorreto afirmar que: a) numa economia que possui um saldo em transações correntes não nulo, a poupança interna pode ser maior ou menor do que os investimentos totais da economia. b) se a renda recebida do exterior é maior do que a renda enviada ao exterior, então o Produto Interno Bruto é menor do que o Produto Nacional Bruto. c) a dívida pública pode ser maior do que o PIB do país. d) um aumento no valor nominal do PIB não necessariamente implica em um aumento na renda real da economia. e) o total de gastos de um governo não pode ser maior do que o total de sua arrecadação tributária. COMENTÁRIOS: a) correto. Se o saldo em transações correntes (T) é não nulo, isto quer dizer que Sext ≠ 0, uma vez que –T = Sext. A poupança interna quer dizer Sp + Sg. Se I = S ou I = Sp + Sg + Sext e Sext ≠ 0, então I pode ser maior ou menor que Sp + Sg (poupança interna). Se Sext > 0, então poupança interna < I; se Sext < 0, então poupança interna > I. Veja que a questão é mera manipulação algébrica. b) correto. PIB = PNB + RLEE e RLEE = REE – RRE. Se a renda recebida do exterior (RRE) é maior que a renda enviada ao exterior (REE), então RLEE é negativa, ou seja, PIB = PNB + (-RLEE) PNB = PIB + RLEE. Neste caso, o PIB será menor que o PNB.

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c) correto. De fato, muitos países de primeiro mundo têm a sua dívida pública maior que o PIB (não é o caso do Brasil). d) correto. (Na aula 02, teremos uma noção da diferenciação entre variáveis reais e nominais). e) incorreto. Este é um assunto mais relacionado a tema de Finanças Públicas, mas é perfeitamente viável que um país gaste mais do que arrecade. Neste caso, ele adotará medidas para financiar os gastos (irá aumentar o endividamento, emitir moeda, etc). GABARITO: E 25. (ESAF - Analista administrativo/Economia – ANA – 2009) Considere os seguintes dados macroeconômicos: Produção bruta total = 2.500 Importação de bens e serviços = 180 Impostos sobre produtos = 140 Consumo Intermediário = 1.300 Consumo Final = 1.000 Formação Bruta de capital fixo = 250 Variação de estoques = 20 Considerando as identidades macroeconômicas básicas, pode-se afirmar que as exportações de bens e serviços e o Produto Interno Bruto são, respectivamente: a) 250 e 1.340 b) 250 e 1.250 c) 350 e 1.340 d) 350 e 1.250 e) 250 e 1.450 COMENTÁRIOS: PIBCF = PROD TOTAL – CONS. INTERM. = 2500 – 1300 = 1200 PIBPM = PIBCF + II – SUBSÍDIOS = 1200 + 140 = 1340 PIBPM = C + I + G + X – M (I = FBKf + ΔE e C + G = consumo final) 1340 = 1000 + 250 + 20 + X – 180 X = 250 GABARITO: A 26. (ESAF - EPPGG/MPOG – 2009) Considere os seguintes dados extraídos de um Sistema de Contas Nacionais, em unidades monetárias: Produto Interno Bruto: 1.162;

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Remuneração dos empregados: 450; Rendimento misto bruto (rendimento de autônomos): 150; Impostos sobre a produção e importação: 170; Subsídios à produção e importação: 8; Despesa de consumo final: 900; Exportação de bens e serviços: 100; Importação de bens e serviços: 38. Com base nessas informações, os valores para a formação bruta de capital fixo e para o excedente operacional bruto serão, respectivamente, a) 300 e 362 b) 200 e 450 c) 400 e 200 d) 200 e 400 e) 200 e 262 COMENTÁRIOS: EOB + RMB = PIBPM – Rem. Emp. – Impostos s/ produção + Sub s/ prod EOB + 150 = 1162 – 450 – 170 + 8 EOB = 400 PIBPM = C + I + G + X – M (Despesa de consumo final = C + G) 1162 = 900 + I + 100 – 38 I = 200 FBKf + ΔE = 200 (não foi citado o valor da ΔE, então seu valor é 0) FBKf = 200 GABARITO: D 27. (ESAF - EPPGG/MPOG – 2009) Considere os seguintes dados extraídos de um Sistema de Contas Nacionais extraídas das contas de produção de renda: Produção: 2.500; Impostos sobre produtos: 150; Produto Interno Bruto: 1.300; Impostos sobre a produção e de importação: 240; Subsídios à produção: zero; Excedente operacional bruto, inclusive rendimento de autônomos: 625. Com base nessas informações, é correto afirmar que o consumo intermediário e a remuneração dos empregados são, respectivamente: a) 1.350 e 440 b) 1.350 e 435 c) 1.200 e 410 d) 1.200 e 440 e) 1.300 e 500

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COMENTÁRIOS: EOB + RMB = PIBPM – Rem. Emp. – Impostos s/ produção + Sub s/ prod 625 = 1300 – RE – 240 + 0 RE = 435 (observe no conceito de EOB e RMB, usamos impostos e subsídios sobre a produção, não usamos impostos e/ou subsídios sobre produtos) PIBPM = PIBCF + II – Sub PIBCF = PIBPM – II + Sub PIBPM = 1300 – 150 + 0 = 1150 PIBCF = PROD. TOTAL – Cons. interm. 1150 = 2500 – CI CI = 1350 GABARITO: B 28. (ESAF - AFRFB – 2009) Considere as seguintes informações extraídas de um sistema de contas nacionais, em unidades monetárias: Poupança privada: 300 Investimento privado: 200 Poupança externa: 100 Investimento público: 300 Com base nessas informações, pode-se considerar que a poupança do governo foi: a) de 200 e o superávit público foi de 100. b) de 100 e o déficit público foi de 200. c) negativa e o déficit público foi nulo. d) de 100 e o superávit público foi de 200. e) igual ao déficit público. COMENTÁRIOS: Questão bastante simples, desde que o candidato soubesse a fórmula do Déficit Público e soubesse que o investimento é igual à poupança: (1) DP = (Poup. Privada – Invest. Privado) + Poup. Externa (2) I = S Ig + Ip = Sp + Sg + Sext (1) DP = (300 – 200) + 100 = 200 (2) 300 + 200 = 300 + Sg + 100 Sg = 100 GABARITO: B 29. (ESAF - APO/MPOG – 2010) A diferença entre Renda Nacional Bruta e Renda Interna Bruta é que a segunda não inclui:

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a) o valor das importações. b) o valor dos investimentos realizados no país por empresas estrangeiras. c) o saldo da balança comercial do país. d) o valor da renda líquida de fatores externos. e) o valor das exportações. COMENTÁRIOS: Devemos focar a resposta na diferença entre os conceitos apresentados no enunciado. Segue a diferença entre os conceitos nacional e interno, que é a única que existe entre os agregados RNB e RIB: RIB = RNB + RLEE ou RIB = RNB – RLRE (afinal, RLEE = -RLRE) Pela primeira expressão, verificamos que a RIB inclui a renda líquida enviada ao exterior (pois somamos o valor de RLEE). Pela segunda expressão, observamos que a RIB não inclui o valor da renda líquida recebida do exterior (pois estamos subtraindo o valor de RLRE). Como RLRE tem o mesmo significado7 que RLFE (renda líquida de fatores externos), podemos entender que a letra D está correta. GABARITO: D 30. (ESAF – AFTN) - Considere uma economia hipotética aberta e sem governo. Suponha os seguintes dados, em unidades monetárias: • Renda líquida enviada ao exterior = 100; • Soma dos salários, juros, lucros e aluguéis = 900; • Importação de bens e serviços não-fatores = 50; • Depreciação = 10; • Exportação de bens e serviços não-fatores = 100; • Formação bruta de capital fixo mais variação de estoques = 360 Com base nestas informações e considerando as identidades macroeconômicas de um sistema de contas nacionais, é correto

                                                                                                                         7  Ver  nota  de  rodapé  nº  15  da  aula  demonstrativa.  

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afirmar que a renda nacional líquida e o consumo pessoal são, respectivamente: a) 950 e 600; b) 900 e 500; c) 900 e 600; d) 850 e 550; e) 800 e 500; COMENTÁRIOS: Boa questão! Para resolvê-la, utilizaremos em primeiro lugar a ótica da renda para calcular a renda nacional líquida. A opção por essa ótica ocorre porque o enunciado nos dá exatamente os valores das remunerações dos fatores de produção da economia: salários, juros, lucros e aluguéis. Sua soma, conforme sabemos, nos dá o valor da renda nacional, que é o mesmo que renda nacional líquida. Assim, Renda nacional = renda nacional líquida Renda nacional líquida = juros + lucros + salários + aluguéis Renda nacional líquida = 900 Para descobrirmos o consumo pessoal, devemos acessar nossa memória de fórmulas e verificar onde temos o agregado C. Ele está na seguinte fórmula: PIBPM = C + I + G + X – M (1) Temos os valores de I (FBKf + ΔE), G (G=0, pois a economia é sem governo), X (X=100) e M (M=50). O valor de PIBPM pode ser encontrado a partir do valor da renda nacional líquida. Sabemos que: Renda nacional líquida = RNLCF = PNLCF Conversão: líquido bruto PNBCF = PNLCF + dep PNBCF = 900 + 10 PNBCF = 910 Conversão: nacional interno PIBCF = PNBCF + RLEE PIBCF = 910 + 100 PIBCF = 1010 Conversão: custo de fatores preços de mercado PIBPM = PIBCF + II – Sub PIBPM = 1010 (neste caso, II e Sub são iguais a ZERO, pois a economia é sem governo)

