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Edição 144

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A Igreja Católica diz que há muito tempo não prativa o ritual. A instituição fundada pelo padre Quevedo afirma que o Diabo nunca possuiu ninguém. Se os padres continuam expulsando demônios, mantêm isso em segredo

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O efeito Lisca e a queda de Ovelha

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Fotos: 11, 14 e 18: Paulo Pasa/O Caxiense |

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As ausências de Alceu em debates eleitorais

Flores do bem eflores do mal

O que é ilícito napropaganda eleitoral

O papel de mãe de uma conselheiratutelar

5 dicas paraabrir a sua mente

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Fim do recreio: o desafio de criar um filho e passar de ano

Que fase... Crise, um mal para qualquer idade

Diabo e exorcismo: o clássico e o demodê

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Na nossa página do Facebook www.facebook.com/revistaocaxien-se, postamos durante esta semana o comentário de um internauta que opinou sobre a reportagem da edição 133, a respeito dos reclamões de Caxias do Sul. Na época, a matéria, que foi chamada na capa com a manchete “A cidade dos descontentes”, gerou grande repercussão em todas nossas redes sociais, dividindo opiniões. A maioria dos nossos leitores entendeu a proposta de tratar do assunto com leveza de espírito (aliás, isso faz bem em qualquer situação, tente aplicar). Com a pu-blicação da matéria no site, fomos presenteados com um comentário inteligente e sarcástico de um lei-tor que se identificou como Vitor e mereceu a repercussão também aqui. No Facebook, chamamos as soluções de Vitor para os supostos problemas de Caxias como “flores, cores e coxinhas”.

“Eu acho que deveriam ter mais florezinhas na cidade, e as pessoas deveriam pintar as casas de cores mais colori-das também, olha o Nordeste como é bonito com as casas coloridinhas. Imagina mais plátanos na cidade, os grin-gos aqui não gostam porque caem as folhas e “sujam” as calçadas, mas eu acho bonito, acho que outono sem plátanos não é outono. Te garanto que a resposta para todos os problemas se resume em três coisas: pláta-nos, florezinhas e coxinhas.Com essas três coisas, o resto é conseqüência: estradas com mais pistas, universidade federal, ônibus mais barato, etc.Pensa: estudantes comem coxinhas, ou seja: coxinhas atraem estudantes, estudan-tes atraem escolas, escolas atraem universidades – inclusive federais – mais universidades demandam

mais ônibus para transportar mais pessoas, mais ônibus demandam mais estradas.Ou seja, coxinha é a salva-ção da cidade”.

Enquanto as coxinhas não salvam a cidade, O CAXIENSE procura oferecer um conteúdo diversificado e criativo aos seus assinantes (assinatura equivale a R$ 10 mensais), leitores que compram os exemplares avulsos nas bancas (por apenas R$ 2,50) ou leitores do iPad (a edição é gratuita). Algumas seções já são conhecidas por essa diversidade, que também é procurada quando ouvimos nossas fontes. Dentro da seção Bastidores, por exemplo, sempre há alguém que é Boa Gen-te; 1 dia, 48 horas e até décadas na vida de algum personagem com história interessante; e um assunto esmiuçado em seus tópicos mais importantes, no Top 5. Na edição 143, este último foi elogiado pela leitora Catia Regina Laner.

“Adorei o Top 5 - Transtornos de personalidade.. Eu mesma identifiquei rapidinho 2 pesso-as com transtorno de Paranoide e Esquizoide!!!! Recomendo a leitura”.

Vitor e Regina são exemplos do que é um leitor de O CAXIENSE. Procuramos e alcançamos um público inteligente, exigente e também com a cabeça aberta. Por falar nisso, o Top 5 desta edição dá dicas para mudar nossos paradig-mas e modelos mentais. Algo que O CAXIENSE tem feito muito bem no setor da comunicação caxiense.

Paula Sperb, diretora de Redação

DIGA!Flores, cores e coxinhas | Diálogo | DiversiDaDe De conteúDo

Diretor Executivo - Publisher

Felipe Boff

Paula SperbDiretor Administrativo

Luiz Antônio Boff

COMERCIAL

Executivas de contas

Pita Loss Suani Campagnollo

ASSINATURAS

Atendimento

Tatyany R. de OliveiraAssinatura trimestral: R$ 30

Assinatura semestral: R$ 60

Assinatura anual: R$ 120

Editor-chefe | revista

Marcelo Aramis

Editora-chefe | site

Carol De Barba

Andrei AndradeDaniela BittencourtRafael Machado

Gesiele LordesLeonardo PortellaPaulo Pasa

Designer

Luciana Lain

fOTO DE CAPA

Paulo Pasa/O Caxiense

TIRAGEM

5.000 exemplares

Rua Os 18 do Forte, 422\1, bairro Lourdes, Caxias do Sul (RS) | 95020-471 | Fone: (54) [email protected]

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BASTIDORESos livros e os bebês Das gráviDas Do ensino méDio | Por um trânsito mais eDucaDo | 5 Dicas Para muDar moDelos mentais

Promotor de Justiça Eleitoral: para que serve?

Adrio Gelatti é um dos 3 promo-tores de Justiça Eleitoral designados para atuar em Caxias do Sul. Res-ponsável único e insubstituível pelos assuntos referentes à propaganda eleitoral, o profissional permanece em plantão 24 horas por dia. Quan-do se ausenta, porém, mesmo sendo a trabalho e por poucos dias, pode ser difícil contatá-lo. Neste caso, as denúncias são verificadas quando o promotor retorna ao escritório. Cabe a ele tomar todas a providências re-lacionadas ao assunto. As denúncias podem ser feitas por qualquer cida-dão. Em linhas gerais, a propaganda eleitoral deve mencionar sempre a legenda partidária e não pode “uti-lizar meios publicitários destinados a criar, artificialmente, na opinião pública, estados mentais, emocionais ou passionais”, segundo a resolução 23.370 do TSE.

Nesta entrevista, ele conta sobre sua função e os desafios que encontra durante os 3 meses de trabalho inin-terrupto.

O que faz o promotor de Justiça Eleitoral?

O promotor de Justiça Eleitoral vai atuar em todas as causas da Justiça Eleitoral. Aqui em Caxias são 3 pro-motores, cada um é responsável por uma Zona Eleitoral. Sou o promotor da Zona 169, que é responsável pela propaganda eleitoral. Grosso modo, são três matérias: propaganda eleito-ral, registro de candidatura e presta-ção de contas. A gente representa a Justiça Eleitoral, trabalha em todas as denúncias que chegarem à Justi-ça, verifica irregularidades. Podemos também fazer mudanças de legisla-ção e alertar candidatos, coligações, agentes públicos. Nosso objetivo é prevenção de posturas ilícitas, mas

também atuamos na regularização e adequação dessas posturas. Ou-tro ponto importante de colocar é a vedação para dar consulta para can-didatos. Somos muito procurado pelos candidatos e partidos, que per-guntam se pode ou não tal situação. A gente não pode dar consulta para nenhum candidato ou partido, tem uma legislação que proíbe. O candi-dato ou partido deve procurar uma assistência jurídica própria.

Quem pode fazer denúncias para a Justiça Eleitoral?

As denúncias podem ser feitas por qualquer cidadão, na Justiça Eleitoral ou no Ministério Público. O poder de polícia, no entanto, é só da Justiça Eleitoral, que no caso da propaganda faz a apreensão de material e multa para candidatos, suspensão ou reti-rada da propaganda, dependendo da ordem do juiz.

Como é escolhido o promotor de Justiça Eleitoral?

O processo de escolha é através de mandato, por 2 anos. O promotor é designado pelo procurador regional eleitoral, essa designação atende a um rodízio entre os promotores da cidade. Nestas eleições fui designado especificamente para a propaganda eleitoral. Em 2004 trabalhei como promotor responsável pelos registros dos candidatos.

Como são pensadas e elaboradas as definições para o período elei-toral? O promotor tem autonomia sobre?

Temos toda uma legislação, que é bastante ampla, complexa e detalha-da, mas mesmo assim, tem muitas situações que fogem da legislação. A gente tem que fazer esse enquadra-mento, verificar em julgamentos já

Adrio Gelatti Divulgação/O Caxiense

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realizados se situação semelhante acon-teceu e fazer a interpretação do caso em questão, uma adequação do enquadra-mento. Tem alguns casos que deman-dam certa complexidade de análise e a gente tem que fazer esse exercício de análise política, seja para arquivar ou enquadrar o caso como ilícito eleitoral. A gente toma a decisão e apresenta ao poder judiciário. A decisão final é do juiz.

O que configura a propaganda polí-tica e quais são as situações em que os candidatos mais erram?

A propaganda politica é gênero, do qual são espécies a propaganda par-tidária, a propaganda intrapartidária e a propaganda eleitoral. Propaganda eleitoral, que acho que é sobre o que se refere a pergunta, é a propaganda que “visa a captar o voto do eleitor, com o fim de conquistar mandato eletivo”. O erro mais comum é a propaganda elei-toral em estabelecimentos comerciais, que são considerados bens de uso co-mum do povo para a Legislação Elei-toral.

Como é a questão da propaganda em espaços como muros, casas etc.?

A propaganda eleitoral em proprie-dades particulares deve ser espontânea e gratuita, sendo vedado qualquer tipo de pagamento. A propaganda, seja por meio de fixação de faixas, placas, car-tazes, pinturas ou inscrições, não pode

ultrapassar 4m².

Quais são os principais desafios da função?

Uma dos principais desafios é que a eleição não é uma matéria com a qual a gente trabalhe absolutamente todo dia, é um acúmulo de função que a gente tem. Durante o período não eleitoral, já se tem uma quantidade de trabalho que compatibiliza com o período e é bastante pesada. Dependendo da fun-ção dentro da matéria eleitoral, tem um momento de maior estresse. A situação de a gente permanecer em plantão 24 horas por dia pelo período de 3 meses também é um desafio familiar. É uma demanda mais intensa de trabalho.

O trabalho é intensificado no dia do pleito? Existem ações desenvolvidas especialmente para este dia?

Sim, no dia das eleições a gente fica trabalhando em gabinete e na rua, mui-tas vezes acaba encontrando candida-tos na rua e passa algumas orientações. Em geral os candidatos têm aceito bem nosso trabalho. Contamos, no dia das eleições, com o apoio da Polícia Fede-ral, que dá suporte, além da nossa equi-pe da Justiça Eleitoral. Os servidores também acumulam a função e traba-lham em plantão no período eleitoral. Buscamos sempre resolver as coisas de forma menos conflituosa possível, pois os ânimos geralmente já estão bem acirrados.

“A propaganda eleitoral em

propriedades particulares deve ser espontânea e

gratuita, sendo vedado qualquer

tipo de pagamento. Faixas, placas,

cartazes, pinturas ou inscrições não podem

ultrapassar 4m²”, explica Gelatti

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Cleonice de Fátima Andrade é uma das 10 conselheiras tutelares que aten-dem a todo município de Caxias do Sul - número muito aquém do estipu-lado pela resolução 139 do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, que prevê 5 conselheiros a cada 100 mil habitantes. Atuando na função desde 15 de outubro de 2010 (ela é guarda municipal em licença e pretende retornar em breve), Cleonice educa 3 filhos, mas empresta o coração materno e a sensibilidade profissional para muitas outras crianças e adoles-centes.

24 de agosto de 2012

8:00 – Cheguei no trabalho. Cada conselheiro tem sua sala própria na sede do Conselho Tutelar, para que tenha sigilo no atendimento às crianças e para que elas se sintam à vontade. Minha primeira atividade é ver se chegou algum ofício novo, alguma denúncia do Ministério Público ou do Disque 100 (Disque Denúncia). Fiquei de cabelo em pé, porque recebi muitas situações na sexta-feira, mais de 50, entre denúncias, pedidos de atendimento escolar, solicitação de atendimento médico. Como conselhei-ros, atendemos qualquer denúncia que esteja privando os direitos da criança e adolescente, desde agressão verbal ou física até negligência e abuso sexual. Se for urgente, vamos até a criança e a buscamos no local.

