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EFICÁCIA DOS EXERCÍCIOS DE ESTABILIZAÇÃO DINÂMICA NA DIMINUIÇÃO DAS DORES LOMBARES Fernanda Cerveira A.O. Fronza INTRODUÇÃO As modificações físicas incluindo alterações biomecânicas, músculo-esqueléticas e fisiológicas características da gestação, produzem várias adaptações na mulher que culminam com sobrecargas em algumas estruturas em detrimento de outras, levando a queixas frequentes neste período que são as dores lombares. Esta dinâmica em maior ou menor grau se observa nas gestantes, o que produz impactos ao sistema de saúde com gastos para este fim, mas pouco ainda se tem realizado para predizer e atenuar este tipo de desconforto, intensificado nos 2 últimos trimestres de gestação. Os números que expressam este relação entre dor lombar e gestação são bem característicos. WANG et al (2005) desenvolveram estudo com 10. 000 por um ano e verificaram nos Estados Unidos uma prevalência de 68,6% das gestantes com algum tipo de lombalgia durante a gestação. No Brasil, CECIN et al. apud MARTINS e SILVA (2005) e encontraram que o risco relativo das gestantes em apresentar dores nas costas é quase 14 vezes maior que o de mulheres não grávidas. Outro estudo conduzido por MARTINS e SILVA (2005) no Estado de São Paulo encontrou uma prevalência de gestantes com algias na coluna vertebral e pelve de aproximadamente 80%, sendo esta dor mais freqüente e mulheres jovens. A dor lombar é uma queixa freqüente entre as gestantes e a alta incidência deste algia tem sua explicação comumente vinculada ao aumento do péso corporal e em função do deslocamento anterior do centro de gravidade do corpo. Em termos biomecânicos, a evolução é rápida e tem-se em poucos meses um aumento de péso de 25% do total da massa corporal, além do deslocamento anterior do centro de gravidade. Simultaneamente, a estabilidade da pelve é diminuída como uma preparação para parto normal através da interação de estrógeno, progesterona e relaxina que atuam sobre os ligamentos das articulações pélvicas, tornando-os menos tensos para permitir um aumento da amplitude de movimento em as articulações e causando instabilidade na região. Esta instabilidade é maior nos bípedes, em função do aumento de suporte de peso na pelve que pode gerar sobrecargas numa simples caminhada, culminando com uma alta incidência de dor na região lombar durante a gravidez (OSTGAARD, 1996; NOVAES, 2006) Estas modificações induzem a mulher a fazer adaptações na sua postura para compensar a mudança de seu centro de gravidade, sendo este processo individual e vinculados a necessidades muito peculiares como a força muscular, extensibilidade das articulações e fadiga . Em linhas gerais, observa- se na maioria das gestantes uma tendência a acentuação das curvas fisiológicas lombares e torácicas amplia-se base de sustentação quando os pés se distanciam, as escápulas se dirigem para trás, a região cervical da coluna alinha-se para frente (MANTLE e PONDEN, 2002)

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EFICÁCIA DOS EXERCÍCIOS DE ESTABILIZAÇÃO DINÂMICA N A DIMINUIÇÃO DAS DORES LOMBARES

Fernanda Cerveira A.O. Fronza

INTRODUÇÃO

As modificações físicas incluindo alterações biomecânicas, músculo-esqueléticas e fisiológicas

características da gestação, produzem várias adaptações na mulher que culminam com sobrecargas em

algumas estruturas em detrimento de outras, levando a queixas frequentes neste período que são as

dores lombares. Esta dinâmica em maior ou menor grau se observa nas gestantes, o que produz

impactos ao sistema de saúde com gastos para este fim, mas pouco ainda se tem realizado para

predizer e atenuar este tipo de desconforto, intensificado nos 2 últimos trimestres de gestação.

Os números que expressam este relação entre dor lombar e gestação são bem característicos.

WANG et al (2005) desenvolveram estudo com 10. 000 por um ano e verificaram nos Estados Unidos

uma prevalência de 68,6% das gestantes com algum tipo de lombalgia durante a gestação. No Brasil,

CECIN et al. apud MARTINS e SILVA (2005) e encontraram que o risco relativo das gestantes em

apresentar dores nas costas é quase 14 vezes maior que o de mulheres não grávidas. Outro estudo

conduzido por MARTINS e SILVA (2005) no Estado de São Paulo encontrou uma prevalência de

gestantes com algias na coluna vertebral e pelve de aproximadamente 80%, sendo esta dor mais

freqüente e mulheres jovens.