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Agora, temos os valores de PIBPM, I, G, X e M. Basta substituí-los na expressão (1) para encontrar o valor do consumo: PIBPM = C + I + G + X – M 1010 = C + 360 + 0 + 100 – 50 C = 600 GABARITO: C 31. (ESAF – ANALISTA SUSEP – 2010) – Em relação ao conceito de Produto Interno Bruto (PIB), é incorreto afirmar que: a) quanto maior o PIB, maior o valor da remuneração dos fatores de produção. b) o valor nominal do PIB não depende da taxa de inflação do país. c) quanto maior for o consumo das famílias, maior será o PIB do país. d) o PIB pode ser maior ou menor do que a Renda Nacional Bruta. e) a dívida pública de um país não pode ser maior do que o PIB desse país. COMENTÁRIOS: a) Correta. O valor da remuneração dos fatores de produção corresponde ao conceito de renda. Como sabemos que, de modo geral, o produto é igual à renda, então, quanto maior o produto, maior a renda, e vice-versa. b) Incorreta. Nós veremos esse assunto na aula 02, mas saiba de antemão que o valor nominal do PIB depende sim da inflação. Quem não depende da inflação é o valor real do PIB. c) Correta. PIB = C + I + G + X – M. Logo, quanto maior o C, maior o PIB. d) Correta. O PIB pode ser maior ou menor que a RNB, basta, para isso, que a RLEE não seja igual a zero. e) Incorreta. Não há nada que impeça que a dívida pública seja maior que seu PIB. É algo que não é aconselhável, mas pode acontecer. Aliás, de fato, muitos países (ricos) possuem a dívida pública maior que o PIB. Temos como exemplo o Japão e a Itália, que possuem dívidas maiores que seus PIBs. GABARITO: Anulada (as alternativas B e E estão incorretas) 32. (ESAF – APO/MPOG – 2008) – No que diz respeito a agregados macroeconômicos e identidades contábeis, pode-se afirmar que os principais agregados derivados das contas nacionais são as

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medidas de Produto, Renda e Despesa. Assinale a única opção falsa no que se refere a agregados macroeconômicos. a) As medidas de Produto, Renda e Despesa, universalmente utilizadas, representam sínteses do esforço produtivo de um país em um determinado período de tempo, revelando várias etapas da atividade produtiva. b) O Produto Interno Bruto (PIB) per capita é uma medida que se obtém dividindo-se o PIB do ano pela população residente no mesmo período. c) O PIB per capita é um bom indicador de bem-estar da população residente no mesmo período. d) A Renda Nacional Bruta é o agregado que considera o valor adicionado gerado por fatores de produção de propriedade de residentes. e) O PIB, avaliado pela ótica do produto, mede o total do valor adicionado produzido por firmas operando no país, independentemente da origem do seu capital. COMENTÁRIOS: A única alternativa falsa é a letra C, tendo em vista que o PIB per capita é um bom indicador da riqueza material, mas não do bem-estar da população. Julgo interessante também comentar um pouco das assertivas D e E. A assertiva D conceituou de modo preciso a renda nacional bruta. É o agregado que considera os fatores de produção de propriedade de residentes. Ou seja, considera quem são os donos dos fatores de produção. Se eles forem residentes (ou nacionais), estamos falando da renda nacional bruta. Se, por outro lado, a assertiva falasse em fatores de produção localizados dentro do país, o conceito mais apropriado seria renda interna bruta, pois o que estaria sendo considerado é a localização dos fatores de produção, e não sua nacionalidade. Na assertiva E, podemos observar o mesmo raciocínio. É falado que o PIB mede o valor adicionado por firmas operando no país. Ou seja, como o PIB é um conceito “interno” (diferente de “nacional”), o que se leva em conta é onde a produção é realizada. Se ela é realizada dentro do país, será contabilizada no PIB, independente de quem for o dono dos fatores de produção (independente da nacionalidade, ou da origem dos fatores de produção). GABARITO: C 33. (ESAF – ECONOMISTA MPU – 2004) – Considere os seguintes dados para uma economia fechada e sem governo. Salários = 400

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Lucros = 300 Juros = 200 Aluguéis = 100 Consumo pessoal = 500 Variação de estoques = 100 Depreciação = 50 Com base nessas informações, a formação bruta de capital fixo e a renda nacional bruta são, respectivamente, a) 50 e 1050. b) 400 e 1000. c) 450 e 1000. d) 400 e 1050. e) 450 e 1050. COMENTÁRIOS: Sabemos que a soma das remunerações dos fatores de produção (salários + juros + lucros + aluguéis) nos dá a renda nacional. Então: Renda nacional = RNLCF = PNLCF = 400 + 300 + 200 + 100 PNLCF = 1000 Também sabemos que o PIBPM é: PIBPM = C + I + G + X – M A economia é fechada e sem governo, então, não temos impostos indiretos, nem subsídios, nem RLEE, nem X, nem M. Assim: PNLCF = PILPM PILPM = 1000 Mas temos depreciação, então: PILPM = PIBPM – Dep PIBPM = PILPM + Dep (Dep=50) PIBPM = 1050 e PIBPM = C + I Ao mesmo tempo, sabemos que I=FBKf + ΔE, então: 1050 = C + FBKf + ΔE 1050 = 500 + FBKf + 100 FBKf = 450

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A renda nacional bruta é o mesmo que RNBPM=PNBPM. Como a economia é fechada, RLEE=0, então: PIBPM = PNBPM + RLEE PNBPM = 1050 Como PNBPM=RNBPM, então, a renda nacional bruta (RNBPM) é igual a 1050. GABARITO: E 34. (ESAF – MPOG – 2006) – Considere os seguintes dados extraídos da conta de bens e serviços de um sistema de contas nacionais que segue a metodologia adotada no Brasil: Produção = 6000 Importação de bens e serviços = 250 Impostos sobre produto = 550 Consumo intermediário = 2850 Formação bruta de capital fixo = 430 Variação de estoques = 25 Exportação de bens e serviços = 235 Com base nesses dados, o consumo final foi de: a) 2890 b) 3010 c) 3285 d) 3005 e) 3260 COMENTÁRIOS: Em primeiro lugar, devemos saber que o termo “produção”, na verdade, significa o “valor bruto da produção”. Não significa, portanto, o PIB da economia. Assim, sabemos que: PIBCF = VBP – CI PIBCF = 6000 – 2850 PIBCF = 3150 Agora, podemos converter o PIBCF em PIBPM. Basta somar os impostos sobre produto e reduzir os subsídios. Como a questão não deu o valor dos subsídios, consideramos que eles são iguais a zero. Assim: PIBPM = PIBCF + II – Sub PIBPM = 3150 + 550 – 0 PIBPM = 3700

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Agora, vamos desenvolver a expressão do PIBPM: PIBPM = C + I + G + X – M (C + G = CFINAL; I= FBKf + ΔE) 3700 = CFINAL + 430 + 25 + 235 – 250 CFINAL = 3260 GABARITO: E 35. (FGV – ICMS/RJ – 2011) – Um determinado país envia renda no valor de $ 2.000 para o exterior e recebe rendas no valor de $ 3.000. Com base nas informações acima, é correto afirmar que (A) PIB < PNB (B) PIB = PNB (C) PNL > PNB (D) PIB > PNB (E) PIB < PNL COMENTÁRIOS: Com os dados da questão, podemos calcular o valor da renda líquida enviada ao exterior (RLEE): RLEE = REE – RRE RLEE = 2.000 – 3.000 RLEE = -1.000 A RLEE serve para diferenciar os conceitos “interno” e “nacional”. Assim, temos o seguinte: PIB = PNB + RLEE PIB = PNB – 1.000 PNB = PIB + 1.000 Pela expressão encontrada, vemos que PNB > PIB, pois o PNB é igual ao PIB mais algum valor ($ 1.000). Nota: não podemos afirmar que a letra E está certa, pois, apesar de o conceito “nacional” ser superior ao conceito “interno”, não temos o valor da depreciação, uma vez que a letra E está comparando, adicionalmente, conceitos “bruto” e “líquido”. GABARITO: A 36. (FGV – ICMS/RJ – 2011) – O país Z possui uma economia com três setores: trigo, farinha e pão, que pode ser descrita da seguinte forma:

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Trigo Farinha Pão Insumos $ 0 $ 1.000 $ 1.000

Valor bruto da produção $ 1.000 $ 1.500 $ 2.000

Adicionalmente, as contas nacionais mostram que o total pago em salários é de $ 1.500, e o pagamento de juros é de $ 300. Com base nos dados acima, analise as afirmativas a seguir: I. O PIB dessa economia é $ 2.000. II. O valor agregado do setor de farinha é de $ 500. III. O total pago com aluguéis não excede a $ 700. Assinale (A) se todas as afirmativas estiverem corretas. (B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. (C) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. (D) se nenhuma estiver correta. (E) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas. COMENTÁRIOS: I. Incorreta. Pela tabela, podemos inferir o PIB da economia. Sabemos que: PIBCF = VBP – CI PIBCF = (1.000 + 1.500 + 2.000) – (0 + 1.000 + 1.000) PIBCF = 4.500 – 2.000 PIBCF = 2.500 Como não temos impostos indiretos, nem subsídios, o PIBPM também será igual a 2.500 (PIB=PIBPM=2.500). Por aí, sabemos que a assertiva I é incorreta. II. Correta. O valor agregado do setor de farinha é a quantidade de valor que foi agregada aos insumos utilizados. Neste caso, foram adquiridos insumos (trigo) no valor de 1.000, sendo agregados 500 como valor agregado do setor de farinha. Portanto, correta a assertiva II. III. Correta.