8:20 – Neste horário, já estava aten-dendo, tanto aos agendamentos quanto casos que chegassem solicitando ur-gência. Realizamos um atendimento a cada 40 minutos. Quando o caso não é tão grave, a gente encaixa mais um, de-pende da situação. Tem situações que demoram duas horas, de acordo com a gravidade. Se for uma denúncia de abuso sexual ou agressão física, a gente conversa com a criança em separado e explica que está ali no intuito de ajudá-la. Nesses casos, ela é encaminhada para o Apoiar, um serviço da Secretaria da Saúde que oferece suporte psicoló-gico. Às vezes ouvimos o pai, a mãe, o agressor, que também é encaminhado para atendimento.

11:15 – Comecei a atender um caso de urgência que me deixou muito triste e revoltada. Uma criança de 13 anos chegou com a mãe, necessitando aten-dimento médico neurológico especia-lizado. Tentei agendar uma consulta e, infelizmente, fui informada que nosso município não dispõe, no momento, de atendimento psiquiátrico infantil. A mãe saiu desesperada da minha sala, chorando, e não pude fazer nada por ela. A criança vai ter que ficar em uma fila de espera para atendimento. Acontece com muitas, que têm déficit de atenção ou alguma dificuldade de aprendizado e são prejudicadas.

12:30 – Fui almoçar, com meia hora de atraso. Nosso horário de trabalho é das 8:00 ao meio dia e da 13:30 às 17:30, além dos plantões durante uma noite por semana, a cada 15 dias e um final de semana a cada 5 finais de se-mana. Sempre tem alguém de plantão no conselho, o atendimento é 24 horas.

13:15 - Retornei ao Conselho e já comecei a atender de novo. Como era sexta e não recebi nenhuma denúncia urgente, não precisei sair na rua. Faço visitas às famílias nas terças-feiras. Por exemplo, se tem alguma família que foi notificada para vir no conselho e não veio, vou até a residência orientar a mãe, ou se tem alguma gestante ou al-guma mãe que não fez vacinas, tem si-tuações em que a gente pega essa mãe, coloca no carro e leva para consultar.

18:30 - Encerrei meu turno. Nosso trabalho é bem corrido, bem puxado. O dia todo temos trabalho. Se tivéssemos mais conselheiros, com certeza pode-ríamos realizar mais atendimentos e fazer um trabalho muito melhor junto às escolas e à comunidade. No meu tra-balho, o que mais me marcou foi ouvir meninos e meninas que são abusados sexualmente, nos falam do abuso e a mãe não acredita na criança. Às vezes o abusador é o cônjuge dela e ela opta pelo cônjuge. Também me comove tris-temente ver adolescente assassinados, a grande parte deles em decorrência de tráfico de drogas. Me dói ver principal-mente aqueles que já recebi no Conse-lho, que já adverti, atendi. A gente age com coração de mãe.

uma conselheira tutelarUM DIA NA vIDA DE ...

Cleonice de Fátima Andrade |Paulo Pasa/O Caxiense

“No meu trabalho, o que mais me

marcou foi ouvir meninos e meninas que são abusados sexualmente, nos falam do

abuso e a mãe não acredita na

criança”, conta a conselheira tutelar

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BOAGENTE

Uma educadora para trânsito seguro

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Cax

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e

Desde 2008, a caxiense Ju-liana Steffens acorda cedo todos os dias por uma causa justa. Ela é uma das líderes na luta pela conscientização do trânsito em Caxias do Sul. Aos 35 anos, Juliana atua como gerente de trânsito na Secre-taria de Trânsito, Transportes e Mobilidade e comanda cer-ca de 15 projetos educativos, que têm como foco crianças e idosos. “Todos os meses, cerca de 1.500 novos carros chegam às ruas em Caxias e é preciso que tenha respeito para que todos consigam trafegar sem acidentes”, conta. Acreditan-do estar nos jovens o futuro do trânsito, Juliana desenvol-ve ações direcionadas a pais, jovens e professores. “Tudo é uma questão de linguagem. Os pais precisam saber que

são o espelho para os jovens e os professores acabam sendo convencidos de que o trânsi-to pode virar matéria de sala de aula”, explica. Para que esse trânsito melhor se torne rea-lidade, Juliana acredita que, a longo prazo, o próprio caos estimule a mudança de hábi-tos. “Um carro com 5 lugares, muitas vezes, acaba conduzin-do apenas uma pessoa. Isso é um erro”, conta. Ela conside-ra que o horário das 17:00 às 19:00 são impossíveis de se trafegar em Caxias e que não há mais rotas de fuga. Ainda sim, ela acredita que as pes-soas devam passar a utilizar outros meios de locomoção. “As pessoas vão largar os car-ros e passarão a acreditar que é possível se locomover de bi-cicleta, ou a pé, por exemplo”.

Quebre paradigmasTOP5Tempo e disposição são atributos indispensáveis para driblar os mo-delos tradicionais de pensar. “Com mais tempo, é possível ir em busca de novas oportunidades e ter dispo-sição. É sinal de que existe vontade de sair da rotina”, explica o professor Gustavo Borba, um dos palestrantes do Seminário Branding em 3 Tempos, realizado na quarta (22), na Câmara de Indústria e Comércio de Caxias do Sul (CIC). É ele que dá os 5 passos para quebrar paradigmas e ir em bus-ca de novos modelos mentais.

Amplie seu conhecimentoIdeias novas são sempre bem-vindas. E para isso, é preciso conhecer mais e ir além

daquilo que já sabemos. “Existe uma infinidade de cursos, palestras, en-contros, sobre os mais diversos temas, que nós podemos participar e ampliar o nosso conhecimento”, conta. Na

página 10, O CAXIENSE antecipa cursos e palestras nas instituições de ensino da cidade, na coluna Campus.

Olhe para os lados tambémSegundo Gustavo, nem tudo que está na nossa frente é cer-to. Os lados, também podem

reservar boas surpresas. “Em uma sala de aula, por exemplo, é normal que um aluno chegue e olhe sempre para frente, em direção ao quadro e acaba não percebendo que pode haver maior interação, maior conhecimento nos dois lados também”, explica.

Treine posturas para cada situaçãoImagine se você precisar dar uma notícia indesejável para

alguém. Como falar? Qual o me-lhor local? Qual a melhor maneira? Para Gustavo, é tudo uma questão de colocar-se no lugar das pessoas.

“Não estamos livres de ter que fazer algo que não gostamos. Nesse caso, prevalece a experiência de um treino”, exemplifica.

Melhore sua rede de amigosSe for sair no final de semana, não se esqueça da companhia dos amigos. São eles que dão

garantia de boas histórias. “Nada mais justo que um bom papo descontraído e inteligente”, conta. O mesmo vale para amigos virtuais, ou seja, “papo cabeça” no Facebook também conta.

Pensamento positivoFrases como “isso não vai dar certo” e “não consigo” devem ficar fora do vocabulário de

quem está em busca da quebra de modelos mentais. O pensamento positivo, até mesmo nos problemas mais corriqueiros, é um treino para a mente.

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CAMPUSOrgânicos em debate

Mestrado e MBA FSG

A produção de alimentos orgânicos, com menor impacto am-biental, é a principal proposta do IV Encontro Caxiense para o Desenvolvimento da Agricultura Orgânica e Sustentável e II Reu-nião Sul Brasileira sobre Agricultura Sustentável, que ocorre nos dias 3 e 4 de setembro, no UCS Teatro. O coordenador do Cen-tro Ecológico de Ipê, Laércio Meirelles, abre o encontro com a palestra Agroecologia e Produção de Alimentos, na segunda (03), às 8:30. A deputada estadual Marisa Formolo (PT) também deve participar do evento, às 17:30, com a palestra Os Desafios na Le-gislação da Agroecologia. Ainda estão programados simpósios e palestras sobre aquecimento global, biodiversidade e nutrição. De acordo com a coordenadora do encontro, Valdirene Camatti Sar-tori, são esperados cerca de 400 pessoas nos dois dias de evento.

Em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a Faculdade da Serra Gaúcha está com inscrições aber-tas para Mestrado Profissional em Administração e MBA Exe-cutivo Internacional. São 20 conteúdos programados, entre Eco-nomia Empresarial, Finanças, Marketing Estratégico e Logística. As aulas ocorrerão quinzenalmente, sempre às sextas, das 13:30 às 19:30 e aos sábados, das 8:00 às 12:00. Inscrições pelo telefone 2101-6045.

+ MBAFaculdade de Tecnologia da Serra GaúchaCom 5 módulos, a FTSG realiza a segunda edição do MBA em Ges-tão Competitiva e Qualidade, com o professor Rodrigo Zanette. O investi-mento é de R$ 5.972.

+ EVENTOSAnhangueraA Faculdade Anhanguera realiza nes-ta sexta (31), a partir das 19:30, Ofici-na de Metodologia Científica. O mini-curso tem entrada gratuita e é aberto à comunidade. Durante a oficina serão analisados elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais de um trabalho científico, seguindo as normas da As-sociação Brasileira de Normas Técni-cas (ABNT).

Universidade de Caxias do SulAs possibilidades de abordagem da literatura na formação de alunos e professores é o foco do I Simpósio Na-cional de Literatura e Transdisciplina-ridade, na UCS, em Bento Gonçalves, nos dias 10, 11 e 12 de setembro. Tre-

ze professores devem participar de mesa-redonda nos 3 dias de evento. Na segunda (10), o médico Celso Gu-tfreind lança a obra A dança das pala-vras, às 22:00.

Faculdade MurialdoPersonal Training. Início 28 de se-tembro. Investimento de R$ 495,00. Inscrições pelo site.

Faculdade América LatinaTécnicas Criativas em Projetos de Design. Início 15 de setembro. Inves-timento de R$ 140

Universidade de Caxias do SulComo Ensinar Ciências nos Primei-ros Anos Iniciais. Início 15 de setem-bro. Investimento de duas parcelas de R$ 51.

Anglo AmericanoTécnicas de Visão Fotográfica. Início 12 de setembro. R$ 25Como trabalhar com o maior forne-cedor do mundo: China! Início 14 de setembro. R$ 25

WWW.ANGLOAMERICANO.EDU.BR. 3536-4404 | WWW.UCS.BR. 3218-2800 | WWW.FSG.BR. 2101-6000 | WWW.PORTALFAI.COM.BR. 3028-7007 | WWW.FACULDADEMURIALDO.COM.BR. 3039.0245 | WWW.FACULDADEAMERI-CALATINA.EDU.BR. 3022-8600 | WWW.ANHANGUERA.COM. 3223-3910 | WWW.FTSG.EDU.BR. 3022-8700 |

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por Daniela Bittencourt

A garota de 17 anos comemorava o novo estágio. A de 16 tinha poucas preocupações. A de 15 esperava pela sua festa de aniversário – ironicamen-te, na idade que representa a transição de menina para mulher. Nenhuma de-las contava com a hipótese de se tornar mãe, como se o sexo fosse próprio da adolescência, mas a gravidez perten-cesse a uma outra faixa etária. “É, acho que se perguntar para 10 adolescentes, todas vão dizer que não esperavam engravidar. A gente nunca acha que vai acontecer com a gente”, confessou a mais nova, com uma barriga de 9 meses.

