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Mdulo 3
Como intervirprecocemente:
Preveno eInterveno
Breve
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A7| Por que as pessoas usam ou evitam usar drogas? Aimportncia da preveno, Promoo de Sade e dos
fatores de riscos e proteo
A8|Como orientar pessoas com problemas decorrentes
do uso de lcool e outras drogas: semelhanas entre
Aconselhamento e Intervenes Breves
Aps o estudo deste mdulo, os alunos devero ser capazes de:
identificar as principais estratgias de preveno e Promoo de Sade
reconhecer e identificar os principais fatores de risco e proteo
associados ao uso de lcool e outras drogas
conhecer o trabalho preventivo e de Promoo de Sade na rea de lcoo
e outras drogas
conhecer a Interveno Breve (IB) e aprender a utiliz-la para auxiliarpessoas, em fase inicial de problemas associados ao uso de lcool ou
outras drogas, a parar ou diminuir o seu consumo
identificar as etapas da IB e os tipos mais comuns de reaes primeira
conversa
Como intervir precocemente: Preveno e
Interveno Breve
MDULO 3
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Aula 7
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Aula 7
OS OBJETIVOS DESTA AULA SO:
identificar as principais modalidades de preveno ePromoo de Sade
reconhecer e identificar os principais fatores de risco e
proteo associados ao uso de lcool e outras drogas
conhecer o trabalho preventivo e de promoo de sade na
rea de lcool e outras drogas
identificar os principais fatores de risco e de proteo para
adolescentes, idosos, mulheres e populaes indgenas
compreender a religiosidade como fator de proteo
TPICOS
Introduo
Fatores de risco e proteo para o uso de drogas
Fatores de risco e proteo para o uso de drogas em grupos
especficos
A religiosidade como fator de proteo ao uso de drogas
Bibliografia
Atividades
Por que as pessoas usam ou evitam usar drogas?
A importncia da preveno, Promoo de Sadee dos fatores de risco e proteo
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Por que as pessoas usam ou evitam usar drogas? A importncia da preveno, Promoo de Sade e dos fatores de risco e proteo | Au
p.
INTRODUO
Como voc sabe, o uso de lcool e outras drogas depende de outros fatores
alm da vontade do indivduo. H fatores (razes) que aumentam as chances
de o indivduo iniciar o uso de drogas ou, ainda, aumentam as chances de
que esse uso inicial ou moderado se torne um uso que traga mais prejuzos
para o usurio. Essas razes so conhecidas como fatores de risco.
Mas h tambm fatores que diminuem as chances de o consumo de
drogas acontecer ou de se tornar prejudicial; esses so chamados fatores de
proteo.
Nesta aula vamos falar sobre esses dois fatores (risco e proteo) e sobre
sua importncia no trabalho preventivo e de Promoo de Sade na rea
de lcool e outras drogas. Primeiramente, vamos definir alguns conceitos:
Preveno
Prevenir quer dizer: preparar; chegar antes de; reduzir riscos e
danos; impedir que algo se realize.
A preveno em sade indica uma ao antecipada, baseada no conhecimento
que temos sobre o desenvolvimento de uma doena. Ela tem por objetivo
diminuir a chance de o problema aparecer ou, se ele j existe, evitar quepiore.
Podemos falar de preveno para diferentes situaes e nveis de problemas.
Por isso, existem vrios modelos de preveno.Antigamente, a preveno
era classificada em primria, secundriae terciria. Atualmente, usamos
preveno universal, seletiva e indicada.
Para que voc entenda claramente a mudana de nomes, compare:
Classificao antiga
Preveno Primria: principalmente a educao em sade,ou seja, transmitir informaes para que as pessoas possam
EVITAR o aparecimento do problema.
PrevenoSecundria: Identifica o problema precocemente e
prope aes para evitar que o problema se agrave.
Saiba Mais..Preveno em sade mental
Fazer preveno sobre adependncia de drogas umtipo de preveno em sade
mental. Nesse caso, importansaber que o desenvolvimento duma doena mental diferende uma doena que pode ser
transmitida por um vrus, coma dengue, por exemplo. O jeit
de pensar o uso de lcool eoutras drogas semelhante aode uma doena clnica crnicacomo a diabetes, por exemplono h uma causa determinane, sim, vrios fatores envolvido
(como fatores genticos,ambientais e biolgicos). Nescaso, podemos elaborar forma
de preveno para diabetes,como alimentao saudvel e
atividade fsica, por exemploque so aes preventivas que
no vo curar a diabetes, e sicontrolar. O mesmo raciocni
se aplica preveno dadependncia de drogas. Apesade conhecermos alguns fatorede risco e proteo relacionad dependncia de drogas, no
podemos atuar diretamente emuma causa especfica, pois n
existe causa nica. Esse maium motivo para trabalharmo
com fatores de risco e prote
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Preveno Terciria:Nesse nvel, o problema j est instaladoe os danos so claros, mas podemos falar de um tratamento
precoce ou que diminua os danos j causados.
Classificao atual
Preveno Universal: Dirigida a toda a populao. Osparticipantes no so selecionados. Quem faz esse tipo de
preveno no precisa ser especialista na rea, basta um
treinamento adequado. Nesse tipo de preveno o objetivo
reforar os fatores de proteo identificados (ex.: preveno
com crianas e adolescentes em escolas, populao geral/
comunidades).
Preveno Seletiva: Voltada para uma parte especfica dapopulao, especialmente s pessoas com maior risco. Visa
retardar ou evitar o abuso de drogas, detectando os fatores de
risco, e combat-los. Os participantes so escolhidos entre os
mais vulnerveis. Quem faz esse tipo de preveno precisa ter
treinamento adequado, o que requer mais tempo e esforo dos
participantes. Nesse tipo de preveno o objetivo diminuir os
fatores de risco identificados (ex.: pacientes em ambulatrios,
filhos de dependentes). Preveno Indicada: Dirigida a pessoas que j apresentam
os primeiros sinais de abuso de drogas. Visa evitar o aumento
e a manuteno do consumo e suas complicaes. Os
participantes so escolhidos. So enfatizados os fatores de
risco especficos para cada pessoa. Necessita de uma precisa
avaliao individual. A equipe precisa ser altamente qualificada
(ex.: pacientes de servios especializados, com diagnstico de
abuso ou dependncia).
Preveno de Recada
Alm desses modelos principais, que se aplicam a qualquer doena oucondio que se queira evitar, na rea de dependncia de drogas muitosprofissionais utilizam a tcnica de Preveno de Recada, para prolongar otempo que uma pessoa fica sem usar drogas ou evitar que o consumo voltea acontecer.
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A Preveno de Recadafaz parte do processo de reabilitao, ou
seja, depois do tratamento, existem aes que buscam auxiliar o
indivduo a manter novos comportamentos mais saudveis (por
exemplo, quando algum consegue deixar de fumar e tenta levar a
vida sem o uso do cigarro).
Como voc pode observar, a preveno est ligada identificao, controle
e diminuio dos fatores de risco ou aumento dos fatores de proteo.
H outro conceito muito importante que devemos lembrar - o da Promoo
de Sade.
Promoo de Sade
A Promoo de Sade refere-se a aes que no se dirigem a uma
determinada doena, mas que servem para aumentar a sade e o bem-estar
do indivduo e da comunidade. Para isso, devem ser considerados vrios
fatores individuais e coletivos, como:
educao
habitao
alimentao
renda
meio ambiente equilibrado
justia social
igualdade de direitos
importante lembrar que as noes de bem-estar tm um significado
cultural que pode variar de acordo com aspectos morais, polticos, culturais,econmicos, ambientais e interpessoais. por conta disso que o uso de
lcool e outras drogas foi, e continua sendo, visto de forma diferente em
diversas sociedades.