A dor lombar é uma queixa freqüente entre as gestantes e a alta incidência deste algia tem sua

explicação comumente vinculada ao aumento do péso corporal e em função do deslocamento anterior

do centro de gravidade do corpo. Em termos biomecânicos, a evolução é rápida e tem-se em poucos

meses um aumento de péso de 25% do total da massa corporal, além do deslocamento anterior do

centro de gravidade. Simultaneamente, a estabilidade da pelve é diminuída como uma preparação para

parto normal através da interação de estrógeno, progesterona e relaxina que atuam sobre os ligamentos

das articulações pélvicas, tornando-os menos tensos para permitir um aumento da amplitude de

movimento em as articulações e causando instabilidade na região. Esta instabilidade é maior nos

bípedes, em função do aumento de suporte de peso na pelve que pode gerar sobrecargas numa simples

caminhada, culminando com uma alta incidência de dor na região lombar durante a gravidez

(OSTGAARD, 1996; NOVAES, 2006)

Estas modificações induzem a mulher a fazer adaptações na sua postura para compensar a

mudança de seu centro de gravidade, sendo este processo individual e vinculados a necessidades muito

peculiares como a força muscular, extensibilidade das articulações e fadiga . Em linhas gerais, observa-

se na maioria das gestantes uma tendência a acentuação das curvas fisiológicas lombares e torácicas

amplia-se base de sustentação quando os pés se distanciam, as escápulas se dirigem para trás, a região

cervical da coluna alinha-se para frente (MANTLE e PONDEN, 2002)

Algumas relações encontradas com as dores lombares foram destacadas por SKAGGS et al

(2007) em que 80% das mulheres que experimentam dor lombar dormiam menos de 4 horas por noite.

A perturbação no sono tem demonstrado estar associado às dores lombares com impacto negativo sobre

a qualidade de vida destas gestantes. Nas mulheres que engravidam a mudanças envolvidas na forma e

tamanho das o corpo já envolvem dor e dificuldade em dormir e mesmo que estas não sofram de dores

lombares. SCIALLI (1999) ainda associam esta lombalgia nas gestantes com altos índices de

afastamento do trabalho, inabilidade motora e depressão.

GUTKE et all (2008) relatam que a estabilidade prejudicada devido a alteração da pelve

deveconvertida em estratégias de tratamento com exercícios de estabilização específicos, que tem

mostrado eficazes para diminuir os sintomas durante a gravidez quando relacionados as dores lombares

gestacionais bem como no pós-parto. A importância de ativação dos músculos estabilizadores e

ativação e co-ativação dos músculos específicos como o transverso do abdômen, oblíquo internos,

multífidos, músculos do assoalho pélvico e o diafragma têm sido cada vez mais estudados na população

geral, como ressalta MØRKVED et al (2007).

Os estudos ainda são escassos ao abordar as gestantes, principalmente no tocante a atenuação

de sintomatologia dolorosa, onde os exercícios podem tornar-se uma importante ferramenta para este

fim. As recomendações mais atuais do American Colege of Ginecologist and Obstetrician para atividades

físicas com gestantes datam do ano de 2002 e desde então, dentro da atividade física supervisionada,

tem surgido outras alternativas de exercícios para lidar com as questões provenientes das alterações da

gestação, mas ainda pouco exploradas e publicadas. Os exercícios de estabilização são estratégias que

tem sido bem empregada e com bons resultados em indivíduos com dores lombares, porém pouco se

sabe sobre a sua aplicabilidade com gestantes. Objetivo deste estudo é, portanto, investigar se os

exercícios de estabilização dinâmicos são efetivos para a diminuição dos desconfortos lombares no 2

últimos trimestre de gestação quando comparados a um protocolo de exercícios gerais.

2. REVISÃO DE LITERATURA

O período gestacional gera um impacto biomecânico da cintura pélvica que por sua vez torna-se

instável devido a frouxidão ligamentar da articulação sacro ilíaca e da sínfise púbica em função do

hormônio relaxina. Esse processo tem inicio durante o 4 mês gestacional e continua até o 7 mês. Apos

este período ocorre apenas um pequeno aumento de mobilidade, com média de 5 mm no sentido

transversal e supero - inferior à sínfise púbica.Embora não exista uma correlação estatística entre o

aumento da frouxidão ligamentar e a dor pélvica durante o período gestacional, mas há uma correlação

assimétrica da frouxidão ligamentar da articulação sacro ilíaca e a dor pélvica durante a gravidez

(LEE,2004).

OSTGAARD (1996) destaca que existem dois tipos diferentes de dores referenciadas pelas

gestantes: as dores lombares e as dores na pelve posterior. A dor lombar é bastante constante durante

toda a gravidez e ocorre com uma frequência de cerca de 10% das mulheres, não esta necessariamente

relacionada com a gravidez pode retornar com o fim da gravidez, causa diminuição da amplitude de

movimento na coluna lombar, dor à palpação dos músculos eretores da espinha. A dor pélvica posterior

parece aumentar sua freqüência no início da gravidez e permanecer constante em um nível mais

elevado de aproximadamente 35% durante a gestação. Pode ainda haver a combinação entre os dois

tipos de sintomatologia. A figura abaixo ilustra as regiões de acometimento dos dois tipos de dor.