Elas ainda mantém os rostos de criança, e deverão permanecer assim por alguns anos, até adquirirem traços definitivos de mulher. Os seios, che-gam antes à idade adulta. Elas usam tênis, pouca maquiagem e barrigas cobertas por moletons justos – novas vidas que elas já não escondem mais, mas também não se orgulham de mos-trar. “A maioria delas esconde, não fala abertamente nem para os professores. Geralmente quem vem nos contar é a mãe”, diz a professora Cristiane Silva, vice-diretora do turno da manhã do Colégio Estadual Henrique Emílio Meyer. Só do turno da manhã, foram 5

alunas grávidas neste ano.Agasalhada por um casaco xadrez

acinturado, resquícios de tinta roxa no cabelo, a jovem de 15 anos, a mais fa-lante das 3, lembrou dos primeiros dias de atraso da menstruação. “Entrei em depressão. Eu chorava, não sabia como contar, o que fazer, o que os meus ami-gos iam falar de mim, se iam ficar do meu lado...”. Era janeiro, um mês antes da sonhada festa de aniversário. “Na hora eu só pensava que minha mãe não ia querer fazer minha festa de 15. Mas ela fez. E no dia seguinte eu achei que fosse descer a menstruação, mas nada. No início de março fiz o exame de sangue”, conta. A confirmação per-maneceu lacrada dentro do envelope. Em casa, nem ela, nem a mãe e nem o namorado tinham coragem de ver o resultado. O pai da jovem, até aquele momento, desconhecia a situação.

A adolescente de 17, que dará à luz no início de outubro, também guardou da mãe, da chefe, dos colegas e de si, o quanto pôde, a chegada de João Vitor. Mas foi inevitável ir “de barriga” para a escola. Foram 6, 7 testes de farmácia na esperança de que algum deles contra-riasse o anterior. “Fiz um diferente do outro e sempre dava positivo. Aí, um dia, acordei bem tonta, quase desmaiei e minha mãe me levou no hospital. Fiz exame de sangue e deu positivo”, lem-

bra. Só as amigas mais íntimas foram oficialmente informadas da novidade. As outras foram percebendo à medi-da que os enjoos e as saídas da sala de aula se tronavam mais frequentes. “Minha mãe veio na escola e falou com a vice-diretora. Mas se dependesse de mim chegar e dizer, não ia contar”, assume. Na empresa onde fazia estágio, a barriga só foi confirmada como gravidez aos 5 meses. Era melhor que continuassem pensando que ela havia engordado. “Eu tinha medo de perder o trabalho”, confessa.

Durante as contradições típicas da adolescência, elas se veem obrigadas a tomar decisões e lidar com conse-quências precoces: manter a gravidez, assumir a barriga, contar ao namora-do, encarar o mundo e, ainda, passar de ano. Ao mesmo tempo que reco-nhecem a responsabilidade pelo gra-videz não planejada – “a burra fui eu”, assume a jovem de 16 – nem sempre atingem a maturidade que a materni-dade pede. “No começo, minha mãe me encheu bastante. Mas não é uma coisa que a gente fala ‘vou fazer um filho hoje’”, justifica-se. Questiona-da sobre pílula anticoncepcional, ela disse que sim, usava o método, mas às vezes esquecia e não gostava de to-mar. Conforme a professora Cristiane, a prevenção da gravidez precoce é um

Fraldas no lugar de livros

Adolescentes de 16, 15 e 17 anos, grávidas de 6, 9 e 7 meses |Paulo Pasa/O Caxiense

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dos temas trabalhados em sala de aula. “Todos os anos se monta um trabalho de prevenção, abordando os métodos contraceptivos, com a professora de Biologia. Além disso, temos palestras separadas com as meninas e com os meninos para esclarecer as dúvidas”, explica.

A escola acaba tendo papel decisivo. O desafio é mantê-las em sala de aula durante e após a gravidez. Antes do parto, os inimigos da frequência esco-lar são principalmente a vergonha de mostrar a barriga e, claro, a confusão emocional de se tornar mãe. Depois do nascimento, as aulas costumam perder

para o cansaço, a mudança na rotina, as responsabilidades práticas, além da dificuldade em encontrar quem fique com os bebês, já que muitas não conseguem creche e a maioria tem pais e namorados que trabalham. “Muitas passam para o turno da noite, quan-do podem deixar o bebê com o pai. Outras esperam os 18 anos para fazer o supletivo. Mas a grande maioria, 70%, para não exagerar, não aguenta e para de estudar”, conta Cristiane. “Elas têm que realmente se virar para cuidar do nenê, têm que dar o jeito delas”, lamen-ta. Algumas ainda retornam à escola depois de dar à luz, mas são raras as

que conseguem conciliar o papel de estudante com o de mãe, mesmo com a atenção especial que recebem.

Para estimular a permanência na escola, os professores deixam trabalhos para a vice-diretora entregar às meni-nas, enviam o material por e-mail e até permitem que elas levem o bebê para alguma prova. Na conversa de mãe para mãe, Cristiane usa sua experiên-cia para incentivar que, apesar das di-ficuldades, elas não desistam. “Sempre falo para aproveitarem enquanto estão na idade certa para estudar”, argumen-ta, lembrando daquela que deveria ser a única preocupação nesta faixa etária.

AUTOMECHANIKA 2012No dia 09 de setembro parte para Frankfurt, Ale-

manha, um grupo de 10 empresas do segmento metalmecânico de Caxias do Sul. As empresas que integram a 22ª Missão Técnico-Comercial do SIMECS ao exterior, irão participar como expositoras da Feira Automechanika até o dia 17 de setembro. Visando potencializar a presença de suas indústrias nesta im-portante vitrine global, o SIMECS adquiriu uma área de 240 m² na feira, oferecendo toda estrutura necessária. Será uma experiência importante para muitas empre-sas do SIMECS e que ainda não participaram de uma feira fora do Brasil, especialmente como expositoras. Para se ter uma ideia, a Automechanika é considerada uma das mais importantes feiras no segmento automo-tivo mundial. O evento é referência internacional em tecnologia automotiva, sendo líder na apresentação de inovações, tendências e tecnologia no setor de au-tomóveis e similares. A Missão conta com o apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desen-volvimento e Promoção do Investimento.

GRUPO BUCCI / ITÁLIADiretores do Grupo Bucci Industries participaram

de encontro no Sindicato das Indústrias Metalúrgicas de Caxias do Sul. O evento reuniu diretores do grupo italiano, dirigentes do SIMECS, empresários do setor metalmecânico e representantes de instituições. O Grupo Bucci Industries Brasil esteve representado pelo diretor-geral, Rogério Fuzaro e pelo engenheiro Fábio Magnabosco. Representando a empresa Sinteco S.P.A, da Itália participaram o diretor-geral Stefano Gia-comelli e Alessandro Golino, gerente de vendas. Rep-resentando o SIMECS, participaram o vice-presidente Reomar Slaviero, o diretor executivo Odacir Conte e os diretores Edson D`Arrigo, Jones Francisco Mariani, João Cláudio Pante e Rudinei Suzin. Aos dirigentes do SIMECS, os representantes da Itália, que já possuem clientes em Caxias e região, manifestaram o interesse em expandir a parceria com as indústrias locais. Con-forme Rogério Fuzaro, diretor da organização no Brasil, o Grupo Bucci Industries é representado no mercado mundial por cinco marcas principais: Iemca, Giuliani, Sinteco, Riba Composites e Vire, todas certificadas com ISO 9001:2000, cada uma com sua própria identi-dade específica de produto.

NOVA CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIACom o objetivo de esclarecer a Nova Contribuição

Previdenciária Sobre a Receita e o Reintegra das Em-presas Exportadoras, o SIMECS realizou evento com a apresentação dos advogados Heron Charneski e An-dré Ibañez, sócios da Charneski Advogados. Conforme Heron Charneski, a desoneração da folha de paga-

mento, medida tributária iniciada no ano de 2011 pelo Governo Federal, como parte do Plano Brasil Maior, não tem trazido apenas alívio para as empresas. Dúvi-das quanto a nova legislação têm dificultado o trabalho dos contribuintes que industrializam produtos abrangi-dos pela nova contribuição sobre a receita bruta, que substitui a antiga contribuição previdenciária patronal sobre a folha de pagamento. Além de serviços como tecnologia da informação e hoteleiro, a desoneração da folha abrange setores da indústria coureiro-calçadista, moveleira, têxtil, automotiva, de plásticos, material elé-trico, naval e de bens de capital. Os palestrantes tam-bém analisaram as repercussões do Projeto de Lei de Conversão nº 18, de 2012, que deverá ser sancionado ou vetado pela Presidência da República, ampliando os setores participantes da desoneração. O evento tratou ainda, de importantes questões do Reintegra – Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras.

BALANÇO SOCIAL As empresas metalmecânicas que ainda não

enviaram ao SIMECS as informações que farão parte do Balanço Social 2012 devem providenciar o mais breve possível. A 13ª edição do Balanço Social vai in-formar os investimentos feitos pelas empresas metalúr-gicas, especialmente na área social, tornando pública a preocupação e empenho das políticas empresariais em proporcionar aprendizado, formação técnica e oportunizar vários programas assistenciais a 70 mil trabalhadores e seus dependentes. Entre os benefí-cios concedidos, destacam-se: salários, programas de saúde, educação, transporte, alimentação, participa-ção nos lucros e resultados. O sucesso de cada edição do Balanço Social tem tido a importante participação das empresas representadas pelo SIMECS, as quais colaboram através do envio dos dados econômicos e sociais. Visando objetivar e facilitar o encaminhamen-to das informações, o SIMECS lançou o Sistema de Indicadores para os Dados do Balanço Social. O endereço: http://indicadores.simecs.com.br/bs/

SIMPÓSIO DE MANUFATURAJá está garantida a participação do SIMECS no

Simpósio SAE BRASIL de Manufatura, dia 12 de setembro, no Hotel Intercity Premium – Caxias do Sul. A realização do evento é da SAE BRASIL – Seção Caxias do Sul. O Simpósio abordará o tema: O papel da Manufatura na Competitividade Global. O objetivo é proporcionar a profissionais e acadêmicos, conheci-mentos ligados à Manufatura e Competitividade, além da interação com palestrantes e painelistas de renome na área. Os participantes do Simpósio terão a oportuni-dade de visitar uma exposição com 19 stands, ampliar seu network e fazer parte da troca de conhecimentos e experiências. Serão proporcionadas, ainda, visitas téc-nicas a empresas da região, dando a oportunidade de identificar novas práticas e benchmarking.

NR 35 - TRABALHO EM ALTURANo dia 03 de setembro, o SIMECS realizará em

seu auditório, importante evento sobre a NR 35 - Tra-

balho em Altura. Com as inscrições já encerradas, o encontro destina-se aos profissionais das empresas metalmecânicas de Caxias do Sul e região, entre os quais, médicos do trabalho, engenheiros e técnicos de segurança, responsáveis por áreas de carga e descar-ga, manutenção e RH. O palestrante do evento será o engenheiro Gianfranco Pampalon (Membro do GT/ GTT-NR 35 - Representante do Governo-Auditor Fiscal da SRTE/SP/MTE). Ele irá abordar a nova Norma Reg-ulamentadora que trata especificamente das condições de segurança e saúde dos trabalhadores que exercem suas atividades em situações com risco de queda, bem como a prevenção e cuidados necessários para um trabalho sem acidentes.

PLANEJAMENTO NAS EMPRESAS“Ambiente de Negócios em Transformação: ou

planeja ou desaparece”. Este foi o tema da palestra que o SIMECS realizou com a apresentação do con-sultor em Administração, Ivan Carlos Polidoro. Salien-tou o profissional que planejamento é um processo presente de tomada de decisão, com repercussões futuras sobre situações esperadas ou necessárias. Em momentos de turbulência nos ambientes econômicos e de mercado, é cada vez mais latente a necessidade de planejamento por parte das empresas. “Se com plane-jamento já é difícil navegar nesses mares revoltos, que dirá sem rumo a curto ou médio prazos, pelo menos,” enfatizou. Planejar não constitui mais uma opção das empresas, mas condição para sua sobrevivência e de-senvolvimento de forma consistente. O planejamento, em suas dimensões estratégica, tática e operacional, é uma ferramenta indispensável de gestão e que tem de ser aceita e implantada de forma adequada para levar a empresa a seus naturais objetivos de crescimento com rentabilidade.