ImportantePreveno e Promoo de Sadevem sempre andar juntasEnquanto a preveno traz a
ideia de ausncia de doenaa Promoo de Sade buscapromover condies de vida
mais satisfatrias, melhorandonvel de sade, antes mesmo d
qualquer problema aparecer.
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FATORES DE RISCO E PROTEO PARA O USO DEDROGAS
Agora que vimos algumas das principais modalidades de preveno e
Promoo de Sade, vamos falar um pouco sobre alguns dos fatores derisco e proteo que influenciam as pessoas a usar ou no lcool e outras
drogas:
fatores de risco: so aqueles que favorecem o consumo dedrogas
fatores de proteo:so aqueles que diminuem a chance dealgum iniciar ou abusar do consumo de drogas.
Os programas de preveno ao uso de drogas, em geral, so
desenvolvidos de modo a aumentar os fatores de proteo e
diminuir ao mximo os fatores de risco.
Curiosamente, as pesquisas tm mostrado que grande parte dos fatores
de risco e proteo relacionados ao uso de lcool e outras drogas so
os mesmos observados em outros comportamentos de risco, tais como
delinqunciaeviolnciajuvenil, evaso escolar, gravidez na adolescncia
ecomportamento sexual de risco.
A questo dos fatores de risco e proteo para o uso de drogas j est muito
bem descrita na literatura cientfica mundial. J existe consenso sobre quais
so alguns desses fatores.
No entanto, ainda existe muita discusso sobre o peso ou a importncia dos
fatores de risco na deciso de uma pessoa usar ou no usar drogas. Por qu?
Devemos ter em mente que vrios fatores contribuem para a deciso de
algum usar drogas, e no somente um fator isolado.Alm disso, no
porque um indivduo est envolvido em uma vida cheia de fatores de risco
que, necessariamente, ele far um uso problemtico de lcool e/ou de outras
drogas. muito importante no interpretar os fatores de risco como causa
do uso de drogas. Por exemplo, um dos maiores fatores de risco para o uso
de drogas na adolescncia ter amigos que usem drogas. No entanto, no
podemos conversar com um adolescente que tem amigos que usam drogas
como se ele tambm usasse ou como se fatalmente fosse usar.
AtenoQuando dizemos que algum
faz parte de um grupo de riscopara o consumo de drogas, querdizer que essa pessoa est expostaa fatores de risco que aumentama chance de envolvimento com asubstncia. Isso no significa queela ir, necessariamente, tornar-
se um usurio.
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Outro cuidado a se tomar quando o assunto fatores de risco e proteo
que, quando a presena de um fator indica proteo, no quer dizer que
sua ausncia indica risco, e vice-versa. Por exemplo, sabe-se que a baixa
autoestima est associada a maior risco de uso de drogas; no entanto, ter
alta autoestima no significa que o adolescente est protegido. Os jovens
muito seguros e populares no grupo de amigos tambm esto em risco parao consumo de drogas.
Os estudos dos fatores de risco tm estado em evidncia, pois fornecem
informaes sobre possveis influncias no incio do consumo de drogas e
na mudana dos tipos de drogas consumidas. Assim sendo, podem indicar
o que torna as pessoas mais vulnerveis a iniciar o consumo, ou quais esto
mais propensas a fazer um uso nocivo (abuso) ou desenvolver dependncia.
FATORES DE RISCO E PROTEO AO USO DEDROGAS EM GRUPOS ESPECFICOS
Alm dos fatores j citados, existem alguns fatores de risco e proteo que
so especficos de alguns grupos.
Vamos falar, aqui, brevemente de alguns deles.
adolescentes
idosos
mulheres
populaes indgenas
AdolescentesA adolescncia uma fase do desenvolvimento humano em que ocorrem
muitas mudanas, tanto emocionais quanto no convvio com as pessoas
(famlia, amigos), sendo marcada, muitas vezes, por um comportamento
de experimentao do jovem.
Para a grande maioria dos jovens, ter experincias novas (lugares, msicas,
amigos e tambm drogas) no necessariamente trar algum problema, e
muitos se tornaro adultos saudveis.
DicaPara definio de uso
problemtico e experimentalrevise a Aula 6.
LEMBRETEAs aes de Promoo da Sadevem seguir a lgica da polti
de Reduo de Danos, a quaprocura no excluir nenhumgrupo ou indivduo, ou seja,todas as aes e orientaesbuscam diferentes maneiras
de prevenir doenas. Procurapromover a sade, fornecendinformaes a todos, desde oque querem at queles que
no querem ou no conseguemabandonar o uso de lcool e
outras drogas.
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A adolescncia um perodo marcado por novas experincias e,
por conta disso, muitos estudiosos consideram a adolescncia um
perodo de risco para o envolvimento com drogas.
Ao menos em parte, os riscos podem ser atribudos s prprias caractersticasda adolescncia, tais como:
necessidade de aceitao pelo grupo de amigos
desejo de experimentar comportamentos vistos como deadultos
sensao de onipotncia: comigo isso no acontece
grandes mudanas corporais que geram insegurana
aumento da impulsividade
Curiosidade
A curiosidade naturaldos adolescentes um dos fatores de maior influncia
na experimentao de lcool e outras drogas, assim como a opinio dos
amigos e a facilidade para conseguir drogas.
A curiosidade do adolescente o faz buscar novas sensaes e prazeres. O
adolescente vive o presente, busca realizaes imediatas, e os efeitos dasdrogas vo ao encontro disso, proporcionando prazer imediato. Ao mesmo
tempo, a curiosidade um fator fundamental para o desenvolvimento
saudvel dos jovens. o que os estimula a estudar, a buscar novos desafios
e se superar.
Modismo
O modismo outro aspecto importante relacionado ao uso de substncias
entre adolescentes, pois reflete a tendncia do momento, e os adolescentes
so particularmente vulnerveis a essas influncias. Afinal, esto saindo da
infncia e comeando a sentir o prazer da liberdade nas pequenas coisas,
desde a escolha de suas prprias roupas e atividades de lazer at a definio
de qual ser o seu estilo. Para alguns jovens, a moda influenciar a escolha
desse estilo, destacando-se a presso da turma, os modelos dos dolos e os
exemplos que esses jovens tiveram dentro de casa (dos pais ou de outros
familiares), ao longo de sua infncia.
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Medicalizao dos problemas
Atualmente, o uso abusivo de medicamentos, como remdios para relaxar,
medicamentos para melhorar o desempenho sexual, para emagrecer,
medicaes para dormir, dentre outros, d ao jovem a impresso de que
para qualquer problema h sempre uma soluo mgica que no exige
grandes esforos, tem ao rpida, enfim, oferece uma resposta que vai ao
encontro do imediatismo caracterstico da sociedade nos dias atuais.
Famlia
A famlia, por sua vez, pode atuar como um fator de risco ou proteo para
o uso de substncias psicoativas. Em primeiro lugar, temos o fator gentico:
Filhos de dependentes de lcool e/ou outras drogas apresentam
risco quatro vezes maior de tambm se tornarem dependentes!
Mas o desenvolvimento da dependncia ir depender da interao de:
aspectos genticos
caractersticas de personalidade
fatores ambientais, que podero constituir proteo ou atmesmo risco para o uso de substncias.
Papel familiar na formao do adolescente
Outro aspecto de fundamental importncia o papel familiar na formao
do adolescente. A famlia pode contribuir para que a criana aprenda a
lidar com limites e frustraes (situaes nas quais as expectativas no so
atendidas).