Figura 1 : Regiões de acometimento dos diferentes tipos de dores: A significa dor na pelve posterior e B para dor lombar (PERKINS et al,1998)

As dores lombar e pélvica posterior apresentam características diferentes, conforme descrição

na Tabela 1

TABELA 1: Características da dor lombar e dor pélvica posterior (PERKINS et al,1998)

CARACTERÍSTICAS DOR LOMBAR DOR PÉLVICA POSTERIOR

Localização da dor Dor sobre e ao redor da coluna lombar com ou sem irradiação para perna ou pé

Dor unilateral ou bilateral nos glúteos e lombar, distal ou lateral a coluna lombar, pode irradiar região posterolateral coxa, ocasionalmente para o joelho e raramente a panturrilha Não se irradiar para o pé

Limitações funcionais

relacionadas com a dor

A dor é prolongada com sensação de peso podendo ocorrer em pé ou sentada.

Dificuldade / dor com atividades como virar na cama, subir escadas, correr, caminhar, sair de automóveis e levantar de cadeiras baixas, flexão e torção do tronco, entrar e sair de uma banheira

Características clínicas

A dor pode assemelhar episódios de dor lombar experimentadas antes da gravidez; Músculos eretores espinha com espasmo protetor à palpação

Teste de provocação de dor pévica posterior é negativo.

Agravamento da dor por atividade de impacto ou extremos de amplitude quadril e coluna Posturas prolongada perto dos limites amplitude de movimento para de agravamento de dor do quadril e coluna (ex: sentado no computador) Episódios de dor aguda precipitada por dor nas atividades acima referidas, com pico de dor algum tempo após o evento precipitante Teste de provocação de dor pélvica posterior é positivo Pode estar associada com dor sínfise púbica

OSTGAARD (1996) destaca um teste utilizado para diferenciar os tipos de dores e reconhecer

aquela originária da região pélvica posterior. O procedimento consiste em posicionar a gestante em

decúbito dorsal, com uma mão o avaliador flexiona o joelho da gestante e aplica uma força sutil em

direção ao fêmur e com a outra estabiliza a pelve no membro inferior contralateral que deve estar

estendido. Apésar de não se determinar qual estrutura anatômica a dor se origina, este teste demonstrou

uma sensibilidade de 81% e especificidade de 80%.

Figura 2: Teste irritativo para dor pélvica posterior (OSTGAARD,1996).

GUTKE et all (2008) desenvolveram um estudo de coorte prospectivo em gestantes para

investigar a associação da função muscular e nos subgrupos com lombalgia em 4 grupos em relação à

gravidez: sem dor lombar, dor pélvica posterior, dor lombar e dor combinada. Nos resultados viu-se que

de um total de 301 gestantes, 116 mulheres não tinham dor lombar, 33% (n = 99) tinham dor pélvica

posterior, 11% (n = 32) tinham dor lombar e 18% (n = 54) tinham combinado dor lombar e pélvica

posterior. Em relação a função muscular, viu-se que os flexores do tronco nas gestantes que tinham dor

pélvica posterior tinham apresentavam fraqueza, indicando uma associação positiva entre um o

desequilíbrio músculo-esquelético e o quadro álgico.

SKAGGS et al (2007) investigou em 599 mulheres a prevalência de dor lombar e constatou que

67% do total da população estudada relataram dor e 21% relataram dor de intensidade severa em uma

escala numérica, como a escala visual analógica de dor, onde acima de 8 já se considerava dor intensa.

Importante, 85% das mulheres inquiridas percebida que não tinham sido oferecido tratamento para os

seus distúrbios osteomusculares.

A sobrecarga resultante da gestação não é capaz de produzir alterações patológicas

significativas nas gestantes. As discopatias degenerativas são incomuns entre esta população, a

escoliose raramente é afetada pela gravidez, a espondilolistese grave quando preexistente a gestação

pode, por razões biomecânicas, se tornar um problema ao final da gestação em função da frouxidão dos

ligamentar como uma preparação para o parto normal. As mulheres grávidas devem evitar a hiperlordose

na sua tentativa de equilibrar o aumento da o crescente peso do útero (OSTGAARD,1996)

Algumas medidas podem ser utilizadas na tentativa de prevenir ou minimizar estes tipos de

dores. PERKINS et al (1998) apontam algumas, destacando que em primeiro lugar, é importante que as

mulheres mantenham uma boa postura, evitando sobrecargas mecânica desnecessárias e estresse

sobre a coluna lombar. Em segundo lugar, um programa de exercícios que melhore a resistência e

flexibilidade de suporte aos tecidos moles e estruturas. Durante as atividades executadas pelas

gestantes, indica-se que estas que estas o façam na postura neutra da coluna mantendo inclusive o

mesmo posicionamento de pelve e coluna para fazer da mesma forma os movimentos padrões diários.