SÃO MARCOS / LIDERANÇA EDUCADORAEm mais um importante evento de interiorização, o

SIMECS programou para o município de São Marcos palestra sobre Liderança Educadora. O evento acon-tecerá no dia 12 de setembro, nas dependências da empresa Master Power. A apresentação será de Luiz Carlos Fracaro, profissional com Doutorando em Psi-cologia Organizacional. Possui graduação em Admin-istração de Empresas e Formação de Professores, além de ser professor universitário em disciplinas de RH; Personal & Professional Coaching. Profissional da área de Recursos Humanos há 38 anos, Fracaro irá abordar no evento, a história da liderança no Brasil, an-tecedentes da liderança; liderança situacional; gestão de pessoas, entre outros itens.

SIMECS - Sindicato das Indústrias Met-alúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul. Rua Ítalo Victor Bersani, 1134 – Caixa Postal 1334 – Fone/Fax: (54) 3228.1855 – Bairro Jardim América. CEP 95050-520 – Caxias do Sul - Rio Grande do Sul. Web Site: www.simecs.com.br - E - Mail: [email protected]

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O candidato da situação Alceu Barbosa Velho (PDT) não compa-receu à reunião-almoço da CDL Jovem da última terça (28). No seu lugar, o candidato a vice Antonio Feldmann (PMDB) apresentou as propostas da coligação Caxias para Todos. Alceu, o 1º a ser convidado por ordem alfabética, cumpriu agen-da na Expointer. Feldmann foi alvo de críticas, principamente quando o assunto foi comércio. A insatisfação dos lojistas com a prefeitura no caso Feira de Ibitinga é visível e as justi-ficativas da administração Sartori não convenceram. “A feira ganhou uma liminar na Justiça. A prefeitura não tem o que fazer, tem que acatar”, explicou Feldmann. Luis Fernando Possamai (PSOL) será o próximo, e último, convidado da CDL. Como os demais, sua participação também será comentada neste espaço.

Neste sábado (1º), acompanhe ao vivo e em vídeo em www.oca-xiense.com.br o debate entre os prefeituráveis promovido pelo Sindi-serv, a partir das 9:00. Na segunda-feira (3), o encontro dos candi-datos será na Ftec, às 19:00.

Além da reunião da CDL, Alceu faltou a outros dois com-promissos nos últimos dias (apresentação de propostas aos Conselhos Municipais e encerramento da 1ª Semana Muni-cipal de Pessoas com Deficiência). Feldmann substituiu Al-ceu nas duas ocasiões, mas não evitou insatisfação. Na quar-ta (29), as 4 coligações da oposição enviaram nota dizendo que nesses casos “a cadeira reservada para o tal político deve permanecer vazia com uma identificação em papel”.

No documento entregue pela CIC aos 5 candidatos, consta o desejo da entidade de sugerir ou indicar “um nome para secretá-rio municipal de segurança”. Por falar nisso, diversas lideranças do empresariado devem estar presentes no jantar do aniver-sário de 38 anos do 12º BPM e 175 anos de Brigada Militar, no dia 13 de setembro, às 20:00, no Samuara Hotel.

de litros é a economia mensal de água da Visate. Diariamente, todos os 334 ônibus da frota são lavados, entre meia-noite às 5:00. O processo de lavagem reaprovei-ta de 80% a 90% da água, que é captada através de canaletas e direcionada a um poço artesiano. Além disso, há captação de água da chuva. Antes de ser reaprovei-tada, a água passa pela Estação de Trata-mento de Efluentes da Visate.

Os dados divulgados pela CIC e CDL relativos ao desempenho da eco-nomia local na última terça-feira (28) compro-vam: o comércio avança. O mês de julho, em rela-ção ao mesmo período de 2011, registrou aumento de 19,6% no setor. Em comparação a junho deste ano, o crescimento foi de

4,7%. Segundo a análise apresentada, o incremen-to se deve à redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), principalmente na venda de automóveis. Mesmo assim, 52 postos de traba-lhos no comércio foram fechados em julho. O úni-co setor que desacelerou foi o de serviços, em 5,5%.

Arthur Bender, presi-dente da Key Jump (em-presa especializada em planejamento) será um dos palestrantes da Jornada do Varejo, que ocorre na tar-de de 16 de setembro, no UCS Teatro. O publicitário autodidata – ele é formado

em Letras com especiali-zação em Marketing – vai falar sobre Tendências e comportamento do consu-midor. O evento é gratuito para lojistas associados à CDL. As inscrições estão abertas e podem ser feitas pelo telefone 3209-9977.

Na Expointer

Sem substituto

AGENDASegurança

Comportamento do Consumidor

Comércio aquecido

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Quando a ciência explicou que muitos casos de possessão não eram culpa dos demônios ou problemas que padres pudessem tratar, o exorcismo tornou-se raro. Na região, apenas um, na década de 40, é admitido pela Igreja. Se o ritual continua sendo realizado, os padres só garantem uma coisa: não contarão a ninguém

SEM NOTÍCIASDO DIABO

por Daniela Bittencourt

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Muitos saíram discretamente da missa, que acabara às 21:00, para participar do encontro que pro-metia respostas às dúvidas culti-vadas pelos filmes de terror. Na sexta edição do Fé e Café, um de-bate direcionado a jovens entre 16 e 35 anos de todas as crenças, o padre Leomar Brustolin, autor da iniciativa, esclareceu as dú-vidas sobre o tema. Contou que os exorcismos reais – rituais po-derosos, raros e sigilosos – cos-tumam ser menos espetaculares do que o cinema, sem cabeças rodando em 360 graus, camas levitando ou vômito verde. Falou sobre o mal para uma plateia de mais de 200 pessoas, por quase duas horas. Do jeito que o Diabo gosta.

Descontraído, ele carregava consigo um livro de capa dura vermelha. Nela, finas letras dou-radas deixavam ler Ritual de Exorcismos e Outras Súplicas. “Se precisar, a gente usa”, provocou. O volume, publicado em 2004, veio substituir o antigo, que da-tava de 1614. Ora, se existe um manual de procedência do ritual de exorcismo, então existe a pos-sibilidade da possessão. Brus-tolin tratou logo de esclarecer o primeiro ponto, que sustentaria

o desenrolar do encontro: “O Diabo não é objeto de fé, mas ele não pode ser negado. O mal exis-te e a gente o experimenta, mas nós não sabemos explicá-lo. O que o Cristianismo admite é que há alguém do mal no mundo, mas como ele surgiu, quem ele é e como se tornou assim, des-conhecemos”, explicou o padre, doutor em Teologia.

Fora do cinema, para a de-silusão de muitos, o exorcismo se torna mais velado e discreto. Mas não menos poderoso e con-troverso. “Na cabeça da maioria das pessoas, o milagre tem que ser como o cinema projetou”, instiga o padre Brustolin, der-rubando mitos consolidados por filmes como O Exorcista, clássi-co de 1973, mas sem descartar as manifestações em línguas desco-nhecidas, a força descomunal e as vozes desumanas.

Partindo da crença que a pos-sessão demoníaca existe, mesmo que rara, a Igreja Católica prevê uma séria e intensa investiga-ção para confirmar tais casos. Brustolin admite que já recebeu muitos pedidos de exorcismo, mas não realizou nenhum. Mes-mo que o tivesse feito, não pode

“As duas coisas que o Diabo mais gosta é que não acreditem nele e que falem dele o tempo todo”. A negação da existência do mal parece ser menor do que o interesse na figura do demônio. Tama-nha curiosidade motivou jovens a eleger o exor-cismo como pauta de um encontro na Catedral Diocesana de Caxias. Ávidos por revelações, eles encheram o espaço Mater Dei no domingo (22).

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ria divulgar, já que um dos princípios para a prática do ritual consiste em mantê-lo em sigilo. “Quando alguém procura a Igreja querendo um auxílio para livrar-se ou ajudar algum familiar da influência do maligno, a primeira medida a ser tomada é levantar hipó-teses de problemas físicos, mentais ou morais. Geralmente eles são mascara-dos de uma pseudoideia de possessão, justamente para esconder a realidade. Pode ser um mecanismo de defesa da pessoa que se diz possuída”, explica. Ao padre cabe saber distinguir tais hipó-teses. “Ele deve perceber no discurso e na linguagem se há algum indício de problema de ordem espiritual. Há ve-zes em que é possível fazer uma súplica de libertação do mal, prevista no ritual do exorcismo, e que não se constitui no rito propriamente dito”, conta. Consis-te em uma oração, uma bênção. Esta é praticada abertamente pela igreja em momentos especiais, como o batismo ou corriqueiros, como o final das mis-sas. Porque é melhor prevenir...

A verificação deve confirmar os indí-cios de possessão. Segundo o livro Ritu-al de Exorcismos, os sinais de obsessão diabólica incluem falar muitas palavras em língua desconhecida pelo possuído

ou entender alguém que a fala; manifes-tar eventos sobrenaturais, mostrar for-ças superiores à idade ou às condições físicas. Ainda assim, estes são somente alguns indícios, frisa muitas vezes Brus-tolin. Os sintomas não confirmam ne-cessariamente uma possessão. Mesmo os sinais que poderiam fazê-lo são abor-dados pelo padre com cautela: a forte aversão a Deus, às coisas da Igreja e à materialização da fé. Talvez venha daí a expressão “fugir como o Diabo foge da cruz”. Para Brustolin, mesmo a inves-tigação é terreno que deve ser pisado com cuidado. Antes de iniciá-la, todas as possibilidades psicológicas ou psiqui-átricas devem ter sido esgotadas. “Antes de tudo, deve-se consultar médicos, psi-cólogos e psiquiatras para avaliar o caso. Na maioria das vezes, a hipótese não se sustenta”, defende. Um jovem perguntou se a Igreja investigaria a possessão de alguém que não fosse católico batizado. Brustolin respondeu que o caso, como os demais que envolvem os pedidos de exorcismo, deveria ser debatido inter-namente pela Igreja. Não que tenha sido necessário. Em Caxias do Sul, o padre garante que nunca aconteceu – Carava-ggio fica em Farroupilha.

A posição é mantida pelos principais representantes da Igreja Católica na

“Antes de tudo, deve-se consultar

médicos, psicólogos e psiquiatras para avaliar o caso. Na maioria das vezes,

a hipótese não se sustenta”, diz o padre Leomar

Brustolin, que nunca realizou

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Padre Leomar Brustolin lê trechos do Ritual de Exorcismos e Outras Súplicas |Daniela Bittencourt/O Caxiense

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“Como a ciência da época (medieval) não conhecia os

fatos da Psicologia e da Psiquiatria,

o que não era explicável se atribuía ao

demônio. Isso derruba todas as hipóteses de possessão e de

exorcismos hoje”, conta o padre

Cangianelli

Mais de 200 pessoas, a maioria jovens, participaram do Fé Com Café, na Catedral, para esclarecer súvidas sobre o exorcismo |Daniela Bittencourt/O Caxiense

região. O bispo Dom Alessando – res-ponsável pela liberação do ritual, caso necessário, após pedir autorização do Papa – afirmou nunca ter designado ne-nhum padre para fazer o ritual: “Falo por mim, não sei dizer se o bispo que estava antes de mim designou alguém, mas eu, de minha parte, nunca precisei”. Procura-do pela reportagem, Dom Paulo se mos-trou possesso com a abordagem. O bispo emérito disse que a Igreja Católica não gosta de falar sobre o tema. E a imprensa insiste em fazê-lo. Explicamos que a pró-pria Igreja havia debatido o tema recen-temente. Antes de desligar, Dom Paulo confirmou que não designou nenhum padre para o exorcismo, tampouco sen-tiu necessidade de realizar investigação de algum caso.

