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Roteiro resumindo principais técnicas de exame físico especial, entre elas; exame físico da cabeça e pescoço, exame físico do tórax e aparelho cardiovascular e exame físico abdominal.
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RODRI
R O D R I G O S . A U U S T O – M E D / U D P H A B I L I D A D E S M E D I C A S I V
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EXAME FISICO ESPECIAL
CABEÇA
FORMA
ACROCEFALIA; NORMAL, em torre ovalada
ESCAFOCEFALIA; aspecto de casco de navio c/ levantamento mediano
DOLICOCEFALIA; aumento de diâmetro anteroposterior
BRAQUICEFALIA; aumento de diâmetro transverso
PLAGIOCEFALIA; deformidade de aspecto assimétrico.
TAMANHO: Macrocefalia/ normocefalia/ Microcefalia
POSIÇAO: simetria em plano medial do corpo
MOVIMENTO; extensão, flexão, lateralizarão, rotação
SUPERFICIE; palpação de saliência (tumores, abaulamentos, fontanelas, tumoraçoes,
hematomas) consistência e dureza óssea
COURO CABELUDO; (idem), implantação capilar (presença de alopecia)
FASCIES; expressão facial, pele, fâneros, coloração
SUPERCILIOS ; trofismo muscular, simetria, fâneros,
OLHOS
GLOBOS OCULARES- FENDA palpebral= (ptose palpebral,
exoftalmia/normoftalmia/enoftalmia), movimentos involuntários
CONJUNTIVAS; normalmente rosáceas( ver alterações; hiperemia, icterícia,
cianose, secreções)
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ESCLEROTICA, CORNEA E CRISTALINO; procurar coloração; normalmente
esbranquiçada (alterações, icterícia, opacidade da córnea que deve ser
transparente )
PUPILAS; observar: forma (arredondada), localização central, tamanho e
simetria (ISOCORIA=simetria / ANISOCORIA=assimetria), Mióse e midríase
REFLEXOS: FOTOMOTOR; contração da pupila à luz
CONSENSUAL: contração pupilar de um lado à
estimulação luminosa do outro olho
ACOMODAÇAO- convergência; contração da pupila e
convergência dos globos oculares em aproximação de foco ao nariz.
NARIZ; inspeção externa da pele, coloração (rubicundez), função de glândulas
sebáceas, tamanho (normotrofia/hipertrofia/atrofia). MEATO NASAL; avaliar:
hiperemia, pelos, hipertrofia de cornetos e secreções. Testar permeabilidade
nasal obstruindo parede contralateral de narina a ser testada e pedindo que
paciente inspire.
COMISSURA LABIAL; coloração (normal, palidez, cianose), forma, textura (lisa e
fibro-elastica), flexibilidade, simetria. Procurar por lesões e edema (presente
em alergias, herpes etc)
CAVIDADE BUCAL: MUCOSA ORAL: normalmente de coloração rosa-
avermelhada, homogênea. Avaliar; lesões, ulcerações, leucoses, secreções,
hiperemia, edemas, cianose, icterícia, palidez, hidratação, hemorragias.
LINGUA: posição (medianamente) rosa-avermelhada, tamanho
(normognatia/micrognatia/macrognatia), umidade (levemente
úmida), superfície e textura (discretamente rugosa),
movimentos (sensíveis) e presença de lesões.
ALTERAÇOES: língua saburrosa, esbranquiçada/ língua seca, sem
umidade/ língua lisa, atrofia papilar/ língua pilosa, “PELOS”/ linga
de framboesa, granulosa/ Língua geográfica, aspecto de mapa
geográfico não bem delimitada/ Macroglossia/ língua tremula/
desvio da língua/ glossite/ lesões ulceradas.
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GENGIVAS; deve-se analisar; cor (vide mucosa bucal),
consistência, forma, desenvolvimento (normotrofica/
hipertrófica/atrófica) e presença de lesões (edemas,
ulcerações...)
PALATO DURO E MOLE: inspecionar buscando ulcerações,
massas e outras lesões.
DENTES; observar estado geral e uso de próteses dentarias.
Erupção em idade fisiológica. Alterações= CARIES (Perda de
tecido dentário)/ HIPOPLASIA DO ESMALTE (estrias no dente)/
Dentes de HUTCHINSON, caracteriza-se por deformidades ósseas
amorfas de molares e aspecto de chave de fenda em incisivos
(sífilis congênita)
GLANDULAS SALIVARES, parótidas, sublinguais e submaxilares.