Crianas que crescem em um ambiente com limites e regras claras,
geralmente, so mais seguras e sabem o que podem ou no fazer. Ter limites
e regras claras contribui para prepar-las a lidar com situaes frustrantes.
Crianas criadas sem regras claras podem testar os limites dentro de casa,
adotando um comportamento desafiador com os pais. Posteriormente,
ao entrar na adolescncia, podem repetir o mesmo comportamento
desafiador fora de casa, sem ponderar possveis consequncias para esse
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comportamento, em situaes de risco. Dessa forma, fundamental que
elas tenham a oportunidade de discutir sobre as regras, de modo que saibam
os motivos da existncia dessas regras. Essa uma maneira de aproveitar o
perfil desafiador dos adolescentes, e para que se tenha sucesso importante
que os pais estejam preparados com informao adequada e habilidade para
expor seu ponto de vista, sem quebrar o dilogo. Ressaltamos que o dilogofranco e amistoso entre pais e filhos, em que existam trocas de experincias,
respeito, confiana e segurana, contribui para que pais e filhos tenham
uma boa relao e assim a famlia seja protetora do adolescente.
Somado a isso, o monitoramento por parte dos pais ou outros familiares
sobre os filhos e o bom relacionamento entre eles importante fator protetor
em relao ao uso de drogas.
Fatores internosAnalisando-se os fatores internos do adolescente, que podem facilitar o uso
de lcool e outras drogas, destacam-se:
insatisfao
insegurana
sintomas depressivos
timidez e extroverso.
Os jovens esto em fase de autoconhecimento e precisam conhecer seus
potenciais, sendo que esse destaque representar sua identidade e sua
funo dentro do grupo. Por exemplo, o adolescente que no consegue se
destacar, seja nos esportes, estudos, relacionamentos sociais, dentre outros,
ou que se sente inseguro quanto ao seu desempenho, pode buscar no uso
de drogas uma maneira de enfrentar essas dificuldades. Da mesma forma,
adolescentes que so populares e se destacam em algumas atividades (fsicas
e escolares) tambm podem consumir drogas.
Anabolizantes
Em relao ao uso de anabolizantes, a busca do corpo ideal, associada
grande importncia dada aos atributos fsicos, acaba tendo um papel
na autoestima e na forma como eles se veem e os outros os percebem,
constituindo fatores de risco para o uso dessas substncias.
AtenoEm alguns casos, o uso de
lcool e outras drogas pode setornar recurso para lidar comos sentimentos desagradveis
ou esquecer os problemas.
No entanto, de formageral, o consumo de lcool,especificamente, faz parte de
confraternizaes e momentosfamiliares do cotidiano. Assim,
os motivos para consumo podemser outros.
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Sintomas depressivos
A tristeza, desesperana, falta de nimo para realizar atividades dirias,
se permanecem por um perodo de no mnimo seis meses, so alguns
sintomas depressivos que muitas vezes podem representar fatores de risco.
O jovem que est triste, ansioso e/ou desanimado pode buscar atividades
ou coisas que o ajudem a se sentir melhor. Nesse sentido, as drogas podem
proporcionar, de forma imediata, uma melhora ou alvio desses sintomas.
Alguns estudos mostram que adolescentes que apresentam
sintomas depressivos (ex.: se isolam da famlia e dos amigos,
sentem-se infelizes, descontentes e incompreendidos, com baixa
autoestima) passam mais rpido da fase de experimentao para
o abuso.
Outros aspectos importantes em relao ao uso de drogas na
adolescncia:
1. no perodo entre a adolescncia e o incio da idade
adulta que ocorrem os maiores nveis de experimentaoe
problemas relacionados ao uso de lcool e outras drogas.
2. Muitos jovens, apesar do pouco tempo de uso de substncias,
passam muito rapidamente de um estgio de consumo paraoutro(especialmente quando se trata do uso de lcool), alm de
fazerem uso de vrias substncias ao mesmo tempo. Por outro
lado, uma grande parcela deles diminui significativamente
o consumo no incio da idade adulta, para adequar-se s
obrigaes da maturidade, como trabalho, casamento e filhos.
3. Vrios estudos demonstram que, quanto mais cedo se inicia
o uso de drogas, maior a chance de desenvolvimento de
dependncia.
ImportanteO risco de um adolescenteabusar de drogas envolve o
balano entre os fatores de risce os fatores de proteo.
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Principais fatores de risco no perodo da adolescncia:
grande disponibilidade de drogas
maior tolerncia social em relao ao consumo de algumassubstncias (ex.: lcool)
uso de lcool e outras drogas pelos pais e outros familiares
estresse gerado por conflitos familiares e falta de estruturafamiliar, como pais distantes, dificuldade dos pais em
colocar limites, mudanas significativas (de cidade, perda
de um dos pais)
caractersticas de personalidade: baixa autoestima, baixaautoconfiana, agressividade, impulsividade, dificuldade
de aceitar ser contrariado
transtornos psiquitricos: transtorno de conduta, transtornode hiperatividade e dficit de ateno (principalmente, se
associado a transtorno de conduta), depresso, ansiedade
e outros transtornos de personalidade
Fatores de PROTEO ao uso de drogas na adolescncia
rea pessoal
elevada autoestima
religiosidade
crenas nas regras sociais estabelecidas
rea familiar
bom relacionamento familiar
pais e/ou familiares presentes e participativos
monitoramento das atividades dos jovens
pais e/ou familiares que transmitem regras claras decomportamento para os jovens
rea social
comprometimento com a escola
amigos no usurios de drogas e no envolvidos em atividadesilcitas
baixa disponibilidade ou oferta da droga
forte vnculo com instituies (escola, igreja)
oportunidade para trabalho e divertimento
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Fatores de RISCO ao uso de drogas na adolescncia
rea pessoal
baixa autoestima
isolamento social
curiosidade
no aceitao das regras sociais estabelecidas
pouca informao sobre drogas
comportamento agressivo
fatores genticos
rea familiar
falta de envolvimento afetivo familiar ambiente familiar problemtico
educao familiar frgil
consumo de drogas pelos pais ou outros familiares
rea social
baixo envolvimento com os estudos
envolvimento em atividades ilcitas
amigos usurios de drogas ou com comportamento inadequado
propaganda de incentivo ao consumo
preo social para o consumo
falta de oportunidade de trabalho e divertimento
Idosos
Quando falamos de problemas com o uso de lcool e outras drogas pensamos
primeiro nos jovens e adultos. raro falar desses problemas entre idosos e
por isso esse, em geral, um grupo subidentificado.
Embora o lcool seja uma substncia frequentemente utilizada pelos
idosos, mais comum encontrarmos o uso abusivo de medicamentos para
tratamento de depresso, ansiedade e outras doenas, sendo raro o consumo
de drogas ilcitas (exceto entre aqueles que as utilizam desde a juventude).
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No caso do lcool, na terceira idade, esse uso pode ser classificado em dois
tipos:
1. idosos que iniciaram um consumo problemtico na juventude
e o mantiveram ao longo da vida. Em geral possuem histrico
familiar de alcoolismo, comorbidades associadas, baixo nvel
de escolaridade e histria de mltiplos problemas fsicos e dem nutrio.
2. idosos que iniciaram o consumo problemtico na maturidade.
Nesse caso, o histrico familiar de alcoolismo aparece em
menos da metade dos casos, os idosos possuem bom ajuste
social e moram com a famlia, tendo bom desempenho no
trabalho
Nem sempre fcil identificar o uso abusivo de lcool e outras drogas entre
os idosos. Desse modo, devemos ficar atentos a alguns sinais e sintomas
que podem estar relacionados a esse uso abusivo. Por exemplo:
hlito alcolico pela manh
uso dirio de lcool
perodos de amnsia (esquecimento)
habilidades cognitivas alteradas
anemia
alteraes nos exames do fgado
fraturas e quedas frequentes
convulses.