O padre Renato Cangianeli defen-de com veemência que a Igreja Católica nunca realizou um exorcismo que pu-desse ser comprovado. Professor do Cen-tro Latino-americano de Parapsicologia (Clap), fundado pelo padre Quevedo, Cangianeli conta que, conforme a visão do Clap, nenhum exorcismo realizado até hoje pode ser confirmado como caso de possessão. “A Igreja realizava exorcis-mos na Idade Média, baseada na ciência da época. Como a ciência da época não conhecia os fatos da Psicologia e da Psi-quiatria, o que não era explicável se atri-buía ao demônio. Isso derruba todas as hipóteses de possessão e de exorcismos hoje”, garante o padre, defendendo o que, segundo ele, é a buscar a verdade. Can-

gianeli admite a existência do mal, mas nega a sua personificação, a interferência de algo que está na esfera espiritual na vida material. Ou seja, para ele, exorcis-mo “non ecziste”. Pelo menos atualmente, não tem razão de existir.

Descartando a possibilidade de perso-nificação do mal, Cangianeli justifica a publicação do livro Ritual de Exorcismos como mera segurança. “Entre existir e praticar há uma diferença muito grande. Antes o exorcismo fazia parte do missal romano, do dia a dia da Igreja. Mas, con-forme foi se percebendo que não era mais necessário, ele foi eliminado”, conta. Para ele, o ritual pode ser totalmente confun-dível: “Muitas vezes pode acontecer uma “cura” quando você tem alguns casos de problemas psicológicos mais leves e, pelo sugestionamento, pode tirar a pes-soa destes problemas, dando uma falsa impressão de que o exorcismo expulsou o demônio”. Comungando da visão, o padre Brustolin é convicto ao alegar que um bom psiquiatra resolveria metade dos problemas confundidos com pos-sessão, especialmente quando a pessoa apresenta alterações no comportamen-to, na maioria das vezes por transtornos dissociativos de identidade. “Diante do descontrole da pessoa, muitos familiares atribuem uma influência do maligno e têm dificuldade de aceitar a ideia de que seu parente está precisando de um psi-quiatra, por exemplo”. Ainda assim, não custa ficar com um pé atrás. Acreditar no Diabo pode ser uma boa forma de se pro-teger contra ele.

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Não importa quantos anos você tem, em algum momento da vida vai se questionar sobre a sua existência e ficar inseguro nas suas decisões, como um adolescente

CRISE DE IDADE. QUEM NUNCA?

por Andrei Andrade

Que profissão seguir, sair de casa ou ficar, mudar ou não de cidade, estar solteiro ou não estar, ter ou nãor ter filhos, aposentar ou seguir trabalhan-do. Em algum momento, alguma, vá-rias ou todas estas questões irão tirar o sono de qualquer pessoa comum. E por exigirem decisões, podem gerar crises difíceis de se resolver, causando ansie-dade e frustração. Ao contrário do que muitas vezes os pais e amigos querem fazer crer, crise de idade não é mera mania. Os exemplos citados são os mais frequentes entre os que levam pessoas de diferentes faixas etárias a procurar apoio psicológico para superar maus momentos. Mas não são os únicos. Nas últimas semanas, um texto de au-tor desconhecido compartilhado por milhares de pessoas nas redes socais elenca uma série de razões que cons-tituem a “síndrome dos 20 e poucos”, que dá título ao texto. Mesmo sem ser um primor estético, o artigo passa por tantos dramas e clichês – amigos que se distanciam, trabalho insatisfatório, me-nos festas por finais de semana – que em algum momento gera identificação em quem lê, garantindo novos compar-tilhamentos e mais gente se sentindo confortada, ainda que na crise.

Segundo a psicóloga caxiense Lucia-na Mancio Bálico, as crises de idade nem sempre estão ligadas à inexorável passagem do tempo. Cada fase da vida é marcada por questionamentos exis-tenciais, que envolvem especialmente

carreira, relacionamentos e família. Em comum, geralmente estão a dificuldade de decidir sozinho e o estranhamento frente ao desconhecido. Os jovens de 20 e poucos anos correspondem a uma grande parte do público atendido por Luciana em seu consultório. Na maio-ria dos casos, são adolescentes – mes-mo depois dos 20 – com dificuldades de encarar a transição para a vida adul-ta. A psicóloga defende a tese de que adolescência e fase adulta não são uma questão de idade, mas de situação só-cioeconômica. A pessoa se torna adul-ta quando tem condições de prover a si própria, deixando de depender dos pais. E nesta fase, seja aos 16, aos 18, aos 25, as escolhas profissionais são a principal inquietação, principalmente das mulheres. “O que os homens veem como motivação não é muito a carreira. São mais coisas do tipo ‘quero sair de casa, mas não tenho grana’, ou ‘namoro há 5 anos e não transo há 6 meses’. São inquietações mais típicas dos meninos de 20 e poucos anos”, destaca a psicó-loga.

Passadas as indefinições dos 20 e poucos anos, a próxima crise que aguarda a maioria das pessoas chega depois dos 30. Nesa fase, apresentam-se como mais sérias as questões envol-vendo relacionamentos. É a época em que o imediatismo na busca por um(a) companheiro(a) forma casais insatisfei-tos e propensos a crises, muitas vezes silenciosas. “Tem um desespero, algo

como ‘pô, estou com 30 e estou soltei-ro, como assim?’. Aí quando surge uma pessoa interessada, logo se agarra nela e já diz: ‘vamos morar juntos?’, sem dar tempo para a relação amadurecer”, co-menta Luciana. Quando casos de crise de idade são levados ao consultório – normalmente por iniciativa própria do paciente –, o tratamento costuma ser relativamente rápido. A psicóloga considera um período de 2 meses, com uma consulta por semana, suficiente para que as crises, em geral, sejam su-peradas e os desafios que a idade impõe passem a ser encarados com naturali-dade.

Passada a crise dos 30 anos, um lon-go período da vida será confrontado com crises familiares, envolvendo o crescimento dos filhos e seus próprios dramas de passagem da infância para a adolescência, daí para a fase adulta... dramas com os quais os pais não sabem como lidar. Quando os filhos já estão crescidos e independentes – sempre generalizando, é bom frisar – o pró-ximo grande conflito chega quando a pessoa se vê à beira da aposentadoria, por volta dos 60. É uma fase em que é inevitável rever toda a trajetória pes-soal e se perguntar o que fazer com a bagagem acumulada de conhecimento, experiências e realizações ao longo da vida. Nesta faixa etária, a inquietação mais comum é sobre se aposentar ou não e, consequentemente, a necessida-de de continuar se sentindo útil, tanto

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para a sociedade quanto para a família. “A maioria das pessoas não se dá conta de que preparar a aposentadoria deve ser uma preocupação desde o primei-ro dia de trabalho”, observa Luciana. Com suas semelhanças e diferenças, em qualquer idade as crises são legítimas e

igualmente sérias. “Para cada ser hu-mano, a sua crise é a mais grave. É ele quem está sofrendo, por isso não posso dizer que uma pessoa que não consegue manter relação sexual vive um drama mais grave do que aquele que não sabe se vai morar em Caxias ou na Bahia”,

exemplifica a psicóloga.

Para saber como pessoas de diferen-tes faixas etárias convivem com a idade que têm hoje, perguntamos a 5 caxien-ses como eles avaliam o presente e o passado em suas vidas.

Luiza Pettinelli, 20 anos, estudante de Medicina

Márcio Ramos, 28 anos, ator

Rafa Gubert, 37 anos, músico

Cláudio Abreu, 61 anos, jornalista e publicitário

Hieldis Severo, 73 anos, professora aposentada

“Nesta idade, tem me saltado aos olhos uma série de vontades de coisas que eu queria fazer, mas não vou conseguir. Como surfar, escalar, fazer rafting, por exemplo. São esportes que não eram tão co-nhecidos na minha juventude, nem tinha como praticar. Hoje eles me atraem muito, mas aí descubro que

já quebrei uma perna, que sou hipertenso, que o cardiologista cer-tamente não recomendaria. Também nesse momento da vida, se torna mais necessária a preocupação com a saúde, especialmente com a alimentação e com as bebidas. Passamos a ser assombrados por doenças como o Mal de Alzheimer ou o Mal de Parkinson, que podem estar na próxima esquina. Não tem como escapar de pelo menos pensar nisso. Mas acho que a gente só perde mesmo a beleza, que é patrimônio exclusivo da juventude. No máximo a gente pode ficar charmoso, mas bonito não”.

“É um pouco estranho as pessoas perguntarem e tu dizer que tem 20 anos. Nao é mais 17, 18, 19. Muda o dígito. Mas não sou daquelas que pen-sam que antes era melhor. Acho que está melhor agora, principalmente de-pois dos 18, idade que representa mais liberdade, como poder sair e dirigir. Sair de casa, ainda não penso. Mas muitos amigos falam que, depois que sai a primeira vez, não quer mais vol-tar. Talvez aconteça comigo. Acho que aos 25, quando estiver formada, posso ter uma crise, por ter que decidir o que quero da vida e me sentir com menos tempo para fazer um monte de coisas”.

“Nessa idade, depois de muito viver, descobrir e ex-perimentar, a gente passa a se reconhecer um pouco melhor. E convive com algumas frus-trações, pois a gente não é do jeito que gostaria de ser ou que achou que seria. O caminho é buscar o autoconhecimento, ser menos individualista. Acho que passei pela crise mais for-te aos 16, quando comecei a me achar adulto. Não sei dizer se tive depressão, mas foi uma época tensa, em que sofri tudo o que tinha para sofrer”.

“Posso di-zer que é uma fase muito boa. Na juventude tu tens ótimas art iculações, mas uma pés-sima cabeça. Depois inverte (se tu tens uma cabeça boa). Porque, quan-do jovem, a gente vive per-

seguindo algo que nem sabe o que é. Mas depois de uma idade, tu paras com isso e passas a viver em paz, com tranquilidade, se aceita mais e se dá bem consigo mesmo. Mesmo quando parei de tra-balhar, pude me dedicar mais à família e ser mais importante para ela. Posso dizer que depois dos 65 entramos na melhor fase da vida”.

“Poderia vir com aquele papo de que ‘que-ria ter a cabeça que tenho hoje com a idade que tinha antes’, mas não acho que seja isso. Procuro pensar que a fase que estou vivendo é sempre a melhor da minha vida. Me sinto o mesmo que era 20 anos atrás, com as mes-mas preocupações, como se tivesse sempre a mesma idade (exceto na hora de jogar bola). Acho que minha profissão, que me faz estar sempre em contato com pessoas mais jovens e sempre com alto astral, contribui para isso. A maioria dos meus colegas de escola hoje parecem mais velhos do que eu. Já estão ca-sados, constituíram família. Eu não tenho pressa para isso, mas nem resistência. Por enquanto, estou casado com a música”.