Avaliar halitose.
EXAME DE ORELHAS (OTORRINO); com otoscópio, avaliar ulcerações,
abaulamentos, secreções, coloração. INSPEÇAO; procurar por alterações de cor
e tamanho do pavilhão. PALPAÇAO: palpar região mastoide procurando por
dor, abaulamentos e sinais flogisticos, até região auricular notando sua textura
e presença de nodulações. OTOSCOPIA: Observar; quantidade de cerúmen e
visualização da membrana timpânica com pequena concavidade de coloração
cinza perolada e brilho presente, fixa ao cabo do martelo. (avaliar; integridade,
aspecto, cor, forma e contorno, se intacta; deve-se analisar suas
características).
PESCOÇO; Forma cilíndrica, contorno regular, notando-se uma face anterio,
uma posterior e duas saliências laterais correspondentes ao musculo
esternocleidomastoideo. Com uma proeminência central ou pomo-de-adao. De
grande mobilidade ativa e passiva permitindo executar movimentos de
extensão, flexão rotação e lateralizaçao. Deve-se avaliar; proeminência de
pomo de adão, pele (interidade superfície, abaulamentos e tumoraçoes),
musculatura, vasos (jugulares e carótidas), linfonodos, coluna cervical e tireoide
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Turgencia jugular; veia visível a olho, proeminente, comum em patologias
hipertensivas congestivas. Deve-se analisar também frequências e simetria de
batimento arterial, presença de batimento venoso (visível ou palpável).
EXAME DA TIREOIDE: a manobra mais comum é a palpação anterior, onde o
medico permanece de frente com o paciente (em pé ou sentado), apoia os dedos
sobre o pescoço do paciente e com os polegares, ao mesmo tempo, busca sentir a
tireoide do paciente. Assim pode-se obter dados quanto à: VOLUME
(normal/aumentado ou difuso/segmentar). CONSISTENCIA (normal/firme/endurecido/
pétreo). MOBILIDADE; (normal/imóvel) aderida aos planos superficiais ou profundos.
SUPERFICIE (lisa/nodular/irregular). TEMPERATURA DA PELE (normal/quente).
AUSCULTA (presença de frêmito ou sopro), SENSIBILIDADE DOLOROSA OU INDOLOR.
ALTERAÇOES= Bócio difuso (glândula aumentada em totalidade) / bócio Nodular (ou
multi-nodular, percebe-se regiões nodosas na glândula, não caracterizando sua
totalidade).
EXAME DE LINFONODOS; Características observadas: tamanho do
gânglio, consistência, ponto de flutuação, mobilidade, sensibilidade,
coalescência e alterações tróficas da pele.
Descrição: À palpação da cadeia ganglionar __________ do paciente
___________ mostrou um gânglio palpável, à direita ou à esquerda (quando em
cadeias bilaterais), de tamanho _________ (mm, cm, estrutura do dia a dia), de
consistência mole ou dura, com ou sem ponto de flutuação, móvel ou imóvel,
doloroso ou indolor, coalescente ou não coalescente, com ou sem alterações
tróficas da pele (especificar qual alteração)
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TÓRAX
INSPEÇÃO DO TÓRAX
INSPEÇÃO ESTÁTICA: A inspeção estática consiste na observação do tórax sem
considerar os movimentos respiratórios. No exame do tegumento, do tecido celular
subcutâneo, da musculatura , dos ossos e das articulações , devem- se esquadrinhar os
seguintes elementos:
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Pele e suas alterações;
Presença de cicatrizes, especialmente de toracotomia, drenagem torácica e
mastectomia e suas descrições;
Presença e localização de fístulas;
Sistema venoso visível normalmente e circulação venosa colateral;
Presença de edema;
Presença de atrofias musculares;
Alteração ósseas e articulares
Forma do tórax: O tórax globoso destaca-se como a mais comum. Essa anomalia,
em que ocorre aumento do diâmetro Antero - posterior, decorre, em geral da
hiperinsuflação pulmonar que acompanha algumas patologias por causa do aumento
da resistência ao fluxo aéreo e/ou da perda da retração elástica pulmonar. Outras
variações anormais da forma do tórax, menos comuns são:
Tórax em peito de pomba- É a deformidade que decorre do deslocamento do
esterno para a frente.
Tórax escavado- Nesse tipo, há deslocamento do esterno para trás, de tal
maneira que os arcos costais anteriores se projetam mais anteriormente do
que o esterno.