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Nós sabemos que a renda nacional (RNLCF) é igual a: RNLCF = salários + lucros + juros + aluguéis Agora, vamos substituir os valores de salários e juros, que foram dados pelo enunciado: RNLCF = 1.500 + lucros + 300 + aluguéis RNLCF = lucros + aluguéis + 1.800 Nós sabemos que RNLCF=PNLCF. Como não temos os valores de depreciação, nem de renda líquida enviada ao exterior (RLEE), podemos inferir que RNLCF=PNLCF=PIBCF=2.500. Assim, 2.500 = lucros + aluguéis + 1.800 Lucros + aluguéis = 700 Temos certeza absoluta que o valor dos aluguéis não será maior que 700, mesmo que os lucros sejam iguais a zero. GABARITO: B 37. (FGV - ICMS/RJ – 2008) Quando a renda líquida enviada ao exterior (RLEE) é deficitária, pode-se dizer que: (A) PNL > PIL. (B) PIL < PIB. (C) RNL < RD. (D) PNB > PIB. (E) PIB > PNB. COMENTÁRIOS: PIB = PNB + RLEE

(1) Se RLEE > 0, então PIB > PNB (2) Se RLEE < 0, então PIB < PNB (ou seja, a letra D está correta)

Uma interessante dúvida que pode surgir reside no fato de por que a alternativa A também não está correta. Vejamos: A diferença entre a letra D e a letra A está no fato de que, na última, estamos utilizando conceitos líquidos, ou seja, deduzidos da depreciação. PNL = PNB – Dep PIL = PIB – Dep

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A chave da questão está em perceber que, no caso do PNL, subtraímos a depreciação nacional e, no caso do PIL, subtraímos a depreciação interna. Ou seja, o mais correto tecnicamente é: PNL = PNB – Dep nacional PIL = PIB – Dep interna Assim sendo: PIL = PNL + RLEE PIB – Dep interna = PNB – Dep nacional + RLEE Neste caso, os valores das depreciações podem ser diferentes de tal forma que as conclusões observadas em (1) e (2) podem não ser mantidas em todos os casos. Assim, a assertiva D é correta em qualquer caso, enquanto a assertiva A não é correta em todos os casos. Logo, devemos marcar alternativa D. GABARITO: D 38. (FGV - ECONOMISTA Jr. – POTIGÁS - 2006) - A soma do valor dos bens e serviços finais produzidos por uma economia, num determinado período, define o conceito de: a) Valor Bruto da Produção. b) Produto Interno Bruto. c) Produto Interno Líquido. d) Produto Nacional Líquido. e) Produto Nacional Bruto. COMENTÁRIOS: Esta questão é bastante capciosa, e nos exige um pouco de malícia na interpretação de seu enunciado. Eu disse na aula que sempre que uma banca falar do conceito de produto, sem maiores especificações ou detalhes, é para considerarmos que está sendo falado do PIB (ou PIBPM). No entanto, esta questão nos apresenta um caso diferente. Segue o conceito de produto apresentado na aula:

“O produto é o valor de mercado de todos os bens e serviços finais produzidos em um país durante um período de tempo.”

Segundo o que eu falei na aula, devemos considerar o que está escrito acima como sendo o PIB do país. Agora, preste atenção ao conceito do enunciado da questão:

“A soma do valor dos bens e serviços finais produzidos por uma economia, num determinado período.”

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Aparentemente, os conceitos são iguais, o que nos levaria a pensar que a questão define o conceito de PIB, com a letra B sendo a resposta da questão. Entretanto, isto é só aparência! Os conceitos são diferentes e a diferença reside na utilização das preposições. No conceito que eu passei na aula, eu utilizo “bens e serviços finais produzidos em um país”. No conceito do enunciado, é utilizado “bens e serviços finais produzidos por uma economia”. Veja que, no primeiro caso, utiliza-se “em”, dando ideia que a produção foi produzida dentro de um país, nas fronteiras de um país, ou internamente em um país (sem levar em conta se o bem/serviço foi produzido por nacionais ou estrangeiros). Assim, o primeiro conceito nos diz o conceito de Produto Interno Bruto (PIB). No outro caso, utiliza-se “por”, dando ideia que a produção foi produzida por nacionais, por pessoas que pertencem àquele país (sem levar em conta se o bem/serviço foi produzido dentro ou fora do país). Assim, o segundo conceito nos diz o conceito de Produto Nacional Bruto (PNB). Desta forma, pelo uso da preposição “por”, somos levados a concluir que o conceito exposto no enunciado da questão nos diz o Produto Nacional Bruto (PNB). Está correta, portanto, a assertiva E. Por fim, guarde o seguinte: Bens e serviços finais produzidos no país PIB Bens e serviços finais produzidos pelo país PNB A diferença é bastante sutil e, uma vez ou outra, é possível que você encontre textos ou questões que não obedeçam a este detalhe semântico. Mas em questões como esta, elaborada pela FGV, tal diferenciação é crucial para acertar a questão. GABARITO: E 39. (FGV – AFTE/AP – 2010) - Com relação à mensuração do PIB de uma economia, avalie as seguintes afirmativas: I. O PIB não inclui bens e serviços produzidos no passado. II. O PIB usa preços de mercado para ponderar os diferentes bens e serviços produzidos na economia. III. O PIB inclui o valor dos bens e serviços intermediários e finais consumidos na economia. Assinale: (A) se apenas a afirmativa I estiver correta. (B) se apenas a afirmativa II estiver correta. (C) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.

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(D) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. (E) se todas as afirmativas estiverem corretas. COMENTÁRIOS: I. Correta. Os bens e serviços produzidos no passado só são computados no ano em que foram produzidos. Podemos depreender isso pelo próprio conceito de produto: é o valor dos bens e serviços finais produzidos durante determinado período de tempo. Assim, o PIB de 2011 só inclui a produção de 2011. Qualquer bem produzido em 2010 não entrará no cômputo do PIB de 2011 (pois já foi contabilizado no PIB de 2010). Por isso, a compra de bens usados não é contabilizada no cálculo do produto. II. Correta. O PIB leva em conta os preços de mercado (isto é, os valores monetários pelos quais os mesmos são vendidos no mercado). III. Incorreta. O PIB não inclui o valor dos bens e serviços intermediários, ele inclui apenas os bens e serviços finais. Também podemos depreender isso pelo próprio conceito de produto. Neste momento, você pode se perguntar se isto não é contraditório com a seguinte fórmula:

PIBPM = VBP – CI + II – Sub Você pode estar se perguntando: ora, temos o CI na fórmula, logo, o PIB inclui os bens e serviços intermediários, certo? Errado! Se o CI está com sinal negativo na fórmula, é justamente porque o PIBPM não inclui os bens e serviços intermediários. Veja outro exemplo:

PIBPM = C + I + G + X – M Assertiva: o PIB não inclui o valor das importações (certo ou errado?) Gabarito: CERTO, pois as importações estão com sinal negativo. Logo, o PIB não as inclui em seu cálculo. GABARITO: C 40. (FUNIVERSA – ECONOMISTA – TERRACAP – 2010) - Considere uma economia hipotética com os seguintes dados, expressos em unidades monetárias: • Produto nacional líquido 1.650 • Depreciação 200 • Saldo do balanço de pagamentos em conta corrente -100 • Transferências unilaterais correntes 0

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• Exportações de bens e serviços não fatores 200 • Importações de bens e serviços não fatores 400 • Impostos indiretos 300 • Subsídios 80 • Investimento do governo 100 • Impostos diretos 250 Com base na tabela acima, assinale a alternativa correta. (A) A poupança interna é maior que o investimento. (B) A absorção interna é igual a 2.000. (C) A renda líquida enviada ao exterior é igual a 50. (D) O PIB é igual a 1.850. (E) A renda nacional é de 1.430. COMENTÁRIOS: Façamos a verificação por assertiva: a) Incorreta. Poupança interna = poupança privada + poupança do governo Investimento = variação de estoques + FGKf Também sabemos que:

Investimento = poupança I = SINT + SEXT

A poupança externa é igual ao saldo ao contrário do balanço de pagamento em transações correntes: SEXT = -T Como o saldo em conta corrente é -100, então, SEXT=-(-100)=100. Se SEXT=100, então, obrigatoriamente, sabemos que SINT<I. b) Incorreta. AI = C + I + G Não temos o valor de C, nem de I, nem de G ...rsr! Mas sabemos que: PIBPM = (C + I + G) + X – M PIBPM = AI + X – M (1)