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por Paula Sperb

Um livro com dois autores. Tex-tos assinados individualmente e em dupla. As características externas de Couro Ilegítimo e Outros Contos (Editora Modelo de Nuvem, R$ 25), de Cesar Mateus e Maikel de Abreu, poderiam preocupar em um contexto local de autores inciantes ou não, que com pressa para publi-car, acabam expondo um material sem o esmero literário necessário – ou infelizmente já publicados na imprensa – e frustram o leitor. Mas não. A preocupação é aliviada logo no começo quando no próprio título se anuncia “contos”. Não se trata do comum livro de crônicas (que podem ser ótimas, basta ler Sala de Embarque, pela editora Belas Letras, de Marcos Manto-vani, autor que já pode se arriscar em um romance). São contos que carregam em si, sejam mais curtos ou longos, universos particulares. Tanto nos textos de Cesar como nos de Maikel, o cenário urbano é

praticamente elevado ao status de personagem. E, apesar da referência a outras estações do ano, é o inver-no que complementa a paisagem. Chuviscos, noites geladas e sapatos embarrados por poças d’água. Só há verão quando, em conto assinado pelos dois autores, o menino filho de um casal em conflito silencioso sai do ambiente interno da casa para jogar bola na rua com o pai. A cena com metáfora é esclarecida na seguinte passagem: “O verão, ele ainda tem algumas qualidades”. Cesar Mateus assina os primeiros contos do livro cuja linguagem é marcada por elipses, oralidade e certa inventividade quando usa re-cursos como “angústia-de-dar-dó” e “lancheria-bar-café. Há menos enredo e mais simbolismo nos contos de Cesar, também marcados pelo onirismo. O couro ilegítimo aparece embaixo de um sobretudo vermelho com mancha de vinho tinto e justifica o título da obra. A partir da página 81, Maikel de Abreu revela nos textos as presenças constantes de uma figura paterna ausente ou impotente. Impotência revelada diante de figuras femininas mal resolvidas e repressoras, talvez apenas pelo fato de existirem. O desejo de morte é outra marca dos contos. Seja através da paz de um cemitério ou de um acidente de carro ambíguo, a vontade de morrer dos personagens masculinos surge a qualquer momento. Os contos de Maikel estão prontos para serem adaptados para a linguagem do cinema, onde os diálogos, com muitas “DRs”, poderiam funcionar melhor do que no papel. Drogas e sexo poderiam levar a uma compa-ração com Charles Bukovski, só que Maikel é mais sincero. A sincerida-de e a verdade individual dos contos são as maiores riquezas do livro.

Cenários urbanos e simbolismo

PLATEIAabraham lincoln caçava vamPiros | blues e games em concertos | Parceria Pós-Divórcio | lágrimas De sérgio loPes

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Cenários urbanos e simbolismo

CINE

* Qualquer alteração nos horários e filmes em cartaz é de respon-sabilidade dos cinemas.

Benjamin WAlkER. Rufus SEWEll. Dominic COOPER. De Timur BEkMAMBETOVABRAHAM LINCOLN: CAçADOR DE VAMPIROS

Ok, todos os presidentes dos Estados Unidos têm, de certa forma, uma vida secreta. Agora, ima-ginar que Abraham Lincoln, um dos mais grandiosos para a história daquele país, pudesse ter defi-nido uma nação graças a sua habilidade de caçador de vampiros, é algo que só poderia ter saído da mente do mestre do estranho e do sombrio, o cineasta Tim Burton. A criação desta versão para o folclore dos vampiros sedentos por sangue e poder tem parceria com Timur Bekmambetov (diretor de Wanted). Pré-estreia.

GNC 3D SEX. (31), SÁB. (1°) e DOM. (2) 19:15CINÉPOlIS 3D SEX. (31), SÁB. (1°) e DOM. (2) 21:20 14 2:00

31 MINUTOSNo melhor estilo Muppet Babies,

com mistura de bonecos, animação e cenários reais, o filme conta a história de Juanín, produtor do noticiário 31 Minutos e o último exemplar da es-pécie juanines. Sua raridade desperta interesse na malvada Cachirula, cole-cionadora de animais em extinção que precisa completar uma exótica coleção.

CINÉPOlIS 13:10-15:20-17:50-19:50 L 1:28

PROCURA-SE UM AMIGO PARA O FIM DO MUNDO

Meu amor, o que você faria, se só te restasse esse dia? Neste longa, há poucas semanas do fim do mundo, o personagem de Steve Carell – um ven-dedor de seguros – decide que precisa desesperadamente reencontrar uma namoradinha da adolescência. E parte em busca da moça, junto com a vizi-nha e o cachorro. Estreia.

GNC 17:50-19:50-22:00 14 1:41

O LEGADO BOURNEO filme deixa para trás o universo do espião Jason Bourne, mas

o novo herói (Jeremy Renner) enfrentará situações desencadeadas pelos eventos dos 3 primeiros longas. Com Rachel Weisz, Edward Norton, Albert Finney e Joan Allen. Pré-estreia.

CINÉPOlIS SEX. (31), SÁB. (1°) e DOM. (2) 22:00 14 2:15

OS MERCENÁRIOS 2O maior e mais famoso grupo de mercenários do cinema se reúne

para uma missão aparentemente simples que é, na verdade, uma ar-madilha. Tool (Mickey Rourke) é assassinado durante a emboscada e sua filha, que decide fazer justiça com as próprias mãos, acaba cap-turada pelos bandidos. Caberá a Sylvester Stallone, Jean-Claude Van Damme, Chuck Norris, Jason Statham, Bruce Willis, Jet Li, Dolph Lundgren e Arnold Schwarzenegger salvar a mocinha. Estreia.

GNC 14:45-17:15-19:40-21:50 | 13:45-15:50CINÉPOlIS 14:00-16:30-19:00-21:30 16 1:42

À BEIRA DO CAMINHOInspirado em canções de Roberto Carlos, conta a história de um me-

nino que vai em busca do pai na boleia de um caminhão. 4ª semana.

GNC 13:30 CINÉPOlIS 12:50-15:00-17:30-20:30 12 1:45

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A ERA DO GELO 4 O Scrat persegue a noz. A noz

crava no gelo. No gelo, aparece uma fissura. A fissura desencadeia a deri-va continental. A deriva continental separa Manny, Diego e Sid de seus familiares, e leva tantos milhares de pessoas aos cinemas que a animação completa 10 semanas em cartaz. De Steve Martino.

★ ★ ★ ★ ★GNC 15:30-17:30-19:30

L 1:40

BATMAN: O CAVALEIRO DAS TRE-VAS RESSURGE

Há 7 semanas em cartaz no Brasil, a despedida do homem-morcego é a 5ª maior bilheteria do ano, com quase R$ 52 milhões. De Christopher Nolan.

★ ★ ★ ★ ★GNC DUB. 14:00-17:40-20:50 CINÉPOlIS 21:10 12 2:44

OUTBACK - UMA GALERA ANIMALNo caminho para o deserto da Aus-

tralia, o trailer onde Johnny, um coala branco que sofre bullying por causa da cor, Hamish, um diabo da tasmânia, e Higgens, um macaco fotógrafo, sofre um acidente. Eles acabam em uma vila onde terão que provar serem herois resgatando um coala sequestrado por Bog, o crocodilo gigante. 3ª semana.

GNC 3D 14:15 CINÉPOlIS 13:30 L 1:25

O DITADORMimado, mandão, vaidoso, ig-

norante e esnobe, Aladeen (inter-pretado por Sacha Baron Cohen), todo-poderodo governante de Wa-diya, vira plebeu quando o pronun-ciamento que faria à ONU negando a produção de armas nucleares em seu país é sabotado. Com Ben Kingsley, Megan Fox. 2ª semana.

GNC 14:30-16:40-19:00-21:10 CINÉPOlIS 14:30-17:00-20:00

14 1:34

O VINGADOR DO FUTUROComo não tem dinheiro para ti-

rar as férias dos seus sonhos, Doug Quaid (Colin Farrell), contrata os serviços de uma companhia que irá inserir memórias em sua mente. Como no original, a experiência dá errado. 2ª semana. Com Kate Be-ckinsale. De Len Wiseman.

GNC 16:15- SEG. (3)-QUI. (6)18:45 | lEG. 21:30CINÉPOlIS DUB 13:00-15:40 | lEG 18:30- SEG.(3)-QUI. (6) 21:20

14 2:01

VALENTEA impetuosa ruivinha Merida até

tolera a pressão dos pais para tomar jeito de princesa. Agora, casar é algo tão intragável que ela vai acabar ar-rumando confusão com uma bruxa e colocando o reino em risco para se livrar do compromisso. 6ª semana.

★ ★ ★ ★ ★CINÉPOlIS DUB. 16:00-18:40

L 1:44

ROCK OF AGES: O FILMESherrie Christian e Drew Boley vi-

vem uma história de amor no melhor estilo Mouling Rouge, só que ao som de rock, com figurino dos anos 80 e (não é spoiler) final feliz. Tom Cruise é o Duque às avessas (dorgas, Manolo), redimido pelo amor de uma jornalista. Atenção: as canções do filme são fieis ao estilo canta/dança/representa que o gênero pede. O resultado agrada mais aos fãs de musicais do que aos rockei-ros. 2ª semana. Com Julianne Hough, Diego Boneta, Paul Giamatti, Alec Bal-dwin e Russell Brand.

★ ★ ★ ★ ★GNC 21:40CINÉPOlIS 22:20 14 2:03

VIOLETA FOI PARA O CÉUO drama chileno do premiado cine-

asta Andrés Wood aborda vida e obra da cantora, folclorista e artista plástica Violeta Parra. A cinebiografia não se-gue uma linha cronológica e se foca em diversos momentos da vida da ar-tista, intercalados com trechos de uma entrevista que Violeta deu à televisão, em 1962.ORDOVÁS SEX. (31) e QUI. (6) 19:30, SÁB. (1°) e DOM. (2) 20:00 12 1:50

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2331.AGO.2012

+ SHOWS

MUSICA

SEXTA-FEIRA (31)

Wesley e André 23:30. R$ 20 e R$ 40. ArenaDan Ferretti e Banda 23:30. R$ 20 e R$10. Boteco 13Pietro Ferretti e Ana Jardim 23:30 R$ 5. Cachaçaria SarauConstelação 23:00. R$ 20 e R$ 25. HavanaH5N1 23:00. R$ 10. LevelMersey Trio 22:00 R$ 18 e R$ 12. MississippiEvânio e Jaciânio 22:00. R$ 8 e R$ 6. PaiolTira Onda + Dj Gilson 23:30. R$ 20 e R$ 10. Portal BowlingFesta da Tequila - Los Infernales 00:30. R$ 15 e R$ 12. Vagão

SÁBADO (1°)

Banda Disco 22:00. R$ 10. Bier HausFamília do Samba 23:00. R$ 5. Cachaçaria SarauMarcelo Nuñes e Fran Bortolossi 23:00. R$ 40 e R$ 25. HavanaBlind Dogs 22:30. R$ 18 e R$ 12. MississippiEvânio e Grupo 21:00. R$ 8 e R$ 6. PaiolBruno e Renan e Conversa Fora 23:00 R$ 40 e R$ 20. Place des SensMaurício Santos & Ban-da + Dj Eddy 23:30. R$ 20 e R$ 10. Portal Bowling

Preparar, apontar, rimarA segunda edição do Soltando o Verbo promete reunir os melhores rappers

da cidade improvisando para mostrar quem pode mais no mundo do rap. Além do duelo de MC’s, haverá um showcase de danças urbanas, com a dupla campeã de Free Style no festival Hip Hop No Estilo. Após, terá festa com o DJ Negada-lucas, mandando muita música black.

SÁB. (1°). 23:00. R$ 10. level

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Overdose de Kings of Leon

Instrumental dos fiéis

Para o suspiro de meninas apaixonadas e rapazes com barba por fazer e cami-sa de flanela xadrez, o sábado será de homenagem a uma das bandas preferidas dos hipsters do mundo inteiro. O especial Kings of Leon traz a banda cover Five Kicks, que irá interpretar hits dos norte-americanos, como Use Somebody, Sex On Fire, Red Morning Light e The Bucket.

SÁB. (25). 21:00. R$ 35. ConD

O quarteto Betesda – cujo nome é uma referência bíblica (ver João 5.2) – pro-põe a repaginação de músicas antigas do gênero gospel, utilizando um grande leque de ritmos e harmonias brasileiras, latinas e americanas. A banda é com-posta por Élison Fróes (guitarra e violão), Evandro Neri (contrabaixo), Elisier Leme (clariente) e Micael Padilha (bateria).

SÁB. (1°). 20:00. Gratuito. Ordovás.