Tórax cifoescoliótico- É decorrente de anormalidade das curvaturas da coluna
torácica que podem ser predominantemente laterais (escoliose) posteriores
(cifose) ou combinadas (cifoescoliose).
No exame físico do tórax, deve-se observar se existe simetria normal entre os dois
hemitórax. Repara-se na presença de retratações ou abaulamentos, bem como na
região que ocupam e em sua extensão.
INSPEÇÃO DINÂMICA
FREQUENCIA RESPIRATORIA: Segundo vários autores, a freqüência respiratória em
indivíduos adultos normais em repouso varia de 12 a 22 movimentos por minuto.
Então, define-se taquipnéia como a freqüência respiratória igual ou maior do que 24
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movimentos por minuto, e bradipnéia, a freqüência menor do que 12 movimentos por
minuto. Apnéia é a suspensão da respiração.
TIPO DE RESPIRAÇÃO: Toracica (mais comum nas mulheres) ou abdominal ( mais
comum nos homens).
RITMOS RESPIRATORIOS: No ritmo respiratório normal, os movimentos são regulares,
e não existe pausa entre eles ( avaliar forma e amplitude das incursões respiratórias).
Entre as anormalidades do ritmo respiratório, incluem-se:
DISPNEIA: sucessão de mov respiratórios amplos e desconfortáveis ( enfisema,
bronquite, pneumonias, atelectasias, pneumotórax, derrame pleural, anemias.
PLATIPNEIA: dificuldade de respiração em posição ereta, aliviada na posição
deitada (ex; pneumectomia)
ORTOPNEIA: Dificuldade de respirar em posição deitada
TREPOPNEIA; condição que faz com que o paciente sinta-se melhor para
respirar em decúbito lateral (ex; ICC e derrame pleural)
.Ritmo de Cheynes- Stockes: consiste na alternância de períodos em que
ocorrem movimentos respiratórios e período de apnéia, com periodicidade de
15 a 30 segundos. A amplitude dos movimentos respiratórios aumenta e
diminui gradualmente ( modelo em crescendo e decrescendo). O ritmo de
Cheyne–Stockes é observado na presença de insuficiência circulatória e em
doenças vasculares cerebrais .
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Ritmo de Kussmaul- É o ritmo em que os
movimentos respiratórios são rápidos,
profundos e regulares; ocorre na acidose
metabólica.
Ritmo de Biot- No ritmo de Biot, os
movimentos respiratórios são irregulares em
frequência e amplitude, podendo haver
períodos de apnéia. Ocorre na presença de
grave sofrimento cerebral.
AMPLITUDE: Taquipneia / bradpneia/ Normopneia
EXPANSIBILIDADE TORACICA: Normalmente, a
expansibilidade é simétrica e igual nos dois
hemitórax. Qualquer doença que afete a caixa
torácica, sua musculatura, o diafragma, a pleura ou
o pulmão de um lado, pode ser precocemente
percebida pela assimetria dos movimentos
ventilátorios, ao se compararem ambos os
hemitórax. A assimetria é mais facilmente reconhecida quando o paciente realiza
inspiração profunda. Seja qual for a estrutura doente, o hemitórax comprometido
move-se menos.
Uso da musculatura acessória da respiração- Em condições associadas com o
aumento do trabalho respiratório, geralmente se observa o uso dos músculos
acessórios da respiração (esternocleidomastóideo, trapézio, peitorais e serratus).
Respiração paradoxal – Normalmente, a expansão do gradeado costal, por
causa da ação dos músculos inspiratórios, ocorre concomitantemente com a expansão
do abdome, consequente à descida do diafragma. Os movimentos não sincronizados
do gradeado costal e do abdome são chamados de respiração paradoxal e,
freqüentemente, indicam fadiga dos músculos respiratórios, podendo anunciar
insuficiência respiratória iminente.
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Podem –se, também, observar movimentos respiratórios paradoxais entre os dois
hemitórax, secundário a instabilidade da caixa torácica unilateralmente (fraturas
múltiplas de arcos costais)
RETRAÇAO INSPIRATORIA
TIRAGEM; Tiragem é a depressão inspiratória dos espaços intercostais e das regiões supra- esternal e supraclaviculares que ocorre durante toda a inspiração. A tiragem indica a presença de dificuldade na expansão pulmonar. Em conseqüência dessa dificuldade, para a manutenção da ventilação alveolar é necessário que ocorra uma queda maior da pressão intrapleural, o que explica a tiragem. A tiragem pode ocorrer por obstrução brônquica regional, obstrução traqueal ou brônquica bilateral ou por condições associadas com a redução da complacência pulmonar, como edema, inflamação e fibrose pulmonar. Na obstrução brônquica regional, a tiragem é unilateral, e nas outras condições mencionadas, bilateral. A tiragem dever ser pesquisada em respiração espontânea e natural, e não se deve solicitar que o paciente realize inspiração profunda.