Na literatura ainda são escasso os estudos que abordem protocolos de exercícios adequados

para gestantes, principalmente aquele que objetivam reduzir as dores lombares. De acordo com ARTALL

et all (1999) a dor lombar pode ser reduzida melhorando-se a resistência e o controle dos músculos

inseridos na coluna e na pelve.

A SOGC (Society of Obstetricians and Gynaecologists of Canada) juntamente com a CSEP

(Canadian Society for Exercise Physiology) (2003) estabeleceram diretrizes para a prática clínica de

exercícios durante a gravidez e o período pós-parto considerando a segurança para a execução dos

exercícios e as alterações fisiológicas e biomecânicas inerentes a este período.

Em linhas gerais, as gestantes previamente sedentárias devem iniciar exercícios aeróbios com

15 minutos de duração, três vezes por semana, passando gradativamente para 30 minutos, quatro vezes

por semana. Objetivos razoáveis para a prática desse tipo de exercício envolvem bom condicionamento

físico durante toda gravidez, sem haver a intenção de atingir o máximo de aptidão ou o treino para

competição. As diretrizes não limitam a prática para as mulheres atletas de elite e aquelas com

necessidades especiais ressaltando apenas a necessidade de acompanhamento médico especializado e

supervisão de profissional do exercício físico clínico (SOGC/ CSEP,2003).

As atividades aeróbias devem ser escolhidas considerando a diminuição do risco de perda de

equilíbrio e trauma fetal. Além disso, períodos de aquecimento e volta a calma devem fazer parte das

sessões. Há menos evidência sobre o trabalho de força muscular durante a gravidez. Algumas mulheres

podem apresentar hipotensão em razão da compressão da veia cava pelo útero gravídico, e exercícios

na posição supina devem ser evitados após a 16ª semana. O trabalho de resistência abdominal pode ser

dificultado pela diástase do músculo reto e pela fraqueza da musculatura abdominal (SOGC/ CSEP,

2003).

O controle da intensidade dos exercícios aeróbicos inclui o uso da freqüência cardíaca de

reserva, já que durante a gravidez a freqüência cardíaca de repouso está cerca de 10 a 15 bpm maior

sugerindo-se um ajuste na zona alvo convencional. Outras formas de monitoramente da atividade

incluem o “talk-test”, em que a mulher estará numa intensidade adequada se consegue manter uma

conversa enquanto se exercita. Caso isto não seja possível, a intensidade deve ser reduzida. Durante o

exercício, a mulher também pode usar uma escala visual, para a determinação da intensidade. Na

gestação, sugere-se uma percepção de esforço entre 12 e 14 na Escala de Borg. (SOGC/ CSEP, 2003).

Em gestações sem complicações, as diretrizes recomendam que todas mulheres devem ser

incentivadas a participar de programas de exercícios aeróbios e de condicionamento muscular, como

parte de um estilo de vida saudável. Mulheres com gravidezes complicadas são desencorajadas quanto

à participação em programas de exercícios (SOGC/ CSEP,2003)

A tabela abaixo ilustra as principais contra indicações absolutas e relativas para a prática de

exercício em gestantes de acordo com a SOGC/ CSEP (2003), são:

TABELA 2 : Contra indicações absolutas e relativas para gestantes, SOGC/ CSEP (2003)

VLEEMING et al (2008) destacam nas Diretrizes Européias para Tratamento da Dor Pélvica

Posterior a importância do conhecimento de estabilidade para a prática de exercícios com intuito de se

CONTRA-INDICAÇÕES ABSOLUTAS CONTRA-INDICAÇÕES RELAT IVAS

- Ruptura de membranas - Trabalho de parto prematuro - Hipertensão induzida pela gravidez - Incompetência cervical - Restrição de crescimento fetal - Gestação de três bebês ou mais - Placenta prévia após a 28ª semana - Sangramento persistente no 2º ou 3º trimestre -Diabetes tipo I descompensada, moléstia da tiróide, ou outras complicações cardiovasculares, respiratórias ou sistêmicas graves.

- Aborto espontâneo prévio - Nascimento prematuro prévio - Alteração cardiovascular de leve a moderada - Alteração respiratória de leve a moderada - Anemia (Hb <100g/L) - Distúrbio alimentar ou má nutrição - Gravidez de gêmeos, após a 28ª semana - Outras condições médicas significativas

abordar os desconfortos gerados pela gestação.Segundo o autor, a estabilidade estática e dinâmica em

todo o corpo são alcançadas quando o sistema ativo (músculos), passivo (ligamentos, cápsulas,tendões)

e controle neuromotor trabalham em conjunto para transferência de carga. A estabilidade funcional seria

definida como

“a fixação efetiva das articulações para cada carga com demandas específicas em relação a função da

gravidade, coordenação muscular e forças ligamentares, para produzir uma força de reação eficaz nas

articulações sob novas condições de perturbação. A estabilidade ótima é alcançada quando o equilíbrio

entre o desempenho (o nível de estabilidade) e esforço é otimizado.”