Page 24: Edição 144

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DOMINGO (2)

Mateus & Fabiano ePagode Junior 21:00. R$ 10 e R$ 20. Portal Bowling

QUARTA-FEIRA (3)

Cristiano Crochemore, Fer Costa & Jayson Mross 22:00. R$ 15 e R$ 10. MississippiJhonatan e Carlos 22:00. Gratuito. Paiol

QUINTA-FEIRA

Fabrício Beck 22:00. R$ 10. Bier HausFher Costa Trio 22:00. R$ 10 e R$ 15. MississippiGrupo Macuco 22:00. R$ 15 e R$ 5. Paiol

+ SHOWS

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nse Estreia na segunda

Após participar de dezenas de gra-vações acompanhando músicos e ban-das da região e de lançar um CD solo, o contrabaixista caxiense Maikol Nora grava seu primeiro DVD. E ao vivo. No show que irá servir de registro para o material, Nora apresenta 7 música inéditas e 7 de seu trabalho anterior, com o melhor do seu pop característi-co: letras leves e mensagens positivas.

SEG. (3). 20:30. Gratuito. Teatro Municipal.

Concerto aos gamersA fantasia quase irresistível do universo dos gamers encontra a formalidade

da música erudita. Reunindo a Orquestra Municipal de Sopros e solistas do Coral Municipal, o concerto Playing Video Game esgotou em uma semana os ingressos para duas sessões. O sucesso garantiu uma sessão extra no sábado, para nerd nenhum ficar de fora. O áudio do concerto será em Surround 5.1, sistema semelhante às grandes produções musicais como da turnê mais recente do ex-Pink Floyd, Roger Waters. A sessão de domingo, às 17:00, ainda tem in-gressos disponíveis.

SÁB. (1°). 20:00 e DOM (2). 17:00 e 20:00. R$ 5. Teatro Municipal

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nse Blues no teatro

Acompanhado da Igor Prado Band, o gaitista Omar Coleman chega a Caxias para mais uma edição do Missis-sippi in Concert. Natural de Chicago, Coleman é um dos principais nomes da nova geração do rythm and blues. Iniciou sua carreira acompa-nhando grandes nomes como Louisiana Red, Hubert Su-mlin e John Primer. O show terá abertura do guitarrista Cristiano Crochemore, que toca com os cariocas da ban-da Blues Groovers.

★ ★ ★ ★ ★QUA. (4). 20:30. R$ 30.

Teatro Municipal.

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2531.AGO.2012

Estreia na segunda

Blues no teatro

Eles querem o buquê

Bonecos poéticos

Baseado em uma pesquisa do IBGE, que mostrava que as mulheres levam a independência profissional para a vida pessoal, o ator global de papéis secundários, Carlos Simões, criou o espetáculo Os homens que-rem casar e as mulheres querem sexo. No palco, ele vive um homem romântico diante da descomprome-tida mulher contemporânea. Hedla Lopes, outra atriz dos núcleos menos importantes das tramas globais e ex-mulher de Carlos Simões, interpre-ta o lado feminino do personagem. Marcado na entrada com adesivos de “solteiro” e “comprometido”, a pla-teia é convidada a participar. Simões diz que, em quase 5 anos em cartaz, a peça formou 16 casais. E também propagandeia mais de 1 milhão de espectadores.

SÁB. (1) e DOM (2). R$ 60, R$ 35 (antecipado) e R$ 30.

Teatro São Carlos. 14 1:10

O grupo Só Rindo Teatro de Bonecos, de Gramado, apresenta o espetáculo Persona-gens, que aborda reflexões e sentimentos inspirados em textos de Lya Luft, Pedro Boca Ricca, Nelson Haas e Luis Coronel. O espetáculo que sugere movimentos em quadros aparentemente desconectados é manipulado por Nelson Haas e Elisabeth Bado e direcio-nado a jovens e adultos.

DOM. (2). 16:00. R$ 20 e R$ 10. Casa de Teatro. 12 0:40

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PALCO

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26

ARTE

Coração exposto

CAMARIM

Em 5 dias, os 698 ingressos disponíveis para duas sessões do espetáculo Playing Video Game, da Orquestra Municipal de Sopros, esgotaram. Mérito do talento da orquestra e da aposta em um repertório po-pular – o espetáculo Beatles, A Razão e a Paixão teve o mesmo sucesso de bilheteria. O preço, também popular (R$ 5), im-pulsiona o sucesso. Além dos dias 1° e 2, às 20:00, a Orques-tra vai apresentar uma sessão extra no domingo (2), às 17:00, que ainda tem ingressos dispo-níveis. Por enquanto.

Frank Fialho, Andreson Au-guzzoli e Elias Hoffman, da produtora Submundo Alterna-tivo, já acumulam 32 giga em fotos para o curta em stop mo-tion O rei está morto, aprovado pelo Financiarte em 2011. E ainda falta 15% do filme que deve ter 20 minutos de dura-ção. A produtora já trabalha na edição e nos efeitos especiais. Baseado no jogo de xadrez e inspirado na estética dos qua-drinhos do americano Jack Kirby e do frânces Moebius, o curta conta a história de uma batalha. A partir da morte do Rei Negro, o Rei Branco pede que o filho conquiste o terri-tório sem trono. O curta tem vozes da atriz Zica Stockmans e de Luiz Feier Motta, a voz de Stallone no mercado brasileiro. O rei está morto deve estrear até dezembro.

Pop erudito

Xadrez

Marcelo araMis

A lágrima no rosto de Sérgio Lopes perturba e convida para a exposi-ção do novo trabalho do artista. A imagem do convite não revela nenhu-ma obra, mas expõe uma alma no estado de espírito em que estava quan-do tomou o lápis conté e o azul da caneta para desenhar. Escreveu letra de música e poesia. Preferiu deixar um espaço em branco, ou melhor, vazio. Segundo o próprio Sérgio, a confissão será ainda mais escancarada para quem visitar a galeria. “É muito intimista. E desta vez é algo que surgiu do meu imaginário, não tem leitura de outras imagens”, explica, referindo-se a seus dois trabalhos anteriores. Mas não se preocupe. Cartas de Amor não é triste. É melancólica, delicada, sutil e emotiva – como as verdadei-ras cartas de amor devem ser.

Cartas de Amor Sérgio Lopes. A partir TER. (04). SEG.-SEX. 8:30-18:00.

SÁB. 10:00-16:00. Galeria Municipal

On The Verge Daniéle Da Meda. SEG.-SEX. 9:00-19:00. SÁB. 15:00-19:00. Ordovás

A cor da luz no Olhar de Mauro de Blanco Mauro de Blanco. TER.-SÁB. 9:00-17:00. Museu Municipal

A Folia dos Panpan-guns de Bezerros Walter Karwatski. SEX. 9:00-19:00. SÁB. 15h-19h. Ordovás

Alma Guilherme Castro. SEX. (31) 9:00-19:00 e SÁB. (1°) 9:00-12:00. Ipam

Atelier de Costura Lola Salles. SEG-SEX. 9:00-18:00. Campus 8 (Documenta)

Capelinhas – Me-mória e Fé SEG.-SEX. 8:30-17:30. Museu dos Capuchinhos

Camadas Temporais Cristina Morassutti, Heloisa Marques e Lívia dos Santos. SEG-SEX. 8:00-22:30 Campus 8

Câmera Obscura Liliane Giordano e Myra Gonçalves. 9:00-19:00. SÁB. 15:00-19:00. Ordovás

Dia do Vinho Coletiva. Até SEX. (10). 8:30-18:00. Museu Municipal

Duo Valéria Rheis e Celso Bordignon. SEG.-SEX. 10:00-19:00. DOM. 15:30-19:30. Catna Café

Expedição Nature-za Gaúcha Zé Paiva. SEG.-SEX. 9:00-19:00. SÁB. 15:00-19:00. Ordovás

Monumentos de uma trajetória Bruno Segalla. SEG.-SEX. 9:00-12:00 14:00-17:30. Institu-to Bruno Segalla

Onde Estou? Iden-tidade, Memória e Patrimônio Coletiva. SEG.-SEX. 8:30-18:30. Câmara de Vereadores

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2731.AGO.2012

CINEMAS:CINÉPOLIS: AV. RIO BRANCO,425, SÃO PELEGRINO. 3022-6700. SEG.QUA.QUI. R$ 12 (MATINE), R$ 14 (NOITE), R$ 22 (3D). TER. R$ 7, R$ 11 (3D). SEX.SÁB.DOM. R$ 16 (MATINE E NOITE), R$ 22 (3D). MEIA-ENTRADA: CRIANÇAS ATÉ 12 ANOS, IDOSOS (ACIMA DE 60) E ESTUDANTES, MEDIANTE APRESENTAÇÃO DE CAR-TEIRINHA. GNC. RSC 453 - kM 3,5 - SHOPPING IGUATEMI. 3289-9292. SEG. QUA. QUI.: R$ 14 (INTEIRA), R$ 11 (MOVIE CLUB) R$ 7 (MEIA). TER: R$ 6,50. SEX. SAB. DOM. FER.R$ 16 (INTEIRA). R$ 13 (MOVIE CLUB) R$ 8 (MEIA). SALA 3D: R$ 22 (INTEIRA). R$ 11 (MEIA) R$ 19 (MOVIE CLUB) | ORDOVÁS. LUIz ANTUNES, 312. PANAzzOLO. 3901-1316. R$ 5 (INTEIRA). R$ 2 (MEIA) |

MÚSICA:ARENA: BRUNO SEGALLA, 11366, SÃO LEOPOLDO. 3021-3145. | ARISTOS. AV. JúLIO DE CASTILHOS, 1677, CENTRO 3221-2679 | BIER HAUS. TRONCA, 3.068. RIO BRANCO. 3221-6769 | BOTECO 13: DR. AUGUSTO PESTANA, S/N°, LARGO DA ESTAÇÃO FÉRREA, SÃO PELEGRINO. 3221-4513 | BUKUS ANEXO: RUA OSMAR MELETTI, 275. CINqUENTENáRIO. 3215-3987 | COND: RUA ANGELO MURATORE, 54, BAIRRO DE LAzzER. 3021-1056 | HAVANA: DR. AUGUSTO PESTANA, 145. MOI-NHO DA ESTAÇÃO. 3215-6619 | LEVEL CULT: CORONEL FLORES, 789. 3536-3499. | MISSISSIPPI. CORONEL FLORES, 810, SÃO PELEGRINO. MOINHO DA ESTAÇÃO. 3028-6149 | NOX VERSUS: DARCy zAPAROLI, 111. VILAGGIO IGUATEMI. 8401-5673 | PAIOL. FLORA MAGNABOSCO, 306. 3213-1774 | PLACE DES SENS: 13 DE MAIO, 1006. LOURDES. 3025-2620 | PORTAL BOWLING. RST 453, kM 02, 4.140. DESVIO RIzzO. 3220-5758 | SARAU. CORONEL FLORES, 749. ESTAÇÃO FÉRREA. 3419-4348 | TEATRO MUNICIPAL: DOUTOR MONTAURy, 1333. CENTRO. 3221-3697 | TEATRO DO SESC: MOREIRA CÉSAR, 2462. PIO X. 3221-5233 | VAGÃO CLASSIC. JúLIO DE CASTILHOS, 1343. CENTRO. 3223-0616 |