SINAL DE HOOVER: Observa- se o sinal de Hoover em pacientes portadores de hiperinsuflação pulmonar grave, cujo diafragma se mantém retificado e rebaixado. Durante a inspiração, a contração de suas fibras promove , paradoxalmente, a diminuição do diâmetro látero-lateral do tórax inferior. Dessa maneira, o que se observa, à inspiração, é retração do terço inferior do tórax e não a expansão, como seria esperado normalmente.
CORNAGEM; Cornagem é respiração ruidosa, audível a certa distância e produzida por obstáculos à passagem do ar no nível das vias aéreas superiores, traquéia ou laringe.
PALPAÇAO
EXPANSIBILIDADE OU AMPLITUDE: Avaliar separadamente ápice e bases pulmaneres
quanto a simetria durante respiração ativa.
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FREMITO TORACO VOCAL sensação vibratória ao se palpar a superfície do paciente.
TECNICA: pede-se para que o paciente fala “33”, então, analisa-se de forma
COMPARATIVA os ruídos produzidos nos campos homólogos (ápices, hilo e bases).
CAUSAS DE DIMINUIÇAO DO FREMITO: Afonia, estenose brônquica, enfisema,
atelectasia, derrame pleural, pneumotórax, indivíduos obesos ou em anassarca.
FREMITO CATARRAEO: acumulo de secreçoes nas vias aéreas.
PERCUSSÃO
Sons obtidos na percussão do tórax:
Som claro pulmonar –
vibração do ar contido nos
alvéolos pulmonares – som
característico do pulmão
Som submaciço – som
menos intensos, mais
agudo e menor duração
Som maciço – som menos
intenso, mais agudo e
menor duração que o submaciço
Som hipersonoro – mais intenso, mais grave e mais duradouro
que o som claro pulmonar
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A percussão sistemática do tórax revela uma variação de sons que
aparecem à medida que diminui a quantidade de ar e aumenta a
quantidade de sólidos. Assim sendo, em condições normais, o som
submaciço será obtido quando for percutida uma região de transição
entre o parênquima pulmonar e um órgão sólido; e o maciço, quando
for percutido o próprio órgão sólido.
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PERCUTINDO
Região anterior do hemitórax direito: Percutindo na linha hemiclavicular: som
claro pulmonar para submaciço, a niveil do 5º ou 6º EIC – som maciço
Região axilar direita e esquerda temos som claro pulmonar, já na região infra-
axilar direita temos som macicço hepatico
Região anterior do hemitórax esquerdo: Percutindo na linha paraesternal: Som
claro pulmonar para timpânico (espaço de Traube). Na região infra-axilar
esquerda temos timpânismo cardio-frenico
Região posterior do tórax a sonoridade é menor nos ápices que nas regiões
interescapulovertebrais e bases; Som claro pulmonar
AUSCULTA
Podemos identificar o som traqueal, respiração brônquica, murmúrio vesicular
e a espiração bronquiovesicular.
Som traqueal É audível na região de projeção da traquéia, no pescoço e na
região esternal. Origina-se na passagem do ar através da fenda glótica e na
própria traquéia É caracterizado por 2 componentes: um ruído soproso
inspiratório, mais ou menos rude e o expiratório mais forte e prolongado.
Respiração brônquica: Corresponde ao som traqueal audível na projeção dos
brônquios principais (no HILO), Local: face anterior do tórax próximo ao
esterno. Diferencia do som traqueal por ter componente expiratório menos
intenso.