A estabilidade difere da força, definida como a capacidade de um músculo de exercer ou resistir

a tensão, sendo o controle ativo da estabilidade da coluna alcançado por meio da regulação da tensão

dos músculos ao do tronco. Quando instabilidade está presente, existe um incapacidade para manter o

alinhamento correto da coluna vertebral e, portanto uma insuficiência na musculatura para gerar tensão

fim de estabilizar a coluna vertebral (FARIES e GREENWOOD, 2007).

FARIES e GREENWOOD (2007) destacam que os exercícios de estabilização têm como maior

objetivo a coordenação da cadeia cinética (muscular, esquelética, e sistema nervoso), para reforçar o

sinergismo e função do desta musculatura central. Segundo o autor, parece não existir um conjunto ideal

de exercícios para todos os indivíduos, mas há sugestões gerais para os exercícios que enfatizam

estabilização do tronco com a coluna neutra, embora também enfatizando a mobilidade dos quadris e

joelhos. São também importantes no trabalho com gestantes enfatizar exercícios que melhorem a

circulação de membros inferiores, mobilidade,exercícios de percepção corporal, fortalecimento de

membros superiores e inferiores, bem como da musculatura paravertebral e exercícios que incentivem a

musculatura do períneo.

Um programa de exercícios que objetive reduzir os desconfortos gerados pelas dores lombares

deve enfatizar ação dos multífidos durante o período gestacional em função da inibição destes em

quadros de instabilidades (RICHARDSON et al, 2007); deve reestabelecer o mecanismo de contenção

da articulação sacroilíaca quando o sacro esta em posição de nutação e obter o melhor posicionamento

de ossos e ligamentos, alem de restabelecer a força muscular que auxilia neste mecanismo de

contenção e restaurar a resistência, compressão e a nutação sacral (báscula anterior do sacro em

relação ao ilíaco).Na posição neutra em ortostatismo o sacro esta levemente (mas não totalmente) em

nutação,e este posicionamento permite uma maior absorção da sobrecarga do corpo e também e o local

mais eficiente para transferência de carga entre o quadrante superior e inferior do corpo (LEE,2004)..

3. METODOLOGIA

Este estudo apresenta um delineamento experimental verdadeiro que se caracteriza pela

seleção aleatória de grupos equivalentes para o início da pesquisa, sendo do tipo pré teste/pós teste de

grupos randomizado com o propósito de determinar o grau de mudança produzido pela intervenção

(THOMAS e NELSON, 2002).

A hipótese conceitual do estudo é que os exercícios de estabilização dinâmica são mais efetivos

na redução de dor e desconfortos lombares do que os exercícios preconizados pelo American College of

Obstetricians and Gynecologists (ACOG).

3.1 População e Amostra

3.1.1 População

A população do estudo será composta por gestantes no segundo e

terceiro trimestre da cidade de São Paulo

3.1.2 Amostra

A amostra do estudo será formada por 100 mulheres no segundo e

terceiro trimestre de gestação que realizam exames de pré-natal uma Unidade

Básica de Saúde de São Paulo

3.2 Critérios de exclusão

Gestantes com patologias lombares prévias a gravidez (hérnias,

espondilólises, espondilolisteses), obesas, gestantes no primeiro trimestre,

atletas, gestantes com contra-indicação para a realização de exercícios segundo

o SOGC/ CSEP (2003) e mulheres que apresentarem dores pélvicas posteriores

ao exame irritativo.

3.3 Procedimentos

As gestantes que forem selecionadas a partir dos critérios impostos pelo estudo

deverão assinar um termo de consentimento livre e esclarecido para registrar a sua

participação formal no estudo.

Na primeira etapa do estudo as mulheres deverão responder ao questionário de

Owestry que se constitui no instrumento auto-administrado utilizado para mensurar a

incapacidade dos pacientes com lombalgia. O questionário consiste de 10 itens que

avaliam o nível de dor e as limitações das diversas atividades da vida diária como

atividade física, dormir, cuidados pessoais, vida sexual, vida social e viagens. Ao final do

questionário, existe um índice que interpreta resultado deste, onde cada uma das 10

categorias a pontuação de escolha varia de zero a cinco totalizando 50 pontos que seria

o índice máximo de 100%. Os resultados são obtidos somados os pontos assinalados

em todas as questões e calculando-se a proporção destes em relação aos 50 pontos

totais.

A escava visual de dor (EVA) será utilizada como parâmetro para quantificar a

intensidade da dor no paciente, sendo um instrumento importante para se verificar o

comportamento do sujeito durante a intervenção de maneira mais fidedigna de acordo

com o grau de melhora ou piora da dor. Para utilizar a EVA o avaliador deve questionar

o paciente quanto ao seu grau de dor sendo que 0 significa ausência total de dor e 10 o

nível de dor máxima suportável pelo indivíduo.