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Nós temos o PNL (neste caso, quando não se fala nada em relação à distinção entre “preços de mercado” e “custo de fatores”, e temos o agregado produto, estamos falando do PNLPM). PNLPM = 1650 Transformando o PNLPM em PILPM (nacional em interno), temos: PILPM = PNLPM + RLEE (2) (também não temos a RLEE) Mas temos a SEXT (que é igual a 100): SEXT = (M – X) + RLEE +/- TU 100 = 400 – 200 + RLEE + 0 RLEE = -100 (substituindo na expressão 2): PILPM = 1650 - 100 PILPM = 1550 Transformando o PILPM em PIBPM (o líquido em bruto), temos: PIBPM = PILPM + dep PIBPM = 1750 Substituindo na expressão (1): 1750 = AI + 200 – 400 AI = 1950 c) Incorreta. Renda líquida enviada ao exterior é -100, conforme os cálculos realizados na assertiva B (ou seja, a renda líquida recebida do exterior é +100). d) Incorreta. Conforme os cálculos realizados na assertiva B, o PIB é igual a 1750. e) Correta. Renda nacional = RNLCF Nós temos o PNL=PNLPM=1650 Temos que transformar “preços de mercado” em “custo de fatores”: PNLPM = PNLCF + II – Sub

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1650 = PNLCF + 300 – 80 PNLCF = 1430 Como PNLCF = RNLCF = Renda Nacional, então: Renda Nacional = 1430 GABARITO: E 41. (FUNIVERSA - COFECON – ECONOMISTA – 2010) – Com base nos dados a seguir para o Balanço de Pagamento de uma economia hipotética, medidos em unidades monetárias, Depreciação 100 Tributos indiretos 500 Subsídios 250 Saldo do governo em conta corrente 100 Variação de estoques 100 Exportações de bens 500 Impostos diretos 200 Outras receitas correntes líquidas do governo 600 Formação bruta de capital fixo 400 Juros da dívida pública interna 100 Consumo final das famílias 400 Transferências de assistência e previdência 150 Importações de bens 100 Assinale a alternativa correta. a) O Produto Interno Bruto a preços de mercado (PIBpm) é igual 2.500. b) O saldo da balança comercial é deficitário. c) Sabendo-se que o saldo da renda líquida enviada ao exterior (renda recebida menos enviada) foi deficitário em 100, então o Produto Nacional Líquido a custo de fatores (PNLcf) é de 1.500. d) O investimento líquido nessa economia foi de 350. e) O consumo do governo foi de 700. COMENTÁRIOS: Em primeiro lugar, vale destacar que o enunciado da questão apresenta uma imprecisão. Os dados apresentados são retirados do sistema de contas nacionais e não do balanço de pagamentos de uma economia hipotética. Contudo, isto não interfere na resolução da questão. Vamos à análise das alternativas: a) Incorreta. PIBPM = C + I + G + X – M (onde I = ΔE + FBkf) PIBPM = 400 + (100 + 400) + G + 500 – 100 (1)

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Agora, precisamos calcular o valor de G: Sabemos que a poupança do governo (saldo do governo em conta corrente), SG, significa tudo o que o governo aufere de receita menos aquilo que ele gasta, então: SG = II + ID + ORG – Transf – Sub – G (2) Nota: destaco a pegadinha da questão, que a torna bastante difícil de ser resolvida. Conforme destacado na nota da página 19, da aula demonstrativa (em Transf), os juros da dívida pública interna são considerados transferências e, portanto, devem ser somados ao item “Transferências de assistência e previdência”, a fim de compor as “Transf”. Agora, usemos os dados do enunciado da questão na expressão (2): 100 = 500 + 200 + 600 – (150 + 100) – 250 – G G = 700 Agora que descobrimos o gasto do governo (G=700), podemos substituir na expressão (1) para encontrarmos o PIBPM: PIBPM = 400 + 100 + 400 + 700 + 500 – 100 PIBPM = 2000 b) Incorreta. Ainda vamos estudar o Balanço de Pagamentos (aula 02, de política cambial). Mas, de qualquer forma, podemos afirmar que o saldo da balança comercial é: exportações de bens MENOS importações de bens. No nosso caso, será (500 – 100) = 400. O saldo é, portanto, superavitário. c) Incorreta. A assertiva apresenta uma imprecisão que, a rigor, já é motivo para atestar a sua incorreção: renda líquida enviada ao exterior significa renda enviada menos renda recebida, e não o contrário, como foi colocado na alternativa. No entanto, vamos fingir que a definição está correta e fazer os cálculos: PIBPM = 2000 Se RLEE = -100, então:

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PIBPM = PNBPM + RLEE PNBPM = 2100 Agora, vamos transformar o bruto em líquido (basta subtrair a depreciação): PNLPM = PNBPM – dep PNLPM = 2100 – 100 PNLPM = 2000 Por fim, vamos transformar “preços de mercado” em “custo de fatores”: PNLPM = PNLCF + II – Sub 2000 = PNLCF + 500 – 250 PNLCF = 1750 d) Incorreta. I = ΔE + FBkf I = 100 + 400 I = 500 Este conceito encontrado é “bruto”. Para encontrarmos o investimento “líquido”, basta subtrair a depreciação: IL = IB – dep IL = 400 e) Correta. O consumo do governo foi calculado na assertiva A (G=700). Na verdade, quando fazemos uma assertiva longa como foi o caso da letra A, nós devemos verificar, a todo o instante, se os valores encontrados já nos permitem matar a questão. Neste caso, se fizéssemos isso, já poderíamos logo no início marcar a letra E como resposta. Lembre-se disso na hora da prova. GABARITO: E 42. (FCC – ANALISTA – ECONOMIA - TJ/PA - 2009) - Para responder à questão utilize os dados extraídos das Contas Nacionais do Brasil, relativas ao ano de 2006, em milhões de reais. Despesa de Consumo Final .......................................... 1.903.679 Variação de Estoques ......................................................... 8.012

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Formação Bruta de Capital Fixo......................................... 389.328 Renda Nacional Bruta..................................................... 2.311.211 Transferências Correntes Líquidas recebidas do exterior....... 9.366 Saldo Externo de Bens e Serviços (positivo)....................... 68.778 O Produto Interno Bruto do Brasil naquele ano correspondeu, em milhões de reais, a a) 2.232.241 b) 2.353.773 c) 2.369.797 d) 2.371.151 e) 2.379.163 COMENTÁRIOS: Podemos calcular o PIB sob a ótica da despesa: PIBPM = C + I + G + X – M Onde, C + G = Despesa de consumo final = 1.903.679 FBKf + ΔE = I = 389.328 + 8.012 = 397.340 (X – M) = saldo externo de bens e serviços = 68.778 Sendo assim, PIBPM = 1.903.679 + 397.340 + 68.778 PIBPM = 2.369.797 GABARITO: C 43. (FCC – ANALISTA – ECONOMIA - TJ/PA - 2009) - Para responder à questão utilize os dados extraídos das Contas Nacionais do Brasil, relativas ao ano de 2006, em milhões de reais. Despesa de Consumo Final............................................ 1.903.679 Variação de Estoques ........................................................... 8.012 Formação Bruta de Capital Fixo........................................ 389.328 Renda Nacional Bruta.................................................... 2.311.211 Transferências Correntes Líquidas recebidas do exterior....... 9.366 Saldo Externo de Bens e Serviços (positivo)....................... 68.778 A Renda Disponível Bruta do Brasil, naquele ano, equivaleu, em milhões de reais, a a) 2.311.211. b) 2.312.565. c) 2.313.211. d) 2.318.768. e) 2.320.577. COMENTÁRIOS:

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RNDB = RNBPM +/- transferências correntes recebidas do exterior (como são transferências recebidas, usaremos o sinal positivo, pois elas aumentam a RNDB) RDNB = 2.311.211 + 9.366 = 2.320.577 GABARITO: E 44. (FCC – ANALISTA – ECONOMIA - TJ/PA - 2009) - Para responder à questão utilize os dados extraídos das Contas Nacionais do Brasil, relativas ao ano de 2006, em milhões de reais. Despesa de Consumo Final............................................. 1.903.679 Variação de Estoques ........................................................... 8.012 Formação Bruta de Capital Fixo........................................ 389.328 Renda Nacional Bruta..................................................... 2.311.211 Transferências Correntes Líquidas recebidas do exterior....... 9.366 Saldo Externo de Bens e Serviços (positivo)........................ 68.778 A Poupança Bruta do Brasil naquele ano foi, em milhões de reais, igual a a) 399.520. b) 407.532. c) 408.886. d) 416.898. e) 418.252. COMENTÁRIOS: Poupança bruta do Brasil = RNDB – CFINAL (o valor da RNDB é o encontrado na questão 44) Poupança bruta do Brasil = 2.320.577 – 1.903.679 = 416.898 GABARITO: D 45. (FCC – ANALISTA – ECONOMIA - TJ/PA - 2009) - Dados extraídos do Sistema de Contas Nacionais de uma economia hipotética em um determinado ano: Arrecadação tributária do Governo .................................. 260.000 Produto Interno Líquido a preços de mercado ............... 1.000.000 Transferências do Governo ao Setor Privado ..................... 40.000 Depreciação ...................................................................... 25.000 Subsídios do Governo ao Setor Privado ............................. 15.000 Impostos Diretos............................................................... 30.000 A carga tributária líquida da economia correspondeu a:

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Observação: Despreze os algarismos a partir da segunda casa decimal. a) 26,00% b) 25,36% c) 21,46% d) 20,00% e) 19,83% COMENTÁRIOS:

𝐶𝑇𝐿   𝑒𝑚  % =  Receita  tributária  do  governo− Transferências− Subsídios

PIBpm  (1)

A receita tributária do governo foi dada e vale 260.000; As transferências valem 40.000 Os subsídios valem 15.000 No entanto, ainda não temos o PIBPM. Temos que transformar o PILPM, que vale 1.000.000, em PIBPM. Para isso, basta somarmos a depreciação, que vale 25.000; então: PILPM = PIBPM – depreciação 1.000.000 = PIBPM – 25.000 PIBPM = 1.025.000 Colocando os valores em (1):

𝐶𝑇𝐿   𝑒𝑚  % =  260.000− 40.000− 15.000

1.025.000 =  205.0001.025.000 =  0,2 = 20%

GABARITO: D 46. (CESGRANRIO - ANALISTA BACEN - 2010) O Produto Interno Bruto de um país, num certo ano, é menor que o seu Produto Nacional Bruto, no mesmo ano, se a(o) a) entrada de poupança externa for elevada. b) entrada líquida de capitais do exterior exceder as importações. c) renda líquida recebida do exterior for positiva. d) reserva em divisas estrangeiras, no Banco Central, aumentar. e) superávit no balanço comercial e de serviços for positivo. COMENTÁRIOS: PIB = PNB + RLEE Se o PIB < PNB, entao, necessariamente, RLEE será negativa. Como RLEE = REE – RRE, então, se RLEE é negativa, RLRE é positiva. Quando REE > RRE, temos RLEE positiva. Por outro lado, quando RRE > REE, temos RLRE positiva (que é o mesmo que dizer que a RLEE é negativa).

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GABARITO: C 47. (CESGRANRIO - ECONOMISTA JR. - TERMORIO - 2009) - O Produto Interno Bruto (PIB) de um país a) exclui as mercadorias exportadas. b) inclui as mercadorias importadas. c) é uma medida de sua riqueza material. d) é invariavelmente crescente com o tempo. e) é sempre maior que o seu Produto Nacional Bruto (PNB). COMENTÁRIOS: O PIB, pela ótica da despesa, é igual PIB = C + I + G + X – M. Pela expressão, percebemos que ele inclui as exportações (X) e exclui as importações (M). Incorretas, portanto, as assertivas A e B. A assertiva D está incorreta pois nem sempre o PIB cresce, vide a crise financeira de 2008, em que muitos países tiveram retração (crescimento negativo) do PIB. No Brasil, só foi verificado crescimento negativo no 1º trimestre de 2009. PIB = PNB + RLEE Se RLEE < 0, neste caso, o PNB > PIB. Então, veja que a assertiva E está incorreta pelo uso da palavra sempre. A assertiva C está correta, pois o PIB é justamente a medida de riqueza material. Ele não mede bem-estar, educação, saúde ou felicidade, mas apenas a riqueza material. GABARITO: C 48. (CESGRANRIO - ECONOMISTA JR. - TERMORIO - 2009) - Um país recebe poupança externa quando a) acumula reservas de divisas internacionais. b) apresenta um déficit em conta corrente no seu balanço de pagamentos. c) exporta mais do que importa ( balanço comercial superavitário ). d) a entrada líquida de capital do exterior é positiva. e) o investimento direto do exterior é vultoso. COMENTÁRIOS: SEXT = saldo negativo do balanço de pagamentos em transações correntes Assim, a assertiva B está correta. Vale ressaltar que as assertivas A, C, D e E tratam de situações em que o país recebe dinheiro do resto do mundo, ou seja, a poupança do resto do mundo (poupança do resto do mundo) diminui nestes casos.

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GABARITO: B 49. (CESGRANRIO - AUDITOR FUNASA - 2009) - O Produto Interno Bruto (PIB) de um país mede, a cada ano, a(o) a) distribuição interna da renda. b) renda média da população. c) capacidade de exportações industriais do país. d) valor da produção de bens e serviços finais, no país. e) valor dos meios de pagamentos em circulação. COMENTÁRIOS: A assertiva é a mais se aproxima do conceito completo de PIB: É o valor da produção de bens e serviços finais no país durante determinado período de tempo. GABARITO: D 50. (CESGRANRIO - ECONOMISTA – BNDES – 2008) Os residentes de certo país recebem liquidamente renda do exterior. Então, necessariamente, a) o país tem deficit no balanço comercial. b) o país está atraindo investimentos externos. c) o PNB do país é maior que seu PIB. d) a taxa de juros doméstica está muito baixa. e) ocorrerá uma valorização da taxa de câmbio. COMENTÁRIOS: Se os residentes de certo país recebem liquidamente renda do exterior, então temos Renda líquida recebida do exterior (RLRE) positiva, conseqüentemente, a RLEE será negativa. Se a RLEE é negativa, então: PIB = PNB + (-RLEE) Se RLEE é negativa, PNB > PIB GABARITO: C

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LISTA DAS QUESTÕES APRESENTADAS

01. (ESAF – ACE/MDIC – Grupo 02_Contabilidade Nacional – 2012) - Em uma economia fechada e com o governo, os investimentos privados e públicos e os gastos correntes das administrac ões públicas devem ser financiados pela poupanca privada e pelas receitas líquidas do governo. 02. (ESAF – ACE/MDIC – Grupo 02_Contabilidade Nacional – 2012) - Em uma economia fechada e com o governo, mesmo que exista poupanc a pública positiva, existirá déficit orc amentário toda vez que a poupanc a pública for inferior ao investimento público. 03. (ESAF – ACE/MDIC – Grupo 02_Contabilidade Nacional – 2012) - Assinale a alternativa incorreta: a) Em domicílios ocupados por seus proprietários, são imputados valores de aluguel equivalentes aos valores exercidos no mercado para compor a atividade aluguel de imóveis nas tabelas de recursos e usos. b) Pagamentos de salários e outras remunerações dos funcionários públicos, assim como gastos com bens e serviços do governo, entram no cálculo da renda nacional. c) Serviços pessoais e domésticos – tais como preparo de refeições, educação e cuidados com as crianças, limpeza e as reparações e manutenção dos bens de consumo duráveis e habitação –, realizados por membros da família para seu próprio consumo final, são excluídos da medição da produção. d) Com o objetivo de realizar a transformação das importações medidas a preços CIF para preços FOB, foi criada uma coluna de Ajuste CIF/FOB na Tabela de Recursos e Usos. e) Ao comprar um automóvel usado em uma revendedora, o consumidor está contribuindo para elevar o Produto Interno Bruto (PIB), uma vez que representa um aumento do consumo de bens duráveis. 04. (ESAF – ACE/MDIC – 2012) - Considere os seguintes dados presentes na “Conta de Alocação da Renda” do Sistema de Contas Nacionais, em unidades monetárias: Renda Nacional Bruta: 3.175 Excedente Operacional Bruto e Rendimento Misto Bruto (total): 1.336 Remuneração dos Empregados: 1.414 Impostos sobre a Produção e a Importação: 496 Subsídios à Produção: 6 Rendas de Propriedades Enviadas ao Resto do Mundo: 83 Com base nessas informações, é correto afirmar que, em unidades

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monetárias, as “Rendas de Propriedade Recebidas do Resto do Mundo” foram iguais a: a) 101. b) 24. c) 18. d) 65. e) 97. 05. (ESAF – ACE/MDIC – 2012) - Considere os seguintes dados presentes no Sistema de Contas Nacionais em unidades monetárias: Salários: 681 Contribuic ões Sociais Diversas: 141 Contribuic ões Sociais Imputadas: 38 Rendimento Misto Bruto: 201 Rendimento Operacional Bruto: 755 Imposto sobre a Produc ão e Importacão: 335 Para que, em unidades monetárias, o Produto Interno Bruto da Economia seja de 2.147, os “subsídios à produc ão e importac ão” e a “remunerac ão dos empregados” deverão ser (em unidades monetárias) respectivamente: a) 38 e 822. b) 4 e 860. c) 8 e 681. d) zero e 681. e) 22 e 898. 06. (ESAF – ACE/MDIC – Grupo 02_Contabilidade Nacional - 2012) - Com as informações retiradas no Sistema de Contas Nacionais, listadas abaixo, é possível obter os valores do Produto Interno Bruto (PIB) e da Renda Nacional Bruta (RNB) de um determinado País.