Outros problemas especficos da terceira idade tambm podem ser
considerados fatores de riscopara o abuso de substncias, como:
doenas crnicas: como artrite, osteoporose e ataques de gota(inflamao nas articulaes) (dor crnica), insnia, e cncer
problemas visuais e auditivos: perdas funcionais comuns,tais como surdez e catarata, que produzem sentimentos de
isolamento, solido e tristeza.
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Mulheres
As mulheres possuem algumas caractersticas biolgicas especiais em relao
ao uso abusivo de lcool e outras drogas, que as diferenciam dos homens.
Vejamos algumas diferenas quanto ao uso de lcool:
1. o corpo da mulher apresenta menor quantidade de gua do queo do homem. Isso significa que h menos gua no corpo para
diluir o lcool ingerido. Essa uma das razes que explicam o
fato de a mulher ficar embriagada mais facilmente do que o
homem, mesmo ingerindo quantidades iguais de lcool.
2. a mulher possui menor quantidade da enzima (lcool
desidrogenase- ADH) responsvel pela destruio do lcool
no organismo. Assim, somente uma pequena parte do lcool
ingerido ser destruda pelo organismo. Isso faz com que amulher atinja maiores concentraes de lcool no sangue do
que o homem, mesmo bebendo quantidades iguais.
3. as alteraes hormonais tambm so importantes nas mulheres.
O perodo pr-menstrual est associado a um aumento do
consumo de lcool, e aquelas que apresentam tenso pr-
menstrual (TPM) tm maior probabilidade de desenvolver
abuso ou dependncia de lcool do que as que no apresentam
esse problema, provavelmente em busca de alvio para a tensoe ansiedade.
4. Outros fatores de risco para o desenvolvimento de problemas
relacionados ao uso de lcool entre as mulheres:
trabalhar em ambiente predominantementemasculino
ter um parceiro (namorado/marido) com problemasrelacionados ao uso de lcool
ter sofrido abuso fsico, emocional ou sexual na infnciaou ter sido vtima de violncia nos relacionamentosamorosos na idade adulta
problemas psiquitricos: depresso, transtornos deansiedade, bulimia, baixa autoestima e transtornos depersonalidade
problemas de comportamento na infncia relacionadosao controle de impulsos
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De modo geral, observa-se que as mulheres apresentam mais problemas
mentais do que os homens, como por exemplo ansiedade, depresso e
transtornos alimentares, mas procuram tratamento mais rapidamente e
com mais frequncia do que eles. No entanto, isso no acontece para o uso
abusivo ou dependncia de drogas.
Entre as mulheres h maior prevalncia de uso abusivo de algumas drogas,tais como calmantes e remdios para emagrecer, do que entre os homens.
Sabe-se que o pblico feminino o grande consumidor dessas substncias,
consumo esse que muitas vezes tem incio por indicao mdica. No
entanto, muitas continuam usando sem prescrio.
E por ltimo, porm no menos importante, destaca-se a influncia dos
fatores socioculturais no abuso de substncias entre as mulheres. A presso
social, atravs da mdia em geral, para manter um corpo perfeito muito
grande entre as mulheres, e observa-se um elevado consumo de drogasassociadas ao controle de peso, como anfetaminas, nicotina, cocana e
outros estimulantes.
Populaes indgenas
Como voc j deve saber, o uso de lcool, tabaco e outras plantas j estava
presente entre as populaes indgenas brasileiras muito antes da chegada
dos portugueses no Brasil.
A bebida consumida por esses povos era, em geral, uma bebida forte,
fermentada a partir de frutas, da mandioca e do milho, denominada cauim
(ou caxiri). Ela era utilizada cotidianamente, ou em rituais e festas tpicas
desses povos, sempre com regras culturais e limites bem definidos sobre
como o consumo dessa bebida deveria ser feito.
Com o passar dos anos e a aproximao com a cultura do homem branco,
outros hbitos foram sendo incorporados por esses povos, como o consumo
das bebidas alcolicas destiladas (em especial a cachaa), com teoresalcolicos bem maiores do que aquelas normalmente consumidas.
Muitos problemas comearam a aparecer a partir desse contato, como
questes territoriais (suas terras eram constantemente invadidas e
desrespeitadas) e de aculturao (sua cultura no era respeitada e outros
valores eram impostos como sendo certos e melhores).
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Isso se reflete nas condies de vida que muitos desses povos tm hoje,
como:
pobreza
falta de recursos mnimos para sua subsistncia
falta de perspectiva para o futuro uso de lcool em contextos fora dos rituais
presena de muitas doenas infecciosas, desnutrio, doenassexualmente transmissveis, entre outras.
Todos esses problemas podem ser considerados importantes fatores de risco
para o consumo abusivo de lcool, pois essas populaes se tornam cada vez
mais frgeis e vulnerveis.
H um nmero cada vez maior de casos de alcoolismo nas tribos atuais,sendo que o consumo do lcool agora feito tambm fora da tribo, e muitos
indivduos o consomem sozinhos (fora do contexto coletivo).
Estudos mostram que aquelas aldeias que esto mais perto das cidades e,
assim, mais expostas aos fatores de risco acima citados tm um nmero
maior de casos de alcoolismo e outros problemas associados, como:
violncia interpessoal e domstica
suicdios
abandono das funes sociais exercidas na tribo.
Apesar de a venda de bebidas alcolicas aos indgenas ser proibida pela Lei
Federal no6.001/73, so preocupantes tanto o consumo de lcool como os
nveis de dependncia entre a populao indgena.
Intervenes para auxiliar na soluo desses problemas devem ser
cuidadosamente pensadas, sempre considerando o modo de vida desses
povos, suas crenas e os significados que eles atribuem s substncias que
consomem (ex.: significado da funo do lcool dentro e fora dos rituais).
Nesse sentido, esto sendo feitas avaliaes para descrever e identificar
possveis problemas com uso de substncias para dar suporte a projetos
de preveno nas comunidades indgenas, considerando as caractersticas
socioculturais e especificidades de cada tribo. Essas aes esto em
conformidade com o Decreto no 6.117/07, que estabelece que sejam
desenvolvidas aes especficas para populaes vulnerveis, a exemplo
das populaes indgenas. O decreto tambm enfatiza a necessidade de
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implementao de um Projeto de Preveno do Uso de lcool entre
Populaes Indgenas, com o objetivo de capacitar os agentes de sade
e de educao, juntamente com as lideranas das comunidades indgenas,
para a articulao e o fortalecimento das redes de assistncia existentes nas
comunidades e nos municpios vizinhos.
A RELIGIOSIDADE COMO FATOR DE PROTEO AOUSO DE DROGAS
Diversos estudos tm demonstrado que pessoas que praticam alguma
religio ou que creem em algo superior possuem:
maior expectativa de vida melhores condies de enfrentamento do estresse e de eventos
negativos da vida
menores ndices de doenas mentais como depresso,ansiedade, psicoses e dependncias de lcool e outras drogas.
A religiosidade no auxilia apenas indivduos que querem deixar de usar
drogas, mas tambm jovens que passam pelo momento de deciso quanto
ao incio da experimentao.
Cincia e religiosidade
Existem estudos cientficos mostrando que doentes crnicos terminais
(com cncer, por exemplo) sobrevivem mais tempo sua doena e com
uma qualidade de vida melhor, quando vinculados a um grupo religioso ou
quando declaram ter valores espirituais desenvolvidos.
Outros estudos tm indicado a religiosidade como um fator de proteo aouso de drogas, em especial entre jovens expostos a um ou mais dos fatores
de risco anteriormente citados.