Murmúrio vesicular: Na superfície torácica, ouve-se um ruído mais suave, onde
predomina a fase inspiratória, que é mais aguda, mais intensa e mais
duradoura do que a expiratória
Respiração broncovesicular: Nas seguintes regiões: infraclavicular direita,
supra-espinhosa direita, interescapulovertebrais, ao nível da bifurcação da
traquéia e na coluna vertebral, logo abaixo da 7ª vértebra cervical, ausculta-se
normalmente outro tipo de respiração, resultante da soma da respiração
brônquica e do murmúrio vesicular, denominado respiração broncovesicular
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Variações do murmúrio vesicular:
Modificações da intensidade: ( Aumentado/ Diminuído/ Abolido)
Modificações do timbre e tonalidade ( Suave/ Rude)
Modificações da continuidade: ( Contínuo/Respiração entrecortada)
Modificações da duração: (Fase expiratória mais duradoura e intensa que a
fase inspiratória)
Ruídos adventícios: Só aparecem em condições patológicas
Estertores roncantes e sibilantes
Estertores crepitantes
Estertores subcrepitantes
Atrito pleural
Ausculta da voz:
Broncofonia normal
Broncofonia aumentada
Broncofonia diminuída
Pectorilóquia: ausculta da voz
Pectorilóquia fônica: Ausculta-se a voz nitidamente
Pectorilóquia afônica ausculta-se a voz mesmo se cochiçada
EXAME FISICO
CARDIOVASCULAR
A veia cava superior, inferior e o
átrio direito se projeta ao longo do borde
esternal direito. A borde esternal esquerda
é constituída pela aorta, artéria pulmonar
(a nível do 2ºespaço) e o ventrículo
esquerdo desde o 3º espaço intercostal
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intercostal entrecruzando a linha hemi-clavicular até o 5º espaço intercostal
(LOCALIZANDO O ICTUS CORDIS ). O ventrículo direito, constitui quase toda face
anterior do coração, tem por limite inferior uma linha horizontal ao apêndice xifoide.
TECNICA- a melhor posição seria com o paciente paciente em decúbito dorsal,
busca-se como primeiros pontos de referencia; manúbrio esternal e ângulo de Louis.
Outras posições, como o paciente sentado ou com tórax inclinado p/ frente, podem
ser necessárias para visualizar se há pulsação de ictus.
INSPEÇAO E PALPAÇAO; realiza-se simultaneamente investigando;
Abaulamentos, analise de Ictus cordis (localização e frequência de choque) , analise de
batimentos ou movimentos visíveis ou palpáveis, palpação de bulhas e pesquisa de
frêmito cardiovascular.
Abaulamentos dessa região podem sugerir;
aneurismas, cardiomegalia, derame pericárdio e
alterações da caixa torácica, dilatações do VD.
ICTUS CORDIS: localização (4º ou 5º EI),
extensão ( 1-2 espaço intercosta), intensidade
(normal/forte/Tenue), mobilidade (1-2cm/polpa
digital), ritmo (simétrico/assimétrico), frequência.
AUSCULTA:
FOCO MITRAL: 4º ou 5º espaço intercostal esquerdo da linha hemiclavicular, o
mesmo correspondente ao ictus
cordis
FOCO PULMONAR; 2º espaço
intercostal esquerdo margeando
o esterno.
FOCO AORTICO 2º espaço
intercostal direito margeando o
esterno
FOCO AORTICO ACESSORIO; 3º
espaço intercostal esquerdo
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margeando o esterno.
FOCO TRICUSPIDE; Corresponde a base do apêndice xifoide, ligeiramente à
esquerda.
CRITERIOS: deve-se analisar;
B1; coincide com o ictus cordis e pulso carotídeo, de timbre grave. Usualmente
representada pelo “TUM”.
B2; audíveis pelo fechamento das válvulas pulmonares e aórticas, de timbre
mais agudo, o designado “TÁ”.
B3; raramente audível, presente em condições vibratórias proporcionadas pela
corrente sanguínea durante enchimento ventricular rápido. Designada, de maneira
rápida, o “TU”.
B4; um ruído débil que ocorre no fim da diástole ou pre sístole. Em condições
normais pode ser observada em crianças e idosos, por uma brusca desaceleração de
fluxo mobilizado pela contração atrial em encontro com a massa sanguínea ventricular.
Quanto as alterações, classificam-se de acordo com a fase na qual ocorrem os ruídos
anormais: (sístole/diástole)
Protosistole= terço inicial da sístole
Mesosistole= terço médio da sístole
Telesistole= terço final da sistole
Protodiastole= terço inicial da diástole
Mesodiastole= terço médio da diástole
Telediastole= terço final da diástole
Assim, deve-se reconhecer o RITMO e a FREQUENCIA cardíaca (id arritimias),
verificar PRESENÇA DE 3ª ou 4ªbulha, analisar características das bulhas cardíacas,
IDENTIFICAR SOPROS e relacionar com achados do exame físico e simetrias em relação
aos pulsos.