As gestantes serão avaliadas quanto ao tipo de dor referida, sendo o teste

descrito por OSTGAARD (1996) que diferencia as dores lombares das dores pélvicas

posteriores. No teste de provocação de dor pélvica posterior,o avaliador posiciona a

gestante deitada em posição supina, pedindo-lhe que realize a flexão de uma perna e a

extensão da outra no solo.O fêmur da perna flexionada ficará na vertical e a avaliador o

pressionará no sentido do solo,estabilizando a pelve simultaneamente. O teste será

considerado positivo quando a gestante sentir dor na região sacroilíaca homolateral no

momento em que o fêmur for pressionado e também quando apresentar dor ao virar na

cama à noite, sensação de peso na região glútea profunda e confirmação do local da dor

em indicação apropriada em um desenho da figura humana com registro na região

sacroilíaca. Para o teste de provocação da dor lombar, o avaliador solicitará à gestante

que fique na posição ortostática com os pés unidos, realizando a flexão do tronco até o

momento que as pernas iniciem a flexão, sendo considerado positivo se a gestante

referir dor lombar durante esse movimento, se for observada diminuição da amplitude de

movimento e na presença de dor à palpação da musculatura espinhal desta região que

confirme a dor na região lombar do desenho da figura humana apresentada. Serão

investigadas neste estudo somente aquelas gestantes com dor lombar, sendo o teste

utilizado como diagnóstico diferencial para a triagem das mesmas.

As mulheres deverão continuar sua rotina de atividades na UBS normalmente,

diferindo apenas na execução de exercícios localizados, sendo mantida a mesma base

aeróbia para todas, preconizada pela ACOG. Serão formados 2 grupos selecionados

randomicamente com n=50 gestantes, sendo um grupo controle com exercícios

recomendados pelo ACOG e um grupo teste com exercícios de estabilização dinâmica.

O protocolo de exercícios será aplicado por 3 meses,por 2 vezes por semana,

sendo uma avaliação composta pelo questionário de Owestry e EVA realizada no início

da intervenção e outra reavaliação ao final deste período.

Os exercícios de flexibilidade e força não são descritos pela ACOG, sendo

mencionada a escassez de estudos que estabeleçam protocolos. Ainda assim, a diretriz

orienta que sejam executados exercícios de força com baixas cargas e várias repetições

sendo esta uma opção segura e eficaz durante a gravidez. Desta forma, os protocolos

dos exercícios para os grupos teste e controle terão a mesma base, diferindo apenas nos

exercícios a serem realizados.

EXERCÍCIOS DO GRUPO CONTROLE (10 a 12 repetições em 2 séries)

1-ABDOMINAL

Posição inicial: Gestante posiciona-se em decúbito dorsal, pelve neutra, joelhos

flexionados com os pés apoiados no solo e alinhados com o quadril e os braços

cruzados sobre o abdome

Movimento:Inspirar e realizar a flexão do tronco até o momento de retirada das

escapulas do solo; Voltar a posição inicial lentamente com expiração tranquila

2- ABDOMINAL COM EXPIRAÇÃO FORÇADA:

Posição inicial: Gestante sentadas

Movimento:Inspiração profunda seguida de expiração forçada produzindo isometria de

abdominais

3- MINI-AGACHAMENTOS

Posição inicial: Gestante em pé encostadas em uma parede com os pés paralelos na

linha do quadril

Movimento:Flexão de quadril e joelhos

4-FORTALECIMENTO DE GLÚTEOS

Posição inicial: Gestantes em pé com os membros superiores apoiados no encosto de

uma cadeira

Movimento:Extensão do quadril em pequenas amplitudes

5- PONTE COM EXPIRAÇÃO FORÇADA

Posição inicial: Gestante posiciona-se em decúbito dorsal, pelve neutra, joelhos

flexionados com os pés apoiados no solo e alinhados com o quadril

Movimento: Ponte (elevação do quadril)

6-POSIÇÃO DE 4 APOIOS

Posição inicial: Gestante em 4 apoios

Movimento: Aumentar a cifose e retornar a posição neutra

7- FLEXÃO DE BRAÇOS NA PAREDE

Posição inicial: Gestante em pé com ligeira inclinação posicionada de frente para a

parede com os dois braços apoiados nesta

Movimento: Flexão de braços

8- REMADA EM DUPLAS

Posição inicial: Gestantes devem ficar em duplas, posicionando-se sentadas uma de

frente para outra com as mãos dadas

Movimento:Cada gestante deverá puxar a parceira para o seu lado

9- PUXADA EM DUPLA

Posição inicial: Gestantes devem ficar em duplas, posicionando- se uma sentada e a

outra em ortostatismo atrás da parceira com as mãos dadas

Movimento:A gestante que está sentada puxa as mãos da parceira baixo e a

companheira tenta resistir ao movimento.