Assim, fica clara a associao inversa entre a religiosidade do adolescente e
o uso inicial de quaisquer drogas:
Quanto mais religioso o adolescente, menor seu interesse pelo
consumo de substncias psicoativas, incluindo as drogas lcitas.
Saiba mais...Murakami R, Campos CJG.
Religio e sade mental: desafiode integrar a religiosidade ao
cuidado com o paciente. RevistaBrasileira de Enfermagem.2012;65(2): 361-7. Disponvel em:
http://www.scielo.br/pdf/reben/
v65n2/v65n2a24.pdf
Dalgalarrondo P. Estudos sobrereligio e sade mental realizadosno Brasil: histrico e perspectivas
atuais. Revista de PsiquiatriaClnica.2007; 34, supl 1;
25-33. Disponvel em:http://www.scielo.br/pdf/rpc/v34s1/
a05v34s1.pdf
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Por que as pessoas usam ou evitam usar drogas? A importncia da preveno, Promoo de Sade e dos fatores de risco e proteo | Au
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Claro que essa no a nica medida preventiva possvel, e nem uma
certeza do impedimento do incio do consumo, uma vez que a motivao
para o uso vem de diversos fatores. No entanto, poderamos considerar
uma primeira medida na educao sobre drogas.
Valores religiosos, em geral, preconizam o bom relacionamento com respeito
e afeto, e isso, quando realmente aplicado ao convvio familiar, seria fatorde estabilidade domstica, permitindo aos jovens crescerem dentro de um
ambiente emocionalmente saudvel.
LembreteSo muitos os fatores que pode
influenciar a escolha de umapessoa em usar ou no drogase mesmo a religiosidade no
pode ser vista como um fator proteo isolado dos demais
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BIBLIOGRAFIA
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ao uso de drogas entre escolares. Rev Sade Pblica. 2002:36(1):40-6.
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Dalgalarrondo P, Soldera MA, Correa Filho HR, Silva CAM. Religio e
uso de drogas por adolescentes. Rev Bras Psiquiatr. 2004;26(2):82-90.
De Micheli D, Formigoni MLOS. As razes para o primeiro uso de
drogas e as circunstncias familiares preveem os padres de uso
futuro? J Bras Depend Qum. 2001;2(1):20-30.
Pechansky F, Diemen LV, De Micheli D, Amaral MB. Fatores de risco eproteo em diferentes grupos de usurios: mulheres, adolescentes,
idosos e indgenas. In: SUPERA: Sistema para deteco do uso
abusivo e dependncia de substncias psicoavas: encaminhamento,
interveno breve, reinsero social e acompanhamento: Mdulo 1.,
Captulo 4, p. 65-84. Braslia: Secretaria Nacional de Polcas sobre
Drogas; 2013.
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de drogas psicotrpicas. Rev Psiquiatr Cln. 2007;34(supl.1):73-81.
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adolescentes contra o uso de drogas com nfase na religiosidade.
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Por que as pessoas usam ou evitam usar drogas? A importncia da preveno, Promoo de Sade e dos fatores de risco e proteo | Au
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ATIVIDADES
1. Sobre fatores de risco e proteo, est INCORRETO afirmarque:
( ) a. No planejamento de aes preventivas importante fortaleceros fatores de proteo.
( ) b. Os fatores de risco explicam as causas do consumo de drogasdos indivduos. Sendo assim, se eliminarmos as causas,eliminamos o consumo de drogas.
( ) c. A vulnerabilidade de uma pessoa ou populao para usardrogas pode ser compreendida por meio de seus fatores derisco e proteo.
( ) d. Os fatores de risco e proteo so especficos e variam de
acordo com faixa etria, gnero, condio social e cultura.
2. No que se refere preveno, est INCORRETO dizer que:
( ) a. Existe um modelo nico de preveno.
( ) b. Atualmente, a preveno classificada em universal, seletiva eindicada.
( ) c. A preveno seletiva voltada para uma parte especfica dapopulao, especialmente as pessoas com maior risco, e tempor objetivo identificar fatores de risco e combat-los.
( ) d. Ao fazer preveno, apenas passar informao no suficientepara mudar o consumo de drogas das pessoas.
3. Sobre o consumo de drogas por mulheres, INCORRETOafirmar que:
( ) a. Os homens e mulheres metabolizam as drogas da mesmaforma e isso no influencia o uso e nem a quantidade dedroga utilizada.
( ) b. As mulheres so mais vulnerveis ao consumo demedicamentos para dormir e para emagrecer.
( ) c. Apesar de as mulheres frequentarem mais os servios desade, elas procuram menos tratamento para abuso edependncia de drogas.
( ) d. Mulheres que j tm problemas mentais (depresso,ansiedade) so mais propensas a ter problemas por uso desubstncias.
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4. Assinale entre as alternativas abaixo qual indica indicam osprincipais fatores de risco para o uso problemtico de lcool eoutras drogas.
( ) a. Relaes familiares complicadas, consumo de drogas pelospais, amigos usurios de drogas.
( ) b. Elevada autoestima e envolvimento com atividades saudveis.
( ) c. Vnculos sociais preservados, acesso aos espaos culturais einformao clara sobre uso de drogas..
( ) d. Presena de regras claras dentro de casa, monitoramento esuperviso dos pais.
Reflita a respeito...
Comente a frase: A adolescncia um perodo marcado por
novas experincias e, por conta disso, muitos estudiososconsideram a adolescncia um perodo de risco para o
envolvimento com drogas.
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Aula 8
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Aula 8
OS OBJETIVOS DESTA AULA SO:
conhecer a Interveno Breve (IB) e aprender a
utiliz-la para auxiliar pessoas em fase inicial de
problemas relacionados ao uso de lcool e/ou outras
drogas
identificar as etapas da IB e as reaes mais
comumente observadas frente a essa interveno
TPICOS
Introduo Interveno Breve
Fundamentos da Interveno Breve
Dicas para a realizao de uma boa Interveno
Breve
Semelhanas entre Intervenes Breves e
Aconselhamento
Bibliografia
Atividades
Como orientar pessoas com problemas decorrentes
do uso de lcool e outras drogas: semelhanas entreAconselhamento e Intervenes Breves
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Como orientar pessoas com problemas decorrentes do uso de lcool e outras drogas: semelhanas entre Aconselhamento e Intervenes Breves | Au
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INTRODUO
Voc j deve ter sido procurado por algum que tenha problemas com o uso
de lcool ou outras drogas. Muitas vezes, quem procura ajuda um familiar
ou amigo da pessoa com problemas, outras vezes a prpria pessoa.
Embora os problemas causados pelo uso de lcool ou outras drogas sejam
bastante comuns, as pessoas s costumam procurar ajuda quando eles j so
graves. Isso acontece, em parte, porque muitas pessoas tm dificuldade
para perceber quando o uso deixa de ser social e passa a ser excessivo .
Alm disso, existe muito preconceito da sociedade em relao aos
dependentes de lcool ou aos usurios de outras drogas, que so muitas
vezes considerados pessoas com problemas de carter.
Em casos graves, importante encaminhar o usurio para um
tratamento especializado. Em casos menos graves, voc pode
ajudar, no s com a sua experincia pessoal, mas usando algumas
tcnicas simples e teis, como voc ver a seguir.
INTERVENO BREVE
Faz parte do senso comum que uma boa conversa pode ajudar muito
algum que est enfrentando uma situao difcil. Isso vale tambm
para pessoas com problemas devido ao abuso ou dependncia de lcool
ou outras drogas. Estudando o que funciona nesse tipo de conversa,
profissionais de sade desenvolveram uma tcnica simples, mas muito
til, conhecida como Interveno Breve(IB).