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É correto afirmar que os valores do PIB e da RNB são, respectivamente, iguais a: a) PIB = 2.500,00 e RNB = 2.200,00 b) PIB = 1.960,00 e RNB = 1.760,00 c) PIB = 1.800,00 e RNB = 1.500,00 d) PIB = 1.880,00 e RNB = 1.600,00 e) PIB = 1.960,00 e RNB = 1.660,00 07. (ESAF – ACE/MDIC – Grupo 02_Contabilidade Nacional - 2012) - Um Analista de Comércio Exterior inicia um estudo para verificar o valor monetário da Poupanc a Bruta do País X, no ano de 2011. Para realizar esse estudo, o Analista retira do Sistema de Contas Nacionais do País X os seguintes elementos das Contas Econômicas Integradas (CEI) e os respectivos valores monetários, apresentados abaixo:

Após esse levantamento, o Analista de Comércio Exterior poderá afirmar que a Poupanc a Bruta no País X, em 2011, foi de:

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a) $ 0,00 (zero). b) $ 1.500,00. c) $ 1.300,00. d) $ 1.220,00. e) $ 220,00. 08. (ESAF – ACE/MDIC – Grupo 02_Contabilidade Nacional - 2012) - Os agregados do Sistema de Contas Nacionais são indicadores de síntese e grandezas-chave para os objetivos da análise macroeconômica e para comparac ões no espac o e no tempo. De acordo com o conceito de agregados adotado pelo IBGE, apresentado nas Contas Econômicas Integradas para uma economia aberta, é correto afirmar que: a) a Demanda Total da Economia é igual ao somatório do consumo intermediário, da despesa de consumo final, da formacão bruta de capital fixo, da variacão de estoque, das exportac ões de bens e servic os menos o valor das importacões de bens e servicos. b) o Produto Interno Bruto medido pela ótica da renda é igual à remuneracão dos empregados mais o total dos impostos (líquidos de subsídios) sobre a produc ão e importac ão mais o rendimento misto bruto mais o excedente operacional bruto. c) a Renda Nacional Bruta é igual ao PIB menos as rendas primárias a pagar, líquidas das rendas primárias a receber, das unidades não residentes (Resto do Mundo). d) o Saldo do Balanc o de Pagamentos em transacão corrente é igual ao saldo externo da conta de operac ões correntes com o Resto do Mundo registrado com o sinal trocado. e) o Produto Interno Bruto medido pela ótica da produc ão é igual ao valor da produc ão menos o consumo intermediário mais os impostos, líquidos de subsídios, sobre produtos não incluídos no valor da produc ão. 09. (ESAF – ACE/MDIC – Grupo 02_Contabilidade Nacional - 2012) - Em uma economia hipotética, são analisados 4 setores institucionais. O quadro abaixo apresenta algumas informacões retiradas das Contas Econômicas Integradas dessa economia.

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Considerando que o quarto setor institucional dessa economia hipotética é constituído pelas administracões públicas, é correto afirmar que: a) o déficit corrente das Administracões Públicas é 48.000,00. b) o setor institucional das Administrac ões Públicas é responsável por 20% das despesas de consumo final da economia. c) a despesa de consumo final das Administrac ões Públicas é deficitária em 48.000,00. d) a despesa de consumo final supera a renda disponível bruta das Administrac ões Públicas em 58.000,00. e) nenhum setor institucional possui um valor de despesa de consumo final maior do que o setor institucional das Administrac ões Públicas. 10. (ESAF – AFPS - 2002) - Considere uma economia hipotética que só produza um bem final: pão. Suponha as seguintes atividades e transações num determinado período de tempo: o setor S produziu sementes no valor de 200 e vendeu para o setor T; o setor T produziu trigo no valor de 1.500, vendeu uma parcela equivalente a 1.000 para o setor F e estocou o restante; o setor F produziu farinha no valor de 1.300; o setor P produziu pães no valor de 1.600 e vendeu-os aos consumidores finais. Com base nessas informações, o produto agregado dessa economia foi, no período, de a)1.600 b) 2.100 c) 3.000 d) 4.600 e) 3.600 11. (ESAF - INSS/AUDITOR – 2002) Considere os seguintes dados: poupança líquida =100; depreciação = 5; variação de estoques = 50. Com base nessas informações e considerando uma economia fechada e sem governo, a formação bruta de capital fixo e a poupança bruta total são, respectivamente:

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a) 100 e 105 b) 55 e 105 c) 50 e 100 d) 50 e 105 e) 50 e 50 12. (ESAF - APO/MPOG – 2003) Considere os seguintes dados para uma economia hipotética: exportações de bens e serviços não-fatores = 100; importações de bens e serviços não fatores = 50; déficit no balanço de pagamentos em transações correntes = 10. Com base nas identidades macroeconômicas básicas para uma economia aberta e com governo, podemos afirmar que essa economia apresentou: a) renda líquida enviada ao exterior igual a 60. b) renda líquida recebida do exterior igual a 60. c) renda líquida enviada ao exterior igual a 40. d) renda líquida recebida do exterior igual a 40. e) renda líquida enviada ao exterior igual a 50. 13. (ESAF - APO/MPOG – 2003) Considere os seguintes dados: Variação de estoques = 20 Formação Bruta de Capital Fixo = 100 Poupança Líquida do Setor Privado = 50 Depreciação = 5 Saldo do Governo em conta-corrente = 50 Com base nas identidades macroeconômicas básicas para uma economia aberta e com governo, podemos afirmar que essa economia apresentou no balanço em transações correntes a) Saldo nulo b) Superávit de 15 c) Déficit de 25 d) Superávit de 25 e) Déficit de 15 14. (ESAF - AFRFB – 2005) - Considere os seguintes dados, extraídos de um sistema de contas nacionais – conta de bens e serviços – que segue a metodologia adotada atualmente no Brasil (em unidades monetárias): Produção total: 1.323; Importação de bens e serviços: 69; Impostos sobre produtos: 84; Consumo final: 630; Formação bruta de capital fixo: 150; Variação de estoques: 12; Exportações de bens e serviços: 56. Com base nessas informações, o consumo intermediário dessa economia foi a) 700 b) 600 c) 550 d) 650 e) 628

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15. (ESAF - AFRFB - 2005) - Considere as seguintes informações para uma economia hipotética (em unidades monetárias): investimento bruto total: 700; depreciação: 30; déficit do balanço de pagamentos em transações correntes: 100; saldo do governo em conta corrente: 400. Com base nessas informações e considerando as identidades macroeconômicas básicas decorrentes de um sistema de contas nacionais, é correto afirmar que a poupança líquida do setor privado foi igual a: a) 170 b) 200 c) 140 d) 210 e) 120 16. (ESAF - AFC/STN – 2005) Com relação ao conceito de produto agregado, é incorreto afirmar que: a) o produto agregado a preços de mercado é necessariamente maior do que o produto agregado a custo de fatores. b) o produto agregado pode ser considerado como uma “variável fluxo”. c) é possível uma elevação do produto agregado nominal junto com uma queda do produto agregado real. d) o produto agregado pode ser entendido como a renda agregada da economia. e) o produto interno produto pode ser menor que o produto nacional produto. 17. (ESAF - AFPS/INSS – 2002) Levando-se em conta a identidade macroeconômica “poupança = investimento”, numa economia aberta e com governo, e considerando D = déficit público, Sg =poupança pública, Ig = investimento público, Spr = poupança privada, Ipr =investimento privado, Sext = poupança externa. É correto afirmar que: a) D = Sg – Ig + Spr – Ipr b) D = Sext b) D = Spr + Ipr + Sext d) D = Sg – Ig e) D = Spr – Ipr + Sext 18. (ESAF - AFC/STN – 2008) Considere os seguintes dados, em unidades monetárias, referentes a uma economia hipotética: Consumo do Governo: 200 Transferências realizadas pelo Governo: 100 Subsídios: 20 Impostos Diretos: 300 Impostos Indiretos: 400

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Outras Receitas Correntes do Governo: 120 Exportações de bens e serviços: 100 Importações de bens e serviços: 200 Renda Líquida Enviada ao Exterior: 100 Variação de Estoques: 100 Poupança Bruta do Setor Privado: 200 Com base nessas informações, e considerando as identidades macroeconômicas básicas, é correto afirmar que a formação bruta de capital fixo é igual a: a) 950 b) 900 c) 700 d) 750 e) 800 19. (ESAF - AFRF – 2002) Considere um sistema de contas nacionais para uma economia aberta sem governo. Suponha: Importações de bens e serviços não fatores = 100; Renda líquida enviada ao exterior = 50; Renda nacional líquida = 1.000; Depreciação = 5; Exportações de bens e serviços não fatores = 200; Consumo pessoal = 500; Variação de estoques = 80. Com base nessas informações, é correto afirmar que a formação bruta de capital fixo é igual a: a) 375 b) 275 c) 430 d) 330 e) 150 20. (ESAF - AFRF – 2002) - No ano de 2000, a conta de produção do sistema de contas nacionais no Brasil apresentou os seguintes dados (em R$ 1.000.000): Produção: 1.979.057; Consumo Intermediário: 1.011.751; Impostos sobre produtos: 119.394; Imposto sobre importação: 8.430; Produto Interno Bruto: 1.086.700. Com base nestas informações, o item da conta "demais impostos sobre produtos" foi de: a) 839.482 b) 74.949 c) 110.964 d) 128.364 e) 66.519