TEATROS:TEATRO MUNICIPAL: DOUTOR MONTAURy, 1333. CENTRO. 3221-3697 |

GALERIAS:ARTE QUADROS. FEIJÓ JúNIOR, 975. SÃO PELEGRINO. 3028-7896 | CÂMARA DE VEREADORES: ALFREDO CHAVES, 1323. CENTRO. 3218-1600 | CAMPUS 8. ROD. RS 122, kM 69 S/Nº. 3289-9000 | CATNA CAFÉ. JúLIO DE CASTILHOS, 2854. 3021-7348 | GALERIA MUNICIPAL. DR. MONTAURy, 1333, CENTRO, 3221-3697 | GALERIA UNIVERSITÁRIA. FRANCISCO GETúLIO VARGAS, 1130. PETRÓPOLIS. 3218-2100 | FARMÁCIA DO IPAM. DOM JOSÉ BAREA, 2202, EX-POSIÇÃO. 4009.3150 | INSTITUTO BRUNO SEGALLA: R. ANDRADE NEVES, 603. CENTRO. 3027 6243 | MUSEU DOS CAPUCHINHOS: R. GENERAL SAMPAIO, 189. RIO BRANCO. 21015276 | MUSEU MUNICIPAL. VISCONDE DE PELOTAS, 586. CENTRO. 3221-2423 | ORDOVÁS. LUIz ANTUNES, 312. PANAz zOLO. 3901-1316 |

LEGENdADuração Classificação Avaliação ★ 5 ★ Cinema e TeatroDublado/Original em português Legendado Ação Animação Artes Circenses Aventura Bonecos Comédia Documentário Drama Fantasia Ficção Científica Infantil Musical Policial Romance Suspense Terror

MúsicaBlues Coral Eletrônica Erudita Funk Hip hop Indie Jazz Metal MPB Pagode Pop Reggae Rock Samba Sertanejo Tradicionalista Folclórica

DançaClássico Contemporânea Flamenco Forró Folclore Jazz Dança do Ventre Hip hop Salão

ArtesDiversas Escultura Artesanato Fotografia Pintura Grafite Desenho Acervo Vídeo

ENdERE OS A

carol De BarBa

Em outro nível da cadeia pro-dutiva, a fabricante de aviamentos ColonTex já está focada no inver-no de 2013. A empresa lançou 40 novidades para o setor, desen-volvidos pela estilista Lila Ton-do, dentro de 5 temas: Conexão Cultural, Ligação Dark, Trama Militar, Laço Feminino e Rede Neo-Futurista. O lurex e o poliés-ter alto brilho são destaques entre os materiais.

Baunilha, menta, papaia, mo-rango e anis. Parece sorvete, mas não. Os sabores coloridos inspi-ram a coleção de Verão 2013 da Maria Santa, que logo chega às lojas, mas já pode ser vista no site da marca. Apesar da cartela de co-res ser em tons clarinhos – é tudo pastel –, variações exclusivas do strass Swarovski vieram direta-menta da Áustria para garantir o brilho característico das peças da marca.

A Ambicione, marca mais ar-rojada do grupo Anselmi, finca seus alicerces no mercado fashion com a inauguração de uma con-cept store em Gramado, próximo ao Palácio dos Festivais. O projeto arquitetônico, assinado pelos ca-xienses Jéssica De Carli e Felipe Azevedo, repaginou uma casa da década de 40. E tricô até na deco-ração, claro.

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Ambição

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Aviamentos

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FUTSALCampeonato de Futsal Master dos Jogos do Sesi SEX (31). 18:45. Sesi

Festival de Futsal Mirim Masculino do Projeto Talentos do FuturoSÁB (1). 8:00. Enxutão

Campeonato de Futsal Feminino do Sesi QUI (6). 19:00. Sesi

Campeonato de Futsal do Sesi – Série B SÁB (1). 13:00. Sesi

FUTEBOL SETECampeonato de Futebol Sete do Sesi - Série BSÁB (1). 11:00. Sesi

CICLISMOCiclofaixaDOM (2). 10:00. Perimetral Norte

PINGUE-PONGUECampeonato de Pingue-Pongue do Sesi - MasculinoSÁB (1). 13:30. Sesi

ESTÁDIO ALFREDO JACONI: HÉRCU-LES GALLÓ, 1547 | ESTÁDIO CLÁUDIO MOACYR DE AZEVEDO: FERNANDO HI-PÓLITO DOS SANTOS, S/N°, BARRA DE MACAÉ, MACAÉ(RJ) | SESI: CyRO DE LAVRA PINTO, S/Nº. FáTIMA | ENXUTÃO: RUA LUIz COVOLAN, 1560, BAIRRO MA-RECHAL FLORIANO |

ARQUIBANCADAcaxias quer esPantar a crise | Ju começa o mata-mata | Pingue-Pongue no sesi

+ ESPORTE

Três derrotas consecutivas deixaram o clima pesado no estádio Centenário. Os jogadores, ao final de cada partida, tentam explicar os insucessos das últimas rodadas. A torcida cobrou e o técnico Mauro Ovelha foi substituído por Picolli. Para acabar com esse clima, o time grená vai a Macaé (RJ), enfrentar o time que leva o nome da cidade em busca de uma vitória. É o primeiro jogo de 9 na segunda fase da competição. O Caxias está na sexta posição do grupo B da Série C do Brasileiro, com 13 pontos.

SÁB (1). 16:00. R$ 10. Estádio Cláudio Moacyr de Azevedo.

Depois de uma classificação heroica às oitavas de final da Série D, o Juventude recebe o Cianorte (PR), pela primeira etapa do chamado mata-mata. O objetivo do clube alviverde é chegar às semifinais, garantindo o acesso à Série C de 2013. O adversário do Juventude tem a terceira melhor campanha na competição e está invicto, mas o técnico Lisca aposta na motivação do grupo para vencer mais uma batalha. Mulheres com a camiseta do Ju não pagam.

DOM (2). 16:00. R$ 30 e R$ 15. Estádio Alfredo Jaconi

Caxias precisa voltar a vencer

Ju recebe o Cianorte (PR)

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rafaelMachaDo

ARENA

Era questão de tempo

Efeito Lisca

Quem é o Cianorte

Mesmo debaixo do dilúvio que caiu em Ca-xias do Sul, torcidas da dupla CA-JU compare-ceram em bom número nas partidas dos dias 25 e 26 de agosto.

Com exceção da parti-da diante do Mirassol (SP), o rendimento ofensivo do Juventu-de em casa preocupa. Contra o Metropolita-no, time perdeu muitas chances de gol. Não pode acontecer contra o Cianorte (PR).

Antes e depois

Talento RJ

Por falta de recursos financeiros, o presidente do Vilhena (RO), Carlos Dalanhol, anunciou a intenção de desistir do Campeonato Brasileiro da Série D, mesmo depois de ga-rantir a classificação às oitavas de

final, o que representou uma con-quista inédita para o futebol rondo-niense. O adversário do Vilhena na segunda fase, Mixto (MT) ou Sam-paio Corrêa (MA) pode avançar às quartas de final por W.O.

O bom desempenho dos atletas do Recreio da Juventu-de nas competições mostra o grande potencial do clube na revelação de grandes nomes da modalidade. No sábado,

25 de agosto, Caio Kuse foi o campeão na classe Infantil do 44º Torneio Periquito/S.E Palmeiras de Judô, em São Paulo (SP), trazendo mais um troféu para o clube.

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Na entrada do Caxias em campo, na partida contra o Duque de Caxias (RJ), a torcida grená exibiu nas ar-quibancadas o letreiro “sem-pre contigo” (foto). Bastou terminar o primeiro tempo para as emoções se inverte-rem. “O pessoal acha que por que estamos perdendo está tudo errado”, disse o lateral esquerdo Mateus após dis-cutir com a torcida à beira do gramado. No segundo tempo, sobrou para o técni-co Mauro Ovelha, citado nos gritos de “Adeus, Mauro”, que ecoavam pelas arquiban-cadas do Centenário.

O time do norte paranaense, treinado pelo ex-zagueiro gre-ná Paulo Turra, tem a terceira melhor campanha da Série D do Brasileiro. Está invicto na competição. Muitos jornalis-tas esportivos, ao projetarem a classificação do Juventude, ci-tavam a importância de fugir do time que fechou a primei-ra fase na liderança do grupo 7. Concordo com Lisca que agora a competição é outra e começa “do zero”. Não dá para escolher adversário. O im-portante é fazer valer o “fator casa” e vencer bem a primeira partida no Jaconi. O Juventu-de está a dois passos do acesso à Serie C.

O anúncio da saída de Mauro Ovelha do Ca-xias, no final da manhã de quarta-feira (29), já era esperada. Eu pelo me-nos, já imaginava que isso aconteceria desde o fim da partida diante do Du-que de Caxias no último sábado (25). Há semanas, ele já não tinha mais cli-ma para ficar no Cente-nário. Quando questionei Badé sobre a possibilidade

de conflitos no grupo, ele hesitou em responder, e acabou negando. Estava no ar que o plantel não es-tava mais “fechando” com o treinador. Na entrevis-ta coletiva de despedida, Ovelha deixou claro que já não havia mais motivos para continuar no clube. “Eu tinha que cuidar não só do time em campo, mas também do que falavam de mim”, disse.

É inegável a influência de Lis-ca na melhora de rendimento do Juventude nas 3 últimas ro-dadas da primeira fase da Série D. Além de acertar na escalação, soube motivar a equipe como poucos treinadores são capazes de fazer. Com ele, o time passou a jogar mais à vontade, de forma natural, e os resultados vieram conforme a necessidade. Agora, é preciso manter o mesmo ritmo e a mesma motivação, que o ob-jetivo do acesso deve ser alcan-çado sem problemas.

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As flores anunciam: a primavera vem aí. A colorida estação reserva belas imagens, mas não vem sozinha. O pro-cesso de polinização – que é o trans-porte de grãos de uma flor para a outra – causa alergias e problemas respirató-rios, principalmente em gestantes. O obstetra Marco Túlio Zanchi conta que as gestantes devem se prevenir contra dois males da chegada da primavera. O primeiro deles deve-se à rinite. “Além

do desconforto, acaba alterando sono, paladar, olfato e pode causar complica-ções maiores”, explica o médico. Outra preocupação é a eclâmpsia, uma crise de pressão alta, que pode ser diagnos-ticada durante o pré-natal. “É uma reação imunológica em que o corpo da mãe passa a estranhar células”, alerta. O médico ainda chama atenção para casos de H1N1, que podem se prolon-gar pela primavera.

Quando os revestimen-tos internos do nariz co-meçam a inflamar, é sinal de rinite alérgica. Nariz entupido, secreção nasal, espirros e coceira carac-terizam uma das alergias mais comuns nessa época do ano. Diferentemente da gripe e do resfriado, os pacientes não apresentam desconforto, como dores musculares e de cabeça, febre e indisposição. De acordo com a Sociedade Brasileira de Otorrino-laringologia, uma boa limpeza do ambiente é ideal para a eliminação de agentes causadores da alergia, pois nenhum medicamento ajuda a eliminar de vez a rinite.

Os adultos devem ficar atentos quanto às crianças. Na faixa de 1 a 6 anos, são frequentes os sinais de catapora, cujos sintomas podem se confundir com o da gripe: febre, vômitos, coriza, enjoos e dores no corpo. Depois é que surgem as famosas pintinhas vermelhas pelo corpo. A recomendação é de que as crianças fiquem em locais sempre ventilados. Também é possível tomar vacina contra as doenças, pela rede particular.

Rinite

Crianças

SA DE

Cuidados de primavera

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3131.AGO.2012

O obstetra Dr. Marco Túlio Zanchi, que dá as dicas sobre as doenças em gestantes com a chegada da primavera, falará sobre assuntos que fazem parte das 40 semanas de gestação na palestra O Milagre da Vida. O diálogo com futuros papais e mamães deve dar um fim às dúvidas mais comuns sobre a gravidez. O encontro será das 9:00 às 10:30, com entrada franca, no auditório da Medicina Preventiva da Unimed, na rua Sinimbu, 1183, no Centro de Caxias. É necessário inscrever-se com antecedência pelo telefone 3225-5272.

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As 40 semanas de gestação

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Especialmente indicado para aqueles que se sentem tristes, desesperados e com sensação de medo. Atua ajudando o indivíduo nos momentos difíceis e desperta o interesse pela vida.

Combate a depressão profunda e traz força para enfrentar situações de desespero.

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