A Interveno Breve tem o objetivo de ajudar pessoas que esto
em uma fase inicial de problemas com o uso de lcool ou outras
drogas a parar ou diminuir o seu consumo.
A IB tem despertado cada vez mais o interesse de profissionais de diferentes
formaes. Veja as razes:
os resultados dos tratamentos mais intensivos (por exemplo:
ImportanteA dependncia de lcool ou
outras drogas um problema
de sade, e quanto mais cedo
se iniciar um tratamento ou
interveno maior ser a chan
de sucesso.
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longas internaes) no so necessariamente melhores do que
os obtidos com essas tcnicas breves, principalmente nos casos
menos graves;
a aplicao da tcnica de baixo custo, porque pode ser
utilizada por profissionais com diferentes tipos de formao
(mdicos, psiclogos, enfermeiras, auxiliares de enfermagem,
nutricionistas, assistentes sociais, agentes comunitrios e outras
pessoas interessadas no atendimento ou suporte dos usurios
de lcool e outras drogas), bastando que recebam um rpido
treinamento para isso.
Interveno Breve um atendimento com tempo limitado e com o
objetivo de mudar o comportamento do usurio.
De modo geral, as Intervenes Breves no so indicadas para pessoas com
problemas graves relacionados dependncia de substncias. Como essas
pessoas costumam ter diversos problemas relacionados ao uso de drogas,
somente uma Interveno Breve pode no ser suficiente. Entretanto, essas
intervenes podem ser teis para fazer com que pessoas que no esto
conscientes de seus problemas possam perceb-los e aceitar ou procurar o
tratamento.
A Interveno Breve adequada para pessoas que fazem uso
nocivo ou abusivo de substncias.
O primeiro objetivo da Interveno Breve :
1. Mostrar ao usurio que seu uso de lcool ou de outras drogas o
coloca em situaes de risco.
Aps identificar a presena do problema e mostrar os efeitos econsequncias do consumo abusivo, o passo seguinte :
2. Motivar o usurio a mudar seu hbito de uso.
A IB pode ajudar a iniciar o processo de mudana e fazer com que a pessoa
aceite a responsabilidade por suas escolhas.
LembreteO uso considerado nocivo
ou abusivo quando comea a
causar problemas importantes
em diferentes reas da vida do
indivduo. O termo nocivo
utilizado pela CID-10 como
aquele que resulta em danofsico ou mental. No DSM-
IV, utiliza-se o termo abuso,
considerando no s o prejuzo
fsico ou mental, mas tambm
as consequncias sociais
relacionadas ao uso. Caso voc
no se lembre desses conceitos,
importante revisar aAula 6.
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Como orientar pessoas com problemas decorrentes do uso de lcool e outras drogas: semelhanas entre Aconselhamento e Intervenes Breves | Au
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Dicas para quem aplica a IB:
Voc pode sugerir estratgias que o usurio poder usar
para que essa mudana acontea;
A proposta que essa orientao seja bastante objetiva
e dirigida para a mudana da forma como a pessoa usa adroga, ou seja, como ela pode diminuir o seu consumo;
A IB uma orientao curta, podendo ser feita entre 5
minutos e 30 minutos, dependendo do tempo disponvel.
Por essa razo, ela deve ser FOCAL (focando no problema
principal e de preferncia em uma s droga) e OBJETIVA.
Mas, afinal, como ajudar algum a mudar seu comportamento usando
uma Interveno Breve?
Primeiramente, importante que voc saiba identificar se a pessoa
com problemas associados ao uso de lcool e outras drogas est
disposta a receber ajuda e a mudar seu uso de drogas ou seu estilo
de vida.
Essa identificao pode ser feita durante uma simples conversa com o
usurio. Nessa conversa:
1. Procure, inicialmente, deix-lo vontade para falar sobre simesmo;
2. Pergunte sobre o seu uso de drogas, sobre possveis problemas
que ele possa estar vivendo;
3. Verifique se ele acha que a(s) droga(s) pode(m) ser a(s)
causadora(s) de seus problemas.
Nessa conversa, voc poder notar que muitos usurios no acham que o
uso que fazem de lcool e/ou outras drogas lhes traga problemas (talvez a
maioria dos usurios pense assim!!).
Infelizmente....
Essas pessoas no se preocupam quanto ao uso que fazem de lcool ou
outras drogas e no aceitam que esse padro de consumo possa trazer algum
prejuzo ou problema. Dessa forma, no aceitam e nem querem mudar seu
comportamento.
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O que fazer em casos de usurios que no querem ajuda?
As pessoas com um comportamento resistente, em geral, no esto muito
dispostas a receber conselhos e orientaes. No entanto, podem aceitar
receber algumas informaes sobre os riscos envolvidos em seu uso de
drogas. Assim, ao fornecer informaes, voc poderencoraj-las a pensar
sobre os riscos envolvidos em seu uso de drogas e, quem sabe, comear a
considerar a possibilidade de diminuir ou mesmo parar o uso.
Usurios em dvida
Voc poder tambm encontrar pessoas que sentem dvidassobre
continuar ou parar de usar drogas. Ou seja, ora querem continuar
a usar, ora querem parar o uso. Em geral, essas pessoas percebem
tanto as vantagens quanto as desvantagens de seu uso, alm de
perceberem alguma relao entre os seus problemas (de sade oude relacionamento) e o uso que fazem de substncias.
O que fazer em casos de usurios em dvidas?
As intervenes para uma pessoa que apresente dvidas sobre continuar
ou parar o uso de drogas incluem, alm do fornecimento de informaes
sobre os riscos relacionados ao uso, um aconselhamento sobre como
diminuir ou parar.
Pea para que ela fale sobre as vantagens e desvantagens que percebe no
uso de drogas. O objetivo encoraj-la a pensar e falar sobre suas prprias
razes para diminuir ou parar com o uso de drogas. Utilize as desvantagens
mencionadas como razes para diminuir ou parar com o uso.
Uma estratgia que pode ser utilizada para ajudar o usurio a pensar sobre
as vantagens e desvantagens de seu uso de substncias ajud-lo a fazer
um quadro, como no exemplo a seguir:
ASPECTOSPOSITIVOS EM USAR
VANTAGENS
ASPECTOSNEGATIVOS EM USAR
DESVANTAGENS
NO MOMENTOPRESENTE
NO FUTURO
Pea ao usurio que pense nas coisas boas (vantagens) e ruins (desvantagens)
de usar drogas. Oriente-o a falar primeiro sobre as vantagens e, depois,
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ento, a pensar nas desvantagens relacionadas ao seu uso de substncias,
tanto no momento presente quanto no futuro.
Exemplo: Luis, me diga quais as vantagens para voc, HOJE, em usar
drogas. Se pensarmos no futuro, me fale quais as vantagens que voc v
para continuar a usar drogas...
Usurios conscientes
Em algum momento voc poder tambm encontrar pessoas ou usurios
que j esto mais conscientes sobre a relao entre o uso que fazem de
drogas e os problemas apresentados. Essas pessoas, em geral, esto dispostas
a mudar seu comportamento de uso.
O que fazer em casos como esses?Com relao pessoa que j percebe que o uso de lcool ou outras drogas
pode estar relacionado aos seus problemas, importante ajud-la a
desenvolver planos e estratgias para a sua mudana de comportamento.
Ajude essa pessoa a identificar as situaes de risco, ou seja, aquelas situaes
que aumentam a chance de usar (ex.: encontrar um amigo que usa a droga,
ir a determinado local onde sabe que ter droga ou no qual costuma usar a
droga) e oriente sobre como enfrentar as possveis dificuldades.