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21. (ESAF - EPPGG/MPOG – 2008) Considere os seguintes dados para uma economia hipotética: Investimento privado: 200; Poupança privada: 100; Poupança do governo: 50; Déficit em transações correntes: 100 Com base nestas informações e considerando as identidades macroeconômicas básicas, pode-se afirmar que o investimento público e o déficit público são, respectivamente, a) zero e 50. b) 50 e 50. c) 50 e zero. d) zero e zero. e) 50 e 100. 22. (ESAF - EPPGG/MPOG – 2008) Considere os seguintes dados, extraídos de um sistema de contas nacionais de uma economia hipotética: Exportações de bens e serviços não fatores: 100; Importações de bens e serviços não fatores: 200; Renda líquida enviada ao exterior: 50; Variação de estoques: 50; Formação bruta de capital fixo: 260; Depreciação: 10; Saldo do governo em conta corrente: 50 Com base nestas informações, é correto afirmar que a poupança externa e a poupança líquida do setor privado são, respectivamente: a) 50 e 50. b) 100 e 150. c) 50 e 100. d) 100 e 50. e) 150 e 100. 23. (ESAF - Analista SEFAZ/SEP-SP – 2009) - O objetivo da Contabilidade Nacional é fornecer uma aferição macroscópica do desempenho real de uma economia em determinado período de tempo: quanto ela produz, quanto consome, quanto investe, como o investimento é financiado, quais as remunerações dos fatores de produção. Assim, baseado nos conceitos de Contas Nacionais, não se pode dizer que: a) a Renda Nacional é igual ao Produto Nacional Líquido, a preço de mercado. b) o Investimento corresponde ao acréscimo de estoque físico de capital, compreendendo a formação de capital fixo mais a variação de estoques.

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c) a Renda Disponível do Setor Público corresponde ao total da arrecadação fiscal, deduzidos os subsídios e as transferências ao setor privado. d) a diferença entre a renda líquida enviada ao exterior e o saldo das importações e exportações de bens e serviços não-fatores é chamada de Poupança Externa (Se). e) o Produto afere o valor total da produção da economia em determinado período de tempo. 24. (ESAF - Analista administrativo/Economia – ANA – 2009) Considerando os conceitos básicos e as identidades fundamentais utilizados na análise macroeconômica, é incorreto afirmar que: a) numa economia que possui um saldo em transações correntes não nulo, a poupança interna pode ser maior ou menor do que os investimentos totais da economia. b) se a renda recebida do exterior é maior do que a renda enviada ao exterior, então o Produto Interno Bruto é menor do que o Produto Nacional Bruto. c) a dívida pública pode ser maior do que o PIB do país. d) um aumento no valor nominal do PIB não necessariamente implica em um aumento na renda real da economia. e) o total de gastos de um governo não pode ser maior do que o total de sua arrecadação tributária. 25. (ESAF - Analista administrativo/Economia – ANA – 2009) Considere os seguintes dados macroeconômicos: Produção bruta total = 2.500 Importação de bens e serviços = 180 Impostos sobre produtos = 140 Consumo Intermediário = 1.300 Consumo Final = 1.000 Formação Bruta de capital fixo = 250 Variação de estoques = 20 Considerando as identidades macroeconômicas básicas, pode-se afirmar que as exportações de bens e serviços e o Produto Interno Bruto são, respectivamente: a) 250 e 1.340 b) 250 e 1.250 c) 350 e 1.340 d) 350 e 1.250 e) 250 e 1.450 26. (ESAF - EPPGG/MPOG – 2009) Considere os seguintes dados extraídos de um Sistema de Contas Nacionais, em unidades monetárias: Produto Interno Bruto: 1.162; Remuneração dos empregados: 450;

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Rendimento misto bruto (rendimento de autônomos): 150; Impostos sobre a produção e importação: 170; Subsídios à produção e importação: 8; Despesa de consumo final: 900; Exportação de bens e serviços: 100; Importação de bens e serviços: 38. Com base nessas informações, os valores para a formação bruta de capital fixo e para o excedente operacional bruto serão, respectivamente, a) 300 e 362 b) 200 e 450 c) 400 e 200 d) 200 e 400 e) 200 e 262 27. (ESAF - EPPGG/MPOG – 2009) Considere os seguintes dados extraídos de um Sistema de Contas Nacionais extraídas das contas de produção de renda: Produção: 2.500; Impostos sobre produtos: 150; Produto Interno Bruto: 1.300; Impostos sobre a produção e de importação: 240; Subsídios à produção: zero; Excedente operacional bruto, inclusive rendimento de autônomos: 625. Com base nessas informações, é correto afirmar que o consumo intermediário e a remuneração dos empregados são, respectivamente: a) 1.350 e 440 b) 1.350 e 435 c) 1.200 e 410 d) 1.200 e 440 e) 1.300 e 500 28. (ESAF - AFRFB – 2009) Considere as seguintes informações extraídas de um sistema de contas nacionais, em unidades monetárias: Poupança privada: 300 Investimento privado: 200 Poupança externa: 100 Investimento público: 300 Com base nessas informações, pode-se considerar que a poupança do governo foi: a) de 200 e o superávit público foi de 100. b) de 100 e o déficit público foi de 200. c) negativa e o déficit público foi nulo. d) de 100 e o superávit público foi de 200.

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e) igual ao déficit público. 29. (ESAF - APO/MPOG – 2010) A diferença entre Renda Nacional Bruta e Renda Interna Bruta é que a segunda não inclui: a) o valor das importações. b) o valor dos investimentos realizados no país por empresas estrangeiras. c) o saldo da balança comercial do país. d) o valor da renda líquida de fatores externos. e) o valor das exportações. 30. (ESAF – AFTN) - Considere uma economia hipotética aberta e sem governo. Suponha os seguintes dados, em unidades monetárias: • Renda líquida enviada ao exterior = 100; • Soma dos salários, juros, lucros e aluguéis = 900; • Importação de bens e serviços não-fatores = 50; • Depreciação = 10; • Exportação de bens e serviços não-fatores = 100; • Formação bruta de capital fixo mais variação de estoques = 360 Com base nestas informações e considerando as identidades macroeconômicas de um sistema de contas nacionais, é correto afirmar que a renda nacional líquida e o consumo pessoal são, respectivamente: a) 950 e 600; b) 900 e 500; c) 900 e 600; d) 850 e 550; e) 800 e 500; 31. (ESAF – ANALISTA SUSEP – 2010) – Em relação ao conceito de Produto Interno Bruto (PIB), é incorreto afirmar que: a) quanto maior o PIB, maior o valor da remuneração dos fatores de produção. b) o valor nominal do PIB não depende da taxa de inflação do país. c) quanto maior for o consumo das famílias, maior será o PIB do país. d) o PIB pode ser maior ou menor do que a Renda Nacional Bruta. e) a dívida pública de um país não pode ser maior do que o PIB desse país. 32. (ESAF – APO/MPOG – 2008) – No que diz respeito a agregados macroeconômicos e identidades contábeis, pode-se afirmar que os principais agregados derivados das contas nacionais são as medidas de Produto, Renda e Despesa. Assinale a única opção falsa no que se refere a agregados macroeconômicos.

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a) As medidas de Produto, Renda e Despesa, universalmente utilizadas, representam sínteses do esforço produtivo de um país em um determinado período de tempo, revelando várias etapas da atividade produtiva. b) O Produto Interno Bruto (PIB) per capita é uma medida que se obtém dividindo-se o PIB do ano pela população residente no mesmo período. c) O PIB per capita é um bom indicador de bem-estar da população residente no mesmo período. d) A Renda Nacional Bruta é o agregado que considera o valor adicionado gerado por fatores de produção de propriedade de residentes. e) O PIB, avaliado pela ótica do produto, mede o total do valor adicionado produzido por firmas operando no país, independentemente da origem do seu capital. 33. (ESAF – ECONOMISTA MPU – 2004) – Considere os seguintes dados para uma economia fechada e sem governo. Salários = 400 Lucros = 300 Juros = 200 Aluguéis = 100 Consumo pessoal = 500 Variação de estoques = 100 Depreciação = 50 Com base nessas informações, a formação bruta de capital fixo e a renda nacional bruta são, respectivamente, a) 50 e 1050. b) 400 e 1000. c) 450 e 1000. d) 400 e 1050. e) 450 e 1050. 34. (ESAF – MPOG – 2006) – Considere os seguintes dados extraídos da conta de bens e serviços de um sistema de contas nacionais que segue a metodologia adotada no Brasil: Produção = 6000 Importação de bens e serviços = 250 Impostos sobre produto = 550 Consumo intermediário = 2850 Formação bruta de capital fixo = 430 Variação de estoques = 25 Exportação de bens e serviços = 235 Com base nesses dados, o consumo final foi de: a) 2890

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b) 3010 c) 3285 d) 3005 e) 3260 35. (FGV – ICMS/RJ – 2011) – Um determinado país envia renda no valor de $ 2.000 para o exterior e recebe rendas no valor de $ 3.000. Com base nas informações acima, é correto afirmar que (A) PIB < PNB (B) PIB = PNB (C) PNL > PNB (D) PIB > PNB (E) PIB < PNL 36. (FGV – ICMS/RJ – 2011) – O país Z possui uma economia com três setores: trigo, farinha e pão, que pode ser descrita da seguinte forma:

Trigo Farinha Pão Insumos $ 0 $ 1.000 $ 1.000

Valor bruto da produção $ 1.000 $ 1.500 $ 2.000

Adicionalmente, as contas nacionais mostram que o total pago em salários é de $ 1.500, e o pagamento de juros é de $ 300. Com base nos dados acima, analise as afirmativas a seguir: I. O PIB dessa economia é $ 2.000. II. O valor agregado do setor de farinha é de $ 500. III. O total pago com aluguéis não excede a $ 700. Assinale (A) se todas as afirmativas estiverem corretas. (B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. (C) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. (D) se nenhuma estiver correta. (E) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas. 37. (FGV - ICMS/RJ – 2008) Quando a renda líquida enviada ao exterior (RLEE) é deficitária, pode-se dizer que: (A) PNL > PIL. (B) PIL < PIB. (C) RNL < RD. (D) PNB > PIB. (E) PIB > PNB.