10-FORTALECIMENTO DE MUSCULOS ADUTORES EM DECÚBITO LATERAL

Posição inicial: Gestantes posicionam-se em decúbito lateral

Movimento:Elevação do membro inferior que está em próximo ao solo.

11- FORTALECIMENTO DO TRÍCEPS SURAL

Posição inicial: Gestantes posicionam-se em pé

Movimento: Elevação do corpo retirando o calcâneo do solo.

EXERCÍCIOS DO GRUPO TESTE (ESTABILIZAÇÃO) (10 a 12 repetições em 2 séries)

1- EXERCÍCIOS ESTABILIZADORES NA POSIÇÃO DE DECÚBITO DORSAL

Posição Inicial: Gestante posiciona-se em decúbito dorsal, pelve neutra, joelhos

flexionados com os pés apoiados no solo e alinhados com o quadril. Braços paralelos

ao tronco com as palmas das mãos para baixo. Manter a cabeça confortavelmente

apoiada (se necessário utilizar uma almofada embaixo da cabeça para melhor

alinhamento da cervical)

Movimento: Inspirar e expirar elevando uma das pernas flexionando o quadril

(mantendo ângulo 90-90/ posição cadeira). Inspirar e expirar e acionar os músculos

estabilizadores da pelve e do tronco ao retornar lentamente o pé ao solo.Repita para o

outro lado.

2- ESTABILIZADORES EM DECÚBITO LATERAL

Posição Inicial: Gestante posiciona-se em decúbito lateral, pelve neutra quadril e

joelhos flexionados a 90º, braço de baixo estendido acomodando a cabeça (se

necessário colocar uma almofada entre o braço e a orelha),braço de cima com a palma

da mão apoiada no solo a frente do peito.

Movimento: Inspirar abduzindo levemente a perna de cima mantendo o ângulo de 90º

de joelhos e quadril,expirar e acionar os músculos estabilizadores da pelve e do tronco

fazendo uma extensão do quadril, inspirar e retornar a posição inicial.

3- QUADRUPEDIA COM ELEVAÇÃO DE MEMBROS INFERIORES

Posição Inicial: Gestante na posição de 4 apoios com os braços paralelos com as mãos

apoiadas no solo na mesma linha dos ombros; coxofemoral a 90 graus; coluna e pelve

neutra

Movimento: Inspirar tranquilamente, expirar acionando os músculos estabilizadores da

pelve e do tronco estendendo o quadril e o joelho. Inspirar tranquilamente flexionando o

quadril e voltar à posição inicial.

4- QUADRUPEDIA COM ELEVAÇÃO DE MEMBROS SUPERIORES

Posição Inicial: Gestante na posição de 4 apoios com os braços paralelos com as mãos

apoiadas no solo na mesma linha dos ombros; coxofemoral a 90 graus; coluna e pelve

neutra

Movimento: Inspirar tranquilamente, expirar acionando os músculos estabilizadores da

pelve e do tronco estendendo o membro superior. Inspirar tranquilamente trazendo o

membro superior de volta à posição inicial. Manter a pelve neutra.

5- FLEXÃO DE COLUNA

Posição Inicial: Gestante em decúbito dorsal, pelve neutra, joelhos flexionados com os

pés apoiados no solo e alinhados com o quadril. Braços paralelos ao tronco com as

palmas das mãos para baixo. Manter a cabeça confortavelmente apoiada (se

necessário utilizar uma almofada embaixo da cabeça para melhor alinhamento da

cervical)

Movimento: inspire tranquilamente, expire acionando os músculos estabilizadores da

pelve e do tronco e flexione sutilmente a coluna cervical, deslize as costelas em direção

ao quadril flexionando a coluna torácica e elevando os braços do solo na altura dos

ombros.

6- PONTE

Posição Inicial: Gestante em decúbito dorsal, pelve neutra, joelhos flexionados com os

pés apoiados no solo e alinhados com o quadril. Braços paralelos ao tronco com as

palmas das mãos voltadas para baixo.

Movimento: Inspirar e expirar acionando os músculos estabilizadores da pelve e do

tronco iniciar o movimento articulando a pelve em retroversão (por ação dos oblíquos) e

continuar articulando seqüencialmente a coluna até o apoio sobre os ombros mantendo

o quadril em extensão (evitando uma hiperextensão lombar).Inspirar, expirar e descer

lentamente articulando a coluna seqüencialmente iniciando pela região torácica até

retornar a posição inicial (manter a pelve neutra)

7- FLEXÃO LATERAL DE COLUNA

Posição Inicial: Gestante sentada sobre os ísquios no solo com a coluna alinhada,

pelve neutra, joelhos flexionados e pernas cruzadas.

Movimento: Inspirar e expirar acionando os músculos estabilizadores da pelve e do

tronco elevar um braço acima da cabeça (manter as escapulas estabilizadas) fazer

uma flexão lateral da coluna e manter os ísquios alinhados e apoiados.