Em sua prtica, voc poder observar que muitos usurios, apesar
de motivados a mudar seu comportamento, sentem dvidas sobre se
conseguiro ou no realizar a mudana.
Para essas pessoas, importante o incentivo! Encoraje-as a no desistir e
mostre que confia nelas! Fortalea a autoestima do usurio!
Tenha em mente que mais difcil do que mudar de comportamento manter-se
firme nessa mudana.O usurio deve aprender a enfrentar as dificuldades e
procurar participar de outras atividades sociais e de lazer que no envolvamo uso de lcool ou outras drogas. Isso pode ser bastante difcil. Como j foi
dito, muitas vezes preciso que o usurio mude seu crculo de amigos e seu
modo de vida. Dessa forma, ele necessitar ser continuamente reforado
e encorajado. O desafio manter a mudana alcanada e evitar a recada.
Importante
Toda mudana gera algumgrau de sofrimento. No caso d
usurios de drogas, as mudan
envolvem uma reorganizao
de seu estilo de vida e, na mai
parte das vezes, mudana do
crculos de amigos. E nem
sempre isso fcil!
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Dicas e sugestes:
Pessoas que esto tentando manter o comportamento
mudado necessitam ser encorajadas, ouvir que esto no
caminho certo e que devem continuar com o novo modo
de vida, mais saudvel;
Fortalea e encoraje o usurio, elogiando o sucesso damudana de comportamento. Converse com ele sobre
como evitar as situaes de risco de recada. Caso haja
uma recada, aproveite a situao para discutir as possveis
falhas nos planos (por exemplo, qual a estratgia que no
funcionou). Muitas vezes, a recada acontece porque a
pessoa est confiante e acha que j pode controlar o uso;
Ao tentar fazer esse uso controlado, comum o usurio
perder o controle e voltar ao uso inicial. Ajude-o a pensar
em novas estratgias e evitar as situaes de risco. Mostre a
ele que foi apenas um tropeo que ele pode aprender
com essa situao para evitar cair em novas armadilhas.
Recadas
Ao trabalhar com aconselhamento e orientao a usurios de drogas,
importante que voc saiba que recadaspodem acontecer.
Recada significaretorno ao comportamento de consumo. As recadas,
em geral, so influenciadas por:
Emoes;
Conflitos com outras pessoas;
Presso dos amigos;
Outros estmulos, como, por exemplo, voltar a um lugar no
qual a pessoa costumava usar a droga ou encontrar algum
com quem costumava usar a droga.
Pronto, disposto e capaz!
Para que as pessoas mudem seu comportamento, elas precisam estar
prontas, dispostas e sentir-se capazes para a realizao dessa mudana.
Estar pronto e disposto a diminuir ou parar o uso depende muito da
importncia dada pelo usurio necessidade de mudar.
ImportanteAlguns deslizes e recadas so
normais, e at esperados, quando
o usurio est tentando mudar
seu padro de comportamento.
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Pensar em mudar importante, mas nem sempre suficiente
para que uma pessoa coloque essa mudana em prtica.
Algumas vezes, uma pessoa est disposta a mudar, mas no acredita
ser capaz. Por isso, mostre ao usurio a importncia e os ganhos
com essa mudana e demonstre a ele o quanto acredita em sua
capacidade de mudar.
Agora que voc j sabe como identificar o quanto o indivduo est disposto
e motivado a mudar seu comportamento de uso de drogas, e que tipo de
ajuda voc pode dar, vamos ver COMO voc pode fazer uma Interveno
Breve adequada para as pessoas que esto em fases iniciais de consumo,
apresentando problemas de menor gravidade.
FUNDAMENTOS DA INTERVENO BREVE
Triagem
Inicialmente, para fazer uma Interveno Breve para o uso de lcool e/
ou outras drogas preciso fazer uma triagem ou avaliao inicial desse
consumo.Com essa avaliao, voc poder identificar os diferentes nveis
de consumo, bem como os possveis problemas associados.
Essa avaliao ou triagem do uso de drogas pode ser feita com o auxlio de
instrumentos de triagem (alguns deles foram apresentados e discutidos na
Aula 5) ou atravs de uma conversa informal com o usurio.
Depois de ter identificado quais as drogas usadas e os possveis problemas
relacionados ao uso delas, hora de iniciar a Interveno Breve.
A primeira coisa a fazer, aps a avaliao do consumo, conversar como usurio sobre os riscos que ele est correndo (e tambm as pessoas que
esto ao seu redor, devido ao modo como usa bebidas alcolicas e/ou outras
drogas). Esse ser seu ponto de partida para convidar a pessoa a aceitar sua
interveno. Por exemplo, voc pode dizer: Pelo que voc est me falando...
ou Pelo que pude observar no seu teste... parece que voc est bebendo (ou
cheirando, ou fumando) de uma maneira que pode j estar causando problemas
de sade, no trabalho e na sua casa, no ? Vamos conversar um pouco sobre isso?.
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Durante a conversa:
1. Mostre ao usurio o quanto ele o responsvel por seu
comportamento e por suas escolhas sobre usar ou no drogas.
A mensagem a ser transmitida pode ser algo do tipo:
O seu uso de drogas uma escolha sua e ningum pode fazervoc mudar seu comportamento ou decidir por voc. Se voc
perceber que isso est prejudicando sua vida, sua sade ou seus
relacionamentos e quiser mudar, posso tentar ajud-lo, mas a
deciso e a escolha so suas.
Isso faz com que a pessoa sinta que pode ter o controle do seu comportamento
e das suas consequncias. Essa percepo de responsabilidade e controle
da situao por parte do usurio pode ser importante para motiv-lo a
mudar de comportamento.
2. Ajude-o a refletir sobre a relao entre seu uso de drogas e
os problemas que apresenta, pois algumas vezes o usurio
no percebe que o uso de lcool e/ou outras drogas que est
interferindo na sua sade, na sua vida familiar ou profissional.
Procure mostrar que, se ele diminuir ou parar com o uso de
drogas, suas chances de problemas futuros, relacionados ao uso,
tambm diminuiro. Isso pode ajud-lo a perceber os riscos
que envolvem seu uso de drogas e servir como um motivo para
considerar a mudana de comportamento.
Nesse momento, voc pode usar a tabela de vantagens e
desvantagens do uso de drogas, que vimos anteriormente. Lembre-
se de sempre fornecer orientaes claras, livres de qualquer
preconceito e, sempre que possvel, tenha em mos materiais
informativos sobre drogas para dar s pessoas.
3. Pergunte ao usurio onde ocorria o uso e em companhia de
quem. Evite perguntar os nomes das pessoas que faziam uso
com ele pergunte apenas pelo tipo de relacionamento que ele
tem (ou tinha) com essas pessoas: se eram amigos, namorados,
primos etc. Em seguida, pea que ele conte em que situaes
usava (onde ele estava, e o que estava sentindo antes de usar).
Procure entender se as situaes de maior risco eram situaes
sociais (ex.: estar com amigos no bar, em festas, na sada do
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Como orientar pessoas com problemas decorrentes do uso de lcool e outras drogas: semelhanas entre Aconselhamento e Intervenes Breves | Au
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trabalho, entre outros) ou se eram situaes em que ele se
sentia triste, aborrecido, deprimido, contrariado (sentimentos
pessoais).
Desse modo, ser possvel identificar algumas das situaes de risco que o
levam a usar drogas e, ento, voc poder orient-lo sobre o que fazer para
evitar essas situaes. Lembre-se de que fornecer alternativas de estratgias
e escolhas pode ajud-lo a sentir que tem o controle e a responsabilidade de
realizar a mudana, aumentando sua motivao. importante tentar fazer
com que o prprio usurio pense nas estratgias, mas caso ele tenha dificuldades
voc pode sugerir algumas.