OBS: ausculta sem alterações= RUIDOS NORMOFONETIOS
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EXAME FISICO DO ABDOME
INSPEÇAO
o Forma normal (normal ou atípico, globoso,
ventre de batráquio, pendular, em avental,
escavado.
o Lesões cutâneas
o Movimentos peristálticos visiveis
o Pulsações arteriais visíveis
o Massas anormais e coloração da pele
Estrias e cicatrizes, distribuição de pelos (
caracterizar localização de acordo com
região e características).
o Abaulamentos : súbito/progressivo; localizado/global;idade; conteúdo
o Depressões
o Respiração
o Circulação Colateral
o Umbigo e cicatriz umbilical, deve estar plana e levemente retraída
abaixo do ¹/3 inferior do abdome.
o Integridade e continuidade da musculatura abdominal, avaliar presença
de hérnias.
PALPAÇÃO
SUPERFICIAL : sensibilidade, espessura da parede; tumorações; solução de
continuidade, tensão, piparote ou sinal da onda líquida. Deve-se avaliar os
principais pontos dolorosos.
PONTO XIFOIDIANO: cólica biliar, afecções do estomago e duodeno,
ulceras e neoplasias
PONTO EPIGASTRICO: gastrites, ulceras gástricas e neoplasias.
PONTO BILIAR OU PONTO CISTICO: pede-se para que o pac. Inspire
profundamente para que o diafragma abaixe o fígado fazendo com que
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a vesícula biliar alcance a extremidade do dedo do examinador>
afecções mais comuns; colecistite aguda. (SINAL DE MURPHY)
PONTO APENDICUALR; ou também ponto de MCBURNEY, para
apendicite, onde se faz compressão lenta e continua seguida de
descompressão abrupta e observa-se se há despertar de dor. Se houver
dor, diz-se SINAL DE BLUMBERG positivo.
PONTO ESPLENICO; dor; infarto esplênico
PONTOS URETERAIS: cólicas renais por migração de cálculos renais
pelas vias
ANALISAR; hérnias e pulsos vasculares (amplitude, frequência, ritmo)
PROFUNDA: mão espalmada, aprofundar no tempo expiratório, regiões
dolorosas por último e não direcionar para órgãos
Avaliar para orgaõs; localização, forma, volume, sensibilidade, consistência,
mobilidade e pulsabilidade.
PALPAÇAO FIGADO: paciente em decúbito dorsal, palpar todo hipocôndrio
direito do umbigo ao rebordo costal, ao mesmo que busca-se identificar as bordas
hepáticas. Descrever: espessura (FINA/ROMBA), superfície (lisa ou irregular)
consistência (diminuída/normal/aumentada), sensibilidade (indolor/dolorosa).
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PALPAÇAO DE BAÇO; paciente em posição de SHUSTER (decúbito lateral direito e
coxa esquerda fletida com ombro esquerdo elevado). Palpar este órgão significa que
seu volume esta aumentado, então há uma esplenomegalia. Normalmente não
palpável.
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PALPAÇAO DE RIM; Limitação propedêutica devido a posição retroperitonial (pólo
inferior)
• Palpação pelo método de Israel
OS rins também podem ser avaliados através de punho percussão de murphy ou
sinal de Giordano, na busca por processos dolorosos. Tecnica: golpeia-se firmemente
com a mao fechada, utilizando região hipotênar, a nível póstero lateral da 10ª costela(
rim esquerdo) ou 12ª costela(rim direito)
SINAIS PROPEDEUTICOS= Sinal de Murphy, Sinal de Giordano, Sinal de Torres-
Homem (percussão digito-digital extremamente dolorosa localizada em reborde
hepático) , Sinal de Blumberg, Sinal de Jobert, Sinal Grey-Turner, Sinal de Cullen,
Descompressão Brusca
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PERCUSSÃO
Método digito-digital, som normal : TIMPANISMO
Som de órgão maciço : zona hepática (lactentes), espaço de Traube ocupado(6a a 10a
costelas), vísceras sólidas aumentadas, vísceras ocas repletas de líquido, ascite
(macicez de declive), hepatimetria
Hipertimpanismo : aerofagia com meteorismo
Macicez abdominal pode significar ascite
AUSCULTA
Burburinhos : gases e líquido passando por dobras intestinais
Peristaltismo hipersônico e frequente : obstrução
Pulso Arterial; angigênese (processos neoplásicos) ou aneurismas.