8- EQUILÍBRIO EM PÉ

Posição inicial: Gestante em pé com os pés afastados na largura do quadril; buscando

o apoio da borda externa dos calcanhares, cabeça do 5º e 1ºmetatarsos. (peso

distribuído entre esse três apoios).

Movimento: Transferir o peso corporal para um dos pés; lentamente elevar o pé sem

carga do solo até que a coxa fique paralela e horizontal ao solo, mantendo a pelve

neutra.

9- ELEVAÇÃO E DEPRESSÃO DA CINTURA ESCAPULAR

Posição inicial: Gestante sentada sobre os ísquios com joelhos flexionados pernas

cruzadas, braços relaxados ao lado do corpo.

Movimento:

1 a. Elevar a escápula levando os ombros em direção às orelhas;

1b. Deprimir a escápula distanciando os ombros das orelhas.

2 a. Braços elevados em frente ao tronco;afastar os ombros em protração das

escápulas;

2 b. retornar a posição inicial com as escápulas (retração)

10-CHUTE LATERAL

Posição Inicial: Gestante em decúbito lateral, pelve neutra quadril e joelhos estendidos,

braço de baixo estendido acomodando a cabeça. (se necessário colocar uma almofada

entre o braço e a orelha), braço de cima com a palma da mão apoiada no solo a frente

do peito.

Movimento: Inspirar, abduzir levemente a perna de cima, expirar e acionar os músculos

estabilizadores da pelve e do tronco fazendo uma flexão do quadril, pés em dorsiflexão

inspirar e estender o quadril com os pés em flexão plantar. Manter a pelve neutra.

BIBLIOGRAFIA

ARTAL,R; WISWELL, RA.; DRINKWATER, B L. O exercício na gravidez. 2º Ed. São Paulo: Manole, 1999. DAVIES, G.A.L.; WOLFE, L.A.; MOTTOLA, M.F.; AND MACKINNON, C. (2003). Joint SOGC/CSEP Clinical Practice Guideline: Exercise in pregnancy and the postpartum period. Can. J. Appl.Physiol. 28(3): 329-341. FARIES,MD; GREENWOOD, M. Core Training: Stabilizing the Confusion. Strength and Conditioning Journal. 2007: Volume 29, Number 2, pages 10–25,. GUTKE,A.; ÖSTGAARD,HC; ÖBERG,B. Association between muscle function and low back pain in relation to pregnancy. J Rehabil Med 2008; 40: 304–311. RICHARDSON CA, HODGES PW, HIDES JA .Therapeutic Exercise for Lumbopelvic Stabilisation: A Motor Control Approach for the Treatment and Prevention of Low Back Pain, 2nd edn. Edinburgh: Churchill Livingstone, 2007. LEE, D. The Pelvic Girdle; Churchill Livingstone, London: 2004, pp-72 LEHMAN,GJ; MACMILLAN,B; MACINTYRE,I; CHIVERS,M; FLUTER,M. Shoulder muscle EMG activity during push up variation on and off a Swiss Ball. Dynamic Medicine, Vol.5, n7, 2006.pp.1-9 MANTLE, J; POLDEN, M. Fisioterapia em ginecologia e obstetrician. São Paulo (SP): Editora Santos; 2002 MARTINS, RL; SILVA, JLP. Prevalência de dores nas costas na gestação. Rev Assoc Med Bras 2005; 51(3): 144-7 NOVAES, FS; SHIMO, AKK; LOPÉS, MHBM. Lombalgia na gestação. Rev Latino-am Enfermagem 2006 julho-agosto;14(4):620-4.

OSTGAARD, HC. Assessment and Treatment of Low Back Pain in Working Pregnant Women Seminars in Perinatology, Vol 20, No 1 (February), 1996: pp 61-69 PERKINS, J, HAMMER,RL; LOUBERT,PV. Identification and management of pregnancy-related low back pain. Journal of Nurse-Midwifery · Vol. 43, No. 5, September/October 1998

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ANEXO 1

QUESTIONÁRIO DE OWESTRY

ANEXO 2

ESCALA VISUAL ANALÓGICA – EVA

ANEXO 3

EXERCÍCIOS DE ESTABILIZAÇÃO

1- EXERCÍCIOS ESTABILIZADORES NA POSIÇÃO DE DECÚBITO DORSAL

2- ESTABILIZADORES EM DECÚBITO LATERAL

3- QUADRUPEDIA COM ELEVAÇÃO DE MEMBROS INFERIORES

4- QUADRUPEDIA COM ELEVAÇÃO DE MEMBROS SUPERIORES

5-FLEXÃO DE COLUNA

6-PONTE

7- FLEXÃO LATERAL DA COLUNA

8- EQUILÍBRIO EM PÉ

10- ELEVAÇÃO E DEPRESSÃO DA CINTURA ESCAPULAR

11- CHUTE LATERAL