Exemplos de opes e estratgias que podem ser utilizados na
Interveno Breve:
Sugira que o usurio faa um dirio sobre seu uso dasubstncia, registrando, por exemplo, onde ele costuma
(ou costumava) usar, em que quantidade, em companhia
de quem, por qual razo, etc. Isso ajudar a identificar as
possveis situaes de risco;
Identifique, junto com o usurio, algumas atividades que
possam lhe trazer algum prazer, por exemplo, alguma
atividade fsica, tocar um instrumento, ler um livro, sair
com pessoas no usurias etc. Aps essa identificao,
proponha a ele que substitua o uso de drogas por essas
atividades;
Fornea informaes sobre onde buscar ajuda
especializada, se for o caso, ou tente faz-lo refletir sobre
coisas de que ele gosta, alm do uso da substncia. Se
ele no souber, use isso para estimul-lo a se conhecer
melhor, descobrir coisas novas, novos interesses. Procure
ter sempre mo diferentes opes gratuitas de lazer (ex.:
atividades esportivas, apresentaes de msica ou teatro,
oficinas de artesanato, etc.) para sugerir a ele;
Pergunte ao usurio sobre algo que ele gostaria de ter
e sugira que economize o dinheiro normalmente usado
na compra de drogas para adquirir aquele bem. Faa as
contas com ele sobre o quanto ele gasta. Por exemplo, um
fumante que gaste R$ 7,50 por dia com cigarros, em um
ms economizaria R$ 225,00 e, em seis meses, R$ 1350,00
o que daria para ele comprar uma TV nova ou pagar mais
da metade de um computador completo. Contas simples
como essa podem ajud-lo a perceber o prejuzo financeiro,
alm dos problemas sociais e de sade.
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4. Demonstre ao usurio que voc est disposto a ouvi-lo e que
entende seus problemas, at mesmo sua dificuldade de mudar.
5. Incentive-o a confiar em sua capacidade de mudar seu
comportamento de uso de drogas.
Quando a pessoa acredita que pode verdadeiramente realizar
a mudana, esta acontece com mais facilidade. Elogie cada
dificuldade vencida!
Dicas para a realizao de uma boa Interveno Breve
Evite ameaar ou amedrontar e no use rtulos, como
por exemplo: alcolatra, maconheiro, drogado, etc. Isso sintimida e envergonha o usurio.
Procure fazer perguntas abertas, como por exemplo: Me
fale mais sobre seu consumo de maconha.... No incio,
oua mais do que fale.
Certifique-se de que voc est entendendo o que o usurio
est dizendo. Por exemplo: Voc est querendo me dizer
que o seu consumo est causando problemas em seu
trabalho? ou Se eu entendi bem, voc disse que costuma
beber grandes quantidades quando est com seus amigos
de trabalho.... Isso evita que o usurio negue algumaafirmao j feita, mencionando que no foi isso o que ele
quis dizer, ou que voc entendeu errado.
Procure demonstrar sensibilidade, mas seja firme.
Mostre que as coisas podem melhorar, mas que
depende principalmente de um posicionamento dele
(responsabilidade). Reforce a ele sua liberdade de escolha.
Sempre encorajeo usurio e reforce sua autoconfiana em
relao aos comportamentos que ele gostaria de mudar.
Diga que voc confia nele, que acredita na sua capacidade
de mudar.
Preste ateno ao comportamento do usurio: se ele est
agitado, inquieto ou nervoso, e tente acalm-lo, para a
conversa fluir melhor.
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Como orientar pessoas com problemas decorrentes do uso de lcool e outras drogas: semelhanas entre Aconselhamento e Intervenes Breves | Au
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SEMELHANAS ENTRE INTERVENES BREVES EACONSELHAMENTO
Como voc deve ter percebido, h muitas semelhanas entre as tcnicas
usadas nas Intervenes Breves e o Aconselhamento que lderes religiosose de movimentos afins esto acostumados a fazer. Sendo assim, aproveite
tudo o que voc conhece sobre como conversar e aconselhar pessoas
e use as tcnicas de Interveno Breve para orientar as pessoas de sua
comunidade.
Por exemplo, se um familiar procurar voc, preocupado com um filho
que comeou a usar drogas, mostre que preciso fazer alguma coisa, mas
que provavelmente no um caso de desespero e que um tratamento por
internao pode no ser aconselhvel para esse tipo de caso.
Oriente a pessoa, usando os vrios materiais que aSENAD oferece, em
linguagem adequada para pessoas de diferentes idades, e mostre a ela que
h vrios recursos na comunidade a que ela pode ter acesso.
Se o caso for grave, recomende que ela procure a ajuda de um profissional
de sade. Procure motiv-la sempre e passe as informaes que voc tem
sobre o assunto. Faa voc mesmo o encaminhamento.
ImportanteTenha uma atitude de
acolhimento e compreenso, se
preconceitos. Oua o usurio
e procure ajud-lo a perceber real gravidade do problema.
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Mdulo 3 | Como intervir precocemente: Preveno e Interveno Breve
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Como orientar pessoas com problemas decorrentes do uso de lcool e outras drogas: semelhanas entre Aconselhamento e Intervenes Breves | Au
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ATIVIDADES
1. Assinale a resposta CORRETA sobre como deve ser a tcnica deInterveno Breve:
( ) a. Objetiva e focada.( ) b. Simples, mas firme, determinando o que o paciente deve
fazer.
( ) c. Complicada, j que preciso conversar sobre todos os tipos
de drogas.
( ) d. Chamando ateno para problemas morais.
2. Para que haja mudana de comportamento por parte dousurio, necessrio que:
( ) a. A pessoa tenha compaixo para com os seus amigos e a suafamlia.
( ) b. O usurio esteja preparado para a internao.
( ) c. O usurio esteja disposto e se sinta capaz de realizar essa
mudana.
( ) d. Todas as alternativas esto incorretas.
3. Quanto tcnica de Interveno Breve, marque a alternativaINCORRETA:
( ) a. A Interveno Breve uma internao de poucos dias usadacomo tratamento para a dependncia de drogas.
( ) b. A Interveno Breve pode ajudar o dependente de drogas a
repensar o seu consumo e buscar ajuda especializada.
( ) c. A Interveno Breve deve provocar autorreflexo.
( ) d. Durante a Interveno Breve, deve ficar claro para o usurio
que a responsabilidade de mudana tambm dele.
4. Apesar de motivado a mudar de comportamento, muitas vezeso usurio pode manifestar dvidas sobre se conseguir ou norealizar a mudana. Se isso acontecer, voc deve:
( ) a. Falar para ele retornar somente quando tiver certeza do que
deseja fazer.
( ) b. Encaminh-lo psicoterapia.
( ) c. Encoraj-lo e fortalec-lo, ajudando-o a manter sua deciso.
( ) d. Chamar a famlia para verificar se ele se encontra abstinente.
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Mdulo 3 | Como intervir precocemente: Preveno e Interveno Breve
Reflita a respeito...
1. Agora que voc j conhece os passos da tcnica de Interveno
Breve e est familiarizado com os padres de uso das drogas e
com a forma de abordagem dos usurios, aproveite para aplicar
um instrumento de triagem (que voc viu na aula seis), seguido
de uma Interveno Breve. Voc pode aplicar em pessoas
conhecidas ou no, mas aps a aplicao reflita sobre essa
experincia e o que voc pode melhorar para as prximas vezes.
2. Tente tambm pensar em formas de utilizar essas tcnicas no
contexto comunitrio ou religioso, a fim de ter uma ferramenta
a mais para auxiliar os usurios de drogas.