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38. (FGV - ECONOMISTA Jr. – POTIGÁS - 2006) - A soma do valor dos bens e serviços finais produzidos por uma economia, num determinado período, define o conceito de: a) Valor Bruto da Produção. b) Produto Interno Bruto. c) Produto Interno Líquido. d) Produto Nacional Líquido. e) Produto Nacional Bruto. 39. (FGV – AFTE/AP – 2010) - Com relação à mensuração do PIB de uma economia, avalie as seguintes afirmativas: I. O PIB não inclui bens e serviços produzidos no passado. II. O PIB usa preços de mercado para ponderar os diferentes bens e serviços produzidos na economia. III. O PIB inclui o valor dos bens e serviços intermediários e finais consumidos na economia. Assinale: (A) se apenas a afirmativa I estiver correta. (B) se apenas a afirmativa II estiver correta. (C) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. (D) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. (E) se todas as afirmativas estiverem corretas. 40. (FUNIVERSA – ECONOMISTA – TERRACAP – 2010) - Considere uma economia hipotética com os seguintes dados, expressos em unidades monetárias: • Produto nacional líquido 1.650 • Depreciação 200 • Saldo do balanço de pagamentos em conta corrente -100 • Transferências unilaterais correntes 0 • Exportações de bens e serviços não fatores 200 • Importações de bens e serviços não fatores 400 • Impostos indiretos 300 • Subsídios 80 • Investimento do governo 100 • Impostos diretos 250 Com base na tabela acima, assinale a alternativa correta. (A) A poupança interna é maior que o investimento. (B) A absorção interna é igual a 2.000. (C) A renda líquida enviada ao exterior é igual a 50. (D) O PIB é igual a 1.850. (E) A renda nacional é de 1.430.

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41. (FUNIVERSA - COFECON – ECONOMISTA – 2010) – Com base nos dados a seguir para o Balanço de Pagamento de uma economia hipotética, medidos em unidades monetárias, Depreciação 100 Tributos indiretos 500 Subsídios 250 Saldo do governo em conta corrente 100 Variação de estoques 100 Exportações de bens 500 Impostos diretos 200 Outras receitas correntes líquidas do governo 600 Formação bruta de capital fixo 400 Juros da dívida pública interna 100 Consumo final das famílias 400 Transferências de assistência e previdência 150 Importações de bens 100 Assinale a alternativa correta. a) O Produto Interno Bruto a preços de mercado (PIBpm) é igual 2.500. b) O saldo da balança comercial é deficitário. c) Sabendo-se que o saldo da renda líquida enviada ao exterior (renda recebida menos enviada) foi deficitário em 100, então o Produto Nacional Líquido a custo de fatores (PNLcf) é de 1.500. d) O investimento líquido nessa economia foi de 350. e) O consumo do governo foi de 700. 42. (FCC – ANALISTA – ECONOMIA - TJ/PA - 2009) - Para responder à questão utilize os dados extraídos das Contas Nacionais do Brasil, relativas ao ano de 2006, em milhões de reais. Despesa de Consumo Final .......................................... 1.903.679 Variação de Estoques ......................................................... 8.012 Formação Bruta de Capital Fixo......................................... 389.328 Renda Nacional Bruta..................................................... 2.311.211 Transferências Correntes Líquidas recebidas do exterior....... 9.366 Saldo Externo de Bens e Serviços (positivo)....................... 68.778 O Produto Interno Bruto do Brasil naquele ano correspondeu, em milhões de reais, a a) 2.232.241 b) 2.353.773 c) 2.369.797 d) 2.371.151 e) 2.379.163

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43. (FCC – ANALISTA – ECONOMIA - TJ/PA - 2009) - Para responder à questão utilize os dados extraídos das Contas Nacionais do Brasil, relativas ao ano de 2006, em milhões de reais. Despesa de Consumo Final............................................ 1.903.679 Variação de Estoques ........................................................... 8.012 Formação Bruta de Capital Fixo........................................ 389.328 Renda Nacional Bruta.................................................... 2.311.211 Transferências Correntes Líquidas recebidas do exterior....... 9.366 Saldo Externo de Bens e Serviços (positivo)....................... 68.778 A Renda Disponível Bruta do Brasil, naquele ano, equivaleu, em milhões de reais, a a) 2.311.211. b) 2.312.565. c) 2.313.211. d) 2.318.768. e) 2.320.577. 44. (FCC – ANALISTA – ECONOMIA - TJ/PA - 2009) - Para responder à questão utilize os dados extraídos das Contas Nacionais do Brasil, relativas ao ano de 2006, em milhões de reais. Despesa de Consumo Final............................................. 1.903.679 Variação de Estoques ........................................................... 8.012 Formação Bruta de Capital Fixo........................................ 389.328 Renda Nacional Bruta..................................................... 2.311.211 Transferências Correntes Líquidas recebidas do exterior....... 9.366 Saldo Externo de Bens e Serviços (positivo)........................ 68.778 A Poupança Bruta do Brasil naquele ano foi, em milhões de reais, igual a a) 399.520. b) 407.532. c) 408.886. d) 416.898. e) 418.252. 45. (FCC – ANALISTA – ECONOMIA - TJ/PA - 2009) - Dados extraídos do Sistema de Contas Nacionais de uma economia hipotética em um determinado ano: Arrecadação tributária do Governo .................................. 260.000 Produto Interno Líquido a preços de mercado ............... 1.000.000 Transferências do Governo ao Setor Privado ..................... 40.000

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Depreciação ...................................................................... 25.000 Subsídios do Governo ao Setor Privado ............................. 15.000 Impostos Diretos............................................................... 30.000 A carga tributária líquida da economia correspondeu a: Observação: Despreze os algarismos a partir da segunda casa decimal. a) 26,00% b) 25,36% c) 21,46% d) 20,00% e) 19,83% 46. (CESGRANRIO - ANALISTA BACEN - 2010) O Produto Interno Bruto de um país, num certo ano, é menor que o seu Produto Nacional Bruto, no mesmo ano, se a(o) a) entrada de poupança externa for elevada. b) entrada líquida de capitais do exterior exceder as importações. c) renda líquida recebida do exterior for positiva. d) reserva em divisas estrangeiras, no Banco Central, aumentar. e) superávit no balanço comercial e de serviços for positivo. 47. (CESGRANRIO - ECONOMISTA JR. - TERMORIO - 2009) - O Produto Interno Bruto (PIB) de um país a) exclui as mercadorias exportadas. b) inclui as mercadorias importadas. c) é uma medida de sua riqueza material. d) é invariavelmente crescente com o tempo. e) é sempre maior que o seu Produto Nacional Bruto (PNB). 48. (CESGRANRIO - ECONOMISTA JR. - TERMORIO - 2009) - Um país recebe poupança externa quando a) acumula reservas de divisas internacionais. b) apresenta um déficit em conta corrente no seu balanço de pagamentos. c) exporta mais do que importa ( balanço comercial superavitário ). d) a entrada líquida de capital do exterior é positiva. e) o investimento direto do exterior é vultoso. 49. (CESGRANRIO - AUDITOR FUNASA - 2009) - O Produto Interno Bruto (PIB) de um país mede, a cada ano, a(o) a) distribuição interna da renda. b) renda média da população. c) capacidade de exportações industriais do país. d) valor da produção de bens e serviços finais, no país. e) valor dos meios de pagamentos em circulação.

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50. (CESGRANRIO - ECONOMISTA – BNDES – 2008) Os residentes de certo país recebem liquidamente renda do exterior. Então, necessariamente, a) o país tem deficit no balanço comercial. b) o país está atraindo investimentos externos. c) o PNB do país é maior que seu PIB. d) a taxa de juros doméstica está muito baixa. e) ocorrerá uma valorização da taxa de câmbio. GABARITO 01 C 02 C 03 E 04 C 05 B 06 C 07 An 08 B 09 D 10 B 11 B 12 A 13 E 14 E 15 A 16 A 17 E 18 E 19 A 20 C 21 C 22 E 23 A 24 E 25 A 26 D 27 B 28 B 29 D 30 C 31 An 32 C 33 E 34 E 35 A 36 B 37 D 38 E 39 C 40 E 41 E 42 C 43 E 44 D 45 D 46 C 47 C 48 B 49 D 50 C